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Art. 300. Salvo asentimento (art. 299 e seu § único).

expresso do devedor primitivo, Por Exceção, se houver


consideram-se extintas, a partir da HIPOTECA, o terceiro adquirente do
assunção da dívida, as garantias especiais imóvel tem
por ele originariamente dadas ao credor. direito a exigir assunção da dívida
Não só fica liberado o devedor, mas hipotecária, independente da anuência do
também as garantias dadas pelo mesmo. CR.
Ex: caução, fiadores, etc. com o Nesse caso, o CR será notificado
consentimento do devedor primitivo, terá para IMPUGNAR a assunção (não é dizer
eficácia, caso contrário não. se aceita, e informar qual justo motivo ele
tem para impedir o trespasse do débito).
Art. 301. Se a substituição do Quem decide se o motivo é justo ou não é
devedor vier a ser anulada, restaura-se o o juiz.
débito, com todas as suas garantias, salvo Se fluir os 30 dias in albis,
as garantias prestadas por terceiros, interpreta-se seu silêncio como
exceto se este conhecia o vício que consentimento (art. 299 e seu § único).
inquinava a obrigação. Assunção de dívida hipotecária.
Se a substituição do devedor vier ser Nesse artigo a lei estabelece um prazo de
anulada (o contrato de assunção de 30 dias e no Art. 299, P.Ú., a lei não
dívida) volta o débito ao devedor determina o prazo. 58 No Art. 299, a lei
primitivo. Só não voltam as garantias utiliza a expressão prazo para consentir e
prestadas por terceiros, exceto se esses no Art. 303, utiliza prazo para não
terceiros tinham conhecimento do vício impugnar (o credor só impede a cessão se
que inquinava a obrigação (má-fé). tiver um justo motivo). Ex: casas da
Regra: Liberação do devedor com Caixa Econômica Federal.
consentimento do credor e seu silêncio
entender-se-á como recusa. Cessão do Contrato
Exceção: Art. 303.
É a cessão de situações contratuais,
Art. 302. O novo devedor não pode consiste na transferência da inteira posição
opor ao credor as exceções pessoais que ativa e passiva do conjunto de direitos e
competiam ao devedor primitivo. obrigações de que é titular uma pessoa,
O assuntor não pode opor ao credor derivados de um contrato bilateral já
as exceções pessoais que competiam ao ultimado, mas de execução ainda não
devedor primitivo, Art. 105 e 175. Só concluída. Transferência de crédito e
transfere as exceções comuns ligadas à débito juntos. Ex: contrato de locação.
dívida, ao objeto. É um mix de cessão de crédito e
assunção de dívida ao mesmo tempo.
Art. 303. O adquirente de imóvel Transfere direitos (créditos) e obrigações
hipotecado pode tomar a seu cargo o (débitos) ao mesmo tempo.
pagamento do crédito garantido; se o Pode ser efetuado:
credor notificado não impugnar em trinta I. Com liberação do cedente: quando a
dias a transferência o débito, entender-se- Autorização contratual da outra parte ou
á dado o assentimento autorização legal para realização do
A regra é que a assunção somente de trespasse. Ex: compromisso de compra e
perfectibilizada com a anuência do CR, venda de (art. 31, lei 6766/79); locação
interpretando-se seu silêncio como recusa (arts. 8o, 10, 11 e 12); Arts.227 a 229 da
lei das S/A – Se algo acontecer a culpa vai direitos).
para o que ocupa o contrato atual. Se o CR se opuser
injustificadamente: meio conducente o
Incorporação: Bradesco e HSBC terceiro interessado pode consignar.
Fusão: Brahma e Antártica – Ambev “Salvo oposição deste” – o devedor
Cisão: a operação pela qual a companhia não impede o pagamento se o credor
transfere parcelas do seu patrimônio para quiser receber, só impede a consignação.
uma ou mais sociedades, constituídas para Só impede quando CREDOR e
esse fim ou já existentes, extinguindo-se a DEVEDOR recusam juntos.
companhia cindida, se houver versão de Se o PRÓPRIO DV PAGA, a dívida
todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o fica extinta (e com ela, todos os seus
seu capital, se parcial a cisão. Ex: Sambra acessórios).
– Santistas têxtis – ½ Alpargatas ½ 3.º interessado – Se o TERCEIRO
Havaianas. INTERESSADO PAGA, a dívida não se
extingue, pois transferem-
II. Sem liberação do cedente: O se os direitos do credor ao Terceiro que
cedente pagou por sub-rogação legal (Art. 346,
continua vinculado ao cumprimento, pois III). Paga a dívida e depois tenho direito
realizada a cessão sem autorização legal ou de cobrar dos fiadores.
contratual – Se algo acontecer a culpa vai 3.º não interessado – Só pode cobrar
para o cedente. a dívida do devedor principal (a dívida se
extingue). Gera direito de reembolso. SE
III. Por analogia: aplicam-se as regras o TERCEIRO NÃO INTERESSADO
dos PAGA, a dívida se extingue (e com ela
art.s 295 (existência) e 296 (solvência), todos os seus acessórios), nascendo o
bem como não se transferem as exceções direito de reembolso do terceiro contra o
pessoais. devedor (sem os acessórios e garantias da
dívida anterior), na forma do art.
Título III 305. SÓ
DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO
DAS OBRIGAÇÕES Art. 305. O terceiro não interessado, que
paga a dívida em seu próprio nome, tem
Art. 304. Qualquer interessado na direito a reembolsar-se do que pagar; mas
extinção da dívida pode pagá-la, usando, não se sub-roga nos direitos do credor.
se o credor se opuser, dos meios Parágrafo único. Se pagar antes de
conducentes à exoneração do devedor. vencida a dívida, só terá direito ao
Parágrafo único. Igual direito cabe ao reembolso no vencimento.)
terceiro não interessado, se o fizer em
nome e à conta do devedor, salvo A) Em seu próprio nome (305)
oposição deste B) Em nome e por conta do Dv
Sub-rogação (CMSP e OG)
Quem pode pagar: O próprio DEVEDOR, liberalidade/doação (WBM, SR e CRG)
um terceiro interessado (aquele que irá Reembolso (JMC, Venosa)
sofrer uma consequência jurídica na sua O terceiro não interessado extingue
esfera de direitos) e terceiro não a dívida e todos os seus acessórios e
interessado (aquele que não irá sofrer uma garantias nascendo uma nova obrigação
consequência jurídica na sua esfera de de reembolso (In Rem Verso). Não
podendo cobrar dos fiadores, pois está Núncio é mensageiro, não age pela
extinta a garantia. Pode cobrar o vontade dele, mas sim pela parte.
reembolso:
- Exatamente o que gastou. Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao
- Tanto em nome do devedor como credor putativo é válido, ainda provado
em seu nome, o recibo terá o terceiro não depois que não era credor.
interessado o direito de reembolso. Diz O pagamento feito ao credor
S.S. Venoza e Maria Helena. aparente é valido mesmo ainda depois
provado que não era credor. Legitimação
Exercício de Defesas Perante o Extraordinária.
Terceiro
É praticamente a mesma coisa com relação Art. 311. Considera-se autorizado a
a cedente e cessionário. Meios para ilidir a receber o pagamento o portador da
ação quitação, salvo se as circunstâncias
contrariarem a presunção daí resultante.
NEMO PLUS IURIS AD ALIUM O núncio exerce a função de um
TRANSFERRE POTEST, QUAM IPSEM mensageiro (nuntius) que transmite a
HABET. terceiro o desejado pela parte que lhe
atribui tal função, motivo pelo qual não
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao tem liberdade de apreciação acerca da
credor ou a quem de direito o represente, oportunidade e dos termos de celebração
sob pena de só valer depois de por ele do negócio. O núncio porta a quitação
ratificado, ou tanto quanto reverter em (declaração escrita que recebeu) assinado
seu proveito. pelo credor. Presume-se que o credor, ao
entregar o recibo ao núncio, tenha
Ou seja, o pagamento deve ser feito autorizado o mesmo a receber o
ao credor ou ao representante legal (lei pagamento. O núncio deve parecer ter
nomeia)/convencional (própria parte condições de ter sido autorizado a receber
nomeia). De quem tenha legitimidade (teoria da aparência). O portador da
para receber cambial não nominal também se presume
O pagamento efetuado a terceiro autorizado a receber (art. 16 LUG e 905 do
desqualificado não exonera o devedor. CCB).
Quem paga errado, paga duas vezes. Resumindo, se alguém aparece com
Exceto: 1 - Se posteriormente for a quitação (recibo de quitação) assinada
ratificado pelo legítimo credor. Voltar o pelo verdadeiro credor, presume-se
recibo para o devedor. autorizado a receber. Ressalva: Exceto se
2 - Se o solvens provar que o pagamento as circunstâncias do caso contrariarem a
efetuado ao terceiro reverteu em proveito presunção daí resultante.
do legitimo CR. Entregue à um terceiro
cheque cruzado. Capacidade para receber
3 – Credor putativo – aquele que ostenta
uma qualidade que não tem. Art. 309. Art. 310. Não vale o pagamento
3.1 - A aparência pode ser da qualidade de credor (herdeiro, cientemente feito ao credor incapaz de
locador) ou da qualidade de legítimo representante do credor quitar, se o devedor não provar que em
(mandatário). benefício dele efetivamente
3.2 - Eficacizado assim o pagamento, o verdadeiro credor terá reverteu.
ação regressiva contra aquele que recebeu o pagamento.
incapacidade absoluta (SSV, CB, SL, presunção do Art. 397.
JMC, MHD) ou relativa (JMCS, CMSP,
CRG, AV; WBM, SR, MHD). Art. 320. A quitação, que sempre poderá
ser dada por instrumento particular,
Pagamento a menor absolutamente incapaz designará o valor e a espécie da dívida
nulo (166, I). quitada, o nome do devedor, ou quem por
este pagou, o tempo e o lugar do
Para capacidade relativa: Ciente – anulável pagamento, com a assinatura do credor, ou
(Art 310 cc) do seu representante.
Inciente – É válido. (Art. 180). Parágrafo único. Ainda sem os requisitos
estabelecidos neste artigo valerá a
Inciente: Art. 180 = o credor deve quitação, se de seus termos ou das
saber que circunstâncias resultar haver sido paga a
pagará para um relativamente incapaz, pois dívida.
se Independentemente do direito a
ele não sabia e pagou, o pagamento é quitação sempre poderá ser dada por
válido. instrumento particular. A quitação é a
Ciente: O ato será anulável e o prova do pagamento, e nela deve constar
representante do menor pode pedir os requisitos acima descritos pela lei. Ex: o
anulação do pagamento e efetuar um novo recibo da Unipar tem um requisito
pedido. Se ratificado pelo representante ou diferenciado, que é a assinatura do credor
quando cessado pela maioridade terá ou de seu representante, a autenticação
validade. mecânica é considerada como uma
Se o devedor provar que o menor assinatura eletrônica.
utilizou em benefício efetivamente dele e
de uma maneira útil (Bens de raiz, dívidas Art. 321. Nos débitos, cuja quitação
exigíveis, saúde, educação,...) terá consista na devolução do título, perdido
validade, no exato limite da prova de este, poderá o devedor exigir, retendo o
utilidade pagamento, declaração do credor que
inutilize o título desaparecido.
Pos-Eficacização:
O devedor que paga, tem o direito de
Ratificação expressa ou tácita (172) exigir o recibo (quitação) e a devolução do
Prova do benefício em proveito do credor original título que comprove a dívida,
(310 c/c 181). Benefício efetivo, útil ou podendo se não cumprido, a retenção do
proveitoso ao menor. pagamento e exigir a declaração do
credor que inutilize o título
desaparecido.
Art. 319. O devedor que paga tem direito a
quitação regular, e pode reter o pagamento, A declaração só serve para títulos
enquanto não lhe seja dada. civis. Para títulos cambiais não existe a
declaração que inutilize o título, pois pelos
O devedor pode reter o pagamento até que Art. 896 e 905 o terceiro de boa-fé que
a quitação seja dada, e o devedor não apresentar o título tem direito de receber o
pagará juros de mora. O ônus da prova que pagamento (teoria da aparência).
o credor recusou a dar o recibo de
pagamento é do devedor e isso vem da Art. 328. Se o pagamento consistir na
tradição de um imóvel, ou em prestações Ex: Contrato portable sendo
relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde cumprido quérable.
situado o bem.

Tem-se a tradição real (posse) e a Aula do dia 25/10


documental (registro). A entrega real, a
posse, só pode ser feita onde o imóvel está. Seção V

E documental, o registro, também Do Tempo do Pagamento


aproveita a mesma regrinha. Nas
prestações relativas também devem ser O pagamento deve ser feito no
feitas onde o imóvel está. termo (cláusula que subordina a efeito
Ex: reparações de cera, mudança de futuro e certo) = vencimento.
servidão, pintura do imóvel. Ver: Arts. 133 e 132 = prazo =
Há alguns imóveis que são pagamento antes do vencimento.
registrados em outros lugares (Foz,
Peabiru, Cruzeiro do Oeste, etc), isto dá- Art. 331. Salvo disposição legal em
se, pelo fato da cidade Umuarama ser, contrário, não tendo sido ajustada época
extremamente, nova, mediante isso, não para o pagamento, pode o credor exigi-lo
tinha como fazer registro aqui. imediatamente.
Umuarama tem 2 registros de
imóveis, não se registra em qualquer, mas O credor pode exigir o pagamento
onde for a competência. imediatamente se nada se ajustou ou se
não tem nenhuma disposição legal em
Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que contrário.
se não efetue o pagamento no lugar Ex: Art. 592. Contrato de Mútuo
determinado, poderá o devedor fazê-lo em (Fungível), Inc III – Volta para regra.
outro, sem prejuízo para o credor. Ex2: Art. 581. Comodato.
Ex3: Art. 599. Prestação de serviço.
A lei quer que você pague, mas que Ver: Art. 134 combinado com Art.
não corra riscos graves, à sua vida, saúde e 331. = As obrigações sem prazo são
bens, é o que estabelece este artigo. Se exequíveis desde logo, o credor pode
acontecer um motivo grave, uma exigir imediatamente; salvo se depender
circunstância perigosa pode o devedor de tempo para concluir a obrigação
pagar em lugar diverso, desde que não haja Combinação: Art. 397, P.Ú: O
prejuízo para o credor. termo já trás o prazo, e considera em
mora o devedor após o vencimento do
Art. 330. O pagamento reiteradamente prazo.
feito em outro local faz presumir renúncia P.Ú.: Se não haver termo (prazo) no
do credor relativamente ao previsto contrato, a mora constitui na interpelação
contrato. onde será determinado um prazo e no
vencimento desde o devedor constitui em
Se aquilo que está no contrato mora. Interpelação = notificação.
estiver em desacordo com a forma que o
Art. 332. As obrigações condicionais
contrato está sendo cumprido, presume-se
cumprem-se na data do implemento da
a renúncia do credor relativamente aquela
condição, cabendo ao credor a prova de que
prevista no contrato. Este artigo trás a luz a deste revê ciência o devedor.
cláusula “Venin contra Factum Propriam”. Observação: Art. 121 = Condição é
a cláusula que subordina os efeitos do No caso de falência do devedor ou
negócio jurídico a evento futuro e incerto. concurso de credores. Só se instaura o
Antes do fato condicionante o credor não concurso universal de credores com a
pode cobrar, a partir que ocorreu o fato declaração judicial da falência ou da
condicionante o credor pode cobrar insolvência civil do devedor. Ver: Art.
imediatamente; salvo se depender de 751 CPC e Decreto 7661/45.
tempo (Art. 134); incumbindo ao credor a
prova de que o devedor sabia da
condição, prova feita através da II – Se os bens, hipotecados ou
notificação do devedor. empenhados, forem penhorados em
Combina-se com Art. 397, P.Ú. execução por outro credor;

Art. 333. Ao credor assistirá o direito de


cobrar a dívida antes de vencido o prazo Fide – Confiança. Reais – É palpável.
estipulado no contrato ou marcado neste
Código.
Garantias: 1.º Fidejussórias. -
Ver Art. 133. Os prazos presumem- Aval
se em favor do devedor, então ele pode - Fiança
renunciar o prazo e pagar - Interveniente garante
antecipadamente. Quando o prazo for em solidário
benefício de ambos ou do credor, o 2.º Reais – Hipoteca – posse com
devedor não pode renunciar este prazo. devedor
No código Art. 52 CDC (utilizado só - Anticrese – posse com o credor
se estiver na ponta final, ex: Unipar- - Penhor – posse com o credor
Acadêmico), se o contrato estiver
submetido ao código de defesa do III – se cessarem, ou se se tornarem
consumidor o devedor poderá pagar insuficientes, as garantias do débito,
antecipadamente a dívida com abatimento fidejussórias, ou reais, e o devedor,
dos juros, essa é a exceção a regra é que intimado, se negar a reforçá-las.
com juros não pode abater a dívida com Se cessarem, ou se se tornarem
abatimento dos mesmos. O tribunal insuficientes, as garantias do débito,
entende que os contratos de serviços fidejussórias, ou reais, e o devedor
advocatícios não estão submetidos as Art. intimado, se negar a reforçar as garantias
52 do CDC. há de se conceder um prazo razoável na
Visto isso o credor pode cobrar notificação para reforçar as garantias e no
antecipadamente? De regra: não. Se não vencimento deste prazo é que se pode
vencida a termo ele não pode. cobrar antecipadamente a dívida.
Exceções: Pode o credor realizar a
constelação (cobrar antecipadamente) se Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se
no contrato tiver essas cláusulas, se não houver, no débito, solidariedade passiva,
tiver e o contrato for omisso, somente não se reputará vencido quanto aos outros
nesses casos (incisos) poderá realizar a devedores solventes.
constelação. O vencimento só se considerará
antecipadamente vencido para o devedor e
I – No caso de falência do devedor, não se aproveitará aos outros (Art. 266)
ou de concurso de credores. como exemplo os fiadores.
quitação na devida forma
A) não puder = receber, credor
Capítulo II impossibilitado de receber o pagamento,
DO PAGAMENTO EM sem culpa. Ex: internado.
CONSIGNAÇÃO B) sem justa causa = recusar receber ou
dar quitação. Nesse caso o devedor pode
Art. 334. Considera-se pagamento, e reter o pagamento (Art. 319) ou consigná-
extingue a obrigação, o depósito judicial lo em juízo (Art. 335).
ou em estabelecimento bancário da coisa
devida, nos casos e formas legais. II – Se o credor não for, nem mandar
Considera-se pagamento e extingue receber a coisa no lugar, tempo e condição
a dívida o depósito judicial. devidos;
O recibo é uma sentença julgada Só se aplica nas obrigações
declaratória, pois é um meio da liberação quérables. O simples fato do credor não vir
da obrigação. A consignação é o depósito ou não mandar alguém autorizado a
da coisa devida. É válido também o receber já, dá o direito do devedor
depósito em estabelecimento bancário nos consignar pagamento.
casos e formas da lei (Art. 539 e incisos
CPC). O credor tem 10 dias para se III – se o credor for incapaz de receber, for
justificar depois da notificação para dizer desconhecido, declarado ausente, ou
porque não recebe o pagamento. residir em lugar incerto ou de acesso
“In albis” = o silêncio do credor perigoso ou difícil;
considera quitação integral. A) incapaz: paga a quem tem direito
Justificação por escrito = se o credor (pai/curador/tutor). Só quando o exercício
recusar, o devedor tem 30 dias para entrar do cargo de representante legal estiver
com a ação judicial de pagamento por vago.
consignação.
B) Desconhecido: Ex: credor que morre.
De regra: Depósito no Poder
Judiciário = forma legal C) Ausente: utiliza o mesmo critério do
Exceção: Depósito nos incapaz.
estabelecimentos bancários. – Exige: ser
a dívida em dinheiro, credor conhecido, D) Lugar incerto, perigoso ou difícil:
endereço conhecido quando não se sabe aonde ele está, este
Só se admite consignação nas caso se aplica como no Art. 329. Só é
obrigações de dar (coisa), admite a utilizado quando a obrigação for portable.
consignação nas obrigações de fazer
quando elas estão ligadas à obrigação de IV – Se ocorrer dúvida sobre quem deva
dar. Forma legal = 890 CPC; Casos legitimamente receber o objeto do
legais = 335 CC. pagamento;
Utiliza no caso de dúvida sobre o
Art. 335. A consignação tem lugar: credor. Como exemplo: quando morre o
Os casos elencados na lei são “de cujus” e não se sabe quem são os
taxativos, não admitem outros casos. herdeiros. Utiliza o artigo 344 no caso de
pagamento efetuado em a consignação e
I – Se o credor não puder, ou, sem justa Art. 312.
causa, recusar receber o pagamento, ou dar
V – Se pender litígio sobre o objeto do os requisitos do pagamento.
pagamento.
Litígio sobre o objeto: É no caso de Dinheiro = fica depositado na poupança de
terceiros, credores do credor em pedido de Banco Oficial.
penhora do crédito. Apenas por uma outra Joias, Títulos de Crédito, Obras de Arte =
relação jurídica o terceiro quer o objeto fica depositado em cofre bancário
dessa dívida para penhora da outra. O resto fica com o oficial de justiça
Combinando com o artigo 344, que que é o depositário público. Em alguns
qualquer dos pretextos credores, qualquer casos o juiz poderá nomear um depositário
um deles podem requerer a consignação particular. O depositário tem direito a uma
através da ação adequada para cobrar a remuneração e as despesas pagas.
dívida. A partir do momento do depósito o
risco
Art. 336. Para que a consignação tenha da coisa é do seu dono “res perit
força de pagamento, será mister domino”.
concorram, em relação às pessoas, ao  Cessa os riscos para o devedor se a
objeto, modo e tempo, todos os requisitos ação for procedente, sendo o credor que
sem os quais não é válido o pagamento. suportará os riscos da coisa; se a ação for
Para que a consignação tenha força improcedente o devedor suportará os
de pagamento, deve ser movida pelo riscos. Combina-se com o Art. 343. -
devedor ou interessado contra o credor princípio da sucumbência.
legítimo no lugar de pagamento, e a coisa
devida. Aula dia 31/10.
A consignação deve obedecer aos Para entendimento do próximo artigo:
requisitos do pagamento. O problema é o
requisito tempo. O devedor só pode Petição Citaçã Constes Impug
consignar depois de vencido o débito. Inicial o tação nação
A recusa do credor em receber o
pagamento permite a consignação a qualquer Audiênci
Sentenç Audiência a
tempo. a
de Conciliat
Instrução
O CPC estabelece um prazo de ória
cinco dias após a data de vencimento (para Depois da P.I prazo de 05 dias, após
prestações periódicas), mas esse prazo não citação prazo de 15 dias.
se aproveita à outras consignações. Art. 893 CPC = o depósito da coisa
O STJ entende que a consignação deva ir na petição inicial. No Art. 267,
pode ser feita a qualquer tempo. O Inc.VIII extingue o processo sem
devedor em mora pode fazer pagamento julgamento do mérito por desistência da
em consignação desde que deposite toa a ação.
sua mora, é o entendimento do STJ. Antes da citação não precisa da
concordância do réu para desistir do
Art. 337. O depósito requerer-se-á no lugar processo, depois precisa. (Arts. 294; 267,
do pagamento, cessando, tanto que se VIII; 264, §4º = cpc).
efetue, para o depositante, os juros da
dívida e os riscos, salvo se for julgado Art. 338. Enquanto o credor não declarar
improcedente. que aceita o depósito, ou não o impugnar,
Este artigo complementa o 336, pois poderá o devedor requerer o levantamento,
confirma que para que tenha validade à pagando as respectivas despesas, e
ação de pagamento o mesmo tenha que ter
subsistindo a obrigação para todas as Se a escolha da coisa indeterminada for
consequências de direito. do credor, o devedor deverá citar o credor à
Há um conflito com os artigos do somente escolher no prazo de cinco dias (543
processo, então deverá entender como CPC) sob pena de perder o direito de escolha,
enquanto o credor não for citado, poderá se passar os cinco dias o juiz intima o devedor
para escolher e indicar onde está a coisa para
então levantar o depósito, subsistindo a
ser depositada (341c/c).
obrigação. Aplica-se antes da citação.

Art. 339. Julgado procedente o depósito, o Art. 343. As despesas com o depósito, quando
devedor já não poderá levantá-lo, embora julgado procedente, correrão à conta do
o credor consinta, senão de acordo com os credor, e, no caso contrário, à conta do
outros devedores e fiadores. devedor.
Aplica-se somente após a sentença. Se a coisa se perder o dono da coisa
Depois da sentença não aceita a desistência sofre com o prejuízo, mas se for por culpa do
da sentença, somente aceita se todos depositário esse terá que restituir com perdas
envolvidos na obrigação concordarem. e danos também, além do valor equivalente.

Art. 340. O credor que, depois de contestar Art. 344. O devedor de obrigação litigiosa
exonerar-se-á mediante consignação, mas, se
a lide ou aceitar o depósito, aquiescer no
pagar a qualquer dos pretendidos credores,
levantamento, perderá a preferência e a
tendo conhecimento do litígio, assumirá o
garantia que lhe competiam com respeito à risco do pagamento.
coisa consignada, ficando para logo Quem paga mal, paga duas vezes.
desobrigados os codevedores e fiadores
que não tenham anuído. Art. 345. Se a dívida se vencer, pendendo
Aplica-se depois da citação e antes litígio entre credores que se pretendem
da sentença. Se o credor concordar com o mutuamente excluir, poderá qualquer deles
levantamento considera-se extinta para requerer a consignação.
todos efeitos legais, nascendo uma nova Os credores NÃO podem pedir a
obrigação apenas entre o devedor e o consignação do pagamento. Eu sou devedor e
credor. meu devedor morre, tem 2 supostos herdeiros.
Se vencer a dívida pendendo litígio, qualquer
um deles poderá consignar em juízo.
Art. 341. Se a coisa devida for imóvel ou
corpo certo que deva ser entregue no
mesmo lugar onde está, poderá o devedor
citar o credor para vir ou mandar recebê-la,
sob pena de ser depositada. Capítulo III
O devedor na citação contra o credor Do pagamento com sub-rogação
para ele ir ou mandar buscar a coisa sob Sub-Rogação real: é a substituição de uma
pena de ser depositada. Na obrigação coisa por outra.
quérable o devedor não precisa pagar as Sub-Rogação pessoal: é a substituição de uma
despesas. pessoa por outra.

Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada No código civil ele só fala sobre sub-
competir ao credor, será ele citado para esse rogação pessoal. Podem ocorrer duas formas a
fim, sob cominação de perder o direito e de transferência em razão do pagamento:
ser depositada a coisa que o devedor escolher; I – Legal = 346 – só quando a lei determina.
feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á Não admite analogia. Ex: 786, 831, 1368,
como no artigo antecedente. 1429, 1478, 259.
II – Convencional = 347. interessado a sub-rogação legal, mas pode
entrar no caso da sub-rogação convencional.
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno
direito, em favor: Art. 347. A sub-rogação é convencional:
Aqui é uma sub-rogação por força do É quando a sub-rogação é pela expressa
texto legal, ela é automática, pois a lei que manifestação das partes.
determina essa sub-rogação. É um benefício
da lei. Essa sub-rogação decorre da vontade I – Quando o credor recebe o pagamento de
da lei. A sub-rogação admite pacto de proibir terceiro e expressamente lhe transfere todos os
a ocorrência de sub-rogação no contrato, pois seus direitos;
essa cláusula é válida. A diferença de sub- Pela vontade livre e manifesta do
rogação e cessão é o título de transferência de credor e lhe transfere todos os seus direitos.
crédito contra o pagamento. Na cessão tem Deve constar no recibo esse texto de sub-
um título registrado em instrumento público e rogação convencional. Pode também transferir
na sub-rogação apenas um recibo de quitação também partes dos direitos. Para ela produzir
do pagamento. efeito, tem que ser contemporânea ao
pagamento (no momento do pagamento –
I – Do credor que paga a dívida do devedor concomitantemente). Expressamente NO
comum; RECIBO.

A sub-rogação opera em favor do II – Quando terceira pessoa empresta ao


credor que paga a dívida do devedor comum. devedor a quantia precisa para solver a dívida,
Ex: Lei 8009/90; Art. 1478. Ele paga essa sob a condição expressa de ficar mutuante
dívida para adquirir um direito de sub-rogado nos direitos do credor satisfeito.
preferência. Está em desuso no direito brasileiro.
Quando um terceiro empresta a quantia
II – Do adquirente do imóvel hipotecado, que precisa para pagar a dívida e ficando o
paga a credor hipotecário, bem como do mutuante sub-rogado nos direitos do credor
terceiro que efetiva o pagamento para não ser satisfeito. É feito por contrato de mútuo. O
privado de direito sobre imóvel; problema é emprestar a grana e o devedor não
pagar a dívida.
Dominos:
1) Dispor = transferir, vender, alienar, Art. 348. Na hipótese do inciso I do artigo
hipotecar. antecedente, vigorará o disposto quanto à
2) Usar = direito de poder usar a coisa. cessão do crédito.
3) Gozar = direito de fruir da utilidade da Aplicam-se as regras da cessão de
coisa. crédito na hipótese do inciso I.

Usufruto: Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo


Se extingue com prazo, acordo ou falecimento credor todos os direitos, ações, privilégios e
do usufrutuário. garantias do primitivo, em relação à dívida,
1) Dispor = proprietário. contra o devedor principal e os fiadores.
2) Usar = fica com o usufrutuário. Neste artigo consta o efeito da sub-
3) Gozar = fica com o usufrutuário. rogação. O sub-rogado recebe todos os
direitos, garantias, ações, privilégios do
III – do terceiro interessado, que paga a dívida primitivo credor. Existem alguns direitos que
pela qual era ou podia ser obrigado, no todo não se transferem:
ou em parte. I – Menos os direitos que foram
transformados pelo próprio pagamento, pela
Ex: avalista, o sub-locatário, a seguradora. sub-rogação. Ex: pagamento de dívida
Não se aplica no caso de terceiro não solidária; mudança da natureza jurídica da
dívida pelo pagamento = lei 6830/80 = Ex: fungíveis entre si);
pagamento de dívida fiscal; 4º - Líquidas e vencidas;
II – Não se transferem as exceções pessoais a 5º - Pagamento oferecido deve ser suficiente
que competiam ao credor primitivo. para quitar integralmente a dívida escolhida.

Art. 350. Na sub-rogação legal o sub-rogado Art. 353. Não tendo o devedor declarado em
não poderá exercer os direitos e as ações do qual das dívidas líquidas e vencidas quer
credor, senão até à soma que tiver imputar o pagamento, se aceitar a quitação de
desembolsado para desobrigar o devedor. uma delas, não terá direito a reclamar contra a
O sub-rogado só se exerce os seus imputação feita pelo credor, salvo provando
direitos e garantias até o valor que ele haver ele cometido violência ou dolo.
desembolsou. Ex: dívida de 100 mil e o sub- Se o devedor não tiver exercido o
rogado paga 70 mil, então ele só pode cobrar direito de imputar o pagamento, o credor pode
os 70 mil que pagou. Este artigo só se aplica imputar no recibo e se o devedor aceitar a
para a sub-rogação legal, não atingindo esse quitação ele não terá direito de reclamar
limitador para no caso de sub-rogação contra a imputação feita pelo credor, salvo se
convencional, a dívida acima a ser cobrada provando haver cometido violência ou dolo.
seria de 100 mil e não mais de 70 mil.
Art. 354. Havendo capital e juros, o
Art. 351. O credor originário, só em parte pagamento imputar-se-á primeiro nos juros
reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, vencidos, e depois no capital, salvo
na cobrança da dívida restante, se os bens do estipulação em contrário, ou se o credor
devedor não chegarem para saldar passar a quitação por conta do capital.
inteiramente o que a um e outro dever. Súmula 121 STF; com Art. 591 e
Quando o credor originário e o sub- Decreto 22626/93 no Artigo 4º. O pagamento
rogado que foram pagos parcialmente e ambos imputar-se-á primeiro nos juros vencidos e
estão em cobrança da dívida restante, a depois no capital, salvo estipulação em
preferência fica ao credor originário. contrário ou se o credor anuir dando quitação
por conta do capital. Regra: Primeiro nos
Capítulo IV juros depois no capital.
Exceção 1: Salvo em estipulação em
DA IMPUTAÇÃO DO contrário. Exceção 2: Ou se o credor passar a
PAGAMENTO quitação por conta do capital. Obs: Se o
credor passar quitação por conta do capital
Imputar é apontar, indicar, escolher. sem fazer a ressalva dos juros, presume-se que
Imputação do pagamento é o ato pelo qual o estes foram pagos (Art. 323).
devedor de mais de uma dívida, da mesma
natureza, a um mesmo credor, escolhe qual Art. 355. Se o devedor não fizer a
quer pagar. indicação do art. 352, e a quitação for omissa
quanto à imputação, esta fará nas dívidas
Art. 352. A pessoa obrigada, por 2 (dois) ou líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as
mais débitos da mesma natureza, a um só dívidas forem todas líquidas e vencidas ao
credor, tem o direito de indicar a qual deles mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais
oferece pagamento, se todos forem líquidos e onerosa.
vencidos. Se o devedor e o credor não imputar o
É do devedor o direito de imputar. Para poder judiciário (juiz) irá imputar no lugar
que seja possível realizar o direito de deles e o primeiro critério é o cronológico
imputação são necessários os requisitos: (dívidas líquidas e vencidas em primeiro
1º - Existência de mais de uma dívida; lugar). Se der empate e todas vencidas ao
2º - Ao mesmo credor; mesmo tempo, aplica-se o critério de
3º - Dívidas da mesma natureza (objetos onerosidade, então imputar-se-á a mais
onerosa.
A primeira dívida é a mais onerosa, pois Art. 359. Se o credor for evicto da coisa
possuem mais pessoas envolvidas nela. recebida em pagamento, restabelecer-se-á a
Imputar-se-á a que mais tiver interesse de obrigação primitiva, ficando sem efeito a
quitar. Se não der para distinguir as dívidas quitação dada, ressalvados os direitos de
pelos critérios, cronológico e onerosidade, terceiros.
aplica-se o cpc onde extingue o maior número Evicto é aquele que perdeu a coisa
de dívidas possíveis. adquirida onerosamente, em razão de um
vício anterior da aquisição. Ver. Arts. 447 e
Capítulo V 450.
O credor que recebeu a coisa em dação
Dação De Pagamento que veio perder a coisa por um vício anterior,
restabelece a obrigação anterior, pois a
É o acordo liberatório entre credor e devedor, quitação fica anulada e volta a existir a dívida,
onde o credor aceita a prestação diversa da mas os fiadores não voltam a existir com a
que é devida para liberar o devedor dívida por força do art. 838, inc. III. Exceção:
se provar que o terceiro estava de má fé, ele
Art. 356. O credor pode consentir em receber volta como garantidor. As garantias como a
prestação diversa da que lhe é devida. hipoteca volta respeitando os direitos de
Resulta-se da livre manifestação de terceiros.
vontade do credor em aceitar prestação
diversa para liberar o devedor. Não se admite Capítulo VI
dação em pagamento com dinheiro, se isso
ocorrer é pagamento por perdas e danos. A DA NOVAÇÃO
dação é “aliud pro alio” = uma coisa no lugar
da outra. Devido ≠ Pactuado. Combina-se É a substituição convencional de uma
com o Art – 313 CC. Troca de casa em dívida. dívida antiga por uma dívida nova, “Reforma
Não se fala em dinheiro, não se fala em valor. de papagaio”. Requisitos da novação:
1º - Existência de uma obrigação anterior, que
Art. 357. Determinado o preço da coisa dada ficará extinta pela novação;
em pagamento, as relações entre as partes 2º - A criação de uma obrigação nova;
regular-se-ão pelas normas do contrato de 3º - Capacidade das partes não só para receber
compra e venda. e dar quitação, mas também para dispor do
A dação normal se faz “aliud pro alio”. direito;
A partir do momento que estabelecer o valor, 4º - “Animus Novandi”, a intenção explícita e
transforma-se a dação em uma compra e inequívoca de novar, de criar uma nova
venda. Se o valor da coisa for menor, fica obrigação e substituir a anterior.
ainda o devedor devendo e sendo considerado A Maria Helena e o Silvio Rodrigues
um pagamento parcial. Se o valor da coisa for trás um quinto requisito que é o “Aliquid
superior da dívida, o credor é quem fica Novi”. A manifestação expressa e explícita da
devendo para o devedor. parte em contrariar uma nova dívida para
substituir a anterior, é o que determina a
Art. 358. Se for título de crédito a coisa dada novação, sem necessitar o “aliquid novi”,
em pagamento, a transferência importará em isso é o que os novos doutrinadores e a
cessão. lei determinam.
Se for título de crédito se faz a
transferência aplicando as regras da cessão de Art. 360. Dá-se a novação:
crédito e não mais por compra e venda. No
Art. 296 o cedente não se responsabiliza pela I – Quando o devedor contrai com o credor
solvência do devedor, pois a cessão é “pro nova dívida para extinguir e substituir a
soluto” anterior;
É a novação objetiva: pois permanece o
mesmo credor com o mesmo devedor o que
irá modificar é a obrigação. Não é o valor,
mas a vontade expressa das partes.

II – Quando novo devedor sucede ao antigo,


ficando este quite com o credor;
Novação Subjetiva Passiva: pois muda
o devedor, onde o novo devedor assume uma
obrigação para extinguir outra obrigação
anterior. Nova dívida, novo devedor.

III – quando, em virtude de obrigação nova,


outro credor é substituído ao antigo, ficando o
devedor quite com este.
Novação Subjetiva Ativa: muda o
credor, pois nova obrigação criada com o
novo credor substitui na obrigação anterior.

Art. 361. Não havendo ânimo de novar,


expresso ou tácito, mas inequívoco, a segunda
obrigação confirma simplesmente a primeira.
Se não houver o “animus novandi” de
criar uma nova obrigação para extinguir a
anterior, está caracterizada a novação, pois o
“animus novandi” não se presume.
Entende-se o “animus novandi” tácito a
partir que se encontra como elemento novo o
“aliquid novi”, se a nova obrigação tem um
novo elemento, tiver um elemento
incompatível com o elemento anterior. é o que
diz Serpa Lopes. Não caracteriza novação:
Ver Washington e Lopes. Quando o credor
parcela a dívida. quando o credor troca o
título.

Art. 362. A novação por substituição do


devedor pode ser efetuada independentemente
de consentimento deste.
Pelo art. 304, o terceiro pode pagar.
Para novar o terceiro pode pagar por novação
desde que o credor aceite, concorde, mas não
precisa que o devedor concorde.
A novação se dá:
a) expromissão: sem consentimento do
devedor, sem participação deste o 3º nova
com o credor.
b) delegação: é quando o primitivo devedor
concorda e indica o novo devedor.
CR = Delegatório; Velho DV = Delegante;
Novo DV = Delegado.

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