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CADERNO DE MONITORIA
RENAN CANELLAS
Definindo a Política Internacional
Bibliografia:
• LAWSON, Stephanie. International Relations (Polity Short Introductions Series).
Cambridge: Polity Press. 2017. pp. 1-19.
Em linhas gerais, política pode ser resumida pelo seguinte: who gets what, when, why
and how? (quem recebe o que, quando, por que e como?);
Ø A democracia seria incompatível com a guerra, então o que deveria ser feito era
promover democracias, diferentemente do que a Revolução Russa estava
defendendo (o comunismo seria propenso ao conflito e a ditadura do proletariado);
Ø Angell escreve sua obra em uma etapa anterior à Primeira Guerra Mundial, cujo
momento de transição de um século para o outro foi marcado por um rápido
processo de industrialização das potências ocidentais, integração do mercado
mundial e expansão do imperialismo.
Ø O poder militar não traz sempre benefícios e resultados favoráveis àqueles que
detêm mais recursos militares, como ocorreu na Guerra do Vietnã;
à Contextualização:
Ø De acordo com Carr, em “20 Anos de Crise”, durante o período entre guerras
(1919-1939), as premissas liberais começaram a ser questionadas. O Liberalismo
foi incapaz de entender as mudanças que ocorreram após a derrocada da Liga das
Nações, devido à ascensão de movimentos nazifascistas, nacionalistas e
autárquicos, contrapostos com a lógica da paz e que glorificavam a guerra.
Ø Uma das principais críticas à Liga das Nações é o fato de que a criação da
organização por si só já exprimia a lógica da imposição dos “vencedores sobre os
vencidos”. Ela carregava consigo os anseios e agendas das potências vencedoras
da Primeira Guerra Mundial;
Ø Por este mesmo motivo, a Liga não resolveu grande crises de segurança no sistema
internacional por não fazerem parte do escopo de resolução do Tratado. Não
houve um rompimento com o isolacionismo político em prol da segurança
regional e internacional;
à Conceitos importantes:
• Objetivos:
1) Manter a paz dentro de suas fronteiras
2) Manter a segurança dos seus cidadãos em relação a agressões externas
3) Detém o monopólio legítimo do uso da força
4) Age de maneira uniforme e homogênea – interesse nacional
• Definições:
- Primeira Definição: É a soma das capacidades políticas, militares, econômicas e
tecnológicas dos Estados.
à Hans Morgenthau:
Ø 6 Princípios do Realismo:
1. A política, assim como a sociedade, é governada por leis objetivas que refletem a
natureza humana à olhar para a natureza humana conflitiva e egoísta explica o
comportamento dos Estados.
b) Crise do Petróleo
Ø Desse modo, a máxima realista de que “manda quem pode, obedece quem tem
juízo” não se confirma. Isso leva os neoliberais a sugerirem que os conflitos agora
serão de ordem econômica.
c) Descolonização da Ásia
b) Agenda Múltipla
- Diversidade de questões;
- Ausência de hierarquia;
- Difusão de fronteira entre doméstico/internacional;
à O poder militar se torna cada vez menos determinante, sendo descartado das grandes
mesas de negociação (perde caráter de barganha e de instrumento de resolução).
– Vulnerabilidade: É o custo de reposta que um Estado tem para fazer frente aos
impactos externos. Quanto maior o custo de resposta, mais vulnerável é.
à Contextualização
Ø O final da década de 70 foi marcado pela ameaça de uma guerra nuclear total, o
que impactou o pensamento liberal que afirmava não existir diferença entre os
assuntos militares e sociais;
Ø O final da década de 70 foi marcado pela ameaça de uma guerra nuclear total, o
que impactou o pensamento liberal que afirmava não existir diferença entre os
assuntos militares e sociais;
1) Princípio Ordenador
3) Distribuição de Capacidades
3º) Mudam as expectativas dos atores a respeito da solidez dos acordos ao longo do tempo.
Waltz é considerado por muitos como o autor mais importante das Relações
Internacionais, não por uma concordância com sua análise e seus argumentos, mas sim
pelo fato de que sua obra foi extremamente influente até o início dos anos 90, mas após
o fim da Guerra Fria, o debate em RI, por muito tempo, se centrou em contrapor os
argumentos de Waltz. A Teoria Crítica, o Construtivismo, as Abordagens Pós-Coloniais
e Decoloniais, a Teoria Pós-Estrutural e até as Teorias Feministas rebatem, em certa
medida, os argumentos waltzianos.
Ø Waltz – 1959 (Man, the State, and War) à 3 níveis de análise para a política
internacional: (1) Indivíduo [Homem], (2) Estado e (3) Sistema Internacional;
Ø Waltz – 1979 (Theory of International Politics – Existe uma trad. portuguesa desse
livro que traduz o título para “Teoria das Relações Internacionais”, mas vejam, o
Waltz não está falando de uma teoria de Relações Internacionais, mas sim de
POLÍTICA INTERNACIONAL, não confundam!) à Apenas UM nível de
análise: Sistema Internacional;
- Realismo Clássico olha para os líderes estatais e para suas avaliações subjetivas para a
política internacional; tenta traçar uma ética da política internacional;
Realismo Liberalismo
Atores O Estado; O Estado é um dos atores mais importantes;
organizações internacionais; empresas
multinacionais;
*Neoliberalismo: o Estado é o ator mais
importante;
Interesse Dominante dos Clássico: o poder; Variável, dependendo do ator e das circunstâncias;
Atores Estrutural: sobrevivência ou dominação;
Nível de Análise Clássico: Estado e/ou sistema Sociedade doméstica/internacional
Estrutural: sistema
Dinâmica Conflito Cooperação e conflito
Lógica de Produção do Balança de poder Institucionalização
Ordenamento
Temas mais Importantes Guerra Economia
Poder: Definições e Desdobramentos
Bibliografia:
• NYE, Joseph S. The Future of Power. New York: Public Affairs. 2011. pp. 3-24.
à Definições
Ø O poder, tangível e papável, pode ser medido a partir de seu potencial latente.
Enquanto o poder latente é o que se consegue medir, o poder real é o que de fato
se consegue exercer.
Obs: Tal definição, no entanto, apresenta uma deficiência, pois não assume que o poder
pode ser exercido de forma estrutural.
Ø O poder é o que decide “como as coisas serão feitas”. A autora Susan Strange
estabelece a existência de quatro estruturas de poder:
Obs: É a estrutura que define o tipo de poder dos agentes, e não o contrário!
Ø Os recursos de poder (latente) podem ser usados de dois principais modos para o
exercício do poder, tornando-o real;
Ø Poder político: É definido por Morgenthau como uma relação mútua de controle
entre titulares da autoridade pública (estadistas) e o povo à o poder político é
crucial para a relação entre as unidades políticas separadas, os Estados;
Estado
Bibliografia:
• MINGST, Karen A. & TOFT, Ivan M. Arreguin. Ivan. Princípios de Relações
Internacionais. Rio de Janeiro: Elsevier. 2014. pp. 105-125.
Ø Apesar de já serem poderosos por excelência, os Estados buscam mais poder para
realizarem seus interesses nacionais, como segurança e glória;
Ø Os atores não estatais podem garantir obediência somente através do soft power e
não por vias coercitivas.
Nação
Bibliografia:
• HOBSBAWM, Eric. Nações e Nacionalismos desde 1780: Programa, Mito e
Realidade. São Paulo: Paz e Terra. 2013. pp. 27-67.
Ø Entidade cultural caracterizada por unir indivíduos com valores, tradições, línguas,
religiões, ancestralidade e raças em comum;
à Definições de Nacionalismo:
Ø Além disso, o nacionalismo seria, por excelência, narcisista, e por isso estaria
diretamente relacionado a uma lógica expansionista, opressora e agressiva,
produzindo diversas patologias como antissemitismo, xenofobia e limpezas
étnicas;
à NO CONTEXTO INTERNACIONAL
Ø A nação, elemento que compõe o poderio dos Estados, foi responsável por
estimular a eclosão de inúmeras guerras e revoluções na política internacional;
à NAÇÃO E GLOBALIZAÇÃO
Sociedade Civil
Bibliografia:
• HERZ, Mônica; HOFFMANN, Andrea; TABAK, Jana. Organizações
Internacionais: História e Práticas. Rio de Janeiro: Campus. 2015. Capítulo 6.
Sociedade Civil Global.
Ø EXPLICAÇÃO MARXISTA
Para os marxistas, a sociedade civil surgiu como uma reação às ideias neoliberais e aos
efeitos negativos da globalização econômica. Dessa forma, seu objetivo seria questionar
o status quo, visto que é um agente que recorrentemente favorece as grandes empresas e
a força capital;
Ø EXPLICAÇÃO LIBERAL
Para os liberais, a sociedade civil teria surgido a partir das próprias oportunidades que o
mundo interdependente haveria criado. Desse modo, a sociedade civil resultaria de tal
pluralização do sistema de governança global, com as novas tecnologias de comunicação
apresentando papel significativo em seu engajamento;
Ø EXPLICAÇÃO HUMANITÁRIA
A sociedade civil teria surgido como uma reação às crises em Estados frágeis, falidos e
colapsados. Diante da eclosão de fenômenos que fragilizaram tais regiões, foram
encontradas novas formas de organização de pautas e agendas comuns na política
internacional;
Ø NO REALISMO
Ø NO LIBERALISMO
Ø NO MARXISMO
De acordo com os marxistas, apesar de ser uma esfera autônoma do Estado, a sociedade
não expressaria, necessariamente, uma harmonização de interesses, pois questiona as
políticas de status quo do Estado. Além disso, afirmam que o Estado se caracteriza não
só por sua dimensão política, mas por sua esfera societal também, diferentemente do
pensamento realista;
à Tipos de sociedade civil global:
Ø ONG’s x OG’s
- As organizações não governamentais tem estado cada vez mais presentes nas
organizações governamentais, contribuindo para a:
- Dessa forma, tais atores apresentam uma importante relação entre si, o que contribui
para o aumento de sua influência e relevância na política internacional;