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3.2 ACEITE
É o ato de concordância do SACADO com o pagamento da
ordem de pagamento emitida.
O aceite deve ser dado no próprio título (p. ex. “aceito” seguido
de assinatura), tornando o sacado aceitante e devedor principal.
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É ato privativo do sacado. Sacador não pode, endossante
não dá aceite, tomador não dá aceite.
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3.2.1 FORMA
O sacado DEVE manifestar sua vontade aceitando ou não a ordem.
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DIREITO DE ARREPENDIMENTO:
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Art. 35, LUG. O vencimento de uma letra a certo termo
de vista determina-se, quer pela data do aceite, quer pela
do protesto. Na falta de protesto, o aceite não datado
entende-se, no que respeita ao aceitante, como tendo sido
dado no último dia do prazo para a apresentação ao
aceite.
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3.2.3 APRESENTAÇÃO PARA ACEITE
Em regra, para que ocorra o pagamento do título por
conta do sacado, o título precisa ser apresentado ao
mesmo, SALVO quando o sacador já repassa o título ao
beneficiário com o aceite firmado.
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Art. 22, LUG. O sacador pode, em qualquer letra, estipular que
ela será apresentada ao aceite, com ou sem fixação de prazo.
Pode proibir na própria letra a sua apresentação ao aceite,
salvo se se tratar de uma letra pagável em domicilio de terceiro,
ou de uma letra pagável em localidade diferente da do domicílio
do sacado, ou de uma letra sacada a certo termo de vista.
O sacador pode também estipular que a apresentação ao aceite
não poderá efetuar-se antes de determinada data.
Todo endossante pode estipular que a letra deve ser apresentada
ao aceite, com ou sem fixação de prazo, salvo se ela tiver sido
declarada não aceitável pelo sacador.
Art. 23. As letras a certo termo de vista devem ser apresentadas
ao aceite dentro do prazo de 1 (um) ano das suas datas.
O sacador pode reduzir este prazo ou estipular um prazo maior.
Esses prazos podem ser reduzidos pelos endossantes.
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• Se houver dia definido para vencimento do título
(a certo termo da data ou vencimento em dia
APRESENTAÇÃO certo). Opção do credor.
FACULTATIVA
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Art. 44, LUG. A recusa de aceite ou de pagamento deve ser comprovada por um ato
formal (protesto por falta de aceite ou falta de pagamento).
O protesto por falta de aceite deve ser feito nos prazos fixados para a apresentação
ao aceite. Se, no caso previsto na alínea 1ª do artigo 24, a primeira apresentação da
letra tiver sido feita no último dia do prazo, pode fazer-se ainda o protesto no dia
seguinte.
O protesto por falta de pagamento de uma letra pagável em dia fixo ou a certo termo
de data ou de vista deve ser feito num dos 2 (dois) dias úteis seguintes àquele em que
a letra é pagável. Se se trata de uma letra pagável à vista, o protesto deve ser feito
nas condições indicadas na alínea precedente para o protesto por falta de aceite.
O protesto por falta de aceite dispensa a apresentação a pagamento e o protesto por
falta de pagamento.
No caso de suspensão de pagamentos do sacado, quer seja aceitante, quer não, ou
no caso de lhe ter sido promovida, sem resultado, execução dos bens, o portador da
letra só pode exercer o seu direito de ação após apresentação da mesma ao sacado
para pagamento e depois de feito o protesto.
No caso de falência declarada do sacado, quer seja aceitante, quer não, bem como
no caso de falência declarada do sacador de uma letra não aceitável, a
apresentação da sentença de declaração de falência é suficiente para que o portador
da letra possa exercer o seu direito de ação.
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3.2.4 ENTREGA/RETENÇÃO DO TÍTULO
A entrega do título ao sacado pode ser feita pelo
portador ou pelo detentor do título.
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Art. 24, LUG. O sacado pode pedir que a letra lhe seja
apresentada uma segunda vez no dia seguinte ao da primeira
apresentação. Os interessados somente podem ser admitidos a
pretender que não foi dada satisfação a este pedido no caso de
ele figurar no protesto.
O portador não é obrigado a deixar nas mãos do aceitante a
letra apresentada ao aceite.
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Art. 53, LUG. Depois de expirados os prazos fixados:
- para a apresentação de uma letra à vista ou a certo termo de
vista;
- para se fazer o protesto por falta de aceite ou por falta de
pagamento;
- para a apresentação a pagamento no caso da cláusula "sem
despesas".
O portador perdeu os seus direitos de ação contra os endossantes,
contra o sacador e contra os outros coobrigados, à exceção do
aceitante. Na falta de apresentação ao aceite no prazo estipulado
pelo sacador, o portador perdeu os seus direitos de ação, tanto por
falta de pagamento como por falta de aceite, a não ser que dos
termos da estipulação se conclua que o sacador apenas teve em
vista exonerar-se da garantia do aceite.
Se a estipulação de um prazo para a apresentação constar de um
endosso, somente aproveita ao respectivo endossante.
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Art. 70, LUG. Todas as ações contra o aceitante
relativas a letras prescrevem em 3 (três) anos a contar
do seu vencimento.
As ações do portador contra os endossantes e contra o
sacador prescrevem num ano, a contar da data do
protesto feito em tempo útil, ou da data do vencimento,
se trata de letra que contenha cláusula "sem despesas".
As ações dos endossantes uns contra os outros e contra o
sacador prescrevem em 6 (seis) meses a contar do dia
em que o endossante pagou a letra ou em que ele
próprio foi acionado.
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Art. 43, LUG. O portador de uma letra pode exercer os
seus direitos de ação contra os endossantes, sacador e
outros coobrigados: no vencimento; se o pagamento não
foi efetuado; mesmo antes do vencimento:
1º) se houve recusa total ou parcial de aceite;
2º) nos casos de falência do sacado, quer ele tenha
aceite, quer não, de suspensão de pagamentos do
mesmo, ainda que não constatada por sentença, ou de
ter sido promovida, sem resultado, execução dos seus
bens;
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Art. 44, LUG. A recusa de aceite ou de pagamento deve ser comprovada por um
ato formal (protesto por falta de aceite ou falta de pagamento).
O protesto por falta de aceite deve ser feito nos prazos fixados para a
apresentação ao aceite. Se, no caso previsto na alínea 1ª do artigo 24, a primeira
apresentação da letra tiver sido feita no último dia do prazo, pode fazer-se ainda o
protesto no dia seguinte.
O protesto por falta de pagamento de uma letra pagável em dia fixo ou a certo
termo de data ou de vista deve ser feito num dos 2 (dois) dias úteis seguintes
àquele em que a letra é pagável. Se se trata de uma letra pagável à vista, o
protesto deve ser feito nas condições indicadas na alínea precedente para o
protesto por falta de aceite.
O protesto por falta de aceite dispensa a apresentação a pagamento e o protesto
por falta de pagamento.
No caso de suspensão de pagamentos do sacado, quer seja aceitante, quer não, ou
no caso de lhe ter sido promovida, sem resultado, execução dos bens, o portador
da letra só pode exercer o seu direito de ação após apresentação da mesma ao
sacado para pagamento e depois de feito o protesto.
No caso de falência declarada do sacado, quer seja aceitante, quer não, bem
como no caso de falência declarada do sacador de uma letra não aceitável, a
apresentação da sentença de declaração de falência é suficiente para que o
portador da letra possa exercer o seu direito de ação.
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3.2.6 ACEITE QUALIFICADO
É aquele que altera alguma das condições da ordem de
pagamento.
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3.2.7 CLÁUSULA NÃO ACEITÁVEL
É cláusula facultativa proibindo expressamente a apresentação
do título para aceite antes do vencimento (LUG, art. 22).
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3.3 ENDOSSO
É a transferência do direito constante do título, vinculando o
endossante a responder solidariamente pelo pagamento.
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FORMA: Deve ser feito no verso do título, bastando a
assinatura do endossante.
PARTES:
Endossante: o que transfere o título e se torna codevedor;
Endossatário: o que recebe o título e se torna o credor.
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ENDOSSO PARCIAL OU LIMITADO: é vedado pela
legislação cambiária específica (art. 8º, §º, do Decreto n.
2.044/1908), bem como o endosso subordinado a alguma
condição (art. 12, LUG).
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ESPÉCIES DE ENDOSSO:
31
Endossar novamente o título, em branco ou em preto. O
endossatário passa a integrar a cadeia de codevedores,
responsabilizando-se pelo adimplemento da obrigação constante
no título;
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Art. 14, LUG. O endosso transmite todos os direitos
emergentes da letra. Se o endosso for em branco, o portador
pode:
1º) preencher o espaço em branco, quer com o seu nome,
quer com o nome de outra pessoa;
2º) endossar de novo a letra em branco ou a favor de outra
pessoa;
3º) remeter a letra a um terceiro, sem preencher o espaço em
branco e sem a endossar.
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b. ENDOSSO EM PRETO: é aquele que identifica
expressamente a quem está sendo transferida a
titularidade do crédito, ou seja, o endossatário.
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c) ENDOSSO PÓSTUMO OU TARDIO: o endosso
posterior ao vencimento da obrigação é válido e produz
os mesmos efeitos do endosso anterior. Todavia, caso o
endosso seja efetuado após o protesto por falta de
pagamento ou após o prazo para efetivação do protesto
por falta de pagamento, ele NÃO produz os efeitos do
endosso, mas apenas efeitos de uma cessão ordinária de
créditos.
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ENDOSSO CESSÃO CIVIL DE CRÉDITO
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Art. 294, CC. O devedor pode opor ao cessionário as
exceções que lhe competirem, bem como as que, no
momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha
contra o cedente.
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d. ENDOSSO IMPRÓPRIO: é aquele endosso que não
produz os efeitos que deveria produzir (transferência
da titularidade do crédito e responsabilização do
endossante como codevedor).
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ENDOSSO–MANDATO: também chamado de
endosso-procuração (art. 18, LUG), é aquele onde o
endossante confere poderes ao endossatário para agir
como seu legítimo representante, exercendo em nome
do endossante-mandante os direitos constantes do
título, podendo cobrá-lo, protestá-lo, executá-lo etc.
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Súmula 476, STJ: O endossatário de título de crédito por
endosso-mandato só responde por danos decorrentes de
protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário.
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APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL.
PROTESTO DE TÍTULO. ILEGITIMIDADE PASSIVA.
EXISTÊNCIA DE PROVA DO ENDOSSO MANDATO.
PRELIMINAR ACOLHIDA. INDENIZAÇÃO POR DANO
MORAL. MAJORAÇÃO. POSSIBILIDADE. 1. O banco
endossatário é parte ilegítima para compor o pólo passivo
da demanda de indenização, decorrente de protesto de
título, quando suficientemente comprovada a existência de
endosso-mandato celebrado entre as partes. 2. A
indenização por dano moral arbitrada em desatenção ao
princípio da razoabilidade comporta majoração.
APELAÇÃO 1 PROVIDA. APELAÇÃO 2 PROVIDA. (TJ-
PR 9201105 PR 920110-5 (Acórdão), Relator: Nilson
Mizuta, Data de Julgamento: 12/07/2012, 10ª Câmara
Cível)
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Art. 18, LUG. Quando o endosso contém a menção "valor a
cobrar" (valeur en recouvrement), "para cobrança" (pour
encaissement), "por procuração" (par procuration), ou
qualquer outra menção que implique um simples mandato, o
portador pode exercer todos os direitos emergentes da letra,
mas só pode endossá-la na qualidade de procurador.
Os coobrigados, neste caso, só podem invocar contra o
portador as exceções que eram oponíveis ao endossante.
O mandato que resulta de um endosso por procuração não se
extingue por morte ou sobrevinda incapacidade legal do
mandatário.
ATENÇÃO: erro de tradução da LUG; é a morte do
endossante-mandante que não extingue o endosso mandato.
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ENDOSSO–CAUÇÃO: também chamado de endosso
pignoratício ou de endosso-garantia (art. 19, LUG).
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Feito o endosso-caução ou pignoratício, surgem dois sujeitos
no título: o endossante-pignoratício e o endossatário-
pignoratício, cada um com uma situação diferente em relação
ao título.
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O endossatário-pignoratício é um possuidor legítimo
do título, mas não o seu proprietário.
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Art. 19, LUG. Quando o endosso contém a menção
"valor em garantia", "valor em penhor" ou qualquer
outra menção que implique uma caução, o portador
pode exercer todos os direitos emergentes da letra, mas
um endosso feito por ele só vale como endosso a título
de procuração.
Os coobrigados não podem invocar contra o portador as
exceções fundadas sobre as relações pessoais deles com
o endossante, a menos que o portador, ao receber a
letra, tenha procedido conscientemente em detrimento
do devedor.
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ENDOSSO E PLANO COLLOR:
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DESCONTO BANCÁRIO E ENDOSSO:
52
FACTORING E ENDOSSO:
53
O factoring é uma atividade empresarial que envolve a
prestação de serviços e a compra de ativos financeiros
(créditos). Todavia, nem sempre as duas atividades serão
exercidas simultaneamente. Existem várias modalidades:
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Parte da doutrina reconhece a possibilidade de que exista
uma convenção expressa no sentido da responsabilidade
pela solvência do devedor na cessão de crédito. Como a
cessão é contrato atípico, as partes poderiam, pela
autonomia que lhes é assegurada, convencionar que o
faturizado será responsável pelo pagamento do título. No
endosso, tal responsabilidade já seria a regra (LUG, art.
15; Lei nº 7.357/85, art. 21) e, por isso, a própria
pactuação da responsabilidade seria desnecessária,
conforme a orientação mais firmada em precedente do
STJ (STJ- REsp 820672/DF, Rei. Ministro HUMBERTO
GOMES DE BARROS, Terceira Turma, julgado em
6/3/2008, DJ IQ/4/2008, p. 1)
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Do outro lado está a corrente que acredita que o faturizado
não é, em regra, responsável pelo pagamento dos créditos
transferidos à faturizadora, pois no contrato de factoring, há
a transferência dos riscos para a faturizadora, prova disso é a
cobrança de uma taxa maior de desconto. A
responsabilização do faturizado acabaria confundindo o
factoring com o contrato de desconto bancário, privativo de
instituições financeiras. De todo modo, a boa-fé deverá ser
prestigiada, responsabilizando-se o faturizado nos casos de
vício de legalidade, legitimidade ou veracidade dos títulos
negociados.
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Art. 30, LUG. O pagamento de uma letra pode ser no
todo ou em parte garantido por aval. Esta garantia é
dada por um terceiro ou mesmo por um signatário da
letra.
Art. 903, CC. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos
de crédito pelo disposto neste Código.
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Art. 32, LUG. O dador de aval é responsável da mesma
maneira que a pessoa por ele afiançada.
A sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação
que ele garantiu ser nula por qualquer razão que não seja
um vício de forma.
Se o dador de aval paga a letra, fica sub-rogado nos direitos
emergentes da letra contra a pessoa a favor de quem foi dado
o aval e contra os obrigados para com esta em virtude da
letra.
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A ideia no aval é a de garantia pessoal para a
satisfação do crédito.
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FORMA: deve ser dado no anverso do título, caso em
que basta a simples assinatura do avalista ou por meio
de procurador com poderes especiais (art. 31, LUG).
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Cuidado para não confundir o aval com o aceite:
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Art. 31, LUG. O aval é escrito na própria letra ou numa
folha anexa. Exprime-se pelas palavras "bom para aval" ou
por qualquer fórmula equivalente; e assinado pelo dador do
aval.
O aval considera-se como resultante da simples assinatura
do dador aposta na face anterior da letra, salvo se se trata
das assinaturas do sacado ou do sacador.
O aval deve indicar a pessoa por quem se dá. Na falta de
indicação, entender-se-á pelo sacador.
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PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FUNDADA EM
TÍTULO DE CRÉDITO. CHEQUE. LEGITIMIDADE
PASSIVA AD CAUSAM. CARACTERIZAÇÃO.
ASSINATURA NO VERSO DA CÁRTULA. AVAL. 1 -
Consignado pelas instâncias ordinárias haver o recorrente
assinado no verso do cheque, sem indicação alguma, não
se trata de reexame de provas, mas de, partindo dessa
premissa fática, dar à espécie a qualificação jurídica que o
caso requer. 2 - Denotado que o cheque, na hipótese
vertente não é ao portador, mas nominal, e a assinatura
constante do seu verso é de outra pessoa, que não o seu
beneficiário, a conclusão é de que somente pode ter sido
efetivada como aval, ainda que não especificada a sua
finalidade (por aval), pois, do contrário, estar-se-ia
admitindo quebra na cadeia creditícia.
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3 - Somente poderia ser endosso se a assinatura constante
no verso da cártula coincidisse com quem dela seja o
beneficiário, o que não ocorre na espécie, pois o
beneficiário é pessoa diversa daquela que apôs a
assinatura no dorso do cheque em apreço. 4 - A
assinatura, que não se pode ter por inútil no título, faz
atribuir à pessoa que a apôs coobrigação e
responsabilidade pelo crédito por ele representado. 5 -
Legitimidade passiva ad causam que se impõe àquele tido
por avalista. 6 - Recurso especial não conhecido (STJ -
REsp: 493861 MG 2002/0169644-9, Relator: Ministro
ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Data de Julgamento:
04/09/2008, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação:
DJe 01/12/2008).
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3.4.1 OUTORGA CONJUGAL
A princípio, o aval exigirá apenas a declaração de
vontade do avalista.
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Tal dispositivo atinge todos os títulos de crédito, sejam
eles típicos ou atípicos.
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A anulação do aval só poderá ser pleiteada pelo cônjuge
que não anuiu ao aval, ou por seus herdeiros, sendo
impossível ao próprio avalista arguir tal invalidade, sob
pena de se proteger alguém que não agiu de boa-fé.
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Outra parte da doutrina advoga que, no caso de ausência
da outorga, o caminho é a invalidação da garantia como
um todo.
71
Tal interpretação parece ser a consagrada pelo STJ em
relação à fiança, nos termos da Súmula 332: "A fiança
prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a
ineficácia total da garantia."
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3.4.2 AVAL LIMITADO
O avalista assume a condição de devedor do título de
crédito, garantindo o pagamento da obrigação. Tal
garantia normalmente é assumida pela integralidade da
dívida.
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Ao contrário do endosso parcial que é nulo, o aval
parcial é perfeitamente admitido, ou seja, o avalista pode
garantir o pagamento de apenas uma parte da obrigação
constante do título (LUG, art. 30; Lei n. 7.357/85, art.
29; Lei n. 5.474/68, art. 25).
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3.4.3 AVALIZADO
Essa pessoa por quem se dá o aval é chamada de
avalizado, cuja identificação é fundamental para definir
os contornos dos direitos e dos deveres do avalista.
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O aval pode ser feito em branco ou em preto.
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Art. 31, LUG. O aval é escrito na própria letra ou numa
folha anexa. Exprime-se pelas palavras "bom para aval" ou
por qualquer fórmula equivalente; e assinado pelo dador do
aval.
O aval considera-se como resultante da simples assinatura
do dador aposta na face anterior da letra, salvo se se trata
das assinaturas do sacado ou do sacador.
O aval deve indicar a pessoa por quem se dá. Na falta de
indicação, entender-se-á pelo sacador.
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3.4.4 AVAL ANTECIPADO
Resta a dúvida se o avalista pode dar o aval pelo
SACADO, que não é devedor do título, na medida em
que ainda não o assinou.
79
De outro lado, afirma-se que o aval pode ser dado a
favor do sacado, MAS só produzirá efeitos caso o
mesmo se torne aceitante, pois só assim o avalizado
assumirá obrigações e consequentemente o avalista
(assume obrigações da mesma natureza que o avalizado,
LUG, art. 32).
80
3.4.5 AVAIS SIMULTÂNEOS
Não sendo identificado o avalizado, presume-se que ele é
o sacador.
81
No aval simultâneo, temos duas pessoas com a mesma
obrigação, isto é, ambos são avalistas do mesmo
obrigado.
82
3.4.6 RESPONSABILIDADE DO
AVALISTA
83
Além de ser um devedor solidário, ele poderá ser um
devedor principal ou indireto, uma vez que ele
responde da mesma forma que o avalizado.
84
É certo que a obrigação do avalista é autônoma em
relação à obrigação do avalizado, ou seja, não é afetada
pela obrigação do avalizado.
85
Em decorrência dessa mesma autonomia, NÃO PODE o
avalista usar como defesa matéria atinente ao avalizado.
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3.4.7 TRANSMISSÃO AOS HERDEIROS
A obrigação do avalista é uma garantia pessoal, mas não
é personalíssima.
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3.4.9 AVAL X FIANÇA
91
Dada a natureza cambiária do AVAL, aplicam-se a ele os
princípios da autonomia, da literalidade e da abstração,
ao passo que a FIANÇA não obedece a tais princípios.
93
O credor pode exigir a substituição do fiador se ele
se tomar insolvente ou incapaz (CC, art. 826), o que
não pode ocorrer no aval.
94
Nafiança o fiador poderá promover o andamento da
execução contra o afiançado, se o credor, sem justa
causa, não faz (CC, art. 834).
95
Art. 827, CC. O fiador demandado pelo pagamento da dívida
tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam
primeiro executados os bens do devedor.
Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de ordem, a
que se refere este artigo, deve nomear bens do devedor, sitos no
mesmo município, livres e desembargados, quantos bastem para
solver o débito.
Art. 837, CC. O fiador pode opor ao credor as exceções que lhe
forem pessoais, e as extintivas da obrigação que competem ao
devedor principal, se não provierem simplesmente de
incapacidade pessoal, salvo o caso do mútuo feito a pessoa
menor.
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3.4.10 AVAL X ENDOSSO
O endosso visa a transferir a propriedade do título, já o aval
visa a garantir o pagamento desse título.
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3.4.11 CONEXÃO DE TÍTULOS
Determinadas relações jurídicas são instrumentalizadas
em um contrato e em um título de crédito.
98
O STJ entende que o avalista só poderá ser demandado
nesse caso, se ele assumir a condição de devedor
principal ou de fiador solidário no contrato.
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UNIDADE 4
VENCIMENTO, PAGAMENTO E
PROTESTO
101
Art. 33 (LUG). Uma letra pode ser sacada:
à vista;
a um certo termo de vista;
a um certo termo de data;
pagável num dia fixado.
As letras, quer com vencimentos diferentes, quer com
vencimentos sucessivos, são nulas.
102
VENCIMENTO é a data em que o título se torna
exigível. Deve ser certo, único, possível e de uma das
modalidades previstas na lei.
MODALIDADES:
103
VENCIMENTO À VISTA: o vencimento ocorre no
momento apresentação do título ao sacado, que poderá
ser feita no prazo de até 1 ano a contar da emissão (art.
34, LUG).
Não apresentação no prazo (1 ano) não extingue o
direito de crédito, implicando apenas perda de direito
contra os obrigados indiretos no título.
104
A CERTO TEMPO DA DATA: vencimento em que o
sacador fixa um prazo a contar da data da emissão do
título. Não se escreve no título a data, mas o prazo
para se chegar nesta data. Não se inclui o dia da
emissão na contagem, mas o primeiro dia útil
posterior.
105
Art. 34. A letra à vista é pagável à apresentação. Deve
ser apresentada a pagamento dentro do prazo de 1 (um)
ano, a contar da sua data. O sacador pode reduzir este
prazo ou estipular um outro mais longo. Estes prazos
podem ser encurtados pelos endossantes.
O sacador pode estipular que uma letra pagável à vista
não deverá ser apresentada a pagamento antes de uma
certa data. Nesse caso, o prazo para a apresentação
conta-se dessa data.
106
Art. 36. O vencimento de uma letra sacada a 1 (um) ou mais
meses de data ou de vista será na data correspondente do
mês em que o pagamento se deve efetuar. Na falta de data
correspondente, o vencimento será no último dia desse mês.
Quando a letra é sacada a 1 (um) ou mais meses e meio de
data ou de vista, contam-se primeiro os meses inteiros.
Se o vencimento for fixado para o princípio, meado ou fim
do mês, entende-se que a letra será vencível no primeiro, no
dia 15 (quinze), ou no último dia desse mês.
As expressões "oito dias" ou "quinze dias" entendem-se não
como 1 (uma) ou 2 (duas) semanas, mas como um prazo de 8
(oito) ou 15 (quinze) dias efetivos.
A expressão "meio mês" indica um prazo de 15 (quinze) dias.
107
b) O vencimento extraordinário ou antecipado é o que
ocorre pela falta ou recusa de aceite ou pela falência
do aceitante ou do sacador.
108
Art. 43. O portador de uma letra pode exercer os seus
direitos de ação contra os endossantes, sacador e outros
coobrigados: no vencimento; se o pagamento não foi
efetuado; mesmo antes do vencimento:
1º) se houve recusa total ou parcial de aceite;
2º) nos casos de falência do sacado, quer ele tenha
aceite, quer não, de suspensão de pagamentos do
mesmo, ainda que não constatada por sentença, ou de
ter sido promovida, sem resultado, execução dos seus
bens;
3º) nos casos de falência do sacador de uma letra não
aceitável.
109
O Brasil adotou a reserva prevista no artigo 10 do Anexo
II, do Decreto n. 57.663/66, pela qual "fica reservada
para a legislação de cada uma das Altas Partes
Contratantes a determinação precisa das situações
jurídicas a que se referem os nos 2 e 3 do art. 43”.
Divergência doutrinária:
110
Para Luiz Emygdio da Rosa Junior, Fábio Ulhoa Coelho,
Antônio Mercado Junior, Waldirio Bulgarelli e Wille
Duarte Costa, os n. 2 e 3 do artigo 43 da LUG não têm
aplicabilidade no Brasil, estando em vigor apenas o
artigo 19 do Decreto nº 2.044/1908, ou seja, estariam em
vigor apenas as seguintes hipóteses de vencimento
antecipado:
111
PRORROGAÇÃO DE VENCIMENTO:
Art. 74. Não são admitidos dias de perdão quer legal, quer judicial.
113
4.2 APRESENTAÇÃO
Deve ser feita pelo portador ao devedor principal para
que este pague a quantia constante do título na data do
vencimento, no local indicado na cártula (LUG, art. 38).
114
Nos títulos À VISTA, a apresentação deverá ocorrer até 1
ano após a emissão do título, admitidas alterações desse
prazo pelo sacador e apenas redução pelos endossantes.
115
Apesar da reserva, alguns autores entendem que a reserva
precisa ser completada, encontrando-se vigente ainda a LUG,
que determina a apresentação num dos dois dias úteis
seguintes.
117
4.3 PAGAMENTO
A POSSE do título pelo devedor faz presunção de
pagamento da dívida cambial. Se quem paga é:
119
O pagamento DEVE abranger o valor escrito no título –
Princípio da literalidade.
120
JUROS MORATÓRIOS
122
Art. 48. O portador pode reclamar daquele contra quem exerce o seu
direito de ação:
1º) o pagamento da letra não aceite não paga, com juros se assim foi
estipulado;
2º) os juros à taxa de 6% (seis por cento) desde a data do vencimento;
3º) as despesas do protesto, as dos avisos dados e as outras despesas.
Se a ação for interposta antes do vencimento da letra, a sua
importância será reduzida de um desconto. Esse desconto será
calculado de acordo com a taxa oficial de desconto (taxa de Banco)
em vigor no lugar do domicílio do portador à data da ação.
Art. 49. A pessoa que pagou uma letra pode reclamar dos seus
garantes:
1º) a soma integral que pagou;
2º) os juros da dita soma, calculados à taxa de 6% (seis por cento),
desde a data em que a pagou;
3º) as despesas que tiver feito.
123
JUROS REMUNERATÓRIOS:
124
Nas letras de câmbio e notas promissórias, a
pactuação dos juros é possível, mas apenas nos títulos
com vencimento à vista ou a certo termo da vista
(LUG - art. 5º).
125
4.3.1 PROVA DO PAGAMENTO
A prova de pagamento deve constar no próprio título.
128
4.3.3 OUTRAS FORMAS DE
EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
129
4.4 PROTESTO
131
Fabio Ulhoa Coelho: “ato praticado pelo credor, perante
o competente cartório, para fins de incorporar ao título
de crédito a prova de fato relevante para as relações
cambiais”, como a falta de pagamento, a falta de aceite
etc.
132
TIPOS DE PROTESTO: Na forma do artigo 21 da Lei
9.492/97, há 3 (três) hipóteses em que o protesto pode
ser tirado (efetuado):
133
c) Protesto por falta de devolução: devido quando o
sacado retiver a letra de câmbio ou a duplicada enviada
para aceite e não proceder à devolução dentro do prazo
legal. Esse protesto poderá basear-se na segunda via da
letra de câmbio ou nas indicações da duplicada, que se
limitarão a conter os mesmos requisitos lançados pelo
sacador ao tempo da emissão da duplicata, vedada a
exigência de qualquer formalidade não prevista na lei
que regula a emissão e circulação das duplicatas (art.
21, §3º).
134
Art. 21. O protesto será tirado por falta de pagamento, de aceite ou de devolução.
§ 1º O protesto por falta de aceite somente poderá ser efetuado antes do
vencimento da obrigação e após o decurso do prazo legal para o aceite ou a
devolução.
§ 2º Após o vencimento, o protesto sempre será efetuado por falta de pagamento,
vedada a recusa da lavratura e registro do protesto por motivo não previsto na lei
cambial.
§ 3º Quando o sacado retiver a letra de câmbio ou a duplicata enviada para aceite
e não proceder à devolução dentro do prazo legal, o protesto poderá ser baseado
na segunda via da letra de câmbio ou nas indicações da duplicata, que se
limitarão a conter os mesmos requisitos lançados pelo sacador ao tempo da
emissão da duplicata, vedada a exigência de qualquer formalidade não prevista
na Lei que regula a emissão e circulação das duplicatas.
§ 4º Os devedores, assim compreendidos os emitentes de notas promissórias e
cheques, os sacados nas letras de câmbio e duplicatas, bem como os indicados
pelo apresentante ou credor como responsáveis pelo cumprimento da obrigação,
não poderão deixar de figurar no termo de lavratura e registro de protesto.
§ 5o Não se poderá tirar protesto por falta de pagamento de letra de câmbio
contra o sacado não aceitante.
135
Sumula 153, STF. Simples protesto cambiário não interrompe a
prescrição (Revogada pelo art. 202, CC).
137
Pedido Intimação Lavratura do Protesto
138
Da não obrigatoriedade do protesto: O protesto não é
obrigatório para acionar o devedor principal e seus
avalistas, vez que a sua obrigação para com o
pagamento apura-se diretamente da cártula.
139
PAGAMENTO EM CARTÓRIO: A partir do
vencimento do título, incidem juros de mora e correção
monetária.
140
Art. 19. O pagamento do título ou do documento de dívida
apresentado para protesto será feito diretamente no Tabelionato
competente, no valor igual ao declarado pelo apresentante,
acrescido dos emolumentos e demais despesas.
§ 1º Não poderá ser recusado pagamento oferecido dentro do prazo
legal, desde que feito no Tabelionato de Protesto competente e no
horário de funcionamento dos serviços.
§ 2º No ato do pagamento, o Tabelionato de Protesto dará a
respectiva quitação, e o valor devido será colocado à disposição do
apresentante no primeiro dia útil subsequente ao do recebimento.
§ 3º Quando for adotado sistema de recebimento do pagamento por
meio de cheque, ainda que de emissão de estabelecimento
bancário, a quitação dada pelo Tabelionato fica condicionada à
efetiva liquidação.
§ 4º Quando do pagamento no Tabelionato ainda subsistirem
parcelas vincendas, será dada quitação da parcela paga em
apartado, devolvendo-se o original ao apresentante.
141
A CORREÇÃO MONETÁRIA é devida em decorrência
do previsto na Lei n. 6.899/81, que a assegura, a partir do
vencimento, na execuções de títulos extrajudiciais.
142
Art. 11. Tratando-se de títulos ou documentos de dívida
sujeitos a qualquer tipo de correção, o pagamento será
feito pela conversão vigorante no dia da apresentação,
no valor indicado pelo apresentante.
143
EFEITOS DO PROTESTO:
144
Protesto resguarda os direitos do portador contra os demais
coobrigados, permitindo o ajuizamento da AÇÃO
CAMBIAL contra eles também.
145
Conforme era assente na doutrina e jurisprudência, o
simples protesto cambiário NÃO interrompia a
prescrição. Apenas o protesto judicial (art. 867, CPC)
tinha o condão de interromper a prescrição, conforme
determinava o disposto no art. 172 do CC de 1916. Não
havia dissenso a este respeito.
146
ATENÇÃO:
147
PRAZO PARA O PROTESTO:
148
SUSTAÇÃO DO PROTESTO: medida judicial que
impede a lavratura do protesto (art. 17, Lei n. 9.492/97).
149
Art. 17. Permanecerão no Tabelionato, à disposição do Juízo
respectivo, os títulos ou documentos de dívida cujo protesto for
judicialmente sustado.
§ 1º O título do documento de dívida cujo protesto tiver sido
sustado judicialmente só poderá ser pago, protestado ou retirado
com autorização judicial.
§ 2º Revogada a ordem de sustação, não há necessidade de se
proceder a nova intimação do devedor, sendo a lavratura e o
registro do protesto efetivados até o primeiro dia útil subsequente
ao do recebimento da revogação, salvo se a materialização do ato
depender de consulta a ser formulada ao apresentante, caso em
que o mesmo prazo será contado da data da resposta dada.
§ 3º Tornada definitiva a ordem de sustação, o título ou o
documento de dívida será encaminhado ao Juízo respectivo,
quando não constar determinação expressa a qual das partes o
mesmo deverá ser entregue, ou se decorridos trinta dias sem que a
parte autorizada tenha comparecido no Tabelionato para retirá-lo.
150
CANCELAMENTO DO PROTESTO:
151
Art. 26. O cancelamento do registro do protesto será
solicitado diretamente no Tabelionato de Protesto de Títulos,
por qualquer interessado, mediante apresentação do
documento protestado, cuja cópia ficará arquivada.
§ 1º Na impossibilidade de apresentação do original do título
ou documento de dívida protestado, será exigida a declaração
de anuência, com identificação e firma reconhecida, daquele
que figurou no registro de protesto como credor, originário ou
por endosso translativo.
§ 2º Na hipótese de protesto em que tenha figurado
apresentante por endosso-mandato, será suficiente a
declaração de anuência passada pelo credor endossante.
§ 3º O cancelamento do registro do protesto, se fundado em
outro motivo que não no pagamento do título ou documento de
dívida, será efetivado por determinação judicial, pagos os
emolumentos devidos ao Tabelião.
152
§ 4º Quando a extinção da obrigação decorrer de
processo judicial, o cancelamento do registro do protesto
poderá ser solicitado com a apresentação da certidão
expedida pelo Juízo processante, com menção do
trânsito em julgado, que substituirá o título ou o
documento de dívida protestado.
§ 5º O cancelamento do registro do protesto será feito
pelo Tabelião titular, por seus Substitutos ou por
Escrevente autorizado.
§ 6º Quando o protesto lavrado for registrado sob forma
de microfilme ou gravação eletrônica, o termo do
cancelamento será lançado em documento apartado, que
será arquivado juntamente com os documentos que
instruíram o pedido, e anotado no índice respectivo
153
Pode ser requerido por qualquer pessoa. O STJ entende que a iniciativa
é do devedor.
A lei, através do Artigo 206, § 3º, VIII, CC, estipula que prescreve em
3 anos:
154
A Justiça tem entendido que PRESCRITO o título o mesmo NÃO
poderá ser protestado.
155
Embora os cartórios de protesto NÃO ESTEJAM
OBRIGADOS a negar o protesto de títulos de crédito
(cheques, notas promissórias, letra de câmbio e duplicata)
prescritos (com mais de 3 anos da data em que o título
venceu e não foi pago), no caso de haver o protesto após o
prazo de prescrição, o mesmo é ilegal e o consumidor tem o
direito de buscar a justiça o pedido da imediata sustação do
mesmo.
156
CLÁUSULA SEM DESPESAS/ SEM PROTESTO:
157
PROTESTO INDEVIDO: