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A Previdência Social brasileira já passou por várias mudanças conceituais e estruturais, envolvendo o grau de cobertura, os
tipos de benefícios oferecidos e a forma de financiamento do sistema. Uma análise de cada fase histórica da Previdência
Social permite verificar os progressos alcançados ao longo de sua existência.
Grandes foram as conquistas do povo brasileiro em termos de proteção social no decorrer de sua evolução histórica e assim a
sociedade vem construindo uma Previdência que a cada passo amplia a cobertura social.
Desde a época do Império, no Brasil já existia mecanismo de cunho previdenciário. Contudo, somente a partir de 1923, com
a aprovação da Lei Eloy Chaves, que na verdade é o Decreto Legislativo nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923, o País adquiriu
um marco jurídico para a atuação do sistema previdenciário, que na época era composto pelas Caixas de Aposentadorias e
Pensões – CAPs. A Lei Eloy Chaves tratava especificamente das CAPs das empresas ferroviárias, pois seus sindicatos eram
bem mais organizados e possuíam maior poder de pressão política. O objetivo inicial era o de apoiar esses trabalhadores
durante o período de inatividade.
A Lei n° 3.807, de 26 de agosto de 1960, criou a Lei Orgânica de Previdência Social – LOPS, que unificou a legislação
referente aos Institutos de Aposentadorias e Pensões. Posteriormente, o Decreto-Lei n° 72, de 21 de novembro de 1966, uniu
os seis Institutos de Aposentadorias e Pensões existentes na época (IAPM, IAPC, IAPB, IAPI, IAPETEL, IAPTEC), criando
o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
O INPS unificou as ações da previdência para os trabalhadores do setor privado, exceto os trabalhadores rurais e os
domésticos. No decorrer da década de 1970, a cobertura previdenciária expandiu-se com a concentração de recursos no
governo federal, especialmente devido às seguintes medidas: em 1972, a inclusão dos empregados domésticos; em 1973, a
regulamentação da inscrição de autônomos em caráter compulsório; em 1974, a instituição do amparo previdenciário aos
maiores de 70 anos de idade e aos inválidos não-segurados (idade alterada posteriormente); em 1976, extensão dos
benefícios de previdência e assistência social aos empregadores rurais e seus dependentes.
Na década de 70, inovações importantes aconteceram na legislação previdenciária, disciplinadas por vários diplomas legais,
surgindo a necessidade de unificação, que de fato ocorreu com a CLPS (Consolidação das Leis da Previdência Social) em
24/01/1976, por meio do Decreto nº 77.077. No ano seguinte, foi criado o Sistema Nacional de Previdência e Assistência
Social – SINPAS.
Com a Constituição de 1988, foi criado o conceito de Seguridade Social composto pelas áreas da Saúde, Assistência e
Previdência Social.
Portanto, a Previdência Social é um sistema de proteção social que assegura o sustento do trabalhador e de sua família,
quando ele não puder trabalhar por causa de doença, acidente, gravidez, prisão, morte ou idade avançada.
"É fundamental que se viva bem o presente, mas é importante pensar no futuro e tomar alguns cuidados, enquanto está
trabalhando, garantindo para si e sua família segurança e tranquilidade. É preciso se prevenir, pois como diz o ditado popular
'Um homem prevenido, vale por dois'”.
Vânia Márcia Félix Araújo - Servidora do INSS - GEX Campos de Goytacazes/RJ.
A Previdência Social é um direito social, previsto no art. 6º da Constituição Federal de 1988 entre os Direitos e Garantias
Fundamentais, que garante renda não inferior ao salário mínimo ao trabalhador e a sua família nas seguintes situações,
previstas no art. nº 201 da Carta Magna:
I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e idade avançada;
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no §
2º.
Ainda hoje, é comum confundir Previdência Social, Assistência Social e Saúde.
Proteção à Saúde
Independe de contribuição, a saúde é direito de todos e dever do Estado, de acesso universal e igualitário. Suas ações visam à
redução de riscos de doenças e outros agravos. O Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, desenvolve
ações preventivas e curativas, visando a saúde física e mental dos cidadãos, através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Assistência Social
Independe de contribuição, é dever do governo e será prestada a quem dela necessitar. O órgão responsável é o Ministério de
Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS e as ações são executadas dentro de cada município. Atende as
necessidades básicas de proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à pessoa com deficiência e ao idoso.
Previdência Social
Depende de contribuição, é um sistema de proteção social que assegura o sustento do trabalhador e de sua família, quando
ele não puder trabalhar em razão da incapacidade laborativa provocada por causa de doença, acidente, gravidez, prisão,
morte ou idade avançada. De caráter contributivo e de filiação obrigatória é o seguro do trabalhador brasileiro, não
representa um bem do governo, mas sim uma conquista da sociedade.
Recursos Financeiros
Proporcionar aos cidadãos paz e tranquilidade em meio às dificuldades inerentes à vida humana: este é o compromisso geral
da Seguridade Social.
Para atender a esse conjunto de objetivos sociais de grande relevância, os gastos com a Seguridade Social são reunidos num
orçamento único específico, destacado do orçamento geral da União.
Você sabe de onde vêm os recursos para custear a Seguridade Social?
A Seguridade Social é financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, contando ainda com recursos provenientes
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e também com contribuições sociais.
Previdência Social - contributivo e de filiação obrigatória
A Previdência Social é organizada sob a forma do regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
Portanto, é necessária a contribuição por parte do(a) segurado(a), para assegurar o acesso aos benefícios e aos serviços
previdenciários.
O Papel do INSS
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi criado em 27 de junho de 1990, por meio do Decreto n° 99.350, a partir da
fusão do Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS) com o Instituto Nacional de
Previdência Social (INPS), como autarquia vinculada ao Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS).
O INSS caracteriza-se, portanto, como uma organização pública prestadora de serviços previdenciários para a sociedade
brasileira. É nesse contexto e procurando preservar a integridade da qualidade do atendimento a essa clientela, que o Instituto
(INSS) vem buscando alternativas de melhoria contínua, com programas de modernização e excelência operacional,
ressaltando a maximização e otimização de resultados e de ferramentas que fundamentem o processo de atendimento ideal
aos anseios da sociedade em geral.
A entidade é vinculada atualmente ao Ministério da Economia.
Complementando
Ouça o podcast Previdência Social realizado pelo PEP
Para começarmos a tratar do tema, ouça o Podcast do PEP que trata de segurado obrigatório e segurado facultativo:
1. Segurados Obrigatórios
Os segurados obrigatórios são aqueles que exercem qualquer tipo de atividade remunerada, de natureza urbana ou rural,
abrangidas pela Previdência Social, de forma contínua ou eventual, com ou sem vínculo empregatício.
São também segurados obrigatórios aqueles que trabalham na atividade rural individualmente ou em regime de economia
familiar, com ou sem auxílio eventual de terceiros.
Observe agora os tipos de segurados obrigatórios.
a - Empregado
Segurado empregado é todo trabalhador ou trabalhadora que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresas, em
caráter não eventual, sob subordinação e mediante remuneração. Nesta categoria, estão as pessoas com carteira assinada,
diretores-empregados, aquelas que possuem mandato eletivo, entre outros.
b - Empregado Doméstico
É a pessoa que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração e subordinação, a pessoa ou a família, no âmbito
residencial desta, em atividade cujo objetivo não seja o lucro. Acompanhe alguns exemplos:
• Motorista Particular.
• Jardineiro.
• Governanta.
• Mordomo.
• Caseiro.
• Enfermeira Particular.
• Piloto Particular.
Uma diferença básica entre o empregado e o empregado doméstico é que a atividade para a qual este trabalha não terá um
fim lucrativo, já que é feita diretamente para uma pessoa física ou família.
É vedada a contratação de menor de 18 anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção nº. 182,
de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto nº 6.481, de 12 de junho de 2008.
c - Trabalhador avulso
Trabalhadores, sindicalizados ou não, que prestam serviço de natureza urbana ou rural a diversas empresas, sem vínculo
empregatício com elas. A relação de trabalho é feita com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra ou do
sindicato da categoria.
Vejamos alguns exemplos:
O trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação
e bloco.
O trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério.
O trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios).
O amarrador de embarcação.
O ensacador de café, cacau, sal e similares.
O trabalhador na indústria de extração de sal.
O carregador de bagagem em porto.
O prático de barra em porto.
O guindasteiro.
O classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos, etc.
d - Contribuinte Individual
Aquele que presta serviços, de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma pessoa ou a uma empresa, sem relação
de emprego.
Incluem-se entre os contribuintes individuais:
Empresário.
Trabalhadores por conta própria (vendedoras, manicures, costureiras, cabeleireiras, professores particulares, empreendedor
individual, etc).
Empregador rural pessoa física (produtor rural).
Dirigente de sociedade civil e síndico remunerados.
Ministro de confissão religiosa.
Cooperado de cooperativa de produção ou de trabalho.
Diarista (urbano ou rural).
Garimpeiro, entre outros.
É também considerada contribuinte individual a pessoa física que presta serviços a pessoa jurídica ou cooperativa. Conheça
um tipo diferenciado de Contribuinte Individual, o MEI ou Microempreendedor Individual.
Contribuinte Individual Microempreendedor Individual (MEI)
O Microempreendedor Individual (MEI) é também um contribuinte individual, que trabalha por conta própria, podendo ser
pessoa jurídica e física ao mesmo tempo, formalizado com CNPJ.
Para ser MEI é preciso observar as seguintes condições:
- auferir receita bruta acumulada no ano-calendário anterior de até R$ 81.000,00.
- Ser optante pelo Simples Nacional.
- Não participar de outra empresa como titular, sócio ou administrador.
- Ter até um empregado, desde que este receba um salário mínimo ou piso da categoria.
Simples Nacional
É um regime especial unificado de arrecadação de impostos e contribuições devidos pelas Microempresas (ME) e Empresas
de Pequeno Porte (EPP), criado pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (LC 123/2006), e vigente a partir
de 1º de julho de 2007.
VOCÊ SABIA? Existem mais de 170 ocupações que podem se transformar em Microempreendedor Individual, dentre
elas: o ambulante, a vendedora de cosméticos, o cabeleireiro, a manicure, a esteticista, a costureira, o artesão, o borracheiro,
o sapateiro, o mecânico, entre outros.
e - Segurado Especial
Trabalhador residente no imóvel rural ou meio urbano que exerça atividade rural individualmente ou em regime de economia
familiar, com ou sem auxílio eventual de terceiros.
A atividade rural poderá ser desempenhada na condição de produtor, parceiro, meeiro, arrendatário, pescador artesanal e
assemelhados. Visite a biblioteca do curso e identifique as características de cada uma dessas condições.
O regime de economia familiar ocorre quando o trabalho do grupo familiar é indispensável à sua subsistência e
desenvolvimento socioeconômico, sendo exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de
empregados permanentes, independente do valor auferido pelo segurado especial com a comercialização da sua produção.
2. Segurados Facultativos
Diferentemente dos segurados obrigatórios, os facultativos são aqueles que, por vontade própria, inscrevem-se na
Previdência Social mediante contribuição, desde que não estejam exercendo atividade remunerada que os enquadrem como
segurado obrigatório de qualquer regime de Previdência Social no país ou de países com os quais o Brasil mantém acordo
previdenciário.
FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO
Para ter a condição de segurado é necessário estar filiado ou inscrito na Previdência Social. Mas existe diferença entre uma
forma e outra de ingresso? É o que vamos ver a seguir:
A filiação e a inscrição são institutos diferentes no direito previdenciário, e, assim, podem ocorrer em momentos distintos.
FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO
Filiação é o vínculo jurídico entre o segurado e a Previdência Social, do qual decorrem direitos e obrigações recíprocos. De
um lado, o segurado tem o dever de contribuir e o direito à cobertura previdenciária. Em contrapartida, o RGPS tem o dever
de pagar os benefícios e prestar os serviços previdenciários (quando cumpridos os requisitos legais), e o direito de exigir o
pagamento das contribuições previdenciárias. A filiação pode se dar de forma obrigatória ou facultativa.
Inscrição é o ato jurídico de formalização da filiação. É por meio da inscrição que o segurado fornece à previdência os dados
necessários para sua identificação.
Conforme estabelecido no art. 7º, inciso XXXIII, da CF/88, está vedado o exercício de qualquer trabalho a menores de
dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos. Por isso, a idade mínima para filiação é dezesseis
anos, excetuando a filiação do aprendiz, que pode ser efetuada a partir de quatorze anos, na condição de segurado
empregado.
FILIAÇÃO
INSCRIÇÃO
É a formalização da filiação. É por meio da inscrição que o segurado fornece à previdência os dados necessários para sua
identificação, ou seja, a inscrição é o ato de cadastramento do indivíduo maior de 16 anos (salvo se menor aprendiz que é a
partir dos 14 anos) no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), mediante apresentação dos dados pessoais e de
documentos, para geração ou atribuição do número de inscrição do trabalhador (NIT).
A identificação do trabalhador será única, pessoal e intransferível, independentemente de alterações de categoria profissional.
Quando o trabalhador já possuir o número do Programa de Integração Social/Programa de Assistência ao Servidor Público
(PIS/PASEP), não caberá novo cadastramento, sendo utilizado este número para contribuir para a Previdência Social.
Empregado e Trabalhador avulso: pelo preenchimento dos documentos que os habilitem ao exercício da atividade,
formalizado pelo contrato de trabalho, no caso de empregado, e pelo cadastramento e registro no sindicato ou órgão gestor de
mão-de-obra, no caso de trabalhador avulso;
Contribuinte individual: pela apresentação de documentos que caracterize a sua condição ou o exercício de atividade
profissional, liberal ou não.
Empregado doméstico: pela apresentação de documento que comprove a existência de contrato de trabalho, atualmente é
realizada inscrição do empregado doméstico pelo empregador pessoa física no Portal do Esocial, pelo
site http://www.esocial.gov.br/.
Segurado especial: pela apresentação de documento que comprove o exercício de atividade rural. A inscrição do segurado
especial será feita de forma a vinculá-lo ao seu respectivo grupo familiar e conterá, além das informações pessoais, a
identificação da propriedade em que desenvolve a atividade e a que título, se nela reside ou o Município onde reside e,
quando for o caso, a identificação e inscrição da pessoa responsável pela unidade familiar. O segurado especial integrante de
grupo familiar que não seja proprietário ou dono do imóvel rural em que desenvolve sua atividade deverá informar, no ato da
inscrição, conforme o caso, o nome do parceiro ou meeiro outorgante, arrendador, comodante ou assemelhado.
Segurado facultativo: pela apresentação de documento de identidade, CPF e declaração que não exerce atividade que o
enquadre como segurado obrigatório.
A inscrição do empregado e do trabalhador avulso será efetuada diretamente na empresa, sindicato ou órgão gestor de mão
de obra, e a dos demais, no INSS pela Central 135 ou pelo site www.inss.gov.br.
No caso do contribuinte individual, excepcionalmente a empresa que o contratou poderá ter a obrigação de realizar a sua
inscrição. Esta hipótese ocorrerá quando a empresa utilizar-se de segurado não inscrito. Esta mesma situação poderá ocorrer
no caso do cooperado de cooperativa de trabalho.
A data de vencimento das contribuições previdenciárias será até o 15º dia do mês seguinte à competência a ser paga.
Ex: competência a ser paga 01/2019 - vencimento: 15/02/2019. Se esse dia coincidir com final de semana, a contribuição
poderá ser feita no primeiro dia útil após a data de vencimento.
Todos os filiados ao INSS (empregado, trabalhador avulso, empregado doméstico, contribuinte individual, segurado especial
e facultativo), enquanto estiverem efetuando recolhimentos mensais a título de previdência, automaticamente
estarão mantendo esta qualidade, ou seja, continuam na condição de segurado do INSS.
Quando o segurado deixa de pagar para o INSS, por ter sido despedido do emprego ou por outras razões, não perde de
imediato sua qualidade de segurado. Este lapso de tempo extra concedido é denominado período de graça.
O período de graça, portanto, é um tempo que a previdência mantém o cidadão com a qualidade de segurado e, por isso,
garante todos os direitos aos benefícios, desde que respeitados os demais requisitos.
SEM LIMITE DE PRAZO Enquanto estiver recebendo benefício, exceto auxílio acidente.
Os períodos de manutenção da qualidade de segurado definidos acima podem ser estendidos por mais tempo, conforme os
períodos abaixo, cumulativamente:
Se o trabalhador já contar com com 120 ou mais contribuições consecutivas ou intercaladas sem a
Por mais 12 meses perda da qualidade de segurado. Caso haja a perda dessa qualidade, não será possível considerar a
prorrogação de manutenção da qualidade de segurado.
Para o trabalhador desempregado, desde que comprovada a situação de desemprego involuntário com
Por mais 12 meses registro no Sistema Nacional de Emprego (SINE) e/ou recebimento de seguro desemprego dentro do
período que mantenha a sua qualidade de segurado.
A soma do período de graça com as prorrogações pode chegar a 36 (trinta e seis) meses, período em que o cidadão
conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social.
Após transcorrido todo o prazo a que o cidadão tinha direito para manter a condição de segurado do INSS, se ele não voltar a
contribuir, haverá a chamada “perda da qualidade de segurado”. Nesse caso, ele deixa de estar coberto pelo seguro social
(INSS) e não terá direito a benefícios previdenciários caso o fato gerador do direito ao benefício se dê a partir da data em que
perdeu esta condição de “segurado”.
A perda da qualidade de segurado será no 16º dia do 2º mês subsequente ao término do prazo em que estava no “período de
graça”, incluindo-se as prorrogações se for o caso.
Se a data acima cair em dia que não haja expediente bancário, prorroga-se para o 1º dia útil após o 16º dia.
A seguir, vamos ver alguns exemplos para entender melhor como se dá essa prorrogação do prazo?
EXEMPLO
Maria, segurada do INSS com mais de 120 contribuições sem a perda da qualidade de segurada), ficou desempregada em
20/09/2015. Logo em seguida, passou a receber seguro-desemprego por 5 meses. Além disso, Maria pediu inscrição no SINE
em busca de nova oportunidade no mercado de trabalho.
Data do desemprego: 20/09/2015
Período de graça comum: 12 meses = 30/09/2016
Prorrogação do período de graça (+120 contribuições): 12 meses = 30/09/2017
Prorrogação (seguro-desemprego) = + 12 meses = 30/09/2018
Data da perda da qualidade = 17/11/2018
A data de fixação da perda desta qualidade se dará somente em 16/11/2018 (16º dia do 2º mês subsequente ao término do
“período de graça”), pois caso Maria queira efetuar recolhimento na condição de contribuinte individual ou facultativo
referente ao mês de outubro/2018, conforme lhe garante a Lei, o prazo para pagamento seria até o dia 16/11/2018 (15/11 é
feriado) e portanto, os direitos de “segurado” devem ser mantidos até esta data.
No caso de perda da qualidade de segurado, essa condição poderá ser revertida, desde que o trabalhador volte a efetuar as
contribuições em dia.
O segurado deverá contar a partir da nova filiação, com metade do número de contribuições necessárias para carência (de
acordo com o benefício pleiteado) para a concessão dos benefícios previdenciários. Assim, readquire a qualidade para
usufruir de tais benefícios.
FORMAS DE CONTRIBUIÇÃO
Como mencionamos nas aulas anteriores, o direito aos benefícios previdenciários resultam de filiação e inscrição na
Previdência Social, bem como recolhimento realizado regularmente, seja por meio da empresa ou por ação própria do
cidadão.
Agora, vamos conhecer um pouco mais sobre como o recolhimento ao RGPS pode ser realizado
Mas o que pode acontecer nesses casos? Observe nas próximas páginas.
Quando ser tratar de trabalhadores intermitentes (empregado, doméstico, trabalhador avulso e contribuinte individual
prestador de serviços) e, a contribuição for inferior ao salário-mínimo, O CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais)
consolidará as remunerações da competência, somando os salários de contribuição de categorias diferentes na mesma
competência.
2º AGRUPAMENTO 1.039,00
Antes do Agrupamento, a segurada tinha cinco contribuições que não seriam contabilizadas para o Tempo de Contribuição.
Agora, ela terá duas contribuições validadas para o Tempo de Contribuição.
UTILIZAÇÃO
Vamos verificar nesta página um exemplo em que o valor recebido pelo segurado é inferior ao salário-mínimo e ocorre a
utilização:
Exemplo: Marcos trabalha como empregado com um contrato de trabalho intermitente (por exemplo, garçom), recebendo R$
500,00 por mês, ele também trabalha como contribuinte individual prestador de serviços. No CNIS constam as seguintes
informações:
UTILIZAÇÃO
Vamos continuar observando como ocorre a UTILIZAÇÃO aplicável ao exemplo iniciado na página anterior.
Observamos o valor que falta e o que excede em cada competência, lembrando que o salário mínimo de Jan/2020 é R$
1.039,00 e a partir de Fev/2020, R$ 1.045,00.
UTILIZAÇÃO (CONTINUANDO)
Vamos finalizar o exemplo indicado nas páginas anteriores quanto á forma de Utilização das parcelas inferiores ao salário-
mínimo recebidas pelo trabalhador em função das mudanças ocorrida s na lei trabalhista.
No caso exemplificado, transbordaremos o excedente da competência abril para a competência maio.
O 13º Salário não pode ser utilizado para agrupar com salário-de-contribuição abaixo do mínimo nem utilizar um 13º salário
acima do mínimo para usar o excedente e complementar os salários-de contribuição das competências do ano.
COMPLEMENTAÇÃO
A Complementação é possível em três situações:
O pagamento da complementação será feito através de Documento de Arrecadação de Receitas Federais – DARF, com a
utilização do número do CPF do segurado/contribuinte, no código de receita 1872 – Complemento de Contribuição
Previdenciária, disponível no endereço eletrônico http://servicos.receita.fazenda.gov.br/Servicos/sicalcweb/default.asp?
TipTributo=1&FormaPagto=1, com a diferença que falta para atingir o salário mínimo naquela competência.
Na Complementação podemos ter até três alíquotas diferentes 7,5%, 11% ou 20%, dependendo da alíquota que foi utilizada
no salário-de-contribuição que gerou o valor no CNIS.
Vamos demonstrar como ocorre a complementação. No exemplo, pegamos a situação de Maria já utilizada numa situação de
Agrupamento para fazer a Complementação.
estar contribuindo com valor de remuneração mensal igual ao valor do salário mínimo vigente multiplicado por três;
preencher o campo “competência” da GPS obedecendo os trimestres civis. (jan/fev/mar, abr/mai/jun, jul/ago/set e
out/nov/dez)
Com o recolhimento de 5%, o MEI somente poderá requerer junto à Previdência Social a Aposentadoria por idade. Caso
opte por ter direito de requerer a Aposentadoria por Tempo de Contribuição ou levar o tempo contribuído para outro regime
de previdência por meio de CTC deverá recolher também a complementação para a alíquota de 20%. Isso significa que é
necessário emitir uma GPS com alíquota de 15% no código 1910.
Se o segurado ainda quiser recolher acima do salário mínimo, deverá recolher uma GPS no código 1007, com a alíquota de
20% do valor escolhido, restrito apenas ao valor do teto máximo da Previdência Social.
Caso faça a complementação na forma descrita acima, o MEI poderá realizar outro recolhimento que possibilite seu Salário
de contribuição ultrapassar o Salário-mínimo, limitado ao teto da Previdência Social. Ou seja, neste caso, são duas guias
extras: uma para complementar os 15% do Salário-mínimo; outra, de 20%, sobre o valor faturado acima do Salário-mínimo,
limitado ao Teto da Previdência.
Para obter mais informações sobre o Microempreendedor Individual, acesse o Portal do Empreendedor por meio do
endereço: http://www.portaldoempreendedor.gov.br/
RESUMO DAS FORMAS DE CONTRIBUIÇÃO SEGURADO FACULTATIVO
A tabela abaixo corresponde aos valores a serem contribuídos pelo segurado facultativo ao utilizar as alíquotas normal e
simplificada, com base no salário-mínimo de 2020.
SALÁRIO DE
ALÍQUOT
PLANO CONTRIBUIÇÃ VALOR DIREITOS
A
O
R$ 260,40
R$ 1.302,00 até (mínimo) e
Normal 20% A todos os benefícios previdenciários.
R$ 7.507,49 R$ 1.501,49
(teto)
* Caso o segurado tenha feito a opção pelo recolhimento com alíquota reduzida (11%) e queira se aposentar por
tempo de contribuição, deverá recolher a diferença de 9% sobre o salário mínimo.
SALÁRIO DE
ALÍQUOT VALO
PLANO CONTRIBUIÇÃ DIREITOS
A R
O
* Caso o segurado tenha feito a opção pelo recolhimento com alíquota reduzida (5%) e queira se aposentar por tempo
de contribuição, deverá recolher a diferença de 15% sobre o salário mínimo.
Contribuinte Individual:
Facultativo:
O empregador é responsável por recolher o valor correspondente à contribuição do empregado, cujos percentuais
atuais variam de 7,5%, 9%, 12% ou 14%, limitado ao teto máximo.Da mesma forma, a empresa que utiliza os serviços de
prestador de serviço (contribuinte individual) fica também obrigada a arrecadar a contribuição previdenciária desse segurado,
mediante desconto de 11% a ser efetuado na remuneração correspondente aos serviços prestados.