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Univel Centro Universitário

Bruna Kaory Kage, Danieli Milke, Gean Amaral,Emily Arnuti dos Santos, e Emily
Julia Cruz

REVOLUCÃO FRANCESA
Heranças

CASCAVEL – PR
2019
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Introdução

Uma revolução envolve basicamente um grupo vasto de pessoas de um


mesmo País, pelo fato de não estarem satisfeitas com uma determinação seja ela de
ordem política, econômica e social buscando juntar forças para alavancar os anseios
sociais. Sempre liderados e guiados por uma força social, que basicamente seria um
cidadão de um enorme intelecto, digno, socialista, que por meio de boa
comunicação para com os mais pobres consegue unir forças contra os opressores.
Um exemplo de revolução seria a Revolução Francesa que transcorreu na França
entre 1789 e 1799, devido a um descontentamento gerando uma grande revolta do
povo, trazendo como resultado o fim da Monarquia no país.

No final do século XVIII a França estava passando por uma crise econômica,
resultado de uma sociedade marcada pela desigualdade, onde o clero que pertencia
da parte do topo da pirâmide hierárquica, não pagavam impostos, e mantinham uma
vida de luxos e riquezas. Os trabalhadores, além de não poderem votar, não podiam
dar opiniões e, quando se opunham, eram presos na Bastilha, que era a prisão
política da monarquia, ou ainda condenados à penas de morte. A crise que se
instalou na França impactou diretamente as relações sociais no país, trazendo
consigo uma situação de extrema miséria fazendo com que o povo se revoltasse,
objetivando tomar o poder e remover do governo de Luís XVI, que nunca caiu nas
graças do povo como governante. Atacando primeiramente a Bastilha em 14 de
julho de 1789, amparados por um pensamento iluminista de um talentoso advogado,
denominado Maximilien Robespierre, iriam confrontar contra a monarquia atual,
levantando a questão de que porque só os aristocratas e monarcas eram
privilegiados. O ponto culminante da revolução foi a tomada da Bastilha que era um
símbolo do Nepotismo do antigo regime.Ainda neste ano, em agosto, a Assembleia
Constituinte cancelou os direitos feudais, e acabou por promulgar a Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão, documento que trazia avanços sociais bastante
significativos, como maior participação política do povo e direitos iguais aos
cidadãos. Parte da nobreza acabou deixando o país, mas a família real foi pega e
presa ao tentar fazer o mesmo. O Rei Luis XVI e sua esposa, Maria Antonieta, junto
a outros integrantes da monarquia, foram guilhotinados no ano de 1793, e os bens
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doclero foram confiscados, dando o pontapé no que podemos chamar de


democracia e direitos jurídicos que perduram até os dias de hoje.
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Revolução Francesa

Herança jurídica

De acordo com Begalli (2012, p.01) O poder no Antigo Regime, mais


precisamente na França, estava nas mãos do Rei Luiz XIV que retinha todos os
poderes do Estado, isto é, o Rei governava, julgava, ordenavas as guerras e tudo
mais era ele quem mandava.

Vivendo assim um regime absolutista, onde todo o poder era exercido pelo
monarca, que julgava, legislava e administrava, sem nenhuma objeção ou
aconselhamento de outros órgãos, muito menos da população.

Nesse período a França no reinado de Luiz XIV passava por uma grande
desigualdade social e crise financeira, onde o clero e nobreza, não pagavam
impostos e viviam à custa dos camponeses pagadores de impostos, cujo quais, não
detinham o direito de qualquer participação política, levando em consideração os
gastos estrondosos da Corte de Versalhes. Nesse mesmo período houve a
participação da França na Guerra de Sete Anos e a independência dos Estados
Unidos. Todos esses fatores levaram ao descontentamento dos camponeses e
trabalhadores dando inicio a revoltas que resultaram no fim do Antigo Regime.

De acordo com Gomes (2011) em frente essas condições, a população se


uniu e tirou o governo das mãos da monarquia, até então estava sendo
representado por Luis XVI. A primeira providência tomada foi à invasão á Bastilha,
cuja qual era símbolo da monarquia francesa. Em seguida, a Assembléia
Constituinte retirou todos os direitos dos feudais. Já o dia 26 de agosto de 1789, foi
uma data muito importante, pois aconteceu à divulgação da Declaração dos Direitos
do Homem e do Cidadão, sendo assim a partir de 1791 uma nova constituição
entrou em vigor. A Igreja também teve seus bens apreendidos e a França
transformou-se assim em uma monarquia constitucional, sendo dividida em três
poderes: Legislativo (deputados eleitos por voto censitário), Executivo (rei) e
Judiciário.
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De acordo com Caldeira, em julho do mesmo ano, Luis VXI, estava à


procura de aliados externo para restabelecer o Antigo Regime, através disso buscou
fugir da França, porém foi impedido na cidade de Varennes. As outras monarquias
absolutistas, receando a propagação da Revolução, intimidaram a França de
interferência através da declaração de Pillnits, justificando a imposição de recompor
a virtude real da França. E assim foi França foi invadida e derrotada pelo exército de
Prússia. Porém para o povo se levantar e lutar por seu país, a Assembléia o
impulsionou através do Manifesto Pátria em Perigo. Onde uma nova batalha foi
realizada á de Valmy, na qual houve a contenção das tropas prussianas. No mesmo
momento o rei foi preso e aconteceu a proclamação da República e instaurando a
Conversão Nacional.

Realizando a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, onde teve a


composição de dezessete artigos, mesmo está não ter sido a primeira, dado que
algum ano antecipadamente originou-se a Declaração da Virgínia, que foi instituída
com Declaração de Independência dos Estados Unidos em 1776, porém foi o
principal motivo de inspiração para que houvesse a luta pelas pessoas por seus
direitos, sendo considerada primazia das declarações.

No dia 26 de agosto de 1789 houve a aprovação da elaboração da


declaração. Tendo inúmeros projetos propostos, dando destaques para La Fayette e
Mirabeu, principais contribuintes para a elaboração.

Introduzindo a primeira constituição de direitos, em conjunto com a


Constituição Americana e a francesa, pesam limites para o poder estatal, dando
referência aos direitos individuais e políticos, se baseando na idéia de liberdade.

O enunciado do primeiro artigo diz: “os homens nascem e permanecem livres


e iguais em direitos”. Juntamente com a complementação do segundo relatando
quais são os direitos: “o objetivo de toda associação política é a conservação dos
direitos naturais e imprescritíveis ao homem”, lhe dando direito de liberdade, de ter
sua própria propriedade e segurança. Dando destaque e importância até hoje a essa
frase: liberdade, igualdade e fraternidade.

Na relação do artigo terceiro e sexto, demonstra que “o princípio de toda a


soberania reside essencialmente na nação”. Explica a inclusão do povo na
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elaboração das leis, tendo sua participação pessoalmente ou através de


representantes, como temos nos dias atuais, através dos representantes políticos
que se é escolhido com a utilização da votação.

A Revolução Francesa foi um marco muito importante para a história,


influenciando o direito que temos hoje, inúmeras constituições foram criadas no
mundo adquirindo a democracia. No Brasil, sua primeira constituição foi
apresentada no dia 25 de março de 1824, por Dom Pedro I, demonstrando idéias
liberais, dividindo o poder em Executivo, Legislativo e Judiciário, criando também
um quarto poder denominado Moderador.

Porém o imperador interferia nas questões que lhe era cabível, pois o
mesmo detinha autonomia. Tratando assim de um governo monárquico
disfarçado. Mesmo assim com a primeira evolução do direito, o esmo foi se
inovando, aonde a constituição brasileira chegou a sua oitava edição a
Constituição de 1988. No decorrer dos anos, emendas e atualizações foram
implementadas, fornecendo a constante transformação do direito.

Através da Revolução ocorrida na França, as pessoas são influenciadas até


hoje, criando coragem de ir às ruas e contestar seus direitos e dever do Estado,
pedindo melhoras e aprovação de novas leis, pois com o decorrer dos anos certos
fatos também mudam, necessitando de leis que atendam tais mudanças, não dando
chance assim para o preconceito.

Herança Política

A Revolução Francesca marcou o fim da idade moderna, inaugurando o início


da idade contemporânea. Sendo um movimento social e político, derrubou o regime
absolutista e induziu a criação do estado democrático, com isso, influenciou vários
países com o seu tema Libertè, Egalitè, Fraternitè “Liberdade, Igualdade,
Fraternidade".
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Jean Jacques Rousseau (1712-1778) foi um importante filósofo, teórico


político e escritor, que deu início a essa revolução. Rousseau defendia a ideia de
que o homem em sua natureza era bom, a sociedade era quem o corrompia. Em sua
obra "Do Contrato Social" ele discute sobre as instituições e como deveriam ser para
que houvesse uma organização social justa, considerando o homem como um ser
que possui liberdade, assim como seus semelhantes, estes deveriam viver
fraternalmente.

À população francesa era constituída por três classes ou Estados:

• Alto clero formado por cardeais, arcebispos, patriarcas, bispos, e


sacerdotes de famílias ricas. Totalizava cerca de 2% da população.
• Nobreza formada por príncipes arquiduque, duques, marqueses,
condes, Viscondes, barões e cavaleiros. Totalizando cerca de 2% da
população.
• Burguesia, dividia em alta burguesia, média burguesia e baixa
burguesia, formada por artesãos, aprendizes, proletariado, servos e
camponeses. Totalizando cerca de 96% da população, sendo a única
classe obrigada a pagar impostos.

A última das classes apresentada acima, farta de pagar altos impostos que
serviam para ostentação das primeiras classes, sofrendo influência dos filósofos e
intelectuais iluministas, se revolta contra o absolutismo monárquico e começaram a
lutar por seus direitos e igualdade. O movimento foi realizado por comerciantes
proletariado, camponeses e desempregados.

Diante dessa luta pelos seus direitos e contra os privilégios da nobreza, o Rei
Luís XVI nomeou três ministros ao longo da revolução para realizar uma reforma
tributária, porém não obtiveram sucesso em suas tentativas. Com a tentativa do
último ministro, o Terceiro Estado, recebendo o apoio de alguns dos setores do
Primeiro e Segundo Estado, separaram-se dos Estados Gerais.

Em 9 de julho de 1789 houve a proclamação da Assembleia Constituinte. O


rei Luís XVI tinha o objetivo de ganhar tempo com a proclamação enquanto enviava
tropas para conter o povo. Mesmo com a tentativa de resistência do rei, o povo se
mandei unido, tomando conta das ruas com a frase “Libertè, Egalitè, Fraternitè".
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No dia 26 de agosto de 1789 foi proclamada a Declaração dos Direitos do


Homem e do Cidadão. A seguir estão os artigos tratados na declaração original:

Art.1.º Os Homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só


podem fundamentar-se na utilidade comum;

Art. 2.º A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos


naturais e imprescritíveis do Homem. Esses direitos são a liberdade, a
propriedade, a segurança e a resistência à opressão;

Art. 3.º O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhum


corpo, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane
expressamente;

Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo:
assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão
aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos
direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei;

Art. 5.º A lei proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado
pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela
não ordene;

Art. 6.º A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de
concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela
deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os
cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades,
lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que
não seja a das suas virtudes e dos seus talentos;

Art. 7.º Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos
determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que
solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser
punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve
obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência;
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Art. 8.º A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e
ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada
antes do delito e legalmente aplicada;

Art. 9.º Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se
julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa
deverá ser severamente reprimido pela lei;

Art. 10.º Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões
religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública
estabelecida pela lei;

Art. 11.º A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos
direitos do homem; todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir
livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos
previstos na lei;

Art. 12.º A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força
pública; esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade
particular daqueles a quem é confiada;

Art. 13.º Para a manutenção da força pública e para as despesas de


administração é indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida
entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades;

Art. 14.º Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus
representantes, da necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente,
de observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a colecta, a cobrança e a
duração;

Art. 15.º A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua
administração;

Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem
estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição;

Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela


pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente
comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização;
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Seus pontos principais eram:

- O respeito pela dignidade das pessoas;

- Liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei;

- Direito a propriedade individual;

- Direito de resistência à opressão política;

- Liberdade de pensamento e opinião.

No ano de 1790, a Assembleia Constituinte reduziu o poder do clero,


confiscou áreas de terras e colocou o clero sob a autoridade do Estado. Esta medida
foi realizada pela Assembleia através de um documento chamado Constituição Civil
do Clero, contudo, o Papa não aceitou a essa determinação.

Restaram duas alternativas aos sacerdotes fieis ao rei: Sair da França ou


lutar contra a revolução. Então muitos concordaram com essa lei para
permanecerem no país, porém os insatisfeitos fugiram da França e decidiram se unir
formando um exército para reagir contra a revolução.

Após dois anos encerrou-se o Antigo Regime, estabelecendo na França a


Monarquia Constitucional, que tinha como suas características:

Regime de governo:

O governo seria monárquico constitucional e o rei Luís XVI prosseguiria seu


reinado;

Divisão de Poderes:

Por meio da constituição estabeleceu-se a divisão dos poderes, poderes estes nos
quais os iluministas pregavam e defendiam. Com isso a França passou a ter três
poderes, sendo eles:

• Poder executivo: exercido pelo Monarca;


• Poder legislativo: exercido pelos deputados;
• Poder judiciário: exercido por juízes eleitos pelos cidadãos;
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Igualdade civil e Direito a voto (Voto Censitário):

Houve a abolição do feudalismo junto com os privilégios das classes mais altas.
Porém em algumas colônias ainda havia escravidão. Judeus e protestantes
conquistaram o reconhecimento como cidadãos. Foram estabelecidos critérios para
o direito ao voto, dividindo os cidadãos em ativos e passivos, onde apenas homens
com idade maior a 25 anos de idade, residindo no mesmo local há um período
equivalente há um ano, e que pagassem impostos equivalendo a 3 dias de trabalho;

Constituição Civil do Clero:

Os bens das igrejas foram confiscados e os padres passaram a ser funcionários


subordinados do Estado, devendo prestar seu juramento a constituição. Houve a
abolição do voto perpétuo e das ordens religiosas;

Com isso, a Revolução Francesa rompeu drasticamente com o seu antigo


regime, este estabelecido há 5 séculos ou mais. Estudiosos e pensadores alegam
que a Revolução Francesa teve caráter supranacional, e que ainda nos dias de hoje
está presente nas Constituições de todos os países de regime democrático.

Herança Cultural

A cultura francesa, está e sempre esteve presente na história do Brasil. A


França não foi a principal colonizadora do Brasil porém deixou grandes vestígios e
heranças para nosso país. Contribuiu para a construção da identidade brasileira.

A França influenciou desde muito tempo o comportamento das elites,


determinando modelos de vida social, referências intelectuais, filosofia, moda,
gastronomia, literatura entre outros.

Um exemplo disso é na cidade de Pelotas, localizado na região Sul do Brasil,


no estado do Rio Grande do Sul, onde a influência europeia foi bastante grande.
Pelotas desde muito tempo e até nos dias atuais busca “europeizar-se”, dando
importância ao comportamento educado, as boas maneiras, aos hábitos e costumes
europeus. Assim, a cidade de Pelotas guarda até os dias de hoje, vestígios da
influência francesa em seu patrimônio cultural. Seja nela na arquitetura, com os
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casarões ecléticos, seja nas ruas centrais, seja na confeitaria, na educação com
suas universidades, seja através das relações sociais.

Uma das maiores influências e heranças culturais deixadas pelos franceses foi
no campo do pensamento e das artes. A França sempre teve prestígio no mundo
todo do ponto de vista cultural. A Academia Brasileira de Letras, por exemplo,
fundada por Machado de Assis em 1897 foi diretamente inspirada na Academia
Francesa.

No campo do pensamento, a França também foi de grande inspiração para os


pensadores de todo o mundo. No Brasil, um dos maiores exemplos dessa influência
foi a Inconfidência Mineira.

No campo da educação, o modelo das universidades públicas brasileiras foi


importado da França. Seu legado cultural e em várias áreas, ainda é muito presente
no Brasil e em todo o mundo.
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Conclusão

A Revolução Francesa marcou a ascensão da burguesia como classe social


dominante superando a aristocracia proprietária de terras, bem como criação de
novas instituições e novas formas de organizar a vida econômica, política e social
que iriam se expandir para todo o planeta.

Percebemos, que a Revolução Francesa foi um marco histórico, cultural e


social, devido a grande repercussão de seus ideais, dando espaço para a sociedade
democrática que temos hoje, onde as pessoas contam com vários direitos. Mudou
completamente a estrutura social e política da França. Acabou com a monarquia
francesa, o feudalismo, e tomou o poder político da igreja católica. Trouxe novos
ideais a Europa, dentre eles a liberdade para os cidadãos, a abolição da escravidão
e os direitos das mulheres. Embora a revolução tenha terminado com a ascensão de
Napoleão, os novos ideais e reformas não acabaram. Essas novas ideias
continuaram a influenciar a Europa e ajudaram a moldar muitos dos governos
modernos da Europa.

Sendo assim, é imprescindível notarmos que as heranças deixadas pela


revolução seguem até hoje em nossos sistemas, tanto políticos, quanto judiciários e
em nossa própria cultura. Os revolucionários franceses trouxeram assim, com sua
luta, não somente a conquista de muitos direitos, mas a herança de uma verdadeira
guerra que alavancou consigo um verdadeiro legado deixado até os dias atuais e
que seguirá por muito tempo ainda.
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Referências bibliográficas

CALDEIRA, Giovana Crepaldi. Revolução Francesa e da Declaração dos Direitos


do Homem e do Cidadão. 2006. 13p. Faculdades Integradas Antonio Eufrásio de
Toledo, Presidente Prudente.

GOMES, Luiz Flávio. Mudanças contínuas: a única coisa permanente no Direito.


2011.

BEGALLI, Ana Silvia Marcatto. Revolução Francesa: breve ensaio sobre seu
legado para o direito. 2012. Diritto It.

ROUSSEAU, Jean Jacques. O Contrato Social ou Princípios do Direito Político,


Editora Escala, série grandes obras do pensamento universal - 13.

PINTO, Joles. Influências da Revolução Francesa no mundo. Escola Kids, uol.

RESSINETI, T. R., & Costa, Áurea de C. (2017). Heranças da Revolução


Francesa: A Política Educacional das Primeiras Letras no Brasil. Teoria e
Prática da Educação, 19 (3), 47-59.

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