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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURICIO DE NASSAU

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ASSÍRIA LETÍCIA
GABRIELA FERNANDES
KARLA CRISTINA

CUSTEIO UEP

RECIFE-PE

2022
ASSÍRIA LETÍCIA
GABRIELA FERNANDES
KARLA CRISTINA

CUSTEIO UEP

Trabalho de análise do custeio UEP


– Unidade de Esforço de Produção
apresentado ao Centro Universitário
Maurício de Nassau, como parte
para fins de aprovação na disciplina
Analise de Custos. Sob a orientação
da professora Paula Roberta Callado
Bezerra de Mello

RECIFE-PE

2022
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DO TEMA:................................................................................................4
1 - EXPLICAÇÃO DO MÉTODO UEP...................................................................................5
1.1. CUSTEIO UEP (UNIDADE DE ESFORÇO DA PRODUÇÃO)...............................5
2. DIVISÃO DA FÁBRICA EM POSTOS OPERATIVOS;...............................................6
2.1. DETERMINAÇÃO DOS FOTO-ÍNDICES.......................................................................7
2.3 CÁLCULO DOS POTENCIAS PRODUTIVOS...............................................................8
Esta etapa consiste na obtenção das UEP/h dos Postos Operativos. O cálculo será
realizado dividindo os foto-índices (FIPO) de cada PO pelo índice da base (FIPB),
gerando a UEP por hora de cada posto operativo...............................................................8
2.4. DETERMINAÇÃO DAS EQUIVALENTES DOS PRODUTOS...................................8
2.5. CUSTO UNITÁRIO DE TRANSFORMAÇÃO DOS PRODUTOS (EM R$)...............9
3. EXEMPLO PRÁTICO:......................................................................................................9
3.1.DIVISÃO DA FÁBRICA EM POSTOS OPERATIVOS E CÁLCULO DO
CUSTO/HORA POR POSTO OPERATIVO..........................................................................9
3.2. AFERIÇÃO DOS TEMPOS DE PASSAGEM DOS PRODUTOS PELOS PO´S E A
ESCOLHA DO PRODUTO-BASE........................................................................................12
3.3.CÁLCULO DO POTENCIAL PRODUTIVO DOS POSTOS OPERATIVOS............13
3.4.EQUIVALENTES DOS PRODUTOS EM UEP.............................................................13
3.5.PRODUÇÃO TOTAL EM UEP´S DO PERÍODO E CUSTO UNITÁRIO DE
TRANSFORMAÇÃO DOS PRODUTOS (EM R$)..............................................................14
3.6.CÁLCULO DO CUSTO UNITÁRIO TOTAL.................................................................15
4. VANTAGENS E DESVANTAGENS APRESENTADAS PELO MÉTODO UEP:...16
5. DESVANTAGENS OBSERVADAS PELO SISTEMA UEP’S......................................17
6. COMO É USADO E PARA QUE SERVE:...................................................................18
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................20
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................21
4

APRESENTAÇÃO DO TEMA:

O presente trabalho realizado, tem como principal objetivo realizar o


método de custeio UEP – Unidade de Esforço de Produção como uma ferramenta
voltada para a obtenção de possíveis analises estratégicas em que consiste na
redução de custos unitários por cada produto produzido, proporcionando uma
ferramenta hábil de gestão acerca dos custos aos principais gestores da
organização de tal modo que passasse a possuir informações confiáveis a respeito
da fabricação dos principais produtos. Sendo assim, um fator que auxilia no controle
físico e financeiro da organização seja ele direto ou indiretamente, mensurando
assim os seus valores com uma maior eficiência que existe na capacidade de
produzir os produtos de diferentes ambientes de formas distintas. Os resultados
obtidos consiste em demonstrar que a UEP pode ser um recurso que disponibiliza
recursos, evitando alguns gastos adicionais como na contratação de mão de obra e
de pessoas em cada setor.
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1 - EXPLICAÇÃO DO MÉTODO UEP

Conhecido também como métodos de rateios, são ferramentas que


facilitam o cálculo para entender qual é o custo de produção de um determinado
produto. É importante entender qual o valor de custo unitário dos produtos para
conseguir identificar o preço ideal. Porque, sem saber qual o valor utilizado em cada
etapa da produção, fica difícil estabelecer o melhor preço, e se o valor cobrado não
for equivalente para cobrir os custos e gerar lucros, a empresa perderá o seu
desempenho, o que faz com que se torne insustentável a longo prazo.

Utilizar esses métodos permite que as empresas acompanhem de forma


eficiente, como está o desempenho financeiro da empresa; e a partir disto, a
organização pode tomar decisões mais estratégicas.

A medidas que as empresas vão crescendo, e os processos de


produção e distribuição vão ganhando um espaço maior, fica mais difícil
acompanhar alguns dados e informações, como os custos que estão atrelados ao
produto. Para que esses dados não se percam e a empresa obtenha uma visão
clara da rentabilidade, é necessário que a organização encontre o método de custeio
mais adequado, considerando as necessidades e as prioridades da empresa.

Existem vários métodos de custeio disponíveis, não existem um método


melhor que outro; a escolha do melhor sistema vai depender das necessidades,
realidade e demanda de cada empresa. É muito importante que o gestor financeiro
avalie e analise os fatores da instituição para a tomada de decisão mais assertiva.

1.1. CUSTEIO UEP (UNIDADE DE ESFORÇO DA PRODUÇÃO)

O método UEP é uma ferramenta de gerenciamento e planejamento de


produção para a maximização da mesma e redução do custo do produto,
proporcionando a visualização do impacto que causa no preço de venda. Ele é
indicado para empresas que costumam ter um maior mix de produto. Ele
proporciona aos gestores um melhor controle de produção e uma melhor eficácia no
processo produtivo, possibilitando as organizações atingirem o nível máximo de
produção.
6

O método baseia-se na unificação da produção para simplificar o


processo de controle de gestão. Conforme Bornia( 2002) unificar a produção é
encontrar uma unidade de medida comum a toda produção da empresa, onde o
trabalho realizado pelas operações produtivas na transformação da matéria-prima
em um produto final, foca nos esforços de produção da empresa.

Segundo Bornia (1995), o métodos de Unidade de Esforço da produção


(UEP) teve sua origem na França, durante a Segunda Guerra mundial, quando
o engenheiro Georges Perrin criou um método de cálculo e destinação de custos e
controle da Gestão. Que chamou de GP, iniciais do seu nome.

Após a sua morte, o método caiu em esquecimento. Posteriormente um


discípulo de Perrin, Franz Allora, aperfeiçoou o método que passou a ser
denominado método das UEPs. O método adentrou no Brasil no início da década de
1960, e nos anos 80 Allora começou aplica-lo em industrias das regiões de
Blumenau e Joinville (SC). Um tempo depois, pesquisadores das universidade
federais de Santa Catarina e Rio Grande do Sul estudaram, aprimoraram e
divulgaram o método através de mestrado e artigo científicos.

O método UEP é usado em pequenas, médias e em grandes empresas


em todo Brasil; nas grandes empresas é essencial o gerenciamento e controle. O
sistema permite a empresa produtora de diversos produtos a obter seus custos com
rapidez e eficácia. No entanto, o método UEP trabalha apenas com os custos de
transformação; o custo da matéria-prima deverá ser tratado separadamente.

Ele possibilita a empresa a estabelecer um planejamento para utilizar toda


a sua capacidade de produção. Pois ele facilita a atividade de medição da produção,
pois os produtos diferentes serão contabilizado por um único parâmetro, permitindo
que se tenha um valor global e sintético das atividades da empresa. As UEPs
definem uma unidade de medida comum para o conjunto de atividades
desenvolvidas, a qual define um ´padrão que descreve o trabalho realizado por uma
fábrica.

Para o método ser implantando dentro das empresas, são necessárias


algumas etapas:
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2. DIVISÃO DA FÁBRICA EM POSTOS OPERATIVOS;

O primeiro procedimento consiste em dividir a fábrica em postos


operativos (PO), nesses locais são executadas as operações referente à
transformação dos produtos. Essas operações são caracterizadas por serem
utilizadas de forma semelhante pelos produtos que passam pelo Posto Operativo.

Conforme Bornia(1995) um posto operativo é um conjunto formado por


uma ou mais operações produtivas elementares, que apresentam características
semelhantes para todos os produtos que passam pelo PO diferindo no tempo de
passagem por ele.

Um posto operativo é o local onde será executada uma atividade. Este


local pode ter pessoas ou máquinas que serão utilizadas durante o processo. Uma
máquina pode comportar dois ou mais PO’s caso as operações realizadas nos
produtos sejam significativamente diferentes. Da mesma forma, um PO pode
englobar duas ou mais máquinas, se as operações nos produtos forem quase
semelhantes.

Na sequência apura-se o cálculo do custo/hora ($) por posto operativo.

2.1. DETERMINAÇÃO DOS FOTO-ÍNDICES

Nessa segunda etapa será efetuado o cálculo dos índices dos custos.
Os fotos-índices são todos os consumos necessários para o funcionamento dos
postos operativos, ou seja todos os gastos com as operações para a fabricação dos
produtos. A seguir estão listados alguns deles.

-Mão de obra direta: valor do salário bruto, contendo adicionais de


periculosidade, salubridade e adicional noturno (quando houver), pago às pessoas
que trabalham diretamente na fabricação do produto;

-Supervisão: supervisores, mestres, encarregados, etc. Atribuídos às


operações conforme o grau de atenção nos processos de fabricação; quanto maior a
necessidade de supervisão nos postos operativos, maior será os custos.
8

-Encargos e benefícios sociais: são os direitos concedidos aos


trabalhadores por lei (são obrigatórios). A empresa deve conceder: auxílio médico,
auxílio alimentação, vale transporte, FGTS (fundo de garantia por tempo de serviço).

- Energia elétrica: valores atribuídos pelos gastos de energia em cada


equipamento, é calculado de acordo com o seu consumo específico KW;

-Material de consumo específico: são os materiais que cada equipamento


ou operação utiliza durante o processo (brocas, lixas, óleos.)

-Manutenção: Valor gasto pelo departamento de manutenção atribuídos


aos PO´s de acordo com as horas consumidas. As empresas utilizam a requisição
de manutenção baseado nas horas gastas para o reparo e conserto de máquinas e
equipamento de cada PO para atribuir os valores para o cálculo da UEP.

Com esses valores distribuídos entre os PO´s que os utilizam, é obtido o


índice total final para o cálculo da UEP.

2.2 ESCOLHA DO PRODUTO BASE

O próximo passo é a definição do produto base (custo base em UEP),


pois o produto escolhido pode ser um produto já existente, o qual deve ser o produto
que tenha o maior número de operação, sendo o ideal um produto que passa por
todos os postos operativos.

Esta etapa consiste em calcular o FIPB (Foto-índice de Produto Base).

2.3 CÁLCULO DOS POTENCIAS PRODUTIVOS

Esta etapa consiste na obtenção das UEP/h dos Postos Operativos. O


cálculo será realizado dividindo os foto-índices (FIPO) de cada PO pelo índice da
base (FIPB), gerando a UEP por hora de cada posto operativo.

2.4. DETERMINAÇÃO DAS EQUIVALENTES DOS PRODUTOS.

Ao passarem pelos postos operativos, os produtos absorvem os esforços


de produção, de acordo com o tempo de passagem; assim, se um PO possui
capacidade de 50 UEP/h (potencial produtivo do posto) e um dado produto depende
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de 0,1h ( tempo de passagem do produto neste posto) desse posto, então ela
absorve 5 UEP (50 . 0,1) na operação em questão.

O valor em UEP em um produto é calculado correspondente à


multiplicação das UEP/h dos postos operativos pelos respectivos tempo que o
produto permanece nesses postos.

2.5. CUSTO UNITÁRIO DE TRANSFORMAÇÃO DOS PRODUTOS (EM R$)

Após a determinação dos equivalentes, o próximo passo apura o valor do


Custo unitário de transformação; nesta etapa é possível visualizar quanto a empresa
gasta com o custo de transformação (envolve os consumos necessários para o
funcionamento dos postos operativos, como: salários, depreciação, energia elétrica,
manutenção, entre outros).

3. EXEMPLO PRÁTICO:

O exemplo prático foi criado com base em artigos de aplicações do


método de custeio UEP para micro e pequenas empresas e um estudo de caso
sobre planejamento, programação e controle da produção em uma fábrica de doces.

Para a contextualização do exemplo, foi criada uma microempresa fictícia


responsável pela produção de doces finos.

Para a formatação dos resultados e planilhas, é necessário seguir alguns


passos de grande importância para a implantação ser realizada com eficácia:

-Divisão da fábrica em Postos Operativos;

- Determinação do custo/hora por PO;

-Medição do tempo de passagem dos produtos pelos PO´s;

-Escolha do produto base;

-Cálculos dos potenciais produtivos (UEP/hora) dos PO´s;


-Determinação dos equivalentes em UEP de cada produto;
-Mensuração total da produção em UEP;
-Cálculo dos custos de transformação do produto;
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-Apuração do custo total unitário de cada produto fabricado

Essas fases estão descritas detalhadamente nas próximas seções.

3.1.DIVISÃO DA FÁBRICA EM POSTOS OPERATIVOS E CÁLCULO DO


CUSTO/HORA POR POSTO OPERATIVO

Inicialmente foi realizada a etapa de Divisão dos Postos operativos, local


onde será executada uma atividade; este local pode ter pessoas ou máquinas que
serão utilizadas na produção. No caso da microempresa fictícia criada, a divisão dos
PO´s foi simplificada com a finalidade de facilitar a visualização dos índices de
custos.

CÓDIGO POSTOS OPERATIVOS


P1 DERRETIMENTO
P2 MONTAGEM
P3 CONGELAMENTO
P4 EMBALAGEM
Quadro 01- Lista de Postos Operativos

Depois de determinar os Postos Operativos, a próxima etapa é a


determinação dos Foto-índices, nessa fase é realizado o Cálculo do custo/hora por
posto operativo. Com o auxílio de um Trabalho de Conclusão de Estágio, foi
elaborado uma lista de alguns fatores utilizado nos PO, como o tempo em minutos
(transformados em hora) para cada etapa.

Nesse cálculo foram considerados, os fatores e gastos fabris mensais


como salários, depreciação das máquinas envolvidas no processo e o consumo de
energia elétrica da fábrica.

Com relação aos salários dos funcionários, o valor mensal referente aos
funcionários dos postos de derretimento e congelamento foi de R$ 400,00, o de
montagem foi de R$ 600,00 e o posto de embalagem foi equivalente a R$ 350,00.

Quanto a depreciação, para este cálculo foi levado em conta o valor (em
R$) dos equipamentos utilizados divididos pelo tempo de vida útil dos mesmos em
meses.

Exemplo:

300/72= 4,16
Derretedeira de chocolate 5kg R$ 300,00
11

DEPRECIAÇÃO: R$ 4,16
tempo de vida útil 6 anos ( 72 meses)

7.874,98/120= 65,62
Freezer vertical R$ 7.874,98
DEPRECIAÇÃO: R$
10 anos (120 65,62
tempo de vida útil meses)
Quadro 02- Exemplo de como é calculado a depreciação

No processo de derretimento a depreciação foi de R$ 4,16 e o


congelamento foi de R$ 65,62.

Em relação a energia elétrica, o valor de cada posto (que utilizam


equipamentos) foi determinado de acordo com o consumo de cada equipamento
utilizado no processo produtivo. Para determinar o consumo é necessário saber a
potência de cada equipamento em watts, multiplicar pelo tempo em horas e dividir o
resultado por 1000. Após isso multiplica o valor pela quantidade de dias mensais
(30). Para saber a taxa gasta basta multiplicar pela tarifa de energia.

Exemplo:
DERRETEIRA 760 . 6= 4.560 4.560/1000=
760 WATTS 4,56 KWH 4,56 . 30= 136,8
6 HORAS DIÁRIAS KWH 136,8 . 0,98 = R$
TARIFA DE ENERGIA POR KWH: R$ 0,98 134,06

500 . 6= 3000
FREEZER VERTICAL 3000/1000= 3 KWH
500 WATTS 3 . 30= 90 KWH
6 HORAS DIÁRIAS 90 . 0,98 = R$ 88,2
Quadro 03- Exemplo
TARIFA DE ENERGIA POR KWH: R$ 0,98de como é calculado a energia
elétrica
Os gastos mencionados foram atribuídos para cada posto operativo e os
respectivos valores estão sintetizados na tabela 1.

POSTO MÃO DE OBRA DEPRECIAÇÃO E. ELÉTRICA TOTAL( R


OPERATIVO (R$) ( R$) (R$) $)

Derretimento 350 4,16 134,06 488,22


Montagem 500  - -  500
Congelamento 350 65,62 88,2 503,82
Embalagem 300  -  - 300
1.792,04
Gastos mensais da produção dos Postos Operativos
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A partir dos gastos mensais de cada posto operativo é possível calcular o


custo/hora dos mesmos. Considerando que a microempresa fictícia dedica 180
horas/mês para os postos operativos, basta dividir o valor mensal pelo expediente
de cada posto operativo por mês. Os valores do custo/hora estão demonstrados na
tabela 02.

POSTO MÃO DE OBRA DEPRECIAÇÃ E. ELÉTRICA


OPERATIVO (R$) O ( R$) (R$) TOTAL( R$)
Derretimento 1,94 0,023 0,74 2,70
Montagem 2,77  -  - 2,77
Congelamento 1,94 0,36 0,49 2,79
Embalagem 1,66  -  - 1,66

3.2. AFERIÇÃO DOS TEMPOS DE PASSAGEM DOS PRODUTOS PELOS PO´S E


A ESCOLHA DO PRODUTO-BASE

O próximo passo
Tabela 02-éCusto/hora
a medição do tempo
dos Postos que os produtos levam para
Operativos

passar em cada posto operativo. O tempo é mensurado em termos de fração hora.


Ou seja, se um produto leva 15 minutos para passar por um posto operativo, isso
corresponde a 0,25 de uma hora (15/60).

PRODUTO POSTO OPERATIVO TOTAL


DERRETIMENT MONTAGE CONGELAMENT EMBALAGE
  O M O M  
A 0,116 0,25 0,13 0,167 0,663
B 0,083 0,25 0,16 0,2 0,693
C 0,1 0,33 0,16 0,25 0,84
Depois de 03-
Tabela calcular
Tempo o
decusto/hora
cada produto define-se o produtohoras)
por posto operativo(em base.

Após a determinação do tempo operativo de cada PO, escolhe um produto-base


para calcular o custo da UEP. Para exemplo foi escolhido o produto ‘’C’’, o produto
escolhido é o sabor de trufa mais comercializado pela empresa.
Conhecendo o tempo de passagem dos produtos nos postos operativos, calcula-se
o custo/hora do produto base multiplicando o tempo de passagem pelo custo/hora
(em R$). O cálculo mencionado está na tabela 04.

CUSTO DO
POSTO TEMPO DE CUSTO/HORA PRODUTO-BASE
OPERATIVO C PASSAGEM(HORAS) (R$) (R$)
Derretimento 0,1h 2,70 0,27 O
Montagem 0,33h 2,77 0,91
Congelamento 0,16h 2,79 0,44
Embalagem 0,25h 1,66 0,42
2,04
Tabela 04- Cálculo do Custo/hora do Produto-base
13

valor de R$ 2,04 (última tabela acima) é empregado nas próximas etapas do


processo de implantação do método UEP.

3.3.CÁLCULO DO POTENCIAL PRODUTIVO DOS POSTOS OPERATIVOS

O cálculo desta etapa consiste na divisão do custo/hora de cada posto


operativo, pelo custo/hora do produto-base, encontrando a capacidade de produção
em termos de ‘’UEP por hora’’ de cada posto de trabalho.

POTENCIAL
POSTO CUSTO/HORA PRODUTIVO
OPERATIVO (R$/H) UEP (R$) (UEP/HORA)
Derretimento  2,70  2,04  1,32
Montagem  2,77  2,04 1,36
Congelamento  2,79  2,04  1,37
Embalagem  1,66  2,04  0,81
Tabela 05 - Cálculo do potencial produtivo ( UEP´s por hora)
O valor total significa o máximo de unidades concluídas que cada posto
operativo consegue fazer por hora. Por exemplo, o posto operativo derretimento
consegue produzir 1,32 UEP’s por hora.

Na próxima etapa, será mostrado como os equivalentes dos produtos em


termos de UEP são determinados.

3.4.EQUIVALENTES DOS PRODUTOS EM UEP

Essa etapa consiste em determinar os equivalentes. Para calcular os


equivalentes dos produtos em UEP multiplica-se o potencial produtivo pelo tempo de
passagem do produto neste posto e soma-se o total de cada produto. A soma das
UEP’s consumidas pelo produto em todos os PO´s em que passar determinará a
quantidade total de UEP’s para cada produto. A próxima tabela mostra o equivalente
em UEP’s que cada produto representa.

PRODUTO POSTO OPERATIVO TOTAL


DERRETIMENT MONTAGE CONGELAMENT EMBALAGE
  O M O M  
14

A 0,116 0,25 0,13 0,167 0,663

B 0,083 0,25 0,16 0,2 0,693

C 0,1 0,33 0,16 0,25 0,84


 capacidade produção
em uep por hora 1,32 1,36 1,37 0,81  -

TOTAL
PRODUTO POSTO OPERATIVO UEP
DERRETIMENT MONTAGE CONGELAMENT EMBALAGE
  O M O M  
A 0,15 0,34 0,18 0,14 0,81
B 0,10 0,34 0,22 0,16 0,82
C 0,13 0,45 0,22 0,20  1
Tabela 06 - Cálculo dos produtos em quantidades de UEP

3.5.PRODUÇÃO TOTAL EM UEP´S DO PERÍODO E CUSTO UNITÁRIO DE


TRANSFORMAÇÃO DOS PRODUTOS (EM R$)
Esta etapa resume-se na mensuração da produção da fábrica em termos
de UEPs produzidas no período de um mês. O cálculo é realizado multiplicando a
quantidade de itens produzidos pela quantidade de UEP.

QTD TOTAL DE
QTD DE UEP
PRODUTO PRODUZIDA UEP´S
A 150  0,81 121,5
B 150  0,82 123
C 300 1 300
Tabela 07 - Quantidade de UEPs produzidas no mês

Somando-se a quantidade total de UEP, temos o total de 516 UEP’s


produzidas no mês.

Os cálculos efetuados e dados obtidos permitem apurar o valor do Custo


unitário de transformação dos produtos da empresa.

O sistema de custeio UEP calcula somente os custos de transformação,


desta forma o custo de matéria-prima é calculado conforme a quantidade utilizada
em cada produto, com base nos dados calcula-se o custo do produto.

Para determinar o valor em reais de cada UEP, soma-se o custo total de


transformação do período e divide-se pela quantidade de UEP produzida do período.
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Os custos totais de transformação foram R$ 1.792,04, representado pelos


fatores mostrados anteriormente (mão-de-obra, depreciação e energia elétrica).

Valor da UEP= 1.792,04/544,5= R$ 3,29 (Custo total/ qtd de UEP


produzida).

Depois de calculado valor da UEP em reais, calcula-se o custo de


transformação de cada produto. (qtd de UEP x valor da UEP (em R$)

CUSTO DE
VALOR DA UEP
QTD DE UEP TRANSFORMAÇÃO
(R$)
PRODUTO (R$)
A 0,81 3,29 2,66
B 0,82 3,29 2,70
C 1 3,29 3,29
Tabela 08 - Custo de transformação dos produtos (em R$)

Com a determinação de quanto custa (em R$) para transformar cada


produto, torna-se possível calcular o custo total das unidades fabricadas.

3.6.CÁLCULO DO CUSTO UNITÁRIO TOTAL

Concluído o cálculo de custo de transformação unitário de cada produto,


determina-se o custo unitário total dos mesmos com a adição do valor gasto com
matérias-primas.

CUSTO DE CUSTO DE
TRANSFORMAÇÃO(R MATÉRIA PRIMA CUSTO UNITÁRIO
PRODUTO $) (R$) TOTAL (R$)
A 2,66 2,32 4,98
B 2,7 2,2 4,9
C 3,29 2,1 5,39
Tabela 09 - Custo unitário total dos produtos(em R$)

Conforme a tabela acima, é viável o cálculo do custo de transformação


pelo método UEP. Adicionando o valor gasto de matéria-prima (informações
pesquisadas em artigos de custos na fabricação de doces) o administrador tem a
possibilidade de calcular o custo total por unidade comercializada. Essa informação
proporciona que sejam elaborados relatórios de análise de lucratividade visando
determinar se os preços de venda são adequados ou não.
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4. VANTAGENS E DESVANTAGENS APRESENTADAS PELO MÉTODO UEP:

O sistema de custeio UEP’S utiliza-se inúmeras vantagens, dentre elas


podemos observar:

- Identifica-se uma melhor transparência em saber quem está ganhando


ou perdendo: Em determinada organização, em que fabrica diversos tipos de
produtos, fica impossível de analisar qual o produto e/ou equipamento encontra-se
com o maior custo, com isso em determinados processos, qual está causando
prejuízos e/ou lucros muito alto, ou seja, qual seria o impacto que causaria se
parasse de produzir um determinado item.

- Estabelece uma comparação sucinta, objetiva e clara para melhoria dos


lucros: Quais os pontos que seriam analisados e conceituados para se obter a
possível redução dos custos? Visto que, a UEP já oferece identificar em parte a sua
estrutura de custos quando apresentada por cada PO (posto operativo) no custo
total do produto, ou seja apresenta uma melhor eficácia na redução dos custos
assim como na sua rentabilidade.

- Proporciona uma elevada ideia da capacidade da fábrica: Quando a


organização encontra gargalos que impossibilitam saber qual a real capacidade de
produção. Um dos pontos mais importantes na implementação do método de custeio
UEP é a separação e medição de cada posto operativo.

- Possibilita um estudo diversificado dos processos fabril: Qualquer


produto tem seu passo a passo de fabricação, com esse sistema UEP, cada
indivíduo tem suas condições de saber e verificar quais são os roteiros de um
determinado produto, basta apenas ter a ficha técnica dos custos de produção.
Outro fator relevante, é o possível controle dos processos fabris, visto que na
17

implementação do método já é definido os controles, sendo assim o mais utilizado


neste método é a ordem de produção, sendo descritivos todos os processos
necessários para a transformação da matéria prima em produtos acabados.

- Facilita um elevado aumento nas vendas por imprevistos ociosos com


lucro zero: Todas as empresas possui o seu ponto de equilíbrio (quanto será
necessário a empresa produzir e vender para poder gerir os seus gastos), Sendo
assim, quando se trabalha em uma instituição com muitas oscilações, existe uma
necessidade de produzir e vender para cobrir os seus custos fixos, com isso a UEP
analisa com a maior facilidade, rapidez e informação de quanto a empresa necessita
produzir e a que custo precisa ser aplicado para se obter o ponto de equilíbrio.

- Apresentar projeções e investimentos de novos equipamentos: Essa


etapa leva em consideração, quando se lança um novo produto é importante
conceituar se a empresa possui disponibilidade de sua capacidade de produção, ou
se ela mesmo já utiliza toda a sua capacidade, é necessário, na maioria das vezes,
investir em novos equipamentos. Desta forma, o sistema de UEP fornece essa
informação, primeiramente para medir sua produção em um determinado período e
saber a sua capacidade máxima.

5. DESVANTAGENS OBSERVADAS PELO SISTEMA UEP’S

O sistema UEP’S como qualquer outro sistema de custeio, não consiste


em apresentar somente vantagens, analisa também algumas desvantagens. Entre
elas evidencia-se:

Não realiza o meio do controle de desperdício: Esse método não


estabelece o valor do desperdício, sendo o seu principal fator é que a UEP trabalha
com o custo total do posto operativo, com isso perde o controle do desperdício.

Não possibilita as melhorias: Na implementação desse método, obtém


uma fotografia da estrutura funcional da organização em que se houver uma
mudança, ao qual não altera os tempos dos postos operativos, o sistema não capta
essas informações.

Não detalha o acompanhamento dos custos de suporte: Esses custos de


suporte não detalha, pois não fazem parte diretamente do processo produtivo, o
18

mesmo é rateado nos postos operativos, com isso o sistema não tem um
pensamento rápido.

6. COMO É USADO E PARA QUE SERVE:

O Método Unidade de Esforços de Produção - UEP é utilizado para


mensurar o grau de adequação ao uso das estratégias da produção, na medida em
que intensifica os custos em um só produto, com a finalidade de simplificar as
informações técnicas das melhorias do processo de fabricação e implementar o
aperfeiçoamento interno.

Com isso, ele possibilita determinar e verificar os possíveis esforços de


produção para cada setor da fábrica, permitindo ter uma melhor referência de apoio
para poder identificar quais são os gargalos de produção. Sendo assim, o método
avalia o tipo de cada informação gerada de forma adequada para as empresas.

Além disso, o método consiste na comparação entre o período distinto ao


agregar os tipos de mercadoria ou objeto, calculando o quanto foi produzido durante
certo período de tempo e fazer uma analogia para especificar se houve um
rendimento na produtividade. Ou seja, os custos unitários dos produtos são
reduzidos em custos das matérias-primas utilizadas em custos de transformação.

Assim, o método de custeio UEP preocupa-se necessariamente com os


custos de transformação e representam o esforço realizado pela empresa para
obtenção do produto.

Serve como base para diminuir a quantidade de custos, na produção


fazendo com que exista a maximização da produção na empresa dos possíveis
produtos. Dentre outros fatores de produção, podemos descrever a complexidade
dedeterminados produtos e fazer com que haja de certa forma uma interação de
como compreender melhor a classificação desses processos.
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Nesse sentido, vale salientar que o método UEP possibilita conhecer a


real capacidade de produção de cada posto operativo e com isso é possível traçar e
planejar o mix de produção para maximizar a produtividade da fábrica e a sua
desburocratização.

Entretanto, esse método foi introduzido e analisado como mensuração


dos esforços de produção, baseados em pressupostos básicos de produção dos
bens como sendo o seu principal produto da instituição.

Porém, a maioria do sistema do método UEP, baseia-se em uma possível


redução de exemplos e possíveis referencias de cálculos da produção por cada
período realizado, pelo meio de decisões de elementos que podem ser realizados de
medidas comuns a todos os produtos (e processos) da empresa, a UEP.

Portanto, assemelhar ou relacionar os diversos tipos de etapas no


procedimento técnico de fabricação de produtos e equipamentos das mais diferentes
natureza, promovendo uma grande pesquisa comparativa de diversos itens que
compõem as práticas de uma empresa, na busca de coletar possíveis soluções e
ideias novas, rentáveis e de qualidade que possam ser copiadas ou servir de
inspiração para a empresa.

Proporcionar, uma relação de estimativas de valores das relações entre


os potenciais produtivos da organização, baseada no verdadeiro valor da produção
como no esforço da própria máquina, nos esforços dos capitais bem como no
esforço da energia aplicada e dentre outros processos que estejam direta e/ou
indiretamente aplicados.

Podemos então, observar que o esforço de produção consiste no total de


uma fábrica como parte resultante da soma de todos os empenhos alcançados e
desenvolvidos na produção em cada operações de trabalho. Cada peça, por mais
múltiplas que seja, poderá ser mensurado por parcela de esforço que foi
fundamental para obtenção da fabricação, na medida em que este item foi idealizado
por meio de vários locais de trabalhos, no que lhe diz respeito ao trabalho realizado.

Da mesma forma, o método estabelece diversas possíveis aplicações


durante a gestão da produção que não são contabilizadas por outros métodos de
custeio, como o nível de tomada de decisão de atividade produtiva, capacidade
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produtiva, pontos de equilíbrios e capacidades físicas de desempenhos, além de


determinar os gargalos da produção.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS

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performance empresarial. Curitiba: Juruá Editora, 2010.
FERNANDES, L.; ALLORA, V. Método unidade de esforço da prestação de
serviços (UEPS): uma estimativa de custos para o transporte escolar rural. In: XVI
Congresso Brasileiro de Custos, Anais... Fortaleza – CE, 2009.
CRUZ, June A. W. Gestão de custos: perspectivas e funcionalidades. Curitiba:
Ibpex, 2011. 160 p.
OLIVEIRA J.; PEDROSA Jr, C.; ARAGÃO Jr. J. Uma Avaliação das Alterações
dos Elementos balizadores da UEP. In: X Congresso Brasileiro de Custos, Anais...
GuarapariES, 2003.
WALTER, F.; et al. Método das Unidades de Esforço de Produção: um perfil dos
estudos de caso. In: XVIII Simpósio de Administração da Produção, Logística e
Operações Internacionais, Anais... São Paulo – SP, 2015
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
KLEMZ, Cristiano. Organização da produção: uma proposta para o Cafehaus
Gloria. 2004. 96 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel) - Curso de
Administração, Departamento de Ciências da Administração, UFSC, Florianópolis,
2004.
ABICAB - Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Balas e
Derivados. Disponível em: Acesso em 8 mai. 2009
BEUREN, I. M.; OLIVEIRA, H. V. Mensuração das atividades empresariais:
custeio baseado em atividades X método da unidade de esforço de produção.
Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. P. Alegre,
v.25, n.84, p.31-39, jan./mar. 1996.
WERNKE, R.; LEMBECK, M. Aplicação do método UEP em indústria de
esmaltados. VIII Congresso Brasileiro de Custos. São Leopoldo: Unisinos, 2001.

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