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Queria não querer, mas sem querer eu quero

O tempo passa rápido, cada vez me apercebo mais disso. Lembro-me aos 5 anos
discutir com uma grande amiga por óculos de brincar. Bons tempos quando o nosso foco não
eram os rapazes ou a aparência. Hoje em dia, se quiser combinar algo com os meus amigos
nenhum pode porque apenas querem jogar videojogos, ou simplesmente estar no telemóvel,
como se se tratasse de uma safira. Tenho 14 anos, pessoas da minha idade orgulham-se de
serem de uma geração onde os videojogos eram melhores que agora! Eu não percebo,
devíamo-nos orgulhar por brincar na rua com os amigos, o que, para muitos, não é o caso.

Tenho noção que, ainda não percebo nada da vida. Sou uma exploradora no meu
próprio mundo. Mas, todos os dias, dou por mim a pensar “A minha vida não tem sentido, até
agora não fiz nada de extraordinário”. Olho à minha volta, estou rodeada de pessoas que já
fizeram tanto! E depois, acho que a única coisa que já fiz, foi tirar fotografias num campo de
malmequeres.

Estou farta da rotina, mas há vezes que é bom ter tudo planeado. Principalmente, com
os entes queridos. A família são as pessoas mais importantes na minha vida, por quem faria
tudo! Por isso, todas as vezes que uma tradição é “quebrada”, um pedaço de mim morre e
mergulha numa fonte profunda para, desta maneira, nunca mais ser visto.

Por isso, aqui estou eu, com mais um dia igual a todos os outros (e assim vou
perpetuar) a escrever para as Prosas Bárbaras.

(Pseudómino) Francisco Nunes

Maria Colarinha n14 9H

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