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Professor: Ivan Kertzman

Doutor em Direito Público - UFBA


Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Pós-Graduado em Finanças Empresariais - USP
Bacharel em Direito – UCSAL
Administrador de Empresas - UFBA
Coordenador da Pós-Graduação em Direito Previdenciário e de Direito do Trabalho do
IMADEC ON LINE;
Coordenador da Pós-Graduação em Direito do Trabalho e Previdenciário da Faculdade de
Direito Oito de Julho-Aracaju
Coordenador da Pós-Graduação em Direito Previdenciário do Faculdade Baiana de
Direito-Salvador, do IMADEC- São Luis e Belém.
Professor do Gran Cursos On Line
ivankertzman
Ivan Kertzman
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Alguns dos Livros Publicados

 “Planejamento Contributivo Previdenciário”, Editora LuJur


“Curso Prático de Direito Previdenciário”, Edições JusPodivm
“Prática Empresarial Previdenciária”, Edições JusPodivm
“Regulamento da Previdência Social Comentado”, Edições JusPodivm
“Pensão por Morte e Dependentes do Segurado”, Juruá
“Entendendo a Reforma da Previdência”, Edições JusPodivm
“Guia Prático da Previdência Social”, Edições JusPodivm
“Curso Prático de Direito do Trabalho”, Edições JusPodivm
“As Contribuições Previdenciárias na Justiça do Trabalho”, Editora
LuJur
“Direito Previdenciário para o Concurso do INSS”, Edições JusPodivm
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AO CUSTEIO
• CF/88 – Art. 194 a 204
• Lei 8.212/91 - Custeio da Previdência Social
• Decreto 3.048/99 (RPS – Regulamento da Previdência Social)
• IN 2110/2022 da RFB – Custeio
ORGANIZAÇÃO SECURITÁRIA SOCIAL BRASILEIRA

• Seguridade Social (art. 194, CF/88)


- Saúde
- Assistência Social
- Previdência Social
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO CUSTEIO (194, par. único, CF/88)

• V - equidade na forma de participação no custeio;


• VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis
específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde,
previdência e assistência social, preservado o caráter contributivo da previdência
social;
• VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante
gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores,
dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados
TRÍPLICE FORMA DE CUSTEIO
• O sistema deve ser custeado por contribuições das empresas, trabalhadores e do
próprio governo.

• Note-se que esta regra, atualmente, é válida apenas para o RGPS, pois a
Reforma da Previdência (EC 41/03) instituiu a contribuição dos inativos do
RPPS.

• No caso de eventual falta de recursos para o pagamento dos gastos com a


seguridade social, cabe à União efetuar a complementação.
PREXISTÊNCIA DE CUSTEIO EM RELAÇÃO A BENEFÍCIOS OU
SERVIÇOS (ART. 195, , §5º, CF/88)
• § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado,
majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

• A fonte de custeio deve ser nova, não bastando a indicação de fonte já existente.

• É a chamada regra da contrapartida.

• O STF tem posicionamento firmado de que esse princípio, não se aplica à


previdência privada, mas, apenas, à seguridade social que é financiada por toda
a sociedade (Agravo Regimental no RE 583.687/RS).
FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE

Supremo Tribunal Federal – STF já firmou posicionamento de que as


espécies tributárias são cinco (RREE 138.284-8, Rel. Min. Carlos Veloso;
146.733; ADC-1/DF):
• a) Impostos;
• b) Taxas;
• c) Contribuições de melhoria;
• d) Contribuições sociais, em sentido amplo (especiais);
• e) Empréstimos compulsórios.
FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE

• Contribuições de intervenção no domínio econômico são as instituídas


pelo Estado com finalidade regulatória de um mercado determinado.
• Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas
são as que atendem ao financiamento dessas entidades, a exemplo da
contribuição para a OAB, CRC, CRM e outros conselhos de classe
profissional.
• Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública foi inserida
no art. 149-A da Constituição Federal(EC 39/2002).
FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE
• Contribuições sociais em sentido estrito subdividem-se em
Contribuições Sociais Gerais, Contribuições Sociais para a Seguridade
Social e Outras Contribuições para a Seguridade Social.

• Contribuições Sociais Gerais são as destinadas a outras entidades e fundos,


chamados de terceiros, como, por exemplo, Salário-Educação (art. 212,
CF/1988), SESI, SENAI, SENAT, SENAR... (art. 240, CF/1988).

• SEBRAE - RE 437.839-AgR, DJ 18.11.2005 - contribuição de intervenção no


domínio econômico. É exigível de empresas que exerçam atividade
econômica, não sendo necessária a vinculação direta entre o contribuinte
e o benefício decorrente da aplicação dos valores arrecadados. INCRA
também pode ser enquadrado como CIDE
FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE

• Contribuições para a Seguridade Social são as incidentes sobre a folha de


pagamento, o lucro, a receita/faturamento das empresas.

• Outras Contribuições Sociais são as baseadas no § 4º do art. 195, que


autoriza a União, por intermédio da utilização da sua competência residual
FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE
O art. 195, CF/88 prevê as seguintes contribuições sociais:
• I - Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada, na
forma da lei, sobre:
– a) a folha de salário e demais rendimentos do trabalho pagos ou
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste
serviço, mesmo sem vínculo empregatício – São as contribuições
previdenciárias, parte patronal.

– b) a receita ou faturamento – esta contribuição não se destina,


obrigatoriamente, ao custeio da previdência, mas a todas as
áreas da seguridade (PIS, COFINS);

– c) o lucro – também destinada à seguridade em geral (CSLL).


FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE
O art. 195, CF/88 prevê as seguintes contribuições sociais:
• II - Do trabalhador e dos demais segurados da previdência
social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o
valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo RGPS.
• III - Sobre a receita de concursos de prognóstico - São todos os jogos de
sorteio, loterias, apostas realizadas tanto pelo Poder Público quanto
pela iniciativa privada.
• IV – Do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a
eles equiparar – Criada pelo EC 42/2003 (PIS e COFINS importação).
• V – Sobre bens e serviços, nos termos de lei complementar (EC 123/2023)
DESVINCULAÇÃO DAS RECEITAS DA

• DRU permitia a desvinculação de 20% das receitas da Seguridade Social,


mas a EC 93, de 08/09/2016 ampliou o percentual de desvinculação
para 30% sendo válido até 31/12/2023 (vide artigo 76 do ADCT).

• A Emenda Constitucional 93/2016 desvinculou 30% das Receitas


Estaduais e Municipais de qualquer órgão, fundo ou despesa, conforme
previsto nos arts. 76-A e 76-B do ADCT.
CONTRIBUIÇÕES
• A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção
ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
Contribuições sociais residuais – lei complementar e não
cumulatividade (art. 195, § 4º, CF/88).

• As contribuições sociais só poderão ser exigidas após decorridos 90


dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou
modificado. Anterioridade nonagesimal (art. 195, § 6º)

• Súmula 669 do STF e Sumula Vinculante 50 - “Norma legal que altera o


prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao
princípio da anterioridade”
CONTRIBUIÇÕES

• As contribuições sociais a cargo das empresas poderão ter alíquotas e


bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica e da
utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da
condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada
a adoção de bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das
contribuições patronais sobre a receita ou lucro(art. 195, § 9, CRFB).
CONTRIBUIÇÕES
• § 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o
sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os
Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.

• São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60


meses e, na forma de lei complementar, a remissão e a anistia das
contribuições sociais previdenciárias. (art. 195, § 11).
IMUNIDADE
• São isentas de contribuição as entidades beneficentes de
assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei
(art. 195, § 7, CRFB).

• Antes os requisitos estavam disciplinados pelo art. 55, Lei 8.212/91 e


depois pela Lei 12.101/2009. Ambas foram julgadas inconstitucionais
pelo STF (ADI 2028).

• Atualmente os requisitos estão previstos na LC 187/2021.

• Isenção para os hospitais e escolas filantrópicas que atendam


aos requisitos legais. Cooperativas não gozam de imunidade.
COMPETÊNCIA EXECUTIVA DA JUSTIVA DO TRABALHO

• Compete à Justiça do Trabalho executar, de ofício, as contribuições


previdenciárias devidas por ocasião das sentenças que proferir (art.
114, VIII).

• As parcelas incidentes devem estar discriminadas, pois as contribuições


sociais incidirão sobre as verbas remuneratórias a que tenha sido
condenado o reclamado ou as devidas em acordo homologado na
Justiça do Trabalho.

• Regulamentado pela Lei 10.035/2000.


SEGURADOS ESPECIAIS

• “O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador


artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas
atividades em regime de economia familiar, sem empregados
permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a
aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da
produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei” (art. 195, §8º,
regulamentado pela Lei 8.212/91).
CONTRIBUIÇÃO MÍNIMA
• Art. 195, § 14: O segurado somente terá reconhecida como tempo de
contribuição ao Regime Geral de Previdência Social a competência cuja
contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima mensal
exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições.
• O art. 29 da EC 103/2019 dispõe que o segurado que, no somatório de
remunerações auferidas no período de um mês, receber
remuneração inferior ao limite mínimo mensal do salário de
contribuição, poderá:
• I – complementar a sua contribuição, para alcançar o limite mínimo;
• II – utilizar o valor da contribuição que exceder o limite mínimo de
contribuição de uma competência em outra; ou
• III – agrupar contribuições inferiores ao limite mínimo de diferentes
competências, para aproveitamento em contribuições mínimas mensais.
SISTEMA ESPECIAL DE INCLUSÃO PREVIDENCIÁRIA

• O art. 201, §12, da CF/88 dispõe: Lei instituirá sistema especial de


inclusão previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para atender aos
trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em
situação de informalidade, e àqueles sem renda própria que se
dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua
residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda.
• A aposentadoria concedida terá valor de um salário-mínimo.
OUTROS TEMAS CONSTITUCIONAIS
• Imunidade às exportações – EC 33/2001, art. 149, §2º. Tema 674, STF –
alcança as operações indiretas de exportação (trading companies).

• Vedação de contratação com o poder público para empresas em débito


com a seguridade (art. 193 §3º, CF/88).

• Orçamento – Existe um orçamento específico da seguridade, contendo


todas as receitas e despesas. O proposta é elaborada pelas áreas da
saúde, previdência e assistência. No caso de falta de recursos a União
deve incluir a complementação no orçamento fiscal (art. 195, §§1º e 2º
e art. 165, §5º, CF/88
SEGURADOS DO RGPS

• Obrigatórios (art. 12, Lei 8.212/91, art. 9, Dec. 3.048/99)


– Empregado
– Contribuinte Individual
– Empregado Doméstico
– Trabalhador Avulso
– Segurado Especial

• Facultativo
TOMADORES DE SERVIÇO (ART. 15, LEI
• Empresa é a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade
econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os
órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional.

• STF já decidiu que os entes federativos devem pagar contribuição


previdenciária sobre a remuneração dos agentes políticos não vinculados
a regime próprio de previdência (RE 626837, com Repercussão geral
reconhecida).
TOMADORES DE SERVIÇO (ART. 15, LEI
• Equiparam-se a empresa, para os efeitos desta Lei, o contribuinte individual
e a pessoa física na condição de proprietário ou dono de obra de
construção civil, em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a
cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade,
a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras.

• Empregador doméstico é a pessoa ou família que admite empregado


doméstico para auxiliar no desempenho das atividades residenciais,
sem finalidade lucrativa.
MATRÍCULA DA EMPRESA – art. 256
• A matrícula da empresa é um cadastramento para fins de controle de
arrecadação. A matrícula ocorre simultaneamente com a inscrição no CNPJ
ou perante o INSS, no prazo de 30 dias contados do início de suas
atividades, quando não sujeita a inscrição no CNPJ.

• Para as obra de construção civil e para autônomos equiparados à empresa, a


inscrição deve ser efetuada no prazo máximo de 30 dias, contados do início das
atividades. No ato da matrícula, o dono da obra ou o contribuinte individual
recebem um número CEI – Cadastro Específico do INSS que é o registro no INSS
dos contribuintes que não possuem CNPJ. Atualmente a IN 971 chama a
inscrição de CAEPF – Cadastro da Atividade Econômica da Pessoa Física.
SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO
• Base de incidência da
contribuição previdenciária
• Parte do conceito de remuneração
– Salário
– Gorjetas
– Não entra as parcelas indenizatórias
e ressarcitórias
CONCEITO POR CATEGORIA DE

• Para o empregado e trabalhador avulso - a remuneração recebida em uma ou


mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos
ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho,
qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a
forma de utilidade e os adiantamentos decorrentes de reajustes salariais, quer
pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do
empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato, ou,
ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa
CONCEITO POR CATEGORIA DE

• Para o empregado doméstico - a remuneração registrada na CTPS


– Carteira de Trabalho e Previdência Social, observados os limites
mínimos e máximos;
• Para o contribuinte individual - a remuneração recebida por conta
própria, durante o mês, observados os limites mínimos e máximos;
• Para o segurado facultativo – o valor por ele declarado
Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do
empregado, inclusive o doméstico, ocorrer no curso do mês,
o salário-de-contribuição será proporcional ao número de
dias efetivamente trabalhados.
6.2 LIMITES DO SALÁRIO-DE CONTRIBUIÇÃO

• Limite máximo
– Atualizado anualmente
– Atualmente, R$ 7.786,02
– Aplicável apenas à contribuição dos segurados e
do empregador doméstico
• Limite mínimo
– Piso salarial, legal ou normativo da categoria, ou, na
sua inexistência, o salário mínimo.
6.3 PARCELAS INTEGRANTES E NÃO INTEGRANTES DO
SALÁRIO-DE CONTRIBUIÇÃO
• Tema bastante controvertido da legislação previdenciária
• Base de trabalho do Fisco Previdenciário
• Fonte de trabalho para a equipe de auditoria interna, gestores de RH,
contadores, advogados etc.
• Não incide contribuição previdenciária, exclusivamente, sobre as
parcelas previstas no parágrafo 9 do art. 28, da Lei 8.212/91 ou
do parágrafo 9 do art. 214, do Dec. 3.048/99
Férias
• Férias gozadas – incide contribuição previdenciária
• Férias indenizadas na rescisão – não integra o salário-de-contribuição
• Abono constitucional (1/3 adicional) – acompanha o principal X polêmica
jurisprudencial (Resp 1.230.957-RS, julgado em 26/2/2014). Tema 985 do STF
entendeu como legítima a tributação.
• Venda 10 dias das férias – não é parcela remuneratória.
• Abono de 20 dias no gozo das férias – não incide por força do art. 144 da CLT
• Dobra de férias por ultrapassar o período concessivo – não integra por tratar-se de
indenização
• Incide no mês de gozo e não no mês de pagamento
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO

• Pagos em dezembro – integra o salário de contribuição


• Pagos na rescisão – integra o salário de contribuição (proporcional)
• Deve ser pago até o dia 20/12, antecipando-se o prazo se não
for dia útil
• Incide separadamente da remuneração do mês de dezembro
BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
• Em regra, não incide contribuição previdenciária

• Sobre o salário-maternidade incide contribuição previdenciária X STJ no REsp


1.322.945/DF, de 02/2013 X . Resp 1.230.957-RS, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, julgado em 26/2/2014. Tema 72 do STF – não incide contribuição patronal
– 04/08/2020.

• Mesmo depois da EC 41 (Reforma da Previdência), não incide contribuição sobre as


aposentadorias e pensões do RGPS

• Sobre os primeiros 15 dias de afastamento do segurado, por motivo de doença,


a empresa deve pagar a remuneração e a contribuição previdenciária X STJ -
Resp 1.230.957-RS e Tema 482, STF. Parecer SEI 16120/2020 PGFN – se curvou
ao entendimento jurisprudencial.
DESPESAS DE VIAGEM
• Até 11/2017 (Lei 13.467/2017 Reforma Trabalhista)
– Diárias até 50% do salário – não integra
– Diárias superiores a 50% do salário – integra o SC
• Depois da reforma trabalhista não há limitação para as diárias
• Diárias de viagem não necessitam de comprovação
• Reembolso de despesas de viagem – não integra e não há limite desde
que as despesas sejam comprovadas
• Quilometragem – Não incide contribuição previdenciária
COMISSÕES E PERCENTAGEM

• Fazem parte da remuneração e integram


o salário-de-contribuição
GRATIFICAÇÕES
• Incide contribuição previdenciária,
independentemente da
nomenclatura
• Como fica a polêmica pós reforma
trabalhista em relação aos prêmios?
PREMIOS E ABONOS
• A partir da vigência da Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017), não incide
contribuições sobre os prêmios e os abonos (alínea z, do par. 9º do art. 28, Lei 8212).

Art 457, CTL


• § 4º Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador, em forma
de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em
razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas
atividades.”(NR)

• SC 151/2019 da COSIT – não pode ter ajuste expresso e o desempenho superior


deve ser comprovado
ADICIONAIS
• Incide contribuição previdenciária
– Periculosidade – 30% do salário
– Insalubridade – 10%, 20% e 40% do salário normativo
ou mínimo
– Adicional de transferência – 25% do salário
– Noturno – 20% do salário (urbano) e 25% para os rurais
– Horas extras – mínimo de 50%
TRANSPORTE DO TRABALHADOR
• Deve atender à Lei do vale transporte (7.418/85) para não incidir
contribuição previdenciária
– O desconto deve ser de 6% da remuneração do trabalhador até o valor do custo do
vale transporte
– Pode ser substituído por transporte próprio ou contratado pela empresa
– Benefício de opção obrigatória (sim ou não)
• Transporte em canteiro de obra ou localidade distante não é SC
• Transporte em dinheiro – não integra STF RE 478.410 (DJ 14/05/2010),
Súmula 60 AGU (08/12/2011), Súmula 89 do CARF (16/12/2012)
ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR

• Após a reforma trabalhista o auxílio alimentação, desde que não seja pago
em espécie, não integra o salário de contribuição. Não há mais a necessidade
de inscrição no PAT. Pode conceder vale alimentação ou refeição ou
alimentação in natura.

• Alimentação em canteiro de obra ou localidade distante não é SC

• Alimentação em dinheiro integra o SC – Súmula 67 TNU de 2012


REFORMA TRABALHISTA

• Art 457, CTL


• § 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de
custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias
para viagem e prêmios, não integram a remuneração do empregado, não
se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de
incidência de encargo trabalhista e previdenciário.
SAÚDE DO TRABALHADOR

• Não incide contribuição, desde que disponível a todos os empregados


e dirigentes (até 11/11/2017)
– Planos de saúde médico e odontológico
– Reembolso de medicamentos
– Fornecimento de óculos, prótese e órtese
• Não podia ter carência imposta pela empresa para fazer jus ao plano
• Planos diferenciados deveriam estar disponível a todos
REFORMA TRABALHISTA
• Antes da Reforma (art. 28, §9º, Lei 8.212/91)
• q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio
da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com
medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras
similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da
empresa;

• Depois da Reforma (art. 28, §9º, Lei 8.212/91)


q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio
da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com
medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-
hospitalares e outras similares; (Lei 13.467/2017)
SAÚDE DO TRABALHADOR (REFORMA)
• “Art. 458, CTL. § 5º O valor relativo à assistência prestada por serviço
médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de
despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses,
órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando
concedido em diferentes modalidades de planos e coberturas, não
integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o salário de
contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9° do art. 28 da Lei
nº 8.212, de 24 de julho de 1991.”(NR)
REEMBOLSO CRECHE
• Não incide contribuição, desde que siga algumas
exigências legais
– Para empregadas(os) que tenham filhos menores de 7
anos
– Despesas com a creche comprovadas
mediante documentação hábil
– Não tem limite para este benefício
REEMBOLSO BABÁ
• Não incide contribuição, desde que siga algumas exigências legais
– Para empregadas(os) que tenham filhos menores de 7 anos
– A babá deve ser registrada em CTPS
– A babá deve ser inscrita na previdência social
– Fica limitado a um salário mínimo
– A empresa deve manter arquivado os comprovantes mensais de pagamento
à babá e à previdência
SEGURO DE VIDA EM

• Não incide contribuição, desde que siga


algumas exigências legais
– Esteja disponível a totalidade dos empregados
e dirigentes
– Esteja previsto em acordo ou convenção coletiva
PREVIDÊNCIA

• Não incide contribuição, desde que


disponível a totalidade dos empregados e
dirigentes
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS - PLR

• Não se confunde com distribuição de lucros


• Não incide contribuição desde que atenda à Lei 10.101/00
– Pode ser pago em caso de prejuízo
– Deve constar de acordo entre a empresa e os empregados com a participação
do sindicato
– O acordo deve conter regras claras e deve ser arquivado no sindicato
– Não pode ser pago mais de duas vezes em um ano ou duas vezes no mesmo
trimestre civil.
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS
• Não incide contribuição previdenciária
• Ocorre após o pagamento de IRPJ
• Em uma limitada pode ser distribuído em parcelas
diferente das cotas desde que haja previsão contratual
• A empresa pode antecipar lucros, desde que contabilizado
PRÓ-LABORE
• É a remuneração do trabalho do sócio,
logo incide contribuição previdenciária
PARCELAS RESCISÓRIAS
• Não incide contribuição sobre:
– 40% de FGTS nas despedidas arbitrárias
– Programa de demissão voluntária
• Sobre parcelas pagas por liberalidade na ocasião da rescisão contratual
incide contribuição previdenciária
• Aviso prévio indenizado – antes e depois do Decreto 6.727, de
12/01/09. Nota PGFN 485/2016 e Solução de Consulta
COSIT/RFB 99014/2016
• Jurisprudência do STJ pacífica resp 1.230.957-RS, julgado em
26/2/2014
AJUDA DE
• Não se confunde com adicional de transferência
• Deve ser paga em parcela única em decorrência de mudança
de local de trabalho para custear as despesas incorridas.
Neste caso não integra o SC.
• Ajuda de custo para despesas ordinárias - Reforma
Trabalhista.
AJUDA DE
• Artigo 457, §2º, da CLT dispõe que as importâncias, ainda que
habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação,
vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem e prêmios,
não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao
contrato de trabalho e não constituem base de incidência de
encargo trabalhista e previdenciário.
ESTAGIÁRIOS
• Deve atender a lei 11.788/08 para não ser considerado empregado.
• Interveniência da instituição de ensino
• Seguro de acidentes pessoais
• Relação do estágio com o curso
• É permitido o estagiário de nível médio
• Duração máxima de 2 anos, exceto para portador de deficiência.
• Carga máxima de 4 horas para educação especial e anos finais da
educação fundamental e 6 horas para universitários. Pode ser de 8 horas
durante as férias.
• Direito a recesso de 30 dias por ano, ou proporcional.
COMPLEMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA

• É o valor pago pela empresa quando o empregado está em gozo de


auxílio-doença, consistindo na diferença entre a remuneração e o
valor do benefício
• Não integra o SC, desde que extensível a todos os empregados e
dirigentes
• Não pode ter carência imposta pela empresa, para gozar da isenção
previdenciária
• A empresa não pode limitar este complemento para empregados que
recebam mais do que o teto do salário-de-contribuição
PLANO EDUCACIONAL
• O valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que vise à educação básica de
empregados e seus dependentes e, desde que vinculada às atividades desenvolvidas
pela empresa, à educação profissional e tecnológica de empregados, não integram o
salário- de-contribuição, desde que:

1. não seja utilizado em substituição de parcela salarial;

2. o valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo, considerado individualmente,


não ultrapasse 5% da remuneração do segurado a que se destina ou o valor correspondente
a uma vez e meia o valor do limite mínimo mensal do salário-de-contribuição, o que for
maior.
ADICIONAL DE QUEBRA DE CAIXA

• Incide contribuição previdenciária sobre


o adicional de quebra de caixa
VALE CULTURA

• O valor correspondente ao vale cultura


não integra o salário de contribuição.
VEÍCULOS
• Não integra o SC, quando essencial a atividade
desenvolvida pelo trabalhador
• Os veículos do alta administração
são considerados parcelas
integrantes
OUTRAS PARCELAS
• Remuneração Síndico de Condomínio
• Direitos autorais
• Direito de imagem
• CI estrangeiro não residente
• Indenização por supressão de intervalo (Súmula 437, III X art 71, § 4º,
CLT)
CONTRIBUIÇÕES PARA PREVIDÊNCIA SOCIAL

• Contribuição dos segurados, não


incidindo sobre a aposentadoria e pensão
do RGPS
• Contribuição das empresas, sobre a
remuneração dos serviços prestados
pelos segurados
• Contribuição do empregador doméstico
CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS

• Empregados, Empregados Domésticos e Trabalhadores Avulsos


• Contribuintes Individuais
• Segurado Especial
• Segurado Facultativo
EMPREGADOS, DOMÉSTICOS E AVULSOS -
• Tabela progressiva com alíquotas cumulativas.
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTA

até 1.412,00 7,5%

de 1.412,01 até 2.666,68 9%

de 2.666,69 até 4.003,03 12 %

de 4.003,04 até 7.786,02 14%


EMPREGADOS, DOMÉSTICOS E AVULSOS -
• Tabela prática que criei para facilitar:

SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTA REDUTOR


R$ R$

até 1.412,00
7,50% -

de 1.412,01 até 2.666,68 9% 21,18


12%
de 2.666,69 até 4.003,03 101,18

de 4.003,04 até 7.786,02 14% 181,24


EMPREGADOS, DOMÉSTICOS E AVULSOS

• Alíquotas não cumulativas x cumulativas: Antes da EC as alíquotas eram não


cumulativas (validadas pelo Tema 833 do STF)

• As faixas são consideradas a partir da soma de todas as remunerações do segurado.

• A empresa deve reter a contribuição dos empregados e avulsos que lhe prestem
serviço e repassar para a previdência até o dia 20 do mês subseqüente, antecipando-
se o prazo se não for dia útil. O empregador doméstico deve reter e repassar até o
dia 20 – Lei 14.438/2022.

• Se o empregado tiver mais de um vínculo, o seu desconto somente incidirá até o


teto. A empresa deve manter arquivado o comprovante do outro vinculo para
justificar a ausência de desconto.
CONTRIBUIÇÃO INFERIOR AO
• O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao RGPS a
competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima
mensal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições (§
14, do art. 195, CF).

• Conta o salário mínimo ou o piso da categoria.

• Conta para manutenção da qualidade de segurado? Decreto 10.410, de 30/06/2020


– Art. 13, § 8º, RPS: O segurado que receber remuneração inferior ao limite mínimo
mensal do salário de contribuição somente manterá a qualidade de segurado se
efetuar os ajustes de complementação, utilização e agrupamento
CONTRIBUIÇÃO INFERIOR AO
• O art. 29 da EC 103/2019 – O segurado que, no somatório de remunerações
auferidas no período de um mês, receber remuneração inferior ao limite mínimo
mensal do salário de contribuição, poderá:
I - complementar a sua contribuição até o mínimo;
II - utilizar o valor da contribuição que exceder o mínimo de contribuição de uma
competência em outra; ou
III - agrupar contribuições inferiores ao mínimo de diferentes competências, para
alcançar o mínimo.

• Os ajustes de complementação ou agrupamento de contribuições somente poderão


ser feitos ao longo do mesmo ano civil. Art 19-E, § § 2º e 4º, do RPS, atualizado pelo
Dec. 10.410/2020 esclarece: complementação a qualquer tempo e ajustes e
agrupamentos só utilizando competências dentro do mesmo ano.
CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS
• Quando prestam serviço a empresas a alíquota é de 11%, devendo ser descontada da
remuneração do segurado e repassada para a previdência até o dia 20 do mês
subseqüente.

• Quando prestar serviços para pessoa física devem contribuir com a alíquota de 20%
até o dia 15 do mês seguinte, prorrogando-se o prazo se não for dia útil.

• Se o segurado já tiver contribuído sobre o limite máximo do salário de contribuição,


não deve sofrer o desconto. Neste caso, a empresa deve manter arquivados os
comprovantes das demais retenções sofridas ou declaração do segurado.
CONTRIBUINTES

• O condutor autônomo de veículo rodoviário (caminhoneiro que faz


fretes) é um contribuinte individual e sobre o total pago 20% é
considerado salário-de-contribuição. Os 80% restantes é considerado
despesas do veículo.

• Sobre os 20% a empresa deve reter 11% até o teto do SC e mais 2,5%
referentes ao SEST + SENAT
CONTRIBUINTES
• Quando o serviço do contribuinte individual for prestado a entidade beneficente
“isenta” da cota patronal, a alíquota de retenção será de 20%, devendo o
recolhimento ser efetuado até o dia 20, antecipando-se o prazo se não for dia útil.

• A cooperativa deve reter dos cooperados 20%, repassando o valor até o dia 20 do mês
seguinte, antecipando-se o prazo quando não for dia útil.

• Não pode pagar sobre base inferior ao salário mínimo, sob pena de não contar como
tempo de contribuição.
CONTRIBUINTES
• Sistema especial de inclusão previdenciária para baixa renda - 11% sobre o valor do
salário mínimo.

• O segurado que tenha contribuído valendo-se desta forma especial, e que pretenda
contar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da
aposentadoria por tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de
contribuição, deverá complementar a contribuição mensal mediante o recolhimento
de mais 9%, acrescido dos juros moratórios.

• SC 133/2015 e SC 230, de 09/07/2019, Cosit


CONTRIBUINTES

• Criação do MEI – Microempresário Individual – alíquota reduzida para 5%

• É facultado aos segurados contribuintes individuais, cujos salários-de-contribuição


sejam iguais ao valor de um salário mínimo, optar pelo recolhimento trimestral das
contribuições previdenciárias, com vencimento no dia 15 do mês seguinte ao de
cada trimestre civil, prorrogando-se o vencimento para o dia útil subseqüente
quando não houver expediente.
SEGURADOS ESPECIAIS
• Contribui com 1,2% + 0,1% para o SAT + 0,2% para o SENAR, totalizando 1,5% sobre a
comercialização de sua produção rural. (Lei 13.606, de 09/01/2018)
• Não tem teto para a contribuição.
• Tem a contribuição retida quando vende sua produção para pessoa jurídica, que deve
repassar os valores até o dia 20 do mês subseqüente. A comercialização destinada à
exportação é imune.
• Se vender a produção a pessoa física, fica, o próprio segurado especial, obrigado a
recolher a sua contribuição até o dia 20 do mês seguinte.
• Pode contribuir facultativamente da mesma forma que o contribuinte individual,
tendo, desta forma, direito a todos os benefícios previdenciários.
SEGURADOS FACULTATIVOS
• Contribui com 20% sobre o valor que declarar.

• Aplica-se o sistema especial de inclusão previdenciária.

• Donos(as) de casa inscristos(as) no Cadúnico podem pagar 5% sobre o salário


mínimo.

• É facultado aos segurados facultativo, cujos salários-de-contribuição sejam iguais


ao valor de um salário mínimo, optar pelo recolhimento trimestral das
contribuições previdenciárias.
EMPREGADOR DOMÉSTICO
• Contribuía com 12% sobre o salário-de-contribuição do empregado a seu
serviço.
• Simples Doméstico – LC 150/2015
– 8% patronal básica
– 0,8% SAT
– 8% FGTS
– 3,2% referente aos 40% do FGTS
– Reter IR, quando cabível

• Deve pagar a sua contribuição previdenciária juntamente com a retida do


empregado, até o dia 20 do mês subsequente (lei 14.438, de 24/08/2022).
CONTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS
• Deve ser paga, em regra, até o dia 20 do mês subseqüente ao serviço, antecipando-
se o prazo se não for dia útil

• Empregados e Trabalhadores Avulsos

• Contribuintes Individuais

• Sobre a Nota Fiscal de Cooperativas de Trabalho

• Cooperativas de Produção

• Empresas do Simples Nacional

• Contribuição substitutiva da parte patronal.


SOBRE EMPREGADOS E
• Contribuição básica
– 20% + 2,5% para empresas financeiras (Súmula 584 do STJ, 4/12/2016, as sociedades
corretoras de seguros não pagam adicional de 2,5%). STF valida o adicional de 2,5%, que não
fere a isonomia (RE-598572)

• Contribuição para o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho)/GILRAT (Grau de Incidência de


Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho
– 1%, grau de risco leve
– 2%, grau de risco moderado
– 3%, grau de risco alto
– O SAT/GILRAT é baseado na atividade preponderante – Art. 72, § 1º, II, da IN 971, alterada pela IN
1453, de 24/02/2014.
– Atividade preponderante é considerada por estabelecimento, sendo a que a empresa possuir o maior
número de empregados e avulsos. Tendo o mesmo número, considera-se a de maior alíquota.
SOBRE EMPREGADOS E
• O SAT/GILRAT pode ser agravado em até 100% ou atenuado em até 50%
a depender do investimento da empresa em segurança do trabalho.

• O Dec. 6.042/07 regulamentou o FAP – Fator Acidentário de Prevenção,


que deve ser multiplicado pelo SAT. O FAP pode variar de 0,5000 a
2,0000.

• O FAP é calculado com base na comparação dos índices acidentários da


empresa com os índices do setor em que está inserido dos últimos 2
anos. Também deve ser por estabelecimento.
SOBRE EMPREGADOS E

• RE 677.725, em 11/2021: STF entendeu que o FAP não viola o princípio


da legalidade tributária e na Ação Direta de Inconstitucionalidade 4397,
de autoria da Confederação Nacional do Comércio de Bens e Turismo
(CNC), firmou a tese de que é constitucional a delegação prevista art. 10
da Lei 10.666/2003 para que regulamento do Executivo fixe a alíquota
individual da contribuição ao SAT.
EMPREGADOS E

• Adicional do SAT/GILRAT para o custeio das aposentadorias especiais


(empregados expostos a agentes nocivos prejudiciais a saúde que ensejam
aposentadoria em 15, 20 ou 25 anos de contribuição)
– 6%, para 25 anos de contribuição
– 9%, para 20 anos de contribuição
– 12%, para 15 anos de contribuição
EMPREGADOS E

• Contribuição para outras entidades e fundos (terceiros), variável a depender do código


FPAS (Fundo de Previdência e Assistência Social) da empresa:

– FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (salário-educação);


– INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária;
– SESI – Serviço Social da Indústria;
– SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial;
– SESC – Serviço Social do Comércio;
– SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas;
– SENAT – Serviço Nacional de Aprendizado;
– SEST – Serviço Social de Transporte;
EMPREGADOS E

• A maioria das empresas pagam a alíquota de 5,8% referentes a terceiros


• Uma empresa aérea, por exemplo, possui o código FPAS 558,
devendo contribuir com 5,2% para as seguintes entidades:
– FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (salário-educação) –
2,5%;
– INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – 0,2%;
– Fundo Aeroviário – 2,5%;
EMPREGADOS E

• A empresa deve, ainda, reter a contribuição dos segurados empregados e


contribuintes individuais que lhe prestem serviços e repassar à Previdência
Social, juntamente com as contribuições patronais, até o dia 20 do mês
seguinte (se for dia útil).

• As contribuições dos segurados presumem-se retidas e recolhidas, sendo a


responsabilidade pessoal da empresa
CONTRIBUINTES

• Contribuição básica
– 20% + 2,5% para empresas financeiras
• Não há qualquer contribuição adicional
• Motorista de aplicativo e corretores
CONTRIBUINTES

• O condutor autônomo de veículo rodoviário (caminhoneiro que faz fretes) é um


contribuinte individual e sobre o total pago 20% é considerado salário de
contribuição. Os 80% restantes é considerado despesas do veículo.

• Sobre os 20% a empresa deve pagar a contribuição patronal de 20%

• A empresa deve, ainda, reter a contribuição dos contribuintes individuais e a


contribuição para o SEST e SENAT (2,5%) e repassar para a previdência social até o
dia 20 do mês subseqüente
COOPERATIVAS DE
• A empresa deveria pagar 15% incidente sobre o valor das notas fiscais das
cooperativas de trabalho (art. 22, IV, da Lei 8.212/91 - suspenso)

• Julgado inconstitucional pelo STF - RE nº 595.838, em 23/4/2014, o plenário


do STF, por unanimidade – Rel. Min. Dias Toffoli.

• Ato Declaratório Interpretativo 5, de 25/05/2015, determina que a RFB não


mais constitua o crédito referente à contribuição da empresa contratante.
de cooperativa de trabalho.
COOPERATIVAS DE PRODUÇÃO

• Contribuem como qualquer empresa quando remuneram os seus cooperados,


devendo recolher 20% sobre a remuneração que lhes é paga.

• Contribuem com o adicional de 6%, 9% ou 12% se os cooperados de produção


estiverem expostos a agentes nocivos prejudiciais a saúde e a integridade
física que enseje aposentadoria especial de 25, 20 ou 15 anos.

• Se contratar empregados deve contribuir normalmente com a contribuição da


empresa sobre a remuneração de empregados.
EMPRESA OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL

• As empresas que optam pelo Simples substituem inúmeros tributos


federais, estadual e municipal pelo pagamento de um percentual
incidente sobre o faturamento
• Toda a parte da contribuição patronal previdenciária fica substituída
pela alíquota do Simples
• Empresas do Anexo IV da LC 123
• A empresa mantém a obrigação de reter as contribuições dos segurados e
das empresas e de repassá-las à Previdência Social
CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA DA PARTE PATRONAL
• Alguns ramos de atividade já foram beneficiados com a substituição da base de cálculo
de suas contribuições previdenciárias, passando da folha para o faturamento. (previsão
no art. 195, 9 CF).

– Entidades desportivas que mantêm equipe de futebol profissional


– Produtores rurais pessoas físicas
– Produtores rurais pessoas jurídicas
– Agroindústria

• Substitui, apenas, as contribuições referentes à remuneração de empregados e avulsos,


devendo contribuir sobre todos os outros fatos geradores (contribuintes individuais).
CLUBES DE FUTEBOL PROFISSIONAL

• Contribuem com 5% da sua receita proveniente das rendas dos espetáculos realizados
em território nacional, de qualquer modalidade esportiva, patrocínios, transmissão de
jogos e uso da marca.

• Os valores devem ser retidos pelo patrocinador ou pela mídia transmissora e repassados à
Previdência, juntamente com as suas contribuições, até o dia 20 do mês subseqüente.

• No caso de renda dos espetáculos, o ente promotor (CBF, FBF, etc.) deve reter o valor
de 5% e repassar para a Previdência até 02 dias úteis após realização do espetáculo.

• A associação desportiva deve reter a parte dos segurados.


PRODUTOR RURAL PESSOA
• Pode contribuir com a parte patronal sobre a comercialização de sua produção
rural com: 1,2% parte básica + 0,1 SAT/GILRAT + 0,2 SENAR .

• Pode optar por continuar contribuindo pela folha, devendo fazer a opção em
janeiro de cada ano se paga sobre a folha ou produção (art. 25, par. 13, da Lei
8.212/91, alterado pela Lei 13.606, de 09/01/2018)

• Quando vendem às pessoas jurídicas têm sua contribuição retida. O comprador


repassa à Previdência os valores retidos até o dia 20 do mês subsequente. (ADI
4395 – STF Julgou inconstitucional a sub-rogação)

• Se vender a produção a pessoa física, fica, o próprio produtor rural, obrigado a


recolher a sua contribuição.
PRODUTOR RURAL PESSOA

• Deve reter a contribuição dos segurados e repassá-la à Previdência até o dia


20 do mês subseqüente.

• A comercialização destinada à exportação é imune

• STF entendeu que esta contribuição era inconstitucional antes da Lei


10.256/2001 (RE 363.852 / MG). Após esta Lei se tornou constitucional (RE
718874, abril/2017) – Tema 669, STF

• Resolução do Senado 15, de 12/09/2017 – suspendeu a execução desta


contribuição com base na decisão anterior do STF.
PRODUTOR RURAL PESSOA
• Pode contribuir com a parte patronal sobre a comercialização de sua produção rural
com: 1,7% parte básica + 0,1 SAT/GILRAT + 0,25 SENAR (alterado pela Lei 13.606/2018).

• Pode optar por continuar contribuindo pela folha, devendo fazer a opção em janeiro
de cada ano se paga sobre a folha ou produção (art. 25, par. 13, da Lei 8.212/91,
alterado pela Lei 13.606, de 09/01/2018)

• Deve reter a contribuição dos segurados que lhes prestam serviços e repassá-la à
Previdência, juntamente com as contribuições sobre a venda de sua produção, até o
dia 20 do mês subseqüente.
PRODUTOR RURAL PESSOA

• A comercialização destinada à exportação é imune.

• Caso exerça outra atividade, perde o benefício da substituição da folha pelo


faturamento.
AGROINDÚSTRIA
• A agroindústria é o produtor rural pessoa jurídica, que industrializa da produção própria,
podendo industrializar produção adquirida de terceiros.
• Deve contribuir com a parte patronal sobre a comercialização de sua produção rural com:
2,5% parte básica + 0,1 SAT/GILRAT + 0,25 SENAR.
• Deve reter a contribuição dos segurados que lhes prestam serviços e repassá-la à
Previdência, juntamente com as contribuições sobre a venda de sua produção, até o dia 20
do mês subseqüente.
• Caso exerça outra atividade, ao contrário do PRPJ, não perde o benefício da substituição
pelo faturamento.
• A comercialização destinada à exportação é imune.
• As agroindústrias de psicultura, carcinicultura, avicultura, suinocultura e de celulose e
papel foram excluídas da contribuição substitutiva, devendo contribuir pela folha.

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