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Trabalho

De
História

Aluna: Isadora Lazzeris Ghizzo


Professora: Izamara
Turma: 8º ano “A”
Capítulo: 2º
A luz da razão invade a Europa

O iluminismo, também conhecido como ilustração ou esclarecimento,


foi um movimento filosófico que atingiu o seu auge na Europa do século
XVIII (18), mas que teve suas bases teóricas estabelecidas no século
anterior.
Rejeitando a força da tradição e dos dogmas religiosos, pregavam uma
sociedade guiada pela razão, que, segundo eles, permitiria ao ser humano
superar o atraso e conquistar o progresso e a plena felicidade.
Segundo os iluministas, os seres humanos, guiados pela razão, seriam
capazes de compreender e explicar racionalmente os acontecimentos
políticos, econômicos e sociais, bem como as manifestações da natureza.
O iluminismo ajudou a criar a base intelectual para a independência dos
Estados Unidos, as revoluções na França e no Haiti e para os movimentos
de independência na América Latina, entre outros acontecimentos
importantes dos séculos XVIII (18) e XIX (19).
Principais pensadores iluministas

Foi na França que o movimento iluminista mais cresceu e se


radicalizou, com a adesão de inúmeros intelectuais.
Autor de várias obras, Voltaire dedicou sua vida à luta pela liberdade
de expressão e contra a ignorância e a superstição em que, segundo ele,
vivia a população francesa, convencido de que a tarefa de combater o
misticismo e a ignorância era também dos governos, Voltaire aproximou-
se de monarcas absolutistas, como Frederico II, da Prússia, influenciando
muitos atos da sua administração.
Outro intelectual importante do movimento iluminista foi o jurista
Charles-Louis de Secondat, o barão de Montesquieu (1689-1755), que
direcionou suas críticas ao poder absoluto dos reis.
Com sua obra O espírito das leis, ele propôs a criação de três poderes:
Executivo, responsável por garantir o cumprimento das leis no país.
Legislativo, encarregado de elaborar as leis.
Judiciário, responsável por analisar a constitucionalidade das leis e julgar
as situações de conflito.
O radicalismo de Rousseau

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) nasceu em Genebra, na Suíça, mas


ainda na adolescência se mudou para Paris.
Rousseau foi, na política e na educação, o mais radical dos iluministas.
Para ele o homem é um ser bom por natureza, porém , com o tempo a
sociedade o desvirtuou, corrompendo suas características naturais, e ele
se tornou egoísta, vaidoso, apegado a seu amor-próprio.
No romance pedagógico “Emílio ou Da educação”, Rousseau procurou
demonstrar como a educação ajudaria a fortalecer a bondade natural do
ser humano, pervertida pela sociedade.
Rousseau distanciou -se ainda mais dos outros iluministas ao se apoderar
da propriedade privada e acusá-la de ser a fonte da desigualdade social.
Segundo Rousseau, os seres humanos recuperariam a igualdade e a
liberdade por meio de um contrato social em que o desejo geral e a
cooperação teriam precedência.
Como resultado, o soberano, ou seja, a vontade geral do povo, deve
sempre atender às necessidades e interesses comuns dos cidadãos,
enquanto estes obedecem às leis em benefício do corpo coletivo.

Os Enciclopedistas
Os iluministas utilizaram todos os meios para divulgar o conhecimento:
cartas, jornais, livros, livretos, panfletos, entre outras coisas.
Em 1745, o editor e livreiro francês André Le Breton obteve licença para
publicar, em francês, a cyclopedia, obra que havia feito muito
sucesso Na Inglaterra e que muitos iluministas viam como
modelo Delaware um manual do conhecimento.
Sob essa inspiração, o filósofo francês Denis Diderot  (1713- 1784), com a
ajuda do matemático francês Jean d’Alembert (1717-1783), iniciou a
criação da Enciclopédia, um conjunto de livros que, segundo eles,
sistematizaria todo o conhecimento produzido pela
humanidade até então.
Os princípios liberais
Entre os iluministas também estavam os pensadores liberais, que
contestavam a sociedade do Antigo Regime e apresentavam propostas
para uma nova organização social.
Na economia, eles combatiam as restrições mercantilistas, como os
monopólios e as taxas alfandegárias, e pregavam a liberdade do indivíduo
de prosperar por seu próprio mérito.
Locke partiu da definição de direitos naturais, que seriam aqueles dados
pela natureza, como o direito à vida, à liberdade e aos bens necessários
para a conservação de ambos.
Diferentemente de Rousseau, para Locke a propriedade privada era um
direito natural, pois os frutos do trabalho deviam pertencer ao indivíduo
que os conquistou.
O liberalismo político contemporâneo pode ser visto, por exemplo, na
constitucionalização dos direitos naturais dos seres humanos, que se
tornaram direitos fundamentais protegidos por leis e estão presentes em
diversas Constituições dos países ocidentais, como os Estados Unidos e o
Brasil.
 O Estado de direitos é a limitação dos poderes públicos e sua
subordinação às leis, é uma característica comum a muitos países

O liberalismo econômico de Adam Smith


No século XVIII (18), o grande debate entre os economistas concentrava-
se em compreender o que tornava uma nação rica.
Na França, os chamados fisiocratas afirmavam que a riqueza de uma
nação provinha dos recursos naturais, ou seja, das atividades econômicas
ligadas à natureza, principalmente a agricultura.
O escocês Adam Smith (1723-1790), em sua obra A riqueza das nações,
discordou dos fisiocratas e estabeleceu outro critério para explicar a
produção de riqueza: o trabalho humano.
Com essas ideias, baseadas no individualismo e na capacidade criativa do
ser humano, Smith criticava o mercantilismo e o colonialismo, pois
pregava que os países deveriam ser livres para estabelecer suas relações
comerciais.
 Adam Smith é considerado até hoje o pai do Liberalismo econômico.

Despotismo esclarecido: uma nova concepção de Estado


No final do século XVIII, na Europa, surgiu um novo tipo de governo que
ficou conhecido como despotismo esclarecido, os déspotas esclarecidos
mantinham o poder centralizado, mas adotavam medidas que
modernizavam a administração, como o incentivo à educação pública, o
controle das finanças e a redução do poder da Igreja.

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