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Instituições Internacionais | Prof.

Bruno Rocha | 2021/22

1. SOCIEDADE DAS NAÇÕES


Foi a 16 de janeiro de 1920 que reuniu pela primeira vez o conselho da Sociedade das Nações, em
Paris, assinalando formalmente a entrada em funcionamento da instituição. A Sociedade das Nações
nasceu seis dias antes, a 10 de janeiro, data em que entrou em vigor o Tratado de Versailles, que
terminou oficialmente a I Guerra Mundial.
Constituiu-se como uma primeira tentativa de dotar a sociedade internacional de um mecanismo de
segurança coletiva que pudesse evitar uma catástrofe como a que teve lugar entre 1914 e 1918, ao
mesmo tempo que encorajava a procura de respostas multilaterais para problemas globais.
Tratado de Versalhes como documento central da nova ordem internacional.

https://www.natgeo.pt/historia/2020/01/a-sociedade-das-nacoes-estava-condenada-a-nascenca-porque
https://projetos.dhlab.fcsh.unl.pt/s/sociedadedasnacoes/page/cronologia

2.1. Origens

A Conferência dos 4 grandes (Wilson, Clemenceau, Orlando, Geroge)


 Tratado de Versalhes (1919): Alemanha como perdedora e potência excluída
 Pacto da Sociedade das Nações: Direito à auto-determinação (questão dos mandatos 1)
 Dimensão política: interesses americanos (exp: 14 pontos de 1918)
 Dimensão técnica: formulações britânicas (c/ ajuda francesa)
Falhanço americano de unir a SdN (1919)
 Grande falha: não ratificação americana pelo Senado (doutrina Monroe)
 Uma organização internacional sem um líder? Questão da tecnocratização – geram o seu
próprio interesse dentro da organização, mas, em teoria, tenderá sempre a sobrepor-se aos
interesses nacionais do próprio Estado
 Apoio informal americano: bancos e fundações (exp: Rockefeller)
 Liquidação das contrapartes europeias (infl. Dawes and young plans)
Alemanha “fora” com as reparações de guerra – cláusula da culpa de guerra

2.2. Estrutura e Funcionamento (Reforma de 1926)

Assembleia
 Todos os membros da SdN estão representados
 Reforma de 1926: reelegibilidade de membros não-permanentes
Conselho
 Espécie de comissão executiva que deveria implementar as decisões tomadas (membros
permanentes e não-permanentes)
 Reforma de 1926: membros semi-permanentes
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Foram divididos nas categorias A, B e C em função do nível de desenvolvimento atribuído aos territórios. A
criação do sistema gerou expectativas de que os novos parâmetros da supervisão internacional iriam ajudar a
restringir as práticas abusivas, nomeadamente as relacionadas com o tráfico de escravos, mas a ação da SDN foi
muitas vezes vista como demasiado complacente.

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Mafalda Borges | 2020127798 | LCPRI
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Secretariado permanente
 Diferenciação funcional e especialização
 Organização de saúde (exp: cólera)
Possuía ainda várias agências e comissões auxiliares.

2.3. Segurança Colectiva: Guerra Itália-Etiópia (1936)

Como concretizar o mecanismo de Segurança Colectiva? Com medidas de execução


 Como poderia haver uma acção colectiva com regra de unanimidade? Automatismo e boa
vontade (moralidade) de alguns estados-membros
 Ideia do mecanismo de segurança colectiva: SDN seria capaz (Conselho) de percepcionar
a ameaça à segurança internacional da msm forma e por isso capazes de impor medidas
para impor a paz -> conjunto de estado tem a msm percepção sobre a mesma ameaça
 SdN não era uma organização de defesa colectiva (um ataque a um é considerado um ataque a
todos)  organização que se rege pela segurança colectiva (ONU) e cooperativa
A adesão da URSS (1934): o Papel de Maxim Litvinov
 Retirada da Alemanha nazi e do Japao imperial em 1933
 Enfase na segurança colectiva: das sanções ao embargo a Itália
Guerra Itália-Etiópia (1936)
 Itália fascista e o direito igual à colonização
 Reconhecimento inglês e francês da ameaça alemã

2.4. Redes Transacionais de Advocacia??

SdN como voz das pessoas


 Fracasso ou sucesso? Descentralizar questões a partir de dimensões políticas
 Questões técnicas eram igualmente (ou mais) importantes: Joseph Avenol
 Exp: Advisory Committee on Traffic of Women and Children
A relevância do activismo e da opinião pública
 Redes de activismo: feminismo e criminalização da prostituição
 Escrutínio, inspecção e perspectiva geral de vários domínios  movimento plural e
multidimensional
 Crítica do colonialismo e imperialismo: escravatura e trabalho nativo
 OIT “foca-se” nesta questão

2.5. Uma “Liga” de Impérios? O Sistema de Mandato

Comissão de Mandatos Permanentes – nivelar o colonialismo?


 Potências mandatárias e mandatadas (colónias?)
 Classe A: Império Otomano Libertado (exp: Iraque e Síria) – Porta Aberta
 Classe B: Colónias Alemãs – Cláusula da Nação Mais Favorecida
 Classe C: Territórios do Pacífico e do Sudoeste de África (espólios de guerra)
Paternalismo, repressão e “Missão Civilizacional”: Um “Imperialismo Humano” –
Internacionalismo Imperial? (Jerónimo, 2020)
 Críticas alemãs ao domínio colonial depois da adesão (1926)

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 Potencias mandatárias não eram soberanas dos territórios mandatados


 Condenação, repressão de rebeliões (exp: Palestina)

2. ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO
TRABALHO

2.1. OIT e a nova ordem internacional

A ordem internacional negoceia-se após o colapso da ordem antiga, num momento de vazio
normativo. Por isso, as negociações coexistem num misto de pragmatismo e de normatividade que
traduz a vontade de criar regras, numa tentativa de encontrar uma nova base para a nova configuração
da ordem internacional.
No pós-1ª GM são lançadas as primeiras bases para o primeiro modelo de welfare.

Configuração
 Criada como parte do Tratado de Versalhes
 Paz universal e duradoura  baseada na justiça social (meio e fim)
 Idealismo vs. Pragmatismo: necessidade de compromisso
 O funcionamento ótimo da nova organização assentava precisamente na criação de
normas mínimas de trabalho que tinham de ser aceites pelo maior número possível de
legislaturas nacionais
Organização tripartida
 Inicialmente, responsável pela formulação e aplicação das normas internacionais do trabalho,
baseando-se num sistema não vinculativo de convenções e recomendações
 Fusão com SdN (1920) – dependência financeira

2.2. Contexto geopolítico

“Golden Age” (1950-60)


 Crescimento significativo da economia global e do emprego  industrialização e tecnologia
 Importância da Carta dos DH (1948)
Guerra Fria  jogo de poder e influência, tensões
 Visões contrastantes: URSS com outras ideias e medidas em relação à forma de lidar com
políticas sociais e laborais
 Adesão em 1954 – dimensão de poder diminuída devido ao debate ideológico
 Os padrões da OIT sobre saúde e segurança no trabalho influenciaram a forma como a
infraestrutura da versão socialista do welfare state foi desenvolvida
 A posição da OIT foi sendo substituída por outras instituições internas
Descolonização  reorientação “positiva”
 OIT com abordagem mais global: partilha de interesses (ultrapassar o atraso tecnológico,
social e económico, mas também uma tentativa de uma organização de solidariedade não
organizada e obtenção de ajuda estrangeira)
 Reforço da visão universalista e fim da ambiguidade de dois padrões que caracterizam o
período colonial

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Mafalda Borges | 2020127798 | LCPRI
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 Escravatura < Trabalho forçado


 Guerra  liberdade de associação, direito a negociação colectiva, igualdade salarial, etc.

A SdN acaba por ser “substituída” pela ONU e a OIT passa a tornar-se parte integrante da última. Nas
conomias de mercado industrializadas, a crescente prosperidade dos trabalhadores contribuiu para o
welfare e a produção. As normas de apoio à renda, segurança social e saúde e segurança tornaram-se
um motor da prosperidade.

2.3. Welfare State e OIT

O termo “Welfare State” surgiu como conceito pela primeira vez no RU durante a 2ªGM, o que não
quer dizer que seja um produto do período imediatamente a seguir ao fim desta.
As noções pré-modernas de reformas sociais surgiram elas próprias como uma defesa contra a ordem
preexistente, ou seja, este teve conscientemente a ser criado para desvinculação dos padrões
anteriores, embora o Estado pré-moderno e as suas intervenções tivessem algumas semelhanças às
suas modernas. Deste modo, os líderes mundiais tiveram de estabelecer instituições e práticas de uma
nova forma de governo mais intervencionista em que o Welfare State dos pós-guerras se fundamenta.

Cronologia
1919 – OIT
1935 – EUA
 Implementação de medidas económicas e sociais do New Deal por Roosevelt
1940 – Nova Zelândia
 Desenvolveu-se e expandiu-se no período entre guerras
1945 – Finlândia
 Após a Guerra de Inverno contra a URSS, quando conseguiu assegurar a sua independência
1948 – Reino Unido
 Apesar de já conter uma longa história e um processo contínuo de transformação social, só foi
conceptualmente oficializado com as consequências da 2ªGM

Motivações
a) Propagação do comunismo e do fascismo que então afligia a Europa
b) Alargamento do sufrágio a todos os homens adultos, dando esse direito à classe trabalhador
c) Crescente ativismo das mulheres, não só pelo voto, mas também pela saúde e bem-estar das
mulheres e crianças
d) Competição no mercado internacional
 Há a crença, por parte dos líderes, de que se querem competir numa ceta internacional cada vez
mais preparada, não o podem fazer apenas a nível económico: a população tem de estar mais apta,
segura e feliz.

Welfare Systems na sociedade internacional


 Políticas económicas keynesianas para assegurar o pleno emprego e o crescimento
económico num mercado internacional capitalista e essencialmente liberal
 Estado Social mais ou menos “institucional” para lidar com as disfunções decorrentes desta
economia de mercado
 Amplo acordo entre esquerda e direita e entre capital e trabalho, sobre estas instituições
sociais básicas e a acomodação dos seus interesses competitivos

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2.4. Caso Português

2.5. Caso Italiano

3. ONU

4. GATT

5. OMC

6. FMI

7. BANCO MUNDIAL

8. OCDE

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9. ORGANIZAÇÃO DE ESTADOS
AMERICANOS

10. ASEAN

11. CONSELHO DA EUROPA

12. OSCE

13. NATO

14. PACTO DE VARSÓVIA

15. CDE

16. CEE/UE

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17. PROTOCOLO DE QUIOTO E ACORDO


DE PARIS

18. MERCOSUL E UNASUL

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