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D comercial

16/12/2021

SAQUE

O primeiro ato associado a um título de crédito (na perspetiva das letras,


depois adapta-se para as livranças).

O saque é um negócio jurídico unilateral, que tem por conteúdo:

o uma ordem que é dirigida ao sacado, pelo sacador. Para que pague uma
determinada quantia ao tomador ou à sua ordem;

o e é também uma promessa do sacador dirigida ao tomador ou à sua ordem, de


que o sacado irá aceitar ir pagar a letra. E que se isso não acontecer, o sacador
a pagará ele próprio.

Em regra, o tomador é um terceiro, normalmente temos uma relação


triangular. Mas pode não ser, o tomador pode ser o próprio sacador (teremos um
sacador-tomador), ou seja, aquele que dá a ordem de pagamento ao sacado é também
aquele que beneficia desse pagamento. E mais atipicamente, mas pode acontecer, a
letra pode ser sacada sobre o próprio sacador (é simultaneamente o sacado). Promete
ao tomador pagar determinada quantia ..

Ou seja, O tomador em regra é um terceiro, normalmente temos uma relação


triangular, mas pode não ser. O tomador pode ser o próprio sacador e nesse caso
temos sacador-tomador. aquele que dá ordem ao sacado, também é ele que beneficia
do pagamento. E a letra pode ser sacada sobre o próprio sacador, ou seja, o sacador é
o sacado.

Em regra, temos 3 pessoas distintas, é possível que o sacador seja


simultaneamente tomador; e é possível que o sacador seja simultaneamente o
obrigado à ordem (sacador e sacado em simultâneo).

De acordo com o art 9º, o sacador responde, responsabiliza-se pelo aceite e +


pelo pagamento da letra. Assume a obrigação de o sacado aceitar, e responsabiliza-se
pelo pagamento se o sacado não pagar.
O sacador pode desresponsabilizar-se do aceite, inserindo na letra uma
cláusula de letra não aceitável, aceite proibido, ou equivalente. Nestes casos, em que o
sacador se desresponsabiliza pelo aceite, apenas assegura que será paga, mas não
assegura que será aceite. No momento do saque o sacador pode estipular juros, e tem
de o fazer na letra.

Se a letra for sacada à vista ou a certo termo de vista, os juros têm que ter
estipulação autónoma e escrita no texto da letra (art 5º). Se a letra for sacada a certo
termo de data ou a data certa (art 33º), os juros são inseridos no montante do saque, e
na podem ser objeto de estipulação própria. Se existir essa estipulação, ela tem-se por
não escrita, art 5º.

Os artigos 7º e 8º da LULL (é sempre este o documento) tratam de alguns


aspetos relacionados com a assinatura da letra. Se a letra contiver assinatura de
pessoas incapazes para o ato, ou assinaturas falsas, ou de pessoas fictícias, as
obrigações dos demais signatários continuam válidas.

Nos casos consagrados no art 8º, o artigo 8º consagra casos de representação


sem poderes. Nestes casos, em que há representação sem poderes ou excesso de
representação, não fica vinculado aquele cujo nome foi assinado na letra, mas aquele
que assinou a letra.

ACEITE:

Também um negócio jurídico unilateral, pelo qual o sacado aceita a ordem de


pagamento, que lhe foi dirigida pelo sacador + e promete pagar a letra no seu
vencimento ao tomador ou à sua ordem art 28º.

É escrito na letra através da palavra “aceite”, ou equivalente, e a assinatura do


sacado aceitante ou apenas a assinatura. Pelo aceite, o sacado passa a designar-se
aceitante. Quando ocorre (pode não ocorrer). E fica responsabilizado pelo pagamento
da letra no vencimento.

O sacado NÃO é obrigado a aceitar a letra, em termos cartulares. Portanto,


quando há um protesto por falta de aceite, esse protesto é feito contra o sacador e
não contra o sacado.

A apresentação da letra a aceite é facultativa, exceto se o sacador estabeleceu


a sua obrigatoriedade (22º); OU quando a letra é pagável à vista ou a termo de vista
porque neste caso, é a apresentação que desencadeia o início do prazo, determina o
vencimento ou o início do curso do prazo.

O sacador pode (é comum isto) ainda determinar que a letra não pode ser
apresentada a aceite antes de determinada data.

O aceite não pode ser condicionado, mas pode ser um aceite parcial ou
modificado.

A recusa de aceite, o aceite parcial ou modificado  dão lugar ao vencimento


imediato da letra, nos termos do art 43º.

Se o sacado riscar o aceite, antes de restituir a letra, o aceite considera-se


recusado. Exceto se o sacado informou por escrito o sacador ou outro dos
intervenientes que aceitou a letra.

Sendo a letra pagável a certo termo de vista, o aceite deve ser datado, para
que a partir dessa data possa ser contado o prazo de vencimento. O portador pode,
porém, exigir que o aceite seja datado, não da data em que tenha sido dado, mas
daquele em que a letra foi apresentada a aceite. O aceite também deve ser datado nas
letras que devam ser aceites num determinado prazo, não sendo, o portador deve
fazer constar a omissão da data por um protesto feito em tempo útil sob pena de
perder os direitos emergentes da letra contra o sacador e os endossantes, art 25º.

ENDOSSO

É um negócio cambiário que permite circular o título. Também é um negócio


jurídico unilateral e abstrato, que tem por conteúdo: uma nova ordem dada por um
portador da letra ao sacado, ou ao aceitante depois do aceite, para que este pague
não a ele (endossante) mas ao endossatário ou à sua ordem.

Paralelismo entre endosse e saque: o endosso tem também uma promessa de


que ele endossante pagará a letra, se o sacado não a aceitar ou não pagar, ou se algum
dos demais obrigados o não o fizer.

Sempre que a um endosso em branco se siga um outro endosso, presume-se


que o signatário seguinte recebeu a letra pelo endosso em branco. Permite assim
assegurar a lei de circulação do art 16º.
Cada endossante responde pelo aceite e pelo pagamento da letra, pelo que se
a letra não for paga ou não for aceite, o portador pode exigir o pagamento a qualquer
dos endossantes.

Uma vez paga a letra, o endossado pode cobrá-la de qualquer um dos


endossantes anteriores.

O endossante pode exonerar-se da responsabilidade pelo aceite ou pelo


pagamento, apondo na letra uma cláusula nesse sentido. Essa cláusula só exonera o
endossante que a inseriu mo título. O endossante pode ainda proibir um novo
endosso, e neste caso, fica exonerado da responsabilidade pelo pagamento da letra
perante os endossatários subsequentes.

Nos termos do art 18º, o endossante pode ainda apor cláusulas ao endosso no
sentido de que o endossatário não se torna proprietário da letra, mas um mero
procurador do endossante.

E nos termos do art 19º, o endossante pode colocar na letra uma menção pela
qual os obrigados não podem opor ao endossatário as exceções oponíveis ao
endossante, a menos que o endossatário quando recebeu o título, o tenha feito
conscientemente em detrimento do devedor.

O endosso feito posteriormente ao protesto, por falta de pagamento, ou ao


termo do prazo para esse protesto, assim como o endosso feito quando o sacador tiver
aposto na letra a cláusula “não à ordem” ou equivalente, vale apenas como  cessão
ordinária de créditos, art 20º.

AVAL

É um negócio também unilateral, que tem por conteúdo uma promessa de


pagar a letra, e por função a garantia desse pagamento.

O aval é uma garantia.

O aval pode ser prestado por um terceiro ou por um signatário da letra. E tem
que ser prestado a favor de um dos obrigados.

Não constando da letra o aval o obrigado a favor de quem o aval é prestado,


considera-se que é a favor do sacador.
O aval pode ser parcial, e é escrito na letra ou numa folha anexa. A simples
assinatura na face anterior da letra, se não for do sacador nem do sacado, vale como
aval.

IMP: A responsabilidade do avalista é determinada pela do avalizado. Só que o


aval subsiste mesmo que o ato do avalizado seja nulo por qualquer causa menos vícios
de forma (diferença face às outras garantias,) por causa da natureza abstrata do título.

A nulidade do ato avalizado não afeta o aval, exceto se for por vício de forma.

A posição jurídica do avalista é acessória do avalizado, em matéria de


prescrição, e perda do direito de ação por falta de protesto.

O avalista que é chamado a pagar a letra, fica sub-rogado nos direitos


emergentes da letra contra a pessoa a quem foi dado o aval e contra os obrigados para
com esta em virtude da letra.

Havendo vários avales, tem de se verificar se é um co-aval (e aí a


responsabilidade entre os avalistas é solidária) ou uma pluralidade de avales (caso em
que cada um é uno e independente).

Vencimento e pagamento da letra

4 modalidades de vencimento da letra:

 à vista
 a um certo termo de vista
 a um certo termo de data
 ou em dia fixado.

São nulas as letras com vencimentos diferentes, ou com vencimentos


sucessivos. Para cada data de vencimento tem que haver uma letra.

A letra à vista é pagável no momento de apresentação. Daí que neste caso não
existe aceite, ela é apresentada e é paga (o aceite é absorvido pelo pagamento). Deve
ser apresentada a pagamento, em princípio no prazo de 1 ano a contar da sua data. O
sacador pode, contudo, reduzir ou alargar este prazo; e os endossantes podem reduzi-
lo. A falta de apresentação de pagamento da letra à vista, ou a certo termo de vista,
importa para o portador a perda dos direitos emergentes da letra contra o sacador,
contra os endossantes, e contra demais obrigados, art 53º.
Na letra a certo termo de vista, o prazo de vencimento conta-se da data do
aceite, ou se houver recusa do aceite, a partir do protesto por falta de aceite.

As letras sacadas a termo de data ou pagáveis em dia fixado vencem-se nos


termos dos respetivos prazos. E devem ser apresentadas a pagamento ou numa
câmara de compensação no próprio dia do vencimento, ou nos dois dias úteis
seguintes.

As letras vencem-se antecipadamente nos seguintes casos:

i) recusa total ou parcial de aceite;


ii) insolvência do sacado, suspensão de pagamentos do mesmo, ainda que não
constatada por sentença; ou promoção sem resultado de execução dos
seus bens.
iii) insolvência do sacador de uma letra não aceitável

O portador não pode recusar o pagamento parcial, mas pode recusar o pagamento
antecipado.

PROTESTO

A recusa do aceite e a recusa de pagamento, podem ser certificadas pelo


protesto.

É um ato formal, que tem que ser praticado perante um notário.

O protesto por falta de aceite deve ser feito no prazo para apresentação a
aceite, mas se a letra for apresentada no último dia do prazo, o protesto pode ser feito
no dia útil seguinte (o prazo estende-se).

No caso da letra pagável em data certa, ou a certo termo de data, o protesto


tem de ser feito nos dois dias úteis seguintes à data em que o pagamento deveria ter
sido feito.

Se for uma letra pagável à vista, o protesto segue o regime de protesto por
falta de aceite, e é dispensado o protesto por falta de pagamento bem como a
apresentação a pagamento.

O portador que protesta a letra deve, no prazo de 4 dias, avisar da falta de


aceite ou de pagamento, aquele que lhe endossou a letra ou o sacador (deve avisar a
estes).
Cada um dos endossantes deve, por sua vez, avisar aquele que o antecede na
cadeia cambiária, no prazo de 2 dias. E assim sucessivamente até chegar ao sacador.

Os avalistas são avisados no prazo dos avalizados. A falta de aviso é causa de


responsabilidade civil.

Em caso de falta de protesto, o portador passa a poder cobrar a letra apenas


do aceitante e do seu avalista.

O protesto pode ser dispensado se houver cláusula nesse sentido, se a cláusula


for aposta pelo sacador produz efeitos em relação a todos os intervenientes da letra.
Neste caso, os beneficiários não perdem os seus direitos de ação, por falta ou
intempestividade do protesto.

Os prazos de prescrição dos direitos cartulares estão no art 70º.

ATENÇÃO que a prescrição do direito cambiário/cartular, não implica a


prescrição do direito subjacente.

Sinais Distintivos da empresa e de produtos

Os principais sinais da empresa: os logótipos e recompensas. Os principais


sinais dos produtos são as marcas, denominações de origem, e indicações geográficas.

Logótipo: símbolo suscetível de representação objetiva e autónoma, para


distinguir a entidade ou sujeito, e eventualmente estabelecimento deste. Serve
sobretudo para distinguir sujeitos que prestem serviços ou produzam bens destinados
ao mercado. O titular de um logótipo não tem de ser um empresário. É um sinal
distintivo, bifuncional, tanto pode distinguir sujeitos como estabelecimentos. É
possível que cada sujeito tenha mais do que 1 logótipo.

As Marcas: são sinais suscetíveis de representação objetiva, clara e autónoma,


destinados a distinguir certos produtos de outros produtos idênticos ou afins.

A denominação de origem: é o nome de uma região, de um local determinado,


ou em casos excecionais de um país, que serve para designar um produto originário
dessa zona, cujas qualidades ou características se devem essencial ou exclusivamente
ao meio geográfico. Também são consideradas denominações de origem, certas
denominações tradicionais, geográficas ou não, que designem produtos originários de
uma região ou local determinado cujas qualidades ou características se devem
essencialmente ao meio geográfico, e cuja produção/transformação/e laboração
ocorrem nas áreas geográficas delimitadas.

A indicação geográfica, é o nome de uma região de um local determinado, ou


em casos excecionais de um país que serve para designar um produto originário dessa
zona, cuja reputação, determinada qualidade ou outra característica podem ser
atribuídas a essa origem geográfica, e que é produzido transformado ou elaborado na
área geográfica delimitada.

A diferença principal entre estas duas características é que as primeiras


designam produtos cuja qualidade está ligada ao meio geográfico, e as segundas
designam produtos que podem ser produzidos com a mesma qualidade noutras zonas,
mas que devem a sua fama ou determinadas características à área territorial de onde
deriva a indicação geográfica.

Recompensas: são prémios e títulos de distinção oficiais ou oficialmente


reconhecidos, concedidos a empresários por virtude da bondade (no sentido de
qualidade) dos seus estabelecimentos ou produtos.

Saque – o saque é o nj unilateral que tem por conteúdo uma ordem que é dirigida ao
sacado pelo sacador para que pague uma determinada quantia ao tomador ou à sua
ordem; e é também uma promessa do sacador dirigida ao tomador ou à sua ordem de
que o sacado irá aceitar e pagar a letra e que se isso não acontecer o sacador pagará
ele próprio.

O tomador em regra é um terceiro, normalmente temos uma relação triangular, mas


pode não ser. O tomador pode ser o próprio sacador e nesse caso temos sacador-
tomador. aquele que dá ordem ao sacado, também é ele que beneficia do pagamento.
E a letra pode ser sacada sobre o próprio sacador, ou seja, o sacador é o sacado.

De acordo com o art. 9º, normalmente o sacador responde, responsabiliza-se pelo


aceite (assume a obrigação de o sacado aceitar, e assume responsabilidade pela letra
se o sacado não pagar) e pelo pagamento da letra. O sacador pode responsabilizar-se
do aceite inserindo na letra uma clausula de letra não aceitável, aceite proibido ou
equivalente. Nestes casos, em que o sacador se responsabiliza pelo aceite ele apenas
assegura que a letra será paga mas não assegura que será aceite. O sacador pode
ainda estipular juros no momento do saque e tem de fazer constar essa estipulação na
letra. Se a letra for sacada à vista ou a certo termo de vista, nos termos do art. 33º, os
juros têm estipulação autónoma e escrita no texto da letra (5º).

Se a letra for sacada a certo termo de data ou com data certa, 33º, os juros são
inseridos no montante do saque e não podem ser objeto de estipulação própria, se
existir esta estipulação ela tem se por não escrita – 5º
7º e 8º - tratam de alguns aspetos relacionados com a assinatura da letra. Se a letra
contiver assinatura de pessoas incapazes para o ato, ou assinaturas falsas ou de
pessoas fictícias, as obrigações dos demais signatários continuam válidas. Nos casos do
8º, o art. 8º consagra casos de representação sem poderes, nestes casos em que há
representação sem poderes ou excesso de representação não fica vinculado aquele
cujo nome foi assinado na letra, mas aquele que assinou a letra em excesso de
representação ou em representação sem poderes

Aceite – o aceite é um nj unilateral pelo qual o sacado aceita a ordem de pagamento


que lhe foi dirigida pelo sacador e promete a pagar a letra no vencimento ao tomador
ou à sua ordem – 28º. O aceite é escrito na letra através da palavra ‘aceite’ ou
equivalente e a assinatura do sacado aceitante ou apenas a assinatura. Pelo aceite o
sacado passa a designar-se aceitante e fica responsabilizado pelo pagamento da letra
no vencimento. O sacado não é obrigado a aceitar a letra, em termos de títulos de
crédito, portanto quando há protesto por falta de aceite esse protesto é feito contra o
sacador e não contra o sacado.

A apresentação da letra a aceite é facultativa, exceto se o sacador estabeleceu a sua


obrigatoriedade (22º) ou quando a letra é pagável à vista ou a termo de vista porque
nestes casos é a apresentação que determina o vencimento ou o início do curso do
prazo respetivamente.

O sacador pode ainda determinar que a letra não pode ser apresentada a aceite antes
de determinada data.

O aceite não pode ser condicionado, mas pode ser um aceite pode ser parcial ou
modificado. A recusa de aceite, o aceite parcial ou modificado dão lugar ao
vencimento imediato da letra (43º). Se o sacado riscar o aceite antes de restituir a
letra, o aceite considera-se recusado, exceto se o sacado informou por escrito o
sacador ou outro dos intervenientes que aceitou a letra. Sendo a letra pagável a certo
termo de vista, o aceite deve ser datado para que a partir dessa data possa ser contar
o prazo de vencimento. O portador pode porem exigir que o aceite seja datado não da
data em que seja dado, mas daquela data em que a letra foi apresentada a aceite.

O aceite também deve ser datado nas letras que devam ser aceites num determinado
prazo, não sendo o portador deve fazer constar a omissão da data por um protesto
feito em tempo útil sob pena de perder os direitos emergentes da letra contra o
sacador e os endossantes – 25º.

Endosso – negócio cambiário que permite circular o título. é um nj unilateral e


abstrato que tem por conteúdo uma nova ordem dada por um portador da letra ao
sacado ou ao aceitante depois do aceite, para que este pague não a ele, endossante,
mas ao endossatário ou à sua ordem. Tem também uma promessa de que ele,
endossante, pagará a letra se o sacado não aceitar ou não pagar ou se algum dos mais
obrigados o não fizer.
Sempre que a um endosso em branco se siga um outro endosso presume-se que o
signatário recebeu a letra por endosso em branco o que se permite assim assegurar a
lei de circulação (16º).

Cada endossante responde pelo aceite e pelo pagamento da letra pelo que se a letra
não for paga ou não for aceite o portador pode exigir o pagamento a qualquer dos
endossantes. Uma vez paga a letra, o endossado pode cobrá-la de qualquer um dos
endossantes anteriores.

O endossante pode exonerar-se da responsabilidade pelo aceite, ou pelo pagamento


aponte na letra uma clausula nesse sentido. Essa clausula só exonera o endossante que
a inseriu no título. O endossante pode ainda proibir um novo endosso e, neste caso
fica exonerado da responsabilidade pelo pagamento da letra perante os endossatários
subsequentes. Nos termos do art. 18º, o endossante pode ainda apor clausulas no
endosso no sentido de que o endossatário não se torna proprietário da letra, mas o
mero procurador do endossante. E, nos termos do art. 19º, o endossante pode colocar
na letra uma menção pela qual os obrigados não podem opor ao endossatário as
exceções oponíveis ao endossante, a menos que o endossatário quando recebeu o
título o tenha feita conscientemente em detrimento do devedor.

O endosso feito posteriormente ao protesto por falta de pagamento ou ao termo do


prazo para esse protesto. Assim, como o endosso feito quando o sacador tiver aposto
na letra a clausula não à ordem ou equivalente, vale apenas como cessão ordinária de
créditos – 20º.

Aval – é um nj unilateral que tem por conteúdo uma promessa de pagar a letra e por
função a garantia desse pagamento. O aval é uma garantia. o aval pode ser prestado
por um terceiro ou por signatário da letra e tem de ser prestado a favor de um dos
obrigados. Não constando da letra o obrigado a favor de quem o aval é prestado,
considera-se que é a favor do sacador. O aval pode ser parcial e é escrita na letra ou
numa folha anexa. A simples assinatura na face anterior da letra se não for do sacador
nem do sacado vale como aval.

A responsabilidade do avalista é determinada pelo a do avalizado, devido à abstração


dos títulos só que o aval subsiste mesmo que o ato do avalizado seja nulo por qualquer
causa menos vicio de forma. A nulidade do ato avalizado não afeta o aval exceto se for
por vicio de forma.

A posição do avalista é acessória do avalizado em matéria de prescrição e perda do


direito da ação por falta de protesto. O avalista que é chamado a pagar a letra fica sub-
rogado nos direitos emergentes da letra contra a pessoa a quem foi dado aval e contra
os obrigados para com esta em virtude da letra. Havendo vários avales, tem de se
verificar se é um co-aval (a responsabilidade é solidaria entre os avalistas) ou uma
pluralidade de avales caso em que cada é uno e independente

Vencimento e pagamento da letra  - 4 modalidades de vencimento de uma letra: à


vista; a um certo termo de vista; a um certo termo de data ou em dia fixado. São nulas
as letras com vencimentos diferentes ou com vencimentos sucessivos. Ou seja, para
cada data de vencimento tem de haver uma letra.

A letra à vista é pagável no momento da apresentação, daí que neste caso não exista
aceite, ela é apresentada e é paga, o aceite é absorvido pelo pagamento. Esta letra
deve ser apresentada a apagamento em princípio no prazo de 1 ano a contar da sua
data. O sacador pode, contudo, reduzir ou alargar este prazo e os endossantes podem
reduzi-lo.

A falta de apresentação a pagamento da letra à vista ou a certo termo de vista importa


para o portador a perda dos direitos emergente da letra contra o sacador, contra os
endossantes e contra demais obrigados – 53º.

Na letra a certo termo de vista o prazo de vencimento conta-se da data do aceite, ou


se houver recusa do aceite a partir do protesto por falta de aceite. As letras sacadas a
termo de data ou pagáveis em dia fixado vencem-se nos termos dos respetivos prazos.
E devem ser apresentadas a pagamento ou numa camara de compensação no próprio
dia do vencimento ou num dos dois dias uteis seguintes.

As letras vencem-se antecipadamente nos seguintes casos; 1 – recusa total ou parcial


de aceite; 2 – insolvência do sacado, suspensão de pagamentos do mesmo ainda que
não constatada por sentença ou promoção sem resultado de execução dos seus bens;
3 – insolvência do sacador de uma letra não aceitável.

O portador não pode recusar o pagamento parcial, mas pode recusar o pagamento
antecipado.

Protesto – a recusa do aceite e a recusa do pagamento podem ser certificadas pelo


protesto. O protesto é um ato formal que tem de ser praticado perante um notário. O
protesto por falta de aceite deve ser feito dentro do prazo para a apresentação a
aceite, mas se a letra for apresentada no último dia do prazo, o protesto pode ser feito
no dia útil seguinte, o prazo estende-se para o dia útil seguinte. No caso de letra
pagável em data certa ou a certo termo de data o protesto tem de ser feito nos dois
dias uteis seguintes à data em que o pagamento deveria ter sido feito. Se for uma letra
pagável à vista o protesto segue o regime do protesto por falta de aceite e é
dispensado o protesto por falta de pagamento bem como a apresentação a
pagamento. O portador que protesta a letra deve no prazo de 4 dias avisar da falta de
aceite ou de pagamento aquele que lhe endossou a letra e sacador. Cada um dos
endossantes deve por sua vez avisar aquele que o antecede na cadeia cambiaria no
prazo de 2 dias e assim sucessivamente até chegar até ao sacador. Os avalistas são
avisados no prazo dos avalizados. A falta de aviso é causa de responsabilidade civil. Em
caso de falta de protesto, o portador passa a poder cobrar a letra apenas do aceitante
e do seu avalista. O protesto pode ser dispensado se houver clausula nesse sentido. Se
a clausula for aposta pelo sacador, produz efeitos em relação a todos os intervenientes
da letra. Neste caso, os beneficiários não perdem os seus direitos de ação por falta ou
intempestividade do protesto.
 Os prazos de prescrição dos direitos cartulares estão no art. 70º. A prescrição do
direito cambiário/cartular não implica a prescrição do direito subjacente.

Sinais distintivos da empresa e de produtos– não vai sair em exame

Os principais sinais distintivos da empresa são os logotipos e recompensas, os


principais sianis distintivos dos produtos são as marcas, denominações de origem e
indicações geográficas

Um logotipo é um signo suscetível de representação objetiva e autónoma para


distinguir entre entidade ou sujeito e eventualmente estabelecimentos destes. Serve
sobretudo para distinguir sujeitos que prestem serviços ou produzam bens destinados
ao mercado. O titular de um logotipo não tem de ser um empresário, é o sinal
distintivo bifuncional, tanto pode distinguir sujeitos como estabelecimento, é possível
que cada sujeito tenha mais do que um logotipo.

As marcas são sinais suscetíveis de representação objetiva, clara e autónoma


destinados a distinguir certos produtos de outros produtos idênticos ou afins.

As denominações de origem é o nome de uma região, um local determinado ou em


casos excecionais de um determinado país que serve designar um produto originário
dessa zona cujas qualidades e características se devem essencial ou exclusivamente ao
meio geográfico. Tmb são consideradas denominações de origem certas denominações
tradicionais, geográficas ou não, que designem produtos originários de uma região ou
local determinado cujas qualidades ou características se devem essencialmente ao
meio geográfico e cuja produção, transformação, e elaboração ocorrem nas áreas
geográficas delimitada.

A indicação geográfica é o nome de uma região, local determinado ou em casos


excecionais de um país que serve para designar um produto originário dessa zona cuja
reputação, determinada qualidade ou determinada característica podem ser atribuídas
a essa origem geográfica e que é produzido, transformado ou elaborado na área
geográfica delimitada. A diferença principal entre estas duas características é que o
primeiro designam produtos cuja qualidade está ligada ao meio geográfico, e a
segunda - produtos que podem ser produzidos com a mesma qualidade noutras zonas,
mas que devem a sua fama ou determinadas características da área territorial de onde
deriva a indicação geográfica

Recompensas – são prémios e títulos de distinção oficiais ou oficialmente reconhecidos


concedidos a empresários por virtude de bondade/mérito/qualidade dos seus
estabelecimentos ou produtos.

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