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Thomas Morus
Obra: Utopia
Contexto histórico: Século XVI. Era do descobrimento da América. A
Inglaterra já contava com poderio naval e comercial durante este século, fatores que
contribuiram para que o país se tornasse um dos maiores impérios coloniais do
período. A fé não cedeu aos dogmas racionalistas.
ilha perfeita constituída por 54 cidades, onde imperavam a mesma
língua, leis e instituições, os governantes eram eleitos pelas famílias e
escolhiam, entre os quatro homens considerados mais aptos pelo
povo, um príncipe como seu governante supremo
o poder do príncipe era balanceado pelos legisladores, que tinham a
tarefa de impedir que o governo se tornasse tirânico.
os utopianos consideram a guerra um acontecimento brutal e selvagem
e, portanto, abominam a busca de glória nos campos de batalha
Nesta ilha a guerra só podia see feita para se defender ou defender um
aliado e deve ser permitida não pelo Rei mas pelo legisladores, para
coibir potenciais abusos de militares e dos governantes (Guerra justa)
More não concebe um Estado que seja pacífico sem que esteja pronto
para se defender
É fundamental a mesma língua, mesmas leis e instituições. Unicidade
cultural.
Hugo Grotius
Contexto histórico: Século XVII. Era de ouro holandesa. Época do Calvinismo
Pensamento:
A anarquia descrita por Hobbes e Maquiavel poderia ser contida pelas
regras e leis concebidas e aceitas pelos Estados
O conflito não é uma marca exclusiva do sistema internacional
Direito internacional (Deliberação de vontade) válido para todos os
povos
Natureza humana: desejo de viver em sociedade tranquila e ordenada
Através da reflexão racional os homens estabelecem regras que
ordenam a sociedade
O que for positivado tem que ser cumprido (Pacta Sunt Sevanta)
Direito Internacional: variável, vontade humana , pacto entre Estados,
responsável pela dívida do governante para garantir o cumprimento da
obrigação
Direito Natural: imutável, reflexão racional sobre a conformidade e
desconformidade, ninguém é responsável pelo ato de outros
Todos os Estados estão sujeitos às regras do direito internacional
O Direito Internacional é fruto da vontade dos Estados e protegido pelo
direito natural (os Estados estabelecem um conjunto de acordos entre
si construindo o direito internacional, mas o direito natural ocipa papel
de orientar as normas de direito internacional
O Direito Civil é fundado na sociabilidade mas é reforçado pela
utiliadade
É necessário regras mínimas para a vida social (não implica qualquer
obrigação de ajudar os outros, mas apenas o mínimo necessário para
que a sociedade exista)
A guerra tem um caráter eminentemente jurídico, uma extensão de um
processo judicial (quando as vias judiciais se esgotam, a guerra é o
caminho adotado para que os conflitos sejam resolvidos
Guerras públicas: guerra empreendida entre os Estados
Solene- gera efeitos independentes da justiça de sua causa
“A guerra é justa se sua causa também é” – O Direito Natural e o
direito voluntário não proíbem toda a guerra, mas apenas aquelas que
estão em conflito com os princípios da sociedade humana
1. Defesa contra a injúria mas não antecipatória
2. Recuperação do que é legalmente devido para o Estado
prejudicado
3. Punição do Estado prejudicador
As nações que cometem crimes bárbaros são uma ameaça ao gênero
humano, e é, portanto, de interesse comum da sociedade internacional
que essas nações sejam subjugadas e castigadas
Mesmo dentro da guerra, a lei não desaparece
Aus in bello (Direito na guerra) e Aus ad bellum (Direiro de guerra)
Critica a crueldade existente nas guerras ocorridas no mundo cristão
Vencedor tem pleno direito sobre o vencido (tudo é permitido pelo
direito internacional entre inimigos, por outro lado, os Estados podem
livremente estabelecer pactos para conduzir a guerra de maneira
menos severa)
O direito de empreender uma guerra externa surge da violação do
princípio de convivência pacífica entre os Estados
Abade Saint Pierre
Obra: Projeto para paz perpétua na Europa
Contexto histórico: Século XVII – Precursor do Iluminismo. Guerras na
Europa. (Guerra dos Trinta anos, Grande Guerra Turca, o fim da Revolução
Holandesa, desintegração da República das Duas Nações –Polônia e Lituânia e a
Guerra Civil Inglesa)
Pensamento:
Europa contemporânea não estava configurada para evitar o clima de
constantes guerras e para respeitar a execução dos acordos
internacionais.
As relações bilaterais eram insuficiente para garantir a paz entre as
nações européias, bem como a paz interna em cada um desses países
Projeto de criação de uma aliança entre os Estados cristãos para
viabilizar a paz na Europa
Projeto de integração e interdependência gradual para a construção de
uma confiança mútua baseada nos valores cristãos para por um termo
às constantes guerras continentais
valores comuns como a base para a integração e a paz na Europa,
sendo imprescindível a assinatura de um Tratado de União entre as
soberanias católicas da Europa, expandindo o cristianismo e
aumentando áreas pacíficas no mundo.
A vinculação dos soberanos católicos à sociedade européia impediria o
mau uso do poder, desestimulando iniciativas como a invasão de
outros territórios ou o bloqueio ao comércio internacional
Isso não implica que a sociedade européia não se engajaria em um
conflito contra seus inimigos (que provavelmente não eram católicos),
mas que essencialmente a paz dentro da Europa estaria preservada
pelo vínculo político e o aumento da interdependência entre as
soberanias católicas.
Immanuel Kant
Obra: À paz perpétua
Contexto histórico: Século XVIII- Iluminista (Predominância do uso da razão,
desenvolvimento intelectual, esclarecimento –Alfklarung)
Pensamento:
A fé em uma paz perpétua se constrói porque a razão tem mais força
que o poder
A paz é vista como um dever
Direiros naturais inerentes
Paz perpétua- regras a serem seguidas
Conviver pacificamente depende de um esforço coletiv, organizado e
contínuo
Os tratados de paz não buscam resolver as causas das guerras, não
sendo válidos por esse motivo (Tratado que pôs fim a 1 ª Guerra
Mundial fez eclodir a 2ª Guerra Mundial
“Forças de paz” – Expressão contraditória- Não entendimento real do
que é a paz
Condena dívida feita com objetivo de iniciar ou manter uma guerra (o
dinheiro gasto com fins belicosos deixa de ser investido como deveria-
Educação, sáude etc)
Não é lícita a intromissão nos assuntos internos de outro
O estado de paz deve ser fundado ppr meio do direiro público
Liga das nações para construção de uma paz perpétua
O processo de construção da paz perpétua exige um investimento bo
cultivo da razão
Direito da posse comunitária da superfície da terra (cosmopolitismo)
A paz não é um estado natural e, por isso, precisa ser instituida por
meio de um contrato entre os povos (a paz não pode ser assegurada
sem um contrato entre os povos)
“A posse do poder inevitavelmente corrompe o livre julgamento da
razão”