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Administração

de Planos
Previdenciários,
um enfoque na
Seguridade
(online)

Andrea Vanzillotta
atuária – MIBA 1000
Abril de 2023
Programação

1. Princípios básicos de Previdência Social e da Previdência Complementar


2. Legislação Básica da Previdência Complementar Fechada
3. Principais documentos (estatuto e regulamentos)
4. Tipos de plano (BD, CD e CV)
5. Institutos Obrigatórios (resgate, portabilidade, autopatrocínio e BPD)
6. Processos operacionais da Seguridade: arrecadação, concessão e
manutenção de benefícios, empréstimos
7. Considerações Finais
2
Princípios básicos
de Previdência
Social e da
Previdência
Complementar
“Por mais caro que pareça o seguro social, resulta
menos gravoso que os riscos de uma revolução.”
Otto von Bismarck, chanceler da Alemanha que criou o primeiro sistema de
aposentadoria pública no final do sec. XIX.

4
A origem da Seguridade Social

• Originou-se na necessidade social de se estabelecer


métodos de proteção contra os variados riscos ao ser
humano.

• Inicialmente, a proteção contra os riscos da vida era


conferida pela família. Aqueles que não eram abrangidos
por essa proteção familiar e não tinham condições de
prover o próprio sustento dependiam da chamada ajuda
aos pobres e necessitados.
5
A origem da Seguridade Social

• O marco da proteção social conferida pelo Estado originou-se na


Alemanha, com a aprovação em 1883 do projeto do Chanceler
Otto Von Bismarck.

• A Lei do Seguro Social garantiu, inicialmente, o seguro-doença,


evoluindo para abrigar também o seguro contra acidentes de
trabalho (1884) e o seguro de invalidez e velhice (1889). O
financiamento desses seguros era tripartido, mediante prestações
do empregado, do empregador e do Estado.
6
A origem da seguridade social

• A primeira Constituição do mundo a incluir o seguro social em seu


bojo foi a do México, de 1917.
• A Constituição Soviética de 1918 também tratava de direitos
previdenciários.
• Na América Latina, os sistemas mais antigos de seguro social foram
criados na Argentina, Chile e Uruguai, no começo da década de
1920.
• Os Estados Unidos da América instituíram o New Deal, com a
doutrina do Wellfare State (Estado do bem-estar social), a partir de
1933, e editaram o Social Security Act em 1935.
7
Seguridade Social no Brasil

• No Brasil, a proteção social evoluiu de forma semelhante


ao plano internacional. Inicialmente foi privada e
voluntária, passou para a formação dos primeiros planos
mutualistas e, posteriormente, para a intervenção cada vez
maior do Estado.

• A Lei Eloy Chaves é considerada um marco na evolução da


Seguridade Social no Brasil, pois criou nacionalmente as
Caixas de Aposentadorias e Pensões para os ferroviários.
8
Seguridade Social

Compreende um conjunto integrado de


ações de iniciativa dos poderes públicos e
da sociedade, destinado a assegurar o
direito relativo à saúde, à previdência e à
assistência social. (art. 194 da CF)
9
Saúde
arts 196 a 200 da CF

• A saúde é um direito de todos e um dever do Estado.


• O acesso à saúde independe de pagamento e é
irrestrito, inclusive para estrangeiros que residem no
país.
• É administrada pelo SUS (Sistema Único de Saúde),
vinculado ao Ministério da Saúde. Não guarda
qualquer relação com o INSS ou a Previdência Social.
10
Assistência Social
arts 203 e 204 da CF
• Será prestada a quem dela necessitar, independente de contribuição
à seguridade social. O requisito básico é a necessidade do assistido.
• Seus objetivos:
• A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
• O amparo às crianças e aos adolescentes carentes;
• Promoção da integração ao mercado de trabalho;
• Habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a
promoção de sua integração à vida comunitária;
• Garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de
deficiência ou ao idoso (65 anos) que comprovem não possuir meios de
promover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família,
conforme dispuser a lei. 11
Assistência Social

• São devidos somente aos brasileiros e


estrangeiros naturalizados e domiciliados no
Brasil que não estejam cobertos pela previdência
social do país de origem.

• LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social (Lei


8742, de 7/12/93).
12
Previdência Social

• Sua organização é sustentada por dois princípios


básicos, conforme definição do próprio texto
constitucional: compulsoriedade e contributividade.

• No Brasil, existem 2 regimes previdenciários:


• RGPS (Regime Geral)
• RPPS (Regime Próprio)
13
Art. 201 da CF Art. 40 da CF

Estrutura da
Previdência
no Brasil

Art. 202 da CF

14
Previdência Social na
Constituição Federal

• Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral
de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e
atenderá, na forma da lei, a:
I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e
idade avançada;
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa
renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e
dependentes, [....]
15
Outros pontos importantes:

• O benefício de aposentadoria não pode ser inferior ao salário


mínimo (R$ 1.320,00 a partir de mai/2023)
• Todos os salários utilizados no cálculo do benefício deverão ser
atualizados, na forma da lei
• Requisitos para aposentadoria:
• 62/65 anos de idade (mulher/homem), reduzido em 5 anos para professor
do ensino fundamental e médio, observado o tempo mínimo de contribuição
(15/20 anos).
• 55/60 anos de idade para os trabalhadores rurais, observado o tempo
mínimo de contribuição (15 anos).
16
A aposentadoria é um
seguro de renda
destinado àqueles que
perdem sua capacidade
de trabalho e está
relacionada,
essencialmente,
à velhice.

17
Fundamentos

• A Previdência (social ou privada) não tem por objetivo, no


mundo todo, pagar benefícios que representem 100% da renda
do trabalhador ativo.
• Por questão de lógica, de custeio e justiça social, a defasagem
é mais ampla, em termos proporcionais, para os salários mais
elevados.
• Nenhum benefício previdenciário terá assegurado o seu
pagamento se não estiver claramente definida a fonte
responsável pelo seu financiamento. 18
Benefícios da Previdência Social
Para o Segurado: Serviços:
• Aposentadoria por tempo de contribuição
• Aposentadoria por idade • Reabilitação profissional
• Aposentadoria especial • Serviço social
• Aposentadoria por invalidez • Benefício assistencial ao idoso e
• Aposentadoria especial a pessoas com deficiência ao deficiente (BPC-LOAS)
• Auxílio-doença • Perícia médica
• Auxílio-acidente
• Salário-família
• Salário-maternidade
• Abono anual ou 13º salário

Para os Dependentes:

• Pensão por morte


• Auxílio-reclusão
• Abono anual ou 13º salário 19
Princípios Básicos da Reforma Atual
(Emenda Constitucional 103/2019)

• Instituição de uma idade mínima – fim da aposentadoria por tempo


de contribuição após período de transição (idade como elemento
PRINCIPAL);

• Equiparação entre os regimes previdenciários (RGPS e RPPS) e


redução das aposentadorias especiais;

• Desconstitucionalização – Constituição Federal mais “enxuta”,


remetendo o detalhamento para leis complementares;
20
Princípios Básicos da Reforma Atual
(Emenda Constitucional 103/2019)

• Garantia do Direito Adquirido – aposentados e


segurados elegíveis na data de promulgação da
Reforma têm direito às regras antigas; e

• Estabelecimento de regras a serem adotadas até que


promulgadas as leis necessárias.

21
Estrutura da Previdência

Art. 202 da CF

22
Previdência Complementar

• A Lei 6.435 de 1977, marco legal original, estava muito


distante das práticas de mercado e,
consequentemente, da necessidade de operação das
próprias entidades.

• Nesse aspecto, o objetivo da reforma ocorrida em 1998


(EC 20) foi trazer incentivo ao desenvolvimento do
sistema.
23
Princípios Constitucionais próprios da
Previdência Complementar

• O princípio básico é o da autonomia da vontade.

• Trata-se de sistema facultativo, logo se rege pela autonomia privada


da vontade em contratar.

• O indivíduo tem a opção de entrar no sistema, nele permanecer,


bem como de se retirar quando tiver vontade.

• O mesmo vale para as empresas patrocinadoras.


24
Constituição Federal – 1988
Seção III – Da Previdência Social

• Art. 202. O regime de previdência privada, de


caráter complementar e organizado de forma
autônoma em relação ao regime geral de
previdência social, será facultativo, baseado na
constituição de reservas que garantam o
benefício contratado, e regulado por lei
complementar.
25
Outros pontos importantes:

• Deverá ser assegurado ao participante de planos de benefícios de


entidades de previdência privada o pleno acesso às informações
relativas à gestão de seus respectivos planos.

• As contribuições do empregador, os benefícios e as condições


contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de
benefícios das entidades de previdência privada não integram o
contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos
benefícios concedidos, não integram a remuneração dos
participantes, nos termos da lei.
26
Previdência Complementar

• marco regulatório: Lei Complementar 109/2001


(revogou a Lei 6435/1977).

• dividem-se em entidades ABERTAS e FECHADAS.

27
Entidades Abertas

• São entidades constituídas unicamente sob a forma de sociedades


anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios
de caráter previdenciário concedidos em forma de renda continuada
ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas.

• As funções do órgão regulador e do órgão fiscalizador são exercidas


pelo Ministério da Fazenda, por intermédio do Conselho Nacional de
Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados
(SUSEP).
28
Entidades Fechadas

• São Fundações ou Sociedades Civis, sem fins lucrativos, que administram


planos de benefícios acessíveis aos empregados e dirigentes de uma
empresa, grupo de empresas ou associações as quais serão denominadas
Patrocinadoras/ Instituidoras.

• As funções do órgão regulador e do órgão fiscalizador são exercidas pelo


Ministério da Previdência Social, por intermédio do Conselho Nacional da
Previdência Complementar (CNPC) e da Superintendência Nacional de
Previdência Complementar (PREVIC).

29
Legislação
Básica da
Previdência
Complementar
Fechada
Lei Complementar 109/2001

• Revogou toda a legislação vigente na época.

• Dispõe sobre as regras gerais da previdência


complementar.

• Inicia um enorme esforço de regulamentação.

31
Lei Complementar 109/2001

• Priorizou a gestão das EFPC, com foco nos planos de benefícios,


diferentemente da Lei 6435/1977, cujo centro era a entidade
fechada.
• Até então, as EFPC se confundiam com o próprio plano de
benefícios.
• Antes da Lei 109/2001, os controles da entidade e as
informações contábeis, atuariais e de investimentos tinham
como parâmetro a entidade, ao invés do plano.
32
Lei Complementar 109/2001

• Criou novos institutos obrigatórios:


• benefício proporcional diferido (vesting)
• portabilidade

• Criou a figura do Instituidor.

• Obrigatoriedade de prestar informações aos participantes.


33
Lei Complementar 108/2001

• É vedado o repasse de ganhos de produtividade, abono e


vantagens de qualquer natureza para as aposentadorias já
concedidas.

• Paridade contributiva (participantes, assistidos e


patrocinador).

• Paridade nos conselhos deliberativo e fiscal.


34
Estrutura Órgãos Regulador e
Fiscalizador

2009 2010

Ministério da Ministério da
Previdência Social Previdência Social

Conselho de Gestão Secretaria de Conselho Câmara Superintendênci Secretaria de


De Previdência Previdência Nacional de de a Nacional de Políticas de
Complementar Complementar Previdência Recursos Previdência Previdência
(CGPC) (SPC) Complementar Complementar Complementar
(CNPC) (PREVIC) (SPPC)

Órgão Regulador Órgão Fiscalizador Órgão Regulador Órgão Fiscalizador Formular Políticas
Instância Recursal
e de Julgamento e Diretrizes

35
PREVIC - Superintendência Nacional
de Previdência Complementar

• Criada pela Lei 12.154, de 23/12/2009.

• A Previc atuará como entidade de fiscalização e


de supervisão das atividades das entidades
fechadas de previdência complementar e de
execução das políticas para o regime de
previdência complementar operado pelas
entidades fechadas de previdência
complementar, observadas as disposições
constitucionais e legais aplicáveis.
36
SPPC – Secretaria de Políticas e
Diretrizes de Previdência Complementar

Terá a atribuição de assistir ao ministro


na formulação e no acompanhamento
das políticas e diretrizes do regime de
previdência complementar, operado
pelos fundos de pensão.
37
CNPC – Conselho Nacional de
Previdência Complementar

• Antigo CGPC.

• Exercerá a função de órgão regulador do regime


de previdência complementar operado pelas
entidades fechadas de previdência
complementar.
38
CNPC - Composição

• Será integrado pelo Ministro de Estado da Previdência Social, que o


presidirá, e por um representante de cada um dos seguintes indicados,
todos com direito a voto:
• PREVIC;
• SPPC;
• Casa Civil da Presidência da República;
• Ministério da Fazenda;
• Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
• entidades fechadas de previdência complementar;
• patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas de
previdência complementar; e
• participantes e assistidos de planos de benefícios das entidades fechadas de
previdência complementar.
39
Câmara de Recursos da Previdência
Complementar

• Instância recursal e de julgamento das decisões sobre a conclusão


dos relatórios finais dos processos administrativos, iniciados por
lavratura de auto de infração ou instauração de inquérito, com a
finalidade de apurar responsabilidade de pessoa física ou jurídica, e
sobre a aplicação das penalidades cabíveis

• O pronunciamento da CRPC encerra a instância administrativa,


devendo ser tal decisão e votos publicados no Diário Oficial da
União, com segredo da identidade dos autuados ou investigados,
quando necessário.
40
CRPC - Composição

• São 7 integrantes com direito a voto e mandato de 2 anos:


• 4 escolhidos entre servidores federais ocupantes de cargo
efetivo, em exercício no MPS ou entidades a ele vinculadas;
• 1 indicado pelas entidades fechadas;
• 1 indicado pelos patrocinadores e instituidores;
• 1 indicado pelos participantes e assistidos

41
Tafic (Taxa de Fiscalização e Controle
da Previdência Complementar )
• Fica instituída a Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência
Complementar - TAFIC, cujo fato gerador é o exercício do poder de polícia
legalmente atribuído à Previc para a fiscalização e a supervisão das
atividades

• São contribuintes da Tafic as entidades fechadas de previdência


complementar constituídas na forma da legislação.

• A Tafic será paga quadrimestralmente, em valores expressos em reais e


seu recolhimento será feito até o dia 10 (dez) dos meses de janeiro, maio
e setembro de cada ano.
42
Valor da TAFIC

43
Principais Normativos

• Decreto nº 4942, de 30/12/2003, regulamenta o processo


administrativo para apuração de responsabilidade por infração
à legislação no âmbito do regime da previdência complementar.

• Resolução CNPC nº 54, de 18/03/2022, dispõe sobre a


constituição das entidades fechadas de previdência
complementar e a instituição dos planos de benefícios por
Instituidor.
44
Principais Normativos

• Resolução CGPC nº 13, de 01/10/2004, estabelece princípios,


regras e práticas de governança, gestão e controles internos a
serem observados pelas EFPC.

• Resolução CNPC nº 53, de 10/03/2022, dispõe sobre retirada


de patrocínio nas EFPC.

45
Principais Normativos

• Resolução CMN nº 4994, de 24/03/2022, dispõe sobre as


diretrizes de aplicação dos recursos garantidores dos planos
administrados pelas EFPC.

• Resolução CNPC nº 30, de 10/10/2018, dispõe sobre questões


relacionadas a déficits e superávits, bem como aspectos
atuariais mínimos a serem observados pelas EFPC.

46
Principais Normativos

• Resolução CNPC nº 46, de 01/10/2021, dispõe sobre as condições e


os procedimentos para a identificação e o cadastramento dos planos
de benefícios no CNPB e no CNPJ para fins de operacionalização da
independência patrimonial dos planos de benefícios administrados
pelas EFPC.

• Resolução CNPC nº 32, de 04/12/2019, dispõe sobre os


procedimentos a serem observados pelas EFPC na divulgação de
informações aos participantes e assistidos dos planos de benefícios.
47
Principais Normativos

• Lei nº 13.709, de 14/08/2018, Lei Geral de Proteção de Dados


Pessoais (LGPD). Entrou em vigor em 18/09/2020.

• Resolução CNPC nº 43, de 06/08/2021, dispõe sobre


procedimentos contábeis.

48
Principais Normativos

• Resolução CGPC nº 41, de 09/06/2021, normatiza os planos de


benefícios de caráter previdenciário das entidades fechadas de
previdência complementar nas modalidades de benefício definido,
contribuição definida e contribuição variável, e dispõe sobre a
identificação e o tratamento de submassa.

• Resolução CNPC nº 50, de 16/02/2022, dispõe sobre os institutos do


benefício proporcional diferido, da portabilidade, do resgate e do
autopatrocínio em planos de entidades fechadas de previdência
complementar. Entrará em vigor em 01/01/2023.

49
Coletânea
de Normas
(fev/2023)

https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-complementar/mais-
informacoes/arquivos/coletaneadenormas_23-01b-1.pdf
50
Principais
Documentos
Os “atores” do processo

• Participante
• quem aderiu ao plano

• Assistido
• O participante ou o seu beneficiário em gozo
de benefício de prestação continuada
(aposentado ou pensionista)
52
Os “atores” do processo

• Patrocinador
• Empresa ou grupo de empresas, a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, suas autarquias,
fundações, sociedades de economia mista e outras
entidades públicas.

• Instituidor
• Pessoa jurídica de caráter profissional, classista ou setorial.
53
EFPC – documentos básicos

• Estatuto
• Convênio de Adesão
• Regulamento
elementos mínimos:
Resolução CNPC 40/2021

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Estatuto

Conjunto de regras de
funcionamento da Entidade.
Uma Entidade pode ter vários
regulamentos,
mas apenas 1 (um) Estatuto.
55
Elementos mínimos em um
Estatuto de EFPC
• denominação, sede e foro
• objeto da Entidade
• prazo de duração, que deverá ser indeterminado
• indicação das pessoas físicas ou jurídicas que podem se vincular a plano
de benefícios administrado pela Entidade (participante, assistido,
patrocinador ou instituidor)
• estrutura organizacional – órgãos e suas atribuições, composição, forma
de acesso, duração e término dos seus mandatos
• observar a terminologia constante da LC 109 e, no que couber, a LC 108
• não dispor sobre matéria específica de regulamento
56
Convênio de Adesão

É a formalização da condição de patrocinador ou


instituidor de um plano de benefício, celebrado
entre o patrocinador ou instituidor e a entidade,
em relação a cada plano de benefícios por esta
administrado.
É o instrumento por meio do qual as partes pactuam suas
obrigações e direitos para a administração e execução de
plano de benefícios.
57
Elementos mínimos em um Convênio
de Adesão de EFPC
• qualificação das partes e seus representantes legais;
• indicação do plano de benefícios a que se refere a adesão;
• cláusulas referentes aos direitos e às obrigações de patrocinador ou instituidor e
da entidade fechada de previdência complementar;
• cláusula com indicação do início da vigência do convênio de adesão;
• cláusula com indicação de que o prazo de vigência será por tempo
indeterminado;
• condição de retirada de patrocinador ou instituidor;
• previsão de solidariedade ou não, entre patrocinadores ou entre instituidores,
com relação aos respectivos planos;
• foro para dirimir todo e qualquer questionamento oriundo do convênio de
adesão. 58
Regulamento

É o contrato entre a entidade e o


participante, através do qual se estabelecem
direitos e obrigações das partes.
Uma Entidade pode ter vários
regulamentos, um para cada plano
que administra.
59
Elementos mínimos em um
Regulamento de EFPC
• glossário;
• nome do plano de benefícios;
• participantes e assistidos e condições de admissão e saída;
• benefícios e seus requisitos para elegibilidade;
• base e formas de cálculo e de pagamento, bem como o critério de atualização dos
benefícios;
• data de pagamento dos benefícios;
• institutos do benefício proporcional diferido, da portabilidade, do resgate e do
autopatrocínio;
• fontes de custeio dos benefícios e das despesas administrativas;
• data certa dos repasses das contribuições e cláusula penal na hipótese de atraso.
60
Glossário

• Um glossário é uma lista alfabética de termos de um


determinado domínio de conhecimento com a definição
destes termos.
• Nos regulamentos, deve ter definições claras e conclusivas,
se possível sem muitas remissões.
• Itens mais comuns no glossário:
• definição de “participante”, “assistido”, “beneficiário”
• significado de algumas siglas constantes do regulamento: SRB,
SU, etc
61
O Regulamento não deve dispor
sobre:

• Matéria estatutária
• Empréstimos e financiamentos a participantes e assistidos
• Planos assistenciais à saúde
• Outras matérias não relacionadas ao plano de benefícios

Deverá observar a terminologia


constante da Lei Complementar
109/2001
62
Material Complementar

Proposta de Inscrição

Certificado

Material Explicativo
63
§ 1º do art. 10 da LC 109/01

• A todo pretendente será disponibilizado e a todo participante


entregue, quando de sua inscrição no plano de benefícios:
• certificado onde estarão indicados os requisitos que regulam a
admissão e a manutenção da qualidade de participante, bem como
os requisitos de elegibilidade e forma de cálculo dos benefícios;
• cópia do regulamento atualizado do plano de benefícios e material
explicativo que descreva, em linguagem simples e precisa, as
características do plano;
• outros documentos que vierem a ser especificados pelo órgão
regulador e fiscalizador.
64
Importante:

• Na divulgação dos planos de benefícios, não poderão ser incluídas


informações diferentes das que figurem nos documentos listados
anteriormente.
• Os planos de benefícios devem ser, obrigatoriamente, oferecidos a todos
os empregados dos patrocinadores ou associados dos instituidores.
• São equiparáveis aos empregados e associados os gerentes, diretores,
conselheiros ocupantes de cargo eletivo e outros dirigentes de
patrocinadores e instituidores.
• É facultativa a adesão aos planos.
• Essa obrigatoriedade não se aplica aos planos em extinção, assim
considerados aqueles aos quais o acesso de novos participantes esteja
vedado. 65
Importante:

Comunicação da síntese e inteiro teor de propostas


de alteração de estatuto e regulamento aos
participantes e assistidos, disponibilizados com
antecedência mínima de trinta dias da remessa do
requerimento de alteração ao órgão fiscalizador das
atividades das entidades fechadas de previdência
complementar, observada regulamentação específica
(art. 3º, V, da Res 32/2019)
66
EFPC – Estrutura de Gestão

•Estrutura mínima exigida pela legislação


• Conselho Deliberativo
• Conselho Fiscal
• Diretoria Executiva

67
Organograma:

Conselho
Deliberativo

Conselho
Fiscal

Diretoria Diretoria Diretoria


Presidência
Financeira de Seguridade Administrativa

68
Organograma
PREVI

69
Organograma
Petros

70
Conselho
Deliberativo

• É o órgão máximo da
estrutura organizacional,
responsável pela definição
da política geral de
administração da entidade
e de seus planos de
benefícios (art. 10
LC 108/2001)
71
Conselho Deliberativo
atribuições (art. 13 da LC 108/2001)

• política geral de administração da entidade e de seus


planos de benefícios;
• aprovação do plano de custeio anual;
• alteração de estatuto e regulamentos dos planos de
benefícios, bem como a implantação e a extinção deles
e a retirada de patrocinador;
• gestão de investimentos e plano de aplicação de
recursos;
72
Conselho Deliberativo
atribuições (art. 13 da LC 108/2001)

• autorizar investimentos que envolvam valores iguais ou


superiores a cinco por cento dos recursos garantidores;
• contratação de auditor independente atuário e avaliador de
gestão, observadas as disposições regulamentares
aplicáveis;
• nomeação e exoneração dos membros da diretoria-
executiva; e
• exame, em grau de recurso, das decisões da diretoria-
executiva.
73
Conselho Deliberativo
composição

• fundos de empresas ESTATAIS :


• máximo de 6 membros;
• participação paritária entre representantes dos participantes e
assistidos e dos patrocinadores, cabendo a estes a indicação do
conselheiro presidente, que terá, além do seu, o voto de
qualidade;
• a escolha dos representantes dos participantes e assistidos será
feita por eleição direta;
• o mandato dos membros será de 4 anos, garantida a
estabilidade, sendo permitida uma recondução.
74
Conselho Deliberativo
composição

• fundos de empresas PRIVADAS :


• não há previsão do número máximo de membros;
• representantes dos participantes e assistidos, sendo
assegurado no mínimo 1/3 das vagas;
• quando o fundo for multipatrocinado, a composição do
conselho deliberativo deverá levar em conta o número
de participantes vinculados a cada patrocinador ou
instituidor, bem como os respectivos patrimônios;
75
Conselho Fiscal

•O conselho fiscal é
órgão de controle
interno da entidade
(art. 14
LC 108/2001)
76
Conselho Fiscal
atribuições

• Elaborar relatórios semestrais que destaquem a opinião sobre a


suficiência e a qualidade dos controles internos referentes à gestão dos
ativos e passivos, e à execução orçamentária.
• Assumir a responsabilidade sobre o efetivo controle da gestão da
entidade, alertar sobre qualquer desvio, sugerir e indicar providências
para a melhoria da gestão, além de emitir parecer conclusivo sobre as
demonstrações contábeis anuais da entidade.
• Acusar as irregularidades verificadas, sugerindo medidas saneadoras.
• Monitorar permanentemente as recomendações feitas pelas auditorias e
consultorias contratadas.
77
Conselho Fiscal
atribuições

• Promover a supervisão das áreas chaves da EFPC, com destaque


para área atuarial e financeira, incluindo nesta os investimentos.
• Garantir que a Diretoria promova e desenvolva um sistema de
controles internos confiável.
• Examinar e aprovar os balancetes da Entidade.
• Emitir parecer sobre o balanço anual da Entidade, bem como sobre
as contas e os demais aspectos econômico-financeiros dos atos da
Diretoria Executiva.
• examinar, a qualquer época, os livros e documentos da Entidade.
78
Conselho Fiscal
composição

• fundos de empresas ESTATAIS :


• máximo de 4 membros;
• participação paritária entre representantes dos patrocinadores e
dos participantes e assistidos, cabendo a estes a indicação do
conselheiro presidente, que terá, além do seu, o voto de
qualidade
• a escolha dos representantes dos participantes e assistidos não
precisa ser, obrigatoriamente, por eleição direta
• o mandato dos membros será de 4 anos, vedada a recondução
79
Conselho Fiscal
composição

• fundos de empresas PRIVADAS :


• não há previsão do número máximo de membros
• representantes dos participantes e assistidos, sendo
assegurado no mínimo 1/3 das vagas
• quando o fundo for multipatrocinado, a composição
do conselho fiscal deverá levar em conta o número
de participantes vinculados a cada patrocinador ou
instituidor, bem como os respectivos patrimônios
80
Conselhos Deliberativo e Fiscal
requisitos mínimos

I - comprovada experiência de no mínimo três anos no exercício de


atividades nas áreas financeira, administrativa, contábil, jurídica, de
fiscalização, de atuária, de previdência ou de auditoria;
II - não ter sofrido condenação criminal transitada em julgado;
III - não ter sofrido penalidade administrativa por infração da
legislação da seguridade social, inclusive da previdência
complementar, ou como servidor público; e
IV - reputação ilibada.
81
Diretoria Executiva

• A diretoria-executiva é o
órgão responsável pela
administração da entidade,
em conformidade com a
política de administração
traçada pelo conselho
deliberativo (art. 19
LC 108/01)
82
Diretoria Executiva
composição

• fundos de empresas ESTATAIS :


• máximo de 6 membros, definidos em função do patrimônio da entidade e do
seu número de participantes, inclusive assistidos

• é vedado aos membros da diretoria-executiva:


• exercer simultaneamente atividade no patrocinador;
• integrar concomitantemente o conselho deliberativo ou fiscal da
entidade e, mesmo depois do término do seu mandato na
diretoria-executiva, enquanto não tiver suas contas aprovadas;
• ao longo do exercício do mandato prestar serviços a instituições
integrantes do sistema financeiro.
83
Diretoria Executiva
Empresas Estatais

Nos doze meses seguintes ao término do exercício do


cargo, o ex-diretor estará impedido de prestar, direta
ou indiretamente, independentemente da forma ou
natureza do contrato, qualquer tipo de serviço às
empresas do sistema financeiro que impliquem a
utilização das informações a que teve acesso em
decorrência do cargo exercido, sob pena de
responsabilidade civil e penal.
84
Diretoria Executiva
requisitos mínimos

I - comprovada experiência de no mínimo três anos no exercício de


atividades nas áreas financeira, administrativa, contábil, jurídica, de
fiscalização, de atuária, de previdência ou de auditoria;
II - não ter sofrido condenação criminal transitada em julgado;
III - não ter sofrido penalidade administrativa por infração da
legislação da seguridade social, inclusive da previdência
complementar, ou como servidor público;
IV - reputação ilibada;
V – ter formação de nível superior.
85
Certificação

• Será exigida certificação para o exercício dos seguintes


cargos e funções:
I - membro da diretoria-executiva;
II - membro do conselho deliberativo e do conselho fiscal;
III - membro dos comitês de assessoramento que atuem na
avaliação e aprovação de investimentos; e
IV - demais empregados da EFPC diretamente responsáveis
pela aplicação dos recursos garantidores dos planos.
86
Importante:

As pessoas relacionadas nos itens I, II e III


terão prazo de um ano, a contar da data da
posse, para obterem a certificação, exceto o
AETQ e as pessoas relacionadas no item IV,
que deverão estar certificados previamente
ao exercício dos respectivos cargos.
87
Tipos de Plano
• ABERTA
• PGBL / VGBL

• FECHADA
• BD – benefício definido
• CD – contribuição definida
• CV – contribuição variável
(misto)

88
PGBL / VGBL

• PGBL
• É um tipo de plano de previdência cuja sigla significa Plano Gerador de Benefício
Livre.

• VGBL
• É um seguro de vida com cobertura por sobrevivência cuja sigla significa Vida
Gerador de Benefício Livre, sendo considerado “popularmente” como uma das
modalidades de plano de previdência privada adotado no Brasil.

Ambos têm como objetivo possibilitar a formação de uma


poupança que será transformada em renda de aposentadoria
no futuro.
89
Diferença entre PGBL e VGBL

• No PGBL, as contribuições feitas podem ser abatidas


no IR, até o limite de 12% da renda anual bruta, mas
no resgate o IR incide sobre o valor total.

• No VGBL, as contribuições feitas NÃO podem ser


abatidas no IR, mas no resgate o IR incide apenas
sobre a rentabilidade.
90
Exemplo

• Considerando um salário de R$ 5.000,00 e contribuição de


R$ 500,00 para EAPC (10%)
Diferença:

• PGBL – Imposto de Renda de R$ 376,37 R$ 1.551,24

(4.500*0,225) – 636,13 total no ano: R$ 4.516,44

• VGBL – Imposto de Renda de R$ 505,64


(5.000*0,275) – 869,36 total no ano: R$ 6.067,68

91
... continuação

• Após um ano de contribuição (R$ 6.000,00), tanto o


PGBL quanto o VGBL tiveram a mesma rentabilidade e
o valor acumulado em dezembro foi de R$ 6.600,00.

• Ao resgatar, o participante pagará de Imposto de Renda


• PGBL: 15% de R$ 6.600,00 = R$ 990,00
• VGBL: 15% de R$ 600,00 = R$ 90,00
92
Características Gerais

• As contribuições podem ser periódicas, dependendo


exclusivamente da vontade do participante/segurado.

• Não há garantia de rentabilidade mínima, mas todos os


ganhos são repassados integralmente.

• O saque pode ocorrer a qualquer momento, mas há uma


carência de 60 dias entre um saque e outro.
93
Características Gerais

• os clientes podem escolher as aplicações, conforme seu perfil de


risco (conservador, moderado ou agressivo).

• o benefício é calculado ao final do período de contribuição


transformando o montante acumulado em renda, utilizando-se a
tábua biométrica e a taxa de juros estabelecidas no contrato.

• São cobradas duas taxas: taxa de carregamento, para os custos de


corretagem e administrativos da empresa; taxa de administração,
para a gestão dos recursos financeiros.
94
Estatísticas
FENAPREVI
jan/2023

Fonte:
https://fenaprevi.org.br/data/files/9E/32/19/B7/91
0178105F480E683A8AA8A8/Caderno%20Simplifi
cado%20de%20Planos%20Abertos%20de%20Car
%C3%A1ter%20Previdenci%C3%A1rio%20-
%20202301.pdf
95
Estatísticas FENAPREVI jan/2023

96
97
Entidades Fechadas

• Benefício Definido
• Os benefícios têm seu valor ou nível previamente estabelecidos, sendo o custeio
determinado atuarialmente, de forma a assegurar sua concessão e manutenção.

• Contribuição Definida
• Os benefícios têm seu valor ajustado ao saldo de conta do participante, inclusive na fase
de percepção de benefícios, considerando o resultado líquido de sua aplicação, os valores
aportados e os benefícios pagos.
Definições constantes da Resolução CNPC 41/2021

• Contribuição Variável (“mistos”)


• Os benefícios apresentam a conjugação das características das modalidades de
contribuição definida e benefício definido.
98
Observações

• A terminologia BD e CD é internacionalmente conhecida.

• Já o tipo CV é uma “inovação” brasileira. Originalmente, foi utilizado


na legislação das Entidades Abertas.

• Mas na Lei Complementar 109/2001 a terminologia “CV” aparece no


capítulo das entidades fechadas, o que serviu apenas para confundir,
dado que o seu conceito não guarda relação direta com a
terminologia.
99
Planos BD

• Os benefícios têm seu valor ou nível previamente estabelecidos, sendo o


custeio determinado atuarialmente, de forma a assegurar sua concessão e
manutenção.

• De modo geral, é um plano que proporciona um benefício de


aposentadoria a partir de uma idade pré-determinada, na forma de renda
vitalícia, cujo valor depende da média salarial e do valor do benefício INSS.

• Em um plano BD, o patrimônio pertence ao conjunto dos participantes,


não sendo alocado a contas individuais.
100
Benefício Definido (BD)

• Vantagens
• Conhecimento prévio do valor do benefício de aposentadoria
• O pagamento do benefício é na forma vitalícia

• Desvantagens
• Pouca ou nenhuma flexibilidade na forma de pagamento do benefício
• A contribuição efetuada pelo participante após atingidas todas as carências não se
traduz necessariamente em aumento do valor do benefício
• Falta de previsibilidade dos custos
• Impossibilidade de opção pelo regime tributário regressivo
101
Motivos para o declínio nos
Planos BD

• Aumento da longevidade
• Queda da taxa de juros
• Volatilidade dos investimentos
• Regras contábeis - impacto no balanço das
empresas patrocinadoras
Tudo isso leva a elevação dos riscos e,
consequentemente, dos custos do plano 102
Relação dos
maiores 15
planos BD
(Abrapp –
dez/2022)

103
Plano CD

• Os benefícios têm seu valor ajustado ao saldo de conta do participante,


inclusive na fase de percepção de benefícios, considerando o resultado
líquido de sua aplicação, os valores aportados e os benefícios pagos.

• Plano em que os participantes e a patrocinadora contribuem


mensalmente com uma determinada quantia, que é contabilizada em uma
conta individual, juntamente com o retorno dos investimentos.

• Nada mais é do que um fundo de investimentos (poupança programada),


onde o saldo acumulado na data da aposentadoria é transformado em
benefícios de renda mensal (não vitalícios).
104
Contribuição Definida (CD)

• Vantagens
• Menor risco para as empresas
• Maior transparência para os participantes
• Maior flexibilidade quanto às formas de pagamento do benefício e de contribuição
• Não há déficit ( o benefício se ajusta ao saldo de conta)

• Desvantagens
• Menor proteção nos casos de invalidez e morte
• Mau planejamento pode levar ao esgotamento dos recursos antes do previsto,
impactando no padrão de vida do participante
• Gestão mais complexa – maximizar benefícios com custos administrativos razoáveis
105
Relação dos
maiores 15
planos CD
(Abrapp –
dez/2022)

106
Relação dos
maiores 15
planos
Instituídos
(Abrapp –
dez/2022)

107
Plano CV

• Os benefícios que apresentem a conjugação das características das modalidades


de contribuição definida e benefício definido.

• Conhecidos também como planos “mistos”.

• De modo geral, é CD na fase de acumulação com a conversão do saldo


acumulado em uma renda vitalícia, temporária ou certa.

• Podem também ser estruturados de modo que os benefícios programados sejam


CD, mas caso ocorra o falecimento do participante, o benefício é calculado na
modalidade BD.
108
Contribuição Variável (CV)

• Vantagens
• transparência – as contribuições vão para contas individuais
• Flexibilidade para aumentar ou diminuir as contribuições
• Não há déficit no período de contribuição (ativo)
• Se a rentabilidade for favorável, pode gerar benefícios acima do esperado
• Benefícios programados desvinculados do INSS

• Desvantagens
• O valor do benefício não é conhecido, vai depender da contribuição feita e da
valorização das cotas
• A administração é mais complexa (contas individuais)
109
Relação dos
maiores 15
planos CV
(Abrapp –
dez/2022)

110
Estatísticas

QUANT. PLANOS %
Benefício Definido - BD 311 26,63%
Contribuição Definida - CD 505 43,24%
Contribuição Variável - CV 352 30,14%
TOTAL DE PLANOS 1.168 100,00%

ENTIDADES PATROCINADORES
INSTITUIDOR 21 361
PRIVADA 172 2.335
PÚBLICA (*) 84 812
Fonte: Previc Informe TOTAL 277 3.508
Estatístico Trimestral – set/2022
111
Vantagens da Previdência
Complementar

• PARA A EMPRESA
• a contribuição pode ser abatida como despesa no
cálculo do Imposto de Renda
• rejuvenescimento do quadro de pessoal,
principalmente para os empregados de renda mais
alta
• competitividade no mercado
112
Vantagens da Previdência
Complementar

• PARA OS EMPREGADOS
• padrão de vida na aposentadoria próximo ao atual
• funcionário mais tranquilo com seu futuro e o de sua
família
• possibilidade de obtenção de empréstimos e
financiamentos
• seguros de vida em grupo e convênios para aquisição de
bens duráveis
113
Vantagens das entidades fechadas :

• Patrocínio da empresa.
• Menor custo (não existe taxa de carregamento e muitas vezes,
taxa de administração).
• Maior transparência na gestão.
• Saldo mais alto no final do período de contribuição.
• Critérios mais favoráveis na concessão do benefício aos
participantes.

114
Vantagens das entidades abertas:

• Maior flexibilidade na contribuição e alocação dos


recursos.
• Blindagem dos valores (os recursos não se misturam,
pertencem somente ao associado / contribuinte).
• O contribuinte decide qual a hora da aposentadoria.
• Disponibilidade de resgate a qualquer tempo.
• Questão sucessória – maior planejamento.
115
Aspectos a serem observados
na escolha:

• As relações de trabalho (vínculo empregatício, de


forma autônoma, informalidade).

• Aspectos fiscais.

• Aspectos legais e regulamentares.


116
Institutos
Obrigatórios
Institutos Obrigatórios

• Estabelecidos na Lei 109/2001 (art. 14):


• Benefício Proporcional Diferido (BPD)
• Portabilidade
• Resgate
• Autopatrocínio

• A normatização dos institutos veio com a Resolução CGPC


06/2003, revogada pela Resolução CNPC 50/2022.
118
BPD – Benefício Proporcional Diferido

• Permite ao participante, em função da perda do vínculo empregatício com


o patrocinador e antes da aquisição do direito ao benefício pleno,
interromper suas contribuições para o plano a fim de receber, no futuro,
um benefício decorrente dessa opção (de acordo com as regras do
regulamento).

• Não impede posterior opção pelos institutos do Resgate ou Portabilidade.

• Nos planos CV/CD, não impede posterior opção pelo autopatrocínio.


119
BPD – Benefício Proporcional Diferido

• O regulamento do plano de benefícios deverá dispor sobre o custeio


das despesas administrativas, de eventuais coberturas dos riscos de
invalidez e morte do participante, oferecidas durante a fase de
diferimento, além do custeio de déficits ou de serviço passado.

• O participante pode optar pelo BPD desde que:


• não tenha os requisitos para o benefício pleno
• haja o rompimento do vínculo empregatício ou associativo
• ter, no mínimo, 3 anos de vinculação ao plano
120
Portabilidade

• Permite ao participante, em função da perda do vínculo


empregatício com o patrocinador e antes de requerer a
aposentadoria, transferir os recursos financeiros
correspondentes ao seu direito acumulado para outro plano de
benefícios de caráter previdenciário operado por entidade de
previdência complementar ou sociedade seguradora autorizada
a operar o referido plano.

121
Portabilidade

• É exigido o cumprimento da carência de até três anos de


vinculação do participante ao plano de benefícios para
solicitação da portabilidade.

• É vedado que os recursos financeiros transitem pelos


participantes dos planos de benefícios, sob qualquer forma.

122
Portabilidade

• É permitida a portabilidade entre planos de uma mesma


entidade.

• Os planos CD/CV poderão aceitar portabilidade de aposentados


(somente para rendas não vitalícias).

• Poderão ser descontados eventuais débitos de valores


portados.
123
Portabilidade

• O regulamento poderá prever portabilidade sem que tenha


havido a perda do vínculo e a carência de 36 meses para:

• Valores oriundos de EFPC / EAPC / Seguradora, desde que não tenham


sido usados para pagamento de aporte inicial.

• Valores oriundos de contribuições e aportes voluntários em planos


CD/CV.

124
Direito Acumulado

Corresponde às reservas constituídas


pelo participante ou à reserva
matemática, o que lhe for mais
favorável.

(art. 15, parágrafo único da LC 109/2001)


125
Portabilidade

• O valor do direito acumulado corresponde a:


• planos instituídos até 29/05/2001, ao valor previsto no regulamento
para o caso de desligamento do plano de benefícios, conforme nota
técnica atuarial, observado como mínimo o valor equivalente ao
resgate.

• planos instituídos após 29/05/2001:


• a) plano BD, às reservas constituídas pelo participante ou reserva matemática, o
que lhe for mais favorável;
• b) planos CD/CV, à reserva matemática constituída com base nas contribuições
do participante e do patrocinador ou empregador.
126
Atenção:

Quando efetuada para entidade aberta,


obrigatoriamente deverá ser utilizada para a
contratação de renda mensal vitalícia ou por prazo
determinado, cujo prazo mínimo não poderá ser
inferior ao período em que a respectiva reserva foi
constituída, limitado ao mínimo de quinze anos.
(§ 4º art 14 LC 109/2001)

127
Resgate

• Permite ao participante resgatar de forma parcial


ou integral os seus recursos (conforme
regulamento).

• O valor do resgate está sujeito à tributação do IR


na fonte.
128
Resgate

O valor do resgate corresponde, no mínimo, à


totalidade das contribuições vertidas ao plano de
benefícios pelo participante, descontadas as
parcelas do custeio administrativo que, na forma
do regulamento e do plano de custeio, sejam de
sua responsabilidade.

129
Resgate Integral

• Plano Patrocinado
• Não tem carência, mas precisa da perda do vínculo.

• Plano Instituído
• Carência mínima de 36 meses a contar da inscrição no plano.
Contribuições de PJ devem cumprir carência de 36 meses contados de
cada aporte.
O resgate integral implica a cessação dos compromissos
do plano administrado pela EFPC em relação ao
participante e seus beneficiários.
130
Resgate Integral

• O regulamento deve facultar o regate integral de valores


portados de EAPC / Seguradora, sem carência.

• O regulamento pode facultar o regate integral de valores


portados oriundos de EFPC, devendo neste caso ser cumprida
uma carência de 36 meses, sendo vedado resgate da parcela
correspondente às contribuições de patrocinador.

131
Resgate Integral

• A suspensão de contrato de trabalho decorrente de


invalidez fica equiparado à perda do vínculo nos planos
patrocinados.

• Nos planos instituídos, não será necessário cumprir a


carência de 36 meses.

132
Resgate Parcial – planos patrocinados

• O regulamento do plano:
• Deve facultar o resgate parcial de valores portados oriundos de EAPC /
seguradora (sem carência);
• Pode facultar o resgate parcial de valores portados oriundos de EFPC, desde
que cumprida a carência de 36 meses, sendo vedado o resgate de
contribuições do patrocinador. A carência não será exigida se o plano de
origem for instituído.
• Deve facultar o resgate parcial de valores e contribuições facultativas (sem
carência)
• Pode facultar o resgate das contribuições normais vertidas para o plano até o
limite de 20%, podendo o regulamento do plano estabelecer um limite
financeiro para cada resgate efetuado.

133
Resgate Parcial – planos patrocinados

• No caso de resgate parcial de contribuições normais, aplicam-se as seguintes


regras:

• Carência de 60 meses contados da inscrição no plano para o primeiro resgate parcial;


• Do segundo resgate em diante, carência de 36 meses contados do último resgate parcial.

• A entidade deve considerar, no momento do resgate parcial, a situação do


participante em relação a eventuais débitos (inclusive de empréstimo).

• Não será permitido o resgate parcial de valores portados oriundos de EFPC caso a
portabilidade tenha ocorrido antes de 01/01/2023.
134
Resgate Parcial – planos instituídos

• O regulamento do plano:
• Deve facultar o resgate parcial de valores portados oriundos de EAPC /
seguradora (sem carência);
• Deve facultar o resgate parcial de valores portados oriundos de EFPC, desde
que cumprida a carência de 36 meses, sendo vedado o resgate de
contribuições do patrocinador. A carência não será exigida se o plano de
origem for instituído.
• Deve facultar o resgate parcial de valores e contribuições facultativas (sem
carência)
• Deve facultar o resgate das contribuições normais vertidas para o plano até o
limite de 20%.
135
Resgate Parcial – planos instituídos

• No caso de resgate parcial de contribuições normais, aplicam-se as


seguintes regras:

• Carência de 36 meses contados da inscrição no plano para o primeiro resgate


parcial;
• Do segundo resgate em diante, carência de 24 meses contados do último
resgate parcial.

• Não será permitido o resgate parcial de valores portados oriundos


de EFPC caso a portabilidade tenha ocorrido antes de 01/01/2023.
136
Resgate

• O resgate não será permitido caso o participante esteja em


gozo de benefício.

• O regulamento do plano de benefício deverá prever o


pagamento do resgate em quota única ou, por opção exclusiva
do participante, em até doze parcelas mensais e consecutivas.

137
Súmula 289 STJ

A restituição das parcelas pagas a plano de previdência


privada deve ser objeto de correção plena, por índice
que recomponha a efetiva desvalorização da moeda.

• Data da Publicação - DJ 13.05.2004 p. 201

138
Súmula 290 STJ

Nos planos de previdência privada, não cabe ao


beneficiário a devolução da contribuição efetuada pelo
patrocinador.

• Data da Publicação - DJ 13.05.2004 p. 201

139
Autopatrocínio

• É a faculdade de o participante manter o valor de sua


contribuição e a do patrocinador, no caso de perda parcial ou
total da remuneração recebida, para assegurar a percepção dos
benefícios nos níveis correspondentes àquela remuneração ou
em outros definidos em normas regulamentares.

• A cessação do vínculo empregatício com o patrocinador deverá


ser entendida como uma das formas de perda total da
remuneração recebida.
140
Autopatrocínio

• O regulamento do plano de benefícios deverá prever prazo para opção pelo


autopatrocínio.

• A opção do participante pelo autopatrocínio não impede posterior opção pelo benefício
proporcional diferido, portabilidade ou resgate.

• As contribuições do participante que optar pelo autopatrocínio não poderão ser distintas
daquelas previstas no plano de custeio, mediante a utilização de critérios uniformes e
não discriminatórios.

• As contribuições vertidas ao plano de benefícios, em decorrência do autopatrocínio,


serão entendidas, em qualquer situação, como contribuições do participante.
141
Importante:

• O participante que tenha cessado seu vínculo empregatício com o


patrocinador ou associativo com o instituidor, não tenha requerido
nenhum benefício e não tenha optado por nenhum dos institutos
nos prazos estabelecidos no regulamento do plano de benefícios
deve ter presumida a sua opção pelo BPD, atendidas as demais
condições previstas nesta Resolução.

• O regulamento do plano pode presumir a opção pelo resgate nos


casos em que o participante não tenha atendido às condições
requeridas para o exercício do BPD.

142
Importante:

• É facultado ao regulamento do plano de benefícios prever a


possibilidade de opção, pelo participante, por mais de um instituto,
de forma simultânea e combinada, desde que compatíveis,
observadas as demais disposições previstas na norma.

• A transferência de empregados, participantes de plano de


benefícios, de seu empregador, patrocinador de plano de benefícios,
para outra empresa do mesmo grupo econômico que não seja
patrocinador daquele plano, é equiparada à cessação de vínculo
empregatício, sendo assegurado aos participantes transferidos a
opção pelos institutos previstos na norma, sem carência.
143
resgate

portabilidade
Término do
Vínculo por resgate
qualquer
BPD portabilidade
razão
autopatrocínio CD/CV

resgate

E se o autopatrocínio portabilidade
participante
não se BPD
manifestar
dentro do BPD presumido resgate
prazo ?
portabilidade
resgate autopatrocínio CD/CV 144
Processos
Operacionais
da Seguridade
Área de Seguridade da EFPC

•Atendimento ao Participante
•Cadastro
•Contribuição
•Concessão e Manutenção dos Benefícios
•Empréstimos
146
Atendimento

147
Setor de Atendimento

• setor responsável por prestar as informações aos participantes;


• também responsável pelo cadastramento dos formulários e
processos;
• “porta de entrada” para o participante;
• pode ser pessoal ou por telefone (call center);
• dependendo da distribuição geográfica dos participantes, é
necessário se utilizar de “representantes”; e
• com a internet, se tornou cada vez mais comum a consulta via e-mail
ou diretamente no site da entidade.
148
Riscos no Setor de Atendimento

• erro na informação prestada ao participante;


• aceitação de formulário preenchido
incorretamente;
• cadastramento de dados incorretamente;
• descumprimento das normas regulamentares e
legais.
149
Controles para o Setor de Atendimento

• treinamento frequente da equipe de atendimento;


• avaliação diária e conjunta da equipe sobre as
situações extraordinárias ocorridas;
• apoio do pessoal operacional para situações
específicas dos participantes;
• exigência detalhada dos documentos recebidos.

150
Cadastro

151
Setor de Cadastro

• setor responsável pela inclusão e manutenção


dos dados cadastrais de todos os participantes da
entidade;

• responsável também pelo arquivo físico, que


contém todos os documentos relativos aos
participantes.
152
Riscos no Setor de Cadastro

• erro no arquivamento da documentação do


participante;
• extravio de documentos que deveriam estar no
arquivo da entidade;
• cadastro alterado por pessoas não autorizadas;
• descumprimento das normas regulamentares e legais.

153
Controles para o Setor de Cadastro

• críticas na base de dados para validação dos


dados a serem cadastrados pelos diversos
setores;

• registro no banco de dados do responsável pelo


cadastramento/alteração das informações.
154
Contribuição

155
Contribuição - definição

• Valor expresso em Reais ou percentual do


salário, a ser recolhido pelo participante e/ou
patrocinador, para custear os benefícios
descritos no regulamento ou contrato do plano.

• De acordo com o plano, pode ser mensal, única,


periódica ou extraordinária (eventual).
156
art. 19, LC 109/2001

• As contribuições destinadas à constituição de reservas terão como


finalidade prover o pagamento de benefícios de caráter
previdenciário e são classificadas em:

• normais, aquelas destinadas ao custeio dos benefícios previstos


no respectivo plano; e

• extraordinárias, aquelas destinadas ao custeio de déficits,


serviço passado e outras finalidades não incluídas na
contribuição normal. 157
Patrocinadoras Estatais (LC 108/2001)

•A contribuição normal do patrocinador para


plano de benefícios, em hipótese alguma,
excederá a do participante, observado o
disposto no art. 5º da EC 20/98, e as regras
específicas emanadas do órgão regulador e
fiscalizador.
158
Setor de Contribuição

• responsável pelo controle das contribuições efetuadas


pelos participantes e patrocinadora;
• responsável também pelo pagamento dos resgates e
portabilidade;
• conciliação dos valores informados de contribuição;
• controle de inadimplência.

159
Riscos no Setor de Contribuição

• cobrança de valores incorretos;


• falta de acompanhamento da cobrança;
• devolução incorreta do valor de resgate (inclusive em
duplicidade);
• pagamento de resgate/portabilidade a participante que
não tenha cumprido todas as exigências regulamentares e
legais;
• descumprimento das normas regulamentares e legais.
160
Controles para o Setor de Contribuição

• as contribuições devem ser conferidas – verificar se foram


ou não calculadas de acordo com o Regulamento
(conciliação);
• nos casos em que a contribuição não foi recolhida por falta
de “margem”, entrar em contato com o participante para
que este providencie o pagamento, a fim de evitar a
inadimplência;
• estabelecer rotina com a patrocinadora para ter
conhecimento imediato das demissões.
161
Controles para o Setor de Contribuição

• ao ter conhecimento da demissão, enviar imediatamente para o


participante correspondência informando sobre os seus direitos
(extrato – IN SPC 05/2003);
• monitorar nº de meses de inadimplência – cancelamento do
participante;
• restringir o número de usuários que podem efetuar alterações nos
valores de contribuição relativos a cada participante;
• auditorias periódicas no valor do montante de contribuições ;
• ao pagar o resgate, verificar a existência de débitos (empréstimos e
outros).
162
Concessão e
Manutenção

163
Setor de Concessão de Benefícios

• responsável pela conferência e validação dos


documentos necessários para a concessão dos
benefícios, incluindo aí a verificação do
cumprimento de todas as carências;
• interface com os demais setores para que
eventuais débitos (empréstimos e contribuições)
possam ser descontados do benefício.
164
Setor de Manutenção dos Benefícios

• responsável pelo pagamento mensal dos


benefícios (folha de pagamento);
• responsável também pela manutenção dos dados
cadastrais dos aposentados e pensionistas;
• controle dos descontos nos benefícios (pensão
alimentícia, I.R., convênios, débitos, etc).
165
Riscos relativos aos benefícios

• concessão de benefício a participante que não


tenha cumprido todas as exigências;
regulamentares e legais;
• pagamento de benefício cujo valor tenha sido
calculado de forma incorreta;
• descumprimento de decisões judiciais.
166
Controles necessários

• Análise criteriosa da documentação necessária à concessão dos


benefícios;
• Parametrização de condições para concessão dos benefícios ;
• Checagem da concessão dos novos benefícios por amostragem;
• Verificação, por amostragem, quanto aos proventos e descontos
registrados;
• Análise prévia da folha de pagamento dos benefícios;
• Registro no banco de dados do responsável pelos acertos de valores
(alterações);
• Auditoria periódica nos benefícios.
167
Empréstimos

168
Setor de Empréstimos

• setor responsável pela concessão (aprovação do


crédito) e cobrança das prestações mensais;

• responsável também pelo controle da


inadimplência, tomando as medidas necessárias
(inclusive judiciais).
169
Riscos no Setor de Empréstimos

•concessão de valores indevidos;


•cobrança indevida de valores de
empréstimos;
•falta de acompanhamento dos pagamentos;
•descumprimento das normas
regulamentares e legais.
170
Controles para o Setor de Empréstimos

• Análise criteriosa do processo de concessão, principalmente quanto


à capacidade financeira do tomador e margem de consignação;
• Interfaceamento adequado com as patrocinadoras para troca de
informações (valores cobrados e devolvidos);
• Registro no banco de dados do responsável pela cobrança de débitos
e registro do pagamento correspondente;
• Registro no banco de dados do responsável pela concessão do
empréstimo.
171
https://www.youtube.com/watch?v=dUmbWD5l97w
172
“Seu objetivo é abordar conceitos
relevantes e intrínsecos a uma
adequada gestão de carteira de
empréstimos, com a disseminação de
informações que ajudam na crescente
consolidação do segmento de
Operações com Participantes.”

https://www.abrapp.org.br/produto/manual-boas-praticas-
emprestimos-efpc/ 173
Gestão da carteira de empréstimo em previdência complementar,
com Luiz Nuss

https://www.youtube.com/watch?v=40g8ecgbKdc 174
“Os processos de trabalho que
envolvem a área de seguridade
exigem atenção e cuidado, de forma a
evitar erros e deficiências no
fornecimento de documentos,
informações, divulgação e comunicação
aos Participantes e Assistidos”.

http://www.abrapp.org.br/GuiasManuais/manual_seg_2ed.pdf
175
Guias de Melhores Práticas Previc

• Novo Guia Previc Melhores Práticas em Licenciamento


• Novo Guia Previc Melhores Práticas Atuariais
• Novo Guia Previc Melhores Práticas Contábeis e de Auditoria
• Novo Guia Previc Melhores Práticas de Investimentos
• Melhores Práticas de Governança https://www.gov.br/economia/pt-
br/orgaos/entidades-
vinculadas/autarquias/previc/centrais-de-
• Melhores Práticas em Fundos de Pensão conteudo/publicacoes/guias-de-melhores-
praticas

176
Comunicação com Participantes
Resolução CNPC 32/2019

• A entidade deverá manter e disponibilizar site próprio


na internet.
• O site necessariamente deve ter, além da sua seção
pública, uma área restrita a participantes.
• No Capítulo II da norma são elencadas as informações
que devem ser divulgadas no site, indicando as que
devem estar públicas e aquelas que devem ficar em
área restrita.
177
Comunicação com Participantes
Resolução CNPC 32/2019

• O Relatório Anual de Informações (RAI) ganhou novos elementos mínimos,


mas o prazo de divulgação se manteve até o dia 30 de abril do exercício
subsequente.
• Lista de informações obrigatórias para divulgação, como certificados,
extratos, relatórios, materiais explicativos.
• Necessidade de explicar e divulgar as informações sobre o desempenho
de cada perfil de investimento oferecido pela entidade, se houver.
• Dever de disponibilizar simulador para plano de benefícios nas
modalidades contribuição definida e contribuição variável, com projeções
dos valores dos benefícios previstos em seus planos.
178
Extrato Mensal:

• Nos planos CD e CV:


• evolução do saldo de contas individualizado, com a discriminação das
parcelas constituídas pelas contribuições do participante, patrocinador ou
terceiros, bem como o saldo de portabilidade, quando houver, que possibilite
o acompanhamento da rentabilidade dos recursos, e, para planos com
terceirização de risco, o valor do capital segurado do participante;

• projeções dos valores dos benefícios teóricos previstos em seus planos de


benefícios, permanentemente adequadas às respectivas premissas atuariais
e financeiras, com base no saldo de conta acumulado e nas contribuições a
serem realizadas pelo participante, patrocinador e instituidor, quando
houver.
179
Extrato Mensal:

• Nos planos BD:


• contribuições efetuadas pelo participante,
patrocinador ou instituidor, quando houver, com
especificações de parcelas eventualmente
destinadas a benefício de risco e a custeio de
despesas administrativas.

180
Comentários:

• Mesmo já tendo o direito de demandar informações sobre seu


plano, a nova legislação reforça o direito dos participantes.
• Chama a atenção o fato da norma determinar que a EFPC deve
disponibilizar de forma ativa as informações de interesse dos
participantes e assistidos, independentemente de solicitação do
mesmo.
• A norma tenta corrigir uma ineficiência de comunicação,
particularmente nas entidades de pequeno e médio portes.
• “Quantidade” de informação não é o mesmo que “transparência” de
informação. 181
Desafios

• Para algumas entidades, a adaptação à nova norma


implicará em custos para implantação e manutenção.

• Questão cultural – participantes precisam se interessar


pela gestão dos seus planos.

• Educação financeira e previdenciária.


182
Considerações
Finais
Para reflexão:

•Fundo de pensão não é coisa para


amadores!
•Administrar recursos de terceiros exige
competência, técnica e transparência.
•Educação previdenciária e financeira são
fundamentais nesse processo.
184
185
Contato:

Andrea Vanzillotta
 andrea.vanzi@terra.com.br
 andrea@hrservicosatuariais.com.br
 (21) 99991-9959

Linkedin
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