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Diagrama Spaguetti
FLUXO CONTINUO
O conceito de produção em fluxo não é recente. Henry Ford foi quem originou
esse sistema, através de constantes inovações, no início da industrialização de
produção de veículos em massa, na fábrica em Highland Park – em Detroit - Michigan
- Estados Unidos, no ano de 1913, com a introdução de linha de montagem em
movimento.
Esse fato reduziu drasticamente o “lead time” e o custo de fabricação. Para se
ter uma idéia do impacto, a redução no custo foi além de 50% e o tempo de montagem
de um veículo de 12 horas foi reduzido para 90 minutos.
O sistema em fluxo da Ford revolucionou a sociedade industrial de tal modo que,
até nos dias de hoje a sua influência é notada praticamente em todas as empresas
manufatureiras de produção seriada.
Em 1950, quando a Toyota necessitou fabricar veículo mais rapidamente, em
pequena quantidade a um custo baixo, inspirou muitas coisas no sistema Ford,
principalmente na linha de montagem em movimento para estruturar o TPS. A idéia
foi de estender o conceito de linha de montagem em movimento para outros processos
produtivos do sistema dando origem ao processo de produção em células de Fluxo
Contínuo que podemos dizer e o sucessor da linha de montagem em movimento
desenvolvido pela Ford.
Embora a maneira mais rápida de transformar a MP (matéria prima) em PA
(produto acabado) seja o fluxo contínuo, historicamente tem se adotado a produção
com layout baseado em processo por tipo de máquina para se realizar a produção em
massa. Parece-me que a mente humana intuitivamente gosta de produzir em lote.
Processo de Fluxo Contínuo objetiva eliminar as paradas e os reinícios de
produção que é típico de sistema convencional. Isso diminui o “lead time” reduzindo
significativamente o tempo de não-processamento, elimina o WIP (estoque em
processo) e também ajuda na manutenção da qualidade detectando imediatamente a
não conformidade.
Para processar efetivamente em Fluxo Contínuo, a premissa é ter os processos
estáveis (veja o artigo sobre Estabilidade já publicado nesta coluna) e é necessário
produzir um item, somente um item, e passar imediatamente para o próximo processo.
Não se permite produção em lote, embora a sensação de que a produção em
lote possa parecer que aumenta a eficiência no processo de transporte. Ao contrário,
todos os processos devem direcionar somente uma peça por vez, correspondendo a
unidade simples que está chegando no fim da linha de montagem.
Alguns processos de produção, todavia, requerem uma extensiva e demorada
mudanças de ferramentas ( set-up) toda vez que uma peça diferente necessita ser
produzida, tornando, dessa forma , impossível a produção de uma única peça por vez.
Em situações como essas, tipicamente na estamparia, injetora de plástico e diversas
operações de usinagem, o tamanho do lote deve ser o menor possível, aproximando
como objetivo a produção de uma peça por vez, mesmo que seja muito difícil. Reduzir
o tamanho do lote significa, obrigatoriamente, reduzir o tempo de set-up.
5S
Separar o Eliminar do
Utilização 整理, Seiri necessário do espaço de trabalho
desnecessário o que seja inútil
Denominação Objetivo
Conceito
Português Japonês particular
Limpar e cuidar
Melhorar o
Limpeza 清掃, Seisō do ambiente de
nível de limpeza
trabalho
清潔 Criar Regras a
Padronização
, Seiketsu normas/"standards" serem seguidas.
躾 Incentivar
Disciplina Todos ajudam
, Shitsuke melhoria contínua
BOUZON, M.; CARDOSO, C.L.; QUEIROZ, A. A.; GONTIJO, L.A. Panorama prático-
teórico do ambiente de recuperação de produtos: um estudo de caso em uma remanufatura
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