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Símbolos da revolução
A maior parte da população do século XVIII (18) não sabia ler nem escrever,
portanto o uso de símbolos era essencial para diversos fins (na sua maioria fins
políticos).
O Barrete Frígio era usado pelos antigos escravos e representava a libertação dos
mesmos. Seguidamente, encontra-se o Oroboros, simbolizando a eternidade. Como dito
anteriormente, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão simbolizava a
igualdade de todos perante a lei.
Filósofos com ideias iluministas:
O Iluminismo foi um movimento intelectual, filosófico e cultural. Este
movimento promoveu mudanças políticas, económicas e sociais, baseadas nos ideais de
liberdade, igualdade e fraternidade.
Voltaire, Montesquieu e Rousseau foram os principais filósofos iluministas que
inspiraram esta revolução.
Começando por Voltaire, que defendia um programa político moderado; a paz
com a monarquia constitucional; acreditava na total separação do Estado e da Igreja
Católica e desejava abrir caminho para o capitalismo na França. Dizia que a Igreja
mantinha o povo ignorante, funcionando como uma espécie de ferramenta para manter a
população submissa. Queria, ainda, abolir o sistema feudal (vassalos).
Já Montesquieu, tinha um programa político muitíssimo moderado. Queria a
burguesia no poder (fração do povo com educação); o regime político determinava não
só o espírito das leis e o seu conteúdo; defendia que a organização política é o mais
importante na vida das sociedades; o despotismo é a forma incorreta do Estado, pois as
leis não são necessárias (uma entidade / individuo governa com poder absoluto) logo,
era contra a monarquia absolutista que governava a França e, por último, apoiava a
separação dos três poderes: executivo, legislativo e judicial.
Por fim, Rousseau intercedia por um programa político muito mais radical,
comparativamente ao de Montesquieu. Acreditava em ideias democráticas; era contra o
feudalismo e o despotismo; opunha-se à cultura e ao conhecimento e favorecia imenso a
ciência e a arte (“A principal fonte do mal reside na riqueza”). Era contra o Capitalismo,
pois este inevitavelmente trará aspetos negativos ao “progresso”; cria num Estado
minimalista que protegesse apenas a propriedade privada, consolidasse o domínio e
salvaguardasse - “Há que destruir a sociedade, a diferença entre o meu e o teu, voltar à
selva e ali viver ao lado dos ursos”. Para Rousseau, todo o povo tinha de participar na
legislação; por último, queria acabar com a Igreja Católica e substituí-la por uma Igreja
da “razão”.
Direitos do Homem e do Cidadão
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, implantada na primeira
Constituição da República Francesa, exerceu uma influência direta no nascimento das
instituições políticas burguesas, às quais a revolução de 1789 “deu vida”. Foi assinada
no dia 26 de agosto de 1789 e teve uma grande importância, pois afirmava os direitos
coletivos e individuais do cidadão.
Qualificou a propriedade de direito sagrado e inviolável e proclamou a
igualdade, puramente formal, dos cidadãos perante a lei e, pela Constituição de 1791,
implantou a monarquia constitucional. O Artigo 1 é a base de todos os outros “Os
Homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem
fundamentar-se na utilidade comum”.
Este documento consagrava os princípios fundamentais da nova ordem.
Princípios estes que eram a Liberdade, quer individual, quer de pensamento e expressão.
Era, assim, dado o reconhecimento que os homens nascem e continuam livres,
consagrando-se o princípio destas liberdades como um direito natural, inviolável,
imprescritível e inalienável.
Reconhece-se outro direito natural do Homem, o direito à igualdade perante a
lei, a justiça e a administração. Com o reconhecimento deste direito, é
institucionalmente decretado o fim da velha sociedade de ordens.
Legitima-se, então, o facto do poder residir na Nação e, se o soberano o detiver,
é porque a Nação o constituiu como o mandatário mediante um contrato que se
estabelece entre governantes e governados.
Constituição de 1791
A proclamação da Assembleia Nacional Constituinte na França ocorreu no dia 9 de
julho de 1789. Dois anos depois, a 3 de setembro de 1791, foi adotada uma Constituição
que encerrava o Antigo Regime e estabelecia a Monarquia Constitucional na França e
tinha como características principais:
Forma e Regime de Governo
A monarquia seria o regime de governo, mas passaria a ser constitucional.
A Monarquia Constitucional ou Monarquia Parlamentar, é uma forma de governo na
qual o rei é o Chefe de Estado de forma hereditária ou eletiva, mas os seus poderes são
limitados pela constituição.
A família Bourbon continuaria a reinar e Luís XVI ficaria no trono. O rei tinha poder de
veto, era o Chefe das Forças Armadas e declarava guerra e paz. Divisão de Poderes
A Constituição estabelecia a divisão de poderes, tal como os iluministas
defendiam. Assim, a França passou a ter:
Igualdade Civil
Houve a abolição do feudalismo e foi proclamada a igualdade civil, ou seja,
foram suprimidos os privilégios e as ordens sociais. Ainda assim, a escravidão foi
mantida nas colónias. Os protestantes e judeus, que residem em França, são
reconhecidos como cidadãos.
Voto Censitário
Estabeleceu-se a forma de voto censitário baseado no critério económico. Os
cidadãos foram divididos em ativos, aqueles que poderiam votar; e passivos, que não
participavam das eleições, como as mulheres, judeus e Ex escravizados. Somente
poderiam votar os homens, maiores de 25 anos, estabelecidos no mesmo endereço
durante um ano e que pagassem um imposto equivalente a três dias de trabalho. Votava-
se para deputados nacionais, assembleias locais, juízes, chefes da guarda nacional e
padres. Por sua vez, para se candidatar era preciso ter uma renda equivalente a
cinquenta dias de trabalho.
Trabalho
As corporações de ofícios foram suprimidas, assim como o direito de associação
e de greve dos trabalhadores.
Religião
Em 1790, foi aprovada a Constituição Civil do Clero, no qual os padres
passaram a ser funcionários civis subordinados e pagos pelo Estado. Igualmente, os
padres deveriam prestar um juramento à Constituição. Também foram confiscados os
bens da Igreja, sendo declarado o fim dos votos perpétuos e suprimidas as ordens
religiosas. Esse conjunto de leis foi ratificado pela Assembleia Constituinte de 1791 e
incorporado à Constituição.
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https://history.state.gov/milestones/1784-1800/french-rev
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https://www.thegreatcoursesdaily.com/the-influence-of-the-french-revolution-on-european-
history/
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https://www.open.edu/openlearn/history-the-arts/history-art/french-revolution/content-
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the-french-revolution/
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https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/revolucao-francesa.htm
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https://revistagalileu.globo.com/blogs/Maquina-do-Tempo/noticia/2016/07/por-que-
revolucao-francesa-influencia-o-mundo-ate-hoje.html
11.10.2021 12.25
https://escolakids.uol.com.br/historia/influencias-da-revolucao-francesa-no-mundo.htm
11.10.2021 12.25
https://run.unl.pt/bitstream/10362/32881/1/O%20Impacto%20da%20Revolu
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11.10.2021 12.25