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Iluminismo

O iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu na Europa no século XVIII,


sendo marcado pela valorização da razão e pela crítica ao absolutismo.

Mapa mental com resumo sobre o iluminismo. (Créditos: Paulo José Soares Braga |
Brasil Escola)
Mapa mental com resumo sobre o iluminismo. (Créditos: Paulo José Soares Braga |
Brasil Escola)
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O iluminismo foi um movimento intelectual que defendeu a valorização da razão em


detrimento da fé como forma de entender o mundo e os fenômenos da natureza.
Defendeu o desenvolvimento científico e acreditava que este levaria ao progresso da
humanidade e à formação de uma sociedade sem injustiças e sem tirania.

O iluminismo surgiu no século XVIII, fazendo este ser conhecido como o “século das
luzes”. Os iluministas eram contrários ao absolutismo e à concentração do poder
real, defendiam as liberdades individuais, eram críticos do mercantilismo e
propunham o liberalismo enquanto alternativa econômica.

Leia também: Revolução Francesa — um acontecimento influenciado pelas ideias


iluministas

Tópicos deste artigo


1 - Resumo sobre o iluminismo
2 - Videoaula sobre o iluminismo
3 - O que foi o iluminismo?
4 - Ideias iluministas
→ Iluminismo e absolutismo
→ A economia sob o viés iluminista
→ Iluminismo e as ciências
5 - Principais pensadores iluministas
6 - Consequências do iluminismo
Resumo sobre o iluminismo
O iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu na Europa no século XVIII.

Os iluministas eram defensores da razão como forma de entender o mundo.

Contribuíram para o desenvolvimento científico e combatiam a influência da Igreja.

Eram críticos do absolutismo e da concentração do poder real.

Os ideais iluministas contribuíram para eventos como a Revolução Americana e a


Revolução Francesa.

Videoaula sobre o iluminismo


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O que foi o iluminismo?
O iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu na Europa no século XVIII.
Tinha como ponto central a defesa da razão e ciência para guiar a humanidade e
explicar os fenômenos da natureza. Por conta disso, os iluministas foram grandes
defensores da ciência e contribuíram para o desenvolvimento científico nesse
período.

Por meio do iluminismo, combateu-se uma visão de mundo teocêntrica estabelecida por
influência do cristianismo, e ganhou espaço na sociedade o racionalismo científico.
Os iluministas tinham a crença de que o racionalismo permitiria à humanidade
encontrar o caminho do progresso e construir uma sociedade sem injustiças sociais e
sem conflitos.

A influência do iluminismo sobre o século XVIII na Europa foi tão grande que ele
recebeu o nome de “século das luzes”. Esse nome se explica porque o termo
iluminismo remonta à ideia de iluminação. Os iluministas defendiam iluminar as
mentes de seu século, retirando-as da escuridão da ignorância.

A influência do iluminismo se estendeu por diversas áreas da sociedade, pois, além


da ciência, seus representantes propunham mudanças para áreas como a política, a
religião, a cultura, a economia, o funcionamento da sociedade etc. O iluminismo foi
catalisador de inúmeras transformações na sociedade europeia a partir do século
XVIII e foi resultado de uma renovação intelectual que estava em curso na Europa
desde séculos anteriores.

Ideias iluministas
→ Iluminismo e absolutismo
Os iluministas eram profundamente críticos do absolutismo, considerando que essa
forma de governo, na verdade, era uma tirania. Lembrando que o absolutismo foi uma
forma de governo marcada pela concentração do poder no monarca. Além disso, os
regimes absolutistas possuíam sociedades estamentais, nas quais havia um grupo que
gozava de inúmeros privilégios.

O iluminismo criticava o absolutismo, defendendo a necessidade de estabelecer


limites ao poder real por meio de reformas políticas que dessem maiores poderes a
um órgão legislativo (como um Parlamento) e/ou pela elaboração de uma Constituição
que estabelecesse limites legais para o poder real.

Além disso, os iluministas defendiam a necessidade de se combater (até certo ponto)


os privilégios que existiam nas sociedades absolutistas. Defendiam a importância de
estabelecer liberdades individuais, como a liberdade de expressão e a liberdade
religiosa. Defendiam também a ideia de igualdade jurídica, em que todos os homens
seriam iguais perante a lei.

O interesse dos iluministas esteve diretamente relacionado com os interesses da


burguesia enquanto classe social. Essa classe desejava combater os privilégios da
nobreza e as limitações que o absolutismo estabelecia para essa classe economica e,
principalmente, politicamente. Por isso, os ideais iluministas foram a base
ideológica da queda do absolutismo na Europa.

→ A economia sob o viés iluminista


Além de se opor ao absolutismo, os iluministas se opunham às práticas econômicas
dos reinos absolutistas. Conhecidas como mercantilismo, as práticas da economia
absolutista são entendidas como um estágio de formação do capitalismo, ainda que
tivessem sido marcadas fortemente pela interferência do Estado na economia.

O Estado intervia frequentemente na economia para garantir o objetivo das economias


absolutistas: o acúmulo de riquezas a fim de fortalecer o poder real. Esse controle
estatal na economia não era bem-visto pelos iluministas, que defendiam que deveria
haver maior liberdade econômica.

Uma vertente que se popularizou por meio dos iluministas foi o liberalismo
econômico, que defende que o Estado não deve intervir na economia porque o mercado
deve se autorregular pela via do livre comércio e da livre iniciativa. Com isso, o
nível dos preços das mercadorias, o valor dos salários não devem ser
responsabilidade do Estado, mas, sim, do próprio mercado.

→ Iluminismo e as ciências
Como vimos, os iluministas eram fortes defensores do racionalismo científico,
afirmando que a ciência e a razão deveriam ser os guias da humanidade, e não a fé.
Com base nisso, acreditavam que seria possível encontrar o caminho do progresso e
construir uma sociedade sem tirania e sem injustiça social.

Por isso, os iluministas eram críticos profundos do poder da Igreja. Suas críticas
iam no sentido de criticar o poder que a instituição possuía política e
socialmente, pois ela tinha enorme influência, era muito rica e controlava a vida e
a mente das pessoas.

Eram defensores da liberdade de expressão também para poder divulgar livremente


suas convicções sem que fossem vítimas da opressão e perseguição da Igreja, por
exemplo. Além disso, eram críticos da falta de liberdade religiosa na Europa e dos
conflitos causados por isso.

A defesa da razão feita pelos iluministas contribuiu para o avanço científico e


para a popularização do conhecimento. Tendo em vista defender a razão e o
conhecimento difundido pelo movimento, os iluministas decidiram criar as
enciclopédias, grandes volumes de livros que continham o resumo de todo o
conhecimento daquele período.

A enciclopédia se tornou um fenômeno na Europa, sendo impressa e consumida por


inúmeros leitores. Continha conhecimentos científicos, filosóficos, econômicos e
condensava bem as propostas iluministas. Acabou sendo proibida pelas autoridades
absolutistas e passou a ser impressa e publicada de maneira clandestina.

Leia também: Renascimento — o primeiro grande movimento artístico, científico e


filosófico da modernidade

Principais pensadores iluministas


Voltaire, um pensador iluminista, estampado em cédula francesa.
Voltaire foi um dos grandes representantes do iluminismo.
O iluminismo foi influente principalmente na França, e, por isso, uma parte
expressiva dos principais nomes desse movimento intelectual é de lá. Entretanto,
nem todos os grandes iluministas foram franceses. Entre os principais iluministas,
destacaram-se:

Denis Diderot;

Jean le Rond d’Alembert;

Immanuel Kant;

Adam Smith;

David Hume;

Voltaire;

Montesquieu;

Jean-Jacques Rousseau;

René Descartes.

Consequências do iluminismo
Os ideais iluministas influenciaram movimentos de luta pela liberdade em diferentes
partes da Europa, e também no continente americano. Na América, o iluminismo deu
força para a defesa da liberdade contra o domínio e a exploração coloniais. A
Revolução Americana é um grande exemplo de movimento inspirado pelos ideais
iluministas.

Na Europa, a luta pela igualdade entre os homens e pela conquista de importantes


liberdades, como a de expressão e a religiosa, contribuiu diretamente para a
Revolução Francesa, movimento que iniciou a contestação do absolutismo na Europa. A
concentração de poder dos monarcas e os privilégios da nobreza e do clero foram
combatidos nesse acontecimento histórico.

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