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“[...] todos os homens foram criados iguais e dotados pelo Criador de direitos
inalienáveis, como a vida, liberdade, busca da felicidade”.
(KARNAL, 2006, p. 142)
O liberalismo, sinteticamente, é um conjunto de pensamentos que surgiu no
século XVII e ganhou destaque na Europa do século XVIII. O seu apogeu ocorreu
após a Revolução Industrial, no início do século XIX. Basicamente, a visão liberal de
mundo consiste em enxergar que todos os seres humanos são dotados de
capacidades para o trabalho e intelectuais e que todos têm direitos naturais a
exercer a sua capacidade.
Dessa maneira, o Estado não tem o direito de interferir na vida e nas
liberdades individuais dos cidadãos, a menos que esses atentem contra a ordem
vigente. Esse pensamento liberal norteou eventos como a Revolução Francesa e a
Revolução Industrial, criando um Estado de Direito liberal no mundo
contemporâneo, que visava assegurar os direitos dos cidadãos e acabar com
o despotismo.
O liberalismo, como um todo, visava a acabar com a opressão do
chamado Antigo Regime (as monarquias absolutistas que dominaram, durante
muito tempo, as potências europeias). Para os liberais, o ser humano era dotado de
direitos naturais (pensamento herdado do filósofo inglês John Locke, como já
falamos) que assegurariam o direito de todos os cidadãos de participar da política e
da economia, de trabalhar, acumular riquezas e adquirir uma propriedade privada.
Do mesmo modo, eram direitos naturais a vida e a liberdade, sendo vedado ao
Estado qualquer forma autoritária e injustificada de restrição da liberdade ou
assassinato ou prisão dos cidadãos sem o devido processo legal.
Para os teóricos liberais modernos, não havia qualquer justificativa para o
controle da vida, do governo e da economia por parte dos monarcas. Isso porque
a monarquia absolutista estava assentada no ideal do direito divino, ou seja, os
governantes eram pessoas eleitas por Deus para guiar o povo. O pensamento
moderno, já altamente racional, rejeitava essa noção.
Para os pensadores iluministas, era a razão, distribuída entre as pessoas, a
responsável por criar um projeto de mundo capaz de impulsionar a sociedade e os
indivíduos ao crescimento. Esses ideais, que constituíam o Iluminismo, geraram o
centro do pensamento liberal: a capacidade individual de trabalhar, criar e evoluir.
O pensamento liberal, em geral, visava a acabar com a opressão estatal
sobre a vida das pessoas em seus aspectos políticos e econômicos. Para tanto,
era necessário abandonar a visão absolutista de governo, baseada no poder
absoluto e irrestrito de um governante e no severo controle da economia por parte
do Estado (como ocorreu no mercantilismo, em que os governos promoviam as
ações da economia, baseadas no comércio e na exploração de colônias, controlando
absolutamente tudo).
Ao abandonar a visão antiga de governo e economia, os liberais modernos
adotaram uma visão política baseada no republicanismo ou no parlamentarismo.
Esses sistemas políticos permitiam a divisão dos poderes, retirando das mãos de um
monarca o poder absoluto.
O filósofo francês Montesquieu, um dos pensadores que influenciaram o
liberalismo, defendeu a divisão dos poderes estatais em três partes: o Poder
Legislativo (formado por um corpo de legisladores, que criam as leis); o Poder
Executivo (formado por um corpo de governo responsável por executar as leis e
governar a cidade ou o país); e o Poder Judiciário, que atua quando algum cidadão
infringe as leis estabelecidas ou entra em conflito de interesses com outros cidadãos
ou com o Estado.
No campo econômico, foram as ideias do filósofo e economista
inglês Adam Smith que predominaram para estabelecer as diretrizes desse novo
pensamento econômico. O liberalismo econômico consiste no entendimento de
que o Estado não deve interferir na economia, pois essa deve ser feita a partir da
livre iniciativa dos cidadãos, que devem ser livres para produzir e fazer comércio,
sendo responsáveis por si mesmos.
A meritocracia e a valorização do esforço individual são marcantes no
pensamento liberal, que coloca como responsável pela riqueza e pelo sucesso,
unicamente, o indivíduo. Para Smith, haveria uma espécie de “mão invisível” que
faria com que a economia se desenvolvesse autonomamente no poder da iniciativa
privada, sem necessitar do Estado, pois esse colocava um entrave no crescimento
econômico ao querer reivindicar a sua parte nos lucros sem nada oferecer em troca.
AS REVOLUÇÕES LIBERAIS
CONCLUSÃO
1) http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/7mostra/5/88.pdf
2) http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/2nwjMOpLy
Wln7m3_2018-10-6-10-38-31.pdf
Mãos a obra!...