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Direito Internacional Público

Histórico do Direito Internacional Público


a. Jus Gentium: Estatuto jurídico criado na Antiguidade, pelos Romanos,
para regular a vida de povos não-romanos que se encontravam sob o
poder de Roma.
b. Jus Inter Gentes: Terminologia criada no início do séc. XVI, por
Francisco de Vitória, para afirmar a existência de um direito entre os
povos, comum a eles, provindo da natureza divina.
c. Direito Internacional (Público): Termo criado no fim do séc. XVIII por
Jeremy Bentham; o adjetivo “público” foi adicionado no séc. XIX como
forma de diferenciá-lo do Direito Internacional Privado.
d. Classicamente, o Direito Internacional Público era definido como o
ramo do direito que regula os direitos e deveres dos Estados em suas
relações mútuas; ou que este ramo do direito corresponde ao produto
das relações entre Estados. Mas, após a 2.ª Guerra, com o surgimento
de novos sujeitos dotados de direitos e deveres no plano
internacional, muitos autores passaram a achar que a definição
clássica tinha ficado ultrapassada. Eles passaram a focar a definição na
ideia de “sociedade internacional”.
e. Celso Mello: o direito internacional é “o conjunto de normas que
regulam as relações externas dos atores que compõem a sociedade
internacional”.
f. Esta sociedade teria se formado ainda na pré-história, quando as
primeiras tribos e clãs humanas passaram a se encontrar e se
relacionar de forma regular, seja para fazer guerra ou comércio.
g. Sociedade internacional teria evoluído, transformando-se numa
sociedade composta por Cidades-Estados e Impérios na Antigüidade,
transformando-se, depois, numa sociedade composta por feudos até,
finalmente, transformar-se numa sociedade de Estados soberanos.
h. Uma sociedade nacional é composta por indivíduos, que estão
subordinados ao poder de Estado; este representa uma autoridade
central que determina o direito válido, através de leis que são
impostas de cima para baixo e que regem a vida social no interior do
seu território.
i. Na sociedade internacional não há a figura de uma autoridade
central.Ela é composta por Estados soberanos - juridicamente
(formalmente) iguais entre si -, e são eles próprios que criam as
normas jurídicas que determinarão os seus direitos e deveres
recíprocos.
j. Por isso, enquanto a sociedade nacional é centralizada pelo poder de
Estado, a sociedade internacional é descentralizada.
A Paz de Vestfália e a formação do Estado soberano e O “Direito da Guerra e da
Paz” de Hugo Grotius
b. A Modernidade foi marcada pela formação do Estado soberano e pela
derrubada da Igreja Católica enquanto autoridade suprema da ordem
jurídica internacional.
c. A formação do Estado se deu através das alianças entre nobres e da
centralização do poder nas mãos dos reis; este processo foi caracterizado por
conflitos armados ininterruptos e pôs em questão a autoridade política da
Igreja Católica.
d. Os atritos entre a Igreja Católica e os absolutistas levaram a uma guerra de
grandes proporções, a Guerra dos 30 anos (1618-1648), que tinha como um
dos seus principais motivadores a posse da soberania, isto é, do poder
político .
e. Com a derrota da Igreja Católica e do Sacro Império Romano-Germânico, a
soberania do Estado veio a ser reconhecida com a celebração da Paz de
Vestfália em 1648, dando origem a uma nova ordem jurídica internacional,
que prevalece até hoje, baseada em Estados soberanos, considerados livres e
autônomos para se relacionarem entre si, criando normas jurídicas
internacionais.
f. Hugo Grotius foi um dos autores mais representativos desta época, tendo
publicado o seu livro “Direito da Guerra e da Paz” em 1625, durante a
Guerra dos 30 Anos.
g. Neste livro, ele define a soberania como sendo um “direito de
superioridade” que pertence ao rei; esta definição serve como uma premissa
para uma classificação das guerras como sendo justas (lícitas) ou injustas
(ilícitas).
h. Haveria guerras de três tipos: públicas, privadas e mistas.
i. As guerras privadas teriam se tornado ilícitas, a partir do momento em que
se desenvolveram os tribunais e a figura do magistrado (representantes da
autoridade soberana); a partir dali, os indivíduos haveriam de submeter suas
controvérsias a eles, ao invés de usar da violência.
j. As guerras mistas só seriam lícitas quando movidas pela autoridade pública
contra particulares, pois, neste caso, tratar-se-ia de fazer valer a vontade do
soberano, o ser superior; se fossem movidas por particulares contra a
autoridade pública, elas seriam ilícitas, pois os súditos, ainda que não
gostassem, deveriam se conformar com a vontade deste ser superior.

Da Revolução Francesa (1789) ao Congresso de Viena (1815)

a. No fim do Séc. XVIII, a ordem feudal ainda estava viva na Europa


Ocidental: com exceção da Inglaterra, todos os países ainda eram
governados por monarquias absolutistas, a propriedade feudal ainda
predominava e a servidão não havia sido abolida.
b. Mas, do ponto de vista econômico, a economia agrária se mostrava
menos dinâmica do que o comércio e as manufaturas.

c. O uso de conhecimentos científicos no processo produtivo


impulsionou o desenvolvimento manufatureiro e comercial, e também
trouxe uma grande crença na razão e no progresso, influenciando o
surgimento do Iluminismo.

d. A Revolução Francesa foi a mais radical do seu tempo, levando à


abolição da servidão, eliminando a ideia de que o Rei é um ser
superior, e criando uma nova ordem de Estado guiada pelas noções
de cidadania, de direitos fundamentais, de igualdade de direitos e de
que o poder emana da nação, isto é, do povo.

e. Essas ideias inspiraram simpatizantes ao redor de toda a Europa


Ocidental, levando a criação de movimentos políticos nacionalistas,
sobretudo em países que não possuíam independência política, que
tinham o objetivo de se libertarem dos regimes absolutistas.

f. Por isso, os Reis europeus consideraram a França revolucionária como


uma ameaça, e, além de não reconheceram o seu novo governo,
invadiram o seu território com a finalidade de restaurar a monarquia,
embora não tenham tido êxito.

g. Já sob o governo de Napoleão, o expansionismo francês motivou uma


nova reação militar das demais Potências europeias, com uma nova
guerra que teve fim em 1815, e na qual, desta vez, a França foi
derrotada.

h. A paz estabelecida no Congresso de Viena em 1815 teve como


principal objetivo dar uma sobrevida aos regimes absolutistas,
refreando a influência das ideias revolucionárias na Europa; isto foi
feito, sobretudo, com uma reconfiguração do mapa europeu, que
dividiu territórios de países e que fundiu territórios de países
distintos, como uma forma de conter os movimentos de libertação
nacional.

Lutas de libertação nacional

i. O Congresso de Viena de 1815 teve um êxito breve, pois não tardou a


que novas revoluções voltassem a acontecer (aliás, a nossa Revolução
Pernambucana de 1817 foi uma das primeiras demonstrações do que
estava por vir).
j. Na década de 1820, toda a América Latina conquistou independência;
e, com exceção do Brasil, todos os países da região guerrearam para
obtê-la. Nesta década, na Europa Ocidental, a Grécia também se
tornou independente da Turquia.

k. Na década de 1830, a Bélgica conquistou independência diante da


Holanda, e lutaram pela libertação, embora sem êxito, italianos,
alemães, irlandeses e poloneses.

l. Finalmente, entre 1848 e 1870, diversos povos europeus conquistaram


independência: italianos, alemães, croatas, tchecos, romenos,
húngaros, poloneses, dinamarqueses, dentre outros.

Pasquale Mancini e a Nação como sujeito do direito internacional

m. O principal livro de Mancini, chamado “Direito Internacional”,


consiste numa coletânea de palestras que ele ministrou nas
universidades de Turim e de Roma entre 1851 e 1872.

n. Para ele, o sujeito do direito internacional não seria o Estado, mas sim
a Nação; esta corresponderia a uma comunidade humana formada
por indivíduos que possuem a mesma origem étnica e territorial, e
que possui uma mesma vida cultural, falando o mesmo idioma, de
modo que os seus membros possuem um sentimento de identidade e
de pertencimento àquela comunidade e aos seus símbolos culturais.

o. Se a Nação é o sujeito do direito internacional, então ela é dotada do


direito a se autogovernar, de forma soberana, livre e autônoma.

p. Deste modo, o regime colonial seria ilegal (um crime contra a


humanidade, segundo Mancini), pois ele implica a supressão deste
direito ao autogoverno, na medida em que sujeita várias nações ao
governo de Estados estrangeiros.

O imperialismo do séc. XIX e a universalização do direito internacional


q. O principal livro de Mancini, chamado “Direito Internacional”,
consiste numa coletânea de palestras que ele ministrou nas
universidades de Turim e de Roma entre 1851 e 1872.

r. Para ele, o sujeito do direito internacional não seria o Estado, mas sim
a Nação; esta corresponderia a uma comunidade humana formada
por indivíduos que possuem a mesma origem étnica e territorial, e
que possui uma mesma vida cultural, falando o mesmo idioma, de
modo que os seus membros possuem um sentimento de identidade e
de pertencimento àquela comunidade e aos seus símbolos culturais.

s. Se a Nação é o sujeito do direito internacional, então ela é dotada do


direito a se autogovernar, de forma soberana, livre e autônoma.Deste
modo, o regime colonial seria ilegal (um crime contra a humanidade,
segundo Mancini), pois ele implica a supressão deste direito ao
autogoverno, na medida em que sujeita várias nações ao governo de
Estados estrangeiros.

A teoria da autolimitação do Estado de Georg Jellink

t. Georg Jellink foi um positivista de fins do Séc. XIX e início do Séc. XX,
e a sua teoria, conhecida como a teoria da autolimitação do Estado,
aparece de forma bem desenvolvida em um dos seus principais livros,
“Teoria Geral do Estado”, publicado em 1901.

u. Ele foi inovador ao afirmar que a soberania do Estado, na verdade,


não consiste num poder absoluto; para ele, embora tenha grande
liberdade, o Estado não é livre diante dos compromissos jurídicos,
pois estes compromissos correspondem a deveres e, como tais, não se
pode escolher livremente cumpri-los ou não cumpri-los.

v. Esses compromissos, porém, se originam da vontade do próprio


Estado, na medida em que nascem ao o Estado se tornar membro de
um tratado internacional.

w. Por isso, a soberania não seria um poder ilimitado, mas, sim, o poder
que o Estado possui de se autolimitar.

O Direito Internacional no período entreguerras

k. Ao fim da Primeira Guerra Mundial, as preocupações das Potências


em evitar um novo confronto levou à criação da Liga das Nações, a
primeira organização coletiva de Estados, com a finalidade de
assegurar a paz e a segurança internacionais.
l. Parte das possessões coloniais da Alemanha e do Império Turco-
Otomano (Potências derrotadas na guerra) obtiveram independência
política e tiveram os seus territórios delimitados de acordo com o
princípio da autodeterminação dos povos.

m. A instabilidade política, provocada pela existência de grupos étnicos


minoritários no interior dos novos Estados independentes sujeitos a
tratamento jurídico discriminatório, levou à criação do sistema
internacional de proteção das minorias étnicas e religiosas, voltado
para assegurar-lhes um rol de direitos fundamentais; este sistema foi o
precursor dos direitos humanos.

n. Os territórios coloniais alemães e turcos que não obtiveram


independência foram sujeitos ao Sistema de Mandatos, que atribuía à
Liga das Nações o poder para governá-los de modo indireto, com a
concessão de poderes a Potências mandatárias.

o. A Alemanha, considerada culpada pela guerra, foi punida com a


ocupação estrangeira do seu território, a limitação das suas forças
armadas e a imposição de reparações econômicas pelos danos
provocados pelo conflito, o que trouxe insatisfações populares
generalizadas.

p. O Crack da bolsa de valores dos EUA em 1929 levou a uma depressão


econômica ao redor de todo o mundo desenvolvido, e teve um
impacto profundo na ordem do comércio internacional, com a
generalidade dos países industrializados adotando medidas
protecionistas que violavam os tratados comerciais que haviam sido
desenvolvidos desde o fim do séc. XIX.

q. A crise econômica e social também favoreceu a chegada ao poder de


vários governantes de extrema-direita ao redor do mundo, sendo
Hitler na Alemanha o mais representativo e o mais ameaçador dentre
eles.

r. Com Hitler no poder, a Alemanha se retirou da Liga das Nações e


suspendeu o pagamento das indenizações de guerra, formou uma
coalizão com a Itália e o Japão, que ficou conhecida como Potências do
Eixo, e juntos eles deram início a uma política externa agressiva,
marcada pelas invasões, anexações e conquistas de uma diversidade
de territórios.

s. Em 1936, a Liga das Nações chegou a aprovar um conjunto de sanções


contra a Itália, mas Inglaterra e França, que eram as principais
Potências da Liga, passaram a achar que as sanções acabariam
precipitando o conflito entre elas e as Potências do Eixo, e decidiram
por revogá-las, levando a Liga a ser desacreditada enquanto
instrumento para a defesa da paz mundial.
t. Em 1939, com a invasão alemã na Polônia, a Primeira Guerra Mundial
tem início, enquanto a ordem internacional instituída pelo Tratado de
Versalhes desmorona.

Hans Kelsen e a soberania da ordem jurídica internacional

u. O principal livro de Kelsen, a Teoria Pura do Direito, foi publicado em


1934, um ano após Hitler chegar ao poder na Alemanha, e, apesar dos
seus esforços para “purificar” o direito, isolando-o da influência da
política, da moral, da história, etc., a sua teoria foi intensamente
influenciada pelos acontecimentos políticos internacionais daquela
época.

v. Para ele, o direito seria um sistema de normas válidas cujo


descumprimento enseja sanção; este sistema seria hierarquizado, de
modo que as normas retirariam a sua validade da sua compatibilidade
com uma norma hierarquicamente superior; e, no topo dessa escala
hierárquica, existiria uma “norma fundamental”, a mais relevante de
todas, que daria coerência e unidade ao sistema, na medida em que
todas as demais normas lhe deveriam obediência.

w. Para Kelsen, este sistema seria um fenômeno mundial, e no topo da


sua pirâmide estaria o princípio Pacta Sunt Servanda, que determina a
obrigatoriedade dos tratados internacionais; os ordenamentos
jurídicos nacionais, por sua vez, estariam hierarquicamente abaixo do
direito internacional.

x. Para ele, essa posição subordinada do direito nacional em relação ao


direito internacional poderia ser demonstrada, por exemplo, pelo fato
de que a soberania do Estado, incluindo a vigência das suas leis e a
competência das suas instituições, são delimitadas geograficamente
pelas suas fronteiras, as quais possuem uma natureza relacional (de
um Estado perante o outro), e, portanto, internacional.

y. O poder do Estado, assim, não seria limitado pelo direito internacional


(como afirmava Jellinek), mas, sim, inteiramente determinado por
normas internacionais. Deste modo, o Estado não seria soberano; a
soberania pertenceria à ordem jurídica internacional pois ela é que é
suprema.

z. Esta teoria servia para contrapor os argumentos usados pela Alemanha


nazista para legitimar a sua política externa agressiva, que, além de repousar
numa noção de supremacia étnica, se valia de fundamentos baseados na
noção de soberania do Estado e da sua constituição.

aa. Para Kelsen, a conduta do Estado alemão era ilegal por violar tratados
internacionais válidos (hierarquicamente superiores à constituição alemã), e
a sua teoria pode ser vista como uma tentativa de instar a sociedade
internacional a sancioná-lo.

O Direito Internacional no Período Entre Guerras


a. Ao fim da Primeira Guerra Mundial, as preocupações das Potências
em evitar um novo confronto levou à criação da Liga das Nações, a
primeira organização coletiva de Estados, com a finalidade de
assegurar a paz e a segurança internacionais.

b. Parte das possessões coloniais da Alemanha e do Império Turco-


Otomano (Potências derrotadas na guerra) obtiveram independência
política e tiveram os seus territórios delimitados de acordo com o
princípio da autodeterminação dos povos.

c. A instabilidade política, provocada pela existência de grupos étnicos


minoritários no interior dos novos Estados independentes sujeitos a
tratamento jurídico discriminatório, levou à criação do sistema
internacional de proteção das minorias étnicas e religiosas, voltado
para assegurar-lhes um rol de direitos fundamentais; este sistema foi o
precursor dos direitos humanos.

d. Os territórios coloniais alemães e turcos que não obtiveram


independência foram sujeitos ao Sistema de Mandatos, que atribuía à
Liga das Nações o poder para governá-los de modo indireto, com a
concessão de poderes a Potências mandatárias.

i. A Liga das Nações concediam mandatos para que Potências


governassem as Colônias que não conquistaram sua
independência;

e. A Alemanha, considerada culpada pela guerra, foi punida com a


ocupação estrangeira do seu território, a limitação das suas forças
armadas e a imposição de reparações econômicas pelos danos
provocados pelo conflito, o que trouxe insatisfações populares
generalizadas.

f. O Crack da bolsa de valores dos EUA em 1929 levou a uma


depressão econômica ao redor de todo o mundo desenvolvido, e teve
um impacto profundo na ordem do comércio internacional, com a
generalidade dos países industrializados adotando medidas
protecionistas que violavam os tratados comerciais que haviam sido
desenvolvidos desde o fim do séc. XIX.
i. A Crise de 1929 cria um desabastecimento de produtos
industrializados no mercado brasileiro, o que fomenta o
intento de Getúlio Vargas à investir no Processo de
Industrialização no Brasil;
ii. A Crise de 1929 também desestabiliza o Sistema Multilateral
de Comércio Internacional, por uma adoção de Medidas
Discriminatórias e Protecionistas com a Criação de Barreiras
Alfandegárias e Subsídios Agrícolas e Industriais;

g. A crise econômica e social também favoreceu a chegada ao poder de


vários governantes de extrema-direita ao redor do mundo, sendo
Hitler na Alemanha o mais representativo e o mais ameaçador dentre
eles.

h. Com Hitler no poder, a Alemanha se retirou da Liga das Nações e


suspendeu o pagamento das indenizações de guerra, formou uma
coalizão com a Itália e o Japão, que ficou conhecida como Potências do
Eixo, e juntos eles deram início a uma política externa agressiva,
marcada pelas invasões, anexações e conquistas de uma diversidade
de territórios.

i. Hitler utilizou-se de figuras da extrema esquerda para


assemelhar- se com a ideologia Comunista que despontava na
época como o meio para o desenvolvimento econômico e
aproximação da classe trabalhadora;

i. Em 1936, a Liga das Nações chegou a aprovar um conjunto de sanções


contra a Itália, mas Inglaterra e França, que eram as principais
Potências da Liga, passaram a achar que as sanções acabariam
precipitando o conflito entre elas e as Potências do Eixo, e decidiram
por revogá-las, levando a Liga a ser desacreditada enquanto
instrumento para a defesa da paz mundial. Em 1939, com a invasão
alemã na Polônia, a Primeira Guerra Mundial tem início, enquanto a
ordem internacional instituída pelo Tratado de Versalhes
desmorona.

Hans Kelsen e a Soberania da Ordem Jurídica Internacional

j. O principal livro de Kelsen, a Teoria Pura do Direito, foi publicado


em 1934, um ano após Hitler chegar ao poder na Alemanha, e, apesar
dos seus esforços para “purificar” o direito, isolando-o da influência
da política, da moral, da história, etc., a sua teoria foi intensamente
influenciada pelos acontecimentos políticos internacionais daquela
época.

k. Para ele, o direito seria um sistema de normas válidas cujo


descumprimento enseja sanção; este sistema seria hierarquizado, de
modo que as normas retirariam a sua validade da sua compatibilidade
com uma norma hierarquicamente superior; e, no topo dessa escala
hierárquica, existiria uma “norma fundamental”, a mais relevante de
todas, que daria coerência e unidade ao sistema, na medida em que
todas as demais normas lhe deveriam obediência.

Norma Hipotética Fundamental


Direito Internacional (Pacta Sunt Servanda)

Constituição Nacional

Demais Legislações

l.

m. Para Kelsen, este sistema seria um fenômeno mundial, e no topo da


sua pirâmide estaria o princípio Pacta Sunt Servanda, que determina a
obrigatoriedade dos tratados internacionais; os ordenamentos
jurídicos nacionais, por sua vez, estariam hierarquicamente abaixo do
direito internacional.

n. Para ele, essa posição subordinada do direito nacional em relação ao


direito internacional poderia ser demonstrada, por exemplo, pelo fato
de que a soberania do Estado, incluindo a vigência das suas leis e a
competência das suas instituições, são delimitadas geograficamente
pelas suas fronteiras, as quais possuem uma natureza relacional (de
um Estado perante o outro), e, portanto, internacional.

o. O poder do Estado, assim, não seria limitado pelo direito


internacional (como afirmava Jellinek), mas, sim, inteiramente
determinado por normas internacionais.

p. Deste modo, o Estado não seria soberano; a soberania pertenceria à


ordem jurídica internacional pois ela é que é suprema.
q. Esta teoria servia para contrapor os argumentos usados pela
Alemanha nazista para legitimar a sua política externa agressiva, que,
além de repousar numa noção de supremacia étnica, se valia de
fundamentos baseados na noção de soberania do Estado e da sua
constituição.

r. Para Kelsen, a conduta do Estado alemão era ilegal por violar tratados
internacionais válidos (hierarquicamente superiores à constituição
alemã), e a sua teoria pode ser vista como uma tentativa de instar a
sociedade internacional a sancioná-lo.

Fontes do Direito Internacional

Fonte e Norma;
i. Fontes do direito é a expressão metafórica para os princípios
gerais da ciência do direito, os modos de formação das normas
jurídicas, ou seja, sua entrada no ordenamento jurídico.
ii. Norma: Preceito, regra, modelo, teor, minuta; linha de conduta.
Jurídica: Prescrição legal, preceito obrigatório, cuja
característica é a possibilidade de ter seu cumprimento exigido,
se necessário, com o emprego da força, da coerção, o que se
chama coercibilidade. 

Fontes Formais e Fontes Materiais;

iii. Fontes Materiais: Referem-se as circunstâncias sociais,


econômicos, políticos, filosóficos e históricos que deram origem
ao Direito, influenciando na criação das normas jurídicas.
iv. Fontes Formais: São instrumentos institucionais reconhecidos
como manifestação do Direito no sistema jurídico, pertinentes,
assim, à exteriorização das normas jurídicas.

As Fontes do Direito Internacional Público segundo o Art.38 do Estatuto da Corte


Internacional de Justiça:
1. A Corte, cuja função seja decidir conforme o direito
internacional as controvérsias que sejam submetidas,
deverá aplicar;
2. as convenções internacionais, sejam gerais ou
particulares, que estabeleçam regras expressamente
reconhecidas pelos Estados litigantes;
3. o costume internacional como prova de uma prática
geralmente aceita como direito;
4. os princípios gerais do direito reconhecidos pelas nações
civilizadas;
5. as decisões judiciais e as doutrinas dos publicitários de
maior competência das diversas nações, como meio
auxiliar para a determinação das regras de direito, sem
prejuízo do disposto no Artigo 59.
6. A presente disposição não restringe a faculdade da
Corte para decidir um litígio ex aequo et bono ("segundo
a equidade e o bem".) se convier às partes.

 Tratados ou Convenções: Acordo formal entre dois ou mais


governos independentes (escrito ou verbal), sendo a
principal fonte do direito internacional;

 Costumes: Servem como fundamento para ação /decisão


judicial internacional, a pesar de se ter dificuldade de
comprovar a sua existência.

 Resoluções de Organizações Internacionais:

 Atos Unilaterais:

 Princípios Gerais do Direito;

 Meios Auxiliares para Interpretação da Norma Jurídica:


Doutrina:
Jurisprudência:
Equidade:

Elaboração e Entrada em Vigor dos Tratados.

Ato de Controle do Congresso Nacional Sobre o Executivo: Referendo Legislativo.

Adoção do Referendo
Negociação Assinatura Ratificação Promulgação
Texto Legislativo
Negociação:
 As autoridades públicas que representam os seus respectivos Estados
na negociação do texto do tratado devem estar devidamente
habilitadas, possuindo competência para este ato (plenos poderes).
 Plenipotenciário:
Agente diplomático com plenos poderes do seu governo junto a
sociedade internacional;

Requisitos:

(Formal) Instrumento - Carta de Plenos Poderes: documento


expedido pela autoridade competente de um Estado e pelo qual são
designadas uma ou várias pessoas para representá-lo na negociação,
adoção ou autenticação do texto de um tratado, para manifestar o
consentimento do Estado em obrigar-se por um tratado ou para
praticar qualquer outro ato relativo a um tratado.
(Material): Boa-Fé

Adoção do Texto:
 Em um tratado bilateral, a adoção do texto se dá como um ato
contínuo às negociações, indicando a chegada a um acordo entre os
Estados negociadores, de modo que, neste caso, a adoção do texto é
feita com o simples consentimento entre eles (art. 9.º, §1.º, Convenção
de Viena de 1969).
 Quando se trata da elaboração de um tratado multilateral no âmbito
de uma conferência, a adoção do texto é feita através de votação,
sendo necessário maioria de dois terços dos Estados presentes e
votantes (art. 9.º, §2.º, Convenção de Viena de 1969).
 Efeito Jurídico: A adoção do texto tem importância-chave para a
continuidade do processo de entrada em vigor do tratado, pois ela
produz o efeito jurídico específico de conferir vigência aos
dispositivos do tratado que regem as etapas de celebração
subsequentes - assinatura, ratificação, etc. - (art. 24.º, §4.º, Convenção
de Viena de 1969);

Convenção de Viena (DECRETO Nº 7.030, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2009)

(Art. 9) Adoção do Texto 


A adoção do texto do tratado efetua-se pelo consentimento de todos os Estados que
participam da sua elaboração, exceto quando se aplica o disposto no parágrafo 2. 

A adoção do texto de um tratado numa conferência internacional efetua-se pela


maioria de dois terços dos Estados presentes e votantes, salvo se esses Estados, pela
mesma maioria, decidirem aplicar uma regra diversa.

Assinatura: É o ato forma que representa a adesão do Estado representado ao


Tratado;
 Autenticação do tratado: A assinatura do tratado representa uma expressão
de consentimento, na qual o Estado manifesta a sua intenção de se tornar
membro do tratado.
 Desdobramento do Princípio da Boa-fé a assinatura cria a obrigação para o
Estado que assinou de se abster da prática de atos que possam frustrar o
objeto e finalidade do tratado;

Ratificação:

 Ratificação: Ato externo do Direito Internacional dos países signatários do


Tratado perante a Sociedade Internacional, demonstrando o consentimento e
compromisso do país.
 Carta de Adesão ou de Ratificação: Ato pelo qual um chefe de Estado
aprova, confirma e promulga uma convenção ou um tratado firmado por seu
representante com outro Estado ou Estados reunidos em Assembleia
internacional legislativa.

 Mecânica: Em acordos bilaterais são trocadas as Cartas de Ratificação entre


os países; já em acordos multilaterais um dos países signatários é escolhido
como depositário e recebe todas as cartas de ratificação da convenção; em
acordos feitos por Organizações Internacionais, estas são as depositárias das
cartas de ratificação.

 Efeito: O Estado passa a está obrigado a cumprir as exigências do Tratado.

Convenção Americana sobre Direitos Humanos

(Pacto de São José da Costa Rica) - DECRETO Nº 678, DE 6 DE NOVEMBRO DE


1992
(Art. 62) Ratificação Todo Estado-Parte pode, no momento do depósito do seu
instrumento de ratificação desta Convenção ou de adesão a ela, ou em qualquer
momento posterior, declarar que reconhece como obrigatória, de pleno direito e
sem convenção especial, a competência da Corte em todos os casos relativos à
interpretação ou aplicação desta Convenção.

Celebração e Incorporação de Tratados à Ordem Jurídica Brasileira


Competência para celebrar Tratados no Brasil

Referendo Legislativo: É um ato de controle interno de natureza constitucional,


típico da divisão de poderes, caso aprovado é emitido um decreto legislativo,
caso contrário o presidente fica impedido de prosseguir;

i. Art. 84. Compete privativamente ao


Presidente da República:
ii. VIII - celebrar tratados, convenções e atos
internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional;

Promulgado e Publicado: A aplicabilidade do Tratado no Plano Interno,


ocorre a partir de uma exigência/necessidade consuetudinária do direito
brasileiro. Ela incorpora o tratado ao Ordenamento jurídico interno.
Comitê de Direitos Humanos
Definição: órgão criado em virtude dos art.º 28.º do Pacto Internacional
sobre os Direitos Civis e Políticos com o objetivo de controlar a aplicação,
pelos Estados Partes, das disposições deste instrumento (bem como do seu
segundo Protocolo Adicional com vista à Abolição da Pena de Morte). Nos
termos do art.º 40.º do Pacto (e o at.º 3.º o segundo Protocolo), os Estados
Partes apresentam relatórios ao Comitê onde enunciam as medidas adotadas
para tornar efetivas as disposições destes tratados. Os relatórios são
analisados pelo Comitê e discutidos entre este e representantes do Estado
Parte em causa, após o que o Comitê emite as suas observações finais sobre
cada relatório: salientando os aspectos positivos bem como os problemas
detectados, para os quais recomenda as soluções que lhe pareçam
adequadas.

Guardião do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos PIDCP

Direito Interno e Direito Internacional Conflitos Entre Tratados e Leis


Monismo e Dualismo: Com a possibilidade de um conflito normativo entre
tratado e lei doméstica foram suscitadas duas teorias.

 Dualismo: Direito Internacional e Direito Nacional são ordenamentos


independentes e autônomos, logo eles não entrariam em conflito; Seria
necessário processo de incorporação;

 Monismo: Direito Internacional e Direito Nacional são Direitos


Interdependentes e podem entrar em conflitos;
 Monismo Nacionalista: Primazia do Direito Interno
(Ordenamento Nacional como Superior); Os Estados só se vinculam
as normas que consentiram de acordo com o Ordenamento Jurídico
Interno;

 Monismo Internacionalista: Primazia do Direito Internacional;

 Primazia da Norma Mais Favorável: No conflito entre o Direito


Internacional e o Direito Interno deve ser utilizado a Norma que Melhor
Promover a Dignidade da Pessoa Humana;

Observância dos Tratados

(Artigo 26) Pacta sunt servanda 


Todo tratado em vigor obriga as partes e deve ser cumprido por elas de boa
fé.
(Artigo 27) Direito Interno e Observância de Tratados 
Uma parte não pode invocar as disposições de seu direito interno para
justificar o inadimplemento de um tratado. Esta regra não prejudica o artigo
46.

Inconstitucionalidade Extrínseca do Tratado

Definição:
v. É uma inconstitucionalidade formal que autoriza o Estado
descumprir o tratado;

Previsão Legal:
s. Disposições do Direito Interno sobre Competência para Concluir
Tratados 
1. Um Estado não pode invocar o fato de que seu
consentimento em obrigar-se por um tratado foi
expresso em violação de uma disposição de seu direito
interno sobre competência para concluir tratados, a não
ser que essa violação fosse manifesta e dissesse respeito
a uma norma de seu direito interno de importância
fundamental. 
2. Uma violação é manifesta se for objetivamente evidente
para qualquer Estado que proceda, na matéria, de
conformidade com a prática normal e de boa fé.

Direito Interno e Direito Internacional: Conflitos Entre o Tratado e Lei


(Continuação)

O Tratado Perante a Constituição Federal de 1988:

i. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal


Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
ii. III - julgar, mediante recurso
extraordinário, as causas decididas em
única ou última instância, quando a
decisão recorrida: b) declarar a
inconstitucionalidade de tratado ou lei
federal;

Tratado
Tribunal
Nacional
Lei Prioridade

Tratado e Lei Federal:

O tratado é um compromisso externo, leis posteriores não podem retirar a


sua validade. Para ser desfeito o Tratado que é uma fonte do Direito
Internacional, só é possível pelo instituto da Denúncia.
A criação de uma lei que contradiz um Tratado, representa uma violação de
um compromisso realizado internacionalmente.

Tratado Prioridade
Tribunal
Internacional
Lei

 Observância dos tratados

 O conflito entre tratado e lei pode se configurar num


litígio processual entre Estados, no qual, perante um
tribunal internacional, um Estado invoca como seu
direito uma disposição contida em um tratado, enquanto
o outro Estado litigante invoca uma disposição da sua
própria lei doméstica.

 A Convenção de Viena de 1969 traz uma regra sobre o


tema no art. 27: Direito Interno e Observância de
Tratados. Uma parte não pode invocar as disposições
de seu direito interno para justificar o inadimplemento
de um tratado. Esta regra não prejudica o artigo 46.

 Assim, para o direito internacional, sempre que houver


um conflito material entre uma disposição de um
tratado e uma disposição de uma lei doméstica, deverá
ser a norma do tratado a que deverá prevalecer.
 Esta sempre será a solução dada pelos tribunais
internacionais.
 Inconstitucionalidade extrínseca
 A única possibilidade de conflito entre tratado e lei que
pode, à luz do direito internacional, dar primazia à lei é
quando se trata de um caso inconstitucionalidade
extrínseca. Neste caso, porém, não temos um conflito
material de normas, mas sim um conflito formal entre o
tratado e a constituição do Estado.

 Este tipo de conflito se dá quando a celebração do


tratado por um Estado viola uma norma da sua
Constituição que determina qual autoridade pública é
competente para celebrar tratados e como ela deve fazê-
lo.

 Olhem o art. 46 da Convenção de Viena: Disposições do


Direito Interno sobre Competência para Concluir
Tratados. 1. Um Estado não pode invocar o fato de que
seu consentimento em obrigar-se por um tratado foi
expresso em violação de uma disposição de seu direito
interno sobre competência para concluir tratados, a não
ser que essa violação fosse manifesta e dissesse respeito
a uma norma de seu direito interno de importância
fundamental. 2. Uma violação é manifesta se for
objetivamente evidente para qualquer Estado que
proceda, na matéria, de conformidade com a prática
normal e de boa fé.

 No caso do Brasil, a norma constitucional que se refere à


competência para celebrar tratados é o art. 84, VIII, que
analisamos há algumas aulas: Compete privativamente
ao Presidente da República: VIII - celebrar tratados,
convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional;

No Brasil, um conflito normativo entre Tratado X Lei o que prevalecerá será:


Lei mais Específica;
Lei mais Recente;
Exceção em Matéria Tributária e Regulação de Transporte
Internacional:  

ii. CTN Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais


revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão
observados pela que lhes sobrevenha.

iii. CF/88 Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes
aéreo, aquático e terrestre, devendo, quanto à ordenação do
transporte internacional, observar os acordos firmados pela
União, atendido o princípio da reciprocidade.

Os tratados de Direitos Humanos

 Os Tratados Internacionais de Direitos Humanos possuem um


status especial dentro do Ordenamento Jurídico Brasileiro, em
razão do dispositivo constitucional que garante a sua
internalização por meio da ampliação do regime e dos
princípios constitucionais.
a. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes:
b. LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito
à proteção dos dados pessoais, inclusive nos
meios digitais.
c. § 2º Os direitos e garantias expressos nesta
Constituição não excluem outros decorrentes do
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos
tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.

 Com a criação da Emenda Constitucional Nº45 em 2004; Correntes passaram


a afirmar que o se o Tratado Internacional foi incorporado sem a devida
formalização prevista no dispositivo constitucional abaixo, deveria ser
entendido apenas com o status de lei federal.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais
sobre direitos humanos que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais.

 Caso de Prisão ao Depositário Infiel: Defesa Pacto de São José da Costa


Rica, Prisão Arbitrária por Contrariar Tratado Internacional de Direitos
Humanos; Prisão legal segundo a CF/88.

 Entendimento Pacificado: Caso o Tratado tenha a devida formalização


prevista no § 3º terá status de Emenda Constitucional, caso contrário terá
Status de Lei Supralegal.

 As normas supralegais, conforme o vaticinado acima se traduzem


nos tratados internacionais ratificados pelo Brasil e que tratam de temas
diferentes dos direitos humanos, de forma que passam a integrar o
ordenamento jurídico em posição situada abaixo das normas constitucionais
e acima das normas infraconstitucionais.

RESUMO PENSADORES

 Grocio (sec. XVII) que a soberania seria fruto de um direito de superioridade


do rei;
 Pascuale Mancini (XIX) época de lutas de libertação nacional que levaram a
criação de várioas estados na Europa e na América Latina, para ele a
soberania não seria do rei seria do povo.
 Jellik(XIX-XX) período de maior desenvolvimento histórico do Direito
Internacional, universalização do DI, que a soberania não é um poder
absoluto mas sim um poder limitado pelas obrigações jurídicas
internacionais que nascem dos tratados que o Estado ratifica
voluntariamente se compromete. A soberania é um poder de autolimitação ,
onde o Estado tem de se autolimitar;
 Kelsen (XX) Expansão do Nazi-facismo, a soberania pertenceria a Ordem
Jurídica Internacional;

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