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Técnico do Seguro Social

Direito Previdenciário

Prof. Hugo Goes


Direito Previdenciário

Professor: Hugo Goes

www.acasadoconcurseiro.com.br
Edital

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS: 1 Seguridade Social. 1.1 Origem e evolução legislativa no Brasil.


1.2 Conceituação. 1.3 Organização e princípios constitucionais. 2 Legislação Previdenciária.
2.1 Conteúdo, fontes, autonomia. 2.3 Aplicação das normas previdenciárias. 2.3.1 Vigência,
hierarquia, interpretação e integração. 3 Regime Geral de Previdência Social. 3.1 Segurados
obrigatórios, 3.2 Filiação e inscrição. 3.3 Conceito, características e abrangência: empregado,
empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial.
3.4 Segurado facultativo: conceito, características, filiação e inscrição. 3.5 Trabalhadores
excluídos do Regime Geral. 4 Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário.
5 Financiamento da Seguridade Social. 5.1 Receitas da União. 5.2 Receitas das contribuições
sociais: dos segurados, das empresas, do empregador doméstico, do produtor rural, do clube
de futebol profissional, sobre a receita de concursos de prognósticos, receitas de outras
fontes. 5.3 Salário-de-contribuição. 5.3.1 Conceito. 5.3.2 Parcelas integrantes e parcelas não-
integrantes. 5.3.3 Limites mínimo e máximo. 5.3.4 Proporcionalidade. 5.3.5 Reajustamento.
5.4 Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social. 5.4.1
Competência do INSS e da Secretaria da Receita Federal do Brasil. 5.4.2 Obrigações da empresa
e demais contribuintes. 5.4.3 Prazo de recolhimento. 5.4.4 Recolhimento fora do prazo: juros,
multa e atualização monetária. 6 Decadência e prescrição. 7 Crimes contra a seguridade
social. 8 Recurso das decisões administrativas. 9 Plano de Benefícios da Previdência Social:
beneficiários, espécies de prestações, benefícios, disposições gerais e específicas, períodos
de carência, salário-de-benefício, renda mensal do benefício, reajustamento do valor dos
benefícios. 10 Manutenção, perda e restabelecimento da qualidade de segurado. 11 Lei nº
8.212, de 24/07/1991 e alterações posteriores. 12 Lei nº 8.213, de 24/07/1991 e alterações
posteriores. 13 Decreto nº 3.048, de 06/05/1999 e alterações posteriores; 14 Lei de Assistência
Social – LOAS: conteúdo; fontes e autonomia (Lei nº 8.742/93 e alterações posteriores; Decreto
nº. 6.214/07 e alterações posteriores).

Banca: FCC
Cargo: Técnico do Seguro Social

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Direito Previdenciário

Seguridade Social

LEGISLAÇÃO APLICADA AO CURSO


• Constituição Federal: Arts. 194 a 204
• Lei 8.212/91 (custeio)
• Lei 8.213/91 (benefícios)
• Decreto 3.048/99 (Regulamento da
Previdência Social)
• IN INSS 77/2015

Livros de Hugo Goes


TÍTULO
Manual de Direito Previdenciário (10ª edição)

Direito Previdenciário FCC (2ª edição)

Direito Previdenciário CESPE/UnB (3ª edição)

Direito Previdenciário ESAF (5ª edição)

Resumo de Direito Previdenciário (7ª edição)

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Origem e evolução legislativa da
Previdência Social no Brasil
1. Lei Eloy Chaves e as CAPs
• Decreto Legislativo nº 4.682, de 24-1-1923 - instituiu
as CAPs para os ferroviários.
• CAPs – organizadas por empresa.
• Decreto Legislativo nº 5.109/26 estendeu os benefícios
da Lei Eloy Chaves aos empregados portuários e
marítimos.
• Decreto nº 5.485/28, os trabalhadores das empresas
de serviços telegráficos e radiotelegráficos foram
abrangidos pelo regime da Lei Eloy Chaves.
• Decreto nº 19.497/30, foram instituídas as CAPs para
os empregados nos serviços de força, luz e bondes.

Evolução legislativa da
Previdência Social no Brasil
2. IAPs (a partir de 1933)
• Unificação das CAPs em IAPs.
• Autarquias de nível nacional, centralizadas
no governo federal, organizadas em torno
de categorias profissionais.
• 1933 - IAPM
• 1934 - IAPC
• 1934 – IAPB
• 1936 - IAPI

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Evolução legislativa da
Previdência Social no Brasil
3. FUNRURAL (Lei nº 4.214/63)

4. INPS (01/01/1967) - unificou os IAPs .


O INPS foi criado pelo Decreto-lei nº 72/66.

5. SINPAS (Lei 6.439/77) - agregava as seguintes


entidades:
INPS, IAPAS, INAMPS, LBA, FUNABEM, DATAPREV,
CEME.

6. INSS (Lei 8.029/90)


Fusão do IAPAS com o INPS.

Ministério da Previdência Social


• 01/02/1961 -o Ministério do Trabalho, Indústria e
Comércio passou a se chamar Ministério do Trabalho
e Previdência Social (Lei nº 3.782/60);
• 1974 - Ministério da Previdência e Assistência Social
(Lei 6.036/74);
• 1990 - Ministério do Trabalho e Previdência Social
(Lei 8.028/90);
• 1992 - Ministério da Previdência Social (Lei
8.490/92);
• 1995 - Ministério da Previdência e Assistência Social
(MP 813/95);
• 2003 - Ministério da Previdência Social e Ministério
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Lei nº
10.683/03).

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Evolução legislativa da
Previdência Social no Brasil
Arrecadação e fiscalização das
contribuições previdenciárias
• IAPAS
• INSS (Lei 8.029/90)
• A Lei nº 11.098/2005, criou a
Secretaria da Receita Previdenciária,
vinculada ao MPS.
• A Lei nº 11.457/2007 - Secretaria da
Receita Federal do Brasil (RFB).

SEGURIDADE SOCIAL
(CF/88 - Art. 194 )

ASSISTÊNCIA PREVIDÊNCIA
SAÚDE
SOCIAL SOCIAL

•Direito do
•Direito de todos e •Direito de todos
trabalhador e seus
dever do Estado que necessitarem dependentes

•Independe de •Independe de •Caráter


contribuição contribuição contributivo e
compulsório

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1. (AFPS/2002 – ESAF) À luz da Seguridade Social


definida na Constituição Federal, julgue os itens
abaixo:
I. Previdência Social, Saúde e Assistência Social são
partes da Seguridade Social.
II. A saúde exige contribuição prévia.
III. A Previdência Social exige contribuição prévia.
IV. A assistência social possui abrangência universal,
sendo qualquer pessoa por ela amparada.
a) Todos estão corretos.
b) Somente I está incorreto.
c) II e IV estão incorretos.
d) I e II estão incorretos.
e) III e IV estão incorretos.

2. (AFPS/2002 – ESAF) Pedro, menor carente, de 12


anos, e Paulo, empresário bem-sucedido, de 21 anos,
desejam participar de programas assistenciais e de
saúde pública.
De acordo com a situação-problema apresentada
acima, é correto afirmar que:
a) Pedro e Paulo podem participar da Assistência
Social.
b) Só Pedro pode participar da Saúde.
c) Pedro só pode participar da Assistência Social.
d) Paulo pode participar da Assistência Social.
e) Pedro e Paulo podem participar da Saúde.

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PREVIDÊNCIA SOCIAL

Regime Geral de
Regimes
=>
Previdência Social
Básicos
=>
(filiação
obrigatória) Regimes Próprios de
Regimes de =>
Previdência Social
Previdência

Regime de
Previdência
=>
Complementar
(facultativo)

=> Direta

=> Autarquias

Administração
Pública
=> Fundações Públicas
=> Indireta
Sociedades de
=>
Economia Mista

=> Empresas Públicas

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=> Ocupante de cargo efetivo

Ocupante de cargo em comissão


=> declarado em lei de livre nomeação e
Servidor exoneração
Público

=> Contratado por tempo determinado

=> Ocupante de emprego público

=> Da União

Servidores Dos Estados


=>
ocupantes de e do DF
cargos efetivos

Dos
=>
Municípios

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=> Aposentadoria por invalidez

Benefícios Aposentadoria por tempo de


que os =>
contribuição
regimes
próprios são
obrigados a => Aposentadoria por idade
oferecer a
seus
segurados: => Aposentadoria compulsória

=> Pensão por morte

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

=> Aberta
Privada
=>
Previdência (CF, art. 202)
=> Fechada
Complementar
(caráter
facultativo) Pública
=> (CF, art. 40, §§ => Fechada
14, 15 e 16)

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA
SEGURIDADE SOCIAL
CF - Art. 194 .................
Parágrafo único. Compete ao Poder Público,
nos termos da lei, organizar a seguridade social,
com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do
atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e
serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação
dos benefícios e serviços;

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA
SEGURIDADE SOCIAL
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - eqüidade na forma de participação no
custeio;
VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da
administração, mediante gestão quadripartite,
com participação dos trabalhadores, dos
empregadores, dos aposentados e do Governo
nos órgãos colegiados.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 195 ...............
§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social
poderá ser criado, majorado ou estendido sem a
correspondente fonte de custeio total.
Art. 201 ..............
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de
contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá
valor mensal inferior ao salário mínimo.
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real,
conforme critérios definidos em lei.
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência
social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa
participante de regime próprio de previdência.

STF, RE 263252/PR, Rel. Min. Moreira Alves,


1ª T., DJ 23/06/2000.
“EMENTA: - Previdência social. Irredutibilidade do
benefício. Preservação permanente de seu valor real. -
No caso não houve redução do benefício, porquanto já
se firmou a jurisprudência desta Corte no sentido de
que o princípio da irredutibilidade é garantia contra
a redução do “quantum” que se recebe, e não
daquilo que se pretende receber para que não haja
perda do poder aquisitivo em decorrência da
inflação. - De outra parte, a preservação permanente
do valor real do benefício - e, portanto, a garantia
contra a perda do poder aquisitivo - se faz, como
preceitua o artigo 201, § 2º, da Carta Magna, conforme
critérios definidos em lei, cabendo, portanto, a esta
estabelecê-los”.

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Juiz Federal/TRF-1ª/Cespe/2013
01. Com relação à seguridade social e seus
princípios, assinale a opção correta.
[...]
e) Segundo a jurisprudência majoritária do STF,
o princípio da irredutibilidade do valor dos
benefícios refere-se apenas ao valor nominal
desses benefícios, não resultando na garantia da
concessão de reajustes periódicos, característica
relativa à preservação do valor real.

Gabarito: E

Defensor Público/Rondônia/Cespe/2012
2. Com relação aos princípios e objetivos que
norteiam a seguridade social no Brasil, assinale
a opção correta.
[...]
c) A irredutibilidade do valor dos benefícios tem
como escopo garantir que a renda dos benefícios
previdenciários preserve seu valor real segundo
critérios estabelecidos por lei, sem qualquer
vinculação ao salário mínimo, dada a vedação de
sua vinculação para qualquer fim.

Gabarito: C

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Juiz do Trabalho/TRT-1ª/FCC/2011
03. Está(ão) entre os princípios da seguridade
social:
[...]
b) a irredutibilidade do valor dos benefícios,
restrita ao aspecto nominal.
[...]
e) a universalidade da proteção, quanto aos
eventos sociais cobertos e ao atendimento da
população.

Gabarito: E

Conselho Nacional de Previdência Social

6 representantes do Governo Federal


3 representantes dos
aposentados e
pensionistas
3 representantes dos
CNPS 9 representantes trabalhadores em
da sociedade
civil, sendo: atividade

3 representantes dos
empregadores

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Legislação Previdenciária

Legislação Previdenciária

• Fontes
• Hierarquia (ordem de graduação)
• Autonomia (entre os diversos ramos)
• Aplicação (conflitos entre normas)
• Vigência
• Interpretação (existência de norma)
• Integração (ausência de norma).

Fontes do Direito Previdenciário


Nos sistemas de direito escrito, como o nosso, a principal fonte do direito é a lei, entendida
como ato emanado do Poder Legislativo. As outras fontes apenas subsidiam a fonte
principal.

Constituição Federal, emendas


constitucionais, leis
complementares, leis ordinárias, leis
Principal ->
delegadas, medidas provisórias,
decretos legislativos, resoluções do
Senado e tratados internacionais.

Secundárias Decretos, regulamentos, portarias,


(normas ordens de serviço, instruções
complementares à -> normativas, orientações normativas,
lei) circulares, resoluções etc.

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Fontes Principais
•Constituição Federal: arts. 194 a 204;
•Emendas constitucionais: 20, 41, 47, 70.
•Leis complementares: 108 e 109 (regulam a
previdência complementar).
•Leis ordinárias: 8.212/91 e 8.213/91.
•Leis delegadas: elaboradas pelo Presidente da
República, que deverá solicitar a delegação ao
Congresso Nacional.
•Medidas provisórias: em caso de relevância e
urgência. Força de lei. Submetidas de imediato ao
Congresso Nacional. Prazo de 60 dias, prorrogável
uma vez por igual período.

Fontes Principais
•Resoluções do Senado: as mais importantes
são aquelas que suspendem a execução de lei
declarada inconstitucional por decisão definitiva
do STF.
•Decretos legislativos: os mais importantes
são aqueles que aprovam os tratados
internacionais.

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Tratados internacionais
•Ajustes bilaterais ou multilaterais celebrados entre
Estado estrangeiro ou organismo internacional e o
Brasil.
•Em matéria previdenciária: trabalhador deixa um
território e passa a trabalhar em outro.
•Compete privativamente ao Presidente da
República celebrar tratados internacionais, sujeitos
a referendo do Congresso Nacional (CF, art, 84,
VIII).

Tratados internacionais

Procedimento para a incorporação do


tratado ao direito interno:
(a) aprovação, pelo Congresso Nacional,
mediante decreto legislativo;
(b) promulgação de tais acordos ou tratados,
pelo Presidente da República, mediante decreto,
publicando texto do tratado.

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Jurisprudência e doutrina
•Jurisprudência: conjunto de soluções dadas
pelo Poder Judiciário às questões de direito,
quando no mesmo sentido, ou seja, uniforme.
•Doutrina: interpretação dada pelos estudiosos
do direito.

Não se configuram como norma obrigatória.

. Súmulas vinculantes (CF, art. 103-A) -


terá efeito vinculante em relação aos demais
órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal,
estadual e municipal.

Questão sobre fontes do Dir. Previd.


28. (Técnico do Seguro Social – 2012)
Em relação às fontes do direito
previdenciário:
(A) a instrução normativa é fonte
secundária.
(B) a lei delegada é fonte secundária.
(C) a medida provisória é fonte secundária.
(D) o memorando é fonte primária.
(E) a orientação normativa é fonte primária.

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Hierarquia (ordem de graduação)


A norma superior é substrato de validade da norma
inferior
A norma superior prevalece sobre a inferior:

1º) Constituição Federal e emendas constitucionais;


2º) Lei Complementar, lei ordinária, medida provisória,
lei delegada, decretos legislativos, resoluções do Senado
e tratados internacionais;
3º) Decretos (editados pelo Presidente da República);
4º) Portarias (expedidas pelo Ministro da Previdência ou
da Fazenda);
5º) Outras normas internas da administração
(instruções normativas, ordens de serviço etc.).

LC X LO: diferença material e formal.

Hierarquia (ordem de graduação)


•Os tratados internacionais, via de regra, possuem
status de lei ordinária.
•Já os tratados e convenções internacionais sobre
direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos
dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes
às emendas constitucionais (CF, art. 5º, § 3º).
•De acordo com o art. 85-A da Lei nº 8.212/91, “os
tratados, convenções e outros acordos internacionais de
que Estado estrangeiro ou organismo internacional e o
Brasil sejam partes, e que versem sobre matéria
previdenciária, serão interpretados como lei especial”.
(critério da especialidade).

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Autonomia
•Do ponto de vista científico, não se deve falar em
autonomia de nenhum ramo do Direito, que é uno.
•Didaticamente, porém, é conveniente dividir-se o
Direito em ramos, com o objetivo de facilitar o estudo.
•Em relação à autonomia do Direito Previdenciário, há
duas teorias: (1) previdência social encontra-se no
âmbito do Direito do Trabalho; (2) autonomia didática
deste ramo do Direito.

Constituição de 1988:
● Seguridade Social: capítulo II do título VIII (ordem
social);
● Direito do Trabalho: capítulo II (direitos sociais) do
título II (Dos Direitos e Garantias Fundamentais)

Aplicação (conflito entre normas)

1) Hierarquia: a norma superior prevalece


sobre a inferior.
2) Especialidade: a norma específica
prevalece sobre a genérica.
3) Cronologia, a norma posterior prevalece
sobre a anterior.

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Vigência
1. Vigência é o período que vai do momento
em que a norma entra em vigor até o
momento em que é revogada, ou em que se
esgota o prazo prescrito para sua duração.
2. Art. 1º da LINDB (DL 4.657/42): uma lei
começa a ter vigência em todo o país 45
dias depois de publicada, salvo se dispuser
de outro modo.
3. Vacatio legis: período compreendido entre
a data da publicação até sua entrada em
vigor.
4. Durante o vacatio legis, a norma já é válida
(já pertence ao ordenamento), mas não é
vigente.

Vigência
5. Assim, validade e vigência não se
confundem. Uma norma pode ser válida sem
ser vigente, embora a norma vigente seja
sempre válida.
6. Em regra, a norma vigente é eficaz (apta a
produzir efeitos), mas nem sempre isso
acontece. Ex.: CF, art. 195, § 6º.
7. Não se trata, aqui, de vacatio legis, pois
nesse caso o deslocamento ocorre entre
vigência e eficácia e não entre publicação e
vigência.

Validade -> Vigência -> Eficácia

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Interpretação (hermenêutica jurídica)
● Interpretar é descobrir o sentido e o alcance
da norma jurídica.
● A hermenêutica jurídica é a ciência da
interpretação das leis.

Métodos de interpretação:

1. Gramatical (ou literal) – exame do texto


normativo sob o ponto de vista linguístico,
analisando a pontuação, colocação das
palavras na frase, a sua origem etimológica
etc. (Ex.: art. 65 da Lei 8.213/91).

Interpretação
2. Sistemática – parte do pressuposto de que
uma lei não existe isoladamente. A lei
pertence a um ordenamento jurídico (Ex.:
idade do segurado facultativo)
3. Histórica – baseia-se na investigação dos
antecedentes da norma, do processo
legislativo, a fim de descobrir o seu exato
significado (Ex. CF, art. 201, § 7º).
4. Teleológica (ou finalista) – busca
descobrir o fim almejado pelo legislador; a
finalidade que se pretendeu atingir com a
norma.
Estudo da finalidade (das causas finais).

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Integração (preencher as lacunas da lei)


1. Analogia – aplica-se lei que regula um caso
semelhante (EX.: CF, art. 40, § 4º).
2. Princípios gerais do direito (Ex: igualdade
perante a lei (CF, art. 5º, caput); contraditório
e ampla defesa (CF, art. 5º, LV); Ninguém
pode se beneficiar da própria torpeza;
Ninguém está obrigado ao impossível).
3. Equidade – usada para amenizar e humanizar
o direito. Quando autorizado a decidir por
equidade, o juiz aplicará a norma que
estabeleceria se fosse legislador.
DECRETO-LEI 4.657/42 (LINDB), art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins
sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
CPC, art. 127. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.

RGPS

CONTRIBUINTES DO RGPS

Empregado

Empregado doméstico
Obrigatórios Contribuinte individual
Segurados
Trabalhador Avulso
Contribuintes Especial
do RGPS
Facultativo

Empresa

Empregador doméstico

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BENEFICIÁRIOS DO RGPS
Empregado
Empregado doméstico
Obrigatórios Contribuinte individual
Segurados
Trabalhador Avulso
Especial
Facultativo
Cônjuge, companheiro(a) e o filho não
emancipado de qualquer condição, menor de
Beneficiários 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência
do RGPS Classe I
intelectual ou mental que o torne absoluta ou
relativamente incapaz, assim declarado
judicialmente.
Dependentes Classe II Os pais

O irmão não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 anos ou inválido ou
Classe III que tenha deficiência intelectual ou mental
que o torne absoluta ou relativamente
incapaz, assim declarado judicialmente.

Lei 8.213/91, art. 16 .....


§ 3º. Considera-se companheira ou companheiro a
pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com
o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do
art. 226 da CF.

RPS, art. 16 ....


§ 6o Considera-se união estável aquela configurada na
convivência pública, contínua e duradoura entre o
homem e a mulher, estabelecida com intenção de
constituição de família, observado o § 1o do art. 1.723 do
Código Civil.

União estável entre pessoas do mesmo sexo:


STF, RE 477554 AgR/MG, DJe de 25/08/2011;
Portaria MPS 513/2010, art. 1º.

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Lei 8.213/91, art. 76 .........

§ 2º. O cônjuge divorciado ou separado


judicialmente ou de fato que recebia
pensão de alimentos concorrerá em
igualdade de condições com os
dependentes referidos no inciso I do art.
16 desta Lei.

STF, RECURSO EXTRAORDINÁRIO 397.762


“COMPANHEIRA E CONCUBINA - DISTINÇÃO.
Sendo o Direito uma verdadeira ciência, impossível é
confundir institutos, expressões e vocábulos, sob pena
de prevalecer a babel. UNIÃO ESTÁVEL - PROTEÇÃO
DO ESTADO. A proteção do Estado à união estável
alcança apenas as situações legítimas e nestas não
está incluído o concubinato. PENSÃO - SERVIDOR
PÚBLICO - MULHER - CONCUBINA - DIREITO. A
titularidade da pensão decorrente do falecimento de
servidor público pressupõe vínculo agasalhado pelo
ordenamento jurídico, mostrando-se impróprio o
implemento de divisão a beneficiar, em detrimento da
família, a concubina”.

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STJ, AgRg no REsp 1.016.574-SC
PENSÃO POR MORTE. CONCUBINA.
A concubina mantinha com o de cujus, homem casado, um
relacionamento que gerou filhos e uma convivência pública.
Porém, a jurisprudência deste Superior Tribunal afirma que
a existência de impedimento de um dos companheiros para
se casar, como, por exemplo, a hipótese de a pessoa ser
casada, mas não separada de fato ou judicialmente, obsta
a constituição de união estável. Assim, na espécie, não tem
a agravante direito à pensão previdenciária. A Turma, por
maioria, negou provimento ao agravo. Precedentes citados
do STF: MS 21.449-SP, DJ 17/11/1995; do STJ: REsp
532.549-RS, DJ 20/6/2005, e REsp 684.407-RS, DJ
22/6/2005.
(AgRg no REsp 1.016.574-SC, Rel. Min. Jorge Mussi,
julgado em 3/3/2009).

IN INSS Nº 77/2015
Art. 371. O cônjuge separado de fato, divorciado ou
separado judicialmente, terá direito à pensão por morte,
mesmo que este benefício já tenha sido requerido e
concedido à companheira ou ao companheiro, desde que
beneficiário de pensão alimentícia, conforme disposto no §
2º do art. 76 da Lei nº 8.213, de 1991.
§ 1° Equipara-se à percepção de pensão alimentícia o
recebimento de ajuda econômica ou financeira sob
qualquer forma ...
§ 2° A Certidão de Casamento apresentada pelo cônjuge,
na qual não conste averbação de divórcio ou de separação
judicial, constitui documento bastante e suficiente para
comprovação do vínculo, devendo ser exigida a certidão
atualizada e prova da ajuda referida no § 1º deste artigo
apenas nos casos de habilitação de companheiro(a) na
mesma pensão.

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SEGURADO EMPREGADO
a) aquele que presta serviço de natureza
urbana ou rural à empresa, em caráter não
eventual, sob sua subordinação e mediante
remuneração, inclusive como diretor
empregado;
b) aquele que, contratado por empresa de
trabalho temporário, definida em legislação
específica, presta serviço para atender a
necessidade transitória de substituição de
pessoal regular e permanente ou a acréscimo
extraordinário de serviços de outras empresas;

SEGURADO EMPREGADO
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e
contratado no Brasil para trabalhar como
empregado em sucursal ou agência de empresa
nacional no exterior;
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão
diplomática ou a repartição consular de carreira
estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou
a membros dessas missões e repartições,
excluídos o não-brasileiro sem residência
permanente no Brasil e o brasileiro amparado
pela legislação previdenciária do país da
respectiva missão diplomática ou repartição
consular;

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SEGURADO EMPREGADO
e) o brasileiro civil que trabalha para a União,
no exterior, em organismos oficiais brasileiros
ou internacionais dos quais o Brasil seja
membro efetivo, ainda que lá domiciliado e
contratado, salvo se segurado na forma da
legislação vigente do país do domicílio;
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e
contratado no Brasil para trabalhar como
empregado em empresa domiciliada no exterior,
cuja maioria do capital votante pertença a
empresa brasileira de capital nacional;

SEGURADO EMPREGADO
g) o servidor público ocupante de cargo em
comissão, sem vínculo efetivo com a União,
Autarquias, inclusive em regime especial, e
Fundações Públicas Federais;
i) o empregado de organismo oficial
internacional ou estrangeiro em funcionamento
no Brasil, salvo quando coberto por regime
próprio de previdência social;
j) o exercente de mandato eletivo federal,
estadual ou municipal, desde que não vinculado
a regime próprio de previdência social; (Incluído
pela Lei nº 10.887/2004).

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SEGURADO EMPREGADO DOMÉSTICO

Aquele que presta serviços de forma


contínua, subordinada, onerosa e pessoal
e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à
família, no âmbito residencial destas, por
mais de 2 dias por semana (LC 150/2015,
art. 1º).

SEGURADO TRABALHADOR AVULSO

É aquele que, sindicalizado ou não, presta


serviços de natureza urbana ou rural, sem
vínculo empregatício, a diversas empresas, com
a intermediação obrigatória do sindicato da
categoria ou, quando se tratar de atividade
portuária, do órgão gestor de mão-de-obra
(OGMO)

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a) produtor, seja 1. agropecuária em área
->
proprietário, de até 4 módulos fiscais;
Segurado usufrutuário,
especial é a possuidor, 2. de seringueiro ou
pessoa física assentado, parceiro extrativista vegetal que, de
residente no -> ou meeiro modo sustentável, atua na
imóvel rural ou outorgados, coleta e extração de
em aglomerado ->
comodatário ou recursos naturais
urbano ou rural arrendatário rurais, renováveis, e faça dessas
próximo a ele que explore atividades o principal meio
que, atividade: de vida;
individualmente
ou em regime b) pescador artesanal ou a este assemelhado que
de economia -> faça da pesca profissão habitual ou principal meio
familiar, ainda de vida;
que com o
auxílio eventual
de terceiros, na c) cônjuge, companheiro, filho maior de 16 anos
condição de: ou a este equiparado, do segurado de que tratam
->
as alíneas a e b, que, comprovadamente,
trabalhem com o grupo familiar respectivo.

SEGURADO ESPECIAL
=> Regime de economia familiar: atividade em que o
trabalho dos membros da família é indispensável à própria
subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do
núcleo familiar e é exercido em condições de mútua
dependência e colaboração, sem a utilização de
empregados permanentes (Lei nº 8.213/91, art. 11, § 1º).
=> O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados
contratados por prazo determinado ou de trabalhador
autônomo, à razão de no máximo 120 pessoas por dia no
ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda,
por tempo equivalente em horas de trabalho, não sendo
computado nesse prazo o período de afastamento em
decorrência da percepção de auxílio-doença. (Lei nº
8.213/91, art. 11, § 7º).

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SEGURADO ESPECIAL
Pescador artesanal: aquele que,
individualmente ou em regime de economia
familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou
meio principal de vida, desde que:

I – não utilize embarcação; ou

II – utilize embarcação de pequeno porte


(arqueação bruta menor ou igual a 20).

CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

É a categoria de segurado criada pela


Lei 9.876/99, reunindo as antigas
espécies de segurados empresário,
autônomo e equiparado a autônomo.

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CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
a) a pessoa física, proprietária ou não, que
explora atividade agropecuária, a qualquer
título, em caráter permanente ou temporário,
em área superior a 4 módulos fiscais; ou,
quando em área igual ou inferior a 4 módulos
fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de
empregados ou por intermédio de prepostos; ou
ainda quando deixar de satisfazer as condições
para ser segurado especial;
(Comparar com o segurado especial).

CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora
atividade de extração mineral - garimpo -, em caráter
permanente ou temporário, diretamente ou por
intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de
empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de
forma não contínua;

c) o ministro de confissão religiosa e o membro de


instituto de vida consagrada, de congregação ou de
ordem religiosa;

d) (Revogado pela Lei nº 9.876/99)

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CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para
organismo oficial internacional do qual o Brasil é
membro efetivo, ainda que lá domiciliado e
contratado, salvo quando coberto por regime
próprio de previdência social;

CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
f) o titular de firma individual urbana ou rural, o
diretor não empregado e o membro de conselho
de administração de sociedade anônima, o sócio
solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e
o sócio cotista que recebam remuneração
decorrente de seu trabalho em empresa urbana
ou rural, e o associado eleito para cargo de
direção em cooperativa, associação ou entidade
de qualquer natureza ou finalidade, bem como o
síndico ou administrador eleito para exercer
atividade de direção condominial, desde que
recebam remuneração;

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CONTRIB. INDIVIDUAL – QUE EXERCE
FUNÇÃO DE DIREÇÃO EM EMPRESAS
EMPRESA CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
Diretor não empregado.
Sociedade anônima (S.A.) Membro do conselho de administração.
Membro do conselho fiscal.
O sócio gerente
O sócio cotista que recebe pró-labore.
Sociedade limitada (LTDA)
O administrador não-sócio e
não-empregado
Sociedade em nome coletivo Todos os sócios.

Sociedade de Capital e indústria Todos os sócios.

Firma individual O titular, o MEI


cooperativa, associação ou O associado eleito para cargo de direção,
entidades afins. desde que seja remunerado.
Condomínio O síndico, desde que seja remunerado.

CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
g) quem presta serviço de natureza urbana ou
rural, em caráter eventual, a uma ou mais
empresas, sem relação de emprego;

h) a pessoa física que exerce, por conta própria,


atividade econômica de natureza urbana, com
fins lucrativos ou não.

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SEGURADO FACULTATIVO
Pode filiar-se ao RGPS com segurado
facultativo, mediante contribuição, a pessoa
física maior de 16 anos de idade, desde que não
esteja exercendo atividade remunerada que
implique filiação obrigatória a qualquer regime de
previdência social no País.

REQUISITOS:
• Ser maior de 16 anos de idade;
• Não ser segurado obrigatório do RGPS, nem
participante de RPPS.

SEGURADO FACULTATIVO
Podem filiar-se facultativamente, entre outros:
I - a dona-de-casa;
II - o síndico de condomínio, quando não remunerado;
III - o estudante;
IV - o brasileiro que acompanha cônjuge que presta
serviço no exterior;
V - aquele que deixou de ser segurado obrigatório da
previdência social;
VI - o membro de conselho tutelar de que trata o art.
132 da Lei 8.069/90, quando não esteja vinculado a
qualquer regime de previdência social;

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SEGURADO FACULTATIVO
VII - o bolsista e o estagiário que prestam
serviços a empresa de acordo com a Lei
11.788/08;

VIII - o bolsista que se dedique em tempo


integral a pesquisa, curso de especialização,
pós-graduação, mestrado ou doutorado, no
Brasil ou no exterior, desde que não esteja
vinculado a qualquer regime de previdência
social;

SEGURADO FACULTATIVO
IX - o presidiário que não exerce atividade
remunerada nem esteja vinculado a qualquer
regime de previdência social;
X - o brasileiro residente ou domiciliado no
exterior, salvo se filiado a regime previdenciário
de país com o qual o Brasil mantenha acordo
internacional;
XI - o segurado recolhido à prisão sob regime
fechado ou semi-aberto, que, nesta condição,
preste serviço, dentro ou fora da unidade
penal, a uma ou mais empresas, com ou sem
intermediação da organização carcerária ou
entidade afim, ou que exerce atividade
artesanal por conta própria.

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SEGURADO FACULTATIVO (Observações)


● É vedada a filiação ao RGPS, na qualidade de
segurado facultativo, de pessoa participante de regime
próprio de previdência social, salvo na hipótese de
afastamento sem vencimento e desde que não
permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo
regime próprio.
● A filiação na qualidade de segurado facultativo
representa ato volitivo, gerando efeito somente a partir
da inscrição e do primeiro recolhimento.
● A inscrição do segurado facultativo não pode retroagir,
não sendo permitido o pagamento de contribuições
relativas a competências anteriores à data da
inscrição.
● Após a inscrição, o segurado facultativo somente
poderá recolher contribuições em atraso quando não
tiver ocorrido perda da qualidade de segurado.

Lei 8.213/91, art. 15 – RPS, art. 13.


Mantém a qualidade de segurado, independentemente de
contribuições:
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
II - até 12 meses após a cessação de benefício por
incapacidade ou após a cessação das contribuições, o
segurado que deixar de exercer atividade remunerada
abrangida pela previdência social ou estiver suspenso ou
licenciado sem remuneração;
III - até 12 meses após cessar a segregação, o segurado
acometido de doença de segregação compulsória;
IV - até 12 meses após o livramento, o segurado detido ou
recluso;
V - até 3 meses após o licenciamento, o segurado incorporado
às Forças Armadas para prestar serviço militar;
VI - até 6 meses após a cessação das contribuições, o
segurado facultativo.

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§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e
quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e
vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a
perda da qualidade de segurado.
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12
(doze) meses para o segurado desempregado, desde que
comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do
Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos
os seus direitos perante a Previdência Social.
§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte
ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da
Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente
ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados
neste artigo e seus parágrafos.

Prestações do RGPS

PRESTAÇÕES DO RGPS
Aposentadoria por invalidez
Aposentadoria por idade
Aposent. por tempo de contribuição
Aposentadoria especial
P/ segurados Aposent. da pessoa com deficiência
Benefícios Auxílio-doença
Auxílio-acidente
Salário-maternidade
Salário-família
Pensão por morte
P/ dependentes
Auxílio-reclusão
P/ segurados e Reabilitação profissional
Serviços
dependentes Serviço social

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Distribuição dos Benefícios


Empregado e Empregado CI e Segurado Depen-
BENEFÍCIOS
Trab. Avulso Doméstico Facultativo especial dente
Aposentadoria por
Sim Sim Sim Sim Não
invalidez
Aposentadoria por idade
(inclusive da pessoa c/ Sim Sim Sim Sim Não
defic.)
Aposent. tempo
contribuição (inclusive Sim Sim Sim (Obs.1) Obs. 2 Não
da pessoa c/ defic.)
Aposentadoria especial Sim Não Não (Obs. 3) Não Não
Auxílio-doença Sim Sim Sim Sim Não
Auxílio-acidente Sim Sim Não Sim Não
Salário-maternidade Sim Sim Sim Sim Não
Salário-família Sim Sim Não Não Não
Pensão por morte Não Não Não Não Sim
Auxílio-reclusão Não Não Não Não Sim

Distribuição dos Serviços


Empregado e Empregado CI e Segurado Depen-
SERVIÇOS
Trab. Avulso Doméstico Facultativo especial dente
Reabilitação
Sim Sim Sim Sim Sim
profissional
Serviço Social Sim Sim Sim Sim Sim

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CARÊNCIA

É o período correspondente a
um número mínimo de
contribuições mensais para que
o beneficiário tenha direito ao
benefício.

Requisitos e RMI
PRESTAÇÃO: Fato
Carência RMI
BENEFÍCIO/SERVIÇO gerador

Aposentadoria por invalidez Art. 42 12 (em regra) 100%


Aposentadoria por idade 201, §7º,II 180 (em regra) 70% + 1% grupo de 12
Aposentadoria por tempo de
contribuição 201, §7º, I 180 (em regra) 100%

Aposentadoria especial Anexo IV 180 (em regra) 100%


Auxílio-doença Art. 59 12 (em regra) 91%
Auxílio-acidente Art. 86 zero 50%
Salário-maternidade Art. 71 10 ou zero
Salário-família Art. 65 zero
Pensão por morte Art. 74 zero 100%
Auxílio-reclusão Art. 80 zero 100%
Reabilitação profissional Art. 89 zero Não tem
Serviço Social Art. 88 zero Não tem

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Aposentadoria proporcional
Para filiados ao RGPS até 16/12/98 que
cumpram três requisitos:
(1) Idade mínima: 53 anos (H), 48 anos (M);
(2) Tempo de Contribuição mínimo: 30 anos de
contribuição (H), 25 anos de contribuição (M);
(3) Pedágio: adicional de 40% do tempo que,
em 16/12/98, faltava para atingir o limite de 30
anos de contribuição (H), e 25 anos de
contribuição (M).

RMI = 70% do SB + 5% a cada ano que


superar a soma de (2) + (3)

Aposentadoria proporcional (exemplo)


—> Em 16/12/98, Marinete contava com 15
anos de contribuição e 34 anos de idade.
—> Em 16/12/98, faltavam 10 anos para
Marinete atingir 25 anos de contribuição.
—> Pedágio = 4 anos (40% de 10 anos).
—> No dia 16/12/2012, Marinete adquiriu
direito à aposentadoria proporcional, pois nessa
data ela completou 48 anos de idade, 29 anos
de contribuição e terá cumprido o pedágio.
—> RMI = 70% do SB.
—> Se Marinete tivesse trabalhado mais um
ano a RMI seria 100% do SB.

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Aposentadoria da pessoa com deficiência
Regulamenta o § 1º do art. 201 da CF.
Pessoa com deficiência: aquela que tem
impedimentos de longo prazo de natureza
física, mental, intelectual ou sensorial, os quais,
em interação com diversas barreiras, podem
obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas (LC 142/2013, art. 2º).

Sensorial: relativa aos sentidos.

Aposentadoria por tempo de contribuição da


pessoa com deficiência (LC 142/2013, art. 3º)

Tempo de contribuição
Deficiência
Homem Mulher
Grave 25 20
Moderada 29 24
Leve 33 28

RMI: 100% do SB
FP só entra se for para aumentar a RMI.

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Aposentadoria por idade da pessoa com


deficiência (LC 142/2013, art. 3º)
Tempo de Idade
Deficiência
contribuição Homem Mulher

15 anos, desde que


comprovada a
Independe
existência de 60 55
do grau
deficiência durante
igual período.

RMI: 70% do SB + 1% a cada grupo 12


contribuições mensais. Limitado a 100% do SB
FP só entra se for para aumentar a RMI.

CÁLCULO DO SB
BENEFÍCIO SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO
Aposentadoria Média aritmética simples dos maiores
por idade, salários-de-contribuição correspondente a
aposentadoria 80% de todo o período contributivo,
por tempo de multiplicada pelo fator previdenciário.
contribuição e FP - Na aposentadoria por idade e na da
aposentadoria da pessoa com deficiência, o FP só será
pessoa com aplicado se resultar em renda mensal de
deficiência valor mais elevado.
Aposentadoria
por invalidez,
Média aritmética simples dos maiores
aposentadoria
salários-de-contribuição correspondentes
especial, auxílio-
a 80% de todo o período contributivo .
doença e auxílio-
acidente

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O segurado pode optar pela
Aposentadoria por TC sem incidência do FP

Idade + TC TC mínimo
Data do requerimento
Homem Mulher Homem Mulher

Até 31/12/2016 95 85

De 1º/01/2017 a 31/12/2018 96 86

De 1º/01/2019 a 31/12/2019 97 87
35 30
De 1º/01/2020 a 31/12/2020 98 88

De 1º/01/2021 a 31/12/2021 99 89

A partir de 1º/01/2022 100 90

FATOR PREVIDENCIÁRIO
Será calculado considerando-se a idade, a
expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição
do segurado ao se aposentar, mediante a fórmula:

f = fator previdenciário;
Es = expectativa de sobrevida no momento da
aposentadoria;
Tc = tempo de contribuição até o momento da
aposentadoria;
Id = idade no momento da aposentadoria; e
a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31.

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Tábua de expectativa de vida – IBGE 2013


– (ambos os sexos)
Idade exata Expectativa de Idade exata Expectativa de
(em anos) vida (em anos) (em anos) vida (em anos)
45 34,1 56 24,9
46 33,2 57 24,1
47 32,3 58 23,3
48 31,5 59 22,6
49 30,6 60 21,8
50 29,8 61 21
51 29 62 20,3
52 28,1 63 19,6
53 27,3 64 18,8
54 26,5 65 18,1
55 25,7 66 17,4

Exemplo de cálculo do Fator Previdenciário

Joaquim José, 65 anos de idade, após completar 34 anos


de contribuição, requereu aposentadoria por idade. Sua
expectativa de sobrevida, de acordo com a tabela do
IBGE, é de 18,1 anos. Qual é o valor do fator
previdenciário?

[1 + ]
34 x 0,31 (65 + 34 x 0,31)
f= X = 1,02
18,1 100

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Exemplo de cálculo do Fator Previdenciário

Maria Marta, 47 anos de idade, contribui para a previdência


desde os 17 anos de idade, contando com 30 anos de
contribuição. Sua expectativa de sobrevida, de acordo com
a tabela do IBGE, é de 32,3 anos. Qual é o valor do fator
previdenciário?

[ ]
35 x 0,31 (47 + 35 x 0,31)
f= x 1+ = 0,53
32,3 100

Salário maternidade para homem


Art. 71-A. Ao segurado ou segurada da Previdência Social
que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de
criança é devido salário-maternidade pelo período de 120
dias.
§ 1º O salário-maternidade de que trata este artigo será
pago diretamente pela Previdência Social.
§ 2º Ressalvado o pagamento do salário-maternidade à
mãe biológica e o disposto no art. 71-B, não poderá ser
concedido o benefício a mais de um segurado, decorrente
do mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que os
cônjuges ou companheiros estejam submetidos a Regime
Próprio de Previdência Social.

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Salário maternidade para homem


Art. 71-B. No caso de falecimento da segurada ou
segurado que fizer jus ao recebimento do salário-
maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou
pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou
companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de
segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu
abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-
maternidade.
§ 1º O pagamento do benefício de que trata o caput deverá
ser requerido até o último dia do prazo previsto para o
término do salário-maternidade originário.
§ 2º O benefício de que trata o caput será pago diretamente
pela Previdência Social durante o período entre a data do
óbito e o último dia do término do salário-maternidade
originário e será calculado sobre: [...]

SALÁRIO-FAMÍLIA
Ser segurado de baixa renda (SC de até R$1.089,72); e
Fato gerador
ter filho (ou equiparado) até 14 anos ou inválido
a) Empregado, empregado doméstico e trabalhador
avulso;
Beneficiários b) Aposentado por invalidez ou por idade; e
c) Demais aposentados a partir dos 65 anos de idade, se
homem, ou 60 anos de idade, se mulher.
Carência Não é exigida.

Uma cota em relação a cada filho (ou equiparado) até


14 anos de idade ou inválido. O valor da cota é de:
Renda mensal I - R$ 37,18 para o segurado com remuneração mensal
inicial não superior a R$ 725,02; e
II - R$ 26,20 para o segurado com remuneração mensal
superior a R$ 725,02 e igual ou inferior a R$1.089,72.

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DIB
BENEFÍCIO Data do início do benefício

I – Precedida de auxílio-doença – dia imediato ao da cessação do


auxílio-doença.
II – Não precedida de auxílio-doença:
• Para o segurado empregado: a contar do 16º dia do
Aposentadoria afastamento da atividade ou a partir da data da entrada do
por invalidez requerimento, se entre o afastamento e a entrada do
requerimento decorrerem mais de 30 dias; e
• Para os demais segurados: a contar da data do início da
incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre
essas datas decorrerem mais de 30 dias.

I – Para os segurados empregado e empregado doméstico:


• A partir da data do desligamento do emprego, quando
Aposentadoria requerido no prazo de 90 dias, contados da data do
por idade e desligamento; ou
Aposentadoria
por tempo de • A partir da data do requerimento, quando não houver
contribuição desligamento do emprego ou quando for requerida depois de
90 dias, contados da data do desligamento;
II – para os demais segurados, da data da entrada do requerimento.

DIB
BENEFÍCIO Data do início do benefício

I – Para o segurado empregado:


a) A partir da data do desligamento do emprego, quando requerido
no prazo de 90 dias, contados da data do desligamento; ou
Aposentadoria b) A partir da data do requerimento, quando não houver
especial desligamento do emprego ou quando for requerida depois de 90
dias, contados da data do desligamento;
II – para o trabalhador avulso e o cooperado filiado à cooperativa
de trabalho ou de produção: a partir da data do requerimento.

I – Quando requerido até o 30º dia do afastamento da atividade:


a) para o segurado empregado: a contar do 16º dia do
afastamento da atividade;
Auxílio doença b) para os demais segurados: a contar da data do início da
incapacidade.
II – quando requerido após o 30º dia do afastamento da atividade:
a contar da data de entrada do requerimento, para todos os
segurados.

Auxílio acidente A partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença.

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DIB
BENEFÍCIO Data do início do benefício
Coincidirá com a data do fato gerador, mas se a
Salário DAT for anterior ao nascimento da criança, a
Maternidade DIB será fixada conforme atestado médico
original específico apresentado pela segurada.
A partir da data da apresentação da certidão de
nascimento do filho ou da documentação relativa
ao equiparado, estando condicionado à
apresentação anual de atestado de vacinação
Salário-família
obrigatória, até 6 anos de idade, e de
comprovação semestral de frequência à escola
do filho ou equiparado, a partir dos 7 anos de
idade.

DIB
BENEFÍCIO Data do início do benefício
I – Requerida até 30 dias do óbito: DIB e DIP – data
do óbito;
II - Requerida após 30 dias do óbito:
• DIB – data do óbito;
• DIP – data do requerimento;
Pensão por
morte III – Nos casos de morte presumida:
• Data da sentença declaratória de ausência,
expedida por autoridade judiciária; ou
• Data da ocorrência do desaparecimento do
segurado por motivo de catástrofe, acidente ou
desastre, mediante prova hábil.
Data do efetivo recolhimento do segurado à prisão, se
Auxílio
requerido até 30 dias depois desta, ou na data do
reclusão
requerimento, se posterior.

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DCB
BENEFÍCIO Data da cessação do benefício
Retorno voluntário à atividade;
Aposentadoria
Recuperação da capacidade laborativa; e
por invalidez
Morte do segurado.
Aposentadoria
por idade e
Aposentadoria Somente com a morte do segurado.
por tempo de
contribuição
Em regra, com a morte do segurado.
Mas também cessará se o segurado retornar à
Aposentadoria
atividade que o sujeite aos agentes nocivos,
especial
que prejudiquem sua saúde ou integridade
física (Lei 8.213/91, art. 57, § 8º c/c art. 46).

Art. 47. Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado


por invalidez, será observado o seguinte procedimento:
I - quando a recuperação ocorrer dentro de 5 anos, contados da data do
início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu
sem interrupção, o benefício cessará:
a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à
função que desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da
legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de
capacidade fornecido pela Previdência Social; ou
b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença
ou da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados;
II - quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período do inciso I,
ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho
diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem
prejuízo da volta à atividade:
a) no seu valor integral, durante 6 meses contados da data em que for
verificada a recuperação da capacidade;
b) com redução de 50%, no período seguinte de 6 meses;
c) com redução de 75%, também por igual período de 6 meses, ao término
do qual cessará definitivamente.

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DCB
BENEFÍCIO Data da cessação do benefício
• Recuperação da capacidade;
• Transformação em aposentadoria por
Auxílio-doença invalidez;
• Transformação em auxílio-acidente; ou
• Morte do segurado.
• Aposentadoria do segurado;
• Morte do segurado;
Auxílio-acidente
• Emissão de certidão de tempo de
contribuição.

DCB
BENEFÍCIO Data da cessação do benefício
• por morte do filho ou equiparado, a contar do
mês seguinte ao do óbito;
• quando o filho ou equiparado completar 14 anos
de idade, salvo se inválido, a contar do mês
Salário seguinte ao da data do aniversário;
família • pela recuperação da capacidade do filho ou
equiparado inválido, a contar do mês seguinte
ao da cessação da incapacidade;
• pelo desemprego do segurado; ou
• pela morte do segurado.
a) Após o decurso do prazo legal (período de
duração);
Salário
b) Pelo óbito da segurada;
maternidade
c) Para a segurada empregada, pela dispensa sem
justa causa durante o período de estabilidade.

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A cota individual da pensão por morte cessará:
Lei 8.213/91, art. 77, § 2º:
I - pela morte do pensionista;
II - para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de
ambos os sexos, ao completar 21 anos de idade,
salvo se for inválido ou com deficiência;
III - para filho ou irmão inválido, pela cessação da
invalidez;
IV - para filho ou irmão que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave, pelo
afastamento da deficiência, nos termos do
regulamento;
Vigência do inciso IV: (a) em relação às pessoas com
deficiência intelectual ou mental, no dia 18/06/2017; (b) em
relação às pessoas com deficiência grave, 180 dias depois da
publicação da Lei 13.135, de 17/06/15.

A cota individual da pensão por morte cessará:


V - para cônjuge ou companheiro:
a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da
invalidez ou pelo afastamento da deficiência,
respeitados os períodos mínimos decorrentes da
aplicação das alíneas “b” e “c”;
b) em 4 meses, se o óbito ocorrer sem que o
segurado tenha vertido 18 contribuições mensais ou
se o casamento ou a união estável tiverem sido
iniciados em menos de 2 anos antes do óbito do
segurado

A alínea “b” não será aplicada se o óbito do segurado


decorrer de acidente de qualquer natureza ou de
doença profissional ou do trabalho. Nesse caso,
aplicam-se as alíneas “a” ou “c”, conforme o caso.

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A cota individual da pensão por morte cessará:


V - para cônjuge ou companheiro:
c) transcorridos os seguintes períodos, se o óbito ocorrer
depois de vertidas 18 contribuições mensais e pelo menos 2
anos após o início do casamento ou da união estável:
Idade do beneficiário na data Duração da cota individual
do óbito do segurado do cônjuge ou companheiro
Menos de 21 anos 3 anos
Entre 21 e 26 anos 6 anos
Entre 27 e 29 anos 10 anos
Entre 30 e 40 anos 15 anos
Entre 41 e 43 anos 20 anos
44 anos ou mais Vitalícia

DCB
Pensão
Data da cessação do benefício
por morte

a) Com a extinção da cota individual do


Cessação último pensionista;
do b) No caso de morte presumida, se
benefício verificado o reaparecimento do
segurado.

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DCB
Auxílio
Data da cessação do benefício
reclusão
Cessação do
Aplicam-se as mesmas regras da pensão por
pagamento da
morte (Lei 8.213/91, art. 80).
cota individual

I - com a extinção da última cota individual;


II - se o segurado passar a receber
aposentadoria;
Cessação do III - pelo óbito do segurado;
benefício IV - na data da soltura;
V - quando o segurado deixar a prisão por
livramento condicional ou por
cumprimento da pena em regime aberto.

Abono anual
RPS, Art. 120. Será devido abono anual ao segurado
e ao dependente que, durante o ano, recebeu auxílio-
doença, auxílio-acidente, aposentadoria, salário-
maternidade, pensão por morte ou auxílio-reclusão.
§ 1º O abono anual será calculado, no que couber, da
mesma forma que a gratificação natalina dos
trabalhadores, tendo por base o valor da renda
mensal do benefício do mês de dezembro de cada
ano.
§ 2º O valor do abono anual correspondente ao
período de duração do salário-maternidade será pago,
em cada exercício, juntamente com a última parcela
do benefício nele devida.

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Acumulação de benefícios
Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o
recebimento conjunto dos seguintes benefícios do RGPS:
I - aposentadoria e auxílio-doença;
II - mais de uma aposentadoria;
III - aposentadoria e abono de permanência em serviço;
IV - salário-maternidade e auxílio-doença;
V - mais de um auxílio-acidente;
VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro,
ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa.
VII - auxílio-acidente com qualquer aposentadoria.

É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com


qualquer benefício do RGPS, exceto pensão por morte, auxílio-
reclusão, auxílio-acidente, auxílio-suplementar ou abono de
permanência em serviço (RPS, art. 167, § 2º).

Financiamento

EMPRESA (Lei 8.212/91, art. 15)


É a firma individual ou a sociedade que assume o risco de
atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou
não, bem como os órgãos e as entidades da administração
pública direta, indireta e fundacional.
EQUIPARAM-SE A EMPRESA (RPS, art. 12, § único):
I - o contribuinte individual, em relação a segurado que lhe
presta serviço;
II - a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer
natureza ou finalidade, inclusive a missão diplomática e a
repartição consular de carreiras estrangeiras;
III - o operador portuário e o OGMO; e
IV - o proprietário ou dono de obra de construção civil,
quando pessoa física, em relação a segurado que lhe
presta serviço.

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EMPREGADOR DOMÉSTICO

Aquele que admite a seu serviço,


mediante remuneração, sem
finalidade lucrativa, empregado
doméstico.

Financiamento da Seguridade Social


Da União
Dos segurados
Contribuições
Das empresas
Sociais
Previdenciárias Empregadores
Receitas domésticos
da Das empresas,
Seguridade Das sobre
Social Contribuições
faturamento e
Sociais Contribuições lucro
(no âmbito
Sociais não Sobre receita de
federal)
previdenciárias concursos de
prognósticos
Do importador
De outras fontes

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 167. São vedados:


(...)
XI – a utilização dos recursos provenientes das
contribuições sociais de que trata o art. 195, I, “a” e
II, para a realização de despesas distintas do
pagamento de benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201.

CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO

Lei 8.212/91
Art. 16. A contribuição da União é constituída de
recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados
obrigatoriamente na Lei Orçamentária anual.

Parágrafo único. A União é responsável pela


cobertura de eventuais insuficiências financeiras da
seguridade social, quando decorrentes do pagamento
de benefícios de prestação continuada da previdência
social, na forma da Lei Orçamentária anual.

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BASE DE CÁLCULO
CONTRIBUINTE BASE DE CÁLCULO
Segurados Salário-de-contribuição
Segurado Receita bruta da comercialização da produção
Especial rural.
Remuneração paga ou creditada aos segurados
Empresas empregado, trabalhador avulso e contribuinte
individual
1. A partir da competência 10/2015:
Remuneração paga ou devida a cada
empregado doméstico, incluída na remuneração
Empregador
a gratificação natalina (LC 150, art. 34, §1º).
doméstico
2. Até a competência 09/2015:
Salário-de-contribuição do empregado doméstico
a seu serviço (Lei 8.212/91, art. 24).

EMPREGADO, TRABALHADOR AVULSO E


EMPREGADO DOMÉSTICO
(Lei 8.212/91, art. 20)

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTA

até 1.399,12 8%

de 1.399,13 até 2.331,88 9%

de 2.331,89 até 4.663,75 11%

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Contribuinte individual e segurado facultativo


Art. 21. A alíquota de contribuição dos segurados CI e
facultativo será de 20% sobre o respectivo SC. [...]
§ 2o No caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de
aposentadoria por tempo de contribuição ...
I – 11% p/ CI sem relação de trabalho com empresas e p/
segurado facultativo;
II – 5% p/ MEI e para segurado facultativo sem renda própria
que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no
âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de
baixa renda.
§ 4º Família inscrita no CadÚnico, renda mensal de até 2 SM.
Art. 30, § 4o - Na hipótese de o CI prestar serviço a uma ou
mais empresas, poderá deduzir, da sua contribuição mensal,
45% da contribuição da empresa, efetivamente recolhida ou
declarada, incidente sobre a remuneração que esta lhe tenha
pago ou creditado, limitada a dedução a 9%do respectivo SC.

1. Facultativo
A) 20% X SC
B) 11% X SM
C) 5% x SM
(C) sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico
no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda.

2. CI que trabalhe por conta própria, sem relação


de trabalho com empresa
A) 20% X SC
B) 11% X SM
C) 5% X SM
(C) Se for MEI

3. CI com relação de trabalho com empresa


(20% X SC) - dedução
A dedução é igual a 45% da contribuição da empresa, limitada a 9%do SC.

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SEGURADO ESPECIAL (Lei 8.212/91, art. 25)
CONTRIBUIÇÃO BASE DE CÁLCULO ALÍQUOTAS
Receita bruta da
Para a Seguridade
comercialização da 2%
Social
produção rural.
Para financiamento
Receita bruta da
das prestações por
comercialização da 0,1%
acidente do
produção rural.
trabalho.
Observação:
Além das contribuições acima, o segurado especial poderá
contribuir, facultativamente, com 20% sobre o SC, para
fazer jus a benefícios com valores superiores a um salário
mínimo, bem como à aposentadoria por tempo de
contribuição.

Contribuição da empresa (Lei 8.212/91, art. 22)


I – 20% (ou 22,5%) sobre remuneração de
empregado e trabalhador avulso.
II – 1%, 2% ou 3% sobre remuneração de
empregado e trabalhador avulso.
III - 20% (ou 22,5%) sobre remuneração de CI.
IV – 15% sobre o valor bruto da NFS prestados por
cooperados por intermédio de cooperativas de
trabalho. (Vide STF, RE 595838 / SP)

Aposentadoria Especial
II: RAT + 12%, 9% ou 6%.
III: + 12%, 9% ou 6% (cooperativa de produção).
IV: + 9%, 7% ou 5%.

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Contribuição da empresa (Lei 8.212/91, art. 22)


I – Empresas em geral
Alíquota
Base de cálculo Seguridade
RAT
social

Total das remunerações pagas,


(1%, 2% ou
devidas ou creditadas aos segurados 20%
3%) X FAP
empregados e trabalhadores avulsos.

Total das remunerações pagas ou


creditadas aos segurados 20% -
contribuintes individuais.
Valor bruto da nota fiscal ou fatura
de prestação de serviços,
relativamente a serviços que lhe são
15% -
prestados por cooperados por
intermédio de cooperativas de
trabalho.

Contribuição da empresa (Lei 8.212/91, art. 22, § 1º)


II – Instituições Financeiras
Alíquota
Base de cálculo Seguridade
RAT
social

Total das remunerações pagas,


(1%, 2% ou
devidas ou creditadas aos segurados 22,5%
3%) X FAP
empregados e trabalhadores avulsos.

Total das remunerações pagas ou


creditadas aos segurados 22,5% -
contribuintes individuais.
Valor bruto da nota fiscal ou fatura
de prestação de serviços,
relativamente a serviços que lhe são
15% -
prestados por cooperados por
intermédio de cooperativas de
trabalho.

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Contribuição da empresa (Lei 8.212/91, art. 22)
III – Empregador Rural Pessoa Física
Alíquota
Base de cálculo Seguridade
RAT
social
Receita bruta proveniente da
2% 0,1%
comercialização da sua produção.
Total das remunerações pagas ou
creditadas aos segurados 20% -
contribuintes individuais.
Valor bruto da nota fiscal ou fatura
de prestação de serviços,
relativamente a serviços que lhe são
15% -
prestados por cooperados por
intermédio de cooperativas de
trabalho.

Contribuição da empresa (Lei 8.212/91, art. 22-A)


IV – Produtor rural pessoa jurídica e Agroindústria
Alíquota
Base de cálculo Seguridade
RAT
social
Receita bruta proveniente da
2,5% 0,1%
comercialização da sua produção.
Total das remunerações pagas ou
creditadas aos segurados 20% -
contribuintes individuais.
Valor bruto da nota fiscal ou fatura
de prestação de serviços,
relativamente a serviços que lhe são
15% -
prestados por cooperados por
intermédio de cooperativas de
trabalho.

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Contribuição da empresa (Lei 8.212/91, art. 22, § 6º)


V – Associação desportiva que mantém equipe de futebol
profissional
Alíquota
Base de cálculo Seguridade
RAT
social
Receita bruta, decorrente dos espetáculos
desportivos de que participem em todo
território nacional em qualquer modalidade
desportiva, inclusive jogos internacionais, e de
5%
qualquer forma de patrocínio, licenciamento de
uso de marcas e símbolos, publicidade,
propaganda e de transmissão de espetáculos
desportivos.
Total das remunerações pagas ou creditadas
20% -
aos segurados contribuintes individuais.
Valor bruto da nota fiscal ou fatura de
prestação de serviços, relativamente a serviços
15% -
que lhe são prestados por cooperados por
intermédio de cooperativas de trabalho.

Contribuição da empresa (Lei 12.546/2011, art. 7º)


VI – TI e TIC; call center; atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto
de circuitos integrados; setor hoteleiro (5510-8/01 CNAE 2.0); transporte
rodoviário coletivo (4921-3 e 4922-1 CNAE 2.0); setor de construção civil (412,
432, 433 e 439 CNAE 2.0); transporte ferroviário de passageiros (4912-4/01 e
4912-4/02 CNAE 2.0); transporte metroferroviário de passageiros (4912-4/03
CNAE 2.00; construção de obras de infraestrutura (421, 422, 429 e 431 CNAE 2.0).
Alíquota
Base de cálculo Seguridade
RAT
social
Total das remunerações pagas, devidas ou
(1%, 2% ou
creditadas aos segurados empregados e -
3%) X FAP
trabalhadores avulsos.
Total das remunerações pagas ou creditadas
- -
aos segurados contribuintes individuais.
Valor da receita bruta, excluídas as vendas
canceladas e os descontos incondicionais 2% -
concedidos.
Valor bruto da nota fiscal ou fatura de
prestação de serviços, relativamente a serviços
15%
que lhe são prestados por cooperados por
intermédio de cooperativas de trabalho.

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Contribuição da empresa (Lei 12.546/2011, art. 8º)
VII – As empresas que fabricam os produtos classificados na TIPI,
aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011, nos códigos referidos no
Anexo I da Lei nº 12.546/2011.
Alíquota
Base de cálculo Seguridade
RAT
social
Total das remunerações pagas, devidas ou
(1%, 2% ou
creditadas aos segurados empregados e -
3%) X FAP
trabalhadores avulsos.

Total das remunerações pagas ou creditadas


- -
aos segurados contribuintes individuais.

Valor da receita bruta, excluídas as vendas


canceladas e os descontos incondicionais 1% -
concedidos.
Valor bruto da nota fiscal ou fatura de
prestação de serviços, relativamente a serviços
15%
que lhe são prestados por cooperados por
intermédio de cooperativas de trabalho.

Contribuição da empresa
(LC 123/06, art. 18-C, § 1º, III)

VIII – Contribuição patronal do Microempreendedor


individual – MEI
Alíquota
Base de cálculo Seguridade
RAT
social
Salário-de-contribuição do empregado
3% -
que lhe presta serviço.

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CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADOR DOMÉSTICO


LC 150, art. 34. O Simples Doméstico assegurará o
recolhimento mensal, mediante documento único de
arrecadação, dos seguintes valores:
I - 8% a 11% de contribuição previdenciária, a cargo do
empregado doméstico, nos termos do art. 20 da Lei 8.212/91;
II - 8% de contribuição patronal previdenciária para a seguridade
social, a cargo do empregador doméstico;
III - 0,8% de contribuição social para financiamento do seguro
contra acidentes do trabalho;
IV - 8% de recolhimento para o FGTS;
V - 3,2%, destinada ao pagamento da indenização
compensatória da perda do emprego; e
VI - IR retido na fonte, se incidente.
§ 1º As contribuições, os depósitos e o imposto incidem sobre a
remuneração paga ou devida no mês anterior, a cada
empregado, incluída na remuneração a gratificação de Natal.

CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADOR DOMÉSTICO


A partir da competência 10/2015 (LC 150, art. 34, §7º)
Destinação Alíquota Base de cálculo
Para a seguridade Remuneração paga ou
8%
social devida a cada
empregado doméstico,
Para financiamento incluída na
do seguro contra 0,8% remuneração a
acidentes do trabalho gratificação natalina
Até a competência 09/2015 (Lei 8.212/91, art. 24)
SC do empregado
Para a seguridade
12% doméstico a seu
social
serviço.

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OUTRAS CONTRIBUIÇÕES PARA
A SEGURIDADE SOCIAL
• COFINS
• PIS/PASEP
• CSLL
• Incidente s/ concursos de prognósticos
• COFINS – Importação
• PIS/PASEP - Importação

RECEITAS DE OUTRAS FONTES


• as multas, a atualização monetária e os juros
moratórios;
• remuneração recebida pela prestação de serviços
de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados
a terceiros (3,5%);
• as receitas provenientes de prestação de outros
serviços e de fornecimento ou arrendamento de
bens;
• as demais receitas patrimoniais, industriais e
financeiras;
• as doações, legados, subvenções e outras receitas
eventuais;

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RECEITAS DE OUTRAS FONTES


• 50% da receita obtida na forma do parágrafo único do art.
243 da CF, repassados pelo INSS aos órgãos responsáveis
pelas ações de proteção à saúde e a ser aplicada no
tratamento e recuperação de viciados em entorpecentes e
drogas afins;

Nota: Constituição Federal, art. 243, parágrafo único:


“Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em
decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins será confiscado e reverterá em benefício de
instituições e pessoal especializado no tratamento e
recuperação de viciados e no aparelhamento e custeio de
atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão
do crime de tráfico dessas substâncias.”

RECEITAS DE OUTRAS FONTES


• 40% do resultado dos leilões dos bens apreendidos
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil;

• 50% do valor total do prêmio recolhido pelas


companhias seguradoras que mantêm o seguro
obrigatório de danos pessoais causados por
veículos automotores de vias terrestres. Este valor
deve ser destinado ao SUS para o custeio da
assistência médico-hospitalar aos segurados
vitimados em acidentes de trânsito;

• outras receitas previstas em legislação específica.

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Salário de Contribuição

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (Lei 8.212, art. 28)


EMPREGADO E LIMITES
TRABALHADOR AVULSO MÍNIMO MÁXIMO

A remuneração auferida em uma ou mais O piso


empresas, assim entendida a totalidade salarial da
dos rendimentos pagos, devidos ou categoria
creditados a qualquer título, durante o mês, ou;
destinados a retribuir o trabalho, qualquer Quando não
que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, existir piso
os ganhos habituais sob a forma de salarial da R$ 4.663,75
utilidades e os adiantamentos decorrentes categoria, o
de reajuste salarial, quer pelos serviços salário
efetivamente prestados, quer pelo tempo à mínimo, no
disposição do empregador ou tomador de seu valor
serviços, nos termos da lei ou do contrato mensal,
ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo diário ou
de trabalho ou sentença normativa; horário.

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO

EMPREGADO LIMITES
DOMÉSTICO
MÍNIMO MÁXIMO
O piso salarial da
categoria
A remuneração ou;
registrada na Carteira
Profissional e/ou na Quando não existir R$ 4.663,75
Carteira de Trabalho e piso salarial da
Previdência Social. categoria, o salário
mínimo, no seu valor
mensal, diário ou
horário.

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SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO

CONTRIBUINTE LIMITES
INDIVIDUAL MÍNIMO MÁXIMO

A remuneração auferida
em uma ou mais
empresas ou pelo O salário mínimo.
R$ 4.663,75
exercício de sua R$ 788,00
atividade por conta
própria, durante o mês.

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO

LIMITES
FACULTATIVO
MÍNIMO MÁXIMO

O valor por ele O salário mínimo.


declarado. R$ 4.663,75
R$ 788,00

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REAJUSTAMENTO

O limite máximo do salário-de-contribuição é


reajustado na mesma época e com os
mesmos índices que os do reajustamento
dos benefícios de prestação continuada da
Previdência Social (Lei 8.212/91, art. 28, §
5º).

PARCELAS INTEGRANTES E
NÃO-INTEGRANTES DO SC
• As parcelas relativas a indenização e a ressarcimento,
em geral, não estão incluídas nos conceitos de salário-
de-contribuição e de remuneração.
• Indenização é a reparação de danos causados a uma
pessoa.
• Ressarcimento é a compensação de despesas que o
trabalhador tenha efetuado em decorrência da
execução do trabalho.
• Remuneração é a retribuição pelos serviços
prestados.
• Os valores pagos pelo trabalho integram o salário-de-
contribuição.
• Os valores pagos para o trabalho não integram o
salário-de-contribuição.

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POLÊMICAS
STJ, REsp nº 1.230.957/RS - submetido à sistemática de
julgamento dos recursos repetitivos (CPC, art. 543-C)
Não incide contribuição previdenciária sobre:
1) Terço constitucional de férias;
2) Aviso prévio indenizado;
3) Valor pago nos 30 dias que antecedem o auxílio-doença.

Auxílio-alimentação em pecúnia:
TNU, Súmula 67 - integra o SC
STJ, REsp 1185685 - não integra

Vale transporte em pecúnia:


STF, RE 478410 - não integra o SC.
STJ, REsp 1180562 - não integra o SC.

PARCELAS INTEGRANTES DO SC (exemplos)


I – Salário
II - Saldo de salário pago na rescisão do
contrato de trabalho
III - Salário-maternidade
IV - Férias gozadas
V - 1/3 de férias gozadas (CF, art. 7º, XVII)
VI - 13º salário
VII - Horas extras
VIII - O valor total das diárias para viagem,
quando excederem a 50% da remuneração
mensal do empregado.

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PARCELAS INTEGRANTES DO SC (exemplos)
IX – Gorjetas (espontâneas ou compulsórias)
X - Comissões e percentagens
XI - Salário pago sob a forma de utilidades
(salário in natura)
XII - Remuneração do aposentado que retornar
ao trabalho
XIII – Aviso prévio.

PARCELAS NÃO-INTEGRANTES DO SC
Lei 8.212/91, art. 28...............................
§ 9º Não integram o salário-de-contribuição,
exclusivamente:
a) os benefícios do RGPS, nos termos e limites legais, com
exceção do salário-materinidade;

b) a ajuda de custo e o adicional mensal recebidos pelo


aeronauta, nos termos da Lei 5.929/73;
Nota: LEI Nº 5.929/73
Na transferência provisória: um adicional mensal, nunca
inferior a 25% do salário recebido na base.
Na transferência permanente: ajuda de custo, nunca
inferior ao valor de 4 meses de salário, para indenização de
despesas de mudança e instalação na nova base.

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PARCELAS NÃO-INTEGRANTES DO SC
c) a parcela in natura recebida de acordo com o PAT,
nos termos da Lei nº 6.321/76;
d) Férias indenizadas e respectivo 1/3 constitucional,
pagos na rescisão, inclusive a dobra de férias de que
trata o art. 137 da CLT;
e) as importâncias:
1. previstas no inciso I do art. 10 do ADCT
(indenização de 40% do montante depositado no
FGTS, nos casos de despedida sem justa causa);
2. relativas à indenização por tempo de serviço,
anterior a 5/10/88, do empregado não optante pelo
FGTS;

PARCELAS NÃO-INTEGRANTES DO SC
3. recebidas a título da indenização de que trata o art.
479 da CLT (indenização por despedida sem justa
causa do empregado nos contratos por prazo
determinado);
4. recebidas a título da indenização de que trata o art.
14 da Lei 5.889/73 (indenização do tempo de serviço
do safrista, quando da expiração normal do contrato);
5. recebidas a título de incentivo à demissão;
6. recebidas a título de abono de férias na forma dos
arts. 143 e 144 da CLT;
7. recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos
expressamente desvinculados do salário;
Ganhos eventuais = liberalidade + sem habitualidade

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PARCELAS NÃO-INTEGRANTES DO SC
8. recebidas a título de licença-prêmio indenizada;
9. recebidas a título da indenização de que trata o art.
9º da Lei nº 7.238/84 (indenização por dispensa sem
justa causa no período de 30 dias que antecede a
correção salarial);
f) a parcela recebida a título de vale-transporte, na
forma da legislação própria;
g) a ajuda de custo, em parcela única, recebida
exclusivamente em decorrência de mudança de local
de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da
CLT;
h) as diárias para viagens, desde que não excedam a
50% da remuneração mensal;

PARCELAS NÃO-INTEGRANTES DO SC
i) a importância recebida a título de bolsa de
complementação educacional de estagiário, quando
paga nos termos da Lei nº 11.788/08;
j) a participação nos lucros ou resultados da empresa,
quando paga ou creditada de acordo com lei
específica; (Lei 10.101/2000)
l) o abono do PIS e do PASEP;
Obs.: 1 sal. min. para quem recebe até 2 sal. min. (CF, art. 239, § 3º)
m) os valores correspondentes a transporte,
alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao
empregado contratado para trabalhar em localidade
distante da de sua residência, em canteiro de obras ou
local que, por força da atividade, exija deslocamento e
estada;

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PARCELAS NÃO-INTEGRANTES DO SC
n) a importância paga ao empregado a título de
complementação ao valor do auxílio-doença, desde
que este direito seja extensivo à totalidade dos
empregados da empresa;
o) as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador
da agroindústria canavieira, de que trata o art. 36 da
Lei nº 4.870/65; (1% s/ saco de açúcar de 60 kg; 1% s/ tonelada de
cana; 1% s/ litro de álcool)
p) o valor das contribuições efetivamente pago pela
pessoa jurídica relativo a programa de previdência
complementar, aberto ou fechado, desde que
disponível à totalidade de seus empregados e
dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9º e
468 da CLT;

PARCELAS NÃO-INTEGRANTES DO SC
q) o valor relativo à assistência prestada por serviço
médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela
conveniado, inclusive o reembolso de despesas com
medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos,
despesas médico-hospitalares e outras similares,
desde que a cobertura abranja a totalidade dos
empregados e dirigentes da empresa;
r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e
outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados
no local do trabalho para prestação dos respectivos
serviços;

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PARCELAS NÃO-INTEGRANTES DO SC
s) o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do
empregado e o reembolso creche pago em
conformidade com a legislação trabalhista, observado o
limite máximo de seis anos de idade, quando
devidamente comprovadas as despesas realizadas;

PARCELAS NÃO-INTEGRANTES DO SC
t) o valor relativo a plano educacional, ou bolsa de
estudo, que vise à educação básica de empregados e
seus dependentes e, desde que vinculada às atividades
desenvolvidas pela empresa, à educação profissional e
tecnológica de empregados, nos termos da Lei nº
9.394/96 (LDB), e:
1. não seja utilizado em substituição de parcela salarial; e
2. o valor mensal do plano educacional ou bolsa de
estudo, considerado individualmente, não ultrapasse 5%
da remuneração do segurado a que se destina ou o valor
correspondente a uma vez e meia o valor do limite
mínimo mensal do salário-de-contribuição, o que for
maior;
u) Revogado.

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PARCELAS NÃO-INTEGRANTES DO SC

v) os valores recebidos em decorrência da


cessão de direitos autorais;
x) o valor da multa prevista no § 8º do art. 477
da CLT (multa paga ao empregado em
decorrência da mora no pagamento das
parcelas constantes do instrumento de rescisão
do contrato de trabalho);
y) o valor correspondente ao vale-cultura.

PARCELAS NÃO-INTEGRANTES DO SC

Observação:
As parcelas definidas como não-integrantes do
salário-de-contribuição, quando pagas ou
creditadas em desacordo com a legislação
pertinente, passam a integrá-lo para todos os
fins e efeitos, sem prejuízo da aplicação das
cominações legais cabíveis (RPS, art. 214, §
10).

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EXEMPLO PRÁTICO

EMPREGADO: José da Silva


Salário 1.500,00
Horas-extras 200,00
Adicional noturno 200,00
Salário-Família 49,32
Abono pecuniário de férias 700,00
Comissões 200,00
TOTAL 2.849,32

PROPORCIONALIDADE DO SC

Quando a admissão, a dispensa, o


afastamento ou a falta do empregado,
inclusive o doméstico, ocorrer no curso do
mês, o salário-de-contribuição será
proporcional ao número de dias
efetivamente trabalhados (RPS, art. 214, §
1º).

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Arrecadação e recolhimento das


contribuições dos segurados
QUEM ARRECADA E RECOLHE A
SEGURADO
CONTRIBUIÇÃO
A empresa ou pessoa equiparada a
Empregado
empresa.
Empregado
O empregador doméstico.
doméstico
Facultativo O próprio segurado.

Portuário: o OGMO.
Trabalhador
avulso Não portuário: a empresa tomadora do
serviço.

Quem arrecada e recolhe as contribuições do CI ?


A empresa, inclusive a optante pelo Simples Nacional e a
EBAS em gozo de isenção.
A cooperativa de trabalho, em relação aos cooperados
que prestam serviço por seu intermédio.
O próprio segurado, quando o contribuinte individual:
a) exercer atividade econômica por conta própria;
b) prestar serviço a pessoa física ou a outro contribuinte
individual, produtor rural pessoa física, missão diplomática
ou repartição consular de carreira estrangeiras; ou
c) quando tratar-se de brasileiro civil que trabalha no
exterior para organismo oficial internacional do qual o
Brasil seja membro efetivo.

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Quem arrecada e recolhe as contribuições do
Segurado Especial ?
O adquirente da produção rural:
a) Se for pessoa jurídica; ou
b) Pessoa física, não produtor rural, que adquire a
produção para venda, no varejo, pessoas físicas.
O próprio segurado, se vender:
a) A adquirente domiciliado no exterior (CF, art. 149, § 2º, I);
b) Diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física;
c) A produtor rural pessoa física;
d) A outro segurado especial.

PRAZO DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

DATA CONTRIBUIÇÕES

Até dia 15 do mês a) As contribuições do


seguinte ao da contribuinte individual, quando
competência, recolhidas pelo próprio
prorrogando-se para o segurado;
dia útil subsequente
quando não houver b) As contribuições do segurado
expediente bancário. facultativo;

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PRAZO DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

DATA CONTRIBUIÇÕES
Até dia 20 de
dezembro,
antecipando-se para
o dia útil Contribuição incidente sobre o
imediatamente 13º salário.
anterior quando não
houver expediente
bancário naquele dia.
Até 2 dias úteis A contribuição de 5%
após a realização do incidente sobre a receita bruta
evento de espetáculos desportivos

PRAZO DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

DATA CONTRIBUIÇÕES
=> Contribuição recolhida
Até dia 7 do mês
pelo segurado especial
seguinte ao da
incidente sobre a receita
competência. Se não
bruta da comercialização
houver expediente
da produção rural (Lei
bancário, o recolhimento
8.212/91, art. 25);
deverá ser antecipado
para o dia útil
=> Contribuição
imediatamente anterior.
arrecadada pelo segurado
(Lei 8.212/91, art. 32-C,
especial dos trabalhadores
§§ 3º e 5º)
a seu serviço.

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PRAZO DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

DATA CONTRIBUIÇÕES
Até dia 7 do mês
seguinte ao da a) Contribuição do
competência, segurado empregado
prorrogando-se para o doméstico;
dia útil subsequente,
quando não houver b) Contribuição
expediente bancário patronal do
naquele dia (Lei empregador
8.212/91, art. 30, V, c/c doméstico.
§2º, I).

Prazo de recolhimento das contribuições


Até o dia 20 do mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil
imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia.
a) As contribuições descontadas dos segurados empregado, trabalhador
avulso e contribuinte individual;
c) As contribuições da empresa incidentes sobre a remuneração de segurados
empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual;
d) As contribuições da empresa (15%) incidentes sobre o valor bruto da nota
fiscal ou fatura de serviço, relativo a serviços que lhe tenham sido prestados
por cooperados, por intermédio de cooperativas de trabalho;
e) As retenções de 11% sobre o valor dos serviços contidos em nota fiscal
prestados mediante cessão de mão de obra ou empreitada;
f) As contribuições incidentes sobre a comercialização da produção rural
(exceto as recolhidas pelo segurado especial);
g) A contribuição de 5% incidentes sobre patrocínio, licenciamento de uso de
marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos;
h) Contribuição patronal do MEI de 3% sobre o SC do empregado que lhe
presta serviço;
i) Contribuição que o MEI desconta do seu empregado.

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RECOLHIMENTO FORA DO PRAZO

Os débitos com a União decorrentes


das contribuições sociais
previdenciárias, não pagos nos prazos
previstos em legislação, serão
acrescidos de multa de mora e
juros de mora (Lei nº 8.212/91, art.
35).

JUROS DE MORA E MULTA DE MORA


Lei nº 9.430/96, art. 61
1. Juros de Mora
• taxa SELIC, acumulada mensalmente, a
partir do primeiro dia do mês subseqüente ao
vencimento do prazo até o mês anterior ao
do pagamento; e
• um por cento no mês de pagamento.

2. Multa de mora
• 0,33% por dia de atraso, limitado a
20%.

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MULTA DE LANÇAMENTO DE OFÍCIO
Lei nº 9.430/96, art. 44
• 75% calculada sobre a totalidade ou
diferença de contribuição.
• Aplicação em dobro (150%):
(a) Na hipótese de compensação indevida,
quando se comprove falsidade da
declaração apresentada pelo sujeito
passivo, tendo como base de cálculo o valor
total do débito indevidamente compensado
(Lei 8.212/91, art. 89, § 10).
(b) nos casos de evidente intuito de fraude,
independentemente de outras penalidades
administrativas ou criminais cabíveis (Lei
9.430/96, art. 44, § 1º).

Agravamento da multa de ofício


Lei nº 9.430/96, art. 44, § 2º
Os percentuais de multa de ofício (de 75% e de
150%) serão aumentados de metade
(passando para 112,5% e 225%), nos
casos de não atendimento pelo sujeito
passivo, no prazo marcado, de intimação
para:
• prestar esclarecimentos;
• quando usuário de sistema de
processamento eletrônico de dados,
apresentar os arquivos digitais ou sistemas e
a documentação técnica completa e
atualizada do sistema, suficiente para
possibilitar a sua auditoria.

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Redução da multa de ofício


Art. 6º da Lei 8.218/91
Redução da multa de ofício
Prazo Pagamento /
Parcelamento
compensação

De 30 dias da data
da notificação do Redução de 50% Redução de 40%
lançamento

De 30 dias da
ciência da decisão
Redução de 30% Redução de 20%
de primeira
instância (DRJ)

Retenção Obrigatória Acessória

RETENÇÃO DE 11%
A retenção de 11%, em vigor desde fevereiro/1999, é
adotada quando uma empresa (contratada) presta
serviço a outra empresa (contratante) mediante
empreitada ou cessão de mão-de-obra.
►Cessão de mão-de-obra: colocação a disposição
do contratante, em suas dependências ou na de
terceiros, de segurados que realizem serviços
contínuos, relacionados ou não com a atividade
fim da empresa.
►Empreitada: é a execução, contratualmente
estabelecida, de tarefa, de obra ou de serviço, por
preço ajustado, com ou sem fornecimento de
material ou uso de equipamentos, realizados nas
dependências da empresa contratante, nas de
terceiros ou nas da empresa contratada, tendo
como objetivo um resultado pretendido.

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A EMPRESA CONTRATANTE DEVERÁ:
►Reter 11% do valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo
de prestação de serviços emitido pela contratada, a
título de contribuição para a seguridade social;

►Recolher a importância retida em nome da empresa


contratada até o dia 20 do mês seguinte ao da emissão
da nota fiscal.
Notas:
a) Quem recolhe a retenção é a contratante, mas no
campo 5 da GPS (identificador) deve ser identificado
o CNPJ ou CEI da empresa contratada.
b) A retenção se presumirá feita. A empresa contratante
não pode alegar omissão para se eximir do
recolhimento.

A EMPRESA CONTRATATADA DEVERÁ:


►Destacar na nota fiscal o valor da
retenção para a seguridade social.
►Elaborar folha de pagamento e GFIP
distintas para cada obra ou
estabelecimento das empresas que
contratarem seus serviços.
►Compensar o valor retido pela
contratante, quando do recolhimento de
suas contribuições para a seguridade
social, incidentes sobre a folha de
pagamento dos segurados a seu serviço.

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OBSERVAÇÕES
1. O percentual de 11% será acrescido de 4%, 3% ou
2%, se o segurado fizer jus a aposentadoria especial,
após 15, 20 ou 25 anos de contribuição.
2. Quando a contratada se obriga a fornecer material ou
dispor de equipamentos, a retenção de 11% incidirá
somente sobre o valor dos serviços.
3. A compensação não pode ser feita com valores de
outras entidades (terceiros). Somente pode compensar
com os valores do campo 6 da GPS (contribuições
previdenciárias).
4. Na impossibilidade de haver compensação integral na
própria competência, o saldo remanescente poderá ser
compensado nas competências subseqüentes,
inclusive na relativa à gratificação natalina, ou ser
objeto de pedido de restituição.

HÁ RETENÇÃO NOS SEGUINTES SERVIÇOS QUANDO


CONTRATADOS MEDIANTE CESSÃO DE MDO:
►limpeza, conservação e zeladoria;
►vigilância e segurança;
►construção civil;
►serviços rurais;
►digitação e preparação de dados para processamento;
►acabamento, embalagem e acondicionamento de
produtos;
►cobrança;
►coleta e reciclagem de lixo e resíduos;
►copa e hotelaria;
►corte e ligação de serviços públicos;

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HÁ RETENÇÃO NOS SEGUINTES SERVIÇOS QUANDO
CONTRATADOS MEDIANTE CESSÃO DE MDO:

►distribuição;
►treinamento e ensino;
►entrega de contas e documentos;
►ligação e leitura de medidores;
►manutenção de instalações, de máquinas e de
equipamentos;
►montagem;
►operação de máquinas, equipamentos e veículos;
►operação de pedágio e de terminais de transporte;
►operação de transporte de passageiros, inclusive nos
casos de concessão e sub-concessão;
►portaria, recepção e ascensorista;
►recepção, triagem e movimentação de materiais;

HÁ RETENÇÃO NOS SEGUINTES SERVIÇOS QUANDO


CONTRATADOS MEDIANTE CESSÃO DE MDO:

►promoção de vendas e eventos;


►secretaria e expediente;
►saúde; e
►telefonia, inclusive telemarketing.

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HÁ RETENÇÃO NOS SEGUINTES SERVIÇOS


QUANDO CONTRATADOS MEDIANTE
EMPREITADA:

►limpeza, conservação e zeladoria;


►vigilância e segurança;
►construção civil;
►serviços rurais;
►digitação e preparação de dados para
processamento;

EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES E


COOPERATIVAS DE TRABALHO
►As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional que
prestarem serviços mediante cessão de mão de obra
ou empreitada não estão sujeitas à retenção de 11%
sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do
recibo de prestação de serviços emitido.
► Como exceção à regra, as empresas optantes pelo
Simples Nacional que exerçam as atividades de
construção civil, vigilância, limpeza e
conservação continuam sujeitas à retenção de 11%
(IN RFB 971/2009, art. 191, II).
►Não haverá retenção de 11% sobre o valor bruto da
nota fiscal emitida por cooperativa de trabalho.

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Empresas beneficiadas pela desoneração da folha
de pagamento
• Quando a empresa prestadora de serviço é
beneficiada pela desoneração da folha de
pagamento prevista nos artigos 7º e 8º da Lei
12.546/2011, a empresa contratante deverá reter
3,5% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de
prestação de serviços (Lei 12.546/2011, art. 7º, §6º
e art. 8º, §5º).
• Aqui, em vez de 11%, a retenção é de apenas
3,5%, porque a empresa prestadora não recolhe as
contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22
da Lei 8.212/91.

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

►Na responsabilidade solidária, cada um dos


devedores solidários responde pela dívida
inteira, como se fosse o único devedor;

►O credor (a União) pode escolher qualquer


deles e compeli-lo a pagar a dívida toda. O
credor também pode cobrar de todos solidários
ao mesmo tempo;

►A responsabilidade solidária não comporta o


benefício de ordem.

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HÁ RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA:
►Entre o contratante e o contratado nos serviços
de construção civil, quando o contrato não
envolva cessão de mão-de-obra (Lei 8.212/91,
art. 30, VI);
►Entre empresas que integram grupo econômico
(Lei 8.212/91, art. 30, IX);
►Produtores rurais integrantes de consórcio
simplificado (Lei 8.212/91, art. 25-A, § 3º);
►O operador portuário e o OGMO são
solidariamente responsáveis pelas contribuições
previdenciárias relativamente à requisição de
mão-de-obra de trabalhador avulso (Lei
9.719/98, art. 2º, § 4º);

HÁ RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA:
►Os administradores de autarquias, fundações
públicas, empresas públicas e de sociedades de
economia mista, em atraso por mais de 30 dias, no
recolhimento das contribuições para a seguridade
social, são solidariamente responsáveis pelo seu
pagamento (Lei 8.212/91, art. 42).
►O ato para o qual a lei exige a exibição de CND (ou
de CPD-EN), quando praticado com violação a esse
requisito, acarretará a responsabilidade solidária
dos contratantes e do oficial cartorário que lavrar ou
registrar o instrumento, sem prejuízo da multa e da
responsabilização penal e administrativa cabíveis,
sendo o ato nulo para todos os efeitos (Lei 8.212/91,
art. 48).

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CONSTRUÇÃO CIVIL

CONTRATO RETENÇÃO de 11% SOLIDARIEDADE

Envolve cessão de
Sim (obrigatória) Não
mão-de-obra
Não envolve cessão Sim Não
Opcional
de mão-de-obra Não Sim
Obs.: Não se considera cessão de mão-de-obra a contratação de
construção civil em que a empresa construtora assuma a
responsabilidade direta e total pela obra ou repasse o contrato
integralmente.

NÃO HÁ RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA:

►Nos casos de contratação de serviços por


intermédio de cooperativa de trabalho.

►Nos casos em que haja a previsão legal de


retenção de 11% do valor bruto da nota fiscal
fatura ou recibo de serviços prestados mediante
cessão de mão-de-obra ou empreitada.

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OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Além da obrigação principal, que diz respeito ao
recolhimento das contribuições sociais, a empresa é
também obrigada a:
a) Preparar folha de pagamento da remuneração
paga, devida ou creditada a todos os segurados a
seu serviço, devendo manter, em cada
estabelecimento, uma via da respectiva folha e
recibos de pagamentos;
b) Lançar mensalmente em títulos próprios de sua
contabilidade, de forma discriminada, os fatos
geradores de todas as contribuições, o montante
das quantias descontadas, as contribuições da
empresa e os totais recolhidos;

OBRIGAÇÕES ACESSÁORIAS

c) Prestar à RFB todas as informações


cadastrais, financeiras e contábeis de seu
interesse, na forma por ela estabelecida,
bem como os esclarecimentos necessários à
fiscalização;
d) Declarar à RFB e ao Conselho Curador
do FGTS, na forma, prazo e condições
estabelecidos por esses órgãos, dados
relacionados a fatos geradores, base de
cálculo e valores devidos da contribuição
previdenciária e outras informações de
interesse do INSS ou do Conselho Curador
do FGTS;

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OBRIGAÇÕES ACESSÁORIAS (RPS, art. 225)
e) Encaminhar ao sindicato representativo da categoria
profissional mais numerosa entre seus empregados, até
o dia 10 de cada mês, cópia da GPS relativamente à
competência anterior; e
f) Afixar cópia da GPS, relativamente à competência
anterior, durante o período de um mês, no quadro de
horário de que trata o art. 74 da CLT.
g) Informar, anualmente, à RFB, na forma por ela
estabelecida, o nome, o número de inscrição na
previdência social e o endereço completo dos
comerciantes ambulantes por ela utilizados no período, a
qualquer título, para distribuição ou comercialização de
seus produtos, sejam eles de fabricação própria ou de
terceiros, sempre que se tratar de empresa que realize
vendas diretas (RPS, art. 225, VII).

GFIP
A declaração dada através da GFIP constitui
confissão de dívida e instrumento hábil e
suficiente para a exigência do crédito
tributário, e suas informações comporão a
base de dados para fins de cálculo e
concessão dos benefícios previdenciários (Lei
nº 8.212/91, art. 32, § 2º).
Serão inscritas como dívida ativa da União as
contribuições previdenciárias que não tenham
sido recolhidas ou parceladas resultantes das
informações prestadas na GFIP (Lei nº
8.212/91, art. 39, § 3º).

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FOLHA DE PAGAMENTO
Uma folha para cada estabelecimento (filial), obra de
construção civil e para cada tomador de serviço.
Requisitos da folha de pagamento:
a) Discriminar o nome dos segurados, indicando cargo,
função ou serviço prestado;
b) Agrupar os segurados por categoria, assim entendido:
segurado empregado, trabalhador avulso, contribuinte
individual;
c) Destacar o nome das seguradas em gozo de salário-
maternidade;
d) Destacar as parcelas integrantes e não integrantes da
remuneração e os descontos legais; e
e) Indicar o número de quotas de salário-família atribuídas
a cada segurado empregado ou trabalhador avulso.

CONTABILIDADE
Os livros Diário e Razão serão exigidos pela fiscalização após
90 dias da ocorrência do fatos geradores das contribuições.
Requisitos da contabilidade:
►Regime de competência;
► Registrar, em contas individualizadas, todos os fatos
geradores de contribuições previdenciárias de forma a
identificar, clara e precisamente, as rubricas integrantes e não
integrantes do salário-de-contribuição, bem como as
contribuições descontadas do segurado, as da empresa e os
totais recolhidos, por estabelecimento da empresa, por obra
de construção civil e por tomador de serviços.
►A empresa deverá manter à disposição da fiscalização os
códigos ou abreviaturas que identifiquem as respectivas
rubricas utilizadas na escrituração contábil (plano de contas).

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DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO

DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO
(em relação às contribuições previdenciárias)

Decadência - extinção do direito de


constituir o crédito previdenciário através do
lançamento tributário.

Prescrição - extinção do direito de cobrar


judicialmente o crédito já constituído.

STF - SÚMULA VINCULANTE Nº 8

“São inconstitucionais o parágrafo


único do artigo 5º do Decreto-lei
1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei
8.212/91, que tratam de prescrição e
decadência de crédito tributário”.

Posteriormente, os artigos 45 e 46 foram revogados


pela LC 128/2008.

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DECADÊNCIA PREVIDENCIÁRIA
O direito da Seguridade Social constituir seus
créditos extingue-se após 5 anos, contados:
I – da data da ocorrência do fato gerador (CTN, art.
150, § 4º);
II - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em
que o lançamento poderia ter sido efetuado (CTN,
art. 173, I);
III - da data em que se tornar definitiva a decisão
que houver anulado, por vício formal, o lançamento
anterior (CTN, art. 173, II);
IV – da data em que tenha sido iniciada a
constituição do crédito tributário pela notificação, ao
sujeito passivo, de qualquer medida preparatória
indispensável ao lançamento (CTN, art 173,
parágrafo único)

PRESCRIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
CTN, art. 174 – A ação para a cobrança do crédito
tributário prescreve em 5 anos, contados da data da
sua constituição definitiva.
Observações:
►O crédito está definitivamente constituído quando
não possa mais ser modificado na via administrativa.
►O curso da decadência termina no momento da
lavratura do AI; o início do prazo de prescrição só se
inicia depois de concluído o contencioso administrativo
fiscal referente a este AI. Assim, no intervalo entre a
lavratura do AI e a decisão final administrativa não se
tem nem decadência nem prescrição.

www.acasadoconcurseiro.com.br 101
Decadência e Prescrição – em relação a benefícios
REVISÃO DO ATO DE CONCESSÃO DE
BENEFÍCIO
(Lei 8.213/91, art. 103)
É de 10 anos o prazo de decadência de todo e
qualquer direito ou ação do segurado ou
beneficiário para a revisão do ato de concessão
de benefício, contados a partir:
I - do dia primeiro do mês seguinte ao do
recebimento da primeira prestação ou, quando
for o caso,
II - do dia em que tomar conhecimento da
decisão indeferitória definitiva no âmbito
administrativo.

Decadência e Prescrição – em relação a benefícios


PRESTAÇÕES VENCIDAS E NÃO PAGAS
PELO INSS
(Lei 8.213/91, art. 103, parágrafo único)
Prescreve em 5 anos, a contar da data em que
deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação
para haver prestações vencidas ou quaisquer
restituições ou diferenças devidas pela
previdência social, salvo o direito dos menores,
incapazes e ausentes, na forma do Código Civil.

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Crimes Contra a Previdência Social


APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA
CP - Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as
contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e na forma
legal ou convencional.
Pena - reclusão de 2 a 5 anos, e multa.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de:
I - recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância
destinada à previdência social que tenha sido descontada de
pagamento efetuado a segurado, a terceiros ou arrecadada do
público;
II - recolher contribuições devidas à previdência social que
tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à
venda de produtos ou à prestação de serviços;
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas
cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela
previdência;

Apropriação indébita previdenciária (CP, art. 168-A)


§ 2º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente,
declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições,
importâncias ou valores e presta as informações devidas à
previdência social, na forma definida em lei ou regulamento,
antes do início da ação fiscal.
§ 3º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar
somente a multa, se o agente for primário e de bons
antecedentes, desde que:
I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de
oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social
previdenciária, inclusive acessórios; ou
II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios,
seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência
social, administrativamente, como sendo o mínimo para o
ajuizamento de suas execuções fiscais.

www.acasadoconcurseiro.com.br 103
Extinção da punibilidade - Lei 10.684/2003
Art. 9º É suspensa a pretensão punitiva do Estado,
referente aos crimes previstos nos arts. 1º e 2º da Lei
nº 8.137/90, e nos arts. 168-A e 337-A do CP, durante
o período em que a pessoa jurídica relacionada com o
agente dos aludidos crimes estiver incluída no regime
de parcelamento.
§ 1º A prescrição criminal não corre durante o período
de suspensão da pretensão punitiva.
§ 2º Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos
neste artigo quando a pessoa jurídica relacionada com
o agente efetuar o pagamento integral dos débitos
oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive
acessórios.

Sonegação de Contribuição Previdenciária


CP - Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social
previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes
condutas:
I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento
de informações previsto pela legislação previdenciária
segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou
trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem
serviços;
II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da
contabilidade da empresa as quantias descontadas dos
segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de
serviços;
III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos,
remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de
contribuições sociais previdenciárias.
Pena – reclusão de 2 a 5 anos, e multa.

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Sonegação de Contribuição Previdenciária


§ 1º É extinta a punibilidade se o agente,
espontaneamente, declara e confessa as contribuições,
importâncias ou valores e presta as informações devidas à
previdência social, na forma definida em lei ou
regulamento, antes do início da ação fiscal.
§ 2º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar
somente a de multa se o agente for primário e de bons
antecedentes, desde que:
I – VETADO.
II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios,
seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência
social, administrativamente, como sendo o mínimo para o
ajuizamento de suas execuções fiscais.

R$20.000,00 (Portaria MF nº 75/2012, art. 1º, II)

Sonegação Contribuição Previdenciária

§ 3º Se o empregador não é pessoa jurídica e sua


folha de pagamento mensal não ultrapassa
R$1.510,00, o juiz poderá reduzir a pena de um terço
até a metade ou aplicar apenas a de multa.

§ 4º O valor a que se refere o parágrafo anterior será


reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices
do reajuste dos benefícios da previdência social.

Obs.: Valor atual – R$4.117,35 (Portaria MPS/MF nº


13, de 09/01/2015).

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Falsificação de Documento Público (CP, art. 297)

Art. 297. Falsificar, no todo ou em parte, documento


público, ou alterar documento público verdadeiro.
Pena – reclusão, de 2 a 6 anos, e multa.

§ 1º Se o agente é funcionário público, e comete o


crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena
de sexta parte.

§ 2º Para os efeitos penais, equiparam-se a documento


público o emanado de entidade paraestatal, o título ao
portador ou transmissível por endosso, as ações de
sociedade comercial, os livros mercantis e o
testamento particular.

Falsificação de Documento Público (CP, art. 297)


§ 3º Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir:
I - na folha de pagamento ou em documento de informações que
seja destinado a fazer prova perante a previdência social,
pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;
II - na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado
ou em documento que deva produzir efeito perante a
previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria
ter sido escrita;
III - em documento contábil ou em qualquer outro documento
relacionado com as obrigações da empresa perante a
previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria
ter constado.
§ 4º Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos
acima mencionados nome do segurado e seus dados pessoais,
a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de
prestação de serviços.

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Racursos

Recursos das decisões administrativas

Processo administrativo de natureza


contenciosa:

● Relativo aos benefícios previdenciários;


● Controvérsias relativas à apuração do FAP
● Relativo ao custeio previdenciário: Processo
Administrativo Fiscal (Decreto nº 70.235/72).

Processo administrativo relativo aos


benefícios previdenciários
● Das decisões do INSS nos processos de interesse
dos beneficiários caberá recurso ao CRPS.
● É de 30 dias o prazo para interposição de
recursos, contados da ciência da decisão.
● A partir da data da interposição do recurso,
inicia-se a contagem do prazo de 30 dias para o
INSS oferecer contra-razões.
● Admitir ou não o recurso é prerrogativa do CRPS,
sendo vedado a qualquer órgão do INSS recusar
o seu recebimento ou sustar-lhe o andamento,
exceto quando reconhecido o direito pleiteado,
antes da subida dos autos CRPS.

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Instâncias recursais
O CRPS compreende os seguintes órgãos:
(I) 29 Juntas de Recursos, com competência para
julgar, em primeira instância, os recursos
interpostos contra as decisões prolatadas pelos
órgãos regionais do INSS, em matéria de benefício
administrado pela autarquia;
(II) 4 Câmaras de Julgamento, com sede em
Brasília, com a competência para julgar, em
segunda instância, os recursos interpostos contra
as decisões proferidas pelas Juntas de Recursos que
infringirem lei, regulamento, enunciado ou ato
normativo ministerial;
(III) Conselho Pleno, com a competência para
uniformizar a jurisprudência previdenciária.

Composição do CRPS
2 representantes do
governo
Vinte e nove Juntas de
1 representante das
Recursos – tendo cada uma
empresas
a seguinte composição:
1 representante dos
trabalhadores
CRPS
2 representantes do
governo
Quatro Câmaras de
Julgamento – tendo cada 1 representante das
uma a seguinte empresas
composição:
1 representante dos
trabalhadores

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Controvérsias relativas à apuração do FAP


● O MPS publicará anualmente o FAP de cada
empresa.
● O FAP atribuído às empresas pelo MPS poderá ser
contestado perante o Departamento de
Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional
da Secretaria Políticas de Previdência Social do
MPS, no prazo de 30 dias da sua divulgação
oficial (RPS, art. 202-B).
● Da decisão proferida pelo Departamento de
Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional,
caberá recurso, no prazo de 30 dias da intimação
da decisão, para a Secretaria de Políticas de
Previdência Social, que examinará a matéria em
caráter terminativo.

Processo Administrativo Fiscal


Decreto nº 70.235/72.
Formalizada a exigência pela lavratura de AI,
três hipóteses são possíveis:
(I) o sujeito passivo cumpre a exigência através
do pagamento ou pedido de parcelamento;
(II) o sujeito passivo apresenta impugnação
para contestar a exigência fiscal; ou
(III) se dá à revelia (ausência do contraditório
pelo não-comparecimento do sujeito passivo ao
processo).

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Competência para julgar o processo

(I) em 1ª instância, às DRJ, órgãos de


deliberação interna e natureza colegiada da
RFB;
(II) em 2ª instância, ao CARF, órgão colegiado,
paritário, integrante da estrutura do MF.

O CARF será constituído por seções e pela


Câmara Superior de Recursos Fiscais.
As seções serão especializadas por matéria e constituídas por
câmaras.
As câmaras poderão ser divididas em turmas.

Impugnação

● Instaura a fase litigiosa do procedimento;


● É a forma que o sujeito passivo utiliza para
manifestar sua inconformidade com a
exigência fiscal;
● Prazo de 30 dias, contados da data em que
for feita a intimação da exigência;
● Apresentada a impugnação, o processo,
formado a partir do AI será submetido ao
julgamento da DRJ.

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Recurso

● O objetivo do recurso é o reexame da decisão


de primeira instância (DRJ) pelo CARF.
● O autor do recurso pode ser o contribuinte
notificado ou a própria autoridade julgadora,
conforme a decisão originária tenha sido pela
procedência ou improcedência da exigência
fiscal.

Recurso Voluntário

● Da decisão de primeira instância (DRJ) caberá


recurso voluntário, com efeito suspensivo,
dirigido ao CARF.
● Ou seja, se a impugnação apresentada pelo
sujeito passivo não for acolhida na primeira
instância, ele poderá recorrer para a segunda
instância.
● O prazo para interposição do recurso é de
trinta dias, contados da ciência da decisão de
primeira instância.

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Recurso de Ofício
(Decreto 70.235/72, art. 34)
A autoridade de primeira instância (Presidente
de Turma da DRJ) recorrerá de ofício sempre
que a decisão:
I - exonerar o sujeito passivo do pagamento de
tributo e encargos de multa de valor total
(lançamento principal e decorrentes) superior a
R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);
II - deixar de aplicar pena de perda de
mercadorias ou outros bens cominada a infração
denunciada na formalização da exigência.

Recurso à CSRF

● Nos casos de decisão que der à lei tributária


interpretação divergente da que lhe tenha
dado outra Câmara, turma de Câmara, turma
especial ou a própria CSRF, caberá recurso
especial à CSRF, no prazo de 15 dias da
ciência do acórdão ao interessado.
● A CSRF terá como único foco a unificação da
interpretação das normas tributárias.

CSRF - Câmara Superior de Recursos Fiscais - será


constituída por turmas, compostas pelos Presidentes e Vice-
Presidentes das câmaras.

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BPC/LOAS

BPC/LOAS
Idoso e pessoa com deficiência que comprovem não possuir
Beneficiários meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida
por sua família.
Renda mensal Um salário mínimo
Idoso Aquele com idade de 65 anos ou mais.
Aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza
física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação
com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena
e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas.
Pessoa com
deficiência A avaliação da deficiência e do grau de impedimento será
realizada por meio de avaliação social e avaliação médica. A
avaliação social considerará os fatores ambientais, sociais e
pessoais; a avaliação médica considerará as deficiências nas
funções e nas estruturas do corpo (serv. social / perícia
médica)
Impedimento
Aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 anos.
de longo prazo

BPC/LOAS
Família
incapaz de
Aquela cuja renda per capita seja inferior a um quarto do
prover a
salário mínimo.
manutenção
O valor do BPC concedido a idoso não será computado no
da pessoa
cálculo da renda mensal bruta familiar, para fins de
com
concessão do BPC a outro idoso da mesma família.
deficiência
ou do idoso
A soma dos rendimentos brutos auferidos mensalmente
pelos membros da família composta por salários,
Renda proventos, pensões, pensões alimentícias, benefícios de
mensal previdência pública ou privada, seguro-desemprego,
bruta comissões, pro-labore, outros rendimentos do trabalho
familiar: não assalariado, rendimentos do mercado informal ou
autônomo, rendimentos auferidos do patrimônio, Renda
Mensal Vitalícia e BPC (este, em regra).

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BPC/LOAS
I - benefícios e auxílios assistenciais de natureza
eventual e temporária;
II - valores oriundos de programas sociais de
Não serão transferência de renda;
computados III - bolsas de estágio curricular;
como renda IV - pensão especial de natureza indenizatória e
mensal benefícios de assistência médica;
bruta V - rendas de natureza eventual ou sazonal, a serem
familiar regulamentadas em ato conjunto do MDSCF do
INSS; e
VI - remuneração da pessoa com deficiência na
condição de aprendiz.

BPC/LOAS
Conjunto de pessoas composto pelo requerente, o cônjuge, o
companheiro, a companheira, os pais e, na ausência de um deles,
Família para a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e
cálculo da enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob
renda per o mesmo teto.
capita: Quando o requerente for pessoa em situação de rua, será
considerado família do requerente as pessoas acima, desde que
convivam com o requerente na mesma situação.
O BPC não poderá ser acumulado com qualquer outro benefício
no âmbito da Seguridade Social ou de outro regime, inclusive o
seguro-desemprego, ressalvados o de assistência médica e a
pensão especial de natureza indenizatória, bem como a
Acumulação remuneração advinda de contrato de aprendizagem no caso da
pessoa com deficiência.
A acumulação do BPC com a remuneração advinda do contrato
de aprendizagem pela pessoa com deficiência está limitada ao
prazo máximo de 2 anos.

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BPC/LOAS

O BPC deve ser revisto a cada 2 anos para avaliação


Revisão
da continuidade das condições que lhe deram origem.

Suspensão do BPC/LOAS
► O BPC será suspenso se identificada qualquer irregularidade na sua
concessão ou manutenção, ou se verificada a não continuidade das condições
que deram origem ao benefício.
► Será concedido ao interessado o prazo de 10 dias, mediante notificação por
via postal com AR, para oferecer defesa, provas ou documentos de que
dispuser.
► Na impossibilidade de notificação por via postal com AR, deverá ser
efetuada por edital (publicado em jornal de grande circulação na localidade do
domicílio do beneficiário) e concedido o prazo de 15 dias, contado a partir do
primeiro dia útil seguinte ao dia da publicação, para apresentação de defesa,
provas ou documentos pelo interessado.
► Esgotados os prazos acima sem manifestação do interessado ou não sendo
a defesa acolhida, será suspenso o pagamento do benefício e, notificado o
beneficiário.
► Será aberto o prazo de 30 dias para interposição de recurso à Junta de
Recursos do CRPS.
► Decorrido o prazo concedido para interposição de recurso sem manifestação
do beneficiário, ou caso não seja o recurso provido, o benefício será cessado,
comunicando-se a decisão ao interessado.

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BPC/LOAS
► O BPC será suspenso em caráter especial quando a pessoa
com deficiência exercer atividade remunerada, inclusive na
condição de microempreendedor individual, mediante
comprovação da relação trabalhista ou da atividade
empreendedora.
► A pessoa com deficiência contratada na condição de aprendiz
terá seu benefício suspenso somente após o período de 2 anos
Suspensão de recebimento concomitante da remuneração e do benefício.
em caráter ► O pagamento será restabelecido mediante requerimento do
especial interessado que comprove a extinção da relação trabalhista ou da
atividade empreendedora, e, quando for o caso, o encerramento
do prazo de pagamento do seguro-desemprego, sem que tenha o
beneficiário adquirido direito a qualquer benefício no âmbito da
Previdência Social.
► O restabelecimento do pagamento do benefício prescinde de
nova avaliação da deficiência e do grau de impedimento,
respeitado o prazo para a reavaliação bienal.

BPC/LOAS

Quando requerido no prazo de 90 dias


I - a partir do dia imediatamente posterior, conforme o caso, da
cessação do contrato de trabalho, da última competência de
contribuição previdenciária recolhida como contribuinte
individual ou do encerramento do prazo de pagamento do
seguro-desemprego; ou
O BPC será
restabelecido
Quando requerido após 90 dias
II - a partir da data do protocolo do requerimento, quando
requerido após 90 dias, conforme o caso, da cessação do
contrato de trabalho, da última competência de contribuição
previdenciária recolhida como contribuinte individual ou do
encerramento do prazo de pagamento do seguro-desemprego.

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BPC/LOAS

I - no momento em que forem superadas as condições que lhe


deram origem;
II - em caso de morte do beneficiário;
Cessação
III - em caso de morte presumida ou de ausência do beneficiário,
do BPC
declarada em juízo; ou
IV - em caso de constatação de irregularidade na sua concessão
ou manutenção.
► Não está sujeito a desconto de qualquer contribuição;
► Não gera direito ao pagamento de abono anual;
Outras ► É intransferível, não gerando direito à pensão por morte aos
informações herdeiros ou sucessores.
sobre o BPC ► O valor do resíduo não recebido em vida pelo beneficiário
será pago aos seus herdeiros ou sucessores, na forma da lei
civil.

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Legislação Previdenciária

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

DA SEGURIDADE SOCIAL I – do empregador, da empresa e da enti-


dade a ela equiparada na forma da lei, inci-
Seção I dentes sobre: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
DISPOSIÇÕES GERAIS
a) a folha de salários e demais rendimentos
Art. 194. A seguridade social compreende um do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
conjunto integrado de ações de iniciativa dos título, à pessoa física que lhe preste serviço,
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído
assegurar os direitos relativos à saúde, à previ- pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
dência e à assistência social.
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela
Parágrafo único. Compete ao Poder Públi- Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
co, nos termos da lei, organizar a segurida-
de social, com base nos seguintes objetivos: c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitu-
cional nº 20, de 1998)
I – universalidade da cobertura e do atendi-
mento; II – do trabalhador e dos demais segurados
da previdência social, não incidindo con-
II – uniformidade e equivalência dos bene- tribuição sobre aposentadoria e pensão
fícios e serviços às populações urbanas e concedidas pelo regime geral de previdên-
rurais; cia social de que trata o art. 201; (Redação
III – seletividade e distributividade na pres- dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
tação dos benefícios e serviços; 1998)

IV – irredutibilidade do valor dos benefícios; III – sobre a receita de concursos de prog-


nósticos.
V – equidade na forma de participação no
custeio; IV – do importador de bens ou serviços do
exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
VI – diversidade da base de financiamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42,
de 19.12.2003)
VII – caráter democrático e descentralizado
da administração, mediante gestão quadri- § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Fe-
partite, com participação dos trabalhado- deral e dos Municípios destinadas à segu-
res, dos empregadores, dos aposentados e ridade social constarão dos respectivos or-
do Governo nos órgãos colegiados. (Reda- çamentos, não integrando o orçamento da
ção dada pela Emenda Constitucional nº 20, União.
de 1998)
§ 2º A proposta de orçamento da segurida-
Art. 195. A seguridade social será financiada por de social será elaborada de forma integrada
toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos pelos órgãos responsáveis pela saúde, pre-
termos da lei, mediante recursos provenientes vidência social e assistência social, tendo
dos orçamentos da União, dos Estados, do Dis- em vista as metas e prioridades estabeleci-
trito Federal e dos Municípios, e das seguintes das na lei de diretrizes orçamentárias, asse-
contribuições sociais:

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gurada a cada área a gestão de seus recur- § 10. A lei definirá os critérios de transfe-
sos. rência de recursos para o sistema único de
saúde e ações de assistência social da União
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sis- para os Estados, o Distrito Federal e os Mu-
tema da seguridade social, como estabele- nicípios, e dos Estados para os Municípios,
cido em lei, não poderá contratar com o Po- observada a respectiva contrapartida de re-
der Público nem dele receber benefícios ou cursos. (Incluído pela Emenda Constitucio-
incentivos fiscais ou creditícios. nal nº 20, de 1998)
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes des- § 11. É vedada a concessão de remissão
tinadas a garantir a manutenção ou expan- ou anistia das contribuições sociais de que
são da seguridade social, obedecido o dis- tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para
posto no art. 154, I. débitos em montante superior ao fixado em
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da segu- lei complementar. (Incluído pela Emenda
ridade social poderá ser criado, majorado Constitucional nº 20, de 1998)
ou estendido sem a correspondente fonte § 12. A lei definirá os setores de atividade
de custeio total. econômica para os quais as contribuições
§ 6º As contribuições sociais de que trata incidentes na forma dos incisos I, b; e IV
este artigo só poderão ser exigidas após de- do caput, serão não-cumulativas. (Incluí-
corridos noventa dias da data da publicação do pela Emenda Constitucional nº 42, de
da lei que as houver instituído ou modifica- 19.12.2003)
do, não se lhes aplicando o disposto no art. § 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive
150, III, "b". na hipótese de substituição gradual, total ou
§ 7º São isentas de contribuição para a se- parcial, da contribuição incidente na forma
guridade social as entidades beneficentes do inciso I, a, pela incidente sobre a recei-
de assistência social que atendam às exi- ta ou o faturamento. (Incluído pela Emenda
gências estabelecidas em lei. Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o Seção II


arrendatário rurais e o pescador artesanal, DA SAÚDE
bem como os respectivos cônjuges, que
exerçam suas atividades em regime de eco- Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do
nomia familiar, sem empregados permanen- Estado, garantido mediante políticas sociais e
tes, contribuirão para a seguridade social econômicas que visem à redução do risco de
mediante a aplicação de uma alíquota sobre doença e de outros agravos e ao acesso univer-
o resultado da comercialização da produção sal e igualitário às ações e serviços para sua pro-
e farão jus aos benefícios nos termos da lei. moção, proteção e recuperação.
(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 20, de 1998) Art. 197. São de relevância pública as ações e
serviços de saúde, cabendo ao Poder Público
§ 9º As contribuições sociais previstas no dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamen-
inciso I do caput deste artigo poderão ter tação, fiscalização e controle, devendo sua exe-
alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, cução ser feita diretamente ou através de ter-
em razão da atividade econômica, da utili- ceiros e, também, por pessoa física ou jurídica
zação intensiva de mão-deobra, do porte de direito privado.
da empresa ou da condição estrutural do
mercado de trabalho. (Redação dada pela Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde
Emenda Constitucional nº 47, de 2005) integram uma rede regionalizada e hierarquiza-

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da e constituem um sistema único, organizado estabelecerá:(Incluído pela Emenda Consti-
de acordo com as seguintes diretrizes: tucional nº 29, de 2000)
I – descentralização, com direção única em I – os percentuais de que tratam os incisos
cada esfera de governo; II e III do § 2º; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 86, de 2015)
II – atendimento integral, com prioridade
para as atividades preventivas, sem prejuízo II – os critérios de rateio dos recursos da
dos serviços assistenciais; União vinculados à saúde destinados aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
III – participação da comunidade. e dos Estados destinados a seus respectivos
§ 1º O sistema único de saúde será financia- Municípios, objetivando a progressiva re-
do, nos termos do art. 195, com recursos do dução das disparidades regionais; (Incluído
orçamento da seguridade social, da União, pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu- III – as normas de fiscalização, avaliação e
nicípios, além de outras fontes. (Parágrafo controle das despesas com saúde nas esfe-
único renumerado para § 1º pela Emenda ras federal, estadual, distrital e municipal;
Constitucional nº 29, de 2000) (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29,
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal de 2000)
e os Municípios aplicarão, anualmente, em IV – (revogado). (Redação dada pela Emen-
ações e serviços públicos de saúde recursos da Constitucional nº 86, de 2015)
mínimos derivados da aplicação de percen-
tuais calculados sobre: (Incluído pela Emen- § 4º Os gestores locais do sistema único
da Constitucional nº 29, de 2000) de saúde poderão admitir agentes comu-
nitários de saúde e agentes de combate às
I – no caso da União, a receita corrente lí- endemias por meio de processo seletivo
quida do respectivo exercício financeiro, público, de acordo com a natureza e com-
não podendo ser inferior a 15% (quinze por plexidade de suas atribuições e requisitos
cento); (Redação dada pela Emenda Consti- específicos para sua atuação. (Incluído pela
tucional nº 86, de 2015) Emenda Constitucional nº 51, de 2006)
II – no caso dos Estados e do Distrito Fede- § 5º Lei federal disporá sobre o regime ju-
ral, o produto da arrecadação dos impostos rídico, o piso salarial profissional nacional,
a que se refere o art. 155 e dos recursos de as diretrizes para os Planos de Carreira e a
que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alí- regulamentação das atividades de agente
nea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que comunitário de saúde e agente de comba-
forem transferidas aos respectivos Municí- te às endemias, competindo à União, nos
pios; (Incluído pela Emenda Constitucional termos da lei, prestar assistência financeira
nº 29, de 2000) complementar aos Estados, ao Distrito Fe-
III – no caso dos Municípios e do Distrito Fe- deral e aos Municípios, para o cumprimen-
deral, o produto da arrecadação dos impos- to do referido piso salarial. (Redação dada
tos a que se refere o art. 156 e dos recursos pela Emenda Constitucional nº 63, de 2010)
de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, Regulamento
alínea b e § 3º. (Incluído pela Emenda Cons- § 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do
titucional nº 29, de 2000) art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição
§ 3º Lei complementar, que será rea- Federal, o servidor que exerça funções equi-
valiada pelo menos a cada cinco anos, valentes às de agente comunitário de saú-
de ou de agente de combate às endemias

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poderá perder o cargo em caso de descum- V – incrementar, em sua área de atuação,


primento dos requisitos específicos, fixados o desenvolvimento científico e tecnológico
em lei, para o seu exercício. (Incluído pela e a inovação; (Redação dada pela Emenda
Emenda Constitucional nº 51, de 2006) Constitucional nº 85, de 2015)
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa VI – fiscalizar e inspecionar alimentos, com-
privada. preendido o controle de seu teor nutricio-
nal, bem como bebidas e águas para consu-
§ 1º As instituições privadas poderão par- mo humano;
ticipar de forma complementar do sistema
único de saúde, segundo diretrizes deste, VII – participar do controle e fiscalização da
mediante contrato de direito público ou produção, transporte, guarda e utilização
convênio, tendo preferência as entidades fi- de substâncias e produtos psicoativos, tóxi-
lantrópicas e as sem fins lucrativos. cos e radioativos;
§ 2º É vedada a destinação de recursos pú- VIII – colaborar na proteção do meio am-
blicos para auxílios ou subvenções às insti- biente, nele compreendido o do trabalho.
tuições privadas com fins lucrativos.
Seção III
§ 3º É vedada a participação direta ou indi- DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
reta de empresas ou capitais estrangeiros
na assistência à saúde no País, salvo nos ca- Art. 201. A previdência social será organizada
sos previstos em lei. sob a forma de regime geral, de caráter con-
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os re- tributivo e de filiação obrigatória, observados
quisitos que facilitem a remoção de órgãos, critérios que preservem o equilíbrio financeiro
tecidos e substâncias humanas para fins de e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Re-
transplante, pesquisa e tratamento, bem dação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
como a coleta, processamento e transfusão de 1998)
de sangue e seus derivados, sendo vedado I – cobertura dos eventos de doença, inva-
todo tipo de comercialização. lidez, morte e idade avançada; (Redação
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
além de outras atribuições, nos termos da lei: 1998)

I – controlar e fiscalizar procedimentos, II – proteção à maternidade, especialmen-


produtos e substâncias de interesse para a te à gestante; (Redação dada pela Emenda
saúde e participar da produção de medica- Constitucional nº 20, de 1998)
mentos, equipamentos, imunobiológicos, III – proteção ao trabalhador em situação de
hemoderivados e outros insumos; desemprego involuntário; (Redação dada
II – executar as ações de vigilância sanitária pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
e epidemiológica, bem como as de saúde IV – salário-família e auxílio-reclusão para
do trabalhador; os dependentes dos segurados de baixa
III – ordenar a formação de recursos huma- renda; (Redação dada pela Emenda Consti-
nos na área de saúde; tucional nº 20, de 1998)

IV – participar da formulação da política e V – pensão por morte do segurado, homem


da execução das ações de saneamento bá- ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e
sico; dependentes, observado o disposto no § 2º.
(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 20, de 1998)

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§ 1º É vedada a adoção de requisitos e cri- mulher; (Incluído dada pela Emenda Consti-
térios diferenciados para a concessão de tucional nº 20, de 1998)
aposentadoria aos beneficiários do regime
geral de previdência social, ressalvados os II – sessenta e cinco anos de idade, se ho-
casos de atividades exercidas sob condições mem, e sessenta anos de idade, se mulher,
especiais que prejudiquem a saúde ou a in- reduzido em cinco anos o limite para os
tegridade física e quando se tratar de segu- trabalhadores rurais de ambos os sexos e
rados portadores de deficiência, nos termos para os que exerçam suas atividades em re-
definidos em lei complementar. (Redação gime de economia familiar, nestes incluídos
dada pela Emenda Constitucional nº 47, de o produtor rural, o garimpeiro e o pesca-
2005) dor artesanal. (Incluído dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
§ 2º Nenhum benefício que substitua o sa-
lário de contribuição ou o rendimento do § 8º Os requisitos a que se refere o inciso
trabalho do segurado terá valor mensal in- I do parágrafo anterior serão reduzidos em
ferior ao salário mínimo. (Redação dada cinco anos, para o professor que comprove
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) exclusivamente tempo de efetivo exercí-
cio das funções de magistério na educação
§ 3º Todos os salários de contribuição con- infantil e no ensino fundamental e médio.
siderados para o cálculo de benefício serão (Redação dada pela Emenda Constitucional
devidamente atualizados, na forma da lei. nº 20, de 1998)
(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 20, de 1998) § 9º Para efeito de aposentadoria, é asse-
gurada a contagem recíproca do tempo de
§ 4º É assegurado o reajustamento dos be- contribuição na administração pública e na
nefícios para preservar-lhes, em caráter atividade privada, rural e urbana, hipótese
permanente, o valor real, conforme crité- em que os diversos regimes de previdência
rios definidos em lei. (Redação dada pela social se compensarão financeiramente, se-
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) gundo critérios estabelecidos em lei. (Inclu-
ído dada pela Emenda Constitucional nº 20,
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de de 1998)
previdência social, na qualidade de segura-
do facultativo, de pessoa participante de re- § 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de
gime próprio de previdência. (Redação dada acidente do trabalho, a ser atendida con-
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) correntemente pelo regime geral de previ-
dência social e pelo setor privado. (Incluído
§ 6º A gratificação natalina dos aposentados dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
e pensionistas terá por base o valor dos pro- 1998)
ventos do mês de dezembro de cada ano.
(Redação dada pela Emenda Constitucional § 11. Os ganhos habituais do empregado, a
nº 20, de 1998) qualquer título, serão incorporados ao salá-
rio para efeito de contribuição previdenciá-
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime ria e consequente repercussão em benefí-
geral de previdência social, nos termos da cios, nos casos e na forma da lei. (Incluído
lei, obedecidas as seguintes condições: (Re- dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
dação dada pela Emenda Constitucional nº 1998)
20, de 1998)
§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de
I – trinta e cinco anos de contribuição, se inclusão previdenciária para atender a tra-
homem, e trinta anos de contribuição, se balhadores de baixa renda e àqueles sem
renda própria que se dediquem exclusiva-

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mente ao trabalho doméstico no âmbito ceder a do segurado. (Incluído pela Emenda


de sua residência, desde que pertencentes Constitucional nº 20, de 1998)
a famílias de baixa renda, garantindo-lhes
acesso a benefícios de valor igual a um sa- § 4º Lei complementar disciplinará a rela-
lário-mínimo. (Redação dada pela Emenda ção entre a União, Estados, Distrito Federal
Constitucional nº 47, de 2005) ou Municípios, inclusive suas autarquias,
fundações, sociedades de economia mista
§ 13. O sistema especial de inclusão previ- e empresas controladas direta ou indire-
denciária de que trata o § 12 deste artigo tamente, enquanto patrocinadoras de en-
terá alíquotas e carências inferiores às vi- tidades fechadas de previdência privada,
gentes para os demais segurados do regime e suas respectivas entidades fechadas de
geral de previdência social. (Incluído pela previdência privada. (Incluído pela Emenda
Emenda Constitucional nº 47, de 2005 Constitucional nº 20, de 1998)
Art. 202. O regime de previdência privada, de § 5º A lei complementar de que trata o pa-
caráter complementar e organizado de forma rágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber,
autônoma em relação ao regime geral de previ- às empresas privadas permissionárias ou
dência social, será facultativo, baseado na cons- concessionárias de prestação de serviços
tituição de reservas que garantam o benefício públicos, quando patrocinadoras de enti-
contratado, e regulado por lei complementar. dades fechadas de previdência privada. (In-
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº cluído pela Emenda Constitucional nº 20, de
20, de 1998) 1998)
§ 1º A lei complementar de que trata este § 6º A lei complementar a que se refere o
artigo assegurará ao participante de planos § 4º deste artigo estabelecerá os requisitos
de benefícios de entidades de previdência para a designação dos membros das direto-
privada o pleno acesso às informações re- rias das entidades fechadas de previdência
lativas à gestão de seus respectivos planos. privada e disciplinará a inserção dos parti-
(Redação dada pela Emenda Constitucional cipantes nos colegiados e instâncias de de-
nº 20, de 1998) cisão em que seus interesses sejam objeto
de discussão e deliberação. (Incluído pela
§ 2º As contribuições do empregador, os be- Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
nefícios e as condições contratuais previstas
nos estatutos, regulamentos e planos de Seção IV
benefícios das entidades de previdência pri- DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
vada não integram o contrato de trabalho
dos participantes, assim como, à exceção Art. 203. A assistência social será prestada a
dos benefícios concedidos, não integram a quem dela necessitar, independentemente de
remuneração dos participantes, nos termos contribuição à seguridade social, e tem por ob-
da lei. (Redação dada pela Emenda Consti- jetivos:
tucional nº 20, de 1998)
I – a proteção à família, à maternidade, à in-
§ 3º É vedado o aporte de recursos a enti- fância, à adolescência e à velhice;
dade de previdência privada pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, suas II – o amparo às crianças e adolescentes ca-
autarquias, fundações, empresas públicas, rentes;
sociedades de economia mista e outras en-
III – a promoção da integração ao mercado
tidades públicas, salvo na qualidade de pa-
de trabalho;
trocinador, situação na qual, em hipótese
alguma, sua contribuição normal poderá ex-

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IV – a habilitação e reabilitação das pessoas II – participação da população, por meio de
portadoras de deficiência e a promoção de organizações representativas, na formula-
sua integração à vida comunitária; ção das políticas e no controle das ações em
todos os níveis.
V – a garantia de um salário mínimo de be-
nefício mensal à pessoa portadora de defi- Parágrafo único. É facultado aos Estados e
ciência e ao idoso que comprovem não pos- ao Distrito Federal vincular a programa de
suir meios de prover à própria manutenção apoio à inclusão e promoção social até cinco
ou de tê-la provida por sua família, confor- décimos por cento de sua receita tributária
me dispuser a lei. líquida, vedada a aplicação desses recursos
no pagamento de:(Incluído pela Emenda
Art. 204. As ações governamentais na área da Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
assistência social serão realizadas com recursos
do orçamento da seguridade social, previstos no I – despesas com pessoal e encargos sociais;
art. 195, além de outras fontes, e organizadas (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42,
com base nas seguintes diretrizes: de 19.12.2003)
I – descentralização político-administrativa, II – serviço da dívida; (Incluído pela Emenda
cabendo a coordenação e as normas gerais Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
à esfera federal e a coordenação e a execu-
ção dos respectivos programas às esferas III – qualquer outra despesa corrente não
estadual e municipal, bem como a entida- vinculada diretamente aos investimentos
des beneficentes e de assistência social; ou ações apoiados. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991.

Dispõe sobre a organização da Seguridade So- poderes públicos e da sociedade, destinado a


cial, institui Plano de Custeio, e dá outras pro- assegurar o direito relativo à saúde, à previdên-
vidências. cia e à assistência social.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Parágrafo único. A Seguridade Social obe-
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se- decerá aos seguintes princípios e diretrizes:
guinte Lei:
a) universalidade da cobertura e do atendi-
LEI ORGÂNICA DA mento;
SEGURIDADE SOCIAL b) uniformidade e equivalência dos benefí-
cios e serviços às populações urbanas e ru-
rais;
TÍTULO I c) seletividade e distributividade na presta-
ção dos benefícios e serviços;
Conceituação e Princípios
Constitucionais d) irredutibilidade do valor dos benefícios;

Art. 1º A Seguridade Social compreende um e) equidade na forma de participação no


conjunto integrado de ações de iniciativa dos custeio;

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f) diversidade da base de financiamento; de manutenção, por motivo de incapacidade,


idade avançada, tempo de serviço, desemprego
g) caráter democrático e descentralizado da involuntário, encargos de família e reclusão ou
gestão administrativa com a participação da morte daqueles de quem dependiam economi-
comunidade, em especial de trabalhadores, camente.
empresários e aposentados.
Parágrafo único. A organização da Previ-
dência Social obedecerá aos seguintes prin-
TÍTULO II cípios e diretrizes:
a) universalidade de participação nos pla-
Da Saúde nos previdenciários, mediante contribuição;
Art. 2º A Saúde é direito de todos e dever do b) valor da renda mensal dos benefícios,
Estado, garantido mediante políticas sociais e substitutos do salário-de-contribuição ou
econômicas que visem à redução do risco de do rendimento do trabalho do segurado,
doença e de outros agravos e ao acesso univer- não inferior ao do salário mínimo;
sal e igualitário às ações e serviços para sua pro-
moção, proteção e recuperação. c) cálculo dos benefícios considerando-se os
salários-de-contribuição, corrigidos mone-
Parágrafo único. As atividades de saúde tariamente;
são de relevância pública e sua organização
obedecerá aos seguintes princípios e dire- d) preservação do valor real dos benefícios;
trizes: e) previdência complementar facultativa,
a) acesso universal e igualitário; custeada por contribuição adicional.

b) provimento das ações e serviços através


de rede regionalizada e hierarquizada, inte- TÍTULO IV
grados em sistema único;
c) descentralização, com direção única em Da Assistência Social
cada esfera de governo;
Art. 4º A Assistência Social é a política social
d) atendimento integral, com prioridade que provê o atendimento das necessidades bá-
para as atividades preventivas; sicas, traduzidas em proteção à família, à mater-
nidade, à infância, à adolescência, à velhice e à
e) participação da comunidade na gestão, pessoa portadora de deficiência, independente-
fiscalização e acompanhamento das ações e mente de contribuição à Seguridade Social.
serviços de saúde;
Parágrafo único. A organização da Assistên-
f) participação da iniciativa privada na as- cia Social obedecerá às seguintes diretrizes:
sistência à saúde, obedecidos os preceitos
constitucionais. a) descentralização político-administrativa;
b) participação da população na formulação
e controle das ações em todos os níveis.
TÍTULO III

Da Previdência Social
Art. 3º A Previdência Social tem por fim assegu-
rar aos seus beneficiários meios indispensáveis

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TÍTULO V III – receitas de outras fontes.
Parágrafo único. Constituem contribuições
Da Organização da Seguridade Social sociais:
Art. 5º As ações nas áreas de Saúde, Previdência a) as das empresas, incidentes sobre a re-
Social e Assistência Social, conforme o disposto muneração paga ou creditada aos segura-
no Capítulo II do Título VIII da Constituição Fe- dos a seu serviço; (Vide art. 104 da lei nº
deral, serão organizadas em Sistema Nacional 11.196, de 2005)
de Seguridade Social, na forma desta Lei.
b) as dos empregadores domésticos;
Art. 6º (Revogado pela Medida Provisória nº
2.216-37, de 2001). c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o
seu salário-de-contribuição; (Vide art. 104
Art. 7º (Revogado pela Medida Provisória nº da lei nº 11.196, de 2005)
2.216-37, de 2001).
d) as das empresas, incidentes sobre fatura-
Art. 8º As propostas orçamentárias anuais ou mento e lucro;
plurianuais da Seguridade Social serão elabora-
das por Comissão integrada por 3 (três) repre- e) as incidentes sobre a receita de concur-
sentantes, sendo 1 (um) da área da saúde, 1 sos de prognósticos.
(um) da área da previdência social e 1 (um) da
área de assistência social.
Art. 9º As áreas de Saúde, Previdência Social e CAPÍTULO I
Assistência Social são objeto de leis específicas, DOS CONTRIBUINTES
que regulamentarão sua organização e funcio-
namento. Seção I
DOS SEGURADOS
TÍTULO VI Art. 12. São segurados obrigatórios da Previ-
dência Social as seguintes pessoas físicas:
Do Financiamento da
Seguridade Social I – como empregado:
a) aquele que presta serviço de natureza
INTRODUÇÃO urbana ou rural à empresa, em caráter não
eventual, sob sua subordinação e mediante
Art. 10. A Seguridade Social será financiada por remuneração, inclusive como diretor em-
toda sociedade, de forma direta e indireta, nos pregado;
termos do art. 195 da Constituição Federal e
desta Lei, mediante recursos provenientes da b) aquele que, contratado por empresa de
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Mu- trabalho temporário, definida em legisla-
nicípios e de contribuições sociais. ção específica, presta serviço para atender
a necessidade transitória de substituição de
Art. 11. No âmbito federal, o orçamento da Se- pessoal regular e permanente ou a acrés-
guridade Social é composto das seguintes recei- cimo extraordinário de serviços de outras
tas: empresas;
I – receitas da União; c) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e
II – receitas das contribuições sociais; contratado no Brasil para trabalhar como

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empregado em sucursal ou agência de em- a pessoa ou família, no âmbito residencial


presa nacional no exterior; desta, em atividades sem fins lucrativos;
d) aquele que presta serviço no Brasil a mis- III – (Revogado pela Lei nº 9.876, de 1999).
são diplomática ou a repartição consular de
carreira estrangeira e a órgãos a ela subor- IV – (Revogado pela Lei nº 9.876, de 1999).
dinados, ou a membros dessas missões e V – como contribuinte individual: (Redação
repartições, excluídos o não-brasileiro sem dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
residência permanente no Brasil e o brasi-
leiro amparado pela legislação previdenciá- a) a pessoa física, proprietária ou não, que
ria do país da respectiva missão diplomática explora atividade agropecuária, a qualquer
ou repartição consular; título, em caráter permanente ou temporá-
rio, em área superior a 4 (quatro) módulos
e) o brasileiro civil que trabalha para a fiscais; ou, quando em área igual ou inferior
União, no exterior, em organismos oficiais a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade
brasileiros ou internacionais dos quais o pesqueira, com auxílio de empregados ou
Brasil seja membro efetivo, ainda que lá do- por intermédio de prepostos; ou ainda nas
miciliado e contratado, salvo se segurado na hipóteses dos §§ 10 e 11 deste artigo; (Re-
forma da legislação vigente do país do do- dação dada pela Lei nº 11.718, de 2008).
micílio;
b) a pessoa física, proprietária ou não, que
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e explora atividade de extração mineral – ga-
contratado no Brasil para trabalhar como rimpo, em caráter permanente ou tempo-
empregado em empresa domiciliada no ex- rário, diretamente ou por intermédio de
terior, cuja maioria do capital votante per- prepostos, com ou sem o auxílio de empre-
tença a empresa brasileira de capital nacio- gados, utilizados a qualquer título, ainda
nal; que de forma não contínua; (Redação dada
g) o servidor público ocupante de cargo em pela Lei nº 9.876, de 1999).
comissão, sem vínculo efetivo com a União, c) o ministro de confissão religiosa e o
Autarquias, inclusive em regime especial, e membro de instituto de vida consagrada, de
Fundações Públicas Federais; (Alínea acres- congregação ou de ordem religiosa; (Reda-
centada pela Lei nº 8.647, de 13.4.93) ção dada pela Lei nº 10.403, de 2002).
h) (Execução suspensa pela Resolução do d) revogada; (Redação dada pela Lei nº
Senado Federal nº 26, de 2005) 9.876, de 1999).
i) o empregado de organismo oficial inter- e) o brasileiro civil que trabalha no exterior
nacional ou estrangeiro em funcionamento para organismo oficial internacional do qual
no Brasil, salvo quando coberto por regime o Brasil é membro efetivo, ainda que lá do-
próprio de previdência social; (Incluído pela miciliado e contratado, salvo quando cober-
Lei nº 9.876, de 1999). to por regime próprio de previdência social;
j) o exercente de mandato eletivo federal, (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
estadual ou municipal, desde que não vin- f) o titular de firma individual urbana ou ru-
culado a regime próprio de previdência so- ral, o diretor não empregado e o membro
cial; (Incluído pela Lei nº 10.887, de 2004). de conselho de administração de socieda-
II – como empregado doméstico: aquele de anônima, o sócio solidário, o sócio de
que presta serviço de natureza contínua indústria, o sócio gerente e o sócio cotista
que recebam remuneração decorrente de
seu trabalho em empresa urbana ou rural,

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e o associado eleito para cargo de direção principal meio de vida; e (Incluído pela Lei
em cooperativa, associação ou entidade de nº 11.718, de 2008).
qualquer natureza ou finalidade, bem como
o síndico ou administrador eleito para exer- c) cônjuge ou companheiro, bem como fi-
cer atividade de direção condominial, desde lho maior de 16 (dezesseis) anos de idade
que recebam remuneração; (Incluído pela ou a este equiparado, do segurado de que
Lei nº 9.876, de 1999). tratam as alíneas a e b deste inciso, que,
comprovadamente, trabalhem com o gru-
g) quem presta serviço de natureza urba- po familiar respectivo. (Incluído pela Lei nº
na ou rural, em caráter eventual, a uma ou 11.718, de 2008).
mais empresas, sem relação de emprego;
(Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999). § 1º Entende-se como regime de econo-
mia familiar a atividade em que o trabalho
h) a pessoa física que exerce, por conta pró- dos membros da família é indispensável à
pria, atividade econômica de natureza ur- própria subsistência e ao desenvolvimento
bana, com fins lucrativos ou não; (Incluído socioeconômico do núcleo familiar e é exer-
pela Lei nº 9.876, de 1999). cido em condições de mútua dependência
e colaboração, sem a utilização de empre-
VI – como trabalhador avulso: quem presta, gados permanentes. (Redação dada pela Lei
a diversas empresas, sem vínculo emprega- nº 11.718, de 2008).
tício, serviços de natureza urbana ou rural
definidos no regulamento; § 2º Todo aquele que exercer, concomitan-
temente, mais de uma atividade remunera-
VII – como segurado especial: a pessoa físi- da sujeita ao Regime Geral de Previdência
ca residente no imóvel rural ou em aglome- Social é obrigatoriamente filiado em relação
rado urbano ou rural próximo a ele que, in- a cada uma delas.
dividualmente ou em regime de economia
familiar, ainda que com o auxílio eventual § 3º (Revogado): (Redação dada pela Lei nº
de terceiros a título de mútua colaboração, 11.718, de 2008).
na condição de: (Redação dada pela Lei nº
11.718, de 2008). I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº
11.718, de 2008).
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário,
possuidor, assentado, parceiro ou meeiro II – (revogado). (Redação dada pela Lei nº
outorgados, comodatário ou arrendatário 11.718, de 2008).
rurais, que explore atividade: (Incluído pela § 4º O aposentado pelo Regime Geral de
Lei nº 11.718, de 2008). Previdência Social-RGPS que estiver exer-
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) cendo ou que voltar a exercer atividade
módulos fiscais; ou (Incluído pela Lei nº abrangida por este Regime é segurado
11.718, de 2008). obrigatório em relação a essa atividade, fi-
cando sujeito às contribuições de que trata
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que esta Lei, para fins de custeio da Seguridade
exerça suas atividades nos termos do inciso Social. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº
XII do caput do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18 9.032, de 28.4.95).
de julho de 2000, e faça dessas atividades o
principal meio de vida; (Incluído pela Lei nº § 5º O dirigente sindical mantém, durante
11.718, de 2008). o exercício do mandato eletivo, o mesmo
enquadramento no Regime Geral de Previ-
b) pescador artesanal ou a este assemelha- dência Social-RGPS de antes da investidura.
do, que faça da pesca profissão habitual ou

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(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, III – a participação em plano de previdên-


de 10.12.97) cia complementar instituído por entidade
classista a que seja associado, em razão da
§ 6º Aplica-se o disposto na alínea g do in- condição de trabalhador rural ou de produ-
ciso I do caput ao ocupante de cargo de tor rural em regime de economia familiar;
Ministro de Estado, de Secretário Estadual, (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
Distrital ou Municipal, sem vínculo efeti-
vo com a União, Estados, Distrito Federal e IV – ser beneficiário ou fazer parte de gru-
Municípios, suas autarquias, ainda que em po familiar que tem algum componente
regime especial, e fundações. (Incluído pela que seja beneficiário de programa assisten-
Lei nº 9.876, de 1999). cial oficial de governo; (Incluído pela Lei nº
11.718, de 2008).
§ 7º Para serem considerados segurados es-
peciais, o cônjuge ou companheiro e os fi- V – a utilização pelo próprio grupo familiar,
lhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou os a na exploração da atividade, de processo de
estes equiparados deverão ter participação beneficiamento ou industrialização artesa-
ativa nas atividades rurais do grupo familiar. nal, na forma do § 11 do art. 25 desta Lei; e
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
§ 8º O grupo familiar poderá utilizar-se de VI – a associação em cooperativa agropecu-
empregados contratados por prazo deter- ária; e (Redação dada pela Lei nº 12.873, de
minado ou trabalhador de que trata a alínea 2013)
g do inciso V do caput deste artigo, à razão
de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas VII – a incidência do Imposto Sobre Produ-
por dia no ano civil, em períodos corridos tos Industrializados – IPI sobre o produto
ou intercalados ou, ainda, por tempo equi- das atividades desenvolvidas nos termos
valente em horas de trabalho, não sendo do § 14 deste artigo. (Incluído pela Lei nº
computado nesse prazo o período de afas- 12.873, de 2013) (Produção de efeito)
tamento em decorrência da percepção de § 10. Não é segurado especial o membro de
auxílio-doença. (Redação dada pela Lei nº grupo familiar que possuir outra fonte de
12.873, de 2013) rendimento, exceto se decorrente de: (In-
§ 9º Não descaracteriza a condição de segu- cluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
rado especial: (Incluído pela Lei nº 11.718, I – benefício de pensão por morte, auxílio-
de 2008). -acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não
I – a outorga, por meio de contrato escrito supere o do menor benefício de prestação
de parceria, meação ou comodato, de até continuada da Previdência Social; (Incluído
50% (cinquenta por cento) de imóvel rural pela Lei nº 11.718, de 2008).
cuja área total não seja superior a 4 (qua- II – benefício previdenciário pela participa-
tro) módulos fiscais, desde que outorgante ção em plano de previdência complementar
e outorgado continuem a exercer a respec- instituído nos termos do inciso IV do § 9º
tiva atividade, individualmente ou em regi- deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.718, de
me de economia familiar; (Incluído pela Lei 2008).
nº 11.718, de 2008).
III – exercício de atividade remunerada em
II – a exploração da atividade turística da período não superior a 120 (cento e vinte)
propriedade rural, inclusive com hospeda- dias, corridos ou intercalados, no ano civil,
gem, por não mais de 120 (cento e vinte) observado o disposto no § 13 deste artigo;
dias ao ano; (Incluído pela Lei nº 11.718, de (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
2008).

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IV – exercício de mandato eletivo de § 14 deste artigo, sem prejuízo do disposto
dirigente sindical de organização da no art. 15 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de
categoria de trabalhadores rurais; (Incluído 1991; (Redação dada pela Lei nº 12.873, de
pela Lei nº 11.718, de 2008). 2013)
V – exercício de mandato de vereador do c) tornar-se segurado obrigatório de outro
município onde desenvolve a atividade ru- regime previdenciário; e (Redação dada
ral, ou de dirigente de cooperativa rural pela Lei nº 12.873, de 2013)
constituída exclusivamente por segurados
especiais, observado o disposto no § 13 d) participar de sociedade empresária, de
deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.718, de sociedade simples, como empresário indivi-
2008). dual ou como titular de empresa individual
de responsabilidade limitada em desacordo
VI – parceria ou meação outorgada na for- com as limitações impostas pelo § 14 des-
ma e condições estabelecidas no inciso I te artigo; (Incluído pela Lei nº 12.873, de
do § 9º deste artigo; (Incluído pela Lei nº 2013) (Produção de efeito)
11.718, de 2008).
II – a contar do primeiro dia do mês subse-
VII – atividade artesanal desenvolvida com quente ao da ocorrência, quando o grupo
matéria-prima produzida pelo respectivo familiar a que pertence exceder o limite de:
grupo familiar, podendo ser utilizada maté- (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
ria-prima de outra origem, desde que a ren-
da mensal obtida na atividade não exceda a) utilização de trabalhadores nos termos
ao menor benefício de prestação continua- do § 8º deste artigo; (Incluído pela Lei nº
da da Previdência Social; e (Incluído pela Lei 11.718, de 2008).
nº 11.718, de 2008). b) dias em atividade remunerada estabele-
VIII – atividade artística, desde que em va- cidos no inciso III do § 10 deste artigo; e (In-
lor mensal inferior ao menor benefício de cluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
prestação continuada da Previdência Social. c) dias de hospedagem a que se refere o in-
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). ciso II do § 9º deste artigo. (Incluído pela Lei
§ 11. O segurado especial fica excluído des- nº 11.718, de 2008).
sa categoria: (Incluído pela Lei nº 11.718, de § 12. Aplica-se o disposto na alínea a do in-
2008). ciso V do caput deste artigo ao cônjuge ou
I – a contar do primeiro dia do mês em que: companheiro do produtor que participe da
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). atividade rural por este explorada. (Incluído
pela Lei nº 11.718, de 2008).
a) deixar de satisfazer as condições estabe-
lecidas no inciso VII do caput deste artigo, § 13. O disposto nos incisos III e V do § 10
sem prejuízo do disposto no art. 15 da Lei e no § 14 deste artigo não dispensa o reco-
nº 8.213, de 24 de julho de 1991, ou exce- lhimento da contribuição devida em relação
der qualquer dos limites estabelecidos no ao exercício das atividades de que tratam os
inciso I do § 9º deste artigo; (Incluído pela referidos dispositivos. (Redação dada pela
Lei nº 11.718, de 2008). Lei nº 12.873, de 2013)

b) enquadrar-se em qualquer outra catego- § 14. A participação do segurado especial


ria de segurado obrigatório do Regime Ge- em sociedade empresária, em sociedade
ral de Previdência Social, ressalvado o dis- simples, como empresário individual ou
posto nos incisos III, V, VII e VIII do § 10 e no como titular de empresa individual de res-
ponsabilidade limitada de objeto ou âmbi-

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to agrícola, agroindustrial ou agroturístico, Seção II


considerada microempresa nos termos da DA EMPRESA E DO
Lei Complementar no 123, de 14 de dezem-
bro de 2006, não o exclui de tal categoria EMPREGADOR DOMÉSTICO
previdenciária, desde que, mantido o exer- Art. 15. Considera-se:
cício da sua atividade rural na forma do in-
ciso VII do caput e do § 1º, a pessoa jurídica I – empresa – a firma individual ou socie-
componha-se apenas de segurados de igual dade que assume o risco de atividade eco-
natureza e sedie-se no mesmo Município ou nômica urbana ou rural, com fins lucrativos
em Município limítrofe àquele em que eles ou não, bem como os órgãos e entidades da
desenvolvam suas atividades. (Incluído pela administração pública direta, indireta e fun-
Lei nº 12.873, de 2013) (Produção de efeito) dacional;
§ 15. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.873, II – empregador doméstico – a pessoa ou fa-
de 2013) (Produção de efeito) mília que admite a seu serviço, sem finalida-
de lucrativa, empregado doméstico.
Art. 13. O servidor civil ocupante de cargo efeti-
vo ou o militar da União, dos Estados, do Distri- Parágrafo único. Equipara-se a empresa,
to Federal ou dos Municípios, bem como o das para os efeitos desta Lei, o contribuinte
respectivas autarquias e fundações, são excluí- individual em relação a segurado que lhe
dos do Regime Geral de Previdência Social con- presta serviço, bem como a cooperativa, a
substanciado nesta Lei, desde que amparados associação ou entidade de qualquer natu-
por regime próprio de previdência social. (Reda- reza ou finalidade, a missão diplomática e a
ção dada pela Lei nº 9.876, de 1999). repartição consular de carreira estrangeiras.
(Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
§ 1º Caso o servidor ou o militar venham a
exercer, concomitantemente, uma ou mais
atividades abrangidas pelo Regime Geral de
Previdência Social, tornar-se-ão segurados CAPÍTULO II
obrigatórios em relação a essas atividades.
DA CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO
(Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999).
§ 2º Caso o servidor ou o militar, ampara- Art. 16. A contribuição da União é constituída
dos por regime próprio de previdência so- de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fi-
cial, sejam requisitados para outro órgão xados obrigatoriamente na lei orçamentária
ou entidade cujo regime previdenciário não anual.
permita a filiação nessa condição, permane- Parágrafo único. A União é responsável pela
cerão vinculados ao regime de origem, obe- cobertura de eventuais insuficiências finan-
decidas as regras que cada ente estabeleça ceiras da Seguridade Social, quando decor-
acerca de sua contribuição. (Incluído pela rentes do pagamento de benefícios de pres-
Lei nº 9.876, de 1999). tação continuada da Previdência Social, na
Art. 14. É segurado facultativo o maior de 14 forma da Lei Orçamentária Anual.
(quatorze) anos de idade que se filiar ao Regime Art. 17. Para pagamento dos encargos previden-
Geral de Previdência Social, mediante contribui- ciários da União, poderão contribuir os recursos
ção, na forma do art. 21, desde que não incluído da Seguridade Social referidos na alínea "d" do
nas disposições do art. 12. parágrafo único do art. 11 desta Lei, na forma
da Lei Orçamentária anual, assegurada a des-
tinação de recursos para as ações desta Lei de

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Saúde e Assistência Social. (Redação dada pela alíquota sobre o seu salário-de-contribuição
Lei nº 9.711, de 1998). mensal, de forma não cumulativa, observado
o disposto no art. 28, de acordo com a seguin-
Art. 18. Os recursos da Seguridade Social referi- te tabela: (Redação dada pela Lei nº 9.032, de
dos nas alíneas "a", "b", "c" e "d" do parágrafo 28.4.95). (Vide Lei Complementar nº 150, de
único do art. 11 desta Lei poderão contribuir, a 2015)
partir do exercício de 1992, para o financiamen-
to das despesas com pessoal e administração Salário-de-contribuição Alíquota em %
geral apenas do Instituto Nacional do Seguro
Social-INSS, do Instituto Nacional de Assistência até 249,80 8,00
Médica da Previdência Social-INAMPS, da Fun- de 249,81 até 416,33 9,00
dação Legião Brasileira de Assistência-LBA e da
de 416,34 até 832,66 11,00
Fundação Centro Brasileira para Infância e Ado-
lescência.
(Valores e alíquotas dados pela Lei nº 9.129,
Art. 19. O Tesouro Nacional repassará men- de 20.11.95)
salmente recursos referentes às contribuições
mencionadas nas alíneas "d" e "e" do parágrafo § 1º Os valores do salário-de-contribuição
único do art. 11 desta Lei, destinados à execu- serão reajustados, a partir da data de en-
ção do Orçamento da Seguridade Social. (Reda- trada em vigor desta Lei, na mesma época
ção dada pela Lei nº 9.711, de 1998). e com os mesmos índices que os do reajus-
tamento dos benefícios de prestação conti-
§ 1º Decorridos os prazos referidos no caput nuada da Previdência Social.(Redação dada
deste artigo, as dotações a serem repassa- pela Lei nº 8.620, de 5.1.93)
das sujeitar-se-ão a atualização monetária
segundo os mesmos índices utilizados para § 2º O disposto neste artigo aplica-se tam-
efeito de correção dos tributos da União. bém aos segurados empregados e trabalha-
dores avulsos que prestem serviços a micro-
§ 2º Os recursos oriundos da majoração empresas. (Parágrafo acrescentado pela Lei
das contribuições previstas nesta Lei ou da nº 8.620, de 5.1.93)
criação de novas contribuições destinadas à
Seguridade Social somente poderão ser uti- Seção II
lizados para atender as ações nas áreas de DA CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS
saúde, previdência e assistência social. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
E FACULTATIVO
(Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
CAPÍTULO III
DA CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO Art. 21. A alíquota de contribuição dos segura-
dos contribuinte individual e facultativo será de
Seção I vinte por cento sobre o respectivo salário-de-
DA CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS -contribuição. (Redação dada pela Lei nº 9.876,
de 1999).
EMPREGADO, EMPREGADO
DOMÉSTICO E TRABALHADOR I – revogado; (Redação dada pela Lei nº
AVULSO 9.876, de 1999).
II – revogado. (Redação dada pela Lei nº
Art. 20. A contribuição do empregado, inclusive 9.876, de 1999).
o doméstico, e a do trabalhador avulso é calcu-
lada mediante a aplicação da correspondente

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§ 1º Os valores do salário-de-contribuição mínimo mensal do salário-de-contribuição


serão reajustados, a partir da data de en- em vigor na competência a ser complemen-
trada em vigor desta Lei , na mesma época tada, da diferença entre o percentual pago
e com os mesmos índices que os do reajus- e o de 20% (vinte por cento), acrescido dos
tamento dos benefícios de prestação conti- juros moratórios de que trata o § 3º do art.
nuada da Previdência Social. (Redação dada 5º da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de
pela Lei nº 9.711, de 1998). (Renumerado 1996. (Redação dada pela Lei nº 12.470, de
pela Lei Complementar nº 123, de 2006). 2011) (Produção de efeito)
§ 2º No caso de opção pela exclusão do di- § 4º Considera-se de baixa renda, para os
reito ao benefício de aposentadoria por fins do disposto na alínea b do inciso II do §
tempo de contribuição, a alíquota de con- 2º deste artigo, a família inscrita no Cadas-
tribuição incidente sobre o limite mínimo tro Único para Programas Sociais do Gover-
mensal do salário de contribuição será de: no Federal – CadÚnico cuja renda mensal
(Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011) seja de até 2 (dois) salários mínimos. (Reda-
ção dada pela Lei nº 12.470, de 2011)
I – 11% (onze por cento), no caso do segu-
rado contribuinte individual, ressalvado o § 5º A contribuição complementar a que
disposto no inciso II, que trabalhe por conta se refere o § 3º deste artigo será exigida a
própria, sem relação de trabalho com em- qualquer tempo, sob pena de indeferimen-
presa ou equiparado e do segurado facul- to do benefício. (Incluído pela Lei nº 12.507,
tativo, observado o disposto na alínea b do de 2011)
inciso II deste parágrafo; (Incluído pela Lei
nº 12.470, de 2011)
II – 5% (cinco por cento): (Incluído pela Lei CAPÍTULO IV
nº 12.470, de 2011)
DA CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
a) no caso do microempreendedor indivi-
dual, de que trata o art. 18-A da Lei Com- Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, des-
plementar no 123, de 14 de dezembro de tinada à Seguridade Social, além do disposto no
2006; e (Incluído pela Lei nº 12.470, de art. 23, é de: 6
2011) (Produção de efeito) I – vinte por cento sobre o total das remu-
b) do segurado facultativo sem renda pró- nerações pagas, devidas ou creditadas a
pria que se dedique exclusivamente ao qualquer título, durante o mês, aos segu-
trabalho doméstico no âmbito de sua resi- rados empregados e trabalhadores avulsos
dência, desde que pertencente a família de que lhe prestem serviços, destinadas a re-
baixa renda. (Incluído pela Lei nº 12.470, de tribuir o trabalho, qualquer que seja a sua
2011) forma, inclusive as gorjetas, os ganhos ha-
bituais sob a forma de utilidades e os adian-
§ 3º O segurado que tenha contribuído na tamentos decorrentes de reajuste salarial,
forma do § 2º deste artigo e pretenda con- quer pelos serviços efetivamente prestados,
tar o tempo de contribuição corresponden- quer pelo tempo à disposição do emprega-
te para fins de obtenção da aposentadoria dor ou tomador de serviços, nos termos da
por tempo de contribuição ou da contagem lei ou do contrato ou, ainda, de convenção
recíproca do tempo de contribuição a que ou acordo coletivo de trabalho ou sentença
se refere o art. 94 da Lei nº 8.213, de 24 normativa. (Redação dada pela Lei nº 9.876,
de julho de 1991, deverá complementar a de 1999). (Vide Medida Provisória nº 680,
contribuição mensal mediante recolhimen- de 2015) Vigência
to, sobre o valor correspondente ao limite

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II – para o financiamento do benefício pre- vírgula cinco por cento sobre a base de cál-
visto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de culo definida nos incisos I e III deste artigo.
24 de julho de 1991, e daqueles concedi- (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
dos em razão do grau de incidência de in- (Vide Medida Provisória nº 2.158-35, de
capacidade laborativa decorrente dos riscos 2001).
ambientais do trabalho, sobre o total das
remunerações pagas ou creditadas, no de- § 2º Não integram a remuneração as parce-
correr do mês, aos segurados empregados e las de que trata o § 9º do art. 28.
trabalhadores avulsos: (Redação dada pela § 3º O Ministério do Trabalho e da Previ-
Lei nº 9.732, de 1998). dência Social poderá alterar, com base nas
a) 1% (um por cento) para as empresas em estatísticas de acidentes do trabalho, apu-
cuja atividade preponderante o risco de aci- radas em inspeção, o enquadramento de
dentes do trabalho seja considerado leve; empresas para efeito da contribuição a que
se refere o inciso II deste artigo, a fim de es-
b) 2% (dois por cento) para as empresas timular investimentos em prevenção de aci-
em cuja atividade preponderante esse risco dentes.
seja considerado médio;
§ 4º O Poder Executivo estabelecerá, na for-
c) 3% (três por cento) para as empresas em ma da lei, ouvido o Conselho Nacional da
cuja atividade preponderante esse risco Seguridade Social, mecanismos de estímulo
seja considerado grave. às empresas que se utilizem de empregados
portadores de deficiências física, sensorial
III – vinte por cento sobre o total das remu- e/ou mental com desvio do padrão médio.
nerações pagas ou creditadas a qualquer
título, no decorrer do mês, aos segurados § 5º (Revogado pela Lei nº 10.256, de 2001).
contribuintes individuais que lhe prestem
serviços; (Incluído pela Lei nº 9.876, de § 6º A contribuição empresarial da associa-
1999). ção desportiva que mantém equipe de fu-
tebol profissional destinada à Seguridade
IV – quinze por cento sobre o valor bruto Social, em substituição à prevista nos inci-
da nota fiscal ou fatura de prestação de ser- sos I e II deste artigo, corresponde a cinco
viços, relativamente a serviços que lhe são por cento da receita bruta, decorrente dos
prestados por cooperados por intermédio espetáculos desportivos de que participem
de cooperativas de trabalho. (Incluído pela em todo território nacional em qualquer
Lei nº 9.876, de 1999). modalidade desportiva, inclusive jogos in-
ternacionais, e de qualquer forma de pa-
§ 1º No caso de bancos comerciais, bancos trocínio, licenciamento de uso de marcas
de investimentos, bancos de desenvolvi- e símbolos, publicidade, propaganda e de
mento, caixas econômicas, sociedades de transmissão de espetáculos desportivos.
crédito, financiamento e investimento, so- (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528,
ciedades de crédito imobiliário, sociedades de 10.12.97).
corretoras, distribuidoras de títulos e valo-
res mobiliários, empresas de arrendamento § 7º Caberá à entidade promotora do espe-
mercantil, cooperativas de crédito, empre- táculo a responsabilidade de efetuar o des-
sas de seguros privados e de capitalização, conto de cinco por cento da receita bruta
agentes autônomos de seguros privados e decorrente dos espetáculos desportivos e o
de crédito e entidades de previdência pri- respectivo recolhimento ao Instituto Nacio-
vada abertas e fechadas, além das contri- nal do Seguro Social, no prazo de até dois
buições referidas neste artigo e no art. 23, dias úteis após a realização do evento. (Pa-
é devida a contribuição adicional de dois

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rágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de empresariais beneficiárias. (Incluído pela


10.12.97). Lei nº 11.505, de 2007).
§ 8º Caberá à associação desportiva que § 12. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.170,
mantém equipe de futebol profissional in- de 2000).
formar à entidade promotora do espetácu-
lo desportivo todas as receitas auferidas no § 13. Não se considera como remuneração
evento, discriminando-as detalhadamente. direta ou indireta, para os efeitos desta Lei,
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, os valores despendidos pelas entidades re-
de 10.12.97). ligiosas e instituições de ensino vocacional
com ministro de confissão religiosa, mem-
§ 9º No caso de a associação desportiva que bros de instituto de vida consagrada, de
mantém equipe de futebol profissional re- congregação ou de ordem religiosa em face
ceber recursos de empresa ou entidade, a do seu mister religioso ou para sua subsis-
título de patrocínio, licenciamento de uso tência desde que fornecidos em condições
de marcas e símbolos, publicidade, propa- que independam da natureza e da quanti-
ganda e transmissão de espetáculos, esta dade do trabalho executado. (Incluído pela
última ficará com a responsabilidade de Lei nº 10.170, de 2000).
reter e recolher o percentual de cinco por
cento da receita bruta decorrente do even- § 14. Para efeito de interpretação do § 13
to, inadmitida qualquer dedução, no prazo deste artigo: (Incluído pela Lei nº 13.137, de
estabelecido na alínea "b", inciso I, do art. 2015)
30 desta Lei.(Parágrafo acrescentado pela I – os critérios informadores dos valores
Lei nº 9.528, de 10.12.97). despendidos pelas entidades religiosas e
§ 10. Não se aplica o disposto nos §§ 6º ao instituições de ensino vocacional aos mi-
9º às demais associações desportivas, que nistros de confissão religiosa, membros de
devem contribuir na forma dos incisos I e vida consagrada, de congregação ou de or-
II deste artigo e do art. 23 desta Lei. (Pa- dem religiosa não são taxativos e sim exem-
rágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de plificativos; (Incluído pela Lei nº 13.137, de
10.12.97). 2015)

§ 11. O disposto nos §§ 6º ao 9º deste ar- II – os valores despendidos, ainda que pa-
tigo aplica-se à associação desportiva que gos de forma e montante diferenciados, em
mantenha equipe de futebol profissional pecúnia ou a título de ajuda de custo de
e atividade econômica organizada para a moradia, transporte, formação educacional,
produção e circulação de bens e serviços e vinculados exclusivamente à atividade reli-
que se organize regularmente, segundo um giosa não configuram remuneração direta
dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092 ou indireta. (Incluído pela Lei nº 13.137, de
da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 2015)
– Código Civil. (Redação dada pela Lei nº Art. 22A. A contribuição devida pela agroindús-
11.345, de 2006). tria, definida, para os efeitos desta Lei, como
§ 11-A. O disposto no § 11 deste artigo apli- sendo o produtor rural pessoa jurídica cuja ati-
ca-se apenas às atividades diretamente re- vidade econômica seja a industrialização de
lacionadas com a manutenção e administra- produção própria ou de produção própria e ad-
ção de equipe profissional de futebol, não quirida de terceiros, incidente sobre o valor da
se estendendo às outras atividades econô- receita bruta proveniente da comercialização da
micas exercidas pelas referidas sociedades produção, em substituição às previstas nos inci-
sos I e II do art. 22 desta Lei, é de: (Incluído pela
Lei nº 10.256, de 2001).

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I – dois vírgula cinco por cento destinados reza química da madeira ou a transforme
à Seguridade Social; (Incluído pela Lei nº em pasta celulósica. (Incluído pela Lei nº
10.256, de 2001). 10.684, de 2003).
II – zero vírgula um por cento para o finan- § 7º Aplica-se o disposto no § 6º ainda que
ciamento do benefício previsto nos arts. 57 a pessoa jurídica comercialize resíduos ve-
e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, getais ou sobras ou partes da produção,
e daqueles concedidos em razão do grau de desde que a receita bruta decorrente dessa
incidência de incapacidade para o trabalho comercialização represente menos de um
decorrente dos riscos ambientais da ativida- por cento de sua receita bruta proveniente
de. (Incluído pela Lei nº 10.256, de 2001). da comercialização da produção. (Incluído
pela Lei nº 10.684, de 2003).
§ 1º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.256,
de 2001). Art. 22B. As contribuições de que tratam os inci-
sos I e II do art. 22 desta Lei são substituídas, em
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica às relação à remuneração paga, devida ou credita-
operações relativas à prestação de serviços da ao trabalhador rural contratado pelo consór-
a terceiros, cujas contribuições previden- cio simplificado de produtores rurais de que tra-
ciárias continuam sendo devidas na forma ta o art. 25A, pela contribuição dos respectivos
do art. 22 desta Lei. (Incluído pela Lei nº produtores rurais, calculada na forma do art. 25
10.256, de 2001). desta Lei. (Incluído pela Lei nº 10.256, de 2001).
§ 3º Na hipótese do § 2º, a receita bruta Art. 23. As contribuições a cargo da empresa
correspondente aos serviços prestados a provenientes do faturamento e do lucro, desti-
terceiros será excluída da base de cálculo da nadas à Seguridade Social, além do disposto no
contribuição de que trata o caput. (Incluído art. 22, são calculadas mediante a aplicação das
pela Lei nº 10.256, de 2001). seguintes alíquotas:
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica às I – 2% (dois por cento) sobre sua receita
sociedades cooperativas e às agroindústrias bruta, estabelecida segundo o disposto no
de piscicultura, carcinicultura, suinocultura § 1º do art. 1º do Decreto-lei nº 1.940, de
e avicultura. (Incluído pela Lei nº 10.256, de 25 de maio de 1982, com a redação dada
2001). pelo art. 22, do Decreto-lei nº 2.397, de 21
§ 5º O disposto no inciso I do art. 3º da Lei de dezembro de 1987, e alterações poste-
nº 8.315, de 23 de dezembro de 1991, não riores; 9
se aplica ao empregador de que trata este II – 10% (dez por cento) sobre o lucro líqui-
artigo, que contribuirá com o adicional de do do período-base, antes da provisão para
zero vírgula vinte e cinco por cento da recei- o Imposto de Renda, ajustado na forma do
ta bruta proveniente da comercialização da art. 2º da Lei nº 8.034, de 12 de abril de
produção, destinado ao Serviço Nacional de 1990. 10
Aprendizagem Rural (SENAR). (Incluído pela
Lei nº 10.256, de 2001). § 1º No caso das instituições citadas no §
1º do art. 22 desta Lei, a alíquota da contri-
§ 6º Não se aplica o regime substitutivo de buição prevista no inciso II é de 15% (quinze
que trata este artigo à pessoa jurídica que, por cento). 11
relativamente à atividade rural, se dedique
apenas ao florestamento e reflorestamento § 2º O disposto neste artigo não se aplica às
como fonte de matéria-prima para indus- pessoas de que trata o art. 25.
trialização própria mediante a utilização de
processo industrial que modifique a natu-

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CAPÍTULO V vamente, na forma do art. 21 desta Lei. (Re-


DA CONTRIBUIÇÃO DO dação dada pela Lei nº 8.540, de 22.12.92)
EMPREGADOR DOMÉSTICO § 2º A pessoa física de que trata a alínea "a"
do inciso V do art. 12 contribui, também,
Art. 24. A contribuição do empregador domésti- obrigatoriamente, na forma do art. 21 des-
co é de 12% (doze por cento) do salário-de-con- ta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.540, de
tribuição do empregado doméstico a seu servi- 22.12.92)
ço. (Vide Lei Complementar nº 150, de 2015)
§ 3º Integram a produção, para os efeitos
Parágrafo único. Presentes os elementos da deste artigo, os produtos de origem ani-
relação de emprego doméstico, o empre- mal ou vegetal, em estado natural ou sub-
gador doméstico não poderá contratar mi- metidos a processos de beneficiamento ou
croempreendedor individual de que trata o industrialização rudimentar, assim compre-
art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de endidos, entre outros, os processos de la-
14 de dezembro de 2006, sob pena de ficar vagem, limpeza, descaroçamento, pilagem,
sujeito a todas as obrigações dela decorren- descascamento, lenhamento, pasteuriza-
tes, inclusive trabalhistas, tributárias e pre- ção, resfriamento, secagem, fermentação,
videnciárias. (Incluído pela Lei nº 12.470, de embalagem, cristalização, fundição, carvo-
2011) ejamento, cozimento, destilação, moagem,
torrefação, bem como os subprodutos e os
resíduos obtidos através desses processos.
(Parágrafo acrescentado pela Lei n º 8.540,
CAPÍTULO VI de 22.12.92)
DA CONTRIBUIÇÃO DO PRODUTOR
§ 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
RURAL E DO PESCADOR
11.718, de 2008).
(Alterado pela Lei nº 8.398, de 7.1.92) § 5º (VETADO na Lei nº 8.540, de 22.12.92)
Art. 25. A contribuição do empregador rural § 6º (Revogado pela Lei nº 10.256, de 2001).
pessoa física, em substituição à contribuição
de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do § 7º (Revogado pela Lei nº 10.256, de 2001).
segurado especial, referidos, respectivamente,
§ 8º (Revogado pela Lei nº 10.256, de 2001).
na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12
desta Lei, destinada à Seguridade Social, é de: § 9º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.256,
(Redação dada pela Lei nº 10.256, de 2001). de 2001).
I – 2% da receita bruta proveniente da co- § 10. Integra a receita bruta de que trata
mercialização da sua produção; (Redação este artigo, além dos valores decorrentes
dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). da comercialização da produção relativa aos
produtos a que se refere o § 3º deste artigo,
II – 0,1% da receita bruta proveniente da co-
a receita proveniente: (Incluído pela Lei nº
mercialização da sua produção para finan-
11.718, de 2008).
ciamento das prestações por acidente do
trabalho. (Redação dada pela Lei nº 9.528, I – da comercialização da produção obtida
de 10.12.97). em razão de contrato de parceria ou mea-
ção de parte do imóvel rural; (Incluído pela
§ 1º O segurado especial de que trata este
Lei nº 11.718, de 2008).
artigo, além da contribuição obrigatória re-
ferida no caput, poderá contribuir, facultati- II – da comercialização de artigos de artesa-
nato de que trata o inciso VII do § 10 do art.

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12 desta Lei; (Incluído pela Lei nº 11.718, de dos produtores rurais. (Incluído pela Lei nº
2008). 10.256, de 2001).
III – de serviços prestados, de equipamen- § 2º O consórcio deverá ser matriculado
tos utilizados e de produtos comercializados no INSS em nome do empregador a quem
no imóvel rural, desde que em atividades hajam sido outorgados os poderes, na for-
turística e de entretenimento desenvolvidas ma do regulamento. (Incluído pela Lei nº
no próprio imóvel, inclusive hospedagem, 10.256, de 2001).
alimentação, recepção, recreação e ativida-
des pedagógicas, bem como taxa de visita- § 3º Os produtores rurais integrantes do
ção e serviços especiais; (Incluído pela Lei consórcio de que trata o caput serão res-
nº 11.718, de 2008). ponsáveis solidários em relação às obriga-
ções previdenciárias. (Incluído pela Lei nº
IV – do valor de mercado da produção rural 10.256, de 2001).
dada em pagamento ou que tiver sido tro-
cada por outra, qualquer que seja o motivo § 4º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.256,
ou finalidade; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2001).
de 2008).
V – de atividade artística de que trata o inci-
so VIII do § 10 do art. 12 desta Lei. (Incluído CAPÍTULO VII
pela Lei nº 11.718, de 2008). DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A RECEITA
§ 11. Considera-se processo de beneficia- DE CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS
mento ou industrialização artesanal aquele
Art. 26. Constitui receita da Seguridade Social
realizado diretamente pelo próprio produ-
a renda líquida dos concursos de prognósticos,
tor rural pessoa física, desde que não esteja
excetuando-se os valores destinados ao Progra-
sujeito à incidência do Imposto Sobre Pro-
ma de Crédito Educativo. (Redação dada pela
dutos Industrializados – IPI. (Incluído pela
Lei nº 8.436, de 25.6.92)
Lei nº 11.718, de 2008).
§ 1º Consideram-se concursos de prognósti-
Art. 25A. Equipara-se ao empregador rural pes-
cos todos e quaisquer concursos de sorteios
soa física o consórcio simplificado de produto-
de números, loterias, apostas, inclusive as
res rurais, formado pela união de produtores
realizadas em reuniões hípicas, nos âmbitos
rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles
federal, estadual, do Distrito Federal e mu-
poderes para contratar, gerir e demitir trabalha-
nicipal.
dores para prestação de serviços, exclusivamen-
te, aos seus integrantes, mediante documento § 2º Para efeito do disposto neste artigo,
registrado em cartório de títulos e documentos. entende-se por renda líquida o total da ar-
(Incluído pela Lei nº 10.256, de 2001). recadação, deduzidos os valores destinados
ao pagamento de prêmios, de impostos e
§ 1º O documento de que trata o caput
de despesas com a administração, confor-
deverá conter a identificação de cada pro-
me fixado em lei, que inclusive estipulará o
dutor, seu endereço pessoal e o de sua
valor dos direitos a serem pagos às entida-
propriedade rural, bem como o respectivo
des desportivas pelo uso de suas denomina-
registro no Instituto Nacional de Coloniza-
ções e símbolos.
ção e Reforma Agrária – INCRA ou informa-
ções relativas a parceria, arrendamento ou § 3º Durante a vigência dos contratos assi-
equivalente e a matrícula no Instituto Na- nados até a publicação desta Lei com o Fun-
cional do Seguro Social – INSS de cada um do de Assistência Social-FAS é assegurado o
repasse à Caixa Econômica Federal-CEF dos

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valores necessários ao cumprimento dos CAPÍTULO IX


mesmos. DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO
Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição:
CAPÍTULO VIII I – para o empregado e trabalhador avulso:
DAS OUTRAS RECEITAS a remuneração auferida em uma ou mais
empresas, assim entendida a totalidade dos
Art. 27. Constituem outras receitas da Segurida- rendimentos pagos, devidos ou creditados a
de Social: qualquer título, durante o mês, destinados a
retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua
I – as multas, a atualização monetária e os forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habi-
juros moratórios; tuais sob a forma de utilidades e os adian-
II – a remuneração recebida por serviços de tamentos decorrentes de reajuste salarial,
arrecadação, fiscalização e cobrança presta- quer pelos serviços efetivamente prestados,
dos a terceiros; quer pelo tempo à disposição do emprega-
dor ou tomador de serviços nos termos da
III – as receitas provenientes de prestação lei ou do contrato ou, ainda, de convenção
de outros serviços e de fornecimento ou ar- ou acordo coletivo de trabalho ou sentença
rendamento de bens; normativa; (Redação dada pela Lei nº 9.528,
de 10.12.97)
IV – as demais receitas patrimoniais, indus-
triais e financeiras; II – para o empregado doméstico: a remu-
neração registrada na Carteira de Trabalho
V – as doações, legados, subvenções e ou-
e Previdência Social, observadas as normas
tras receitas eventuais;
a serem estabelecidas em regulamento
VI – 50% (cinquenta por cento) dos valores para comprovação do vínculo empregatício
obtidos e aplicados na forma do parágrafo e do valor da remuneração;
único do art. 243 da Constituição Federal;
III – para o contribuinte individual: a remu-
VII – 40% (quarenta por cento) do resultado neração auferida em uma ou mais empre-
dos leilões dos bens apreendidos pelo De- sas ou pelo exercício de sua atividade por
partamento da Receita Federal; conta própria, durante o mês, observado o
limite máximo a que se refere o § 5º; (Reda-
VIII – outras receitas previstas em legislação ção dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
específica.
IV – para o segurado facultativo: o valor por
Parágrafo único. As companhias segurado- ele declarado, observado o limite máximo
ras que mantêm o seguro obrigatório de a que se refere o § 5º. (Incluído pela Lei nº
danos pessoais causados por veículos au- 9.876, de 1999).
tomotores de vias terrestres, de que trata a
Lei nº 6.194, de dezembro de 1974, deve- § 1º Quando a admissão, a dispensa, o afas-
rão repassar à Seguridade Social 50% (cin- tamento ou a falta do empregado ocorrer
quenta por cento) do valor total do prêmio no curso do mês, o salário-de-contribuição
recolhido e destinado ao Sistema Único de será proporcional ao número de dias de tra-
Saúde-SUS, para custeio da assistência mé- balho efetivo, na forma estabelecida em re-
dico-hospitalar dos segurados vitimados em gulamento.
acidentes de trânsito.
§ 2º O salário-maternidade é considerado
salário-de-contribuição.

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§ 3º O limite mínimo do salário-de-contri- § 9º Não integram o salário-de-contribuição
buição corresponde ao piso salarial, legal para os fins desta Lei, exclusivamente: (Re-
ou normativo, da categoria ou, inexistin- dação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)
do este, ao salário mínimo, tomado no seu
valor mensal, diário ou horário, conforme a) os benefícios da previdência social, nos
o ajustado e o tempo de trabalho efetivo termos e limites legais, salvo o salário-ma-
durante o mês. (Redação dada pela Lei nº ternidade; (Redação dada pela Lei nº 9.528,
9.528, de 10.12.97) de 10.12.97).

§ 4º O limite mínimo do salário-de-contri- b) as ajudas de custo e o adicional mensal


buição do menor aprendiz corresponde à recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei
sua remuneração mínima definida em lei. nº 5.929, de 30 de outubro de 1973;

§ 5º O limite máximo do salário-de-contri- c) a parcela "in natura" recebida de acordo


buição é de Cr$ 170.000,00 (cento e setenta com os programas de alimentação aprova-
mil cruzeiros), reajustado a partir da data dos pelo Ministério do Trabalho e da Previ-
da entrada em vigor desta Lei, na mesma dência Social, nos termos da Lei nº 6.321,
época e com os mesmos índices que os do de 14 de abril de 1976;
reajustamento dos benefícios de prestação d) as importâncias recebidas a título de fé-
continuada da Previdência Social. 12 rias indenizadas e respectivo adicional cons-
§ 6º No prazo de 180 (cento e oitenta) dias, titucional, inclusive o valor correspondente
a contar da data de publicação desta Lei, o à dobra da remuneração de férias de que
Poder Executivo encaminhará ao Congresso trata o art. 137 da Consolidação das Leis
Nacional projeto de lei estabelecendo a pre- do Trabalho-CLT;(Redação dada pela Lei nº
vidência complementar, pública e privada, 9.528, de 10.12.97).
em especial para os que possam contribuir e) as importâncias: (Alínea alterada e itens
acima do limite máximo estipulado no pará- de 1 a 5 acrescentados pela Lei nº 9.528, de
grafo anterior deste artigo. 10.12.97
§ 7º O décimo-terceiro salário (gratificação 1. previstas no inciso I do art. 10 do Ato das
natalina) integra o salário-de-contribuição, Disposições Constitucionais Transitórias;
exceto para o cálculo de benefício, na for-
ma estabelecida em regulamento. (Redação 2. relativas à indenização por tempo de ser-
dada pela Lei nº 8.870, de 15.4.94) viço, anterior a 5 de outubro de 1988, do
empregado não optante pelo Fundo de Ga-
§ 8º Integram o salário-de-contribuição rantia do Tempo de Serviço-FGTS;
pelo seu valor total: (Redação dada pela Lei
nº 9.528, de 10.12.97). 3. recebidas a título da indenização de que
trata o art. 479 da CLT;
a) o total das diárias pagas, quando exce-
dente a cinquenta por cento da remunera- 4. recebidas a título da indenização de que
ção mensal; (Alínea acrescentada pela Lei trata o art. 14 da Lei nº 5.889, de 8 de junho
nº 9.528, de 10.12.97) de 1973;

b) (VETADA na Lei nº 9.528, de 10.12.97). 5. recebidas a título de incentivo à demis-


são;
c) (Revogado pela Lei nº 9.711, de 1998).
6. recebidas a título de abono de férias na
d) (Vide Medida Provisória nº 680, de 2015) forma dos arts. 143 e 144 da CLT; (Redação
Vigência dada pela Lei nº 9.711, de 1998).

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7. recebidas a título de ganhos eventuais e n) a importância paga ao empregado a título


os abonos expressamente desvinculados do de complementação ao valor do auxílio-do-
salário; (Redação dada pela Lei nº 9.711, de ença, desde que este direito seja extensivo
1998). à totalidade dos empregados da empresa;
(Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de
8. recebidas a título de licença-prêmio inde- 10.12.97)
nizada; (Redação dada pela Lei nº 9.711, de
1998). o) as parcelas destinadas à assistência ao
trabalhador da agroindústria canavieira, de
9. recebidas a título da indenização de que que trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de
trata o art. 9º da Lei nº 7.238, de 29 de ou- dezembro de 1965; (Alínea acrescentada
tubro de 1984; (Redação dada pela Lei nº pela Lei nº 9.528, de 10.12.97).
9.711, de 1998).
p) o valor das contribuições efetivamente
f) a parcela recebida a título de vale-trans- pago pela pessoa jurídica relativo a progra-
porte, na forma da legislação própria; ma de previdência complementar, aberto
g) a ajuda de custo, em parcela única, rece- ou fechado, desde que disponível à totalida-
bida exclusivamente em decorrência de mu- de de seus empregados e dirigentes, obser-
dança de local de trabalho do empregado, vados, no que couber, os arts. 9º e 468 da
na forma do art. 470 da CLT; (Redação dada CLT; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528,
pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). de 10.12.97)

h) as diárias para viagens, desde que não q) o valor relativo à assistência prestada por
excedam a 50% (cinquenta por cento) da re- serviço médico ou odontológico, próprio da
muneração mensal; empresa ou por ela conveniado, inclusive o
reembolso de despesas com medicamen-
i) a importância recebida a título de bolsa tos, óculos, aparelhos ortopédicos, despe-
de complementação educacional de esta- sas médico-hospitalares e outras similares,
giário, quando paga nos termos da Lei nº desde que a cobertura abranja a totalidade
6.494, de 7 de dezembro de 1977; dos empregados e dirigentes da empresa;
(Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de
j) a participação nos lucros ou resultados
10.12.97)
da empresa, quando paga ou creditada de
acordo com lei específica; r) o valor correspondente a vestuários,
equipamentos e outros acessórios forneci-
l) o abono do Programa de Integração So-
dos ao empregado e utilizados no local do
cial-PIS e do Programa de Assistência ao
trabalho para prestação dos respectivos
Servidor Público-PASEP; (Alínea acrescenta-
serviços; (Alínea acrescentada pela Lei nº
da pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)
9.528, de 10.12.97)
m) os valores correspondentes a transpor-
s) o ressarcimento de despesas pelo uso
te, alimentação e habitação fornecidos pela
de veículo do empregado e o reembolso
empresa ao empregado contratado para
creche pago em conformidade com a legis-
trabalhar em localidade distante da de sua
lação trabalhista, observado o limite máxi-
residência, em canteiro de obras ou local
mo de seis anos de idade, quando devida-
que, por força da atividade, exija desloca-
mente comprovadas as despesas realizadas;
mento e estada, observadas as normas de
(Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de
proteção estabelecidas pelo Ministério do
10.12.97)
Trabalho; (Alínea acrescentada pela Lei nº
9.528, de 10.12.97) t) o valor relativo a plano educacional, ou
bolsa de estudo, que vise à educação básica

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de empregados e seus dependentes e, des- CAPÍTULO X
de que vinculada às atividades desenvolvi- DA ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO
das pela empresa, à educação profissional e
tecnológica de empregados, nos termos da DAS CONTRIBUIÇÕES
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e: Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das
(Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011) contribuições ou de outras importâncias devi-
1. não seja utilizado em substituição de par- das à Seguridade Social obedecem às seguintes
cela salarial; e (Incluído pela Lei nº 12.513, normas: (Redação dada pela Lei nº 8.620, de
de 2011) 5.1.93)

2. o valor mensal do plano educacional ou I – a empresa é obrigada a:


bolsa de estudo, considerado individual- a) arrecadar as contribuições dos segurados
mente, não ultrapasse 5% (cinco por cen- empregados e trabalhadores avulsos a seu
to) da remuneração do segurado a que se serviço, descontando-as da respectiva re-
destina ou o valor correspondente a uma muneração;
vez e meia o valor do limite mínimo mensal
do salário-de-contribuição, o que for maior; b) recolher os valores arrecadados na for-
(Incluído pela Lei nº 12.513, de 2011) ma da alínea a deste inciso, a contribuição
a que se refere o inciso IV do art. 22 desta
u) a importância recebida a título de bolsa Lei, assim como as contribuições a seu car-
de aprendizagem garantida ao adolescente go incidentes sobre as remunerações pagas,
até quatorze anos de idade, de acordo com devidas ou creditadas, a qualquer título, aos
o disposto no art. 64 da Lei nº 8.069, de 13 segurados empregados, trabalhadores avul-
de julho de 1990; (Alínea acrescentada pela sos e contribuintes individuais a seu serviço
Lei nº 9.528, de 10.12.97) até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao
v) os valores recebidos em decorrência da da competência; (Redação dada pela Lei nº
cessão de direitos autorais; (Alínea acres- 11.933, de 2009). (Produção de efeitos).
centada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97) c) recolher as contribuições de que tratam
x) o valor da multa prevista no § 8º do art. os incisos I e II do art. 23, na forma e prazos
477 da CLT. (Alínea acrescentada pela Lei nº definidos pela legislação tributária federal
9.528, de 10.12.97) vigente;

y) o valor correspondente ao vale-cultura. II – os segurados contribuinte individual e


(Incluído pela Lei nº 12.761, de 2012) facultativo estão obrigados a recolher sua
contribuição por iniciativa própria, até o dia
§ 10. Considera-se salário-de-contribuição, quinze do mês seguinte ao da competência;
para o segurado empregado e trabalhador (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
avulso, na condição prevista no § 5º do art.
12, a remuneração efetivamente auferida III – a empresa adquirente, consumidora ou
na entidade sindical ou empresa de origem. consignatária ou a cooperativa são obriga-
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, das a recolher a contribuição de que trata
de 10.12.97) o art. 25 até o dia 20 (vinte) do mês subse-
quente ao da operação de venda ou consig-
Art. 29. (Revogado pela Lei nº 9.876, de 1999). nação da produção, independentemente de
essas operações terem sido realizadas dire-
tamente com o produtor ou com interme-
diário pessoa física, na forma estabelecida

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em regulamento; (Redação dada pela Lei nº VIII – nenhuma contribuição à Seguridade


11.933, de 2009). (Produção de efeitos). Social é devida se a construção residencial
unifamiliar, destinada ao uso próprio, de
IV – a empresa adquirente, consumidora ou tipo econômico, for executada sem mão-de-
consignatária ou a cooperativa ficam sub- -obra assalariada, observadas as exigências
-rogadas nas obrigações da pessoa física de do regulamento;
que trata a alínea "a" do inciso V do art. 12
e do segurado especial pelo cumprimento IX – as empresas que integram grupo eco-
das obrigações do art. 25 desta Lei, inde- nômico de qualquer natureza respondem
pendentemente de as operações de venda entre si, solidariamente, pelas obrigações
ou consignação terem sido realizadas dire- decorrentes desta Lei;
tamente com o produtor ou com intermedi-
ário pessoa física, exceto no caso do inciso X – a pessoa física de que trata a alínea "a"
X deste artigo, na forma estabelecida em do inciso V do art. 12 e o segurado especial
regulamento;(Redação dada pela Lei 9.528, são obrigados a recolher a contribuição de
de 10.12.97) que trata o art. 25 desta Lei nº prazo estabe-
lecido no inciso III deste artigo, caso comer-
V – o empregador doméstico é obrigado cializem a sua produção: (Inciso alterado
a arrecadar e a recolher a contribuição do e alíneas acrescentadas pela Lei 9.528, de
segurado empregado a seu serviço, assim 10.12.97)
como a parcela a seu cargo, até o dia 7 do
mês seguinte ao da competência; (Reda- a) no exterior;
ção dada pela Lei Complementar nº 150, de b) diretamente, no varejo, ao consumidor
2015) pessoa física;
VI – o proprietário, o incorporador defini- c) à pessoa física de que trata a alínea "a"
do na Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de do inciso V do art. 12;
1964, o dono da obra ou condômino da uni-
dade imobiliária, qualquer que seja a forma d) ao segurado especial;
de contratação da construção, reforma ou
XI – aplica-se o disposto nos incisos III e IV
acréscimo, são solidários com o construtor,
deste artigo à pessoa física não produtor
e estes com a subempreiteira, pelo cumpri-
rural que adquire produção para venda no
mento das obrigações para com a Segurida-
varejo a consumidor pessoa física. (Inciso
de Social, ressalvado o seu direito regressi-
acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)
vo contra o executor ou contratante da obra
e admitida a retenção de importância a este XII – sem prejuízo do disposto no inciso X do
devida para garantia do cumprimento des- caput deste artigo, o produtor rural pessoa
sas obrigações, não se aplicando, em qual- física e o segurado especial são obrigados
quer hipótese, o benefício de ordem; (Reda- a recolher, diretamente, a contribuição in-
ção dada pela Lei 9.528, de 10.12.97) cidente sobre a receita bruta proveniente:
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
VII – exclui-se da responsabilidade solidária
perante a Seguridade Social o adquirente de a) da comercialização de artigos de artesa-
prédio ou unidade imobiliária que realizar a nato elaborados com matéria-prima produ-
operação com empresa de comercialização zida pelo respectivo grupo familiar; (Incluí-
ou incorporador de imóveis, ficando estes do pela Lei nº 11.718, de 2008).
solidariamente responsáveis com o constru-
tor; b) de comercialização de artesanato ou do
exercício de atividade artística, observado o
disposto nos incisos VII e VIII do § 10 do art.

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12 desta Lei; e (Incluído pela Lei nº 11.718, salário-de-contribuição. (Incluído pela Lei
de 2008). nº 9.876, de 1999).
c) de serviços prestados, de equipamentos § 5º Aplica-se o disposto no § 4º ao coo-
utilizados e de produtos comercializados no perado que prestar serviço a empresa por
imóvel rural, desde que em atividades turís- intermédio de cooperativa de trabalho. (In-
tica e de entretenimento desenvolvidas no cluído pela Lei nº 9.876, de 1999).
próprio imóvel, inclusive hospedagem, ali-
mentação, recepção, recreação e atividades § 6º O empregador doméstico poderá re-
pedagógicas, bem como taxa de visitação colher a contribuição do segurado empre-
e serviços especiais; (Incluído pela Lei nº gado a seu serviço e a parcela a seu cargo
11.718, de 2008). relativas à competência novembro até o dia
20 de dezembro, juntamente com a contri-
XIII – o segurado especial é obrigado a ar- buição referente ao 13º (décimo terceiro)
recadar a contribuição de trabalhadores a salário, utilizando-se de um único docu-
seu serviço e a recolhê-la no prazo referido mento de arrecadação. (Incluído pela Lei nº
na alínea b do inciso I do caput deste artigo. 11.324, de 2006).
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
§ 7º A empresa ou cooperativa adquirente,
§ 1º Revogado pela Lei nº 9.032, de 28.4.95. consumidora ou consignatária da produção
fica obrigada a fornecer ao segurado espe-
§ 2º Se não houver expediente bancário nas cial cópia do documento fiscal de entrada
datas indicadas: (Redação dada pela Lei nº da mercadoria, para fins de comprovação
11.933, de 2009). (Produção de efeitos). da operação e da respectiva contribuição
I – nos incisos II e V do caput deste artigo, previdenciária. (Incluído pela Lei nº 11.718,
o recolhimento deverá ser efetuado até o de 2008).
dia útil imediatamente posterior; e (Incluído § 8º Quando o grupo familiar a que o segu-
pela Lei nº 11.933, de 2009). (Produção de rado especial estiver vinculado não tiver ob-
efeitos). tido, no ano, por qualquer motivo, receita
II – na alínea b do inciso I e nos incisos III, proveniente de comercialização de produ-
X e XIII do caput deste artigo, até o dia útil ção deverá comunicar a ocorrência à Pre-
imediatamente anterior. (Incluído pela Lei vidência Social, na forma do regulamento.
nº 11.933, de 2009). (Produção de efeitos). (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).

§ 3º Aplica-se à entidade sindical e à em- § 9º Quando o segurado especial tiver co-


presa de origem o disposto nas alíneas "a" mercializado sua produção do ano anterior
e "b" do inciso I, relativamente à remunera- exclusivamente com empresa adquirente,
ção do segurado referido no § 5º do art. 12. consignatária ou cooperativa, tal fato deve-
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, rá ser comunicado à Previdência Social pelo
de 10.12.97). respectivo grupo familiar. (Incluído pela Lei
nº 11.718, de 2008).
§ 4º Na hipótese de o contribuinte individu-
al prestar serviço a uma ou mais empresas, Art. 31. A empresa contratante de serviços exe-
poderá deduzir, da sua contribuição mensal, cutados mediante cessão de mão de obra, inclu-
quarenta e cinco por cento da contribuição sive em regime de trabalho temporário, deverá
da empresa, efetivamente recolhida ou de- reter 11% (onze por cento) do valor bruto da
clarada, incidente sobre a remuneração que nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e
esta lhe tenha pago ou creditado, limitada recolher, em nome da empresa cedente da mão
a dedução a nove por cento do respectivo de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte)
do mês subsequente ao da emissão da respec-

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tiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil ime- § 5º O cedente da mão-de-obra deverá
diatamente anterior se não houver expediente elaborar folhas de pagamento distintas
bancário naquele dia, observado o disposto no para cada contratante. (Incluído pela Lei nº
§ 5º do art. 33 desta Lei. (Redação dada pela Lei 9.711, de 1998).
nº 11.933, de 2009). (Produção de efeitos).
§ 6º Em se tratando de retenção e recolhi-
§ 1º O valor retido de que trata o caput des- mento realizados na forma do caput deste
te artigo, que deverá ser destacado na nota artigo, em nome de consórcio, de que tra-
fiscal ou fatura de prestação de serviços, tam os arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404, de 15
poderá ser compensado por qualquer esta- de dezembro de 1976, aplica-se o disposto
belecimento da empresa cedente da mão em todo este artigo, observada a participa-
de obra, por ocasião do recolhimento das ção de cada uma das empresas consorcia-
contribuições destinadas à Seguridade So- das, na forma do respectivo ato constituti-
cial devidas sobre a folha de pagamento dos vo. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
seus segurados. (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009) Art. 32. A empresa é também obrigada a:

§ 2º Na impossibilidade de haver compen- I – preparar folhas-de-pagamento das re-


sação integral na forma do parágrafo an- munerações pagas ou creditadas a todos os
terior, o saldo remanescente será objeto segurados a seu serviço, de acordo com os
de restituição. (Redação dada pela Lei nº padrões e normas estabelecidos pelo órgão
9.711, de 1998). competente da Seguridade Social;

§ 3º Para os fins desta Lei, entende-se como II – lançar mensalmente em títulos próprios
cessão de mão-de-obra a colocação à dispo- de sua contabilidade, de forma discrimina-
sição do contratante, em suas dependên- da, os fatos geradores de todas as contri-
cias ou nas de terceiros, de segurados que buições, o montante das quantias desconta-
realizem serviços contínuos, relacionados das, as contribuições da empresa e os totais
ou não com a atividade-fim da empresa, recolhidos;
quaisquer que sejam a natureza e a forma III – prestar à Secretaria da Receita Federal
de contratação. (Redação dada pela Lei nº do Brasil todas as informações cadastrais, fi-
9.711, de 1998). nanceiras e contábeis de seu interesse, na
§ 4º Enquadram-se na situação prevista no forma por ela estabelecida, bem como os
parágrafo anterior, além de outros estabe- esclarecimentos necessários à fiscalização;
lecidos em regulamento, os seguintes ser- (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
viços: (Redação dada pela Lei nº 9.711, de IV – declarar à Secretaria da Receita Federal
1998). do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo
I – limpeza, conservação e zeladoria; (Incluí- de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, na
do pela Lei nº 9.711, de 1998). forma, prazo e condições estabelecidos por
esses órgãos, dados relacionados a fatos ge-
II – vigilância e segurança; (Incluído pela Lei radores, base de cálculo e valores devidos
nº 9.711, de 1998). da contribuição previdenciária e outras in-
formações de interesse do INSS ou do Con-
III – empreitada de mão-de-obra; (Incluído selho Curador do FGTS; (Redação dada pela
pela Lei nº 9.711, de 1998). Lei nº 11.941, de 2009)
IV – contratação de trabalho temporário na V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.403,
forma da Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de de 2002).
1974. (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998).

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VI – comunicar, mensalmente, aos empre- decorrentes das operações a que se refiram.
gados, por intermédio de documento a ser (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
definido em regulamento, os valores reco-
lhidos sobre o total de sua remuneração ao § 12. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.692,
INSS. (Incluído pela Lei nº 12.692, de 2012) de 2012)

§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº Art. 32-A. O contribuinte que deixar de apre-
11.941, de 2009) sentar a declaração de que trata o inciso IV do
caput do art. 32 desta Lei nº prazo fixado ou que
§ 2º A declaração de que trata o inciso IV do a apresentar com incorreções ou omissões será
caput deste artigo constitui instrumento há- intimado a apresentá-la ou a prestar esclareci-
bil e suficiente para a exigência do crédito mentos e sujeitar-se-á às seguintes multas: (In-
tributário, e suas informações comporão a cluído pela Lei nº 11.941, de 2009).
base de dados para fins de cálculo e conces-
são dos benefícios previdenciários. (Reda- I – de R$ 20,00 (vinte reais) para cada gru-
ção dada pela Lei nº 11.941, de 2009) po de 10 (dez) informações incorretas ou
omitidas; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de
§ 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 2009).
11.941, de 2009)
II – de 2% (dois por cento) ao mês-calendá-
§ 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº rio ou fração, incidentes sobre o montante
11.941, de 2009) das contribuições informadas, ainda que
integralmente pagas, no caso de falta de
§ 5º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº entrega da declaração ou entrega após o
11.941, de 2009) prazo, limitada a 20% (vinte por cento), ob-
§ 6º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº servado o disposto no § 3º deste artigo. (In-
11.941, de 2009) cluído pela Lei nº 11.941, de 2009).

§ 7º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº § 1º Para efeito de aplicação da multa pre-
11.941, de 2009) vista no inciso II do caput deste artigo, será
considerado como termo inicial o dia se-
§ 8º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº guinte ao término do prazo fixado para en-
11.941, de 2009) trega da declaração e como termo final a
data da efetiva entrega ou, no caso de não-
§ 9º A empresa deverá apresentar o docu-
-apresentação, a data da lavratura do auto
mento a que se refere o inciso IV do caput
de infração ou da notificação de lançamen-
deste artigo ainda que não ocorram fatos
to. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009).
geradores de contribuição previdenciária,
aplicando-se, quando couber, a penalidade § 2º Observado o disposto no § 3º deste
prevista no art. 32-A desta Lei. artigo, as multas serão reduzidas: (Incluído
pela Lei nº 11.941, de 2009).
§ 10. O descumprimento do disposto no in-
ciso IV do caput deste artigo impede a expe- I – à metade, quando a declaração for apre-
dição da certidão de prova de regularidade sentada após o prazo, mas antes de qual-
fiscal perante a Fazenda Nacional. (Redação quer procedimento de ofício; ou (Incluído
dada pela Lei nº 11.941, de 2009) pela Lei nº 11.941, de 2009).
§ 11. Em relação aos créditos tributários, II – a 75% (setenta e cinco por cento), se
os documentos comprobatórios do cumpri- houver apresentação da declaração no pra-
mento das obrigações de que trata este ar- zo fixado em intimação. (Incluído pela Lei nº
tigo devem ficar arquivados na empresa até 11.941, de 2009).
que ocorra a prescrição relativa aos créditos

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§ 3º A multa mínima a ser aplicada será de: de dados, e efetuará os recolhimentos por meio
(Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). de documento único de arrecadação. (Incluído
pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)
I – R$ 200,00 (duzentos reais), tratando-se
de omissão de declaração sem ocorrência § 1º Os Ministros de Estado da Fazenda,
de fatos geradores de contribuição previ- da Previdência Social e do Trabalho e Em-
denciária; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de prego disporão, em ato conjunto, sobre a
2009). prestação das informações, a apuração, o
recolhimento e a distribuição dos recursos
II – R$ 500,00 (quinhentos reais), nos de- recolhidos e sobre as informações geradas
mais casos. (Incluído pela Lei nº 11.941, de por meio do sistema eletrônico e da guia de
2009). recolhimento de que trata o caput. (Incluído
Art. 32-B. Os órgãos da administração direta, as pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)
autarquias, as fundações e as empresas públi- § 2º As informações prestadas no sistema
cas da União, dos Estados, do Distrito Federal e eletrônico de que trata o caput têm caráter
dos Municípios, cujas Normas Gerais de Direito declaratório, constituem instrumento hábil
Financeiro para elaboração e controle dos or- e suficiente para a exigência dos tributos e
çamentos estão definidas pela Lei nº 4.320, de encargos apurados e substituirão, na forma
17 de março de 1964, e pela Lei Complementar regulamentada pelo ato conjunto que pre-
no 101, de 4 de maio de 2000, ficam obrigados, vê o § 1º, a obrigatoriedade de entrega de
na forma estabelecida pela Secretaria da Recei- todas as informações, formulários e decla-
ta Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, rações a que está sujeito o grupo familiar,
a apresentar: (Incluído pela Lei nº 12.810, de inclusive as relativas ao recolhimento do
2013) FGTS. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)
I – a contabilidade entregue ao Tribunal de (Vigência)
Controle Externo; e (Incluído pela Lei nº § 3º O segurado especial de que trata o ca-
12.810, de 2013) put está obrigado a arrecadar as contribui-
II – a folha de pagamento. (Incluído pela Lei ções previstas nos incisos X, XII e XIII do ca-
nº 12.810, de 2013) put do art. 30, os valores referentes ao FGTS
e os encargos trabalhistas sob sua respon-
Parágrafo único. As informações de que sabilidade, até o dia 7 (sete) do mês seguin-
trata o caput deverão ser apresentadas até te ao da competência. (Incluído pela Lei nº
o dia 30 de abril do ano seguinte ao encer- 12.873, de 2013) (Vigência)
ramento do exercício. (Incluído pela Lei nº
12.810, de 2013) § 4º Os recolhimentos devidos, nos termos
do § 3º, deverão ser pagos por meio de do-
Art. 32-C. O segurado especial responsável pelo cumento único de arrecadação. (Incluído
grupo familiar que contratar na forma do § 8º pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)
do art. 12 apresentará as informações relacio-
nadas ao registro de trabalhadores, aos fatos § 5º Se não houver expediente bancário na
geradores, à base de cálculo e aos valores das data indicada no § 3º, o recolhimento deve-
contribuições devidas à Previdência Social e ao rá ser antecipado para o dia útil imediata-
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS mente anterior. (Incluído pela Lei nº 12.873,
e outras informações de interesse da Secretaria de 2013) (Vigência)
da Receita Federal do Brasil, do Ministério da § 6º Os valores não pagos até a data do
Previdência Social, do Ministério do Trabalho e vencimento sujeitar-se-ão à incidência
Emprego e do Conselho Curador do FGTS, por de acréscimos e encargos legais na forma
meio de sistema eletrônico com entrada única prevista na legislação do Imposto sobre a

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Renda e Proventos de Qualquer Natureza dor do FGTS. (Incluído pela Lei nº 12.873, de
para as contribuições de caráter tributário, 2013) (Vigência)
e conforme o art. 22 da Lei nº 8.036, de
11 de maio de 1990, para os depósitos do § 13. A sistemática de entrega das informa-
FGTS, inclusive no que se refere às multas ções e recolhimentos de que trata o caput
por atraso. (Incluído pela Lei nº 12.873, de poderá ser estendida pelas autoridades
2013) (Vigência) previstas no § 1º para o produtor rural pes-
soa física de que trata a alínea a do inciso
§ 7º O recolhimento do valor do FGTS na V do caput do art. 12. (Incluído pela Lei nº
forma deste artigo será creditado direta- 12.873, de 2013) (Vigência)
mente em conta vinculada do trabalhador,
assegurada a transferência dos elementos § 14. Aplica-se às informações entregues
identificadores do recolhimento ao agen- na forma deste artigo o disposto no §2º do
te operador do fundo. (Incluído pela Lei nº art. 32 e no art. 32-A. (Incluído pela Lei nº
12.873, de 2013) (Vigência) 12.873, de 2013) (Vigência)

§ 8º O ato de que trata o § 1º regulará a Art. 33. À Secretaria da Receita Federal do Bra-
compensação e a restituição dos valores sil compete planejar, executar, acompanhar e
dos tributos e dos encargos trabalhistas re- avaliar as atividades relativas à tributação, à fis-
colhidos, no documento único de arrecada- calização, à arrecadação, à cobrança e ao reco-
ção, indevidamente ou em montante supe- lhimento das contribuições sociais previstas no
rior ao devido. (Incluído pela Lei nº 12.873, parágrafo único do art. 11 desta Lei, das contri-
de 2013) (Vigência) buições incidentes a título de substituição e das
devidas a outras entidades e fundos. (Redação
§ 9º A devolução de valores do FGTS, de- dada pela Lei nº 11.941, de 2009).
positados na conta vinculada do trabalha-
dor, será objeto de norma regulamentar do § 1º É prerrogativa da Secretaria da Receita
Conselho Curador e do Agente Operador do Federal do Brasil, por intermédio dos Audi-
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. tores-Fiscais da Receita Federal do Brasil,
(Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vi- o exame da contabilidade das empresas,
gência) ficando obrigados a prestar todos os es-
clarecimentos e informações solicitados o
§ 10. O produto da arrecadação de que tra- segurado e os terceiros responsáveis pelo
ta o § 3º será centralizado na Caixa Econô- recolhimento das contribuições previden-
mica Federal. (Incluído pela Lei nº 12.873, ciárias e das contribuições devidas a outras
de 2013) (Vigência) entidades e fundos. (Redação dada pela Lei
nº 11.941, de 2009).
§ 11. A Caixa Econômica Federal, com base
nos elementos identificadores do recolhi- § 2º A empresa, o segurado da Previdência
mento, disponíveis no sistema de que trata Social, o serventuário da Justiça, o síndico
o caput deste artigo, transferirá para a Con- ou seu representante, o comissário e o li-
ta Única do Tesouro Nacional os valores ar- quidante de empresa em liquidação judicial
recadados dos tributos e das contribuições ou extrajudicial são obrigados a exibir todos
previstas nos incisos X, XII e XIII do caput os documentos e livros relacionados com as
do art. 30. (Incluído pela Lei nº 12.873, de contribuições previstas nesta Lei. (Redação
2013) (Vigência) dada pela Lei nº 11.941, de 2009).
§ 12. A impossibilidade de utilização do § 3º Ocorrendo recusa ou sonegação de
sistema eletrônico referido no caput será qualquer documento ou informação, ou sua
objeto de regulamento, a ser editado pelo apresentação deficiente, a Secretaria da Re-
Ministério da Fazenda e pelo Agente Opera- ceita Federal do Brasil pode, sem prejuízo

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da penalidade cabível, lançar de ofício a im- de 1996. (Incluído pela Lei nº 11.941, de
portância devida. (Redação dada pela Lei nº 2009).
11.941, de 2009).
Art. 34. (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)
§ 4º Na falta de prova regular e formalizada
pelo sujeito passivo, o montante dos salá- Art. 35. Os débitos com a União decorrentes das
rios pagos pela execução de obra de cons- contribuições sociais previstas nas alíneas a, b
trução civil pode ser obtido mediante cálcu- e c do parágrafo único do art. 11 desta Lei, das
lo da mão de obra empregada, proporcional contribuições instituídas a título de substituição
à área construída, de acordo com critérios e das contribuições devidas a terceiros, assim
estabelecidos pela Secretaria da Receita entendidas outras entidades e fundos, não pa-
Federal do Brasil, cabendo ao proprietário, gos nos prazos previstos em legislação, serão
dono da obra, condômino da unidade imo- acrescidos de multa de mora e juros de mora,
biliária ou empresa corresponsável o ônus nos termos do art. 61 da Lei nº 9.430, de 27 de
da prova em contrário. (Redação dada pela dezembro de 1996. (Redação dada pela Lei nº
Lei nº 11.941, de 2009). 11.941, de 2009).

§ 5º O desconto de contribuição e de con- I – (revogado): (Redação dada pela Lei nº


signação legalmente autorizadas sempre 11.941, de 2009).
se presume feito oportuna e regularmente a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo 11.941, de 2009).
lícito alegar omissão para se eximir do reco-
lhimento, ficando diretamente responsável b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
pela importância que deixou de receber ou 11.941, de 2009).
arrecadou em desacordo com o disposto
c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
nesta Lei.
11.941, de 2009).
§ 6º Se, no exame da escrituração contábil e
II – (revogado): (Redação dada pela Lei nº
de qualquer outro documento da empresa,
11.941, de 2009).
a fiscalização constatar que a contabilidade
não registra o movimento real de remune- a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
ração dos segurados a seu serviço, do fa- 11.941, de 2009).
turamento e do lucro, serão apuradas, por
aferição indireta, as contribuições efetiva- b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
mente devidas, cabendo à empresa o ônus 11.941, de 2009).
da prova em contrário. c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
§ 7º O crédito da seguridade social é consti- 11.941, de 2009).
tuído por meio de notificação de lançamen- d) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
to, de auto de infração e de confissão de 11.941, de 2009).
valores devidos e não recolhidos pelo con-
tribuinte. (Redação dada pela Lei nº 11.941, III – (revogado): (Redação dada pela Lei nº
de 2009). 11.941, de 2009).

§ 8º Aplicam-se às contribuições sociais a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº


mencionadas neste artigo as presunções le- 11.941, de 2009).
gais de omissão de receita previstas nos §§
b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
2º e 3º do art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598,
11.941, de 2009).
de 26 de dezembro de 1977, e nos arts. 40,
41 e 42 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro

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c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº § 1º (Revogado pela Lei nº 11.501, de 2007).
11.941, de 2009).
§ 2º É facultado aos órgãos competentes,
d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº antes de ajuizar a cobrança da dívida ativa
11.941, de 2009). de que trata o caput deste artigo, promover
o protesto de título dado em garantia, que
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº será recebido pro solvendo. (Redação dada
11.941, de 2009). pela Lei nº 11.457, de 2007). (Vigência)
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº § 3º Serão inscritas como dívida ativa da
11.941, de 2009). União as contribuições que não tenham
§ 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº sido recolhidas ou parceladas resultantes
11.941, de 2009). das informações prestadas no documento a
que se refere o inciso IV do art. 32 desta Lei.
§ 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007).
11.941, de 2009). (Vigência)
Art. 35-A. Nos casos de lançamento de ofício Art. 40. (VETADO).
relativos às contribuições referidas no art. 35
desta Lei, aplica-se o disposto no art. 44 da Lei Art. 41. (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)
nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996. (Incluído Art. 42. Os administradores de autarquias e fun-
pela Lei nº 11.941, de 2009). dações públicas, criadas e mantidas pelo Poder
Art. 36. (Revogado pela Lei nº 8.218, de Público, de empresas públicas e de socieda-
29.8.91). des de economia mista sujeitas ao controle da
União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Art. 37. Constatado o não-recolhimento total ou Municípios, que se encontrarem em mora, por
parcial das contribuições tratadas nesta Lei, não mais de 30 (trinta) dias, no recolhimento das
declaradas na forma do art. 32 desta Lei, a falta contribuições previstas nesta Lei, tornam-se so-
de pagamento de benefício reembolsado ou o lidariamente responsáveis pelo respectivo paga-
descumprimento de obrigação acessória, será mento, ficando ainda sujeitos às proibições do
lavrado auto de infração ou notificação de lan- art. 1º e às sanções dos arts. 4º e 7º do Decreto-
çamento. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de -lei nº 368, de 19 de dezembro de 1968.
2009).
Art. 43. Nas ações trabalhistas de que resultar o
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº pagamento de direitos sujeitos à incidência de
11.941, de 2009). contribuição previdenciária, o juiz, sob pena de
responsabilidade, determinará o imediato reco-
§ 2º (Revogado) (Redação dada pela Lei nº
lhimento das importâncias devidas à Segurida-
11.941, de 2009).
de Social. (Redação dada pela Lei nº 8.620, de
Art. 38. (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009) 5.1.93)
Art. 39. O débito original e seus acréscimos le- § 1º Nas sentenças judiciais ou nos acordos
gais, bem como outras multas previstas em lei, homologados em que não figurarem, discri-
constituem dívida ativa da União, promovendo- minadamente, as parcelas legais relativas às
-se a inscrição em livro próprio daquela resul- contribuições sociais, estas incidirão sobre
tante das contribuições de que tratam as alíneas o valor total apurado em liquidação de sen-
a, b ec do parágrafo único do art. 11 desta Lei. tença ou sobre o valor do acordo homolo-
(Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007). (Vi- gado. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009).
gência)

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§ 2º Considera-se ocorrido o fato gerador fins de obtenção de benefício no Regime Geral


das contribuições sociais na data da presta- de Previdência Social ou de contagem recíproca
ção do serviço. (Incluído pela Lei nº 11.941, do tempo de contribuição, período de atividade
de 2009). remunerada alcançada pela decadência deverá
indenizar o INSS. (Incluído pela Lei Complemen-
§ 3º As contribuições sociais serão apuradas tar nº 128, de 2008)
mês a mês, com referência ao período da
prestação de serviços, mediante a aplicação § 1º O valor da indenização a que se refere
de alíquotas, limites máximos do salário- o caput deste artigo e o § 1º do art. 55 da
-de-contribuição e acréscimos legais mora- Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, cor-
tórios vigentes relativamente a cada uma responderá a 20% (vinte por cento): (Incluí-
das competências abrangidas, devendo o do pela Lei Complementar nº 128, de 2008)
recolhimento ser efetuado no mesmo pra-
zo em que devam ser pagos os créditos en- I – da média aritmética simples dos maiores
contrados em liquidação de sentença ou em salários-de-contribuição, reajustados, cor-
acordo homologado, sendo que nesse últi- respondentes a 80% (oitenta por cento) de
mo caso o recolhimento será feito em tan- todo o período contributivo decorrido des-
tas parcelas quantas as previstas no acordo, de a competência julho de 1994; ou (Incluí-
nas mesmas datas em que sejam exigíveis e do pela Lei Complementar nº 128, de 2008)
proporcionalmente a cada uma delas. (In- II – da remuneração sobre a qual incidem as
cluído pela Lei nº 11.941, de 2009). contribuições para o regime próprio de pre-
§ 4º No caso de reconhecimento judicial vidência social a que estiver filiado o inte-
da prestação de serviços em condições que ressado, no caso de indenização para fins da
permitam a aposentadoria especial após contagem recíproca de que tratam os arts.
15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cin- 94 a 99 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de
co) anos de contribuição, serão devidos os 1991, observados o limite máximo previs-
acréscimos de contribuição de que trata o to no art. 28 e o disposto em regulamento.
§ 6º do art. 57 da Lei nº 8.213, de 24 de ju- (Incluído pela Lei Complementar nº 128, de
lho de 1991. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2008)
2009). § 2º Sobre os valores apurados na forma do
§ 5º Na hipótese de acordo celebrado após § 1º deste artigo incidirão juros moratórios
ter sido proferida decisão de mérito, a con- de 0,5% (cinco décimos por cento) ao mês,
tribuição será calculada com base no valor capitalizados anualmente, limitados ao per-
do acordo. (Incluído pela Lei nº 11.941, de centual máximo de 50% (cinquenta por cen-
2009). to), e multa de 10% (dez por cento). (Incluí-
do pela Lei Complementar nº 128, de 2008)
§ 6º Aplica-se o disposto neste artigo aos
valores devidos ou pagos nas Comissões § 3º O disposto no § 1º deste artigo não se
de Conciliação Prévia de que trata a Lei nº aplica aos casos de contribuições em atraso
9.958, de 12 de janeiro de 2000. (Incluído não alcançadas pela decadência do direito
pela Lei nº 11.941, de 2009). de a Previdência constituir o respectivo cré-
dito, obedecendo-se, em relação a elas, as
Art. 44. (Revogado pela Lei nº 11.501, de 2007). disposições aplicadas às empresas em geral.
(Incluído pela Lei Complementar nº 128, de
Art. 45. (Revogado pela Lei Complementar nº 2008)
128, de 2008)
Art. 46. (Revogado pela Lei Complementar nº
Art. 45-A. O contribuinte individual que preten- 128, de 2008)
da contar como tempo de contribuição, para

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CAPÍTULO XI ocasião da inscrição do memorial de incor-
DA PROVA DE INEXISTÊNCIA poração.
DE DÉBITO § 3º Fica dispensada a transcrição, em ins-
trumento público ou particular, do inteiro
Art. 47. É exigida Certidão Negativa de Débito- teor do documento comprobatório de ine-
-CND, fornecida pelo órgão competente, nos se- xistência de débito, bastando a referência
guintes casos: (Redação dada pela Lei nº 9.032, ao seu número de série e data da emissão,
de 28.4.95). bem como a guarda do documento compro-
I – da empresa: batório à disposição dos órgãos competen-
tes.
a) na contratação com o Poder Público e no
recebimento de benefícios ou incentivo fis- § 4º O documento comprobatório de ine-
cal ou creditício concedido por ele; xistência de débito poderá ser apresentado
por cópia autenticada, dispensada a indica-
b) na alienação ou oneração, a qualquer tí- ção de sua finalidade, exceto no caso do in-
tulo, de bem imóvel ou direito a ele relativo; ciso II deste artigo.
c) na alienação ou oneração, a qualquer tí- § 5º O prazo de validade da Certidão Ne-
tulo, de bem móvel de valor superior a Cr$ gativa de Débito – CND é de sessenta dias,
2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos contados da sua emissão, podendo ser am-
mil cruzeiros) incorporado ao ativo perma- pliado por regulamento para até cento e oi-
nente da empresa; 19 tenta dias. (Redação dada pela Lei nº 9.711,
de 1998).
d) no registro ou arquivamento, no órgão
próprio, de ato relativo a baixa ou redução § 6º Independe de prova de inexistência de
de capital de firma individual, redução de débito:
capital social, cisão total ou parcial, trans-
formação ou extinção de entidade ou socie- a) a lavratura ou assinatura de instrumento,
dade comercial ou civil e transferência de ato ou contrato que constitua retificação,
controle de cotas de sociedades de respon- ratificação ou efetivação de outro anterior
sabilidade limitada; (Redação dada pela Lei para o qual já foi feita a prova;
nº 9.528, de 10.12.97). b) a constituição de garantia para concessão
II – do proprietário, pessoa física ou jurídica, de crédito rural, em qualquer de suas mo-
de obra de construção civil, quando de sua dalidades, por instituição de crédito pública
averbação no registro de imóveis, salvo no ou privada, desde que o contribuinte refe-
caso do inciso VIII do art. 30. rido no art. 25, não seja responsável direto
pelo recolhimento de contribuições sobre a
§ 1º A prova de inexistência de débito deve sua produção para a Seguridade Social;
ser exigida da empresa em relação a todas
as suas dependências, estabelecimentos c) a averbação prevista no inciso II deste ar-
e obras de construção civil, independente- tigo, relativa a imóvel cuja construção tenha
mente do local onde se encontrem, ressal- sido concluída antes de 22 de novembro de
vado aos órgãos competentes o direito de 1966.
cobrança de qualquer débito apurado pos- d) o recebimento pelos Municípios de trans-
teriormente. ferência de recursos destinados a ações de
§ 2º A prova de inexistência de débito, assistência social, educação, saúde e em
quando exigível ao incorporador, independe caso de calamidade pública. (Incluído pela
da apresentada no registro de imóveis por Lei nº 11.960, de 2009)

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e) a verbação da construção civil localiza- cada na forma estabelecida no art. 92, sem
da em área objeto de regularização fundi- prejuízo da responsabilidade administrativa
ária de interesse social, na forma da Lei nº e penal cabível. (Parágrafo renumerado e al-
11.977, de 7 de julho de 2009. (Incluído terado pela Lei nº 9.639, de 25.5.98).
pela Lei nº 12.424, de 2011)
§ 7º O condômino adquirente de unidades
imobiliárias de obra de construção civil não
TÍTULO VII
incorporada na forma da Lei nº 4.591, de 16
de dezembro de 1964, poderá obter docu- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
mento comprobatório de inexistência de Art. 49. A matrícula da empresa será efetuada
débito, desde que comprove o pagamento nos termos e condições estabelecidos pela Se-
das contribuições relativas à sua unidade, cretaria da Receita Federal do Brasil. (Redação
conforme dispuser o regulamento. dada pela Lei nº 11.941, de 2009).
§ 8º (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009) I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº
Art. 48. A prática de ato com inobservância 11.941, de 2009).
do disposto no artigo anterior, ou o seu regis- II – (revogado). (Redação dada pela Lei nº
tro, acarretará a responsabilidade solidária dos 11.941, de 2009).
contratantes e do oficial que lavrar ou registrar
o instrumento, sendo o ato nulo para todos os § 1º No caso de obra de construção civil, a
efeitos. matrícula deverá ser efetuada mediante co-
municação obrigatória do responsável por
§ 1º Os órgãos competentes podem inter- sua execução, no prazo de 30 (trinta) dias,
vir em instrumento que depender de prova contado do início de suas atividades, quan-
de inexistência de débito, a fim de autorizar do obterá número cadastral básico, de cará-
sua lavratura, desde que o débito seja pago ter permanente. (Redação dada pela Lei nº
no ato ou o seu pagamento fique assegura- 11.941, de 2009).
do mediante confissão de dívida fiscal com
o oferecimento de garantias reais suficien- a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
tes, na forma estabelecida em regulamento. 11.941, de 2009).
§ 2º Em se tratando de alienação de bens b) (revogada). (Redação dada pela Lei nº
do ativo de empresa em regime de liqui- 11.941, de 2009).
dação extrajudicial, visando à obtenção de
recursos necessários ao pagamento dos cre- § 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
dores, independentemente do pagamento 11.941, de 2009).
ou da confissão de dívida fiscal, o Instituto § 3º O não cumprimento do disposto no §
Nacional do Seguro Social-INSS poderá au- 1º deste artigo sujeita o responsável a mul-
torizar a lavratura do respectivo instrumen- ta na forma estabelecida no art. 92 desta
to, desde que o valor do crédito previdenci- Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de
ário conste, regularmente, do quadro geral 2009).
de credores, observada a ordem de prefe-
rência legal.(Parágrafo acrescentado pela § 4º O Departamento Nacional de Registro
Lei nº 9.639, de 25.5.98). do Comércio – DNRC, por intermédio das
Juntas Comerciais bem como os Cartórios
§ 3º O servidor, o serventuário da Justiça, o de Registro Civil de Pessoas Jurídicas pres-
titular de serventia extrajudicial e a autori- tarão, obrigatoriamente, à Secretaria da
dade ou órgão que infringirem o disposto Receita Federal do Brasil todas as informa-
no artigo anterior incorrerão em multa apli-

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ções referentes aos atos constitutivos e al- Art. 52. Às empresas, enquanto estiverem em
terações posteriores relativos a empresas e débito não garantido com a União, aplica-se o
entidades neles registradas. (Redação dada disposto no art. 32 da Lei nº 4.357, de 16 de ju-
pela Lei nº 11.941, de 2009). lho de 1964. (Redação dada pela Lei nº 11.941,
de 2009).
§ 5º A matrícula atribuída pela Secretaria da
Receita Federal do Brasil ao produtor rural I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº
pessoa física ou segurado especial é o do- 11.941, de 2009).
cumento de inscrição do contribuinte, em
substituição à inscrição no Cadastro Nacio- II – (revogado). (Redação dada pela Lei nº
nal de Pessoa Jurídica – CNPJ, a ser apresen- 11.941, de 2009).
tado em suas relações com o Poder Público, Parágrafo único. (Revogado). (Redação
inclusive para licenciamento sanitário de dada pela Lei nº 11.941, de 2009).
produtos de origem animal ou vegetal sub-
metidos a processos de beneficiamento ou Art. 53. Na execução judicial da dívida ativa da
industrialização artesanal, com as institui- União, suas autarquias e fundações públicas,
ções financeiras, para fins de contratação será facultado ao exequente indicar bens à pe-
de operações de crédito, e com os adqui- nhora, a qual será efetivada concomitantemen-
rentes de sua produção ou fornecedores de te com a citação inicial do devedor.
sementes, insumos, ferramentas e demais
§ 1º Os bens penhorados nos termos deste
implementos agrícolas. (Incluído pela Lei nº
artigo ficam desde logo indisponíveis.
11.718, de 2008).
§ 2º Efetuado o pagamento integral da dívi-
§ 6º O disposto no § 5º deste artigo não se
da executada, com seus acréscimos legais,
aplica ao licenciamento sanitário de produ-
no prazo de 2 (dois) dias úteis contados da
tos sujeitos à incidência de Imposto sobre
citação, independentemente da juntada aos
Produtos Industrializados ou ao contribuin-
autos do respectivo mandado, poderá ser
te cuja inscrição no Cadastro Nacional de
liberada a penhora, desde que não haja ou-
Pessoa Jurídica – CNPJ seja obrigatória. (In-
tra execução pendente.
cluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
§ 3º O disposto neste artigo aplica-se tam-
Art. 50. Para fins de fiscalização do INSS, o Mu-
bém às execuções já processadas.
nicípio, por intermédio do órgão competente,
fornecerá relação de alvarás para construção § 4º Não sendo opostos embargos, no caso
civil e documentos de "habite-se" concedidos. legal, ou sendo eles julgados improceden-
(Redação dada pela Lei nº 9.476, de 1997) tes, os autos serão conclusos ao juiz do fei-
to, para determinar o prosseguimento da
Art. 51. O crédito relativo a contribuições, cotas
execução.
e respectivos adicionais ou acréscimos de qual-
quer natureza arrecadados pelos órgãos compe- Art. 54. Os órgãos competentes estabelecerão
tentes, bem como a atualização monetária e os critério para a dispensa de constituição ou exi-
juros de mora, estão sujeitos, nos processos de gência de crédito de valor inferior ao custo des-
falência, concordata ou concurso de credores, sa medida.
às disposições atinentes aos créditos da União,
aos quais são equiparados. Art. 55. (Revogado pela Lei nº 12.101, de 2009)

Parágrafo único. O Instituto Nacional do Art. 56. A inexistência de débitos em relação às


Seguro Social-INSS reivindicará os valores contribuições devidas ao Instituto Nacional do
descontados pela empresa de seus empre- Seguro Social-INSS, a partir da publicação desta
gados e ainda não recolhidos. Lei, é condição necessária para que os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios possam receber

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as transferências dos recursos do Fundo de Par- doze meses, não se lhes aplicando o dispos-
ticipação dos Estados e do Distrito Federal-FPE e to no § 1º do artigo 38 desta Lei. (Parágrafo
do Fundo de Participação dos Municípios-FPM, acrescentado pela Lei nº 8.444, de 20.7.92).
celebrar acordos, contratos, convênios ou ajus-
tes, bem como receber empréstimos, financia- Art. 59. O Instituto Nacional do Seguro Social-
mentos, avais e subvenções em geral de órgãos -INSS implantará, no prazo de 90 (noventa) dias
ou entidades da administração direta e indireta a contar da data da publicação desta Lei, siste-
da União. ma próprio e informatizado de cadastro dos
pagamentos e débitos dos Governos Estaduais,
§ 1º (Revogado pela Medida Provisória no do Distrito Federal e das Prefeituras Municipais,
2187-13, de 2001). (Renumerado do pará- que viabilize o permanente acompanhamento e
grafo único e Incluído pela Lei nº 12.810, de fiscalização do disposto nos arts. 56, 57 e 58 e
2013) permita a divulgação periódica dos devedores
da Previdência Social.
§ 2º Os recursos do FPE e do FPM não trans-
feridos em decorrência da aplicação do ca- Art. 60. O pagamento dos benefícios da Segu-
put deste artigo poderão ser utilizados para ridade Social será realizado por intermédio da
quitação, total ou parcial, dos débitos relati- rede bancária ou por outras formas definidas
vos às contribuições de que tratam as alíne- pelo Ministério da Previdência Social. (Redação
as a e c do parágrafo único do art. 11 desta dada pela Lei nº 11.941, de 2009).
Lei, a pedido do representante legal do Es-
tado, Distrito Federal ou Município. (Incluí- Parágrafo único. (Revogado pela Medida
do pela Lei nº 12.810, de 2013) Provisória nº 2.170-36, de 2001).

Art. 57. Os Estados, o Distrito Federal e os Mu- Art. 61. As receitas provenientes da cobrança
nicípios serão, igualmente, obrigados a apresen- de débitos dos Estados e Municípios e da aliena-
tar, a partir de 1º de junho de 1992, para os fins ção, arrendamento ou locação de bens móveis
do disposto no artigo anterior, comprovação de ou imóveis pertencentes ao patrimônio do Ins-
pagamento da parcela mensal referente aos dé- tituto Nacional do Seguro Social-INSS, deverão
bitos com o Instituto Nacional do Seguro Social- constituir reserva técnica, de longo prazo, que
-INSS, existentes até 1º de setembro de 1991, garantirá o seguro social estabelecido no Plano
renegociados nos termos desta Lei. de Benefícios da Previdência Social.

Art. 58. Os débitos dos Estados, do Distrito Fe- Parágrafo único. É vedada a utilização dos
deral e dos Municípios para com o Instituto recursos de que trata este artigo, para co-
Nacional do Seguro Social-INSS, existentes até brir despesas de custeio em geral, inclusive
1º de setembro de 1991, poderão ser liquida- as decorrentes de criação, majoração ou
dos em até 240 (duzentos e quarenta) parcelas extensão dos benefícios ou serviços da Pre-
mensais. vidência Social, admitindo-se sua utilização,
excepcionalmente, em despesas de capital,
§ 1º Para apuração dos débitos será consi- na forma da lei de orçamento.
derado o valor original atualizado pelo ín-
dice oficial utilizado pela Seguridade Social Art. 62. A contribuição estabelecida na Lei nº
para correção de seus créditos. (Renumera- 5.161, de 21 de outubro de 1966, em favor da
do pela Lei nº 8.444, de 20.7.92) Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Seguran-
ça e Medicina do Trabalho-FUNDACENTRO, será
§ 2º As contribuições descontadas até 30 de de 2% (dois por cento) da receita proveniente
junho de 1992 dos segurados que tenham da contribuição a cargo da empresa, a título de
prestado serviços aos Estados, ao Distrito financiamento da complementação das presta-
Federal e aos Municípios poderão ser ob- ções por acidente do trabalho, estabelecida no
jeto de acordo para parcelamento em até inciso II do art. 22.

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Parágrafo único. Os recursos referidos § 1º No caso de não haver sido registrado
neste artigo poderão contribuir para o fi- nenhum óbito, deverá o Titular do Cartório
nanciamento das despesas com pessoal e de Registro Civil de Pessoas Naturais comu-
administração geral da Fundação Jorge Du- nicar este fato ao INSS no prazo estipulado
prat Figueiredo de Segurança e Medicina do no caput deste artigo. (Parágrafo acrescen-
Trabalho-Fundacentro. (Parágrafo acrescen- tado pela Lei nº 8.870, de 15.4.94).
tado pela Lei nº 9.639, de 25.5.98)
§ 2º A falta de comunicação na época pró-
pria, bem como o envio de informações ine-
xatas, sujeitará o Titular de Cartório de Re-
TÍTULO VIII gistro Civil de Pessoas Naturais à penalidade
prevista no art. 92 desta Lei. (Redação dada
Das Disposições Finais e Transitórias pela Lei nº 9.476, de 23.7.97)
§ 3º A comunicação deverá ser feita por
meio de formulários para cadastramento de
CAPÍTULO I óbito, conforme modelo aprovado pelo Mi-
DA MODERNIZAÇÃO DA nistério da Previdência e Assistência Social.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.187-
PREVIDÊNCIA SOCIAL
13, de 2001).
Art. 63. (Revogado pela Medida Provisória nº § 4º No formulário para cadastramento de
2.216-37, de 2001). óbito deverá constar, além dos dados refe-
Art. 64. (Revogado pela Medida Provisória nº rentes à identificação do Cartório de Regis-
2.216-37, de 2001). tro Civil de Pessoas Naturais, pelo menos
uma das seguintes informações relativas à
Art. 65. (Revogado pela Medida Provisória nº pessoa falecida: (Incluído pela Medida Pro-
2.216-37, de 2001). visória nº 2.187-13, de 2001).
Art. 66. (Revogado pela Medida Provisória nº a) número de inscrição do PIS/PASEP; (In-
2.216-37, de 2001). cluído pela Medida Provisória nº 2.187-13,
de 2001).
Art. 67. Até que seja implantado o Cadastro
Nacional do Trabalhador-CNT, as instituições e b) número de inscrição no Instituto Nacio-
órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e nal do Seguro Social – INSS, se contribuinte
municipais, detentores de cadastros de empre- individual, ou número de benefício previ-
sas e de contribuintes em geral, deverão colocar denciário – NB, se a pessoa falecida for ti-
à disposição do Instituto Nacional do Seguro So- tular de qualquer benefício pago pelo INSS;
cial-INSS, mediante a realização de convênios, (Incluído pela Medida Provisória nº 2.187-
todos os dados necessários à permanente atua- 13, de 2001).
lização dos cadastros da Previdência Social.
c) número do CPF; (Incluído pela Medida
Art. 68. O Titular do Cartório de Registro Civil de Provisória nº 2.187-13, de 2001).
Pessoas Naturais fica obrigado a comunicar, ao
INSS, até o dia 10 de cada mês, o registro dos d) número de registro da Carteira de Iden-
óbitos ocorridos no mês imediatamente an- tidade e respectivo órgão emissor; (Incluí-
terior, devendo da relação constar a filiação, a do pela Medida Provisória nº 2.187-13, de
data e o local de nascimento da pessoa falecida. 2001).
(Redação dada pela Lei nº 8.870, de 15.4.94) e) número do título de eleitor; (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001).

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f) número do registro de nascimento ou ca- sionistas do regime geral de previdência so-


samento, com informação do livro, da folha cial. (Incluído pela Lei nº 10.887, de 2004).
e do termo; (Incluído pela Medida Provisó-
ria nº 2.187-13, de 2001). Art. 70. Os beneficiários da Previdência Social,
aposentados por invalidez, ficam obrigados, sob
g) número e série da Carteira de Trabalho. pena de sustação do pagamento do benefício,
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.187- a submeterem-se a exames médico-periciais,
13, de 2001). estabelecidos na forma do regulamento, que
definirá sua periodicidade e os mecanismos de
Art. 69. O Ministério da Previdência e Assistên- fiscalização e auditoria.
cia Social e o Instituto Nacional do Seguro Social
– INSS manterão programa permanente de revi- Art. 71. O Instituto Nacional do Seguro Social-
são da concessão e da manutenção dos benefí- -INSS deverá rever os benefícios, inclusive os
cios da Previdência Social, a fim de apurar irre- concedidos por acidente do trabalho, ainda que
gularidades e falhas existentes. (Redação dada concedidos judicialmente, para avaliar a persis-
pela Lei nº 9.528, de 10.12.97) tência, atenuação ou agravamento da incapaci-
dade para o trabalho alegada como causa para a
§ 1º Havendo indício de irregularidade na sua concessão.
concessão ou na manutenção de benefício,
a Previdência Social notificará o beneficiá- Parágrafo único. Será cabível a concessão
rio para apresentar defesa, provas ou docu- de liminar nas ações rescisórias e revisional,
mentos de que dispuser, no prazo de trinta para suspender a execução do julgado res-
dias. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de cindendo ou revisando, em caso de fraude
10.12.97) ou erro material comprovado. (Parágrafo
acrescentado pela Lei nº 9.032, de 28 4.95).
§ 2º A notificação a que se refere o parágra-
fo anterior far-se-á por via postal com avi- Art. 72. O Instituto Nacional do Seguro Social-
so de recebimento e, não comparecendo o -INSS promoverá, no prazo de 180 (cento e oi-
beneficiário nem apresentando defesa, será tenta) dias a contar da publicação desta Lei, a
suspenso o benefício, com notificação ao revisão das indenizações associadas a benefí-
beneficiário por edital resumido publicado cios por acidentes do trabalho, cujos valores
uma vez em jornal de circulação na locali- excedam a Cr$ 1.700.000,00 (um milhão e sete-
dade. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de centos mil cruzeiros).
10.12.97).
Art. 73. O setor encarregado pela área de bene-
§ 3º Decorrido o prazo concedido pela noti- fícios no âmbito do Instituto Nacional do Seguro
ficação postal ou pelo edital, sem que tenha Social-INSS deverá estabelecer indicadores qua-
havido resposta, ou caso seja considerada litativos e quantitativos para acompanhamento
pela Previdência Social como insuficiente e avaliação das concessões de benefícios reali-
ou improcedente a defesa apresentada, o zadas pelos órgãos locais de atendimento.
benefício será cancelado, dando-se conhe-
cimento da decisão ao beneficiário. (Reda- Art. 74. Os postos de benefícios deverão adotar
ção dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). como prática o cruzamento das informações de-
claradas pelos segurados com os dados de ca-
§ 4º Para efeito do disposto no caput deste dastros de empresas e de contribuintes em ge-
artigo, o Ministério da Previdência Social e ral quando da concessão de benefícios.
o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS
procederão, no mínimo a cada 5 (cinco) Art. 75. (Revogado pela Lei nº 9.711, de 1998).
anos, ao recenseamento previdenciário, Art. 76. O Instituto Nacional do Seguro Social-
abrangendo todos os aposentados e pen- -INSS deverá proceder ao recadastramento de

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todos aqueles que, por intermédio de procura- VII – disponibilizará ao público, inclusive
ção, recebem benefícios da Previdência Social. por meio de rede pública de transmissão de
dados, informações atualizadas sobre as re-
Parágrafo único. O documento de procura- ceitas e despesas do regime geral de previ-
ção deverá, a cada semestre, ser revalidado dência social, bem como os critérios e parâ-
pelos órgãos de atendimento locais. metros adotados para garantir o equilíbrio
Art. 77. (Revogado pela Medida Provisória nº financeiro e atuarial do regime. (Incluído
2.216-37, de 2001). pela Lei nº 10.887, de 2004).

Art. 78. O Instituto Nacional do Seguro Social- Art. 81. (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)
-INSS, na forma da legislação específica, fica Art. 82. A Auditoria e a Procuradoria do Instituto
autorizado a contratar auditorias externas, pe- Nacional do Seguro Social-INSS deverão, a cada
riodicamente, para analisar e emitir parecer trimestre, elaborar relação das auditorias rea-
sobre demonstrativos econômico-financeiros e lizadas e dos trabalhos executados, bem como
contábeis, arrecadação, cobrança e fiscalização dos resultados obtidos, enviando-a a apreciação
das contribuições, bem como pagamento dos do Conselho Nacional da Seguridade Social.
benefícios, submetendo os resultados obtidos à
apreciação do Conselho Nacional da Seguridade Art. 83. O Instituto Nacional do Seguro Social-
Social. -INSS deverá implantar um programa de quali-
ficação e treinamento sistemático de pessoal,
Art. 79. (Revogado pela Lei nº 9.711, de 1998). bem como promover a reciclagem e redistribui-
Art. 80. Fica o Instituto Nacional do Seguro So- ção de funcionários conforme as demandas dos
cial-INSS obrigado a: órgãos regionais e locais, visando a melhoria da
qualidade do atendimento e o controle e a efici-
I – enviar às empresas e aos seus segurados, ência dos sistemas de arrecadação e fiscalização
quando solicitado, extrato relativo ao reco- de contribuições, bem como de pagamento de
lhimento das suas contribuições; (Redação benefícios.
pela Lei nº 12.692, de 2012)
Art. 84. (Revogado pela Medida Provisória nº
II – (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009) 2.216-37, de 2001).
III – emitir e enviar aos beneficiários o Aviso
de Concessão de Benefício, além da memó-
ria de cálculo do valor dos benefícios conce- CAPÍTULO II
didos;
DAS DEMAIS DISPOSIÇÕES
IV – reeditar versão atualizada, nos termos
do Plano de Benefícios, da Carta dos Direi- Art. 85. O Conselho Nacional da Seguridade So-
tos dos Segurados; cial será instalado no prazo de 30 (trinta) dias
após a promulgação desta Lei.
V – divulgar, com a devida antecedência,
através dos meios de comunicação, alte- Art. 85-A. Os tratados, convenções e outros
rações porventura realizadas na forma de acordos internacionais de que Estado estrangei-
contribuição das empresas e segurados em ro ou organismo internacional e o Brasil sejam
geral; partes, e que versem sobre matéria previdenci-
ária, serão interpretados como lei especial. (In-
VI – descentralizar, progressivamente, o cluído pela Lei nº 9.876, de 1999).
processamento eletrônico das informações,
mediante extensão dos programas de infor- Art. 86. (Revogado pela Medida Provisória nº
matização de postos de atendimento e de 2.216-37, de 2001).
Regiões Fiscais.

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Art. 87. Os orçamentos das pessoas jurídicas § 8º Verificada a existência de débito em


de direito público e das entidades da adminis- nome do sujeito passivo, o valor da restitui-
tração pública indireta devem consignar as do- ção será utilizado para extingui-lo, total ou
tações necessárias ao pagamento das contribui- parcialmente, mediante compensação. (In-
ções da Seguridade Social, de modo a assegurar cluído pela Lei nº 11.196, de 2005).
a sua regular liquidação dentro do exercício.
§ 9º Os valores compensados indevidamen-
Art. 88. Os prazos de prescrição de que goza a te serão exigidos com os acréscimos mora-
União aplicam-se à Seguridade Social, ressalva- tórios de que trata o art. 35 desta Lei. (Inclu-
do o disposto no art. 46. ído pela Lei nº 11.941, de 2009).
Art. 89. As contribuições sociais previstas nas § 10. Na hipótese de compensação indevi-
alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 da, quando se comprove falsidade da decla-
desta Lei, as contribuições instituídas a títu- ração apresentada pelo sujeito passivo, o
lo de substituição e as contribuições devidas a contribuinte estará sujeito à multa isolada
terceiros somente poderão ser restituídas ou aplicada no percentual previsto no inciso I
compensadas nas hipóteses de pagamento ou do caput do art. 44 da Lei nº 9.430, de 27
recolhimento indevido ou maior que o devido, de dezembro de 1996, aplicado em dobro,
nos termos e condições estabelecidos pela Se- e terá como base de cálculo o valor total do
cretaria da Receita Federal do Brasil. (Redação débito indevidamente compensado. (Incluí-
dada pela Lei nº 11.941, de 2009). do pela Lei nº 11.941, de 2009).
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº § 11. Aplica-se aos processos de restituição
11.941, de 2009). das contribuições de que trata este artigo e
de reembolso de salário-família e salário-
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº -maternidade o rito previsto no Decreto no
11.941, de 2009). 70.235, de 6 de março de 1972. (Incluído
§ 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº pela Lei nº 11.941, de 2009).
11.941, de 2009). Art. 90. O Conselho Nacional da Seguridade So-
§ 4º O valor a ser restituído ou compensado cial, dentro de 180 (cento e oitenta) dias da sua
será acrescido de juros obtidos pela aplica- instalação, adotará as providências necessárias
ção da taxa referencial do Sistema Especial ao levantamento das dívidas da União para com
de Liquidação e de Custódia – SELIC para tí- a Seguridade Social.
tulos federais, acumulada mensalmente, a Art. 91. Mediante requisição da Seguridade So-
partir do mês subsequente ao do pagamen- cial, a empresa é obrigada a descontar, da re-
to indevido ou a maior que o devido até o muneração paga aos segurados a seu serviço, a
mês anterior ao da compensação ou resti- importância proveniente de dívida ou responsa-
tuição e de 1% (um por cento) relativamen- bilidade por eles contraída junto à Seguridade
te ao mês em que estiver sendo efetuada. Social, relativa a benefícios pagos indevidamen-
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). te.
§ 5º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº Art. 92. A infração de qualquer dispositivo des-
11.941, de 2009). ta Lei para a qual não haja penalidade expres-
§ 6º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº samente cominada sujeita o responsável, con-
11.941, de 2009). forme a gravidade da infração, a multa variável
de Cr$ 100.000,00 (cem mil cruzeiros) a Cr$
§ 7º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 10.000.000,00 (dez milhões de cruzeiros), con-
11.941, de 2009). forme dispuser o regulamento. 24

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Art. 93. (Revogado o caput pela Lei nº 9.639, de c) à inabilitação para licitar e contratar com
25.5.98.) qualquer órgão ou entidade da administra-
ção pública direta ou indireta federal, esta-
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº dual, do Distrito Federal ou municipal;
11.941, de 2009)
d) à interdição para o exercício do comércio,
Art. 94. (Revogado pela Lei nº 11.501, de 2007). se for sociedade mercantil ou comerciante
Art. 95. Caput. Revogado. (Redação dada pela individual;
Lei nº 9.983, de 2000). e) à desqualificação para impetrar concor-
a) revogada; (Redação dada pela Lei nº data;
9.983, de 2000). f) à cassação de autorização para funcionar
b) revogada; (Redação dada pela Lei nº no país, quando for o caso.
9.983, de 2000). § 3º Revogado. (Redação dada pela Lei nº
c) revogada; (Redação dada pela Lei nº 9.983, de 2000).
9.983, de 2000). § 4º Revogado. (Redação dada pela Lei nº
d) revogada; (Redação dada pela Lei nº 9.983, de 2000).
9.983, de 2000). § 5º Revogado. (Redação dada pela Lei nº
e) revogada; (Redação dada pela Lei nº 9.983, de 2000).
9.983, de 2000). Art. 96. O Poder Executivo enviará ao Congresso
f) revogada; (Redação dada pela Lei nº Nacional, anualmente, acompanhando a Pro-
9.983, de 2000). posta Orçamentária da Seguridade Social, pro-
jeções atuariais relativas à Seguridade Social,
g) revogada; (Redação dada pela Lei nº abrangendo um horizonte temporal de, no mí-
9.983, de 2000). nimo, 20 (vinte) anos, considerando hipóteses
alternativas quanto às variáveis demográficas,
h) revogada; (Redação dada pela Lei nº
econômicas e institucionais relevantes.
9.983, de 2000).
Art. 97. Fica o Instituto Nacional do Seguro So-
i) revogada; (Redação dada pela Lei nº
cial-INSS autorizado a proceder a alienação ou
9.983, de 2000).
permuta, por ato da autoridade competente, de
j) revogada. (Redação dada pela Lei nº bens imóveis de sua propriedade considerados
9.983, de 2000). desnecessários ou não vinculados às suas ativi-
dades operacionais. (Redação dada pela Lei nº
§ 1º Revogado. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97).
9.983, de 2000).
§ 1º Na alienação a que se refere este artigo
§ 2º A empresa que transgredir as normas será observado o disposto no art. 18 e nos
desta Lei, além das outras sanções previs- incisos I, II e III do art. 19, da Lei nº 8.666, de
tas, sujeitar-se-á, nas condições em que dis- 21 de junho de 1993, alterada pelas Leis nºs
puser o regulamento: 8.883, de 8 de junho de 1994, e 9.032, de
a) à suspensão de empréstimos e financia- 28 de abril de 1995.(Parágrafo acrescentado
mentos, por instituições financeiras oficiais; pela Lei nº 9.528, de 10.12.97).

b) à revisão de incentivos fiscais de trata- § 2º (VETADO na Lei nº 9.528, de 10.12.97).


mento tributário especial; Art. 98. Nas execuções fiscais da dívida ativa
do INSS, o leilão judicial dos bens penhorados

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realizar-se-á por leiloeiro oficial, indicado pelo quenta por cento de seu valor a título de
credor, que procederá à hasta pública: (Artigo multa, e, imediatamente inscrito em dívida
restabelecido, com nova redação e inclusão de ativa e executado.
incisos, parágrafos e alíneas, pela Lei nº 9.528,
de 10.12.1997). § 7º Se no primeiro ou no segundo leilões a
que se refere o caput não houver licitante, o
I – no primeiro leilão, pelo valor do maior INSS poderá adjudicar o bem por cinquenta
lance, que não poderá ser inferior ao da por cento do valor da avaliação.
avaliação;
§ 8º Se o bem adjudicado não puder ser uti-
II – no segundo leilão, por qualquer valor, lizado pelo INSS, e for de difícil venda, pode-
excetuado o vil. rá ser negociado ou doado a outro órgão ou
entidade pública que demonstre interesse
§ 1º Poderá o juiz, a requerimento do cre- na sua utilização.
dor, autorizar seja parcelado o pagamento
do valor da arrematação, na forma prevista § 9º Não havendo interesse na adjudicação,
para os parcelamentos administrativos de poderá o juiz do feito, de ofício ou a reque-
débitos previdenciários. rimento do credor, determinar sucessivas
repetições da hasta pública.
§ 2º Todas as condições do parcelamento
deverão constar do edital de leilão. § 10. O leiloeiro oficial, a pedido do credor,
poderá ficar como fiel depositário dos bens
§ 3º O débito do executado será quitado na penhorados e realizar a respectiva remoção.
proporção do valor de arrematação.
§ 11. O disposto neste artigo aplica-se às
§ 4º O arrematante deverá depositar, no execuções fiscais da Dívida Ativa da União.
ato, o valor da primeira parcela. (Incluído pela Lei nº 10.522, de 2002).
§ 5º Realizado o depósito, será expedida Art. 99. O Instituto Nacional do Seguro Social-
carta de arrematação, contendo as seguin- -INSS poderá contratar leiloeiros oficiais para
tes disposições: promover a venda administrativa dos bens, ad-
a) valor da arrematação, valor e número de judicados judicialmente ou que receber em da-
parcelas mensais em que será pago; ção de pagamento. (Artigo restabelecido, com
nova redação e parágrafo único acrescentado
b) constituição de hipoteca do bem adqui- pela Lei nº 9.528, de 10.12.97).
rido, ou de penhor, em favor do credor, ser-
vindo a carta de título hábil para registro da Parágrafo único. O INSS, no prazo de ses-
garantia; senta dias, providenciará alienação do bem
por intermédio do leiloeiro oficial.
c) indicação do arrematante como fiel de-
positário do bem móvel, quando constituí- Art. 100. (Revogado pela Lei nº 9.528, de
do penhor; 10.12.97)

d) especificação dos critérios de reajusta- Art. 101. (Revogado pela Medida Provisória nº
mento do saldo e das parcelas, que será 2.187-13, de 2001).
sempre o mesmo vigente para os parcela- Art. 102. Os valores expressos em moeda cor-
mentos de débitos previdenciários. rente nesta Lei serão reajustados nas mesmas
§ 6º Se o arrematante não pagar, no ven- épocas e com os mesmos índices utilizados
cimento, qualquer das parcelas mensais, o para o reajustamento dos benefícios de presta-
saldo devedor remanescente vencerá an- ção continuada da Previdência Social. (Redação
tecipadamente, que será acrescido em cin-

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dada pela Medida Provisória nº 2.187-13, de Art. 103. O Poder Executivo regulamentará esta
2001). Lei nº prazo de 60 (sessenta) dias a partir da
data de sua publicação.
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às
penalidades previstas no art. 32-A desta Lei. Art. 104. Esta Lei entrará em vigor na data de
(Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). sua publicação.
§ 2º O reajuste dos valores dos salários-de- Art. 105. Revogam-se as disposições em contrá-
-contribuição em decorrência da alteração rio.
do salário-mínimo será descontado por oca-
sião da aplicação dos índices a que se refe- Brasília, em 24 de julho de 1991; 170º da In-
re o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº dependência e 103º da República.
11.941, de 2009). FERNANDO COLLOR
Antonio Magri

LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991.

Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previ- III – seletividade e distributividade na pres-


dência Social e dá outras providências. tação dos benefícios;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o IV – cálculo dos benefícios considerando-se
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se- os salários-de-contribuição corrigidos mo-
guinte Lei: netariamente;
V – irredutibilidade do valor dos benefícios
de forma a preservar-lhes o poder aquisiti-
TÍTULO I vo;
VI – valor da renda mensal dos benefícios
Da Finalidade e dos Princípios substitutos do salário-de-contribuição ou
Básicos da Previdência Social do rendimento do trabalho do segurado
não inferior ao do salário mínimo;
Art. 1º A Previdência Social, mediante contri-
buição, tem por fim assegurar aos seus benefici- VII – previdência complementar facultativa,
ários meios indispensáveis de manutenção, por custeada por contribuição adicional;
motivo de incapacidade, desemprego involuntá- VIII – caráter democrático e descentralizado
rio, idade avançada, tempo de serviço, encargos da gestão administrativa, com a participa-
familiares e prisão ou morte daqueles de quem ção do governo e da comunidade, em espe-
dependiam economicamente. cial de trabalhadores em atividade, empre-
Art. 2º A Previdência Social rege-se pelos se- gadores e aposentados.
guintes princípios e objetivos: Parágrafo único. A participação referida no
I – universalidade de participação nos pla- inciso VIII deste artigo será efetivada a nível
nos previdenciários; federal, estadual e municipal.

II – uniformidade e equivalência dos bene- Art. 3º Fica instituído o Conselho Nacional de


fícios e serviços às populações urbanas e Previdência Social–CNPS, órgão superior de de-
rurais; liberação colegiada, que terá como membros:

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I – seis representantes do Governo Federal; dade, titulares e suplentes, é assegurada a


(Redação dada pela Lei nº 8.619, de 1993) estabilidade no emprego, da nomeação até
um ano após o término do mandato de re-
II – nove representantes da sociedade civil,
presentação, somente podendo ser demiti-
sendo: (Redação dada pela Lei nº 8.619, de
dos por motivo de falta grave, regularmente
1993)
comprovada através de processo judicial.
a) três representantes dos aposentados
§ 8º Competirá ao Ministério do Trabalho e
e pensionistas; (Redação dada pela Lei nº
da Previdência Social proporcionar ao CNPS
8.619, de 1993)
os meios necessários ao exercício de suas
b) três representantes dos trabalhadores competências, para o que contará com uma
em atividade; (Redação dada pela Lei nº Secretaria-Executiva do Conselho Nacional
8.619, de 1993) de Previdência Social.
c) três representantes dos empregadores. § 9º O CNPS deverá se instalar no prazo de
(Redação dada pela Lei nº 8.619, de 1993) 30 (trinta) dias a contar da publicação desta
Lei.
§ 1º Os membros do CNPS e seus respecti-
vos suplentes serão nomeados pelo Presi- Art. 4º Compete ao Conselho Nacional de Previ-
dente da República, tendo os representan- dência Social–CNPS:
tes titulares da sociedade civil mandato de
2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos, de I – estabelecer diretrizes gerais e apreciar as
imediato, uma única vez. decisões de políticas aplicáveis à Previdên-
cia Social;
§ 2º Os representantes dos trabalhadores
em atividade, dos aposentados, dos empre- II – participar, acompanhar e avaliar siste-
gadores e seus respectivos suplentes serão maticamente a gestão previdenciária;
indicados pelas centrais sindicais e confede- III – apreciar e aprovar os planos e progra-
rações nacionais. mas da Previdência Social;
§ 3º O CNPS reunir-se-á, ordinariamente,
IV – apreciar e aprovar as propostas orça-
uma vez por mês, por convocação de seu
mentárias da Previdência Social, antes de
Presidente, não podendo ser adiada a reu-
sua consolidação na proposta orçamentária
nião por mais de 15 (quinze) dias se houver
da Seguridade Social;
requerimento nesse sentido da maioria dos
conselheiros. V – acompanhar e apreciar, através de rela-
§ 4º Poderá ser convocada reunião extraor- tórios gerenciais por ele definidos, a execu-
dinária por seu Presidente ou a requerimen- ção dos planos, programas e orçamentos no
to de um terço de seus membros, conforme âmbito da Previdência Social;
dispuser o regimento interno do CNPS. VI – acompanhar a aplicação da legislação
§ 5º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997) pertinente à Previdência Social;

§ 6º As ausências ao trabalho dos represen- VII – apreciar a prestação de contas anu-


tantes dos trabalhadores em atividade, de- al a ser remetida ao Tribunal de Contas da
correntes das atividades do Conselho, serão União, podendo, se for necessário, contra-
abonadas, computando-se como jornada tar auditoria externa;
efetivamente trabalhada para todos os fins VIII – estabelecer os valores mínimos em
e efeitos legais. litígio, acima dos quais será exigida a anu-
§ 7º Aos membros do CNPS, enquanto re- ência prévia do Procurador-Geral ou do Pre-
presentantes dos trabalhadores em ativi- sidente do INSS para formalização de desis-

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tência ou transigência judiciais, conforme o § 1º O Regime Geral de Previdência Social
disposto no art. 132; – RGPS garante a cobertura de todas as situ-
ações expressas no art. 1º desta Lei, exceto
IX – elaborar e aprovar seu regimento inter-
as de desemprego involuntário, objeto de
no.
lei específica, e de aposentadoria por tem-
Parágrafo único. As decisões proferidas po de contribuição para o trabalhador de
pelo CNPS deverão ser publicadas no Diário que trata o § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212,
Oficial da União. de 24 de julho de 1991. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 123, de 2006)
Art. 5º Compete aos órgãos governamentais:
I – prestar toda e qualquer informação ne- § 2º O Regime Facultativo Complementar
cessária ao adequado cumprimento das de Previdência Social será objeto de lei es-
competências do CNPS, fornecendo inclusi- pecifica.
ve estudos técnicos;
II – encaminhar ao CNPS, com antecedência TÍTULO III
mínima de 2 (dois) meses do seu envio ao
Congresso Nacional, a proposta orçamentá- Do Regime Geral de
ria da Previdência Social, devidamente de-
talhada. Previdência Social
Art. 6º Haverá, no âmbito da Previdência Social,
uma Ouvidoria-Geral, cujas atribuições serão
definidas em regulamento. (Redação dada pela CAPÍTULO I
Lei nº 9.711, de 20.11.98) DOS BENEFICIÁRIOS
Art. 7º (Revogado pela Medida Provisória nº
Art. 10. Os beneficiários do Regime Geral de
2.216-37, de 31.8.01)
Previdência Social classificam-se como segura-
Art. 8º (Revogado pela Medida Provisória nº dos e dependentes, nos termos das Seções I e II
2.216-37, de 31.8.01) deste capítulo.

Seção I
TÍTULO II DOS SEGURADOS
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdên-
Do Plano De Benefícios da cia Social as seguintes pessoas físicas: (Redação
Previdência Social dada pela Lei nº 8.647, de 1993)
I – como empregado: (Redação dada pela
Lei nº 8.647, de 1993)
CAPÍTULO ÚNICO a) aquele que presta serviço de natureza
DOS REGIMES DE urbana ou rural à empresa, em caráter não
PREVIDÊNCIA SOCIAL eventual, sob sua subordinação e mediante
remuneração, inclusive como diretor em-
Art. 9º A Previdência Social compreende: pregado;
I – o Regime Geral de Previdência Social; b) aquele que, contratado por empresa de
II – o Regime Facultativo Complementar de trabalho temporário, definida em legisla-
Previdência Social. ção específica, presta serviço para atender
a necessidade transitória de substituição de

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pessoal regular e permanente ou a acrés- j) o exercente de mandato eletivo federal,


cimo extraordinário de serviços de outras estadual ou municipal, desde que não vin-
empresas; culado a regime próprio de previdência so-
cial; (Incluído pela Lei nº 10.887, de 2004)
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado
e contratado no Brasil para trabalhar como II – como empregado doméstico: aquele
empregado em sucursal ou agência de em- que presta serviço de natureza contínua
presa nacional no exterior; a pessoa ou família, no âmbito residencial
desta, em atividades sem fins lucrativos;
d) aquele que presta serviço no Brasil a mis-
são diplomática ou a repartição consular de III – (Revogado pela Lei nº 9.876, de
carreira estrangeira e a órgãos a elas subor- 26.11.1999)
dinados, ou a membros dessas missões e IV – (Revogado pela Lei nº 9.876, de
repartições, excluídos o não-brasileiro sem 26.11.1999)
residência permanente no Brasil e o brasi-
leiro amparado pela legislação previdenciá- a) (Revogado pela Lei nº 9.876, de
ria do país da respectiva missão diplomática 26.11.1999)
ou repartição consular; b) (Revogado pela Lei nº 9.876, de
e) o brasileiro civil que trabalha para a 26.11.1999)
União, no exterior, em organismos oficiais V – como contribuinte individual: (Redação
brasileiros ou internacionais dos quais o dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
Brasil seja membro efetivo, ainda que lá do-
miciliado e contratado, salvo se segurado na a) a pessoa física, proprietária ou não, que
forma da legislação vigente do país do do- explora atividade agropecuária, a qualquer
micílio; título, em caráter permanente ou temporá-
rio, em área superior a 4 (quatro) módulos
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e fiscais; ou, quando em área igual ou inferior
contratado no Brasil para trabalhar como a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade
empregado em empresa domiciliada no ex- pesqueira, com auxílio de empregados ou
terior, cuja maioria do capital votante per- por intermédio de prepostos; ou ainda nas
tença a empresa brasileira de capital nacio- hipóteses dos §§ 9º e 10 deste artigo; (Re-
nal; dação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
g) o servidor público ocupante de cargo em b) a pessoa física, proprietária ou não, que
comissão, sem vínculo efetivo com a União, explora atividade de extração mineral – ga-
Autarquias, inclusive em regime especial, e rimpo, em caráter permanente ou tempo-
Fundações Públicas Federais. (Incluída pela rário, diretamente ou por intermédio de
Lei nº 8.647, de 1993) prepostos, com ou sem o auxílio de empre-
gados, utilizados a qualquer título, ainda
h) o exercente de mandato eletivo federal, que de forma não contínua; (Redação dada
estadual ou municipal, desde que não vin- pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
culado a regime próprio de previdência so-
cial ; (Incluída pela Lei nº 9.506, de 1997) c) o ministro de confissão religiosa e o mem-
bro de instituto de vida consagrada, de con-
i) o empregado de organismo oficial inter- gregação ou de ordem religiosa; (Redação
nacional ou estrangeiro em funcionamento dada pela Lei nº 10.403, de 8.1.2002)
no Brasil, salvo quando coberto por regime
próprio de previdência social; (Incluída pela d) (Revogado pela Lei nº 9.876, de
Lei nº 9.876, de 26.11.99) 26.11.1999)

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e) o brasileiro civil que trabalha no exte- 1. agropecuária em área de até 4 (quatro)
rior para organismo oficial internacional do módulos fiscais; (Incluído pela Lei nº 11.718,
qual o Brasil é membro efetivo, ainda que de 2008)
lá domiciliado e contratado, salvo quando
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que
coberto por regime próprio de previdência
exerça suas atividades nos termos do inciso
social; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de
XII do caput do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18
26.11.99)
de julho de 2000, e faça dessas atividades o
f) o titular de firma individual urbana ou ru- principal meio de vida; (Incluído pela Lei nº
ral, o diretor não empregado e o membro 11.718, de 2008)
de conselho de administração de socieda-
b) pescador artesanal ou a este assemelha-
de anônima, o sócio solidário, o sócio de
do que faça da pesca profissão habitual ou
indústria, o sócio gerente e o sócio cotista
principal meio de vida; e (Incluído pela Lei
que recebam remuneração decorrente de
nº 11.718, de 2008)
seu trabalho em empresa urbana ou rural,
e o associado eleito para cargo de direção c) cônjuge ou companheiro, bem como fi-
em cooperativa, associação ou entidade de lho maior de 16 (dezesseis) anos de idade
qualquer natureza ou finalidade, bem como ou a este equiparado, do segurado de que
o síndico ou administrador eleito para exer- tratam as alíneas a e b deste inciso, que,
cer atividade de direção condominial, desde comprovadamente, trabalhem com o gru-
que recebam remuneração; (Incluído pela po familiar respectivo. (Incluído pela Lei nº
Lei nº 9.876, de 26.11.99) 11.718, de 2008)
g) quem presta serviço de natureza urba- § 1º Entende-se como regime de econo-
na ou rural, em caráter eventual, a uma ou mia familiar a atividade em que o trabalho
mais empresas, sem relação de emprego; dos membros da família é indispensável à
(Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) própria subsistência e ao desenvolvimento
socioeconômico do núcleo familiar e é exer-
h) a pessoa física que exerce, por conta pró-
cido em condições de mútua dependência
pria, atividade econômica de natureza ur-
e colaboração, sem a utilização de empre-
bana, com fins lucrativos ou não; (Incluído
gados permanentes. (Redação dada pela Lei
pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
nº 11.718, de 2008)
VI – como trabalhador avulso: quem presta,
§ 2º Todo aquele que exercer, concomitan-
a diversas empresas, sem vínculo emprega-
temente, mais de uma atividade remunera-
tício, serviço de natureza urbana ou rural
da sujeita ao Regime Geral de Previdência
definidos no Regulamento;
Social é obrigatoriamente filiado em relação
VII – como segurado especial: a pessoa físi- a cada uma delas.
ca residente no imóvel rural ou em aglome-
§ 3º O aposentado pelo Regime Geral de
rado urbano ou rural próximo a ele que, in-
Previdência Social–RGPS que estiver exer-
dividualmente ou em regime de economia
cendo ou que voltar a exercer atividade
familiar, ainda que com o auxílio eventual
abrangida por este Regime é segurado obri-
de terceiros, na condição de: (Redação dada
gatório em relação a essa atividade, ficando
pela Lei nº 11.718, de 2008)
sujeito às contribuições de que trata a Lei nº
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, 8.212, de 24 de julho de 1991, para fins de
possuidor, assentado, parceiro ou meeiro custeio da Seguridade Social. (Incluído pela
outorgados, comodatário ou arrendatário Lei nº 9.032, de 1995)
rurais, que explore atividade: (Incluído pela
§ 4º O dirigente sindical mantém, durante
Lei nº 11.718, de 2008)
o exercício do mandato eletivo, o mesmo

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enquadramento no Regime Geral de Previ- dias ao ano; (Incluído pela Lei nº 11.718, de
dência Social-RGPS de antes da investidura. 2008)
(Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)
III – a participação em plano de previdên-
§ 5º Aplica-se o disposto na alínea g do in- cia complementar instituído por entidade
ciso I do caput ao ocupante de cargo de classista a que seja associado em razão da
Ministro de Estado, de Secretário Estadual, condição de trabalhador rural ou de produ-
Distrital ou Municipal, sem vínculo efeti- tor rural em regime de economia familiar; e
vo com a União, Estados, Distrito Federal e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
Municípios, suas autarquias, ainda que em
IV – ser beneficiário ou fazer parte de gru-
regime especial, e fundações. (Incluído pela
po familiar que tem algum componente
Lei nº 9.876, de 26.11.99)
que seja beneficiário de programa assisten-
§ 6º Para serem considerados segurados es- cial oficial de governo; (Incluído pela Lei nº
peciais, o cônjuge ou companheiro e os fi- 11.718, de 2008)
lhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou os a
V – a utilização pelo próprio grupo familiar,
estes equiparados deverão ter participação
na exploração da atividade, de processo de
ativa nas atividades rurais do grupo familiar.
beneficiamento ou industrialização artesa-
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
nal, na forma do § 11 do art. 25 da Lei nº
§ 7º O grupo familiar poderá utilizar-se de 8.212, de 24 de julho de 1991; e (Incluído
empregados contratados por prazo deter- pela Lei nº 11.718, de 2008)
minado ou de trabalhador de que trata a
VI – a associação em cooperativa agropecu-
alínea g do inciso V do caput, à razão de no
ária; e (Redação dada pela Lei nº 12.873, de
máximo 120 (cento e vinte) pessoas por dia
2013)
no ano civil, em períodos corridos ou inter-
calados ou, ainda, por tempo equivalente VII – a incidência do Imposto Sobre Produ-
em horas de trabalho, não sendo compu- tos Industrializados – IPI sobre o produto
tado nesse prazo o período de afastamento das atividades desenvolvidas nos termos do
em decorrência da percepção de auxílio- § 12. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)
-doença. (Redação dada pela Lei nº 12.873, (Produção de efeito)
de 2013)
§ 9º Não é segurado especial o membro de
§ 8º Não descaracteriza a condição de segu- grupo familiar que possuir outra fonte de
rado especial: (Incluído pela Lei nº 11.718, rendimento, exceto se decorrente de: (In-
de 2008) cluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
I – a outorga, por meio de contrato escrito I – benefício de pensão por morte, auxílio-
de parceria, meação ou comodato, de até -acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não
50% (cinquenta por cento) de imóvel rural supere o do menor benefício de prestação
cuja área total não seja superior a 4 (qua- continuada da Previdência Social; (Incluído
tro) módulos fiscais, desde que outorgante pela Lei nº 11.718, de 2008)
e outorgado continuem a exercer a respec-
II – benefício previdenciário pela participa-
tiva atividade, individualmente ou em regi-
ção em plano de previdência complementar
me de economia familiar; (Incluído pela Lei
instituído nos termos do inciso IV do § 8º
nº 11.718, de 2008)
deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.718, de
II – a exploração da atividade turística da 2008)
propriedade rural, inclusive com hospeda-
III – exercício de atividade remunerada em
gem, por não mais de 120 (cento e vinte)
período não superior a 120 (cento e vinte)
dias, corridos ou intercalados, no ano civil,

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observado o disposto no § 13 do art. 12 da nos incisos III, V, VII e VIII do § 9º e no § 12,
Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; (Reda- sem prejuízo do disposto no art. 15; (Reda-
ção dada pela Lei nº 12.873, de 2013) ção dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
IV – exercício de mandato eletivo de diri- c) tornar-se segurado obrigatório de outro
gente sindical de organização da categoria regime previdenciário; e (Redação dada
de trabalhadores rurais; (Incluído pela Lei pela Lei nº 12.873, de 2013)
nº 11.718, de 2008) d) participar de sociedade empresária, de
V – exercício de mandato de vereador do sociedade simples, como empresário indivi-
Município em que desenvolve a atividade dual ou como titular de empresa individual
rural ou de dirigente de cooperativa rural de responsabilidade limitada em desacordo
constituída, exclusivamente, por segurados com as limitações impostas pelo § 12; (In-
especiais, observado o disposto no § 13 do cluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Produ-
art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de ção de efeito)
1991; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008) II – a contar do primeiro dia do mês subse-
VI – parceria ou meação outorgada na for- quente ao da ocorrência, quando o grupo
ma e condições estabelecidas no inciso I familiar a que pertence exceder o limite de:
do § 8º deste artigo; (Incluído pela Lei nº (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
11.718, de 2008) a) utilização de terceiros na exploração da
VII – atividade artesanal desenvolvida com atividade a que se refere o § 7º deste artigo;
matéria-prima produzida pelo respectivo (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
grupo familiar, podendo ser utilizada maté- b) dias em atividade remunerada estabele-
ria-prima de outra origem, desde que a ren- cidos no inciso III do § 9º deste artigo; e (In-
da mensal obtida na atividade não exceda cluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
ao menor benefício de prestação continua-
da da Previdência Social; e (Incluído pela Lei c) dias de hospedagem a que se refere o in-
nº 11.718, de 2008) ciso II do § 8º deste artigo. (Incluído pela Lei
nº 11.718, de 2008)
VIII – atividade artística, desde que em va-
lor mensal inferior ao menor benefício de § 11. Aplica-se o disposto na alínea a do in-
prestação continuada da Previdência Social. ciso V do caput deste artigo ao cônjuge ou
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008) companheiro do produtor que participe da
atividade rural por este explorada. (Incluído
§ 10. O segurado especial fica excluído des- pela Lei nº 11.718, de 2008)
sa categoria: (Incluído pela Lei nº 11.718, de
2008) § 12. A participação do segurado especial
em sociedade empresária, em sociedade
I – a contar do primeiro dia do mês em que: simples, como empresário individual ou
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008) como titular de empresa individual de res-
a) deixar de satisfazer as condições estabe- ponsabilidade limitada de objeto ou âmbi-
lecidas no inciso VII do caput deste artigo, to agrícola, agroindustrial ou agroturístico,
sem prejuízo do disposto no art. 15 desta considerada microempresa nos termos da
Lei, ou exceder qualquer dos limites estabe- Lei Complementar nº 123, de 14 de dezem-
lecidos no inciso I do § 8º deste artigo; (In- bro de 2006, não o exclui de tal categoria
cluído pela Lei nº 11.718, de 2008) previdenciária, desde que, mantido o exer-
cício da sua atividade rural na forma do in-
b) enquadrar-se em qualquer outra catego- ciso VII do caput e do § 1º, a pessoa jurídica
ria de segurado obrigatório do Regime Geral componha-se apenas de segurados de igual
de Previdência Social, ressalvado o disposto

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natureza e sedie-se no mesmo Município ou Parágrafo único. Equipara-se a empresa,


em Município limítrofe àquele em que eles para os efeitos desta Lei, o contribuinte indi-
desenvolvam suas atividades. (Incluído pela vidual em relação a segurado que lhe presta
Lei nº 12.873, de 2013) (Produção de efeito) serviço, bem como a cooperativa, a associa-
ção ou entidade de qualquer natureza ou
§ 13. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.873,
finalidade, a missão diplomática e a repar-
de 2013) (Produção de efeito)
tição consular de carreira estrangeiras.(Re-
Art. 12. O servidor civil ocupante de cargo efeti- dação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
vo ou o militar da União, dos Estados, do Distri-
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, inde-
to Federal ou dos Municípios, bem como o das
pendentemente de contribuições:
respectivas autarquias e fundações, são excluí-
dos do Regime Geral de Previdência Social con- I – sem limite de prazo, quem está em gozo
substanciado nesta Lei, desde que amparados de benefício;
por regime próprio de previdência social. (Reda-
II – até 12 (doze) meses após a cessação
ção dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
das contribuições, o segurado que deixar
§ 1º Caso o servidor ou o militar venham a de exercer atividade remunerada abrangida
exercer, concomitantemente, uma ou mais pela Previdência Social ou estiver suspenso
atividades abrangidas pelo Regime Geral de ou licenciado sem remuneração;
Previdência Social, tornar-se-ão segurados
III – até 12 (doze) meses após cessar a se-
obrigatórios em relação a essas atividades.
gregação, o segurado acometido de doença
(Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
de segregação compulsória;
§ 2º Caso o servidor ou o militar, ampara-
IV – até 12 (doze) meses após o livramento,
dos por regime próprio de previdência so-
o segurado retido ou recluso;
cial, sejam requisitados para outro órgão
ou entidade cujo regime previdenciário não V – até 3 (três) meses após o licenciamento,
permita a filiação, nessa condição, perma- o segurado incorporado às Forças Armadas
necerão vinculados ao regime de origem, para prestar serviço militar;
obedecidas as regras que cada ente esta-
VI – até 6 (seis) meses após a cessação das
beleça acerca de sua contribuição. (Incluído
contribuições, o segurado facultativo.
pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado
Art. 13. É segurado facultativo o maior de 14
para até 24 (vinte e quatro) meses se o se-
(quatorze) anos que se filiar ao Regime Geral de
gurado já tiver pago mais de 120 (cento e
Previdência Social, mediante contribuição, des-
vinte) contribuições mensais sem interrup-
de que não incluído nas disposições do art. 11.
ção que acarrete a perda da qualidade de
Art. 14. Consideram-se: segurado.
I – empresa – a firma individual ou socie- § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão
dade que assume o risco de atividade eco- acrescidos de 12 (doze) meses para o segu-
nômica urbana ou rural, com fins lucrativos rado desempregado, desde que compro-
ou não, bem como os órgãos e entidades vada essa situação pelo registro no órgão
da administração pública direta, indireta ou próprio do Ministério do Trabalho e da Pre-
fundacional; vidência Social.
II – empregador doméstico – a pessoa ou fa- § 3º Durante os prazos deste artigo, o segu-
mília que admite a seu serviço, sem finalida- rado conserva todos os seus direitos peran-
de lucrativa, empregado doméstico. te a Previdência Social.

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§ 4º A perda da qualidade de segurado ocor- tém união estável com o segurado ou com a
rerá no dia seguinte ao do término do prazo segurada, de acordo com o § 3º do art. 226
fixado no Plano de Custeio da Seguridade da Constituição Federal.
Social para recolhimento da contribuição
§ 4º A dependência econômica das pessoas
referente ao mês imediatamente posterior
indicadas no inciso I é presumida e a das de-
ao do final dos prazos fixados neste artigo e
mais deve ser comprovada.
seus parágrafos.

Seção II Seção III


DOS DEPENDENTES Das Inscrições
Art. 17. O Regulamento disciplinará a forma de
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de inscrição do segurado e dos dependentes.
Previdência Social, na condição de dependentes
do segurado: § 1º Incumbe ao dependente promover a
sua inscrição quando do requerimento do
I – o cônjuge, a companheira, o companhei- benefício a que estiver habilitado. (Redação
ro e o filho não emancipado, de qualquer dada pela Lei nº 10.403, de 8.1.2002)
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectu- § 2º (Revogado pela Medida Provisória nº
al ou mental que o torne absoluta ou relati- 664, de 2014) (Revogado pela Lei nº 13.135,
vamente incapaz, assim declarado judicial- de 2015)
mente; (Redação dada pela Lei nº 12.470, § 3º (Revogado pela Lei nº 11.718, de 2008)
de 2011) (Vide Lei nº 13.146, de 2015) (Vi-
gência) § 4º A inscrição do segurado especial será
feita de forma a vinculá-lo ao respectivo
II – os pais; grupo familiar e conterá, além das informa-
ções pessoais, a identificação da proprieda-
III – o irmão não emancipado, de qualquer
de em que desenvolve a atividade e a que
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
título, se nela reside ou o Município onde
inválido ou que tenha deficiência intelectu-
reside e, quando for o caso, a identifica-
al ou mental que o torne absoluta ou relati-
ção e inscrição da pessoa responsável pelo
vamente incapaz, assim declarado judicial-
grupo familiar. (Redação dada pela Lei nº
mente; (Redação dada pela Lei nº 12.470,
12.873, de 2013)
de 2011)(Vide Lei nº 13.135, de 2015) (Vide
Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) § 5º O segurado especial integrante de gru-
po familiar que não seja proprietário ou
IV – (Revogada pela Lei nº 9.032, de 1995) dono do imóvel rural em que desenvolve
§ 1º A existência de dependente de qual- sua atividade deverá informar, no ato da
quer das classes deste artigo exclui do direi- inscrição, conforme o caso, o nome do par-
to às prestações os das classes seguintes. ceiro ou meeiro outorgante, arrendador, co-
modante ou assemelhado. (Incluído Lei nº
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equipa- 11.718, de 2008)
ram-se a filho mediante declaração do se-
gurado e desde que comprovada a depen- § 6º (Revogado pela Lei nº 12.873, de 2013)
dência econômica na forma estabelecida (Produção de efeito)
no Regulamento. (Redação dada pela Lei nº
9.528, de 1997)
§ 3º Considera-se companheira ou compa-
nheiro a pessoa que, sem ser casada, man-

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CAPÍTULO II ele retornar, não fará jus a prestação algu-


DAS PRESTAÇÕES EM GERAL ma da Previdência Social em decorrência do
exercício dessa atividade, exceto ao salário-
Seção I -família e à reabilitação profissional, quan-
do empregado. (Redação dada pela Lei nº
DAS ESPÉCIES DE PRESTAÇÕES 9.528, de 1997)
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social § 3º O segurado contribuinte individual,
compreende as seguintes prestações, devidas que trabalhe por conta própria, sem relação
inclusive em razão de eventos decorrentes de de trabalho com empresa ou equiparado, e
acidente do trabalho, expressas em benefícios e o segurado facultativo que contribuam na
serviços: forma do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de
I – quanto ao segurado: 24 de julho de 1991, não farão jus à aposen-
tadoria por tempo de contribuição. (Incluí-
a) aposentadoria por invalidez; do pela Lei Complementar nº 123, de 2006)
b) aposentadoria por idade; Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre
pelo exercício do trabalho a serviço de empresa
c) aposentadoria por tempo de contribui-
ou de empregador doméstico ou pelo exercício
ção; (Redação dada pela Lei Complementar
do trabalho dos segurados referidos no inciso
nº 123, de 2006)
VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corpo-
d) aposentadoria especial; ral ou perturbação funcional que cause a morte
ou a perda ou redução, permanente ou tempo-
e) auxílio-doença;
rária, da capacidade para o trabalho. (Redação
f) salário-família; dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)
g) salário-maternidade; § 1º A empresa é responsável pela adoção
e uso das medidas coletivas e individuais de
h) auxílio-acidente;
proteção e segurança da saúde do trabalha-
i) (Revogada pela Lei nº 8.870, de 1994) dor.
II – quanto ao dependente: § 2º Constitui contravenção penal, punível
com multa, deixar a empresa de cumprir as
a) pensão por morte;
normas de segurança e higiene do trabalho.
b) auxílio-reclusão;
§ 3º É dever da empresa prestar informa-
III – quanto ao segurado e dependente: ções pormenorizadas sobre os riscos da
operação a executar e do produto a mani-
a) (Revogada pela Lei nº 9.032, de 1995)
pular.
b) serviço social;
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previ-
c) reabilitação profissional. dência Social fiscalizará e os sindicatos e en-
tidades representativas de classe acompa-
§ 1º Somente poderão beneficiar-se do
nharão o fiel cumprimento do disposto nos
auxílio-acidente os segurados incluídos nos
parágrafos anteriores, conforme dispuser o
incisos I, II, VI e VII do art. 11 desta Lei. (Re-
Regulamento.
dação dada pela Lei Complementar nº 150,
de 2015) Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho,
nos termos do artigo anterior, as seguintes enti-
§ 2º O aposentado pelo Regime Geral de
dades mórbidas:
Previdência Social–RGPS que permanecer
em atividade sujeita a este Regime, ou a

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I – doença profissional, assim entendida a a) ato de agressão, sabotagem ou terroris-
produzida ou desencadeada pelo exercício mo praticado por terceiro ou companheiro
do trabalho peculiar a determinada ativida- de trabalho;
de e constante da respectiva relação elabo-
b) ofensa física intencional, inclusive de ter-
rada pelo Ministério do Trabalho e da Previ-
ceiro, por motivo de disputa relacionada ao
dência Social;
trabalho;
II – doença do trabalho, assim entendida a
c) ato de imprudência, de negligência ou de
adquirida ou desencadeada em função de
imperícia de terceiro ou de companheiro de
condições especiais em que o trabalho é re-
trabalho;
alizado e com ele se relacione diretamente,
constante da relação mencionada no inciso d) ato de pessoa privada do uso da razão;
I.
e) desabamento, inundação, incêndio e ou-
§ 1º Não são consideradas como doença do tros casos fortuitos ou decorrentes de força
trabalho: maior;
a) a doença degenerativa; III – a doença proveniente de contaminação
acidental do empregado no exercício de sua
b) a inerente a grupo etário;
atividade;
c) a que não produza incapacidade labora-
IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda
tiva;
que fora do local e horário de trabalho:
d) a doença endêmica adquirida por se-
a) na execução de ordem ou na realização
gurado habitante de região em que ela se
de serviço sob a autoridade da empresa;
desenvolva, salvo comprovação de que é
resultante de exposição ou contato direto b) na prestação espontânea de qualquer
determinado pela natureza do trabalho. serviço à empresa para lhe evitar prejuízo
ou proporcionar proveito;
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se
que a doença não incluída na relação pre- c) em viagem a serviço da empresa, inclusi-
vista nos incisos I e II deste artigo resultou ve para estudo quando financiada por esta
das condições especiais em que o trabalho dentro de seus planos para melhor capaci-
é executado e com ele se relaciona direta- tação da mão-de-obra, independentemente
mente, a Previdência Social deve considerá- do meio de locomoção utilizado, inclusive
-la acidente do trabalho. veículo de propriedade do segurado;
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do d) no percurso da residência para o local
trabalho, para efeitos desta Lei: de trabalho ou deste para aquela, qualquer
que seja o meio de locomoção, inclusive ve-
I – o acidente ligado ao trabalho que, em-
ículo de propriedade do segurado.
bora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do § 1º Nos períodos destinados a refeição ou
segurado, para redução ou perda da sua descanso, ou por ocasião da satisfação de
capacidade para o trabalho, ou produzido outras necessidades fisiológicas, no local do
lesão que exija atenção médica para a sua trabalho ou durante este, o empregado é
recuperação; considerado no exercício do trabalho.
II – o acidente sofrido pelo segurado no lo- § 2º Não é considerada agravação ou com-
cal e no horário do trabalho, em consequ- plicação de acidente do trabalho a lesão
ência de: que, resultante de acidente de outra ori-

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gem, se associe ou se superponha às conse- ou qualquer autoridade pública, não preva-


quências do anterior. lecendo nestes casos o prazo previsto neste
artigo.
Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacio-
nal do Seguro Social (INSS) considerará caracte- § 3º A comunicação a que se refere o § 2º
rizada a natureza acidentária da incapacidade não exime a empresa de responsabilidade
quando constatar ocorrência de nexo técnico pela falta do cumprimento do disposto nes-
epidemiológico entre o trabalho e o agravo, de- te artigo.
corrente da relação entre a atividade da empre-
§ 4º Os sindicatos e entidades representa-
sa ou do empregado doméstico e a entidade
tivas de classe poderão acompanhar a co-
mórbida motivadora da incapacidade elencada
brança, pela Previdência Social, das multas
na Classificação Internacional de Doenças (CID),
previstas neste artigo.
em conformidade com o que dispuser o regula-
mento. (Redação dada pela Lei Complementar § 5º A multa de que trata este artigo não
nº 150, de 2015) se aplica na hipótese do caput do art. 21-A.
(Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006)
§ 1º A perícia médica do INSS deixará de
aplicar o disposto neste artigo quando de- Art. 23. Considera-se como dia do acidente, no
monstrada a inexistência do nexo de que caso de doença profissional ou do trabalho, a
trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei data do início da incapacidade laborativa para o
nº 11.430, de 2006) exercício da atividade habitual, ou o dia da se-
gregação compulsória, ou o dia em que for rea-
§ 2º A empresa ou o empregador doméstico
lizado o diagnóstico, valendo para este efeito o
poderão requerer a não aplicação do nexo
que ocorrer primeiro.
técnico epidemiológico, de cuja decisão
caberá recurso, com efeito suspensivo, da Seção II
empresa, do empregador doméstico ou do
DOS PERÍODOS DE CARÊNCIA
segurado ao Conselho de Recursos da Previ-
dência Social. (Redação dada pela Lei Com- Art. 24. Período de carência é o número mínimo
plementar nº 150, de 2015) de contribuições mensais indispensáveis para
Art. 22. A empresa ou o empregador domésti- que o beneficiário faça jus ao benefício, consi-
co deverão comunicar o acidente do trabalho deradas a partir do transcurso do primeiro dia
à Previdência Social até o primeiro dia útil se- dos meses de suas competências.
guinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de Parágrafo único. Havendo perda da qualida-
imediato, à autoridade competente, sob pena de de segurado, as contribuições anteriores
de multa variável entre o limite mínimo e o limi- a essa data só serão computadas para efeito
te máximo do salário de contribuição, sucessiva- de carência depois que o segurado contar, a
mente aumentada nas reincidências, aplicada e partir da nova filiação à Previdência Social,
cobrada pela Previdência Social. (Redação dada com, no mínimo, 1/3 (um terço) do núme-
pela Lei Complementar nº 150, de 2015) ro de contribuições exigidas para o cumpri-
§ 1º Da comunicação a que se refere este mento da carência definida para o benefício
artigo receberão cópia fiel o acidentado ou a ser requerido. (Vide Medida Provisória nº
seus dependentes, bem como o sindicato a 242, de 2005)
que corresponda a sua categoria.
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias
§ 2º Na falta de comunicação por parte da do Regime Geral de Previdência Social depende
empresa, podem formalizá-la o próprio aci- dos seguintes períodos de carência, ressalvado
dentado, seus dependentes, a entidade sin- o disposto no art. 26:
dical competente, o médico que o assistiu

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I – auxílio-doença e aposentadoria por inva- VI – salário-maternidade para as seguradas
lidez: 12 (doze) contribuições mensais; empregada, trabalhadora avulsa e empre-
gada doméstica. (Incluído pela Lei nº 9.876,
II – aposentadoria por idade, aposentadoria
de 26.11.99)
por tempo de serviço e aposentadoria espe-
cial: 180 contribuições mensais. (Redação Art. 27. Para cômputo do período de carência,
dada pela Lei nº 8.870, de 1994) serão consideradas as contribuições: (Redação
dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)
III – salário-maternidade para as seguradas
de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e I – referentes ao período a partir da data de
o art. 13: dez contribuições mensais, respei- filiação ao Regime Geral de Previdência So-
tado o disposto no parágrafo único do art. cial (RGPS), no caso dos segurados empre-
39 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.876, de gados, inclusive os domésticos, e dos tra-
26.11.99) balhadores avulsos; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 150, de 2015)
Parágrafo único. Em caso de parto anteci-
pado, o período de carência a que se refere II – realizadas a contar da data de efetivo
o inciso III será reduzido em número de con- pagamento da primeira contribuição sem
tribuições equivalente ao número de meses atraso, não sendo consideradas para este
em que o parto foi antecipado. (Incluído fim as contribuições recolhidas com atraso
pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) referentes a competências anteriores, no
caso dos segurados contribuinte individual,
Art. 26. Independe de carência a concessão das
especial e facultativo, referidos, respectiva-
seguintes prestações:
mente, nos incisos V e VII do art. 11 e no
I – pensão por morte, auxílio-reclusão, sa- art. 13. (Redação dada pela Lei Complemen-
lário-família e auxílio-acidente; (Redação tar nº 150, de 2015)
dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
Seção III
II – auxílio-doença e aposentadoria por in-
validez nos casos de acidente de qualquer
DO CÁLCULO DO VALOR
natureza ou causa e de doença profissional DOS BENEFÍCIOS
ou do trabalho, bem como nos casos de se-
gurado que, após filiar-se ao RGPS, for aco- Subseção I
metido de alguma das doenças e afecções DO SALÁRIO-DE- BENEFÍCIO
especificadas em lista elaborada pelos Mi-
nistérios da Saúde e da Previdência Social, Art. 28. O valor do benefício de prestação con-
atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo tinuada, inclusive o regido por norma especial e
com os critérios de estigma, deformação, o decorrente de acidente do trabalho, exceto o
mutilação, deficiência ou outro fator que salário-família e o salário-maternidade, será cal-
lhe confira especificidade e gravidade que culado com base no salário-de-benefício. (Reda-
mereçam tratamento particularizado; (Re- ção dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
dação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) § 1º (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995)
III – os benefícios concedidos na forma do
§ 2º (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995)
inciso I do art. 39, aos segurados especiais
referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei; § 3º (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995)
IV – serviço social; § 4º (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995)
V – reabilitação profissional. Art. 29. O salário-de-benefício consiste: (Reda-
ção dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

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I – para os benefícios de que tratam as alí- reajustado nas mesmas épocas e bases dos
neas b e c do inciso I do art. 18, na média benefícios em geral, não podendo ser infe-
aritmética simples dos maiores salários-de- rior ao valor de 1 (um) salário mínimo.
-contribuição correspondentes a oitenta
§ 6º O salário-de-benefício do segurado es-
por cento de todo o período contributivo,
pecial consiste no valor equivalente ao salá-
multiplicada pelo fator previdenciário; (In-
rio-mínimo, ressalvado o disposto no inciso
cluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
II do art. 39 e nos §§ 3º e 4º do art. 48 desta
II – para os benefícios de que tratam as alí- Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.718, de
neas a, d, e e h do inciso I do art. 18, na mé- 2008)
dia aritmética simples dos maiores salários-
I – (Revogado pela Lei nº 11.718, de 2008)
-de-contribuição correspondentes a oitenta
por cento de todo o período contributivo. II – (Revogado pela Lei nº 11.718, de 2008)
(Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
§ 7º O fator previdenciário será calculado
§ 1º(Revogado pela Lei nº 9.876, de considerando-se a idade, a expectativa de
26.11.1999) sobrevida e o tempo de contribuição do se-
gurado ao se aposentar, segundo a fórmula
§ 2º O valor do salário-de-benefício não
constante do Anexo desta Lei. (Incluído pela
será inferior ao de um salário mínimo, nem
Lei nº 9.876, de 26.11.99) (Vide Decreto nº
superior ao do limite máximo do salário-de-
3.266, de 1.999)
-contribuição na data de início do benefício.
§ 8º Para efeito do disposto no § 7º, a ex-
§ 3º Serão considerados para cálculo do
pectativa de sobrevida do segurado na ida-
salário-de-benefício os ganhos habituais do
de da aposentadoria será obtida a partir da
segurado empregado, a qualquer título, sob
tábua completa de mortalidade construída
forma de moeda corrente ou de utilidades,
pela Fundação Instituto Brasileiro de Geo-
sobre os quais tenha incidido contribuições
grafia e Estatística – IBGE, considerando-se
previdenciárias, exceto o décimo-terceiro
a média nacional única para ambos os se-
salário (gratificação natalina). (Redação
xos. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
dada pela Lei nº 8.870, de 1994)
§ 9º Para efeito da aplicação do fator previ-
§ 4º Não será considerado, para o cálculo
denciário, ao tempo de contribuição do se-
do salário-de-benefício, o aumento dos sa-
gurado serão adicionados: (Incluído pela Lei
lários-de-contribuição que exceder o limite
nº 9.876, de 26.11.99)
legal, inclusive o voluntariamente conce-
dido nos 36 (trinta e seis) meses imediata- I – cinco anos, quando se tratar de mulher;
mente anteriores ao início do benefício, sal- (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
vo se homologado pela Justiça do Trabalho,
II – cinco anos, quando se tratar de profes-
resultante de promoção regulada por nor-
sor que comprove exclusivamente tempo
mas gerais da empresa, admitida pela legis-
de efetivo exercício das funções de magisté-
lação do trabalho, de sentença normativa
rio na educação infantil e no ensino funda-
ou de reajustamento salarial obtido pela ca-
mental e médio; (Incluído pela Lei nº 9.876,
tegoria respectiva.
de 26.11.99)
§ 5º Se, no período básico de cálculo, o se-
III – dez anos, quando se tratar de professo-
gurado tiver recebido benefícios por inca-
ra que comprove exclusivamente tempo de
pacidade, sua duração será contada, consi-
efetivo exercício das funções de magistério
derando-se como salário-de-contribuição,
na educação infantil e no ensino fundamen-
no período, o salário-de-benefício que ser-
tal e médio. (Incluído pela Lei nº 9.876, de
viu de base para o cálculo da renda mensal,
26.11.99)

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§ 10. O auxílio-doença não poderá exceder § 4º Considera-se extemporânea a inserção
a média aritmética simples dos últimos 12 de dados decorrentes de documento inicial
(doze) salários-de-contribuição, inclusive ou de retificação de dados anteriormente
em caso de remuneração variável, ou, se informados, quando o documento ou a reti-
não alcançado o número de 12 (doze), a ficação, ou a informação retificadora, forem
média aritmética simples dos salários-de- apresentados após os prazos estabelecidos
-contribuição existentes. (Incluído pela Lei em regulamento. (Incluído pela Lei Comple-
nº 13.135, de 2015) mentar nº 128, de 2008)
§ 11. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.135, § 5º Havendo dúvida sobre a regularidade
de 2015) do vínculo incluído no CNIS e inexistência
de informações sobre remunerações e con-
§ 12. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.135,
tribuições, o INSS exigirá a apresentação
de 2015)
dos documentos que serviram de base à
§ 13. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.135, anotação, sob pena de exclusão do período.
de 2015) (Incluído pela Lei Complementar nº 128, de
2008)
Art. 29-A. O INSS utilizará as informações cons-
tantes no Cadastro Nacional de Informações So- Art. 29-B. Os salários-de-contribuição consi-
ciais – CNIS sobre os vínculos e as remunerações derados no cálculo do valor do benefício serão
dos segurados, para fins de cálculo do salário- corrigidos mês a mês de acordo com a variação
-de-benefício, comprovação de filiação ao Regi- integral do Índice Nacional de Preços ao Consu-
me Geral de Previdência Social, tempo de con- midor – INPC, calculado pela Fundação Instituto
tribuição e relação de emprego. (Redação dada Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. (In-
pela Lei Complementar nº 128, de 2008) cluído pela Lei nº 10.877, de 2004)
§ 1º O INSS terá até 180 (cento e oitenta) Art. 29-C. O segurado que preencher o requisito
dias, contados a partir da solicitação do pe- para a aposentadoria por tempo de contribui-
dido, para fornecer ao segurado as informa- ção poderá optar pela não incidência do fator
ções previstas no caput deste artigo. (Incluí- previdenciário, no cálculo de sua aposentado-
do pela Lei nº 10.403, de 8.1.2002) ria, quando o total resultante da soma de sua
idade e de seu tempo de contribuição, incluídas
§ 2º O segurado poderá solicitar, a qualquer
as frações, na data de requerimento da aposen-
momento, a inclusão, exclusão ou retifica-
tadoria, for: (Incluído pela Medida Provisória nº
ção de informações constantes do CNIS,
676, de 2015)
com a apresentação de documentos com-
probatórios dos dados divergentes, confor- I – igual ou superior a noventa e cinco pon-
me critérios definidos pelo INSS.(Redação tos, se homem, observando o tempo míni-
dada pela Lei Complementar nº 128, de mo de contribuição de trinta e cinco anos;
2008) ou (Incluído pela Medida Provisória nº 676,
de 2015)
§ 3º A aceitação de informações relativas a
vínculos e remunerações inseridas extem- II – igual ou superior a oitenta e cinco pon-
poraneamente no CNIS, inclusive retifica- tos, se mulher, observando o tempo míni-
ções de informações anteriormente inseri- mo de contribuição de trinta anos. (Incluído
das, fica condicionada à comprovação dos pela Medida Provisória nº 676, de 2015)
dados ou das divergências apontadas, con-
§ 1º As somas de idade e de tempo de con-
forme critérios definidos em regulamento.
tribuição previstas no caput serão majora-
(Incluído pela Lei Complementar nº 128, de
das em um ponto em: (Incluído pela Medi-
2008)
da Provisória nº 676, de 2015)

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I – 1º de janeiro de 2017; (Incluído pela Me- dades em relação às quais são atendidas as
dida Provisória nº 676, de 2015) condições do benefício requerido;
II – 1º de janeiro de 2019; (Incluído pela b) um percentual da média do salário-de-
Medida Provisória nº 676, de 2015) -contribuição de cada uma das demais ati-
vidades, equivalente à relação entre o nú-
III – 1º de janeiro de 2020; (Incluído pela
mero de meses completo de contribuição e
Medida Provisória nº 676, de 2015)
os do período de carência do benefício re-
IV – 1º de janeiro de 2021; e (Incluído pela querido;
Medida Provisória nº 676, de 2015)
III – quando se tratar de benefício por tem-
V – 1º de janeiro de 2022. (Incluído pela po de serviço, o percentual da alínea "b" do
Medida Provisória nº 676, de 2015) inciso II será o resultante da relação entre
os anos completos de atividade e o número
§ 2º Para efeito de aplicação do disposto no
de anos de serviço considerado para a con-
caput e no § 1º, serão acrescidos cinco pon-
cessão do benefício.
tos à soma da idade com o tempo de con-
tribuição do professor e da professora que § 1º O disposto neste artigo não se aplica ao
comprovarem exclusivamente tempo de segurado que, em obediência ao limite má-
efetivo exercício de magistério na educação ximo do salário-de-contribuição, contribuiu
infantil e no ensino fundamental e médio. apenas por uma das atividades concomitan-
(Incluído pela Medida Provisória nº 676, de tes.
2015)
§ 2º Não se aplica o disposto neste artigo
Art. 30. (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995) ao segurado que tenha sofrido redução do
salário-de-contribuição das atividades con-
Art. 31. O valor mensal do auxílio-acidente inte-
comitantes em respeito ao limite máximo
gra o salário-de-contribuição, para fins de cálcu-
desse salário.
lo do salário-de-benefício de qualquer aposen-
tadoria, observado, no que couber, o disposto Subseção II
no art. 29 e no art. 86, § 5º. (Restabelecido com
nova redação pela Lei nº 9.528, de 1997)
DA RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO
Art. 32. O salário-de-benefício do segurado que Art. 33. A renda mensal do benefício de pres-
contribuir em razão de atividades concomitan- tação continuada que substituir o salário-de-
tes será calculado com base na soma dos salá- -contribuição ou o rendimento do trabalho do
rios-de-contribuição das atividades exercidas na segurado não terá valor inferior ao do salário-
data do requerimento ou do óbito, ou no perí- -mínimo, nem superior ao do limite máximo do
odo básico de cálculo, observado o disposto no salário-de-contribuição, ressalvado o disposto
art. 29 e as normas seguintes: no art. 45 desta Lei.
I – quando o segurado satisfizer, em relação Art. 34. No cálculo do valor da renda mensal do
a cada atividade, as condições do benefício benefício, inclusive o decorrente de acidente
requerido, o salário-de-beneficio será cal- do trabalho, serão computados: (Redação dada
culado com base na soma dos respectivos pela Lei Complementar nº 150, de 2015)
salários-de-contribuição;
I – para o segurado empregado, inclusive o
II – quando não se verificar a hipótese do in- doméstico, e o trabalhador avulso, os salá-
ciso anterior, o salário-de-benefício corres- rios de contribuição referentes aos meses
ponde à soma das seguintes parcelas: de contribuições devidas, ainda que não
recolhidas pela empresa ou pelo emprega-
a) o salário-de-benefício calculado com
dor doméstico, sem prejuízo da respectiva
base nos salários-de-contribuição das ativi-

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cobrança e da aplicação das penalidades ca- para o cálculo da renda mensal dos benefícios.
bíveis, observado o disposto no § 5º do art. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150,
29-A; (Redação dada pela Lei Complemen- de 2015)
tar nº 150, de 2015)
Art. 38-A. O Ministério da Previdência Social de-
II – para o segurado empregado, inclusive o senvolverá programa de cadastramento dos se-
doméstico, o trabalhador avulso e o segura- gurados especiais, observado o disposto nos §§
do especial, o valor mensal do auxílio-aci- 4º e 5º do art. 17 desta Lei, podendo para tanto
dente, considerado como salário de contri- firmar convênio com órgãos federais, estaduais
buição para fins de concessão de qualquer ou do Distrito Federal e dos Municípios, bem
aposentadoria, nos termos do art. 31; (Re- como com entidades de classe, em especial as
dação dada pela Lei Complementar nº 150, respectivas confederações ou federações. (In-
de 2015) cluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
III – para os demais segurados, os salários- § 1º O programa de que trata o caput deste
-de-contribuição referentes aos meses de artigo deverá prever a manutenção e a atu-
contribuições efetivamente recolhidas. (In- alização anual do cadastro e conter todas as
cluído pela Lei nº 9.528, de 1997) informações necessárias à caracterização
da condição de segurado especial. (Redação
Art. 35. Ao segurado empregado, inclusive o do- dada pela Lei nº 13.134, de 2015)
méstico, e ao trabalhador avulso que tenham
cumprido todas as condições para a concessão § 2º Da aplicação do disposto neste artigo
do benefício pleiteado, mas não possam com- não poderá resultar nenhum ônus para os
provar o valor de seus salários de contribuição segurados, sejam eles filiados ou não às en-
no período básico de cálculo, será concedido o tidades conveniadas. (Incluído pela Lei nº
benefício de valor mínimo, devendo esta renda 11.718, de 2008)
ser recalculada quando da apresentação de pro-
va dos salários de contribuição. (Redação dada § 3º O INSS, no ato de habilitação ou de
pela Lei Complementar nº 150, de 2015) concessão de benefício, deverá verificar a
condição de segurado especial e, se for o
Art. 36. Para o segurado empregado doméstico caso, o pagamento da contribuição previ-
que, tendo satisfeito as condições exigidas para denciária, nos termos da Lei nº 8.212, de
a concessão do benefício requerido, não com- 24 de julho de 1991, considerando, dentre
provar o efetivo recolhimento das contribuições outros, o que consta do Cadastro Nacional
devidas, será concedido o benefício de valor mí- de Informações Sociais (CNIS) de que trata
nimo, devendo sua renda ser recalculada quan- o art. 29-A desta Lei. (Incluído pela Lei nº
do da apresentação da prova do recolhimento 13.134, de 2015)
das contribuições.
Art. 38-B. O INSS utilizará as informações cons-
Art. 37. A renda mensal inicial, recalculada de tantes do cadastro de que trata o art. 38-A para
acordo com o disposto no art. 35, deve ser rea- fins de comprovação do exercício da atividade e
justada como a dos benefícios correspondentes da condição do segurado especial e do respec-
com igual data de início e substituirá, a partir tivo grupo familiar. (Incluído pela Lei nº 13.134,
da data do requerimento de revisão do valor de 2015)
do benefício, a renda mensal que prevalecia até
então. (Redação dada pela Lei Complementar Parágrafo único. Havendo divergências de
nº 150, de 2015) informações, para fins de reconhecimento
de direito com vistas à concessão de benefí-
Art. 38. Sem prejuízo do disposto no art. 35, cio, o INSS poderá exigir a apresentação dos
cabe à Previdência Social manter cadastro dos documentos previstos no art. 106 desta Lei.
segurados com todos os informes necessários (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

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Art. 39. Para os segurados especiais, referidos Seção IV


no inciso VII do art. 11 desta Lei, fica garantida a DO REAJUSTAMENTO DO
concessão:
VALOR DOS BENEFÍCIOS
I – de aposentadoria por idade ou por inva-
lidez, de auxílio-doença, de auxílio-reclusão Art. 41. (Revogado pela lei nº 11.430, de 2006)
ou de pensão, no valor de 1 (um) salário Art. 41-A. O valor dos benefícios em manuten-
mínimo, e de auxílio-acidente, conforme ção será reajustado, anualmente, na mesma
disposto no art. 86, desde que comprove data do reajuste do salário mínimo, pro rata, de
o exercício de atividade rural, ainda que de acordo com suas respectivas datas de início ou
forma descontínua, no período, imediata- do último reajustamento, com base no Índice
mente anterior ao requerimento do bene- Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, apu-
fício, igual ao número de meses correspon- rado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geo-
dentes à carência do benefício requerido; grafia e Estatística – IBGE. (Incluído pela Lei nº
ou (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 11.430, de 2006)
2013)
§ 1º Nenhum benefício reajustado poderá
II – dos benefícios especificados nesta Lei, exceder o limite máximo do salário-de-be-
observados os critérios e a forma de cál- nefício na data do reajustamento, respeita-
culo estabelecidos, desde que contribuam dos os direitos adquiridos.(Incluído pela Lei
facultativamente para a Previdência Social, nº 11.430, de 2006)
na forma estipulada no Plano de Custeio da
Seguridade Social. § 2º Os benefícios com renda mensal su-
perior a um salário mínimo serão pagos do
Parágrafo único. Para a segurada especial primeiro ao quinto dia útil do mês subse-
fica garantida a concessão do salário-mater- quente ao de sua competência, observada a
nidade no valor de 1 (um) salário mínimo, distribuição proporcional do número de be-
desde que comprove o exercício de ativida- neficiários por dia de pagamento. (Redação
de rural, ainda que de forma descontínua, dada pelo Lei nº 11.665, de 2008).
nos 12 (doze) meses imediatamente ante-
riores ao do início do benefício. (Incluído § 3º Os benefícios com renda mensal no va-
pela Lei nº 8.861, de 1994) lor de até um salário mínimo serão pagos
no período compreendido entre o quinto
Art. 40. É devido abono anual ao segurado e ao dia útil que anteceder o final do mês de
dependente da Previdência Social que, durante sua competência e o quinto dia útil do mês
o ano, recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente subsequente, observada a distribuição pro-
ou aposentadoria, pensão por morte ou auxí- porcional dos beneficiários por dia de paga-
lio-reclusão. (Vide Decreto nº 6.927, de 2009) mento. (Redação dada pelo Lei nº 11.665,
(Vide Decreto nº 6.525, de 2008) (Vide Decreto de 2008).
nº 6.927, de 20089) (Vide Decreto nº 7.782, de
2012) (Vide Decreto nº 8.064, de 2013) § 4º Para os efeitos dos §§ 2º e 3º deste
artigo, considera-se dia útil aquele de ex-
Parágrafo único. O abono anual será calcu- pediente bancário com horário normal de
lado, no que couber, da mesma forma que atendimento. (Redação dada pelo Lei nº
a Gratificação de Natal dos trabalhadores, 11.665, de 2008).
tendo por base o valor da renda mensal do
benefício do mês de dezembro de cada ano. § 5º O primeiro pagamento do benefício
será efetuado até quarenta e cinco dias após
a data da apresentação, pelo segurado, da

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documentação necessária a sua concessão. dez será devida: (Redação dada pela Lei nº
(Incluído pelo Lei nº 11.665, de 2008). 9.032, de 1995)
§ 6º Para os benefícios que tenham sido a) ao segurado empregado, a contar do dé-
majorados devido à elevação do salário mí- cimo sexto dia do afastamento da atividade
nimo, o referido aumento deverá ser com- ou a partir da entrada do requerimento, se
pensado no momento da aplicação do dis- entre o afastamento e a entrada do requeri-
posto no caput deste artigo, de acordo com mento decorrerem mais de trinta dias; (Re-
normas a serem baixadas pelo Ministério dação Dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
da Previdência Social. (Incluído pelo Lei nº b) ao segurado empregado doméstico, tra-
11.665, de 2008). balhador avulso, contribuinte individual,
especial e facultativo, a contar da data do
Seção V início da incapacidade ou da data da entra-
DOS BENEFÍCIOS da do requerimento, se entre essas datas
decorrerem mais de trinta dias. (Redação
Subseção I Dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ § 2º Durante os primeiros quinze dias de
afastamento da atividade por motivo de
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez
invalidez, caberá à empresa pagar ao segu-
cumprida, quando for o caso, a carência exigi-
rado empregado o salário. (Redação Dada
da, será devida ao segurado que, estando ou
pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
não em gozo de auxílio-doença, for considera-
do incapaz e insusceptível de reabilitação para o § 3º (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995)
exercício de atividade que lhe garanta a subsis-
tência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer Art. 44. A aposentadoria por invalidez, inclusive
nesta condição. a decorrente de acidente do trabalho, consisti-
rá numa renda mensal correspondente a 100%
§ 1º A concessão de aposentadoria por in- (cem por cento) do salário-de-benefício, ob-
validez dependerá da verificação da con- servado o disposto na Seção III, especialmente
dição de incapacidade mediante exame no art. 33 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº
médico-pericial a cargo da Previdência So- 9.032, de 1995)
cial, podendo o segurado, às suas expensas,
fazer-se acompanhar de médico de sua con- § 1º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
fiança.
§ 2º Quando o acidentado do trabalho es-
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já tiver em gozo de auxílio-doença, o valor da
era portador ao filiar-se ao Regime Geral de aposentadoria por invalidez será igual ao do
Previdência Social não lhe conferirá direito auxílio-doença se este, por força de reajus-
à aposentadoria por invalidez, salvo quan- tamento, for superior ao previsto neste ar-
do a incapacidade sobrevier por motivo de tigo.
progressão ou agravamento dessa doença
ou lesão. Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez
do segurado que necessitar da assistência per-
Art. 43. A aposentadoria por invalidez será de- manente de outra pessoa será acrescido de 25%
vida a partir do dia imediato ao da cessação do (vinte e cinco por cento).
auxílio-doença, ressalvado o disposto nos §§ 1º,
2º e 3º deste artigo. Parágrafo único. O acréscimo de que trata
este artigo:
§ 1º Concluindo a perícia médica inicial pela
existência de incapacidade total e definitiva a) será devido ainda que o valor da aposen-
para o trabalho, a aposentadoria por invali- tadoria atinja o limite máximo legal;

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b) será recalculado quando o benefício que Subseção II


lhe deu origem for reajustado; DA APOSENTADORIA POR IDADE
c) cessará com a morte do aposentado, não
sendo incorporável ao valor da pensão. Art. 48. A aposentadoria por idade será devida
ao segurado que, cumprida a carência exigida
Art. 46. O aposentado por invalidez que retor- nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos
nar voluntariamente à atividade terá sua apo- de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher.
sentadoria automaticamente cancelada, a partir (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
da data do retorno.
§ 1º Os limites fixados no caput são reduzi-
Art. 47. Verificada a recuperação da capacidade dos para sessenta e cinquenta e cinco anos
de trabalho do aposentado por invalidez, será no caso de trabalhadores rurais, respecti-
observado o seguinte procedimento: vamente homens e mulheres, referidos na
alínea a do inciso I, na alínea g do inciso V
I – quando a recuperação ocorrer dentro de e nos incisos VI e VII do art. 11. (Redação
5 (cinco) anos, contados da data do início da Dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
aposentadoria por invalidez ou do auxílio-
-doença que a antecedeu sem interrupção, § 2º Para os efeitos do disposto no § 1º des-
o benefício cessará: te artigo, o trabalhador rural deve compro-
var o efetivo exercício de atividade rural,
a) de imediato, para o segurado emprega- ainda que de forma descontínua, no perío-
do que tiver direito a retornar à função que do imediatamente anterior ao requerimen-
desempenhava na empresa quando se apo- to do benefício, por tempo igual ao número
sentou, na forma da legislação trabalhista, de meses de contribuição correspondente à
valendo como documento, para tal fim, o carência do benefício pretendido, computa-
certificado de capacidade fornecido pela do o período a que se referem os incisos III
Previdência Social; ou a VIII do § 9º do art. 11 desta Lei. (Redação
b) após tantos meses quantos forem os dada pela Lei nº 11,718, de 2008)
anos de duração do auxílio-doença ou da § 3º Os trabalhadores rurais de que trata o §
aposentadoria por invalidez, para os demais 1º deste artigo que não atendam ao dispos-
segurados; to no § 2º deste artigo, mas que satisfaçam
II – quando a recuperação for parcial, ou essa condição, se forem considerados perí-
ocorrer após o período do inciso I, ou ainda odos de contribuição sob outras categorias
quando o segurado for declarado apto para do segurado, farão jus ao benefício ao com-
o exercício de trabalho diverso do qual ha- pletarem 65 (sessenta e cinco) anos de ida-
bitualmente exercia, a aposentadoria será de, se homem, e 60 (sessenta) anos, se mu-
mantida, sem prejuízo da volta à atividade: lher. (Incluído pela Lei nº 11,718, de 2008)

a) no seu valor integral, durante 6 (seis) me- § 4º Para efeito do § 3º deste artigo, o cál-
ses contados da data em que for verificada culo da renda mensal do benefício será apu-
a recuperação da capacidade; rado de acordo com o disposto no inciso II
do caput do art. 29 desta Lei, considerando-
b) com redução de 50% (cinquenta por cen- -se como salário-de-contribuição mensal do
to), no período seguinte de 6 (seis) meses; período como segurado especial o limite
mínimo de salário-de-contribuição da Previ-
c) com redução de 75% (setenta e cinco
dência Social. (Incluído pela Lei nº 11,718,
por cento), também por igual período de 6
de 2008)
(seis) meses, ao término do qual cessará de-
finitivamente. Art. 49. A aposentadoria por idade será devida:

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I – ao segurado empregado, inclusive o do- I – para a mulher: 70% (setenta por cento)
méstico, a partir: do salário-de-benefício aos 25 (vinte e cin-
co) anos de serviço, mais 6% (seis por cen-
a) da data do desligamento do emprego, to) deste, para cada novo ano completo de
quando requerida até essa data ou até 90 atividade, até o máximo de 100% (cem por
(noventa) dias depois dela; ou cento) do salário-de-benefício aos 30 (trin-
b) da data do requerimento, quando não ta) anos de serviço;
houver desligamento do emprego ou quan- II – para o homem: 70% (setenta por cento)
do for requerida após o prazo previsto na do salário-de-benefício aos 30 (trinta) anos
alínea "a"; de serviço, mais 6% (seis por cento) deste,
II – para os demais segurados, da data da para cada novo ano completo de atividade,
entrada do requerimento. até o máximo de 100% (cem por cento) do
salário-de-benefício aos 35 (trinta e cinco)
Art. 50. A aposentadoria por idade, observado anos de serviço.
o disposto na Seção III deste Capítulo, especial-
mente no art. 33, consistirá numa renda men- Art. 54. A data do início da aposentadoria por
sal de 70% (setenta por cento) do salário-de- tempo de serviço será fixada da mesma forma
-benefício, mais 1% (um por cento) deste, por que a da aposentadoria por idade, conforme o
grupo de 12 (doze) contribuições, não podendo disposto no art. 49.
ultrapassar 100% (cem por cento) do salário-de- Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na
-benefício. forma estabelecida no Regulamento, compre-
Art. 51. A aposentadoria por idade pode ser re- endendo, além do correspondente às atividades
querida pela empresa, desde que o segurado de qualquer das categorias de segurados de que
empregado tenha cumprido o período de ca- trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à
rência e completado 70 (setenta) anos de idade, perda da qualidade de segurado:
se do sexo masculino, ou 65 (sessenta e cinco) I – o tempo de serviço militar, inclusive o
anos, se do sexo feminino, sendo compulsória, voluntário, e o previsto no § 1º do art. 143
caso em que será garantida ao empregado a da Constituição Federal, ainda que anterior
indenização prevista na legislação trabalhista, à filiação ao Regime Geral de Previdência
considerada como data da rescisão do contrato Social, desde que não tenha sido contado
de trabalho a imediatamente anterior à do iní- para inatividade remunerada nas Forças Ar-
cio da aposentadoria. madas ou aposentadoria no serviço público;
Subseção III II – o tempo intercalado em que esteve em
DA APOSENTADORIA POR gozo de auxílio-doença ou aposentadoria
TEMPO DE SERVIÇO por invalidez;
III – o tempo de contribuição efetuada
Art. 52. A aposentadoria por tempo de serviço
como segurado facultativo; (Redação dada
será devida, cumprida a carência exigida nesta
pela Lei nº 9.032, de 1995)
Lei, ao segurado que completar 25 (vinte e cin-
co) anos de serviço, se do sexo feminino, ou 30 IV – o tempo de serviço referente ao exercí-
(trinta) anos, se do sexo masculino. cio de mandato eletivo federal, estadual ou
municipal, desde que não tenha sido con-
Art. 53. A aposentadoria por tempo de serviço,
tado para efeito de aposentadoria por ou-
observado o disposto na Seção III deste Capítu-
tro regime de previdência social; (Redação
lo, especialmente no art. 33, consistirá numa
dada pela Lei nº 9.506, de 1997)
renda mensal de:

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V – o tempo de contribuição efetuado por Art. 56. O professor, após 30 (trinta) anos, e a
segurado depois de ter deixado de exercer professora, após 25 (vinte e cinco) anos de efeti-
atividade remunerada que o enquadrava no vo exercício em funções de magistério poderão
art. 11 desta Lei; aposentar-se por tempo de serviço, com renda
mensal correspondente a 100% (cem por cento)
VI – o tempo de contribuição efetuado com do salário-de-benefício, observado o disposto
base nos artigos 8º e 9º da Lei nº 8.162, de na Seção III deste Capítulo.
8 de janeiro de 1991, pelo segurado defini-
do no artigo 11, inciso I, alínea "g", desta Subseção IV
Lei, sendo tais contribuições computadas DA APOSENTADORIA ESPECIAL
para efeito de carência.(Incluído pela Lei nº
8.647, de 1993) Art. 57. A aposentadoria especial será devi-
§ 1º A averbação de tempo de serviço du- da, uma vez cumprida a carência exigida nesta
rante o qual o exercício da atividade não Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a
determinava filiação obrigatória ao ante- condições especiais que prejudiquem a saúde
rior Regime de Previdência Social Urbana só ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20
será admitida mediante o recolhimento das (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dis-
contribuições correspondentes, conforme puser a lei. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de
dispuser o Regulamento, observado o dis- 1995)
posto no § 2º. (Vide Lei nº 8.212, de 1991) § 1º A aposentadoria especial, observado
§ 2º O tempo de serviço do segurado tra- o disposto no art. 33 desta Lei, consistirá
balhador rural, anterior à data de início de numa renda mensal equivalente a 100%
vigência desta Lei, será computado inde- (cem por cento) do salário-de-benefício.
pendentemente do recolhimento das con- (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
tribuições a ele correspondentes, exceto § 2º A data de início do benefício será fixa-
para efeito de carência, conforme dispuser da da mesma forma que a da aposentadoria
o Regulamento. por idade, conforme o disposto no art. 49.
§ 3º A comprovação do tempo de serviço § 3º A concessão da aposentadoria especial
para os efeitos desta Lei, inclusive mediante dependerá de comprovação pelo segura-
justificação administrativa ou judicial, con- do, perante o Instituto Nacional do Seguro
forme o disposto no art. 108, só produzirá Social–INSS, do tempo de trabalho perma-
efeito quando baseada em início de prova nente, não ocasional nem intermitente, em
material, não sendo admitida prova exclusi- condições especiais que prejudiquem a saú-
vamente testemunhal, salvo na ocorrência de ou a integridade física, durante o perío-
de motivo de força maior ou caso fortuito, do mínimo fixado. (Redação dada pela Lei
conforme disposto no Regulamento. nº 9.032, de 1995)
§ 4º Não será computado como tempo de § 4º O segurado deverá comprovar, além do
contribuição, para efeito de concessão do tempo de trabalho, exposição aos agentes
benefício de que trata esta subseção, o pe- nocivos químicos, físicos, biológicos ou as-
ríodo em que o segurado contribuinte in- sociação de agentes prejudiciais à saúde ou
dividual ou facultativo tiver contribuído na à integridade física, pelo período equivalen-
forma do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de te ao exigido para a concessão do benefício.
24 de julho de 1991, salvo se tiver comple- (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
mentado as contribuições na forma do § 3º
do mesmo artigo. (Incluído pela Lei Comple- § 5º O tempo de trabalho exercido sob con-
mentar nº 123, de 2006) dições especiais que sejam ou venham a ser

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consideradas prejudiciais à saúde ou à inte- to, com base em laudo técnico de condições
gridade física será somado, após a respecti- ambientais do trabalho expedido por médi-
va conversão ao tempo de trabalho exerci- co do trabalho ou engenheiro de segurança
do em atividade comum, segundo critérios do trabalho nos termos da legislação traba-
estabelecidos pelo Ministério da Previdên- lhista. (Redação dada pela Lei nº 9.732, de
cia e Assistência Social, para efeito de con- 11.12.98)
cessão de qualquer benefício. (Incluído pela § 2º Do laudo técnico referido no parágrafo
Lei nº 9.032, de 1995) anterior deverão constar informação sobre
§ 6º O benefício previsto neste artigo será a existência de tecnologia de proteção cole-
financiado com os recursos provenientes tiva ou individual que diminua a intensidade
da contribuição de que trata o inciso II do do agente agressivo a limites de tolerância e
art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de recomendação sobre a sua adoção pelo es-
1991, cujas alíquotas serão acrescidas de tabelecimento respectivo. (Redação dada
doze, nove ou seis pontos percentuais, con- pela Lei nº 9.732, de 11.12.98)
forme a atividade exercida pelo segurado a § 3º A empresa que não mantiver laudo téc-
serviço da empresa permita a concessão de nico atualizado com referência aos agentes
aposentadoria especial após quinze, vinte nocivos existentes no ambiente de trabalho
ou vinte e cinco anos de contribuição, res- de seus trabalhadores ou que emitir docu-
pectivamente. (Redação dada pela Lei nº mento de comprovação de efetiva exposi-
9.732, de 11.12.98) (Vide Lei nº 9.732, de ção em desacordo com o respectivo laudo
11.12.98) estará sujeita à penalidade prevista no art.
§ 7º O acréscimo de que trata o parágrafo 133 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.528, de
anterior incide exclusivamente sobre a re- 1997)
muneração do segurado sujeito às condi- § 4º A empresa deverá elaborar e manter
ções especiais referidas no caput. (Incluído atualizado perfil profissiográfico abran-
pela Lei nº 9.732, de 11.12.98) gendo as atividades desenvolvidas pelo
trabalhador e fornecer a este, quando da
§ 8º Aplica-se o disposto no art. 46 ao se- rescisão do contrato de trabalho, cópia au-
gurado aposentado nos termos deste artigo têntica desse documento.(Incluído pela Lei
que continuar no exercício de atividade ou nº 9.528, de 1997)
operação que o sujeite aos agentes noci-
vos constantes da relação referida no art. Subseção V
58 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.732, de DO AUXÍLIO-DOENÇA
11.12.98)
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segura-
Art. 58. A relação dos agentes nocivos químicos, do que, havendo cumprido, quando for o caso,
físicos e biológicos ou associação de agentes o período de carência exigido nesta Lei, ficar
prejudiciais à saúde ou à integridade física con- incapacitado para o seu trabalho ou para a sua
siderados para fins de concessão da aposenta- atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias
doria especial de que trata o artigo anterior será consecutivos.
definida pelo Poder Executivo. (Redação dada
pela Lei nº 9.528, de 1997) Parágrafo único. Não será devido auxílio-
-doença ao segurado que se filiar ao Regi-
§ 1º A comprovação da efetiva exposição me Geral de Previdência Social já portador
do segurado aos agentes nocivos será feita da doença ou da lesão invocada como causa
mediante formulário, na forma estabelecida para o benefício, salvo quando a incapaci-
pelo Instituto Nacional do Seguro Social – dade sobrevier por motivo de progressão
INSS, emitido pela empresa ou seu prepos- ou agravamento dessa doença ou lesão.

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Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segura- II – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.135,
do empregado a contar do décimo sexto dia do de 2015)
afastamento da atividade, e, no caso dos demais
segurados, a contar da data do início da incapa- III – (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.135,
cidade e enquanto ele permanecer incapaz. (Re- de 2015)
dação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) § 6º O segurado que durante o gozo do au-
§ 1º Quando requerido por segurado afas- xílio-doença vier a exercer atividade que lhe
tado da atividade por mais de 30 (trinta) garanta subsistência poderá ter o benefício
dias, o auxílio-doença será devido a contar cancelado a partir do retorno à atividade.
da data da entrada do requerimento. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

§ 2º (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995) § 7º Na hipótese do § 6º, caso o segurado,


durante o gozo do auxílio-doença, venha a
§ 3º Durante os primeiros quinze dias con- exercer atividade diversa daquela que ge-
secutivos ao do afastamento da atividade rou o benefício, deverá ser verificada a in-
por motivo de doença, incumbirá à empresa capacidade para cada uma das atividades
pagar ao segurado empregado o seu salário exercidas. (Incluído pela Lei nº 13.135, de
integral. (Redação Dada pela Lei nº 9.876, 2015)
de 26.11.99)
Art. 61. O auxílio-doença, inclusive o decorrente
§ 4º A empresa que dispuser de serviço mé- de acidente do trabalho, consistirá numa renda
dico, próprio ou em convênio, terá a seu mensal correspondente a 91% (noventa e um
cargo o exame médico e o abono das faltas por cento) do salário-de-benefício, observado o
correpondentes ao período referido no § 3º, disposto na Seção III, especialmente no art. 33
somente devendo encaminhar o segurado à desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de
perícia médica da Previdência Social quan- 1995)
do a incapacidade ultrapassar 15 (quinze)
dias. Art. 62. O segurado em gozo de auxílio-doença,
insusceptível de recuperação para sua atividade
§ 5º Nos casos de impossibilidade de reali- habitual, deverá submeter-se a processo de re-
zação de perícia médica pelo órgão ou setor abilitação profissional para o exercício de outra
próprio competente, assim como de efeti- atividade. Não cessará o benefício até que seja
va incapacidade física ou técnica de imple- dado como habilitado para o desempenho de
mentação das atividades e de atendimento nova atividade que lhe garanta a subsistência
adequado à clientela da previdência social, ou, quando considerado não-recuperável, for
o INSS poderá, sem ônus para os segurados, aposentado por invalidez.
celebrar, nos termos do regulamento, con-
vênios, termos de execução descentraliza- Art. 63. O segurado empregado, inclusive o do-
da, termos de fomento ou de colaboração, méstico, em gozo de auxílio-doença será con-
contratos não onerosos ou acordos de co- siderado pela empresa e pelo empregador do-
operação técnica para realização de perícia méstico como licenciado. (Redação dada pela
médica, por delegação ou simples coopera- Lei Complementar nº 150, de 2015)
ção técnica, sob sua coordenação e super- Parágrafo único. A empresa que garantir ao
visão, com: (Incluído pela Lei nº 13.135, de segurado licença remunerada ficará obriga-
2015) da a pagar-lhe durante o período de auxílio-
I – órgãos e entidades públicos ou que inte- -doença a eventual diferença entre o valor
grem o Sistema Único de Saúde (SUS); (In- deste e a importância garantida pela licen-
cluído pela Lei nº 13.135, de 2015) ça.

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Art. 64. (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995) cimento referida no caput. (Incluído pela Lei
Complementar nº 150, de 2015)
Subseção VI
Art. 68. As cotas do salário-família serão pagas
DO SALÁRIO-FAMÍLIA
pela empresa ou pelo empregador doméstico,
Art. 65. O salário-família será devido, mensal- mensalmente, junto com o salário, efetivando-
mente, ao segurado empregado, inclusive o do- -se a compensação quando do recolhimento
méstico, e ao segurado trabalhador avulso, na das contribuições, conforme dispuser o Regula-
proporção do respectivo número de filhos ou mento. (Redação dada pela Lei Complementar
equiparados nos termos do § 2º do art. 16 desta nº 150, de 2015)
Lei, observado o disposto no art. 66. (Redação § 1º A empresa ou o empregador domés-
dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015) tico conservarão durante 10 (dez) anos os
Parágrafo único. O aposentado por invali- comprovantes de pagamento e as cópias
dez ou por idade e os demais aposentados das certidões correspondentes, para fiscali-
com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais de zação da Previdência Social. (Redação dada
idade, se do sexo masculino, ou 60 (ses- pela Lei Complementar nº 150, de 2015)
senta) anos ou mais, se do feminino, terão § 2º Quando o pagamento do salário não
direito ao salário-família, pago juntamente for mensal, o salário-família será pago jun-
com a aposentadoria. tamente com o último pagamento relativo
Art. 66. O valor da cota do salário-família por ao mês.
filho ou equiparado de qualquer condição, até Art. 69. O salário-família devido ao trabalhador
14 (quatorze) anos de idade ou inválido de qual- avulso poderá ser recebido pelo sindicato de
quer idade é de: classe respectivo, que se incumbirá de elaborar
I – Cr$ 1.360,00 (um mil trezentos e sessen- as folhas correspondentes e de distribuí-lo.
ta cruzeiros) , para o segurado com remune- Art. 70. A cota do salário-família não será incor-
ração mensal não superior a Cr$ 51.000,00 porada, para qualquer efeito, ao salário ou ao
(cinquenta e um mil cruzeiros); Atualizações benefício.
decorrentes de normas de hierarquia infe-
rior Subseção VII
II – Cr$ 170,00 (cento e setenta cruzeiros), DO SALÁRIO-MATERNIDADE
para o segurado com remuneração mensal
superior a Cr$ 51.000,00 (cinquenta e um Art. 71. O salário-maternidade é devido à segu-
mil cruzeiros). Atualizações decorrentes de rada da Previdência Social, durante 120 (cento e
normas de hierarquia inferior vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte
e oito) dias antes do parto e a data de ocorrên-
Art. 67. O pagamento do salário-família é con- cia deste, observadas as situações e condições
dicionado à apresentação da certidão de nas- previstas na legislação no que concerne à pro-
cimento do filho ou da documentação relativa teção à maternidade. (Redação dada pala Lei nº
ao equiparado ou ao inválido, e à apresentação 10.710, de 5.8.2003)
anual de atestado de vacinação obrigatória e de
comprovação de frequência à escola do filho ou Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº
equiparado, nos termos do regulamento. (Reda- 9.528, de 1997)
ção Dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) Art. 71-A. Ao segurado ou segurada da Previ-
Parágrafo único. O empregado doméstico dência Social que adotar ou obtiver guarda ju-
deve apresentar apenas a certidão de nas- dicial para fins de adoção de criança é devido
salário-maternidade pelo período de 120 (cento

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e vinte) dias. (Redação dada pela Lei nº 12.873, III – 1/12 (um doze avos) da soma dos 12
de 2013) (doze) últimos salários de contribuição,
apurados em um período não superior a 15
§ 1º O salário-maternidade de que trata (quinze) meses, para o contribuinte indivi-
este artigo será pago diretamente pela Pre- dual, facultativo e desempregado; e (Inclu-
vidência Social. (Redação dada pela Lei nº ído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)
12.873, de 2013)
IV – o valor do salário mínimo, para o segu-
§ 2º Ressalvado o pagamento do salário- rado especial. (Incluído pela Lei nº 12.873,
-maternidade à mãe biológica e o disposto de 2013) (Vigência)
no art. 71-B, não poderá ser concedido o
benefício a mais de um segurado, decorren- § 3º Aplica-se o disposto neste artigo ao se-
te do mesmo processo de adoção ou guar- gurado que adotar ou obtiver guarda judi-
da, ainda que os cônjuges ou companhei- cial para fins de adoção.(Incluído pela Lei nº
ros estejam submetidos a Regime Próprio 12.873, de 2013) (Vigência)
de Previdência Social. (Incluído pela Lei nº
12.873, de 2013) Art. 71-C. A percepção do salário-maternidade,
inclusive o previsto no art. 71-B, está condicio-
Art. 71-B. No caso de falecimento da segurada nada ao afastamento do segurado do trabalho
ou segurado que fizer jus ao recebimento do ou da atividade desempenhada, sob pena de
salário-maternidade, o benefício será pago, por suspensão do benefício. (Incluído pela Lei nº
todo o período ou pelo tempo restante a que 12.873, de 2013) (Vigência)
teria direito, ao cônjuge ou companheiro so-
brevivente que tenha a qualidade de segurado, Art. 72. O salário-maternidade para a segurada
exceto no caso do falecimento do filho ou de empregada ou trabalhadora avulsa consistirá
seu abandono, observadas as normas aplicáveis numa renda mensal igual a sua remuneração
ao salário-maternidade. (Incluído pela Lei nº integral. (Redação Dada pela Lei nº 9.876, de
12.873, de 2013) (Vigência) 26.11.99)

§ 1º O pagamento do benefício de que trata § 1º Cabe à empresa pagar o salário-ma-


o caput deverá ser requerido até o último ternidade devido à respectiva empregada
dia do prazo previsto para o término do sa- gestante, efetivando-se a compensação,
lário-maternidade originário. (Incluído pela observado o disposto no art. 248 da Cons-
Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência) tituição Federal, quando do recolhimento
das contribuições incidentes sobre a folha
§ 2º O benefício de que trata o caput será de salários e demais rendimentos pagos ou
pago diretamente pela Previdência Social creditados, a qualquer título, à pessoa física
durante o período entre a data do óbito e o que lhe preste serviço. (Incluído pela Lei nº
último dia do término do salário-maternida- 10.710, de 5.8.2003)
de originário e será calculado sobre: (Inclu-
ído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência) § 2º A empresa deverá conservar durante
10 (dez) anos os comprovantes dos paga-
I – a remuneração integral, para o empre- mentos e os atestados correspondentes
gado e trabalhador avulso; (Incluído pela Lei para exame pela fiscalização da Previdên-
nº 12.873, de 2013) (Vigência) cia Social. (Incluído pela Lei nº 10.710, de
5.8.2003)
II – o último salário-de-contribuição, para o
empregado doméstico; (Incluído pela Lei nº § 3º O salário-maternidade devido à traba-
12.873, de 2013) (Vigência) lhadora avulsa e à empregada do microem-
preendedor individual de que trata o art.
18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de

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dezembro de 2006, será pago diretamente § 2º Perde o direito à pensão por morte o
pela Previdência Social. (Redação dada pela cônjuge, o companheiro ou a companheira
Lei nº 12.470, de 2011) se comprovada, a qualquer tempo, simu-
lação ou fraude no casamento ou na união
Art. 73. Assegurado o valor de um salário-mí- estável, ou a formalização desses com o fim
nimo, o salário-maternidade para as demais exclusivo de constituir benefício previdenci-
seguradas, pago diretamente pela Previdência ário, apuradas em processo judicial no qual
Social, consistirá: (Redação dada pela Lei nº será assegurado o direito ao contraditório e
10.710, de 5.8.2003) à ampla defesa. (Incluído pela Lei nº 13.135,
I – em um valor correspondente ao do seu de 2015)
último salário-de-contribuição, para a segu- Art. 75. O valor mensal da pensão por morte
rada empregada doméstica; (Incluído pela será de cem por cento do valor da aposentado-
lei nº 9.876, de 26.11.99) ria que o segurado recebia ou daquela a que te-
II – em um doze avos do valor sobre o qual ria direito se estivesse aposentado por invalidez
incidiu sua última contribuição anual, para na data de seu falecimento, observado o dispos-
a segurada especial; (Incluído pela lei nº to no art. 33 desta lei.(Redação dada pela Lei nº
9.876, de 26.11.99) 9.528, de 1997)

III – em um doze avos da soma dos doze últi- Art. 76. A concessão da pensão por morte não
mos salários-de-contribuição, apurados em será protelada pela falta de habilitação de outro
um período não superior a quinze meses, possível dependente, e qualquer inscrição ou
para as demais seguradas. (Incluído pela lei habilitação posterior que importe em exclusão
nº 9.876, de 26.11.99) ou inclusão de dependente só produzirá efeito a
contar da data da inscrição ou habilitação.
Subseção VIII
§ 1º O cônjuge ausente não exclui do direi-
DA PENSÃO POR MORTE to à pensão por morte o companheiro ou a
companheira, que somente fará jus ao be-
Art. 74. A pensão por morte será devida ao con-
nefício a partir da data de sua habilitação e
junto dos dependentes do segurado que falecer,
mediante prova de dependência econômi-
aposentado ou não, a contar da data: (Redação
ca.
dada pela Lei nº 9.528, de 1997)
§ 2º O cônjuge divorciado ou separado ju-
I – do óbito, quando requerida até trin-
dicialmente ou de fato que recebia pensão
ta dias depois deste; (Incluído pela Lei nº
de alimentos concorrerá em igualdade de
9.528, de 1997)
condições com os dependentes referidos no
II – do requerimento, quando requerida inciso I do art. 16 desta Lei.
após o prazo previsto no inciso anterior; (In-
Art. 77. A pensão por morte, havendo mais de
cluído pela Lei nº 9.528, de 1997)
um pensionista, será rateada entre todos em
III – da decisão judicial, no caso de morte parte iguais. (Redação dada pela Lei nº 9.032,
presumida. (Incluído pela Lei nº 9.528, de de 1995)
1997)
§ 1º Reverterá em favor dos demais a parte
§ 1º Perde o direito à pensão por morte, daquele cujo direito à pensão cessar. (Reda-
após o trânsito em julgado, o condenado ção dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
pela prática de crime de que tenha dolosa-
§ 2º O direito à percepção de cada cota in-
mente resultado a morte do segurado. (In-
dividual cessará: (Redação dada pela Lei nº
cluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
13.135, de 2015)

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I – pela morte do pensionista; (Incluído pela 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26
Lei nº 9.032, de 1995) (vinte e seis) anos de idade; (Incluído pela
Lei nº 13.135, de 2015)
II – para filho, pessoa a ele equiparada ou
irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29
(vinte e um) anos de idade, salvo se for invá- (vinte e nove) anos de idade; (Incluído pela
lido ou com deficiência; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Lei nº 13.135, de 2015) (Vide Lei nº 13.146,
de 2015) (Vigência) 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40
(quarenta) anos de idade; (Incluído pela Lei
III – para filho ou irmão inválido, pela cessa- nº 13.135, de 2015)
ção da invalidez; (Redação dada pela Lei nº
13.135, de 2015) 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um)
e 43 (quarenta e três) anos de idade; (Inclu-
IV – pelo decurso do prazo de recebimento ído pela Lei nº 13.135, de 2015)
de pensão pelo cônjuge, companheiro ou
companheira, nos termos do § 5º. (Incluído 6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou
pela Medida Provisória nº 664, de 2014) (Vi- mais anos de idade. (Incluído pela Lei nº
gência) (Vide Lei nº 13.135, de 2015) 13.135, de 2015)

V – para cônjuge ou companheiro: (Incluído § 2º-A. Serão aplicados, conforme o caso, a


pela Lei nº 13.135, de 2015) regra contida na alínea “a” ou os prazos pre-
vistos na alínea “c”, ambas do inciso V do §
a) se inválido ou com deficiência, pela ces- 2º, se o óbito do segurado decorrer de aci-
sação da invalidez ou pelo afastamento da dente de qualquer natureza ou de doença
deficiência, respeitados os períodos míni- profissional ou do trabalho, independente-
mos decorrentes da aplicação das alíneas mente do recolhimento de 18 (dezoito) con-
“b” e “c”; (Incluído pela Lei nº 13.135, de tribuições mensais ou da comprovação de 2
2015) (dois) anos de casamento ou de união está-
vel. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer
sem que o segurado tenha vertido 18 (de- § 2º-B. Após o transcurso de pelo menos
zoito) contribuições mensais ou se o ca- 3 (três) anos e desde que nesse período se
samento ou a união estável tiverem sido verifique o incremento mínimo de um ano
iniciados em menos de 2 (dois) anos antes inteiro na média nacional única, para ambos
do óbito do segurado; (Incluído pela Lei nº os sexos, correspondente à expectativa de
13.135, de 2015) sobrevida da população brasileira ao nascer,
poderão ser fixadas, em números inteiros,
c) transcorridos os seguintes períodos, es- novas idades para os fins previstos na alínea
tabelecidos de acordo com a idade do be- “c” do inciso V do § 2º, em ato do Ministro
neficiário na data de óbito do segurado, se de Estado da Previdência Social, limitado o
o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (de- acréscimo na comparação com as idades
zoito) contribuições mensais e pelo menos anteriores ao referido incremento. (Incluído
2 (dois) anos após o início do casamento pela Lei nº 13.135, de 2015)
ou da união estável: (Incluído pela Lei nº
13.135, de 2015) § 3º Com a extinção da parte do último pen-
sionista a pensão extinguir-se-á. (Incluído
1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte pela Lei nº 9.032, de 1995)
e um) anos de idade; (Incluído pela Lei nº
13.135, de 2015) § 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
13.135, de 2015)

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§ 5º O tempo de contribuição a Regime Pró- Subseção X
prio de Previdência Social (RPPS) será con- DOS PECÚLIOS
siderado na contagem das 18 (dezoito) con-
tribuições mensais de que tratam as alíneas Art. 81. (Revogado dada pela Lei nº 9.129, de
“b” e “c” do inciso V do § 2º. (Incluído pela 1995)
Lei nº 13.135, de 2015)
I – (Revogado dada pela Lei nº 9.129, de
Art. 78. Por morte presumida do segurado, de- 1995)
clarada pela autoridade judicial competente,
depois de 6 (seis) meses de ausência, será con- II – (Revogado pela Lei nº 8.870, de 1994)
cedida pensão provisória, na forma desta Sub- III – (Revogado dada pela Lei nº 9.129, de
seção. 1995)
§ 1º Mediante prova do desaparecimento Art. 82 (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995)
do segurado em consequência de acidente,
desastre ou catástrofe, seus dependentes Art. 83. (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995)
farão jus à pensão provisória independente-
mente da declaração e do prazo deste arti- Art. 84. (Revogado pela Lei nº 8.870, de 1994)
go. Art. 85. (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995)
§ 2º Verificado o reaparecimento do segu-
Subseção XI
rado, o pagamento da pensão cessará ime-
diatamente, desobrigados os dependentes DO AUXÍLIO-ACIDENTE
da reposição dos valores recebidos, salvo
Art. 86. O auxílio-acidente será concedido,
má-fé.
como indenização, ao segurado quando, após
Art. 79. Não se aplica o disposto no art. 103 des- consolidação das lesões decorrentes de aciden-
ta Lei ao pensionista menor, incapaz ou ausen- te de qualquer natureza, resultarem sequelas
te, na forma da lei. que impliquem redução da capacidade para o
trabalho que habitualmente exercia. (Redação
Subseção IX dada pela Lei nº 9.528, de 1997)
DO AUXÍLIO-RECLUSÃO § 1º O auxílio-acidente mensal correspon-
Art. 80. O auxílio-reclusão será devido, nas mes- derá a cinquenta por cento do salário-de-
mas condições da pensão por morte, aos de- -benefício e será devido, observado o dis-
pendentes do segurado recolhido à prisão, que posto no § 5º, até a véspera do início de
não receber remuneração da empresa nem es- qualquer aposentadoria ou até a data do
tiver em gozo de auxílio-doença, de aposenta- óbito do segurado. (Redação dada pela Lei
doria ou de abono de permanência em serviço. nº 9.528, de 1997)

Parágrafo único. O requerimento do auxí- § 2º O auxílio-acidente será devido a partir


lio-reclusão deverá ser instruído com certi- do dia seguinte ao da cessação do auxílio-
dão do efetivo recolhimento à prisão, sendo -doença, independentemente de qualquer
obrigatória, para a manutenção do benefí- remuneração ou rendimento auferido pelo
cio, a apresentação de declaração de per- acidentado, vedada sua acumulação com
manência na condição de presidiário. qualquer aposentadoria.(Redação dada
pela Lei nº 9.528, de 1997)
§ 3º O recebimento de salário ou concessão
de outro benefício, exceto de aposentado-
ria, observado o disposto no § 5º, não pre-

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judicará a continuidade do recebimento do ve mediante celebração de convênios, acor-


auxílio-acidente. (Redação dada pela Lei nº dos ou contratos.
9.528, de 1997)
§ 3º O Serviço Social terá como diretriz a
§ 4º A perda da audição, em qualquer grau, participação do beneficiário na implemen-
somente proporcionará a concessão do tação e no fortalecimento da política pre-
auxílio-acidente, quando, além do reconhe- videnciária, em articulação com as associa-
cimento de causalidade entre o trabalho e ções e entidades de classe.
a doença, resultar, comprovadamente, na
redução ou perda da capacidade para o tra- § 4º O Serviço Social, considerando a uni-
balho que habitualmente exercia. (Restabe- versalização da Previdência Social, prestará
lecido com nova redação pela Lei nº 9.528, assessoramento técnico aos Estados e Mu-
de 1997) nicípios na elaboração e implantação de
suas propostas de trabalho.
§ 5º .(Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995)
Subseção II
Subseção XII DA HABILITAÇÃO E DA
DO ABONO DE PERMANÊNCIA REABILITAÇÃO PROFISSIONAL
EM SERVIÇO
Art. 89. A habilitação e a reabilitação profissio-
Art. 87. (Revogado pela Lei nº 8.870, de 1994) nal e social deverão proporcionar ao benefici-
ário incapacitado parcial ou totalmente para o
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº trabalho, e às pessoas portadoras de deficiên-
8.870, de 1994) cia, os meios para a (re)educação e de (re)adap-
tação profissional e social indicados para parti-
Seção VI
cipar do mercado de trabalho e do contexto em
DOS SERVIÇOS que vive.
Subseção I Parágrafo único. A reabilitação profissional
DO SERVIÇO SOCIAL compreende:
a) o fornecimento de aparelho de prótese,
Art. 88. Compete ao Serviço Social esclarecer
órtese e instrumentos de auxílio para loco-
junto aos beneficiários seus direitos sociais e
moção quando a perda ou redução da ca-
os meios de exercê-los e estabelecer conjunta-
pacidade funcional puder ser atenuada por
mente com eles o processo de solução dos pro-
seu uso e dos equipamentos necessários à
blemas que emergirem da sua relação com a
habilitação e reabilitação social e profissio-
Previdência Social, tanto no âmbito interno da
nal;
instituição como na dinâmica da sociedade.
b) a reparação ou a substituição dos apare-
§ 1º Será dada prioridade aos segurados
lhos mencionados no inciso anterior, des-
em benefício por incapacidade temporária
gastados pelo uso normal ou por ocorrência
e atenção especial aos aposentados e pen-
estranha à vontade do beneficiário;
sionistas.
c) o transporte do acidentado do trabalho,
§ 2º Para assegurar o efetivo atendimento
quando necessário.
dos usuários serão utilizadas intervenção
técnica, assistência de natureza jurídica, Art. 90. A prestação de que trata o artigo ante-
ajuda material, recursos sociais, intercâm- rior é devida em caráter obrigatório aos segu-
bio com empresas e pesquisa social, inclusi- rados, inclusive aposentados e, na medida das

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possibilidades do órgão da Previdência Social, Seção VII
aos seus dependentes. DA CONTAGEM RECÍPROCA
Art. 91. Será concedido, no caso de habilitação DE TEMPO DE SERVIÇO
e reabilitação profissional, auxílio para trata-
mento ou exame fora do domicílio do beneficiá- Art. 94. Para efeito dos benefícios previstos no
rio, conforme dispuser o Regulamento. Regime Geral de Previdência Social ou no ser-
viço público é assegurada a contagem recíproca
Art. 92. Concluído o processo de habilitação ou do tempo de contribuição na atividade privada,
reabilitação social e profissional, a Previdência rural e urbana, e do tempo de contribuição ou
Social emitirá certificado individual, indicando de serviço na administração pública, hipótese
as atividades que poderão ser exercidas pelo em que os diferentes sistemas de previdência
beneficiário, nada impedindo que este exerça social se compensarão financeiramente. (Reda-
outra atividade para a qual se capacitar. ção dada pela Lei nº 9.711, de 20.11.98)
Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais em- § 1º A compensação financeira será feita ao
pregados está obrigada a preencher de 2% (dois sistema a que o interessado estiver vincula-
por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus car- do ao requerer o benefício pelos demais sis-
gos com beneficiários reabilitados ou pessoas temas, em relação aos respectivos tempos
portadoras de deficiência, habilitadas, na se- de contribuição ou de serviço, conforme
guinte proporção: dispuser o Regulamento.(Renumerado pela
I – até 200 empregados......................... 2%; Lei Complementar nº 123, de 2006)

II – de 201 a 500.....................................3%; § 2º Não será computado como tempo de


contribuição, para efeito dos benefícios pre-
III – de 501 a 1.000.................................4%; vistos em regimes próprios de previdência
social, o período em que o segurado con-
IV – de 1.001 em diante.........................5%. tribuinte individual ou facultativo tiver con-
§ 1º A dispensa de trabalhador reabilitado tribuído na forma do § 2º do art. 21 da Lei
ou de deficiente habilitado ao final de con- nº 8.212, de 24 de julho de 1991, salvo se
trato por prazo determinado de mais de 90 complementadas as contribuições na forma
(noventa) dias, e a imotivada, no contrato do § 3º do mesmo artigo. (Incluído pela Lei
por prazo indeterminado, só poderá ocorrer Complementar nº 123, de 2006)
após a contratação de substituto de con- Art. 95. (Revogado pela Medida Provisória nº
dição semelhante. (Vide Lei nº 13.146, de 2.187-13, de 2001)
2015) (Vigência)
Art. 96. O tempo de contribuição ou de serviço
§ 2º O Ministério do Trabalho e da Previ- de que trata esta Seção será contado de acordo
dência Social deverá gerar estatísticas sobre com a legislação pertinente, observadas as nor-
o total de empregados e as vagas preenchi- mas seguintes:
das por reabilitados e deficientes habilita-
dos, fornecendo-as, quando solicitadas, aos I – não será admitida a contagem em dobro
sindicatos ou entidades representativas dos ou em outras condições especiais;
empregados.
II – é vedada a contagem de tempo de ser-
§ 3º (Vide Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) viço público com o de atividade privada,
quando concomitantes;
§ 4º (Vide Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
III – não será contado por um sistema o
tempo de serviço utilizado para concessão
de aposentadoria pelo outro;

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IV – o tempo de serviço anterior ou poste- § 1º O aposentado por invalidez e o pen-


rior à obrigatoriedade de filiação à Previ- sionista inválido estarão isentos do exame
dência Social só será contado mediante in- de que trata o caput após completarem 60
denização da contribuição correspondente (sessenta) anos de idade. (Incluído pela Lei
ao período respectivo, com acréscimo de nº 13.063, de 2014)
juros moratórios de zero vírgula cinco por
cento ao mês, capitalizados anualmente, e § 2º A isenção de que trata o § 1º não se
multa de dez por cento. (Redação dada pela aplica quando o exame tem as seguintes fi-
Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001) nalidades: (Incluído pela Lei nº 13.063, de
(Vide Medida Provisória nº 316, de 2006) 2014)

Art. 97. A aposentadoria por tempo de serviço, I – verificar a necessidade de assistência


com contagem de tempo na forma desta Seção, permanente de outra pessoa para a con-
será concedida ao segurado do sexo feminino a cessão do acréscimo de 25% (vinte e cinco
partir de 25 (vinte e cinco) anos completos de por cento) sobre o valor do benefício, con-
serviço, e, ao segurado do sexo masculino, a forme dispõe o art. 45; (Incluído pela Lei nº
partir de 30 (trinta) anos completos de serviço, 13.063, de 2014)
ressalvadas as hipóteses de redução previstas II – verificar a recuperação da capacidade
em lei. de trabalho, mediante solicitação do apo-
Art. 98. Quando a soma dos tempos de serviço sentado ou pensionista que se julgar apto;
ultrapassar 30 (trinta) anos, se do sexo femini- (Incluído pela Lei nº 13.063, de 2014)
no, e 35 (trinta e cinco) anos, se do sexo mascu- III – subsidiar autoridade judiciária na con-
lino, o excesso não será considerado para qual- cessão de curatela, conforme dispõe o art.
quer efeito. 110. (Incluído pela Lei nº 13.063, de 2014)
Art. 99. O benefício resultante de contagem de Art. 102. A perda da qualidade de segurado
tempo de serviço na forma desta Seção será importa em caducidade dos direitos inerentes
concedido e pago pelo sistema a que o interes- a essa qualidade. (Redação dada pela Lei nº
sado estiver vinculado ao requerê-lo, e calcula- 9.528, de 1997)
do na forma da respectiva legislação.
§ 1º A perda da qualidade de segurado não
Seção VIII prejudica o direito à aposentadoria para
DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS cuja concessão tenham sido preenchidos
RELATIVAS ÀS PRESTAÇÕES todos os requisitos, segundo a legislação
em vigor à época em que estes requisitos
Art. 100. (VETADO) foram atendidos. (Incluído pela Lei nº 9.528,
de 1997)
Art. 101. O segurado em gozo de auxílio-doen-
ça, aposentadoria por invalidez e o pensionista § 2º Não será concedida pensão por morte
inválido estão obrigados, sob pena de suspen- aos dependentes do segurado que falecer
são do benefício, a submeter-se a exame mé- após a perda desta qualidade, nos termos
dico a cargo da Previdência Social, processo de do art. 15 desta Lei, salvo se preenchidos
reabilitação profissional por ela prescrito e cus- os requisitos para obtenção da aposentado-
teado, e tratamento dispensado gratuitamen- ria na forma do parágrafo anterior.(Incluído
te, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, pela Lei nº 9.528, de 1997)
que são facultativos. (Redação dada pela Lei nº Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência
9.032, de 1995) de todo e qualquer direito ou ação do segura-
do ou beneficiário para a revisão do ato de con-

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cessão de benefício, a contar do dia primeiro do Art. 106. A comprovação do exercício de ativida-
mês seguinte ao do recebimento da primeira de rural será feita, alternativamente, por meio
prestação ou, quando for o caso, do dia em que de: (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
tomar conhecimento da decisão indeferitória
definitiva no âmbito administrativo. (Redação I – contrato individual de trabalho ou Car-
dada pela Lei nº 10.839, de 2004) teira de Trabalho e Previdência Social; (Re-
dação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
Parágrafo único. Prescreve em cinco anos,
a contar da data em que deveriam ter sido II – contrato de arrendamento, parceria ou
pagas, toda e qualquer ação para haver comodato rural; (Redação dada pela Lei nº
prestações vencidas ou quaisquer restitui- 11.718, de 2008)
ções ou diferenças devidas pela Previdência III – declaração fundamentada de sindica-
Social, salvo o direito dos menores, incapa- to que represente o trabalhador rural ou,
zes e ausentes, na forma do Código Civil. quando for o caso, de sindicato ou colônia
(Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997) de pescadores, desde que homologada pelo
Art. 103-A. O direito da Previdência Social de Instituto Nacional do Seguro Social – INSS;
anular os atos administrativos de que decorram (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
efeitos favoráveis para os seus beneficiários de- IV – comprovante de cadastro do Instituto
cai em dez anos, contados da data em que fo- Nacional de Colonização e Reforma Agrária
ram praticados, salvo comprovada má-fé. (Inclu- – INCRA, no caso de produtores em regime
ído pela Lei nº 10.839, de 2004) de economia familiar; (Redação dada pela
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contí- Lei nº 11.718, de 2008)
nuos, o prazo decadencial contar-se-á da V – bloco de notas do produtor rural; (Reda-
percepção do primeiro pagamento. (Incluí- ção dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
do pela Lei nº 10.839, de 2004)
VI – notas fiscais de entrada de mercado-
§ 2º Considera-se exercício do direito de rias, de que trata o § 7º do art. 30 da Lei nº
anular qualquer medida de autoridade ad- 8.212, de 24 de julho de 1991, emitidas pela
ministrativa que importe impugnação à va- empresa adquirente da produção, com indi-
lidade do ato. (Incluído pela Lei nº 10.839, cação do nome do segurado como vende-
de 2004) dor; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)
Art. 104. As ações referentes à prestação por VII – documentos fiscais relativos a entre-
acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) ga de produção rural à cooperativa agríco-
anos, observado o disposto no art. 103 desta la, entreposto de pescado ou outros, com
Lei, contados da data: indicação do segurado como vendedor ou
I – do acidente, quando dele resultar a mor- consignante; (Incluído pela Lei nº 11.718,
te ou a incapacidade temporária, verificada de 2008)
esta em perícia médica a cargo da Previdên- VIII – comprovantes de recolhimento de
cia Social; ou contribuição à Previdência Social decorren-
II – em que for reconhecida pela Previdên- tes da comercialização da produção; (Incluí-
cia Social, a incapacidade permanente ou o do pela Lei nº 11.718, de 2008)
agravamento das sequelas do acidente. IX – cópia da declaração de imposto de ren-
Art. 105. A apresentação de documentação in- da, com indicação de renda proveniente da
completa não constitui motivo para recusa do comercialização de produção rural; ou (In-
requerimento de benefício. cluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

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X – licença de ocupação ou permissão ou- Art. 112. O valor não recebido em vida pelo se-
torgada pelo Incra. (Incluído pela Lei nº gurado só será pago aos seus dependentes ha-
11.718, de 2008) bilitados à pensão por morte ou, na falta deles,
aos seus sucessores na forma da lei civil, inde-
Art. 107. O tempo de serviço de que trata o art. pendentemente de inventário ou arrolamento.
55 desta Lei será considerado para cálculo do
valor da renda mensal de qualquer benefício. Art. 113. O benefício poderá ser pago mediante
depósito em conta corrente ou por autorização
Art. 108. Mediante justificação processada pe- de pagamento, conforme se dispuser em regu-
rante a Previdência Social, observado o dispos- lamento.
to no § 3º do art. 55 e na forma estabelecida
no Regulamento, poderá ser suprida a falta de Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº
documento ou provado ato do interesse de be- 9.876, de 26.11.1999)
neficiário ou empresa, salvo no que se refere a
registro público. Art. 114. Salvo quanto a valor devido à Previ-
dência Social e a desconto autorizado por esta
Art. 109. O benefício será pago diretamente ao Lei, ou derivado da obrigação de prestar alimen-
beneficiário, salvo em caso de ausência, mo- tos reconhecida em sentença judicial, o bene-
léstia contagiosa ou impossibilidade de loco- fício não pode ser objeto de penhora, arresto
moção, quando será pago a procurador, cujo ou sequestro, sendo nula de pleno direito a sua
mandato não terá prazo superior a doze meses, venda ou cessão, ou a constituição de qualquer
podendo ser renovado. (Redação dada pela Lei ônus sobre ele, bem como a outorga de poderes
nº 8.870, de 1994) irrevogáveis ou em causa própria para o seu re-
cebimento.
Parágrafo único. A impressão digital do
beneficiário incapaz de assinar, aposta na Art. 115. Podem ser descontados dos benefí-
presença de servidor da Previdência Social, cios:
vale como assinatura para quitação de pa-
gamento de benefício. I – contribuições devidas pelo segurado à
Previdência Social;
Art. 110. O benefício devido ao segurado ou de-
pendente civilmente incapaz será feito ao côn- II – pagamento de benefício além do devi-
juge, pai, mãe, tutor ou curador, admitindo-se, do;
na sua falta e por período não superior a 6 (seis) III – Imposto de Renda retido na fonte;
meses, o pagamento a herdeiro necessário, me-
diante termo de compromisso firmado no ato IV – pensão de alimentos decretada em
do recebimento. sentença judicial;

Parágrafo único. Para efeito de curatela, no V – mensalidades de associações e demais


caso de interdição do beneficiário, a auto- entidades de aposentados legalmente reco-
ridade judiciária pode louvar-se no laudo nhecidas, desde que autorizadas por seus
médico-pericial da Previdência Social. filiados.

Art. 110-A. (Vide Lei nº 13.146, de 2015) (Vigên- VI – pagamento de empréstimos, finan-
cia) ciamentos e operações de arrendamento
mercantil concedidos por instituições fi-
Art. 111. O segurado menor poderá, conforme nanceiras e sociedades de arrendamento
dispuser o Regulamento, firmar recibo de bene- mercantil, públicas e privadas, quando ex-
fício, independentemente da presença dos pais pressamente autorizado pelo beneficiário,
ou do tutor. até o limite de trinta por cento do valor do

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benefício. (Incluído pela Lei nº 10.820, de lio-doença acidentário, independentemente de
17.12.2003) percepção de auxílio-acidente.
§ 1º Na hipótese do inciso II, o desconto Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº
será feito em parcelas, conforme dispuser o 9.032, de 1995)
regulamento, salvo má-fé. (Incluído pela Lei
nº 10.820, de 17.12.2003) Art. 119. Por intermédio dos estabelecimentos
de ensino, sindicatos, associações de classe,
§ 2º Na hipótese dos incisos II e VI, haverá Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança
prevalência do desconto do inciso II. (Incluí- e Medicina do Trabalho-FUNDACENTRO, órgãos
do pela Lei nº 10.820, de 17.12.2003) públicos e outros meios, serão promovidas re-
gularmente instrução e formação com vistas a
Art. 116. Será fornecido ao beneficiário de- incrementar costumes e atitudes prevencionis-
monstrativo minucioso das importâncias pagas, tas em matéria de acidente, especialmente do
discriminando-se o valor da mensalidade, as di- trabalho.
ferenças eventualmente pagas com o período a
que se referem e os descontos efetuados. Art. 120. Nos casos de negligência quanto às
normas padrão de segurança e higiene do tra-
Art. 117. A empresa, o sindicato ou a entidade balho indicados para a proteção individual e co-
de aposentados devidamente legalizada pode- letiva, a Previdência Social proporá ação regres-
rá, mediante convênio com a Previdência Social, siva contra os responsáveis.
encarregar-se, relativamente a seu empregado
ou associado e respectivos dependentes, de: Art. 121. O pagamento, pela Previdência Social,
das prestações por acidente do trabalho não ex-
I – processar requerimento de benefício, clui a responsabilidade civil da empresa ou de
preparando-o e instruindo-o de maneira a outrem.
ser despachado pela Previdência Social;
Art. 122. (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995)
II – submeter o requerente a exame médico,
inclusive complementar, encaminhando à Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº
Previdência Social o respectivo laudo, para 9.032, de 1995)
efeito de homologação e posterior conces-
são de benefício que depender de avaliação Art. 122. Se mais vantajoso, fica assegurado o
de incapacidade; direito à aposentadoria, nas condições legal-
mente previstas na data do cumprimento de
III – pagar benefício. todos os requisitos necessários à obtenção do
benefício, ao segurado que, tendo completado
Parágrafo único. O convênio poderá dispor 35 anos de serviço, se homem, ou trinta anos,
sobre o reembolso das despesas da empre- se mulher, optou por permanecer em atividade.
sa, do sindicato ou da entidade de aposen- (Restabelecido com nova redação pela Lei nº
tados devidamente legalizada, correspon- 9.528, de 1997)
dente aos serviços previstos nos incisos II e
III, ajustado por valor global conforme o nú- Art. 123. (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995)
mero de empregados ou de associados, me-
diante dedução do valor das contribuições Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não
previdenciárias a serem recolhidas pela em- é permitido o recebimento conjunto dos seguin-
presa. tes benefícios da Previdência Social:

Art. 118. O segurado que sofreu acidente do I – aposentadoria e auxílio-doença;


trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de II – mais de uma aposentadoria; (Redação
doze meses, a manutenção do seu contrato de dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
trabalho na empresa, após a cessação do auxí-

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III – aposentadoria e abono de permanên- § 3º O disposto neste artigo não abrange as


cia em serviço; competências atribuídas em caráter privati-
vo aos ocupantes do cargo de Auditor-Fiscal
IV – salário-maternidade e auxílio-doença; da Receita Federal do Brasil previstas no in-
(Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995) ciso I do caput do art. 6º da Lei nº 10.593,
V – mais de um auxílio-acidente; (Incluído de 6 de dezembro de 2002. (Incluído pela
dada pela Lei nº 9.032, de 1995) Lei nº 11.941, de 2009)

VI – mais de uma pensão deixada por cônju- Art. 126. Das decisões do Instituto Nacional do
ge ou companheiro, ressalvado o direito de Seguro Social-INSS nos processos de interesse
opção pela mais vantajosa. (Incluído dada dos beneficiários e dos contribuintes da Seguri-
pela Lei nº 9.032, de 1995) dade Social caberá recurso para o Conselho de
Recursos da Previdência Social, conforme dispu-
Parágrafo único. É vedado o recebimento ser o Regulamento. (Redação dada pela Lei nº
conjunto do seguro-desemprego com qual- 9.528, de 1997)
quer benefício de prestação continuada da
Previdência Social, exceto pensão por mor- § 1º (Revogado pela Lei nº 11.727, de 2008)
te ou auxílio-acidente. (Incluído dada pela § 2º (Revogado pela Lei nº 11.727, de 2008)
Lei nº 9.032, de 1995)
§ 3º A propositura, pelo beneficiário ou
contribuinte, de ação que tenha por objeto
TÍTULO IV idêntico pedido sobre o qual versa o proces-
so administrativo importa renúncia ao di-
Das Disposições Finais e Transitórias reito de recorrer na esfera administrativa e
desistência do recurso interposto. (Incluído
Art. 125 .Nenhum benefício ou serviço da Pre- pela Lei nº 9.711, de 20.11.98)
vidência Social poderá ser criado, majorado ou
estendido, sem a correspondente fonte de cus- Art. 127. (Revogado pela Lei nº 9.711, de
teio total. 20.11.98)

Art. 125-A. Compete ao Instituto Nacional do Art. 128. As demandas judiciais que tiverem por
Seguro Social – INSS realizar, por meio dos seus objeto o reajuste ou a concessão de benefícios
próprios agentes, quando designados, todos os regulados nesta Lei cujos valores de execução
atos e procedimentos necessários à verificação não forem superiores a R$ 5.180,25 (cinco mil,
do atendimento das obrigações não tributárias cento e oitenta reais e vinte e cinco centavos)
impostas pela legislação previdenciária e à im- por autor poderão, por opção de cada um dos
posição da multa por seu eventual descumpri- exequentes, ser quitadas no prazo de até ses-
mento. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) senta dias após a intimação do trânsito em jul-
gado da decisão, sem necessidade da expedi-
§ 1º A empresa disponibilizará a servidor ção de precatório. (Redação dada pela Lei nº
designado por dirigente do INSS os docu- 10.099, de 2000)
mentos necessários à comprovação de vín-
culo empregatício, de prestação de serviços § 1º É vedado o fracionamento, repartição
e de remuneração relativos a trabalhador ou quebra do valor da execução, de modo
previamente identificado. (Incluído pela Lei que o pagamento se faça, em parte, na for-
nº 11.941, de 2009) ma estabelecida no caput e, em parte, me-
diante expedição do precatório.(Incluído
§ 2º Aplica-se ao disposto neste artigo, no pela Lei nº 10.099, de 2000)
que couber, o art. 126 desta Lei. (Incluído
pela Lei nº 11.941, de 2009)

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§ 2º É vedada a expedição de precatório Parágrafo único. O procedimento judicial
complementar ou suplementar do valor de que trata o inciso II deste artigo é isento
pago na forma do caput. (Incluído pela Lei do pagamento de quaisquer custas e de ver-
nº 10.099, de 2000) bas relativas à sucumbência.
§ 3º Se o valor da execução ultrapassar o Art. 130. Na execução contra o Instituto Nacio-
estabelecido no caput, o pagamento far-se- nal do Seguro Social-INSS, o prazo a que se re-
-á sempre por meio de precatório. (Incluído fere o art. 730 do Código de Processo Civil é de
pela Lei nº 10.099, de 2000) trinta dias. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de
1997)
§ 4º É facultada à parte exequente a renún-
cia ao crédito, no que exceder ao valor es- Art. 131. O Ministro da Previdência e Assistência
tabelecido no caput, para que possa optar Social poderá autorizar o INSS a formalizar a de-
pelo pagamento do saldo sem o precatório, sistência ou abster-se de propor ações e recur-
na forma ali prevista. (Incluído pela Lei nº sos em processos judiciais sempre que a ação
10.099, de 2000) versar matéria sobre a qual haja declaração de
inconstitucionalidade proferida pelo Supremo
§ 5º A opção exercida pela parte para rece- Tribunal Federal – STF, súmula ou jurisprudência
ber os seus créditos na forma prevista no consolidada do STF ou dos tribunais superiores.
caput implica a renúncia do restante dos (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)
créditos porventura existentes e que se-
jam oriundos do mesmo processo. (Incluído Parágrafo único. O Ministro da Previdência
pela Lei nº 10.099, de 2000) e Assistência Social disciplinará as hipóteses
em que a administração previdenciária fe-
§ 6º O pagamento sem precatório, na forma deral, relativamente aos créditos previden-
prevista neste artigo, implica quitação total ciários baseados em dispositivo declarado
do pedido constante da petição inicial e de- insconstitucional por decisão definitiva do
termina a extinção do processo. (Incluído Supremo Tribunal Federal, possa: (Incluído
pela Lei nº 10.099, de 2000) pela Lei nº 9.528, de 1997)
§ 7º O disposto neste artigo não obsta a a) abster-se de constituí-los; (Incluído pela
interposição de embargos à execução por Lei nº 9.528, de 1997)
parte do INSS. (Incluído pela Lei nº 10.099,
de 2000) b) retificar o seu valor ou declará-los extin-
tos, de ofício, quando houverem sido cons-
Art. 129. Os litígios e medidas cautelares rela- tituídos anteriormente, ainda que inscritos
tivos a acidentes do trabalho serão apreciados: em dívida ativa;(Incluído pela Lei nº 9.528,
I – na esfera administrativa, pelos órgãos de 1997)
da Previdência Social, segundo as regras e c) formular desistência de ações de execu-
prazos aplicáveis às demais prestações, com ção fiscal já ajuizadas, bem como deixar de
prioridade para conclusão; e interpor recursos de decisões judiciais. (In-
II – na via judicial, pela Justiça dos Estados cluído pela Lei nº 9.528, de 1997)
e do Distrito Federal, segundo o rito suma- Art. 132. A formalização de desistência ou tran-
ríssimo, inclusive durante as férias forenses, sigência judiciais, por parte de procurador da
mediante petição instruída pela prova de Previdência Social, será sempre precedida da
efetiva notificação do evento à Previdência anuência, por escrito, do Procurador-Geral do
Social, através de Comunicação de Acidente Instituto Nacional do Seguro Social INSS, ou do
do Trabalho–CAT. presidente desse órgão, quando os valores em

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litígio ultrapassarem os limites definidos pelo nuada com data de início até a entrada em vigor
Conselho Nacional de Previdência Social – CNPS. desta Lei.
§ 1º Os valores, a partir dos quais se exigi- Art. 138. Ficam extintos os regimes de Previdên-
rá a anuência do Procurador-Geral ou do cia Social instituídos pela Lei Complementar nº
presidente do INSS, serão definidos perio- 11, de 25 de maio de 1971, e pela Lei nº 6.260,
dicamente pelo CNPS, através de resolução de 6 de novembro de 1975, sendo mantidos,
própria. com valor não inferior ao do salário mínimo, os
benefícios concedidos até a vigência desta Lei.
§ 2º Até que o CNPS defina os valores men-
cionados neste artigo, deverão ser submeti- Parágrafo único. Para os que vinham contri-
dos à anuência prévia do Procurador-Geral buindo regularmente para os regimes a que
ou do presidente do INSS a formalização de se refere este artigo, será contado o tempo
desistência ou transigência judiciais, quan- de contribuição para fins do Regime Geral
do os valores, referentes a cada segurado de Previdência Social, conforme disposto no
considerado separadamente, superarem, Regulamento.
respectivamente, 10 (dez) ou 30 (trinta) ve-
zes o teto do salário-de-benefício. Art. 139. (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)

Art. 133. A infração a qualquer dispositivo des- 1º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
ta Lei, para a qual não haja penalidade expres- I – (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
samente cominada, sujeita o responsável, con-
forme a gravidade da infração, à multa variável II – (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
de Cr$ 100.000,00 (cem mil cruzeiros) a Cr$
III – s(Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
10.000.000,00 (dez milhões de cruzeiros). Atu-
alizações decorrentes de normas de hierarquia 2º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
inferior
3º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº
11.941, de 2009) 4º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)

Art. 134. Os valores expressos em moeda cor- Art. 140. (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
rente nesta Lei serão reajustados nas mesmas 1º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
épocas e com os mesmos índices utilizados para
o reajustamento dos valores dos benefícios. 2º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.187-
3º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
13, de 2001) (Vide Medida Provisória nº 316, de
2006) 4º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
Art. 135. Os salários-de-contribuição utilizados 5º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
no cálculo do valor de benefício serão conside-
rados respeitando-se os limites mínimo e máxi- 6º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
mo vigentes nos meses a que se referirem. Art. 141. (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
Art. 136. Ficam eliminados o menor e o maior 1º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
valor-teto para cálculo do salário-de-benefício.
2º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
Art. 137. Fica extinto o Programa de Previdên-
cia Social aos Estudantes, instituído pela Lei nº Art. 142. Para o segurado inscrito na Previdên-
7.004, de 24 de junho de 1982, mantendo-se o cia Social Urbana até 24 de julho de 1991, bem
pagamento dos benefícios de prestação conti- como para o trabalhador e o empregador rural

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cobertos pela Previdência Social Rural, a carên- desta Lei, desde que comprove o exercício de
cia das aposentadorias por idade, por tempo de atividade rural, ainda que descontínua, no pe-
serviço e especial obedecerá à seguinte tabela, ríodo imediatamente anterior ao requerimento
levando-se em conta o ano em que o segurado do benefício, em número de meses idêntico à
implementou todas as condições necessárias à carência do referido benefício. (Redação dada
obtenção do benefício: (Redação dada pela Lei pela Lei nº. 9.063, de 1995) (Vide Lei nº 11.368,
nº 9.032, de 1995) de 2006)(Vide Lei nº 11.718, de 2008)
Art. 144. a Art. 147. (Revogado pela Medida
Ano de Meses de
Provisória nº 2.187-13, de 2001)
implementação das contribuição
condições exigidos Art. 148. (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
1991 60 meses Art. 149. As prestações, e o seu financiamento,
1992 60 meses referentes aos benefícios de ex-combatente e
de ferroviário servidor público ou autárquico fe-
1993 66 meses
deral ou em regime especial que não optou pelo
1994 72 meses regime da Consolidação das Leis do Trabalho, na
1995 78 meses forma da Lei nº 6.184, de 11 de dezembro de
1974, bem como seus dependentes, serão obje-
1996 90 meses to de legislação específica.
1997 96 meses
Art. 150. (Revogado pela Lei nº 10.559, de
1998 102 meses 13.11.2002)
1999 108 meses Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº
2000 114 meses 10.559, de 13.11.2002)
2001 120 meses Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doen-
2002 126 meses ças mencionadas no inciso II do art. 26, indepen-
de de carência a concessão de auxílio-doença e
2003 132 meses aposentadoria por invalidez ao segurado que,
2004 138 meses após filiar-se ao Regime Geral de Previdência
Social, for acometido das seguintes doenças: tu-
2005 144 meses
berculose ativa; hanseníase; alienação mental;
2006 150 meses neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversí-
2007 156 meses vel e incapacitante; cardiopatia grave; doença
de Parkinson; espondiloartrose anquilosante;
2008 162 meses nefropatia grave; estado avançado da doença
2009 168 meses de Paget (osteíte deformante); síndrome da de-
ficiência imunológica adquirida-Aids; e contami-
2010 174 meses
nação por radiação, com base em conclusão da
2011 180 meses medicina especializada.
Art. 152 (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)
Art. 143. O trabalhador rural ora enquadrado
como segurado obrigatório no Regime Geral de Art. 153. O Regime Facultativo Complementar
Previdência Social, na forma da alínea "a" do de Previdência Social será objeto de lei especial,
inciso I, ou do inciso IV ou VII do art. 11 desta a ser submetida à apreciação do Congresso Na-
Lei, pode requerer aposentadoria por idade, cional dentro do prazo de 180 (cento e oitenta)
no valor de um salário mínimo, durante quin- dias.
ze anos, contados a partir da data de vigência

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Art. 154. O Poder Executivo regulamentará esta Art. 156. Revogam-se as disposições em contrá-
Lei nº prazo de 60 (sessenta) dias a partir da rio.
data da sua publicação.
Brasília, em 24 de julho de 1991; 170º da In-
Art. 155. Esta Lei entra em vigor na data de sua dependência e 103º da República.
publicação.
FERNANDO COLLOR
Antonio Magri

DECRETO Nº 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999.

Aprova o Regulamento da Previdência Social, e dá outras providências.

REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

LIVRO I IV – irredutibilidade do valor dos benefícios,


de forma a preservar-lhe o poder aquisitivo;
Da Finalidade e dos Princípios V – equidade na forma de participação no
Básicos custeio;
VI – diversidade da base de financiamento;
e
TÍTULO I
VII – caráter democrático e descentralizado
Da Seguridade Social da administração, mediante gestão quadri-
partite, com participação dos trabalhado-
Art. 1º A seguridade social compreende um res, dos empregadores, dos aposentados e
conjunto integrado de ações de iniciativa dos do governo nos órgãos colegiados.
poderes públicos e da sociedade, destinado a
assegurar o direito relativo à saúde, à previdên-
cia e à assistência social. TÍTULO II
Parágrafo único. A seguridade social obede-
cerá aos seguintes princípios e diretrizes: Da Saúde
I – universalidade da cobertura e do atendi- Art. 2º A saúde é direito de todos e dever do Es-
mento; tado, garantido mediante políticas sociais e eco-
nômicas que visem à redução do risco de doen-
II – uniformidade e equivalência dos bene- ça e de outros agravos e ao acesso universal e
fícios e serviços às populações urbanas e igualitário às ações e serviços para sua promo-
rurais; ção, proteção e recuperação.
III – seletividade e distributividade na pres- Parágrafo único. As atividades de saúde
tação dos benefícios e serviços; são de relevância pública, e sua organização
obedecerá aos seguintes princípios e dire-
trizes:

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I – acesso universal e igualitário; II – uniformidade e equivalência dos bene-
fícios e serviços às populações urbanas e
II – provimento das ações e serviços me- rurais;
diante rede regionalizada e hierarquizada,
integrados em sistema único; III – seletividade e distributividade na pres-
tação dos benefícios;
III – descentralização, com direção única em
cada esfera de governo; IV – cálculo dos benefícios considerando-se
os salários-de-contribuição corrigidos mo-
IV – atendimento integral, com prioridade netariamente;
para as atividades preventivas;
V – irredutibilidade do valor dos benefícios,
V – participação da comunidade na gestão, de forma a preservar-lhe o poder aquisitivo;
fiscalização e acompanhamento das ações e
serviços de saúde; e VI – valor da renda mensal dos benefícios
substitutos do salário-de-contribuição ou
VI – participação da iniciativa privada na do rendimento do trabalho do segurado
assistência à saúde, em obediência aos pre- não inferior ao do salário mínimo; e
ceitos constitucionais.
VII – caráter democrático e descentralizado
da administração, mediante gestão quadri-
TÍTULO III partite, com participação dos trabalhado-
res, dos empregadores, dos aposentados e
Da Assistência Social do governo nos órgãos colegiados.

Art. 3º A assistência social é a política social que Art. 5º A previdência social será organizada sob
provê o atendimento das necessidades básicas, a forma de regime geral, de caráter contributi-
traduzidas em proteção à família, à materni- vo e de filiação obrigatória, observados critérios
dade, à infância, à adolescência, à velhice e à que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial,
pessoa portadora de deficiência, independente- e atenderá a:
mente de contribuição à seguridade social. I – cobertura de eventos de doença, invali-
Parágrafo único. A organização da assistên- dez, morte e idade avançada;
cia social obedecerá às seguintes diretrizes: II – proteção à maternidade, especialmente
I – descentralização político-administrativa; à gestante;
e III – proteção ao trabalhador em situação
II – participação da população na formula- de desemprego involuntário;
ção e controle das ações em todos os níveis. IV – salário-família e auxílio-reclusão para
os dependentes dos segurados de baixa
renda; e
TÍTULO IV
V – pensão por morte do segurado, homem
Da Previdência Social ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e
dependentes.
Art. 4º A previdência social rege-se pelos se-
guintes princípios e objetivos:
I – universalidade de participação nos pla-
nos previdenciários;

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LIVRO II I – como empregado:


a) aquele que presta serviço de natureza
Dos Benefícios da Previdência Social urbana ou rural a empresa, em caráter não
eventual, sob sua subordinação e mediante
TÍTULO I remuneração, inclusive como diretor em-
pregado;
Dos Regimes da Previdência Social b) aquele que, contratado por empresa de
Art. 6º A previdência social compreende: trabalho temporário, por prazo não supe-
rior a três meses, prorrogável, presta ser-
I – o Regime Geral de Previdência Social; e viço para atender a necessidade transitória
de substituição de pessoal regular e perma-
II – os regimes próprios de previdêcia social
nente ou a acréscimo extraordinário de ser-
dos servidores públicos e dos militares.
viço de outras empresas, na forma da legis-
Parágrafo único. O Regime Geral de Previ- lação própria;
dência Social garante a cobertura de todas
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado
as situações expressas no art. 5º, exceto a
e contratado no Brasil para trabalhar como
de desemprego involuntário, observado o
empregado no exterior, em sucursal ou
disposto no art. 199-A quanto ao direito à
agência de empresa constituída sob as leis
aposentadoria por tempo de contribuição.
brasileiras e que tenha sede e administra-
(Redação dada pelo Decreto nº 6.042, de
ção no País;
2007).
d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado
Art. 7º A administração do Regime Geral de
e contratado no Brasil para trabalhar como
Previdência Social é atribuída ao Ministério da
empregado em empresa domiciliada no ex-
Previdência e Assistência Social, sendo exercida
terior com maioria do capital votante per-
pelos órgãos e entidades a ele vinculados.
tencente a empresa constituída sob as leis
brasileiras, que tenha sede e administração
no País e cujo controle efetivo esteja em ca-
TÍTULO II ráter permanente sob a titularidade direta
ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e
Do Regime Geral de residentes no País ou de entidade de direito
Previdência Social público interno;
e) aquele que presta serviço no Brasil a mis-
são diplomática ou a repartição consular de
CAPÍTULO I carreira estrangeira e a órgãos a elas subor-
DOS BENEFICIÁRIOS dinados, ou a membros dessas missões e
repartições, excluídos o não-brasileiro sem
Art. 8º São beneficiários do Regime Geral de residência permanente no Brasil e o brasi-
Previdência Social as pessoas físicas classifica- leiro amparado pela legislação previdenciá-
das como segurados e dependentes, nos termos ria do país da respectiva missão diplomática
das Seções I e II deste Capítulo. ou repartição consular;
Seção I f) o brasileiro civil que trabalha para a União
DOS SEGURADOS no exterior, em organismos oficiais interna-
cionais dos quais o Brasil seja membro efe-
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdên- tivo, ainda que lá domiciliado e contratado,
cia social as seguintes pessoas físicas:

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salvo se amparado por regime próprio de de Previdência Social, em conformidade
previdência social; com a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de
1994; e
g) o brasileiro civil que presta serviços à
União no exterior, em repartições governa- p) o exercente de mandato eletivo federal,
mentais brasileiras, lá domiciliado e contra- estadual ou municipal, desde que não vin-
tado, inclusive o auxiliar local de que tratam culado a regime próprio de previdência so-
os arts. 56 e 57 da Lei nº 11.440, de 29 de cial; (Redação dada pelo Decreto nº 5.545,
dezembro de 2006, este desde que, em ra- de 2005)
zão de proibição legal, não possa filiar-se ao
sistema previdenciário local; (Redação dada q) o empregado de organismo oficial inter-
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). nacional ou estrangeiro em funcionamento
no Brasil, salvo quando coberto por regime
h) o bolsista e o estagiário que prestam ser- próprio de previdência social; (Incluída pelo
viços a empresa, em desacordo com a Lei nº Decreto nº 3.265, de 1999)
11.788, de 25 de setembro de 2008; (Reda-
ção dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). r) o trabalhador rural contratado por produ-
tor rural pessoa física, na forma do art. 14-A
i) o servidor da União, Estado, Distrito Fede- da Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973, para
ral ou Município, incluídas suas autarquias o exercício de atividades de natureza tem-
e fundações, ocupante, exclusivamente, de porária por prazo não superior a dois me-
cargo em comissão declarado em lei de livre ses dentro do período de um ano; (Incluído
nomeação e exoneração; pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
j) o servidor do Estado, Distrito Federal ou II – como empregado doméstico – aquele
Município, bem como o das respectivas au- que presta serviço de natureza contínua,
tarquias e fundações, ocupante de cargo mediante remuneração, a pessoa ou famí-
efetivo, desde que, nessa qualidade, não lia, no âmbito residencial desta, em ativida-
esteja amparado por regime próprio de pre- de sem fins lucrativos;
vidência social;
III e IV – (Revogados pelo Decreto nº 3.265,
l) o servidor contratado pela União, Estado, de 1999)
Distrito Federal ou Município, bem como
pelas respectivas autarquias e fundações, V – como contribuinte individual: (Redação
por tempo determinado, para atender a ne- dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
cessidade temporária de excepcional inte- a) a pessoa física, proprietária ou não, que
resse público, nos termos doinciso IX do art. explora atividade agropecuária, a qualquer
37 da Constituição Federal; título, em caráter permanente ou temporá-
m) o servidor da União, Estado, Distrito rio, em área, contínua ou descontínua, su-
Federal ou Município, incluídas suas autar- perior a quatro módulos fiscais; ou, quando
quias e fundações, ocupante de emprego em área igual ou inferior a quatro módulos
público; fiscais ou atividade pesqueira ou extrativis-
ta, com auxílio de empregados ou por inter-
n) (Revogada pelo Decreto nº 3.265, de médio de prepostos; ou ainda nas hipóteses
1999) dos §§ 8º e 23 deste artigo; (Redação dada
pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
o) o escrevente e o auxiliar contratados por
titular de serviços notariais e de registro b) a pessoa física, proprietária ou não, que
a partir de 21 de novembro de 1994, bem explora atividade de extração mineral – ga-
como aquele que optou pelo Regime Geral rimpo -, em caráter permanente ou tem-

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porário, diretamente ou por intermédio de l) a pessoa física que exerce, por conta pró-
prepostos, com ou sem o auxílio de empre- pria, atividade econômica de natureza ur-
gados, utilizados a qualquer título, ainda bana, com fins lucrativos ou não; (Incluída
que de forma não contínua; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
m) o aposentado de qualquer regime pre-
c) o ministro de confissão religiosa e o mem- videnciário nomeado magistrado classista
bro de instituto de vida consagrada, de con- temporário da Justiça do Trabalho, na forma
gregação ou de ordem religiosa; (Redação dos incisos II do § 1º do art. 111 ou III do
dada pelo Decreto nº 4.079, de 2002) art. 115 ou do parágrafo único do art. 116
da Constituição Federal, ou nomeado ma-
d) o brasileiro civil que trabalha no exterior gistrado da Justiça Eleitoral, na forma dos
para organismo oficial internacional do qual incisos II do art. 119 ou III do § 1º do art.
o Brasil é membro efetivo, ainda que lá do- 120 da Constituição Federal; (Incluída pelo
miciliado e contratado, salvo quando cober- Decreto nº 3.265, de 1999)
to por regime próprio de previdência social;
(Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de n) o cooperado de cooperativa de produção
1999) que, nesta condição, presta serviço à socie-
dade cooperativa mediante remuneração
e) o titular de firma individual urbana ou ajustada ao trabalho executado; e (Incluída
rural; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
de 1999)
o) (Revogado pelo Decreto nº 7.054, de
f) o diretor não empregado e o membro de 2009)
conselho de administração na sociedade
anônima; (Redação dada pelo Decreto nº p) o Micro Empreendedor Individual – MEI
3.265, de 1999) de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei
Complementar no 123, de 14 de dezembro
g) todos os sócios, nas sociedades em nome de 2006, que opte pelo recolhimento dos
coletivo e de capital e indústria; (Incluída impostos e contribuições abrangidos pelo
pelo Decreto nº 3.265, de 1999) Simples Nacional em valores fixos mensais;
h) o sócio gerente e o sócio cotista que re- (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
cebam remuneração decorrente de seu tra- VI – como trabalhador avulso – aquele que,
balho e o administrador não empregado na sindicalizado ou não, presta serviço de na-
sociedade por cotas de responsabilidade tureza urbana ou rural, a diversas empre-
limitada, urbana ou rural; (Redação dada sas, sem vínculo empregatício, com a inter-
pelo Decreto nº 4.729, de 2003) mediação obrigatória do órgão gestor de
i) o associado eleito para cargo de direção mão-de-obra, nos termos daLei nº 8.630, de
em cooperativa, associação ou entidade de 25 de fevereiro de 1993, ou do sindicato da
qualquer natureza ou finalidade, bem como categoria, assim considerados:
o síndico ou administrador eleito para exer- a) o trabalhador que exerce atividade por-
cer atividade de direção condominial, desde tuária de capatazia, estiva, conferência e
que recebam remuneração; (Incluída pelo conserto de carga, vigilância de embarcação
Decreto nº 3.265, de 1999) e bloco;
j) quem presta serviço de natureza urba- b) o trabalhador de estiva de mercadorias
na ou rural, em caráter eventual, a uma ou de qualquer natureza, inclusive carvão e mi-
mais empresas, sem relação de emprego; nério;
(Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999)

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c) o trabalhador em alvarenga (embarcação vadamente, tenham participação ativa nas
para carga e descarga de navios); atividades rurais do grupo familiar. (Incluído
pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
d) o amarrador de embarcação;
§ 1º O aposentado pelo Regime Geral de
e) o ensacador de café, cacau, sal e simila- Previdência Social que voltar a exercer ativi-
res; dade abrangida por este regime é segurado
f) o trabalhador na indústria de extração de obrigatório em relação a essa atividade, fi-
sal; cando sujeito às contribuições de que trata
este Regulamento.
g) o carregador de bagagem em porto;
§ 2º Considera-se diretor empregado aque-
h) o prático de barra em porto; le que, participando ou não do risco econô-
mico do empreendimento, seja contratado
i) o guindasteiro; e
ou promovido para cargo de direção das so-
j) o classificador, o movimentador e o em- ciedades anônimas, mantendo as caracte-
pacotador de mercadorias em portos; e rísticas inerentes à relação de emprego.
VII – como segurado especial: a pessoa fí- § 3º Considera-se diretor não empregado
sica residente no imóvel rural ou em aglo- aquele que, participando ou não do risco
merado urbano ou rural próximo que, in- econômico do empreendimento, seja elei-
dividualmente ou em regime de economia to, por assembléia geral dos acionistas, para
familiar, ainda que com o auxílio eventual cargo de direção das sociedades anônimas,
de terceiros, na condição de:(Redação dada não mantendo as características inerentes à
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). relação de emprego.
a) produtor, seja ele proprietário, usufrutu- § 4º Entende-se por serviço prestado em
ário, possuidor, assentado, parceiro ou me- caráter não eventual aquele relacionado
eiro outorgados, comodatário ou arrenda- direta ou indiretamente com as atividades
tário rurais, que explore atividade: (Incluído normais da empresa.
pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
§ 5º Entende-se como regime de economia
1. agropecuária em área contínua ou não familiar a atividade em que o trabalho dos
de até quatro módulos fiscais; ou (Incluído membros da família é indispensável à pró-
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). pria subsistência e ao desenvolvimento so-
cioeconômico do núcleo familiar e é exerci-
2. de seringueiro ou extrativista vegetal na do em condições de mútua dependência e
coleta e extração, de modo sustentável, de colaboração, sem a utilização de emprega-
recursos naturais renováveis, e faça dessas dos permanentes. (Redação dada pelo De-
atividades o principal meio de vida; (Incluí- creto nº 6.722, de 2008).
do pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
§ 6º Entende-se como auxílio eventual de
b) pescador artesanal ou a este assemelha- terceiros o que é exercido ocasionalmente,
do, que faça da pesca profissão habitual ou em condições de mútua colaboração, não
principal meio de vida; e (Incluído pelo De- existindo subordinação nem remuneração.
creto nº 6.722, de 2008).
§ 7º Para efeito do disposto na alínea "a" do
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho inciso VI do caput, entende-se por:
maior de dezesseis anos de idade ou a este
equiparado, do segurado de que tratam as I – capatazia – a atividade de movimentação
alíneas “a” e “b” deste inciso, que, compro- de mercadorias nas instalações de uso pú-

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blico, compreendendo o recebimento, con- I – benefício de pensão por morte, auxílio-


ferência, transporte interno, abertura de -acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não
volumes para conferência aduaneira, mani- supere o do menor benefício de prestação
pulação, arrumação e entrega, bem como o continuada da previdência social; (Redação
carregamento e descarga de embarcações, dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
quando efetuados por aparelhamento por-
tuário; II – benefício previdenciário pela participa-
ção em plano de previdência complementar
II – estiva – a atividade de movimentação instituído nos termos do inciso III do § 18
de mercadorias nos conveses ou nos porões deste artigo; (Redação dada pelo Decreto
das embarcações principais ou auxiliares, nº 6.722, de 2008).
incluindo transbordo, arrumação, peação
e despeação, bem como o carregamento e III – exercício de atividade remunerada em
a descarga das mesmas, quando realizados período de entressafra ou do defeso, não
com equipamentos de bordo; superior a cento e vinte dias, corridos ou
intercalados, no ano civil, observado o dis-
III – conferência de carga – a contagem de posto no § 22 deste artigo; (Incluído pelo
volumes, anotação de suas características, Decreto nº 6.722, de 2008).
procedência ou destino, verificação do esta-
do das mercadorias, assistência à pesagem, IV – exercício de mandato eletivo de diri-
conferência do manifesto e demais serviços gente sindical de organização da categoria
correlatos, nas operações de carregamento de trabalhadores rurais; (Incluído pelo De-
e descarga de embarcações; creto nº 6.722, de 2008).

IV – conserto de carga – o reparo e a restau- V – exercício de mandato de vereador do


ração das embalagens de mercadoria, nas município onde desenvolve a atividade ru-
operações de carregamento e descarga de ral, ou de dirigente de cooperativa rural
embarcações, reembalagem, marcação, re- constituída exclusivamente por segura-
marcação, carimbagem, etiquetagem, aber- dos especiais, observado o disposto no §
tura de volumes para vistoria e posterior re- 22 deste artigo; (Incluído pelo Decreto nº
composição; 6.722, de 2008).

V – vigilância de embarcações – a atividade VI – parceria ou meação outorgada na for-


de fiscalização da entrada e saída de pes- ma e condições estabelecidas no inciso I do
soas a bordo das embarcações atracadas § 18 deste artigo; (Incluído pelo Decreto nº
ou fundeadas ao largo, bem como da mo- 6.722, de 2008).
vimentação de mercadorias nos portalós, VII – atividade artesanal desenvolvida com
rampas, porões, conveses, plataformas e matéria-prima produzida pelo respectivo
em outros locais da embarcação; e grupo familiar, podendo ser utilizada maté-
VI – bloco – a atividade de limpeza e conser- ria-prima de outra origem, desde que, nes-
vação de embarcações mercantes e de seus se caso, a renda mensal obtida na atividade
tanques, incluindo batimento de ferrugem, não exceda ao menor benefício de presta-
pintura, reparo de pequena monta e servi- ção continuada da previdência social; e (In-
ços correlatos. cluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

§ 8º Não é segurado especial o membro VIII – atividade artística, desde que em va-
de grupo familiar que possuir outra fonte lor mensal inferior ao menor benefício de
de rendimento, exceto se decorrente de: prestação continuada da previdência social.
(Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
2008).

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§ 9º Para os fins previstos nas alíneas "a" e nho de 2009. (Redação dada pelo Decreto
"b" do inciso V do caput, entende-se que a nº 8.424, de 2015)
pessoa física, proprietária ou não, explora
atividade através de prepostos quando, na III – (Revogado pelo Decreto nº 8.424, de
condição de parceiro outorgante, desenvol- 2015)
ve atividade agropecuária, pesqueira ou de § 15. Enquadram-se nas situações previstas
extração de minerais por intermédio de par- nas alíneas "j" e "l" do inciso V do caput, en-
ceiros ou meeiros. tre outros: (Redação dada pelo Decreto nº
§ 10. O dirigente sindical mantém, durante 3.265, de 1999)
o exercício do mandato, o mesmo enqua- I – o condutor autônomo de veículo rodovi-
dramento no Regime Geral de Previdência ário, assim considerado aquele que exerce
Social de antes da investidura no cargo. atividade profissional sem vínculo emprega-
§ 11. O magistrado da Justiça Eleitoral, no- tício, quando proprietário, co-proprietário
meado na forma do inciso II do art. 119 ou ou promitente comprador de um só veículo;
III do § 1º do art. 120 da Constituição Fede- II – aquele que exerce atividade de auxiliar
ral, mantém o mesmo enquadramento no de condutor autônomo de veículo rodovi-
Regime Geral de Previdência Social de antes ário, em automóvel cedido em regime de
da investidura no cargo.(Redação dada pelo colaboração, nos termos da Lei nº 6.094, de
Decreto nº 4.729, de 2003) 30 de agosto de 1974;
§ 12. O exercício de atividade remunerada III – aquele que, pessoalmente, por conta
sujeita a filiação obrigatória ao Regime Ge- própria e a seu risco, exerce pequena ativi-
ral de Previdência Social. dade comercial em via pública ou de porta
§ 13. Aquele que exerce, concomitantemen- em porta, como comerciante ambulante,
te, mais de uma atividade remunerada su- nos termos da Lei nº 6.586, de 6 de novem-
jeita ao Regime Geral de Previdência Social bro de 1978;
– RGPS é obrigatoriamente filiado em rela- IV – o trabalhador associado a cooperativa
ção a cada uma dessas atividades, obser- que, nessa qualidade, presta serviços a ter-
vada, para os segurados inscritos até 29 de ceiros;
novembro de 1999 e sujeitos a salário-base,
a tabela de transitoriedade de que trata o § V – o membro de conselho fiscal de socie-
2º do art. 278-A e, para os segurados inscri- dade por ações;
tos a partir daquela data, o disposto no in-
VI – aquele que presta serviço de natureza
ciso III do caput do art. 214. (Redação dada
não contínua, por conta própria, a pessoa
pelo Decreto nº 3.452, de 2000)
ou família, no âmbito residencial desta, sem
§ 14. Considera-se pescador artesanal fins lucrativos;
aquele que, individualmente ou em regime
VII – o notário ou tabelião e o oficial de re-
de economia familiar, faz da pesca sua pro-
gistros ou registrador, titular de cartório,
fissão habitual ou meio principal de vida,
que detêm a delegação do exercício da ati-
desde que: (Redação dada pelo Decreto nº
vidade notarial e de registro, não remunera-
3.668, de 2000)
dos pelos cofres públicos, admitidos a partir
I – não utilize embarcação; ou (Redação de 21 de novembro de 1994;
dada pelo Decreto nº 8.424, de 2015)
VIII – aquele que, na condição de peque-
II – utilize embarcação de pequeno porte, no feirante, compra para revenda produtos
nos termos da Lei nº 11.959, de 29 de ju- hortifrutigranjeiros ou assemelhados;

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IX – a pessoa física que edifica obra de cons- § 18. Não descaracteriza a condição de se-
trução civil; gurado especial: (Redação dada pelo Decre-
to nº 6.722, de 2008).
X – o médico residente de que trata a Lei
nº 6.932, de 7 de julho de 1981. (Redação I – a outorga, por meio de contrato escrito
dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003) de parceria, meação ou comodato, de até
cinquenta por cento de imóvel rural cuja
XI – o pescador que trabalha em regime área total, contínua ou descontínua, não
de parceria, meação ou arrendamento, em seja superior a quatro módulos fiscais, des-
embarcação de médio ou grande porte, nos de que outorgante e outorgado continuem
termos da Lei nº 11.959, de 2009; (Redação a exercer a respectiva atividade, individual-
dada pelo Decreto nº 8.424, de 2015) mente ou em regime de economia familiar;
XII – o incorporador de que trata o art. 29 (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
da Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964. II – a exploração da atividade turística da
XIII – o bolsista da Fundação Habitacional propriedade rural, inclusive com hospe-
do Exército contratado em conformidade dagem, por não mais de cento e vinte dias
com a Lei nº 6.855, de 18 de novembro de ao ano; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de
1980; e (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 2008).
1999) III – a participação em plano de previdên-
XIV – o árbitro e seus auxiliares que atuam cia complementar instituído por entidade
em conformidade com a Lei nº 9.615, de 24 classista a que seja associado, em razão da
de março de 1998.(Incluído pelo Decreto nº condição de trabalhador rural ou de produ-
3.265, de 1999) tor rural em regime de economia familiar;
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
XV – o membro de conselho tutelar de que
trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de ju- IV – a participação como beneficiário ou in-
lho de 1990, quando remunerado; (Incluído tegrante de grupo familiar que tem algum
pelo Decreto nº 4.032, de 2001) componente que seja beneficiário de pro-
grama assistencial oficial de governo; (Inclu-
XVI – o interventor, o liquidante, o admi- ído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
nistrador especial e o diretor fiscal de ins-
tituição financeira de que trata o § 6º do V – a utilização pelo próprio grupo familiar
art. 201. (Incluído pelo Decreto nº 4.032, de de processo de beneficiamento ou indus-
2001) trialização artesanal, na exploração da ativi-
dade, de acordo com o disposto no § 25; e
§ 16. Aplica-se o disposto na alínea "i" do (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
inciso I do caput ao ocupante de cargo de
Ministro de Estado, de Secretário Estadual, VI – a associação a cooperativa agropecu-
Distrital ou Municipal, sem vínculo efeti- ária. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de
vo com a União, Estados, Distrito Federal e 2008).
Municípios, suas autarquias, ainda que em § 19. Os segurados de que trata o art. 199-A
regime especial, e fundações. (Incluído pelo terão identificação específica nos registros
Decreto nº 3.265, de 1999) da Previdência Social. (Incluído pelo Decre-
§ 17. (Revogado pelo Decreto nº 8.424, de to nº 6.042, de 2007).
2015) § 20. Para os fins deste artigo, considera-
-se que o segurado especial reside em aglo-
merado urbano ou rural próximo ao imóvel

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rural onde desenvolve a atividade quando II – a contar do primeiro dia do mês subse-
resida no mesmo município de situação do quente ao da ocorrência, quando o grupo
imóvel onde desenvolve a atividade rural, familiar a que pertence exceder o limite de:
ou em município contíguo ao em que de- (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
senvolve a atividade rural. (Incluído pelo
Decreto nº 6.722, de 2008). a) utilização de trabalhadores nos termos
do § 21 deste artigo; (Incluído pelo Decreto
§ 21. O grupo familiar poderá utilizar-se de nº 6.722, de 2008).
empregado, inclusive daquele referido na
alínea “r” do inciso I do caput deste artigo, b) dias em atividade remunerada estabele-
ou de trabalhador de que trata a alínea “j” cidos no inciso III do § 8º deste artigo; e (In-
do inciso V, em épocas de safra, à razão de cluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
no máximo cento e vinte pessoas/dia den- c) dias de hospedagem a que se refere o in-
tro do ano civil, em períodos corridos ou in- ciso II do § 18 deste artigo. (Incluído pelo
tercalados ou, ainda, por tempo equivalente Decreto nº 6.722, de 2008).
em horas de trabalho, à razão de oito horas/
dia e quarenta e quatro horas/semana. (In- § 24. Aplica-se o disposto na alínea “a” do
cluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). inciso V do caput deste artigo ao cônjuge ou
companheiro do produtor que participe da
§ 22. O disposto nos incisos III e V do § 8º atividade rural por este explorada. (Incluído
deste artigo não dispensa o recolhimento pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
da contribuição devida em relação ao exer-
cício das atividades de que tratam os referi- § 25. Considera-se processo de beneficia-
dos incisos. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, mento ou industrialização artesanal aquele
de 2008). realizado diretamente pelo próprio produ-
tor rural pessoa física, observado o disposto
§ 23. O segurado especial fica excluído no § 5º do art. 200, desde que não esteja
dessa categoria: (Incluído pelo Decreto nº sujeito à incidência do Imposto Sobre Pro-
6.722, de 2008). dutos Industrializados – IPI.§ 26. É conside-
I – a contar do primeiro dia do mês em que: rado MEI o empresário individual a que se
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de
janeiro de 2002 – Código Civil, que tenha
a) deixar de satisfazer as condições estabe- auferido receita bruta, no ano-calendário
lecidas no inciso VII do caput deste artigo, anterior, de até R$ 36.000,00 (trinta e seis
sem prejuízo do disposto no art. 13, ou ex- mil reais), optante pelo Simples Nacional e
ceder qualquer dos limites estabelecidos no que não esteja impedido de optar pela sis-
inciso I do § 18 deste artigo; (Incluído pelo temática de recolhimento mencionada na
Decreto nº 6.722, de 2008). alínea “p” do inciso V do caput. (Incluído
pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
b) se enquadrar em qualquer outra catego-
ria de segurado obrigatório do Regime Geral Art. 10. O servidor civil ocupante de cargo efeti-
de Previdência Social, ressalvado o disposto vo ou o militar da União, Estado, Distrito Fede-
nos incisos III, V, VII e VIII do § 8º deste ar- ral ou Município, bem como o das respectivas
tigo, sem prejuízo do disposto no art. 13; e autarquias e fundações, são excluídos do Regi-
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). me Geral de Previdência Social consubstanciado
neste Regulamento, desde que amparados por
c) se tornar segurado obrigatório de outro regime próprio de previdência social. (Redação
regime previdenciário; (Incluído pelo Decre- dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
to nº 6.722, de 2008).

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§ 1º Caso o servidor ou o militar, ampara- lho de 1990, quando não esteja vinculado a
dos por regime próprio de previdência so- qualquer regime de previdência social;
cial, sejam requisitados para outro órgão
ou entidade cujo regime previdenciário não VII – o bolsista e o estagiário que prestam
permita a filiação nessa condição, permane- serviços a empresa de acordo com a Lei nº
cerão vinculados ao regime de origem, obe- 6.494, de 1977;
decidas às regras que cada ente estabeleça VIII – o bolsista que se dedique em tempo
acerca de sua contribuição. (Redação dada integral a pesquisa, curso de especialização,
pelo Decreto nº 3.265, de 1999) pós-graduação, mestrado ou doutorado, no
§ 2º Caso o servidor ou o militar venham a Brasil ou no exterior, desde que não esteja
exercer, concomitantemente, uma ou mais vinculado a qualquer regime de previdência
atividades abrangidas pelo Regime Geral de social;
Previdência Social, tornar-se-ão segurados IX – o presidiário que não exerce atividade
obrigatórios em relação a essas atividades. remunerada nem esteja vinculado a qual-
(Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de quer regime de previdência social; (Reda-
1999) ção dada pelo Decreto nº 7.054, de 2009)
§ 3º Entende-se por regime próprio de pre- X – o brasileiro residente ou domiciliado no
vidência social o que assegura pelo menos exterior, salvo se filiado a regime previden-
as aposentadorias e pensão por morte pre- ciário de país com o qual o Brasil mantenha
vistas no art. 40 da Constituição Federal. acordo internacional; e (Redação dada pelo
(Redação dada pelo Decreto nº 3.452, de Decreto nº 7.054, de 2009)
2000))
XI – o segurado recolhido à prisão sob re-
Art. 11. É segurado facultativo o maior de de- gime fechado ou semi-aberto, que, nesta
zesseis anos de idade que se filiar ao Regime condição, preste serviço, dentro ou fora da
Geral de Previdência Social, mediante contribui- unidade penal, a uma ou mais empresas,
ção, na forma do art. 199, desde que não esteja com ou sem intermediação da organização
exercendo atividade remunerada que o enqua- carcerária ou entidade afim, ou que exerce
dre como segurado obrigatório da previdência atividade artesanal por conta própria. (In-
social. cluído pelo Decreto nº 7.054, de 2009)
§ 1º Podem filiar-se facultativamente, entre § 2º É vedada a filiação ao Regime Geral de
outros: Previdência Social, na qualidade de segura-
I – a dona-de-casa; do facultativo, de pessoa participante de re-
gime próprio de previdência social, salvo na
II – o síndico de condomínio, quando não hipótese de afastamento sem vencimento e
remunerado; desde que não permitida, nesta condição,
contribuição ao respectivo regime próprio.
III – o estudante;
§ 3º A filiação na qualidade de segurado fa-
IV – o brasileiro que acompanha cônjuge cultativo representa ato volitivo, gerando
que presta serviço no exterior; efeito somente a partir da inscrição e do pri-
V – aquele que deixou de ser segurado obri- meiro recolhimento, não podendo retroagir
gatório da previdência social; e não permitindo o pagamento de contri-
buições relativas a competências anteriores
VI – o membro de conselho tutelar de que à data da inscrição, ressalvado o § 3º do art.
trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de ju- 28.

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§ 4º Após a inscrição, o segurado facultativo II – até doze meses após a cessação de be-
somente poderá recolher contribuições em nefício por incapacidade ou após a cessação
atraso quando não tiver ocorrido perda da das contribuições, o segurado que deixar
qualidade de segurado, conforme o dispos- de exercer atividade remunerada abrangida
to no inciso VI do art. 13. pela previdência social ou estiver suspenso
ou licenciado sem remuneração;
Art. 12. Consideram-se:
III – até doze meses após cessar a segrega-
I – empresa – a firma individual ou a socie- ção, o segurado acometido de doença de
dade que assume o risco de atividade eco- segregação compulsória;
nômica urbana ou rural, com fins lucrativos
ou não, bem como os órgãos e as entidades IV – até doze meses após o livramento, o se-
da administração pública direta, indireta e gurado detido ou recluso;
fundacional; e
V – até três meses após o licenciamento, o
II – empregador doméstico – aquele que segurado incorporado às Forças Armadas
admite a seu serviço, mediante remunera- para prestar serviço militar; e
ção, sem finalidade lucrativa, empregado
doméstico. VI – até seis meses após a cessação das con-
tribuições, o segurado facultativo.
Parágrafo único. Equiparam-se a empresa,
para os efeitos deste Regulamento: (Reda- § 1º O prazo do inciso II será prorrogado
ção dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) para até vinte e quatro meses, se o segura-
do já tiver pago mais de cento e vinte con-
I – o contribuinte individual, em relação a tribuições mensais sem interrupção que
segurado que lhe presta serviço; (Redação acarrete a perda da qualidade de segurado.
dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
§ 2º O prazo do inciso II ou do § 1º será
II – a cooperativa, a associação ou a entida- acrescido de doze meses para o segurado
de de qualquer natureza ou finalidade, in- desempregado, desde que comprovada
clusive a missão diplomática e a repartição essa situação por registro no órgão próprio
consular de carreiras estrangeiras; do Ministério do Trabalho e Emprego.
III – o operador portuário e o órgão gestor § 3º Durante os prazos deste artigo, o segu-
de mão-de-obra de que trata a Lei nº 8.630, rado conserva todos os seus direitos peran-
de 1993; e te a previdência social.
IV – o proprietário ou dono de obra de § 4º Aplica-se o disposto no inciso II do ca-
construção civil, quando pessoa física, em put e no § 1º ao segurado que se desvincu-
relação a segurado que lhe presta serviço. lar de regime próprio de previdência social.
(Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
Subseção Única
§ 5º A perda da qualidade de segurado não
DA MANUTENÇÃO E DA PERDA DA
será considerada para a concessão das apo-
QUALIDADE DE SEGURADO sentadorias por tempo de contribuição e
especial. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de
Art. 13. Mantém a qualidade de segurado, inde-
2003)
pendentemente de contribuições:
§ 6º Aplica-se o disposto no § 5º à aposen-
I – sem limite de prazo, quem está em gozo
tadoria por idade, desde que o segurado
de benefício;
conte com, no mínimo, o número de con-
tribuições mensais exigido para efeito de

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carência na data do requerimento do be- § 4º O menor sob tutela somente poderá


nefício. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de ser equiparado aos filhos do segurado me-
2003) diante apresentação de termo de tutela.
Art. 14. O reconhecimento da perda da quali- § 5º Considera-se companheira ou compa-
dade de segurado no termo final dos prazos fi- nheiro a pessoa que mantenha união está-
xados no art. 13 ocorrerá no dia seguinte ao do vel com o segurado ou segurada.
vencimento da contribuição do contribuinte in-
dividual relativa ao mês imediatamente poste- § 6º Considera-se união estável aquela con-
rior ao término daqueles prazos. (Redação dada figurada na convivência pública, contínua e
pelo Decreto nº 4.032, de 2001) duradoura entre o homem e a mulher, es-
tabelecida com intenção de constituição de
Art. 15. (Revogado pelo Decreto nº 4.032, de família, observado o § 1º do art. 1.723 do
2001) Código Civil, instituído pela Lei nº 10.406,
de 10 de janeiro de 2002. (Redação dada
Seção II pelo Decreto nº 6.384, de 2008).
DOS DEPENDENTES
§ 7º A dependência econômica das pessoas
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de de que trata o inciso I é presumida e a das
Previdência Social, na condição de dependentes demais deve ser comprovada.
do segurado: Art. 17. A perda da qualidade de dependente
I – o cônjuge, a companheira, o companhei- ocorre:
ro e o filho não emancipado de qualquer I – para o cônjuge, pela separação judicial
condição, menor de vinte e um anos ou in- ou divórcio, enquanto não lhe for assegura-
válido; da a prestação de alimentos, pela anulação
II – os pais; ou do casamento, pelo óbito ou por sentença
judicial transitada em julgado;
III – o irmão não emancipado, de qualquer
condição, menor de vinte e um anos ou in- II – para a companheira ou companheiro,
válido. pela cessação da união estável com o segu-
rado ou segurada, enquanto não lhe for ga-
§ 1º Os dependentes de uma mesma classe rantida a prestação de alimentos;
concorrem em igualdade de condições.
III – para o filho e o irmão, de qualquer con-
§ 2º A existência de dependente de qual- dição, ao completarem vinte e um anos de
quer das classes deste artigo exclui do direi- idade, salvo se inválidos, desde que a inva-
to às prestações os das classes seguintes. lidez tenha ocorrido antes: (Redação dada
pelo Decreto nº 6.939, de 2009)
§ 3º Equiparam-se aos filhos, nas condições
do inciso I, mediante declaração escrita do a) de completarem vinte e um anos de
segurado, comprovada a dependência eco- idade; (Incluído pelo Decreto nº 6.939, de
nômica na forma estabelecida no § 3º do 2009)
art. 22, o enteado e o menor que esteja sob
sua tutela e desde que não possua bens su- b) do casamento; (Incluído pelo Decreto nº
ficientes para o próprio sustento e educa- 6.939, de 2009)
ção. (Redação dada pelo Decreto nº 4.032, c) do início do exercício de emprego público
de 2001) efetivo; (Incluído pelo Decreto nº 6.939, de
2009)

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d) da constituição de estabelecimento civil III – contribuinte individual – pela apresen-
ou comercial ou da existência de relação de tação de documento que caracterize a sua
emprego, desde que, em função deles, o condição ou o exercício de atividade profis-
menor com dezesseis anos completos tenha sional, liberal ou não;(Redação dada pelo
economia própria; ou (Incluído pelo Decre- Decreto nº 3.265, de 1999)
to nº 6.939, de 2009)
IV – segurado especial – pela apresentação
e) da concessão de emancipação, pelos de documento que comprove o exercício de
pais, ou de um deles na falta do outro, me- atividade rural; e (Redação dada pelo De-
diante instrumento público, independen- creto nº 3.265, de 1999)
temente de homologação judicial, ou por
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor V – facultativo – pela apresentação de do-
tiver dezesseis anos completos; e (Incluído cumento de identidade e declaração ex-
pelo Decreto nº 6.939, de 2009) pressa de que não exerce atividade que o
enquadre na categoria de segurado obriga-
IV – para os dependentes em geral: tório. (Redação dada pelo Decreto nº 3.265,
de 1999)
a) pela cessação da invalidez; ou
§ 1º A inscrição do segurado de que trata o
b) pelo falecimento. inciso I será efetuada diretamente na em-
presa, sindicato ou órgão gestor de mão-de-
Seção III
-obra e a dos demais no Instituto Nacional
DAS INSCRIÇÕES do Seguro Social. (Redação dada pelo De-
creto nº 3.265, de 1999)
Subseção I
DO SEGURADO § 2º A inscrição do segurado em qualquer
categoria mencionada neste artigo exige a
Art. 18. Considera-se inscrição de segurado idade mínima de dezesseis anos.
para os efeitos da previdência social o ato pelo
§ 3º Todo aquele que exercer, concomitan-
qual o segurado é cadastrado no Regime Geral
temente, mais de uma atividade remunera-
de Previdência Social, mediante comprovação
da sujeita ao Regime Geral de Previdência
dos dados pessoais e de outros elementos ne-
Social será obrigatoriamente inscrito em re-
cessários e úteis a sua caracterização, observa-
lação a cada uma delas.
do o disposto no art. 330 e seu parágrafo único,
na seguinte forma: (Redação dada pelo Decreto § 4º (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de
nº 3.265, de 1999) 2008).
I – o empregado e trabalhador avulso – pelo § 5º Presentes os pressupostos da filiação,
preenchimento dos documentos que os ha- admite-se a inscrição post mortem do se-
bilitem ao exercício da atividade, formali- gurado especial.(Incluído pelo Decreto nº
zado pelo contrato de trabalho, no caso de 3.265, de 1999)
empregado, observado o disposto no § 2º
do art. 20, e pelo cadastramento e registro § 6º A comprovação dos dados pessoais e
no sindicato ou órgão gestor de mão-de- de outros elementos necessários e úteis à
-obra, no caso de trabalhador avulso; (Reda- caracterização do segurado poderá ser exi-
ção dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). gida quando da concessão do benefício. (In-
cluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
II – empregado doméstico – pela apresenta-
ção de documento que comprove a existên- § 7º A inscrição do segurado especial será
cia de contrato de trabalho; feita de forma a vinculá-lo ao seu respectivo
grupo familiar e conterá, além das informa-

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ções pessoais, a identificação da forma do § 3º Respeitadas as definições vigentes so-


exercício da atividade, se individual ou em bre a procedência e origem das informa-
regime de economia familiar; da condição ções, considera-se extemporânea a inser-
no grupo familiar, se titular ou componen- ção de dados: (Redação dada pelo Decreto
te; do tipo de ocupação do titular de acor- nº 6.722, de 2008).
do com tabela do Código Brasileiro de Ocu-
pações; da forma de ocupação do titular I – relativos à data de início de vínculo, sem-
vinculando-o à propriedade ou embarcação pre que decorrentes de documento apre-
em que trabalha, da propriedade em que sentado após o transcurso de até cento e
desenvolve a atividade, se nela reside ou o vinte dias do prazo estabelecido pela legis-
município onde reside e, quando for o caso, lação, cabendo ao INSS dispor sobre a redu-
a identificação e inscrição da pessoa res- ção desse prazo; (Redação dada pelo Decre-
ponsável pelo grupo familiar. (Incluído pelo to nº 7.223, de 2010)
Decreto nº 6.722, de 2008). II – relativos a remunerações, sempre que
§ 8º O segurado especial integrante de gru- decorrentes de documento apresentado:
po familiar que não seja proprietário do (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
imóvel rural ou da embarcação em que de- a) após o último dia do quinto mês sub-
senvolve sua atividade deve informar, no sequente ao mês da data de prestação de
ato da inscrição, conforme o caso, o nome serviço pelo segurado, quando se tratar de
e o CPF do parceiro ou meeiro outorgante, dados informados por meio da Guia de Re-
arrendador, comodante ou assemelhado. colhimento do Fundo de Garantia do Tem-
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). po de Serviço e Informações à Previdência
Art. 19. Os dados constantes do Cadastro Na- Social – GFIP; e (Incluído pelo Decreto nº
cional de Informações Sociais – CNIS relativos 6.722, de 2008).
a vínculos, remunerações e contribuições va- b) após o último dia do exercício seguinte ao
lem como prova de filiação à previdência social, a que se referem as informações, quando se
tempo de contribuição e salários-de-contribui- tratar de dados informados por meio da Re-
ção.(Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de lação Anual de Informações Sociais – RAIS;
2008). (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
§ 1º O segurado poderá solicitar, a qualquer III – relativos a contribuições, sempre que o
momento, a inclusão, exclusão ou retifica- recolhimento tiver sido feito sem observân-
ção das informações constantes do CNIS, cia do estabelecido em lei. (Incluído pelo
com a apresentação de documentos com- Decreto nº 6.722, de 2008).
probatórios dos dados divergentes, confor-
me critérios definidos pelo INSS, indepen- § 4º A extemporaneidade de que trata o
dentemente de requerimento de benefício, inciso I do § 3º será relevada após um ano
exceto na hipótese do art. 142. (Redação da data do documento que tiver gerado a
dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). informação, desde que, cumulativamente:
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
§ 2º Informações inseridas extemporane-
amente no CNIS, independentemente de I – o atraso na apresentação do documento
serem inéditas ou retificadoras de dados não tenha excedido o prazo de que trata a
anteriormente informados, somente serão alínea “a” do inciso II do § 3º; (Incluído pelo
aceitas se corroboradas por documentos Decreto nº 6.722, de 2008).
que comprovem a sua regularidade. (Reda-
II – (Revogado pelo Decreto nº 7.223, de
ção dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
2010)

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III – o segurado não tenha se valido da al- culação do servidor não tiver instituído regime
teração para obter benefício cuja carência próprio de previdência social. (Incluído pelo De-
mínima seja de até doze contribuições men- creto nº 6.722, de 2008).
sais. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de
2008). Art. 19-B. A comprovação de vínculos e remu-
nerações de que trata o art. 62 poderá ser uti-
§ 5º Não constando do CNIS informações lizada para suprir omissão do empregador, para
sobre contribuições ou remunerações, ou corroborar informação inserida ou retificada ex-
havendo dúvida sobre a regularidade do temporaneamente ou para subsidiar a avaliação
vínculo, motivada por divergências ou in- dos dados do CNIS. (Incluído pelo Decreto nº
suficiências de dados relativos ao emprega- 6.722, de 2008).
dor, ao segurado, à natureza do vínculo, ou
a procedência da informação, esse período Art. 20. Filiação é o vínculo que se estabelece
respectivo somente será confirmado me- entre pessoas que contribuem para a previdên-
diante a apresentação pelo segurado da do- cia social e esta, do qual decorrem direitos e
cumentação comprobatória solicitada pelo obrigações.
INSS. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de § 1º A filiação à previdência social decorre
2008). automaticamente do exercício de ativida-
§ 6º O INSS poderá definir critérios para de remunerada para os segurados obriga-
apuração das informações constantes da tórios, observado o disposto no § 2º, e da
GFIP que ainda não tiver sido processada, inscrição formalizada com o pagamento da
bem como para aceitação de informações primeira contribuição para o segurado fa-
relativas a situações cuja regularidade de- cultativo. (Incluído pelo Decreto nº 6.722,
pende de atendimento de critério estabele- de 2008).
cido em lei. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, § 2º A filiação do trabalhador rural contra-
de 2008). tado por produtor rural pessoa física por
§ 7º Para os fins de que trata os §§ 2º a 6º, prazo de até dois meses dentro do período
o INSS e a DATAPREV adotarão as providên- de um ano, para o exercício de atividades
cias necessárias para que as informações de natureza temporária, decorre automati-
constantes do CNIS sujeitas à comprova- camente de sua inclusão na GFIP, mediante
ção sejam identificadas e destacadas dos identificação específica. (Incluído pelo De-
demais registros. (Incluído pelo Decreto nº creto nº 6.722, de 2008).
6.722, de 2008). Art. 21. Para fins do disposto nesta Seção, a
§ 8º Constarão no CNIS as informações do anotação de dado pessoal deve ser feita na Car-
segurado relativas aos períodos com de- teira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e
ficiência leve, moderada e grave, fixadas Previdência Social à vista do documento com-
em decorrência da avaliação médica e fun- probatório do fato.
cional. (Incluído pelo Decreto nº 8.145, de
Subseção II
2013).
DO DEPENDENTE
Art. 19-A. Para fins de benefícios de que trata
este Regulamento, os períodos de vínculos que Art. 22. A inscrição do dependente do segura-
corresponderem a serviços prestados na condi- do será promovida quando do requerimento do
ção de servidor estatutário somente serão con- benefício a que tiver direito, mediante a apre-
siderados mediante apresentação de Certidão sentação dos seguintes documentos: (Redação
de Tempo de Contribuição fornecida pelo órgão dada pelo Decreto nº 4.079, de 2002)
público competente, salvo se o órgão de vin-
I – para os dependentes preferenciais:

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a) cônjuge e filhos – certidões de casamen- VIII – prova de encargos domésticos eviden-


to e de nascimento; tes e existência de sociedade ou comunhão
nos atos da vida civil;
b) companheira ou companheiro – docu-
mento de identidade e certidão de casa- IX – procuração ou fiança reciprocamente
mento com averbação da separação judicial outorgada;
ou divórcio, quando um dos companheiros
ou ambos já tiverem sido casados, ou de X – conta bancária conjunta;
óbito, se for o caso; e XI – registro em associação de qualquer na-
c) equiparado a filho – certidão judicial de tureza, onde conste o interessado como de-
tutela e, em se tratando de enteado, certi- pendente do segurado;
dão de casamento do segurado e de nasci- XII – anotação constante de ficha ou livro de
mento do dependente, observado o dispos- registro de empregados;
to no § 3º do art. 16;
XIII – apólice de seguro da qual conste o se-
II – pais – certidão de nascimento do segu- gurado como instituidor do seguro e a pes-
rado e documentos de identidade dos mes- soa interessada como sua beneficiária;
mos; e
XIV – ficha de tratamento em instituição de
III – irmão – certidão de nascimento. assistência médica, da qual conste o segura-
§ 1º (Revogado pelo Decreto nº 4.079, de do como responsável;
2002) XV – escritura de compra e venda de imóvel
§ 2º (Revogado pelo Decreto nº 4.079, de pelo segurado em nome de dependente;
2002) XVI – declaração de não emancipação do
§ 3º Para comprovação do vínculo e da de- dependente menor de vinte e um anos; ou
pendência econômica, conforme o caso, de- XVII – quaisquer outros que possam levar à
vem ser apresentados no mínimo três dos convicção do fato a comprovar.
seguintes documentos: (Redação dada pelo
Decreto nº 3.668, de 2000) § 4º O fato superveniente que importe em
exclusão ou inclusão de dependente deve
I – certidão de nascimento de filho havido ser comunicado ao Instituto Nacional do Se-
em comum; guro Social, com as provas cabíveis.
II – certidão de casamento religioso; § 5º (Revogado pelo Decreto nº 4.079, de
III – declaração do imposto de renda do se- 2002)
gurado, em que conste o interessado como § 6º Somente será exigida a certidão judicial
seu dependente; de adoção quando esta for anterior a 14 de
IV – disposições testamentárias; outubro de 1990, data da vigência da Lei nº
8.069, de 1990.
V – (Revogado pelo Decreto nº 5.699, de
2006) §§ 7º e 8º (Revogados pelo Decreto nº
3.668, de 2000)
VI – declaração especial feita perante tabe-
lião; § 9º No caso de dependente inválido, para
fins de inscrição e concessão de benefício, a
VII – prova de mesmo domicílio; invalidez será comprovada mediante exame
médico-pericial a cargo do Instituto Nacio-
nal do Seguro Social.

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§ 10. No ato de inscrição, o dependente me- e) auxílio-doença;
nor de vinte e um anos deverá apresentar
declaração de não emancipação.(Redação f) salário-família;
dada pelo Decreto nº 4.079, de 2002) g) salário-maternidade; e
§ 11. (Revogado pelo Decreto nº 4.079, de h) auxílio-acidente;
2002)
II – quanto ao dependente:
§ 12. Os dependentes excluídos de tal con-
dição em razão de lei têm suas inscrições a) pensão por morte; e
tornadas nulas de pleno direito.
b) auxílio-reclusão; e
§ 13. No caso de equiparado a filho, a ins-
III – quanto ao segurado e dependente: rea-
crição será feita mediante a comprovação
bilitação profissional.
da equiparação por documento escrito do
segurado falecido manifestando essa inten- Seção II
ção, da dependência econômica e da decla-
ração de que não tenha sido emancipado.
DA CARÊNCIA
(Incluído pelo Decreto nº 4.079, de 2002) Art. 26. Período de carência é o tempo corres-
Art. 23. (Revogado pelo Decreto nº 4.079, de pondente ao número mínimo de contribuições
2002) mensais indispensáveis para que o beneficiário
faça jus ao benefício, consideradas a partir do
Art. 24. Os pais ou irmãos deverão, para fins de transcurso do primeiro dia dos meses de suas
concessão de benefícios, comprovar a inexis- competências.
tência de dependentes preferenciais, mediante
declaração firmada perante o Instituto Nacional § 1º Para o segurado especial, considera-
do Seguro Social. -se período de carência o tempo mínimo de
efetivo exercício de atividade rural, ainda
que de forma descontínua, igual ao número
de meses necessário à concessão do benefí-
CAPÍTULO II cio requerido.
DAS PRESTAÇÕES EM GERAL § 2º Será considerado, para efeito de carên-
cia, o tempo de contribuição para o Plano
Seção I de Seguridade Social do Servidor Público
DAS ESPÉCIES DE PRESTAÇÃO anterior à Lei nº 8.647, de 13 de abril de
1993, efetuado pelo servidor público ocu-
Art. 25. O Regime Geral de Previdência Social pante de cargo em comissão sem vínculo
compreende as seguintes prestações, expressas efetivo com a União, autarquias, ainda que
em benefícios e serviços: em regime especial, e fundações públicas
federais.
I – quanto ao segurado:
§ 3º Não é computado para efeito de ca-
a) aposentadoria por invalidez;
rência o tempo de atividade do trabalhador
b) aposentadoria por idade; rural anterior à competência novembro de
1991.
c) aposentadoria por tempo de contribui-
ção; § 4º Para efeito de carência, considera-se
presumido o recolhimento das contribui-
d) aposentadoria especial; ções do segurado empregado, do trabalha-
dor avulso e, relativamente ao contribuinte

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individual, a partir da competência abril de § 1º Para o segurado especial que não con-
2003, as contribuições dele descontadas tribui na forma do § 2º do art. 200, o perí-
pela empresa na forma do art. 216. (Reda- odo de carência de que trata o § 1º do art.
ção dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003) 26 é contado a partir do efetivo exercício
da atividade rural, mediante comprovação,
§ 5º Observado o disposto no § 4º do art. na forma do disposto no art. 62. (Redação
13, as contribuições vertidas para regime dada pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
próprio de previdência social serão consi-
deradas para todos os efeitos, inclusive para § 2º O período a que se refere o inciso XVIII
os de carência.(Incluído pelo Decreto nº do art. 60 será computado para fins de ca-
3.265, de 1999) rência.
Art. 27. (Revogado pelo Decreto nº 5.399, de § 3º Para os segurados a que se refere o in-
2005) ciso II, optantes pelo recolhimento trimes-
tral na forma prevista nos §§ 15 e 16 do art.
Art. 27-A. Havendo perda da qualidade de se- 216, o período de carência é contado a par-
gurado, as contribuições anteriores a essa per- tir do mês de inscrição do segurado, desde
da somente serão computadas para efeito de que efetuado o recolhimento da primeira
carência depois que o segurado contar, a partir contribuição no prazo estipulado no referi-
da nova filiação ao Regime Geral de Previdência do § 15.
Social, com, no mínimo, um terço do número de
contribuições exigidas para o cumprimento da Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias
carência definida no art. 29. (Incluído pelo De- do Regime Geral de Previdência Social, ressalva-
creto nº 5.545, de 2005) do o disposto no art. 30, depende dos seguintes
períodos de carência:
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no ca-
put ao segurado oriundo de regime próprio I – doze contribuições mensais, nos casos
de previdência social que se filiar ao Regime de auxílio-doença e aposentadoria por inva-
Geral de Previdência Social após os prazos a lidez; e
que se refere o inciso II do caput e o § 1º do
art. 13. (Incluído pelo Decreto nº 5.545, de II – cento e oitenta contribuições mensais,
2005) nos casos de aposentadoria por idade, tem-
po de contribuição e especial.
Art. 28. O período de carência é contado:
III – dez contribuições mensais, no caso de
I – para o segurado empregado e trabalha- salário-maternidade, para as seguradas
dor avulso, da data de filiação ao Regime contribuinte individual, especial e faculta-
Geral de Previdência Social; e tiva, respeitado o disposto no § 2º do art.
93 e no inciso II do art. 101. (Redação dada
II – para o segurado empregado doméstico, pelo Decreto nº 3.452, de 2000)
contribuinte individual, observado o dispos-
to no § 4º do art. 26, e facultativo, inclusive Parágrafo único. Em caso de parto anteci-
o segurado especial que contribui na forma pado, o período de carência a que se refere
do § 2º do art. 200, da data do efetivo re- o inciso III será reduzido em número de con-
colhimento da primeira contribuição sem tribuições equivalente ao número de meses
atraso, não sendo consideradas para esse em que o parto foi antecipado. (Incluído
fim as contribuições recolhidas com atraso pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
referentes a competências anteriores, ob-
servado, quanto ao segurado facultativo, o Art. 30. Independe de carência a concessão das
disposto nos §§ 3º e 4º do art. 11. (Redação seguintes prestações:
dada pelo Decreto nº 6.042, de 2007).

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I – pensão por morte, auxílio-reclusão, sa- regidos por normas especiais, exceto o salário-
lário-família e auxílio-acidente de qualquer -família, a pensão por morte, o salário-materni-
natureza; dade e os demais benefícios de legislação espe-
cial.
II – salário-maternidade, para as seguradas
empregada, empregada doméstica e traba- Parágrafo único. O INSS terá até cento e
lhadora avulsa; (Redação dada pelo Decreto oitenta dias, contados da data do pedido,
nº 3.265, de 1999) para fornecer ao segurado as informações
constantes do CNIS sobre contribuições e
III – auxílio-doença e aposentadoria por in- remunerações utilizadas no cálculo do sa-
validez nos casos de acidente de qualquer lário-de-benefício.(Incluído pelo Decreto nº
natureza ou causa, bem como nos casos de 4.079, de 2002)
segurado que, após filiar-se ao Regime Ge-
ral de Previdência Social, for acometido de Art. 32. O salário-de-benefício consiste: (Reda-
alguma das doenças ou afecções especifica- ção dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
das em lista elaborada pelos Ministérios da
Saúde e da Previdência e Assistência Social I – para as aposentadorias por idade e por
a cada três anos, de acordo com os critérios tempo de contribuição, na média aritmética
de estigma, deformação, mutilação, defici- simples dos maiores salários-de-contribui-
ência ou outro fator que lhe confira espe- ção correspondentes a oitenta por cento de
cificidade e gravidade que mereçam trata- todo o período contributivo, multiplicada
mento particularizado; pelo fator previdenciário;(Incluído pelo De-
creto nº 3.265, de 1999)
IV – aposentadoria por idade ou por inva-
lidez, auxílio-doença, auxílio-reclusão ou II – para as aposentadorias por invalidez e
pensão por morte aos segurados especiais, especial, auxílio-doença e auxílio-acidente
desde que comprovem o exercício de ativi- na média aritmética simples dos maiores
dade rural no período imediatamente an- salários-de-contribuição correspondentes
terior ao requerimento do benefício, ainda a oitenta por cento de todo o período con-
que de forma descontínua, igual ao número tributivo; (Redação dada pelo Decreto nº
de meses correspondente à carência do be- 5.545, de 2005)
nefício requerido; e III – (Revogado pelo Decreto nº 5.545, de
V – reabilitação profissional. 2005)

Parágrafo único. Entende-se como aciden- § 1º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de


te de qualquer natureza ou causa aquele de 1999)
origem traumática e por exposição a agen- § 2º (Revogado pelo Decreto nº 5.399, de
tes exógenos (físicos, químicos e biológi- 2005)
cos), que acarrete lesão corporal ou pertur-
bação funcional que cause a morte, a perda, § 3º O valor do salário-de-benefício não
ou a redução permanente ou temporária da será inferior ao de um salário mínimo, nem
capacidade laborativa. superior ao limite máximo do salário-de-
-contribuição na data de início do benefício.
Seção III
§ 4º Serão considerados para cálculo do
DO SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO salário-de-benefício os ganhos habituais do
Art. 31. Salário-de-benefício é o valor básico segurado empregado, a qualquer título, sob
utilizado para cálculo da renda mensal dos be- forma de moeda corrente ou de utilidades,
nefícios de prestação continuada, inclusive os sobre os quais tenha incidido contribuição
previdenciária.

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§ 5º Não será considerado, no cálculo do sa- § 10. Para os segurados contribuinte indi-
lário-de-benefício, o aumento dos salários- vidual e facultativo optantes pelo recolhi-
-de-contribuição que exceder o limite legal, mento trimestral na forma prevista no § 15
inclusive o voluntariamente concedido nos do art. 216, que tenham solicitado qualquer
trinta e seis meses imediatamente anterio- benefício previdenciário, o salário-de-be-
res ao início do benefício, salvo se homo- nefício consistirá na média aritmética sim-
logado pela Justiça do Trabalho, resultante ples de todos os salários-de-contribuição
de promoção regulada por normas gerais integrantes da contribuição trimestral, des-
da empresa, admitida pela legislação do de que efetivamente recolhidos. (Redação
trabalho, de sentença normativa ou de re- dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
ajustamento salarial obtido pela categoria
respectiva. § 11. O fator previdenciário será calculado
considerando-se a idade, a expectativa de
§ 6º Se, no período básico de cálculo, o sobrevida e o tempo de contribuição do se-
segurado tiver recebido benefício por in- gurado ao se aposentar, mediante a fórmu-
capacidade, considerar-se-á como salário- la: (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
-de-contribuição, no período, o salário-de-
-benefício que serviu de base para o cálculo
da renda mensal, reajustado nas mesmas
épocas e nas mesmas bases dos benefícios
em geral, não podendo ser inferior ao salá-
rio mínimo nem superior ao limite máximo onde:
do salário-de-contribuição. f = fator previdenciário;
§ 7º Exceto para o salário-família e o auxílio- Es = expectativa de sobrevida no momento
-acidente, será pago o valor mínimo de be- da aposentadoria;
nefício para as prestações referidas no art.
30, quando não houver salário-de-contri- Tc = tempo de contribuição até o momento
buição no período básico de cálculo. da aposentadoria;

§ 8º Para fins de apuração do salário-de-be- Id = idade no momento da aposentadoria; e


nefício de qualquer aposentadoria precedi-
a = alíquota de contribuição corresponden-
da de auxílio-acidente, o valor mensal deste
te a 0,31.
será somado ao salário-de-contribuição an-
tes da aplicação da correção a que se refere § 12. Para efeito do disposto no parágra-
o art. 33, não podendo o total apurado ser fo anterior, a expectativa de sobrevida do
superior ao limite máximo do salário-de- segurado na idade da aposentadoria será
-contribuição. obtida a partir da tábua completa de mor-
talidade construída pela Fundação Instituto
§ 9º No caso dos §§ 3º e 4º do art. 56, o va-
Brasileiro de Geografia e Estatística, para
lor inicial do benefício será calculado consi-
toda a população brasileira, considerando-
derando-se como período básico de cálculo
-se a média nacional única para ambos os
os meses de contribuição imediatamente
sexos.(Incluído pelo Decreto nº 3.265, de
anteriores ao mês em que o segurado com-
1999)
pletou o tempo de contribuição, trinta anos
para a mulher e trinta e cinco anos para o § 13. Publicada a tábua de mortalidade, os
homem, observado o disposto no § 2º do benefícios previdenciários requeridos a par-
art. 35 e a legislação de regência. (Redação tir dessa data considerarão a nova expecta-
dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) tiva de sobrevida. (Incluído pelo Decreto nº
3.265, de 1999)

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§ 14. Para efeito da aplicação do fator pre- I – quando houver contribuído, no Brasil,
videnciário ao tempo de contribuição do em número igual ou superior a sessenta por
segurado serão adicionados: (Incluído pelo cento do número de meses decorridos des-
Decreto nº 3.265, de 1999) de a competência julho de 1994, mediante
a aplicação do disposto no art. 188-A e seus
I – cinco anos, quando se tratar de mulher; §§ 1º e 2º; (Incluído pelo Decreto nº 4.729,
ou (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999) de 2003)
II – cinco ou dez anos, quando se tratar, res- II – quando houver contribuído, no Brasil,
pectivamente, de professor ou professora, em número inferior ao indicado no inciso I,
que comprovem exclusivamente tempo de com base no valor da média aritmética sim-
efetivo exercício das funções de magistério ples de todos os salários-de-contribuição
na educação infantil e no ensino fundamen- correspondentes a todo o período contribu-
tal e médio. (Incluído pelo Decreto nº 3.265, tivo contado desde julho de 1994, multipli-
de 1999) cado pelo fator previdenciário, observados
§ 15. No cálculo do salário-de-benefício se- o § 2º do art. 188-A, o § 19 e, quando for o
rão considerados os salário-de-contribuição caso, o § 14, ambos deste artigo; e (Incluído
vertidos para regime próprio de previdência pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
social de segurado oriundo desse regime, III – sem contribuição, no Brasil, a partir da
após a sua filiação ao Regime Geral de Pre- competência julho de 1994, com base na
vidência Social, de acordo com o disposto média aritmética simples de todo o período
no art. 214. (Incluído pelo Decreto nº 3.265, contributivo, multiplicado pelo fator previ-
de 1999) denciário, observados o disposto no § 2º do
§ 16. Na hipótese do § 23 do art. 216, en- art. 188-A e, quando for o caso, no § 14 des-
quanto as contribuições não forem com- te artigo. (Incluído pelo Decreto nº 4.729,
plementadas, o salário-de-contribuição de 2003)
será computado, para efeito de benefício, § 19. Para a hipótese de que trata o § 18, o
proporcionalmente à contribuição efetiva- tempo de contribuição a ser considerado na
mente recolhida. (Incluído pelo Decreto nº aplicação da fórmula do fator previdenciá-
3.265, de 1999) rio é o somatório do tempo de contribuição
§ 17. No caso do parágrafo anterior, não se- para a previdência social brasileira e o tem-
rão considerados como tempo de contribui- po de contribuição para a previdência social
ção, para o fim de concessão de benefício do país acordante. (Incluído pelo Decreto nº
previdenciário, enquanto as contribuições 4.729, de 2003)
não forem complementadas, o período cor- § 20. (Revogado pelo Decreto nº 6.939, de
respondente às competências em que se 2009)
verificar recolhimento de contribuição so-
bre salário-de-contribuição menor que um § 21. O salário-de-benefício do segurado
salário mínimo. (Incluído pelo Decreto nº especial consiste no valor equivalente ao
3.265, de 1999) salário-mínimo, ressalvado o disposto no in-
ciso II do § 2º do art. 39 deste Regulamento.
§ 18. O salário-de-benefício, para fins de (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
cálculo da prestação teórica dos benefícios
por totalização, no âmbito dos acordos in- § 22. Considera-se período contributivo:
ternacionais, do segurado com contribui- (Incluído pelo Decreto nº 6.939, de 2009)
ção para a previdência social brasileira, será
apurado: (Incluído pelo Decreto nº 4.729, I – para o empregado, empregado domés-
de 2003) tico e trabalhador avulso: o conjunto de

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meses em que houve ou deveria ter havido I – quando o segurado satisfizer, em relação
contribuição em razão do exercício de ati- a cada atividade, as condições para obten-
vidade remunerada sujeita a filiação obri- ção do benefício requerido, o salário-de-
gatória ao regime de que trata este Regula- -benefício será calculado com base na soma
mento; ou (Incluído pelo Decreto nº 6.939, dos respectivos salários-de-contribuição;
de 2009)
II – quando não se verificar a hipótese do in-
II – para os demais segurados, inclusive o ciso anterior, o salário-de-benefício corres-
facultativo: o conjunto de meses de efeti- ponderá à soma das seguintes parcelas:
va contribuição ao regime de que trata este
Regulamento. (Incluído pelo Decreto nº a) o salário-de-benefício calculado com
6.939, de 2009) base nos salários-de-contribuição das ativi-
dades em relação às quais são atendidas as
§ 23. É garantida a aplicação do fator previ- condições do benefício requerido; e
denciário no cálculo das aposentadorias por
tempo de contribuição e por idade devidas b) um percentual da média do salário-de-
ao segurado com deficiência, se resultar em -contribuição de cada uma das demais ati-
renda mensal de valor mais elevado, deven- vidades, equivalente à relação entre o nú-
do o INSS, quando da concessão do bene- mero de meses completos de contribuição
fício, proceder ao cálculo da renda mensal e os do período da carência do benefício
inicial com e sem a aplicação do fator pre- requerido; e
videnciário.(Incluído pelo Decreto nº 8.145, III – quando se tratar de benefício por tem-
de 2013) po de contribuição, o percentual de que
§ 24. Para efeitos do disposto no § 23, na trata a alínea "b" do inciso anterior será o
aplicação do fator previdenciário, será con- resultante da relação entre os anos comple-
siderado o tempo de contribuição compu- tos de atividade e o número de anos de con-
tado para fins de cálculo do salário-de-be- tribuição considerado para a concessão do
nefício.(Incluído pelo Decreto nº 8.145, de benefício.
2013) § 1º O disposto neste artigo não se aplica ao
Art. 33. Todos os salários-de-contribuição utili- segurado que, em obediência ao limite má-
zados no cálculo do salário-de-benefício serão ximo do salário-de-contribuição, contribuiu
corrigidos, mês a mês, de acordo com a variação apenas por uma das atividades concomitan-
integral do Índice Nacional de Preço ao Consu- tes.
midor – INPC, referente ao período decorrido a § 2º Quando o exercício de uma das ati-
partir da primeira competência do salário-de- vidades concomitantes se desdobrar por
-contribuição que compõe o período básico de atividades sucessivas, o tempo a ser consi-
cálculo até o mês anterior ao do início do bene- derado para os efeitos deste artigo será a
fício, de modo a preservar o seu valor real. (Re- soma dos períodos de contribuição corres-
dação dada pelo Decreto nº 5.545, de 2005) pondentes.
Art. 34. O salário-de-benefício do segurado que § 3º Se o segurado se afastar de uma das
contribui em razão de atividades concomitantes atividades antes da data do requerimento
será calculado com base na soma dos salários- ou do óbito, porém em data abrangida pelo
-de-contribuição das atividades exercidas até a período básico de cálculo do salário-de-be-
data do requerimento ou do óbito ou no perí- nefício, o respectivo salário-de-contribuição
odo básico de cálculo, observado o disposto no será computado, observadas, conforme o
art. 32 e nas normas seguintes: caso, as normas deste artigo.

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§ 4º O percentual a que se referem a alínea rimento, não sendo devido qualquer paga-
"b" do inciso II e o inciso III do caput não mento relativamente a período anterior a
pode ser superior a cem por cento do limite esta data.
máximo do salário-de-contribuição.
§ 3º Na hipótese de a média apurada na for-
§ 5º No caso do § 3º do art. 73, o salário- ma do art. 32 resultar superior ao limite má-
-de-benefício da aposentadoria por invali- ximo do salário-de-contribuição vigente no
dez deve corresponder à soma das parcelas mês de início do benefício, a diferença per-
seguintes: centual entre esta média e o referido limite
será incorporada ao valor do benefício jun-
I – o valor do salário-de-benefício do auxí- tamente com o primeiro reajuste do mesmo
lio-doença a ser transformado em aposen- após a concessão, observado que nenhum
tadoria por invalidez, reajustado na forma benefício assim reajustado poderá superar
do § 6º do art. 32; e o limite máximo do salário-de-contribuição
II – o valor correspondente ao percentual vigente na competência em que ocorrer o
da média dos salários-de-contribuição de reajuste.
cada uma das demais atividades não consi- Art. 36. No cálculo do valor da renda mensal do
deradas no cálculo do auxílio-doença a ser benefício serão computados:
transformado, percentual este equivalente
à relação entre os meses completos de con- I – para o segurado empregado e o traba-
tribuição, até o máximo de doze, e os esti- lhador avulso, os salários-de-contribuição
pulados como período de carência para a referentes aos meses de contribuições de-
aposentadoria por invalidez. vidas, ainda que não recolhidas pela empre-
sa, sem prejuízo da respectiva cobrança e
§ 6º Não se aplica o disposto neste artigo da aplicação das penalidades cabíveis; e
ao segurado que tenha sofrido redução dos
salários-de-contribuição das atividades con- II – para o segurado empregado, o trabalha-
comitantes em respeito ao limite desse sa- dor avulso e o segurado especial, o valor do
lário. auxílio-acidente, considerado como salário-
-de-contribuição para fins de concessão de
Seção IV qualquer aposentadoria, nos termos do §
DA RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO 8º do art. 32.

Art. 35. A renda mensal do benefício de pres- § 1º Para os demais segurados somente se-
tação continuada que substituir o salário-de- rão computados os salários-de-contribuição
-contribuição ou o rendimento do trabalho do referentes aos meses de contribuição efeti-
segurado não terá valor inferior ao do salário vamente recolhida.
mínimo nem superior ao limite máximo do salá- § 2º No caso de segurado empregado ou
rio-de-contribuição, exceto no caso previsto no de trabalhador avulso que tenham cum-
art. 45. prido todas as condições para a concessão
§ 1º A renda mensal dos benefícios por to- do benefício pleiteado, mas não possam
talização, concedidos com base em acordos comprovar o valor dos seus salários-de-
internacionais de previdência social, pode -contribuição no período básico de cálculo,
ter valor inferior ao do salário mínimo. considerar-se-á para o cálculo do benefício,
no período sem comprovação do valor do
§ 2º A renda mensal inicial, apurada na for- salário-de-contribuição, o valor do salário
ma do § 9º do art. 32, será reajustada pe- mínimo, devendo esta renda ser recalcula-
los índices de reajustamento aplicados aos da quando da apresentação de prova dos
benefícios, até a data da entrada do reque-

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salários-de-contribuição. (Redação dada Parágrafo único. Para fins da substituição


pelo Decreto nº 3.265, de 1999) de que trata o caput, o requerimento de re-
visão deve ser aceito pelo Instituto Nacional
§ 3º Para o segurado empregado doméstico do Seguro Social a partir da concessão do
que, mesmo tendo satisfeito as condições benefício em valor provisório e processado
exigidas para a concessão do benefício re- quando da apresentação de prova dos sa-
querido, não possa comprovar o efetivo re- lários-de-contribuição ou de recolhimento
colhimento das contribuições devidas, será das contribuições.
concedido o benefício de valor mínimo, de-
vendo sua renda ser recalculada quando da Art. 38. Para o cálculo da renda mensal do be-
apresentação da prova do recolhimento das nefício referido no inciso III do caput do art. 39,
contribuições. deverá ser considerado o tempo de contribui-
ção de que trata o art. 60.
§ 4º Nos casos dos §§ 2º e 3º, após a conces-
são do benefício, o órgão concessor deverá Art. 39. A renda mensal do benefício de pres-
notificar o setor de arrecadação do Instituto tação continuada será calculada aplicando-se
Nacional do Seguro Social, para adoção das sobre o salário-de-benefício os seguintes per-
providências previstas nos arts. 238 a 246. centuais:
§ 5º Sem prejuízo do disposto nos §§ 2º e I – auxílio-doença – noventa e um por cento
3º, cabe à previdência social manter cadas- do salário-de-benefício;
tro dos segurados com todos os informes
necessários para o cálculo da renda mensal. II – aposentadoria por invalidez – cem por
cento do salário-de-benefício;
§ 6º Para o segurado especial que não con-
tribui facultativamente, o disposto no inci- III – aposentadoria por idade – setenta por
so II será aplicado somando-se ao valor da cento do salário-de-benefício, mais um por
aposentadoria a renda mensal do auxílio- cento deste por grupo de doze contribui-
-acidente vigente na data de início da refe- ções mensais, até o máximo de trinta por
rida aposentadoria, não sendo, neste caso, cento;
aplicada a limitação contida no inciso I do § IV – aposentadoria por tempo de contribui-
2º do art. 39 e do art. 183. ção:
§ 7º A renda mensal inicial da aposenta- a) para a mulher – cem por cento do salário-
doria por invalidez concedida por transfor- -de-benefício aos trinta anos de contribui-
mação de auxílio-doença será de cem por ção;
cento do salário-de-benefício que serviu de
base para o cálculo da renda mensal inicial b) para o homem – cem por cento do salá-
do auxílio doença, reajustado pelos mes- rio-de-benefício aos trinta e cinco anos de
mos índices de correção dos benefícios em contribuição; e
geral.
c) cem por cento do salário-de-benefício,
Art. 37. A renda mensal inicial, recalculada de para o professor aos trinta anos, e para a
acordo com o disposto nos §§ 2º e 3º do art. 36, professora aos vinte e cinco anos de contri-
deve ser reajustada como a dos benefícios cor- buição e de efetivo exercício em função de
respondentes com igual data de início e substi- magistério na educação infantil, no ensino
tuirá, a partir da data do requerimento de revi- fundamental ou no ensino médio;
são do valor do benefício, a renda mensal que
d) cem por cento do salário-de-benefício,
prevalecia até então.
para o segurado que comprovar, na condi-
ção de pessoa com deficiência, o tempo de

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contribuição disposto no art. 70-B;(Incluído não ao trabalho, se houver agravamento ou
pelo Decreto nº 8.145, de 2013) sequela que resulte na reabertura do bene-
fício, a renda mensal será igual a noventa
V – aposentadoria especial – cem por cento e um por cento do salário-de-benefício do
do salário-de-benefício; e auxílio-doença cessado, corrigido até o mês
VI – auxílio-acidente – cinquenta por cento anterior ao da reabertura do benefício, pe-
do salário-de-benefício. los mesmos índices de correção dos benefí-
cios em geral.
§ 1º Para efeito do percentual de acrés-
cimo de que trata o inciso III do caput, as- Seção V
sim considerado o relativo a cada grupo de DO REAJUSTAMENTO DO VALOR DO
doze contribuições mensais, presumir-se-á BENEFÍCIO
efetivado o recolhimento correspondente,
quando se tratar de segurado empregado Art. 40. É assegurado o reajustamento dos be-
ou trabalhador avulso. nefícios para preservar-lhes, em caráter perma-
§ 2º Para os segurados especiais, inclusive nente, o valor real da data de sua concessão.
os com deficiência, é garantida a concessão, § 1º Os valores dos benefícios em manuten-
alternativamente:(Redação dada pelo De- ção serão reajustados, anualmente, na mes-
creto nº 8.145, de 2013) ma data do reajuste do salário mínimo, pro
I – de aposentadoria por idade ou por inva- rata, de acordo com suas respectivas datas
lidez, de auxílio-doença, de auxílio-reclusão de início ou do último reajustamento, com
ou de pensão por morte, no valor de um sa- base no Índice Nacional de Preços ao Con-
lário mínimo, observado o disposto no inci- sumidor – INPC, apurado pela Fundação Ins-
so III do art. 30; ou tituto Brasileiro de Geografia e Estatística –
IBGE. (Redação dada pelo Decreto nº 6.042,
II – dos benefícios especificados neste Re- de 2007).
gulamento, observados os critérios e a for-
ma de cálculo estabelecidos, desde que § 2º Os benefícios com renda mensal su-
contribuam, facultativamente, de acordo perior a um salário mínimo serão pagos do
com o disposto no § 2º do art. 200. primeiro ao quinto dia útil do mês subse-
quente ao de sua competência, observada a
§ 3º O valor mensal da pensão por morte ou distribuição proporcional do número de be-
do auxílio-reclusão será de cem por cento neficiários por dia de pagamento. (Redação
do valor da aposentadoria que o segurado dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
recebia ou daquela a que teria direito se es-
tivesse aposentado por invalidez na data de § 3º (Revogado pelo Decreto nº 6.042, de
seu falecimento, observado o disposto no § 2007).
8º do art. 32. § 4º Os benefícios com renda mensal no va-
§ 4º Se na data do óbito o segurado estiver lor de até um salário mínimo serão pagos
recebendo aposentadoria e auxílio-aciden- no período compreendido entre o quinto
te, o valor mensal da pensão por morte será dia útil que anteceder o final do mês de
calculado conforme o disposto no parágrafo sua competência e o quinto dia útil do mês
anterior, não incorporando o valor do auxí- subsequente, observada a distribuição pro-
lio-acidente. porcional dos beneficiários por dia de pa-
gamento. (Redação dada pelo Decreto nº
§ 5º Após a cessação do auxílio-doença de- 6.722, de 2008).
corrente de acidente de qualquer natureza
ou causa, tendo o segurado retornado ou

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§ 5º Para os efeitos dos §§ 2º e 4º, conside- § 1º A concessão de aposentadoria por in-


ra-se dia útil aquele de expediente bancário validez dependerá da verificação da con-
com horário normal de atendimento. (Inclu- dição de incapacidade, mediante exame
ído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). médico-pericial a cargo da previdência so-
cial, podendo o segurado, às suas expensas,
§ 6º Para os benefícios que tenham sido ma- fazer-se acompanhar de médico de sua con-
jorados devido à elevação do salário míni- fiança.
mo, o referido aumento deverá ser compen-
sado no momento da aplicação do disposto § 2º A doença ou lesão de que o segurado já
no § 1º, de acordo com normas a serem bai- era portador ao filiar-se ao Regime Geral de
xadas pelo Ministério da Previdência Social. Previdência Social não lhe conferirá direito
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). à aposentadoria por invalidez, salvo quan-
do a incapacidade sobrevier por motivo de
Art. 41. O valor mensal do abono de perma- progressão ou agravamento dessa doença
nência em serviço, do auxílio-suplementar e do ou lesão.
auxílio-acidente será reajustado na forma do
disposto no art. 40 e não varia de acordo com o Art. 44. A aposentadoria por invalidez consiste
salário-de-contribuição do segurado. numa renda mensal calculada na forma do inci-
so II do caput do art. 39 e será devida a contar
Art. 42. Nenhum benefício reajustado poderá do dia imediato ao da cessação do auxílio-doen-
exceder o limite máximo do salário-de-benefício ça, ressalvado o disposto no § 1º.
na data do reajustamento, respeitados os di-
reitos adquiridos, nem inferior ao valor de um § 1º Concluindo a perícia médica inicial pela
salário mínimo. (Redação dada pelo Decreto nº existência de incapacidade total e definitiva
6.722, de 2008). para o trabalho, a aposentadoria por invali-
dez será devida:
Parágrafo único. O auxílio-acidente, o abo-
no de permanência em serviço, o auxílio- I – ao segurado empregado a contar do dé-
-suplementar, o salário-família e a parcela a cimo sexto dia do afastamento da atividade
cargo do Regime Geral de Previdência Social ou a partir da data da entrada do requeri-
dos benefícios por totalização, concedidos mento, se entre o afastamento e a entrada
com base em acordos internacionais de pre- do requerimento decorrerem mais de trin-
vidência social, poderão ter valor inferior ao ta dias; e (Redação dada pelo Decreto nº
do salário mínimo. 3.265, de 1999)

Seção VI II – ao segurado empregado doméstico,


contribuinte individual, trabalhador avulso,
DOS BENEFÍCIOS
especial ou facultativo, a contar da data do
início da incapacidade ou da data da entra-
Subseção I
da do requerimento, se entre essas datas
DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ decorrerem mais de trinta dias. (Redação
dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
Art. 43. A aposentadoria por invalidez, uma vez
cumprida a carência exigida, quando for o caso, § 2º Durante os primeiros quinze dias de
será devida ao segurado que, estando ou não afastamento consecutivos da atividade por
em gozo de auxílio-doença, for considerado in- motivo de invalidez, caberá à empresa pa-
capaz para o trabalho e insuscetível de reabili- gar ao segurado empregado o salário. (Re-
tação para o exercício de atividade que lhe ga- dação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
ranta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto
permanecer nessa condição. § 3º A concessão de aposentadoria por in-
validez, inclusive mediante transformação

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de auxílio-doença concedido na forma do Art. 49. Verificada a recuperação da capacidade
art. 73, está condicionada ao afastamento de trabalho do aposentado por invalidez, exce-
de todas as atividades. tuando-se a situação prevista no art. 48, serão
observadas as normas seguintes:
Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez
do segurado que necessitar da assistência per- I – quando a recuperação for total e ocorrer
manente de outra pessoa será acrescido de vin- dentro de cinco anos contados da data do
te e cinco por cento, observada a relação cons- início da aposentadoria por invalidez ou do
tante do Anexo I, e: auxílio-doença que a antecedeu sem inter-
rupção, o beneficio cessará:
I – devido ainda que o valor da aposentado-
ria atinja o limite máximo legal; e a) de imediato, para o segurado empregado
que tiver direito a retornar à função que de-
II – recalculado quando o benefício que lhe sempenhava na empresa ao se aposentar,
deu origem for reajustado. na forma da legislação trabalhista, valendo
Parágrafo único. O acréscimo de que trata o como documento, para tal fim, o certificado
caput cessará com a morte do aposentado, de capacidade fornecido pela previdência
não sendo incorporado ao valor da pensão social; ou
por morte. b) após tantos meses quantos forem os
Art. 46. O segurado aposentado por invalidez anos de duração do auxílio-doença e da
está obrigado, a qualquer tempo, sem prejuízo aposentadoria por invalidez, para os demais
do disposto no parágrafo único e independen- segurados; e
temente de sua idade e sob pena de suspensão II – quando a recuperação for parcial ou
do benefício, a submeter-se a exame médico a ocorrer após o período previsto no inciso I,
cargo da previdência social, processo de reabi- ou ainda quando o segurado for declarado
litação profissional por ela prescrito e custeado apto para o exercício de trabalho diverso
e tratamento dispensado gratuitamente, exceto do qual habitualmente exercia, a aposenta-
o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são fa- doria será mantida, sem prejuízo da volta à
cultativos. atividade:
Parágrafo único. Observado o disposto no a) pelo seu valor integral, durante seis me-
caput, o aposentado por invalidez fica obri- ses contados da data em que for verificada
gado, sob pena de sustação do pagamento a recuperação da capacidade;
do benefício, a submeter-se a exames mé-
dico-periciais, a realizarem-se bienalmente. b) com redução de cinquenta por cento, no
período seguinte de seis meses; e
Art. 47. O aposentado por invalidez que se jul-
gar apto a retornar à atividade deverá solicitar c) com redução de setenta e cinco por cen-
a realização de nova avaliação médico-pericial. to, também por igual período de seis meses,
ao término do qual cessará definitivamente.
Parágrafo único. Se a perícia médica do Ins-
tituto Nacional do Seguro Social concluir Art. 50. O segurado que retornar à atividade po-
pela recuperação da capacidade laborativa, derá requerer, a qualquer tempo, novo benefí-
a aposentadoria será cancelada, observado cio, tendo este processamento normal.
o disposto no art. 49.
Parágrafo único. Se o segurado requerer
Art. 48. O aposentado por invalidez que retor- qualquer benefício durante o período cita-
nar voluntariamente à atividade terá sua apo- do no artigo anterior, a aposentadoria por
sentadoria automaticamente cessada, a partir invalidez somente será cessada, para a con-
da data do retorno. cessão do novo benefício, após o cumpri-

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mento do período de que tratam as alíneas buição da previdência social. (Incluído pelo
"b" do inciso I e "a" do inciso II do art. 49. Decreto nº 6.722, de 2008).

Subseção II § 4º Aplica-se o disposto nos §§ 2º e 3º ain-


da que na oportunidade do requerimento
DA APOSENTADORIA POR IDADE
da aposentadoria o segurado não se enqua-
Art. 51. A aposentadoria por idade, uma vez dre como trabalhador rural. (Incluído pelo
cumprida a carência exigida, será devida ao se- Decreto nº 6.722, de 2008).
gurado que completar sessenta e cinco anos de Art. 52. A aposentadoria por idade será devida:
idade, se homem, ou sessenta, se mulher, redu-
zidos esses limites para sessenta e cinquenta e I – ao segurado empregado, inclusive o do-
cinco anos de idade para os trabalhadores ru- méstico:
rais, respectivamente homens e mulheres, refe-
ridos na alínea "a" do inciso I, na alínea "j" do a) a partir da data do desligamento do em-
inciso V e nos incisos VI e VII do caput do art. prego, quando requerida até noventa dias
9º, bem como para os segurados garimpeiros depois dela; ou
que trabalhem, comprovadamente, em regime b) a partir da data do requerimento, quan-
de economia familiar, conforme definido no § do não houver desligamento do emprego
5º do art. 9º. (Redação dada pelo Decreto nº ou quando for requerida após o prazo da
3.265, de 1999) alínea "a"; e
§ 1º Para os efeitos do disposto no caput, II – para os demais segurados, a partir da
o trabalhador rural deve comprovar o efe- data da entrada do requerimento.
tivo exercício de atividade rural, ainda que
de forma descontínua, no período imedia- Art. 53. A aposentadoria por idade consiste
tamente anterior ao requerimento do be- numa renda mensal calculada na forma do inci-
nefício ou, conforme o caso, ao mês em so III do caput do art. 39.
que cumpriu o requisito etário, por tempo Art. 54. A aposentadoria por idade pode ser re-
igual ao número de meses de contribuição querida pela empresa, desde que o segurado te-
correspondente à carência do benefício nha cumprido a carência, quando este comple-
pretendido, computado o período a que se tar setenta anos de idade, se do sexo masculino,
referem os incisos III a VIII do § 8º do art. 9º. ou sessenta e cinco, se do sexo feminino, sen-
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). do compulsória, caso em que será garantida ao
§ 2º Os trabalhadores rurais de que trata o empregado a indenização prevista na legislação
caput que não atendam ao disposto no § 1º, trabalhista, considerada como data da rescisão
mas que satisfaçam essa condição, se forem do contrato de trabalho a imediatamente ante-
considerados períodos de contribuição sob rior à do início da aposentadoria.
outras categorias do segurado, farão jus ao Art. 55. (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de
benefício ao completarem sessenta e cinco 2008).
anos de idade, se homem, e sessenta anos,
se mulher. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, Subseção III
de 2008).
DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE
§ 3º Para efeito do § 2º, o cálculo da renda CONTRIBUIÇÃO
mensal do benefício será apurado na forma
do disposto no inciso II do caput do art. 32, Art. 56. A aposentadoria por tempo de contri-
considerando-se como salário-de-contribui- buição será devida ao segurado após trinta e
ção mensal do período como segurado es- cinco anos de contribuição, se homem, ou trinta
pecial o limite mínimo do salário-de-contri- anos, se mulher, observado o disposto no art.

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199-A. (Redação dada pelo Decreto nº 6.042, de Art. 58. A data do início da aposentadoria por
2007). tempo de contribuição será fixada conforme o
disposto nos incisos I e II do art. 52.
§ 1º A aposentadoria por tempo de contri-
buição do professor que comprove, exclu- Art. 59. Considera-se tempo de contribuição o
sivamente, tempo de efetivo exercício em tempo, contado de data a data, desde o início
função de magistério na educação infantil, até a data do requerimento ou do desligamento
no ensino fundamental ou no ensino mé- de atividade abrangida pela previdência social,
dio, será devida ao professor aos trinta anos descontados os períodos legalmente estabele-
de contribuição e à professora aos vinte e cidos como de suspensão de contrato de tra-
cinco anos de contribuição. (Redação dada balho, de interrupção de exercício e de desliga-
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). mento da atividade.
§ 2º Para os fins do disposto no § 1º, consi- § 1º Cabe ao contribuinte individual com-
dera-se função de magistério a exercida por provar a interrupção ou o encerramento da
professor, quando exercida em estabeleci- atividade pela qual vinha contribuindo, sob
mento de educação básica em seus diver- pena de ser considerado em débito no perí-
sos níveis e modalidades, incluídas, além do odo sem contribuição. (Incluído pelo Decre-
exercício da docência, as funções de direção to nº 4.729, de 2003)
de unidade escolar e as de coordenação
e assessoramento pedagógico. (Redação § 2º A comprovação da interrupção ou en-
dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). cerramento da atividade do contribuinte
individual será feita, no caso dos segurados
§ 3º Se mais vantajoso, fica assegurado o di- enquadrados nas alíneas "j" e "l" do inciso V
reito à aposentadoria, nas condições legal- do art. 9º, mediante declaração, ainda que
mente previstas na data do cumprimento extemporânea, e, para os demais, com base
de todos os requisitos previstos no caput, em distrato social, alteração contratual ou
ao segurado que optou por permanecer em documento equivalente emitido por jun-
atividade. ta comercial, secretaria federal, estadual,
distrital ou municipal ou por outros órgãos
§ 4º Para efeito do disposto no parágrafo oficiais, ou outra forma admitida pelo INSS.
anterior, o valor inicial da aposentadoria, (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
apurado conforme o § 9º do art. 32, será
comparado com o valor da aposentadoria Art. 60. Até que lei específica discipline a maté-
calculada na forma da regra geral deste Re- ria, são contados como tempo de contribuição,
gulamento, mantendo-se o mais vantajoso, entre outros:
considerando-se como data de inicio do be-
nefício a data da entrada do requerimento. I – o período de exercício de atividade re-
munerada abrangida pela previdência so-
§ 5º O segurado oriundo de regime próprio cial urbana e rural, ainda que anterior à sua
de previdência social que se filiar ao Regime instituição, respeitado o disposto no inciso
Geral de Previdência Social a partir de 16 de XVII;
dezembro de 1998 fará jus à aposentado-
ria por tempo de contribuição nos termos II – o período de contribuição efetuada por
desta Subseção, não se lhe aplicando o dis- segurado depois de ter deixado de exercer
posto no art. 188.(Incluído pelo Decreto nº atividade remunerada que o enquadrava
3.265, de 1999) como segurado obrigatório da previdência
social;
Art. 57. A aposentadoria por tempo de contri-
buição consiste numa renda mensal calculada
na forma do inciso IV do caput do art. 39.

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III – o período em que o segurado esteve re- setembro de 1975, véspera do início da vi-
cebendo auxílio-doença ou aposentadoria gência da Lei nº 6.226, de 14 de junho de
por invalidez, entre períodos de atividade; 1975;
IV – o tempo de serviço militar, salvo se já IX – o período em que o segurado esteve
contado para inatividade remunerada nas recebendo benefício por incapacidade por
Forças Armadas ou auxiliares, ou para apo- acidente do trabalho, intercalado ou não;
sentadoria no serviço público federal, esta-
dual, do Distrito Federal ou municipal, ainda X – o tempo de serviço do segurado traba-
que anterior à filiação ao Regime Geral de lhador rural anterior à competência novem-
Previdência Social, nas seguintes condições: bro de 1991;

a) obrigatório ou voluntário; e XI – o tempo de exercício de mandato clas-


sista junto a órgão de deliberação coletiva
b) alternativo, assim considerado o atri- em que, nessa qualidade, tenha havido con-
buído pelas Forças Armadas àqueles que, tribuição para a previdência social;
após alistamento, alegarem imperativo de
consciência, entendendo-se como tal o de- XII – o tempo de serviço público prestado
corrente de crença religiosa e de convicção à administração federal direta e autarquias
filosófica ou política, para se eximirem de federais, bem como às estaduais, do Distrito
atividades de caráter militar; Federal e municipais, quando aplicada a le-
gislação que autorizou a contagem recípro-
V – o período em que a segurada esteve re- ca de tempo de contribuição;
cebendo salário-maternidade;
XIII – o período de licença remunerada, des-
VI – o período de contribuição efetuada de que tenha havido desconto de contribui-
como segurado facultativo; ções;
VII – o período de afastamento da ativida- XIV – o período em que o segurado tenha
de do segurado anistiado que, em virtude sido colocado pela empresa em disponibili-
de motivação exclusivamente política, foi dade remunerada, desde que tenha havido
atingido por atos de exceção, institucional desconto de contribuições;
ou complementar, ou abrangido pelo De-
creto Legislativo nº 18, de 15 de dezembro XV – o tempo de serviço prestado à Justiça
de 1961, pelo Decreto-Lei nº 864, de 12 de dos Estados, às serventias extrajudiciais e às
setembro de 1969, ou que, em virtude de escrivanias judiciais, desde que não tenha
pressões ostensivas ou expedientes oficiais havido remuneração pelos cofres públicos e
sigilosos, tenha sido demitido ou compelido que a atividade não estivesse à época vincu-
ao afastamento de atividade remunerada lada a regime próprio de previdência social;
no período de 18 de setembro de 1946 a 5 XVI – o tempo de atividade patronal ou au-
de outubro de 1988; tônoma, exercida anteriormente à vigência
VIII – o tempo de serviço público federal, da Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960,
estadual, do Distrito Federal ou municipal, desde que indenizado conforme o disposto
inclusive o prestado a autarquia ou a socie- no art. 122;
dade de economia mista ou fundação insti- XVII – o período de atividade na condição
tuída pelo Poder Público, regularmente cer- de empregador rural, desde que comprova-
tificado na forma da Lei nº3.841, de 15 de do o recolhimento de contribuições na for-
dezembro de 1960, desde que a respectiva ma da Lei nº 6.260, de 6 de novembro de
certidão tenha sido requerida na entidade 1975, com indenização do período anterior,
para a qual o serviço foi prestado até 30 de conforme o disposto no art. 122;

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XVIII – o período de atividade dos auxiliares § 4º O segurado especial que contribui na
locais de nacionalidade brasileira no exte- forma do § 2º do art. 200 somente fará jus
rior, amparados pela Lei nº 8.745, de 1993, à aposentadoria por idade, tempo de con-
anteriormente a 1º de janeiro de 1994, des- tribuição e especial após o cumprimento da
de que sua situação previdenciária esteja carência exigida para estes benefícios, não
regularizada junto ao Instituto Nacional do sendo considerado como período de carên-
Seguro Social; cia o tempo de atividade rural não contribu-
tivo.
XIX – o tempo de exercício de mandato
eletivo federal, estadual, distrital ou muni- § 5º Não se aplica o disposto no inciso VII
cipal, desde que tenha havido contribuição ao segurado demitido ou exonerado em
em época própria e não tenha sido contado razão de processos administrativos ou de
para efeito de aposentadoria por outro regi- aplicação de política de pessoal do governo,
me de previdência social; da empresa ou da entidade a que estavam
vinculados, assim como ao segurado ex-
XX – o tempo de trabalho em que o segu- -dirigente ou ex-representante sindical que
rado esteve exposto a agentes nocivos quí- não comprove prévia existência do vínculo
micos, físicos, biológicos ou associação de empregatício mantido com a empresa ou
agentes prejudiciais à saúde ou à integrida- sindicato e o consequente afastamento da
de física, observado o disposto nos arts. 64 atividade remunerada em razão dos atos
a 70; e mencionados no referido inciso.
XXI – o tempo de contribuição efetuado § 6º Caberá a cada interessado alcançado
pelo servidor público de que tratam as alí- pelas disposições do inciso VII comprovar a
neas "i", "j" e "l" do inciso I do caput do art. condição de segurado obrigatório da previ-
9º e o § 2º do art. 26, com base nos arts. dência social, mediante apresentação dos
8º e 9º da Lei nº 8.162, de 8 de janeiro de documentos contemporâneos dos fatos
1991, e no art. 2º da Lei nº 8.688, de 21 de ensejadores da demissão ou afastamento
julho de 1993. da atividade remunerada, assim como apre-
XXII – o tempo exercido na condição de alu- sentar o ato declaratório da anistia, expe-
no-aprendiz referente ao período de apren- dido pela autoridade competente, e a con-
dizado profissional realizado em escola sequente comprovação da sua publicação
técnica, desde que comprovada a remune- oficial.
ração, mesmo que indireta, à conta do or- § 7º Para o cômputo do período a que se
çamento público e o vínculo empregatício. refere o inciso VII, o Instituto Nacional do
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). Seguro Social deverá observar se no ato de-
§ 1º Não será computado como tempo de claratório da anistia consta o fundamento
contribuição o já considerado para conces- legal no qual se fundou e o nome do órgão,
são de qualquer aposentadoria prevista da empresa ou da entidade a que estava
neste Regulamento ou por outro regime de vinculado o segurado à época dos atos que
previdência social. ensejaram a demissão ou o afastamento da
atividade remunerada.
§ 2º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de
1999) § 8º É indispensável para o cômputo do pe-
ríodo a que se refere o inciso VII a prova da
§ 3º O tempo de contribuição de que trata relação de causa entre a demissão ou afas-
este artigo será considerado para cálculo do tamento da atividade remunerada e a moti-
valor da renda mensal de qualquer benefí- vação referida no citado inciso.
cio.

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Art. 61. Observado o disposto no art. 19, são prestado.(Redação dada pelo Decreto nº 4.079,
contados como tempo de contribuição, para de 2002)
efeito do disposto nos §§ 1º e 2º do art. 56: (Re-
dação dada pelo Decreto nº 4.079, de 2002) § 1º As anotações em Carteira Profissional
e/ou Carteira de Trabalho e Previdência So-
I – o de serviço público federal, estadual, do cial relativas a férias, alterações de salários
Distrito Federal ou municipal; e outras que demonstrem a sequência do
exercício da atividade podem suprir possí-
II – o de recebimento de benefício por inca- vel falha de registro de admissão ou dispen-
pacidade, entre períodos de atividade; e sa. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729,
III – o de benefício por incapacidade decor- de 2003)
rente de acidente do trabalho, intercalado § 2º Subsidiariamente ao disposto no art.
ou não. 19, servem para a prova do tempo de con-
§ 1º A comprovação da condição de profes- tribuição que trata o caput: (Redação dada
sor far-se-á mediante a apresentação: pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

I – do respectivo diploma registrado nos ór- I – para os trabalhadores em geral, os docu-


gãos competentes federais e estaduais, ou mentos seguintes: (Redação dada pelo De-
de qualquer outro documento que compro- creto nº 6.722, de 2008).
ve a habilitação para o exercício do magisté- a) o contrato individual de trabalho, a Car-
rio, na forma de lei específica; e teira Profissional, a Carteira de Trabalho
II – dos registros em Carteira Profissional e/ e Previdência Social, a carteira de férias, a
ou Carteira de Trabalho e Previdência Social carteira sanitária, a caderneta de matrícula
complementados, quando for o caso, por e a caderneta de contribuições dos extintos
declaração do estabelecimento de ensino institutos de aposentadoria e pensões, a ca-
onde foi exercida a atividade, sempre que derneta de inscrição pessoal visada pela Ca-
necessária essa informação, para efeito e pitania dos Portos, pela Superintendência
caracterização do efetivo exercício da fun- do Desenvolvimento da Pesca, pelo Depar-
ção de magistério, nos termos do § 2º do tamento Nacional de Obras Contra as Se-
art. 56. cas e declarações da Secretaria da Receita
Federal do Brasil; (Incluído pelo Decreto nº
§ 2º É vedada a conversão de tempo de ser- 6.722, de 2008).
viço de magistério, exercido em qualquer
época, em tempo de serviço comum. b) certidão de inscrição em órgão de fiscali-
zação profissional, acompanhada do docu-
Art. 62. A prova de tempo de serviço, considera- mento que prove o exercício da atividade;
do tempo de contribuição na forma do art. 60, (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
observado o disposto no art. 19 e, no que cou-
ber, as peculiaridades do segurado de que tra- c) contrato social e respectivo distrato,
tam as alíneas "j" e "l" do inciso V do caput do quando for o caso, ata de assembléia geral
art. 9º e do art. 11, é feita mediante documen- e registro de empresário; ou (Incluído pelo
tos que comprovem o exercício de atividade Decreto nº 6.722, de 2008).
nos períodos a serem contados, devendo esses d) certificado de sindicato ou órgão gestor
documentos ser contemporâneos dos fatos a de mão-de-obra que agrupa trabalhadores
comprovar e mencionar as datas de início e tér- avulsos; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de
mino e, quando se tratar de trabalhador avulso, 2008).
a duração do trabalho e a condição em que foi

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II – de exercício de atividade rural, alterna- j) licença de ocupação ou permissão outor-
tivamente: (Redação dada pelo Decreto nº gada pelo INCRA; ou (Incluído pelo Decreto
6.722, de 2008). nº 6.722, de 2008).
a) contrato individual de trabalho ou Cartei- l) certidão fornecida pela Fundação Nacio-
ra de Trabalho e Previdência Social; (Incluí- nal do Índio – FUNAI, certificando a condi-
do pelo Decreto nº 6.722, de 2008). ção do índio como trabalhador rural, desde
que homologada pelo INSS. (Incluído pelo
b) contrato de arrendamento, parceria ou Decreto nº 6.722, de 2008).
comodato rural; (Incluído pelo Decreto nº
6.722, de 2008). III – (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de
2008).
c) declaração fundamentada de sindica-
to que represente o trabalhador rural ou, IV – (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de
quando for o caso, de sindicato ou colônia 2008).
de pescadores, desde que homologada pelo
INSS; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de V – (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de
2008). 2008).

d) comprovante de cadastro do Instituto VI – (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de


Nacional de Colonização e Reforma Agrária 2008).
– INCRA; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de VII – (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de
2008). 2008).
e) bloco de notas do produtor rural; (Incluí- VIII – (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de
do pelo Decreto nº 6.722, de 2008). 2008).
f) notas fiscais de entrada de mercadorias, § 3º Na falta de documento contemporâneo
de que trata o § 24 do art. 225, emitidas podem ser aceitos declaração do emprega-
pela empresa adquirente da produção, com dor ou seu preposto, atestado de empresa
indicação do nome do segurado como ven- ainda existente, certificado ou certidão de
dedor; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de entidade oficial dos quais constem os dados
2008). previstos no caputdeste artigo, desde que
g) documentos fiscais relativos a entrega de extraídos de registros efetivamente existen-
produção rural à cooperativa agrícola, en- tes e acessíveis à fiscalização do Instituto
treposto de pescado ou outros, com indica- Nacional do Seguro Social. (Redação dada
ção do segurado como vendedor ou consig- pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
nante; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de § 4º Se o documento apresentado pelo se-
2008). gurado não atender ao estabelecido neste
h) comprovantes de recolhimento de con- artigo, a prova exigida pode ser comple-
tribuição à Previdência Social decorrentes mentada por outros documentos que levem
da comercialização da produção; (Incluído à convicção do fato a comprovar, inclusive
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). mediante justificação administrativa, na
forma do Capítulo VI deste Título. (Redação
i) cópia da declaração de imposto de renda, dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
com indicação de renda proveniente da co-
mercialização de produção rural; (Incluído § 5º A comprovação realizada mediante
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). justificação administrativa ou judicial só
produz efeito perante a previdência social
quando baseada em início de prova mate-

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rial. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, V – deverá consignar dados relativos ao pe-
de 2003) ríodo e forma de exercício da atividade rural
na forma estabelecida pelo INSS. (Incluído
§ 6º A prova material somente terá validade pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
para a pessoa referida no documento, não
sendo permitida sua utilização por outras § 9º Sempre que a categoria de produtor
pessoas. (Redação dada pelo Decreto nº informada na declaração de que trata a alí-
4.729, de 2003) nea “c” do inciso II do § 2º for de parceiro,
meeiro, arrendatário, comodatário, ou ou-
§ 7º A empresa colocará à disposição de tra modalidade de outorgado, o documento
servidor designado por dirigente do Institu- deverá identificar e qualificar o outorgante.
to Nacional do Seguro Social as informações (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
ou registros de que dispuser, relativamen-
te a segurado a seu serviço e previamente § 10. A segunda via da declaração prevista
identificado, para fins de instrução ou re- na alínea “c” do inciso II do § 2º deverá ser
visão de processo de reconhecimento de mantida na própria entidade, com numera-
direitos e outorga de benefícios do Regime ção sequencial em ordem crescente, à dis-
Geral de Previdência Social. (Incluído pelo posição do INSS e demais órgãos de fiscali-
Decreto nº 6496, de 2008) zação e controle.(Incluído pelo Decreto nº
6.722, de 2008).
§ 8º A declaração mencionada na alínea “c”
do inciso II do § 2º, além da identificação da § 11. Na hipótese de inexistência de sindica-
entidade e do emitente da declaração, com to que represente o trabalhador rural, a de-
indicação do respectivo mandato: (Incluído claração mencionada na alínea “c” do inciso
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). II do § 2º poderá ser suprida pela apresenta-
ção de duas declarações firmadas por auto-
I – deverá ser fornecida em duas vias, em ridades administrativas ou judiciárias locais,
papel timbrado da entidade, com numera- desde que exerçam cargos ou funções de
ção sequencial controlada e ininterrupta; juízes federais ou estaduais ou do Distrito
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). Federal, promotores de justiça, delegados
II – deverá conter a identificação, a qualifi- de polícia, comandantes de unidades milita-
cação pessoal do beneficiário e a categoria res do Exército, Marinha, Aeronáutica ou de
de produtor a que pertença; (Incluído pelo forças auxiliares, titulares de representação
Decreto nº 6.722, de 2008). local do Ministério do Trabalho e Emprego
e de diretores titulares de estabelecimentos
III – deverá consignar os documentos e in- públicos de ensino fundamental e médio.
formações que serviram de base para a sua (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
emissão, bem como, se for o caso, a origem
dos dados extraídos de registros existentes § 12. As autoridades mencionadas no § 11
na própria entidade declarante ou em outro somente poderão fornecer declaração rela-
órgão, entidade ou empresa, desde que idô- tiva a período anterior à data do início das
neos e acessíveis à previdência social; (In- suas funções na localidade se puderem fun-
cluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). damentá-la com documentos contempo-
râneos do fato declarado, que evidenciem
IV – não poderá conter informação referen- plena convicção de sua veracidade. (Incluí-
te a período anterior ao início da atividade do pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
da entidade declarante, salvo se baseada
em documento que constitua prova ma- § 13. A declaração de que trata o § 11, su-
terial do exercício da atividade; e (Incluído jeita à homologação pelo INSS, e a certidão
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). a que se refere a alínea “l” do inciso II do

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§ 2º deverão obedecer, no que couber, ao civo ou associação de agentes presentes no
disposto no § 8º. (Incluído pelo Decreto nº ambiente de trabalho esteja acima dos limi-
6.722, de 2008). tes de tolerância estabelecidos segundo cri-
térios quantitativos ou esteja caracterizada
Art. 63. Não será admitida prova exclusivamen- segundo os critérios da avaliação qualitativa
te testemunhal para efeito de comprovação de dispostos no § 2º do art. 68. (Redação dada
tempo de serviço ou de contribuição, salvo na pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
ocorrência de motivo de força maior ou caso
fortuito, observado o disposto no § 2º do art. Art. 65. Considera-se tempo de trabalho perma-
143. nente aquele que é exercido de forma não oca-
sional nem intermitente, no qual a exposição
§ 14. A homologação a que se refere a alí- do empregado, do trabalhador avulso ou do co-
nea “l” do inciso II do § 2º se restringe às operado ao agente nocivo seja indissociável da
informações relativas à atividade rural, em produção do bem ou da prestação do serviço.
especial o atendimento dos incisos II, III e V (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
do § 8º. (Incluído pelo Decreto nº 6.939, de
2009) Parágrafo único. Aplica-se o disposto no ca-
put aos períodos de descanso determinados
Subseção IV pela legislação trabalhista, inclusive férias,
DA APOSENTADORIA ESPECIAL aos de afastamento decorrentes de gozo de
benefícios de auxílio-doença ou aposenta-
Art. 64. A aposentadoria especial, uma vez cum- doria por invalidez acidentários, bem como
prida a carência exigida, será devida ao segura- aos de percepção de salário-maternidade,
do empregado, trabalhador avulso e contribuin- desde que, à data do afastamento, o segu-
te individual, este somente quando cooperado rado estivesse exposto aos fatores de risco
filiado a cooperativa de trabalho ou de produ- de que trata o art. 68. (Redação dada pelo
ção, que tenha trabalhado durante quinze, vinte Decreto nº 8.123, de 2013)
ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito
a condições especiais que prejudiquem a saúde Art. 66. Para o segurado que houver exercido
ou a integridade física. (Redação dada pelo De- duas ou mais atividades sujeitas a condições
creto nº 4.729, de 2003) especiais prejudiciais à saúde ou à integridade
física, sem completar em qualquer delas o prazo
§ 1º A concessão da aposentadoria especial mínimo exigido para a aposentadoria especial,
prevista neste artigo dependerá da com- os respectivos períodos de exercício serão so-
provação, durante o período mínimo fixado mados após conversão, devendo ser conside-
no caput: (Redação dada pelo Decreto nº rada a atividade preponderante para efeito de
8.123, de 2013) enquadramento. (Redação dada pelo Decreto
nº 8.123, de 2013)
I – do tempo de trabalho permanente, não
ocasional nem intermitente; e (Incluído § 1º Para fins do disposto no caput, não
pelo Decreto nº 8.123, de 2013) serão considerados os períodos em que a
atividade exercida não estava sujeita a con-
II – da exposição do segurado aos agentes
dições especiais, observado, nesse caso, o
nocivos químicos, físicos, biológicos ou a as-
disposto no art. 70. (Redação dada pelo De-
sociação de agentes prejudiciais à saúde ou
creto nº 8.123, de 2013)
à integridade física. (Incluído pelo Decreto
nº 8.123, de 2013) § 2º A conversão de que trata o caput será
feita segundo a tabela abaixo: (Redação
§ 2º Consideram-se condições especiais que
dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
prejudiquem a saúde e a integridade física
aquelas nas quais a exposição ao agente no-

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Tempo a Multiplicadores seu preposto, com base em laudo técnico


Converter de condições ambientais do trabalho expe-
Para 15 Para 20 Para 25 dido por médico do trabalho ou engenheiro
De 15 anos - 1,33 1,67 de segurança do trabalho. (Redação dada
pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
De 20 anos 0,75 - 1,25
§ 4º A presença no ambiente de trabalho,
De 25 anos 0,60 0,80
com possibilidade de exposição a ser apura-
da na forma dos §§ 2º e 3º, de agentes no-
Art. 67. A aposentadoria especial consiste numa civos reconhecidamente cancerígenos em
renda mensal calculada na forma do inciso V do humanos, listados pelo Ministério do Traba-
caput do art. 39. lho e Emprego, será suficiente para a com-
Art. 68. A relação dos agentes nocivos químicos, provação de efetiva exposição do trabalha-
físicos, biológicos ou associação de agentes pre- dor. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123,
judiciais à saúde ou à integridade física, consi- de 2013)
derados para fins de concessão de aposentado- § 5º No laudo técnico referido no § 3º, de-
ria especial, consta do Anexo IV. verão constar informações sobre a existên-
§ 1º As dúvidas sobre o enquadramento dos cia de tecnologia de proteção coletiva ou
agentes de que trata o caput, para efeito do individual, e de sua eficácia, e deverá ser
disposto nesta Subseção, serão resolvidas elaborado com observância das normas edi-
pelo Ministério do Trabalho e Emprego e tadas pelo Ministério do Trabalho e Empre-
pelo Ministério da Previdência e Assistência go e dos procedimentos estabelecidos pelo
Social. INSS. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123,
de 2013)
§ 2º A avaliação qualitativa de riscos e agen-
tes nocivos será comprovada mediante § 6º A empresa que não mantiver laudo téc-
descrição: (Redação dada pelo Decreto nº nico atualizado com referência aos agentes
8.123, de 2013) nocivos existentes no ambiente de trabalho
de seus trabalhadores ou que emitir docu-
I – das circunstâncias de exposição ocupa- mento de comprovação de efetiva exposi-
cional a determinado agente nocivo ou as- ção em desacordo com o respectivo laudo
sociação de agentes nocivos presentes no estará sujeita às penalidades previstas na
ambiente de trabalho durante toda a jor- legislação. (Redação dada pelo Decreto nº
nada; (Incluído pelo Decreto nº 8.123, de 8.123, de 2013)
2013)
§ 7º O INSS estabelecerá os procedimentos
II – de todas as fontes e possibilidades de para fins de concessão de aposentadoria es-
liberação dos agentes mencionados no inci- pecial, podendo, se necessário, confirmar
so I; e (Incluído pelo Decreto nº 8.123, de as informações contidas nos documentos
2013) mencionados nos § 2º e 3º.
III – dos meios de contato ou exposição dos § 8º A empresa deverá elaborar e manter
trabalhadores, as vias de absorção, a inten- atualizado o perfil profissiográfico do traba-
sidade da exposição, a frequência e a dura- lhador, contemplando as atividades desen-
ção do contato. (Incluído pelo Decreto nº volvidas durante o período laboral, docu-
8.123, de 2013) mento que a ele deverá ser fornecido, por
cópia autêntica, no prazo de trinta dias da
§ 3º A comprovação da efetiva exposição do
rescisão do seu contrato de trabalho, sob
segurado aos agentes nocivos será feita me-
pena de sujeição às sanções previstas na
diante formulário emitido pela empresa ou

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legislação aplicável. (Redação dada pelo De- Art. 69. A data de início da aposentadoria espe-
creto nº 8.123, de 2013) cial será fixada: (Redação dada pelo Decreto nº
8.123, de 2013)
§ 9º Considera-se perfil profissiográfico,
para os efeitos do § 8º, o documento com I – para o segurado empregado: (Incluído
o históricolaboral do trabalhador, segundo pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
modelo instituído pelo INSS, que, entre ou-
tras informações, deve conter o resultado a) a partir da data do desligamento do em-
das avaliações ambientais, o nome dos res- prego, quando requerida a aposentadoria
ponsáveis pela monitoração biológica e das especial, até noventa dias após essa data;
avaliações ambientais, os resultados de mo- ou (Incluída pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
nitoração biológica e os dados administra- b) a partir da data do requerimento, quan-
tivos correspondentes. (Redação dada pelo do não houver desligamento do emprego
Decreto nº 8.123, de 2013) ou quando a aposentadoria for requerida
§ 10. O trabalhador ou seu preposto terá após o prazo estabelecido na alínea “a”; e
acesso às informações prestadas pela em- (Incluída pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
presa sobre o seu perfil profissiográfico, II – para os demais segurados, a partir da
podendo inclusive solicitar a retificação de data da entrada do requerimento. (Incluído
informações quando em desacordo com a pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
realidade do ambiente de trabalho, confor-
me orientação estabelecida em ato do Mi- Parágrafo único. O segurado que retornar
nistro de Estado da Previdência Social. (Re- ao exercício de atividade ou operação que
dação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013) o sujeite aos riscos e agentes nocivos cons-
tantes do Anexo IV, ou nele permanecer, na
§ 11. A cooperativa de trabalho e a empresa mesma ou em outra empresa, qualquer que
contratada para prestar serviços mediante seja a forma de prestação do serviço ou ca-
cessão ou empreitada de mão de obra aten- tegoria de segurado, será imediatamente
derão ao disposto nos §§ 3º, 4º e 5º com notificado da cessação do pagamento de
base nos laudos técnicos de condições am- sua aposentadoria especial, no prazo de
bientais de trabalho emitidos pela empresa sessenta dias contado da data de emissão
contratante, quando o serviço for prestado da notificação, salvo comprovação, nesse
em estabelecimento da contratante. (Reda- prazo, de que o exercício dessa atividade ou
ção dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013) operação foi encerrado.
§ 12. Nas avaliações ambientais deverão ser Art. 70. A conversão de tempo de atividade sob
considerados, além do disposto no Anexo condições especiais em tempo de atividade co-
IV, a metodologia e os procedimentos de mum dar-se-á de acordo com a seguinte tabela:
avaliação estabelecidos pela Fundação Jor- (Redação dada pelo Decreto nº 4.827, de 2003)
ge Duprat Figueiredo de Segurança e Medi-
cina do Trabalho – FUNDACENTRO. (Incluí-
do pelo Decreto nº 8.123, de 2013) MULTIPLICADORES
TEMPO A
§ 13. Na hipótese de não terem sido esta- CONVERTER MULHER HOMEM
belecidos pela FUNDACENTRO a metodolo- (PARA 30) (PARA 35)
gia e procedimentos de avaliação, cabe ao
DE 15 ANOS 2,00 2,33
Ministério do Trabalho e Emprego definir
outras instituições que os estabeleçam. (In- DE 20 ANOS 1,50 1,75
cluído pelo Decreto nº 8.123, de 2013) DE 25 ANOS 1,20 1,40

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§ 1º A caracterização e a comprovação do cia moderada; e (Incluído pelo Decreto nº


tempo de atividade sob condições especiais 8.145, de 2013)
obedecerá ao disposto na legislação em vi-
gor na época da prestação do serviço. (In- III – aos trinta e três anos de tempo de con-
cluído pelo Decreto nº 4.827, de 2003) tribuição na condição de pessoa com defi-
ciência, se homem, e vinte e oito anos, se
§ 2º As regras de conversão de tempo de mulher, no caso de segurado com deficiên-
atividade sob condições especiais em tem- cia leve. (Incluído pelo Decreto nº 8.145, de
po de atividade comum constantes deste 2013)
artigo aplicam-se ao trabalho prestado em
qualquer período. (Incluído pelo Decreto nº Parágrafo único. A aposentadoria de que
4.827, de 2003) trata o caput é devida aos segurados espe-
ciais que contribuam facultativamente, de
Subseção IV-A acordo com o disposto no art. 199 e no § 2º
(Incluído pelo Decreto nº 8.145, de 2013) do art. 200. (Incluído pelo Decreto nº 8.145,
de 2013)
DAS APOSENTADORIAS POR TEMPO
Art. 70-C. A aposentadoria por idade da pessoa
DE CONTRIBUIÇÃO E POR IDADE DO com deficiência, cumprida a carência, é devida
SEGURADO COM DEFICIÊNCIA ao segurado aos sessenta anos de idade, se ho-
mem, e cinquenta e cinco anos de idade, se mu-
Art. 70-A. A concessão da aposentadoria por lher. (Incluído pelo Decreto nº 8.145, de 2013)
tempo de contribuição ou por idade ao segura-
do que tenha reconhecido, em avaliação médica § 1º Para efeitos de concessão da aposenta-
e funcional realizada por perícia própria do INSS, doria de que trata o caput, o segurado deve
grau de deficiência leve, moderada ou grave, contar com no mínimo quinze anos de tem-
está condicionada à comprovação da condição po de contribuição, cumpridos na condição
de pessoa com deficiência na data da entrada de pessoa com deficiência, independente-
do requerimento ou na data da implementação mente do grau, observado o disposto no
dos requisitos para o benefício. (Incluído pelo art. 70-D. (Incluído pelo Decreto nº 8.145,
Decreto nº 8.145, de 2013) de 2013)
Art. 70-B. A aposentadoria por tempo de contri- § 2º Aplica-se ao segurado especial com de-
buição do segurado com deficiência, cumprida ficiência o disposto nos §§ 1º a 4º do art.
a carência, é devida ao segurado empregado, 51, e na hipótese do § 2º será considerada
inclusive o doméstico, trabalhador avulso, con- a idade prevista no caput deste artigo, des-
tribuinte individual e facultativo, observado o de que o tempo exigido para a carência da
disposto no art. 199-A e os seguintes requisitos: aposentadoria por idade seja cumprido na
(Incluído pelo Decreto nº 8.145, de 2013) condição de pessoa com deficiência. (Incluí-
do pelo Decreto nº 8.145, de 2013)
I – aos vinte e cinco anos de tempo de con-
tribuição na condição de pessoa com defi- Art. 70-D. Para efeito de concessão da aposen-
ciência, se homem, e vinte anos, se mulher, tadoria da pessoa com deficiência, compete à
no caso de segurado com deficiência grave; perícia própria do INSS, nos termos de ato con-
(Incluído pelo Decreto nº 8.145, de 2013) junto do Ministro de Estado Chefe da Secretaria
de Direitos Humanos da Presidência da Repúbli-
II – aos vinte e nove anos de tempo de con- ca, dos Ministros de Estado da Previdência So-
tribuição na condição de pessoa com defici- cial, da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e
ência, se homem, e vinte e quatro anos, se Gestão e do Advogado-Geral da União: (Incluído
mulher, no caso de segurado com deficiên- pelo Decreto nº 8.145, de 2013)

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I – avaliar o segurado e fixar a data provável disposto no art. 70-A: (Incluído pelo Decreto nº
do início da deficiência e o seu grau; e (In- 8.145, de 2013)
cluído pelo Decreto nº 8.145, de 2013)
II – identificar a ocorrência de variação no MULHER
grau de deficiência e indicar os respectivos
períodos em cada grau. (Incluído pelo De- TEMPO A MULTIPLICADORES
creto nº 8.145, de 2013) CONVERTER
Para Para Para Para
§ 1º A comprovação da deficiência anterior 20 24 28 30
à data da vigência da Lei Complementar no De 20 anos 1,00 1,20 1,40 1,50
142, de 8 de maio de 2013, será instruída
De 24 anos 0,83 1,00 1,17 1,25
por documentos que subsidiem a avaliação
médica e funcional, vedada a prova exclusi- De 28 anos 0,71 0,86 1,00 1,07
vamente testemunhal. (Incluído pelo Decre- De 30 anos 0,67 0,80 0,93 1,00
to nº 8.145, de 2013)
§ 2º A avaliação da pessoa com deficiência
será realizada para fazer prova dessa con-
HOMENS
dição exclusivamente para fins previdenci-
ários. (Incluído pelo Decreto nº 8.145, de TEMPO A MULTIPLICADORES
2013) CONVERTER
Para Para Para Para
§ 3º Considera-se pessoa com deficiência 25 29 33 35
aquela que tem impedimentos de longo De 25 anos 1,00 1,16 1,32 1,40
prazo de natureza física, mental, intelec-
De 29 anos 0,86 1,00 1,14 1,21
tual ou sensorial, os quais, em interação
com diversas barreiras, podem obstruir sua De 33 anos 0,76 0,88 1,00 1,06
participação plena e efetiva na sociedade De 35 anos 0,71 0,83 0,94 1,00
em igualdade de condições com as demais
pessoas. (Incluído pelo Decreto nº 8.145, de
§ 1º O grau de deficiência preponderante
2013)
será aquele em que o segurado cumpriu
§ 4º Ato conjunto do Ministro de Estado maior tempo de contribuição, antes da con-
Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da versão, e servirá como parâmetro para defi-
Presidência da República, dos Ministros de nir o tempo mínimo necessário para a apo-
Estado da Previdência Social, da Fazenda, sentadoria por tempo de contribuição da
do Planejamento, Orçamento e Gestão e do pessoa com deficiência e para a conversão.
Advogado-Geral da União definirá impedi- (Incluído pelo Decreto nº 8.145, de 2013)
mento de longo prazo para os efeitos deste
§ 2º Quando o segurado contribuiu alterna-
Decreto. (Incluído pelo Decreto nº 8.145, de
damente na condição de pessoa sem defici-
2013)
ência e com deficiência, os respectivos perí-
Art. 70-E. Para o segurado que, após a filiação odos poderão ser somados, após aplicação
ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou da conversão de que trata o caput. (Incluído
tiver seu grau alterado, os parâmetros mencio- pelo Decreto nº 8.145, de 2013)
nados nos incisos I, II e III do caput do art. 70-B
Art. 70-F. A redução do tempo de contribuição
serão proporcionalmente ajustados e os respec-
da pessoa com deficiência não poderá ser acu-
tivos períodos serão somados após conversão,
mulada, no mesmo período contributivo, com a
conforme as tabelas abaixo, considerando o
redução aplicada aos períodos de contribuição
grau de deficiência preponderante, observado o

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relativos a atividades exercidas sob condições § 3º Para fins da aposentadoria por idade
especiais que prejudiquem a saúde ou a integri- da pessoa com deficiência é assegurada a
dade física. (Incluído pelo Decreto nº 8.145, de conversão do período de exercício de ati-
2013) vidade sujeita a condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade físi-
§ 1º É garantida a conversão do tempo de ca, cumprido na condição de pessoa com
contribuição cumprido em condições espe- deficiência, exclusivamente para efeito de
ciais que prejudiquem a saúde ou a integri- cálculo do valor da renda mensal, vedado o
dade física do segurado, inclusive da pessoa cômputo do tempo convertido para fins de
com deficiência, para fins da aposentadoria carência.(Incluído pelo Decreto nº 8.145, de
de que trata o art. 70-B, se resultar mais 2013)
favorável ao segurado, conforme tabela
abaixo: (Incluído pelo Decreto nº 8.145, de Art.70-G. É facultado ao segurado com defici-
2013) ência optar pela percepção de qualquer outra
espécie de aposentadoria do RGPS que lhe seja
mais vantajosa.(Incluído pelo Decreto nº 8.145,
MULHER de 2013)
TEMPO A MULTIPLICADORES
Art. 70-H. A critério do INSS, o segurado com
CONVERTER
Para Para Para Para Para deficiência deverá, a qualquer tempo, subme-
15 20 24 25 28 ter-se a perícia própria para avaliação ou reava-
De 15 anos 1,00 1,33 1,60 1,67 1,87 liação do grau de deficiência.(Incluído pelo De-
creto nº 8.145, de 2013)
De 20 anos 0,75 1,00 1,20 1,25 1,40
De 24 anos 0,63 0,83 1,00 1,04 1,17 Parágrafo único. Após a concessão das apo-
sentadorias na forma dos arts. 70-B e 70-C,
De 25 anos 0,60 0,80 0,96 1,00 1,12 será observado o disposto nos arts. 347 e
De 28 anos 0,54 0,71 0,86 0,89 1,00 347-A.(Incluído pelo Decreto nº 8.145, de
2013)
Art. 70-I. Aplicam-se à pessoa com defici-
MULHER ência as demais normas relativas aos be-
nefícios do RGPS.(Incluído pelo Decreto nº
TEMPO A MULTIPLICADORES
CONVERTER 8.145, de 2013)
Para Para Para Para Para
15 20 25 29 33 Subseção V
De 15 anos 1,00 1,33 1,67 1,93 2,20 Do Auxílio-doença
De 20 anos 0,75 1,00 1,25 1,45 1,65
Art. 71. O auxílio-doença será devido ao segu-
De 25 anos 0,60 0,80 1,00 1,16 1,32 rado que, após cumprida, quando for o caso, a
De 29 anos 0,52 0,69 0,86 1,00 1,14 carência exigida, ficar incapacitado para o seu
trabalho ou para a sua atividade habitual por
De 33 anos 0,45 0,61 0,76 0,88 1,00 mais de quinze dias consecutivos.

§ 2º É vedada a conversão do tempo de § 1º Não será devido auxílio-doença ao se-


contribuição da pessoa com deficiência gurado que se filiar ao Regime Geral de Pre-
para fins de concessão da aposentadoria es- vidência Social já portador de doença ou le-
pecial de que trata a Subseção IV da Seção são invocada como causa para a concessão
VI do Capítulo II.(Incluído pelo Decreto nº do benefício, salvo quando a incapacida-
8.145, de 2013)

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de sobrevier por motivo de progressão ou para a qual o segurado estiver incapacitado,
agravamento dessa doença ou lesão. considerando-se para efeito de carência so-
mente as contribuições relativas a essa ati-
§ 2º Será devido auxílio-doença, indepen- vidade.
dentemente de carência, aos segurados
obrigatório e facultativo, quando sofrerem § 2º Se nas várias atividades o segurado
acidente de qualquer natureza. exercer a mesma profissão, será exigido de
imediato o afastamento de todas.
Art. 72. O auxílio-doença consiste numa renda
mensal calculada na forma do inciso I do caput § 3º Constatada, durante o recebimento do
do art. 39 e será devido: auxílio-doença concedido nos termos des-
te artigo, a incapacidade do segurado para
I – a contar do décimo sexto dia do afasta- cada uma das demais atividades, o valor do
mento da atividade para o segurado empre- benefício deverá ser revisto com base nos
gado, exceto o doméstico; (Redação dada respectivos salários-de-contribuição, obser-
pelo Decreto nº 3.265, de 1999) vado o disposto nos incisos I a III do art. 72.
II – a contar da data do início da incapacida- § 4º Ocorrendo a hipótese do § 1º, o valor
de, para os demais segurados; ou do auxílio-doença poderá ser inferior ao
III – a contar da data de entrada do requeri- salário mínimo desde que somado às de-
mento, quando requerido após o trigésimo mais remunerações recebidas resultar valor
dia do afastamento da atividade, para todos superior a este. (Incluído pelo Decreto nº
os segurados. 4.729, de 2003)

§ 1º Quando o acidentado não se afastar do Art. 74. Quando o segurado que exercer mais
trabalho no dia do acidente, os quinze dias de uma atividade se incapacitar definitivamen-
de responsabilidade da empresa pela sua te para uma delas, deverá o auxílio-doença ser
remuneração integral são contados a partir mantido indefinidamente, não cabendo sua
da data do afastamento. transformação em aposentadoria por invalidez,
enquanto essa incapacidade não se estender às
§ 2º (Revogado pelo Decreto nº 3.668, de demais atividades.
2000)
Parágrafo único. Na situação prevista no ca-
§ 3º O auxílio-doença será devido durante o put, o segurado somente poderá transferir-
curso de reclamação trabalhista relacionada -se das demais atividades que exerce após
com a rescisão do contrato de trabalho, ou o conhecimento da reavaliação médico-pe-
após a decisão final, desde que implemen- ricial.
tadas as condições mínimas para a conces-
são do benefício, observado o disposto nos Art. 75. Durante os primeiros quinze dias conse-
§§ 2º e 3º do art. 36. cutivos de afastamento da atividade por motivo
de doença, incumbe à empresa pagar ao segu-
Art. 73. O auxílio-doença do segurado que exer- rado empregado o seu salário. (Redação dada
cer mais de uma atividade abrangida pela pre- pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
vidência social será devido mesmo no caso de
incapacidade apenas para o exercício de uma § 1º Cabe à empresa que dispuser de servi-
delas, devendo a perícia médica ser conhecedo- ço médico próprio ou em convênio o exame
ra de todas as atividades que o mesmo estiver médico e o abono das faltas corresponden-
exercendo. tes aos primeiros quinze dias de afastamen-
to.
§ 1º Na hipótese deste artigo, o auxílio-do-
ença será concedido em relação à atividade

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§ 2º Quando a incapacidade ultrapassar meter-se a exame médico a cargo da previdên-


quinze dias consecutivos, o segurado será cia social, processo de reabilitação profissional
encaminhado à perícia médica do Instituto por ela prescrito e custeado e tratamento dis-
Nacional do Seguro Social. pensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a
transfusão de sangue, que são facultativos.
§ 3º Se concedido novo benefício decor-
rente da mesma doença dentro de sessen- Art. 78. O auxílio-doença cessa pela recupera-
ta dias contados da cessação do benefício ção da capacidade para o trabalho, pela trans-
anterior, a empresa fica desobrigada do pa- formação em aposentadoria por invalidez ou
gamento relativo aos quinze primeiros dias auxílio-acidente de qualquer natureza, neste
de afastamento, prorrogando-se o benefício caso se resultar sequela que implique redução
anterior e descontando-se os dias trabalha- da capacidade para o trabalho que habitual-
dos, se for o caso. mente exercia.
§ 4º Se o segurado empregado, por motivo § 1º O INSS poderá estabelecer, median-
de doença, afastar-se do trabalho durante te avaliação médico-pericial, o prazo que
quinze dias, retornando à atividade no dé- entender suficiente para a recuperação
cimo sexto dia, e se dela voltar a se afastar da capacidade para o trabalho do segura-
dentro de sessenta dias desse retorno, em do, dispensada nessa hipótese a realização
decorrência da mesma doença, fará jus ao de nova perícia. (Incluído pelo Decreto nº
auxílio doença a partir da data do novo afas- 5.844 de 2006)
tamento. (Redação dada pelo Decreto nº
5.545, de 2005) § 2º Caso o prazo concedido para a recu-
peração se revele insuficiente, o segurado
§ 5º Na hipótese do § 4º, se o retorno à ati- poderá solicitar a realização de nova perícia
vidade tiver ocorrido antes de quinze dias médica, na forma estabelecida pelo Minis-
do afastamento, o segurado fará jus ao au- tério da Previdência Social. (Incluído pelo
xílio-doença a partir do dia seguinte ao que Decreto nº 5.844 de 2006)
completar aquele período. (Incluído pelo
Decreto nº 4.729, de 2003) § 3º O documento de concessão do auxílio-
-doença conterá as informações necessá-
Art. 76. A previdência social deve processar de rias para o requerimento da nova avaliação
ofício o benefício, quando tiver ciência da inca- médico-pericial. (Incluído pelo Decreto nº
pacidade do segurado sem que este tenha re- 5.844 de 2006)
querido auxílio-doença.
Art. 79. O segurado em gozo de auxílio-doença,
Art. 76-A. É facultado à empresa protocolar re- insuscetível de recuperação para sua atividade
querimento de auxílio-doença ou documento habitual, deverá submeter-se a processo de re-
dele originário de seu empregado ou de contri- abilitação profissional para exercício de outra
buinte individual a ela vinculado ou a seu ser- atividade, não cessando o benefício até que seja
viço, na forma estabelecida pelo INSS. (Incluído dado como habilitado para o desempenho de
pelo Decreto nº 5.699, de 2006) nova atividade que lhe garanta a subsistência
ou, quando considerado não recuperável, seja
Parágrafo único. A empresa que adotar o aposentado por invalidez.
procedimento previsto no caput terá acesso
às decisões administrativas a ele relativas. Art. 80. O segurado empregado em gozo de au-
(Incluído pelo Decreto nº 5.699, de 2006) xílio-doença é considerado pela empresa como
licenciado.
Art. 77. O segurado em gozo de auxílio-doença
está obrigado, independentemente de sua ida- Parágrafo único. A empresa que garantir ao
de e sob pena de suspensão do benefício, a sub- segurado licença remunerada ficará obriga-

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da a pagar-lhe durante o período de auxílio- no mês, devendo o seu pagamento corres-
-doença a eventual diferença entre o valor ponder ao valor integral da cota.
deste e a importância garantida pela licen-
ça. § 3º Quando o pai e a mãe são segurados
empregados ou trabalhadores avulsos, am-
Subseção VI bos têm direito ao salário-família.
DO SALÁRIO-FAMÍLIA § 4º As cotas do salário-família, pagas pela
empresa, deverão ser deduzidas quando do
Art. 81. O salário-família será devido, mensal- recolhimento das contribuições sobre a fo-
mente, ao segurado empregado, exceto o do- lha de salário.
méstico, e ao trabalhador avulso que tenham
salário-de-contribuição inferior ou igual a R$ Art. 83. A partir de 1º de maio de 2004, o valor
360,00 (trezentos e sessenta reais), na propor- da cota do salário-família por filho ou equipara-
ção do respectivo número de filhos ou equipa- do de qualquer condição, até quatorze anos de
rados, nos termos do art. 16, observado o dis- idade ou inválido, é de: (Redação dada pelo De-
posto no art. 83. creto nº 5.545, de 2005)
Art. 82. O salário-família será pago mensalmen- I – R$ 20,00 (vinte reais), para o segurado
te: com remuneração mensal não superior a R$
390,00 (trezentos e noventa reais); e (Incluí-
I – ao empregado, pela empresa, com o do pelo Decreto nº 5.545, de 2005)
respectivo salário, e ao trabalhador avulso,
pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de- II – R$ 14,09 (quatorze reais e nove centa-
-obra, mediante convênio; vos), para o segurado com remuneração
mensal superior a R$ 390,00 (trezentos
II – ao empregado e trabalhador avulso e noventa reais) e igual ou inferior a R$
aposentados por invalidez ou em gozo de 586,19 (quinhentos e oitenta e seis reais e
auxílio-doença, pelo Instituto Nacional do dezenove centavos). (Incluído pelo Decreto
Seguro Social, juntamente com o benefício; nº 5.545, de 2005)
III – ao trabalhador rural aposentado por Art. 84. O pagamento do salário-família será
idade aos sessenta anos, se do sexo mascu- devido a partir da data da apresentação da cer-
lino, ou cinquenta e cinco anos, se do sexo tidão de nascimento do filho ou da documen-
feminino, pelo Instituto Nacional do Seguro tação relativa ao equiparado, estando condi-
Social, juntamente com a aposentadoria; e cionado à apresentação anual de atestado de
IV – aos demais empregados e trabalha- vacinação obrigatória, até seis anos de idade, e
dores avulsos aposentados aos sessenta e de comprovação semestral de frequência à es-
cinco anos de idade, se do sexo masculino, cola do filho ou equiparado, a partir dos sete
ou sessenta anos, se do sexo feminino, pelo anos de idade. (Redação dada pelo Decreto nº
Instituto Nacional do Seguro Social, junta- 3.265, de 1999)
mente com a aposentadoria. § 1º A empresa deverá conservar, durante
§ 1º No caso do inciso I, quando o salário do dez anos, os comprovantes dos pagamentos
empregado não for mensal, o salário-família e as cópias das certidões correspondentes,
será pago juntamente com o último paga- para exame pela fiscalização do Instituto
mento relativo ao mês. Nacional do Seguro Social, conforme o dis-
posto no § 7º do art. 225. (Incluído pelo De-
§ 2º O salário-família do trabalhador avulso creto nº 3.265, de 1999)
independe do número de dias trabalhados

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§ 2º Se o segurado não apresentar o ates- II – quando o filho ou equiparado completar


tado de vacinação obrigatória e a compro- quatorze anos de idade, salvo se inválido, a
vação de frequência escolar do filho ou contar do mês seguinte ao da data do ani-
equiparado, nas datas definidas pelo Insti- versário;
tuto Nacional do Seguro Social, o benefício
do salário-família será suspenso, até que a III – pela recuperação da capacidade do fi-
documentação seja apresentada.(Incluído lho ou equiparado inválido, a contar do mês
pelo Decreto nº 3.265, de 1999) seguinte ao da cessação da incapacidade;
ou
§ 3º Não é devido salário-família no período
entre a suspensão do benefício motivada IV – pelo desemprego do segurado.
pela falta de comprovação da frequência es- Art. 89. Para efeito de concessão e manutenção
colar e o seu reativamento, salvo se prova- do salário-família, o segurado deve firmar termo
da a frequência escolar regular no período. de responsabilidade, no qual se comprometa a
(Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999) comunicar à empresa ou ao Instituto Nacional
§ 4º A comprovação de frequência escolar do Seguro Social qualquer fato ou circunstância
será feita mediante apresentação de docu- que determine a perda do direito ao benefício,
mento emitido pela escola, na forma de le- ficando sujeito, em caso do não cumprimento,
gislação própria, em nome do aluno, onde às sanções penais e trabalhistas.
consta o registro de frequência regular ou Art. 90. A falta de comunicação oportuna de
de atestado do estabelecimento de ensino, fato que implique cessação do salário-família,
comprovando a regularidade da matrícula e bem como a prática, pelo empregado, de frau-
frequência escolar do aluno.(Incluído pelo de de qualquer natureza para o seu recebimen-
Decreto nº 3.265, de 1999) to, autoriza a empresa, o Instituto Nacional do
Art. 85. A invalidez do filho ou equiparado maior Seguro Social, o sindicato ou órgão gestor de
de quatorze anos de idade deve ser verificada mão-de-obra, conforme o caso, a descontar dos
em exame médico-pericial a cargo da previdên- pagamentos de cotas devidas com relação a ou-
cia social. tros filhos ou, na falta delas, do próprio salário
do empregado ou da renda mensal do seu be-
Art. 86. O salário-família correspondente ao nefício, o valor das cotas indevidamente recebi-
mês de afastamento do trabalho será pago in- das, sem prejuízo das sanções penais cabíveis,
tegralmente pela empresa, pelo sindicato ou ór- observado o disposto no § 2º do art. 154.
gão gestor de mão-de-obra, conforme o caso, e
o do mês da cessação de benefício pelo Institu- Art. 91. O empregado deve dar quitação à em-
to Nacional do Seguro Social. presa, sindicato ou órgão gestor de mão-de-
-obra de cada recebimento mensal do salário-
Art. 87. Tendo havido divórcio, separação judi- -família, na própria folha de pagamento ou por
cial ou de fato dos pais, ou em caso de abando- outra forma admitida, de modo que a quitação
no legalmente caracterizado ou perda do pá- fique plena e claramente caracterizada.
trio-poder, o salário-família passará a ser pago
diretamente àquele a cujo cargo ficar o sustento Art. 92. As cotas do salário-família não serão in-
do menor, ou a outra pessoa, se houver deter- corporadas, para qualquer efeito, ao salário ou
minação judicial nesse sentido. ao benefício.

Art. 88. O direito ao salário-família cessa auto- Subseção VII


maticamente: DO SALÁRIO-MATERNIDADE
I – por morte do filho ou equiparado, a con- Art. 93. O salário-maternidade é devido à segu-
tar do mês seguinte ao do óbito; rada da previdência social, durante cento e vinte

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dias, com início vinte e oito dias antes e término II – a partir de um ano até quatro anos com-
noventa e um dias depois do parto, podendo ser pletos, por sessenta dias; ou(Incluído pelo
prorrogado na forma prevista no § 3º.(Redação Decreto nº 4.729, de 2003)
dada pelo Decreto nº 4.862, de 2003)
III – a partir de quatro anos até completar
§ 1º Para a segurada empregada, inclusive oito anos, por trinta dias. (Incluído pelo De-
a doméstica, observar-se-á, no que couber, creto nº 4.729, de 2003)
as situações e condições previstas na legis-
lação trabalhista relativas à proteção à ma- § 1º O salário-maternidade é devido à segu-
ternidade. rada independentemente de a mãe biológi-
ca ter recebido o mesmo benefício quando
§ 2º Será devido o salário-maternidade à do nascimento da criança. (Incluído pelo
segurada especial, desde que comprove o Decreto nº 4.729, de 2003)
exercício de atividade rural nos últimos dez
meses imediatamente anteriores à data do § 2º O salário-maternidade não é devido
parto ou do requerimento do benefício, quando o termo de guarda não contiver a
quando requerido antes do parto, mesmo observação de que é para fins de adoção ou
que de forma descontínua, aplicando-se, só contiver o nome do cônjuge ou compa-
quando for o caso, o disposto no parágrafo nheiro. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de
único do art. 29. (Redação dada pelo Decre- 2003)
to nº 5.545, de 2005) § 3º Para a concessão do salário-maternida-
§ 3º Em casos excepcionais, os períodos de de é indispensável que conste da nova certi-
repouso anterior e posterior ao parto po- dão de nascimento da criança, ou do termo
dem ser aumentados de mais duas sema- de guarda, o nome da segurada adotante
nas, mediante atestado médico específico. ou guardiã, bem como, deste último, tratar-
(Redação dada pelo Decreto nº 3.668, de -se de guarda para fins de adoção. (Incluído
2000) pelo Decreto nº 4.729, de 2003)

§ 4º Em caso de parto antecipado ou não, a § 4º Quando houver adoção ou guarda judi-


segurada tem direito aos cento e vinte dias cial para adoção de mais de uma criança, é
previstos neste artigo. devido um único salário-maternidade rela-
tivo à criança de menor idade, observado o
§ 5º Em caso de aborto não criminoso, com- disposto no art. 98. (Incluído pelo Decreto
provado mediante atestado médico, a se- nº 4.729, de 2003)
gurada terá direito ao salário-maternidade
correspondente a duas semanas. (Redação § 5º A renda mensal do salário-maternida-
dada pelo Decreto nº 3.668, de 2000) de é calculada na forma do disposto nos
arts. 94, 100 ou 101, de acordo com a forma
§ 6º (Revogado pelo Decreto nº 4.032, de de contribuição da segurada à Previdência
2001) Social. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de
2003)
Art. 93-A. O salário-maternidade é devido à
segurada da Previdência Social que adotar ou § 6º O salário-maternidade de que trata
obtiver guarda judicial para fins de adoção de este artigo é pago diretamente pela pre-
criança com idade: (Incluído pelo Decreto nº vidência social. (Incluído pelo Decreto nº
4.729, de 2003) 4.862, de 2003)
I – até um ano completo, por cento e vin- Art. 94. O salário-maternidade para a segurada
te dias; (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de empregada consiste numa renda mensal igual à
2003) sua remuneração integral e será pago pela em-

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presa, efetivando-se a compensação, observado Art. 97. O salário-maternidade da segurada em-


o disposto no art. 248 da Constituição, quando pregada será devido pela previdência social en-
do recolhimento das contribuições incidentes quanto existir relação de emprego, observadas
sobre a folha de salários e demais rendimentos as regras quanto ao pagamento desse benefício
pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa pela empresa. (Redação dada pelo Decreto nº
física que lhe preste serviço, devendo aplicar-se 6.122, de 2007)
à renda mensal do benefício o disposto no art.
198. (Redação dada pelo Decreto nº 4.862, de Parágrafo único. Durante o período de
2003) graça a que se refere o art. 13, a segurada
desempregada fará jus ao recebimento do
§§ 1º e 2º (Revogados pelo Decreto nº salário-maternidade nos casos de demissão
3.265, de 1999) antes da gravidez, ou, durante a gestação,
nas hipóteses de dispensa por justa causa
§ 3º A empregada deve dar quitação à ou a pedido, situações em que o benefício
empresa dos recolhimentos mensais do será pago diretamente pela previdência
salário-maternidade na própria folha de social. (Incluído pelo Decreto nº 6.122, de
pagamento ou por outra forma admitida, 2007)
de modo que a quitação fique plena e clara-
mente caracterizada.(Incluído pelo Decreto Art. 98. No caso de empregos concomitantes, a
nº 4.862, de 2003) segurada fará jus ao salário-maternidade relati-
vo a cada emprego.
§ 4º A empresa deve conservar, durante dez
anos, os comprovantes dos pagamentos e Art. 99. Nos meses de início e término do salá-
os atestados ou certidões correspondentes rio-maternidade da segurada empregada, o sa-
para exame pela fiscalização do INSS, con- lário-maternidade será proporcional aos dias de
forme o disposto no § 7º do art. 225. (Incluí- afastamento do trabalho.
do pelo Decreto nº 4.862, de 2003)
Art. 100. O salário-maternidade da segurada
Art. 95. Compete à interessada instruir o reque- trabalhadora avulsa, pago diretamente pela
rimento do salário-maternidade com os atesta- previdência social, consiste numa renda mensal
dos médicos necessários. (Redação dada pelo igual à sua remuneração integral equivalente a
Decreto nº 3.668, de 2000) um mês de trabalho, devendo aplicar-se à ren-
da mensal do benefício o disposto no art. 198.
Parágrafo único. Quando o benefício for (Redação dada pelo Decreto nº 4.862, de 2003)
requerido após o parto, o documento com-
probatório é a Certidão de Nascimento, po- Art. 101. O salário-maternidade, observado o
dendo, no caso de dúvida, a segurada ser disposto nos arts. 35, 198, 199 ou 199-A, pago
submetida à avaliação pericial junto ao Ins- diretamente pela previdência social, consistirá:
tituto Nacional do Seguro Social. (Redação (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
dada pelo Decreto nº 3.668, de 2000)
I – em valor correspondente ao do seu últi-
Art. 96. O início do afastamento do trabalho da mo salário-de-contribuição, para a segurada
segurada empregada será determinado com empregada doméstica; (Incluído pelo De-
base em atestado médico ou certidão de nasci- creto nº 3.265, de 1999)
mento do filho. (Redação dada pelo Decreto nº
4.862, de 2003) II – em um salário mínimo, para a segurada
especial; (Incluído pelo Decreto nº 3.265,
§§ 1º e 2º (Revogado pelo Decreto nº 4.729, de 1999)
de 2003)
III – em um doze avos da soma dos doze úl-
timos salários-de-contribuição, apurados

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em período não superior a quinze meses, I – redução da capacidade para o trabalho
para as seguradas contribuinte individual, que habitualmente exerciam; (Redação
facultativa e para as que mantenham a qua- dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
lidade de segurada na forma do art. 13. (Re-
dação dada pelo Decreto nº 6.122, de 2007) II – redução da capacidade para o trabalho
que habitualmente exerciam e exija maior
§§ 1º e 2º (Revogados pelo Decreto nº esforço para o desempenho da mesma ati-
3.265, de 1999) vidade que exerciam à época do acidente;
ou
§ 3º O documento comprobatório para re-
querimento do salário-maternidade da se- III – impossibilidade de desempenho da ati-
gurada que mantenha esta qualidade é a vidade que exerciam à época do acidente,
certidão de nascimento do filho, exceto nos porém permita o desempenho de outra,
casos de aborto espontâneo, quando deve- após processo de reabilitação profissional,
rá ser apresentado atestado médico, e no nos casos indicados pela perícia médica do
de adoção ou guarda para fins de adoção, Instituto Nacional do Seguro Social.
casos em que serão observadas as regras do
art. 93-A, devendo o evento gerador do be- § 1º O auxílio-acidente mensal correspon-
nefício ocorrer, em qualquer hipótese, den- derá a cinquenta por cento do salário-de-
tro do período previsto no art. 13. (Incluído -benefício que deu origem ao auxílio-doen-
pelo Decreto nº 6.122, de 2007) ça do segurado, corrigido até o mês anterior
ao do início do auxílio-acidente e será devi-
Art. 102. O salário-maternidade não pode ser do até a véspera de início de qualquer apo-
acumulado com benefício por incapacidade. sentadoria ou até a data do óbito do segu-
rado.
Parágrafo único. Quando ocorrer incapaci-
dade em concomitância com o período de § 2º O auxílio-acidente será devido a contar
pagamento do salário-maternidade, o be- do dia seguinte ao da cessação do auxílio-
nefício por incapacidade, conforme o caso, -doença, independentemente de qualquer
deverá ser suspenso enquanto perdurar o remuneração ou rendimento auferido pelo
referido pagamento, ou terá sua data de iní- acidentado, vedada sua acumulação com
cio adiada para o primeiro dia seguinte ao qualquer aposentadoria.
término do período de cento e vinte dias.
§ 3º O recebimento de salário ou concessão
Art. 103. A segurada aposentada que retornar à de outro benefício, exceto de aposentado-
atividade fará jus ao pagamento do salário-ma- ria, não prejudicará a continuidade do rece-
ternidade, de acordo com o disposto no art. 93. bimento do auxílio-acidente.

Subseção VIII § 4º Não dará ensejo ao benefício a que se


refere este artigo o caso:
DO AUXÍLIO-ACIDENTE
I – que apresente danos funcionais ou redu-
Art. 104. O auxílio-acidente será concedido, ção da capacidade funcional sem repercus-
como indenização, ao segurado empregado, são na capacidade laborativa; e
exceto o doméstico, ao trabalhador avulso e ao
segurado especial quando, após a consolidação II – de mudança de função, mediante rea-
das lesões decorrentes de acidente de qualquer daptação profissional promovida pela em-
natureza, resultar sequela definitiva, conforme presa, como medida preventiva, em decor-
as situações discriminadas no anexo III, que im- rência de inadequação do local de trabalho.
plique: (Redação dada pelo Decreto nº 4.729,
de 2003) § 5º A perda da audição, em qualquer grau,
somente proporcionará a concessão do au-

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xílio-acidente quando, além do reconheci- § 1º No caso do disposto no inciso II, a data


mento do nexo entre o trabalho e o agravo, de início do benefício será a data do óbito,
resultar, comprovadamente, na redução ou aplicados os devidos reajustamentos até
perda da capacidade para o trabalho que o a data de início do pagamento, não sendo
segurado habitualmente exercia. (Redação devida qualquer importância relativa ao pe-
dada pelo Decreto nº 6.939, de 2009) ríodo anterior à data de entrada do reque-
rimento. (Redação dada pelo Decreto nº
§ 6º No caso de reabertura de auxílio-doen- 5.545, de 2005)
ça por acidente de qualquer natureza que
tenha dado origem a auxílio-acidente, este § 2º (Revogado pelo Decreto nº 5.545, de
será suspenso até a cessação do auxílio-do- 2005)
ença reaberto, quando será reativado.
Art. 106. A pensão por morte consiste numa
§ 7º Cabe a concessão de auxílio-acidente renda mensal calculada na forma do § 3º do art.
oriundo de acidente de qualquer natureza 39.
ocorrido durante o período de manuten-
ção da qualidade de segurado, desde que Parágrafo único. O valor da pensão por
atendidas às condições inerentes à espécie. morte devida aos dependentes do segura-
(Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de do recluso que, nessa condição, exercia ati-
2008). vidade remunerada será obtido mediante
a realização de cálculo com base no novo
§ 8º Para fins do disposto no caput conside- tempo de contribuição e salários-de-contri-
rar-se-á a atividade exercida na data do aci- buição correspondentes, neles incluídas as
dente.(Incluído pelo Decreto nº 4.729, de contribuições recolhidas enquanto recluso,
2003) facultada a opção pela pensão com valor
correspondente ao do auxílio-reclusão, na
Subseção IX forma do disposto no § 3º do art. 39. (Incluí-
DA PENSÃO POR MORTE do pelo Decreto nº 4.729, de 2003)

Art. 105. A pensão por morte será devida ao Art. 107. A concessão da pensão por morte não
conjunto dos dependentes do segurado que fa- será protelada pela falta de habilitação de ou-
lecer, aposentado ou não, a contar da data: tro possível dependente, e qualquer habilitação
posterior que importe em exclusão ou inclusão
I – do óbito, quando requerido até trinta de dependente somente produzirá efeito a con-
dias depois deste; (Redação dada pelo De- tar da data da habilitação.
creto nº 5.545, de 2005)
Art. 108. A pensão por morte somente será
II – do requerimento, quando requerida devida ao filho e ao irmão cuja invalidez tenha
após o prazo previsto no inciso I; ou ocorrido antes da emancipação ou de comple-
tar a idade de vinte e um anos, desde que reco-
III – da decisão judicial, no caso de morte
nhecida ou comprovada, pela perícia médica do
presumida.
INSS, a continuidade da invalidez até a data do
Parágrafo único. No caso do disposto no in- óbito do segurado. (Redação dada pelo Decreto
ciso II, a data de início do benefício será a nº 6.939, de 2009)
data do óbito, aplicados os devidos reajus-
Parágrafo único. (Revogado pelo Decreto nº
tamentos até a data de início do pagamen-
6.722, de 2008).
to, não sendo devida qualquer importância
relativa a período anterior à data de entra- Art. 109. O pensionista inválido está obrigado,
da do requerimento. independentemente de sua idade e sob pena de
suspensão do benefício, a submeter-se a exame

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médico a cargo da previdência social, processo em curso de ensino superior; ou (Redação
de reabilitação profissional por ela prescrito e dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
custeado e tratamento dispensado gratuita- III – para o pensionista inválido, pela cessa-
mente, exceto o cirúrgico e a transfusão de san- ção da invalidez, verificada em exame médi-
gue, que são facultativos. co-pericial a cargo da previdência social.
Art. 110. O cônjuge ausente somente fará jus IV – pela adoção, para o filho adotado que
ao benefício a partir da data de sua habilitação receba pensão por morte dos pais bioló-
e mediante prova de dependência econômica, gicos. (Incluído pelo Decreto nº 5.545, de
não excluindo do direito a companheira ou o 2005)
companheiro.
§ 1º Com a extinção da cota do último pen-
Art. 111. O cônjuge divorciado ou separado ju- sionista, a pensão por morte será encer-
dicialmente ou de fato, que recebia pensão de rada. (Incluído pelo Decreto nº 5.545, de
alimentos, receberá a pensão em igualdade de 2005)
condições com os demais dependentes referi- § 2º Não se aplica o disposto no inciso IV do
dos no inciso I do art. 16. caput quando o cônjuge ou companheiro
Art. 112. A pensão poderá ser concedida, em adota o filho do outro. (Incluído pelo Decre-
caráter provisório, por morte presumida: to nº 5.545, de 2005)
I – mediante sentença declaratória de au- Art. 115. O dependente menor de idade que se
sência, expedida por autoridade judiciária, invalidar antes de completar vinte e um anos
a contar da data de sua emissão; ou deverá ser submetido a exame médico-pericial,
II – em caso de desaparecimento do segu- não se extinguindo a respectiva cota se confir-
rado por motivo de catástrofe, acidente ou mada a invalidez.
desastre, a contar da data da ocorrência, Subseção X
mediante prova hábil.
DO AUXÍLIO-RECLUSÃO
Parágrafo único. Verificado o reapareci-
mento do segurado, o pagamento da pen- Art. 116. O auxílio-reclusão será devido, nas
são cessa imediatamente, ficando os de- mesmas condições da pensão por morte, aos
pendentes desobrigados da reposição dos dependentes do segurado recolhido à prisão
valores recebidos, salvo má-fé. que não receber remuneração da empresa nem
estiver em gozo de auxílio-doença, aposentado-
Art. 113. A pensão por morte, havendo mais de ria ou abono de permanência em serviço, desde
um pensionista, será rateada entre todos, em que o seu último salário-de-contribuição seja in-
partes iguais. ferior ou igual a R$ 360,00 (trezentos e sessenta
Parágrafo único. Reverterá em favor dos reais).
demais dependentes a parte daquele cujo § 1º É devido auxílio-reclusão aos depen-
direito à pensão cessar. dentes do segurado quando não houver sa-
Art. 114. O pagamento da cota individual da lário-de-contribuição na data do seu efetivo
pensão por morte cessa: recolhimento à prisão, desde que mantida a
qualidade de segurado.
I – pela morte do pensionista;
§ 2º O pedido de auxílio-reclusão deve ser
II – para o pensionista menor de idade, ao instruído com certidão do efetivo recolhi-
completar vinte e um anos, salvo se for in- mento do segurado à prisão, firmada pela
válido, ou pela emancipação, ainda que in- autoridade competente.
válido, exceto, neste caso, se a emancipação
for decorrente de colação de grau científico

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§ 3º Aplicam-se ao auxílio-reclusão as nor- será automaticamente convertido em pensão


mas referentes à pensão por morte, sendo por morte.
necessária, no caso de qualificação de de-
pendentes após a reclusão ou detenção do Parágrafo único. Não havendo concessão
segurado, a preexistência da dependência de auxílio-reclusão, em razão de salário-de-
econômica. -contribuição superior a R$ 360,00 (trezen-
tos e sessenta reais), será devida pensão
§ 4º A data de início do benefício será fixada por morte aos dependentes se o óbito do
na data do efetivo recolhimento do segura- segurado tiver ocorrido dentro do prazo
do à prisão, se requerido até trinta dias de- previsto no inciso IV do art. 13.
pois desta, ou na data do requerimento, se
posterior, observado, no que couber, o dis- Art. 119. É vedada a concessão do auxílio-reclu-
posto no inciso I do art. 105. (Redação dada são após a soltura do segurado.
pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
Subseção XI
§ 5º O auxílio-reclusão é devido, apenas,
Do Abono Anual
durante o período em que o segurado esti-
ver recolhido à prisão sob regime fechado Art. 120. Será devido abono anual ao segurado
ou semi-aberto. (Incluído pelo Decreto nº e ao dependente que, durante o ano, recebeu
4.729, de 2003) auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentado-
§ 6º O exercício de atividade remunerada ria, salário-maternidade, pensão por morte ou
pelo segurado recluso em cumprimento de auxílio-reclusão.(Redação dada pelo Decreto nº
pena em regime fechado ou semi-aberto 4.032, de 2001)
que contribuir na condição de segurado de § 1º O abono anual será calculado, no que
que trata a alínea "o" do inciso V do art. 9º couber, da mesma forma que a gratifica-
ou do inciso IX do § 1º do art. 11 não acar- ção natalina dos trabalhadores, tendo por
reta perda do direito ao recebimento do base o valor da renda mensal do benefício
auxílio-reclusão pelos seus dependentes. do mês de dezembro de cada ano. (Incluído
(Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003) pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
Art. 117. O auxílio-reclusão será mantido en- § 2º O valor do abono anual corresponden-
quanto o segurado permanecer detento ou re- te ao período de duração do salário-mater-
cluso. nidade será pago, em cada exercício, junta-
mente com a última parcela do benefício
§ 1º O beneficiário deverá apresentar tri-
nele devida.(Incluído pelo Decreto nº 4.032,
mestralmente atestado de que o segurado
de 2001)
continua detido ou recluso, firmado pela
autoridade competente.
§ 2º No caso de fuga, o benefício será sus-
penso e, se houver recaptura do segurado, CAPÍTULO III
será restabelecido a contar da data em que DO RECONHECIMENTO DA FILIAÇÃO
esta ocorrer, desde que esteja ainda manti-
da a qualidade de segurado. Seção Única
§ 3º Se houver exercício de atividade dentro
DO RECONHECIMENTO DO TEMPO
do período de fuga, o mesmo será conside- DE FILIAÇÃO
rado para a verificação da perda ou não da Art. 121. Reconhecimento de filiação é o direito
qualidade de segurado. do segurado de ter reconhecido, em qualquer
Art. 118. Falecendo o segurado detido ou re- época, o tempo de exercício de atividade ante-
cluso, o auxílio-reclusão que estiver sendo pago riormene abrangida pela previdência social.

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Subseção I cadação e fiscalização do Instituto Nacional
DA INDENIZAÇÃO do Seguro Social, observado o disposto no §
2º do art. 122, no § 1º do art. 128 e no art.
Art. 122. O reconhecimento de filiação no perí- 244.
odo em que o exercício de atividade remunera-
da não exigia filiação obrigatória à previdência
social somente será feito mediante indenização
das contribuições relativas ao respectivo perío- CAPÍTULO IV
do, conforme o disposto nos §§ 7º a 14 do art. DA CONTAGEM RECÍPROCA DE
216 e § 8º do art. 239. TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
§ 1º O valor a ser indenizado poderá ser ob- Art. 125. Para efeito de contagem recíproca, hi-
jeto de parcelamento mediante solicitação pótese em que os diferentes sistemas de previ-
do segurado, de acordo com o disposto no dência social compensar-se-ão financeiramen-
art. 244, observado o § 1º do art. 128. te, é assegurado:
§ 2º Para fins de concessão de benefício I – o cômputo do tempo de contribuição na
constante das alíneas "a" a "e" e "h" do inci- administração pública, para fins de conces-
so I do art. 25, não se admite o parcelamen- são de benefícios previstos no Regime Geral
to de débito. de Previdência Social, inclusive de aposen-
Art. 123. Para fins de concessão dos benefícios tadoria em decorrência de tratado, conven-
deste Regulamento, o tempo de serviço presta- ção ou acordo internacional; e (Redação
do pelo trabalhador rural anteriormente à com- dada pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
petência novembro de 1991 será reconhecido, II – para fins de emissão de certidão de tem-
desde que devidamente comprovado. po de contribuição, pelo INSS, para utiliza-
Parágrafo único. Para fins de contagem re- ção no serviço público, o cômputo do tempo
cíproca, o tempo de serviço a que se refere de contribuição na atividade privada, rural e
o caput somente será reconhecido median- urbana, observado o disposto no § 4º des-
te a indenização de que trata o § 13 do art. te artigo e no parágrafo único do art. 123, §
216, observado o disposto no § 8º do 239. 13 do art. 216 e § 8º do art. 239. (Redação
dada pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
Subseção II § 1º Para os fins deste artigo, é vedada: (Re-
DA RETROAÇÃO DA DATA DO INÍCIO dação dada pelo Decreto nº 8.145, de 2013)
DAS CONTRIBUIÇÕES
I – conversão do tempo de contribuição
Art. 124. Caso o segurado contribuinte indivi- exercido em atividade sujeita à condições
dual manifeste interesse em recolher contribui- especiais, nos termos dos arts. 66 e 70; (Re-
ções relativas a período anterior à sua inscrição, dação dada pelo Decreto nº 8.145, de 2013)
a retroação da data do início das contribuições
II – conversão do tempo cumprido pelo se-
será autorizada, desde que comprovado o exer-
gurado com deficiência, reconhecida na for-
cício de atividade remunerada no respectivo pe-
ma do art. 70-D, em tempo de contribuição
ríodo, observado o disposto nos §§ 7º a 14 do
comum; e (Redação dada pelo Decreto nº
art. 216 e no § 8º do art. 239. (Redação dada
8.145, de 2013)
pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
III – a contagem de qualquer tempo de ser-
Parágrafo único. O valor do débito poderá
viço fictício. (Redação dada pelo Decreto nº
ser objeto de parcelamento mediante soli-
8.145, de 2013)
citação do segurado junto ao setor de arre-

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§ 2º Admite-se a aplicação da contagem II – é vedada a contagem de tempo de con-


recíproca de tempo de contribuição no âm- tribuição no serviço público com o de con-
bito dos tratados, convenções ou acordos tribuição na atividade privada, quando con-
internacionais de previdência social. (Reda- comitantes;
ção dada pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
III – não será contado por um regime o tem-
§ 3º É permitida a emissão de certidão de po de contribuição utilizado para concessão
tempo de contribuição para períodos de de aposentadoria por outro regime;
contribuição posteriores à data da aposen-
tadoria no Regime Geral de Previdência IV – o tempo de contribuição anterior ou
Social. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de posterior à obrigatoriedade de filiação à
2003) previdência social somente será contado
mediante observância, quanto ao período
§ 4º Para efeito de contagem recíproca, o respectivo, do disposto nos arts. 122 e 124;
período em que o segurado contribuinte in- e
dividual e o facultativo tiverem contribuído
na forma do art. 199-A só será computado V – o tempo de contribuição do segurado
se forem complementadas as contribuições trabalhador rural anterior à competência
na forma do § 1º do citado artigo. (Incluído novembro de 1991 será computado, desde
pelo Decreto nº 6.042, de 2007). que observado o disposto no parágrafo úni-
co do art. 123, no § 13 do art. 216 e no § 8º
§ 5º A certidão referente ao tempo de con- do art. 239.
tribuição com deficiência deverá identificar
os períodos com deficiência e seus graus. Art. 128. A certidão de tempo de contribuição
(Incluído pelo Decreto nº 8.145, de 2013) anterior ou posterior à filiação obrigatória à pre-
vidência social somente será expedida mediante
Art. 126. O segurado terá direito de computar, a observância do disposto nos arts. 122 e 124.
para fins de concessão dos benefícios do Regi-
me Geral de Previdência Social, o tempo de con- § 1º A certidão de tempo de contribuição,
tribuição na administração pública federal di- para fins de averbação do tempo em ou-
reta, autárquica e fundacional". (Redação dada tros regimes de previdência, somente será
pelo Decreto nº 3.112, de 6.7.99) expedida pelo Instituto Nacional do Seguro
Social após a comprovação da quitação de
Parágrafo único. Poderá ser contado o tem- todos os valores devidos, inclusive de even-
po de contribuição na administração pú- tuais parcelamentos de débito.
blica direta, autárquica e fundacional dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municí- § 2º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de
pios, desde que estes assegurem aos seus 1999)
servidores, mediante legislação própria, a § 3º Observado o disposto no § 6º do art.
contagem de tempo de contribuição em ati- 62, a certidão de tempo de contribuição re-
vidade vinculada ao Regime Geral de Previ- ferente a período de atividade rural anterior
dência Social. à competência novembro de 1991 somen-
Art. 127. O tempo de contribuição de que tra- te será emitida mediante comprovação do
ta este Capítulo será contado de acordo com a recolhimento das contribuições correspon-
legislação pertinente, observadas as seguintes dentes ou indenização nos termos dos §§
normas: 13 e 14 do art. 216, observado o disposto
no § 8º do art. 239.
I – não será admitida a contagem em dobro
ou em outras condições especiais; Art. 129. O segurado em gozo de auxílio-aci-
dente, auxílio-suplementar ou abono de perma-

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nência em serviço terá o benefício encerrado na toriamente: (Redação dada pelo Decreto nº
data da emissão da certidão de tempo de con- 3.668, de 2000)
tribuição. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729,
de 2003) I – órgão expedidor;

Art. 130. O tempo de contribuição para regime II – nome do servidor, seu número de ma-
próprio de previdência social ou para Regime trícula, RG, CPF, sexo, data de nascimento,
Geral de Previdência Social deve ser provado filiação, úmero do PIS ou PASEP, e, quando
com certidão fornecida: (Redação dada pelo De- for o caso, cargo efetivo, lotação, data de
creto nº 6.722, de 2008). admissão e data de exoneração ou demis-
são; (Redação dada pelo Decreto nº 6.722,
I – pela unidade gestora do regime próprio de 2008).
de previdência social ou pelo setor compe-
tente da administração federal, estadual, do III – período de contribuição, de data a data,
Distrito Federal e municipal, suas autarquias compreendido na certidão;
e fundações, desde que devidamente ho- IV – fonte de informação;
mologada pela unidade gestora do regime
próprio, relativamente ao tempo de contri- V – discriminação da frequência durante o
buição para o respectivo regime próprio de período abrangido pela certidão, indicadas
previdência social; ou (Redação dada pelo as várias alterações, tais como faltas, licen-
Decreto nº 6.722, de 2008). ças, suspensões e outras ocorrências;

II – pelo setor competente do Instituto Na- VI – soma do tempo líquido;


cional do Seguro Social, relativamente ao
VII – declaração expressa do servidor res-
tempo de contribuição para o Regime Geral
ponsável pela certidão, indicando o tempo
de Previdência Social. (Redação dada pelo
líquido de efetiva contribuição em dias, ou
Decreto nº 3.668, de 2000)
anos, meses e dias;
§ 1º O setor competente do Instituto Na-
VIII – assinatura do responsável pela cer-
cional do Seguro Social deverá promover o
tidão e do dirigente do órgão expedidor e,
levantamento do tempo de filiação ao Regi-
no caso de ser emitida por outro órgão da
me Geral de Previdência Social à vista dos
administração do ente federativo, homolo-
assentamentos internos ou das anotações
gação da unidade gestora do regime próprio
na Carteira do Trabalho ou na Carteira de
de previdência social;(Redação dada pelo
Trabalho e Previdência Social, ou de outros
Decreto nº 6.722, de 2008).
meios de prova admitidos em direito. (Re-
dação dada pelo Decreto nº 3.668, de 2000) IX – indicação da lei que assegure, aos ser-
vidores do Estado, do Distrito Federal ou do
§ 2º O setor competente do órgão federal,
Município, aposentadorias por invalidez,
estadual, do Distrito Federal ou municipal
idade, tempo de contribuição e compul-
deverá promover o levantamento do tem-
sória, e pensão por morte, com aproveita-
po de contribuição para o respectivo regime
mento de tempo de contribuição prestado
próprio de previdência social à vista dos as-
em atividade vinculada ao Regime Geral de
sentamentos funcionais.
Previdência Social.
§ 3º Após as providências de que tratam os
§ 4º A certidão de tempo de contribuição
§§ 1º e 2º, e observado, quando for o caso,
deverá ser expedida em duas vias, das quais
o disposto no § 9º, os setores competentes
a primeira será fornecida ao interessado,
deverão emitir certidão de tempo de con-
mediante recibo passado na segunda via,
tribuição, sem rasuras, constando, obriga-

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implicando sua concordância quanto ao pela Constituição. (Redação dada pelo De-
tempo certificado. creto nº 6.722, de 2008).
§ 5º (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de § 13. Em hipótese alguma será expedida
2008). certidão de tempo de contribuição para
período que já tiver sido utilizado para a
§ 6º (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de concessão de aposentadoria, em qualquer
2008). regime de previdência social. (Incluído pelo
§ 7º Quando solicitado pelo segurado que Decreto nº 3.668, de 2000)
exerce cargos constitucionalmente acumu- § 14. A certidão de que trata o § 3º deverá
láveis, é permitida a emissão de certidão vir acompanhada de relação dos valores das
única com destinação do tempo de contri- remunerações, por competência, que serão
buição para, no máximo, dois órgãos distin- utilizados para fins de cálculo dos proventos
tos. da aposentadoria. (Incluído pelo Decreto nº
§ 8º Na situação do parágrafo anterior, a 6.722, de 2008).
certidão de tempo de contribuição deverá § 15. O tempo de serviço considerado para
ser expedida em três vias, das quais a pri- efeito de aposentadoria e cumprido até 15
meira e a segunda serão fornecidas ao inte- de dezembro de 1998 será contado como
ressado, mediante recibo passado na tercei- tempo de contribuição. (Incluído pelo De-
ra via, implicando sua concordância quanto creto nº 6.722, de 2008).
ao tempo certificado.
§ 16. Caberá revisão da certidão de tempo
§ 9º A certidão só poderá ser fornecida para de contribuição, inclusive de ofício, quando
os períodos de efetiva contribuição para o constatado erro material, vedada à destina-
Regime Geral de Previdência Social, deven- ção da certidão a órgão diverso daquele a
do ser excluídos aqueles para os quais não que se destinava originariamente. (Incluído
tenha havido contribuição, salvo se recolhi- pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
da na forma dos §§ 7º a 14 do art. 216. (In-
cluído pelo Decreto nº 3.668, de 2000) Art. 131. Concedido o benefício, caberá:
§ 10. Poderá ser emitida, por solicitação do I – ao Instituto Nacional do Seguro Social
segurado, certidão de tempo de contribui- comunicar o fato ao órgão público emitente
ção para período fracionado. (Incluído pelo da certidão, para as anotações nos registros
Decreto nº 3.668, de 2000) funcionais e/ou na segunda via da certidão
de tempo de contribuição; e
§ 11. Na hipótese do parágrafo anterior, a
certidão conterá informação de todo o tem- II – ao órgão público comunicar o fato ao
po de contribuição ao Regime Geral de Pre- Instituto Nacional do Seguro Social, para
vidência Social e a indicação dos períodos a efetuar os registros cabíveis.
serem aproveitados no regime próprio de
previdência social.(Incluído pelo Decreto nº Art. 132. O tempo de contribuição na adminis-
3.668, de 2000) tração pública federal, estadual, do Distrito Fe-
deral ou municipal de que trata este Capítulo
§ 12. É vedada a contagem de tempo de será considerado para efeito do percentual de
contribuição de atividade privada com a do acréscimo previsto no inciso III do art. 39.
serviço público ou de mais de uma ativida-
de no serviço público, quando concomitan- Art. 133. O tempo de contribuição certificado
tes, ressalvados os casos de acumulação na forma deste Capítulo produz, no Instituto
de cargos ou empregos públicos admitidos Nacional do Seguro Social e nos órgãos ou au-
tarquias federais, estaduais, do Distrito Federal

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ou municipais, todos os efeitos previstos na res- II – orientação e acompanhamento da pro-
pectiva legislação pertinente. gramação profissional;
Art. 134. As aposentadorias e demais benefícios III – articulação com a comunidade, inclusi-
resultantes da contagem de tempo de contribui- ve mediante a celebração de convênio para
ção na forma deste Capítulo serão concedidos e reabilitação física restrita a segurados que
pagos pelo regime a que o interessado perten- cumpriram os pressupostos de elegibilida-
cer ao requerê-los e o seu valor será calculado de ao programa de reabilitação profissional,
na forma da legislação pertinente. com vistas ao reingresso no mercado de
trabalho; e (Redação dada pelo Decreto nº
Art. 135. (Revogado pelo Decreto nº 5.545, de 4.729, de 2003)
2005)
IV – acompanhamento e pesquisa da fixa-
ção no mercado de trabalho.

CAPÍTULO V § 1º A execução das funções de que trata o


caput dar-se-á, preferencialmente, median-
DA HABILITAÇÃO E DA
te o trabalho de equipe multiprofissional
REABILITAÇÃO PROFISSIONAL especializada em medicina, serviço social,
psicologia, sociologia, fisioterapia, terapia
Art. 136. A assistência (re)educativa e de (re)
ocupacional e outras afins ao processo,
adaptação profissional, instituída sob a deno-
sempre que possível na localidade do do-
minação genérica de habilitação e reabilitação
micílio do beneficiário, ressalvadas as situa-
profissional, visa proporcionar aos beneficiá-
ções excepcionais em que este terá direito à
rios, incapacitados parcial ou totalmente para o
reabilitação profissional fora dela.
trabalho, em caráter obrigatório, independente-
mente de carência, e às pessoas portadoras de § 2º Quando indispensáveis ao desenvolvi-
deficiência, os meios indicados para proporcio- mento do processo de reabilitação profis-
nar o reingresso no mercado de trabalho e no sional, o Instituto Nacional do Seguro Social
contexto em que vivem. fornecerá aos segurados, inclusive aposen-
tados, em caráter obrigatório, prótese e ór-
§ 1º Cabe ao Instituto Nacional do Seguro
tese, seu reparo ou substituição, instrumen-
Social promover a prestação de que trata
tos de auxílio para locomoção, bem como
este artigo aos segurados, inclusive aposen-
equipamentos necessários à habilitação e à
tados, e, de acordo com as possibilidades
reabilitação profissional, transporte urbano
administrativas, técnicas, financeiras e as
e alimentação e, na medida das possibilida-
condições locais do órgão, aos seus depen-
des do Instituto, aos seus dependentes.
dentes, preferencialmente mediante a con-
tratação de serviços especializados. § 3º No caso das pessoas portadoras de de-
ficiência, a concessão dos recursos mate-
§ 2º As pessoas portadoras de deficiência
riais referidos no parágrafo anterior ficará
serão atendidas mediante celebração de
condicionada à celebração de convênio de
convênio de cooperação técnico-financeira.
cooperação técnico-financeira.
Art. 137. O processo de habilitação e de reabili-
§ 4º O Instituto Nacional do Seguro Social
tação profissional do beneficiário será desenvol-
não reembolsará as despesas realizadas
vido por meio das funções básicas de:
com a aquisição de órtese ou prótese e ou-
I – avaliação do potencial laborativo; (Reda- tros recursos materiais não prescritos ou
ção dada pelo Decreto nº 3.668, de 2000) não autorizados por suas unidades de reabi-
litação profissional.

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Art. 138. Cabe à unidade de reabilitação profis- Art. 141. A empresa com cem ou mais emprega-
sional comunicar à perícia médica a ocorrência dos está obrigada a preencher de dois por cento
de que trata o § 2º do art. 337. a cinco por cento de seus cargos com beneficiá-
rios reabilitados ou pessoas portadoras de defi-
Art. 139. A programação profissional será de- ciência, habilitadas, na seguinte proporção:
senvolvida mediante cursos e/ou treinamentos,
na comunidade, por meio de contratos, acordos I – até duzentos empregados, dois por cen-
e convênios com instituições e empresas públi- to;
cas ou privadas, na forma do art. 317.
II – de duzentos e um a quinhentos empre-
§ 1º O treinamento do reabilitando, quando gados, três por cento;
realizado em empresa, não estabelece qual-
quer vínculo empregatício ou funcional en- III – de quinhentos e um a mil empregados,
tre o reabilitando e a empresa, bem como quatro por cento; ou
entre estes e o Instituto Nacional do Seguro IV – mais de mil empregados, cinco por cen-
Social. to.
§ 2º Compete ao reabilitando, além de aca- § 1º A dispensa de empregado na condição
tar e cumprir as normas estabelecidas nos estabelecida neste artigo, quando se tratar
contratos, acordos ou convênios, pautar-se de contrato por tempo superior a noventa
no regulamento daquelas organizações. dias e a imotivada, no contrato por prazo in-
Art. 140. Concluído o processo de reabilitação determinado, somente poderá ocorrer após
profissional, o Instituto Nacional do Seguro So- a contratação de substituto em condições
cial emitirá certificado individual indicando a semelhantes.
função para a qual o reabilitando foi capacitado § 2º (Revogado pelo Decreto nº 3.298, de
profissionalmente, sem prejuízo do exercício de 1999)
outra para a qual se julgue capacitado.
§ 1º Não constitui obrigação da previdên-
cia social a manutenção do segurado no
CAPÍTULO VI
mesmo emprego ou a sua colocação em
outro para o qual foi reabilitado, cessando DA JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA
o processo de reabilitação profissional com
Art. 142. A justificação administrativa constitui
a emissão do certificado a que se refere o
recurso utilizado para suprir a falta ou insufici-
caput.
ência de documento ou produzir prova de fato
§ 2º Cabe à previdência social a articulação ou circunstância de interesse dos beneficiários,
com a comunidade, com vistas ao levanta- perante a previdência social.
mento da oferta do mercado de trabalho,
§ 1º Não será admitida a justificação admi-
ao direcionamento da programação profis-
nistrativa quando o fato a comprovar exigir
sional e à possibilidade de reingresso do re-
registro público de casamento, de idade ou
abilitando no mercado formal.
de óbito, ou de qualquer ato jurídico para o
§ 3º O acompanhamento e a pesquisa de qual a lei prescreva forma especial.
que trata o inciso IV do art. 137 é obrigató-
§ 2º O processo de justificação administrati-
rio e tem como finalidade a comprovação
va é parte de processo antecedente, vedada
da efetividade do processo de reabilitação
sua tramitação na condição de processo au-
profissional.
tônomo.

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Art. 143. A justificação administrativa ou judi- possam levar à convicção da veracidade do que
cial, no caso de prova exigida pelo art. 62, de- se pretende comprovar.
pendência econômica, identidade e de relação
de parentesco, somente produzirá efeito quan- Parágrafo único. As testemunhas, no dia e
do baseada em início de prova material, não hora marcados, serão inquiridas a respeito
sendo admitida prova exclusivamente testemu- dos pontos que forem objeto da justifica-
nhal. ção, indo o processo concluso, a seguir, à
autoridade que houver designado o proces-
§ 1º No caso de prova exigida pelo art. 62 é sante, a quem competirá homologar ou não
dispensado o início de prova material quan- a justificação realizada.
do houver ocorrência de motivo de força
maior ou caso fortuito. Art. 146. Não podem ser testemunhas:

§ 2º Caracteriza motivo de força maior ou I – os loucos de todo o gênero;


caso fortuito a verificação de ocorrência II – os cegos e surdos, quando a ciência do
notória, tais como incêndio, inundação ou fato, que se quer provar, dependa dos senti-
desmoronamento, que tenha atingido a em- dos, que lhes faltam;
presa na qual o segurado alegue ter traba-
lhado, devendo ser comprovada mediante III – os menores de dezesseis anos; e
registro da ocorrência policial feito em épo-
IV – o ascendente, descendente ou colate-
ca própria ou apresentação de documentos
ral, até o terceiro grau, por consanguinida-
contemporâneos dos fatos, e verificada a
de ou afinidade.
correlação entre a atividade da empresa e a
profissão do segurado. Art. 147. Não caberá recurso da decisão da au-
toridade competente do Instituto Nacional do
§ 3º Se a empresa não estiver mais em ati-
Seguro Social que considerar eficaz ou ineficaz a
vidade, deverá o interessado juntar prova
justificação administrativa.
oficial de sua existência no período que pre-
tende comprovar. Art. 148. A justificação administrativa será ava-
liada globalmente quanto à forma e ao mérito,
§ 4º No caso dos segurados empregado do-
valendo perante o Instituto Nacional do Seguro
méstico e contribuinte individual, após a
Social para os fins especificamente visados, caso
homologação do processo, este deverá ser
considerada eficaz.
encaminhado ao setor competente de ar-
recadação para levantamento e cobrança Art. 149. A justificação administrativa será pro-
do crédito. (Redação dada pelo Decreto nº cessada sem ônus para o interessado e nos ter-
3.265, de 1999) mos das instruções do Instituto Nacional do Se-
guro Social.
Art. 144. A homologação da justificação judicial
processada com base em prova exclusivamente Art. 150. Aos autores de declarações falsas,
testemunhal dispensa a justificação administra- prestadas em justificações processadas perante
tiva, se complementada com início razoável de a previdência social, serão aplicadas as penas
prova material. previstas no art. 299 do Código Penal.
Art. 145. Para o processamento de justificação Art. 151. Somente será admitido o processa-
administrativa, o interessado deverá apresentar mento de justificação administrativa na hipóte-
requerimento expondo, clara e minuciosamen- se de ficar evidenciada a inexistência de outro
te, os pontos que pretende justificar, indicando meio capaz de configurar a verdade do fato ale-
testemunhas idôneas, em número não inferior gado, e o início de prova material apresentado
a três nem superior a seis, cujos depoimentos levar à convicção do que se pretende compro-
var.

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CAPÍTULO VII ência administrativa do setor de benefícios


DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS do Instituto Nacional do Seguro Social.
RELATIVAS ÀS PRESTAÇÕES DO § 2º A restituição de importância recebida
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA indevidamente por beneficiário da previ-
SOCIAL dência social, nos casos comprovados de
dolo, fraude ou má-fé, deverá ser atualizada
Art. 152. Nenhum benefício ou serviço da pre- nos moldes do art. 175, e feita de uma só
vidência social poderá ser criado, majorado ou vez ou mediante acordo de parcelamento
estendido, sem a correspondente fonte de cus- na forma do art. 244, independentemen-
teio total. te de outras penalidades legais. (Redação
dada pelo Decreto nº 5.699, de 2006)
Art. 153. O benefício concedido a segurado ou
dependente não pode ser objeto de penhora, § 3º Caso o débito seja originário de erro da
arresto ou sequestro, sendo nula de pleno direi- previdência social, o segurado, usufruindo
to a sua venda ou cessão, ou a constituição de de benefício regularmente concedido, po-
qualquer ônus sobre ele, bem como a outorga derá devolver o valor de forma parcelada,
de poderes irrevogáveis ou em causa própria atualizado nos moldes do art. 175, deven-
para seu recebimento, ressalvado o disposto no do cada parcela corresponder, no máximo,
art. 154. a trinta por cento do valor do benefício em
manutenção, e ser descontado em número
Art. 154. O Instituto Nacional do Seguro Social de meses necessários à liquidação do débi-
pode descontar da renda mensal do benefício: to.
I – contribuições devidas pelo segurado à § 4º Se o débito for originário de erro da
previdência social; previdência social e o segurado não usufruir
de benefício, o valor deverá ser devolvido,
II – pagamentos de benefícios além do de-
com a correção de que trata o parágrafo an-
vido, observado o disposto nos §§ 2º ao 5º;
terior, da seguinte forma:
III – imposto de renda na fonte;
I – no caso de empregado, com a observân-
IV – alimentos decorrentes de sentença ju- cia do disposto no art. 365; e
dicial; e
II – no caso dos demais beneficiários, será
V – mensalidades de associações e demais observado:
entidades de aposentados legalmente reco-
a) se superior a cinco vezes o valor do be-
nhecidas, desde que autorizadas por seus
nefício suspenso ou cessado, no prazo de
filiados, observado o disposto no § 1º.
sessenta dias, contados da notificação para
VI – pagamento de empréstimos, finan- fazê-lo, sob pena de inscrição em Dívida Ati-
ciamentos e operações de arrendamento va; e
mercantil concedidos por instituições fi-
b) se inferior a cinco vezes o valor do benefí-
nanceiras e sociedades de arrendamento
cio suspenso ou cessado, no prazo de trinta
mercantil, públicas ou privadas, quando ex-
dias, contados da notificação para fazê-lo,
pressamente autorizado pelo beneficiário,
sob pena de inscrição em Dívida Ativa.
até o limite de trinta por cento do valor do
benefício. (Incluído pelo Decreto nº 4.862, § 5º No caso de revisão de benefícios em
de 2003) que resultar valor superior ao que vinha
sendo pago, em razão de erro da previdên-
§ 1º O desconto a que se refere o inciso V
cia social, o valor resultante da diferença ve-
do caput ficará na dependência da conveni-

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rificada entre o pago e o devido será objeto put, correspondente a última competência
de atualização nos mesmos moldes do art. paga, excluída a que contenha o décimo
175. terceiro salário, estabelecido no momento
da contratação;(Incluído pelo Decreto nº
§ 6º O INSS disciplinará, em ato próprio, o 4.862, de 2003)
desconto de valores de benefícios com fun-
damento no inciso VI do caput, observadas VIII – o empréstimo poderá ser concedido
as seguintes condições: (Incluído pelo De- por qualquer instituição consignatária, in-
creto nº 4.862, de 2003) dependentemente de ser ou não responsá-
vel pelo pagamento de benefício; (Redação
I – a habilitação das instituições consignatá- dada pelo Decreto nº 5.180, de 2004)
rias deverá ser definida de maneira objetiva
e transparente; (Incluído pelo Decreto nº IX – os beneficiários somente poderão rea-
4.862, de 2003) lizar as operações previstas no inciso VI do
caput se receberem o benefício no Brasil;
II – o desconto somente poderá incidir so- (Redação dada pelo Decreto nº 5.180, de
bre os benefícios de aposentadoria, qual- 2004)
quer que seja sua espécie, ou de pensão
por morte, recebidos pelos seus respectivos X – a retenção recairá somente sobre as
titulares; (Incluído pelo Decreto nº 4.862, parcelas mensais fixas integrais, vedada a
de 2003) administração de eventual saldo devedor;
(Incluído pelo Decreto nº 4.862, de 2003)
III – a prestação de informações aos titula-
res de benefícios em manutenção e às ins- XI – o titular de benefício poderá autorizar
tituições consignatárias necessária à reali- mais de um desconto em favor da mesma
zação do desconto deve constar de rotinas instituição consignatária, respeitados o limi-
próprias; (Incluído pelo Decreto nº 4.862, te consignável e a prevalência de retenção
de 2003) em favor dos contratos mais antigos; (Incluí-
do pelo Decreto nº 4.862, de 2003)
IV – os prazos para o início dos descontos
autorizados e para o repasse das prestações XII – a eventual modificação no valor do be-
às instituições consignatárias devem ser de- nefício ou das consignações de que tratam
finidos de forma justa e eficiente; (Incluído os incisos I a V do caput que resulte margem
pelo Decreto nº 4.862, de 2003) consignável inferior ao valor da parcela pac-
tuada, poderá ensejar a reprogramação da
V – o valor dos encargos a serem cobrados retenção, alterando-se o valor e o prazo do
pelo INSS deverá corresponder, apenas, ao desconto, desde que solicitado pela institui-
ressarcimento dos custos operacionais, que ção consignatária e sem acréscimo de cus-
serão absorvidos integralmente pelas ins- tos operacionais; e (Incluído pelo Decreto
tituições consignatárias; (Incluído pelo De- nº 4.862, de 2003)
creto nº 4.862, de 2003)
XIII – outras que se fizerem necessárias.(In-
VI – o próprio titular do benefício deverá fir- cluído pelo Decreto nº 4.862, de 2003)
mar autorização expressa para o desconto;
(Incluído pelo Decreto nº 4.862, de 2003) § 7º Na hipótese de coexistência de descon-
tos relacionados nos incisos II e VI do caput,
VII – o valor do desconto não poderá exce- prevalecerá o desconto do inciso II. (Incluí-
der a trinta por cento do valor disponível do pelo Decreto nº 4.862, de 2003)
do benefício, assim entendido o valor do
benefício após a dedução das consigna- § 8º É facultado ao titular do benefício soli-
ções de que tratam os incisos I a V do ca- citar a substituição da instituição financeira

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pagadora do benefício por outra, para pa- valor do pagamento do benefício, na hipó-
gamento de benefício mediante crédito em tese de sua cessação.(Incluído pelo Decreto
conta corrente, exceto se já tiver realizado nº 4.032, de 2001)
operação com a instituição pagadora na
forma do § 9º e enquanto houver saldo de- Art. 155. Será fornecido ao beneficiário de-
vedor em amortização. (Redação dada pelo monstrativo minucioso das importâncias pagas,
Decreto nº 5.699, de 2006) discriminando-se o valor da mensalidade, as di-
ferenças eventualmente pagas, com o período a
§ 9º O titular de benefício de aposentado- que se referem, e os descontos efetuados.
ria, qualquer que seja a sua espécie, ou de
pensão por morte do regime deste Regula- Art. 156. O benefício será pago diretamente ao
mento, poderá autorizar, de forma irrevo- beneficiário, salvo em caso de ausência, molés-
gável e irretratável, que a instituição finan- tia contagiosa ou impossibilidade de locomoção,
ceira na qual receba seu benefício retenha quando será pago a procurador, cujo mandato
valores referentes ao pagamento mensal de não terá prazo superior a doze meses, podendo
empréstimos, financiamentos e operações ser renovado ou revalidado pelos setores de be-
de arrendamento mercantil por ela conce- nefícios do Instituto Nacional do Seguro Social.
didos, para fins de amortização. (Redação Parágrafo único. O procurador do benefici-
dada pelo Decreto nº 5.699, de 2006) ário deverá firmar, perante o Instituto Na-
§ 10. O INSS não responde, em nenhuma cional do Seguro Social, termo de responsa-
hipótese, pelos débitos contratados pelos bilidade mediante o qual se comprometa a
segurados, restringindo-se sua responsabi- comunicar ao Instituto qualquer evento que
lidade: (Incluído pelo Decreto nº 5.699, de possa anular a procuração, principalmente
2006) o óbito do outorgante, sob pena de incorrer
nas sanções criminais cabíveis.
I – à retenção dos valores autorizados pelo
beneficiário e seu repasse à instituição con- Art. 157. O Instituto Nacional do Seguro Social
signatária, em relação às operações contra- apenas poderá negar-se a aceitar procuração
tadas na forma do inciso VI do caput; e (In- quando se manifestar indício de inidoneidade
cluído pelo Decreto nº 5.699, de 2006) do documento ou do mandatário, sem prejuízo,
no entanto, das providências que se fizerem ne-
II – à manutenção dos pagamentos na mes- cessárias.
ma instituição financeira enquanto houver
saldo devedor, desde que seja por ela co- Art. 158. Na constituição de procuradores, ob-
municado, na forma estabelecida pelo INSS, servar-se-á subsidiariamente o disposto no Có-
e enquanto não houver retenção superior digo Civil.
ao limite de trinta por cento do valor do be- Art. 159. Somente será aceita a constituição de
nefício, em relação às operações contrata- procurador com mais de uma procuração, ou
das na forma do § 9º. (Incluído pelo Decreto procurações coletivas, nos casos de represen-
nº 5.699, de 2006) tantes credenciados de leprosários, sanatórios,
Art. 154-A. O INSS poderá arredondar, para a asilos e outros estabelecimentos congêneres,
unidade de real imediatamente superior, os va- nos casos de parentes de primeiro grau, ou, em
lores em centavos dos benefícios de prestação outros casos, a critério do Instituto Nacional do
continuada pagos mensalmente a seus benefici- Seguro Social.
ários. (Incluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001) Art. 160. Não poderão ser procuradores:
Parágrafo único. Os valores recebidos a
maior pelo beneficiário serão descontados
no pagamento do abono anual ou do último

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I – os servidores públicos civis ativos e os § 5º O Ministro de Estado da Previdência
militares ativos, salvo se parentes até o se- Social editará atos complementares para a
gundo grau; e aplicação do disposto neste artigo. (Incluído
pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
II – os incapazes para os atos da vida civil,
ressalvado o disposto no art. 666 do Código Art. 162. O benefício devido ao segurado ou de-
Civil. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, pendente civilmente incapaz será pago ao côn-
de 2003) juge, pai, mãe, tutor ou curador, admitindo-se,
na sua falta e por período não superior a seis
Parágrafo único. Podem outorgar procura- meses, o pagamento a herdeiro necessário, me-
ção as pessoas maiores ou emancipadas, no diante termo de compromisso firmado no ato
gozo dos direitos civis. do recebimento.
Art. 161. O serviço social constitui atividade § 1º (Revogado pelo Decreto nº 5.699, de
auxiliar do seguro social e visa prestar ao be- 2006)v
neficiário orientação e apoio no que concerne
à solução dos problemas pessoais e familiares e § 2º (Revogado pelo Decreto nº 5.699, de
à melhoria da sua inter-relação com a previdên- 2006)
cia social, para a solução de questões referentes
a benefícios, bem como, quando necessário, à Parágrafo único. O período a que se refere
obtenção de outros recursos sociais da comuni- o caput poderá ser prorrogado por iguais
dade. períodos, desde que comprovado o anda-
mento regular do processo legal de tutela
§ 1º Será dada prioridade de atendimento ou curatela. (Incluído pelo Decreto nº 6.214,
a segurados em benefício por incapacidade de 2007)
temporária e atenção especial a aposenta-
dos e pensionistas. (Incluído pelo Decreto Art. 163. O segurado e o dependente, após de-
nº 6.722, de 2008). zesseis anos de idade, poderão firmar recibo de
benefício, independentemente da presença dos
§ 2º Para assegurar o efetivo atendimento pais ou do tutor.(Redação dada pelo Decreto nº
aos beneficiários, poderão ser utilizados 4.079, de 2002)
mecanismos de intervenção técnica, ajuda
material, recursos sociais, intercâmbio com Art. 164. A impressão digital do beneficiário
empresas, inclusive mediante celebração de incapaz de assinar, aposta na presença de ser-
convênios, acordos ou contratos, ou pesqui- vidor da previdência social ou representante
sa social. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, desta, vale como assinatura para quitação de
de 2008). pagamento de benefício.

§ 3º O serviço social terá como diretriz a Art. 165. O valor não recebido em vida pelo se-
participação do beneficiário na implemen- gurado somente será pago aos seus dependen-
tação e fortalecimento da política previden- tes habilitados à pensão por morte ou, na falta
ciária, em articulação com associações e en- deles, aos seus sucessores na forma da lei civil,
tidades de classes. (Incluído pelo Decreto nº independentemente de inventário ou arrola-
6.722, de 2008). mento.

§ 4º O serviço social prestará assessoramen- Art. 166. Os benefícios poderão ser pagos me-
to técnico aos estados, Distrito Federal e diante depósito em conta corrente bancária em
municípios na elaboração de suas respecti- nome do beneficiário. (Redação dada pelo De-
vas propostas de trabalho relacionadas com creto nº 4.729, de 2003)
a previdência social. (Incluído pelo Decreto § 1º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de
nº 6.722, de 2008). 1999)

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§ 2º (Revogado pelo Decreto nº 4.729, de de dezembro de 1982, que não poderá ser
2003) reduzido em razão de eventual aquisição de
capacidade laborativa ou de redução de in-
§ 3º Na hipótese da falta de movimentação capacidade para o trabalho ocorrida após a
relativo a saque em conta corrente cujos sua concessão.
depósitos sejam decorrentes exclusivamen-
te de pagamento de benefícios, por prazo § 4º O segurado recluso, ainda que contri-
superior a sessenta dias, os valores dos be- bua na forma do § 6º do art. 116, não faz jus
nefícios remanescentes serão estornados e aos benefícios de auxílio-doença e de apo-
creditados à Conta Única do Tesouro Nacio- sentadoria durante a percepção, pelos de-
nal, com a identificação de sua origem. (In- pendentes, do auxílio-reclusão, permitida
cluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003) a opção, desde que manifestada, também,
pelos dependentes, pelo benefício mais
Art. 167. Salvo no caso de direito adquirido, não vantajoso. (Incluído pelo Decreto nº 4.729,
é permitido o recebimento conjunto dos seguin- de 2003)
tes benefícios da previdência social, inclusive
quando decorrentes de acidente do trabalho: Art. 168. Salvo nos casos de aposentadoria por
I – aposentadoria com auxílio-doença; invalidez ou especial, observado quanto a esta
o disposto no parágrafo único do art. 69, o re-
II – mais de uma aposentadoria; torno do aposentado à atividade não prejudica
III – aposentadoria com abono de perma- o recebimento de sua aposentadoria, que será
nência em serviço; mantida no seu valor integral. (Redação dada
pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
IV – salário-maternidade com auxílio-doen-
ça; Art. 169. Os pagamentos dos benefícios de pres-
V – mais de um auxílio-acidente; tação continuada não poderão ser antecipados.

VI – mais de uma pensão deixada por côn- § 1º Excepcionalmente, nos casos de esta-
juge; do de calamidade pública decorrente de
desastres naturais, reconhecidos por ato do
VII – mais de uma pensão deixada por com- Governo Federal, o INSS poderá, nos termos
panheiro ou companheira; de ato do Ministro de Estado da Previdência
VIII – mais de uma pensão deixada por côn- Social, antecipar aos beneficiários domici-
juge e companheiro ou companheira; e liados nos respectivos municípios: (Incluído
pelo Decreto nº 7.223, de 2010)
IX – auxílio-acidente com qualquer aposen-
tadoria. I – o cronograma de pagamento dos benefí-
§ 1º No caso dos incisos VI, VII e VIII é fa- cios de prestação continuada previdenciária
cultado ao dependente optar pela pensão e assistencial, enquanto perdurar o estado
mais vantajosa. de calamidade; e (Incluído pelo Decreto nº
7.223, de 2010)
§ 2º É vedado o recebimento conjunto do
seguro-desemprego com qualquer benefí- II – o valor correspondente a uma renda
cio de prestação continuada da previdência mensal do benefício devido, excetuados os
social, exceto pensão por morte, auxílio-re- temporários, mediante opção dos benefi-
clusão, auxílio-acidente, auxílio-suplemen- ciários. (Incluído pelo Decreto nº 7.223, de
tar ou abono de permanência em serviço. 2010)
§ 3º É permitida a acumulação dos bene- § 2º O valor antecipado de que trata o inci-
fícios previstos neste Regulamento com o so II do § 1º será ressarcido de forma par-
benefício de que trata a Lei nº 7.070, de 20 celada, mediante desconto da renda do be-

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nefício, para esse fim equiparado ao crédito ários aviso de concessão de benefício, além da
de que trata o inciso II do caput do art. 154, memória de cálculo do valor dos benefícios con-
nos termos do ato a que se refere o § 1º. cedidos.
(Incluído pelo Decreto nº 7.223, de 2010)
Art. 173. O segurado em gozo de aposentado-
Art. 170. Compete privativamente aos servido- ria por tempo de contribuição, especial ou por
res de que trata o art. 2º da Lei nº 10.876, de 2 idade, que voltar a exercer atividade abrangida
de junho de 2004, a realização de exames mé- pelo Regime Geral de Previdência Social, somen-
dico-periciais para concessão e manutenção de te terá direito ao salário-família e à reabilitação
benefícios e outras atividades médico-periciais profissional, quando empregado ou trabalhador
inerentes ao regime de que trata este Regula- avulso, observado o disposto no art. 168 e, nos
mento, sem prejuízo do disposto no menciona- casos de aposentadoria especial, a proibição de
do artigo. (Redação dada pelo Decreto nº 6.939, que trata o parágrafo único do art. 69.
de 2009)
Art. 174. O primeiro pagamento do benefício
Parágrafo único. Os servidores de que tra- será efetuado até quarenta e cinco dias após a
ta o caput poderão solicitar ao médico as- data da apresentação, pelo segurado, da docu-
sistente do beneficiário que forneça infor- mentação necessária à sua concessão. (Redação
mações sobre antecedentes médicos a este dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
relativas, na forma a ser disciplinada pelo
INSS, para fins do disposto nos § 2º do art. Parágrafo único. O prazo fixado no caput
43 e § 1º do art. 71 ou para subsidiar emis- fica prejudicado nos casos de justificação
são de laudo médico pericial conclusivo. (In- administrativa ou outras providências a car-
cluído pelo Decreto nº 6.939, de 2009) go do segurado, que demandem a sua dila-
tação, iniciando-se essa contagem a partir
Art. 171. Quando o segurado ou dependen- da data da conclusão das mesmas.
te deslocar-se por determinação do Instituto
Nacional do Seguro Social para submeter-se a Art. 175. O pagamento de parcelas relativas a
exame médico-pericial ou a processo de rea- benefícios efetuado com atraso, independen-
bilitação profissional em localidade diversa da temente de ocorrência de mora e de quem lhe
de sua residência, deverá a instituição custear deu causa, deve ser corrigido monetariamente
o seu transporte e pagar-lhe diária no valor de desde o momento em que restou devido, pelo
R$ 24,57 (vinte e quatro reais e cinquenta e sete mesmo índice utilizado para os reajustamentos
centavos), ou promover sua hospedagem me- dos benefícios do RGPS, apurado no período
diante contratação de serviços de hotéis, pen- compreendido entre o mês que deveria ter sido
sões ou similares. pago e o mês do efetivo pagamento. (Redação
dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
§ 1º Caso o beneficiário, a critério do Insti-
tuto Nacional do Seguro Social, necessite de Art. 176. A apresentação de documentação in-
acompanhante, a viagem deste poderá ser completa não constitui motivo para recusa do
autorizada, aplicando-se o disposto neste requerimento de benefício. (Redação dada pelo
artigo. Decreto nº 3.668, de 2000)

§ 2º Quando o beneficiário ficar hospedado Art. 177. (Revogado pelo Decreto nº 3.668, de
em hotéis, pensões ou similares contrata- 2000)
dos ou conveniados pelo Instituto Nacional Art. 178. O pagamento mensal de benefícios de
do Seguro Social, não caberá pagamento de valor superior a vinte vezes o limite máximo de
diária. salário-de-contribuição deverá ser autorizado
Art. 172. Fica o Instituto Nacional do Seguro expressamente pelo Gerente-Executivo do Ins-
Social obrigado a emitir e a enviar aos benefici- tituto Nacional do Seguro Social, observada a

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análise da Divisão ou Serviço de Benefícios. (Re- menos uma vez a cada quatro anos. (Incluí-
dação dada pelo Decreto nº 5.545, de 2005) do pelo Decreto nº 5.545, de 2005)
Parágrafo único. Os benefícios de valor in- § 5º A coleta e transmissão de dados ca-
ferior ao limite estipulado no caput, quando dastrais de titulares de benefícios, com o
do reconhecimento do direito da conces- objetivo de cumprir o disposto no § 4º, se-
são, revisão e manutenção de benefícios, rão realizados por meio da rede bancária
serão supervisionados pelas Agências da contratada para os fins do art. 60 da Lei nº
Previdência Social e Divisões ou Serviços de 8.212, de 1991. (Incluído pelo Decreto nº
Benefícios, sob critérios pré-estabelecidos 5.545, de 2005)
pela Direção Central. (Redação dada pelo
Decreto nº 5.545, de 2005) § 6º Na impossibilidade de notificação do
beneficiário ou na falta de atendimento à
Art. 179. O Ministério da Previdência e Assistên- convocação por edital, o pagamento será
cia Social e o Instituto Nacional do Seguro Social suspenso até o comparecimento do benefi-
manterão programa permanente de revisão da ciário e regularização dos dados cadastrais
concessão e da manutenção dos benefícios da ou será adotado procedimento previsto no
previdência social, a fim de apurar irregularida- § 1º. (Incluído pelo Decreto nº 5.699, de
des e falhas existentes. 2006)
§ 1º Havendo indício de irregularidade na Art. 180. Ressalvado o disposto nos §§ 5º e 6º
concessão ou na manutenção do benefício do art. 13, a perda da qualidade de segurado
ou, ainda, ocorrendo a hipótese prevista no importa em caducidade dos direitos inerentes a
§ 4º, a previdência social notificará o bene- essa qualidade. (Redação dada pelo Decreto nº
ficiário para apresentar defesa, provas ou 4.729, de 2003)
documentos de que dispuser, no prazo de
dez dias. (Redação dada pelo Decreto nº § 1º A perda da qualidade de segurado não
5.699, de 2006) prejudica o direito à aposentadoria para
cuja concessão tenham sido preenchidos
§ 2º A notificação a que se refere o § 1º todos os requisitos, segundo a legislação
far-se-á por via postal com aviso de recebi- em vigor à época em que estes requisitos
mento e, não comparecendo o beneficiário foram atendidos.
nem apresentando defesa, será suspenso o
benefício, com notificação ao beneficiário. § 2º Não será concedida pensão por morte
(Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de aos dependentes do segurado que falecer
2003) após a perda desta qualidade, nos termos
dos arts. 13 a 15, salvo se preenchidos os
§ 3º Decorrido o prazo concedido pela no- requisitos para obtenção de aposentadoria
tificação postal, sem que tenha havido na forma do parágrafo anterior, observado
resposta, ou caso seja considerada pela o disposto no art. 105.
previdência social como insuficiente ou im-
procedente a defesa apresentada, o benefí- § 3º No cálculo da aposentadoria de que
cio será cancelado, dando-se conhecimento trata o § 1º, será observado o disposto no §
da decisão ao beneficiário. (Redação dada 9º do art. 32 e no art. 52.
pelo Decreto nº 4.729, de 2003) Art. 181. Todo e qualquer benefício concedido
§ 4º O recenseamento previdenciário relati- pelo Instituto Nacional do Seguro Social, ainda
vo ao pagamento dos benefícios do Regime que à conta do Tesouro Nacional, submete-se
Geral de Previdência Social de que tratam o ao limite a que se refere o § 5º do art. 214.
§ 4º do art. 69 e o caput do art. 60 da Lei
nº 8.212, de 1991, deverá ser realizado pelo

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Parágrafo único. Aos beneficiários de que coube, aplicando-se, em relação aos her-
trata o art. 150 da Lei nº 8.213, de 1991, deiros dependentes, o disposto no art. 154,
aplicam-se as disposições previstas neste inciso I, combinado com o § 3º do mesmo
Regulamento, vedada a adoção de critérios artigo. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de
diferenciados para a concessão de benefí- 2003)
cios.
Art. 181-A. Fica garantido ao segurado com di-
reito à aposentadoria por idade a opção pela CAPÍTULO VIII
não aplicação do fator previdenciário, devendo DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
o Instituto Nacional do Seguro Social, quando RELATIVAS ÀS PRESTAÇÕES DO
da concessão do benefício, proceder ao cálculo REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA
da renda mensal inicial com e sem o fator pre-
videnciário. (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de
SOCIAL
1999) Art. 182. A carência das aposentadorias por
Art. 181-B. As aposentadorias por idade, tempo idade, tempo de contribuição e especial para
de contribuição e especial concedidas pela pre- os segurados inscritos na previdência social ur-
vidência social, na forma deste Regulamento, bana até 24 de julho de 1991, bem como para
são irreversíveis e irrenunciáveis.(Incluído pelo os trabalhadores e empregadores rurais ampa-
Decreto nº 3.265, de 1999) rados pela previdência social rural, obedecerá à
seguinte tabela, levando-se em conta o ano em
Parágrafo único. O segurado pode desis- que o segurado implementou todas as condi-
tir do seu pedido de aposentadoria desde ções necessárias à obtenção do benefício:
que manifeste esta intenção e requeira o
arquivamento definitivo do pedido antes da
ocorrência do primeiro de um dos seguintes ANO DE MESES DE
atos: (Redação dada pelo Decreto nº 6.208, IMPLEMENTAÇÃO CONTRIBUIÇÃO
de 2007) DAS CONDIÇÕES EXIGIDOS
I – recebimento do primeiro pagamento 1998 102 meses
do benefício; ou (Incluído pelo Decreto nº
6.208, de 2007) 1999 108 meses

II – saque do respectivo Fundo de Garantia 2000 114 meses


do Tempo de Serviço ou do Programa de In- 2001 120 meses
tegração Social. (Incluído pelo Decreto nº
2002 126 meses
6.208, de 2007)
2003 132 meses
Art. 181-C. Na hipótese de o inventariante não
tomar a iniciativa do pagamento das contribui- 2004 138 meses
ções devidas pelo segurado falecido o Instituto 2005 144 meses
Nacional do Seguro Social deverá requerer, no
2006 150 meses
inventário ou arrolamento de bens por ele dei-
xado, o pagamento da dívida. (Incluído pelo De- 2007 156 meses
creto nº 4.729, de 2003) 2008 162 meses
Parágrafo único. Na hipótese de ter sido 2009 168 meses
feita a partilha da herança sem a liquidação 2010 174 meses
das contribuições devidas pelo segurado fa-
lecido, respondem os herdeiros, cada qual 2011 180 meses
em proporção da parte que na herança lhe

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Parágrafo único. Não se aplica a tabela de lação de emprego. (Incluído pelo Decreto nº
que trata o caput para os benefícios de apo- 6.722, de 2008).
sentadoria por tempo de contribuição e por
idade garantida aos segurados com defici- Art. 184. O segurado que recebe aposentadoria
ência, de que tratam os arts. 70-B e 70-C. por idade, tempo de contribuição ou especial
(Incluído pelo Decreto nº 8.145, de 2013) do Regime Geral de Previdência Social que per-
maneceu ou retornou à atividade e que vinha
Art. 183. O trabalhador rural enquadrado como contribuindo até 14 de abril de 1994, véspera
segurado obrigatório do RGPS, na forma da alí- da vigência da Lei nº 8.870, de 15 de abril de
nea “a” do inciso I ou da alínea “j” do inciso V do 1994, receberá o pecúlio, em pagamento único,
caput do art. 9º, pode requerer a aposentadoria quando do desligamento da atividade que vinha
por idade, no valor de um salário mínimo, até exercendo.
31 de dezembro de 2010, desde que comprove
o exercício de atividade rural, ainda que de for- § 1º O pecúlio de que trata este artigo con-
ma descontínua, no período imediatamente an- sistirá em pagamento único de valor corres-
terior ao requerimento do benefício ou, confor- pondente à soma das importâncias relativas
me o caso, ao mês em que cumpriu o requisito às contribuições do segurado, remuneradas
etário, em número de meses idêntico à carência de acordo com o índice de remuneração bá-
do referido benefício. (Redação dada pelo De- sica dos depósitos de poupança com data
creto nº 6.722, de 2008). de aniversário no dia primeiro.

Art. 183-A. Na concessão de aposentadoria por § 2º O disposto no parágrafo anterior apli-


idade do empregado rural, em valor equivalen- ca-se a contar de 25 de julho de 1991, data
te ao salário mínimo, serão contados para efeito da vigência da Lei nº 8.213, de 1991, obser-
de carência: (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de vada, com relação às contribuições anterio-
2008). res, a legislação vigente à época do seu re-
colhimento.
I – até 31 de dezembro de 2010, o período
de atividade comprovado na forma do inci- Art. 185. Serão mantidos, de acordo com a res-
so II, letra “a”, do § 2º do art. 62, observado pectiva legislação específica, as prestações e o
o disposto no art. 183; (Incluído pelo Decre- seu financiamento, referentes aos benefícios de
to nº 6.722, de 2008). ferroviário servidor público ou autárquico fede-
ral ou em regime especial que não optou pelo
II – de janeiro de 2011 a dezembro de 2015, regime da Consolidação das Leis do Trabalho, na
cada mês comprovado de emprego, multi- forma da Lei nº 6.184, de 11 de dezembro de
plicado por três, limitado a doze meses den- 1974, bem como de seus dependentes.
tro do respectivo ano civil; e (Incluído pelo
Decreto nº 6.722, de 2008). Art. 186. (Revogado pelo Decreto nº 4.079, de
2002)
III – de janeiro de 2016 a dezembro de
2020, cada mês comprovado de emprego, Art. 187. É assegurada a concessão de aposen-
multiplicado por dois, limitado a doze me- tadoria, a qualquer tempo, nas condições pre-
ses dentro do respectivo ano civil. (Incluído vistas na legislação anterior à Emenda Constitu-
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). cional nº 20, de 1998, ao segurado do Regime
Geral de Previdência Social que, até 16 de de-
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no ca- zembro de 1998, tenha cumprido os requisitos
put e respectivo inciso I ao trabalhador rural para obtê-la.
enquadrado na categoria de segurado con-
tribuinte individual que comprovar a presta- Parágrafo único. Quando da concessão de
ção de serviço de natureza rural, em caráter aposentadoria nos termos do caput, o tem-
eventual, a uma ou mais empresas, sem re- po de serviço será considerado até 16 de

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dezembro de 1998, e a renda mensal inicial § 3º O segurado que, até 16 de dezembro
será calculada com base nos trinta e seis de 1998, tenha cumprido os requisitos para
últimos salários-de-contribuição anterio- obter a aposentadoria proporcional somen-
res àquela data, reajustada pelos mesmos te fará jus ao acréscimo de cinco por cento
índices aplicados aos benefícios, até a data a que se refere o § 2º se cumprir o requisito
da entrada do requerimento, não sendo previsto no inciso I, observado o disposto
devido qualquer pagamento relativamente no art. 187 ou a opção por aposentar-se na
a período anterior a esta data, observado, forma dos arts. 56 a 63. (Redação dada pelo
quando couber, o disposto no § 9º do art. Decreto nº 4.729, de 2003)
32 e nos §§ 3º e 4º do art. 56.
§ 4º O professor que, até 16 de dezembro
Art. 188. O segurado filiado ao Regime Ge- de 1998, tenha exercido atividade de magis-
ral de Previdência Social até 16 de dezembro tério, em qualquer nível, e que opte por se
de 1998, cumprida a carência exigida, terá di- aposentar na forma do disposto nas alíne-
reito a aposentadoria, com valores propor- as "a" e "b" do inciso IV do art. 39, terá o
cionais ao tempo de contribuição, quando, tempo de serviço exercido até aquela data
cumulativamente:(Redação dada pelo Decreto contado com o acréscimo de dezessete por
nº 4.729, de 2003) cento, se homem, e de vinte por cento, se
mulher, desde que se aposente, exclusiva-
I – contar cinquenta e três anos ou mais de mente, com tempo de efetivo exercício de
idade, se homem, e quarenta e oito anos ou atividade de magistério, sem prejuízo do
mais de idade, se mulher; e direito à aposentadoria na forma do § 1º
II – contar tempo de contribuição igual, no do art. 56. (Redação dada pelo Decreto nº
mínimo, à soma de: 5.545, de 2005)

a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco Art. 188-A. Para o segurado filiado à previ-
anos, se mulher; e (Redação dada pelo De- dência social até 28 de novembro de 1999, in-
creto nº 4.729, de 2003) clusive o oriundo de regime próprio de previ-
dência social, que vier a cumprir as condições
b) um período adicional de contribuição exigidas para a concessão dos benefícios do
equivalente a, no mínimo, quarenta por Regime Geral de Previdência Social, no cálculo
cento do tempo que, em 16 de dezembro de do salário-de-benefício será considerada a mé-
1998, faltava para atingir o limite de tempo dia aritmética simples dos maiores salários-de-
constante da alínea "a". (Redação dada pelo -contribuição, correspondentes a, no mínimo,
Decreto nº 4.729, de 2003) oitenta por cento de todo o período contribu-
tivo decorrido desde a competência julho de
§ 1º (Revogado pelo Decreto nº 4.729, de
1994, observado o disposto nos incisos I e II do
2003)
caput e § 14 do art. 32. (Incluído pelo Decreto
§ 2º O valor da renda mensal da aposenta- nº 3.265, de 1999)
doria proporcional será equivalente a se-
§ 1º No caso das aposentadorias por idade,
tenta por cento do valor da aposentadoria a
tempo de contribuição e especial, o divi-
que se referem as alíneas "a" e "b" do inciso
sor considerado no cálculo da média a que
IV do art. 39, acrescido de cinco por cento
se refere o caput não poderá ser inferior a
por ano de contribuição que supere a soma
sessenta por cento do período decorrido
a que se refere o inciso II até o limite de cem
da competência julho de 1994 até a data de
por cento. (Redação dada pelo Decreto nº
início do benefício, limitado a cem por cen-
4.729, de 2003)
to de todo o período contributivo.(Incluído
pelo Decreto nº 3.265, de 1999)

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§ 2º Para a obtenção do salário-de-bene- ração todo o período de exercício nas ativida-


fício, o fator previdenciário de que trata o des citadas. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de
art. 32 será aplicado de forma progressiva, 2008).
incidindo sobre um sessenta avos da média
aritmética de que trata o caput, por com- Art. 189. Os benefícios de legislação especial
petência que se seguir a 28 de novembro pagos pela previdência social à conta do Te-
de 1999, cumulativa e sucessivamente, até souro Nacional e de ex-combatentes, iniciados
completar sessenta sessenta avos da refe- até 16 de dezembro de 1998, serão reajustados
rida média, na competência novembro de com base nos mesmos índices aplicáveis aos be-
2004. (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de nefícios de prestação continuada da previdência
1999) social.

§ 3º (Revogado pelo Decreto nº 5.399, de Art. 190. A partir de 14 de outubro de 1996, não
2005) serão mais devidos os benefícios de legislação
específica do jornalista profissional, do jogador
§ 4º Nos casos de auxílio-doença e de apo- profissional de futebol e do telefonista.
sentadoria por invalidez, o salário-de-bene-
fício consiste na média aritmética simples Parágrafo único. A aposentadoria especial
dos maiores salários-de-contribuição cor- do aeronauta nos moldes do Decreto-lei nº
respondentes a oitenta por cento do perí- 158, de 10 de fevereiro de 1967, está extin-
odo contributivo decorrido desde a compe- ta a partir de 16 de dezembro de 1998, pas-
tência julho de 1994 até a data do início do sando a ser devida ao aeronauta os benefí-
benefício. (Redação dada pelo Decreto nº cios deste Regulamento.
6.939, de 2009) Art. 191. É vedada a inclusão em regime próprio
Art. 188-B. Fica garantido ao segurado que, até de previdência social do servidor de que tratam
o dia 28 de novembro de 1999, tenha cumpri- as alíneas "i", "l" e "m" do inciso I do caput do
do os requisitos para a concessão de benefício, art. 9º, sendo automática sua filiação ao Regime
o cálculo do valor inicial segundo as regras até Geral de Previdência Social a partir de 16 de de-
então vigentes, considerando-se como período zembro de 1998.
básico de cálculo os trinta e seis meses imedia- Art. 192. Aos menores de dezesseis anos filia-
tamente anteriores àquela data, observado o § dos ao Regime Geral de Previdência Social até
2º do art. 35, e assegurada a opção pelo cálculo 16 de dezembro de 1998 são assegurados todos
na forma do art. 188-A, se mais vantajoso.(In- os direitos previdenciários.
cluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
Art. 193. O Instituto Nacional do Seguro Social
Arts. 188-C e 188-D. (Revogado pelo Decreto nº deverá rever:
4.729, de 2003)
I – as aposentadorias concedidas no período
Art. 188-E. O cálculo das aposentadorias conce- de 29 de abril de 1995 até a data da publi-
didas mediante a utilização do critério estabe- cação deste Regulamento, com conversão
lecido nos §§ 5º e 6º do art. 13 obedecerá ao de tempo de atividade sob condições espe-
disposto no art. 188-A e, quando inexistirem sa- ciais em tempo de atividade comum, consi-
lários-de-contribuição a partir de julho de 1994, derando-se a legislação vigente quando do
serão concedidas no valor mínimo do salário- cumprimento dos requisitos necessários à
-de-benefício. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, concessão das referidas aposentadorias; e
de 2003)
II – as aposentadorias por tempo de serviço
Art. 188-F. Aplica-se o disposto no § 2º do art. e especial e as certidões de tempo de servi-
56 aos pedidos de benefícios requeridos a partir ço com cômputo de tempo de serviço rural
de 11 de maio de 2006, levando-se em conside-

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concedidas ou emitidas a partir de 24 de ju- IV – as das associações desportivas que
lho de 1991 até a data da publicação deste mantêm equipe de futebol profissional, in-
Regulamento. cidentes sobre a receita bruta decorrente
dos espetáculos desportivos de que parti-
cipem em todo território nacional em qual-
LIVRO III quer modalidade desportiva, inclusive jogos
internacionais, e de qualquer forma de pa-
Do Custeio da Seguridade Social trocínio, licenciamento de uso de marcas e
símbolos, publicidade, propaganda e trans-
missão de espetáculos desportivos;
TÍTULO I V – as incidentes sobre a receita bruta pro-
veniente da comercialização da produção
Do Financiamento da rural;
Seguridade Social VI – as das empresas, incidentes sobre a re-
ceita ou o faturamento e o lucro; e
VII – as incidentes sobre a receita de con-
CAPÍTULO I cursos de prognósticos.
INTRODUÇÃO
Art. 194. A seguridade social é financiada por
toda a sociedade, de forma direta e indireta, CAPÍTULO II
mediante recursos provenientes dos orçamen- DA CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO
tos da União, dos Estados, do Distrito Federal,
dos Municípios e de contribuições sociais. Art. 196. A contribuição da União é constituí-
da de recursos adicionais do Orçamento Fiscal,
Art. 195. No âmbito federal, o orçamento da fixados obrigatoriamente na Lei Orçamentária
seguridade social é composto de receitas prove- anual.
nientes:
Parágrafo único. A União é responsável pela
I – da União; cobertura de eventuais insuficiências finan-
II – das contribuições sociais; e ceiras da seguridade social, quando decor-
rentes do pagamento de benefícios de pres-
III – de outras fontes. tação continuada da previdência social, na
forma da Lei Orçamentária anual.
Parágrafo único. Constituem contribuições
sociais: Art. 197. Para pagamento dos encargos previ-
denciários da União poderão contribuir os re-
I – as das empresas, incidentes sobre a re- cursos da seguridade social referidos no inciso
muneração paga, devida ou creditada aos VI do parágrafo único do art. 195, na forma da
segurados e demais pessoas físicas a seu Lei Orçamentária anual, assegurada a destina-
serviço, mesmo sem vínculo empregatício; ção de recursos para as ações de saúde e assis-
II – as dos empregadores domésticos, inci- tência social.
dentes sobre o salário-de-contribuição dos
empregados domésticos a seu serviço;
III – as dos trabalhadores, incidentes sobre
seu salário-de-contribuição;

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CAPÍTULO III Art. 199-A. A partir da competência em que o


DA CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO segurado fizer a opção pela exclusão do direito
ao benefício de aposentadoria por tempo de
Seção I contribuição, é de onze por cento, sobre o va-
lor correspondente ao limite mínimo mensal do
DA CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO salário-de-contribuição, a alíquota de contribui-
EMPREGADO, EMPREGADO ção: (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
DOMÉSTICO E TRABALHADOR
I – do segurado contribuinte individual, que
AVULSO trabalhe por conta própria, sem relação de
trabalho com empresa ou equiparado; (In-
Art. 198. A contribuição do segurado empre-
cluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
gado, inclusive o doméstico, e do trabalhador
avulso é calculada mediante a aplicação da cor- II – do segurado facultativo; e (Incluído pelo
respondente alíquota, de forma não cumulativa, Decreto nº 6.042, de 2007).
sobre o seu salário-de-contribuição mensal, ob-
servado o disposto no art. 214, de acordo com a III – do MEI de que trata a alínea “p” do inci-
seguinte tabela: so V do art. 9º, cuja contribuição deverá ser
recolhida na forma regulamentada pelo Co-
mitê Gestor do Simples Nacional. (Redação
SALÁRIOS-DE- ALÍQUOTAS dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
CONTRIBUIÇÃO
§ 1º O segurado, inclusive aquele com de-
até R$ 360,00 8,0 %
ficiência, que tenha contribuído na forma
de R$ 360,01 até R$ 600,00 9,0 % do caput e pretenda contar o tempo de
de R$ 600,01 até R$
contribuição correspondente, para fins de
11,0 % obtenção da aposentadoria por tempo de
1.200,00
contribuição ou de contagem recíproca do
tempo de contribuição, deverá complemen-
Parágrafo único. A contribuição do segura-
tar a contribuição mensal. (Redação dada
do trabalhador rural a que se refere à alínea
pelo Decreto nº 8.145, de 2013)
“r” do inciso I do art. 9º é de oito por cento
sobre o respectivo salário-de-contribuição § 2º A complementação de que trata o §
definido no inciso I do art. 214. (Incluído 1º dar-se-á mediante o recolhimento sobre
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). o valor correspondente ao limite mínimo
mensal do salário-de-contribuição em vi-
Seção II gor na competência a ser complementada
DA CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS da diferença entre o percentual pago e o de
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E vinte por cento, acrescido dos juros mora-
FACULTATIVO tórios de que trata o § 3º do art. 5º da Lei
nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996. (Re-
(Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de dação dada pelo Decreto nº 8.145, de 2013)
1999)
§ 3º A contribuição complementar a que se
Art. 199. A alíquota de contribuição dos segu- refere os §§ 1º e 2º será exigida a qualquer
rados contribuinte individual e facultativo é de tempo, sob pena do indeferimento ou can-
vinte por cento aplicada sobre o respectivo salá- celamento do benefício.(Incluído pelo De-
rio-de-contribuição, observado os limites a que creto nº 8.145, de 2013)
se referem os §§ 3º e 5º do art. 214.(Redação
dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)

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Seção III art. 9º; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de
DA CONTRIBUIÇÃO DO PRODUTOR 2008).
RURAL PESSOA FÍSICA E DO III – de serviços prestados, de equipamentos
SEGURADO ESPECIAL utilizados e de produtos comercializados no
imóvel rural, desde que em atividades turís-
Art. 200. A contribuição do empregador rural tica e de entretenimento desenvolvidas no
pessoa física, em substituição à contribuição de próprio imóvel, inclusive hospedagem, ali-
que tratam o inciso I do art. 201 e o art.202, e mentação, recepção, recreação e atividades
a do segurado especial, incidente sobre a recei- pedagógicas, bem como taxa de visitação e
ta bruta da comercialização da produção rural, serviços especiais; (Incluído pelo Decreto nº
é de:(Redação dada pelo Decreto nº 4.032, de 6.722, de 2008).
2001) IV – do valor de mercado da produção rural
I – dois por cento para a seguridade social; e dada em pagamento ou que tiver sido tro-
cada por outra, qualquer que seja o motivo
II – zero vírgula um por cento para o finan- ou finalidade; e (Incluído pelo Decreto nº
ciamento dos benefícios concedidos em ra- 6.722, de 2008).
zão do grau de incidência de incapacidade
laborativa decorrente dos riscos ambientais V – de atividade artística de que trata o inci-
do trabalho. so VIII do § 8º do art. 9º. (Incluído pelo De-
creto nº 6.722, de 2008).
§ 1º (Revogado pelo Decreto nº 4.032, de
2001) § 5º Integram a produção, para os efei-
tos dos incisos I e II do caput, observado
§ 2º O segurado especial referido neste arti- o disposto no § 25 do art. 9º, os produtos
go, além da contribuição obrigatória de que de origem animal ou vegetal, em estado
tratam os incisos I e II do caput, poderá con- natural ou submetidos a processos de be-
tribuir, facultativamente, na forma do art. neficiamento ou industrialização rudimen-
199.(Redação dada pelo Decreto nº 6.042, tar, assim compreendidos, entre outros, os
de 2007). processos de lavagem, limpeza, descaro-
§ 3º O produtor rural pessoa física de que çamento, pilagem, descascamento, lenha-
trata a alínea "a" do inciso V do caput do mento, pasteurização, resfriamento, seca-
art. 9º contribui, também, obrigatoriamen- gem, socagem, fermentação, embalagem,
te, na forma do art. 199, observando ainda cristalização, fundição, carvoejamento, co-
o disposto nas alíneas "a" e "b" do inciso I zimento, destilação, moagem e torrefação,
do art. 216. bem como os subprodutos e os resíduos ob-
tidos por meio desses processos. (Redação
§ 4º Integra a receita bruta de que trata este dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
artigo, além dos valores decorrentes da co-
mercialização da produção relativa aos pro- § 6º (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de
dutos a que se refere o § 5º, a receita pro- 2008).
veniente: (Redação dada pelo Decreto nº I – o produto vegetal destinado ao plantio e
6.722, de 2008). reflorestamento;
I – da comercialização da produção obtida II – o produto vegetal vendido por pessoa
em razão de contrato de parceria ou mea- ou entidade que, registrada no Ministério
ção de parte do imóvel rural; (Incluído pelo da Agricultura e do Abastecimento, se dedi-
Decreto nº 6.722, de 2008). que ao comércio de sementes e mudas no
II – da comercialização de artigos de arte- País;
sanato de que trata o inciso VII do § 8º do

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III – o produto animal destinado à reprodu- I – da comercialização de artigos de artesa-


ção ou criação pecuária ou granjeira; e nato elaborados com matéria-prima produ-
zida pelo respectivo grupo familiar; (Incluí-
IV – o produto animal utilizado como cobaia
do pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
para fins de pesquisas científicas no País.
II – de comercialização de artesanato ou do
§ 7º A contribuição de que trata este artigo
exercício de atividade artística, observado
será recolhida:
o disposto nos incisos VII e VIII do § 8º do
I – pela empresa adquirente, consumidora art. 9º; e (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de
ou consignatária ou a cooperativa, que fi- 2008).
cam sub-rogadas no cumprimento das obri-
III – de serviços prestados, de equipamentos
gações do produtor rural pessoa física de
utilizados e de produtos comercializados no
que trata a alínea "a" do inciso V do caput
imóvel rural, desde que em atividades turís-
do art. 9º e do segurado especial, indepen-
tica e de entretenimento desenvolvidas no
dentemente de as operações de venda ou
próprio imóvel, inclusive hospedagem, ali-
consignação terem sido realizadas direta-
mentação, recepção, recreação e atividades
mente com estes ou com intermediário pes-
pedagógicas, bem como taxa de visitação e
soa física, exceto nos casos do inciso III;
serviços especiais. (Incluído pelo Decreto nº
II – pela pessoa física não produtor rural, 6.722, de 2008).
que fica sub-rogada no cumprimento das
§ 10. O segurado especial é obrigado a arre-
obrigações do produtor rural pessoa física
cadar a contribuição de trabalhadores a seu
de que trata a alínea "a" do inciso V do ca-
serviço e a recolhê-la no prazo referido na
put do art. 9º e do segurado especial, quan-
alínea “b” do inciso I do art. 216. (Incluído
do adquire produção para venda, no varejo,
pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
a consumidor pessoa física; ou
III – pela pessoa física de que trata alínea Art. 200-A. Equipara-se ao empregador rural
"a" do inciso V do caput do art. 9º e pelo pessoa física o consórcio simplificado de produ-
segurado especial, caso comercializem sua tores rurais, formado pela união de produtores
produção com adquirente domiciliado no rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles
exterior, diretamente, no varejo, a consu- poderes para contratar, gerir e demitir trabalha-
midor pessoa física, a outro produtor rural dores rurais, na condição de empregados, para
pessoa física ou a outro segurado especial. prestação de serviços, exclusivamente, aos seus
integrantes, mediante documento registrado
§ 8º O produtor rural pessoa física continua em cartório de títulos e documentos. (Incluído
obrigado a arrecadar e recolher ao Institu- pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
to Nacional do Seguro Social a contribuição
do segurado empregado e do trabalhador § 1º O documento de que trata o caput
avulso a seu serviço, descontando-a da res- deverá conter a identificação de cada pro-
pectiva remuneração, nos mesmos prazos dutor, seu endereço pessoal e o de sua
e segundo as mesmas normas aplicadas às propriedade rural, bem como o respectivo
empresas em geral. registro no Instituto Nacional de Coloniza-
ção e Reforma Agrária ou informações re-
§ 9º Sem prejuízo do disposto no inciso III lativas à parceria, arrendamento ou equiva-
do § 7º, o produtor rural pessoa física e o lente e à matrícula no INSS de cada um dos
segurado especial são obrigados a recolher, produtores rurais. (Incluído pelo Decreto nº
diretamente, a contribuição incidente sobre 4.032, de 2001)
a receita bruta proveniente: (Incluído pelo
Decreto nº 6.722, de 2008). § 2º O consórcio deverá ser matriculado no
INSS, na forma por este estabelecida, em

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nome do empregador a quem hajam sido IV – dois vírgula cinco por cento sobre o
outorgados os mencionados poderes.(Inclu- total da receita bruta proveniente da co-
ído pelo Decreto nº 4.032, de 2001) mercialização da produção rural, em subs-
tituição às contribuições previstas no inciso
Art. 200-B. As contribuições de que tratam o I do caput e no art. 202, quando se tratar
inciso I do art. 201 e o art. 202, bem como a de pessoa jurídica que tenha como fim ape-
devida ao Serviço Nacional Rural, são substituí- nas a atividade de produção rural.(Redação
das, em relação à remuneração paga, devida ou dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
creditada ao trabalhador rural contratado pelo
consórcio simplificado de produtores rurais de § 1º São consideradas remuneração as im-
que trata o art. 200-A, pela contribuição dos portâncias auferidas em uma ou mais em-
respectivos produtores rurais.(Incluído pelo De- presas, assim entendida a totalidade dos
creto nº 4.032, de 2001) rendimentos pagos, devidos ou creditados a
qualquer título, durante o mês, destinados
a retribuir o trabalho, qualquer que seja a
sua forma, inclusive os ganhos habituais sob
CAPÍTULO IV a forma de utilidades, ressalvado o disposto
DAS CONTRIBUIÇÕES DA EMPRESA E no § 9º do art. 214 e excetuado o lucro dis-
DO EMPREGADOR DOMÉSTICO tribuído ao segurado empresário, observa-
dos os termos do inciso II do § 5º.
Seção I § 2º Integra a remuneração para os fins do
DAS CONTRIBUIÇÕES DA EMPRESA disposto nos incisos II e III do caput, a bolsa
de estudos paga ou creditada ao médico-
Art. 201. A contribuição a cargo da empresa, -residente participante do programa de re-
destinada à seguridade social, é de: sidência médica de que trata o art. 4º da Lei
I – vinte por cento sobre o total das remu- nº 6.932, de 7 de julho de 1981, na redação
nerações pagas, devidas ou creditadas, a dada pela Lei nº 10.405, de 9 de janeiro de
qualquer título, no decorrer do mês, aos 2002. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729,
segurados empregado e trabalhador avulso, de 2003)
além das contribuições previstas nos arts. § 3º Não havendo comprovação dos valores
202 e 204; (Redação dada pelo Decreto nº pagos ou creditados aos segurados de que
3.265, de 1999) tratam as alíneas "e" a "i" do inciso V do
II – vinte por cento sobre o total das remu- art. 9º, em face de recusa ou sonegação de
nerações ou retribuições pagas ou credita- qualquer documento ou informação, ou sua
das no decorrer do mês ao segurado con- apresentação deficiente, a contribuição da
tribuinte individual; (Redação dada pelo empresa referente a esses segurados será
Decreto nº 3.265, de 1999) de vinte por cento sobre: (Redação dada
pelo Decreto nº 3.452, de 2000)
III – quinze por cento sobre o valor bruto da
nota fiscal ou fatura de prestação de servi- I – o salário-de-contribuição do segurado
ços, relativamente a serviços que lhes são nessa condição; (Incluído pelo Decreto nº
prestados por cooperados por intermédio 3.452, de 2000)
de cooperativas de trabalho, observado, no II – a maior remuneração paga a emprega-
que couber, as disposições dos §§ 7º e 8º dos da empresa; ou (Incluído pelo Decreto
do art. 219; (Redação dada pelo Decreto nº nº 3.452, de 2000)
3.265, de 1999)

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III – o salário mínimo, caso não ocorra ne- cantil, cooperativa de crédito, empresa de
nhuma das hipóteses anteriores. (Incluído seguros privados e de capitalização, agente
pelo Decreto nº 3.452, de 2000) autônomo de seguros privados e de crédito
e entidade de previdência privada, aberta e
§ 4º A remuneração paga ou creditada a fechada, além das contribuições referidas
condutor autônomo de veículo rodoviário, nos incisos I e II do caput e nos arts. 202 e
ou ao auxiliar de condutor autônomo de 204, é devida a contribuição adicional de
veículo rodoviário, em automóvel cedido dois vírgula cinco por cento sobre a base de
em regime de colaboração, nos termos da cálculo definida nos incisos I e II do caput.
Lei nº 6.094, de 30 de agosto de 1974, pelo (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de
frete, carreto ou transporte de passageiros, 1999)
realizado por conta própria, corresponde a
vinte por cento do rendimento bruto.(Reda- § 7º A pessoa jurídica enquadrada na con-
ção dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001) dição de microempresa ou de empresa de
pequeno porte, na forma do art. 2º da Lei
§ 5º No caso de sociedade civil de prestação nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, que
de serviços profissionais relativos ao exer- optar pela inscrição no Sistema Integrado
cício de profissões legalmente regulamen- de Pagamento de Impostos e Contribuições
tadas, a contribuição da empresa referente das Microempresas e Empresas de Pequeno
aos segurados a que se referem as alíneas Porte, contribuirá na forma estabelecida no
"g" a "i" do inciso V do art. 9º, observado art. 23 da referida Lei, em substituição às
o disposto no art. 225 e legislação específi- contribuições de que tratam os incisos I a IV
ca, será de vinte por cento sobre: (Redação do caput e os arts. 201-A, 202 e 204. (Reda-
dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) ção dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
I – a remuneração paga ou creditada aos § 8º A contribuição será sempre calculada
sócios em decorrência de seu trabalho, de na forma do inciso II do caput quando a re-
acordo com a escrituração contábil da em- muneração ou retribuição for paga ou credi-
presa; ou tada a pessoa física, quando ausentes os re-
II – os valores totais pagos ou creditados quisitos que caracterizem o segurado como
aos sócios, ainda que a título de antecipa- empregado, mesmo que não esteja inscrita
ção de lucro da pessoa jurídica, quando não no Regime Geral de Previdência Social. (Re-
houver discriminação entre a remuneração dação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
decorrente do trabalho e a proveniente do §§ 9º a 14. (Revogados pelo Decreto nº
capital social ou tratar-se de adiantamento 3.265, de 1999)
de resultado ainda não apurado por meio
de demonstração de resultado do exercício. § 15. Para os efeitos do inciso IV do caput
(Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de e do § 8º do art. 202, considera-se receita
2003) bruta o valor recebido ou creditado pela
comercialização da produção, assim enten-
§ 6º No caso de banco comercial, banco de dida a operação de venda ou consignação,
investimento, banco de desenvolvimento, observadas as disposições do § 5º do art.
caixa econômica, sociedade de crédito, fi- 200.
nanciamento e investimento, sociedade de
crédito imobiliário, inclusive associação de § 16. A partir de 14 de outubro de 1996, as
poupança e empréstimo, sociedade corre- contribuições de que tratam o inciso IV do
tora, distribuidora de títulos e valores mo- caput e o § 8º do art. 202 são de responsa-
biliários, inclusive bolsa de mercadorias e bilidade do produtor rural pessoa jurídica,
de valores, empresa de arrendamento mer-

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não sendo admitida a sub-rogação ao ad- art. 202.(Incluído pelo Decreto nº 4.032, de
quirente, consignatário ou cooperativa. 2001)
§ 17. O produtor rural pessoa jurídica con- Art. 201-A. A contribuição devida pela agroin-
tinua obrigado a arrecadar e recolher ao dústria, definida como sendo o produtor rural
Instituto Nacional do Seguro Social a contri- pessoa jurídica cuja atividade econômica seja a
buição do segurado empregado e do traba- industrialização de produção própria ou de pro-
lhador avulso a seu serviço, descontando-a dução própria e adquirida de terceiros, inciden-
da respectiva remuneração, nos mesmos te sobre o valor da receita bruta proveniente da
prazos e segundo as mesmas normas aplica- comercialização da produção, em substituição
das às empresas em geral. às previstas no inciso I do art. 201 e art. 202, é
de: (Incluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
§ 18. (Revogado pelo Decreto nº 4.032, de
2001) I – dois vírgula cinco por cento destinados à
Seguridade Social; e (Incluído pelo Decreto
§ 19. A cooperativa de trabalho não está nº 4.032, de 2001)
sujeita à contribuição de que trata o inci-
so II do caput, em relação às importâncias II – zero vírgula um por cento para o finan-
por ela pagas, distribuídas ou creditadas ciamento do benefício previsto nos arts. 64
aos respectivos cooperados, a título de re- a 70, e daqueles concedidos em razão do
muneração ou retribuição pelos serviços grau de incidência de incapacidade para
que, por seu intermédio, tenham prestado o trabalho decorrente dos riscos ambien-
a empresas. (Redação dada pelo Decreto nº tais da atividade. (Incluído pelo Decreto nº
3.452, de 2000)) 4.032, de 2001)
§ 20. A contribuição da empresa, relativa- § 1º Para os fins deste artigo, entende-se
mente aos serviços que lhe são prestados por receita bruta o valor total da receita
por cooperados por intermédio de coopera- proveniente da comercialização da produ-
tivas de trabalho na atividade de transpor- ção própria e da adquirida de terceiros, in-
te rodoviário de carga ou passageiro, é de dustrializada ou não. (Incluído pelo Decreto
quinze por cento sobre a parcela correspon- nº 4.032, de 2001)
dente ao valor dos serviços prestados pelos
cooperados, que não será inferior a vinte § 2º O disposto neste artigo não se aplica às
por cento do valor da nota fiscal ou fatura. operações relativas à prestação de serviços
(Incluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001) a terceiros, cujas contribuições previden-
ciárias continuam sendo devidas na forma
§ 21. O disposto no inciso IV do caput não do art. 201 e 202, obrigando-se a empresa
se aplica às operações relativas à prestação a elaborar folha de salários e registros con-
de serviços a terceiros, cujas contribuições tábeis distintos. (Incluído pelo Decreto nº
previdenciárias continuam sendo devidas 4.032, de 2001)
na forma deste artigo e do art. 202.(Incluído
pelo Decreto nº 4.032, de 2001) § 3º Na hipótese do § 2º, a receita bruta
correspondente aos serviços prestados a
§ 22. A pessoa jurídica, exceto a agroindús- terceiros não integram a base de cálculo da
tria, que, além da atividade rural, explorar contribuição de que trata o caput. (Incluído
também outra atividade econômica autô- pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
noma, quer seja comercial, industrial ou de
serviços, no mesmo ou em estabelecimento § 4º O disposto neste artigo não se aplica:
distinto, independentemente de qual seja (Redação dada pelo Decreto nº 4.862, de
a atividade preponderante, contribuirá de 2003)
acordo com os incisos I, II e III do art. 201 e

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I – às sociedades cooperativas e às agroin- cooperado, na forma definida pelo INSS.(In-


dústrias de piscicultura, carcinicultura, sui- cluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
nocultura e avicultura; e(Incluído pelo De-
creto nº 4.862, de 2003) § 2º A cooperativa é diretamente respon-
sável pela arrecadação e recolhimento da
II – à pessoa jurídica que, relativamente à contribuição previdenciária dos segurados
atividade rural, se dedique apenas ao flores- contratados na forma deste artigo.(Incluído
tamento e reflorestamento como fonte de pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
matéria-prima para industrialização própria
mediante a utilização de processo industrial § 3º O disposto neste artigo aplica-se à con-
que modifique a natureza química da ma- tribuição devida ao Serviço Nacional Rural.
deira ou a transforme em pasta celulósica. (Incluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
(Incluído pelo Decreto nº 4.862, de 2003) Art. 201-D. As alíquotas de que tratam os inci-
§ 5º Aplica-se o disposto no inciso II do § 4º sos I e II do art. 201, em relação às empresas
ainda que a pessoa jurídica comercialize re- que prestam serviços de tecnologia da informa-
síduos vegetais ou sobras ou partes da pro- ção – TI e de tecnologia da informação e comu-
dução, desde que a receita bruta decorren- nicação – TIC, ficam reduzidas de acordo com
te dessa comercialização represente menos a aplicação sucessiva das seguintes operações:
de um por cento de sua receita bruta pro- (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009) (Pro-
veniente da comercialização da produção. dução de efeito)
(Incluído pelo Decreto nº 4.862, de 2003) I – subtrair do valor da receita bruta total de
Art. 201-B. Aplica-se o disposto no artigo an- venda de bens e serviços relativa aos doze
terior, ainda que a agroindústria explore, tam- meses imediatamente anteriores ao trimes-
bém, outra atividade econômica autônoma, no tre-calendário o valor correspondente aos
mesmo ou em estabelecimento distinto, hipóte- impostos e às contribuições incidentes so-
se em que a contribuição incidirá sobre o valor bre venda; (Incluído pelo Decreto nº 6.945,
da receita bruta dela decorrente. (Incluído pelo de 2009) (Produção de efeito)
Decreto nº 4.032, de 2001) II – identificar, no valor da receita bruta to-
Art. 201-C. Quando a cooperativa de produção tal resultante da operação prevista no inciso
rural contratar empregados para realizarem, ex- I, a parte relativa aos serviços mencionados
clusivamente, a colheita da produção de seus nos §§ 3º e 4º que foram exportados; (Inclu-
cooperados, as contribuições de que tratam o ído pelo Decreto nº 6.945, de 2009) (Produ-
art. 201, I, e o art. 202, relativas à folha de sa- ção de efeito)
lário destes segurados, serão substituídas pela III – dividir a receita bruta de exportação re-
contribuição devida pelos cooperados, cujas sultante do inciso II pela receita bruta total
colheitas sejam por eles realizadas, incidentes resultante do inciso I; (Incluído pelo Decreto
sobre a receita bruta da comercialização da pro- nº 6.945, de 2009) (Produção de efeito)
dução rural, na forma prevista no art. 200, se
pessoa física, no inciso IV do caput do art. 201 e IV – multiplicar a razão decorrente do inciso
no § 8º do art. 202, se pessoa jurídica. (Incluído III por um décimo; (Incluído pelo Decreto nº
pelo Decreto nº 4.032, de 2001) 6.945, de 2009) (Produção de efeito)

§ 1º A cooperativa deverá elaborar folha de V – multiplicar o valor encontrado de acor-


salários distinta e apurar os encargos decor- do com a operação do inciso IV por cem,
rentes da contratação de que trata o caput para que se chegue ao percentual de re-
separadamente dos relativos aos seus em- dução; (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de
pregados regulares, discriminadamente por 2009) (Produção de efeito)

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VI – subtrair de vinte por cento o percentual VII – suporte técnico em informática, inclu-
resultante do inciso V, de forma que se ob- sive instalação, configuração e manutenção
tenha a nova alíquota percentual a ser apli- de programas de computação e bancos de
cada sobre a base de cálculo da contribui- dados; e (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de
ção previdenciária. (Incluído pelo Decreto 2009) (Produção de efeito)
nº 6.945, de 2009) (Produção de efeito)
VIII – planejamento, confecção, manuten-
§ 1º A alíquota apurada na forma do inciso ção e atualização de páginas eletrônicas.
VI do caput será aplicada uniformemente (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009)
nos meses que compõem o trimestre-calen- (Produção de efeito)
dário. (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de
2009) (Produção de efeito) § 4º O disposto neste artigo aplica-se tam-
bém a empresas que prestam serviços de
§ 2º No caso de empresa em início de ativi- call center. (Incluído pelo Decreto nº 6.945,
dades ou sem receita de exportação até a de 2009) (Produção de efeito)
data de publicação da Lei nº 11.774, de 17
de setembro de 2008, a apuração de que § 5º No caso das empresas que prestam
trata o caput poderá ser realizada com base serviços referidos nos §§ 3º e 4º, os valores
em período inferior a doze meses, observa- das contribuições devidas a terceiros, deno-
do o mínimo de três meses anteriores. (In- minados outras entidades ou fundos, com
cluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009) (Pro- exceção do Fundo Nacional de Desenvolvi-
dução de efeito) mento da Educação – FNDE, ficam reduzi-
dos no percentual resultante das operações
§ 3º Para efeito do caput, consideram-se referidas no caput e de acordo com a apli-
serviços de TI e TIC: (Incluído pelo Decreto cação sucessiva das seguintes operações:
nº 6.945, de 2009) (Produção de efeito) (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009)
(Produção de efeito)
I – análise e desenvolvimento de sistemas;
(Incluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009) I – calcular a contribuição devida no mês a
(Produção de efeito) cada entidade ou fundo, levando em consi-
deração as regras aplicadas às empresas em
II – programação; (Incluído pelo Decreto nº geral; (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de
6.945, de 2009) (Produção de efeito) 2009) (Produção de efeito)
III – processamento de dados e congêneres; II – aplicar o percentual de redução, resul-
(Incluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009) tante do inciso V do caput, sobre o valor re-
(Produção de efeito) sultante do inciso I; (Incluído pelo Decreto
IV – elaboração de programas de computa- nº 6.945, de 2009) (Produção de efeito)
dores, inclusive de jogos eletrônicos; (Inclu- III – subtrair, do valor apurado na forma do
ído pelo Decreto nº 6.945, de 2009) (Produ- inciso I, o valor obtido no inciso II, o que
ção de efeito) resultará no valor a ser recolhido a cada
V – licenciamento ou cessão de direito de entidade ou fundo no mês. (Incluído pelo
uso de programas de computação; (Incluído Decreto nº 6.945, de 2009) (Produção de
pelo Decreto nº 6.945, de 2009) (Produção efeito)
de efeito) § 6º As reduções de que tratam o caput e
VI – assessoria e consultoria em informá- o § 5º pressupõem o atendimento ao se-
tica; (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de guinte: (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de
2009) (Produção de efeito) 2009) (Produção de efeito)

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I – até 31 de dezembro de 2009, a empresa I – para capacitação de pessoal, relacionada


deverá implementar o Programa de Preven- a aspectos técnicos associados aos serviços
ção de Riscos Ambientais e de Doenças Ocu- de TI e TIC, referidos no § 3º, bem como a
pacionais previsto em lei, caracterizado pela serviços de call centers, aí incluída a capa-
plena execução do Programa de Prevenção citação em temas diretamente relacionados
de Riscos Ambientais – PPRA e do Progra- com qualidade de produtos, processos ou
ma de Controle Médico de Saúde Ocupa- sistemas, bem como a proficiência em lín-
cional – PCMSO, conforme disciplinado nas guas estrangeiras; (Incluído pelo Decreto nº
normas regulamentadoras do Ministério do 6.945, de 2009) (Produção de efeito)
Trabalho e Emprego, devendo ainda esta-
belecer metas de melhoria das condições II – relacionadas ao desenvolvimento de
e do ambiente de trabalho que reduzam a atividades de avaliação de conformidade,
ocorrência de benefícios por incapacidade incluindo certificação de produtos, serviços
decorrentes de acidentes do trabalho ou e sistemas, realizadas com entidades ou es-
doenças ocupacionais em pelo menos cinco pecialistas do País ou do exterior; (Incluído
por cento em relação ao ano anterior; (Re- pelo Decreto nº 6.945, de 2009) (Produção
dação dada pelo Decreto nº 7.331, de 2010) de efeito)

II – até 31 de dezembro de 2010, a empresa III – realizadas com desenvolvimento tec-


que comprovar estar executando o progra- nológico de produtos, processos e serviços,
ma de prevenção de riscos ambientais e de sendo consideradas atividades de pesquisa
doenças ocupacionais implantado nos prazo e desenvolvimento em TI aquelas dispostas
e forma estabelecidos no inciso I, terá pre- nos arts. 24 e 25 do Decreto no 5.906, de
sumido o atendimento à exigência fixada no 26 de setembro de 2006; ou (Incluído pelo
inciso I do § 9º do art. 14 da Lei nº 11.774, Decreto nº 6.945, de 2009) (Produção de
de 2008; (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de efeito)
2009) (Produção de efeito) (Vide Decreto nº IV – realizadas no apoio a projetos de de-
6.945, de 2009) senvolvimento científico ou tecnológico,
III – a partir de 1º de janeiro de 2011, a em- por instituições de pesquisa e desenvolvi-
presa deverá comprovar a eficácia do res- mento, conforme definidos nos arts. 27 e
pectivo programa de prevenção de riscos 28 do Decreto no 5.906, de 2006, devida-
ambientais e de doenças ocupacionais, por mente credenciadas pelo Comitê da Área
meio de relatórios que atestem o atendi- de Tecnologia da Informação – CATI ou pelo
mento da meta de redução de sinistralidade Comitê das Atividades de Pesquisa e Desen-
nele estabelecida; (Incluído pelo Decreto nº volvimento da Amazônia – CAPDA. (Incluído
6.945, de 2009) (Produção de efeito) (Vide pelo Decreto nº 6.945, de 2009) (Produção
Decreto nº 6.945, de 2009) de efeito)

IV – (Revogado pelo Decreto nº 7.331, de § 8º O valor do benefício e a especificação


2010) das contrapartidas referidos no § 7º deve-
rão ser declarados formalmente pelas em-
§ 7º Sem prejuízo do disposto no § 6º, as presas beneficiárias, a cada exercício, ao
empresas dos setores de TI e de TIC só farão Ministério da Ciência e Tecnologia, na forma
jus às reduções de que tratam o caput e o § a ser definida em ato daquele Ministério.
5º se aplicarem montante igual ou superior (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009)
a dez por cento do benefício auferido, alter- (Produção de efeito)
nativa ou cumulativamente em despesas:
(Incluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009) § 9º Para fins do § 8º, as empresas benefi-
(Produção de efeito) ciadas pela Lei nº 8.248, de 23 de outubro

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de 1991, poderão deduzir do montante pre- dos seguintes percentuais, incidentes sobre o
visto no § 7º as despesas efetivamente re- total da remuneração paga, devida ou creditada
alizadas, no atendimento às exigências da a qualquer título, no decorrer do mês, ao segu-
referida Lei, observado o disposto no § 10. rado empregado e trabalhador avulso:
(Incluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009)
(Produção de efeito) I – um por cento para a empresa em cuja
atividade preponderante o risco de aciden-
§ 10. O disposto no § 9º aplica-se exclusiva- te do trabalho seja considerado leve;
mente às despesas de mesma natureza das
previstas no § 7º. (Incluído pelo Decreto nº II – dois por cento para a empresa em cuja
6.945, de 2009) (Produção de efeito) atividade preponderante o risco de aciden-
te do trabalho seja considerado médio; ou
§ 11. A União compensará, mensalmente, o
Fundo do Regime Geral de Previdência So- III – três por cento para a empresa em cuja
cial, de que trata o art. 68 da Lei Comple- atividade preponderante o risco de aciden-
mentar no 101, de 4 de maio de 2000, no te do trabalho seja considerado grave.
valor correspondente à renúncia previden- § 1º As alíquotas constantes do caput se-
ciária decorrente da desoneração de que rão acrescidas de doze, nove ou seis pontos
trata este artigo, de forma a não afetar a percentuais, respectivamente, se a ativida-
apuração do resultado financeiro do Regi- de exercida pelo segurado a serviço da em-
me Geral de Previdência Social. (Incluído presa ensejar a concessão de aposentadoria
pelo Decreto nº 6.945, de 2009) (Produção especial após quinze, vinte ou vinte e cinco
de efeito) anos de contribuição.
§ 12. A renúncia de que trata o § 11 consis- § 2º O acréscimo de que trata o parágrafo
tirá na diferença entre o valor da contribui- anterior incide exclusivamente sobre a re-
ção que seria devido, como se não houvesse muneração do segurado sujeito às condi-
incentivo, e o valor da contribuição efetiva- ções especiais que prejudiquem a saúde ou
mente recolhido. (Incluído pelo Decreto nº a integridade física.
6.945, de 2009) (Produção de efeito)
§ 3º Considera-se preponderante a ativida-
§ 13. O valor estimado da renúncia será in- de que ocupa, na empresa, o maior número
cluído na Lei Orçamentária Anual, sem pre- de segurados empregados e trabalhadores
juízo do repasse enquanto não constar na avulsos.
mencionada Lei. (Incluído pelo Decreto nº
6.945, de 2009) (Produção de efeito) § 4º A atividade econômica preponderante
da empresa e os respectivos riscos de aci-
§ 14. O não-cumprimento das exigências de dentes do trabalho compõem a Relação de
que tratam os §§ 6º e 7º implica a perda do Atividades Preponderantes e corresponden-
direito das reduções de que tratam o caput tes Graus de Risco, prevista no Anexo V.
e o § 5º, ensejando o recolhimento da di-
ferença de contribuições com os acréscimos § 5º É de responsabilidade da empresa rea-
legais cabíveis.(Incluído pelo Decreto nº lizar o enquadramento na atividade prepon-
6.945, de 2009) (Produção de efeito) derante, cabendo à Secretaria da Receita
Previdenciária do Ministério da Previdência
Art. 202. A contribuição da empresa, destinada Social revê-lo a qualquer tempo. (Redação
ao financiamento da aposentadoria especial, dada pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
nos termos dos arts. 64 a 70, e dos benefícios
concedidos em razão do grau de incidência de § 6º Verificado erro no auto-enquadramen-
incapacidade laborativa decorrente dos riscos to, a Secretaria da Receita Previdenciária
ambientais do trabalho corresponde à aplicação adotará as medidas necessárias à sua corre-

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ção, orientará o responsável pela empresa § 13. A empresa informará mensalmen-


em caso de recolhimento indevido e pro- te, por meio da Guia de Recolhimento do
cederá à notificação dos valores devidos. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e
(Redação dada pelo Decreto nº 6.042, de Informações à Previdência Social – GFIP, a
2007). alíquota correspondente ao seu grau de ris-
co, a respectiva atividade preponderante e
§ 7º O disposto neste artigo não se aplica a atividade do estabelecimento, apuradas
à pessoa física de que trata a alínea "a" do de acordo com o disposto nos §§ 3º e 5º.
inciso V do caput do art. 9º. (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
§ 8º Quando se tratar de produtor rural pes- Art. 202-A. As alíquotas constantes nos incisos I
soa jurídica que se dedique à produção ru- a III do art. 202 serão reduzidas em até cinquen-
ral e contribua nos moldes do inciso IV do ta por cento ou aumentadas em até cem por
caput do art. 201, a contribuição referida cento, em razão do desempenho da empresa
neste artigo corresponde a zero vírgula um em relação à sua respectiva atividade, aferido
por cento incidente sobre a receita bruta pelo Fator Acidentário de Prevenção – FAP. (In-
proveniente da comercialização de sua pro- cluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
dução.
§ 1º O FAP consiste num multiplicador va-
§ 9º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de riável num intervalo contínuo de cinco dé-
1999) cimos (0,5000) a dois inteiros (2,0000),
§ 10. Será devida contribuição adicional de aplicado com quatro casas decimais, con-
doze, nove ou seis pontos percentuais, a siderado o critério de arredondamento na
cargo da cooperativa de produção, inciden- quarta casa decimal, a ser aplicado à res-
te sobre a remuneração paga, devida ou pectiva alíquota. (Redação dada pelo Decre-
creditada ao cooperado filiado, na hipóte- to nº 6.957, de 2009)
se de exercício de atividade que autorize a § 2º Para fins da redução ou majoração a
concessão de aposentadoria especial após que se refere o caput, proceder-se-á à dis-
quinze, vinte ou vinte e cinco anos de con- criminação do desempenho da empresa,
tribuição, respectivamente. (Incluído pelo dentro da respectiva atividade econômica, a
Decreto nº 4.729, de 2003) partir da criação de um índice composto pe-
§ 11. Será devida contribuição adicional de los índices de gravidade, de frequência e de
nove, sete ou cinco pontos percentuais, a custo que pondera os respectivos percentis
cargo da empresa tomadora de serviços de com pesos de cinquenta por cento, de trinta
cooperado filiado a cooperativa de traba- cinco por cento e de quinze por cento, res-
lho, incidente sobre o valor bruto da nota pectivamente. (Redação dada pelo Decreto
fiscal ou fatura de prestação de serviços, nº 6.957, de 2009)
conforme a atividade exercida pelo coope- § 3º (Revogado pelo Decreto nº 6.957, de
rado permita a concessão de aposentadoria 2009)
especial após quinze, vinte ou vinte e cinco
anos de contribuição, respectivamente. (In- § 4º Os índices de frequência, gravidade e
cluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003) custo serão calculados segundo metodo-
logia aprovada pelo Conselho Nacional de
§ 12. Para os fins do § 11, será emitida nota Previdência Social, levando-se em conta:
fiscal ou fatura de prestação de serviços es- (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
pecífica para a atividade exercida pelo coo-
perado que permita a concessão de aposen- I – para o índice de frequência, os registros
tadoria especial. (Incluído pelo Decreto nº de acidentes e doenças do trabalho infor-
4.729, de 2003) mados ao INSS por meio de Comunicação

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de Acidente do Trabalho – CAT e de bene- mês, no Diário Oficial da União, os róis dos
fícios acidentários estabelecidos por nexos percentis de frequência, gravidade e custo
técnicos pela perícia médica do INSS, ainda por Subclasse da Classificação Nacional de
que sem CAT a eles vinculados; (Redação Atividades Econômicas – CNAE e divulgará
dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009) na rede mundial de computadores o FAP de
cada empresa, com as respectivas ordens
II – para o índice de gravidade, todos os de frequência, gravidade, custo e demais
casos de auxílio-doença, auxílio-acidente, elementos que possibilitem a esta verificar
aposentadoria por invalidez e pensão por o respectivo desempenho dentro da sua
morte, todos de natureza acidentária, aos CNAE-Subclasse. (Redação dada pelo Decre-
quais são atribuídos pesos diferentes em to nº 6.957, de 2009)
razão da gravidade da ocorrência, como se-
gue: (Redação dada pelo Decreto nº 6.957, § 6º O FAP produzirá efeitos tributários a
de 2009) partir do primeiro dia do quarto mês subse-
quente ao de sua divulgação. (Incluído pelo
a) pensão por morte: peso de cinquenta por Decreto nº 6.042, de 2007).
cento; (Incluído pelo Decreto nº 6.957, de
2009) § 7º Para o cálculo anual do FAP, serão uti-
lizados os dados de janeiro a dezembro de
b) aposentadoria por invalidez: peso de cada ano, até completar o período de dois
trinta por cento; e (Incluído pelo Decreto nº anos, a partir do qual os dados do ano ini-
6.957, de 2009) cial serão substituídos pelos novos dados
c) auxílio-doença e auxílio-acidente: peso anuais incorporados. (Redação dada pelo
de dez por cento para cada um; e (Incluído Decreto nº 6.957, de 2009)
pelo Decreto nº 6.957, de 2009) § 8º Para a empresa constituída após janei-
III – para o índice de custo, os valores dos ro de 2007, o FAP será calculado a partir de
benefícios de natureza acidentária pagos ou 1º de janeiro do ano ano seguinte ao que
devidos pela Previdência Social, apurados completar dois anos de constituição. (Reda-
da seguinte forma: (Redação dada pelo De- ção dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009)
creto nº 6.957, de 2009) § 9º Excepcionalmente, no primeiro proces-
a) nos casos de auxílio-doença, com base no samento do FAP serão utilizados os dados
tempo de afastamento do trabalhador, em de abril de 2007 a dezembro de 2008. (Re-
meses e fração de mês; e (Incluído pelo De- dação dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009)
creto nº 6.957, de 2009) § 10. A metodologia aprovada pelo Conse-
b) nos casos de morte ou de invalidez, par- lho Nacional de Previdência Social indicará
cial ou total, mediante projeção da expec- a sistemática de cálculo e a forma de aplica-
tativa de sobrevida do segurado, na data ção de índices e critérios acessórios à com-
de início do benefício, a partir da tábua de posição do índice composto do FAP. (Incluí-
mortalidade construída pela Fundação Ins- do pelo Decreto nº 6.957, de 2009)
tituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Art. 202-B. O FAP atribuído às empresas pelo
IBGE para toda a população brasileira, con- Ministério da Previdência Social poderá ser con-
siderando-se a média nacional única para testado perante o Departamento de Políticas
ambos os sexos. (Incluído pelo Decreto nº de Saúde e Segurança Ocupacional da Secreta-
6.957, de 2009) ria Políticas de Previdência Social do Ministério
§ 5º O Ministério da Previdência Social pu- da Previdência Social, no prazo de trinta dias da
blicará anualmente, sempre no mesmo sua divulgação oficial. (Incluído pelo Decreto nº
7.126, de 2010)

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§ 1º A contestação de que trata o caput de- Art. 204. As contribuições a cargo da empresa,
verá versar, exclusivamente, sobre razões provenientes do faturamento e do lucro, des-
relativas a divergências quanto aos elemen- tinadas à seguridade social, são arrecadadas,
tos previdenciários que compõem o cálculo normatizadas, fiscalizadas e cobradas pela Se-
do FAP. (Incluído pelo Decreto nº 7.126, de cretaria da Receita Federal. (Redação dada pelo
2010) Decreto nº 4.729, de 2003)
§ 2º Da decisão proferida pelo Departa- I – até 31 de março de 1992, dois por cento
mento de Políticas de Saúde e Segurança sobre sua receita bruta, estabelecida segun-
Ocupacional, caberá recurso, no prazo de do o disposto no § 1º do art. 1º do Decreto-
trinta dias da intimação da decisão, para a -lei nº 1.940, de 25 de maio de 1982, com
Secretaria de Políticas de Previdência Social, a redação dada pelo art. 22 do Decreto-lei
que examinará a matéria em caráter termi- nº 2.397, de 21 de dezembro de 1987, e al-
nativo. (Incluído pelo Decreto nº 7.126, de terações posteriores; a partir de 1º de abril
2010) de 1992 até 31 de janeiro de 1999, dois por
cento sobre o faturamento mensal, assim
§ 3º O processo administrativo de que trata considerado a receita bruta das vendas de
este artigo tem efeito suspensivo. (Incluído mercadorias, de mercadorias e serviços e
pelo Decreto nº 7.126, de 2010) de serviços de qualquer natureza, nos ter-
Art. 203. A fim de estimular investimentos des- mos da Lei Complementar nº 70, de 30 de
tinados a diminuir os riscos ambientais no tra- dezembro de 1991; a partir de 1º de feve-
balho, o Ministério da Previdência e Assistência reiro de 1999, três por cento sobre o fatura-
Social poderá alterar o enquadramento de em- mento, nos termos da Lei nº 9.718, de 27 de
presa que demonstre a melhoria das condições novembro de 1998; e
do trabalho, com redução dos agravos à saúde II – até 31 de dezembro de 1995, dez por
do trabalhador, obtida através de investimentos cento sobre o lucro líquido do período-
em prevenção e em sistemas gerenciais de ris- -base, antes da provisão para o Imposto de
co. Renda, ajustado na forma do art. 2º da Lei
§ 1º A alteração do enquadramento estará nº 8.034, de 12 de abril de 1990; a partir de
condicionada à inexistência de débitos em 1º de janeiro de 1996, oito por cento sobre
relação às contribuições devidas ao Institu- o lucro líquido, nos termos da Lei nº 9.249,
to Nacional do Seguro Social e aos demais de 26 de dezembro de 1995.
requisitos estabelecidos pelo Ministério da §§ 1º a 3º (Revogado pelo Decreto nº 4.729,
Previdência e Assistência Social. de 2003)
§ 2º O Instituto Nacional do Seguro Social, Art. 205. A contribuição empresarial da associa-
com base principalmente na comunicação ção desportiva que mantém equipe de futebol
prevista no art. 336, implementará sistema profissional, destinada à seguridade social, em
de controle e acompanhamento de aciden- substituição às previstas no inciso I do caput
tes do trabalho. do art. 201 e no art. 202, corresponde a cinco
§ 3º Verificado o descumprimento por parte por cento da receita bruta decorrente dos es-
da empresa dos requisitos fixados pelo Mi- petáculos desportivos de que participe em todo
nistério da Previdência e Assistência Social, território nacional, em qualquer modalidade
para fins de enquadramento de que trata o desportiva, inclusive jogos internacionais, e de
artigo anterior, o Instituto Nacional do Se- qualquer forma de patrocínio, licenciamento de
guro Social procederá à notificação dos va- uso de marcas e símbolos, publicidade, propa-
lores devidos. ganda e transmissão de espetáculos desporti-
vos.

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§ 1º Cabe à entidade promotora do espe- e 204, a partir da competência novembro
táculo a responsabilidade de efetuar o des- de 1991.
conto de cinco por cento da receita bruta § 8º O disposto no caput e §§ 1º a 6º aplica-
decorrente dos espetáculos desportivos e o -se à associação desportiva que mantém
respectivo recolhimento ao Instituto Nacio- equipe de futebol profissional e que se or-
nal do Seguro Social, no prazo de até dois ganize na forma da Lei nº 9.615, de 24 de
dias úteis após a realização do evento. março de 1998.
§ 2º Cabe à associação desportiva que man-
tém equipe de futebol profissional informar Seção II
à entidade promotora do espetáculo des- DA ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES
portivo todas as receitas auferidas no even-
Art. 206. (Revogado pelo Decreto nº 7.237, de
to, discriminando-as detalhadamente.
2010).
§ 3º Cabe à empresa ou entidade que re- Art. 207. (Revogado pelo Decreto nº 7.237, de
passar recursos a associação desportiva que 2010).
mantém equipe de futebol profissional, a
título de patrocínio, licenciamento de uso Art. 208. (Revogado pelo Decreto nº 7.237, de
de marcas e símbolos, publicidade, propa- 2010).
ganda e transmissão de espetáculos, a res- Art. 209. (Revogado pelo Decreto nº 7.237, de
ponsabilidade de reter e recolher, no prazo 2010).
estabelecido na alínea "b" do inciso I do art.
Art. 210. (Revogado pelo Decreto nº 7.237, de
216, o percentual de cinco por cento da re-
2010).
ceita bruta, inadmitida qualquer dedução.
§ 4º O Conselho Deliberativo do Instituto Seção III
Nacional de Desenvolvimento do Desporto DA CONTRIBUIÇÃO DO
informará ao Instituto Nacional do Seguro EMPREGADOR DOMÉSTICO
Social, com a antecedência necessária, a
realização de todo espetáculo esportivo de Art. 211. A contribuição do empregador domés-
que a associação desportiva referida no ca- tico é de doze por cento do salário-de-contribui-
put participe no território nacional. ção do empregado doméstico a seu serviço.
§ 5º O não-recolhimento das contribuições
a que se referem os §§ 1º e 3º nos prazos
estabelecidos no § 1º deste artigo e na alí- CAPÍTULO V
nea "b" do inciso I do art. 216, respectiva- DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A RECEITA
mente, sujeitará os responsáveis ao paga-
mento de atualização monetária, quando DE CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS
couber, juros moratórios e multas, na forma Art. 212. Constitui receita da seguridade social
do art. 239. a renda líquida dos concursos de prognósticos,
§ 6º O não-desconto ou a não-retenção das excetuando-se os valores destinados ao Progra-
contribuições a que se referem os §§ 1º e 3º ma de Crédito Educativo.
sujeitará a entidade promotora do espetá- § 1º Consideram-se concurso de prognós-
culo, a empresa ou a entidade às penalida- ticos todo e qualquer concurso de sorteio
des previstas no art. 283. de números ou quaisquer outros símbolos,
§ 7º O disposto neste artigo não se aplica às loterias e apostas de qualquer natureza no
demais entidades desportivas, que continu- âmbito federal, estadual, do Distrito Fede-
am a contribuir na forma dos arts. 201, 202 ral ou municipal, promovidos por órgãos do

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Poder Público ou por sociedades comerciais III – as receitas provenientes de prestação


ou civis. de outros serviços e de fornecimento ou ar-
§ 2º A contribuição de que trata este artigo rendamento de bens;
constitui-se de: IV – as demais receitas patrimoniais, indus-
I – renda líquida dos concursos de prognós- triais e financeiras;
ticos realizados pelos órgãos do Poder Pú- V- as doações, legados, subvenções e outras
blico destinada à seguridade social de sua receitas eventuais;
esfera de governo;
II – cinco por cento sobre o movimento glo- VI – cinquenta por cento da receita obtida
bal de apostas em prado de corridas; e na forma do parágrafo único do art. 243 da
Constituição Federal, repassados pelo Insti-
III – cinco por cento sobre o movimento glo- tuto Nacional do Seguro Social aos órgãos
bal de sorteio de números ou de quaisquer responsáveis pelas ações de proteção à
modalidades de símbolos. saúde e a ser aplicada no tratamento e re-
§ 3º Para o efeito do disposto no parágrafo cuperação de viciados em entorpecentes e
anterior, entende-se como: drogas afins;
I – renda líquida – o total da arrecadação, VII – quarenta por cento do resultado dos
deduzidos os valores destinados ao paga- leilões dos bens apreendidos pela Secreta-
mento de prêmios, de impostos e de despe- ria da Receita Federal; e
sas com administração;
VIII – outras receitas previstas em legislação
II – movimento global das apostas – total específica.
das importâncias relativas às várias moda-
lidades de jogos, inclusive o de acumulada, Parágrafo único. As companhias segura-
apregoadas para o público no prado de cor- doras que mantém seguro obrigatório de
rida, subsede ou outra dependência da en- danos pessoais causados por veículos au-
tidade; e tomotores de vias terrestres, de que trata a
Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974,
III – movimento global de sorteio de núme- deverão repassar à seguridade social cin-
ros – o total da receita bruta, apurada com a quenta por cento do valor total do prêmio
venda de cartelas, cartões ou quaisquer ou- recolhido, destinados ao Sistema Único de
tras modalidades, para sorteio realizado em Saúde, para custeio da assistência médico-
qualquer condição. -hospitalar dos segurados vitimados em aci-
dentes de trânsito.(Redação dada pelo De-
creto nº 3.265, de 1999)
CAPÍTULO VI
DAS OUTRAS RECEITAS DA
SEGURIDADE SOCIAL CAPÍTULO VII
Art. 213. Constituem outras receitas da seguri- DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO
dade social: Art. 214. Entende-se por salário-de-contribui-
I – as multas, a atualização monetária e os ção:
juros moratórios; I – para o empregado e o trabalhador avul-
II – a remuneração recebida pela prestação so: a remuneração auferida em uma ou mais
de serviços de arrecadação, fiscalização e empresas, assim entendida a totalidade dos
cobrança prestados a terceiros; rendimentos pagos, devidos ou creditados a

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qualquer título, durante o mês, destinados a § 3º O limite mínimo do salário-de-contri-
retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua buição corresponde:(Redação dada pelo
forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habi- Decreto nº 3.265, de 1999)
tuais sob a forma de utilidades e os adian-
tamentos decorrentes de reajuste salarial, I – para os segurados contribuinte individu-
quer pelos serviços efetivamente prestados, al e facultativo, ao salário mínimo; e (Incluí-
quer pelo tempo à disposição do emprega- do pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
dor ou tomador de serviços, nos termos da II – para os segurados empregado, inclusive
lei ou do contrato ou, ainda, de convenção o doméstico, e trabalhador avulso, ao piso
ou acordo coletivo de trabalho ou sentença salarial legal ou normativo da categoria ou,
normativa; inexistindo este, ao salário mínimo, tomado
II – para o empregado doméstico: a remu- no seu valor mensal, diário ou horário, con-
neração registrada na Carteira Profissional forme o ajustado e o tempo de trabalho efe-
e/ou na Carteira de Trabalho e Previdência tivo durante o mês. (Incluído pelo Decreto
Social, observados os limites mínimo e má- nº 3.265, de 1999)
ximo previstos nos §§ 3º e 5º; § 4º A remuneração adicional de férias de
III – para o contribuinte individual: a remu- que trata o inciso XVII do art. 7º da Cons-
neração auferida em uma ou mais empresas tituição Federal integra o salário-de-contri-
ou pelo exercício de sua atividade por conta buição.
própria, durante o mês, observados os limi- § 5º O valor do limite máximo do salário-de-
tes a que se referem os §§ 3º e 5º; (Redação -contribuição será publicado mediante por-
dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) taria do Ministério da Previdência e Assis-
IV – para o dirigente sindical na qualidade tência Social, sempre que ocorrer alteração
de empregado: a remuneração paga, devi- do valor dos benefícios.
da ou creditada pela entidade sindical, pela § 6º A gratificação natalina – décimo tercei-
empresa ou por ambas; e ro salário – integra o salário-de-contribui-
V – para o dirigente sindical na qualidade ção, exceto para o cálculo do salário-de-be-
de trabalhador avulso: a remuneração paga, nefício, sendo devida a contribuição quando
devida ou creditada pela entidade sindical. do pagamento ou crédito da última parcela
ou na rescisão do contrato de trabalho.
VI – para o segurado facultativo: o valor por
ele declarado, observados os limites a que § 7º A contribuição de que trata o § 6º inci-
se referem os §§ 3º e 5º; (Incluído pelo De- dirá sobre o valor bruto da gratificação, sem
creto nº 3.265, de 1999) compensação dos adiantamentos pagos,
mediante aplicação, em separado, da tabela
§ 1º Quando a admissão, a dispensa, o afas- de que trata o art. 198 e observadas as nor-
tamento ou a falta do empregado, inclusive mas estabelecidas pelo Instituto Nacional
o doméstico, ocorrer no curso do mês, o sa- do Seguro Social.
lário-de-contribuição será proporcional ao
número de dias efetivamente trabalhados, § 8º O valor das diárias para viagens, quan-
observadas as normas estabelecidas pelo do excedente a cinquenta por cento da re-
Instituto Nacional do Seguro Social. muneração mensal do empregado, integra
o salário-de-contribuição pelo seu valor to-
§ 2º O salário-maternidade é considerado tal.
salário-de-contribuição.
§ 9º Não integram o salário-de-contribui-
ção, exclusivamente:

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I – os benefícios da previdência social, nos g) indenização por dispensa sem justa cau-
termos e limites legais, ressalvado o dispos- sa no período de trinta dias que antecede a
to no § 2º; correção salarial a que se refere o art. 9º da
Lei nº 7.238, de 29 de outubro de 1984;
II – a ajuda de custo e o adicional mensal re-
cebidos pelo aeronauta, nos termos da Lei h) indenizações previstas nos arts. 496 e
nº 5.929, de 30 de outubro de 1973; 497 da Consolidação das Leis do Trabalho;
III – a parcela in natura recebida de acordo i) abono de férias na forma dos arts. 143 e
com programa de alimentação aprovado 144 da Consolidação das Leis do Trabalho;
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, nos
termos da Lei nº 6.321, de 14 de abril de j) ganhos eventuais e abonos expressamen-
1976; te desvinculados do salário por força de lei;
(Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de
IV – as importâncias recebidas a título de fé- 1999)
rias indenizadas e respectivo adicional cons-
titucional, inclusive o valor correspondente l) licença-prêmio indenizada; e
à dobra da remuneração de férias de que m) outras indenizações, desde que expres-
trata o art. 137 da Consolidação das Leis do samente previstas em lei;
Trabalho;
VI – a parcela recebida a título de vale-
V – as importâncias recebidas a título de: -transporte, na forma da legislação própria;
a) indenização compensatória de quaren- VII – a ajuda de custo, em parcela única, re-
ta por cento do montante depositado no cebida exclusivamente em decorrência de
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, mudança de local de trabalho do emprega-
como proteção à relação de emprego con- do, na forma do art. 470 da Consolidação
tra despedida arbitrária ou sem justa causa, das Leis do Trabalho;
conforme disposto no inciso I do art. 10 do
Ato das Disposições Constitucionais Transi- VIII – as diárias para viagens, desde que não
tórias; excedam a cinquenta por cento da remune-
ração mensal do empregado;
b) indenização por tempo de serviço, ante-
rior a 5 de outubro de 1988, do emprega- IX – a importância recebida a título de bol-
do não optante pelo Fundo de Garantia do sa de complementação educacional de es-
Tempo de Serviço; tagiário, quando paga nos termos da Lei nº
6.494, de 1977;
c) indenização por despedida sem justa cau-
sa do empregado nos contratos por prazo X – a participação do empregado nos lucros
determinado, conforme estabelecido no ou resultados da empresa, quando paga ou
art. 479 da Consolidação das Leis do Traba- creditada de acordo com lei específica;
lho;
XI – o abono do Programa de Integração
d) indenização do tempo de serviço do sa- Social/Programa de Assistência ao Servidor
frista, quando da expiração normal do con- Público;
trato, conforme disposto no art. 14 da Lei nº
XII – os valores correspondentes a transpor-
5.889, de 8 de junho de 1973;
te, alimentação e habitação fornecidos pela
e) incentivo à demissão; empresa ao empregado contratado para
trabalhar em localidade distante da de sua
f) (Revogado pelo Decreto nº 6.727, de residência, em canteiro de obras ou local
2009) que, por força da atividade, exija desloca-

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mento e estada, observadas as normas de os empregados e dirigentes tenham acesso
proteção estabelecidas pelo Ministério do ao mesmo;
Trabalho e Emprego;
XX – (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de
XIII – a importância paga ao empregado 1999)
a título de complementação ao valor do
auxílio-doença desde que este direito seja XXI – os valores recebidos em decorrência
extensivo à totalidade dos empregados da da cessão de direitos autorais; e
empresa; XXII – o valor da multa paga ao emprega-
XIV – as parcelas destinadas à assistência ao do em decorrência da mora no pagamento
trabalhador da agroindústria canavieira de das parcelas constantes do instrumento de
que trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de rescisão do contrato de trabalho, conforme
dezembro de 1965; previsto no § 8º do art. 477 da Consolidação
das Leis do Trabalho.
XV – o valor das contribuições efetivamente
pago pela pessoa jurídica relativo a progra- XXIII – o reembolso creche pago em confor-
ma de previdência complementar privada, midade com a legislação trabalhista, obser-
aberta ou fechada, desde que disponível à vado o limite máximo de seis anos de idade
totalidade de seus empregados e dirigen- da criança, quando devidamente comprova-
tes, observados, no que couber, os arts. 9º das as despesas; (Incluído pelo Decreto nº
e 468 da Consolidação das Leis do Trabalho; 3.265, de 1999)

XVI – o valor relativo à assistência presta- XXIV – o reembolso babá, limitado ao me-
da por serviço médico ou odontológico, nor salário-de-contribuição mensal e con-
próprio da empresa ou com ela convenia- dicionado à comprovação do registro na
do, inclusive o reembolso de despesas com Carteira de Trabalho e Previdência Social
medicamentos, óculos, aparelhos ortopédi- da empregada, do pagamento da remune-
cos, despesas médico-hospitalares e outras ração e do recolhimento da contribuição
similares, desde que a cobertura abranja a previdenciária, pago em conformidade com
totalidade dos empregados e dirigentes da a legislação trabalhista, observado o limite
empresa; máximo de seis anos de idade da criança; e
(Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
XVII – o valor correspondente a vestuários,
equipamentos e outros acessórios forneci- XXV – o valor das contribuições efetiva-
dos ao empregado e utilizados no local do mente pago pela pessoa jurídica relativo a
trabalho para prestação dos respectivos prêmio de seguro de vida em grupo, desde
serviços; que previsto em acordo ou convenção cole-
tiva de trabalho e disponível à totalidade de
XVIII – o ressarcimento de despesas pelo seus empregados e dirigentes, observados,
uso de veículo do empregado, quando devi- no que couber, os arts. 9º e 468 da Conso-
damente comprovadas; (Redação dada pelo lidação das Leis do Trabalho. (Incluído pelo
Decreto nº 3.265, de 1999) Decreto nº 3.265, de 1999)
XIX – o valor relativo a plano educacional § 10. As parcelas referidas no parágrafo an-
que vise à educação básica, nos termos do terior, quando pagas ou creditadas em de-
art. 21 da Lei nº 9.394, de 1996, e a cursos sacordo com a legislação pertinente, inte-
de capacitação e qualificação profissionais gram o salário-de-contribuição para todos
vinculados às atividades desenvolvidas pela os fins e efeitos, sem prejuízo da aplicação
empresa, desde que não seja utilizado em das cominações legais cabíveis.
substituição de parcela salarial e que todos

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§ 11. Para a identificação dos ganhos habi- Art. 215. (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de
tuais recebidos sob a forma de utilidades, 1999)
deverão ser observados:
I – os valores reais das utilidades recebidas;
ou CAPÍTULO VIII
II – os valores resultantes da aplicação dos DA ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO
percentuais estabelecidos em lei em função DAS CONTRIBUIÇÕES
do salário mínimo, aplicados sobre a remu-
neração paga caso não haja determinação Seção I
dos valores de que trata o inciso I. DAS NORMAS GERAIS
§ 12. O valor pago à empregada gestante, DE ARRECADAÇÃO
inclusive à doméstica, em função do dis-
posto na alínea "b" do inciso II do art. 10 do Art. 216. A arrecadação e o recolhimento das
Ato das Disposições Constitucionais Tran- contribuições e de outras importâncias devidas
sitórias da Constituição Federal, integra o à seguridade social, observado o que a respeito
salário-de-contribuição, excluídos os casos dispuserem o Instituto Nacional do Seguro So-
de conversão em indenização previstos nos cial e a Secretaria da Receita Federal, obedecem
arts. 496 e 497 da Consolidação das Leis do às seguintes normas gerais:
Trabalho. I – a empresa é obrigada a:
§ 13. Para efeito de verificação do limite de a) arrecadar a contribuição do segurado em-
que tratam o § 8º e o inciso VIII do § 9º, não pregado, do trabalhador avulso e do contri-
será computado, no cálculo da remunera- buinte individual a seu serviço, descontan-
ção, o valor das diárias. do-a da respectiva remuneração; (Redação
§ 14. A incidência da contribuição sobre a dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
remuneração das férias ocorrerá no mês a b) recolher o produto arrecadado na forma
que elas se referirem, mesmo quando pagas da alínea “a” e as contribuições a seu car-
antecipadamente na forma da legislação go incidentes sobre as remunerações pagas,
trabalhista. devidas ou creditadas, a qualquer título, in-
§ 15. O valor mensal do auxílio-acidente in- clusive adiantamentos decorrentes de rea-
tegra o salário-de-contribuição, para fins de juste salarial, acordo ou convenção coletiva,
cálculo do salário-de-benefício de qualquer aos segurados empregado, contribuinte in-
aposentadoria, observado, no que couber, o dividual e trabalhador avulso a seu serviço,
disposto no art. 32. e sobre o valor bruto da nota fiscal ou fa-
tura de serviço, relativo a serviços que lhe
§ 16. Não se considera remuneração dire- tenham sido prestados por cooperados, por
ta ou indireta os valores despendidos pelas intermédio de cooperativas de trabalho, até
entidades religiosas e instituições de ensino o dia vinte do mês seguinte àquele a que se
vocacional com ministro de confissão reli- referirem as remunerações, bem como as
giosa, membros de instituto de vida consa- importâncias retidas na forma do art. 219,
grada, de congregação ou de ordem religio- até o dia vinte do mês seguinte àquele da
sa em face do seu mister religioso ou para emissão da nota fiscal ou fatura, antecipan-
sua subsistência, desde que fornecidos em do-se o vencimento para o dia útil imedia-
condições que independam da natureza e tamente anterior quando não houver expe-
da quantidade do trabalho executado. (In- diente bancário no dia vinte; (Redação dada
cluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001) pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

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c) recolher as contribuições de que trata o VI – a pessoa física não produtor rural que
art. 204, na forma e prazos definidos pela adquire produção para venda, no varejo, a
legislação tributária federal; (Redação dada consumidor pessoa física é obrigada a reco-
pelo Decreto nº 4.729, de 2003) lher a contribuição de que trata o art. 200
no prazo referido na alínea "b" do inciso
II – os segurados contribuinte individual, I, no mês subsequente ao da operação de
quando exercer atividade econômica por venda;
conta própria ou prestar serviço a pessoa
física ou a outro contribuinte individual, VII – o produtor rural pessoa jurídica é obri-
produtor rural pessoa física, missão diplo- gado a recolher a contribuição de que trata
mática ou repartição consular de carreira o inciso IV do caput do art. 201 e o § 8º do
estrangeiras, ou quando tratar-se de bra- art. 202 no prazo referido na alínea "b" do
sileiro civil que trabalha no exterior para inciso I, no mês subsequente ao da opera-
organismo oficial internacional do qual o ção de venda; (Redação dada pelo Decreto
Brasil seja membro efetivo, ou ainda, na hi- nº 3.452, de 2000))
pótese do § 28, e o facultativo estão obriga-
dos a recolher sua contribuição, por iniciati- VIII – o empregador doméstico é obriga-
va própria, até o dia quinze do mês seguinte do a arrecadar a contribuição do segurado
àquele a que as contribuições se referirem, empregado doméstico a seu serviço e re-
prorrogando-se o vencimento para o dia útil colhê-la, assim como a parcela a seu cargo,
subsequente quando não houver expedien- no prazo referido no inciso II, cabendo-lhe
te bancário no dia quinze, facultada a opção durante o período da licença-maternidade
prevista no § 15; (Redação dada pelo Decre- da empregada doméstica apenas o recolhi-
to nº 4.729, de 2003) mento da contribuição a seu cargo, faculta-
da a opção prevista no § 16;
III – a empresa adquirente, consumidora ou
consignatária ou a cooperativa são obriga- IX – a empresa que remunera empregado li-
das a recolher a contribuição de que trata o cenciado para exercer mandato de dirigente
art. 200 no prazo referido na alínea "b" do sindical é obrigada a recolher a contribuição
inciso I, no mês subsequente ao da opera- deste, bem como as parcelas a seu cargo, na
ção de venda ou consignação da produção forma deste artigo;
rural, independentemente de estas opera- X – a entidade sindical que remunera diri-
ções terem sido realizadas diretamente com gente que mantém a qualidade de segura-
o produtor ou com o intermediário pessoa do empregado, licenciado da empresa, ou
física; trabalhador avulso é obrigada a recolher a
IV – o produtor rural pessoa física e o se- contribuição destes, bem como as parcelas
gurado especial são obrigados a recolher a a seu cargo, na forma deste artigo; e
contribuição de que trata o art. 200 no pra- XI – a entidade sindical que remunera diri-
zo referido na alínea "b" do inciso I, no mês gente que mantém a qualidade de segurado
subsequente ao da operação de venda, caso contribuinte individual é obrigada a reco-
comercializem a sua produção com adqui- lher a contribuição prevista no inciso II do
rente domiciliado no exterior, diretamente, caput do art. 201 na forma deste artigo, ob-
no varejo, a consumidor pessoa física, a ou- servado o disposto no § 26;(Redação dada
tro produtor rural pessoa física ou a outro pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
segurado especial;
XII – a empresa que remunera contribuinte
V – (Revogado pelo Decreto nº 3.452, de individual é obrigada a fornecer a este com-
2000) provante do pagamento do serviço presta-
do consignando, além dos valores da remu-

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neração e do desconto feito, o número da § 4º A pessoa jurídica de direito privado be-


inscrição do segurado no Instituto Nacional neficiada pela isenção de que tratam os arts.
do Seguro Social; (Redação dada pelo De- 206 ou 207 é obrigada a arrecadar a contri-
creto nº 4.729, de 2003) buição do segurado empregado e do traba-
lhador avulso a seu serviço, descontando-a
XIII – cabe ao empregador, durante o perí- da respectiva remuneração, e recolhê-la no
odo de licença-maternidade da empregada, prazo referido na alínea "b" do inciso I.
recolher apenas a parcela da contribuição a
seu cargo. (Incluído pelo Decreto nº 3.452, § 5º O desconto da contribuição e da con-
de 2000) signação legalmente determinado sempre
se presumirá feito, oportuna e regularmen-
§ 1º O desconto da contribuição do segura- te, pela empresa, pelo empregador domés-
do incidente sobre o valor bruto da gratifi- tico, pelo adquirente, consignatário e co-
cação natalina – décimo terceiro salário – é operativa a isso obrigados, não lhes sendo
devido quando do pagamento ou crédito da lícito alegarem qualquer omissão para se
última parcela e deverá ser calculado em eximirem do recolhimento, ficando os mes-
separado, observado o § 7º do art. 214, e mos diretamente responsáveis pelas impor-
recolhida, juntamente com a contribuição tâncias que deixarem de descontar ou ti-
a cargo da empresa, até o dia vinte do mês verem descontado em desacordo com este
de dezembro, antecipando-se o vencimen- Regulamento.
to para o dia útil imediatamente anterior se
não houver expediente bancário no dia vin- § 6º Sobre os valores das contribuições ar-
te. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de recadadas pelo Instituto Nacional do Segu-
2003) ro Social e não recolhidas até a data de seu
vencimento serão aplicadas na data do pa-
§ 1º-A. O empregador doméstico pode re- gamento as disposições dos arts. 238 e 239.
colher a contribuição do segurado empre-
gado a seu serviço e a parcela a seu cargo § 7º Para apuração e constituição dos crédi-
relativas à competência novembro até o dia tos a que se refere o § 1º do art. 348, a se-
20 de dezembro, juntamente com a contri- guridade social utilizará como base de inci-
buição referente à gratificação natalina – dência o valor da média aritmética simples
décimo terceiro salário – utilizando-se de dos maiores salários-de-contribuição cor-
um único documento de arrecadação. (In- respondentes a oitenta por cento de todo
cluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). o período contributivo decorrido desde a
competência julho de 1994, ainda que não
§ 2º Se for o caso, a contribuição de que recolhidas as contribuições corresponden-
trata o § 1º será atualizada monetariamen- tes, corrigidos mês a mês pelos mesmos ín-
te a partir da data prevista para o seu reco- dices utilizados para a obtenção do salário-
lhimento, utilizando-se o mesmo indexador -de-benefício na forma deste Regulamento,
definido para as demais contribuições arre- observado o limite máximo a que se refere
cadadas pelo Instituto Nacional do Seguro o § 5º do art. 214. (Redação dada pelo De-
Social. creto nº 6.042, de 2007).
§ 3º No caso de rescisão de contrato de tra- § 8º (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de
balho, as contribuições devidas serão reco- 2008).
lhidas no mesmo prazo referido na alínea
"b" do inciso I, do mês subsequente à resci- § 9º No caso de o segurado manifestar in-
são, computando-se em separado a parcela teresse em indenizar contribuições relativas
referente à gratificação natalina – décimo a período em que o exercício de atividade
terceiro salário. remunerada não exigia filiação obrigatória

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à previdência social, aplica-se, desde que a rias, com vencimento no dia quinze do mês
atividade tenha se tornado de filiação obri- seguinte ao de cada trimestre civil, prorro-
gatória, o disposto no § 7º. (Redação dada gando-se o vencimento para o dia útil sub-
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). sequente quando não houver expediente
bancário no dia quinze. (Redação dada pelo
§ 10. O disposto no § 7º não se aplica aos Decreto nº 3.265, de 1999)
casos de contribuições em atraso de segu-
rado contribuinte individual não alcançadas § 16. Aplica-se o disposto no parágrafo an-
pela decadência do direito de a previdência terior ao empregador doméstico relativa-
social constituir o respectivo crédito, obede- mente aos empregados a seu serviço, cujos
cendo-se, em relação a elas, às disposições salários-de-contribuição sejam iguais ao va-
do caput e §§ 2º a 6º do art. 239. (Redação lor de um salário mínimo, ou inferiores nos
dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). casos de admissão, dispensa ou fração do
salário em razão de gozo de benefício. (Re-
§ 11. Para o segurado recolher contribui- dação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
ções relativas a período anterior à sua ins-
crição, aplica-se o disposto nos §§ 7º a 10. § 17. A inscrição do segurado no segundo
ou terceiro mês do trimestre civil não altera
§ 12. Somente será feito o reconhecimen- a data de vencimento prevista no § 15, no
to da filiação nas situações referidas nos §§ caso de opção pelo recolhimento trimestral.
7º, 9º e 11 após o efetivo recolhimento das
contribuições relativas ao período em que § 18. Não é permitida a opção prevista no
for comprovado o exercício da atividade re- § 16 relativamente à contribuição corres-
munerada. (Redação dada pelo Decreto nº pondente à gratificação natalina – décimo
3.265, de 1999) terceiro salário – do empregado doméstico,
observado o disposto no § 1º e as demais
§ 13. No caso de indenização relativa ao disposições que regem a matéria.
exercício de atividade remunerada para
fins de contagem recíproca corresponden- § 19. Fica autorizada, nos termos deste Re-
te a período de filiação obrigatória ou não, gulamento, a compensação de contribui-
na forma do inciso IV do art. 127, a base ções devidas ao Instituto Nacional do Se-
de incidência será a remuneração da data guro Social, pelos hospitais contratados ou
do requerimento sobre a qual incidem as conveniados com o Sistema Único de Saúde
contribuições para o regime próprio de pre- com parcela dos créditos correspondentes a
vidência social a que estiver filiado o inte- faturas emitidas para recebimento de inter-
ressado, observados os limites a que se re- nações hospitalares, cujo valor correspon-
ferem os §§ 3º e 5º do art. 214. (Redação dente será retido pelo órgão pagador do
dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) Sistema Único de Saúde para amortização
de parcela do débito, nos termos da Lei nº
§ 14. Sobre os salários-de-contribuição 8.870, de 1994.
apurados na forma dos §§ 7º a 11 e 13 será
aplicada a alíquota de vinte por cento, e o § 20. Na hipótese de o contribuinte indivi-
resultado multiplicado pelo número de me- dual prestar serviço a outro contribuinte
ses do período a ser indenizado, observado individual equiparado a empresa ou a pro-
o disposto no § 8º do art. 239. dutor rural pessoa física ou a missão diplo-
mática e repartição consular de carreira
§ 15. É facultado aos segurados contribuin- estrangeiras, poderá deduzir, da sua contri-
te individual e facultativo, cujos salários-de- buição mensal, quarenta e cinco por cento
-contribuição sejam iguais ao valor de um da contribuição patronal do contratante,
salário mínimo, optarem pelo recolhimento efetivamente recolhida ou declarada, inci-
trimestral das contribuições previdenciá-

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dente sobre a remuneração que este lhe te- onze por cento no caso das empresas em
nha pago ou creditado, no respectivo mês, geral e de vinte por cento quando se tra-
limitada a nove por cento do respectivo sa- tar de entidade beneficente de assistência
lário-de-contribuição. (Redação dada pelo social isenta das contribuições sociais pa-
Decreto nº 4.729, de 2003) tronais. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de
2003)
§ 21. Para efeito de dedução, considera-se
contribuição declarada a informação pres- § 27. O contribuinte individual contratado
tada na Guia de Recolhimento do Fundo por pessoa jurídica obrigada a proceder à
de Garantia do Tempo de Serviço e Infor- arrecadação e ao recolhimento da contri-
mações à Previdência Social ou declaração buição por ele devida, cuja remuneração
fornecida pela empresa ao segurado, onde recebida ou creditada no mês, por serviços
conste, além de sua identificação completa, prestados a ela, for inferior ao limite míni-
inclusive com o número no Cadastro Nacio- mo do salário-de-contribuição, é obrigado
nal de Pessoas Jurídicas, o nome e o número a complementar sua contribuição mensal,
da inscrição do contribuinte individual, o va- diretamente, mediante a aplicação da alí-
lor da retribuição paga e o compromisso de quota estabelecida no art. 199 sobre o valor
que esse valor será incluído na citada Guia resultante da subtração do valor das remu-
de Recolhimento do Fundo de Garantia do nerações recebidas das pessoas jurídicas
Tempo de Serviço e Informações à Previ- do valor mínimo do salário-de-contribuição
dência Social e efetuado o recolhimento da mensal. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de
correspondente contribuição. (Incluído pelo 2003)
Decreto nº 3.265, de 1999)
§ 28. Cabe ao próprio contribuinte individu-
§ 22. (Revogado pelo Decreto nº 4.729, de al que prestar serviços, no mesmo mês, a
2003) mais de uma empresa, cuja soma das remu-
nerações superar o limite mensal do salário-
§ 23. O contribuinte individual que não -de-contribuição, comprovar às que sucede-
comprovar a regularidade da dedução de rem à primeira o valor ou valores sobre os
que tratam os §§ 20 e 21 terá glosado o va- quais já tenha incidido o desconto da contri-
lor indevidamente deduzido, devendo com- buição, de forma a se observar o limite má-
plementar as contribuições com os acrés- ximo do salário-de-contribuição. (Incluído
cimos legais devidos. (Redação dada pelo pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
Decreto nº 4.729, de 2003)
§ 29. Na hipótese do § 28, o Instituto Na-
§ 24. (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de cional do Seguro Social poderá facultar ao
2008). contribuinte individual que prestar, regular-
§ 25. Relativamente aos que recebem salá- mente, serviços a uma ou mais empresas,
rio variável, o recolhimento da contribuição cuja soma das remunerações seja igual ou
decorrente de eventual diferença da gra- superior ao limite mensal do salário-de-con-
tificação natalina (13º salário) deverá ser tribuição, indicar qual ou quais empresas e
efetuado juntamente com a competência sobre qual valor deverá proceder o descon-
dezembro do mesmo ano.(Incluído pelo De- to da contribuição, de forma a respeitar o
creto nº 3.265, de 1999) limite máximo, e dispensar as demais dessa
providência, bem como atribuir ao próprio
§ 26. A alíquota de contribuição a ser des- contribuinte individual a responsabilidade
contada pela empresa da remuneração de complementar a respectiva contribuição
paga, devida ou creditada ao contribuinte até o limite máximo, na hipótese de, por
individual a seu serviço, observado o limi- qualquer razão, deixar de receber remune-
te máximo do salário-de-contribuição, é de

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ração ou receber remuneração inferior às Sistema Integrado de Administração Financeira
indicadas para o desconto. (Incluído pelo do Governo Federal ao contratarem pessoa fí-
Decreto nº 4.729, de 2003) sica para prestação de serviços eventuais, sem
§ 30. Aplica-se o disposto neste artigo, no vínculo empregatício, inclusive como integrante
que couber e observado o § 31, à coopera- de grupo-tarefa, deverão obter dela a respectiva
tiva de trabalho em relação à contribuição inscrição no Instituto Nacional do Seguro Social,
devida pelo seu cooperado. (Incluído pelo como contribuinte individual, ou providenciá-la
Decreto nº 4.729, de 2003) em nome dela, caso não seja inscrita, e proce-
der ao desconto e recolhimento da respectiva
§ 31. A cooperativa de trabalho é obrigada a contribuição, na forma do art. 216. (Redação
descontar onze por cento do valor da quota dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
distribuída ao cooperado por serviços por
ele prestados, por seu intermédio, a empre- § 1º Aplica-se o disposto neste artigo mes-
sas e vinte por cento em relação aos servi- mo que o contratado exerça concomitante-
ços prestados a pessoas físicas e recolher o mente uma ou mais atividades abrangidas
produto dessa arrecadação no dia vinte do pelo Regime Geral de Previdência Social ou
mês seguinte ao da competência a que se por qualquer outro regime de previdência
referir, antecipando-se o vencimento para social ou seja aposentado por qualquer re-
o dia útil imediatamente anterior quando gime previdenciário.(Incluído pelo Decreto
não houver expediente bancário no dia vin- nº 4.032, de 2001)
te.(Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de § 2º O contratado que já estiver contri-
2008). buindo para o Regime Geral de Previdên-
§ 32. São excluídos da obrigação de arreca- cia Social na condição de empregado ou
dar a contribuição do contribuinte individu- trabalhador avulso sobre o limite máximo
al que lhe preste serviço o produtor rural do salário-de-contribuição deverá compro-
pessoa física, a missão diplomática, a repar- var esse fato e, se a sua contribuição nes-
tição consular e o contribuinte individual. sa condição for inferior ao limite máximo, a
(Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003) contribuição como contribuinte individual
deverá ser complementar, respeitando, no
§ 33. Na hipótese prevista no § 32, cabe ao conjunto, aquele limite, procedendo-se, no
contribuinte individual recolher a própria caso, de conformidade com o disposto no §
contribuição, sendo a alíquota, neste caso, 28 do art. 216. (Redação dada pelo Decreto
de vinte por cento, observado o disposto nº 4.729, de 2003)
nos §§ 20, 21 e 23. (Redação dada pelo De-
creto nº 6.722, de 2008). § 3º (Revogado pelo Decreto nº 4.729, de
2003)
§ 34. O recolhimento da contribuição do
produtor rural pessoa física ou produtor ru- § 4º Aplica-se o disposto neste artigo às
ral pessoa jurídica, quando houver, será efe- contratações feitas por organismos inter-
tuado pela Companhia Nacional de Abaste- nacionais, em programas de cooperação e
cimento – CONAB, à conta do Programa de operações de mútua conveniência entre es-
Aquisição de Alimentos, instituído pelo art. tes e o governo brasileiro.(Incluído pelo De-
19 da Lei nº 10.696, de 2 de julho de 2003, creto nº 4.032, de 2001)
na aquisição de produtos agropecuários no Art. 217. Na requisição de mão-de-obra de
âmbito do referido Programa. (Incluído pelo trabalhador avulso efetuada em conformida-
Decreto nº 6.722, de 2008). de com as Leis nºs 8.630, de 1993, e 9.719, de
Art. 216-A. Os órgãos da administração pública 27 de novembro de 1998, o responsável pelas
direta, indireta e fundações públicas da União, obrigações previstas neste Regulamento, em re-
bem como as demais entidades integrantes do lação aos segurados que lhe prestem serviços,

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é o operador portuário, o tomador de mão-de- § 4º O prazo previsto no § 1º pode ser alte-


-obra, inclusive o titular de instalação portuária rado mediante convenção coletiva firmada
de uso privativo, observadas as normas fixadas entre entidades sindicais representativas
pelo Instituto Nacional do Seguro Social. dos trabalhadores e operadores portuários,
observado o prazo legal para recolhimen-
§ 1º O operador portuário ou titular de to dos encargos previdenciários.(Redação
instalação de uso privativo repassará ao dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
órgão gestor de mão-de-obra, até vin-
te e quatro horas após a realização dos § 5º A contribuição do trabalhador avulso,
serviços:(Redação dada pelo Decreto nº relativamente à gratificação natalina, será
4.032, de 2001) calculada com base na alíquota correspon-
dente ao seu salário-de-contribuição men-
I – o valor da remuneração devida aos tra- sal.(Redação dada pelo Decreto nº 4.032,
balhadores portuários avulsos, inclusive a de 2001)
referente às férias e à gratificação natalina;
e (Incluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001) § 6º O salário-família devido ao trabalha-
dor portuário avulso será pago pelo órgão
II – o valor da contribuição patronal previ- gestor de mão-de-obra, mediante convênio,
denciária correspondente e o valor daquela que se incumbirá de demonstrá-lo na folha
devida a terceiros conforme o art. 274.(In- de pagamento correspondente.
cluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
Art. 218. A empresa tomadora ou requisitante
§ 2º O órgão gestor de mão-de-obra é dos serviços de trabalhador avulso, cuja contra-
responsável:(Redação dada pelo Decreto nº tação de pessoal não for abrangida pelas Leis
4.032, de 2001) nºs 8.630, de 1993, e 9.719, de 1998, é respon-
I – pelo pagamento da remuneração ao tra- sável pelo cumprimento de todas as obrigações
balhador portuário avulso;(Incluído pelo previstas neste Regulamento, bem como pelo
Decreto nº 4.032, de 2001) preenchimento e entrega da Guia de Recolhi-
mento do Fundo de Garantia do Tempo de Ser-
II – pela elaboração da folha de viço e Informações à Previdência Social em re-
pagamento;(Incluído pelo Decreto nº 4.032, lação aos segurados que lhe prestem serviços,
de 2001) observadas as normas fixadas pelo Instituto Na-
cional do Seguro Social.
III – pelo preenchimento e entrega da Guia
de Recolhimento do Fundo de Garantia do § 1º O salário-família devido ao trabalhador
Tempo de Serviço e Informações à Previ- avulso mencionado no caput será pago pelo
dência Social; e (Incluído pelo Decreto nº sindicato de classe respectivo, mediante
4.032, de 2001) convênio, que se incumbirá de elaborar as
folhas correspondentes.
IV – pelo recolhimento das contribuições
de que tratam o art. 198, o inciso I do caput § 2º O tomador de serviços é responsável
do art. 201 e os arts. 202 e 274, incidentes pelo recolhimento das contribuições de que
sobre a remuneração paga, devida ou credi- tratam o art. 198, o inciso I do caput do art.
tada aos trabalhadores portuários avulsos, 201 e os arts. 202 e 274, incidentes sobre a
inclusive sobre férias e gratificação natalina, remuneração paga, devida ou creditada ao
no prazo previsto na alínea "b" do inciso I trabalhador avulso, inclusive sobre férias e
do art. 216.(Incluído pelo Decreto nº 4.032, gratificação natalina, no prazo previsto na
de 2001) alínea "b" do inciso I do art. 216.(Redação
dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
§ 3º (Revogado pelo Decreto nº 4.032, de
2001)

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Seção II XII – treinamento e ensino;
DA RETENÇÃO E DA XIII – entrega de contas e documentos;
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
XIV – ligação e leitura de medidores;
Art. 219. A empresa contratante de serviços XV – manutenção de instalações, de máqui-
executados mediante cessão ou empreitada de nas e de equipamentos;
mão-de-obra, inclusive em regime de trabalho
temporário, deverá reter onze por cento do va- XVI – montagem;
lor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de pres-
tação de serviços e recolher a importância reti- XVII – operação de máquinas, equipamen-
da em nome da empresa contratada, observado tos e veículos;
o disposto no § 5º do art. 216. (Redação dada XVIII – operação de pedágio e de terminais
pelo Decreto nº 4.729, de 2003) de transporte;
§ 1º Exclusivamente para os fins deste Re- XIX – operação de transporte de passagei-
gulamento, entende-se como cessão de ros, inclusive nos casos de concessão ou
mão-de-obra a colocação à disposição do sub-concessão; (Redação dada pelo Decreto
contratante, em suas dependências ou nas nº 4.729, de 2003)
de terceiros, de segurados que realizem ser-
viços contínuos, relacionados ou não com XX – portaria, recepção e ascensorista;
a atividade fim da empresa, independen-
XXI – recepção, triagem e movimentação de
temente da natureza e da forma de contra-
materiais;
tação, inclusive por meio de trabalho tem-
porário na forma da Lei nº 6.019, de 3 de XXII – promoção de vendas e eventos;
janeiro de 1974, entre outros.
XXIII – secretaria e expediente;
§ 2º Enquadram-se na situação prevista no
caput os seguintes serviços realizados me- XXIV – saúde; e
diante cessão de mão-de-obra: XXV – telefonia, inclusive telemarketing.
I – limpeza, conservação e zeladoria; § 3º Os serviços relacionados nos incisos I a
II – vigilância e segurança; V também estão sujeitos à retenção de que
trata o caput quando contratados mediante
III – construção civil; empreitada de mão-de-obra.
IV – serviços rurais; § 4º O valor retido de que trata este artigo
deverá ser destacado na nota fiscal, fatura
V – digitação e preparação de dados para
ou recibo de prestação de serviços, sendo
processamento;
compensado pelo respectivo estabeleci-
VI – acabamento, embalagem e acondicio- mento da empresa contratada quando do
namento de produtos; recolhimento das contribuições destinadas
à seguridade social devidas sobre a folha de
VII – cobrança; pagamento dos segurados.
VIII – coleta e reciclagem de lixo e resíduos; § 5º O contratado deverá elaborar folha de
IX – copa e hotelaria; pagamento e Guia de Recolhimento do Fun-
do de Garantia do Tempo de Serviço e Infor-
X – corte e ligação de serviços públicos; mações à Previdência Social distintas para
cada estabelecimento ou obra de constru-
XI – distribuição; ção civil da empresa contratante do serviço.

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§ 6º A empresa contratante do serviço de- percentuais, relativamente aos serviços


verá manter em boa guarda, em ordem prestados pelos segurados empregado, cuja
cronológica e por contratada, as correspon- atividade permita a concessão de aposenta-
dentes notas fiscais, faturas ou recibos de doria especial, após quinze, vinte ou vinte
prestação de serviços, Guias da Previdência e cinco anos de contribuição, respectiva-
Social e Guias de Recolhimento do Fundo mente. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de
de Garantia do Tempo de Serviço e Informa- 2003)
ções à Previdência Social com comprovante
de entrega. Art. 220. O proprietário, o incorporador defini-
do na Lei nº 4.591, de 1964, o dono da obra ou
§ 7º Na contratação de serviços em que a condômino da unidade imobiliária cuja contra-
contratada se obriga a fornecer material ou tação da construção, reforma ou acréscimo não
dispor de equipamentos, fica facultada ao envolva cessão de mão-de-obra, são solidários
contratado a discriminação, na nota fiscal, com o construtor, e este e aqueles com a su-
fatura ou recibo, do valor correspondente bempreiteira, pelo cumprimento das obrigações
ao material ou equipamentos, que será ex- para com a seguridade social, ressalvado o seu
cluído da retenção, desde que contratual- direito regressivo contra o executor ou contra-
mente previsto e devidamente comprova- tante da obra e admitida a retenção de impor-
do. tância a este devida para garantia do cumpri-
mento dessas obrigações, não se aplicando, em
§ 8º Cabe ao Instituto Nacional do Seguro qualquer hipótese, o benefício de ordem.
Social normatizar a forma de apuração e
o limite mínimo do valor do serviço conti- § 1º Não se considera cessão de mão-de-
do no total da nota fiscal, fatura ou recibo, -obra, para os fins deste artigo, a contrata-
quando, na hipótese do parágrafo anterior, ção de construção civil em que a empresa
não houver previsão contratual dos valores construtora assuma a responsabilidade di-
correspondentes a material ou a equipa- reta e total pela obra ou repasse o contrato
mentos. integralmente.
§ 9º Na impossibilidade de haver compen- § 2º O executor da obra deverá elaborar,
sação integral na própria competência, o distintamente para cada estabelecimento
saldo remanescente poderá ser compensa- ou obra de construção civil da empresa con-
do nas competências subsequentes, inclu- tratante, folha de pagamento, Guia de Re-
sive na relativa à gratificação natalina, ou colhimento do Fundo de Garantia do Tempo
ser objeto de restituição, não sujeitas ao de Serviço e Informações à Previdência So-
disposto no § 3º do art. 247. (Redação dada cial e Guia da Previdência Social, cujas có-
pelo Decreto nº 4.729, de 2003) pias deverão ser exigidas pela empresa con-
tratante quando da quitação da nota fiscal
§ 10. Para fins de recolhimento e de com- ou fatura, juntamente com o comprovante
pensação da importância retida, será con- de entrega daquela Guia.
siderada como competência aquela a que
corresponder à data da emissão da nota fis- § 3º A responsabilidade solidária de que
cal, fatura ou recibo. trata o caput será elidida:
§ 11. As importâncias retidas não podem I – pela comprovação, na forma do parágra-
ser compensadas com contribuições arre- fo anterior, do recolhimento das contribui-
cadadas pelo Instituto Nacional do Seguro ções incidentes sobre a remuneração dos
Social para outras entidades. segurados, incluída em nota fiscal ou fatura
correspondente aos serviços executados,
§ 12º O percentual previsto no caput será
acrescido de quatro, três ou dois pontos

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quando corroborada por escrituração con- ral ou dos Municípios, que se encontrarem em
tábil; e mora por mais de trinta dias, no recolhimento
das contribuições previstas neste Regulamen-
II – pela comprovação do recolhimento das to, tornam-se solidariamente responsáveis pelo
contribuições incidentes sobre a remunera- respectivo pagamento, ficando ainda sujeitos às
ção dos segurados, aferidas indiretamente proibições do art. 1ºe às sanções dos arts. 4º e
nos termos, forma e percentuais previstos 7º do Decreto-lei nº 368, de 19 de dezembro de
pelo Instituto Nacional do Seguro Social. 1968.
III – pela comprovação do recolhimento da Art. 224-A. O disposto nesta Seção não se aplica
retenção permitida no caput deste artigo, à contratação de serviços por intermédio de co-
efetivada nos termos do art. 219.(Incluído operativa de trabalho. (Incluído pelo Decreto nº
pelo Decreto nº 4.032, de 2001) 3.265, de 1999)
§ 4º Considera-se construtor, para os efeitos
deste Regulamento, a pessoa física ou jurí- Seção III
dica que executa obra sob sua responsabili- DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
dade, no todo ou em parte.
Art. 225. A empresa é também obrigada a:
Art. 221. Exclui-se da responsabilidade solidá-
ria perante a seguridade social o adquirente I – preparar folha de pagamento da remu-
de prédio ou unidade imobiliária que realize a neração paga, devida ou creditada a todos
operação com empresa de comercialização ou os segurados a seu serviço, devendo man-
com incorporador de imóveis definido na Lei nº ter, em cada estabelecimento, uma via da
4.591, de 1964, ficando estes solidariamente respectiva folha e recibos de pagamentos;
responsáveis com o construtor, na forma previs- II – lançar mensalmente em títulos próprios
ta no art. 220. de sua contabilidade, de forma discrimina-
Art. 222. As empresas que integram grupo eco- da, os fatos geradores de todas as contri-
nômico de qualquer natureza, bem como os buições, o montante das quantias desconta-
produtores rurais integrantes do consórcio sim- das, as contribuições da empresa e os totais
plificado de que trata o art. 200-A, respondem recolhidos;
entre si, solidariamente, pelas obrigações de- III – prestar ao Instituto Nacional do Seguro
correntes do disposto neste Regulamento.(Re- Social e à Secretaria da Receita Federal to-
dação dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001) das as informações cadastrais, financeiras
Art. 223. O operador portuário e o órgão gestor e contábeis de interesse dos mesmos, na
de mão-de-obra são solidariamente responsá- forma por eles estabelecida, bem como os
veis pelo pagamento das contribuições previ- esclarecimentos necessários à fiscalização;
denciárias e demais obrigações, inclusive aces- IV – informar mensalmente ao Instituto
sórias, devidas à seguridade social, arrecadadas Nacional do Seguro Social, por intermédio
pelo Instituto Nacional do Seguro Social, relati- da Guia de Recolhimento do Fundo de Ga-
vamente à requisição de mão-de-obra de traba- rantia do Tempo de Serviço e Informações
lhador avulso, vedada a invocação do benefício à Previdência Social, na forma por ele esta-
de ordem. belecida, dados cadastrais, todos os fatos
Art. 224. Os administradores de autarquias e geradores de contribuição previdenciária
fundações públicas, criadas ou mantidas pelo e outras informações de interesse daquele
Poder Público, de empresas públicas e de so- Instituto;
ciedades de economia mista sujeitas ao con- V – encaminhar ao sindicato representativo
trole da União, dos Estados, do Distrito Fede- da categoria profissional mais numerosa en-

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tre seus empregados, até o dia dez de cada § 4º O preenchimento, as informações pres-
mês, cópia da Guia da Previdência Social re- tadas e a entrega da Guia de Recolhimento
lativamente à competência anterior; e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
e Informações à Previdência Social são de
VI – afixar cópia da Guia da Previdência So- inteira responsabilidade da empresa.
cial, relativamente à competência anterior,
durante o período de um mês, no quadro de § 5º A empresa deverá manter à disposição
horário de que trata o art. 74 da Consolida- da fiscalização, durante dez anos, os docu-
ção das Leis do Trabalho. mentos comprobatórios do cumprimento
das obrigações referidas neste artigo, ob-
VII – informar, anualmente, à Secretaria da servados o disposto no § 22 e as normas es-
Receita Federal do Brasil, na forma por ela tabelecidas pelos órgãos competentes. (Re-
estabelecida, o nome, o número de inscri- dação dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
ção na previdência social e o endereço com-
pleto dos segurados de que trata o inciso § 6º O Instituto Nacional do Seguro Social
III do § 15 do art. 9º, por ela utilizados no e a Caixa Econômica Federal estabelecerão
período, a qualquer título, para distribuição normas para disciplinar a entrega da Guia
ou comercialização de seus produtos, sejam de Recolhimento do Fundo de Garantia do
eles de fabricação própria ou de terceiros, Tempo de Serviço e Informações à Previdên-
sempre que se tratar de empresa que reali- cia Social, nos casos de rescisão contratual.
ze vendas diretas. (Incluído pelo Decreto nº
6.722, de 2008). § 7º A comprovação dos pagamentos de be-
nefícios reembolsados à empresa também
§ 1º As informações prestadas na Guia de deve ser mantida à disposição da fiscaliza-
Recolhimento do Fundo de Garantia do ção durante dez anos.
Tempo de Serviço e Informações à Previdên-
cia Social servirão como base de cálculo das § 8º O disposto neste artigo aplica-se, no
contribuições arrecadadas pelo Instituto que couber, aos demais contribuintes e ao
Nacional do Seguro Social, comporão a base adquirente, consignatário ou cooperativa,
de dados para fins de cálculo e concessão sub-rogados na forma deste Regulamento.
dos benefícios previdenciários, bem como § 9º A folha de pagamento de que trata o
constituir-se-ão em termo de confissão de inciso I do caput, elaborada mensalmente,
dívida, na hipótese do não-recolhimento. de forma coletiva por estabelecimento da
§ 2º A entrega da Guia de Recolhimento do empresa, por obra de construção civil e por
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e tomador de serviços, com a correspondente
Informações à Previdência Social deverá ser totalização, deverá:
efetuada na rede bancária, conforme es- I – discriminar o nome dos segurados, indi-
tabelecido pelo Ministério da Previdência cando cargo, função ou serviço prestado;
e Assistência Social, até o dia sete do mês
seguinte àquele a que se referirem as in- II – agrupar os segurados por categoria, as-
formações. (Redação dada pelo Decreto nº sim entendido: segurado empregado, traba-
3.265, de 1999) lhador avulso, contribuinte individual; (Re-
dação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
§ 3º A Guia de Recolhimento do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço e Informa- III – destacar o nome das seguradas em
ções à Previdência Social é exigida relativa- gozo de salário-maternidade;
mente a fatos geradores ocorridos a partir
IV – destacar as parcelas integrantes e não
de janeiro de 1999.
integrantes da remuneração e os descontos
legais; e

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V – indicar o número de quotas de salário- I – atender ao princípio contábil do regime
-família atribuídas a cada segurado empre- de competência; e
gado ou trabalhador avulso.
II – registrar, em contas individualizadas,
§ 10. No que se refere ao trabalhador por- todos os fatos geradores de contribuições
tuário avulso, o órgão gestor de mão-de- previdenciárias de forma a identificar, clara
-obra elaborará a folha de pagamento por e precisamente, as rubricas integrantes e
navio, mantendo-a disponível para uso da não integrantes do salário-de-contribuição,
fiscalização do Instituto Nacional do Seguro bem como as contribuições descontadas do
Social, indicando o operador portuário e os segurado, as da empresa e os totais recolhi-
trabalhadores que participaram da opera- dos, por estabelecimento da empresa, por
ção, detalhando, com relação aos últimos: obra de construção civil e por tomador de
serviços.
I – os correspondentes números de registro
ou cadastro no órgão gestor de mão-de- § 14. A empresa deverá manter à disposição
-obra; da fiscalização os códigos ou abreviaturas
que identifiquem as respectivas rubricas
II – o cargo, função ou serviço prestado; utilizadas na elaboração da folha de paga-
III – os turnos em que trabalharam; e mento, bem como os utilizados na escritu-
ração contábil.
IV – as remunerações pagas, devidas ou
creditadas a cada um dos trabalhadores e a § 15. A exigência prevista no inciso II do
correspondente totalização. caput não desobriga a empresa do cumpri-
mento das demais normas legais e regula-
§ 11. No que se refere ao parágrafo anterior, mentares referentes à escrituração contábil.
o órgão gestor de mão-de-obra consolidará
as folhas de pagamento relativas às opera- § 16. São desobrigadas de apresentação de
ções concluídas no mês anterior por opera- escrituração contábil: (Redação dada pelo
dor portuário e por trabalhador portuário Decreto nº 3.265, de 1999)
avulso, indicando, com relação a estes, os I – o pequeno comerciante, nas condições
respectivos números de registro ou cadas- estabelecidas pelo Decreto-lei nº 486, de 3
tro, as datas dos turnos trabalhados, as im- de março de 1969, e seu Regulamento;
portâncias pagas e os valores das contribui-
ções previdenciárias retidas. II – a pessoa jurídica tributada com base no
lucro presumido, de acordo com a legisla-
§ 12. Para efeito de observância do limite ção tributária federal, desde que mantenha
máximo da contribuição do segurado tra- a escrituração do Livro Caixa e Livro de Re-
balhador avulso, de que trata o art. 198, o gistro de Inventário; e
órgão gestor de mão-de-obra manterá re-
sumo mensal e acumulado, por trabalhador III – a pessoa jurídica que optar pela inscri-
portuário avulso, dos valores totais das fé- ção no Sistema Integrado de Pagamento de
rias, do décimo terceiro salário e das contri- Impostos e Contribuições das Microempre-
buições previdenciárias retidas. sas e Empresas de Pequeno Porte, desde
que mantenha escrituração do Livro Caixa e
§ 13. Os lançamentos de que trata o inciso Livro de Registro de Inventário.
II do caput, devidamente escriturados nos
livros Diário e Razão, serão exigidos pela § 17. A empresa, agência ou sucursal esta-
fiscalização após noventa dias contados da belecida no exterior deverá apresentar os
ocorrência dos fatos geradores das contri- documentos comprobatórios do cumpri-
buições, devendo, obrigatoriamente: mento das obrigações referidas neste artigo

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à sua congênere no Brasil, observada a soli- mentos de natureza contábil, fiscal, traba-
dariedade de que trata o art.222. lhista e previdenciária é obrigada a arquivar
e conservar, devidamente certificados, os
§ 18. Para o cumprimento do disposto no respectivos sistemas e arquivos, em meio
inciso V do caput serão observadas as se- digital ou assemelhado, durante dez anos,
guintes situações: à disposição da fiscalização. (Incluído pelo
I – caso a empresa possua mais de um es- Decreto nº 4.729, de 2003)
tabelecimento localizado em base geográfi- § 23. A cooperativa de trabalho e a pessoa
ca diversa, a cópia da Guia da Previdência jurídica são obrigadas a efetuar a inscrição
Social será encaminhada ao sindicato re- no Instituto Nacional do Seguro Social dos
presentativo da categoria profissional mais seus cooperados e contratados, respectiva-
numerosa entre os empregados de cada es- mente, como contribuintes individuais, se
tabelecimento; ainda não inscritos.(Incluído pelo Decreto
II – a empresa que recolher suas contribui- nº 4.729, de 2003)
ções em mais de uma Guia da Previdência § 24. A empresa ou cooperativa adquirente,
Social encaminhará cópia de todas as guias; consumidora ou consignatária da produção
III – a remessa poderá ser efetuada por fica obrigada a fornecer ao segurado espe-
qualquer meio que garanta a reprodução cial cópia do documento fiscal de entrada
integral do documento, cabendo à empresa da mercadoria, onde conste, além do re-
manter, em seus arquivos, prova do recebi- gistro da operação realizada, o valor da res-
mento pelo sindicato; e pectiva contribuição previdenciária. (Incluí-
do pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
IV – cabe à empresa a comprovação, peran-
te a fiscalização do Instituto Nacional do Se- Art. 226. O Município, por intermédio do órgão
guro Social, do cumprimento de sua obriga- competente, fornecerá ao Instituto Nacional do
ção frente ao sindicato. Seguro Social, para fins de fiscalização, mensal-
mente, relação de todos os alvarás para cons-
§ 19. O órgão gestor de mão-de-obra deve- trução civil e documentos de "habite-se" con-
rá, quando exigido pela fiscalização do Ins- cedidos, de acordo com critérios estabelecidos
tituto Nacional do Seguro Social, exibir as pelo referido Instituto.
listas de escalação diária dos trabalhadores
portuários avulsos, por operador portuário § 1º A relação a que se refere o caput será
e por navio. encaminhada ao INSS até o dia dez do mês
seguinte àquele a que se referirem os do-
§ 20. Caberá exclusivamente ao órgão ges- cumentos.(Redação dada pelo Decreto nº
tor de mão-de-obra a responsabilidade pela 4.032, de 2001)
exatidão dos dados lançados nas listas diá-
rias referidas no parágrafo anterior. § 2º O encaminhamento da relação fora do
prazo ou a sua falta e a apresentação com
§ 21. Fica dispensado do cumprimento do incorreções ou omissões sujeitará o dirigen-
disposto nos incisos V e VI do caput o con- te do órgão municipal à penalidade prevista
tribuinte individual, em relação a segurado na alínea "f" do inciso I do art. 283.
que lhe presta serviço. (Redação dada pelo
Decreto nº 3.265, de 1999) Art. 227. (Revogado pelo Decreto nº 8.302, de
2014)
§ 22 A empresa que utiliza sistema de pro-
cessamento eletrônico de dados para o re- Art. 228. O titular de cartório de registro civil e
gistro de negócios e atividades econômicas, de pessoas naturais fica obrigado a comunicar,
escrituração de livros ou produção de docu- até o dia dez de cada mês, na forma estabele-

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cida pelo Instituto Nacional do Seguro Social, o contribuinte individual, trabalhador avulso,
registro dos óbitos ocorridos no mês imediata- ou sob qualquer outra denominação, pre-
mente anterior, devendo da comunicação cons- enche as condições referidas no inciso I do
tar o nome, a filiação, a data e o local de nasci- caput do art. 9º, deverá desconsiderar o
mento da pessoa falecida. vínculo pactuado e efetuar o enquadramen-
to como segurado empregado. (Redação
Parágrafo único. No caso de não haver sido dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
registrado nenhum óbito, deverá o titular
do cartório comunicar esse fato ao Instituto § 3º A fiscalização das entidades fechadas
Nacional do Seguro Social, no prazo estipu- de previdência privada, estabelecida na
lado no caput. Lei nº 6.435, de 15 de julho de 1977, será
exercida pelos Fiscais de Contribuições Pre-
Seção IV videnciárias do Instituto Nacional do Segu-
DA COMPETÊNCIA PARA ro Social, devidamente credenciados pelo
ARRECADAR, FISCALIZAR E COBRAR órgão próprio, sem prejuízo das atribuições
e vantagens a que fazem jus, conforme dis-
Art. 229. O Instituto Nacional do Seguro Social é posto no Decreto nº 1.317, de 29 de no-
o órgão competente para: vembro de 1994.
I – arrecadar e fiscalizar o recolhimento das § 4º A fiscalização dos regimes próprios de
contribuições sociais previstas nos incisos I, previdência social dos servidores públicos
II, III, IV e V do parágrafo único do art. 195, e dos militares da União, dos Estados, do
bem como as contribuições incidentes a tí- Distrito Federal e dos Municípios, nos ter-
tulo de substituição;(Redação dada pelo mos da Lei nº 9.717, de 27 de novembro de
Decreto nº 4.032, de 2001) 1998, será exercida pelos Fiscais de Contri-
II – constituir seus créditos por meio dos buições Previdenciárias do Instituto Nacio-
correspondentes lançamentos e promover nal do Seguro Social, devidamente creden-
a respectiva cobrança; ciados pelo órgão próprio, sem prejuízo das
atribuições e vantagens a que fazem jus,
III – aplicar sanções; e conforme orientação expedida pelo Minis-
IV – normatizar procedimentos relativos tério da Previdência e Assistência Social.
à arrecadação, fiscalização e cobrança das § 5º Aplica-se à fiscalização de que tratam
contribuições referidas no inciso I. os §§ 3º e 4º o disposto na Lei nº 8.212, de
§ 1º Os Auditores Fiscais da Previdência 1991, neste Regulamento e demais dispo-
Social terão livre acesso a todas as depen- sitivos da legislação previdenciária, no que
dências ou estabelecimentos da empresa, couber e não colidir com os preceitos das
com vistas à verificação física dos segura- Leis nºs 6.435, de 1977, e9.717, de 1998.
dos em serviço, para confronto com os re-
Art. 230. A Secretaria da Receita Federal é o ór-
gistros e documentos da empresa, podendo
gão competente para:
requisitar e apreender livros, notas técnicas
e demais documentos necessários ao per- I – arrecadar e fiscalizar o recolhimento das
feito desempenho de suas funções, carac- contribuições sociais previstas nos incisos VI
terizando-se como embaraço à fiscalização e VII do parágrafo único do art. 195;
qualquer dificuldade oposta à consecução
do objetivo. (Redação dada pelo Decreto nº II – constituir seus créditos por meio dos
3.265, de 1999) correspondentes lançamentos e promover
a respectiva cobrança;
§ 2º Se o Auditor Fiscal da Previdência Social
constatar que o segurado contratado como III – aplicar sanções; e

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IV – normatizar procedimentos relativos Social, cabendo ao proprietário, dono da obra,


à arrecadação, fiscalização e cobrança das incorporador, condômino da unidade imobiliá-
contribuições de que trata o inciso I. ria ou empresa co-responsável o ônus da prova
em contrário.
Seção V
Art. 235. Se, no exame da escrituração contábil
DO EXAME DA CONTABILIDADE
e de qualquer outro documento da empresa, a
Art. 231. É prerrogativa do Ministério da Previ- fiscalização constatar que a contabilidade não
dência e Assistência Social, do Instituto Nacio- registra o movimento real da remuneração dos
nal do Seguro Social e da Secretaria da Receita segurados a seu serviço, da receita ou do fatu-
Federal o exame da contabilidade da empresa, ramento e do lucro, esta será desconsiderada,
não prevalecendo para esse efeito o disposto sendo apuradas e lançadas de ofício as contri-
nosarts. 17 e 18 do Código Comercial, ficando buições devidas, cabendo à empresa o ônus da
obrigados a empresa e o segurado a prestarem prova em contrário.
todos os esclarecimentos e informações solici- Art. 236. Deverá ser dado tratamento especial
tados. ao exame da documentação que envolva ope-
Art. 232. A empresa, o servidor de órgão público rações ou assuntos de caráter sigiloso, ficando
da administração direta e indireta, o segurado o fiscal responsável obrigado à guarda da infor-
da previdência social, o serventuário da Justiça, mação e à sua utilização exclusivamente nos do-
o síndico ou seu representante legal, o comis- cumentos elaborados em decorrência do exercí-
sário e o liquidante de empresa em liquidação cio de suas atividades.
judicial ou extrajudicial são obrigados a exibir Art. 237. A autoridade policial prestará à fiscali-
todos os documentos e livros relacionados com zação, mediante solicitação, o auxílio necessário
as contribuições previstas neste Regulamento. ao regular desempenho dessa atividade.
Art. 233. Ocorrendo recusa ou sonegação de
qualquer documento ou informação, ou sua Seção VI
apresentação deficiente, o Instituto Nacional DAS CONTRIBUIÇÕES E OUTRAS
do Seguro Social e a Secretaria da Receita Fede- IMPORTÂNCIAS NÃO RECOLHIDAS
ral podem, sem prejuízo da penalidade cabível ATÉ O VENCIMENTO
nas esferas de sua competência, lançar de ofício
importância que reputarem devida, cabendo à Art. 238. Os créditos de qualquer natureza da
empresa, ao empregador doméstico ou ao se- seguridade social, constituídos ou não, venci-
gurado o ônus da prova em contrário. dos até 31 de dezembro de 1991 e não pagos
até 2 de janeiro de 1992, serão atualizados mo-
Parágrafo único. Considera-se deficiente o netariamente com base na legislação aplicável e
documento ou informação apresentada que convertidos, nessa data, em quantidade de Uni-
não preencha as formalidades legais, bem dade Fiscal de Referência diária.
como aquele que contenha informação di-
versa da realidade, ou, ainda, que omita in- § 1º Os juros de mora calculados até 2 de
formação verdadeira. janeiro de 1992 serão, também, convertidos
em Unidade Fiscal de Referência, na mesma
Art. 234. Na falta de prova regular e formaliza- data.
da, o montante dos salários pagos pela execu-
ção de obra de construção civil pode ser obtido § 2º Sobre a parcela correspondente à con-
mediante cálculo da mão-de-obra empregada, tribuição, convertida em quantidade de
proporcional à área construída e ao padrão de Unidade Fiscal de Referência, incidirão ju-
execução da obra, de acordo com critérios es- ros moratórios à razão de um por cento, ao
tabelecidos pelo Instituto Nacional do Seguro mês-calendário ou fração, a partir de feve-

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reiro de 1992, inclusive, além da multa vari- b) para pagamento de obrigação incluída
ável pertinente. em notificação fiscal de lançamento:
§ 3º Os créditos calculados e expressos em 1. vinte e quatro por cento, até quinze dias
quantidade de Unidade Fiscal de Referência do recebimento da notificação; (Redação
conforme o disposto neste artigo serão re- dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
convertidos para moeda corrente, com base 2. trinta por cento, após o décimo quinto
no valor da Unidade Fiscal de Referência na dia do recebimento da notificação;(Redação
data do pagamento. dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
Art. 239. As contribuições sociais e outras im- 3. quarenta por cento, após apresentação
portâncias arrecadadas pelo Instituto Nacional de recurso desde que antecedido de defesa,
do Seguro Social, incluídas ou não em notifica- sendo ambos tempestivos, até quinze dias
ção fiscal de lançamento, pagas com atraso, ob- da ciência da decisão do Conselho de Recur-
jeto ou não de parcelamento, ficam sujeitas a: sos da Previdência Social; ou (Redação dada
I – atualização monetária, quando exigida pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
pela legislação de regência; 4. cinquenta por cento, após o décimo quin-
II – juros de mora, de caráter irrelevável, to dia da ciência da decisão do Conselho de
incidentes sobre o valor atualizado, equiva- Recursos da Previdência Social, enquanto
lentes a: não inscrita em Dívida Ativa; e (Redação
dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
a) um por cento no mês do vencimento;
c) para pagamento do crédito inscrito em
b) taxa referencial do Sistema Especial de Dívida Ativa:
Liquidação e de Custódia nos meses inter-
mediários; e 1. sessenta por cento, quando não tenha
sido objeto de parcelamento; (Redação
c) um por cento no mês do pagamento; e dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
III – multa variável, de caráter irrelevável, 2. setenta por cento, se houve parcelamen-
nos seguintes percentuais, para fatos gera- to; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265,
dores ocorridos a partir de 28 de novembro de 1999)
de 1999: (Redação dada pelo Decreto nº
3.265, de 1999) 3. oitenta por cento, após o ajuizamento da
execução fiscal, mesmo que o devedor ain-
a) para pagamento após o vencimento de da não tenha sido citado, se o crédito não
obrigação não incluída em notificação fiscal foi objeto de parcelamento; ou (Redação
de lançamento: dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
1. oito por cento, dentro do mês de venci- 4. cem por cento, após o ajuizamento da
mento da obrigação; (Redação dada pelo execução fiscal, mesmo que o devedor ain-
Decreto nº 3.265, de 1999) da não tenha sido citado, se o crédito foi ob-
2. quatorze por cento, no mês seguinte; ou jeto de parcelamento. (Redação dada pelo
(Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de Decreto nº 3.265, de 1999)
1999) § 1º (Revogado pelo Decreto nº 6.224, de
3. vinte por cento, a partir do segundo mês 2007).
seguinte ao do vencimento da obrigação; § 2º Nas hipóteses de parcelamento ou de
(Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de reparcelamento, incidirá um acréscimo de
1999) vinte por cento sobre a multa de mora a
que se refere o inciso III.

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§ 3º Se houver pagamento antecipado à vis- ganismo internacional e o Brasil sejam par-


ta, no todo ou em parte, do saldo devedor, tes. (Redação dada pelo Decreto nº 6.042,
o acréscimo previsto no parágrafo anterior de 2007).
não incidirá sobre a multa correspondente à
§ 10. O disposto no § 8º não se aplica aos
parte do pagamento que se efetuar.
casos de contribuições em atraso a partir da
§ 4º O valor do pagamento parcial, anteci- competência abril de 1995, obedecendo-se,
pado, do saldo devedor de parcelamento ou a partir de então, às disposições aplicadas
do reparcelamento somente poderá ser uti- às empresas em geral. (Incluído pelo Decre-
lizado para quitação de parcelas na ordem to nº 3.265, de 1999)
inversa do vencimento, sem prejuízo da que
§ 11. Na hipótese de as contribuições terem
for devida no mês de competência em curso
sido declaradas no documento a que se re-
e sobre a qual incidirá sempre o acréscimo a
fere o inciso IV do art. 225, ou quando se
que se refere o § 2º.
tratar de empregador doméstico ou de em-
§ 5º É facultada a realização de depósito à presa ou segurado dispensados de apresen-
disposição da seguridade social, sujeito ao tar o citado documento, a multa de mora
mesmo percentual do item 1 da alínea "b" a que se refere o caput e seus incisos será
do inciso III, desde que dentro do prazo le- reduzida em cinquenta por cento. (Incluído
gal para apresentação de defesa. pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
§ 6º À correção monetária e aos acréscimos Art. 240. Os créditos de qualquer natureza da
legais de que trata este artigo aplicar-se-á a seguridade social, constituídos ou não, que fo-
legislação vigente em cada competência a rem objeto de parcelamento serão consolida-
que se referirem. dos na data da concessão e expressos em moe-
§ 7º Às contribuições de que trata o art. da corrente.
204, devidas e não recolhidas até as datas § 1º Os valores referentes a competências
dos respectivos vencimentos, aplicam-se anteriores a 1º de janeiro de 1995 e expres-
multas e juros moratórios na forma da legis- sos em Unidade Fiscal de Referência serão
lação pertinente. reconvertidos para moeda corrente, com
§ 8º Sobre as contribuições devidas e apu- base no valor da Unidade Fiscal de Referên-
radas com base no § 1º do art. 348 incidirão cia na data do pagamento.
juros moratórios de cinco décimos por cen- § 2º O valor do crédito consolidado será di-
to ao mês, capitalizados anualmente, limita- vidido pela quantidade de parcelas mensais
dos ao percentual máximo de cinquenta por concedidas na forma da legislação pertinen-
cento, e multa de dez por cento. (Redação te.
dada pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
§ 3º O valor de cada parcela mensal, por
§ 9º Não se aplicam as multas impostas e ocasião do pagamento, será acrescido de ju-
calculadas como percentual do crédito por ros na forma da legislação pertinente.
motivo de recolhimento fora do prazo das
contribuições, nem quaisquer outras penas § 4º A parcela mensal com valores relati-
pecuniárias, às massas falidas de que trata vos a competências anteriores a janeiro de
o art. 192 da Lei nº11.101, de 9 de feverei- 1995 será determinada de acordo com as
ro de 2005, e às missões diplomáticas es- disposições do § 1º, acrescida de juros con-
trangeiras no Brasil e aos membros dessas forme a legislação pertinente.
missões quando assegurada a isenção em
tratado, convenção ou outro acordo inter- Art. 241. No caso de parcelamento concedido
nacional de que o Estado estrangeiro ou or- administrativamente até o dia 31 de dezembro
de 1991, cujo saldo devedor foi expresso em

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quantidade de Unidade Fiscal de Referência diá- § 3º (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de
ria a partir de 1º de janeiro de 1992, mediante a 2008).
divisão do débito, atualizado monetariamente,
pelo valor da Unidade Fiscal de Referência diá- § 4º Após o prazo referido no parágrafo an-
ria no dia 1º de janeiro de 1992, terá o valor do terior, o crédito será inscrito em Dívida Ati-
débito ou da parcela expresso em Unidade Fis- va.
cal de Referência reconvertido para moeda cor- § 5º Apresentada a defesa, o processo for-
rente, multiplicando-se a quantidade de Unida- mado a partir da notificação fiscal de lança-
de Fiscal de Referência pelo valor desta na data mento será submetido à autoridade com-
do pagamento. petente, que decidirá sobre a procedência
Art. 242. Os valores das contribuições incluídos ou não do lançamento, cabendo recurso na
em notificação fiscal de lançamento e os acrés- forma da Subseção II da Seção II do Capítulo
cimos legais, observada a legislação de regên- Único do Título I do Livro V.
cia, serão expressos em moeda corrente. § 6º Ao lançamento considerado proceden-
§ 1º Os valores das contribuições incluídos te aplicar-se-á o disposto no § 1º do art.
na Guia de Recolhimento do Fundo de Ga- 245, salvo se houver recurso tempestivo na
rantia do Tempo de Serviço e Informações forma da Subseção II da Seção II do Capítulo
à Previdência Social, não recolhidos ou não Único do Título I do Livro V.
parcelados, serão inscritos na Dívida Ativa § 7º A liquidação de crédito incluído em no-
do Instituto Nacional do Seguro Social, dis- tificação deve ser feita em moeda corrente,
pensando-se o processo administrativo de mediante documento próprio emitido ex-
natureza contenciosa. clusivamente pelo Instituto Nacional do Se-
§ 2º Os juros e a multa serão calculados guro Social.
com base no valor da contribuição. Art. 244. As contribuições e demais importân-
Art. 243. Constatada a falta de recolhimento cias devidas à seguridade social e não recolhidas
de qualquer contribuição ou outra importância até seu vencimento, incluídas ou não em noti-
devida nos termos deste Regulamento, a fiscali- ficação fiscal de lançamento, após verificadas
zação lavrará, de imediato, notificação fiscal de e confessadas, poderão ser objeto de acordo,
lançamento com discriminação clara e precisa para pagamento parcelado em moeda corrente,
dos fatos geradores, das contribuições devidas em até sessenta meses sucessivos, observado
e dos períodos a que se referem, de acordo com o número de até quatro parcelas mensais para
as normas estabelecidas pelos órgãos compe- cada competência a serem incluídas no parce-
tentes. lamento.

§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo em § 1º Não poderão ser objeto de parcela-


caso de falta de pagamento de benefício re- mento as contribuições descontadas dos
embolsado ou em caso de pagamento des- segurados empregado, inclusive o domésti-
se benefício sem observância das normas co, trabalhador avulso e contribuinte indivi-
pertinentes estabelecidas pelo Instituto Na- dual, as decorrentes da sub-rogação de que
cional do Seguro Social. tratam os incisos I e II do § 7º do art. 200
e as importâncias retidas na forma do art.
§ 2º Recebida a notificação, o empregador 219. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729,
doméstico, a empresa ou o segurado terão de 2003)
o prazo de trinta dias para efetuar o paga-
mento ou apresentar impugnação. (Reda- § 2º A empresa ou segurado que tenha sido
ção dada pelo Decreto nº 6.103, de 2007) condenado criminalmente por sentença
transitada em julgado, por obter vantagem

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ilícita em prejuízo da seguridade social ou I – falta de pagamento de qualquer parcela


de suas entidades, não poderá obter parce- nos termos acordados;
lamento de seus débitos, nos cinco anos se-
guintes ao trânsito em julgado da sentença. II – perecimento, deterioração ou deprecia-
ção da garantia oferecida para obtenção da
§ 3º As contribuições de que tratam os in- Certidão Negativa de Débito, se o devedor,
cisos I e II do caput do art. 204 poderão ser avisado, não a substituir ou reforçar, confor-
objeto de parcelamento, de acordo com a me o caso, no prazo de trinta dias contados
legislação específica vigente. do recebimento do aviso; ou
§ 4º O disposto neste artigo aplica-se às III – descumprimento de qualquer outra
contribuições arrecadadas pelo Instituto cláusula do acordo de parcelamento.
Nacional do Seguro Social para outras en-
tidades e fundos, na forma prevista no art. § 9º Será admitido o reparcelamento por
274, bem como às relativas às cotas de pre- uma única vez.
vidência devidas na forma da legislação an- § 10. As dívidas inscritas, ajuizadas ou não,
terior à Lei nº 8.212, de 1991. poderão ser objeto de parcelamento, no
§ 5º Sobre o valor de cada prestação mensal qual se incluirão, no caso das ajuizadas,
decorrente de parcelamento serão acres- honorários advocatícios, desde que previa-
cidos, por ocasião do pagamento, juros mente quitadas as custas judiciais.
equivalentes à taxa referencial do Sistema § 11. A amortização da dívida parcelada
Especial de Liquidação e Custódia, a que se deve ser contínua e uniforme em relação ao
refere o art. 13 da Lei nº9.065, de 20 de ju- número total das parcelas.
nho de 1995, para títulos federais, acumu-
lada mensalmente, calculados a partir do § 12. O acordo celebrado com o Estado, o
primeiro dia do mês da concessão do parce- Distrito Federal ou o Município conterá
lamento até o mês anterior ao do pagamen- cláusula em que estes autorizem a retenção
to e de um por cento relativamente ao mês do Fundo de Participação dos Estados ou
do pagamento. do Fundo de Participação dos Municípios e
o repasse ao Instituto Nacional do Seguro
§ 6º O deferimento do parcelamento pelo Social do valor correspondente a cada pres-
Instituto Nacional do Seguro Social fica con- tação mensal, por ocasião do vencimento
dicionado ao pagamento da primeira parce- desta.
la.
§ 13. O acordo celebrado com o Estado, o
§ 7º Na hipótese do parágrafo anterior, não Distrito Federal ou o Município conterá, ain-
sendo paga a primeira parcela, proceder- da, cláusula em que estes autorizem, quan-
-se-á à inscrição da dívida confessada, salvo do houver o atraso superior a sessenta dias
se já tiver sido inscrita, na Dívida Ativa do no cumprimento das obrigações previden-
Instituto Nacional do Seguro Social e à sua ciárias correntes, a retenção do Fundo de
cobrança judicial. Participação dos Estados ou do Fundo de
§ 8º O acordo de parcelamento será imedia- Participação dos Municípios e o repasse ao
tamente rescindido, aplicando-se o disposto Instituto Nacional do Seguro Social do valor
no § 1º do art. 245, salvo se a dívida já tiver correspondente à mora, por ocasião da pri-
sido inscrita, procedendo-se a sua cobrança meira transferência que ocorrer após a co-
judicial, caso ocorra uma das seguintes situ- municação da autarquia previdenciária ao
ações: Ministério da Fazenda.

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§ 14. Não é permitido o parcelamento de de credores, às disposições atinentes aos crédi-
dívidas de empresa com falência decretada. tos da União, aos quais é equiparado.
Art. 245. O crédito da seguridade social é Parágrafo único. O Instituto Nacional do Se-
constituído por meio de notificação fiscal de guro Social reivindicará os valores descon-
lançamento, auto-de-infração, confissão ou tados pela empresa do segurado emprega-
documento declaratório de valores devidos do e trabalhador avulso, as decorrentes da
apresentado pelo contribuinte ou outro instru- sub-rogação de que tratam os incisos I e II
mento previsto em legislação própria. do § 7º do art. 200 e as importâncias retidas
na forma do art. 219 e não recolhidos, sen-
§ 1º As contribuições, a atualização monetá- do que esses valores não estão sujeitos ao
ria, os juros de mora, as multas, bem como concurso de credores.
outras importâncias devidas e não recolhi-
das até o seu vencimento devem ser lança- Seção VII
dos em livro próprio destinado à inscrição DA RESTITUIÇÃO E DA
em Dívida Ativa do Instituto Nacional do
Seguro Social e da Fazenda Nacional, após a COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES
constituição do respectivo crédito. E OUTRAS IMPORTÂNCIAS
§ 2º A certidão textual do livro de que trata Art. 247. Somente poderá ser restituída ou
este artigo serve de título para que o órgão compensada contribuição para a seguridade
competente, por intermédio de seu procu- social, arrecadada pelo Instituto Nacional do Se-
rador ou representante legal, promova em guro Social, na hipótese de pagamento ou reco-
juízo a cobrança da Dívida Ativa, segundo lhimento indevido.
o mesmo processo e com as mesmas prer-
rogativas e privilégios da Fazenda Nacional, § 1º Na hipótese de pagamento ou recolhi-
nos termos da Lei nº 6.830, de 22 de setem- mento indevido, a contribuição será atua-
bro de 1980. lizada monetariamente, nos períodos em
que a legislação assim determinar, a contar
§ 3º Os órgãos competentes podem, antes da data do pagamento ou recolhimento até
de ajuizar a cobrança da Dívida Ativa, pro- a da efetiva restituição ou compensação,
mover o protesto de título dado em garan- utilizando-se os mesmos critérios aplicáveis
tia de sua liquidação, ficando, entretanto, à cobrança da própria contribuição em atra-
ressalvado que o título será sempre recebi- so, na forma da legislação de regência.
do pró solvendo.
§ 2º A partir de 1º de janeiro de 1996, a
§ 4º Considera-se Dívida Ativa o crédito pro- compensação ou restituição é acrescida
veniente de fato jurídico gerador das obri- de juros equivalentes à taxa referencial do
gações legais ou contratuais, desde que ins- Sistema Especial de Liquidação e de Custó-
crito no livro próprio, de conformidade com dia, acumulada mensalmente, calculados a
os dispositivos da Lei nº 6.830, de 1980. partir da data do pagamento indevido ou
a maior até o mês anterior ao da compen-
§ 5º As contribuições arrecadadas pelo Ins-
sação ou restituição e de um por cento re-
tituto Nacional do Seguro Social poderão,
lativamente ao mês em que estiver sendo
sem prejuízo da respectiva liquidez e certe-
efetuada.
za, ser inscritas em Dívida Ativa.
§ 3º Somente será admitida a restituição ou
Art. 246. O crédito relativo a contribuições, atu-
a compensação de contribuição a cargo da
alização monetária, juros de mora, multas, bem
empresa, recolhida ao Instituto Nacional do
como a outras importâncias, está sujeito, nos
Seguro Social, que, por sua natureza, não
processos de falência, concordata ou concurso

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tenha sido transferida ao preço de bem ou forma, anulação, revogação ou rescisão de de-
serviço oferecido à sociedade. cisão condenatória, o contribuinte pode efetuar
a compensação desse valor no recolhimento de
Art. 248. A restituição de contribuição ou de ou- importâncias correspondentes a períodos sub-
tra importância recolhida indevidamente, que sequentes.
comporte, por sua natureza, a transferência de
encargo financeiro, somente será feita àquele § 1º A compensação, independentemente
que provar ter assumido esse encargo ou, no da data do recolhimento, não pode ser su-
caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por perior a trinta por cento do valor a ser reco-
este expressamente autorizado a recebê-la. lhido em cada competência, devendo o sal-
do remanescente em favor do contribuinte
Art. 249. Somente poderá ser restituído ou ser compensado nas competências subse-
compensado, nas contribuições arrecadadas quentes, aplicando-se as normas previstas
pelo Instituto Nacional do Seguro Social, valor nos §§ 1º e 2º do art. 247.
decorrente das parcelas referidas nos incisos I,
II, III, IV e V do parágrafo único do art. 195. § 2º A compensação somente poderá ser
efetuada com parcelas de contribuição da
Parágrafo único. A restituição de contribui- mesma espécie.
ção indevidamente descontada do segurado
somente poderá ser feita ao próprio segura- § 3º É facultado ao contribuinte optar pelo
do, ou ao seu procurador, salvo se compro- pedido de restituição.
vado que o responsável pelo recolhimento
já lhe fez a devolução. § 4º Em caso de compensação de valores
nas situações a que se referem os arts. 248
Art. 250. O pedido de restituição ou de compen- e 249, os documentos comprobatórios da
sação de contribuição ou de outra importância responsabilidade assumida pelo encargo fi-
recolhida à seguridade social e recebida pelo nanceiro, a autorização expressa de terceiro
Instituto Nacional do Seguro Social será encami- para recebimento em seu nome, a procura-
nhado ao próprio Instituto. ção ou o recibo de devolução de contribui-
ção descontada indevidamente de segura-
§ 1º No caso de restituição de contribuições do, conforme o caso, devem ser mantidos à
para terceiros, vinculada à restituição de disposição da fiscalização, sob pena de glo-
contribuições previdenciárias, será o pedido sa dos valores compensados.
recebido e decidido pelo Instituto Nacional
do Seguro Social, que providenciará a resti- § 5º Os órgãos competentes expedirão as
tuição, descontando-a obrigatoriamente do instruções necessárias ao cumprimento do
valor do repasse financeiro seguinte ao da disposto neste artigo.
restituição, comunicando o fato à respecti-
va entidade. Art. 252. No caso de recolhimento a maior, ori-
ginário de evidente erro de cálculo, a restituição
§ 2º O pedido de restituição de contribui- será feita por rito sumário estabelecido pelo Ins-
ções que envolver somente importâncias tituto Nacional do Seguro Social, reservando-se
relativas a terceiros será formulado direta- a este o direito de fiscalizar posteriormente a
mente à entidade respectiva e por esta de- regularidade das importâncias restituídas.
cidido, cabendo ao Instituto Nacional do Se-
guro Social prestar as informações e realizar Art. 253. O direito de pleitear restituição ou de
as diligências solicitadas. realizar compensação de contribuições ou de
outras importâncias extingue-se em cinco anos,
Art. 251. A partir de 1º de janeiro de 1992, nos contados da data:
casos de pagamento indevido ou a maior de I – do pagamento ou recolhimento indevi-
contribuições, mesmo quando resultante de re- do; ou

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II – em que se tornar definitiva a decisão ad- II – perante o Instituto Nacional do Seguro
ministrativa ou passar em julgado a senten- Social, no prazo de trinta dias contados do
ça judicial que tenha reformado, anulado início de suas atividades, quando não sujei-
ou revogado a decisão condenatória. ta a inscrição no Cadastro Nacional da Pes-
soa Jurídica.
Art. 254. Da decisão sobre pedido de restitui-
ção de contribuições ou de outras importâncias, § 1º Independentemente do disposto neste
cabe recurso na forma da Subseção II da Seção II artigo, o Instituto Nacional do Seguro Social
do Capítulo Único do Título I do Livro V. procederá à matrícula:

Seção VIII I – de ofício, quando ocorrer omissão; e


DO REEMBOLSO DE PAGAMENTO II – de obra de construção civil, mediante
comunicação obrigatória do responsável
Art. 255. A empresa será reembolsada pelo pa-
por sua execução, no prazo do inciso II do
gamento do valor bruto do salário-maternidade,
caput.
observado o disposto no art. 248 da Constitui-
ção, incluída a gratificação natalina proporcio- § 2º A unidade matriculada na forma do in-
nal ao período da correspondente licença e das ciso II do caput e do § 1º receberá certifica-
cotas do salário-família pago aos segurados a do de matrícula com número cadastral bási-
seu serviço, de acordo com este Regulamento, co, de caráter permanente.
mediante dedução do respectivo valor, no ato
do recolhimento das contribuições devidas, na § 3º O não cumprimento do disposto no in-
forma estabelecida pelo INSS. (Redação dada ciso II do caput e no inciso II do § 1º sujeita
pelo Decreto nº 4.862, de 2003) o responsável à multa prevista no art. 283.
§ 1º Se da dedução prevista no caput resul- § 4º O Departamento Nacional de Registro
tar saldo favorável, a empresa receberá, no do Comércio, por intermédio das juntas co-
ato da quitação, a importância correspon- merciais, bem como os cartórios de registro
dente. civil de pessoas jurídicas, prestarão obriga-
§ 2º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de toriamente ao Instituto Nacional do Seguro
1999) Social todas as informações referentes aos
atos constitutivos e alterações posteriores
§ 3º O reembolso de pagamento obedecerá relativos a empresas neles registradas, sem
aos mesmos critérios aplicáveis à restitui- ônus para o Instituto.
ção prevista no art. 247.
§ 5º São válidos perante o Instituto Nacio-
nal do Seguro Social os atos de constituição,
alteração e extinção de empresa registrados
CAPÍTULO IX nas juntas comerciais.
DA MATRÍCULA DA EMPRESA, DO § 6º O Ministério da Previdência e Assistên-
PRODUTOR RURAL PESSOA FÍSICA E cia Social estabelecerá as condições em que
DO SEGURADO ESPECIAL o Departamento Nacional de Registro do
Comércio, por intermédio das juntas comer-
(Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de ciais, e os cartórios de registro civil de pes-
2008). soas jurídicas cumprirão o disposto no § 4º.
Art. 256. A matrícula da empresa será feita: Art. 256-A. A matrícula atribuída pela Secretaria
I – simultaneamente com a inscrição no Ca- da Receita Federal do Brasil ao produtor rural
dastro Nacional da Pessoa Jurídica; ou pessoa física ou segurado especial é o documen-
to de inscrição do contribuinte, em substituição

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à inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Ju- II – hipoteca de bens imóveis com ou sem
rídica – CNPJ, a ser apresentado em suas rela- seus acessórios;
ções: (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
III – fiança bancária;
I – com o Poder Público, inclusive para licen-
ciamento sanitário de produtos de origem IV – vinculação de parcelas do preço de
animal ou vegetal submetidos a processos bens ou serviços a serem negociados a pra-
de beneficiamento ou industrialização ar- zo pela empresa;
tesanal; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de V – alienação fiduciária de bens móveis; ou
2008).
VI – penhora.
II – com as instituições financeiras, para fins
de contratação de operações de crédito; e Parágrafo único. A garantia deve ter valor
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). mínimo de cento e vinte por cento do total
da dívida, observado, em qualquer caso, o
III – com os adquirentes de sua produção valor de mercado dos bens indicados, em
ou fornecedores de sementes, insumos, fer- conformidade com os critérios estabeleci-
ramentas e demais implementos agrícolas. dos pelo Instituto Nacional do Seguro So-
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). cial.
§ 1º Para fins de recolhimento das contri- Art. 261. A autorização do órgão competente
buições previdenciárias, a matrícula de que para outorga de instrumento em que se estipu-
trata o caput será atribuída ao grupo fami- le o pagamento do débito da empresa no ato,
liar no ato de sua inscrição. (Incluído pelo ou apenas parte no ato e o restante em parce-
Decreto nº 6.722, de 2008). las ou prestações do saldo do preço do bem a
§ 2º O disposto no caput não se aplica ao li- ser negociado pela empresa, com vinculação ao
cenciamento sanitário de produtos sujeitos cumprimento das obrigações assumidas na con-
à incidência do IPI ou ao contribuinte cuja fissão de dívida fiscal desta perante a segurida-
inscrição no CNPJ seja obrigatória. (Incluído de social, na forma do inciso IV do art. 260, será
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). dada mediante interveniência no instrumento.
Parágrafo único. A autorização para lavratu-
ra de instrumento de interesse da empresa
em que a garantia oferecida pelo devedor
CAPÍTULO X não tem relação com o bem transacionado
DA PROVA DE INEXISTÊNCIA será dada mediante alvará.
DE DÉBITO
Art. 262. (Revogado pelo Decreto nº 8.302, de
Art. 257. (Revogado pelo Decreto nº 8.302, de 2014)
2014) Art. 263. (Revogado pelo Decreto nº 8.302, de
Art. 258. (Revogado pelo Decreto nº 8.302, de 2014)
2014)
Art. 264. A inexistência de débito em relação às
Art. 259. (Revogado pelo Decreto nº 8.302, de contribuições devidas ao Instituto Nacional do
2014) Seguro Social é condição necessária para que os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios pos-
Art. 260. Serão aceitas as seguintes modalida-
sam receber as transferências dos recursos do
des de garantia:
Fundo de Participação dos Estados e do Distrito
I – depósito integral e atualizado do débito Federal e do Fundo de Participação dos Muni-
em moeda corrente; cípios, celebrar acordo, contrato, convênio ou

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ajuste, bem como receber empréstimo, finan- do Seguro Social sobre as contribuições re-
ciamento, aval ou subvenção em geral de órgão colhidas na mesma competência; ou
ou entidade da administração direta e indireta IV – existência de evidentes indícios de re-
da União. colhimento a menor das contribuições de-
Parágrafo único. Para recebimento do Fun- vidas, constatados pela comparação com
do de Participação dos Estados e do Distri- dados disponíveis sobre quantidade de em-
to Federal e do Fundo de Participação dos pregados e de rescisões de contrato de tra-
Municípios e para a consecução dos demais balho homologadas pelo sindicato.
instrumentos citados no caput, os Estados, § 1º As denúncias formuladas pelos sindi-
o Distrito Federal e os Municípios deverão catos deverão identificar com precisão a
apresentar aos órgãos ou entidades res- empresa infratora e serão encaminhadas
ponsáveis pela liberação dos fundos, cele- por seu representante legal, especifican-
bração de acordos, contratos, convênios ou do nome, número no Cadastro Nacional
ajustes, concessão de empréstimos, finan- da Pessoa Jurídica e endereço da empresa
ciamentos, avais ou subvenções em geral denunciada, o item infringido e outros ele-
os comprovantes de recolhimento das suas mentos indispensáveis à análise dos fatos.
contribuições ao Instituto Nacional do Se-
guro Social referentes aos três meses ime- § 2º A constatação da improcedência da de-
diatamente anteriores ao mês previsto para núncia apresentada pelo sindicato implicará
a efetivação daqueles procedimentos. a cessação do seu direito ao acesso às infor-
mações fornecidas pelas empresas e pelo
Art. 265. Os Estados, o Distrito Federal e os Mu- Instituto Nacional do Seguro Social, pelo
nicípios serão, igualmente, obrigados a apre- prazo de:
sentar, para os fins do disposto no art. 264, I – um ano, quando fundamentada nos inci-
comprovação de pagamento da parcela mensal sos I, II e III do caput; e
referente aos débitos com o Instituto Nacional
do Seguro Social objeto do parcelamento. II – quatro meses, quando fundamentada
no inciso IV do caput.
§ 3º Os prazos mencionados no parágrafo
TÍTULO II anterior serão duplicados a cada reincidên-
cia, considerando-se esta a ocorrência de
Das Disposições Diversas Relativas ao nova denúncia improcedente, dentro do
Custeio da Seguridade Social período de cinco anos contados da data da
denúncia não confirmada.
Art. 266. Os sindicatos poderão apresentar de-
núncia contra a empresa, junto ao Instituto Na- Art. 267. (Revogado pelo Decreto nº 4.032, de
cional do Seguro Social, nas seguintes hipóte- 2001)
ses: Art. 268. O titular da firma individual e os sócios
I – falta de envio da Guia da Previdência So- das empresas por cotas de responsabilidade li-
cial para o sindicato, na forma do inciso V mitada respondem solidariamente, com seus
do caput do art. 225; bens pessoais, pelos débitos junto à seguridade
social.
II – não afixação da Guia da Previdência So-
cial no quadro de horário, na forma do inci- Parágrafo único. Os acionistas controla-
so VI do caput do art. 225; dores, os administradores, os gerentes e
III – divergência entre os valores informa- os diretores respondem solidariamente e
dos pela empresa e pelo Instituto Nacional subsidiariamente, com seus bens pessoais,
quanto ao inadimplemento das obrigações

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para com a seguridade social, por dolo ou Art. 272. As alíquotas a que se referem o inciso
culpa. II do art. 200 e os incisos I, II, III e § 8º do art.
202 são reduzidas em cinquenta por cento de
Art. 269. Os orçamentos das entidades da ad- seu valor, a partir de 22 de janeiro de 1998, por
ministração pública direta e indireta devem sessenta meses, nos contratos de trabalho por
consignar as dotações ao pagamento das con- prazo determinado, nos termos da Lei nº 9.601,
tribuições devidas à seguridade social, de modo de 21 de janeiro de 1998. (Redação dada pelo
a assegurar a sua regular liquidação dentro do Decreto nº 4.032, de 2001)
exercício.
Parágrafo único. O pagamento das contri- Art. 273. A empresa é obrigada a preparar folha
buições devidas ao Instituto Nacional do de pagamento dos trabalhadores contratados
Seguro Social terá prioridade absoluta nos com base na Lei nº 9.601, de 1998, na forma do
cronogramas financeiros de desembolso art. 225, agrupando-os separadamente.
dos órgãos da administração pública dire- Art. 274. O Instituto Nacional do Seguro Social
ta, das entidades de administração indireta poderá arrecadar e fiscalizar, mediante remu-
e suas subsidiárias e das demais entidades neração de três vírgula cinco por cento sobre o
sob controle acionário direto ou indireto montante arrecadado, contribuição por lei devi-
da União, dos Estados, do Distrito Federal da a terceiros, desde que provenha de empresa,
e dos Municípios, bem como de suas autar- segurado, aposentado ou pensionista a ele vin-
quias, e fundações instituídas ou mantidas culado, aplicando-se a essa contribuição, no que
pelo Poder Público. couber, o disposto neste Regulamento.
Art. 270. A existência de débitos junto ao Institu- § 1º O disposto neste artigo aplica-se às
to Nacional do Seguro Social, não renegociados contribuições que tenham a mesma base
ou renegociados e não saldados, nas condições utilizada para o cálculo das contribuições in-
estabelecidas em lei, importará na indisponibi- cidentes sobre a remuneração paga, devida
lidade dos recursos existentes, ou que venham ou creditada a segurados, bem como sobre
a ingressar nas contas dos órgãos ou entidades as contribuições incidentes sobre outras ba-
devedoras de que trata o artigo anterior, aber- ses a título de substituição.(Redação dada
tas em quaisquer instituições financeiras, até pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
o valor equivalente ao débito apurado na data
de expedição de solicitação do Instituto Nacio- § 2º As contribuições previstas neste arti-
nal do Seguro Social ao Banco Central do Brasil, go ficam sujeitas aos mesmos prazos, con-
incluindo o principal, corrigido monetariamente dições, sanções e privilégios das contribui-
nos períodos em que a legislação assim dispu- ções da seguridade social, inclusive no que
ser, as multas e os juros. se refere à cobrança judicial.

Parágrafo único. Os Ministros da Fazenda e Art. 275. O Instituto Nacional do Seguro Social
da Previdência e Assistência Social expedi- divulgará, trimestralmente, lista atualizada dos
rão as instruções para aplicação do disposto devedores com débitos inscritos na Dívida Ativa
neste artigo. relativos às contribuições previstas nos incisos
I, II, III, IV e V do parágrafo único do art. 195,
Art. 271. As contribuições referentes ao período acompanhada de relatório circunstanciado das
de que trata o § 2º do art. 26, vertidas desde medidas administrativas e judiciais adotadas
o início do vínculo do servidor com a adminis- para a cobrança e execução da dívida.
tração pública ao Plano de Seguridade Social do
Servidor Público, nos termos dos arts. 8º e 9º da § 1º O relatório a que se refere o caput será
Lei nº 8.162, de 1991, serão atualizadas mone- encaminhado aos órgãos da administra-
tariamente e repassadas de imediato ao Institu- ção federal direta e indireta, às entidades
to Nacional do Seguro Social. controladas direta ou indiretamente pela

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União, aos registros públicos, cartórios de valores devidos cumulativamente com as
registro de títulos e documentos, cartórios contribuições normais de mesma compe-
de registro de imóveis e ao sistema finan- tência. (Incluído pelo Decreto nº 4.032, de
ceiro oficial, para os fins do § 3º do art. 195 2001)
da Constituição Federal e da Lei nº 7.711,
de 22 de dezembro de 1988. § 6º O recolhimento das contribuições do
empregado reclamante deverá ser feito na
§ 2º O Ministério da Previdência e Assistên- mesma inscrição em que são recolhidas as
cia Social fica autorizado a firmar convênio contribuições devidas pela empresa.(Incluí-
com os governos estaduais, do Distrito Fe- do pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
deral e municipais para extensão, àquelas
esferas de governo, das hipóteses previstas § 7º Se da decisão resultar reconhecimento
no art. 1º da Lei nº 7.711, de 1988. de vínculo empregatício, deverão ser exigi-
das as contribuições, tanto do empregador
Art. 276. Nas ações trabalhistas de que resultar como do reclamante, para todo o período
o pagamento de direitos sujeitos à incidência de reconhecido, ainda que o pagamento das
contribuição previdenciária, o recolhimento das remunerações a ele correspondentes não
importâncias devidas à seguridade social será tenham sido reclamadas na ação, toman-
feito no dia dois do mês seguinte ao da liquida- do-se por base de incidência, na ordem, o
ção da sentença. valor da remuneração paga, quando conhe-
cida, da remuneração paga a outro empre-
§ 1º No caso do pagamento parcelado, as con- gado de categoria ou função equivalente ou
tribuições devidas à seguridade social serão re- semelhante, do salário normativo da cate-
colhidas na mesma data e proporcionalmente goria ou do salário mínimo mensal, permi-
ao valor de cada parcela. tida a compensação das contribuições pa-
§ 2º Nos acordos homologados em que não tronais eventualmente recolhidas.(Incluído
figurarem, discriminadamente, as parcelas pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
legais de incidência da contribuição previ- § 8º Havendo reconhecimento de vínculo
denciária, esta incidirá sobre o valor total empregatício para empregado doméstico,
do acordo homologado. tanto as contribuições do segurado empre-
§ 3º Não se considera como discriminação gado como as do empregador deverão ser
de parcelas legais de incidência de contri- recolhidas na inscrição do trabalhador.(In-
buição previdenciária a fixação de percen- cluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
tual de verbas remuneratórias e indenizató- § 9º É exigido o recolhimento da contribui-
rias constantes dos acordos homologados, ção previdenciária de que trata o inciso II do
aplicando-se, nesta hipótese, o disposto no art. 201, incidente sobre o valor resultante
parágrafo anterior. da decisão que reconhecer a ocorrência de
§ 4º A contribuição do empregado no caso prestação de serviço à empresa, mas não o
de ações trabalhistas será calculada, mês a vínculo empregatício, sobre o valor total da
mês, aplicando-se as alíquotas previstas no condenação ou do acordo homologado, in-
art. 198, observado o limite máximo do sa- dependentemente da natureza da parcela e
lário-de-contribuição. forma de pagamento.(Incluído pelo Decreto
nº 4.032, de 2001)
§ 5º Na sentença ou acordo homologado,
cujo valor da contribuição previdenciária Art. 277. A autoridade judiciária deverá velar
devida for inferior ao limite mínimo permiti- pelo fiel cumprimento do disposto no artigo an-
do para recolhimento na Guia da Previdên- terior, executando, de ofício, quando for o caso,
cia Social, é autorizado o recolhimento dos as contribuições devidas, fazendo expedir noti-

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ficação ao Instituto Nacional do Seguro Social, II – revisão de incentivo fiscal de tratamento


para dar-lhe ciência dos termos da sentença, do tributário especial;
acordo celebrado ou da execução.
III – inabilitação para licitar e contratar com
Parágrafo único. O Instituto Nacional do Se- qualquer órgão ou entidade da administra-
guro Social fornecerá, quando solicitados, ção pública direta ou indireta federal, esta-
as orientações e dados necessários ao cum- dual, do Distrito Federal ou municipal;
primento do que dispõe este artigo.
IV – interdição para o exercício do comércio,
Art. 278. Nenhuma contribuição é devida à se- se for sociedade mercantil ou comerciante
guridade social se a construção residencial for individual;
unifamiliar, com área total não superior a seten-
ta metros quadrados, destinada a uso próprio, V – desqualificação para impetrar concorda-
do tipo econômico e tiver sido executada sem a ta; e
utilização de mão-de-obra assalariada. VI – cassação de autorização para funcionar
Parágrafo único. Comprovado o descum- no País, quando for o caso.
primento de qualquer das disposições do Art. 280. A empresa em débito para com a segu-
caput, tornam-se devidas as contribuições ridade social não pode:
previstas neste Regulamento, sem prejuízo
das cominações legais cabíveis. I – distribuir bonificação ou dividendo a
acionista; e
II – dar ou atribuir cota ou participação nos
TÍTULO III lucros a sócio cotista, diretor ou outro mem-
bro de órgão dirigente, fiscal ou consultivo,
Das Disposições Transitórias ainda que a título de adiantamento.
Relativas ao Custeio da Seguridade
Social
TÍTULO II
(Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
Art. 278-A. (Revogado pelo Decreto nº 4.729, Das Infrações e das Penalidades
de 2003)

LIVRO IV
CAPÍTULO I
DOS CRIMES
Das Penalidades em Geral Art. 281. (Revogado pelo Decreto nº 4.032, de
2001)
TÍTULO I

Das Restrições
CAPÍTULO II
Art. 279. A empresa que transgredir as normas DA APREENSÃO DE DOCUMENTOS
deste Regulamento, além de outras sanções
previstas, sujeitar-se-á às seguintes restrições: Art. 282. A seguridade social, por meio de seus
órgãos competentes, promoverá a apreensão
I – suspensão de empréstimos e financia- de comprovantes de arrecadação e de paga-
mentos, por instituições financeiras oficiais; mento de benefícios, bem como de quaisquer

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documentos pertinentes, inclusive contábeis, vidas ou creditadas a todos os segurados
mediante lavratura do competente termo, com a seu serviço, de acordo com este Regula-
a finalidade de apurar administrativamente a mento e com os demais padrões e normas
ocorrência dos crimes previstos em lei. estabelecidos pelo Instituto Nacional do Se-
guro Social;
Parágrafo único. O Instituto Nacional do Se-
guro Social e a Secretaria da Receita Federal b) deixar a empresa de se matricular no
estabelecerão normas específicas para: Instituto Nacional do Seguro Social, dentro
de trinta dias contados da data do início de
I – apreensão de comprovantes e demais suas atividades, quando não sujeita a inscri-
documentos; ção no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídi-
II – apuração administrativa da ocorrência ca;
de crimes; c) deixar a empresa de descontar da remu-
III – devolução de comprovantes e demais neração paga aos segurados a seu serviço
documentos; importância proveniente de dívida ou res-
ponsabilidade por eles contraída junto à se-
IV – instrução do processo administrativo guridade social, relativa a benefícios pagos
de apuração; indevidamente;
V – encaminhamento do resultado da apu- d) deixar a empresa de matricular no Ins-
ração referida no inciso IV à autoridade tituto Nacional do Seguro Social obra de
competente; e construção civil de sua propriedade ou exe-
cutada sob sua responsabilidade no prazo
VI – acompanhamento de processo judicial.
de trinta dias do início das respectivas ati-
vidades;
e) deixar o Titular de Cartório de Registro
CAPÍTULO III Civil de Pessoas Naturais de comunicar ao
DAS INFRAÇÕES Instituto Nacional do Seguro Social, até o
dia dez de cada mês, a ocorrência ou a não-
Art. 283. Por infração a qualquer dispositivo -ocorrência de óbitos, no mês imediata-
das Leis nos 8.212 e 8.213, ambas de 1991, e mente anterior, bem como enviar informa-
10.666, de 8 de maio de 2003, para a qual não ções inexatas, conforme o disposto no art.
haja penalidade expressamente cominada neste 228;
Regulamento, fica o responsável sujeito a multa
variável de R$ 636,17 (seiscentos e trinta e seis f) deixar o dirigente dos órgãos municipais
reais e dezessete centavos) a R$ 63.617,35 (ses- competentes de prestar ao Instituto Nacio-
senta e três mil, seiscentos e dezessete reais e nal do Seguro Social as informações con-
trinta e cinco centavos), conforme a gravidade cernentes aos alvarás, "habite-se" ou docu-
da infração, aplicando-se-lhe o disposto nos mento equivalente, relativos a construção
arts. 290 a 292, e de acordo com os seguintes civil, na forma do art. 226; e
valores: (Redação dada pelo Decreto nº 4.862,
g) deixar a empresa de efetuar os descontos
de 2003)
das contribuições devidas pelos segurados
I – a partir de R$ 636,17 (seiscentos e trin- a seu serviço; (Redação dada pelo Decreto
ta e seis reais e dezessete centavos) nas se- nº 4.862, de 2003)
guintes infrações:
h) deixar a empresa de elaborar e manter
a) deixar a empresa de preparar folha de atualizado perfil profissiográfico abrangen-
pagamento das remunerações pagas, de- do as atividades desenvolvidas pelo tra-

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balhador e de fornecer a este, quando da exigir documento comprobatório de inexis-


rescisão do contrato de trabalho, cópia au- tência de débito no registro ou arquivamen-
têntica deste documento; e(Incluída pelo to, no órgão próprio, de ato relativo a baixa
Decreto nº 4.862, de 2003) ou redução de capital de firma individual,
redução de capital social, cisão total ou par-
II – a partir de R$ 6.361,73 (seis mil trezen- cial, transformação ou extinção de entidade
tos e sessenta e um reais e setenta e três ou sociedade comercial ou civil e transfe-
centavos) nas seguintes infrações: rência de controle de cotas de sociedades
a) deixar a empresa de lançar mensalmen- de responsabilidade limitada;
te, em títulos próprios de sua contabilidade, g) deixar o servidor, o serventuário da Justi-
de forma discriminada, os fatos geradores ça ou o titular de serventia extrajudicial de
de todas as contribuições, o montante das exigir documento comprobatório de inexis-
quantias descontadas, as contribuições da tência de débito do proprietário, pessoa fí-
empresa e os totais recolhidos; sica ou jurídica, de obra de construção civil,
b) deixar a empresa de apresentar ao Insti- quando da averbação de obra no Registro
tuto Nacional do Seguro Social e à Secreta- de Imóveis;
ria da Receita Federal os documentos que h) deixar o servidor, o serventuário da Justi-
contenham as informações cadastrais, fi- ça ou o titular de serventia extrajudicial de
nanceiras e contábeis de interesse dos mes- exigir documento comprobatório de inexis-
mos, na forma por eles estabelecida, ou os tência de débito do incorporador, quando
esclarecimentos necessários à fiscalização; da averbação de obra no Registro de Imó-
c) deixar o servidor, o serventuário da Jus- veis, independentemente do documento
tiça ou o titular de serventia extrajudicial apresentado por ocasião da inscrição do
de exigir documento comprobatório de ine- memorial de incorporação;
xistência de débito, quando da contratação i) deixar o dirigente da entidade da adminis-
com o poder público ou no recebimento de tração pública direta ou indireta de consig-
benefício ou de incentivo fiscal ou credití- nar as dotações necessárias ao pagamento
cio; das contribuições devidas à seguridade so-
d) deixar o servidor, o serventuário da Justi- cial, de modo a assegurar a sua regular li-
ça ou o titular de serventia extrajudicial de quidação dentro do exercício;
exigir o documento comprobatório de ine- j) deixar a empresa, o servidor de órgão pú-
xistência de débito, quando da alienação ou blico da administração direta e indireta, o
oneração, a qualquer título, de bem imóvel segurado da previdência social, o serventu-
ou direito a ele relativo; ário da Justiça ou o titular de serventia ex-
e) deixar o servidor, o serventuário da Jus- trajudicial, o síndico ou seu representante,
tiça ou o titular de serventia extrajudicial o comissário ou o liquidante de empresa em
de exigir a apresentação do documento liquidação judicial ou extrajudicial, de exibir
comprobatório de inexistência de débito na os documentos e livros relacionados com as
alienação ou oneração, a qualquer título, contribuições previstas neste Regulamento
de bem móvel incorporado ao ativo perma- ou apresentá-los sem atender às formalida-
nente da empresa, de valor superior a R$ des legais exigidas ou contendo informação
15.904,18 (quinze mil novecentos e quatro diversa da realidade ou, ainda, com omis-
reais e dezoito centavos); são de informação verdadeira;

f) deixar o servidor, o serventuário da Justi-


ça ou o titular de serventia extrajudicial de

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l) deixar a entidade promotora do espetácu- 0 a 5 segurados ½ valor mínimo
lo desportivo de efetuar o desconto da con-
tribuição prevista no § 1º do art. 205; 6 a 15 segurados 1 x o valor mínimo
16 a 50 segurados 2 x o valor mínimo
m) deixar a empresa ou entidade de reter e
recolher a contribuição prevista no § 3º do 51 a 100 segurados 5 x o valor mínimo
art. 205; 101 a 500 segurados 10 x o valor mínimo
n) deixar a empresa de manter laudo téc- 501 a 1000 segurados 20 x o valor mínimo
nico atualizado com referência aos agentes
1001 a 5000 segurados 35 x o valor mínimo
nocivos existentes no ambiente de trabalho
de seus trabalhadores ou emitir documen- acima de 5000
50 x o valor mínimo
to de comprovação de efetiva exposição em segurados
desacordo com o respectivo laudo; e (Reda-
ção dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). II – cem por cento do valor devido relativo
à contribuição não declarada, limitada aos
o) (Revogada pelo Decreto nº 4.882, de valores previstos no inciso I, pela apresen-
2003) tação da Guia de Recolhimento do Fundo
§ 1º Considera-se dirigente, para os fins do de Garantia do Tempo de Serviço e Infor-
disposto neste Capítulo, aquele que tem a mações à Previdência Social com dados não
competência funcional para decidir a práti- correspondentes aos fatos geradores, seja
ca ou não do ato que constitua infração à em relação às bases de cálculo, seja em re-
legislação da seguridade social. lação às informações que alterem o valor
das contribuições, ou do valor que seria de-
§ 2º A falta de inscrição do segurado sujeita vido se não houvesse isenção ou substitui-
o responsável à multa de R$ 1.254,89 (mil, ção, quando se tratar de infração cometida
duzentos e cinquenta e quatro reais e oiten- por pessoa jurídica de direito privado be-
ta e nove centavos), por segurado não ins- neficente de assistência social em gozo de
crito. (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, isenção das contribuições previdenciárias
de 2008). ou por empresa cujas contribuições inci-
§ 3º As demais infrações a dispositivos da dentes sobre os respectivos fatos geradores
legislação, para as quais não haja penali- tenham sido substituídas por outras; e (Re-
dade expressamente cominada, sujeitam o dação dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
infrator à multa de R$ 636,17 (seiscentos e III – cinco por cento do valor mínimo pre-
trinta e seis reais e dezessete centavos). visto no caput do art. 283, por campo com
Art. 284. A infração ao disposto no inciso IV do informações inexatas, incompletas ou omis-
caput do art. 225 sujeitará o responsável às se- sas, limitada aos valores previstos no inciso
guintes penalidades administrativas: I, pela apresentação da Guia de Recolhi-
mento do Fundo de Garantia do Tempo de
I – valor equivalente a um multiplicador so- Serviço e Informações à Previdência Social
bre o valor mínimo previsto no caput do art. com erro de preenchimento nos dados não
283, em função do número de segurados, relacionados aos fatos geradores.
pela não apresentação da Guia de Recolhi-
mento do Fundo de Garantia do Tempo de § 1º A multa de que trata o inciso I, a par-
Serviço e Informações à Previdência Social, tir do mês seguinte àquele em que o docu-
independentemente do recolhimento da mento deveria ter sido entregue, sofrerá
contribuição, conforme quadro abaixo: acréscimo de cinco por cento por mês ca-
lendário ou fração.

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§ 2º O valor mínimo a que se refere o inci- 257.(Redação dada pelo Decreto nº 4.032,
so I será o vigente na data da lavratura do de 2001)
auto-de-infração.
Art. 288. O descumprimento do disposto nos §§
Art. 285. A infração ao disposto no art. 280 su- 19 e 20 do art. 225 sujeitará o infrator à multa
jeita o responsável à multa de cinquenta por de:
cento das quantias que tiverem sido pagas ou
creditadas, a partir da data do evento. I – R$ 173,00 (cento e setenta e três reais) a
R$ 1.730,00 (um mil setecentos e trinta re-
Art. 286. A infração ao disposto no art. 336 su- ais), no caso do § 19; e
jeita o responsável à multa variável entre os
limites mínimo e máximo do salário-de-contri- II – R$ 345,00 (trezentos e quarenta e cinco
buição, por acidente que tenha deixado de co- reais) a R$ 3.450,00 (três mil quatrocentos e
municar nesse prazo. cinquenta reais), no caso do § 20.

§ 1º Em caso de morte, a comunicação a Art. 289. O dirigente de órgão ou entidade da


que se refere este artigo deverá ser efetu- administração federal, estadual, do Distrito Fe-
ada de imediato à autoridade competente. deral ou municipal responde pessoalmente pela
multa aplicada por infração a dispositivos des-
§ 2º A multa será elevada em duas vezes o te Regulamento, sendo obrigatório o respectivo
seu valor a cada reincidência. desconto em folha de pagamento, mediante re-
quisição dos órgãos competentes e a partir do
§ 3º A multa será aplicada no seu grau míni- primeiro pagamento que se seguir à requisição.
mo na ocorrência da primeira comunicação
feita fora do prazo estabelecido neste arti- Parágrafo único. Ao disposto neste artigo
go, ou não comunicada, observado o dis- não se aplica a multa de que trata o inciso
posto nos arts. 290 a 292. III do art. 239.
Art. 287. Pelo descumprimento das obrigações
contidas nos incisos V e VI do caput do art. 225,
e verificado o disposto no inciso III do caput do CAPÍTULO IV
art. 266, será aplicada multa de R$ 99,74 (no-
DAS CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES
venta e nove reais e setenta e quatro centavos)
a R$ 9.974,34 (nove mil, novecentos e setenta DA PENALIDADE
e quatro reais e trinta e quatro centavos), para
Art. 290. Constituem circunstâncias agravantes
cada competência em que tenha havido a ir-
da infração, das quais dependerá a gradação da
regularidade. (Redação dada pelo Decreto nº
multa, ter o infrator:
4.032, de 2001)
I – tentado subornar servidor dos órgãos
Parágrafo único. O descumprimento das
competentes;
disposições constantes do art. 227 e dos in-
cisos V e VI do caput do art. 257, sujeitará a II – agido com dolo, fraude ou má-fé;
instituição financeira à multa de:
III – desacatado, no ato da ação fiscal, o
I – R$ 22.165,20 (vinte e dois mil, cento e agente da fiscalização;
sessenta e cinco reais e vinte centavos), no
caso do art. 227; e (Redação dada pelo De- IV – obstado a ação da fiscalização; ou
creto nº 4.032, de 2001) V – incorrido em reincidência.
II – R$ 110.826,01 (cento e dez mil, oito- Parágrafo único. Caracteriza reincidência a
centos e vinte e seis reais e um centavo), prática de nova infração a dispositivo da le-
no caso dos incisos V e VI do caput do art.

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gislação por uma mesma pessoa ou por seu art. 290, as quais elevam a multa em duas
sucessor, dentro de cinco anos da data em vezes.
que se tornar irrecorrível administrativa-
mente a decisão condenatória, da data do Art. 293. Constatada a ocorrência de infração
pagamento ou da data em que se configu- a dispositivo deste Regulamento, será lavrado
rou a revelia, referentes à autuação ante- auto-de-infração com discriminação clara e pre-
rior. (Redação dada pelo Decreto nº 6.032, cisa da infração e das circunstâncias em que foi
de 2007) praticada, contendo o dispositivo legal infringi-
do, a penalidade aplicada e os critérios de gra-
dação, e indicando local, dia e hora de sua lavra-
tura, observadas as normas fixadas pelos órgãos
CAPÍTULO V competentes. (Redação dada pelo Decreto nº
6.103, de 2007)
DAS CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES
DA PENALIDADE § 1º Recebido o auto-de-infração, o autua-
do terá o prazo de trinta dias, a contar da
Art. 291. (Revogado pelo Decreto nº 6.727, de ciência, para efetuar o pagamento da mul-
2009) ta de ofício com redução de cinquenta por
cento ou impugnar a autuação. (Redação
dada pelo Decreto nº 6.103, de 2007)

CAPÍTULO VI § 2º Impugnada a autuação, o autuado,


DA GRADAÇÃO DAS MULTAS após a ciência da decisão de primeira ins-
tância, poderá efetuar o pagamento da mul-
Art. 292. As multas serão aplicadas da seguinte ta de ofício com redução de vinte e cinco
forma: por cento, até a data limite para interposi-
ção de recurso. (Redação dada pelo Decreto
I – na ausência de agravantes, serão aplica- nº 6.103, de 2007)
das nos valores mínimos estabelecidos nos
incisos I e II e no § 3º do art. 283 e nos arts. § 3º O recolhimento do valor da multa, com
286 e 288, conforme o caso; redução, implica renúncia ao direito de im-
pugnar ou de recorrer.(Redação dada pelo
II – as agravantes dos incisos I e II do art. Decreto nº 4.032, de 2001)
290 elevam a multa em três vezes;
§ 4º Apresentada impugnação, o processo
III – as agravantes dos incisos III e IV do art. será submetido à autoridade competente,
290 elevam a multa em duas vezes; que decidirá sobre a autuação, cabendo re-
IV – a agravante do inciso V do art. 290 ele- curso na forma da Subseção II da Seção II do
va a multa em três vezes a cada reincidên- Capítulo Único do Título I do Livro V deste
cia no mesmo tipo de infração, e em duas Regulamento.(Redação dada pelo Decreto
vezes em caso de reincidência em infrações nº 6.032, de 2007)
diferentes, observados os valores máximos § 5º (Revogado pelo Decreto nº 6.032, de
estabelecidos no caputdos arts. 283 e 286, 2007)
conforme o caso; e
§ 6º (Revogado pelo Decreto nº 6.032, de
V – (Revogado pelo Decreto nº 6.727, de 2007)
2009)
Parágrafo único. Na aplicação da multa a
que se refere o art. 288, aplicar-se-á apenas
as agravantes referidas nos incisos III a V do

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LIVRO V § 1º Os membros do Conselho Nacional de


Previdência Social e seus respectivos su-
Da Organização da Seguridade Social plentes serão nomeados pelo Presidente
da República, tendo os representantes ti-
tulares da sociedade civil mandato de dois
anos, podendo ser reconduzidos, de ime-
TÍTULO I diato, uma única vez.
DO SISTEMA NACIONAL DE § 2º Os representantes dos trabalhadores
SEGURIDADE SOCIAL em atividade, dos aposentados, dos empre-
gadores e seus respectivos suplentes serão
Art. 294. As ações nas áreas de saúde, previ- indicados pelas centrais sindicais e confede-
dência social e assistência social, conforme o rações nacionais.
disposto no Capítulo II do Título VIII da Consti-
tuição Federal, serão organizadas em Sistema § 3º O Conselho Nacional de Previdência
Nacional de Seguridade Social. Social reunir-se-á, ordinariamente, uma vez
por mês, por convocação de seu Presidente,
Parágrafo único. As áreas de que trata este não podendo ser adiada a reunião por mais
artigo organizar-se-ão em conselhos seto- de quinze dias se houver requerimento nes-
riais, com representantes da União, dos Es- se sentido da maioria dos conselheiros.
tados, do Distrito Federal, dos Municípios e
da sociedade civil. § 4º Poderá ser convocada reunião extraor-
dinária por seu Presidente ou a requerimen-
to de um terço de seus membros, conforme
dispuser o regimento interno do Conselho
CAPÍTULO ÚNICO Nacional de Previdência Social.
DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS Art. 296. Compete ao Conselho Nacional de
Previdência Social:
Seção I
DO CONSELHO NACIONAL DE I – estabelecer diretrizes gerais e apreciar as
decisões de políticas aplicáveis à previdên-
PREVIDÊNCIA SOCIAL cia social;
Art. 295. O Conselho Nacional de Previdência II – participar, acompanhar e avaliar, siste-
Social, órgão superior de deliberação colegiada, maticamente, a gestão previdenciária;
terá como membros:
III – apreciar e aprovar os planos e progra-
I – seis representantes do Governo Federal; mas da previdência social;
e
IV – apreciar e aprovar as propostas orça-
II – nove representantes da sociedade civil, mentárias da previdência social, antes de
sendo: sua consolidação na proposta orçamentária
da seguridade social;
a) três representantes dos aposentados e
pensionistas; V – acompanhar e apreciar, mediante rela-
tórios gerenciais por ele definidos, a execu-
b) três representantes dos trabalhadores
ção dos planos, programas e orçamentos no
em atividade; e
âmbito da previdência social;
c) três representantes dos empregadores.
VI – acompanhar a aplicação da legislação
pertinente à previdência social;

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VII – apreciar a prestação de contas anu- § 2º O Governo Federal será
al a ser remetida ao Tribunal de Contas da representado:(Incluído pelo Decreto nº
União, podendo, se for necessário, contra- 4.874, de 2003)
tar auditoria externa;
I – nas cidades onde houver mais de uma
VIII – estabelecer os valores mínimos em Gerência-Executiva: (Redação dada pelo
litígio, acima dos quais será exigida a anu- Decreto nº 5.699, de 2006)
ência prévia do Procurador-Geral ou do
Presidente do Instituto Nacional do Seguro a) pelo Gerente-Executivo da Gerência-
Social para formalização de desistência ou -Executiva a que se refere o § 1º; e (Redação
transigência judiciais, conforme o disposto dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
no art. 353; b) outros Gerentes-Executivos; ou (Redação
IX – elaborar e aprovar seu regimento inter- dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
no; c) servidores da Divisão ou do Serviço Be-
X – aprovar os critérios de arrecadação e de nefícios ou de Atendimento ou da Procura-
pagamento dos benefícios por intermédio doria Federal Especializada junto ao INSS de
da rede bancária ou por outras formas; e Gerência-Executiva sediadas na cidade, ou
de representante da Secretaria da Receita
XI – acompanhar e avaliar os trabalhos de Federal do Brasil, ou de representante da
implantação e manutenção do Cadastro Na- DATAPREV; (Redação dada pelo Decreto nº
cional de Informações Sociais. 6.722, de 2008).
Art. 296-A. Ficam instituídos, como unidades d) (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de
descentralizadas do Conselho Nacional de Pre- 2008).
vidência Social – CNPS, Conselhos de Previdên-
cia Social – CPS, que funcionarão junto às Ge- II – nas cidades onde houver apenas uma
rências-Executivas do INSS. (Redação dada pelo Gerência-Executiva: (Redação dada pelo
Decreto nº 5.699, de 2006) Decreto nº 5.699, de 2006)

§ 1º Os CPS serão compostos por dez conse- a) pelo Gerente-Executivo; (Redação dada
lheiros e respectivos suplentes, designados pelo Decreto nº 5.699, de 2006)
pelo titular da Gerência Executiva na qual b) servidores da Divisão ou do Serviço de
for instalado, assim distribuídos: (Redação Benefícios ou de Atendimento ou da Procu-
dada pelo Decreto nº 5.699, de 2006) radoria Federal Especializada junto ao INSS
I – quatro representantes do Governo Fe- da Gerência-Executiva, ou de representante
deral; e (Incluído pelo Decreto nº 4.874, de da Secretaria da Receita Federal do Brasil,
2003) ou de representante da DATAPREV. (Reda-
ção dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
II – seis representantes da sociedade, sen-
do: (Incluído pelo Decreto nº 4.874, de c) (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de
2003) 2008).

a) dois dos empregadores; (Incluída pelo d) (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de


Decreto nº 4.874, de 2003) 2008).

b) dois dos empregados; e (Incluída pelo III – (Revogado pelo Decreto nº 5.699, de
Decreto nº 4.874, de 2003) 2006)

c) dois dos aposentados e pensionistas. (In- a) (Revogado pelo Decreto nº 5.699, de


cluído pelo Decreto nº 4.874, de 2003) 2006)

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b) (Revogado pelo Decreto nº 5.699, de sidi-las. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de


2006) 2008).
§ 3º As reuniões serão mensais ou bimen- Art. 297. Compete aos órgãos governamentais:
sais, a critério do respectivo CPS, e abertas
ao público, cabendo a sua organização e I – prestar toda e qualquer informação ne-
funcionamento ao titular da Gerência-Exe- cessária ao adequado cumprimento das
cutiva na qual for instalado o colegiado. (Re- competências do Conselho Nacional de Pre-
dação dada pelo Decreto nº 5.699, de 2006) vidência Social, fornecendo inclusive estu-
dos técnicos; e
§ 4º Os representantes dos trabalhadores,
dos aposentados e dos empregadores serão II – encaminhar ao Conselho Nacional de
indicados pelas respectivas entidades sindi- Previdência Social, com antecedência míni-
cais ou associações representativas. (Reda- ma de dois meses do seu envio ao Congres-
ção dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). so Nacional, a proposta orçamentária da
previdência social, devidamente detalhada.
§ 5º Os CPS terão caráter consultivo e de
assessoramento, competindo ao CNPS disci- Art. 298. As resoluções tomadas pelo Conselho
plinar os procedimentos para o seu funcio- Nacional de Previdência Social deverão ser pu-
namento, suas competências, os critérios blicadas no Diário Oficial da União.
de seleção dos representantes da sociedade Art. 299. As reuniões do Conselho Nacional de
e o prazo de duração dos respectivos man- Previdência Social serão iniciadas com a presen-
datos, além de estipular por resolução o re- ça da maioria absoluta de seus membros, sendo
gimento dos CPS. (Incluído pelo Decreto nº exigida para deliberação a maioria simples de
4.874, de 2003) votos.
§ 6º As funções dos conselheiros dos CPS Art. 300. As ausências ao trabalho dos repre-
não serão remuneradas e seu exercício será sentantes dos trabalhadores em atividade, de-
considerado serviço público relevante. (In- correntes das atividades do Conselho Nacional
cluído pelo Decreto nº 4.874, de 2003) de Previdência Social, serão abonadas, compu-
§ 7º A Previdência Social não se responsa- tando-se como jornada efetivamente trabalha-
bilizará por eventuais despesas com des- da para todos os fins e efeitos legais.
locamento ou estada dos conselheiros re- Art. 301. Aos membros do Conselho Nacional
presentantes da sociedade. (Incluído pelo de Previdência Social, enquanto representantes
Decreto nº 4.874, de 2003) dos trabalhadores em atividade, titulares e su-
§ 8º Nas cidades onde houver mais de uma plentes, é assegurada a estabilidade no empre-
Gerência-Executiva, o Conselho será instala- go, da nomeação até um ano após o término do
do naquela indicada pelo Gerente Regional mandato de representação, somente podendo
do INSS cujas atribuições abranjam a referi- ser demitidos por motivo de falta grave, regular-
da cidade. (Redação dada pelo Decreto nº mente comprovada mediante processo judicial.
6.722, de 2008). Art. 302. Compete ao Ministério da Previdência
§ 9º Cabe ao Gerente-Executivo a designa- e Assistência Social proporcionar ao Conselho
ção dos conselheiros. (Incluído pelo Decreto Nacional de Previdência Social os meios neces-
nº 6.722, de 2008). sários ao exercício de suas competências, para
o que contará com uma Secretaria Executiva do
§ 10. É facultado ao Gerente Regional do Conselho Nacional de Previdência Social.
INSS participar das reuniões do CPS locali-
zados em região de suas atribuições e pre-

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Seção II cabendo-lhe dirigir os serviços administrati-
DO CONSELHO DE RECURSOS DA vos do órgão. (Redação dada pelo Decreto
nº 6.722, de 2008).
PREVIDÊNCIA SOCIAL
§ 3º (Revogado pelo Decreto nº 3.668, de
Subseção I 2000)
DA COMPOSIÇÃO § 4º As Juntas e as Câmaras, presididas por
Art. 303. O Conselho de Recursos da Previdên- representante do Governo, são compostas
cia Social – CRPS, colegiado integrante da estru- por quatro membros, denominados conse-
tura do Ministério da Previdência Social, é órgão lheiros, nomeados pelo Ministro de Estado
de controle jurisdicional das decisões do INSS, da Previdência e Assistência Social, sendo
nos processos referentes a benefícios a cargo dois representantes do Governo, um das
desta Autarquia. (Redação dada pelo Decreto nº empresas e um dos trabalhadores.
6.722, de 2008). § 5º O mandato dos membros do Conselho
§ 1º O Conselho de Recursos da Previdência de Recursos da Previdência Social é de dois
Social compreende os seguintes órgãos: anos, permitida a recondução, atendidas às
seguintes condições: (Redação dada pelo
I – vinte e nove Juntas de Recursos, com a Decreto nº 5.699, de 2006)
competência para julgar, em primeira ins-
tância, os recursos interpostos contra as de- I – os representantes do Governo são es-
cisões prolatadas pelos órgãos regionais do colhidos entre servidores federais, prefe-
INSS, em matéria de interesse de seus be- rencialmente do Ministério da Previdência
neficiários; (Redação dada pelo Decreto nº Social ou do INSS, com curso superior em
7.126, de 2010) nível de graduação concluído e notório co-
nhecimento da legislação previdenciária,
II – quatro Câmaras de Julgamento, com que prestarão serviços exclusivos ao Conse-
sede em Brasília, com a competência para lho de Recursos da Previdência Social, sem
julgar, em segunda instância, os recursos prejuízo dos direitos e vantagens do respec-
interpostos contra as decisões proferidas tivo cargo de origem; (Redação dada pelo
pelas Juntas de Recursos que infringirem lei, Decreto nº 5.699, de 2006)
regulamento, enunciado ou ato normativo
ministerial; (Redação dada pelo Decreto nº II – os representantes classistas, que deve-
6.722, de 2008). rão ter escolaridade de nível superior, exce-
to representantes dos trabalhadores rurais,
III – (Revogado pelo Decreto nº 3.668, de que deverão ter nível médio, são escolhidos
2000) dentre os indicados, em lista tríplice, pelas
entidades de classe ou sindicais das respec-
IV – Conselho Pleno, com a competência tivas jurisdições, e manterão a condição de
para uniformizar a jurisprudência previden- segurados do Regime Geral de Previdência
ciária mediante enunciados, podendo ter Social; e (Redação dada pelo Decreto nº
outras competências definidas no Regimen- 4.729, de 2003)
to Interno do Conselho de Recursos da Pre-
vidência Social. (Redação dada pelo Decreto III – o afastamento do representante dos
nº 6.857, de 2009). trabalhadores da empresa empregadora
não constitui motivo para alteração ou res-
§ 2º O CRPS é presidido por representan- cisão contratual.
te do Governo, com notório conhecimento
da legislação previdenciária, nomeado pelo § 6º A gratificação dos membros de Câmara
Ministro de Estado da Previdência Social, de Julgamento e Junta de Recursos será de-

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finida pelo Ministro de Estado da Previdên- de Estado da Previdência Social, por pro-
cia e Assistência Social. (Redação dada pelo posta fundamentada do presidente do refe-
Decreto nº 3.668, de 2000) rido Conselho, em função da quantidade de
processos em tramitação em cada órgão jul-
I – o Presidente do Conselho definirá o nú- gador. (Redação dada pelo Decreto nº 6496,
mero de sessões mensais, que não poderá de 2008)
ser inferior a dez, de acordo com o volume
de processos em andamento; § 11. (Revogado pelo Decreto nº 6.857, de
2009).
II – a gratificação de relatoria por processo
relatado com voto corresponderá a um cin- Art. 304. Compete ao Ministro de Estado da
quenta avos do valor da retribuição integral Previdência Social aprovar o Regimento Interno
do cargo em comissão do grupo Direção e do CRPS. (Redação dada pelo Decreto nº 6.722,
Assessoramento Superior prevista para o de 2008).
presidente da câmara ou junta a que per-
tencer o conselheiro; e Subseção II
DOS RECURSOS
III – o valor total da gratificação de relato-
ria do conselheiro não poderá ultrapassar o Art. 305. Das decisões do INSS nos processos de
dobro da retribuição integral do cargo em interesse dos beneficiários caberá recurso para
comissão previsto para o presidente da câ- o CRPS, conforme o disposto neste Regulamen-
mara ou junta que pertencer. to e no regimento interno do CRPS. (Redação
§ 7º Os servidores do Instituto Nacional do dada pelo Decreto nº 7.126, de 2010)
Seguro Social, mediante ato do Ministro § 1º É de trinta dias o prazo para interpo-
de Estado da Previdência Social, poderão sição de recursos e para o oferecimento de
ser cedidos para terem exercício no Con- contra-razões, contados da ciência da de-
selho de Recursos da Previdência Social, cisão e da interposição do recurso, respec-
sem prejuízo dos direitos e das vantagens tivamente. (Redação dada pelo Decreto nº
do respectivo cargo de origem, inclusive os 4.729, de 2003)
previstos no art. 61 da Lei nº 8.112, de 11
de dezembro de 1990. (Redação dada pelo § 2º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de
Decreto nº 4.729, de 2003) 1999)

§ 8º (Revogado pelo Decreto nº 3.452, de § 3º O Instituto Nacional do Seguro Social


2000) e a Secretaria da Receita Previdenciária po-
dem reformar suas decisões, deixando, no
§ 9º O conselheiro afastado por qualquer caso de reforma favorável ao interessado,
das razões elencadas no Regimento Interno de encaminhar o recurso à instância com-
do Conselho de Recursos da Previdência So- petente. (Redação dada pelo Decreto nº
cial, exceto quando decorrente de renúncia 6.032, de 2007)
voluntária, não poderá ser novamente de-
signado para o exercício desta função antes § 4º Se o reconhecimento do direito do in-
do transcurso de cinco anos, contados do teressado ocorrer na fase de instrução do
efetivo afastamento. (Redação dada pelo recurso por ele interposto contra decisão
Decreto nº 5.699, de 2006) de Junta de Recursos, ainda que de alçada,
ou de Câmara de Julgamento, o processo,
§ 10. O limite máximo de composições por acompanhado das razões do novo entendi-
Câmara de Julgamento ou Junta de Recur- mento, será encaminhado:
sos, do Conselho de Recursos da Previdên-
cia Social, será definido em ato do Ministro

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I – à Junta de Recursos, no caso de decisão tar ao Ministro de Estado da Previdência e As-
dela emanada, para fins de reexame da sistência Social solução para a controvérsia ou
questão; ou questão. (Redação dada pelo Decreto nº 3.452,
de 2000)
II – à Câmara de Julgamento, se por ela pro-
ferida a decisão, para revisão do acórdão, § 1º A controvérsia na aplicação de lei ou ato
na forma que dispuser o seu Regimento In- normativo será relatada in abstracto e enca-
terno. minhada com manifestações fundamenta-
das dos órgãos interessados, podendo ser
§ 5º (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de instruída com cópias dos documentos que
2008). demonstrem sua ocorrência. (Incluído pelo
Art. 306. (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de Decreto nº 4.729, de 2003)
2008). § 2º A Procuradoria Geral Federal Especia-
Art. 307. A propositura pelo beneficiário de lizada/INSS deverá pronunciar-se em todos
ação judicial que tenha por objeto idêntico pe- os casos previstos neste artigo. (Incluído
dido sobre o qual versa o processo administra- pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
tivo importa renúncia ao direito de recorrer na Art. 310. (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de
esfera administrativa e desistência do recur- 2008).
so interposto.(Redação dada pelo Decreto nº
6.722, de 2008).
Art. 308. Os recursos tempestivos contra deci- TÍTULO II
sões das Juntas de Recursos do Conselho de Re-
cursos da Previdência Social têm efeito suspen- Dos Convênios, Contratos,
sivo e devolutivo. (Redação dada pelo Decreto Credenciamentos e Acordos
nº 5.699, de 2006)
Art. 311. A empresa, o sindicato ou entidade de
§ 1º Para fins do disposto neste artigo, não aposentados devidamente legalizada poderá,
se considera recurso o pedido de revisão de mediante convênio, encarregar-se, relativamen-
acórdão endereçado às Juntas de Recursos te a seu empregado ou associado e respectivos
e Câmaras de Julgamento. (Incluído pelo dependentes, de processar requerimento de
Decreto nº 5.699, de 2006) benefício, preparando-o e instruindo-o de ma-
§ 2º É vedado ao INSS escusar-se de cumprir neira a ser despachado pela previdência social.
as diligências solicitadas pelo CRPS, bem (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
como deixar de dar cumprimento às deci- Parágrafo único. Somente poderá optar pelo
sões definitivas daquele colegiado, reduzir encargo de pagamento, as convenentes que
ou ampliar o seu alcance ou executá-las de fazem a complementação de benefícios, ob-
modo que contrarie ou prejudique seu evi- servada a conveniência administrativa do
dente sentido. (Redação dada pelo Decreto INSS. (Redação dada pelo Decreto nº 6.939,
nº 6.722, de 2008). de 2009)
Art. 309. Havendo controvérsia na aplicação de Art. 312. A concessão e manutenção de presta-
lei ou de ato normativo, entre órgãos do Minis- ção devida a beneficiário residente no exterior
tério da Previdência e Assistência Social ou enti- devem ser efetuadas nos termos do acordo en-
dades vinculadas, ou ocorrência de questão pre- tre o Brasil e o país de residência do beneficiário
videnciária ou de assistência social de relevante ou, na sua falta, nos termos de instruções expe-
interesse público ou social, poderá o órgão inte- didas pelo Ministério da Previdência e Assistên-
ressado, por intermédio de seu dirigente, solici- cia Social.

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Art. 313. Os convênios, credenciamentos e ção de serviço, por delegação ou simples coo-
acordos da linha do seguro social deverão ser peração técnica, sob coordenação e supervisão
feitos pelos setores de acordos e convênios do dos órgãos competentes do Instituto Nacional
Instituto Nacional do Seguro Social. do Seguro Social.
Parágrafo único. O Instituto Nacional do Se-
guro Social poderá ainda colaborar para a
complementação das instalações e equipa-
TÍTULO III
mentos de entidades de habilitação e reabi-
litação profissional, com as quais mantenha Da Divulgação dos Atos e Decisões da
convênio, ou fornecer outros recursos ma- Previdência Social
teriais para a melhoria do padrão de atendi-
mento aos beneficiários. Art. 318. A divulgação dos atos e decisões dos
órgãos e autoridades da previdência social, so-
Art. 314. A prestação de serviços da entidade bre benefícios, tem como objetivo:
que mantém convênio, contrato, credenciamen-
to ou acordo com o Instituto Nacional do Seguro I – dar inequívoco conhecimento deles aos
Social não cria qualquer vínculo empregatício interessados, inclusive para efeito de recur-
entre este e o prestador de serviço. so;

Art. 315. Os órgãos da administração pública II – possibilitar seu conhecimento público; e


direta, autárquica e fundacional dos Estados, III – produzir efeitos legais quanto aos direi-
do Distrito Federal e dos Municípios poderão, tos e obrigações deles derivados.
mediante convênio com a previdência social,
encarregar-se, relativamente aos seus funcio- Art. 319. O conhecimento da decisão do Insti-
nários, de formalizar processo de pedido de tuto Nacional do Seguro Social deve ser dado
certidão de tempo de contribuição para fins de ao beneficiário por intermédio do órgão local,
contagem recíproca, preparando-o e instruindo- mediante assinatura do mesmo no próprio pro-
-o de forma a ser despachado pelo Instituto Na- cesso.
cional do Seguro Social.
Parágrafo único. Quando a parte se recusar
Art. 316. O Instituto Nacional do Seguro Social, a assinar ou quando a ciência pessoal é im-
de acordo com as possibilidades administrativas praticável, a decisão, com informações pre-
e técnicas das unidades executivas de reabilita- cisas sobre o seu fundamento, deve ser co-
ção profissional, poderá estabelecer convênios municada por correspondência sob registro,
e/ou acordos de cooperação técnico-financeira, com Aviso de Recebimento.
para viabilizar o atendimento às pessoas porta-
Art. 320. O conhecimento das decisões e de-
doras de deficiência.
mais atos dos órgãos do Ministério da Previdên-
Art. 317. Nos casos de impossibilidade de ins- cia e Assistência Social deve ser dado mediante
talação de órgão ou setor próprio competente publicação no Diário Oficial da União, boletim
do Instituto Nacional do Seguro Social, assim de serviço ou outro órgão de divulgação oficial-
como de efetiva incapacidade física ou técnica mente reconhecido, ou na forma do art. 319.
de implementação das atividades e atendimen-
Art. 321. Devem ser publicados em boletim de
to adequado à clientela da previdência social, as
serviço, em síntese, o contrato, o convênio, o
unidades executivas de reabilitação profissional
credenciamento e o acordo celebrados, e a sen-
poderão solicitar a celebração de convênios,
tença judicial que implique pagamento de bene-
contratos ou acordos com entidades públicas ou
fícios.
privadas de comprovada idoneidade financeira
e técnica, ou seu credenciamento, para presta-

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Art. 322. O órgão do Instituto Nacional do Se- Art. 327. A Auditoria e a Procuradoria do Insti-
guro Social, especialmente o pagador, só pode tuto Nacional do Seguro Social deverão, a cada
cumprir ato ou decisão de publicação obrigató- trimestre, elaborar relação das auditorias rea-
ria em boletim de serviço depois de atendida lizadas e dos trabalhos executados, bem como
essa formalidade. dos resultados obtidos, enviando-a à apreciação
do Conselho Nacional de Previdência Social.
Parágrafo único. O administrador que de-
termina e o servidor que realiza pagamen- Art. 328. O Instituto Nacional do Seguro Social
to sem observar o disposto neste artigo são deverá implantar programa de qualificação e
civilmente responsáveis por ele, ficando su- treinamento sistemático de pessoal, bem como
jeitos também às penalidades administrati- promover reciclagem e redistribuição de funcio-
vas cabíveis. nários conforme demandas dos órgãos regio-
nais e locais, visando à melhoria da qualidade
Art. 323. Os atos de que trata este Título serão do atendimento, ao controle e à eficiência dos
publicados também no Diário Oficial da União, sistemas de arrecadação e fiscalização de con-
quando houver obrigação legal nesse sentido. tribuições, bem como de pagamento de bene-
Art. 324. Os atos normativos ministeriais obri- fícios.
gam a todos os órgãos e entidades integrantes Art. 329. O Cadastro Nacional de Informações
do Ministério da Previdência e Assistência So- Sociais é destinado a registrar informações de
cial, inclusive da administração indireta a ele interesse da Administração Pública Federal e
vinculados. dos beneficiários da previdência social.
Art. 325. Os atos e decisões normativas sobre Parágrafo único. As contribuições aporta-
benefícios dos órgãos e entidades da previdên- das pelos segurados e empresas terão o
cia social devem ser publicados na íntegra em registro contábil individualizado, conforme
boletim de serviço da entidade interessada, só dispuser o Ministério da Previdência e As-
tendo validade depois dessa publicação. sistência Social.
Parágrafo único. Os pareceres somente se- Art. 329-A. O Ministério da Previdência Social
rão publicados quando aprovados pelas au- desenvolverá e manterá programa de cadastra-
toridades competentes e por determinação mento dos segurados especiais, observado o
destas. disposto nos §§ 7º e 8º do art. 18, podendo para
tanto firmar convênio com órgãos federais, es-
taduais ou do Distrito Federal e dos municípios,
TÍTULO IV bem como com entidades de classe, em espe-
cial as respectivas confederações ou federações.
Das Disposições Diversas Relativas à (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
Organização da Seguridade Social
§ 1º O Ministério da Previdência Social dis-
Art. 326. O Instituto Nacional do Seguro Social, ciplinará a forma de manutenção e de atu-
na forma da legislação específica, fica autoriza- alização do cadastro, observada a periodi-
do a contratar auditoria externa, periodicamen- cidade anual a contar do ano seguinte ao
te, para analisar e emitir parecer sobre demons- do efetivo cadastramento dos segurados
trativos econômico-financeiros e contábeis, especiais. (Incluído pelo Decreto nº 6.722,
arrecadação, cobrança e fiscalização de contri- de 2008).
buições, bem como pagamento de benefícios, § 2º As informações contidas no cadastro de
submetendo os resultados obtidos à apreciação que trata o caput não dispensam a apresen-
do Conselho Nacional de Previdência Social. tação dos documentos previstos no inciso II,
letra “a”, do § 2º do art. 62, exceto as que

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forem obtidas e acolhidas pela previdência § 2º Até que seja totalmente implantado o
social diretamente de banco de dados dis- Cadastro Nacional de Informações Sociais,
ponibilizados por órgãos do poder público. as instituições e órgãos federais, estaduais,
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). do Distrito Federal e municipais, detentores
de cadastros de empresas e de contribuin-
§ 3º Da aplicação do disposto neste artigo tes em geral, deverão colocar à disposição
não poderá resultar nenhum ônus para os do Instituto Nacional do Seguro Social, me-
segurados, sejam eles filiados ou não às en- diante convênio, todos os dados necessá-
tidades conveniadas. (Incluído pelo Decreto rios à permanente atualização dos seus ca-
nº 6.722, de 2008). dastros.
Art. 329-B. As informações obtidas e acolhidas § 3º O convênio de que trata o parágrafo
pelo INSS diretamente de bancos de dados dis- anterior estabelecerá, entre outras condi-
ponibilizados por órgãos do poder público serão ções, a forma e a periodicidade de acesso
utilizadas para validar ou invalidar informação ao cadastro e às alterações posteriores.
para o cadastramento do segurado especial,
bem como, quando for o caso, para deixar de re- Art. 332. O setor de benefícios do Instituto
conhecer no segurado essa condição. (Incluído Nacional do Seguro Social deverá estabelecer
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). indicadores qualitativos e quantitativos para
acompanhamento e avaliação das concessões
Art. 330. Com a implantação do Cadastro Nacio- de benefícios realizadas pelos órgãos locais de
nal de Informações Sociais, todos os segurados atendimento.
serão identificados pelo Número de Identifica-
ção do Trabalhador, que será único, pessoal e in- Art. 333. Os postos de benefícios deverão ado-
transferível, independentemente de alterações tar como prática o cruzamento das informações
de categoria profissional e formalizado pelo Do- declaradas pelos segurados com os dados das
cumento de Cadastramento do Trabalhador. empresas e de contribuintes em geral quando
da concessão de benefícios.
Parágrafo único. Ao segurado já cadastrado
no Programa de Integração Social/Progra- Art. 334. Haverá, no âmbito da previdência so-
ma de Assistência ao Servidor Público não cial, uma Ouvidoria-Geral, cujas atribuições se-
caberá novo cadastramento. rão definidas em regulamento específico.
Art. 331. O Instituto Nacional do Seguro Social Art. 335. Deverão ser enviadas ao Congresso
fica autorizado a efetuar permuta de informa- Nacional, anualmente, acompanhando a pro-
ções, em caráter geral ou específico, com qual- posta orçamentária da seguridade social, pro-
quer órgão ou entidade da administração direta jeções atuariais relativas à seguridade social,
ou indireta da União, Estados, Distrito Federal abrangendo um horizonte temporal de, no míni-
ou Municípios, com a prestação, quando for o mo, vinte anos, considerando hipóteses alterna-
caso, de assistência mútua na fiscalização dos tivas quanto às variações demográficas, econô-
respectivos tributos. micas e institucionais relevantes.
§ 1º A permuta de informações sobre a situ-
ação econômica ou financeira dos sujeitos
passivos ou de terceiros e sobre a natureza
LIVRO VI
e o estado dos seus negócios ou atividades
somente poderá ser efetivada com a Secre- Das Disposições Gerais
taria da Receita Federal ou com a Fazenda Art. 336. Para fins estatísticos e epidemiológi-
Pública dos Estados, do Distrito Federal ou cos, a empresa deverá comunicar à previdência
dos Municípios. social o acidente de que tratam os arts. 19, 20,

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21 e 23 da Lei nº 8.213, de 1991, ocorrido com II – a doença e o trabalho; e
o segurado empregado, exceto o doméstico, e
o trabalhador avulso, até o primeiro dia útil se- III – a causa mortis e o acidente.
guinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de § 1º O setor de benefícios do Instituto Na-
imediato, à autoridade competente, sob pena cional do Seguro Social reconhecerá o direi-
da multa aplicada e cobrada na forma do art. to do segurado à habilitação do benefício
286.(Redação dada pelo Decreto nº 4.032, de acidentário.
2001)
§ 2º Será considerado agravamento do aci-
§ 1º Da comunicação a que se refere este dente aquele sofrido pelo acidentado quan-
artigo receberão cópia fiel o acidentado ou to estiver sob a responsabilidade da reabili-
seus dependentes, bem como o sindicato a tação profissional.
que corresponda a sua categoria.
§ 3º Considera-se estabelecido o nexo entre
§ 2º Na falta do cumprimento do disposto o trabalho e o agravo quando se verificar
no caput, caberá ao setor de benefícios do nexo técnico epidemiológico entre a ativi-
Instituto Nacional do Seguro Social comu- dade da empresa e a entidade mórbida mo-
nicar a ocorrência ao setor de fiscalização, tivadora da incapacidade, elencada na Clas-
para a aplicação e cobrança da multa devi- sificação Internacional de Doenças – CID em
da. conformidade com o disposto na Lista C do
§ 3º Na falta de comunicação por parte da Anexo II deste Regulamento. (Redação dada
empresa, ou quando se tratar de segura- pelo Decreto nº 6.957, de 2009)
do especial, podem formalizá-la o próprio § 4º Para os fins deste artigo, considera-
acidentado, seus dependentes, a entidade -se agravo a lesão, doença, transtorno de
sindical competente, o médico que o as- saúde, distúrbio, disfunção ou síndrome
sistiu ou qualquer autoridade pública, não de evolução aguda, subaguda ou crônica,
prevalecendo nestes casos o prazo previsto de natureza clínica ou subclínica, inclusive
neste artigo. (Redação dada pelo Decreto morte, independentemente do tempo de
nº 4.032, de 2001) latência. (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de
§ 4º A comunicação a que se refere o § 3º 2007).
não exime a empresa de responsabilidade § 5º Reconhecidos pela perícia médica do
pela falta do cumprimento do disposto nes- INSS a incapacidade para o trabalho e o
te artigo. nexo entre o trabalho e o agravo, na forma
§ 5º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de do § 3º, serão devidas as prestações aciden-
1999) tárias a que o beneficiário tenha direito. (In-
cluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
§ 6º Os sindicatos e entidades representa-
tivas de classe poderão acompanhar a co- § 6º A perícia médica do INSS deixará de
brança, pela previdência social, das multas aplicar o disposto no § 3º quando demons-
previstas neste artigo. trada a inexistência de nexo entre o traba-
lho e o agravo, sem prejuízo do disposto nos
Art. 337. O acidente do trabalho será caracteri- §§ 7º e 12. (Redação dada pelo Decreto nº
zado tecnicamente pela perícia médica do INSS, 6.939, de 2009)
mediante a identificação do nexo entre o traba-
lho e o agravo. (Redação dada pelo Decreto nº § 7º A empresa poderá requerer ao INSS a
6.042, de 2007). não aplicação do nexo técnico epidemioló-
gico ao caso concreto mediante a demons-
I – o acidente e a lesão; tração de inexistência de correspondente

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nexo entre o trabalho e o agravo. (Redação pensivo, por parte da empresa ou, confor-
dada pelo Decreto nº 6.939, de 2009) me o caso, do segurado ao Conselho de
Recursos da Previdência Social, nos termos
§ 8º O requerimento de que trata o § 7º dos arts. 305 a 310. (Incluído pelo Decreto
poderá ser apresentado no prazo de quin- nº 6.042, de 2007).
ze dias da data para a entrega, na forma do
inciso IV do art. 225, da GFIP que registre a Art. 338. A empresa é responsável pela adoção
movimentação do trabalhador, sob pena de e uso de medidas coletivas e individuais de pro-
não conhecimento da alegação em instân- teção à segurança e saúde do trabalhador sujei-
cia administrativa. (Incluído pelo Decreto nº to aos riscos ocupacionais por ela gerados.(Re-
6.042, de 2007). dação dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
§ 9º Caracterizada a impossibilidade de § 1º É dever da empresa prestar informa-
atendimento ao disposto no § 8º, motivada ções pormenorizadas sobre os riscos da
pelo não conhecimento tempestivo do diag- operação a executar e do produto a mani-
nóstico do agravo, o requerimento de que pular.(Incluído pelo Decreto nº 4.032, de
trata o § 7º poderá ser apresentado no pra- 2001)
zo de quinze dias da data em que a empresa
tomar ciência da decisão da perícia médica § 2º Os médicos peritos da previdência so-
do INSS referida no § 5º. (Incluído pelo De- cial terão acesso aos ambientes de traba-
creto nº 6.042, de 2007). lho e a outros locais onde se encontrem os
documentos referentes ao controle médico
§ 10. Juntamente com o requerimento de de saúde ocupacional, e aqueles que digam
que tratam os §§ 8º e 9º, a empresa for- respeito ao programa de prevenção de ris-
mulará as alegações que entender neces- cos ocupacionais, para verificar a eficácia
sárias e apresentará as provas que possuir das medidas adotadas pela empresa para
demonstrando a inexistência de nexo entre a prevenção e controle das doenças ocupa-
o trabalho e o agravo.(Redação dada pelo cionais.(Incluído pelo Decreto nº 4.032, de
Decreto nº 6.939, de 2009) 2001)
§ 11. A documentação probatória poderá § 3º O INSS auditará a regularidade e a con-
trazer, entre outros meios de prova, evidên- formidade das demonstrações ambientais,
cias técnicas circunstanciadas e tempestivas incluindo-se as de monitoramento biológi-
à exposição do segurado, podendo ser pro- co, e dos controles internos da empresa re-
duzidas no âmbito de programas de gestão lativos ao gerenciamento dos riscos ocupa-
de risco, a cargo da empresa, que possuam cionais, de modo a assegurar a veracidade
responsável técnico legalmente habilitado. das informações prestadas pela empresa e
(Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007). constantes do CNIS, bem como o cumpri-
mento das obrigações relativas ao acidente
§ 12. O INSS informará ao segurado sobre de trabalho. (Redação dada pelo Decreto nº
a contestação da empresa para que este, 4.882, de 2003)
querendo, possa impugná-la, obedecendo,
quanto à produção de provas, ao disposto § 4º Os médicos peritos da previdência so-
no § 10, sempre que a instrução do pedido cial deverão, sempre que constatarem o
evidenciar a possibilidade de reconheci- descumprimento do disposto neste artigo,
mento de inexistência do nexo entre o tra- comunicar formalmente aos demais órgãos
balho e o agravo. (Redação dada pelo De- interessados na providência, inclusive para
creto nº 6.939, de 2009) aplicação e cobrança da multa devida. (In-
cluído pelo Decreto nº 5.545, de 2005)
§ 13. Da decisão do requerimento de que
trata o § 7º cabe recurso, com efeito sus-

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Art. 339. O Ministério do Trabalho e Emprego I – na esfera administrativa, pelos órgãos
fiscalizará e os sindicatos e entidades represen- da previdência social, segundo as regras e
tativas de classe acompanharão o fiel cumpri- prazos aplicáveis às demais prestações, com
mento do disposto nos arts. 338 e 343. prioridade para conclusão; e
Art. 340. Por intermédio dos estabelecimentos II – na via judicial, pela Justiça dos Estados
de ensino, sindicatos, associações de classe, e do Distrito Federal, segundo o rito suma-
Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Seguran- ríssimo, inclusive durante as férias forenses,
ça e Medicina do Trabalho, órgãos públicos e mediante petição instruída pela prova de
outros meios, serão promovidas regularmente efetiva notificação do evento à previdência
instrução e formação com vistas a incrementar social, através da Comunicação de Acidente
costumes e atitudes prevencionistas em maté- do Trabalho.
ria de acidentes, especialmente daquele referi-
do no art. 336. Parágrafo único. O procedimento judicial
de que trata o inciso II é isento do pagamen-
Art. 341. Nos casos de negligência quanto às to de quaisquer custas e de verbas relativas
normas de segurança e saúde do trabalho in- à sucumbência.
dicadas para a proteção individual e coletiva, a
previdência social proporá ação regressiva con- Art. 345. As ações referentes às prestações de-
tra os responsáveis. correntes do acidente de que trata o art. 336
prescrevem em cinco anos, observado o dispos-
Parágrafo único. O Ministério do Traba- to no art. 347, contados da data:
lho e Emprego, com base em informações
fornecidas trimestralmente, a partir de 1º I – do acidente, quando dele resultar a mor-
de março de 2011, pelo Ministério da Pre- te ou a incapacidade temporária, verificada
vidência Social relativas aos dados de aci- esta em perícia médica a cargo da previdên-
dentes e doenças do trabalho constantes cia social; ou
das comunicações de acidente de trabalho II – em que for reconhecida pela previdên-
registradas no período, encaminhará à Pre- cia social a incapacidade permanente ou o
vidência Social os respectivos relatórios de agravamento das sequelas do acidente.
análise de acidentes do trabalho com indí-
cios de negligência quanto às normas de Art. 346. O segurado que sofreu o acidente a
segurança e saúde do trabalho que possam que se refere o art. 336 tem garantida, pelo pra-
contribuir para a proposição de ações judi- zo mínimo de doze meses, a manutenção do seu
ciais regressivas. (Incluído pelo Decreto nº contrato de trabalho na empresa, após a cessa-
7.331, de 2010) ção do auxílio-doença acidentário, independen-
temente da percepção de auxílio-acidente.
Art. 342. O pagamento pela previdência social
das prestações decorrentes do acidente a que Art. 347. É de dez anos o prazo de decadência
se refere o art. 336 não exclui a responsabilida- de todo e qualquer direito ou ação do segura-
de civil da empresa ou de terceiros. do ou beneficiário para a revisão do ato de con-
cessão de benefício, a contar do dia primeiro do
Art. 343. Constitui contravenção penal, punível mês seguinte ao do recebimento da primeira
com multa, deixar a empresa de cumprir as nor- prestação ou, quando for o caso, do dia em que
mas de segurança e saúde do trabalho. tomar conhecimento da decisão indeferitória
Art. 344. Os litígios e medidas cautelares relati- definitiva no âmbito administrativo. (Redação
vos aos acidentes de que trata o art. 336 serão dada pelo Decreto nº 5.545, de 2005)
apreciados: § 1º Prescreve em cinco anos, a contar da
data em que deveriam ter sido pagas, toda

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e qualquer ação para haver prestações ven- I – do primeiro dia do exercício seguinte
cidas ou quaisquer restituições ou diferen- àquele em que o crédito poderia ter sido
ças devidas pela previdência social, salvo o constituído; ou
direito dos menores, incapazes e ausentes,
na forma do Código Civil. (Incluído pelo De- II – da data em que se tornar definitiva a de-
creto nº 4.729, de 2003) cisão que houver anulado, por vício formal,
a constituição de crédito anteriormente
§ 2º Não é considerado pedido de revisão efetuado.
de decisão indeferitória definitiva, mas de
novo pedido de benefício, o que vier acom- § 1º Para comprovar o exercício de ativida-
panhado de outros documentos além dos já de remunerada, com vistas à concessão de
existentes no processo. (Incluído pelo De- benefícios, será exigido do contribuinte in-
creto nº 4.729, de 2003) dividual, a qualquer tempo, o recolhimento
das correspondentes contribuições, obser-
§ 3º Não terá sequência eventual pedido de vado o disposto nos §§ 7º a 14 do art. 216.
revisão de decisão indeferitória definitiva (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de
de benefício confirmada pela última instân- 1999)
cia do Conselho de Recursos da Previdência
Social, aplicando-se, no caso de apresen- § 2º Na hipótese de ocorrência de dolo,
tação de outros documentos, além dos já fraude ou simulação, a seguridade social
existentes no processo, o disposto no § 2º. pode, a qualquer tempo, apurar e constituir
(Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003) seus créditos.

§ 4º No caso de revisão de benefício em § 3º O direito de pleitear judicialmente a


manutenção com apresentação de novos desconstituição de exigência fiscal fixada
elementos extemporaneamente ao ato con- pelo Instituto Nacional do Seguro Social no
cessório, os efeitos financeiros devem ser julgamento de litígio em processo adminis-
fixados na data do pedido de revisão. (Inclu- trativo fiscal extingue-se com o decurso do
ído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). prazo de cento e oitenta dias, contado da
intimação da referida decisão.
Art. 347-A. O direito da Previdência Social de
anular os atos administrativos de que decorram Art. 349. O direito da seguridade social de co-
efeitos favoráveis para os seus beneficiários de- brar seus créditos, constituídos na forma do ar-
cai em dez anos, contados da data em que fo- tigo anterior, prescreve em dez anos.
ram praticados, salvo comprovada má-fé. (Inclu- Art. 350. Será de responsabilidade da Procu-
ído pelo Decreto nº 5.545, de 2005) radoria-Geral do Instituto Nacional do Seguro
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contí- Social manter entendimentos com o Ministério
nuos, o prazo decadencial contar-se-á da Público, objetivando a agilização das causas ju-
percepção do primeiro pagamento. (Incluí- diciais necessárias à concessão e manutenção
do pelo Decreto nº 5.545, de 2005) de benefícios.

§ 2º Considera-se exercício do direito de Art. 351. O pagamento de benefícios decorren-


anular qualquer medida de autoridade ad- te de sentença judicial far-se-á com a observân-
ministrativa que importe impugnação à cia da prioridade garantida aos créditos alimen-
validade do ato. (Incluído pelo Decreto nº tícios.
5.545, de 2005) Art. 352. O Ministro da Previdência e Assistên-
Art. 348. O direito da seguridade social de apu- cia Social poderá autorizar o Instituto Nacional
rar e constituir seus créditos extingue-se após do Seguro Social a formalizar a desistência ou
dez anos, contados: abster-se de propor ações e recursos em pro-

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cessos judiciais sempre que a ação versar ma- § 1º O Instituto Nacional do Seguro Social
téria sobre a qual haja declaração de inconsti- é isento do pagamento de custas, traslados,
tucionalidade proferida pelo Supremo Tribunal preparos, certidões, registros, averbações e
Federal, súmula ou jurisprudência consolidada quaisquer outros emolumentos, nas causas
do Supremo Tribunal Federal ou dos tribunais em que seja interessado na condição de au-
superiores. tor, réu, assistente ou oponente, inclusive
nas ações de natureza trabalhista, acidentá-
Parágrafo único. O Ministro da Previdência ria e de benefício.
e Assistência Social disciplinará os procedi-
mentos a serem adotados nas hipóteses em § 2º O Instituto Nacional do Seguro Social
que a previdência social, relativamente aos antecipará os honorários periciais nas ações
créditos apurados com base em dispositivo de acidentes do trabalho.
declarado inconstitucional por decisão defi-
nitiva do Supremo Tribunal Federal, possa: Art. 355. O Instituto Nacional do Seguro Social
poderá requisitar a qualquer órgão ou entidade
I – abster-se de constituí-los; da administração direta ou indireta da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
II – retificar o seu valor ou declará-los extin- pios, bem como das demais entidades sob seu
tos, de ofício, quando houverem sido cons- controle, elementos de fato e de direito relati-
tituídos anteriormente, ainda que inscritos vos às alegações e ao pedido do autor de ação
em Dívida Ativa; e proposta contra a previdência social, bem assim
III – formular desistência de ações de execu- promover diligências para localização de deve-
ção fiscal já ajuizadas, bem como deixar de dores e apuração de bens penhoráveis, que se-
interpor recursos de decisões judiciais. rão atendidas prioritariamente e sob regime de
urgência.
Art. 353. A formalização de desistência ou tran-
sigência judiciais, por parte de procurador da Art. 356. Nos casos de indenização na forma
previdência social, será sempre precedida da do art. 122 e da retroação da data do início das
anuência, por escrito, do Procurador-Geral do contribuições, conforme o disposto no art. 124,
Instituto Nacional do Seguro Social ou do Presi- após a homologação do processo pelo setor de
dente deste órgão, quando os valores em litígio benefícios do Instituto Nacional do Seguro So-
ultrapassarem os limites definidos pelo Conse- cial, este deverá ser encaminhado ao setor de
lho Nacional de Previdência Social. arrecadação e fiscalização, para levantamento e
cobrança do débito.
Parágrafo único. Os valores, a partir dos
quais se exigirá a anuência do Procurador- Art. 357. Fica o Instituto Nacional do Seguro
-Geral ou do Presidente do Instituto Na- Social autorizado a designar servidores para a
cional do Seguro Social, serão definidos realização de pesquisas externas necessárias
periodicamente pelo Conselho Nacional de à concessão, manutenção e revisão de benefí-
Previdência Social, mediante resolução pró- cios, bem como ao desempenho das atividades
pria. de serviço social, perícias médicas, habilitação
e reabilitação profissional e arrecadação, junto
Art. 354. O Instituto Nacional do Seguro Social, a beneficiários, empresas, órgãos públicos, en-
nas causas em que seja interessado na condição tidades representativas de classe, cartórios e
de autor, réu, assistente ou oponente, gozará demais entidades e profissionais credenciados.
das mesmas prerrogativas e privilégios assegu-
rados à Fazenda Pública, inclusive quanto à ina- Parágrafo único. Para efeito do disposto no
lienabilidade e impenhorabilidade de seus bens. caput, os servidores designados receberão,
a título de indenização, o valor correspon-
dente a um onze avos do valor mínimo do

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salário-de-contribuição do contribuinte in- II – no segundo leilão, por qualquer valor,


dividual, por deslocamento com pesquisa excetuado o vil.
concluída. (Redação dada pelo Decreto nº
3.265, de 1999) § 1º Poderá o juiz, a requerimento do cre-
dor, autorizar seja parcelado o pagamento
Art. 358. Na execução judicial da Dívida Ativa do valor da arrematação, na forma prevista
da União, suas autarquias e fundações públicas, para os parcelamentos administrativos de
será facultado ao exequente indicar bens à pe- débitos previdenciários.
nhora, a qual será efetivada concomitantemen-
te com a citação inicial do devedor. § 2º Todas as condições do parcelamento
deverão constar do edital de leilão.
§ 1º Os bens penhorados nos termos deste
artigo ficam desde logo indisponíveis. § 3º O débito do executado será quitado na
proporção do valor de arrematação.
§ 2º Efetuado o pagamento integral da dívi-
da executada, com seus acréscimos legais, § 4º O arrematante deverá depositar, no
no prazo de dois dias úteis contados da ci- ato, o valor da primeira parcela.
tação, independentemente da juntada aos § 5º Realizado o depósito, será expedida
autos do respectivo mandado, poderá ser carta de arrematação, contendo as seguin-
liberada a penhora, desde que não haja ou- tes disposições:
tra execução pendente.
I – valor da arrematação, valor e número de
§ 3º O disposto neste artigo aplica-se tam- parcelas mensais em que será pago;
bém às execuções já processadas.
II – constituição de hipoteca do bem adqui-
§ 4º Não sendo opostos embargos, no pra- rido, ou de penhor, em favor do credor, ser-
zo legal, ou sendo eles julgados improce- vindo a carta de título hábil para registro da
dentes, os autos serão conclusos ao juiz do garantia;
feito, para determinar o prosseguimento da
execução. III – indicação do arrematante como fiel de-
positário do bem móvel, quando constituí-
Art. 359. O Instituto Nacional do Seguro Social do penhor; e
poderá contratar leiloeiros oficiais para promo-
ver a venda administrativa dos bens, adjudica- IV – especificação dos critérios de reajus-
dos judicialmente ou que receber em dação de tamento do saldo e das parcelas, que será
pagamento. sempre o mesmo vigente para os parcela-
mentos de créditos previdenciários.
Parágrafo único. O Instituto Nacional do Se-
guro Social, no prazo de sessenta dias, pro- § 6º Se o arrematante não pagar no venci-
videnciará alienação do bem por intermé- mento qualquer das parcelas mensais, o
dio do leiloeiro oficial. saldo devedor remanescente vencerá ante-
cipadamente e será acrescido em cinquenta
Art. 360. Nas execuções fiscais da Dívida Ativa por cento de seu valor a título de multa, de-
do Instituto Nacional do Seguro Social, o leilão vendo, de imediato, ser inscrito em Dívida
judicial dos bens penhorados realizar-se-á por Ativa e executado.
leiloeiro oficial, indicado pelo credor, que proce-
derá à hasta pública: § 7º Se no primeiro ou no segundo leilões a
que se refere o caput não houver licitante, o
I – no primeiro leilão, pelo valor do maior Instituto Nacional do Seguro Social poderá
lance, que não poderá ser inferior ao da adjudicar o bem por cinquenta por cento do
avaliação; ou valor da avaliação.

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§ 8º Se o bem adjudicado não puder ser nefícios da seguridade social serão realizados
utilizado pelo Instituto Nacional do Seguro pela rede bancária ou por outras formas, nos
Social e for de difícil venda, poderá ser ne- termos e condições aprovados pelo Conselho
gociado ou doado a outro órgão ou entida- Nacional de Previdência Social. (Redação dada
de pública que demonstre interesse na sua pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
utilização.
Art. 364. As receitas provenientes da cobrança
§ 9º Não havendo interesse na adjudicação, de débitos dos Estados, do Distrito Federal e
poderá o juiz do feito, de ofício ou a reque- dos Municípios e da alienação, arrendamento
rimento do credor, determinar sucessivas ou locação de bens móveis ou imóveis perten-
repetições da hasta pública. centes ao patrimônio do Instituto Nacional do
Seguro Social deverão constituir reserva técni-
§ 10. O leiloeiro oficial, a pedido do credor, ca, de longo prazo, que garantirá o seguro social
poderá ficar como fiel depositário dos bens instituído no Plano de Benefícios da Previdência
penhorados e realizar a respectiva remoção. Social.
Art. 361. O Instituto Nacional do Seguro Social Parágrafo único. É vedada a utilização dos
poderá concordar com valores divergentes, para recursos de que trata este artigo para cobrir
pagamento da dívida objeto de execução fiscal, despesas de custeio em geral, inclusive as
quando a diferença entre os cálculos de atuali- decorrentes de criação, majoração ou ex-
zação da dívida por ele elaborados ou levados tensão dos benefícios ou serviços da previ-
a efeito pela contadoria do Juízo e os cálculos dência social, admitindo-se sua utilização,
apresentados pelo executado for igual ou infe- excepcionalmente, em despesas de capital,
rior a cinco por cento. conforme definido na lei orçamentária.
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se so- Art. 365. Mediante requisição do Instituto Na-
mente a dívidas cuja petição inicial da exe- cional do Seguro Social, a empresa é obrigada
cução tenha sido protocolada em Juízo até a descontar, da remuneração paga aos segura-
31 de março de 1997. dos a seu serviço, a importância proveniente de
§ 2º A extinção de processos de execução, dívida ou responsabilidade por eles contraída
em decorrência da aplicação do disposto junto à seguridade social, relativa a benefícios
neste artigo, não implicará condenação em pagos indevidamente, observado o disposto no
honorários, custas e quaisquer outros ônus art. 154.
de sucumbência contra o exequente, ofere- Art. 366. O Presidente de Turma de Julgamento
cidos ou não embargos à execução, e acar- da Delegacia da Receita Federal do Brasil recor-
retará a desistência de eventual recurso que rerá de ofício sempre que a decisão: (Redação
tenha por razão a divergência de valores de dada pelo Decreto nº 6.224, de 2007).
atualização nos limites do percentual refe-
rido. I – declarar indevida contribuição ou outra
importância apurada pela fiscalização; e
Art. 362. O Instituto Nacional do Seguro Social (Redação dada pelo Decreto nº 6.224, de
e a Secretaria da Receita Federal estabelecerão 2007).
critérios para a dispensa de constituição ou exi-
gência de crédito de valor inferior ao custo des- II – relevar ou atenuar multa aplicada por
sas medidas. infração a dispositivos deste Regulamento.
(Redação dada pelo Decreto nº 6.224, de
Art. 363. A arrecadação das receitas prevista 2007).
nos incisos I, II, III, IV e V do parágrafo único do
art. 195, bem como as contribuições incidentes § 1º (Revogado pelo Decreto nº 6.224, de
a título de substituição, e o pagamento dos be- 2007).

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§ 2º O recurso de que trata o caput será in- VII – garantir a integração dos sistemas de
terposto ao Segundo Conselho de Contri- processamento eletrônico de informações e
buintes do Ministério da Fazenda. (Redação sua compatibilidade com o Cadastro Nacio-
dada pelo Decreto nº 6.224, de 2007). nal de Informações Sociais.
§ 3º O Ministro de Estado da Fazenda po- VIII – tornar disponível ao público, inclusi-
derá estabelecer limite abaixo do qual será ve por meio de rede pública de transmissão
dispensada a interposição do recurso de ofí- de dados, informações atualizadas sobre as
cio previsto neste artigo. (Incluído pelo De- despesas do Regime Geral de Previdência
creto nº 6.224, de 2007). Social, bem como os critérios e parâmetros
adotados para garantir o seu equilíbrio fi-
Art. 367. O Instituto Nacional do Seguro Social e nanceiro e atuarial. (Incluído pelo Decreto
a Empresa de Processamento de Dados da Pre- nº 5.545, de 2005)
vidência Social confrontarão a relação dos óbi-
tos com os cadastros da previdência social, de- Art. 369. Os depósitos judiciais e extrajudiciais
terminando o cancelamento dos pagamentos, a referentes a contribuições sociais e outras im-
partir da data do falecimento dos beneficiários portâncias arrecadadas pelo Instituto Nacional
identificados na comunicação a que se refere o do Seguro Social serão efetuados na Caixa Eco-
art. 228. nômica Federal mediante guia de recolhimento
específica para essa finalidade, conforme mo-
Art. 368. Fica o Instituto Nacional do Seguro So- delo a ser aprovado pelo Instituto Nacional do
cial obrigado a: Seguro Social e confeccionado e distribuído pela
I – enviar às empresas e aos contribuintes Caixa Econômica Federal.
individuais, quando por eles solicitado, ex- § 1º Quando houver mais de um interes-
trato de recolhimento das suas contribui- sado na ação, o depósito será efetuado, à
ções; ordem e disposição do Juízo, em nome de
II – emitir automaticamente e enviar às em- cada contribuinte, individualizadamente.
presas avisos de cobrança de débitos; § 2º A guia de recolhimento conterá, além
III – emitir e enviar aos beneficiários carta de outros elementos fixados em ato norma-
de concessão de benefícios, além da memó- tivo da autoridade competente, os dados
ria de cálculo do valor dos benefícios conce- necessários à identificação do órgão judicial
didos; em que tramita a ação.

IV – reeditar versão atualizada da Carta dos § 3º No caso de recebimento de depósito


Direitos dos Segurados; judicial, a Caixa Econômica Federal remete-
rá uma via da guia de recolhimento ao ór-
V – divulgar, com a devida antecedência, gão judicial em que tramita a ação.
pelos meios de comunicação, alterações
das contribuições das empresas e dos segu- § 4º A Caixa Econômica Federal tornará dis-
rados em geral; ponível para o Instituto Nacional do Seguro
Social, por meio magnético, os dados refe-
VI – descentralizar, progressivamente, o rentes aos depósitos.
processamento eletrônico das informações,
mediante extensão dos programas de infor- Art. 370. O valor dos depósitos recebidos será
matização aos Postos de Atendimento e às creditado pela Caixa Econômica Federal à Sub-
Gerências Regionais de Arrecadação e Fis- conta da Previdência Social da Conta Única do
calização; e Tesouro Nacional junto ao Banco Central do
Brasil, no mesmo prazo fixado para recolhimen-

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to das contribuições arrecadadas pelo Instituto ceita em que tiver sido contabilizado o de-
Nacional do Seguro Social. pósito.
Art. 371. Mediante ordem da autoridade ju- § 5º No caso de transformação do depósito
dicial ou, no caso de depósito extrajudicial, da em pagamento definitivo, a Caixa Econômi-
autoridade administrativa competente, o valor ca Federal efetuará a baixa em seus contro-
do depósito, após o encerramento da lide ou do les e comunicará a ocorrência ao Instituto
processo litigioso, será: Nacional do Seguro Social.
I – devolvido ao depositante pela Caixa Eco- § 6º A Caixa Econômica Federal manterá
nômica Federal, no prazo máximo de vinte controle dos valores depositados, devol-
e quatro horas, quando a sentença ou de- vidos e transformados em pagamento de-
cisão lhe for favorável ou na proporção em finitivo, por contribuinte e por processo,
que o for, acrescido de juros equivalentes devendo, relativamente aos valores depo-
à taxa referencial do Sistema Especial de sitados e respectivos acréscimos de juros,
Liquidação e de Custódia, para títulos fede- tornar disponível o acesso aos registros,
rais, acumulada mensalmente, calculados a emitir extratos mensais e remetê-los ao Ins-
partir do mês subsequente ao da efetivação tituto Nacional do Seguro Social.
do depósito até o mês anterior ao de seu
levantamento, e de juros de um por cento § 7º Os extratos referidos neste artigo con-
relativamente ao mês em que estiver sendo terão dados que permitam identificar o
efetivada a devolução; ou depositante, o processo administrativo ou
judicial, a movimentação dos depósitos du-
II – transformado em pagamento definiti- rante o mês, além de outros elementos con-
vo, proporcionalmente à exigência do cor- siderados indispensáveis.
respondente crédito, quando se tratar de
sentença ou decisão favorável ao Instituto Art. 372. Pelo recebimento dos depósitos e pela
Nacional do Seguro Social. prestação dos demais serviços previstos nos
arts. 369 a 371, a Caixa Econômica Federal será
§ 1º O documento contendo os dados re- remunerada pela tarifa fixada pelo Ministro de
lativos aos depósitos devolvidos ou trans- Estado da Fazenda, na forma do disposto noDe-
formados em pagamento definitivo, a ser creto nº 2.850, de 27 de novembro de 1998.
confeccionado e preenchido pela Caixa Eco-
nômica Federal, deverá ser aprovado pelo Art. 373. Os valores expressos em moeda cor-
Instituto Nacional do Seguro Social. rente referidos neste Regulamento, exceto
aqueles referidos no art. 288, são reajustados
§ 2º O valor dos depósitos devolvidos pela nas mesmas épocas e com os mesmos índices
Caixa Econômica Federal será debitado à utilizados para o reajustamento dos benefícios
Subconta da Previdência Social da Conta de prestação continuada da previdência social.
Única do Tesouro Nacional junto ao Banco
Central do Brasil, a título de restituição, no Art. 374. Serão aceitos os números de inscrição
mesmo dia em que ocorrer a devolução. no Cadastro Geral de Contribuintes, até que seja
concluída, pela Secretaria da Receita Federal, a
§ 3º O Banco Central do Brasil creditará, na implantação do Cadastro Nacional da Pessoa Ju-
conta de reserva bancária da Caixa Econô- rídica.
mica Federal, no mesmo dia, os valores de-
volvidos. Art. 375. Ficam anistiados, por força do art. 3º
da Lei nº 9.476, de 23 de julho de 1997, os agen-
§ 4º Os valores das devoluções, inclusive tes políticos e os dirigentes de órgãos públicos
dos juros acrescidos, serão contabilizados estaduais, do Distrito Federal ou municipais, a
como estorno da respectiva espécie de re- quem foram impostas penalidades pecuniárias

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pessoais até 24 de julho de 1997, em decorrên- da Previdência e Assistência Social e no Instituto


cia do disposto no art. 289. Nacional do Seguro Social.
Art. 376. A multa de que trata a alínea "e" do Art. 382. Os tratados, convenções e outros acor-
inciso I do art. 283 retroagirá a 16 de abril de dos internacionais de que Estado estrangeiro ou
1994, na que for mais favorável. organismo internacional e o Brasil sejam partes,
e que versem sobre matéria previdenciária, se-
Art. 377. Os recursos a que se refere o Decreto rão interpretados como lei especial.(Incluído
nº 2.536, de 6 de abril de 1998, não têm efeito pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
suspensivo.
Art. 378. (Revogado pelo Decreto nº 4.729, de
2003)
Art. 379. A pessoa jurídica de direito privado já
beneficiária da isenção ou que já a tenha reque-
rido e que atenda ao disposto nos arts. 206 ou
207 está dispensada do requerimento previsto
no art. 208, devendo, até 30 de maio de 1999:
I – comunicar ao Instituto Nacional do Segu-
ro Social que está enquadrada nos arts. 206
ou 207; e
II – apresentar ao Instituto Nacional do Se-
guro Social o plano de ação de atividades a
serem desenvolvidas durante o ano em cur-
so.
Parágrafo único. O Conselho Nacional de
Assistência Social, mediante resolução que
observe a natureza dos serviços assisten-
ciais, poderá, por proposição da Secretaria
de Estado de Assistência Social, considerar
atendido o requisito de gratuidade, à vista
de doações ou contribuições voluntárias
feitas por terceiros, pelos responsáveis ou
pelos próprios beneficiários dos serviços,
desde que garantido o livre acesso a esses
serviços, independentemente dessas doa-
ções e contribuições, não se lhes aplicando
o disposto nos §§ 2º e 3º do art. 206.
Art. 380. Fica cancelada, a partir de 1º de abril
de 1999, toda e qualquer isenção de contribui-
ção para a seguridade social concedida, em ca-
ráter geral ou especial, em desacordo com os
arts. 206 ou 207.
Art. 381. As normas deste Regulamento de na-
tureza procedimental aplicam-se imediatamen-
te a todos os processos pendentes no Ministério

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