Você está na página 1de 3

RI LICENCIATURA 1º ANO INTRODUÇÃO À CIÊNCIA 1º SEMESTRE

POLÍTICA

INTRODUÇÃO ÀS RI
Intervenientes nas Relações Internacionais:

- Relações entre governos: Elementos-base das RI


- Outros atores das RI:
o Organizações e indivíduos;
o Estruturas sociais (economia, culturas, política doméstica);
o Influências históricas e geográficas;

Contributo pessoal no universo das RI:

- Exercer o direito de voto;


- Participar do mercado global (efetuando compras e vendas);
- Realizar protestos pacíficos;
- Mantendo-se informado (comunicação social);
- Cidadão-jornalista: a participação ativa do cidadão comum no mundo da informação e do jornalismo
através da sua visão, das suas imagens e do seu testemunho.

O impacto das RI nas nossas vidas:

- As oscilações do preço do petróleo implicam a alteração do preço de inúmeros bens e serviços,


devido à sua importância na produção e no transporte;
- O papel do desporto e das competições desportivas na Política Internacional e nas Relações
Internacionais, visto que é uma forma de os Estados demonstrarem o seu Poder e supremacia e de
afirmar relações com outros agentes (ex: boicote nas Olimpíadas, Jogos Olímpicos de Berlim, Mundial
de 2002 na Coreia do Sul e no Japão);
- A crise migratória atual pode gerar consequências devido à afluência repentina e não planeada de
milhares de pessoas em um país;

As origens intelectuais das RI:

- Sun Tzu – A Arte da Guerra (Séc. VI a.C., China Imperial):


o Primeiro tratado militar da história
o a verdadeira guerra não necessita de derramar sangue, mas de recorrer a estratégias que
permitam o alcançar dos objetivos com o mínimo de baixas possível (“O principal objetivo da
guerra é a paz”);
- Tucídides:
o Historiador ateniense do século V a.C., relatou a guerra do Peloponeso
o Ideias principais: cidades-estado são as unidades-chave da ação e pensam e agem movidos
por um interesse que se traduz em poder, seja como um fim em si mesmo ou como um meio
para alcançar outros fins; os seus comportamentos são guiados por critérios racionais.

Na esfera do Direito Internacional:

- Hugo Grotius (Séc. XVI):


o Introduziu conceitos como soberania estatal, respeito às normas e tratados internacionais e
a ideia de que as nações devem seguir regras éticas em conflitos armados;
o defendeu a liberdade de navegação marítima e o fim do exclusivo de navegação do Tratado
de Tordesilhas.

Na esfera da Diplomacia:

- François de Callières (Séc. XVII):


o Estabeleceu princípios e orientações para a prática da diplomacia.
o Defendia a ideia de manter diplomatas permanentes em postos estrangeiros
RI LICENCIATURA 1º ANO INTRODUÇÃO À CIÊNCIA 1º SEMESTRE
POLÍTICA

o “Razão de Estado”: interesses nacionais como principal guia para as ações de um Estado,
diplomatas deveriam agir de acordo com eles, mesmo que isso exigisse alguma flexibilidade
ética.

Na esfera da Filosofia (Séc. XVII-XIX):

- Thomas Hobbes:
o criação de um contrato em que os indivíduos abdicam de algumas liberdades em troca da
proteção e da segurança por parte de um estado soberano, forte e centralizado.
- Rosseau:
o “contrato social”: cidadãos livremente concedem o Poder a uma entidade que representa os
seus interesses.
- Adam Smith:
o liberalismo económico e comercial, limitada intervenção do governo na economia
o conceito de “mão invisível” (procura do interesse económico individual=contribuição indireta
para o progresso da sociedade.)
- Kant:
o imperativo categórico: ação baseada no dever moral independentemente das
consequências,
o “paz perpétua” baseada numa federação de estados livres e democráticos

As origens históricas das RI:

- Tratado de Vestfália (1648)


o Ponto de partida histórico das RI modernas
o Estabelece a ideia de Estado soberano, detentor de um território e de um exército e
responsável pela sua população

Surgimento das RI como disciplina autónoma:

- Até finais do séc. XIX:


o RI diluídas dentro das instituições e da literatura académicas;
o Perdia espaço para política doméstica; era um apêndice de outras disciplinas;
o Não eram autónomas como disciplina.
- 1ª Guerra Mundial (surgimento das RI como disciplina autónoma):
o Consciência da destrutividade e das implicações sociais, económicas e políticas;
o Globalização de um conflito militarizado

o Necessidade de construir “paz duradoura e estabilidade global”

- Sociedade das Nações (1919) - Fórum Internacional para a resolução de conflitos


o Inspirada nos 14 pontos de Woodrow Wilson:
 Bases para a paz e a reorganização das RI no fim da 1ªGM
 Princípio da Autodeterminação Nacional
 Princípio da Diplomacia Pública e dos Acordos Abertos
 Transparência nas RI

As RI como campo de estudo:

- Objetivo: perceber a mecânica do mundo


- Objeto de estudo:
RI LICENCIATURA 1º ANO INTRODUÇÃO À CIÊNCIA 1º SEMESTRE
POLÍTICA

o Política internacional: decisões dos governos acerca de atores externos


o Diplomacia, guerra, relações comerciais e culturais, alianças, participação em organizações
internacionais, etc. E entender como estas influenciam as relações entre as Nações (ex:
tentativa de “desdolarização” do mercado global por parte de economias emergentes)
- Decifrar as prerrogativas entre os diversos Estados (variáveis em número, em tamanho e em
população) e perceber os seus objetivos e impactos na sociedade e na história.

As RI como campo de estudo:

- Soft power: Capacidade de um corpo político ou Estado influenciar os comportamentos/interesses de


outros agentes através de meios culturais ou ideológicos
- Hard power: Capacidade de um corpo político ou Estado influenciar os comportamentos/interesses de
outros agentes através de meios coercivos (militares ou económicos)
- Smart power: Capacidade de usar conjuntamente Hard power e Soft power dependendo das
necessidade e objetivos
- Sharp power: Capacidade que alguns atores têm de ocultar/selecionar a realidade com base numa
narrativa através do controlo restrito da informação que circula (Coreia do Norte)

Você também pode gostar