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1 SISTEMA INTERNACIONAL

Chamamos de sistema internacional o conjunto de Estados existentes


Estados estão organizados em territórios delimitados por fronteiras, onde exercem
soberania e não obedecem a nenhuma instância do poder. No ambito externo às
fronteiras dos Estados, não existe uma entidade soberana que detenha o monopólio do
poder mundial; uma única voz que se profere sobre o sistema internacional. O
sistema internacional contemporâneo é marcado por uma forte interdepen dericia
entre os Estados, particularmente em questões econômicas num mundo Em que o mercado
globat assume proporções antes jamais vistas. Além dos Estados o stema
internacional e formado por uma série de organismos internacio nas, como Banco
Mundial, Fundo Monetano internacional (FMD, Organização Mundial do Comérco (OMC),
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

2 ESTADO

Estado é o organismo político máximo de uma sociedade, a base de qualquer


organização social. Nos dias atuais, a maioria das sociedades está organizada em
torno do Estado, que são unidades políticas, territoriais e autônomas que
contemplam praticamente toda a população mundial. Todos nos estamos inseridos e
ligados a um Estado, chamado de pais, do qual somos cidadãos. Os Estados têm o
monopólio do poder político no interior de suas fronteiras, pois são unidades
soberanas e autoridade máxima.
A origem do Estado moderno está na Europa, particularmente na Revolução Francesa
(1789), embora as primeiras manifestações de formação estatal tenham ocorrido
antes. Posteriormente, esse tipo de organização social e politica se tornou
hegemônico em todo o mundo. A passagem do sistema feudal para o absolutismo
mercantil rompeu com a fragmentação territorial de até então, dando origem ao
Estado territorial, delimitado por fronteiras.
Em todas as sociedades, ter o controle do Estado é ter o poder. Logo, quando um
grupo de pessoas ou um segmento da sociedade se instala no Estado, dá as diretrizes
e dita a condução da sociedade por meio das várias funções do Estado. O Estado tem
conotação de poder econômico por ser responsável pela construção das principais
infraestruturas de um país.

2.1 ESTADO E NAÇÃO

Segundo o historiador Eric Hobsbawm, nação é um conjunto de indivíduos que se


reconhecem como tal e se veem como
"nós", sabendo identificar quem são os que não pertencem ao grupo, o "eles.
Um paradoxo: ao mesmo tempo em que a globalização anunciou certa homogeneização
do espaço geográfico por meio da integração econômica, fortes movimentos
nacionalistas afloraram e culminaram em separatismos.

2.2 A PRERROGATIVA NEOLIBERAL

A ideia de enfraquecimento do Estado como único fio condutor da sociedade passou a


ganhar força nas últimas décadas do século XX. Esse momento de forte discurso
contra o papel do Estado nas várias instâncias da sociedade (sociais, econômicas e
políticas) foi protagonizado pelo neoliberalismo, doutrina econômica que surgiu na
década de 1930, quando não logrou êxito, mas que foi intensamente revigorada a
partir dos anos 1970-1980.
No plano internacional, os neoliberais passaram a advogar, num primeiro momento, o
discurso de obsolescência do Estado e, então, sua retirada das relações
institucionais. Defendiam a tese de substituí-lo por instituições e organismos no
palco das relações internacionais. Os principais analistas neoliberais afirmavam
que a transnacionalização da economia interligara os países e as relações
econômicas preponderavam agora sobre as políticas e, portanto, deveriam ser
conduzidas por agentes econômicos e comerciais.
Novos atores surgiram no teatro internacional: as grandes corporações
transnacionais (TNCs), organismos internacionais (OIGs), como o Banco Mundial ou a
Organização Mundial do Comércio (OMC), e as mais variadas organizações não
governamentais (ONGs), como Human Watch Rights ou o Greenpeace. Na visão
neoliberal, o sistema internacional assistia ao arrefecimento do poder militar e a
valoração do poder econômico. A prerrogativa neoliberal era de que "os armamentos
não teriam o ecletismo do dinheiro". Anunciavam, portanto, o fim do monopólio
estatal no quadro das relações internacionais.
A outra escola expoente de interpretação das Relações Internacionais, o rea-lismo,
afirmava que, ao contrário do que queriam os neoliberais, a lógica do sistema
internacional naqueles anos 1980 continuava sendo ditada pelas relações de poder
político e não econômicas. Dessa forma, ocorria um grande debate teórico sobre a
interpretação do mundo político: os realistas defendiam a tese de que todo Estado
busca poder, logo o sistema é anárquico, pautado por um clima de disputa de todos
contra todos, já que não existe uma instância máxima de poder acima dos Estados;
enquanto os neoliberais rebatiam afirmando que era possível conciliar interesses
comuns entre Estados e a busca de uma cooperação por meio de mecanismos
multilaterais de negociação em que vigoram as insti-tuicões como organizadoras do
sistema.
A maior contribuição da escola de pensamento neoliberal foi apostar na forca das
instituições e num mundo regido por elas. A escola neoliberal segue acreditando que
o espírito das relações internacionais pode ser fonte de cooperação e não de
conflito.

3 O PAPEL DA ONU

A Organização das Nações Unidas (ONU), composta em 2015 de 193 países, foi
fundada em outubro de 1945, no contexto internacional que se abria após o término
da Segunda Guerra Mundial. Sua criação teve como principal objetivo evitar guerras
e manter a paz mundial. Em 1919, após a primeira guerra mundial, durante a
conferência de paz, foi criada a Liga das nações. No entanto, fracassara na
tentativa de evitar guerras e foi extinta.
No auge da Segunda Guerra Mundial, quando 26 países assinaram um documento
intitulado Declaração das Nações Unidas, em que se comprometiam a combater os
países do Eixo. 51 países assinaram o documento que estabeleceu os princípios do
organismo: a Carta da ONU.
A ONU possui seis idiomas oficiais (árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e
russo) e apresenta uma estrutura com sete órgãos principais:

• Assembleia Geral;
• Secretariado
• Conselho de Tutela;
• Tribunal Internacional de Justiça;
• Conselho de Segurança;
• Tribunal Penal Internacional.
• Conselho Econômico e Social;

Dois desses órgãos possuem mais evidência na agenda internacional: a


Assembleia Geral e o Conselho de Segurança. A Assembleia Geral da ONU reúne
anualmente, no mês de setembro, representantes de todos os países-membros e trata-
se de uma instância consultiva e democrática. Tradicionalmente nas reuniões anuais,
a Assembleia Geral é aberta pelo chefe de Estado brasileiro, tradição que vem desde
a Assembleia inicial realizada em 1947, quando o primeiro a discursar na secão foi
o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha.
Já o Conselho de Segurança da ONU é tido como a entidade máxima do poder mundial,
a instância decisória sobre questões de segurança internacional. Somente ele pode
aprovar resoluções relacionadas a guerras.
Por ser a instância de maior poder político da ONU e da evidente concentração de
poder nas mãos de cinco países, há alguns anos o Conselho de Segurança tem sido
alvo de questionamentos, mais especificamente desde 1993, quando se iniciaram
trabalhos para a ampliação do Conselho.
Surge o G4, grupo de quatro países que anseiam pela reforma do Conselho e por uma
vaga cupo de amaro permanente: Alemia-nha, Brasil, India e Japão. O Brasil é um dos
mais ativos pleiteantes à vaga permanente e brada pela mudanca de estrutura de
poder do Conselho, argumentando que a agenda internacional não pode estar refém de
uma realidade política de 1945. O G4 defende que, além da presença dos quatro
países no Conselho, a África também possua um assento permanente representado por
um país do continente a ser definido.

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