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FMEA:

Um guia completo para


identificar e prevenir
riscos em sua empresa
O QUE É O MÉTODO FMEA?

A palavra FMEA significa Failure Mode and Effect Analysis, que traduzido para o português quer dizer
Análise de Modos de falhas e efeito.

O FMEA é estabelecido como um método para identificar possíveis falhas de um produto, projeto,
processo, sistema ou serviço, e os riscos que podem ser ocasionados, a fim de minimizar essas falhas. O
objetivo é que seja reduzida ao máximo a probabilidade estimada da falha ocorrer, eliminando suas
causas raízes.

Para cada um dos modos de falha identificados, a probabilidade de ocorrência, severidade e o impacto que
causam nos clientes/consumidores e a capacidade de detecção dos modos de falha são avaliados para
que o risco inerente da falha possa ser calculado.

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O QUE É O MÉTODO FMEA?

O FMEA é sempre utilizado para melhorar um processo, projeto, serviço ou produto, promovendo posturas
mais preventivas do que posturas mais reativas com relação aos modos de falha e riscos, seja com base
em falhas já pré-existentes ou evitando a ocorrência de possíveis falhas potenciais.

A ferramenta também pode ser integrada em sistemas e metodologias de melhoria contínua como Lean
Six Sigma e Kaizen. Como tal, é uma ferramenta de qualidade e melhoria contínua que agrega valor aos
produtos ou serviços, tornando-os mais assertivos, e a empresa tem bons insumos para promover ações
de qualidade e correção de falhas e desperdícios, e gerar clientes mais satisfeitos.

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RESUMINDO
O FMEA também é uma forma de dizer ao cliente:

“EU ENTENDO MEU PRODUTO, EU SEI O QUE PODE DAR


ERRADO, MAS EU TENHO UMA ESTRATÉGIA CASO A FALHA OCORRA”

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POR QUE APLICAR O FMEA? QUAIS SUAS VANTAGENS?

Destacamos abaixo algumas das vantagens de aplicar este método:

❑ Detectar de forma preventiva e focar na eliminação ou redução de potenciais falhas e riscos;


❑ Documentar os modos de falha, seus efeitos, criticidade, controles de detecção e ações de melhoria;
❑ Aumentar o entendimento e documentar o know-how que a empresa tem sobre seu produto, processo ou
serviço;
❑ Reduzir número de recall e reclamações de clientes;
❑ Calcular e avaliar o risco de cada modo de falha, o que é essencial para assegurar a tomada de decisão com
relação a prioridade das ações corretivas e preventivas que serão implementadas pela organização;
❑ Implementar mudanças precisas através da avaliação preventiva de falhas;
❑ Reduzir o tempo de desenvolvimento: otimizando a eficiência, e tendo como resultado, processos mais
flexíveis, direcionados e precisos, reduzindo possíveis retrabalhos e erros de projeto;
❑ Reduzir o custo das falhas: com a aplicação do FMEA, os custos são muitas vezes mais preventivos do que
corretivos, o que significa economia, melhores benefícios para os funcionários, investimentos no crescimento
da empresa e até estabelecimento de preços de venda mais baixos que aumentam a competitividade da
empresa.

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POR QUE APLICAR O FMEA? QUAIS SUAS VANTAGENS?

E além de todos os benefícios mencionados, em alguns casos O FMEA é exigido de forma obrigatória por clientes
ou normas reguladoras.

Um exemplo disso é o mercado de fornecedores de peças automotivas. A metodologia também é muito utilizada
pelas indústrias farmacêuticas para auxiliar nas análises do seu Plano de Gerenciamento de Riscos.

O FMEA provou ser uma técnica essencial de planejamento e hoje é amplamente utilizado por todos os tipos de
indústrias para garantir segurança e eficiência de seus produtos e processos.

Portanto, além de ser utilizado para melhorar os processos internos, o FMEA é uma ferramenta que demonstra o
foco da empresa na qualidade, na melhoria da confiabilidade e no bom relacionamento com os parceiros de
negócios e principalmente seus clientes e consumidores .

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QUANDO APLICAR A FERRAMENTA?
Há vários momentos em que é necessário
executar uma análise de modo de falha e
efeitos, como por exemplo:

✓ Ao projetar novos produtos, processos,


sistemas ou serviços, ou implementar uma
mudanças e alterações nos já existentes;
✓ Ao estabelecer metas de melhoria de
qualidade para processos específicos;
✓ Quando você precisa, além de entender,
melhorar as falhas de um processo;
✓ Antes de desenvolver um plano de
controle para um processo novo ou
modificado;
✓ Para analisar falhas em alterações e
mudanças significativas na organização.

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TIPOS DE FMEA
Embora o objetivo principal de aplicação da ferramenta FMEA seja sempre o mesmo: identificar falhas e analisar
os riscos, existem vários tipos de FMEAs diferenciados pela sua especificidade de atuação. A ferramenta é
extremamente flexível e seus métodos podem ser aplicados de várias maneiras e com objetivos diferentes, veja
alguns exemplos:

FMEA DE PRODUTO
(OU PROJETO): FMEA DE PROCESSO FMEA DE SISTEMA FMEA DE SOFTWARE

Para analisar possíveis Tem como objetivo Foco nas funções globais Usado para funções de
falhas no produto identificar falhas no do sistema, estuda software. Neste modelo,
consideradas diante planejamento e execução sistemas e subsistemas o objetivo é analisar o
das especificidades do de processos. Desta desde os primeiros estágios desenvolvimento,
projeto. forma, as empresas da fase de conceito e função e uso do
podem garantir a projeto. O objetivo é focar software para garantir
otimização dos seus nos modos de falha sua eficiência dentro da
processos. potenciais relacionados à organização.
funcionalidade do sistema.

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COMO APLICAR O FMEA
EM SUA EMPRESA?
Agora que você sabe mais sobre FMEA e seus
benefícios, o que você acha de aprender a aplicar essa
abordagem em sua empresa?

Confira a seguir o passo a passo que o guiará pela


implementação da ferramenta:

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1 DETERMINE OS LIMITES DO ESTUDO
O primeiro passo para iniciar a análise por meio do método FMEA é delimitar o escopo do estudo, ou seja,
definir o seu objetivo. Deste modo, definir os limites do estudo significa:

✓ Determinar claramente o processo organizacional em análise: limites, interfaces, etc...


✓ Levantar informações detalhadas sobre o objeto estudo, seja ele processo, sistema, produto, projeto, serviço,
etc..
✓ Identificar e avaliar os indicadores de desempenho já existentes;
✓ Verificar as partes interessadas no estudo.

Uma dica para essa determinação dos limites de estudo é você rever seu processo através de um fluxograma
do processo, a partir dele, identifique cada componente/etapa que o processo/produto/serviço contém. Em
seguida, liste cada componente identificado em uma tabela. Ao fazer isso, você pode ter uma boa ideia do
tamanho do escopo de análise.

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1 DETERMINE OS LIMITES DO ESTUDO
Nota: A análise a ser realizada pode ser feita por partes, onde você pode primeiro olhar para uma parte do
estudo, e assim sucessivamente, e depois avaliar o todo, isso tornará a análise e aplicação da ferramenta mais
completa.

Sendo assim, você pode utilizar as seguintes ferramentas para te auxiliar neste levantamento de dados para
esta análise inicial:

Diagrama de tartaruga Fluxograma do processo Indicadores de desempenho

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2 DEFINA A SUA EQUIPE
É imprescindível montar uma equipe competente e com conhecimento prático para lhe auxiliar na análise. O
FMEA depende muito de uma equipe de desenvolvimento adequada e bem preparada.

Portanto, forme uma equipe que:

✓ Seja composta por minimamente 4 participantes;


✓ Multidisciplinar, com representantes experientes de áreas e partes interessadas relevantes, conhecimento
diversificado do processo, produto ou serviço e das necessidades do cliente;
✓ Com conhecimento e experiência do processo que será analisado;
✓ Tenha a presença de alguém que tenha conhecimento e saiba usar a ferramenta FMEA para garantir a
aplicação adequada do método.
✓ Esteja sob coordenação de um responsável. Ou seja, é preciso definir um líder para o estudo.

A QUALIDADE FINAL DE UM ESTUDO DE FMEA DEPENDE PRINCIPALMENTE DE TER UMA EQUIPE


QUALIFICADA, MOTIVADA E LIDERADA PARA FAZER UM ÓTIMO TRABALHO.

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MONTE A ESTRUTURA PARA APLICAÇÃO
3 DO FMEA
Uma estrutura ou planilha para a análise FMEA de processo inclui minimamente os seguintes campos:

✓ Nome: nome do componente, processo, sistema ou serviço que será analisado;


✓ Modo de Falha: é o evento que faz com o que o produto, processo, serviço ou sistema perca sua função;
✓ Efeito da falha: resultado ou consequência da falha, é o que a falha provoca e o aspecto que o cliente irá
notar;
✓ Classificação da severidade: o quão grave é a falha quando ela ocorre?
✓ Causa: Apresentação das possíveis causas que podem causar a falha;
✓ Classificação da ocorrência: quantas vezes o modo de falha acontece?
✓ Classificação da detecção: posso encontrar a falha antes dela ocorrer ou antes de atingir meu cliente?
✓ Cálculo do RPN (Risk Priority Number): é o cálculo do risco que fica associado ao modo de falha.
✓ Ações Recomendadas;
✓ Responsáveis;
✓ Prazos;
✓ Ação Tomada;
✓ Recálculo do RPN.

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MONTE A ESTRUTURA PARA APLICAÇÃO
3 DO FMEA
O cabeçalho do formulário de FMEA deve conter todas as informações importantes, como data de início,
número de revisão, nome dos participantes da equipe, etc. Isso porque, o FMEA é um documento dinâmico
que passa por revisões e aprimoramentos ao longo do tempo. Por isso é importante que este documento
contenha o máximo de informações possíveis para que nenhum dado histórico seja perdido.

Deste modo, durante seu desenvolvimento, elaboração e revisão, algumas boas práticas não podem ser
ignoradas:

✓ Preencha o documento do FMEA da forma mais simples possível com informações objetivas e claras;
✓ Seja aberto e criativo com as informações que você precisa em suas planilhas, incentivando a sua equipe a
participar;
✓ Obtenha insights de todos os membros da equipe FMEA, sem julgamentos de opiniões.

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MONTE A ESTRUTURA PARA APLICAÇÃO
3 DO FMEA
E UM DOS ITENS MAIS IMPORTANTE DA ANÁLISE
DE FMEA É SER HONESTO COM O SEU
PROCESSO.

Não tente amenizar na análise e nos índices de


classificação das possíveis falhas na tentativa de
maquiar para parecer que o processo é perfeito ou
melhor.

Seja crítico e faça com que sua equipe avalie os


índices em relação às métricas sugeridas de forma
condizente com a realidade de sua organização.

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MONTE A ESTRUTURA PARA APLICAÇÃO
3 DO FMEA
PARA EXECUTAR CORRETAMENTE O FMEA, TODOS OS ITENS EXEMPLIFICADOS NESTA PLANILHA DEVEM
SER PREENCHIDOS:

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IDENTIFIQUE OS POSSÍVEIS MODOS
4 DE FALHA
Com todas as informações possíveis levantadas sobre o objetivo de estudo, o mesmo deve ser analisado
etapa por etapa, iniciando o preenchimento da planilha. Então agora é hora de revisar a documentação
existente e outras informações coletadas para obter conhecimento sobre como e quais processos ou
procedimentos podem falhar.

Como vimos na estrutura da ferramenta, possui a coluna "Modo de falha", este campo deve ser preenchido
com a descrição do tipo de falha que o processo pode produzir. Deste modo, é necessário prever quais falhas
podem ocorrer, causando insatisfação no cliente. Defina as falhas mais prováveis ​e as que já ocorreram que a
equipe tem conhecimento do histórico da organização e dos dados levantados.

Você pode pesquisar no histórico da sua organização através dos dados de não conformidades, reclamações
de clientes, desvios de qualidade, devoluções, resultados fora do especificado, reprovações, etc.
A equipe também pode identificar possíveis modos de falha e eventos de risco por meio de uma variedade de
técnicas, tendo como as mais utilizadas as ferramentas: Brainstorming e Diagrama de Ishikawa.

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LISTE OS POTENCIAIS EFEITOS DE CADA
5 MODO DE FALHA
Todas as falhas identificadas implicam consequências. Podemos então definir o efeito como o impacto e as
consequências que uma falha pode ter no produto, processo, serviço ou sistema e, principalmente, no cliente.

Então, avalie as seguintes questões:


✓ Se essa falha ocorrer, o que poderia acontecer?
✓ Qual o impacto e o efeito que a falha tem no cliente? Seja ele interno ou externo.

Nesse caso, é importante determinar o tipo de experiência que o cliente tem ou pode ter como resultado da
falha e o que acontece quando a falha ocorre. Até mesmo o impacto da falha nas etapas subsequentes do
processo.

Lembrando que, cada falha pode ocasionar mais de um efeito, mas não tem problema, inclua todos os efeitos
identificados, pois a lista deve ser mesmo bem completa!

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6 CLASSIFIQUE A SEVERIDADE
Nesta etapa, você precisa definir e avaliar os índices de classificação de severidade:

SEVERIDADE - S: É O VALOR ASSOCIADO AO EFEITO ATRIBUÍDO A UM MODO DE FALHA RELACIONADOS AO


CLIENTE.

O grau de severidade está relacionado ao nível de gravidade do modo de falha caso ele aconteça.

Nesta avaliação devemos nos questionar: O quão ruim é a falha atingir o cliente?

Para o índice de severidade, é realizada uma classificação de pontuação de 1 a 10 de acordo com a gravidade
do efeito da falha, quando maior a gravidade, maior sua pontuação. Sendo que, uma pontuação de severidade
(S) mais alta significa que os clientes são mais propensos a identificar ou serem mais prejudicados pela falha.
Por este motivo, um alto índice de severidade costuma ser o foco principal das medidas voltadas à prevenção
e redução de falhas.

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6 CLASSIFIQUE A SEVERIDADE
Apresentamos um exemplo de classificação de severidade que você pode usar ou adaptar à realidade do seu
negócio:

Índice Severidade Critério

1 Mínima Efeito não detectável pelo cliente

2e3 Baixa severidade Leve aborrecimento no cliente

Cliente insatisfeito com perda de desempenho


4, 5 e 6 Severidade moderada
perceptível

7e8 Severidade alta Alta insatisfação do cliente

Risco potencial de segurança e problemas graves de não


9 e 10 Severidade muito alta
conformidade.

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ESTABELEÇA AS CAUSAS POTENCIAIS
7 DO MODO DE FALHA
Definir por que uma falha ocorreu é
tão importante quanto avaliar suas
consequências, não é mesmo?

Para cada falha há uma razão, e


identificar a origem do problema é
parte essencial do processo de tentar
evitar que isso aconteça novamente.

Nesta etapa, você deve destacar


todas as causas possíveis do modo
de falha na coluna “Causas
Potenciais”.

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8 CLASSIFIQUE A OCORRÊNCIA

Além da severidade, outra variável significativa de ser monitorada é a ocorrência (O):

OCORRÊNCIA – O: É UMA ESTIMATIVA DE PROBABILIDADE/FREQUÊNCIA DE QUE UM MODO DE FALHA


VENHA A OCORRER E RESULTAR EM UMA FALHA.

Deste modo a coluna de “Ocorrência” deve ser preenchida com informações sobre a probabilidade de
frequência que um tipo de falha pode ocorrer.

Lembrando que, um efeito pode ocorrer com baixa gravidade, ou seja, ele não é um grande impacto
isoladamente, mas um efeito com uma alta taxa de ocorrência, significa que é bastante prejudicial a longo
prazo.

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8 CLASSIFIQUE A OCORRÊNCIA
Apresentamos um exemplo de classificação de Ocorrência:

Índice Critério

1 Chance remota de falha

2 Frequência muito baixa (1 vez a cada 5 anos)

3 Pouco frequente (1 vez a cada 2 anos)

4 Frequência baixa (1 vez por ano)

5 Frequência ocasional (1 vez por semestre)

6 Frequência moderada (1 vez por mês)

7 Frequência alta (1 vez por semana)

8 Frequência elevada (algumas vezes por semana)

9 Frequência muito elevada (1 vez ao dia)

10 Frequência máxima (várias vezes ao dia)

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IDENTIFIQUE OS CONTROLES ATUAIS
9 DO MODO DE FALHA

Para cada modo de falha, identifique os controles de detecção atuais:

CONTROLE: ATIVIDADES CAPAZES DE PREVENIR A CAUSA DE UMA FALHA OU DETECTÁ-LA QUANDO ELA
OCORRE.

Esses controles são testes, procedimentos ou mecanismos que você possui para evitar que as falhas ocorram
ou sejam detectadas.

Logo, os controles podem impedir a ocorrência de uma causa, reduzir a probabilidade de ocorrência ou
detectar uma falha antes que ela aconteça , ou se acontecer detectá-la antes que o cliente seja afetado.

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10 CLASSIFIQUE A DETECÇÃO
Nesta etapa devemos avaliar o índice de detecção (D):

DETECÇÃO - D: SÃO MÉTODOS OU TÉCNICAS QUE PODEM DETECTAR UM MODO DE FALHA/RISCO COM
TEMPO SUFICIENTE PARA DESENVOLVER UM PLANO DE CONTINGÊNCIA OU AGIR IMEDIATAMENTE,
EVITANDO DESTA FORMA QUE A FALHA ATINJA O CLIENTE.

Os níveis de detecção indicam a probabilidade de que as falhas sejam detectadas antecipadamente, antes que
o projeto seja concluído ou o produto chegue ao cliente final. Ao assumir que a falha ocorreu, deve-se analisar
qual a eficácia dos controles atuais para a detecção.

O indicador de detecção deve ser invertido ao da severidade e ocorrência, logo quanto menor o índice de
detecção, mais fácil será de identificar a falha, e quanto maior for o valor atribuído ao índice de detecção,
significa que maior será a dificuldade de detectar a falha.

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10 CLASSIFIQUE A DETECÇÃO
Apresentamos um exemplo de classificação de detecção:

Índice Detecção Critério

1 Muito alta Sempre detectado o modo de falha

2e3 Alta Método de detecção eficaz

4, 5 e 6 Moderada Moderada a probabilidade de detecção, eficácia média

7e8 Baixa Baixa a probabilidade de detecção do modo de falha

9 Muito baixa Método de detecção não é eficaz

10 Remota Falha favorável de ser negligenciada, não detectada

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11 CALCULE O RPN
Agora que você já tem os valores dos índices de severidade (S), ocorrência (O) e detecção (D), pode calcular o
Nível de Priorização de Risco (RPN).

O RPN significa em inglês “Risk Priority Number” que também é conhecido como NPR ou em português
“Número de Prioridade de Risco”. O cálculo do Índice de risco é o produto da multiplicação dos índices de
severidade, ocorrência e detecção:

RPN = Severidade X Ocorrência X Detecção

Com o índice de RPN calculado, as falhas podem ser classificadas como riscos baixo, médio e alto. E é com
base nesse valor que deve ser priorizado o tratamento que cada modo de falha receberá. Resumidamente, o
objetivo do índice RPN é avaliar os riscos que devem ser priorizados e abordados com urgência e, quais
melhorias podem ser feitas para reduzir ou eliminar estes riscos.

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12 PRIORIZAÇÃO DAS AÇÕES PELO RPN
Agora você deve estar se perguntando: o que fazer com os resultados de RPN?

Com os índices de RPN calculados e definidos na etapa anterior, é hora de definir as prioridades, para isso é
preciso analisar quais são os riscos prioritários do seu processo e estudar quais ações podem ser tomadas.

Os critérios de priorização das tratativas dos riscos podem variar de acordo com as particularidades de cada
organização, portanto a priorização dos resultados de RPN não será necessariamente a mesmo em todos os
casos.

Cada organização dependendo do tipo e do ambiente de negócio, bem como do seu perfil próprio de atuação,
terá uma reação e abordagem específica aos seus riscos. E o FMEA nos mostra que podemos assumir riscos
calculados, desde que saibamos quais são esses riscos e priorizemos os riscos mais importantes.

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12 PRIORIZAÇÃO DAS AÇÕES PELO RPN
Para isso, devemos usar o resultado de RPN para nos auxiliar nesta avaliação de priorização.
O resultado pode variar entre 1 e 1000, conforme este exemplo de classificação de risco descrita abaixo:

RPN Prioridade

1 - 125 Risco Baixo

126 - 500 Risco Médio (recomenda-se ações de melhorias)

501 - 1000 Risco alto (recomenda-se ação imediata)

Desta forma, o índice de RPN possibilita:


✓ Priorização do nível mais alto de risco, o risco mais importante de ser tratado neste momento;
✓ Definir o nível geral de risco para o processo e da própria organização;
✓ Avaliar a melhoria nos níveis de risco após a ação executada.

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12 PRIORIZAÇÃO DAS AÇÕES PELO RPN
Para priorização das ações pelo índice de RPN cada empresa poderá tomar decisões de diferentes maneiras:
Aceitar o risco e decidir não iniciar uma atividade de eliminação ou redução do risco neste momento,
conhecendo seu impacto e consequências.

Reduzir o risco através de ações para:


✓ Mitigar falhas de alto risco;
✓ Reduzir a gravidade das consequências e probabilidade de ocorrências;
✓ Inserir controles para aumentar a detecção de falhas

Deste modo, recomenda-se melhorar os índices de RPN tomando medidas para:


✓ Melhoria da Detecção (D): introduzir novos métodos à prova de erros, melhorar os mecanismos de
detecção atuais, bem como alterar o processo para aumentar a probabilidade de detecção.
✓ Redução da Ocorrência (O): tomar ações para aumentar a robustez do processo e controlar a causa ou
mecanismo de um ou mais modos de falha, reduzindo a probabilidade de afetar os processos da
organização.
✓ Redução da Severidade (S): revisar o processo para torná-lo mais imune aos riscos ou pelo menos mitigar o
impacto de modos de falha potenciais e eventos de risco, reduzindo assim sua classificação.

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13 PLANEJE AS MELHORIAS
Nesta etapa, a equipe responsável pela execução do FMEA determinará quais ações corretivas serão
recomendadas. Concentrando-se nos itens com os piores indicadores de RPN, e as necessidades mais
urgentes a serem atendidas, e desenvolver um plano de ação para evitar que as falhas ocorram novamente ou
reduzi-las drasticamente.

O plano de ação deve indicar o que precisa ser feito, quem será o responsável e o prazo esperado para a
conclusão. O líder da equipe é o responsável por assegurar que todas as ações recomendadas sejam
executadas corretamente.

Portanto, para garantir que tudo ocorra conforme o planejado, e avaliar se algo precisa ser alterado, é
necessário controlar e acompanhar a execução das ações, e após o cumprimento do prazo de conclusão
agendar a próxima revisão deste FMEA.

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AVALIE O NPR RESULTANTE APÓS A
14 IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES
Você acha que acabou? Calma ai que ainda não...

A etapa final consiste em retornar ao FMEA para avaliar as falhas que levaram às ações de melhoria
implementadas na etapa anterior.

Após a implementação das ações, o status e os resultados devem ser registrados no formulário FMEA, e para
garantir a implementação efetiva das ações, é fundamental verificar a sua eficácia. Para isso, na planilha
FMEA, há um espaço destinado para avaliar os novos índices de severidade, ocorrência e detecção após a
conclusão das ações.

Deste modo, o formulário deve ser preenchido com informações sobre as ações definidas, seus resultados e
o novo índice de RPN, caso tenha sido alterado o índice de severidade, ocorrência ou detecção. Se o índice de
RPN ainda não tenha atingido um valor satisfatório dentro dos padrões da sua organização, novas ações de
melhorias devem ser propostas e implementadas.

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15 REVISE CONSTANTEMENTE O FMEA
Por fim, devemos estar sempre cientes de que, com o
tempo, um risco baixo pode se tornar um risco alto, e
o risco alto que está sendo tratado pode se
transformar em um risco menos crítico. Portanto, é
importante monitorar continuamente todos os modos
de falha. Por esta razão o FMEA é um documento
dinâmico e vivo e deve sofrer revisões constantes,
sempre que:

✓ Processos, produtos, sistemas ou serviços são


modificados;
✓ Mudanças significativas no ambiente de negócios;
✓ Quando ocorre um evento de risco que não havia
sido avaliado;
✓ Dentro de um período pré-determinados pela
organização.

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15 REVISE CONSTANTEMENTE O FMEA
A equipe responsável pela revisão do FMEA deve reavaliar todos os modos de falha e adicionar novas falhas
conforme necessário, e além de examinar a severidade, ocorrência e detecção de cada modo de falha para
avaliar se há mudanças significativas.

Por fim, a equipe deve revisar as classificações de RPN, e se necessário, listar quais modos de falha devem
ser abordados e propor novas ações de tratativas, se necessário.

Tenha em mente que uma revisão do FMEA não significa necessariamente que novos modos de falhas sejam
selecionados para tratamento, caso avalie-se que os índices de RPN foram considerados satisfatórios para
organização.

Concluindo, não há começo, meio e fim para a análise dos modos de falha e seus efeitos. Esta é uma análise
contínua, pois as falhas e impactos potenciais, e os indicadores devem ser sempre monitorados. E as ações de
melhorias não devem ser esquecidas.

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EXEMPLO APLICAÇÃO DO FMEA
Vamos agora a um exemplo prático da ferramenta?

Podemos observar neste exemplo, que apesar do modo de falha ter um efeito com severidade alta, sua baixa
ocorrência e métodos de controle de detecção eficazes tornam o risco baixo, ou seja, temos o risco, mas
conseguimos controlá-lo com nossas medidas preventivas de controle.

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Agora que você já sabe o que é FMEA e como
implementá-la na sua empresa, convido você
CONHEÇA O SOFTEXPERT FMEA a conhecer o SoftExpert FMEA.

A solução ajuda as organizações a aumentar


a produtividade e reduzir custos, ao mesmo
tempo em que atende aos requisitos
estabelecidos por normas e regulamentos
internacionais, como IATF 16949 e ISO 9000,
e suporta os novos padrões AIAG e VDA
FMEA.

A solução monitora continuamente as falhas


identificadas no FMEA, exibindo relatórios e
gráficos com métricas como severidade e
prioridade de risco, e destacam as causas
consideradas prioridades em cada momento,
ajudando a melhorar a segurança e a
confiabilidade do produto, e tornar os
clientes mais satisfeitos.

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CONHEÇA O SOFTEXPERT FMEA

Aqui estão alguns dos importantes recursos do SoftExpert FMEA:

✓ Cálculo automático do número de prioridade de risco (NPR) e da criticidade dos pontos analisados.
✓ Estratificação e ranking das falhas em diversas planilhas e gráficos - Pareto, barra, pizza, área, etc. - sobre um
único FMEA ou um conjunto deles.
✓ Monitoramento dos prazos das ações e notificação ao responsável pelo FMEA em caso de atrasos.
✓ Visualização dos dados do FMEA no formato tradicional de planilha, em exibição de árvore hierárquica
intuitiva, ou em listas filtradas.
✓ Armazenamento automático dos processos de FMEA para todas as revisões ocorridas sobre estes, e
identificação das alterações realizadas em cada revisão.
✓ Permite anexar arquivos eletrônicos dos mais variados tipos, como textos, planilhas, desenhos, diagramas ao
processo de FMEA.
✓ Relatórios gerenciais com informações sobre as falhas mais encontradas nos produtos e processos, volume
e eficácia das ações preventivas/corretivas, etc.

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