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Danieli Milke - 6º Semestre, Univel

proporcionará uma amenização a violência


Dano sofrida;

1. Características b) Função punitiva (para o causador do


dano): tem finalidade de inibir a reiteração
a) Algo injusto, dano (gera dever de do ato lesivo
indenizar);
- Quantificação do dano moral: deve ser
b) Patrimonial (valores, bens) ou feita uma avaliação concreta? do fato
extrapatrimonial (não tem ligação com mediante a imposição de um critério bifásico
dinheiro ou bens, e sim bens incorpóreos, – extensão do dano e grau de culpa (art. 944
moral); e 945)
c) Certo que há o prejuízo; Pessoa Jurídica – Sumula 227 PROVAA
d) Direto e imediato: direto daquele 4. Critérios Gerais
momento;
O valor do dano moral deve ser levado em
e) Subsistente: não é o dano que precisa conta a equidade do caso concreto
subsistir, e sim a prova do dano; (princípio da razoabilidade + princípio da
2. Modalidades proporcionalidade)

- Material, art. 402: dano emergente 4.1 Critérios Específicos


(efetivamente perdeu) e lucro cessante O julgador leva em conta o grau de
(razoavelmente deixou de lucrar, ex: uber intensidade da conduta das partes:
deixou de ganhar pois ficou sem carro)
I. Alteração anímica (alma, interior) ou física
- Moral, art.927: fere atributo psíquico que provocou na vítima;
(questões emocionais, afetivas ligadas a
mente humana), físico (gera lesão no corpo), II. Repercussão social do fato;
e moral (fere a honra, personalidade art. 11
III. Condições econômicas do ofensor e da
ao 21), conforme extensão art. 944
vítima;
- Estético
IV. Condições pessoais da vítima (sexo,
Pode haver mais de um dano: idade, portador de necessidades especiais);

PROVA V. Grau de Culpa das partes e terceiros.

- Sum 37: pode haver cumulação de danos - Juiz arbitrará valo razoável e proporcional.
material e moral
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- Sum 387: pode haver cumulação de dano
Danos patrimoniais: MATERIAIS, dano
estético e moral
emergente (perdi), lucro cessante (deixei de
* Perda de uma chance (modalidade de ganhar), perda de uma chance
dano recente): pode ser enquadrada no
Dano extra patrimoniais: ânimo, alma, moral,
dano material, tinha uma chance possível
estético, personalidade (e novas
retirada por interferência de 3º. Real
modalidades)
probabilidade e grande chance
Novas modalidades: moral in re ipsa, moral
Ex: tinha uma prova de concurso e sofreu um
coletivo, pela quebra da busca da
acidente, que lhe tirou a oportunidade de
felicidade, ao projeto de vida, dano
participar
existencial, dano social, dano biológico ou à
3. Funções saúde, dano ambiental, dano em ricochete
(reflexo), dano pelo desvio produtivo ao
a) Função compensatória (para vítima): consumidor
receberá uma soma em dinheiro que lhe
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Para Tartucci, danos sociais podem gerar
repercussões materiais ou morais, portanto,
distingue-se dos danos coletivos que são
Dano moral presumido (in re ipsa)
extrapatrimoniais
Dano moral coletivo, dano existencial/
Função evitar novos comportamentos
quebra de busca da felicidade, dano social.
indesejados do ponto de vista coletivo e da
Não necessita de prova, mera conduta
paz social. Punir os comportamentos
basta.
socialmente reprovável
Dano moral coletivo
Dano Existencial
????????
É o prejuízo que o ato ilícito causa sobre
Dano moral pela quebra à busca da atividades não patrimoniais do indivíduo,
felicidade alterando seus hábitos de vida e sua
maneira de viver socialmente. Atinge o
O direito a busca pela felicidade é projeto de vida, lesão a expectativa de
defendido por parte da doutrina nacional futuro. – Frustação futura
que alega ser um direito natural ainda não
inserido no ordenamento. Por outro lado, Diferencia da perda de uma chance por
esta mesma corrente entende que mesmo não atingir uma oportunidade real e séria,
sem a inserção no direito positivo, a simples mas apenas um projeto futuro da vítima.
violação já assegura a vítima reparação por Que não exige mesmo grau de
dano moral. probabilidade.

Quebra à busca da felicidade: Ex: pianista que perde os dedos. Menina que
teve câncer em um ovário, e o médico tirou
O STF admitiu a força normativa do princípio os dois
da busca da felicidade em julgamento no
recurso extraordinário 898.060 confirmou No dano presumido, há a chance real de
existência do direito à busca pela felicidade alta probabilidade
como princípio constitucional implícito.
Dano social ou difuso
A doutrina defende incidência de
São lesões causadas à sociedade, no seu
responsabilidade civil de forma autônoma,
nível de qualidade de vida, tanto de
apresentando subdivisões do dano moral:
rebaixamento de seu patrimônio moral e a
“Dano ao projeto de vida”, “Dano
diminuição na qualidade de vida. O objeto é
existencial”, onde a vítima tem suas
a retratação do nível social de tranquilidade,
expectativas futuras frustradas em relação
o valor da condenação será destinado para
ao futuro, seja no campo profissional (lesão
fundo para tal finalidade.
permanente – perda dos dedos de um
pianista), seja no campo privado Dano Biológico ou à saúde (estético)
(impossibilitar alguém de ter filhos biológicos).
Decorrente da violação ao direito
Essas espécies autônomas de danos morais
fundamental à saúde. Lesão da integridade
onde restringem a vítima de consumar suas
psicofísica, em sentido patológico. Dano à
escolhas.
saúde encontra respaldo na doutrina Italiana
Dano social como direito autônomo (cumula), já a “juris”
pátria tem enquadrado como dano estético
São aqueles que afetam toda sociedade e
evidenciada. (não cumula, pois entende-se
se relacionam com o principio adotado pelo
como o mesmo)
código civil que valorizou o social coletivo
em detrimento da proteção individual, cuja Ex: retirada do ovário bom – dano estético –
violação pode ser reparada com danos à saúde ou biológico.
fundamento no art. 6º, VI, CDC
Dano Ambiental
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Comprovada lesão ambiental, torna-se
indispensável que se estabeleça uma
relação de causa e efeito. Não é
imprescindível que seja evidenciada prática
de um ato ilícito, basta que se demonstre a
existência do dano. Responsabilidade civil
objetiva aos danos ambientais, desse modo,
estimula a proteção ao meio ambiente, já
que é possível a prevenção.

Dano pelo desvio produtivo ao consumidor


(lucro cessante)

Teoria nova que identifica o dano


decorrente do tempo desperdiçado pelo
consumidor para solução de problemas pela
má prestação de serviços privados.
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Vínculo entre o estado e o terceiro (Lei - A responsabilidade do Estado é objetiva. O
8666/93): agente público responde subjetivamente.

Responsabilidade civil do Estado Responsabilidade por omissão do estado:


extracontratual:
- Quando o ato que determinou a
- Não há vínculo contratual entre as partes. responsabilização for uma ação do Estado, é
utilizada a teoria do risco administrativo
Causas excludentes ou atenuantes de
(Teoria objetiva). Por outro lado, no caso de
responsabilidade civil do estado:
omissão do Estado, a teoria utilizada é a da
- Caso fortuito ou força maior. culpa administrativa, ou seja, teoria subjetiva.

- Culpa exclusiva da vítima (Nesse caso, o


ônus da prova é do Estado. Quando houver
ocorrência de culpa, haverá atenuação da
Responsabilidade).
1. Teoria da irresponsabilidade do Estado
- Fato exclusivo de terceiro.
No período dos regimes absolutistas em que
- Vale ressaltar que em casos de omissões o rei dominava (não errava), deste modo,
culposas do Estado, pode-se haver não existe a possibilidade de indenizar, pois
responsabilização subjetiva da não há erro de decisões oriundas do Estado
Administração. (soberano)
- Por atos exclusivos de terceiros: esse é o “The king no wrong”
caso de eventos com multidões ou muitas
pessoas e não há controle. O estado só 2. Teoria da responsabilidade por atos de
poderá ser responsabilizado de forma gestão
subjetivo em caso de omissões. Época de império, existia uma bipartição dos
Sujeitos da responsabilidade civil do Estado: atos da administração pública, os atos do
Estado soberano e de gestão. Somente
- Pessoas jurídicas de direito público e as de poderiam ser indenizados os atos de gestão,
direito privado prestadoras de serviço porém não se sabia o que e quando eram
público responderão pelos danos que seus atos de gestão.
agentes, nessa qualidade, causaram a
terceiros, assegurando o direito de regresso 3. Teoria da culpa civil (ou subjetiva)
contra o responsável nos casos de dolo ou O Estado responsabiliza o agente publico
culpa. que cometeu o dano, é analisado a culpa
Responsabilidade direta: do agente. Depende da comprovação de
dolo ou culpa do agente estatal para a
responsabilização do Estado. O terceiro
lesado deve comprovar a culpa da
- Autarquias e fundações públicas de direito
administração. Adotada nos Estados Unidos
público.
e Inglaterra.
- Pessoas jurídicas que prestam serviço
4. Teoria da culpa administrativa
público por delegação do Estado.
A culpa não é causada pelo agente, ou
Responsabilidade objetiva das pessoas
seja, independe de culpa ou dolo para a
jurídicas de direito privado prestadoras de
responsabilização do Estado.
serviço público:
Essa teoria foca na falta de responsabilidade
- O entendimento atual do STF é que
com base no serviço (na falta de prestação,
alcança os usuários e não usuários do
omissão do Estado), o qual não funcionou,
serviço.
foi mal feito (má prestação), ou atrasou.
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Nestes casos, cabe ao particular comprovar
a existência da omissão, para se a
indenização.

- Adotada no Brasil, em casos de omissão,


quem faz o pedido é ofendido.

5. Teoria do risco administrativo

Fundamentada na responsabilidade objetiva


do Estado, há uma presunção de culpa da
administração. Nesse caso, o Estado que
comprova que determinada situação não
foi sua culpa. Deve existir três elementos:
conduta administrativa, nexo causal, e o
dano. Caberá nessas situações causas
excludentes ou atenuantes da
responsabilidade do Estado.

- A teoria mais utilizada pela administração


pública brasileira, quando se trata de AÇÃO
do Estado, e é este que irá fazer provas para
se defender.

6. Teoria do risco integral

Não aceita excludentes da responsabilidade


da administração

Responsabilidade por omissão do Estado:


quando o ato que determinou a
responsabilização for uma ação do Estado, é
usada a teoria do risco administrativo, já no
caso de omissão do Estado, a teoria utilizada
é da culpa administrativa.

- Não é utilizada

Responsabilidade civil dos profissionais


liberais

O profissional deve atuar com lealdade em


relação ao seu cliente, isto implica em
deveres, desde a própria execução do
contrato até deveres de informação e
aconselhamento

(autonomia e técnicas em sua área, na


prestação de serviços)

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