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Guião

Legenda: Azul- ppt (não mexer)


Boa tarde, o meu nome é Maria, o meu é Pedro e o meu é Margarida. Hoje, no
âmbito da disciplina de Ciência Política iremos abordar os antecedentes, as causas, as
consequências e a simbologia da Revolução Francesa. Esta, foi um dos maiores
acontecimentos da humanidade, um processo revolucionário - quer em termos políticos
quer em termos sociais - inspirado em ideais radicais iluministas que causou profundas
transformações, marcando o início da queda do absolutismo na Europa.
Os soldados franceses que participaram na Revolução Americana, como aliados,
conviveram com os americanos. Os ideais desta revolução, foram, assim, partilhados,
influenciando os franceses a revoltarem-se.
Antecedentes
A sociedade francesa era altamente estratificada. O topo da pirâmide era ocupado
pelo rei. Seguidamente, encontrava-se o clero, isento de impostos, serviço militar e até
mesmo julgamento em tribunais comuns. A alta nobreza e o alto clero habitavam
Versalhes, dependentes do rei, rodeados de luxo e ostentação. Toda esta realidade era
sustentada pelo terceiro estado, através da cobrança de inúmeros impostos. A
agricultura entrou em colapso, devido a más colheitas, por este motivo, o preço do pão
subiu bastante; eram aos milhares os pedintes a habitar as ruas; muitos culpavam o rei
pela miséria em que o reino se encontrava, visto ser uma monarquia absolutista; na
capital, aumentaram as greves de trabalhadores; desempregados saqueavam lojas e as
manifestações tornaram-se comuns.
Apoiado em tal frágil estrutura, o reino francês afundou com facilidade numa
crise económica ocasionada, principalmente, pelos gastos com as intervenções militares
em conflitos externos - A Guerra dos Sete Anos e a Guerra da Revolução Americana.
Causas
Variadas foram as razões que levaram os franceses a revoltarem-se. Entre tantas,
destaca-se o facto de, nas reuniões, cada estado representar um voto na matéria
discutida. Como tinham interesses bastante similares, o clero e a nobreza tendiam a
votar juntos, invariavelmente ganhando todas as votações. A desintegração do
feudalismo e a formação de um regime capitalista no seu seio provocaram o
agravamento de todas as contradições da sociedade. A população estava
sobrecarregada com elevados impostos, como maneira de pagar as dividas das guerras, e
más colheitas, que desencadeavam uma má reputação do governo.
O Terceiro Estado rompeu com os Estados Gerais e fundou a Assembleia
Nacional Constituinte, com o propósito de redigir uma Constituição que proporia
mudanças para França, tornando-a uma monarquia constitucional. Quando Luís XVI
tentou fechar esta associação à força, a população parisiense revoltou-se em sua defesa.
Foi, então, criada uma Comuna para governar Paris e uma Guarda Nacional - espécie de
milícia popular.
Inicio da revolução
A Revolução Francesa teve como grande marco a Queda da Bastilha, no dia 14
de julho de 1789. Inspirou-se nos ideais iluministas, que acreditavam que a autoridade
deveria basear-se na razão; defendiam a liberdade e o constitucionalismo; eram fortes
adeptos da separação entre Igreja e Estado; oponham-se à monarquia absolutista e
defendiam o método científico.

Formaram-se, então, dois principais partidos: os girondinos, defensores de


medidas moderadas, e os jacobinos, defensores de radicais transformações políticas,
económicas e sociais. Durante o período do terror, os jacobinos, liderados por
Maximilien Robespierre, guilhotinaram milhares de opositores.
Contudo, desde 1790 a 1794, gerou-se instabilidade política, violência e vontade
para uma mudança radical na França. Depois de Luís XVI ter sido julgado e executado
em janeiro de 1793, a guerra entre a França e as restantes monarquias europeias foi
inevitável. Estas duas potências juntaram-se a Áustria e a outras nações europeias na
guerra contra a expansão dos ideais da revolução. Entretanto os Estados Unidos
permaneceram neutros, enquanto ambos Republicanos e Democratas viam que a guerra
estava a desencadear um desastre económico e a possibilidade de invasão.

Símbolos da revolução

A maior parte da população do século XVIII (18) não sabia ler nem escrever,
portanto o uso de símbolos era essencial para diversos fins (na sua maioria fins
políticos).
O Barrete Frígio era usado pelos antigos escravos e representava a libertação dos
mesmos. Seguidamente, encontra-se o Oroboros, simbolizando a eternidade. Como dito
anteriormente, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão simbolizava a
igualdade de todos perante a lei.
Filósofos com ideias iluministas:
O Iluminismo foi um movimento intelectual, filosófico e cultural. Este
movimento promoveu mudanças políticas, económicas e sociais, baseadas nos ideais de
liberdade, igualdade e fraternidade.
Voltaire, Montesquieu e Rousseau foram os principais filósofos iluministas que
inspiraram esta revolução.
Começando por Voltaire, que defendia um programa político moderado; a paz
com a monarquia constitucional; acreditava na total separação do Estado e da Igreja
Católica e desejava abrir caminho para o capitalismo na França. Dizia que a Igreja
mantinha o povo ignorante, funcionando como uma espécie de ferramenta para manter a
população submissa. Queria, ainda, abolir o sistema feudal (vassalos).
Já Montesquieu, tinha um programa político muitíssimo moderado. Queria a
burguesia no poder (fração do povo com educação); o regime político determinava não
só o espírito das leis e o seu conteúdo; defendia que a organização política é o mais
importante na vida das sociedades; o despotismo é a forma incorreta do Estado, pois as
leis não são necessárias (uma entidade / individuo governa com poder absoluto) logo,
era contra a monarquia absolutista que governava a França e, por último, apoiava a
separação dos três poderes: executivo, legislativo e judicial.
Por fim, Rousseau intercedia por um programa político muito mais radical,
comparativamente ao de Montesquieu. Acreditava em ideias democráticas; era contra o
feudalismo e o despotismo; opunha-se à cultura e ao conhecimento e favorecia imenso a
ciência e a arte (“A principal fonte do mal reside na riqueza”). Era contra o Capitalismo,
pois este inevitavelmente trará aspetos negativos ao “progresso”; cria num Estado
minimalista que protegesse apenas a propriedade privada, consolidasse o domínio e
salvaguardasse - “Há que destruir a sociedade, a diferença entre o meu e o teu, voltar à
selva e ali viver ao lado dos ursos”. Para Rousseau, todo o povo tinha de participar na
legislação; por último, queria acabar com a Igreja Católica e substituí-la por uma Igreja
da “razão”.
Direitos do Homem e do Cidadão
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, implantada na primeira
Constituição da República Francesa, exerceu uma influência direta no nascimento das
instituições políticas burguesas, às quais a revolução de 1789 “deu vida”. Foi assinada
no dia 26 de agosto de 1789 e teve uma grande importância, pois afirmava os direitos
coletivos e individuais do cidadão.
Qualificou a propriedade de direito sagrado e inviolável e proclamou a
igualdade, puramente formal, dos cidadãos perante a lei e, pela Constituição de 1791,
implantou a monarquia constitucional. O Artigo 1 é a base de todos os outros “Os
Homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem
fundamentar-se na utilidade comum”.
Este documento consagrava os princípios fundamentais da nova ordem.
Princípios estes que eram a Liberdade, quer individual, quer de pensamento e expressão.
Era, assim, dado o reconhecimento que os homens nascem e continuam livres,
consagrando-se o princípio destas liberdades como um direito natural, inviolável,
imprescritível e inalienável.
Reconhece-se outro direito natural do Homem, o direito à igualdade perante a
lei, a justiça e a administração. Com o reconhecimento deste direito, é
institucionalmente decretado o fim da velha sociedade de ordens.
Legitima-se, então, o facto do poder residir na Nação e, se o soberano o detiver,
é porque a Nação o constituiu como o mandatário mediante um contrato que se
estabelece entre governantes e governados.
Constituição de 1791
A proclamação da Assembleia Nacional Constituinte na França ocorreu no dia 9 de
julho de 1789. Dois anos depois, a 3 de setembro de 1791, foi adotada uma Constituição
que encerrava o Antigo Regime e estabelecia a Monarquia Constitucional na França e
tinha como características principais:
 Forma e Regime de Governo
A monarquia seria o regime de governo, mas passaria a ser constitucional.
A Monarquia Constitucional ou Monarquia Parlamentar, é uma forma de governo na
qual o rei é o Chefe de Estado de forma hereditária ou eletiva, mas os seus poderes são
limitados pela constituição.

A família Bourbon continuaria a reinar e Luís XVI ficaria no trono. O rei tinha poder de
veto, era o Chefe das Forças Armadas e declarava guerra e paz. Divisão de Poderes
A Constituição estabelecia a divisão de poderes, tal como os iluministas
defendiam. Assim, a França passou a ter:

 Poder Executivo: exercido pelo rei


 Poder Legislativo: Uma assembleia com 745 deputados
 Poder Judicial: juízes eleitos pelos cidadãos

 Igualdade Civil
Houve a abolição do feudalismo e foi proclamada a igualdade civil, ou seja,
foram suprimidos os privilégios e as ordens sociais. Ainda assim, a escravidão foi
mantida nas colónias. Os protestantes e judeus, que residem em França, são
reconhecidos como cidadãos.

 Voto Censitário
Estabeleceu-se a forma de voto censitário baseado no critério económico. Os
cidadãos foram divididos em ativos, aqueles que poderiam votar; e passivos, que não
participavam das eleições, como as mulheres, judeus e Ex escravizados. Somente
poderiam votar os homens, maiores de 25 anos, estabelecidos no mesmo endereço
durante um ano e que pagassem um imposto equivalente a três dias de trabalho. Votava-
se para deputados nacionais, assembleias locais, juízes, chefes da guarda nacional e
padres. Por sua vez, para se candidatar era preciso ter uma renda equivalente a
cinquenta dias de trabalho.

 Trabalho
As corporações de ofícios foram suprimidas, assim como o direito de associação
e de greve dos trabalhadores.

 Religião
Em 1790, foi aprovada a Constituição Civil do Clero, no qual os padres
passaram a ser funcionários civis subordinados e pagos pelo Estado. Igualmente, os
padres deveriam prestar um juramento à Constituição. Também foram confiscados os
bens da Igreja, sendo declarado o fim dos votos perpétuos e suprimidas as ordens
religiosas. Esse conjunto de leis foi ratificado pela Assembleia Constituinte de 1791 e
incorporado à Constituição.

Embora a referida Constituição reconhecesse que a soberania tem de pertencer a


toda a nação e que a lei tem de ser a expressão da vontade geral, continuou a manter, o
poder real hereditário.
Os representantes da grande burguesia, que imperavam na Assembleia
Constituinte (parlamento da altura), serviram-se amplamente das ideias dos iluministas
franceses. O abade Sieyés, proeminente dirigente da referida Assembleia afirmou que
“Não há sociedade quando ela não se baseia na livre vontade dos contratantes”.
Concluindo, o povo era o soberano da nação, apesar da distinção entre cidadãos
anteriormente referida.
Apesar de tudo, esta Assembleia era corrupta e a alta burguesia, que continha a
maioria na mesma, enriqueceu a gastos com os artigos de alimentação, defendendo a
“liberdade de comércio”. Revelaram, finalmente, a falta de decisão na luta contra os
inimigos da revolução, para castigo dos quais as massas reclamavam a adoção de
medidas drásticas, a aplicação do terror revolucionário.
Além disso, é possível concluir que ainda hoje há vestígios dos ideais da
revolução francesa na maior parte das democracias do mundo, visto que estas visam
proteger os direitos dos seus cidadãos.
Fontes:
https://www.cram.com/essay/The-Social-And-Political-Impacts-Of-The/PKDA2SLGRE4X

9-10-2021 22:45

https://history.state.gov/milestones/1784-1800/french-rev

9-10-2021 22:45

https://www.thegreatcoursesdaily.com/the-influence-of-the-french-revolution-on-european-
history/

9-10-2021 22:45

https://www.open.edu/openlearn/history-the-arts/history-art/french-revolution/content-
section-4.1

9-10-2021 22:45

https://www.e-ir.info/2011/10/12/a-critical-examination-of-the-role-of-political-thought-in-
the-french-revolution/

9-10-2021 22:45

https://www.infoescola.com/historia/revolucao-francesa/

10.10.2021 10.33

https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/revolucao-francesa.htm

10.10.2021 10.40

https://revistagalileu.globo.com/blogs/Maquina-do-Tempo/noticia/2016/07/por-que-
revolucao-francesa-influencia-o-mundo-ate-hoje.html

11.10.2021 12.25

https://escolakids.uol.com.br/historia/influencias-da-revolucao-francesa-no-mundo.htm

11.10.2021 12.25

https://run.unl.pt/bitstream/10362/32881/1/O%20Impacto%20da%20Revolu
%C3%A7%C3%A3o%20Francesa%20na%20Historiografia%20Portuguesa%20Oitocentista.pdf

11.10.2021 12.25

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