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O Docente
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Moçâmedes, 2021
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................. 3
1.1.Objectivo Geral. .................................................................................................................. 3
1.2. Objectivos Específicos ....................................................................................................... 3
2. O método de custeio .................................................................................................................. 4
2.1 Método Directo ou Custo Especifico .................................................................................. 4
2.2 Método Indirecto ou Custo por processos ........................................................................... 4
2.3 Método Misto ..................................................................................................................... 5
3. Produção Conjunta .................................................................................................................... 5
3.1. Âmbito e aplicação ............................................................................................................. 6
3.2. Método de repartição dos custos conjuntos. ....................................................................... 6
3.3. Custo Unitário; Média Ponderada, e o Preço de venda Relativo ....................................... 7
4. Exercicios .................................................................................................................................. 8
5. Conclusão ................................................................................................................................ 10
6. Referências Bibliográficas ...................................................................................................... 11
1. Introdução
A Contabilidade de Custos tem vindo a ganhar uma importância crescente ao longo do
tempo, na medida em que cada vez mais é entendida como ferramenta de produção de
informação de apoio à tomada de decisão. Os gestores necessitam de informação
organizada de modo a poderem tomar decisões e controlar as suas actividades. A
economia de mercado em que as empresas actualmente se movimentam, em que
normalmente a oferta a excede largamente a procura, faz com que surjam novas
preocupações de optimização das condições de exploração, visto que o preço de venda
constitui um elemento ditado pelo mercado e o custo passa a ser um objectivo
perseguido pela gestão.
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2. O método de custeio
O método de custeio normalmente é aplicado de acordo com a necessidade ou processo
de produção da empresa, tendo que ser utilizado de maneira útil para o gerenciamento
da empresa. Tendo em conta as características de fabricação, podemos destacar os
seguintes métodos de apuramento do custo dos produtos:
Método Misto;
Neste tipo de custeio, o período do apuramento dos custos por ordem de produção
corresponde ao tempo necessário para concluir cada encomenda. No entanto, torna-se
necessário apurar os custos por período contabilístico. Assim, mensalmente os custos
apurados são sintetizados, de maneira que se torna perceptível quais foram os custos
acumulados em cada ordem de fabrico, qual foi o custo da produção acabada durante
aquele período e qual é o custo da produção que fica em curso de fabrico para o mês
seguinte. Desta forma, o custo de produção unitário de cada produto corresponderá ao
custo total da ordem de fabrico, a dividir pelo número de unidades produzidas nessa
mesma ordem de fabrico.
Controlar os resultados;
A grande questão que se coloca neste método de custeio tem a ver com o facto de não
se conseguir individualizar cada unidade de produto acabado nas várias fases de fabrico.
Quer isto dizer que no final de cada período contabilístico, os custos acumulados
respeitam aos produtos terminados nesse período, mas também aos que ficam em curso
de fabrico. Como as unidades não são facilmente identificáveis nas diversas fases de
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fabrico, existe necessidade de se quantificar a produção em vias de fabrico, para só
depois se poder apurar o custo da produção acabada no período.
3. Produção Conjunta
Em algumas atividades industriais ocorre um fenômeno chamando de produção
conjunta, que é o aparecimento de vários produtos a partir de uma determinada matéria-
prima. Empresas com processo de produção conjunta são aquelas em que, a partir do
processamento, em várias fases e departamentos, da mesma matéria-prima básica, são
obtidos vários produtos, denominados coprodutos, e, eventualmente, alguns
subprodutos.
(IUDÍCIBUS, 1993) Backer e Jacbsen (1984, p. 305) dizem que “quando dois ou mais
produtos emergem de uma mesma matéria-prima ou processo, ou de várias matérias-
primas e processos, a produção é chamada de produção conjunta”. Para Hansen e
Mowen (2001, p. 225), “produtos conjuntos são dois ou mais produtos produzidos pelo
mesmo processo até um ponto de „separação‟. O ponto de separação é o ponto no qual
os produtos conjuntos se tornam separados e identificáveis”. Desta maneira quando o
processo de produção ocorre em um determinado ponto, há formação de mais de um
produto caracterizando a produção conjunta.
Horngren et al. (1981, p. 385) conceituam que “custo conjunto é o custo de um único
processo que gera diversos produtos simultaneamente”. Sendo assim, quando dois ou
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mais produtos, de custos elevados e importantes para empresa, surgem de uma única
matéria-prima, ocorre a produção conjunta. Da mesma forma, custos implicados na
fabricação de tais produtos são chamados custos conjuntos.
A nível dos produtos principais existem duas abordagens possíveis, uma delas consiste
em efectuar a repartição dos custos conjuntos utilizando uma medida de volume, a outra
está relacionada com o valor comercial de cada produto principal (Franco et al., 2009).
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Ferreira et al. (2016) apresentam desvantagens do método de repartição pelas
quantidades produzidas, nomeadamente o facto de não ter em conta o valor de mercado
dos produtos, nem os custos específicos de cada produto, pelo que só deverá ser
utilizado se os preços de venda e os custos dos produtos forem muito idênticos.
Na repartição de custos pelo valor comercial de cada produto (valor de venda comercial
da produção ou potencial) os custos conjuntos são repartidos pelos produtos principais
proporcionalmente ao valor de venda da produção. Este método face ao anterior
possibilita a sua aplicação a produtos expressos em unidades de medida diferentes e
pondera o valor comercial de cada produto (Franco et al., 2009).
Por este metodo os custos conjuntos são repartidos em função das quantidades
produzidas. O custo unitário obtém-se dividindo o total dos custos conjuntos pela
quantidade produzida.
2. Média ponderada
Tamanho da unidade;
Dificuldade de fabricação;
Aqui o método de repartição dos custos conjuntos tem por base o valor dos produtos no
mercado. Por outro lado, para os produtos sujeitos a operações de transformação
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específicas, após a separação, é necessário deduzir ao valor de venda os custos
originados por essas operações para se apurar o valor de venda relativo no ponto de
separação.
4. Exercicios
a) Esquema do processo de produção da empresa.
M a Departamento
A
Departamento Armazém
N X Y B B
O c S
Cliente
Departamento
Z C
b)
CE= 2.308.000,00
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Custos à saída do Departamento Y: Custos do semiproduto a +Matérias primas +
Mão de obra direta+ Gastos gerais de fabrico
Ou seja:
CC=8.744.000-144.000
Custo Conjunto=8.600.000
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5. Conclusão
Com o aumento da dimensão empresarial, muitas vezes determinado pelo alargamento
do mercado e pela inovação tecnológica, maior é a necessidade de obter mais
informação por parte dos gestores de modo a auxiliar a tomada de decisão da empresa
quanto à concorrência, aos seus resultados e ao lançamento de novos produtos no
mercado a preços competitivos.
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6. Referências Bibliográficas
Franco, Victor Seabra, Álvaro Oliveira, Ana Isabel Morais, Benvinda de Jesus Oliveira,
Isabel Costa Lourenço, Maria Antónia de Jesus, Maria João Major, (2005),
Contabilidade de Gestão – Volume I: O apuramento dos custos e a informação de apoio
à decisão, Publisher Team, Lisboa
Caiado, A.C. (2015). Contabilidade Analítica e de Gestão (8.a edição) Execução gráfica
e impressão: Nastintas, Lda
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