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CP2-C – DIREITO ADMINISTRATIVO
Vinícius Areias
EMERJ
2019.2
EMERJ CP2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
Aula 1- Cláudio Brandão ...................................................................................................3
1 Contratos Administrativos .........................................................................................3
1.1 Características ........................................................................................................ 3
1.2 Desequilíbrio ......................................................................................................... 4
1.2.1 Alteração unilateral do contrato ......................................................................... 5
1.2.2 Rescisão unilateral do contrato .......................................................................... 5
1.2.3 Exigência de garantias ....................................................................................... 5
1.2.4 Sanções .............................................................................................................. 5
1.2.5 Cláusulas de mutabilidade: ................................................................................ 5
1.3 Sujeitos do contrato ............................................................................................... 6
Aula 2- Cláudio Brandão ...................................................................................................9
2 Contratos Administrativos .........................................................................................9
2.1 Características ........................................................................................................ 9
2.1.1 Alteração Unilateral do contrato ........................................................................ 9
2.1.2 Exigência de garantias ....................................................................................... 9
2.1.3 Anulação unilateral do contrato ....................................................................... 10
2.1.4 Rescisão Unilateral .......................................................................................... 10
2.1.5 Rescisão judicial .............................................................................................. 10
2.1.6 Fiscalização ...................................................................................................... 14
2.1.7 Aplicação de Sanções ...................................................................................... 15
2.1.8 Suspensão do direito de licitar e de contratar com a Administração: .............. 17
2.1.9 Possibilidade de desconsideração da PJ no âmbito da administração ............. 18
2.2 Espécies ............................................................................................................... 19
2.2.1 Concessão De serviço público: ........................................................................ 19
2.2.2 Concessão patrocinada ..................................................................................... 20
2.2.3 Concessão administrativa................................................................................. 20
2.2.4 Permissão ......................................................................................................... 20
2.2.5 Concessão de Direito Real de Uso ................................................................... 20
2.2.6 Contrato de Alienação de bem público ............................................................ 21
2.2.7 Aquisição (Art. 15 da Lei 8.666) ..................................................................... 22
2.2.8 Contrato de Consórcio Público - Lei 11.107 ................................................... 22
2.2.9 Terceirização .................................................................................................... 22
Aula 3 – Luana Aita.........................................................................................................24
3 Duração do Contrato e Licitação Administrativa ....................................................24
3.1 Duração do Contrato (Art. 57 Lei 8.666/93) ....................................................... 24
3.1.1 Prorrogação e renovação .................................................................................. 24
3.1.2 Inexecução do contrato (Art. 77 da Lei 8.666/93) ........................................... 26
3.1.3 Extinção do contrato ........................................................................................ 27
3.1.4 Sanções ............................................................................................................ 29
3.1.5 Controle Interno ............................................................................................... 30
3.1.6 A fiscalização pelo Tribunal de Contas ........................................................... 33
3.2 Licitação Administrativa I ................................................................................... 33
3.2.1 Disciplina normativa ........................................................................................ 34
3.2.2 Conceitos e princípios ...................................................................................... 35
3.2.3 Objetivos da Licitação ..................................................................................... 35
Aula 4 – Luana Aita.........................................................................................................36
4 Procedimento Licitatório e Modalidades Licitatórias .............................................36
1.1 CARACTERÍSTICAS
1.2 DESEQUILÍBRIO
1.2.4 SANÇÕES
I. Fato do príncipe:
2.1 CARACTERÍSTICAS
Em regra, o que prevalece é o que foi pactuado, entretanto, se surgir uma questão
de interesse público durante o contrato, a administração pode alterar o contrato
administrativo. Mas alguns limites devem ser observados, a administração não pode
alterar a natureza do contrato, poderá então alterar quantitativamente ou qualitativamente
(se desvirtuar a natureza) o objeto do contrato. Ainda dentro da alteração quantitativa, há
limites para Administração alterar, até para não caracterizar burla ao processo licitatório
(art. 65 da Lei 8666-93 - limite de 25% para mais ou para menos, em se tratando de obras-
reformas o limite é de 50%).
A administração sempre que promover a alteração unilateral do contrato deverá
recompor-preservar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Apesar de algumas divergências, esse limite não é aplicado às alterações
qualitativas, desde que devidamente justificadas.
Quando ela for motivada por culpa da administração, atraso de pagamento por
prazo superior a 90 dias.
Comentários:
Comentário:
Comentário:
•a) supressão, por parte da Administração, além do limite permitido na Lei (XIII)
•b) suspensão da execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a
120 dias, salvo situações excepcionais (XIV)
•c) atraso superior a 90 dias dos pagamentos devidos pela Administração, salvo em
situações excepcionais (XV);
•d) não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução
do contrato (XVI).
2.1.6 FISCALIZAÇÃO
I - advertência;
2.2 ESPÉCIES
2.2.4 PERMISSÃO
Existem situações nas quais o poder público pode ter interesse em atribuir a um
particular um direito real sobre determinado bem público, que deverá ser utilizado de
II. Desafetação do bem imóvel, declaração de que aquele bem não destinação
pública.
III. Autorização do poder legislativo.
2.2.9 TERCEIRIZAÇÃO
A administração não tem como mais celebrar. Isso porque há exigência de regime
jurídico único, vínculo estatutário, mas precisa de um contingente significativo de mão
de obra para dar suporte aos que desempenham a atividade fim. Então essa contratação
traz uma demanda muito significativa. Esses contratos são celebrados por prazo de 12
meses, admitindo a prorrogação por períodos sucessivos de 12 meses até 60 meses.
Houve um TAC celebrado entre o Ministério do Trabalho e a União definindo
quem pode celebrar esse tipo de contrato. Isso porque em um dado momento criou-se
muitas cooperativas para fraudar porque não pagavam encargos então poderiam oferecer
preços mais baixos, logo não deveriam as cooperativas participar.
1
Dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Vinícius Areias – vinicius_aa@hotmail.com
Contribuição: Letícia Soares
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EMERJ CP2 – DIREITO ADMINISTRATIVO 29/08/2019
Luana Aita
AULA 03
II - à prestação de serviços a serem executados de
forma contínua, que poderão ter a sua duração
prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas
à obtenção de preços e condições mais vantajosas para
a administração, limitada a sessenta meses;
III - (Vetado).
Prorrogação ou Renovação?
Obs. Responsabilidade Civil Contratual (Art. 70, Lei 8.666 x Art. 76 Lei 13.303
e art. 71 (Encargos trabalhistas e previdenciários – ADC 16 e RE 760931)
Art. 70. Lei 8666. O contratado é responsável pelos
danos causados diretamente à Administração ou a
terceiros, decorrentes de sua CULPA OU DOLO na
execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa
responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento
pelo órgão interessado.
(RESPONSABILIDADE SUBJETIVA)
O STF ainda vai fixar a redação final da decisão que terá repercussão geral,
ou seja, que deverá ser seguida por todos os Tribunais, mas, por enquanto,
o entendimento é o mesmo já declarado pelo STF na ADC 16:
Voto vencedor
O ministro Luiz Fux, relator do voto vencedor –
seguido pela ministra Cármen Lúcia e pelos ministros
Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Alexandre
de Moraes – lembrou, ao votar na sessão de 8 de
fevereiro, que a Lei 9.032/1995 introduziu o parágrafo
2º ao artigo 71 da Lei de Licitações para prever a
responsabilidade solidária do Poder Público sobre os
encargos previdenciários. “Se quisesse, o legislador
teria feito o mesmo em relação aos encargos
trabalhistas”, afirmou. “Se não o fez, é porque
entende que a administração pública já afere, no
momento da licitação, a aptidão orçamentária e
financeira da empresa contratada”.
EMENTA
Base Constitucional:
Art. 22 da CRFB/88 - Compete privativamente à União
legislar sobre:
Não é possível que municípios ou estados contrariem a lei 8.666/93 ou que vão
além dela, incluindo alteração em:
Modalidades de contratação
Hipóteses de contratação direta (realizada s/ licitação, dispensa e inexigibilidade)
Requisitos de participação na licitação
Questões relacionadas a habilitação
Cláusulas exorbitantes
Normas Especiais:
Lei 8.248/91 (Serviços de informática)
Lei 8.987/95 e Lei 11.079/2005 (Concessão)
Lei 12.232/2010 (Serviços de publicidade)
Lei 12462/2011 (RDC)
Lei 13.303/2016 (Lei das Estatais)
Competitividade (Art. 3º
§1º)
Vinculação ao edital
Procedimento Formal
Sigilo da Proposta
Classificação
Fase Interna Edital Habilitação Homologação Adjudicação
e Julgamento
Comissão de Licitação
• Em regra feita pela CJL, Comissão de Julgamento e Licitação,
composta por 3 membros, conforme elencado pela lei.
Definição do objeto
• Delimitação do que será licitado, prazo etc.
Minuta do Edital
• Instrumento que regula e edita a atividade licitatória em concreto.
Tem requisitos mínimos conforme art. 40 da Lei 8.666/93.
Responsabilidade do Procurador
• Muito embora os pareceres como são meramente opinativos não
são responsáveis pela atuação do gestor. O STF conforme regra não é
responsável pelo parecere, salvo por dolo e erro grosseiro.
Audiência Pública
• As obras que são muito vultuosas, mais de 100 vezes superior ao
limite da concorrência engenharia (por volta de 330 milhões), é
necessário uma audiência pública.
Anexos
•Projeto básico, ou seja, descrição mínima do que se quer.
•Projeto executivo, é como um empreiteiro diga como será executado o bem, obra ou
serviço. Com base nesses documentos que os interessados poderão avaliar a
necessidade da Administração.
•Minuta do Contrato.
•Autorização orçamentária.
Alteração
•Podem a depender do caso alterar os prazos de entrega.
Efeitos
•Prazo de Entrega
•Entrega dos documentos de habilitação e das propostas de cada licitante.
•Prazo de Impugnação
•O edital pode ser impugnado num prazo de 5 dias úteis até a data para abertura dos
envelopes por qualquer cidadão.
•O licitante pode impugnar até o segundo dia útil que anteceder a abertura do envelope.
Habilitação Jurídica
Higidez Econômica
Idoneidade Fiscal e
Trabalhista
Preço Preço
Impertinência
Excessivo, inexequível
Não confundir tipo licitatório que guarda relação com o critério de julgamento,
como a modalidade de licitação que tem a ver com o rito.
a) Menor preço
b) Maior Lance
c) Melhor Técnica
d) Técnica e Preço
4.1.6 HOMOLOGAÇÃO
5.2 INEXIGIBILIDADE
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver
inviabilidade de competição, em especial:
6.1 ESPÉCIES
Agentes
Irresponsabilidade
Responsabilizados
Dolo
Responsabilidade
Subjetiva Culpa
Civilista
Responsabilidade do Estado
Nexo de Causalidade
Dolo
Nexo de Causalidade
Os danos causados
Excludentes
exclusivamente por
Atos de terceiros
Eventos da natureza
Responsabilidade Civilista
Consolidada a ideia de que o estado podia ser responsabilizado por danos causados
a seus agentes, porém se valia de regras do direito privado, portanto era necessário trazer
para o direito público a responsabilidade.
2
A culpa administrativa também é chamada de culpa anônima, porque não há necessidade de
identificação do agente causador do dano.
Sociedades de
Concessionárias Empresas Públicas
Economia Mista
Vale ressaltar que a expressão agente é ampla, mas também se aplica ao agente de
fato, que não está legalmente investida no poder público, onde é estendida a
responsabilidade do Estado.
O §6º do art. 37 é claro ao afirmar que o Estado é responsável por danos causados
por seus agentes.
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, a omissão do agente não é causa do
dano, mas sim uma condição para que o dano ocorra, portanto, a responsabilidade estatal
é subjetiva.
Por exemplo: A morte de um detento por outro detento embora não seja causada
por outro agente, o Estado tem o poder de guarda.
Entende a jurisprudência que cabe a responsabilidade em razão da necessidade de
guarda.
Há algumas decisões mais recentes em que casos meramente omissivos estendeu-
se a responsabilidade objetiva.
A responsabilidade do agente público é subjetiva, portanto deve haver culpa ou
dolo.
RESPONSABILIDADE RESPONSABILIDADE
ESTATAL DO AGENTE
Teoria do Risco:
Discursos favoráveis:
Carvalhinho já entende que nada impede que seja por controle difuso.
Argumentos contrários:
O artigo 14, §1º da Lei 6.938/81. O dispositivo não dar dicas sobre a incidência
da teoria do risco integral, diante desse silêncio alguns autores de direito ambiental
sempre entenderam que havia a possibilidade de invocação das excludentes em matéria
ambiental, porém a majoritária sempre defendeu a teoria do risco integral porque a
existência de uma atividade potencialmente lesiva ao meio ambiente, impõe ao
empreendedor o dever de fazer um juízo de previsão e todos os riscos devem ser
internacionalizados a atividade. (REsp 1374284-MG - REsp 1596081-PR - a teoria do
risco integral não dispensa a verificação do nexo de causalidade).
RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANO AMBIENTAL. RECURSO
ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C
DO CPC. DANOS DECORRENTES DO ROMPIMENTO DE BARRAGEM.
ACIDENTE AMBIENTAL OCORRIDO, EM JANEIRO DE 2007, NOS
MUNICÍPIOS DE MIRAÍ E MURIAÉ, ESTADO DE MINAS GERAIS.
TEORIA DO RISCO INTEGRAL. NEXO DE CAUSALIDADE.
Existem situações que terá responsabilidade do estado, ainda que não decorra da
teoria do risco integral, mas sim pela teoria da culpa anônima (Di Pietro). Seria o caso de
uma troca de tiros entre policial e bandido decorrente de operação policial, em que é
irrelevante a origem do projétil. Aqui não se trata apenas de responsabilidade objetiva,
porque se o projétil for do bandido é um fato de terceiro poderia excluir a
responsabilidade, por isso aplica-se a culpa anônima, pois ela desvincula a pessoa do
agente público.
Celso Antônio Bandeira de Mello diz que determinados casos que a ação danosa
não foi provocada diretamente pelo Estado, mas ele produz a situação propiciatória da
lesão, da emergência do dano, nesses casos o Estado deve responder objetivamente como
se tivesse produzido diretamente. REsp 1305259
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR MORTE DE DETENTO.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 841.526/RS. REPERCUSSÃO GERAL.
TEMA N.º 592. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. RESPONSABILIZAÇÃO
CONDICIONADA À INOBSERVÂNCIA DO DEVER ESPECÍFICO DE
PROTEÇÃO PREVISTO NO ART. 5º, XLIX, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. RECONHECIMENTO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM DE
CAUSA IMPEDITIVA DA ATUAÇÃO ESTATAL PROTETIVA DO
DETENTO. SUICÍDIO. ROMPIMENTO DO NEXO DE CAUSALIDADE.
RETRATAÇÃO. 1. Retornam estes autos para novo
julgamento, por força do inciso II do art. 1.030 do
Código de Processo Civil de 2015. 2. A decisão
monocrática deu provimento ao apelo nobre para
reconhecer a responsabilidade civil do ente estatal
pelo suicídio de detento em estabelecimento
prisional, sob o argumento de que esta Corte Superior
possui jurisprudência consolidada no sentido de que
seria aplicável a teoria da responsabilização
objetiva ao caso. 3. O acórdão da repercussão geral é
claro ao afirmar que a responsabilização objetiva do
Estado em caso de morte de detento somente ocorre
quando houver inobservância do dever específico de
proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da
Constituição Federal. 4. O Tribunal de origem decidiu
de forma fundamentada pela improcedência da pretensão
recursal, uma vez que não se conseguiu comprovar que
a morte do detento foi decorrente da omissão do Estado
que não poderia montar vigilância a fim de impedir
que ceifasse sua própria vida, atitude que só a ele
competia. 5. Tendo o acórdão recorrido consignado
expressamente que ficou comprovada causa impeditiva
da atuação estatal protetiva do detento, rompeu-se o
nexo de causalidade entre a suposta omissão do Poder
Público e o resultado danoso. Com efeito, o Tribunal
de origem assentou que ocorreu a comprovação de
suicídio do detento, ficando escorreita a decisão que
Mas em ambas abordagens de Celso Antônio e Maria Silvia Zanella Di Pietro não
aplica a teoria do risco integral porque se restar demonstrado que o resultado aconteceria
mesmo que o Estado agisse (morte de detento ainda que estivesse em liberdade) afasta o
nexo de causalidade. RE 841526
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR MORTE DE DETENTO.
ARTIGOS 5º, XLIX, E 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
ADMISSÃO DE INGRESSO NO FEITO NA QUALIDADE DE AMICUS
CURIAE. Despacho: Juntem-se as Petições nº
14.070/2016 e nº 13.784/2016. Trata-se de pedido
formulado pela Defensoria Pública da União no qual
pleiteia sua admissão no feito, na qualidade de amicus
curiae. Dispõe o inciso XVIII do art. 21 do RISTF ser
atribuição do Relator “decidir, de forma
irrecorrível, sobre a manifestação de terceiros,
subscrita por procurador habilitado, em audiências
públicas ou nos processos de sua relatoria”. É o
relatório necessário. Ab initio, cumpre registrar
que, na sessão do dia 22 de abril de 2009, no
julgamento da ADI-AgR nº 4.071 (Rel. Min. Menezes
Direito, DJ de 15.10.2009), o Plenário deste Supremo
Tribunal Federal decidiu que os pedidos de ingresso
dos amicus curiae poderão ser formulados até a
inclusão do processo em pauta para julgamento. O
pedido que ora se analisa, no entanto, foi deduzido
pela Defensoria Pública da União em data posterior à
inclusão em pauta do processo para julgamento, o que,
a rigor, obstaria a intervenção da requerente neste
feito. Assinalo, contudo, que dada à sensibilidade da
matéria que será submetida a julgamento e a ausência
de sustentação oral pelo procurador do autor (Pet.
13.784/2016), recomenda-se a admissão da requerente
como amicus curiae, apenas para proferir sustentação
oral, de modo a contribuir para o debate, trazendo a
perspectiva de quem atua na defesa dos desassistidos,
que compõem a grande massa carcerária brasileira. A
intervenção da requerente no julgamento é
justificada, ainda, na busca de garantir a paridade
de armas e um equilíbrio ao debate em Plenário, na
medida em que a União já se encontra habilitada neste
processo como amicus curiae. De tal modo, com a
admissão da requerente, ampliar-se-á a discussão para
além da ótica do Estado, trazendo-se para o Plenário
também a perspectiva dos encarcerados. Essa
possibilidade de admissibilidade da intervenção do
amicus curiae depois de pautado o processo para
julgamento, de forma excepcional e para garantir a
paridade de armas, já foi enfrentada pela Corte,
conforme se verifica do RE nº 635.659/SP, Rel. Min.
Gilmar Mendes, 19 e 20.8.2015. Com efeito, o telos
precípuo da intervenção do amicus curiae consiste na
pluralização do debate constitucional, com vistas a
municiar a Suprema Corte dos elementos informativos
possíveis, necessários e úteis para trazer novos
argumentos ao debate e ao deslinde da controvérsia,
Mesmo fora das hipóteses legais a aplicação da teoria do risco integral é possível
ainda que uma dessas causas não exoneram o estado da responsabilidade:
Que é o caso previsto Artigo 188, II c/c 929 do CC a culpa exclusiva da vítima
exclui a responsabilidade do Estado, mas o fato de terceiro não exclui. Di Pietro entende
que nesse dispositivo se enquadra a ação do Estado que no exercício do poder de polícia
provoca danos para resultar perigo iminente.
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
Di Pietro entende que somente a força maior excluir a responsabilidade (art. 734
do CC) e a culpa da vítima apenas atenua (art. 738, PU do CC).
Art. 734. O transportador responde pelos danos
causados às pessoas transportadas e suas bagagens,
salvo motivo de força maior, sendo nula qualquer
cláusula excludente da responsabilidade.