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INTRODUÇÃO
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de
caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro atuarial, e atenderá, nos termos da lei.
[...] em 1908 [...] o “Old Age Pensions Act”, o qual teve o condão de conceder
pensões aos maiores de 70 anos, independente de custeio.
O plano previa uma ação estatal concreta para garantir o bem-estar social, o
seguro social e responsabilizar o Estado também na área da saúde e assistência
social.
[...]
[...]
A maior inovação trazida pela Constituição Federal de 1967, no que diz respeito à
Previdência Social, foi a instituição do seguro desemprego. Ademais, importante
salientar também que foi neste texto constitucional que ocorreu a inclusão do
salário família, que antes só havia recebido tratamento infraconstitucional.
(NOLASCO. S.d)
A maior inovação trazida pela Constituição Federal de 1967, no que diz respeito à
Previdência Social, foi a instituição do seguro desemprego. Ademais, importante
salientar também que foi neste texto constitucional que ocorreu a inclusão do salário
família, que antes só havia recebido tratamento infraconstitucional (NOLASCO, S.d).
É neste contexto em que, com relação aos direitos fundamentais sociais, também
chamados de direitos fundamentais de segunda dimensão (dentre os quais se
inclui os direitos relativos à Previdência Social) surge a discussão a respeito da
eficácia de tais direitos, ou seja, se é possível se exigir do Estado prestações de
cunho positivo a fim de que os direitos fundamentais sociais sejam efetivamente
garantidos. (NOLASCO, S.d)
Desde o Governo Temer uma reforma da Previdência mais radical tenta ser
aprovada. Na época, a conjuntura nacional dificultou a tramitação da proposta na
Câmara. Por outro lado, houve a reforma trabalhista que atingiu indiretamente os
cidadãos ao direito de obterem os benefícios assegurados pela Previdência Social.
Em 2019, o governo de Jair Bolsonaro tornou prioridade levar a frente a Reforma da
Previdência, que resultou na Emenda Constitucional nº 103.
O financiamento da União à Saúde não poderá ser inferior a 15% (quinze por
cento) da receita corrente líquida para o exercício financeiro.
Vale ressaltar que, o BPC não gera pensão aos dependentes do segurado,
por se tratar de benefício assistencial, considerando aspectos de hipossuficiência da
pessoa e da família.
Ainda que, inicialmente, a LOAS no artigo 20, §3º, impunha como requisito
básico para concessão do benefício a renda per capita máxima de um quarto do
salário mínimo vigente, a jurisprudência tem entendido que tal requisito não é
absoluto, uma vez que, considerado o caráter assistencial do benefício, o que se
deve analisar é se o grupo familiar possui condições dignas de sobrevivência ou se
está sobrevivendo em condições de miserabilidade, vejamos:
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de
Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da
lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
3.2.1.2 Carência
3.2.2.1 Auxílio-Doença
Isso pois, na maioria das vezes a proteção deste benefício se torna ineficaz,
em virtude da burocracia administrativa, especialmente no que respeita aos serviços
periciais mantidos pelo INSS.
Como é notório, o setor pericial não consegue dar conta de tanta complexidade
com que se apresentam os pedidos formulados pelos segurados, principalmente
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quando a significativa diversidade de doenças exige uma gama correspondente de
profissionais que, geralmente, a Autarquia Securatária não dispõe. (COSTA, 2014,
p. 66)
Por ser o liame que separa os benefícios comuns dos acidentários é muito
tênue, uma vez que a avaliação na maioria das vezes é subjetiva, seja no que refere
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Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral
de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e
atenderá, na forma da lei, a: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
Art. 42º - A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o
caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em
gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insuscetível de
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e
ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
A aposentadoria por invalidez pode ter como causa acidente ou doença não
relacionados ao trabalho, quando será considerada como invalidez previdenciária;
quando for relacionado a acidente de trabalho ou doença profissional ou
ocupacional, será considerada como invalidez acidentária.
b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado;
1 - Cegueira total.
4 - Perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for
impossível.
5 - Perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível.
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6 - Perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível.
4 Perícia Biopsicossocial
(...)
o
§ 5 É assegurado o atendimento domiciliar e hospitalar pela perícia médica
e social do INSS ao segurado com dificuldades de locomoção, quando seu
deslocamento, em razão de sua limitação funcional e de condições de
acessibilidade, imponha-lhe ônus desproporcional e indevido, nos termos do
regulamento. (Incluído pela lei nº 13.457, de 2017)
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Tipo 1 Contrária
Neste sentido:
Sendo assim, a aposentadoria por invalidez poderá ser concedida pelo juiz,
ainda que a incapacidade total e permanente não seja constatada pelo médico
perito, cuja concessão se fará por análise de outros fatores.
O fundamento desta classificação, que deve ser vista conjuntamente com a CID-
10, vez que esta fornece um modelo etiológico das condições de saúde, repousa
na fixação dos critérios de avaliação fundados em dois domínios: funções e
estruturas do corpo e, atividades e participação (CIF-CJ, 2011, p.35)
Nesta linha, através da CIF – 2011, é possível afirmar que duas pessoas com
a mesma doença não equiparem-se em seus níveis de funcionamento, assim como
duas pessoas com o mesmo nível de funcionamento não equiparam-se,
necessariamente, quanto as questões de saúde.
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A CIF é útil para uma ampla gama de aplicações diferentes, por exemplo,
previdência social, avaliação do gerenciamento da assistência à saúde e estudos
de população em níveis local, nacional e internacional. Oferece uma estrutura
conceitual para as informações aplicáveis à assistência médica individual,
incluindo prevenção, promoção da saúde e melhoria da participação, removendo
ou mitigando os obstáculos sociais e estimulando a provisão de suportes e
facilitadores sociais. Ela também é útil para o estudo dos sistemas de assistência
médica, tanto em termos de avaliação como de formulação de políticas públicas.
(CIF-2011, p. 38)
A realidade dos fatos denuncia que o perito médico não possui condições de
avaliar sozinho uma realidade acerca da capacidade laborativa, que é demais
complexa e interdisciplinar, vez que não se trata somente de conceitos médicos,
mas uma série de outros fatos que o perito não consegue averiguar, é que o sistema
pericial atual está tão defasado.
Dessa forma, a perícia deve ser complexa, não bastando a perícia médica
para o fim a que se destina, quando tratamos de deferimentos nos benefícios por
incapacidade, em especial, nos benefícios de Aposentadoria por Invalidez.
Até mesmo porque, segundo José Ricardo Caetano Costa (2014, Perícia
Biopsicossocial – Perspectivas de um novo modelo pericial, p. 118), “é possível que
o indivíduo não tenha nenhuma patologia e seja considerado incapaz, haja vista uma
série de barreiras sociais, limites pessoais e familiares, por exemplo, que conduzem
a essa condição”.
Sendo assim, pode-se afirmar que o Perito Médico não pode afirmar se o
indivíduo está ou não incapaz ou se é ou não deficiente. Ele pode, e deve, dentro da
especialidade que lhe compete e, segundo a qual é credenciado para realizar seu
trabalho, relatar as perdas anatômicas e as reduções dos órgãos do corpo. Nada
mais. Se constatar isso fará a sua parte.
Entretanto, para que possamos ter uma análise processual mais efetiva, a
mudança cultural e filosófica também deve ser alterada, pois somente com uma
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CONCLUSÃO
social continua a aumentar. Então, concluímos que, é notório que análise para a
concessão ou não dos benefícios não pode ser decidida com base no mesmo meio
probatório de outrora.
Ainda que atualmente essa perspectiva seja cada vez mais evidente, o
modelo pericial tem se apresentado ineficiente há muito tempo, principalmente
quando tratamos das pericias médicas realizadas na seara administrativa, já que os
peritos, na maioria das vezes, não são especialistas na patologia apresentada pelo
segurado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Processual Civil: Teoria da Prova, Direito Probatório, Teoria da Precedente,
Decisão Judicial, Coisa Julgada e Antecipação da Tutela. 5. Ed. Rev. Amp.
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Impetus, 2010.
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<http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=177
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Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 22, n. 5264, 29 nov. 2017. Disponível
em: https://jus.com.br/artigos/59126. Acesso em: 24 abr. 2020.
SILVA, José Afonso da. Direito Constitucional Positivo. 15 ed. São Paulo:
Malheiros, 1998, p. 289.