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O QUE É O IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO TRABALHO (IRT) E A

SEGURANÇA SOCIAL?
O SABER NÃO OCUPA LUGAR.
O IRT é um imposto que incide sobre os rendimentos dos trabalhadores por conta
própria ou por conta de outrem.
Isto quer dizer que, sempre que a sua Empresa lhe pagar um salário, você será
descontado para pagar o IRT e a Segurança Social, dependo da do Decreto em vigor.
O Imposto sobre o Rendimento de Trabalho, mais conhecido pela sua sigla IRT, é uma
obrigação criada pela Lei n.º 18/14, de 22 de Outubro, da Legislação Fiscal Angolana.
O IRT incide sobre o salário dos trabalhadores. Por incidir sobre os rendimentos, é
considerado um imposto indirecto. Os rendimentos são classificados em três grupos,
1-Grupo A o que inclui todas as remunerações recebidas pelos trabalhadores por conta
de outrem e pagas por uma entidade patronal, por força de vínculo laboral.
2-Grupo B inclui todas as remunerações recebidas pelos trabalhadores por conta própria
que desempenhem, de forma independente, actividades constantes na lista de profissões
anexas ao Código de Imposto sobre o Rendimento de Trabalho (CIRT) e os rendimentos
auferidos por titulares de cargos de gerência ou administração ou por titulares de órgãos
sociais de sociedades.
3-Grupo C incluem-se todas as remunerações recebidas pelo desempenho de actividades
industriais e comerciais, qualificando-se como tais as constantes da tabela dos lucros
mínimos em vigor.
Os tipos de rendimento inserem-se em diversas categorias, estando cada uma sujeita a
diferentes regras de tributação, que podem ser encontradas no CIRT.
A CONTRIBUIÇÃO À SEGURANÇA SOCIAL
A Segurança Social, também entendida como Protecção Social Obrigatória, é uma
realidade assumida colectivamente pelo Estado, de indiscutível importância em quatro
vectores essenciais: económico, social, jurídico e político.
A contribuição para a segurança social é valor que é descontado mensalmente ao
trabalhador e acrescidos pela taxa do empregador, que sirvem de um fundo de pensão
do trabalhador quando este for para reforma.
Taxas de Contribuição
1-Trabalhador por Conta de Outrem: Total: 11%
1.1.-Entidade Empregadora: 8%
1.2-Trabalhador 3%
2-Trabalhador por Conta Própria
Esquema Normal: 8%
Esquema Alargado: 11%
3-Membro do Clero e Religioso
Esquema Normal: 5%
Esquema Alargado: 7%
COMO CALCULAR A SEGURANÇA SOCIAL E O IRT?
Existem 3 formas de salários:
1-O SALÁRIO BASE: Refere-se ao salário estipulado no contrato de trabalho, sem
quaisquer subsídios, que também pode ser chamado de salário inicial.
2-O SALÁRIO ILÍQUIDO: é a soma do salário base com o total dos subsídios
(Subsídio de Transporte, Alimentação, Falhas, riscos, abono familiar, atavio,
comunicação, etc).
Existem vários tipos de subsídios, dependendo do Empregador, sector e o tipo de
trabalhao.
Por Exemplo, o Presidente da Assembleia Nacional recebia 17 Milhões de Kwanzas só
para a manuntenção da sua residência.
N.B: O abono familiar não é tributável.
3-SALÁRIO LÍQUIDO: é o resultado da diferença entre o salário ilíquido e os
descontos oficiais da Segurança Social e IRT (imposto sobre o rendimento de trabalho).
Este é que lhe será pago.
O desconto da Segurança Social é de 3% para todos trabalhadores. Neste caso, para
determinar quanto é 3% do seu salário, basta multiplicar o seu salário base por 3 e
dividir por 100.
Exemplo: O Sr. EDACO ANGOLA tem um salário base mensal de 350.000 Kwanzas,
subsídio de Transporte de 60.000, 00 Kwanzas e o Subsídio de alimentação de 90.000,
00 kwanzas.
O cálculo da Segurança Social: (350.000+60.000+90.000) x 0.03 =15.000,00 Kwanzas;
Logo a contribuição para INSS será de 15.000,00 Kwanzas.
COMO CALCULAR O IRT PARA O TRABALHADOR POR CONTA DE OUTREM:
IRT = Parcela fixa + (MC– Limite) x Taxa
Onde:
A Matéria colectável = Salário base + Subsídios tributáveis em IRT – SS (Segurança
Social).
Exemplo:
O Sr. EDACO ANGOLA tem salário base mensal de 350.000 Kwanzas, subsídio de
Transporte de 60.000, 00 Kwanzas e o Subsídio de alimentação de 90.000
O cálculo da Segurança Social: (350.000+60.000+90.000) x 0.03 =15.000,00 Kwanzas;
Logo a contribuição para INSS será de 15.000,00 Kwanzas.
Agora calculamos a MC do IRT:
Salário iliquido =(350.000+90.000) =Kz 440.000,00
MC= 440.000-15000 = Kz 425.000.00
Usa a tabela e determina a escala dos 425.000 Kwanzas.
Na nossa tabela, a MC de 425.000 enquadra-se nas remunerações de mais de 230.001,
com uma taxa fixa de 25750 e 17% de todo valor acima dos 230.000 kwanzas.
Logo o IRT= ((425.000-230.000) x 17%) +25750=58.900
O Salário do Sr. EDACO ANGOLA será de 500.000-15.000-58900= 426.100 Kwanzas.
Nota: Usamos a tabela antiga para o cálculo do IRT. Actualizaremos cálculos logo que a
nova tabela entrar em vigor.

A Segurança Social, também entendida como Protecção Social Obrigatória, é uma


realidade assumida colectivamente pelo Estado, de indiscutível importância em quatro
vectores essenciais: económico, social, jurídico e político. Como técnica de Protecção
Social, a Segurança Social define-se, geralmente, como: 

 
“a protecção que a sociedade proporciona aos seus membros, através de uma série de
medidas públicas,  contra as carências económicas e sociais que, de outra forma
poderiam ocorrer pela supressão ou redução substancial dos rendimentos em resultado
de doença, maternidade, acidentes de trabalho e doenças profissionais, desemprego,
velhice, morte e encargos familiares".
 
Neste sistema todas as contribuições são arrecadadas para o posterior pagamento, de
forma temporária ou vitalícia, de prestações pecuniárias (subsídios ou pensões)
substitutivas dos rendimentos do trabalho nas situações de perda ou interrupção do
mesmo, como sejam maternidade, encargos familiares, invalidez, velhice e morte.
 
O Sistema de Segurança Social em Angola é composto por um conjunto de regimes de
carácter contributivo, sendo estes: Regimes dos Trabalhadores por Conta de
Outrem; Regime dos Trabalhadores por Conta Própria; e Regime dos Membros de
Confissões Religiosas, mediante o cumprimento de deveres e o direito às prestações
definidas em Lei.
 
Os principais Objectivos da Segurança Social são:

 Atenuar os efeitos da redução dos rendimentos dos trabalhadores nas situações


de falta ou diminuição da capacidade de trabalho, na maternidade, no
desemprego e na velhice e garantir a sobrevivência dos seus familiares em caso
de morte.
 Compensar o aumento dos encargos inerentes às situações familiares de especial
fragilidade.

História

 
A evolução do sistema de Segurança Social em Angola remonta desde a época do
Regime Colonial, registando de forma progressiva um grande desenvolvimento e
expansão, consubstanciado na melhoria das condições da protecção social e,
simultaneamente, na garantia da sustentabilidade financeira do sistema.
 
 
 
 
 
Antes da Independência (até 1975)
 
 
 

A Segurança Social era de natureza corporativista, dirigida sobretudo a funcionários


públicos. Com enfoque protector a grupos profissionais, estava organizada por Caixas
de Providência Social, como sejam os funcionários dos correios e telecomunicações, das
alfândegas, entre outros.

 
Nessa época, foram criadas as condições para um sistema de protecção de base formal,
associado ao trabalho, para uma minoria de trabalhadores urbanos assalariados.
 
 
 
Entre 1975 a 2002
 
 
 
Com a visão de institucionalizar uma política nacional de segurança social, o Governo
de Angola desenvolveu estudos e tomou medidas pontuais de alargamento quer do
âmbito pessoal da Segurança Social quer do âmbito da protecção material, como
sejam:  
 

 Integração no Sistema dos Trabalhadores por Conta de Outrem, além dos


funcionários públicos;

 Direito à licença de maternidade a todas as mulheres trabalhadoras (1978);  

 Subsídio por morte e funeral (1978);  

 Uniformização e generalização do montante do abono de família a todos os


trabalhadores por conta de outrem (1978).

 
Com a aprovação da Lei 18/90 de 27 de Outubro, primeira Lei de Bases,
institucionalizou-se o Sistema Nacional de Segurança Social, entendido como um
sistema, fundamentado nos aspectos integrados de gestão, financiamento e normativo.
Enquadrada com a Norma Mínima de Segurança Social (Convenção n.º 102 da OIT),
esta lei estabeleceu a progressividade do Sistema de Segurança Social e veio a
consagrar a: doença ou acidente comum; protecção na maternidade; pensão de velhice;
pensão de invalidez; pensão de sobrevivência; prestações às famílias (subsídio de
funeral, morte e abono de família); protecção no desemprego; protecção nos acidentes
de trabalho e doenças profissionais.
  
 
 
 

A partir de 2002

 
Com a PAZ, tornou-se imperioso restabelecer o desenvolvimento e fortalecimento da
sociedade angolana, de modo a impulsionar a progressiva melhoria dos níveis de bem-
estar social e da qualidade de vida dos cidadãos.
 
 

Estavam criadas as condições para o surgimento de uma nova era para a Segurança
Social, consubstanciada na Lei de Bases – lei 7/04 -, a qual permitiu avançar de forma
efectiva para a consolidação do Estado-Previdência em Angola, entendido como um
sistema integrado, universal e contributivo.
 
Entre as várias medidas levadas a cabo neste período, destaque-se:
 

 Instituição do dia do Idoso ( 30 de Novembro);

 Regulamentação da protecção dos acidentes de trabalho e das doenças


profissionais;

 Regime de vinculação e contribuição ao sistema;

 Regime dos trabalhadores por conta própria;

 Regime do clero e religioso;

 Regime jurídico das prestações familiares, o qual integra o princípio da


diferenciação positiva;

 Subsídio de Pré-Maternidade;

 Manutenção do direito às prestações sociais pensões de velhice, sobrevivência,


aleitamento e abono de família.

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Prestações Sociais 

 
As prestações sociais são os benefícios que os segurados e seus familiares
(dependentes) têm direito nas situações de perda de rendimentos do trabalho definidas
por lei.

Cobertura dos Benefícios, por Tipo de Beneficiário do Sistema de Segurança Social


 

 Cobertura dos Benefícios, por tipo de Regime

Modalidades Trabalhador Trabalhador Clero &


por Conta de por Conta Própria Religioso
Outrem
Geral Todos os subsídios e - -
pensões previstos no
sistema.
Parcial - Abono de Velhice Abono de
Velhice
Pensão de Reforma
por Velhice Pensão de
Reforma por
Pensão de Velhice
Sobrevivência
Temporária Subsídio de
Funeral
Pensão de
Sobrevivência Subsídio por
Vitalícia Morte

Subsídio de Funeral
Alargada - Subsídio de Pré- Abono de
Maternidade Velhice

Subsídio de Pensão de
Maternidade Reforma por
Velhice
Subsídio de
Aleitamento Pensão de
Sobrevivência
Subsídio por Morte Temporária

Pensão de
Sobrevivência
Vitalícia

Subsídio de
Funeral

Subsídio por
Morte

Pensões

As pensões são prestações pecuniárias (dinheiro) de rendimento contínuo pago pelo


Instituto Nacional de Segurança Social ao pensionista ou, no caso de morte do segurado
ou pensionista, aos seus dependentes.

As pensões actualmente disponíveis enquadram-se na protecção de velhice e de morte


(sobrevivência), nomeadamente:

 Abono de Velhice;
 Pensão de Reforma Antecipada;
 Pensão de Reforma por Velhice;
 Pensão de Sobrevivência Temporária;
 Pensão de Sobrevivência Vitalícia.

 Subsídios

Os subsídios são prestações pecuniárias (dinheiro) que têm caráter imediato.

Os subsídios existentes no sistema de Segurança Social de Angola, enquadram-se no


âmbito da protecção das prestações familiares e protecção na morte, nomeadamente:

 Subsídio de Pré-Maternidade;
 Subsídio de Maternidade;
 Subsídio de Aleitamento;
 Abono de Família;
 Subsídio de Funeral;
 Subsídio por Morte.

Folha de Remunerações
O que é? A Folha DE Remunerações é o instrumento legal definido para efectuar
o registo mensal das remunerações dos trabalhadores e apurar as contribuições à
Segurança Social. 

Este instrumento emite a GUIA DE PAGAMENTO, a fim de efectuar o pagamento


das contribuições junto a Entidade Bancária.

 Não esqueça, o uso da Folha de Remunerações é OBRIGATÓRIO.

Vantagens         

1. Maior rapidez, eficiência e rigor no processo contributivo ao INSS.


2. O trabalhador ter o registo da carreira contributiva para efeitos de recepção
de uma prestação social.

Manual

Taxas de Contribuição
 
 
Trabalhador por Conta de Outrem
 
  Taxa Contributiva
Entidade Empregadora 8%
Trabalhador 3%
Total 11%
 
 
Trabalhador por Conta Própria e Membro do Clero e Religioso
 
  Trabalhador por Conta Clero & Religioso
Própria
Esquema Normal 8% 5%
Esquema Alargado 11% 7%
Obrigação Contributiva
 
  
Responsáveis e Forma de Pagamento das Contribuições
 
Tipo de Regime Responsáveis Forma de Pagamento
Trabalhador por Conta de Entidade Empregadora Folha de Remunerações
Outrem Guia de Pagamento Simples
Trabalhador por Conta Própria Próprio Trabalhador Folha de Remunerações
Clero & Religioso Entidade Religiosa Folha de Remunerações
Guia de Pagamento Simples

Periodicidade e Prazo de Pagamento das Contribuições


 
Tipo de Regime Periodicidade Prazo de Pagamento
Trabalhador por Conta de Mensal Até ao 10º dia do mês
Outrem subsequente ao pagamento
Trabalhador por Conta Própria Mensal (regra) da remuneração.
Entre 2 a 6 meses,
mediante autorização do
INSS
Clero & Religioso Mensal (regra)
Outra a definir entre a
Entidade Religiosa e o
INSS
 
 
Declaração Contributiva
 
 
Trabalhador por Conta de Outrem
 
A base de declaração contributiva da remuneração devida ao trabalhador por conta de
outrem é:

 Vencimento base;
 Prestações e complementos remuneratórios pagos directa ou indirectamente em
dinheiro.

As prestações ou complementos remuneratórios sujeitos a contribuição na Segurança


Social:

 Retribuição por trabalho por turnos e nocturnos com carácter regular;


 Retribuição correspondente ao período de suspensão de trabalho com perda de
salário como acção disciplinar;
 Indemnização de despedimento sem justa causa;
 Quantia paga ao trabalhador em cumprimento do acordo de cessação do
trabalho;
 Participação dos lucros da empresa;
 Subsídio por regime de disponibilidade com caracter regular;
 O subsídio por regime de disponibilidade com carácter regular.

Trabalhador por Conta Própria

O Trabalhador por Conta Própria auto-declara o valor que quer contribuir, de acordo
com a cobertura de benefícios seleccionados. 

Base da declaração Valor da base da declaração Taxa contributiva


contributiva contributiva (kz)
8% 11%
(n.º de salários mínimos)
1 15.003,00 1200 1.650
2 30.006,00 2400 3.301 
3 45.009,00 3601 4.951
4 60.012,00 4801 6.601
5 75.015,00 6001 8.252
6 90.018,00 7201 9.902
7 105.021,00 8402 11.552
8 120.024,00 9602 13.203
9 135.027,00 10802 14.853
10 150.030,00 12002 16.503
11 165.033,00 13203 18.154
12 180.036,00 14403 19.804
13 195.039,00 15603 21.454
14 210.042,00 16803 23.105
15 225.045,00 18004 24.755
16 240.048,00 19204 26.405
17 255.051,00 20404 28.056
18 270.054,00 21604 29.706
19 285.057,00 22805 31.356
20 300.060,00 24005 33.007
21 315.063,00 25205 34.657
22 330.066,00 26405 36.307
23 345.069,00 27606 37.958
24 360.072,00 28806 39.608
25 375.075,00 30006 41.258
26 390.078,00 31206 42.909
27 405.081,00 32406 44.559
28 420.084,00 33607 46.209
29 435.087,00 34807 47.860
30 450.090,00 36007 49.510
31 465.093,00 37207 51.160
32 480.096,00 38408 52.811
33 495.099,00 39608 54.461
34 510.102,00 40808 56.111
35
525.105,00 42008 57.762

Nota: o valor do salário mínimo registado corresponde ao montante actual, estando


sujeito a revisões periódicas. 

Membro do Clero e Religioso 

 
As entidades Religiosas estabelecem a remuneração de base contributiva de acordo com
a cobertura de benefícios seleccionados.
 
Base da declaração Valor da base da declaração Taxa contributiva
contributiva contributiva (kz)
5% 7%
(n.º de salários mínimos)
4 60.012 3.001 4.201
5
75.015 3.751 5.251
6
90.018 4.501 6.301
7
105.021 5.251 7.351
8
120.024 6.001 8.402
9
135.027 6.751 9.452
10
150.030 7.502 10.502
11
165.033 8.252 11.552
12 180.036 9.002 12.603
13 195.039 9.752 13.653
14 210.042 10.502 14.703
15 225.045 11.252 15.753
Infracções e Penalizações
 
 
As Entidades Empregadoras que não se inscrevem ou não cumpram o pagamento
mensal das contribuições na Segurança Social incorrem na prática de contravenções
puníveis por lei, ficando sujeitas ao pagamento de multas e juros, cujo valor vai
aumentando com o passar do tempo.
 
A Entidade Empregadora que utilize indevidamente os valores destinados ao pagamento
das contribuições para a Segurança Social incorre na prática de CRIME DE ABUSO
DE CONFIANÇA, punível nos termos da legislação criminal em vigor.
Nestas situações de infracção, a Entidade Empregadora está sujeita ao pagamento
obrigatório de MULTAS e JUROS de mora à Segurança Social.
 
 
 
Valor e a base de incidências das multas
 
O valor das multas incide sobre o salário médio mensal praticado na empresa, isto é o
montante que resulta da soma dos salários ilíquidos praticados na empresa dividido pelo
número de trabalhadores da mesma.

O valor da multa é diferenciado pelo tipo de infracção, podendo assumir um montante


mínimo ou máximo de acordo com o tempo e reincidência da infracção.

Tipo de Infracção Valor de Multa


Falta de inscrição do contribuinte 3 a 6 vezes o salário médio mensal
Falta de inscrição dos trabalhadores 3 a 6 vezes o salário médio mensal
Envio da Folha de Remunerações fora do prazo 1 a 6 vezes o salário médio mensal
previsto
Liquidação da contribuição fora do prazo previsto Processamento automático no sistema folha de remunerações de 1
salário médio mensal
OU
1 a 6 vezes o salário médio mensal
Omissão da inscrição do trabalhador 3 a 6 vezes o salário médio mensal
Não inclusão do trabalhador na folha de 3 a 6 vezes o salário médio mensal
remunerações
Declaração fraudulenta das contribuições 3 a 6 vezes o salário médio mensal
Utilização ou retenção indevida dos valores 4 a 6 vezes o salário médio mensal
contributivos dos trabalhadores

  

Juros

As Entidades Empregadoras que não efectuem a sua obrigação contributiva ficam


sujeitas ao pagamento dos juros de mora de 2,5% por mês sobre o valor da dívida e que
podem ser calculados e aplicados automaticamente pelo sistema Folha de
Remunerações ou pelos serviços de Fiscalização e Inspecção do Instituto Nacional de
Segurança Social.

 Guia de Pagamento do Trabalhador por Conta Própria


 
                                                                                                                                    
O que é?
 
É o meio pelo qual o Trabalhador por Conta Própria (TCP) regista e cumpre com a sua obrigação
contributiva decorrente do seu vínculo ao Sistema de Segurança Social no Regime dos TCP.
 
 
A Guia de Pagamento Contributivo do TCP é o instrumento definido para declarar as contribuições à
Segurança Social.  Após a sua emissão e impressão o TCP desloca-se ao BPC para realizar o
pagamento.
 
Não esqueça, o uso da Guia de Pagamento do TCP é OBRIGATÓRIO.
 
 
 
Quais os canais para obter a Guia de Pagamento do TCP?
 

Momento da Segurança Social - TPA: PROGRAMA 10-12 e JANELA ABERTA


No âmbito da ampla Campanha de Consciencialização sobre a Segurança Social, o
INSS implementou um programa televisivo denominado “Momento da Segurança
Social”.

Em cada programa, um responsável do INSS se faz presente e responde a várias


perguntas relacionadas a Segurança Social em Angola. As perguntas incidem sobre a
importância da Segurança Social, direitos e deveres dos empregados e dos
empregadores, entre outros aspectos. 

Consulte abaixo o calendário da sua exibição para o ano de 2016.


 CódigodoImpostoIndustrialComaaplicaçãodestasnovasnormaspre
tendeolegisladortornarosistemafiscalangolanomaiscompetitivoemrel
açãoaoutrospaísesafricanos,atraindooinvestimentoestrangeiro,dese
nvolvendodessaformaaeconomiaangolana.AsalteraçõesaoCódigodo
ImpostoIndustrialentrarãoemvigornopróximodia19deAgostode2020,c
ontadosqueestejam30diasdasuapublicação.Apresentamosdeseguid
aasmedidasqueentendemosseremmaisrelevanteseimpactantes:Regi
mesgeralesimplificadodetributaçãoemsededeImpostoIndustrialEstab
elecem-
sedoisregimesdistintoserespectivasnormasdeincidênciaedecálculod
orespectivoimposto,extinguindoosanterioresGruposAeB.Variaçõesc
ambiaisNadeterminaçãodamatériacolectável,passamaserconsiderad
oscomoProveitosouGanhosecomoCustos/Gastosfiscaisasdiferenças
cambiaisfavoráveise/oudesfavoráveisquesejamrealizadas(passaade
sconsiderar-
seasvariaçõescambiaismeramentepotenciaisoulatentes).Alargament
odoprazodededuçãodeprejuízosfiscaisOprazodereporteparaefectuar
adeduçãodeprejuízosfiscaiséalargadode3para5anosfaceàqueleemq
ueforamapurados.AlteraçãodataxanominaldeImpostoIndustrialRedu
çãodataxanominalgeraldeImpostoIndustrialde30%para25%.Sujeição
àtaxade35%derendimentosGeradosnoâmbitodeactividadesdosector
bancárioedeseguros,operadorasdetelecomunicaçõesedeempresasp
etrolíferas,nostermosdefinidosnoDecretoLegislativoPresidencialn.º3/
12,de16deMarço.RegimedaneutralidadefiscalOregimequedetermina
aneutralidadefiscalemoperaçõesdefusãooucisãodesociedadespassa
aseraplicávelatodosossujeitospassivosdeImpostoIndustrial. 2www.legal
mca.comwww.carrazedo.com

3Todaainformaçãopresentenestedocumentoédecaráctergeral,nãodevendoserentendidacomou
mparecerlegalouqualquerformadepublicidade.Esteconteúdonãopodeserreproduzidosemautoriza
ção.AMC&AInternacionaléumaredemultinacionalqueprestaserviçosjurídicos,atravésdeadvogado
sautorizados,emPortugal,Angola,Moçambique,CaboVerde,SãoToméePríncipe,Guiné-
BissaueBrasil.www.legalmca.comwww.carrazedo.comCódigodoImpostosobreoRen
dimentodoTrabalho(IRT)ComaLein.º28/20foramintroduzidasalteraçõ
esaoCódigodoIRTque,emtermosgerais,visamprotegerasfamíliascom
níveismaisbaixosderendimento,conferindo-
lhesaliquideznecessáriaàaquisiçãodebensdeconsumoessenciaisàsu
asubsistência.Odiplomaaprovadoestabeleciaqueasnormasentrariam
emvigornopróximodia21deAgostode2020,umavezqueestivessemcon
tados“30diasdasuapublicação”.Porém,atendendoàsdiferentesinterpr
etaçõesqueestanormapudesseter,nomeadamentequantoaoregimefis
calaplicávelaossaláriosapagarnofinaldeAgosto,aAGTemitiu,a27deJu
lhode2020,umComunicadopeloqualfixaqueasnovasnormasserãoapli
cáveisarendimentosapagarapartirde1deSetembrode2020.Incidência
deimposto–
GrupoAOsrendimentosdotrabalhoporcontadeoutremsópassamaesta
rsujeitosaIRTapartirdeAKz70.000(anteriormente,olimitemínimoerade
AKz35.000,quecorrespondeametade).Sujeiçãoaimpostodediversasc
omponentessalariaisOsmontantespagosatítulodecompensaçãoporc
essaçãodecontratosdetrabalho,osabonosparafalhaseossubsídiosder
enda(sujeiçãodatotalidadedosubsídio)passamaestarsujeitosaIRT,se
ndoenglobadosparaefeitosdedeterminaçãodataxaaplicável.Alteração
dastaxasdeIRTOIRTpassaasercalculadoporaplicaçãodetaxasprogre
ssivascompreendidasentre10%e25%,consoanteonívelderendimento
s.Asentidadesempregadorasdevemajustarosrespectivosprogramasd
eprocessamentosalarial–payroll–
reflectindoastaxaselencadasnaTabeladeTaxasanexaaoCódigodoIRT
.RetençãonafonteempagamentosatitularesderendimentosdosGrupos
BeCAtaxaderetençãonafonteaplicávelaopagamentoderendimentosd
osGruposBeCpassaserde6,5%.Aquisiçãodeserviçosaentidadesnão-
residentesAaquisiçãodeserviçosaentidadesnão-
residentes(serviçosacidentais)encontra-
sesujeitaaIRTàtaxade15%.Prazoparapagamentodoimpostoeentrega
dedeclaraçõesOprazopararealizaropagamentodeimpostoeentregade
algumasdeclaraçõesfiscaispassaaseroúltimodiaútildomêsseguinteao
dorespectivofactotributário

Taxas de Imposto•A taxa de Imposto Industrial passa a ser de 25% (anteriormente era

de 30%); No caso de rendimentos derivados de activida-des do sector bancário e
seguros, operadoras de telecomunicações e empresas petrolíferas angolanas, a taxa de

Imposto Industrial passa a ser de 35% (anteriormente era de 30%); Aos serviços
prestados por entidades não residentes a entidades residentes em Angola passa a ser
aplicável uma taxa liberatória de 15% que vem substituir a anterior taxa de 6,5%. Novos
Regimes de Tributação•São criados dois novos regimes de tributação: O Regime Geral e
o Regime Simplificado, sendo eli-minados os Grupos A e B; •O Regime Geral é aplicável

aos contribuintes com contabilidade organizada; O Regime Simplificado aplica-se aos
contribuintes sujeitos a Imposto Industrial que não tenham atingido nos últimos 12 meses
um volume de negócios inferior ou igual a USD 250.000,00; "Aos serviços
prestados por entidades não residentes a entidades residentes
em Angola passa a ser aplicável uma taxa liberatória de 15%
que vem substituir a anterior taxa de 6,5%."

Ta xas Grupo A •É aprovada uma nova tabela de taxas aplicáveis aos trabalhadores

dependentes, passando a taxa mais reduzida a ser de 10% (a taxa anterior era de 7%); A
taxa máxima passa para 25% (sendo a taxa máxima anterior de 17%). Tal significa que os
trabalha-dores dependentes com salários mais elevados vão passar a auferir um rendimento
•Verifica-se também um aumento da base de isenção de
mensal líquido mais reduzido;
rendimentos para 70.000 AKz (sendo ante-riormente de 35.000 Akz);Grupo B •No caso de
rendimentos obtidos por sujeitos passivos inseridos no Grupo B pagos por entidades com
contabilidade organizada, o rendimento tributável corresponde ao valor do serviço,

passando a aplicar-se uma taxa de retenção de 6,5%;Grupo C O rendimento colectável é
o que corresponde à actividade desenvolvida por estes sujeitos passivos constante da Tabela
de Lucros Mínimos que é publicada pelas alterações ao Código do IRT. As alterações ao
Código do IRT entram em vigor no dia 21 de Agosto de 2020.

TAXA DO IMPOSTO INDUSTRIAL

TAXA
A taxa geral do imposto é de 30%
Para actividades de explorações agrícolas, aquícolas, avícolas, pecuárias, piscatórias e
silvícolas a taxa é de 15%
A taxa de Liquidação provisoria de imposto sobre as vendas do 1º semestre é de 2%.
A taxa de tributação liberatória incidente sobre serviços acidentais é de 6.5%

IMPOSTO SOBRE OS RENDIMENTOS DO TRABALHO

ISENÇÕES
Estão isentos do IRT:

 Os rendimentos dos funcionários diplomáticos sempre que haja reciprocidade de


tratamento
 Os rendimentos auferidos pelo pessoal ao serviço de ONG’s quando exista
reconhecimento prévio por escrito do Director Nacional de Impostos
 Os rendimentos auferidos pelos deficientes de guerra, com incapacidade igual ou
superior a 50%, comprovada com documentação emitida por autoridade competente
para o efeito
 Os rendimentos auferidos por cidadãos nacionais com + de 60 anos que derivem de
trabalho por conta de outrem
 Rendimentos por conta de outrem abaixo do limite de isenção definido na tabela do
IRT
 Rendimentos auferidos por pessoas singulares que prestem serviço militar nos órgãos
de defesa e ordem interna, mas apenas os resultantes desta actividade
 Os rendimentos decorrentes do exercício das actividades dos Grupos de tributação A e
B, auferidos pelos antigos combatentes, deficientes de guerra e familiares de
combatentes tombados ou perecidos, desde que devidamente registados no
Departamento Ministerial de Tutela.

DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLECTÁVEL


Grupo A - Trabalhadores por conta de outrem

 Dedução à retribuição global das contribuições obrigatórias para segurança social


 Dedução das componentes remuneratórias não sujeitas ou isentas do imposto
 Aplicação da tabela do IRT

Grupo B – Trabalhadores constantes da lista de profissões :

 Quando os rendimentos forem pagos por pessoas colectivas ou singulares com


contabilidade organizada – 70% do valor pago.
 Com base na contabilidade ou registos contabilísticos do sujeito passivo, ou com base
nos dados de que a administração fiscal disponha
 São ainda deduzidos à matéria colectável apurada os seguintes encargos:
o Renda de instalação
o Remuneração do pessoal permanente não superior a três
o Consumo de água e energia eléctrica
o Comunicações
o Seguros com o exercício da actividade
o Trabalhos laboratoriais
o Outras despesas que concorrem para formação do rendimento. Os custos
referidos acima, são limitados a 30% do rendimento bruto.
 Os 30% dos rendimentos a título de encargos dedutíveis, não são aplicáveis aos
titulares dos cargos de gerência e administração ou titulares de órgãos sociais de
sociedades, devendo os mesmos ser determinado nos termos do Grupo A.

Grupo C

 Quanto aos rendimentos resultantes da pratica de actos de comércio ou desempenho


de actividade industrial, o rendimento colectável é o constante na Tabela de Lucros
Mínimos em vigor;
 Quando o volume de facturação exceda quatro vezes o valor máximo correspondente
à sua actividade, de acordo com Tabela dos Lucros Mínimos, a matéria coletável
corresponde ao volume total de vendas de bens e serviços não sujeitos a retenção na
fonte em sede do Imposto Industrial.

TAXAS
Grupo A
À matéria colectável apurada por atribuição de rendimentos do Grupo A aplicam-se as
taxas constantes na tabela anexa ao Código;

Grupo B

Aplica-se a taxa efectiva de 10,5% (15% sobre 70% da matéria colectável apurada),
quando se refere a retenção na fonte.

Quando se refere ao titular do rendimento, aplica-se a taxa de 15% sobre o valor dos
rendimentos, após a dedução de 30% do valor, considerando como encargos fiscais ou
os custos que prove ter gasto, mas até ao limite aqui estabelecido.

Grupo C

Quanto aos rendimentos sujeitos a retenção na fonte, nos termos do Código do Imposto
Industrial, a taxa é de 6,5% (retenção na fonte)

Quanto aos rendimentos resultantes da prática de actividades industriais ou comerciais,


o rendimento colectável é o constante na Tabela de Lucros Mínimos em vigor, a taxa de
30%.

Quando o volume de facturação exceda quatro vezes o valor máximo correspondente a


sua actividade na Tabela dos Lucros Mínimos, a matéria coletável corresponde ao
volume total de vendas de bens e serviços não sujeitos a retenção na fonte em sede do
Imposto Industrial, a taxa é de 6,5%.

 Neste sentido, os rendimentos referentes a trabalhos realizados durante o mês de


Agosto, nomeadamente rendimentos salariais mensais e eventuais, vão passar a ser
tributados nos termos da Lei nº 18/14, de 22 de Outubro, que agora vigora tendo em
conta as alterações introduzidas pela Lei nº 9/19, de 24 de Abril.

De acordo com a nova tabela do instrumento legal que torna possível a tributação dos
rendimentos de trabalho dos cidadãos, a subdivisão em 13 escalões com taxas que
variam dos 10 aos 25 porcento aumenta a carga fiscal para funcionários que tenham
salários acima de 200 mil kwanzas e isenta de pagamento do referido imposto os
cidadãos cujas remunerações salariais sejam iguais ou inferiores a 70 mil kwanzas.

Assim, para cidadãos com rendimentos que variam de 70.001 a 100.000 kwanzas (2º
escalão) a parcela fixa é de três mil kwanzas, o que equivale a 10 porcento de taxa.

Para o 3º e o 4º escalão, os cidadãos com rendimentos que vão dos 100.001 a 150.001 e
de 150.001 a 200.000, a diferença da taxa passa a estar na ordem dos 3 porcento.

Quanto aos trabalhadores com rendimentos de 200.001 até 300.000, a parcela fixa está
na ordem dos 31.250 Kwanzas, ou seja; 18 porcento de taxa.
Deste modo, passou a haver um agravamento do IRT, que varia de mais de 49,2
porcento para o rendimento de 200.001,00 Kwanzas, em que os respectivos descontos
passam dos anteriores 20.950,00 Kwanzas para 31.250,00 Kwanzas, isto é: 30,8
porcento para o rendimento de 300.000,00 Kwanzas.

Ainda com base na nova tabela, os rendimentos dos trabalhadores do 6º escalão, com


rendimentos de 300.001 a 500.000 Kwanzas, passam a sofrer um desconto de 19
porcento nos seus rendimentos, o equivalente a 49.250 kwanzas.

Para o 7º escalão, com rendimentos de 500.001 a 1.000.000 de kwanzas, a parcela fixa é


de 87.250 kwanzas, correspondendo a 20% de taxa.

Do 8º ao 13º escalão, os trabalhadores com rendimentos de 1.000.001 a 10.000.000 de


kwanzas, passam a ter taxas variáveis entre 21 a 25 porcento.

De realçar que neste novo código prevalecem os três grupos de tributação,


nomeadamente o grupo A, B e C, sendo que, o grupo A abrange todas as remunerações
pagas pela entidade patronal aos trabalhadores por conta de outrem, incluindo
funcionários públicos.

Por sua vez, o grupo B engloba todas as remunerações pagas aos trabalhadores por
conta própria, que desempenham, de forma independente, actividades profissionais
constantes da tabela de profissões anexa ao Código, bem como os rendimentos
percebidos pelos titulares de cargos de gerência e administração ou de órgãos sociais de
sociedades.

Enquanto que os rendimentos recebidos pelo desempenho de actividades industriais e


comerciais, que se presumem todas as constantes na tabela de lucros mínimos em vigor,
estão agregadas ao grupo C.

Estão isentos do pagamento do IRT, os rendimentos dos funcionários diplomáticos


sempre que haja reciprocidade de tratamento, e também os rendimentos auferidos pelo
pessoal ao serviço de ONG’s quando exista reconhecimento prévio por escrito do
Director Nacional de Impostos.

Os rendimentos auferidos pelos deficientes de guerra, com incapacidade igual ou


superior a 50 porcento, certificados com documentação emitida por uma autoridade
competente para o efeito, assim como os auferidos por cidadãos nacionais com mais de
60 anos são, entre outras, isenções constantes no novo diploma que estabelece, de igual
modo, o pagamento do IRT por parte de militares e polícias que antes estavam isentos.

 
 

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