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Programas de governo

para a previdência
 Inicialmente, a seguridade social está prevista no artigo 194 da CF/1988. Está
inclusa na seguridade social o seguro social, a assistência social (por
exemplo, Bolsa família) e a saúde pública (SUS). O INSS (que está dentro do
Regime Geral de Previdência Social - RGPS) tem responsabilidade apenas sobre
o seguro social.
 Como funciona atualmente:
 Atualmente, o Brasil adota o regime de repartição. Há solidariedade entre
gerações. O trabalhador atual recolhe uma contribuição para a Previdência,
assim como seu empregador. Essas contribuições - do trabalhador e a patronal -
financiam o pagamento de aposentadorias e pensões dos mais velhos ou viúvos.
Os recursos são geridos pelo Estado.
 Há o regime geral de Previdência Social (RGPS) e o regime próprio dos
servidores públicos (RPSP).

 Previdência privada ou complementar


 De onde vem as contribuições para a fonte de custeio da previdência social:
 Do trabalhador e do empregador
 COFINS, cuja alíquota média é de 7,6%, incidente sobre os valores faturados
mensalmente, assim considerados como a receita bruta das pessoas jurídicas.
 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das Empresas (CSLL). Em regra é de
9% podendo chegar a 15%.
 Concursos e prognósticos;
 Propostas do ‘messias’:
 Repartição/capitalização:
 Neste regime, cada trabalhador faz uma poupança individual, administrada por
empresas privadas, que no futuro vai financiar sua própria aposentadoria. O
valor do benefício a receber na velhice depende da capacidade do trabalhador
de poupar e do retorno do investimento. Há o risco de o benefício ficar abaixo
do esperado. Quem poupar muito, por outro lado, pode se aposentar antes ou
por um valor maior.
 Como seria feita a transição?
Este é o principal desafio para a migração de um modelo para outro. Na
transição, as contribuições de quem está atualmente no mercado de trabalho
ou de quem está entrando deixam de alimentar o sistema público e o governo
assume as pensões dos aposentados da repartição. Há estimativas de que este
custo pode chegar a até 38 % do PIB, ou cerca de R$ 6,6 trilhões, ao longo de
muitos anos. No Chile, pioneiro a adotar o regime na América Latina, em 1981,
este custo foi de 5% do PIB por ano, em média, ao longo de duas décadas.
 Mesma experiência chilena:
 Primeiro país da América Latina a adotar o regime de capitalização, em 1981,
no governo do ditador Augusto Pinochet, o Chile tem contas individuais para os
trabalhadores, administradas por entidades privadas. O desconto obrigatório é
de 10% sobre a renda mensal, além da taxa paga às gestoras. O percentual
incide sobre um teto de cerca de US$ 3 mil. Quem ganha mais pode contribuir
com valores adicionais voluntariamente. Não há contribuição patronal. Por
causa da alta informalidade, a cobertura do sistema previdenciário é baixa.
Estima-se que, de cada 100 trabalhadores, entre 25 e 30 contribuam para a
Previdência.

As falhas do modelo ficaram claras quando houve a primeira geração de


aposentados sob as novas regras: 79% das aposentadorias e pensões pagas
entre 2007 e 2014 eram menores que o salário mínimo do país. Após muitos
protestos, foi feita uma reforma da reforma em 2008, que instituiu um pilar
solidário: um fundo estatal passou a bancar aposentadorias dos 60% mais
pobres. O Estado também garante pensão mínima aos que contribuíram por 20
anos e não conseguiram acumular recursos suficientes para obter o benefício.
O país discute uma nova reforma.
 Proposta: (Guedes e o economista Weintraub). Aposentadoria fásica:
 aposentadoria fásica – abrangeria a maior parte da população. A ideia é que
parcelas mais pobres tenham acesso ao benefício mais cedo e que o valor
aumente de forma gradual. Weintraub usa 1 exemplo no texto: o trabalhador
começaria a receber 25% do salário mínimo aos 55 anos. O valor cresceria até
atingir a integridade, sendo o
 PIÁ – seria uma capitalização individual de cada segurado. Serviria para
complementar a contribuição. Usa o Tesouro Direto como comparação, mas com
isenção tributária.
 Boulos propõe:
 Correção monetária mais justa, tipo IPC-M;
 Unificação dos sistemas públicos e privados;
 Contribuição dos militares
 Desvinculação das Receitas da União (DRU), utilizadas pelos diferentes
governos na esfera federal. A DRU foi aprovada como emenda constitucional
em 1994 (denominada então, Fundo Social de Emergência) e permitia a
desvinculação de 20% das receitas da Seguridade. Em 1996 transforma-se no
Fundo de Estabilização Fiscal e em 2000 na Desvinculação das Receitas da
União.
 A DRU – desvinculação das receitas da união retira 20% do valor das
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS e para uso exclusivo do governo federal. Pra
pagamento da divida publica, etc.
 A DRU tinha prazo de validade, o último expirou em 2015, mas em agosto de
2016 o congresso aprovou a PEC 31 sua renovação até 2023, agora com alíquota
de 30%.
 Porque não há déficit na previdência.:
 Porque o cálculo do déficit previdenciário não está correto, porque não se
baseia nos preceitos da Constituição Federal de 1988, que estabelece o
arcabouço jurídico do sistema de Seguridade Social. O cálculo do resultado
previdenciário leva em consideração apenas a receita de contribuição ao
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) que incide sobre a folha de
pagamento, diminuindo dessa receita o valor dos benefícios pagos aos
trabalhadores. O resultado dá em déficit.
 “Fiz um levantamento da situação financeira do período 1990-2006. De acordo
com o fluxo de caixa do INSS, há superávit operacional ao longo de vários anos.
Em 2006, para citar o ano mais recente, esse superávit foi de R$ 1,2 bilhões.”
 O superávit da Seguridade Social, que abrange o conjunto da Saúde, da
Assistência Social e da Previdência, é muito maior. Em 2006, o excedente de
recursos do orçamento da Seguridade alcançou a cifra de R$ 72,2 bilhões.
 Uma parte desses recursos, cerca de R$ 38 bilhões, foi desvinculada da
Seguridade para além do limite de 20% permitido pela DRU (Desvinculação
das Receitas da União).
 Segundo dados da ANFIP - Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita
Federal do Brasil, o Governo lança em um mesmo quadro as despesas do Regime
Geral de Previdência Social - RGPS, do Regime Próprio de Previdência dos
Servidores - RPPS, despesas previdenciárias dos militares e ainda outros
encargos previdenciários da União, como anistia e indenizações e compara com
as receitas das contribuições dos trabalhadores para o RGPS e a dos
servidores e pensionistas para o RPPS. Os dados divulgados pela ANFIP
registram que:
 Ao aglutinar esse conjunto de informações, misturando regimes previdenciários
propriamente ditos, com encargos de anistia e de indenizações e com a
previdência militar (onde não há contribuição para os benefícios de
aposentadoria – há apenas uma contribuição simbólica para as pensões), a
conta, obviamente não fecha.
 Ao misturar elementos tão díspares, não é de se estranhar que as contas
apontem para um déficit de quase R$ 150 bilhões em 2014. Com esse
descompromisso com a realidade e os fatos é fácil justificar reformas para corte
de direitos.
 Sonegação da empresas em relação a sua contribuição INSS.

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