Você está na página 1de 48

UFCD 8534

SISTEMA DE SEGURANÇA SOCIAL


25 HORAS
Objetivos

Caracterizer o sistema de
segurança social em Portugal.

Os regimes de relação jurídica


de vinculação e contributiva.

Interpretar a documentação
obrigatória do sistema social.
Segurança social em Portugal
•Direito à segurança social
•Princípios básicos
•Regime geral contributivo do Sistema Previdencial

Conteúdos •Regime geral dos trabalhadores por conta de outrem

Relação jurídica de vinculação: Regime e documentação obrigatória

programáticos: Relação jurídica contributiva: Regime e documentação obrigatória

Folha de contribuições

Incidência contributiva

Isenções

Taxas contributivas

Trabalhadores integrados em categorias ou situações específicas


Sistema de Segurança Social….

• A Segurança Social é um sistema que pretende assegurar direitos básicos dos


cidadãos e a igualdade de oportunidades, bem como, promover o bem-estar e a
coesão social para todos os cidadãos portugueses ou estrangeiros que exerçam
atividade profissional ou residam no território.
Sistema de Segurança Social
A noção de segurança social abrange todas as medidas que proporcionam prestações, pecuniárias ou
em género, para garantir proteção, nomeadamente contra:
oAusência de rendimento relacionado com o trabalho (ou rendimento insuficiente) motivado por
doença, invalidez, maternidade, acidente de trabalho, desemprego, velhice, ou morte de um membro
da família;
oAusência de acesso ou acesso com custos incomportáveis a cuidados de saúde;
oPrestações familiares insuficientes, em especial para crianças e adultos dependentes;
oPobreza geral e exclusão social.
Os regimes de segurança social podem ser de natureza contributiva (seguros sociais) ou não
contributiva.
Sistema de Segurança Social

• Incumbe ao Estado organizar, coordenar e subsidiar um


Sistema de Segurança Social unificado e descentralizado, com
a participação das associações sindicais, de outras
organizações representativas dos trabalhadores e de
associações representativas dos demais beneficiários .
Sistema de segurança Social

 A Segurança Social Portuguesa está sob a tutela do Ministério da Solidariedade e


da Segurança Social Português. Trata-se de um organismo criado pelo Estado para
prover condições de provisionamento e condições de vida a todos os cidadãos
portugueses.

 Para tal, é retirada uma comissão percentual em todos os rendimentos ou


proveitos de trabalhadores dependentes, independentes ou pessoa coletiva, de
modo a criar um fundo comunitário.
Sistema de Segurança Social
 O fundo, existe para situações de desemprego, reformas pensionárias, salário mínimo garantido,
abonos familiares, cuidados de saúde e outras regalias sociais.

 A Segurança Social em Portugal é composta por dois sistemas: Sistema Previdencial e Sistema de
Proteção Social e Cidadania, composto por três subsistemas: ação Social; Solidariedade e Proteção
Familiar.
Sistema de segurança Social

 Esse fundo, existe para situações de desemprego, reformas pensionárias, salário mínimo
garantido, abonos familiares, cuidados de saúde e outras regalias sociais.

 A Segurança Social em Portugal é composta por dois sistemas: Sistema Previdencial e Sistema de
Proteção Social e Cidadania, composto por três subsistemas: ação Social; Solidariedade e Proteção
Familiar.
Princípios gerais

Princípio da universalidade
 O princípio da universalidade consiste no acesso de todas as pessoas à proteção
social assegurada pelo sistema, nos termos definidos por lei.

Princípio da igualdade
 O princípio da igualdade consiste na não discriminação dos beneficiários,
designadamente em razão do sexo e da nacionalidade, sem prejuízo, quanto a
esta, de condições de residência e de reciprocidade.
Princípio
 O princípio da solidariedade consiste na responsabilidade coletiva das pessoas entre si na
realização das finalidades do sistema e envolve o concurso do Estado no seu financiamento, nos
termos definidos pela Lei n.º 4 / 2007, de 16 de janeiro.
O princípio da solidariedade concretiza-se:
• No plano nacional, através da transferência de recursos entre os cidadãos, de forma a permitir a
todos uma efetiva igualdade de oportunidades e a garantia de rendimentos sociais mínimos para os
mais desfavorecidos;
• No plano laboral, através do funcionamento de mecanismos redistributivos no âmbito da
proteção de base profissional; e
• No plano intergeracional, através da combinação de métodos de financiamento em regime de
repartição e de capitalização.
Princípios

Princípio da equidade social


 O princípio da equidade social traduz-se no tratamento igual de situações iguais e
no tratamento diferenciado de situações desiguais.
Princípio da diferenciação positiva
 O princípio da diferenciação positiva consiste na flexibilização e modulação das
prestações em função dos rendimentos, das eventualidades sociais e de outros
fatores, nomeadamente, de natureza familiar, social, laboral e demográfica.
Princípio
Princípio da subsidiariedade
 O princípio da subsidiariedade assenta no reconhecimento do papel essencial das
pessoas, das famílias e de outras instituições não públicas na prossecução dos
objetivos da segurança social, designadamente no desenvolvimento da ação
social.

Princípio da inserção social


 O princípio da inserção social caracteriza-se pela natureza ativa, preventiva e
personalizada das ações desenvolvidas no âmbito do sistema, com vista a eliminar
as causas de marginalização e exclusão social e a promover a dignificação humana.
Princípio
Princípio do primado da responsabilidade pública
 O princípio do primado da responsabilidade pública consiste no dever do Estado
de criar as condições necessárias à efetivação do direito à segurança social e de
organizar, coordenar e subsidiar o sistema de segurança social.

Princípio da complementaridade
 O princípio da complementaridade consiste na articulação das várias formas de
proteção social públicas, sociais, cooperativas, mutualistas e privadas com o
objetivo de melhorar a cobertura das situações abrangidas e promover a partilha
das responsabilidades nos diferentes patamares da proteção social.
Princípio
Princípio da unidade
 O princípio da unidade pressupõe uma atuação articulada dos diferentes
sistemas, subsistemas e regimes de segurança social no sentido da sua
harmonização e complementaridade.

Princípio da descentralização
 O princípio da descentralização manifesta-se pela autonomia das instituições,
tendo em vista uma maior aproximação às populações, no quadro da organização
e planeamento do sistema e das normas e orientações de âmbito nacional, bem
como das funções de supervisão e fiscalização das autoridades públicas.
Princípio
Princípio da participação
 O princípio da participação envolve a responsabilização dos interessados na
definição, no planeamento e gestão do sistema e no acompanhamento e
avaliação do seu funcionamento.
Princípio da eficácia
 O princípio da eficácia consiste na concessão oportuna das prestações legalmente
previstas, para uma adequada prevenção e reparação das eventualidades e
promoção de condições dignas de vida.
Princípios

Princípio da tutela dos direitos adquiridos e dos direitos em formação


 O princípio da tutela dos direitos adquiridos e dos direitos em formação visa
assegurar o respeito por esses direitos, nos termos da presente lei.

Princípio da garantia judiciária


 O princípio da garantia judiciária assegura aos interessados o acesso aos tribunais,
em tempo útil, para fazer valer o seu direito às prestações.
Princípio

Princípio da informação

 O princípio da informação consiste na divulgação a todas as pessoas, quer dos


seus direitos e deveres, quer da sua situação perante o sistema e no seu
atendimento personalizado.
Princípios

 Código dos Regimes Contributivos:

• Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro


Princípio

• O presente Código regula os regimes abrangidos pelo sistema previdencial


aplicáveis aos trabalhadores por conta de outrem ou em situação legalmente
equiparada para efeitos de segurança social, aos trabalhadores independentes,
bem como o regime de inscrição facultativa.
Regime geral Trabalhadores em geral

o Trabalhadores que exercem atividade profissional remunerada com contrato de trabalho


o Pessoas singulares equiparadas à dos trabalhadores por conta de outrem

o Trabalhadores destacados sem prejuízo do disposto em legislação própria e em instrumentos


internacionais a que Portugal se encontre vinculado
o Trabalhadores que exercem a respetiva atividade em estabelecimentos de turismo rural, turismo de
habitação e agroturismo
o Trabalhadores que prestam serviço de limpeza em prédios em regime de propriedade horizontal
Regimes contributivos
o Pessoas que tenham celebrado contrato de estágio profissional ao abrigo da
Portaria n.º 92/2011, de 28 de Fevereiro, que à data da candidatura tenham:
o Idade inferior ou igual a 30 anos e sejam detentoras de qualificação de nível 4, 5,
6, 7 ou 8 do Quadro Nacional de Qualificações - QNQ;
o Idade superior a 30 anos, estejam desempregadas e em situação de procura de
novo emprego, e tenham obtido há menos de 3 anos uma qualificação de nível 2,
3, 4, 5, 6, 7 ou 8 do QNQ e não tenham registos de remunerações na segurança
social nos últimos 12 meses anteriores à entrada da candidatura. Não estão
sujeitas aos limites de idade referidos as pessoas com deficiência e ou
incapacidade.
Regimes contributivos
Regimes especiais Trabalhadores independentes
 Estão abrangidos por este regime:
o Profissional liberal (incluindo a atividade de carácter científico, artístico ou técnico)
e cônjuge
o Empresário em nome individual (incluindo a atividade comercial ou industrial) e
cônjuge
o Produtor agrícola e cônjuge

o Sócios de sociedades de agricultura de grupo

o Sócio ou membro de sociedade de profissionais livres

o Trabalhador intelectual (incluindo a atividade de carácter literário, científico ou


artístico) e cônjuge
o Membros de cooperativas de produção e serviços que, nos seus estatutos, optem
Regimes especiais Trabalhadores
independentes
 Não estão abrangidos por este regime:
o Advogados e solicitadores

o Titularesde direitos (pessoas a quem foram cedidos direitos) sobre explorações


agrícolas cujos produtos se destinem a consumo próprio
o Trabalhadores que exerçam atividade temporária em Portugal por conta própria e
que se encontrem abrangidos por regime de proteção social obrigatório noutro
país, que integre pelo menos as eventualidades de invalidez, velhice e morte.
Relação jurídica de vinculação:
regime e documentação obrigatória
 A inscrição das pessoas coletivas na segurança social é obrigatória e é feita
oficiosamente através dos elementos remetidos pela administração fiscal na data
da:
o Participação de início do exercício de atividade

o Constituição nos casos de regime especial de constituição imediata de sociedades


e associações, constituição online de sociedades ou criação imediata de
representações permanentes de entidades estrangeiras.
o Admissão do primeiro trabalhador, no caso das pessoas singulares que beneficiam
da atividade profissional de terceiros, prestada em regime de contrato de trabalho
Relação jurídica de vinculação: regime e
documentação obrigatória
 A inscrição das pessoas coletivas na segurança social é obrigatória e é feita
oficiosamente através dos elementos remetidos pela administração fiscal na data
da:
o Comunicação pelos serviços de registo das entidades empregadoras:
✓Inscritas no regime comercial

✓Que constem no ficheiro central de pessoas coletivas, no caso de entidades não sujeitas a registo comercial
obrigatório.

o Com base em ações de inspeção ou de fiscalização (no caso de entidades


irregularmente constituídas que tenham trabalhadores ao seu serviço).
 (MOD.RV1011-DGSS).
Relação jurídica de vinculação: regime e
documentação obrigatória
 São competentes para a inscrição e o enquadramento das entidades
empregadoras:
o O Instituto de Segurança Social, se o local de trabalho for no território continental
oO Centro de Segurança Social da Madeira, se o local de trabalho for na Região
Autónoma da Madeira
oO Instituto de Gestão de Regimes de Segurança Social, se o local de trabalho for
na Região Autónoma dos Açores
o Caixas Sindicais de Previdência.
Relação jurídica de vinculação: regime e
documentação obrigatória
 As pessoas singulares e coletivas que beneficiem da atividade profissional de
terceiros, prestada em regime de trabalho subordinado, estão obrigadas a
promover a inscrição na segurança social.

 A inscrição dos beneficiários é feita, recorrendo a um modelo próprio, na


instituição de Segurança Social da área do estabelecimento onde prestam a sua
atividade. O boletim de inscrição deverá ser autenticado pela entidade patronal,
com assinatura e carimbo.
Relação jurídica de vinculação: regime e documentação
obrigatória
Contratos de trabalho de muita curta duração

 A comunicação de admissão de trabalhador em regime de contrato de trabalho de


muito curta duração é efetuada no sítio da Internet em www.seg-social.pt ou
através de formulário de modelo próprio contendo os seguintes elementos:
o Identificação, domicilio ou sede das partes

o Atividade do trabalhador e correspondente retribuição

o Data de início dos efeitos do contrato de trabalho

o Local de trabalho; duração do contrato de trabalho.


Relação jurídica de vinculação: regime e
documentação obrigatória
 Contrato de trabalho intermitente

 A entidade empregadora deve enviar, à instituição de segurança social


competente, cópia do contrato intermitente ou em exercício intermitente da
prestação de trabalho com os requisitos exigidos na lei laboral.

 Este documento deve ser entregue no prazo de cinco dias contados a partir da
comunicação da admissão do trabalhador ou da conversão do despectivo
contrato.
Relação jurídica de vinculação: regime e
documentação obrigatória
 Trabalhador em situação de pré-reforma

 A entidade empregadora deve remeter, à segurança social, o acordo de pré-reforma no prazo de cinco
dias após a sua entrada em vigor.

Incumprimento da não comunicação da admissão


 Se a entidade empregadora não comunicar a admissão de novos trabalhadores:
o Presume-se que o trabalhador iniciou a prestação de trabalho no 1.º dia do 6.º mês anterior ao da
verificação do incumprimento
o Fica sujeito à aplicação de uma contraordenação:

✓Leve, quando seja cumprida nas 24 horas subsequentes ao termo do prazo, e

✓Grave, nas restantes situações.


Relação jurídica de vinculação: regime e
documentação obrigatória
 A cessação, suspensão e respetivo motivo e alteração da modalidade de contrato de
trabalho

 Até ao dia 10 do mês seguinte ao da sua ocorrência em www.seg-social.pt ou em formulário


próprio, nos casos de pessoas singulares com apenas um trabalhador ao serviço.

 Se a entidade empregadora não prestar estas informações:


o Presume-se a existência da relação laboral, pelo que se mantém a obrigação do pagamento
de contribuições
o Fica sujeito à aplicação de uma contraordenação leve.
Relação jurídica de vinculação: regime e
documentação obrigatória
 Trabalhadores por conta de outrem

 Os trabalhadores por conta de outrem devem declarar à instituição de segurança social competente:
o O início de atividade profissional.

o A sua vinculação a uma nova entidade empregadora.

o A duração do contrato de trabalho.

 A declaração:
o Deve ser apresentada entre a data da celebração do contrato e o final do 2.º dia da prestação de
trabalho.
o Pode ser apresentada em conjunto com a declaração da entidade empregadora. (MOD.RV1009-DGSS).
Relação jurídica de vinculação: regime e
documentação obrigatória
 Trabalhadores por conta de outrem

 É dispensado da inscrição o trabalhador que já for beneficiário do Centro Regional


da área na qual inicia a nova prestação de trabalho.

 Contudo, cabe-lhe, nesse caso, declarar à instituição de Segurança Social, no prazo


de vinte e quatro horas a partir do início do contrato de trabalho, a sua vinculação
a uma nova entidade patronal.
Relação jurídica de vinculação: regime e documentação
obrigatória
 Trabalhadores independentes Inscrição pela primeira vez

 A administração fiscal comunica à instituição de Segurança Social competente o


início de atividade, fornecendo-lhe todos os elementos de identificação.

 Com base nos elementos recebidos da administração fiscal, a instituição de


Segurança Social inscreve o trabalhador (se for necessário) e efetua o seu
enquadramento no regime dos trabalhadores independentes.
 O trabalhador fica enquadrado no regime dos trabalhadores independentes mesmo
que se encontre em condições de isenção de pagamento de contribuições.
 (MOD.RV1000-DGSS).
Relação jurídica de vinculação: regime e
documentação obrigatória
 Trabalhadores independentes Inscrição pela primeira vez

 O primeiro enquadramento no regime dos trabalhadores independentes só


produz efeitos quando o rendimento anual relevante do trabalhador for superior
a 6 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais - IAS 2023 (2884,88 EUR) e após
decorridos pelo menos 12 meses.
 O IAS em 2023 é de 480,43 euros.

 No caso de reinício de atividade, o enquadramento produz efeitos no 1.º dia do


mês do reinício da atividade.
Relação jurídica de vinculação: regime e
documentação obrigatória
 Trabalhadores independentes Inscrição pela primeira vez

 O enquadramento cessa quando se verifique a cessação de atividade por conta


própria. A cessação do enquadramento é efetuada oficiosamente, com base na
troca de informação com a administração fiscal ou mediante requerimento dos
trabalhadores.
Relação jurídica de vinculação: regime e documentação
obrigatória
 Seguro social voluntário

 O enquadramento no regime do seguro social voluntário depende da apresentação de


requerimeto, à instituição de segurança social competente, e deve ser efetuada:

o Pelo próprio.

o Pela entidade que beneficia da atividade voluntária, no caso de voluntários sociais.

 Os cidadãos nacionais residentes em território estrangeiro podem escolher a instituição de


segurança social pela qual pretendem ficar abrangidos. Esta opção é efetuada no momento
em que requerem a adesão ao seguro social voluntário.

 (MOD.RV1007-DGSS).
Relação jurídica de vinculação: regime e documentação
obrigatória
 O enquadramento produz efeitos partir do dia 1 do mês seguinte ao da apresentação do
requerimento se o mesmo for deferido, isto é, se o interessado reunir as condições exigidas
para ficar enquadrado neste regime.

 O enquadramento cessa:
 Em qualquer momento, a requerimento do beneficiário

 Se o beneficiário passar a estar abrangido por regime obrigatório de proteção social Quando
se verificar a falta de pagamento das contribuições por período superior a 12 meses.

 A cessação do enquadramento produz efeitos a partir:


o Do mês em que foi apresentado o respetivo requerimento

o Do mês seguinte àquele a que diz respeito a última contribuição paga.


Relação jurídica contributiva: regime e
documentação obrigatória
 A obrigação contributiva constitui-se com o início do exercício de atividade
profissional pelos trabalhadores ao serviço da entidade empregadora.

 A obrigação contributiva das entidades contribuintes compreende a declaração


em relação a cada um dos trabalhadores ao seu serviço, dos tempos de trabalho,
do valor das remunerações devidas aos trabalhadores e o pagamento das
contribuições e das quotizações, de acordo com a taxa contributiva aplicável.

 A obrigação contributiva vence-se no último dia de cada mês do calendário.

 As entidades empregadoras, para efeitos de segurança social, são consideradas


entidades contribuintes.
Relação jurídica contributiva: regime e documentação
obrigatória
 Sem prejuízo do disposto nos termos do Código do Procedimento Administrativo,
a falta ou a insuficiência das declarações previstas nos itens anteriores podem ser
supridas oficiosamente pela instituição de segurança social competente
designadamente por recurso aos dados de que disponha no seu sistema de
informação, no sistema de informação fiscal ou decorrente de ação de fiscalização.

 O suprimento oficioso das declarações previstas nos itens anteriores é notificado à


entidade contribuinte nos termos do disposto no Código do Procedimento
Administrativo.
Relação jurídica contributiva: regime e documentação
obrigatória
 Prazo de pagamento

 Na generalidade o pagamento das contribuições e quotizações é efetuado do dia


10 ao dia 20 do mês seguinte àquele a dizem respeito.

 No caso das entidades empregadoras de trabalhadores do serviço doméstico o


pagamento é efetuado do dia 1 ao dia 20 do mês seguinte àquele a que dizem
respeito.
Relação jurídica contributiva: regime e documentação
obrigatória
 Efeitos do não pagamento das contribuições e quotizações

 Cobrança coerciva do montante em dívida, o qual inclui juros de mora.


 Fica sujeita à aplicação de contraordenação
o Leve – Se o pagamento das contribuições for efetuado nos 30 dias seguintes ao termo do prazo
o Grave – Se o pagamento das contribuições for efetuado fora do prazo anteriormente indicado
 Processo crime se:
o A vantagem patrimonial ilegítima for superior a 7.500 EUR.

oA entidade empregadora descontar da remuneração dos trabalhadores o valor das quotizações por
estes devidas e não os entregar à Segurança Social.
Relação jurídica contributiva: regime e
documentação obrigatória
 Trabalhadores independentes Obrigações dos trabalhadores

 Todos os trabalhadores independentes devem pagar as contribuições a partir da


data de produção de efeitos do enquadramento no regime ou da cessação da
isenção da obrigação de contribuir.
 O pagamento deve ser efetuado de 1 a 20 do mês seguinte àquele a que
respeitam.
 Os trabalhadores independentes que não sejam exclusivamente produtores ou
comerciantes devem, declarar o valor total:
o Das vendas realizadas
o Da prestação de serviços a pessoas singulares que não tenham atividade
empresarial
Relação jurídica contributiva: regime e documentação
obrigatória
 Trabalhadores independentes
 Obrigações dos trabalhadores
 Da prestação de serviços por entidade contratante relativa ao ano civil anterior
bem como os Número de Identificação de Segurança Social e de Identificação
Fiscal dessa entidade.

 A declaração deve ser feita através do preenchimento de anexo ao modelo 3 da


declaração do imposto sobre os rendimentos das pessoas singulares, efetuada no
prazo legal para a entrega da declaração fiscal.
Relação jurídica contributiva: regime e
documentação obrigatória
 Trabalhadores independentes
 Obrigações das entidades

 São consideradas entidades contratantes todas as pessoas coletivas e singulares


com atividade empresarial que no mesmo ano civil beneficiem de pelo menos
80% do valor total da atividade de trabalhador independente.

 Consideram-se como prestados à mesma entidade contratante os serviços que


sejam prestados a empresas do mesmo agrupamento empresarial.

 As entidades contratantes estão obrigadas a pagar as contribuições relativas aos


Relação jurídica contributiva Regime e
documentação obrigatória

 Trabalhadores abrangidos pelo regime de seguro social voluntário


Obrigações dos trabalhadores

 Pagar as contribuições à segurança social.

 Obrigações das entidades


o Indicar mensalmente às instituições competentes de segurança social os voluntários
sociais que deixaram de exercer a respetiva atividade de voluntariado
o Pagar as contribuições à segurança social, no caso dos beneficiários serem
Bombeiros Voluntários, Agentes da Cooperação ou Praticantes Desportivos de Alto
Rendimento.
Relação jurídica contributiva regime e documentação
obrigatória

 Restituição de quantias indevidamente pagas

 Restituição é a devolução das quantias relativas a contribuições e a quotizações


indevidamente pagas pelas entidades empregadoras e pelos trabalhadores.

 Só são consideradas indevidas as contribuições e quotizações pagas mas cujo


pagamento não resulte da lei no âmbito do enquadramento, base de incidência e
taxa contributiva.
 O montante corresponde à parte proporcional das respetivas obrigações
contributivas sobre as remunerações que constituíram base de incidência,
revalorizadas, à data de apresentação do requerimento, e após a dedução do valor
das prestações já atribuídas com base nas contribuições pagas.

Você também pode gostar