O documento apresenta um resumo sobre o tema da Seguridade Social no Brasil. Apresenta a bibliografia e normas aplicáveis, o histórico da seguridade social internacional e no Brasil, os princípios da seguridade social na Constituição Federal de 1988, as formas de custeio do sistema e a natureza jurídica da contribuição previdenciária. Por fim, define quem são os segurados e contribuintes do sistema de previdência social.
O documento apresenta um resumo sobre o tema da Seguridade Social no Brasil. Apresenta a bibliografia e normas aplicáveis, o histórico da seguridade social internacional e no Brasil, os princípios da seguridade social na Constituição Federal de 1988, as formas de custeio do sistema e a natureza jurídica da contribuição previdenciária. Por fim, define quem são os segurados e contribuintes do sistema de previdência social.
O documento apresenta um resumo sobre o tema da Seguridade Social no Brasil. Apresenta a bibliografia e normas aplicáveis, o histórico da seguridade social internacional e no Brasil, os princípios da seguridade social na Constituição Federal de 1988, as formas de custeio do sistema e a natureza jurídica da contribuição previdenciária. Por fim, define quem são os segurados e contribuintes do sistema de previdência social.
APRESENTAÇÃO a) Bibiliografia Direito da Seguridade Social – Sergio Pinto Martins, 21ª Ed., Atlas, 2004. b) Normas Aplicáveis - CF/88: arts. 194 a 204 - Lei n. 8212/91 (Custeio) - Lei n. 8213/91 (Benefícios) - Lei n. 8742/93 (Assistência Social) - Lei n. 8080/90 (Saúde) - Dec. 3048/99 (Regulamento da Previdência Social) c) Programa - Histórico - O que é Seguridade Social? - CF/88 - Custeio - Benefícios - Assistência Social - Saúde d) Avaliação - Prova final - Trabalho obrigatório, que acrescerá até um ponto na nota - Prova intermediária (a confirmar) 1. Histórico Internacional - Direito romano: famílias cotizavam para constituição de fundo a ser usado em caso de adversidades (invalidez, etc.). Este fato recebeu duas denominações: (i) mutualismo, e (ii) solidarismo ou solidariedade - 1888: Criação de sistema de seguro social na Alemanha de Bismarck o tríplice forma de custeio (Estado + Trabalhadores + Empregadores) o Benefícios inexistentes até então passaram a existir para cobrir doenças, invalidez, dentre outros - 1891: Encíclica papal Rerum Novarum (“Coisas Novas”) demonstrava preocupações trabalhistas e previdenciárias - Constitucionalismo Social: Inserção de matéria trabalhista e previdenciária na Constituição (Exs. CF do México de 1917 e CF de Weimar de 1919) - OIT: Com o término da 1ª Grande Guerra e a criação da OIT, começaram a ser elaboradas as Convenções da OIT, e algumas destas eram sobre Previdência Social - 1941: Plano Beveridge da Inglaterra. Embora elaborado em 1941, somente foi implantado nos anos 70 2. Histórico Brasil - CF/1824 – “Socorros Públicos”, apenas instituídos por volta de 1924 - CF/1891 – Duas inovações: (i) aposentadoria dos servidores que se aposentassem a serviço da nação, e (ii) pensão vitalícia para D. Pedro II - Decreto 4682/23 (Elói Chaves) – Criação de aposentadoria para área privada do setor ferroviário. Estabeleceu a aposentadoria ordinária para os que ultrapassassem 50 anos de idade. - Caixas de Aposentadorias de Pensões - para setores como ferroviários e professores - Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs) – Governo Vargas imitou o modelo italiano de dividir os institutos em categorias profissionais (marítimos, bancários, industriários, etc.) - CF/1934 – Apenas um dispositivo mencionando a existência de previdência social (o mesmo ocorreu nas CFs de 1937, 1946 e 1967) - Lei n. 3807/60 – Lei Orgânica da Previdência (LOPS): Organiza o sistema previdenciário, estabelecendo as formas de custeio e de benefício - Dec. Lei 72/66 – Unifica os IAPs em torno do INPS - Lei n. 5890/73 – Altera a LOPS e estabelece uma legislação paralela à LOPS - CLPS (Consolidação das Leis da Previdência Social) – Visou esclarecer o que estava em vigor em matéria previdenciária - Lei n. 6439/77 – Cria o SINPAS congregando os seguinte órgãos: INPS (benefício), IAPAS (arrecadação), INAMPS (saúde), DATAPREV (sistemas de dados), CEME (fornecimento de medicamentos), FUNABEM (menor) - CF/88 – Denomina a matéria “Seguridade Social” (assistência social + previdência social + saúde). É para todos, não sendo exigida a contribuição do beneficiado, pois o sistema é custeado por impostos. O sistema constitucional é voltado para área privada (os funcionários públicos são abrangidos pelo art. 40 da CF/88). A exceção é a saúde, que é para todos de acordo com a Lei n. 8080/90 - ECs n. 19 e 20/98 – Alterou arts. 201 e 202 da CF/88 - EC n. 41/03 – Elevou o teto de R$1200,00 para R$ 2400,00 (que subiu um pouco posteriormente por causa do aumento do salário mínimo) para área privada. Embora tenha estabelecido critérios semelhantes para área pública, estes dependem de legislação específica do ente da federação para vigorarem. OBS: De acordo com Martins, não foram atacados os principais problemas da seguridade privada. Por este motivo, espera-se uma nova norma que aumente a idade mínima de aposentadoria para 60 anos (mulheres) e para 65 anos (homens) Princípio da irredutibilidade dos benefícios. - art. 7, VI, CF => Irredutibilidade nominal. - art. 201, par. 4, CF => Irredutibilidade real, que depende de uma politica de correção do benefício. Princípio da equidade na forma de participação no custeio. - Refere-se apenas ao custeio, e não ao benefício. - Princípios de isonomia tributaria e da capacidade contributiva se aplicam também ao direito previdenciário, em especial neste princípio. Princípio da diversidade da base de financiamento. - Art. 195, CF: I - empresa (recaindo sobre a folha de salários, faturamento ou receita, e contribuição sobre o lucro), II - trabalhadores, III - receitas de concursos e prognósticos (loteria, mega-sena, etc.), e IV - importação de produtos. Princípio do caráter democrático. - Caracterizado pela participação de governo, trabalhadores, empresas e aposentados. Preexistência do custeio em relação ao benefício. - Art. 195, CF, par. 5: Nenhuma prestação da seguridade social será criada, estendida ou majorada sem a fonte de custeio total. - Ex. O seguro desemprego para empregado domestico previu o beneficio sem prever o custeio. O empregado domestico não recolhe PIS, que e a fonte de custeio para o trabalhador celetista. FORMAS DE CUSTEIO Art. 195, par. 4, CF - Permissão para criar outras fontes de custeio, desde que observados os seguintes requisitos: (i) a fonte de custeio deve ser criada por Lei Complementar; (ii) não deve ter base de cálculo de imposto já previsto na CF; e (iii) não pode ser cumulativo. Sistemas de previdência - Sistema dos Congressistas: Lei n. 9506 de 1997 extinguiu o sistema de aposentadoria integral para os congressistas. Atualmente, o congressista recolhe como empregado. Anteriormente, bastava que o congressista trabalhasse por oito anos ou dois mandatos para garantir a aposentadoria integral. - Sistema dos militares: garante aposentadoria integral de acordo com a ultima remuneração. - Regime dos funcionários públicos federais (Lei n. 8212 de 1990): EC 41 trouxe algumas alterações: quando for instituída uma lei estabelecendo um sistema de previdência complementar, quem entrar no sistema terá um teto de cerca de R$2500,00. - Funcionários públicos estaduais e municipais: EC estabeleceu que a alíquota deve ser de 11% para eles, a mesma dos funcionários públicos federais. NATUREZA JURIDÍCA DA CONTRIBUIÇÃO A teoria dominante considera que a natureza jurídica da contribuição é de tributo, conforme o art. 149, CF. Neste artigo, estão (i) as CIDEs - Contribuições de intervenção no domínio econômico, (ii) as contribuições no interesse de categoria econômica ou profissional (ex. Contribuições sindicais, aos conselhos regionais, a OAB, etc.), e (iii) a contribuição destinada ao financiamento da seguridade social (que será objeto da atenção do professor). - Atende aos requisitos do art. 3 do CTN: não provém de sanção, trata-se de prestação pecuniária, etc. - Não obedece a anterioridade do exercício fiscal, mas a anterioridade nonagesimal. - Art. 77, IV da CF permite vincular contribuições a despesas. - Arts. 6 e 7 do CTN permite delegação da arrecadação das contribuições. Por isso, a COFINS, o PIS, a Contribuição Social podem ser arrecadas pela Secretaria da Receita Federal, mas a contribuição continua sendo da Previdência Social. - O STF decidiu que contribuição e tributo. A partir da CF de 1988, não mais se discute a natureza tributaria da contribuição. SEGURADOS E CONTRIBUINTES a) Segurados: pessoa física (pessoa jurídica pode ser apenas contribuinte, mas não segurado) que exerce (Ex. empregado), exerceu (ex. aposentado, desempregado) ou não, atividade remunerada (ex. Empregado) ou não (Ex. dona de casa), efetiva (Ex. autônomo ou empregado) ou eventual (trabalhador eventual ou avulso), com ou sem vinculo de emprego. Este conceito visa abranger as hipóteses da lei. Segurados podem ser obrigatórios ou facultativos. Os obrigatórios têm o dever de recolhimento. Subdividem-se em: (i) comuns - Exs. (a) empregado urbano - celetista [requisitos: pessoa fisica, subordinação, continuidade, salário, e pessoalidade]; (b) empregado rural - Lei n. 5889/73 [presta serviços para quem realiza atividade agro- econômica - agricultura ou pecuária]; (c) diretor empregado [diretor empregado é aquele subordinado, submetido a várias ordens de serviço - enunciado 179, TST]; (d) trabalhador temporário [Lei n. 6019/74 - trabalha por no maximo 3 meses, é empregado da empresa de trabalho temporário, mas não do tomador de serviço. Ex. Vendedores de shopping de final de ano]; (e) brasileiro ou estrangeiro contratado no Brasil para trabalhar no exterior [embaixada ou consulado, ao contratarem trabalhadores, não estão imbuídas de poder de império; portanto, os trabalhadores são contratados como empregados no Brasil estão sujeitos ao regime previdenciário brasileiro] (ii) individuais (autônomo, eventual, empresário, e o antigo equiparado a autônomo); (iii) especiais (ex. Produtor rural pessoa física, que recolhe sobre a receita bruta da comercialização da produção). Já os facultativos não tem obrigação legal de recolher (ex. Dona de casa, desempregado, estudante, sindico de condomínio) - são inscritos no sistema e tem direito futuro de beneficio. - Servidor público: de todos os tipos de servidores - funcionários públicos, empregados públicos, ocupantes de cargo de confiança e trabalhadores de necessidade temporária -, apenas os funcionários públicos estão excluídos do sistema geral. - Empregado doméstico - requisitos: presta serviço a pessoa física, ou família (jamais a pessoa jurídica); a atividade do "empregador" não pode ter finalidade lucrativa; e o serviço deve ser prestado PARA o âmbito domestico (o emprego da preposição PARA em lugar de NO visa incluir o motorista, que, embora não preste serviços no âmbito domestico, presta-os para o âmbito doméstico).