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PREVIDENCIÁRIO
PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de
Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a:
Observe-se, assim, que até 1998, servidores, pensionistas ou aposentados, bem como o
próprio ente político, não pagavam contribuições previdenciárias para o financiamento
do regime próprio do qual faziam parte. O RPPS era financiado por recursos oriundos
do orçamento geral do respectivo ente político ao qual estava vinculado. Atente-se,
ainda, que aposentados e pensionistas somente passaram a contribuir a partir de 2003.
A previdência social é estruturada através de três modelos:
A carta constitucional no art. 201 define características que são verdadeiros princípios
do regime geral de previdência. É importante lembrar que todos os princípios da
seguridade social projetam-se para o campo da previdência social, visto que esta é um
dos ramos da seguridade. Contudo, há princípios específicos da previdência social. Por
isso, didaticamente, podemos dividi-los entre os previstos no art. 2º da Lei de
Benefícios (Lei nº 8.213/91) e os previstos na doutrina. Alguns dos princípios previstos
Parágrafo único. A participação referida no inciso VIII deste artigo será efetivada a
nível federal, estadual e municipal.
Após rever os princípios aplicados à seguridade social como um todo, adentraremos aos
princípios específicos da Previdência Social. São eles:
A lei diz que a preservação do valor real se faz pela incidência de um índice de correção
monetária, anualmente, sobre a renda do benefício, de forma a preservar o valor real.
Esse índice de correção monetária, no âmbito do Regime Geral, conforme artigo 41-
A, caput, da Lei de Benefícios é o INPC, foi divulgado pelo IBGE. Uma discussão
interessante no âmbito desse princípio dá-se acerca da possibilidade ou não de
incidência de índices negativos ou deflacionários em caso de recebimento de passivos
previdenciários, ou seja, no recebimento de valores atrasados. Supondo que o segurado
tenha um passivo ou valores atrasados a receber, e este seja submetido à correção
monetária para seu pagamento, com incidência mês a mês, competência a competência,
ao longo do tempo, em determinados meses, episódios específicos, torna-se possível o
índice de correção monetária negativo ou deflacionário, fazendo com que, em
determinada competência, a inflação seja negativa.
Significa que o trabalhador não deve receber por força do seu trabalho um rendimento
inferior ao salário mínimo, seja este horário, diário ou mensal. Por consequência, se um
benefício substitui a renda do trabalho, por óbvio, este não deve ser inferior ao salário
mínimo. Substituindo o benefício, a renda do trabalho, esse benefício não pode ser
inferior ao salário mínimo. Ao revés, se o benefício não substituir a renda do trabalho,
ele pode sim ser inferior ao salário mínimo.
a) princípio da solidariedade;
b) princípio da contributividade;
c) princípio da obrigatoriedade da filiação;
d) princípio do equilíbrio financeiro e atuarial (art. 201, CF/1988);
e) princípio da territorialidade da filiação;
É um princípio muito relevante que permeia todo estudo da matéria, utilizado para
definir a lei aplicável dentro do direito intertemporal, auxiliando a definição sobre qual
lei rege determinado benefício.
Segundo esse princípio, os benefícios são regidos pela lei vigente no momento da
aquisição do direito, ou melhor, através da lei vigente no momento em que o segurado
completa todos os requisitos do benefício. Desse modo, uma vez adquirido o direito,
define-se qual estatuto jurídico regerá o benefício, sem alteração por legislação
superveniente, seja esta gravosa ou benéfica. Em contrapartida, enquanto não houver
completude dos requisitos, toda a legislação superveniente aplica-se ao beneficiário,
seja esta gravosa ou benéfica, por haver mera expectativa de direito.
Dessa forma, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), não há direito adquirido a
regime jurídico, portanto, enquanto o sujeito não adquire o direito, há sua mera
expectativa e submetem-se as alterações legislativas no regime jurídico em que se está
inserido.
STJ, verbete sumular nº 340: “A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por
Esse princípio é extraído da interpretação do art. 33, § 5º, da Lei de Custeio (Lei nº
8.212/1991). Segundo este, sempre que houver um responsável tributário pelo
recolhimento das contribuições previdenciárias dos trabalhadores, os benefícios de
Esse princípio é, portanto, destinado a apenas uma parcela dos segurados, que contam
com a figura do responsável tributário. Em linhas gerais, sempre existirá um
responsável quando o segurado trabalha ou presta serviço para alguém ou para alguma
empresa. Essa empresa ou equiparado promove o desconto do recolhimento da
contribuição. Quando este trabalha por si só, normalmente deve recolher a própria
contribuição.