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CENTRO UNIVERSITÁRIO ALFREDO NASSER – UNIFAN

INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – ICJ


GRADUAÇÃO EM DIREITO

NEIRE PEREIRA OLIVEIRA DOS SANTOS

DANO MORAL E PREVIDÊNCIA SOCIAL: UM OLHAR JURÍDICO PARA OS


CASOS ENVOLVENDO A ATUAÇÃO DO INSS NA CONCESSÃO, IMPLANTAÇÃO
E CASSAÇÃO DOS BENEFÍCIOS

Projeto de pesquisa apresentado como exigência parcial


para conclusão da disciplina de Projeto de Pesquisa
Social e Jurídico do Curso de Direito do Centro
Universitário Alfredo Nasser, sob a orientação do Prefº.
Dr, Humberto César Machado

APARECIDA DE GOIÂNIA
2023
SUMÁRIO
1 DELIMITAÇÃO DO TEMA..............................................................................................3

2 PROBLEMA........................................................................................................................3

3 OBJETIVOS........................................................................................................................3

3.1 Objetivo Geral...................................................................................................................3

3.2 Objetivos Específicos........................................................................................................3

4 JUSTIFICATIVA................................................................................................................4

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................4

5.1 O dano moral e seus fundamentos..................................................................................4

5.2 O dano moral previdenciário e as condições inscritas na lei para a aplicação de tais
danos........................................................................................................................................5

5.3 Os critérios que o Poder Judiciário utiliza para condenar a autarquia......................6

6 METODOLOGIA................................................................................................................7

7 CRONOGRAMA.................................................................................................................7

8 ORÇAMENTO....................................................................................................................8

REFERÊNCIAS......................................................................................................................8
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1 DELIMITAÇÃO DO TEMA

A aplicabilidade do dano moral contra a previdência social e a aceitação desapressado


dos magistrados brasileiros quanto ao tema.

2 PROBLEMA

O dano moral previdenciário é um fato que afeta a moral. De modo geral, este dano
ocorre quando há um prejuízo imaterial. Além do mero aborrecimento, capaz de atingir a
alma humana. Ele pode ocorrer nas relações entre pessoas e também por órgãos
previdenciários, como o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Os principais motivos
pelos quais se aplica o dano moral previdenciário e levam os aposentados a recorrerem à
justiça são a demora na implantação de benefício e as concessões erradas.
Diante disso, quais são os principais obstáculos enfrentados pelos interessados em
ingressarem com ações de indenização por dano moral contra a Previdência Social no Brasil,
e como os magistrados brasileiros analisam tais ações e suas consequências? A função
punitiva e pedagógica de tal indenização vem perdendo espaço na jurisprudência visando
apenas atender a função reparatória de tal instituto?

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Analisar os aspectos jurídicos da indenização por dano moral previdenciário causado


por burocracia dos órgãos previdenciários na concessão/implantação de benefícios.

3.2 Objetivos Específicos

• Dissertar sobre as condições inscritas na lei para a aplicação da indenização por danos
morais previdenciário;

• Verificar quais os critérios que o Poder Judiciário requer para condenar a autocracia
previdenciária a compensar os danos causados ao segurado;
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• Identificar os posicionamentos que vem impedindo a penalização do Estado para com seus
atos lesivos.

4 JUSTIFICATIVA

Na Constituição Federal de 1988, no artigo 5º, inciso X, constata que todo cidadão terá
direito a indenização pelos danos sofridos, ainda que no âmbito moral, bem como, a igualdade
de todos perante a lei. Com o advento da lei 10.406 de 2002, diz que é direito de todo e
qualquer cidadão em buscar a reparação dos danos que lhe foram causados em qualquer esfera
(patrimonial, estética e moral).
Os requisitos para a aplicação da responsabilidade civil geral, ou seja, da indenização
por danos morais são: dano, ato ilícito ou omissão, a culpa ou dolo, o nexo causal entre o dano
e o ato ilícito e a omissão. Em alguns casos existirá a responsabilidade objetiva, onde não há
necessidade em comprovar a culpa ou dolo do agente, mas apenas demonstrar o dano do ato
ilícito ou omissivo, e do nexo causal entre estes.
O direito a previdência social foi garantido aos cidadãos brasileiros através do
Neoliberalismo, ou seja, no artigo 7º da Constituição Federal diz que “todo aquele que exerce
atividades remuneradas será obrigado a contribuir para a previdência social”, com isso serão
garantidos diversos direitos para assegurar-lhe subsistência e dignidade nos momentos de
perda ou redução da capacidade laboral, invalidez etc.

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5.1 O dano moral e seus fundamentos

A origem de dano moral vem antes mesmo do Direito Romano, e teve os seus
primeiros indícios no Código de Hamurabi. Hoje em dia é necessário recorrer ao poder
judiciário, legislativo, para defender danos com fundamento exclusivo em ocorrência de dano
moral. A Constituição Federal de 1988 apresentou uma mudança no ordenamento jurídico
brasileiro, sendo conhecida como Constituição Cidadã, mas dentre as diversas inovações
apresentadas, pode-se destacar a compensação em dinheiro por dano moral (MOREIRA,
2017).
O dano moral é de responsabilidade civil que busca refazer os prejuízos psíquicos
causados à vítima de um ato ilícito ou de um abuso de direito. Essa responsabilidade tornou-
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se recorrente, o que ocasionou a discussão sobre as situações esperadas de danos morais. De


início os danos materiais eram suficientes para acobertar a indenização, mas logo depois
verificou a necessidade de reparação dos danos psicológicos à vítima (RAMALHO, 2019).
Os tipos de danos morais são divididos em danos mais puros, que se configuram apenas
com a situação ilícita ou abusiva, não tendo a necessidade a comprovação do dano; os danos
morais passíveis são apenas as situações que causam desconforto, chateação, não sendo
suficiente para retirar a pessoa de sua normalidade diária. Juridicamente todos esses danos são
indenizáveis (FREITAS, 2021).
O homem passou a ser encarado como centro da sociedade, sendo protegido pelo
princípio fundamental da dignidade da pessoa humana. Segundo Moraes (2003, p.147), “O
que antes era tido como inconcebível passou a ser aceitável, e, de aceitável, passou a evidente.
Se era difícil dimensionar o dano, em questão de poucos anos tornou-se impossível ignorá-
lo”. O dano moral não é somente a dor, a angústia, consiste na lesão de direitos cujo conteúdo
não é o dinheiro, lesiona a esfera personalíssima da pessoa, violando, por exemplo, sua
intimidade, vida privada, honra e imagem, bens jurídicos tutelados constitucionalmente
(DANTAS, 2023).

5.2 O dano moral previdenciário e as condições inscritas na lei para a aplicação de tais
danos

O dano moral previdenciário ocorre quando a Previdência Social nega ou retarda de


forma ilimitada o pagamento. Esse dano pode ser objetivo ou subjetivo. O dano moral
objetivo é quando se refere à visão que os outros têm do indivíduo, já o dano moral subjetivo
faz referência à visão que o indivíduo tem de si mesmo (FERREIRA, 2019).
O artigo 6º da Constituição Federal estabelece a previdência como direito social,
análogo aos direitos à educação, o trabalho, a moradia, o transporte, a saúde, a alimentação, o
lazer, a segurança, a proteção à maternidade, a infância e a assistência aos desamparados. É
uma política de proteção estatal que tem como objetivo assegurar os beneficiários um sistema
de proteção social através de meios indispensáveis de subsistência ao assegurado e seus
dependentes (ZIMMERMANN, 2002).
Segundo (OLIVEIRA, 2004), ele afirma que a finalidade da Previdência Social é:
“Assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de
incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de
família e reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente”.
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Já Castro e Lazzari (2009) afirmam que: “Previdência Social é o sistema pelo qual,
mediante contribuição, as pessoas vinculadas a algum tipo de atividade laborativa e seus
dependentes ficam resguardadas quanto a eventos de infortunísticas (morte, invalidez, idade
avançada, doença, acidente de trabalho, desemprego involuntário), ou outros que a lei
considera que exijam um amparo financeiro ao individuo (maternidade, prole, reclusão),
mediante prestações pecuniárias (benefícios previdenciários) ou serviços”.
A Previdência Social é uma forma de proteção social que apresenta um caráter
contributivo e filiação obrigatória. Os assegurados deste são os principais contribuintes do
sistema de seguridade social. É necessário que ao se tratar dos direitos previdenciários, os
direitos fundamentais devem ter aplicabilidade imediata e em caso de vícios de concessão dos
benefícios previdenciários, cabe ao assegurado ou seu dependente buscar a reparação pelos
danos morais causados pelo INSS (SILVA, 2022).

5.3 Os critérios que o Poder Judiciário utiliza para condenar a autarquia

Os serviços prestados, tanto no âmbito público ou privado, devem ser eficientes e em


hipótese alguma pode causar danos àqueles que os utilizam, caso isso aconteça, devem ser
combatidos pelo Estado, a fim de garantir ao cidadão uma vida digna e com qualidade. Os
serviços prestados pelos órgãos e autarquias públicas, acabam por cair em uma interrupção de
qualidade, e muitas vezes resulta em danos severos àqueles que são obrigados, pela própria lei
a utilizá-los (FREITAS, 2021).
O que ocorre muito no âmbito previdenciário é a suspensão indevida de benefícios
concedidos em virtude da incapacidade laboral do segurado, acompanhada de uma grande
batalha de reestabelecimento na forma administrativa, como no âmbito judicial e o
descumprimento de decisões judiciais pela própria autarquia, o INSS. Logo, sendo
comprovado que a suspensão do benefício fora indevida, advinda de ato ilícito ou omissão da
autarquia previdenciária, e estando evidente o dano causado ao segurado, resta claro o nexo
causal, a obrigação da autocracia previdenciária em reparar o dano que deu causa (MAFFINI;
BENTO, 2019).
A função punitiva visa não deixar o ofensor impune, ou seja, como se não houvesse
consequências para tais atos errôneos, e a função pedagógica visa demonstrar ao mesmo, bem
como a sociedade, que tais atos não mais devem se repetir. Assim, resta a necessidade de se
aplicar a indenização por danos morais contra a autarquia previdenciária, quando esta, por
algum ato ilícito ou omissão, ocasiona danos aos segurados, haja vista que a sociedade deve
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ter seus direitos insculpidos em lei respeitados pelo próprio estado, devendo este fazê-la ser
cumprida através do serviço digno e eficiente (RAMOS, 2021).
6 METODOLOGIA

Este projeto científico tem como finalidade em relatar sobre dano moral previdenciário.
Os descritores foram os seguintes: dano moral, poder judiciário, autarquia e direitos. Esses
foram combinados de diferentes modos pelos operadores booleanos ou utilizados
isoladamente.
Foram utilizadas as seguintes bases de dados: Scientific Eletronic Library Online
(SciELO), Google Acadêmico, Capes Sucupira e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e
Dissertações (BDTD). Serão utilizados os seguintes critérios de inclusão: estudos publicados
de 2002 a 2022, artigos publicados em português, inglês e espanhol. Adotando os seguintes
critérios de exclusão: artigos fora do tema, não disponíveis na íntegra e em duplicata.

7 CRONOGRAMA

CRONOGRAMA PROJETO DE PESQUISA ANO 2023


ETAPAS Mai Jun Jul Ago Set Out Nov De
Jan Fev Mar Abr
z

Produção de
Projeto de 20
pesquisa
Apresentaçã
o do tema e 01
problemátic
a
Orientação e
correção do 08
trabalho
Orientação e
correção do 15
trabalho
Orientação e
correção do 01
trabalho
Orientação e
correção do 08
trabalho
Orientação e
correção do 07
trabalho
8

Correção
final 22
orientador
Deposito
para banca

8 ORÇAMENTO

Especificação Unidade Quantidade Valor Valor Total Fonte


de medida unitário (R$) Financiadora
(R$)
Impressão Unidade 45 0.50 22,50 Não se aplica
Deslocament Litro 100 4,89 489,00 Não se aplica
o
Internet 175,00 Não se aplica
Alimentação 25,00 Não se aplica
Notebook 4.500,00 Não se aplica
Tempo Gasto Dias 180 78,47 14.125,00 Não se aplica
Total $ 19.336,50

Obs: Sendo importante salientar que todos os gastos provêm de financiamento próprio.
REFERÊNCIAS

DANTAS, T. Danos Morais. Brasil Escola, 2023. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/danos-morais.htm. Acesso em 28 de Fevereiro de
2023..

FERREIRA, L. L. D. J. PREVIDENCIÁRIO : aplicabilidade e responsabilidade civil de


indenizar . DANO MORAL NO DIREITO PREVIDENCIÁRIO : aplicabilidade e
responsabilidade civil de indenizar . CURSO DE DIREITO – UniEVANGÉLICA, 2019.
Disponível em: http://repositorio.aee.edu.br/bitstream/aee/1293/1/Monografia%20-%20Lara
%20Lorena%20de%20Jesus%20Ferreira.pdf. Acesso em 03 de Março de 2023.

FREITAS, K. S. DE. A evolução do dano moral no Direito Brasileiro e sua aplicação nas
relações de trabalho. DireitoNet, 2021. Disponível em:
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/12122/A-evolucao-do-dano-moral-no-Direito-
Brasileiro-e-sua-aplicacao-nas-relacoes-de-trabalho#:~:text=sua%20conta%20gratuita
%3A-,A%20evolu%C3%A7%C3%A3o%20do%20dano%20moral%20no%20Direito
%20Brasileiro%20e%20sua,inserida%20pela%20Lei%2013.467%2F2017. Acesso em 04 de
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Março de 2023.

MAFFINI, T.; BENTO, F. Dano moral previdenciário: uma anpalise das decisões.
Argumenta Journal Law, n. 31, p. 25–30, 2019. Disponível em:
http://seer.uenp.edu.br/index.php/argumenta/article/view/1533. Acesso em 06 de Março de
2023.

MOREIRA, L. C. DE A. Aplicabilidade do dano moral previdenciário e critérios de fixação.


CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO PATROCÍNIO, p. 35–55, 2017.
Disponível em:https://www.unicerp.edu.br/ensino/cursos/direito/monografias/20172/
AplicabilidadedoDanoMoral.pdf. Acesso em 07 de Março de 2023.

OLIVEIRA, A. DE. Manual prático da previdência social. São Paulo: Atlas, 2004.

RAMALHO, A. Dano moral previdenciário. CENTRO UNIVERSITÁRIO TOLEDO


ARAÇATUBA, 2019. Disponível em:
https://servicos.unitoledo.br/repositorio/bitstream/7574/2271/3/DANO%20MORAL
%20PREVIDENCI%C3%81RIO%20-%20AMANDA%20RAMALHO%20DOS
%20SANTOS.pdf. Acessi em 26 de Fevereiro de 2023.

RAMOS, W. Dano Moral Previdenciário. Saberalei, 2021. Disponível em:


https://saberalei.com.br/dano-moral-previdenciario/. Acesso em 03 de Março de 2023.

SILVA, F. DOS S. R. Dano moral em direito previdenciário. BlogdoPrev, 2022. Disponível


em: https://previdenciarista.com/blog/dano-moral-em-direito-previdenciario/. Acesso em 08
de Março de 2023.

ZIMMERMANN, D. O Dano Moral no Direito do Trabalho. Universidade Regional do


Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul., p. 14, 2002. Disponível em:
https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/handle/123456789/1105/Diego
%20Zimmermann.pdf?sequence=1. Acesso em 01 de Março de 2023.
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