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Guia de Anotações para a Faculdade

Direito Civil - Obrigações

Do adimplemento e Extinção das Obrigações: O vínculo obrigacional nasce


para ser extinto, baseado na vontade de duas partes, e se teve o fim, sua extinção, ele
teve um fim justo, não houve inadimplemento de nenhuma das partes. O
adimplemento é o cumprimento da obrigação, logo uma obrigação que foi adimplida é
uma obrigação que foi cumprida de forma correta, normalmente elas normalmente são
cumpridas após o ato jurídico de pagamento, que resolve a obrigação.
O pagamento nada mais é do que uma forma de extinção da obrigação, mas de
uma forma integral, onde não tenha sobras e nada faltando, pois é algo que o credor
espera que seja feito pelo devedor, um dever quase moral a efetivação desse
pagamento. O pagamento está fixado no devedor, mas há certos casos em que outras
pessoas podem honrar com o pagamento, entrando nessa situação interessados e
terceiros para que se resolva essa situação. É um dever do Devedor, mas não é
exclusivo dele. O art 304 do código civil está previsto que qualquer interessado na
extinção da dívida pode querer pagá-la, mas caso o credor não queira esse pagamento,
o devedor pode usar de toda os seus direitos para que se exonere sua dívida., como
usar de ações ou da própria justiça para que seja feita esse caso. Os dois princípios
que norteiam esse pagamento é o da Boa Fé - Onde os dois credores vão construir
esse laço obrigacional de forma honesta e justa durante todo o correr do processo,
observando os vários fatores que as permeiam para que não haja problemas e tudo
corra o mais transparente possível - e o da Pontualidade - A dívida deve ser paga no
local estabelecido e no prazo fixado, mediante juros e moras caso não seja efetuado o
devido pagamento da dívida.
O pagamento da obrigação tem a natureza jurídica de Fato Jurídico pois ele
produz efeitos no mundo jurídico, logo que a obrigação seja cumprida, vai haver essa
alteração, porém há duas correntes que diferem dessa ideia, onde ele aparece como
um fato Strictu Sensu - Produz efeitos determinados em lei e não dependem da
vontade das partes - enquanto outra parte da doutrina acredita que a extinção do
negócio será extinto dependendo da natureza do pagamento, onde há a vontade de
quitar essa dívida, logo o pagamento será feito com base nesse desejo. Em certos
casos, o pagamento acontece, mas em muitos casos não há a voluntariedade da parte
devedora, entre vários outros casos excedentes que mostram que nem sempre a parte
devedora não há escolha de pagar ou não pagar, apenas um tempo determinado para
acontecer. Os pré requisitos para que se haja esse pagamento é necessário
primeiramente ter uma relação jurídica e haver um credor e um devedor, além da
vontade de quitar a dívida bem como o cumprimento da prestação, no caso, ser
colocado uma pessoa que paga e que vai receber o valor.
O devedor é quem, em regra, deverá efetuar o pagamento da dívida, porém em
certos casos uma parte interessada ou desinteressada pode querer efetuar o
pagamento, para assim quitar a dívida, mas caso não seja pago, essa terceira parte
interessada pode acabar tendo sanções caso não for pago (Art 304). O interessado é
comumente o Fiador ou o Devedor Solidário, que juntos do devedor vão fazer o
pagamento da dívida, isso nos casos de um terceiro interessado no pagamento da
dívida. Há casos em que somente o devedor poderá pagar, chamadas de obrigações
personalíssimas, que seguem o mesmo princípio da obrigação de fazer infungível.
Mas como no mundo do direito nada é só flores, também há os terceiros que
não são interessados no negócio, mas mesmo assim eles querem que a dívida seja
quitada, logo vão pagar o valor. Nesses casos em que esses terceiros não tem o
interesse de participar do negócio, sua obrigação não se torna jurídica, mas sim, moral
(Par único-Art304). Logo o terceiro não interessado pode pagar a dívida, como uma
obrigação moral em nome do devedor, mas caso o devedor não queira ou não
concorde, claro mediante uma causa válida ou minimamente justa, e mesmo assim o
terceiro preferiu pagar, o devedor não tem a obrigação do pagamento ou do reembolso
do terceiro não interessado que a pagou, ao menos se o devedor que negou não tinha
meios para se defender, ilidir a ação. Caso for apenas por puro orgulho ou algo que o
valha, o terceiro irá receber um reembolso, também mediante parte da dívida estar
prescrita ou algo do tipo, reembolsando o terceiro não interessado pela parte que ainda
se manteve “pura” ou por ela completa, valendo também para os casos de, por
exemplo, de uma prescrição completa (Art 306).
*No Art 305, no entanto, o terceiro não interessado que paga a dívida EM
SEU NOME tem o direito de reembolso do que for pago, mas não entra nos direitos
de credor, logo, ela não substitui a figura do credor. Assim, consequentemente, surge
uma nova obrigação jurídica e o terceiro não interessado agora fica na posição de
credor perante o devedor que o irá reembolsar, contanto que, relembrando, o terceiro
tenha pago a dívida em seu nome. Se ele fizer o pagamento antes de vencida a dívida,
ele poderá pedir o reembolso somente na data de vencimento da dívida, caso for pago
na data exata, terá o reembolso.
No Art 307 é previsto a questão de transferência de propriedade como função
de quitação da dívida, prevendo que somente o dono da propriedade terá a capacidade
de vender a determinada propriedade em função de sanar a dívida, mas em seu
parágrafo único é previsto que no caso de bens fungíveis, o credor não pode exigir
nada de quem em boa fé aceitou o pagamento da dívida em bem fungível, mas sim
pode inquirir aquele que agiu de má fé para assim ter seu reembolso mediante coisa
perdida.
A quem devemos pagar ? - Art 308
O pagamento deve ser efetuado ao credor ou a quem perante a lei o representar
sob pena de valer após o pagamento ratificado, ficando expressamente necessário que
seja pago ao credor ou a um representante que o valha. Os tipos de representantes são
os Legais: Pais e afins - Judicial: um curador nomeado pelo juiz - Convencional:
autorizado pelo credor.
Por exemplo, se houver um menor que seja devedor em uma relação jurídica,
haverá a necessidade dos pais agirem como representantes pois o pequeno não pode
quitar a dívida como um completamente capaz conseguiria. Na convencional o
pagamento pode ser feito direto ao credor ou ao representante.
Art 311 - Considera-se autorizado a receber o pagamento aquele que recebeu a
quitação, salvo se as circunstancias contrariarem a presunção daí resultante. No Art
309 do CC vemos a questão do credor putativo, onde mesmo que o devedor tenha
pago de boa fé a dívida para uma pessoa se passando pelo credor, esse ainda é válido,
mesmo que provado que seja uma outra pessoa se passando pelo credor original.
Outra questão que vale ressaltar é que o pagamento feito feito ao credor incapaz, não
será válido, porém se ficar provado que em benefício do credor capaz foi revertido o
valor pago ao incapaz, este será válido, mas há uma exceção no caso dos pródigos,
onde o pagamento é válido se for pautado na boa fé (Art 310).
*Art 312 - Pagamento Efetuado ao Credor cujo Crédito foi Penhorado
De uma forma simples, quando há uma dívida e o credor tem um dinheiro a
ser recebido, mas se esse credor é devedor em outro caso, o valor que ele receberia
pode ser colocado em penhora pelo juiz para que em ver de ser pago diretamente ao
credor, seja pago ao outro devedor, afinal o valor foi penhorado. Caso esse Devedor
decida ir contra a decisão judicial e mesmo assim pagar o valor que foi previsto a o
credor, será obrigado a repetir o pagamento para o outro credor que penhorou o valor
previamente estipulado. Quando a dívida for devidamente sanada depois da penhora,
o valor que sobrar será transferido de volta ao primeiro credor que antes seria pago o
valor total.
Sobre o objeto do pagamento tem que ser exatamente o que foi delimitado
pelo devedor e pelo credor, afinal, ele não é obrigado a aceitar algo diferente do que
foi estipulado, ainda que mais valioso, quando há múltiplos objetos de pagamento, a
dívida só será sanada caso os três sejam entregues de forma integral sem permissão de
divisão se assim não foi estipulado. No 325, presume-se que o devedor irá arcar com
o pagamento e a quitação, se eventualmente ocorrer o aumento por fato do credor, ele
ainda assim suportará a despesa acrescida.

Direito Empresarial
Sociedades: Quantos e quais são os tipos societários ?
Ao todo a quantidade de tipos societários é de 14, onde as sociedades
empresariais se dividem em personificadas e não personificadas, que por sua vez se
subdividem em sociedade comum, sociedade em conta de participação, sociedade
simples, sociedades empresárias.
As sociedades personificadas simples se subdividem em sociedade de
atividades intelectuais e sociedade cooperativa. As Sociedades personificadas
empresárias se subdividem em sociedade em nome coletivo, em comandita simples,
limitada, anônima e em comandita por ações. Todas esses tipos de sociedade estão
previsto no código civil do artigo 986 ao 1096, ressaltando que as sociedades
anônimas tem uma lei esparsa, além dos artigos no código civil (art 1088 e 1089), no
caso a lei 6404/1976. As sociedades não personificadas tem sua base legal dos arts.
986 a 996 do CC/2002 enquanto as personificadas tem sua base legal nos arts. 997 a
1.101 do CC/2002.

Direito Constitucional
Falta apenas a segurança jurídica para finalizar o estudo dos direitos
fundamentais, previstos no art 5º da CF. Relembrando que eles são vinculante, por
vincular os três poderes e os particulares, logo sua eficácia é irradiante , porém eles
são relativos, logo podem ser limitados dadas as determinadas circunstâncias, nunca
sendo acima da constituição, mas há situações que cobram essa posição, afinal,
nenhum direito é absoluto, podendo ocorrer conflitos entre os direitos fundamentais e
uma confusão para qual vai prevalecer, como conflitos de interesse e divergências das
mais variadas formas.
Direito a Segurança Jurídica: Não se confundir com segurança pública, pois
a segurança jurídica é um direito fundamental que implica a normalidade, a
estabilidade e a proteção contra alterações bruscas na realidade fático-jurídica, uma
forma de criar uma segurança jurídica para que as pessoas não acabem sendo afetadas
negativamente por mudanças bruscas no direito ou nas leis. No inciso II do artigo 5º
temos o princípio da legalidade, onde ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer
senão em virtude de lei. O código penal repete essa disposição, bem como o art 39,
onde não há crime sem lei anterior que o defina nem pena sem prévia cominação, logo
nenhuma autoridade pode alegar crime sem que haja uma lei condenando o ato feito.
É uma forma de controlar o estado para que não haja excessos de nenhuma das partes.
É o princípio da legalidade e da Anterioridade da Lei Penal incriminadora,
uma forma de evitar que haja uma arbítrio abusivo, para que não sejam criados crimes
sem que estejam pautados na lei. Ele é um direito exteriorizado em vários princípios
que se aplicam em qualquer área do direito e se aplica também no art 5º da CF, como
no caso do princípio da inafastabilidade da jurisdição, princípio do Acesso à justiça e
do livre acesso a ela. As portas do judiciário estão abertas e aqueles que forem lesados
podem recorrer para que a justiça seja feita, pois a jurisdição não pode ser afastada.
Para que tal ação possa ser tomada de forma eficiente, é necessário advogados e
outros fatores que em muitos casos tornam-se caros, afinal é um trabalho como
qualquer outro, bem como o próprio acesso à jurisdição, mas ainda no art 5º, todos
aqueles que provarem insuficiência de recursos, serão amparados pelo estado para que
tenham o livre acesso à justiça. A defensoria pública, apesar de raros, são os que
mantêm as “portas abertas” para o legislativo e o judiciário, facilitando esse acesso. É
um serviço do estado, mas aos poucos eles estão acompanhando o ritmo, mas bem
lentamente.
Outro princípio que está ligado a segurança jurídica é o da irretroatividade da
lei, onde o direito de forma alguma irá prejudicar o direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e praticado e a decisão judicial (coisa em julgada). Quando a lei é criada, ela
tem sua eficácia do ponto em que ela foi criada para frente, logo, obviamente, ela não
vai ter eficácia em casos anteriores a criação e entrada em vigor dela. Mas na
constituição há uma única exceção, na forma do inciso 40, onde na lei penal, só
haverá a retroatividade caso seja em favor, para que beneficiasse o réu, seja abolindo
um crime ou diminuindo sua pena.
Por fim, no inciso 37, está o princípio do juiz natural ou legal, mais um
princípio ligado aos processos judiciários, onde não haverá juízo ou tribunal de
exceção, mas para complementar no inciso 53: ninguém será processado nem
sentenciado senão pela autoridade competente, logo mesmo que a autoridade seja
superiora em todos os sentidos, ela vai se submeter a lei, podendo eventualmente ter
uma prerrogativa de foro e etc, mas no princípio as autoridades competentes para esse
julgamento são as que estão mais preparadas para o julgamento.
Previsto no inciso 38, logo abaixo, é reconhecido a instituição do júri, com a
organização que lhe der a lei, assegurados a plenitude de defesa, o sigilo das votações,
a soberania dos veredictos a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra
a vida e assim se segue. Esses princípios vão nos seguir não importa a área que fomos
seguir.
Outro princípio é o do devido processo legal, onde ninguém, absolutamente
ninguém vai ser privado da liberdade ou de seus bens sem um devido processo legal,
pois é anti-constitucional privar alguém da liberdade ou afins sem que haja um
processo legal, uma causa legal para que haja essa tomada de ações. Um processo que
não ocorrer de acordo com a lei, será passível de anulação pela parte que se sentir
lesada, ainda mais que no inciso 55 há o princípio do contraditório e da ampla defesa,
onde cabe aos litigantes, durante um processo judicial ou administrativo, bem como
os acusados em geral, serem assegurados o direito de poderem contradizer as
alegações do outro e de poder se defender de forma ampla, trazer provas e fazer jus a
sua defesa, no caso, uma ampla defesa, com meios e recursos a ela inerentes. O acesso
ao poder judiciário está aberto, logo qualquer pessoa pode acionar o judiciário
mediante ação, podendo alegar qualquer coisa, mas normalmente esses casos
necessitam de defesa, caso contrário não haverá procedência e ainda pode haver uma
consequência a parte que movimentou essa ação judicial, caso ela não prove seu ponto
ou fique provado que ela esteja agindo de má fé, podendo responder por tal.
Em uma súmula vinculante do STF sobre que é direito do defensor ter acesso
amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao
exercício do direito de defesa, no caso, o defensor pode ter acesso aos autos polícias
documentados que forem essenciais para a defesa de seu cliente. Outra regra bem
importante referente a segurança jurídica diz respeito as provas encontradas por meios
ilícitos, uma vez que segundo o princípio é algo inadmissível, pois apesar do réu
poder criar sua defesa, ele não pode se servir de provas ilegítimas, pois fere uma regra
processual ou uma prova ilícita, como uma prova um depoimento mediante tortura,
onde elas infligem dano a bens e direitos de outrem.
Mas apesar de tudo, há uma discussão sobre a privacidade das pessoas nesse
tocante, pois, apesar da CF defender os direitos de privacidade como direito universal,
porém há o tocante de que, mesmo com esses direitos assegurados, se houver um
inquérito ou algo que autorize tal ação, haverá a interceptação, mas no caso não se
aplica para grampeamento telefônico sem a autorização judicial é passível de ser
usado, mas como nenhum direito é absoluto, há o princípio da proporcionalidade, ao
colocar esses dois fatores em uma balança, terá de pender o lado que está a favor da
justiça.
As provas ilícitas são proibidas, mas em certos casos há a proporcionalidade
onde esse princípio se baseia em que essas provas não podem servir de base, logo elas
devem ser retiradas do processo e não levá-las em consideração caso seja julgado,
mas o princípio de proporcionalidade visa balancear os direitos e valores postos em
contraste e para que seja feito a real justiça. Apesar do direito à privacidade ser
importante, em certos casos não há como ignorar que talvez essa prova seja somente a
única a favor da justiça. Há também a teoria dos frutos da árvore venenosa, onde por
meio de uma prova ilícita é possível retirar outras provas, acabam surgindo outras
provas que condenam a ação, por isso o nome da teoria, e portanto deve ser
desentranhada, tanto a prova ilícita bem como as provas decorrentes dela. Os agentes
públicos não escapam de tal princípio, pois eles também são afetados pela questão da
privacidade, pois enquanto ele está em sua vida particular ou fora do trabalho, ele é
protegido pela privacidade prevista em lei, mas se estiver ligado a sua posição ou a
sua figura pública, incidindo em outros artigos presentes na CF não há a questão da
privacidade, pois essa alegação não é válida já que estamos em uma área pública.
Segundo o inciso 57, há a prévia que se tornou polêmica do princípio da
presunção de inocência ou do princípio da Não culpabilidade, onde ninguém será
considerado culpado até que seja considerado trânsito em julgado de sentença penal
condenatória, ou seja, a prisão ainda pode ser aplicada, porém de uma forma cautelar,
não como se houvesse já tido o trânsito em julgado e prender a pessoa por uma dura
pena, mas sim apenas para reclusão.
Em uma votação de onze ministros ficando o valor de 6 a 5, ficou fixado que
não pode haver a prisão antes da segunda instância, uma forma de execução
antecipada da pena, mas ainda cabe a discussão, ainda mais que a prisão cautelar está
aí, pois a CF não menciona a prisão, mas sim a condenação, pois ele só poderá arcar
com sua pena, a partir do momento em que ele for considerado julgado e culpado.
Por fim temos o princípio da celeridade e da razoável duração do processo,
onde está previsto a todos, em qualquer âmbito, são assegurados a razoável duração
dos processos e os meios que garantam a celeridade, a agilidade de sua tramitação,
pois é algo importante uma vez que há casos em que processos antigos estão sendo
julgados até hoje, uma forma de evitar uma exacerbação da burocracia e evitar a
repetição e causas idênticas, por isso a existência desse princípio, além de prever a
conciliação e a mediação, pois visa encontrar a resolução dos problemas e dos
conflitos (por meio da emenda constitucional 45/04).

Mediação, Conciliação e Arbitragem

Lei 9307/96 - Arbitragem


Lei 13129/15 - Arbitragem
Lei 13140/15 - Mediação

Direito Ambiental e Agrário


O direito agrário tem uma necessidade imensa das outras matérias, ela tem
interpretação sistêmica, ou seja para aplicar o direito agrário, inevitavelmente vai ser
necessário conhecer outros direitos.
O conceito de direito agrário é o conjunto de normas jurídicas que dizem
respeito ao aproveitamento do imóvel rural. A Norma jurídica é um conceito mais
amplo, mas para que fique mais fácil é um impositivo de conduta, bem como uma
regra ou algo do tipo. O Termo jurídico é pois ela afeta efetivamente o mundo jurídico
ao redor dela e ela coage os sujeitos a uma conduta desejada de forma indireta, mas
em certos casos há a intervenção direta. Essas normas jurídicas não abrangem
somente a lei, mas sim como costumes e a cultura de determinado local. Mesmo que
em muitos casos, decisões baseados nesses princípios sejam contra legem, é possível
que fiquem válidos se for do costume de determinada região ou até mesmo a cultura,
como no caso do direito grego que evoluiu para dar o direito de preferência do
arrendatário no caso de uma compra da propriedade que ele já está usando alugada.
O estatuto da terra é o principal exemplo legal (Lei federal nº 4504/64) ,
ligando ao decreto 5589/65, 59428/66 e o decreto 59556/66.
O imóvel rural, presente no conceito, é o prédio rústico que se destina à
exploração extrativa, agrícola, pecuária ou agroindustrial, porém há um critério para
essa destinação* o plano diretor é uma legislação urbanística que visa atender a
política de desenvolvimento urbano e tem como objetivos: ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade bem como garantir o bem estar de
seus habitantes, baseado na quantidade de habitantes de determinada cidade, sendo
mais de 20 mil habitantes, sendo o instrumento básico da política de desenvolvimento
e de expansão urbana, mas o ponto principal e relevante para essa aula é o
parcelamento do solo urbanos, especialmente das zonas municipais, seja ela urbana ou
rural. No caso de uma propriedade que seja destinado a produção agrícola mas se
localiza na zona urbana, depende do critério de destinação (depende). Isso se dá pois o
ITR não se encontra limitado apenas sobre os imóveis que estejam localizados na
zona rural do município, mas sim a todos, logo dependendo do critério de sua
destinação, ele será determinado o imposto a ser pago, seja o IPTU ou o ITR.
O agronegócio é uma cadeia produtiva e não simplesmente uma produção por
cultivar em sua propriedade. Existem três fases: antes da porteira - fase preparatória
onde há a elaboração dos contratos agrários, compra de sementes, agroquímicos e
operações bancárias. A fase seguinte é a dentro da porteira onde engloba a produção
agrária.
Imóvel rural - é o prédio rústico de área continua que é voltado a atividade
extrativista, à agricultura a pecuária e a agroindústria (transformar a matéria prima em
outros produtos de forma sistemática). A área contínua é a área que foi
economicamente explorada enquanto o prédio rústico é o imóvel rural. Propriedade
Familiar - é o imóvel rural explorado direta e pessoalmente pelo agricultor e sua
família e não superior ao módulo rural. Os critérios para que haja essa propriedade
familiar é que seja direta e pessoalmente(proprietário, arrendatário, parceiro,
conjunto familiar) residindo no imóvel e vivendo em mútua dependência e que seja
pela família do agricultor abrangendo não somente os cônjuges e os filhos, mas
também outros grupos familiares e que cultivem a terra. Para que haja uma
diferenciação, há também os fatores da ajuda de terceiros - assalariados em números
que não ultrapasse o número de membros ativos do grupo familiar do agricultor, além
dos membros ativos - acima da idade de 14 anos (em um geral) e acima dos 18 anos
para atividades insalubres.
O módulo rural mencionado acima é a área da propriedade familiar, no caso é
uma área fixada pela propriedade familiar que garanta subsistência e o progresso
social e econômico do agricultor e sua família, ao menos o mínimo capaz para
conseguir sobreviver, logo esse vai ser o módulo rural. É calculado para cada módulo
rural com base nos dados do SNRC que é gerenciado pelo INCRA. O módulo rural é
calculado imóvel por imóvel, não ser confundido com módulo fiscal, já que o rural é
feito por imóvel, já que cada um tem o seu. (1 hectare são 10.000 metros quadrados,
uma quarteirão comum de 100 por 100 - 1 alqueire paulista equivale a 2,42 hectares,
logo dois quarteirões e 0,42 de outro equivalem a 24.200 metros quadrados) os
critérios levados em consideração ao módulo rural é levado em conta a forma e o
relevo, bem como a dimensão, o tamanho, a localização e o aproveitamento da área.
O módulo rural se difere do módulo fiscal pois o módulo fiscal é a média dos
módulos rurais presentes na cidade, logo é apenas um para todos os imóveis,
buscando principalmente identificar o aproveitamento econômico de uma
propriedade.

Direito Penal II

Título II - Do Crime

Art 13 - Crime consumado e crime tentado


Para que o conceito de crime tentado e consumado, é necessário que
imaginemos uma linha do tempo do crime, onde ali estarão listados as fases em que o
crime se passou, as etapas que percorre do início ao fim que percorre para que se
considere crime. A primeira fase é a cogitação, a segunda é a preparação, a terceira é
a execução e a quarta oficial é a consumação, porém, informalmente há uma quinta,
que aparece entre aspas que é o exaurimento, porém alguns autores consideram que
essa fase não é aceita no meio jurídico penal, enquanto outros afirmam que ele só vai
ser considerados uma fase quando houver sua presença.
A primeira fase é a fase da ideia, da mentalização, ele começa a idealizar em
realizar esse ato, cogitar e acreditar que seja possível realizar determinado ato, seja
um roubo, um assassinato, um furto de pequeno porte ou corrupção. Há certos locais
no mundo em que essa cogitação é criminalizada, justamente como um crime de
conspiração.
A segunda fase é onde os atos preparatórios para esse ato são começados, pois
a ideia já está mentalizada, agora é necessário apenas se preparar para que ele
finalmente se consume, os atos preparatórios. Esses também não são puníveis, salvo
os casos em que eles por si só configurem crime, no caso, que um ato preparatório
acabe sendo um crime. A lei brasileira em certos casos, espera que haja a
exteriorização de determinada ação para que haja uma punição, salvo os casos em que
há atos que são crimes por si só.
A terceira fase é a de execução, executar o crime, aplicando na prática o ato
que já foi cogitado e preparado. A partir desse ponto há o ponto sem retorno, onde vão
haver sanções, onde se houver a consumação, o crime estará completo, mas se ficar
parado apenas na execução não haverá a consumação do crime. Por fim, o crime
consumado por haver o exaurimento, que ele se limita apenas a um crime, no caso um
assassinato que já foi consumado, ou não, pois haverá um novo crime consumado, em
determinados casos, esse exaurimento é conhecido como post factum impunível, como
um esquartejamento, garantia de morte seja atear fogo ou usufruir de um bem que fora
furtado. Quando há o exaurimento e o fato consumado não é um flagrante, há a
possibilidade de soltura do réu.
Para que haja a definição do início da execução, é necessário obedecer a três
critérios básicos para que haja essa execução e consequentemente a punição. Há três
teorias que ditam sobre isso, a primeira é a de objetivo material, onde ela diz que
começa a execução quando o bem jurídico começar a ser atingido, a segunda é o
objetivo formal, ela tem esse nome pois obedece uma formalidade onde só se
considera execução, quando o verbo-núcleo do tipo (é o elemento e o comportamento
a ser criminalizado) começa a ser realizado. A última teoria é a objetivo individual,
que serve como um meio termo entre as duas teorias, onde considera o que o
indivíduo queria fazer e as ações que ele tomou para alcançar determinado objetivo
pensado por ele, sua intenção de cometer o crime, nesse caso seria passível a punição
pela tentativa do crime, pois ele estava perto de começar seu ato criminoso, então
segundo essa teoria, quando acontece a execução, ele já está sendo passível de ser
punido por tentativa.
A teoria adotada pelo direito brasileiro da para entender que a que se
assemelha mais é a do objetivo formal, mas grande parte da doutrina e da
jurisprudência está aos poucos dando espaços para a objetivo individual por ter essa
adequação do ato criminoso a legislação.
Só há a consumação quando todas as características descritas na lei estão
atendidas, caso contrário será considerado tentativa
O momento consumativo vai depender da tipificação do crime, no caso do
crime de matar alguém, o crime material só vai ser consumado quando houver o
resultado mas no crime formal, essa consumação já é prévia e independe do resultado,
mas ainda sim será considerado crime, uma mera conduta. O crime habitual, só haverá
a consumação quando houver o conluio de todos os crimes previstos e habituais, nos
crimes permanentes se consumam no início da execução e perdura até o final da
consumação.
No inciso secundário do artigo 14, temos em seu caput a definição de crime
tentado ou tentativa do crime, quando o sujeito ativo inicia a execução do crime,
porém não chega a sua consumação, mas não por desejo próprio, mas sim por forças
externas ou alheias a ele. Esses são as características dele, começar a execução, ser
interrompido antes de chegar na consumação por força externa, alheia a sua vontade
ou longe de sua vontade.

Direito processual Civil

Art 9 - não se proferirá sentença sem que tenha ouvido as duas partes sem
distinção, seu caso, suas provas e afins. Os que estiverem como sujeito ativo do
processo, eles tem o direito de serem ouvidos e de juntar provas durante todo o
processo, uma forma do juiz ouvir as duas partes para que assim sua sentença possa
ser dada.
Ele está especificamente falando do art 311, nos dois primeiros incisos, onde
prevê determinadas circunstâncias para que o juiz possa usar para que o artigo 9 do
CPC possa conseguir ser aplicado de forma efetiva. No artigo 15 temos que o
contraditório participativo além da vedação às decisões surpresas. Esse princípio se dá
por parte de que há a possibilidade de contradizer a ação de uma das partes, onde
pode participar ativamente da contradição, porém essa decisão tem que ser baseada na
lei e nos elementos probatórios, logo essas decisões surpresas são sentenças que não
tem fundamento e que são estritamente vedadas. Existe o direito de participação quer
dizer que pode e deve participar do início ao fim do processo, isso valendo para as
partes, já que o advogado se não for parte do processo, ele pode acabar sendo
excluído ou posto de fora do processo. Dentro desse princípio há outro que é o
princípio do acesso a justiça, onde todos e qualquer pessoa tem o direito do acesso a
justiça e eles tem o dever de arcar com os direitos, onde ninguém pode fazer justiça
com as próprias mãos, mas podem procurar o judiciário para tal.
O contraditório contemporâneo está ancorado em duas linhas, sendo a
primeira a vedação as surpresas e as sentenças sem fundamento, essa ideia está
pautada na ideia do participativo, onde todas as partes podem e devem participar
constantemente participar do processo. Para o advogado, tem o dever fundamental de
defender a parte da qual assumimos a defesa enquanto o juiz tem o dever de dar
sentenças com fundamento, decisões motivadas por algo ou alguma coisa. No
processo, há a necessidade de tomar cuidado com os prazos, é fundamental que não se
perca o prazo para protocolar a peça. Não se pode deixar de produzir provas, sejam
elas alegações com fundamentos e afins, sempre de acordo com a legislação.
O direito ao contraditório é algo sagrado no jurídico, protegido até mesmo
pela CF. Caso o réu não seja possível alcançá-lo, ele será tratado como revéu e
passará a tratar com a revelia, mediante nomeação de um curador para que cuide do
caso, mesmo não conhecendo o caso em si (Art 72). LINS - Local Indeterminado e
Não Sabido).
Em seguida temos o princípio da utilidade e a mitigação ao contraditório, onde
a tutela provisória agora é revestida de urgência. Além do princípio do acesso a
justiça, temos outras situações em que há o princípio mitigado, adquirindo uma
abrangência maior, porém sem desconsiderá-lo. Isso acontece quando há a tutela
provisória de emergência, onde entraram com um processo, mas que corre um risco
em que esse documento pode ser extinto depois de um certo tempo, mas de maneira
provisória pede certa urgência e o juiz vai consequentemente ceder essa tutela
urgente, era uma prática comum antigamente na questão das tutelas rurais. Pode haver
um risco que pode comprometer o processo já que o documento se foi, isso tudo no
artigo 300, parágrafo 2º
Direito Empresarial
O termo sociedade aqui vai ser referenciado no sentido de uma sociedade
empresária para que possa haver a exploração de determinada área e render lucro, não
no sentido de sociedade mesmo, de coletividade de indivíduos e etc. Na relação entre
sócios e sociedade, não se aplica o código de defesa do consumidor, uma vez que não
há uma relação de consumo, sendo portanto aplicável as regras do direito societário,
código civil e leis especiais.
O direito societário, conforme Rubens Requião, na antiguidade já existiam
esse tipo de sociedades, porém eram reguladas pelo direito civil, mesmo não existindo
um ramo específico para os comerciantes da época, por exemplo o código de
Hamurabi, onde já havia regras quanto as sociedades empresárias, mas não havia o
registro efetivo e a personalidade jurídica e seus efeitos. No entanto, o grande
desenvolvimento das sociedades mercantis apoiou-se no fato de que pudessem ser
feitos investimento na exploração de determinados negócios, mas com certas
limitações. A primeira sociedade regular historicamente falando, criada com a
personalidade jurídica, foi a sociedade anônima, na Inglaterra durante a revolução
industrial e com a chegada das estradas de ferro. No Séc XIX, eventualmente foi
criado na Alemanha a sociedade limitada, voltada aos empregos menores e mais
casuais.
No Brasil, o código comercial de 1850 foi o primeiro a disciplinar os tipos
societários com personalidade jurídica, dentre eles a sociedade anônima e só no séc
seguinte veio a sociedade limitada, por meio de decreto 3708/1919. No ramo
societário, há uma gama de termos societários, de expressões societárias, dentre elas
sendo: Sócio (Aquele que participa da sociedade), Lucro(é o resultado positivo da
empresa por ter obtido receitas maiores que suas despesas), Dividendo(Havendo
Lucro, é o retorno distribuído aos sócios na proporção), Prejuízo(é o resultado
negativo da empresa em razão de suas despesas terem sido maiores que suas receitas),
Pro Labore, Direito de Retirada, Cessão de Quotas e afins.
*Art 981 - no código civil não tem um conceito de contrato, mas tem o de
contrato de sociedade, no caput do 981 “Celebrem contrato de sociedade as pessoas
que reciprocamente se obriguem a contribuir, com bens ou serviços para o exercício
de atividade econômica e a partilha dos resultado” contudo o conceito de contrato de
sociedade previsto no artigo, não diferencia, mas vale para as sociedades
personificadas ou não personificadas, empresárias ou simples.
A sociedade, enquanto acordo entre sócios, surge com contrato verbal ou
escrito, no entanto para que ela tenha existência própria e personalidade jurídica é
indispensável atender ao que determina a lei. Adquire-se a personalidade jurídica por
meio de registro do ato constitutivo, no caso em que se aplica o contrato social da
sociedade no próprio registro, desse ato, tem suas espécies Contrato social, Estatuto
Social e o Requerimento. Em outros termos, a personalidade jurídica da sociedade
empresária é adquirido no seu registro no Registro Público das Empresas Mercantis e
a Simples, ao se registar no Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
Do ponto de vista classificatório, a sociedade de advogado é uma sociedade de
natureza simples (intelectual), no entanto, as sociedade advocacionais não são
registrados no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, mas sim nas seccionais da OAB,
uma vez que apesar de ter características de empresa, a sociedade jamais poderia ser
empresária sujeita a registro na Junta Comercial. Os Efeitos decorrentes são nome
próprio, patrimônio próprio, domicílio, realizar negócios jurídicos, seja parte
processual, etc. Também em razão dessa personalidade, a sociedade pode estar em
juízo, ativa ou passivamente sendo aplicável a súmula 481, onde “faz jus ao benefício
da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar sua
impossibilidade de arcar com os encargos processuais”.
A personalidade tem separação patrimonial justamente para efeitos de
responsabilidade.
Classificação: a classificação das sociedade pode ser feito quanto a
responsabilidade, condição, societária, personificação e ainda se é ou não empresária.

- Limitados, Ilimitadas e Mistas


Em relação à responsabilidade dos sócios, elas podem ser limitadas, ilimitadas
e mistas. A sociedade limitada é quando a responsabilidade dos seus sócios possui
limite patrimonial vinculados ao valor de suas respectivas quotas ou ações, de modo
que as dívidas da sociedade não irão alcançar seus respectivo patrimônios pessoais.
Na sociedade Ilimitada, há uma ultrapassagem dos limites, sem limites, onde os
sócios vão responder sim com seus bens pessoais, sem limites pelas obrigações
assumidas pela sociedade.
Na sociedade mista, por fim, há sócios com responsabilidade ilimitada e
outros com responsabilidade limitada, como a comandita
- De Capital e Pessoas
Pela alienação societária pode se classificá-las em de capital ou de pessoas
Na sociedade de pessoas, os atributos de cada sócio tem relevância para a
sociedade, sendo nela vedado o ingresso de estranhos, caso um sócio queira vender
suas quotas sociais, pois sua formação inicial se deu com base na confiança/afinidade
entre os sócios, as sociedade limitadas eram constituídas como uma sociedade de
pessoas, mas hoje em dia depende devido as regras estabelecidas no contrato social.
Em contrapartida, na sociedade capital, não importam os atributos pessoais de cada
sócio pois qualquer pessoa pode ser sócia, ficando livre a alienação das ações da
empresa, como a sociedade anônima aberta, porém a certas ressalvas quando as
sociedades anônimas fechadas, porém o pré-requisito é sempre dispor de recursos
para participar do quadro de acionistas.

- Personificada e Não Personificada


Engloba as sociedade que foram registradas na junta comercial, porém a não
personificada pode não ter a personalidade jurídica, no entanto uma sociedade tem
todas as obrigações das sociedades personificadas, mas não possui os direitos dessa, já
a personificada são aquelas registradas e que tem personalidade jurídica.

- Empresárias e Simples (intelectuais)


As sociedades simples não são empresárias, óbvio, pois se referem as
atividade intelectuais de natureza artística, científica e literária à luz do parágrafo
único do art 966. As sociedades empresárias são aquelas nas quais o objeto social é a
exploração de qualquer atividade econômica, ou seja, é uma sociedade que tem a
finalidade de desenvolver uma atividade de forma profissional, economicamente
organizada, para a produção ou para a circulação de bens ou de serviços, conforme o
caput do 966.

Quadro com a classificação conforme o código civil

Sociedades não personificadas: - Comum


- Em conta de Participação
Sociedades Personificadas: - Simples - Sociedades de Atividades intelectuais
- Sociedade cooperativa

- Empresárias - Em Nome Coletivo


- comandita simples
- Limitada
- Anônima
- Comandita por Ações

Direito Constitucional

Outro princípio que está ligado com o processo jurídico é referente a


publicidade do processo, onde somente quando a defesa da intimidade ou o interesse
social exigirem, poderá haver a restrição da publicidade dos atos processuais, caso
contrário, devem ser 100% transparentes.
Também há a segurança jurídica quanto às penas, onde nenhuma pena passará
da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano ser estendidas a seus
sucessores e contra eles executados, esse é o princípio da pessoalidade, da
incontagiabilidade ou da intransmissibilidade da pena, logo a pena não se transmite,
porém há a questão patrimonial, onde os herdeiros podem acabar respondendo por
reparação de danos e afins, penas com reflexo patrimonial, é refletido aos herdeiros
mas vai até o limite da herança transferida do finado.
Há outro caso em que a constituição permite e proíbe certas penas, porém a
base para a produção dessas penas é a CF então é ela que regula a criação desses
crimes, o princípio da individualização das pena. Nesse caso, ela irá adotar: privação
ou restrição da liberdade, perda de bens, multa, prestação social alternativa, suspensão
ou interdição de direitos enquanto as penas proibidas são: as penas de morte, salvo os
casos de guerra declarada, de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento e
penas cruéis. Uma discussão que há no Brasil é se esses fatores são clausulas pétreas,
se elas unidas podem acabar se tornando um núcleo de formação do estado, no caso as
figuras da proibições das penas está presente no artigo 5º, fazendo parte do princípio
da segurança jurídica como um direito humano, logo seria anti-constitucional colocar
uma emenda permitindo a tortura.
Outros fatores que vale ressaltar sobre tal é que ninguém vai ser preso senão
em flagrante delito ou por meio de uma ordem escrita e fundamentada da autoridade
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente
militar, definidos em lei, bem como a prisão de qualquer pessoa e o local onde se
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso
ou à pessoa por ele indicada.
Não obstante, o preso deverá ser informado de seus direitos, entre os quais o
de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado,
bem como a identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório
policial.
O prisão que for ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária,
ninguém será levado a prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória. A prisão por vias civis não poderá haver, ela não existe, salvo se o
responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e
a do depositário infiel, essa última por meio da súmula vinculante 25, por meio de
mutação constitucional - Se tornando regra sobre as prisões civis.
Temos também a segurança jurídica dos presos, onde a pena somente será
cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, além de
ser assegurado aos presos o respeito a integridade física e moral, bem como as
presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação e por fim, o estado ira indenizar o condenado caso
ocorra um erro judiciário, assim como aquele que fica preso além do tempo fixado na
sentença. Se uma norma é contrária a constituição, ela não irá produzir efeitos no
universo judiciário brasileiro. Foi a partir da ADPF 347 que surgiu a necessidade de
audiência de prisão.
A lei n° 13.964 de 2019 - a lei anticrime - alterou a legislação penal e
processual penal, alterando o artigo 75, aumentando o tempo máximo de
cumprimento de pena privativa .
Por fim, os últimos incisos do artigo 5° refere-se a extradição, onde ela
dispões de que a extradição é a medida de cooperação internacional entre o estado
brasileiro e outro estado pela qual se concede ou solicita a entrega de pessoa sobre
quem recaia a condenação criminal definitiva, prevendo que em seu inciso que
nenhum brasileiro será extraditado, onde apenas o brasileiro naturalizado, caso
situação de crime comum praticado antes ou depois de sua naturalização, ou
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas, salvo os casos
também em que não haverá a extradição de estrangeiro por crime político ou de
opinião.
Existe a possibilidade de haver uma extradição ativa, onde o país solicita a
outro país a extradição, mas fica a mercê da legislação do país, e a passiva onde os
papéis se invertem e nesses casos, apenas o presidente da república pode permitir essa
extradição, enquanto o STF apenas avalia se houve irregularidade ou não, pois caso
houver a culpa recairá sobre o presidente e se houve sucesso, também recairá sobre o
presidente.
Direitos Coletivos - os direitos coletivos presentes na CF são aqueles que
levam em consideração a coletividade, aparecendo pela primeira vez no artigo 5°
inciso XVI, que fala sobre o direito de reunião, onde permite a reunião pacífica em
locais abertos sem que haja maiores problemas, com um tempo limitado
independentemente da autorização, desde que não prejudiquem reuniões anteriores a
ela no mesmo local. Outro direito assegurado nessa mesma seara é o direito de
Associação, indo do inciso 17 ao 21, onde é de plena liberdade de associação,
contanto que seja para fins lícitos, vedado as de caráter paramilitar como por exemplo
as ONG’s e empresas de terceiro setor.
Por fim, dentro dos direitos coletivos, temos o direito do consumidor, previsto
no inciso XXXII onde diz que o estado promoverá na forma da lei a defesa do
consumidor

Garantias

Conciliação, Mediação e Arbitragem

Ao contrário do que se pense, a mediação ela é bem antiga, assim como


grande parte dos códigos, tendo origens nas ordenações filipinas. Desde aquela época
já havia a busca por alternativas de resolução de problemas judiciais. Na nossa
primeira constituição brasileira, de 1824, havia a possibilidade de usar a mediação nas
partes civis e penais, porém as que eram civilmente intentadas, mas em vez de algo
opcional, era obrigatório, podendo não ter início o processo caso não houvesse a
tentativa de paz. Depois de 26 anos, no código comercial de 1850, haviam artigos que
ditavam sobre a mediação no âmbito comercial, especificando casos de locação
mercantil ou de sociedades, com a possibilidade de não se propor em juízo caso não
for tentado a conciliação.
Em 1916, com a chegada do primeiro código civil, houve um avanço no
quesito de arbitragem (Possivelmente no futuro do Brasil não será mais viável a
mediação, devido a custos altos e afins), se seguindo para 1973, 1988 na CF e agora
no código civil de 2002, onde trouxe mais inovações voltadas a área, como nas de
guarda compartilhada e em outros fatores. No NCPC (lei 13.105/2015) fica explícito a
preferência da tentativa de resolver conflitos de forma pacífica mediante
conciliação/mediação, sendo passíveis de serem estimulados por juízes. No artigo
165, fica vedado que os tribunais devem criar centros judiciários de solução
consensual de conflitos, para que haja a realização dessas sessões de conciliação e
mediação.
A conciliação, em termos simples, é um acordo de vontades que resulta de
concessões mútuas em que um terceiro imparcial ajuda, orienta e facilita a
composição, normalmente sem vínculo anterior entre as partes. A diferença dela para
a mediação é que o processo voluntário pelo qual o mediador ajuda a recuperar o
diálogo entre as partes e facilita a negociação do conflito existente, onde nesse caso
há um vínculo anterior entre as partes, envolvendo uma política de cooperação. A
arbitragem é o método de resolução de conflitos onde as partes escolhem quem irá
solucionar a controvérsia entre elas, sem a necessidade de participação do judiciário.

Direito Penal

A tipificação da tentativa é conhecida como a tipificação indireta, pois não há


algo que seja diretamente relacionado a tentativa, então quando acontece um caso
parecido, o julgamento precisa ser baseado em dois artigos sendo o artigo do crime
consumado, que ele estava planejando cometer além do artigo 14, que fala justamente
sobre a tentativa de um crime, como uma tentativa de assassinado, de roube, de furto e
por aí vai. A pena para as tentativas é a mesma do crime consumado, porém dela é
atenuado um a dois terços da pena, logo a pena ainda é sobre o crime que foi tentado,
mas um pouco mais leve.
Apesar de ser uma regra geral, podem haver ressalvas ou disposições em
contrário, podendo haver exceções nesses casos, como para o crime de atentado e o
artigo 352 - crime de evasão mediante violência contra a pessoa, mesmo que não seja
consumado e fique somente em uma tentativa, ainda sim a pena vai ser total, pois está
previsto em lei.
Na mesma linha de raciocínio, há a tentativa branca, ou como é conhecida,
tentativa incongruente, se dando quando, pelos meios executórios, o objeto jurídico
não é atingido. O crime culposo não admite tentativa, pois como não há vontade de
realizar determinada ação, uma conduta sem vontade, não há a possibilidade de
admissão de tentativa, bem como os crimes de atentado. Na lei de contravenções
penais, não há a punição de contravenção, em seu código é previsto tal fato, pois está
expresso na lei, devido a sua irrelevância perante outros crimes mais sérios, para se
atentar a um crime anão (Contravenção).
Outro tipo de crime que não cabe a tentativa são os crimes habituais, mas há
uma minoria na doutrina diz que deveria ser, porém devido seu tamanho pequeno, não
é admitido.
No próximo artigo,art 15 temos sobre a desistência voluntária e o
arrependimento eficaz, são dois institutos diferentes, com características diferentes,
mas suas consequências são as mesmas, portanto são abordados em um mesmo artigo.
O Agente que voluntariamente desistir de prosseguir na execução ou impede que o
resultado se produza, porém ele responde pelos atos já praticados, porém essa
voluntariedade não significa espontaneidade, pois muitas vezes pode haver a sugestão
dizendo que haja essa desistência voluntária, um fator essencial para que haja a
desistência voluntária, também não respondendo por tentativa pois não houve meios
externos e fora do controle do agente que o impediram de continuar.
Quando ele pode, mas não quer - Desistência
Quando ele quer, mas não pode - Tentativa
Assim como a desistência, o arrependimento leva um nome doutrinário -
Tentativa qualificada - embora não se configure como tal, porém a doutrina coloca
esse fator como uma tentativa, porém sua conduta é completamente diferente do que
do fator prévio. Ela não se dá como crime consumado, pois a vítima não morreu, bem
como não é tentativa, já que não houve meios externos o impedindo, se caracteriza
como arrependimento, pois ele após ter cometido o ato por completo, próximo da sua
consumação, se arrependeu e decidiu ajudar a vítima e por meio dessa ajuda, ela não
morreu, evitando que seu fim chegasse, por isso, ele responde com base na
desistência, onde só irá responder pelos crimes já cometidos.
No artigo seguinte, temos o arrependimento posterior, ou chamado de ponte de
prata - criação doutrinária - onde nos crimes em que não há nem violência nem grave
ameaça à pessoa, se for reparado o dano ou restituído a coisa antes ou até o
recebimento da denúncia, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a
dois terços. Esse arrependimento só pode ser 1º requisito - se tratando de crimes sem
violência e sem grave ameaça, 2º requisito: tem de haver a restituição completa ou
dano reparado do bem que foi levado ou posto em dano e 3° Requisito - Denúncia
(Documento que oficializa o ato jurídico pela parte acusadora, que ele faz e apresenta
ao juiz para que comece o processo) ela por ter dois momentos o de oferecimento e o
de recebimento. Nesse meio tempo pode ser feito o reparo e a restituição, assim se
caracterizando como o arrependimento posterior.
Vindo a seguinte, temos o crime impossível, artigo 17, onde ele ocorre quando
o sujeito ativo quer cometer um ato criminoso, porém ele usa de meios impossíveis
para que esse crime seja consumado. Logo, esse crime, por ser impossível, não será
punível, já que usou meios completamente ineficazes e ineficiente para que haja a
consumação do crime. Outro fator que contribui para tal e a completa impropriedade
do objeto. Matar um morto, é um crime impossível .
Relembrando do artigo 14, o crime era dito levando em consideração o iter
criminis, até onde a conduta do sujeito ativo vai para consumar seu crime, porém no
artigo 18, veremos um lado mais subjetivo, onde aqui serão apresentados os crimes
dolosos e culposos, levando esses termos para um lado mais subjetivo e técnico do
que no artigo 14. diferenciando do comum e fora da esfera judicial, há a diferença
pois como no mundo de fora a culpa é usado com intenção e sem, no mundo jurídico,
há os termos de dolo (onde a pessoa quis que houvesse o resultado) e de culpa (onde o
agente não quis que o resultado fosse atingido, mas por negligência ele aconteceu.
O crime doloso é penalmente mais pesado e é punido de forma mais severa.
Os elementos dolosos é que ele se dá por ser volitivo - livre e intelectivo - há uma
questão de consciência. Há três teorias no tocante do dolo, onde há o assentimento,
onde a uma previsão de conduta, mas mesmo assim prosseguiu com a conduta,
assumindo assim o risco (há o consentimento). Há também a teoria do dolo vontade,
onde há o desejo de praticar o crime e por fim a de representação onde há a previsão
do resultado, mas ainda sim prossegue com a conduta, porém dessas três teorias,
apenas a do assentimento e a da vontade são admitidas pelo código penal brasileiro.
No assentimento há o dolo indireto, onde ele se subdivide de dolo eventual e
alternativo - uma distinção doutrinária - onde mesmo havendo essa divisão o resultado
permanece o mesmo. O alternativo, se prevê que pode acontecer um ou outro
resultado, mesmo com o risco e no eventual é onde se assume o risco do crime. No de
vontade tem o de dolo direto, há a responsabilidade direta, onde ele quis matar a
pessoa ou qualquer outro crime que o valha. No substrato do crime, o dolo está
completamente ligado a conduta, pois sem que haja uma vontade, não haverá a
conduta, bem como a culpa nos casos de crime culposo, mas nesse caso, o agente
praticou uma atividade voluntária, mas ele não tinha desejo de alcançar o resultado
que conseguiu, mas sua conduta foi imprudente e acabou consequentemente chegando
ao resultado.
Nos casos de crimes culposos, a conduta é voluntária, mas ela nunca é voltada
na busca do resultado, pois caso ele estiver ciente e assumir o risco, ele estará
incidindo no crime doloso, uma vez que teve ciência do que estava fazendo e
almejava aquele resultado. A culpa no crime é caracterizado por ser oriundo de
imprudência, negligência ou imperícia, podendo acarretar uma série de perigos que
consequentemente vão causar um resultado indesejado para aquele que estiver
realizando a conduta. O resultado nesses casos é em grande parte dos casos, ele
precisa ser naturalístico, tem de haver uma alteração do mundo exterior para que haja
a punição.
Os elementos do crime culposo são, respectivamente conduta, resultado, nexo
causal, violação do direito de cuidado e a tipicidade, ter uma previsão na lei, onde
recorremos ao par único do artigo 18, onde ele diz que, salvo os casos expressos em
lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica
dolosamente, logo por via de regra, ninguém pode ser punido por um crime que não
seja doloso, se não estiver escrito na modalidade da lei a condição culposa, não haverá
punição. No caso do homicídio, há a previsão de culposo onde há uma punição de um
a três anos.

Direito Ambiental
O cálculo da quantidade de módulos fiscais de uma propriedade se baseia em
pegar toda a área aproveitável da propriedade, dividido pelo módulo fiscal do
município, assim será obtido a quantidade de módulos fiscais de uma propriedade.
A área aproveitável que é mencionado no artigo é, segundo o estatuto da terra, é
aquela região passível de exploração agrícola e afins, não sendo considerada área
aproveitável área ocupada por benfeitoria, área ocupada por floresta ou mata de
efetiva preservação permanente e área comprovadamente imprestável para
qualquer exploração agrícola e afins (NBR 14645/2019 - sub 1) (estatuto da terra
4504/64).
Dependendo da quantidade de módulos fiscais, é possível de que a
propriedade seja caracterizada como minifúndio pequena, média ou grande e
latifúndio. A pequena é caracterizada por conter entre 1 a 4 módulos fiscais, a
média fica em uma escala de 4 a 15 módulos fiscais e a grande é caracterizada
por conter uma quantidade superior a 15 módulos fiscais, os minifúndios são as
propriedades com menos de 1 módulo fiscal bem como menor que um módulo
rural , além de ser inferior à da propriedade familiar e os latifúndios tem uma
característica especial quanto as suas classificações.
Há dois tipos de latifúndio, um de exploração e outro por extensão.
Algo que se torna complicado é que os dois tipos começam com EX, porém a de
extensão se difere completamente do de exploração, uma vez que um deles é
referente ao tamanho e ou ao uso. O latifúndio de extensão, ou por tamanho, tem
uma série de definições, bem como presente no artigo 4 do estatuto da terra, onde
que diz que ele é aquele que excede a dimensão máxima fixada na forma do
artigo 46, inciso 1 alínea B, ou seja, 600 vezes o módulo médio da propriedade
rural ou 600 vezes maior que a área média dos imóveis rurais. (lei 4504/64).
outra definição vem por meio do Regulamento do ITR, onde ele diz que o
latifúndio é o imóvel que exceder seiscentas vezes o módulo fiscal e caso estiver
localizado entre dois municípios, valerá a partir de onde a propriedade estiver
registrada, segundo o artigo 5º.
Outro conceito relevante é o de latifúndio de exploração, referido ao
uso do terreno. Dessa vez, na legislação está previsto que um latifúndio que não
exceder o limite referido na alínea anterior e tendo área igual ou maior à
dimensão do módulo de propriedade rural, seja mantido inexplorado em relação
às possibilidades fiscais, econômicas e sociais do meio, voltado a fins
especulativos.
Inexplorável por especulação

Imóvel Rural não se enquadra no


conceito de latifúndio por
tamanho, menor que 600 módulos
fiscais
OU

E Inadequadamente ou deficientemente
explorado
Maior que o módulo rural ou fiscal,
pelo menos maior que um deles

Exceções legais - não serão aplicados esses termos em dois casos


específicos previsto em lei, no caso de exploração florestal (imóvel rural cujas
características recomendem a exploração florestal mediante planejamento adequado,
bem como na questão de tombamento, onde o imóvel rural cujo objeto de preservação
florestal ou de outros recursos naturais haja sido reconhecido para fins de
tombamento.

Processo Civil
Art 9º do CPC - Princípio da utilidade - enunciado de súmula vinculante
O enunciado da súmula vai ser definido por essa votação de 11, onde
dependendo do resultado, eles vão criar o enunciado e consequentemente vão criar
uma súmula vinculante - Quando o STF enuncia uma súmula vinculante, ele vincula
todos os tribunais, até a mais profunda camada tribunal. Em certos pontos, a lei acaba
sendo colocada de lado devido a súmula. Artigo 311, inciso 2.
Ao alegar um fato, não preciso de provas, mas há uma segunda situação, onde
surge o pedido de reipersecutório, onde alega uma situação e ela vai ser reavaliada,
normalmente relativo a licitações e depósitos iniciais, onde vai pode usar como
justificativa o próprio depósito. Artigo 311, inciso 3. Dentro dessa ideia, temos o
contraditório e dentro dele, teremos a ação monitória. O contraditório como já fora
explicado, tem uma petição inicial ao iniciar um processo, apresentando fatos,
fundamentos jurídicos e por fim, os pedidos. Ao ter feito isso, o sujeito passivo tem a
capacidade de se defender e nisso coincide o contraditório, cabendo a ele, apresentar
vários fatores contra as ideias do sujeito ativo.
A ação monitória, é diretamente influenciados e aplicados com base no artigo
9°, onde essa ação é uma mais simples e ela surge em casos que a inocência ou os
fatores positivos do agente é evidente e normalmente tenha uma solução mais simples
ou mais breve que o normal (Artigo 701). Essa medida é menos rigorosa que outros
tipo de tutela de evidência, presentes em outras situações específicas (par 1° e 4°).
dentro dessa ideia, ainda, temos a improcedência liminar e o contraditório. Essa
improcedência ocorre após um julgamento liminar (artigo 332 CPC) não se
enquadrando na situação relatada acima, pois, nesse caso, é favorecido a parte que não
foi ouvida, quando não há uma certeza plena do juiz em determinado caso.
Houve um eventual recurso e tendo o juiz concordado com os elementos
probatórios, pode recorrer, essa é chamada de parte silente, onde o juiz terá de
determinar se haverá a subida do recurso e antes de tal processo, chama a parte silente
e ali ele conversa com a tal parte, para que ela se manifeste sobre o assunto (artigo
332, par 4).

Direito Civil - Obrigações

Do objeto de pagamento - é o objeto da prestação, é onde o pagador está


cumprindo com sua parte perante o credor, que não seja coisa diferente do que a
acordada, já que o credor por lei não tem obrigação de aceitar tal coisa, porém é uma
forma mais livre, uma vez que o credor pode de bom grado aceitar tal coisa. Ele pode
aceitar coisa diferente do acordado, mas não é obrigado.
O pagamento deve ser feito de forma objetiva, pelo devedor ao credor, de
forma integral sendo o objeto exatamente igual ao acordado, não podendo ser
diferente. *Qualquer despesa que haja quanto ao pagamento, seja de transporte ou de
documentação, caberá ao devedor cumprir com o valor, porém caso o credor tenha
gerado uma aumento na despesa, ou algo extra que não estava acordado parte do
credor, ele estará responsável por custos extras da despesa.
No caso das dívidas em dinheiro, o valor que for acordado, deve ser feito com
base no valor nominal (princípio nominal) e caso não for acordado juros, não haverá
essa correção monetária, uma vez que se for, ela será feita desde o começo. Nas
dividas em valor, o objeto valendo aquele dinheiro não pode ser alterado por seu valor
em dinheiro, deve ser entregue o objeto, junto de correções monetárias e juros.
Da prova do pagamento - ou Quitação - é uma declaração unilateral do credor,
uma espécie de recibo, um documento que comprova que a dívida foi paga. O devedor
não pode pagar caso o credor não quiser entregar a ele um comprovante de quitação,
porém o devedor deve realizar uma ação de pagamento e consignação para que tudo
ocorra o mais correto possível.
De acordo com o artigo 320, há todos os pré requisitos para que seja feito esse
documento de quitação, não prevendo exceções, onde deve constar no documento,
seja qual for a dívida, o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor ou
quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor ou
de seus representantes. Caso haja a falta de algum requisito previsto nesse artigo,
valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a
dívida, onde o juiz irá analisar o caso em concreto.
Os recibos de quitação genéricos tem validade apenas se corresponder a
quitação integral. No mundo atual, com a praticidade da internet e da rede, a quitação
feita por meios eletrônicos ou por quaisquer formas de comunicação a distância é
valida, assim entendida aquela que permite ajustar negócios jurídicos e praticar atos
jurídicos sem a presença corpórea simultânea das partes ou de seus representantes. A
prova de uma quitação por meio de uma testemunha não pode ser considerado, ela
pode ser de grande valia ou de ajuda para a ação, mas por si só não vale como uma
forma de prova de quitação.
Presunções de pagamento - quando a dívida é representada por um título de
crédito e este se encontra na posse do devedor, se presume que a mesma foi quitada,
no caso presume-se que ela foi paga. O título de crédito é um documento que
formaliza uma determinada obrigação, tendo vários tipos de crédito, como uma nota
promissória, que materializa uma obrigação. Esse fator está previsto no artigo 324 do
código civil. Quando o credor tem em posse o título de crédito, está presumido que a
prestação foi paga.
Também nesse caso, há um fator relativo, chamado de presunção relativa,
esse tipo de presunção torna ela sem efeito a quitação assim operada se o credor
provar em sessenta dias a falta de pagamento. Caso o título se perder, existem duas
possibilidades para essa situação. No artigo 321 tem uma das possibilidade, onde nos
débitos cuja quitação consista na devolução do título, perdido, poderá o devedor
exigir retendo o pagamento, declaração do credor que inutilize o título desaparecido.
Essa solução do 321 apesar de efetiva, este haverá efeitos apenas entre os particulares,
entre as duas partes, logo qualquer terceiro que tiver acesso ao título de crédito poderá
cobrar essa dívida, uma vez que as partes particulares acordaram entre elas.
No CPC há a outra solução, uma mais prática, onde por meio de uma ação
própria pode causar uma nulidade do título, onde há uma citação do credor e demais
interessados, onde essa sentença é publicada no diário oficial e presume-se que todos
leram, logo, se esse título for encontrado por uma terceira parte e for retirar o
dinheiro, este será nulo, por ter o tornado pública mediante publicação.
Artigo 322 - referentes a pagamentos em quotas periódicas, onde, não havendo
nada em contrário, a quitação da última parcela estabelece, até que se prove o
contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores, porém na prática, muitas
empresas adotam que o pagamento de uma das quotas não incute no pagamento total
da dívida.
No 323°, envolve o pagamento de capital x juros, onde o pagamento atinge
primeiramente os juros e depois o capital, se a quitação for dada sem ressalvas,
presume-se que a mesma se refere ao capital + juros, onde sempre será quitado
primeiramente os juros e com o valor que sobrar, abate o capital da dívida. - Sendo a
quitação do capital, sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos.
** O pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem
diversamente ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das
circunstâncias, será chamado de Dívida Quérable, ou seja, pagamento no domicílio do
devedor - quem quer receber, vai até o domicílio do devedor. Em regra, os
pagamentos serão efetuados no domicílio do devedor, mas a regra pode ser
relativizada, bem como na lei está previsto o pagamento do tributo no guichê da
prefeitura entre outros, bem como levado em consideração a natureza da obrigação,
como por exemplo contrato de empreitada deve haver o pagamento na hora. (art 327)
Na mesma mão, há a dívida portable, onde o devedor inverte os papéis e vai
na casa do credor para que haja o abatimento da dívida. Caso o contrato estabeleça
mais de um local para o pagamento, cabe ao credor escolher entre eles, bem como
cientificar o devedor acerca de sua escolha. Caso aconteça um motivo grave para que
não se efetue o pagamento no lugar determinado, de acordo com o artigo 329, poderá
o devedor fazer tal pagamento em outro, sem prejuízo para o credor.
Há outro fator, conhecido como o pagamento da situação do bem, onde
segundo o artigo 328, se o pagamento consistir na tradição de um imóvel ou em
prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde situado o bem. O pagamento
feito em local reiteradamente feito em local diverso do pactuado, segundo o artigo
330, o pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor
relativamente ao previsto no contrato. - princípio da boa fé objetiva.
Do tempo do pagamento - o pagamento deve ser efetuado até a data estipulada
pelas partes, estando encerrado o prazo estabelecido, o devedor estará em mora. Em
certos casos, as partes podem estipular limites de horário, partindo das próprias
pessoas ou de comércios, bancos e do próprio poder judiciário, segundo o artigo 397,
o inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo constitui de pleno
direito em mora o devedor. No caso de obrigações condicionais, o artigo 332 do
código civil, as obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da
condição, cabendo ao credor a prova de que deste tiver ciência o devedor.
Pode haver o vencimento antecipado da obrigação, segundo o artigo 333, ao
credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes do vencido o prazo estipulado no
contrato ou marcado neste código, como nas hipóteses de I - falência do devedor, ou
concurso de credores (Falência ou Insolvência Civil), II - Se os bens, hipotecados ou
empenhados forem penhorados em execução por outro credor, no caso, bens que
foram oferecidos como garantia foram penhorados por outro credor., III - Se
cessarem, ou se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais,
e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las (Diminuição das garantias fornecidas
pelo devedor, ex: desvalorização de bem imóvel, bem como a extinção de eventuais
garantias, como por exemplo a morte do fiador.)
Se houver devedores solidários, tal antecipação não os atinge, desde que
solventes.
No 331, há previsto o vencimento imediato da obrigação, onde salvo
disposição legal em contrário e não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode
o credor exigi-lo imediatamente., sempre é claro, privilegiando o bom senso, fornecer
um tempo razoável para o devedor arcar com sua obrigação, onde o devedor deve ser
informado da intenção de pagamento, por meio de uma notificação judicial, por uma
notificação extrajudicial e ação judicial própria, como por exemplo uma cobrança
direta. Citação é prova de ciência e a contestação é o prazo do pagamento.
Direito Empresarial

A desconsideração da personalidade jurídica pode ser parcial ou total,


podendo haver a dissolução, liquidação e extinção da sociedade. Na dissolução e na
liquidação a personalidade continua existindo, pois há o único intuito de concluir os
negócios, porém no caso de extinção ou baixa - termo vulgar - a personalidade
jurídica deixa de existir, pois só irá acontecer tal fato, ela deve estar completamente
quitada de tudo (CC 1.033 ao 1.038 e 1.036 e 1.102). nos casos de dissolução parcial,
podemos incluir o falecimento de um dos sócios ou a retirada de um deles da
sociedade, acaba incidindo na dissolução parcial da sociedade empresária, bem como
a falência de um dos sócios ou um dos devedores estar devendo, bem como falta
grave, sendo avaliado juridicamente ou por voto da maioria dos sócios, bem como
incapacidade superveniente também mediante decisão judicial ou por maioria dos
votos dos sócios.
A falência é algo inerente ao empresário, ligado a uma empresa individual, ou
afins, onde somente assim ele poderá alegar falência, bem como no caso do sócio
devedor, onde ele, como pessoa física, estará na posição de devedor e
consequentemente será retirado da sociedade empresária. Dentro dessa situação,
temos a apuração de haveres, onde qualquer que seja o motivo da dissolução, as
quotas da parte referente ao sócio que serão liquidadas e convertidas em valor, salvo
os casos em que tiver um contrato social dizendo o contrário. Como regra, o valor da
apuração é sobre o valor patrimonial da sociedade e será convertido em dinheiro,
entregue num intervalo de 90 dias, salvo se houver disposição em contrário, partindo
da dissolução.
Artigo 1032 CC, tanto o sócio retirante como o sócio excluído, bem como seus
herdeiros, arcarão por todas as dívidas da sociedade contraídas antes da respectiva
saída, tendo como prazo 2 anos inteiros a partir da saída da sociedade.
Nessa mesma ideia, temos a dissolução total, também conhecida como
integral, são várias as hipóteses em que há a dissolução integral (Art 1033 CC), como
por exemplo: termina o tempo pré determinado que a sociedade haveria de existir,
pelo concurso de todos os sócios na sociedade de prazo determinado, pela vontade dos
sócios, considerando a maioria de votos e quando for extinta sua autorização para
funcionar, isso nos casos dos bancos e seguradoras, por exemplo. Outro fator em que
a sociedade pode ser dissolvida por completo de forma judicial, quando um sócio
requerer a anulação em razão de sua constituição ou quando sua finalidade social tiver
se esgotado (Art 1034 CC), bem como há a decretação da falência, nos termos da lei.
A dissolução irregular é o encerramento sem a devida liquidação, sem a
devida extinção nos orgãos competentes, ou seja, não foi dada a baixa nos orgãos
competentes, com a possibilidade da desconsideração da personalidade jurídica de
total responsabilidade dos sócio e administradores. Na outra mão, temos a dissolução
regular, onde há a devida liquidação, a baixa no orgão competente, onde é
transformada em capital e esse valor será usado para averbar todas as dívidas e
pendências que a sociedade tiver adquirido. A auto falência, nesse caso, é um pedido
de falência do próprio devedor, que consiste em um dever legal de requerer
judicialmente o encerramento de sua atividade por se constatar que a empresa está
acometida por uma crise financeira ao ponto de não conseguir se recuperar.
Função social e preservação da empresa - Artigo 7° CF
Penhora de quotas e ações, empresa, estabelecimento, faturamento e lucro -
Esse é assunto de cunho processual. Não pode haver a retirada do pró labore, a
retribuição do sócio que participa da empresa, pois se caracteriza como uma
remuneração de caráter alimentar, como um salário, logo é impenhorável pela regras
ordinárias.

Direito Constitucional

Garantias Constitucionais - são divididas em duas formas: medidas


administrativas e os chamados remédios constitucionais, medidas judiciais.
Existem garantias que podem ser efetuadas na esfera administrativa, sem que o
jurídico possa ser colocado em ação, porém equivale o mesmo direito fundamental a
ser mantido, onde quando houver uma lesão ao direito, essas garantias são postas em
ação. Na esfera administrativa, artigo 5 inciso 53, dispõe que qualquer pessoa tem o
direito a informação, ou o direito de informação, onde todos tem o direito de receber
informações dos poderes públicos, regulamentado no inciso 53 do artigo 5° e da lei
12.527/2011, salvo os casos em que elas contiverem informações pessoais, porém
como vemos nos portais da transparência, essas informações são públicas,
resguardando as informações particulares, mesmo que nesses portais estejam
aparecendo o nome e o quanto essas pessoas ganham, porém está na lei que esses
fatores devem ser públicos.
Há também o direito de petição, previsto no inciso 34, onde esse direito prevê
que sempre há o direito de peticionar perante uma repartição pública, sem gastos
extras. Está previsto que as repartições públicas precisam ter um canal específico para
receber essas petições e atender essas questões e pendências, sendo para o advogado,
um fator bem importante de se resolver, ainda mais que haja a resolução na esfera
administrativa, ainda que em certos casos o judiciário precise ser efetivamente
acionado, é uma saída mais barata e menos problemática. Nessa mesma esfera, esta
previsto que todos tem o direito de haver uma certidão, que todos tem o direito de ter
esse documento em mãos para que a pessoa possa ajustar qualquer pendência
referente a esses documentos, mesmo que haja a cobrança de uma pequena taxa,
porém é um fator inconstitucional, já que esse direito garante que todos tem acesso a
esse documento, mesmo que não paguem, porém a segunda via pode ser cobrada,
apenas a primeira sai na faixa.
A outra esfera é comumente conhecida por remédios constitucionais, sendo
chamados de medidas judiciais, como o habeas corpus, mandado de segurança
individual e coletivo, mandado de injunção, habeas data e ação popular, todos esses
sendo exemplo de medidas judiciais.
O habeas corpus, de acordo com o artigo 5°, inciso 58, é concedido sempre
que alguém sofrer ou se achar ameaçado sofrer violência ou coação em sua liberdade
de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Ele protege a liberdade de ir e vir, a
liberdade ao direito de ir e vir, um direito fundamental que é protegido pelo habeas
corpus, um instrumento de proteção vinculado a esse direito. Essa ação data desde a
CF de 1891, chamado de ação constitucional de caráter penal Writ.
O objeto tutelado é sempre a liberdade de locomoção, uma lesão ou ameaça a
esse direito, podendo ser repressivo, de caráter liberatório, ou preventivo de caráter
salvo-conduto), onde em um o direito já foi lesado enquanto o outro ainda não foi
lesado. Ele podia ser de legitimidade ativa, ou impetrante, é quem pode impetrar,
sendo ela a pessoa que estiver com seu direito sendo lesado, sendo a pessoa em favor
do qual é impetrado o HC. Na outra mão temos a legitimidade passiva, a quem é
impetrado, no caso a autoridade coatora, a autoridade que está faltando com a
preservação do direito fundamental. Além de não ser necessário um advogado, há
também a isenção de custos para tal ação, uma imunidade tributária para que favoreça
o fácil acesso a esse direito.
Punições militares não cabe ao habeas corpus para a discussão de mérito,
apenas para a legalidade da punição. Há uma lei recente, de 2019, que proibiu as
punições por transgressões militares.
Houve também um caso em que houve um habeas corpus coletivo, onde
mulheres gravidas e parcialmente incapacitados poderiam converter sua prisão em
ajuda comunitária e o fato de ter sido publicado pelo governo, houve uma mudança no
código de processo penal para que haja essa facilidade.
Habeas Data não é muito comum, mas ele é uma inovação da constituição de
1988, pós-regime militar, onde muitos registros eram guardados de forma pejorativa e
essa garantia entra para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa
do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público, bem como retificar dados, quando não se
preferir fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
Nesse caso, apesar de gratuita, precisa de um advogado e a parte impetrada
será a empresa ou os que estiverem no controle do banco de dados com as
informações das pessoas e há uma lei sobre esse assunto, que eventualmente se tornou
constitucional, porém ela não é tão comum quando a de habeas corpus.
Vindo logo em seguida, tem o mandado de segurança, previsto no inciso 61 do
quinto artigo, onde está previsto que esse mandado será colocado em ação para
proteger direito líquido e certo, não sendo amparado por habeas corpus ou data,
quando o responsável for uma autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do poder público. Ele foi constitucionalizado em 1934 por
ação de caráter civil na constituição desse ano, podendo ser impetrado em coletivo,
mediante partido político com representação no congresso nacional e vários outros
fatores.
Como foi expresso, o direito tutelado é aquele líquido e certo, ou seja, um
direito que pode ser demonstrado de plano, sem a necessidade de uma dilação
probatória, onde dentro de um processo, ele requer uma prova, para que as partes
criem provas e afins, mas nessa fase não há a necessidade de tal, uma vez que ela
cobra essa agilidade, por isso a falta de cobrança de provas. A legitimidade ativa, ou
quem pode impetrar a ação cabe ao MS, tanto na esfera individual bem como na
esfera coletiva, podendo ser pessoa jurídica ou física e a legitimidade passiva, ou a
quem é impetrado serve semelhante ao habeas corpus onde o alvo é autoridade
coatora.
Ele tem sido um remédio bem importante no acesso a garantias sociais, bem
como na saúde, onde há uma grande judicialização para que a pessoa possa ter acesso
a um tratamento, bem como um medicamento específico e etc. Na matéria
penitenciária há uma presença bem grande do mandado de segurança, mas na falta de
alguma esfera específica, lembrar que os direitos tutelados são aqueles líquidos e
certos.
O mandado de segurança é sempre na esfera pública, portanto não há a
possibilidade de haver um mandado na esfera particular ou referente a empresas. Ele
pode ser repressivo ou preventivo, apesar de ser mais comum a questão repressiva. O
mandado tem um curto prazo de 120 dias, tendo um prazo decadêncial para que possa
ser entrado com um mandado de segurança. O mandado de segurança é comumente
referido como Writ Mandamus.
Nessa mesma ideia, há o mandado de injunção, que apesar de ser um mandado
também, segue uma rota um pouco diferente de sua contraparte, onde é necessário
curar a síndrome de inefetividade, onde, segundo seu inciso, concederá esse mandado
sempre que a falta de de norma regulamentadora torne inviável o execício dos direitos
e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade e afins. O
objeto tutelado é a falta de normas regulamentadoras, inserida pela constituição de
1988 e foi fixada pela Lei 13.300/16. Quem pode impetrar é o Mi individual ou
coletivo, seja pessoa física ou jurídica e os impetrados são novamente as autoridades
coatoras, como o serviço público e o próprio governo.
Existe uma oscilação muito grande do STF sobre esse fator, onde por muito
tempo foi afetado pela posição não concretista, onde ele poderia reconhecer que não
havia norma sobre, mas não poderia legislar em cima dela, assim fez com que as
pessoas começassem a desistir de usar esse mandado. Logo após ela, veio uma
posição concretista direta geral, onde qualquer pessoa podia requisitar tal ação, mas
acabou não sendo aceita também, gerando a posição concretista direta coletiva ou
individual, ou intermediária, onde há um prazo para que a lei seja elaborada e caso
contrário, o direito será assegurado, e nesses casos de individual e coletivo, cabe a
qualquer pessoa realizar a ação, primeiramente é necessário reconhecer a mora e dar
um prazo para que o tribunal possa legislar sobre, sendo assim, caso contrário, o
direito será assegurado de acordo com o processo.
A posição adotada foi a posição concretista intermediária individual ou
coletiva, sendo uma exceção a execução da posição concretista intermediária geral.
Por fim, mas não menos importante, temos a ação popular, onde diferente dos
outros remédios, ela é voltada a proteção da coisa pública. Qualquer cidadão é parte
legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público
não tendo custos se não for provado má fé na ação.
Ela era prevista desde a CF de 1934 e tem caráter civil, sendo um instrumento
da Democracia Semidireta de acordo com a lei 4.717/65, apesar de não ser tão comum
vê-la no universo jurídico, apesar de ser um efetivo instrumento de luta contra a
corrupção.
A legitimidade ativa cabe por parte somente do cidadão, pessoa física, pois as
pessoas de cunho jurídico não tem legitimidade para propor ação popular, cabendo a
legitimidade passiva a autoridade e as pessoas que tiverem cometido a lesão, uma vez
que ela é desconstitutiva e condenatória, podendo exigir dessas pessoas que haja uma
indenização perante o público e outro tipo de sanção. Não podendo ser confundido
com ação civil pública.
Direitos Sociais - esses direitos veem a pessoa como parte de uma sociedade,
uma vez que a própria constituição é carregada de direitos sociais, sendo do artigo 7°
ao 11 relacionados a direitos trabalhistas e os contraprestacionais(São direitos da
pessoa e dever do estado) e prestacionais( art 6°, título VIII (art 193 a 232).

Mediação, Conciliação e Arbitragem

O fundamento legal está todo baseado no código de processo civil de 2015,


com base no artigo 3°, parágrafo 2° e 3°, onde está previsto que o estado promoverá,
sempre que possível, a solução consensual dos conflitos e devem ser estimados por
juízes, advogados, defensores públicos e membros do MP, segundo os referidos
parágrafos.
Apenas não haverá a audiência de conciliação, de mediação e afins caso as
duas partes não tenham o interesse de ter essa audiência, assim ela não será
instaurada, podendo muitas vezes, o operador preferindo por não fazer, isso pautado
em um prévio conhecimento da parte que ela defende. O inciso V é de grande ajuda
para essa informação também. O juiz deve sempre ser a favor da resolução por meios
mediatórios, deve encorajar tais ações, porém muitas vezes, as partes é quem devem ir
ao julgador para pedir que haja essa audiência, mas apesar dos pesares, a quantidade
de ações assim é bem alta.
Os mediadores e conciliadores judiciais são considerados auxiliares da justiça,
de acordo com o caput do artigo 149 do CPC. No 165, capítulo que trata
especificamente desse assunto, prevê que devem todos os tribunais criar centros
judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões
e audiências de conciliação, bem como o desenvolvimento de programas destinados a
auxiliar, orientar e estimular a autocomposição. No inciso 2° o conciliador não deve
haver vinculo com as partes, bem como o mediador que auxiliará a aos interessados,
enquanto o conciliador faz esse bate bola de soluções para o litígio.
Art 166 - a conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da
independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da
oralidade e a informalidade e da decisão informada (princípios que regem esses
fatores).
A independência é um princípio que aplicado a essa situação visa garantir a
liberdade de atuação do conciliador para que este tome suas decisões sem quaisquer
pressões ou interferências. Imparcialidade - o mediador/conciliador não deve ter
vínculos ou conflitos com as partes, muito menos posicionamentos tendenciosos,
autonomia de vontade - as partes não são obrigadas a fazer um acordo, não podendo
serem coagidas para tal, tal princípio está presente desde a escolha do conciliador até
a opção pela realização ou não, da audiência conciliatória, confidencialidade -
aplicável a todas as informações no processo conciliatório, cujo teor das informações
não pode ser publicado com previsão de pena.

Direito Penal

A culpa é dividia em consciente e inconsciente, a principal diferente jaz na


previsibilidade do resultado da conduta, onde um já é esperado um determinado
resultado ao agente, enquanto o outro há um resultado inesperado para o agente. A
questão da culpa consciente é que o agente tem total fé em suas habilidades e age, não
aceitando o resultado, não aceitando que ia provocar determinado resultado.
A culpa inconsciente é quando o resultado é previsível para o todo, mas o
agente não previu o resultado, mas mesmo assim ocorreu o resultado. Apesar dos
pesares, o agente que cometer esse tipo de ato vai ser julgado e haverá a sentença de
acordo com a modalidade culposa. A diferença entre a culpa consciente e o dolo
eventual entra na parte subjetiva, onde em um dos casos, o agente sabe do resultado,
mas em vez de não aceitar como ocorreria na culpa consciente, ele sabe dos resultados
e os aceita, continuando assim com seus atos até alcançar o determinado resultado.
Para que fique mais simples: Culpa Consciente (Fudeu) Dolo Eventual (Foda-
se).
Para que haja a culpa, deve haver a conduta, violação do dever de cuidado
(negligência, imprudência ou imperícia) e a tipicidade (Estar previsto na lei a
criminalização da conduta). Para ser punido, salvo os casos expressos na lei, ninguém
pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o praticar dolosamente,
não culposamente.
A menos que esteja previsto na lei a modalidade culposa, os crimes só serão
punidos quando forem expressamente dolosos.
Há mais uma modalidade de culpa, mas ela tem uma estrutura de dolo, porém
ela é tratada como culpa. Previsto na parte final do artigo 20, inciso 1°, a culpa
imprópria, é aquela que isenta de pena quem, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias supõe situação de fato que se existisse tornaria a ação legítima. Não há
isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo
a famosa Descriminante Putativa.
Compensação de culpa - Não existe no direito penal, só existe na teoria, logo
as penas não se compensam, ocorrendo apenas quando as duas partes realizam uma
ação culposa e geram um resultado em comum, logo nenhum dos dois irá responder
pelo crime, porém como isso não existe, essa compensação, a isenção de culpa só vai
existir quando ficar comprovado que o erro foi total da vítima, que a culpa foi total
dela, mas existe a concorrência de culpa, onde nessa questão, há dois agentes com
uma culpa, cada um com a sua, mas ambos são sujeitos ativos em suas respectivas
condutas e a conduta de ambos resultou em um fato comum, assim há a concorrência
de culpa, onde essas condutas separadas resultou em um fato comum.
Erro de Tipo - Artigo 20 - o fato de haver um erro sobre os elementos
constitutivos do tipo legal de crime, exclui o dolo, mas permite a punição por crime
culposo, isso se for previsto em lei. O fato de haver um erro, um fator constitutivo do
tipo inexistente na conduta, exclui o dolo, porém ainda está previsto a punição por
crime culposo, isso se previsto em lei. Esse tipo de erro pode ser essencial (ele recai
exatamente sobre os principais elementos do tipo penal, ele se sub divide em evitável
e inevitável. O inevitável é onde mesmo diante das circunstâncias previstas é
impossível para o agente evitar esse tipo de erro e o evitável é aquele que o erro pode
ter sido evitado pelo agente, dependendo da circunstância e a consequência para o
inevitável é a exclusão do dolo e da culpa, mas para o erro essencial evitável o dolo é
excluído, porém ainda há a responsabilidade pela culpa) ou acidental (ele recai sobre
um dado secundário, agregado, com o sujeito ativo querendo cometer a infração
penal, mas acaba errando a pessoa ou o objeto, logo ela se subdivide quanto ao objeto,
a coisa, onde ele quer roubar algo valioso, mas acaba furtando outra coisa, assim ele
responde pela ação da mesma forma, uma vez que ela não afeta efetivamente o
princípio constituinte da lei e no da pessoa, a conduta acabou recaindo sobre outra
pessoa, em vez da qual ele estava prevendo, nesse caso, mesmo tendo errado o “alvo”
por assim dizer, ainda constitui um crime no elemento essencial do tipo do crime,
assim respondendo pelo dolo de mesma forma que ele responderia com a intenção de
cometer o crime contra a pessoa premeditada), Temos também o erro provocado por
terceiro, onde responderá pelo crime o terceiro que determinar o erro, respondendo
pela modalidade que ele estava intencionado.
Erro de proibição, onde segundo o artigo 21 do CP, que não existe o
desconhecimento da lei. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta-se de
pena, se evitável, pode diminuir a pena de um sexto a um terço do total (dilimente -
causa que não exclui o crime, mas exclui a pena). Esse erro incide no fato de recair
sobre a ilicitude do fato, podendo excluir a pena ou diminuí-la.
O erro quanto a esse assunto é considerado evitável quando o agente atua ou
se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas
circunstancias, ter ou atingir essa consciência, respondendo por essa razão em um
sexto ou um terço da pena. Nos casos de inevitabilidade, caso acontecesse o fato, a
pena é isenta.
Há também as excludentes de ilicitude, onde um fato somente será ilícito caso
não haja uma causa que permita esse comportamento, pois assim ele não será
considerado crime, sendo o estado de necessidade, legítima defesa, coação irresistível
e obediência hierárquica. Quando há a tipicidade, é um indicativo que o
comportamento é anti-jurídico e, consequentemente ilícito, mas quando há uma causa
que exclui essa ilicitude, ele não responderá pelo fato típico, previstos no artigo 23 em
todos os seus incisos do I ao III.
Direito Ambiental

Colonização - é uma forma de povoamento de terras desabitadas, ou pouco


povoadas , visando ao racional aproveitamento da terra. Ela se subdivide em pública e
particular. Para que ela aconteça, ela precisa que seja oficializado pelo incra, com as
devidas características e formas corretas de se fazer uma colonização, como aconteceu
em 1920 com a expansão do café e em 1970 com a trans-amazônica.
Parceleiro - Pessoa que adquire um lote em um assentamento. Aquele que
venha adquirir lotes ou parcelas em área destinada à reforma agrária ou a colonização
pública ou privada.
Usucapião especial rural - o termo é feminino, porém sua versão masculina
também é aceita. Isso se dá pelo fato de que na Roma antiga tinha o feminino, sendo
alterado pelo CC de 1916 para o masculino e voltado ao normal no código de 2002. é
recomendável usar o feminino em muitos casos. Ele em sua essência é uma forma de
aquisição de propriedade por posse ininterrupta e prolongada, isso valendo para todos
os tipos de usucapião. É o jeito de se tornar dono de uma propriedade depois de ter
ficado um tempo nela, respeitando alguns critérios chave.
Para os imóveis urbanos e rurais há uma diferença bem grande, apesar de
similares, eles não são iguais, pois há critérios como tempo, tamanho e demais
requisitos que difere de uma situação para outro.
O usucapião rural especial, envolve que é necessário 50 Ha, juntamente de 5
anos, com produtividade e moradia. Não é somente imóveis que podem ser
usucapiados, os bens móveis também, de acordo com o artigo 1260, sendo que por
três anos ele pode adquirir o bem com justo título e se prolongar-se por cinco anos,
mesmo sem esse justo título, poderá alegar usucapião. Bens públicos não podem ser
usucapidos, no caso, de uso comum (voltados para a utilização geral dos indivíduos,
sem precisar de consetimento individualizado do poder público), uso especial (prédios
e locais que tem uso específico, são considerados instrumentos de execução de
serviços públicos) e dominicais (bem público abandonado, sem destinação específica,
terras paradas “devolutas”).
O usucapião rural especial está previsto na CF, art 191 e no código civil, no art
1239. Ele é essencialmente fixado na zona rural. Um pré requisito necessário para o
usucapião não se pode ser proprietário de nenhum imóvel, ter como seu, 5 anos
ininterruptos e sem oposição, na zona rural e não superior a 50 hectares e
produtividade da terra e moradia permanente.

Direito Processual Civil

A Constituição federal contém dois dispositivos que são voltados para o


princípio da publicidade, sendo elas o da publicidade das decisões, sendo contido no
art 5°, inciso LX da CF, onde a publicidade só será restringida caso haja informações
particulares ou intimidade da pessoa.
A intimidade pessoal está acima da lei e logo ela deve ser respeitada. A
segunda condição é o artigo 93, inciso IX da CF, ela é defensora, baluarte desse
princípio, dispondo sobre a obrigatoriedade das decisões dos órgãos públicos devem
ser públicas e fundamentadas, bem como respeitando a intimidade das partes.

Direito Civil

Formas de pagamento - Consignação


É uma forma de pagamento da obrigação e o devedor tem interesse no
pagamento, mas o credor não tem, ou não pode ser encontrado. Quando a obrigação
não é cumprida, o devedor acaba ficando em mora, devendo pagar juros e multas e
para evitar casos assim, o direito criou dispositivos para evitar que o devedor fique em
mora quando ele quiser pagar mas o credor não estiver disposto ou não puder ser
encontrado.
A consignação em pagamento pode se dar de duas formas, sendo,
respectivamente: judicialmente ou extra-judicialmente. A consignação extra-judicial
se dá de forma simples, somente sendo utilizada nas questões em que há dinheiro e ele
é depositado em um banco oficial (estatal), onde será aberta uma conta para esse fim e
o dinheiro vai ficar depositado lá, para que o credor possa ser avisado de que o
dinheiro está esperando sua aceitação, tendo prazo para tal (Art 344). Judicialmente,
essa consignação em pagamento se dá da seguinte forma: inicia-se com uma petição
inicial e resultante, o juiz manda que seja realizado o depósito judicial, fazendo pelo
site e esse valor vai direto para uma conta judicial, onde o juiz somente terá controle
sobre ela.
Além de dinheiro, é possível que bens sejam usados para o pagamento,
ficando a cargo do devedor, podendo ser coisa certa, ficando a cargo do devedor, mas
no caso de coisa incerta, a escolha fica a cargo do devedor, mas se ela ficar a cargo do
credor, o juiz pode mandar citar o credor e no prazo estipulado que ele realize a
escolha. A parte que foi acionada, ela poderá apresentar uma contestação no prazo de
15 dias úteis, para o credor se defender ou aceitar a oferta. O credor pode alegar que
houve diferença nos valores, bem danificado, divergência em relação ao local de
pagamento, etc. Vindo para fechar o processo, haverá a sentença para o juiz ver se o
pagamento da dívida está de acordo com o acordado ou se o devedor irá continuar em
mora.
Artigo 341 - Coisa certa
Artigo 342 - Coisa incerta .
As situações que permitem consignação e pagamento, segundo o artigo 335,
tem lugar, logo não são de Rol taxativo, mas as situações previstas são: Credor não
puder ou sem justa causa recusar o pagamento ou a quitação na devida forma
(Portable), se o credor não for nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição
devidos (Quérable), se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado
ausente ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil (Portable), se
ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento ou se
pender litígio sobre o objeto do pagamento.
Para que ela seja efetivada é necessária a legitimidade ativa, cujo nome é
devedor, um terceiro interessado ou terceiro não interessado e a legitimidade passiva
cabe ao credor ou seu representante legal, sendo o objeto a entrega integral do objeto
da obrigação assumida, da forma pactuada, mediante correção monetária, segundo
posicionamento do STF.
A consignação será feita no local exato onde foi acordado o local do
pagamento, que segundo o artigo 337, o depósito requer no lugar do pagamento
cessando tanto que se efetue para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se
for julgado improcedente e caberá ao credor responder a juros de Mora após a data do
depósito em juízo, devendo acompanhar acessórios, frutos e produtos.
A forma e o prazo para o depósito deve ser igual o convencionado para o
cumprimento da obrigação (seja à vista ou em parcelas) e o local onde se realizará o
depósito será no local do pagamento.
Segundo o artigo 338, até que o credor não declare que aceita o depósito ou
não impugnar, o devedor pode requerer o levantamento, pagando as respectivas
despesas e subsistindo a obrigação.
Segundo o artigo 340, se o credor aceitar o valor e concordar com o
aquiescimento no levantamento, ele perderá a preferência e a garantira que lhe
competiam com respeito à coisa consignada, ficando para logo desobrigados os co-
devedores e fiadores que não tenham anuído. Após a procedência do pedido de
depósito, somente com a autorização de dos demais devedores e fiadores que poderá
ser feito o levantamento. Se o credor aceitar o depósito, a obrigação estará extinta,
logo a consignação produz o mesmo efeito do pagamento.
Imputação em pagamento - a pessoa obrigada por dois ou mais débito da
mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual dele oferece o
pagamento se todos forem líquido e vencidos.
Ela consiste e se caracteriza por uma pluralidade de débitos, deve haver a
identidade das partes, no caso o mesmo credor/devedor e ser igual a natureza das
dívidas, como por exemplo 03 dívidas em dinheiro, sendo a fungibilidade absoluta, e
as dívidas podendo ser líquidas (certo quanto a existência e determinada quanto ao
objeto) e Vencida (salvo se expressa disposição em contrário). Em regra, o devedor
irá imputar o pagamento da dívida, mas há algumas exceções como o prazo fixado a
favor do credor, o valor da dívida seja superior ao valor ofertado pelo devedor e
quando o devedor pretender que o pagamento seja imputado no capital, quando há
juros vencidos, salvo estipulado em contrário, ou se o credor fornecer a quitação do
capital efetivo (Art 354).
A imputação por parte do credor somente vai acontecer somente quando o
devedor se mantiver omisso, onde o credor poderá escolher qual das dívidas será
quitada. Caso o credor se mantiver omisso tbm, cai no artigo 355, onde as dívidas
líquidas e vencidas se quitaram primeiro e se todas forem líquidas e vencidas, cairá
sobre a mais onerosa.
Em seguinte, temos a Dação em pagamento, sendo um acordo de vontades
entre credor e devedor, por meio do qual o primeiro concorda em receber do segundo,
exonerando-o da obrigação, prestação diversa da que era originalmente devida, ele vai
aceitar um objeto diferente do que foi acordado. É uma faculdade do credor e envolve
ele aceitar um objeto diferente do que foi acordado, mesmo que o segundo objeto seja
mais valioso.
A obrigação se mantém a mesma e somente o que muda é a mudança do
pagamento sobre o objeto que foi pago, sendo que é necessário haver uma dívida, o
credor deve concordar com essa mudança e a forma de pagamento atual deve ser
diferente da que foi originalmente pactuada. Art 357 - Quando for determinado o
preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas
normas do contrato de compra e venda, se não houver fixação de preço, não se aplica.
Caso o bem venha a apresentar algum defeito, esse bem precisa estar
assegurado e protegido caso venha acontecer. Os bens podem apresentar vícios
ocultos e o responsável por arcar com esses fatores é quem entregou o bem, no caso, o
devedor, onde fixado um prazo de 30 dias para os bens móveis e 1 ano para os bens
imóveis. Os bens que forem indicador por devedor insolvente, mediante falência, não
será válido.
A dação feita por título de crédito, de acordo com o artigo 358, se for título de
crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão.
Evicção - instituto jurídico que é estudado em contratos, é a perda de um bem
a terceiro em razão de decisão judicial, onde existem os alienantes, o evicto e o
evictor.
Sub-rogação - substituição da figura do credor, do sujeito ativo da relação
obrigacional. A obrigação se mantém com relação ao devedor, apenas se modificando
o credor, esse que no caso irá quitar a dívida, perante o credor anterior. A sub-rogação
transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primeiro,
em relação a dívida, contra o devedor principal e os fiadores. Junto disso tudo, os
efeitos são passados para o novo credor, sendo o antigo agora o liberatório e o novo,
translativo (art 349 - transfere ao novo credor todos os direitos e afins contra o
devedor principal).
A sub-rogação legal se dá do credor que paga a dívida do devedor comum,
como por exemplo credores com diferentes graus de garantia.

Direito de Empresa

Contrato Social - Art 997 CC


Documento que faz nascer essa sociedade, a sociedade personificada. O
empresário individual faz um requerimento perante a junta comercial para que haja a
criação dessa sociedade. O sócio quando abriu a sociedade, nas situações que ele não
tenha o capital social, ele pode entrar com o prédio para que ele cumpra com essa
parte do capital social.
Para que o documento seja válido, por lei, é necessário algumas características
como a qualificação dos sócios, de forma integral, apresentando todas as informações
pertinentes a esse tipo de contrato. As pessoas jurídicas podem ser sócias também.
Logo em seguida é necessário a denominação da sociedade, o nome que ela carrega,
seu objetivo, sua atividade, sua sede e o prazo da sociedade, bem como o capital
social, não somente o dinheiro apesar de ser parte importante, mas também patentes
ou outra coisa mais valiosa ou que tenha valor.
Também é necessário sabermos a quota, ou a parte do capital social de cada
sócio. Deve conter também as incumbências do sócio que se disponibilizou para
entrar com a mão de obra, no que ele deve trabalhar e etc. Quem serão os
administradores e seus respectivos poderes, a participação de cada sócio nos lucros e
nas perdas e se os sócios irão responder subsidiariamente pelas obrigações da
sociedade. A doutrina explica que nesse caso do contrato social, as clausulas podem
ser essenciais e não essenciais, estando as essenciais no artigo 997 do CC e as não
essenciais feitas de acordo com a conveniência dos sócios ou se forem acordados
entre eles.
O pacto separado, ou contrato de gaveta, é válido apenas entre os sócios,
sendo um acordo feito fora do contrato ou alteração principal. No entanto, esse pacto
não tem eficácia perante terceiros, em razão de não ter publicidade e não ser acessível
a qualquer um, como o contrato social que dá vida a sociedade em si.
No contrato, após elaborado, qualquer coisa que precisar ser alterada ou
clausula que precisar ser alterada devem ser averbadas e feitas no respectivo registro,
sob pena de perder ou até mesmo não ter validade perante terceiros, justamente pela
falta de publicidade do fato perante o público. Alterações em clausulas essenciais
deve ter tido uma unanimidade dos sócios, as demais, no caso, clausulas não
obrigatórias ou não essenciais podem ser pela maioria de votos, salvo os casos em
contrário que preveem casos em que seja necessário a unanimidade.
A abertura de filial deve ser primeiro averbado na junta necessária e estar
presente no contrato social.
O contrato social pode prever quais as obrigações e direitos dos sócios, mas há alguns
que estão previstos em lei.
Direitos e Obrigações dos Sócios
Contratuais - São aqueles previstos no contrato social, mas que não estão na
lei, tendo sido elaborado de comum acordo, uma vez que a sociedade tem natureza
contratual e as duas partes podem ter liberdade para prever tais direitos e deveres. O
limite dessa liberdade está contida nas normas de ordem pública (aquelas que não
podem ser inobservadas pelas partes) bem como seguindo os princípios da boa fé, da
função social do contrato e vários outros.
Não pode haver uma clausula no contrato que não permita o sócio a participar
das quotas de lucro nas sociedades, podendo ferir uma norma de ordem pública,
ferindo até mesmo o Código Civil. Qualquer outro direito que os sócios tem estão
previstos nos artigos do CC, mas que apesar de puderem escrever e fazer todas as
clausulas, não podem fazer nenhuma que fira a lei.

Legais - A partir do Artigo 1001, do CC, são direitos e deveres presentes na lei,
começando imediatamente quando houver a assinatura do contrato ou tempo
superveniente e terminarão com a extinção das responsabilidades da sociedade após a
sua liquidação.
O sócio não pode ser substituído no cargo de suas funções sem que haja
unanimidade das partes, bem como estar presente no contrato social, assim como na
cessão de quotas, que coincidentemente caracteriza a sociedade simples como uma
sociedade de pessoas e não de capital, uma vez que nas de modalidade capital pouco
importa quem são os sócios, apenas o capital que entra por parte deles.
O cedente responde solidariamente pela quota junto do que a recebeu, por dois
anos, uma vez que tem responsabilidade desde a época em que fora sócio, perante a
sociedade e as empresas.
A participação dos sócios nos lucros e prejuízos, vai ser, de acordo com a lei,
de todas as perdas e ganhos, porém aqueles sócios que forem participar mediante
serviços, irão apenas gozar dos lucros, uma vez que respondem apenas a suas quotas e
não aos lucros, não pode haver a privação desse direito, bem como se houver caso em
que houver lucros ilícitos ou fictícios, assim que distribuídos, acarretam
responsabilidade solidária aos administradores e aos sócios que os receberam.
As relações com terceiros e as responsabilidades dos sócios, como esta
previsto na doutrina e na lei, a responsabilidade dos sócios é ilimitada, respondendo
subsidiariamente pelo saldo das dividas que não forem pagas pela sociedade, na
proporção de suas quotas, sendo dessa forma, a responsabilidade do sócio irá
responder apenas quando a sociedade não tiver bens da pessoa jurídica, da empresa,
para sanar a dívida, diferente da responsabilidade solidária, onde todos respondem
concomitantemente a empresa de forma mútua. As sociedades de responsabilidade
limitada, vão limitar a responsabilidade dos seus sócios ao valor de suas respectivas
quotas, porém não torna a sociedade simples em empresária, apenas terá de ter a
palavra LTDA afixado ao final de seu nome.
As pessoas que adentrarem na sociedade após sua constituição, responderá
pelas dívidas anteriores ao seu ingresso.
A sociedade tem sua extinção quando termina seu prazo, a vontade dos sócios
e outros casos previstos no contrato social (art 1033 CC).

Direito Constitucional

Direitos Sociais - Por vontade da constituição, estamos em uma sociedade de


direito, pois a CF se preocupou em garantir isso. O capitalismo, previsto em lei,
apesar de ter uma liberdade exploratória da economia, eles respeitam os direitos
trabalhistas e afins, como as férias, a proteção contra a automação, proteção da mulher
no trabalho e etc. Direito a sindicatos e afins, todos previstos na CLT, mas há um
núcleo desses direitos presente na CF, justamente para aplicar o direito nas relações
de trabalho de forma mais técnica e fazer jus a justiça que está presente nela, apesar
de ainda existir relações de trabalho quase escravas.
Existem os direitos sociais contraprestacionais, direitos que necessitam de
políticas públicas, uma vez que constitui uma necessidade de ação mútua entre o
indivíduo e o poder público, como a moradia, saneamento básico, segurança,
transporte público bem como uma renda base familiar para aqueles que estiverem em
estado de necessidade e de vulnerabilidade (artigo 6°). Seguindo, no título oitavo, há
uma série de artigos que prevê vários direitos sociais, como a saúde, a educação, a
família e protegendo até mesmo os índios.
Para que elas sejam efetivas é necessário políticas públicas.
O estado entrega a liberdade de exploração a economia, mas ele também cora
um retorno para a sociedade, visando que exista algo que ajude a sociedade de forma
positiva. Em termos da constituição, temos uma ordem social, primado no trabalho
focado no bem estar social e justiça social. Apesar de tudo, ainda se mantém de um
estado capitalista e os principais desafios de tal é o princípio do não retrocesso social
ou proibição da evolução reacionária.
Existe um conflito entre o STF, sobre a reserva do possível (uma quantidade
de capital reservado para o estado) e o mínimo existencial, pois muitas vezes o estado
usa essa reserva como uma justificativa para evitar de suportar bens minimamente
necessários para a sociedade, mas agora, quando for relacionado o mínimo
existencial, é uma obrigação que isso seja feito, fazendo com que o poder judiciário
tivesse uma relação mais ativista do que o comum e, consequentemente a
judicialização da política.
Efeito Cliquet - princípio do não retrocesso social, veda e proíbe que a
conquista de direitos humanos seja perdida.
Direito de Nacionalidade - é um estudo técnico jurídico, previsto nos artigos
12 e 13, sendo um direito humano, pois todos tem o direito de ter uma nacionalidade.
Por definição, é o vínculo jurídico-político que liga um indivíduo a determinado
Estado, integrando a aquele povo. É direito fundamental, pois todas as pessoas tem p
direito de manter um vínculo jurídico-político com algum estado, sendo que já houve
várias emendas nessa temática.
Quem não tem nacionalidade, é estrangeiro, mas há uma lei que explica e rege
a forma que os estrangeiros podem adquirir a nacionalidade brasileira, revogando o
estatuto do estrangeiro.
A População são todas as pessoas que estão dentro do território daquele
estado, o termo povo é um pouco mais filtrado, se referindo apenas a um povo
específico, os nacionais como no caso, os brasileiros naturais. A nação é a relação de
nacionalidade do povo, no caso em questão do povo brasileiro.
Cidadania, juridicamente falando, é um termo mais restrito, pois somente são
considerados cidadãos aqueles que foram alistados eleitoralmente, ficando aberto a
participar da política. Falando de nacionalidade, tem dois tipos: Primária ou
originária - ela é involuntária pois decorre do nascimento e dos critérios adotados
pelo estado soberano. Nacionalidade secundária ou adquirida - voluntária pois
depende da vontade do indivíduo, normalmente ocorre pela naturalização,
normalmente referente a situação dos estrangeiros.
Na nacionalidade primária há dois critérios a ser adotados, sendo eles o da
ascendência, laço de sangue que determina a nacionalidade do sujeito, uma vez que é
um descendente. Outro critério adotado é o de território, sendo levado em conta todas
as pessoas que nascem dentro do território, preferindo o Brasil adotar o fato sanguíneo
para aglomerar os nascidos no Brasil, porém há um certo problema com isso, sendo a
polipátridas, ou que tem muitas nacionalidades, mas esse conflito gera um resultado
positivo, mas um que gera o resultado negativo é o dos apátridas, que não tem pátria o
que gera um certo conflito.
A CF discorre sobre no artigo 12 - são brasileiros natos os nascidos aqui, ainda
que de pais estrangeiros não estando a serviço de seu país, na segunda alínea temos o
fator consanguíneo, onde crianças nascidas fora do Brasil, mas seus pais estão a
serviço do Brasil, a criança é considerada brasileiro nato, ainda mais que na alínea
seguinte tem a possibilidade de registro no exterior e na mesma alínea, na segunda
parte, traz o termo de nacionalidade potestativa, pois é uma nacionalidade que precisa
de confirmação deles.

Direito Penal

Coação irresistível e obediência hierárquica - Artigo 22 - se o fato for


cometido sobre a égide de coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não
manifestante ilegal, de superior hierárquico, sendo só punível o autor da coação ou da
ordem.
No caso da coação, não pode haver atos físicos, não pode haver uma coação
física, uma vez que essa coação é estreitamente moral, uma vez que uma pessoa coage
a outra para realizar determinado ato, não podendo haver chance de resistência, logo
ser irresistível, assim o praticante do ato não responde pelo ato, mas sim aquele que
induziu essa ação. Na segunda hipótese, ordem não manifestante ilegal, de superior
hierárquico, logo, essa hipótese contém que deve ser - obrigatoriamente - uma ordem
advinda de um superior hierárquico, não manifestante ilegal, logo ela deve ter uma
aparência de legalidade, assim caso o ato for realizado, aqueles que responderá é o
superior que deu a ordem e não o que cumpriu a ordem, assim não haverá abuso de
autoridade.
Vindo logo em seguida, temos a exclusão de ilicitude, partindo da teoria do
crime, onde a anti-juridicidade, o segundo fator nessa teoria, onde não há uma lei que
permite essa conduta, por isso é um ato anti-jurídico. Previsto no artigo 23, temos a
exclusão da ilicitude, ou as famigeradas excludentes ou discriminantes, estando no
artigo referido apenas as principais que excluem essa ilicitude, mas sem um rol
taxativo, prevendo estado de necessidade, em legítima defesa, estrito cumprimento de
dever legal ou no exercício regular de um direito. Essas quatro causas, quando
presentes em um aso concreto, o resultado é que não há crime, uma vez que o fato
para se tornar crime deve ser típico, anti-jurídico e culpável.
Essas quatro causas não são as únicas que podem ser excludentes de ilicitude,
podendo haver outras, mas soltas em alguma lei esparsa ou possívelmente perdido no
próprio código penal, sendo essas quatro as principais.
O estado de necessidade, previsto no artigo 24, seria quando existe um conflito
entre dois direitos, entre dois bens jurídicos e um deles precisa ser sacrificado para
que o outro possa ser salvo, uma vez que o primeiro caiu em detrimento. Ele tem
como natureza um direito ou uma faculdade, sendo que nesses casos, a lei não pode
agir de forma rápida e efetiva, mas o sujeito sendo permitido que possa sacrificar um
bem jurídico perante o outro, cometerá o ato sem a ilicitude. Também há a faculdade
perante o terceiro, uma vez que não é obrigatório fazer tal detrimento, mas mesmo
assim ele vai e faz.
Aquele que sofre a ofensa, que tem o bem jurídico em detrimento pode se
valer de duas formas em relação a sua proteção, seja defensivo (Sacrificar o bem do
outro para que o seu permaneça) e agressivo (sacrificar bem alternativo que não tenha
tido causa aparente para que o seu permaneça). Os requisitos para o estado de
necessidade são: quem pratica o fato típico para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade (que o próprio agente não tenha provocado o perigo de
forma voluntária e dolosa), nem poderia de outro modo evitar, direito próprio ou
alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias não era razoável exigir-se. Há algumas
divergências na doutrina, uma parte pequena, que nos casos em que houve incidentes
culposos, existe o dever jurídico de que, mesmo sendo um acidente, tendo ele
obrigação de manter a segurança, não pode ser alegado esse estado de necessidade.
Não se pode alegar estado de necessidade quem tem o dever legal de enfrentar o
perigo, como bombeiros, policiais, etc e embora seja razoável exigir-se o sacrifício
do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços, uma vez que
ele tinha o dever jurídico de agir.
Há casos em que os fatos podem ser evitáveis e nesses casos, quando isso
acontece, não se pode alegar estado de necessidade, bem como a proporcionalidade,
que haja entre o detrimento de ambos os estados de necessidade, bem como no
conhecimento de que a situação não é necessário o estado de necessidade.
A legitima defesa consiste em uma pessoa, usando moderadamente os meios
necessários para repelir uma injusta agressão, sendo ela atual ou iminente, a direito
seu ou de outrem, em questões em que os objetos jurídicos são diferentes.
Há um outro instrumento referente a legítima defesa, sendo a legítima defesa
sucessiva, onde por meio da legítima defesa da vítima que ultrapassou os limites
estabelecidos pela lei, o agressor pode também agir em legítima defesa em
contrapartida a essa violência injusta.
Temos por fim o pacote anticrime da legítima defesa, incluído pela lei
13.964/2019, onde alterou o parágrafo único do artigo 25, mas que de forma simples,
essa alteração foi considerada inútil, uma vez que prevê a legítima defesa ao agente
de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida
refém durante prática de crimes.
Vindo logo em seguida temos o cumprimento do estrito dever legal, sendo
referente a qualquer ato normativo entendido como estrito cumprimento de dever
legal, uma vez que a lei o obriga a fazer tal. A lei da como dever ao funcionário
público fazer uma determinada ação que em casos normais seria um crime, sendo
que estaria apenas cumprindo a própria lei, estando assim amparado pelo estrito
cumprimento do dever legal. Por fim temos o exercício regular de direito, ele
regularmente vai exercer esse direito, uma vez que ele normalmente feriria o
ordenamento jurídico, permitindo contanto que haja a proporcionalidade e que não
seja dispensável fazer tal coisa.
Causas supra-legais - causas acima da lei, uma vez que há um fato que vai
completamente além do que está previsto no ordenamento jurídico e não faça parte
do fato típico comum, podendo gerar uma anulação desse crime, tendo de haver a
dissolução da vítima no fato típico, ser capaz, o bem jurídico deve ser o do próprio
sujeito, haver o consentimento da vítima podendo ser na hora ou previamente, sendo
uma lesão leve, esse consetimento deve ser segundo a maioria expresso, não
podendo ser tácito, mas que em certos pontos é aceitável esse consentimento tácito.
Ainda dentro do artigo 23, em seu parágrafo único, em qualquer das hipóteses
deste artigo, responderá pelo excesso, sendo ele doloso ou culposo. Descriminante
putativa - ficção jurídica presente no artigo 2, parágrafo 1, acontece quando o agente
está em engano e acha que uma determinada situação de fato que se existisse tornaria
a ação ilegítima, logo é isento de pena esse, uma vez que esse erro for plenamente
justificado. A culpa impropria não consiste em isenção de pena uma vez que o erro
deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.

Direito Ambiental

O artigo 191 da legislação referente a essa questão diz que aquele que não é
proprietário de imóvel, rural ou urbano e que se apossar de uma propriedade por
cinco anos, não sendo proprietário de imóvel algum, contendo 50 hectares e se
tornando produtiva pode alegar usucapião, valendo o mesmo para o artigo 1292 do
código civil.
Estrangeiros que não forem naturalizados, apenas se conseguirem provar
permanência legal no país podem fazer usucapião, uma vez que depende da
quantidade dos módulos de exploração indefinida que está presente no imóvel.
Se houver o caso do usuário ser dono de uma parte de outro imóvel, como na
comunhão total de bens e etc, depende se eles podem ou não, valendo o valor da
parte que esse proprietário tem. No conceito esse fator não está tão claro na
definição, nem na doutrina, pois alguns autores dizem que não pode ser enquanto
outros afirmam que sim, sendo observados alguns fatores que validam essa visão.
O segundo fator importante para o usucapião é o possuir como sua, ter ela
como sua propriedade. Para que seja considerado usucapião, é necessário que o
usuário pareça ser dono perante a comunidade em que vive, uma vez que ele tem a
posse do local e não sua propriedade, é agir como se proprietário fosse. O terceiro
fator é ter vivido nesse local, na região por 5 anos de forma ininterrupta. Os cinco
anos devem ser contínuos, mas tudo depende da situação, uma vez que o abandono
temporário pode ser feito para se resguardar dos tempos de uso, porém caso nada
disso for feito, pode ser alegado como abandono e ter que recomeçar todo o tempo
de uso.
Pode se acontecer abandono temporário e só. Caso o possuidor morrer, os
filhos e herdeiros darão continuidade ao direito de posse, herdado do falecido.
Apesar de ser apenas cinco anos, eles devem ser ininterruptos e de forma alguma ter
oposição, podendo em certos casos interromper(para e começa desde o começo) ou
até mesmo suspender(para e após um tempo começa do ponto em que parou) o
prazo.
Os casos que podem causar a suspensão é o casamento com o proprietário,
logo será parado o tempo de usucapião e voltará caso acontecer um divorcio ou
separação, entre os ascendentes e descendentes, onde o filho constrói casa na terra
do pai e entre tutelados e tutores, onde o curador mora na propriedade do idoso do
qual cuida nem começando a contar o prazo uma vez que suspendeu antes de
começar(197, 198, 199 CC). Há também se houver a doação da terra para um menor
absolutamente incapaz, menor de 16 anos, contra ausentes em serviço público, mas é
necessário ser em serviço público, bem como os militares em tempos de guerra, uma
vez que são suspensos.
As causas que podem gerar uma interrupção podem incluir as seguintes:
despacho judicial para citar o possuidor, sendo ela se comprovando válida após um
longo processo judicial, dentro de 10 dias, caso contrário não haverá a interrupção,
qualquer ato judicial que constitua em mora (atraso de algum cumprimento de
obrigação) o possuidor, sendo nesse caso judicial, podendo ser a ação mais comum,
onde há a notificação judicial e por fim, qualquer ato inequívoco extrajudicial em
que o possuidor reconhece o direito do proprietário.
Outro fator relevante é ser especificamente estar em uma zona rural e ter 50
hectares, ele pode não ser um imóvel rural (critério de destinação) mas ele deve estar
em uma zona rural.

Direito Processual Civil

Publicidade das Decisões - Artigo 11 - o CPC além de conter vários


dispositivos que asseguram esse princípio, é importante ressaltar os principais,
especialmente os processuais, para que esse princípio seja assegurado e mantido.
Esse princípio esta focado principalmente na liberdade e na publicação das
informações, especialmente as que compõem as decisões judiciais (sentenças). A
sentença ser pública é importante pois o que for julgado ali ela pode ser de interesse
de terceiros.
A importância de tal é que tem se um controle maior da linha do tempo, da
ordem cronológica desse processo, mostrando onde e em qual período aconteceu
determinadas ações, como sair uma sentença de um caso em segundo lugar,
enquanto o do primeiro ainda não houve nada, talvez por um imprevisto ou acidente
jurídico, podendo ser julgado a posteriori, bem como se houve terceiros que
entraram em seu decorrer e etc, pois assim que chega ao final, o processo chega a
sua conclusão e o juiz está livre para dar suas sentenças, sendo pela ordem numérica.
Está previsto também no artigo 12 parágrafo 1° e 2°.
Outro fator de importância é que as audiência devem ser publicas, salvo os
casos em que há uma necessidade de que seja algo privado ou em sigilo, pois
qualquer pessoa com seus 18 anos que quiser, pode entrar e assistir uma audiência
que seja de sua escolha, segundo o artigo 368. Exige também uma necessidade de
que os tribunais devem manter um banco de dados dos processos, para que terceiros
possam ter acesso a essas informações ali presentes (artigo 979 - todos os
parágrafos).
A publicidade de um processo pode ser excepcionalmente público, não
necessariamente precisando ser uma publicidade integral, mas já está previsto em lei
(Tanto na CF quanto no CPC) que devem ser observadas, bem como as situações
que limitam essa publicidade. O artigo 189 do CPC trás disposições sobre esse
assunto, onde o código também permite que determinados processos podem correr
em questão de segredo de justiça, onde só as partes, os advogados e os juízes podem
ter acesso as informações ali presentes, como por exemplo algum conflito jurídico
ligado ao matrimônio (separação de corpos, ação de divórcio, etc) e processos
envolvendo menores (grande parte dos processos), discussão de filiação, pensão a
respeito de alimentos, guarda de crianças e adolescentes, exige quando há interesses
públicos ou sociais, desde que seja ponderado e bem analisado esses fatores, bem
como nos casos em que há garantias fundamentais, mediante ponderamento e
assuntos de interesse público, mas deve ser averiguado se é realmente necessário a
privação dos assuntos presentes no processo.
A informação é a mola propulssora do princípio da publicidade, sem ela não
há como existir a verdadeira democracia e coisas como o sigilo fiscal é permitido,
afinal são informações pessoais, bem como nos telefones pessoais e outras
informações de cunho pessoal ou privada.

Direito Civil - Obrigações

Existe duas espécies de sub-rogação, sendo uma delas a legal, no que consiste
em: Art 346 CC - ela se aplica em favor do credor que paga a dívida do devedor
comum, como por exemplo, credores com diferentes graus de garantia (real ou
quirografários), do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário,
bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre
imóvel, uma forma de dar mais segurança para quem adquire imóvel hipotecado
(quando o credor que está interessado na compra de uma casa, mas que foi
hipotecada ao banco, por exemplo, mas o credor compra a dívida do devedor
hipotecado, assim sub-rogando-se como credor em duas situações e sem correr o
risco de perder a casa além de receber o valor da dívida com o banco, preservando
assim o bem), do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser
obrigado, no todo ou em parte, sendo um fiador, avalista, devedor solidário, enfim,
sempre um terceiro envolvido que decide pagar.
Vindo logo em seguida temos a sub-rogação convencional, previsto no artigo
347/CC, onde surgem as seguintes previsões: quando o credor recebe o pagamento
de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos, normalmente sendo
envolvido um terceiro não interessado, uma vez que precisa obedecer certos
requisitos, como havendo uma transferência expressa dos direitos do credor ao
terceiro que lhe efetivamente pagou, bem como que a transferência seja efetuada até
o momento em que recebe a prestação. A segunda previsão é quando a terceira
pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição
expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito, onde o
terceiro paga a dívida ou empresa a quantia exata para tal enquanto na prática,
envolve financiamentos e afins.
Logo em seguida tem a sub-rogação parcial, onde há apenas a substituição
parcial na posição de credor, onde vale ressaltar o artigo 351, onde o credor
originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, na cobrança da
dívida restante, se os bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a
um e outro dever, dando sempre preferência ao credor originário.
No artigo 350, é previsto algumas limitações a esse direito, onde na sub
rogação legal, o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor,
senão, até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor. *Na sub-
rogação convencional há uma divergência doutrinária, onde nessa questão, de exigir
a totalidade da dívida, alguns (Pablo, Golçalves) defendem que sim, mas outros, um
pouco mais modernos (Tartuce, Luciano e Roberto Figueiredo) dizem que não, onde
há a questão da Garantia legal contra o princípio da Autonomia Privada.*
Existe um instituto jurídico chamado de Cessão de Crédito, onde um terceiro
sem relação jurídica, procura um credor e propõe a compra de tal direito, assim
realizando a compra de tal direito. Assim há a realização da cessão de crédito. Quem
cede o crédito é chamado de Cedente, quem tem o crédito dado - Devedor - é Cedido
e por fim, aquele que adquire o crédito é o Cessionário. Qualquer obrigação pode ser
objeto de cessão de crédito, porém não se pode opor a natureza da obrigação, a lei, a
convenção com o devedor, a clausula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao
cessionário de boa fé, se não constar do instrumento da obrigação.
Exceto: Se opuser a natureza da obrigação (direito a alimento), proibição legal
(direito de preferência, direito a herança de pessoa viva) e convenção entre as partes
- Art 286.
Como é elaborada uma cessão de crédito: Pode ser tanto por instrumento
público quanto privado, mas para ter validade entre terceiros deve conter e indicar o
local onde foi celebrada, a qualificação do cedente, do cessionário e do cedido, a
data da transmissão e afins.
*O cedido não precisa da anuência, mas ele precisa ser notificado quanto a
essa alteração entre devedores - Artigo 290/CC - e por instrumento sendo público ou
particular, se declarou ciente da cessão feita.
As espécies podem ser: quanto a origem, seja ela legal - Artigo 287 - salvo
disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus
acessórios - Feito em virtude da lei. Temos também a cessão judicial, onde é dado
um direito de credor a essa pessoa por meio de uma decisão judicial Ex: herdeiro que
adquire direitos sobre determinado crédito do de cujus e por fim temos a cessão de
crédito convencional, oriundo da vontade das partes.
Quanto as obrigações geradas - A título oneroso: se assemelha a uma compra e
venda e a título gratuito - Se assemelha a uma doação.
*Temos também quanto a extensão, sendo de cessão total (do crédito) ou
cessão parcial (do crédito). Quanto a responsabilidade do cedente - Cessão Pro-
soluto: plena e imediata quitação do débito do cedente para com o cessionário,
exonerando o cedente. É a regra geral. - Cessão pro-Solvendo: O cedente fica
responsável pela solvência do crédito.
*Diferenças entre Sub-Rogação e Cessão de Crédito

Sub-rogação (Artigos 346 - 351 do CC)


- Regra Especial de pagamento ou forma de pagamento indireto, pela
mera substituição do credor
- Não há necessidade de notificação do devedor
- Normalmente é gratuita

Cessão de Crédito (Artigos 286 - 298 do CC)


- Forma de Transmissão de obrigações
- Há a necessidade de Notificação do devedor para que o mesmo saiba
quem pagar
- Normalmente é oneroso, mas pode ser, em raros casos, gratuito.

Novação

É a criação de uma nova obrigação para extinguir uma obrigação anterior,


onde uma obrigação se tornou muito complexa em relação a fatores extremos e as
partes, procurando assegurar sua efetividade de contrato, eles extinguem essa
obrigação impossível e criam uma nova obrigação para resolver a anterior.
Ela sempre decorre da vontade das partes, extinguindo a obrigação anterior,
criando uma nova no lugar dela. Os principais requisitos para a novação é
obrigatório que exista uma obrigação anterior e que seja nula - Art 367 CC - salvo as
obrigações anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas.
A dívida prescrita pode ser paga, não cobrada, mas pode ser paga,
consequentemente ela pode ser objeto de novação.
As modificações que a novação realiza devem ser substânciais, podendo acontecer o
que fica conhecido como Animus novandi - O Desejo de realizar uma novação -
Artigo 361 - Não havendo animo de novar, expresso ou tácito, mas inequívoco, a
segunda obrigação confirma simplesmente a primeira.
As Espécies podem ser: Objetiva - alteração no objeto da obrigação (Art 360)
e pode se dividir quanto a sua origem, onde envolve o objeto principal da obrigação:
Conversão de dívida em dinheiro em prestação de Serviços, Mudança na natureza de
seu objeto: Obrigação de dar substituída por uma obrigação de fazer, Mudança na
fundamentação jurídica do débito: deve a título de locatário e, com a novação, passa
a dever o título de adquirente.
Na novação subjetiva, segundo o inciso II e III, se dá quando um novo
devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor e quando em virtude de
obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com
este. *Quando há a sub-rogação, há a alteração da figura do credor, mantendo o
restante de forma igual, na novação objetiva, obrigatoriamente há a alteração do
objeto da obrigação, mas quando há a alteração tanto no objeto da obrigação e na
figura da parte é a novação subjetiva.*
Formas da novação subjetiva - por expromissão (definidos no artigo 362 do
CC) pode ser efetuada independentemente do consetimento do devedor.
Por delegação - O devedor anterior indica seu substituto.

Efeitos - a priori extinção da obrigação primitiva e sua substituição, por outra,


constituída exatamente para provocar a referida extinção, mas há cercas situações
decorrentes dela, como por exemplo a insolvência de um novo devedor - sendo o
novo devedor insolvente, não tem o credor, que o aceitou ação regressiva contra o
primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição - Art 363/CC.
Devedor solidário - Operada a novação entre o credor e um dos devedores
solidários, somente sobre os bens do que contrair a nova obrigação subsistem as
preferências e e garantias do crédito novado, uma vez que os outros credores
solidários ficam por esse fato exonerados - Art 365/CC.
Fiador - Artigo 366/CC - Importa exoneração do fiador a novação feita sem
seu consenso com o devedor principal, mas graças a uma súmula do STJ, ficou
fixado que o fiador na locação não responde por obrigações resultantes de
aditamento ao qual não concordou, se ele não concordou ao contrato, ele está livre
da obrigação.
364/CC - A novação extingue os acessórios e garantias da dívida sempre que
não houver estipulação e contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o
penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a
terceiro que não foi parte na novação.

Direito Empresarial

- Sociedade em conta de participação


- Sociedade em nome Coletivo
- Sociedade em Comandita Simples
- Sociedade em Comandita por Ações

Direito Constitucional

Há também possibilidades de estrangeiros que podem ser naturalizados


brasileiros, uma vez que eles tem a opção de realizar tal escolha, mas esse tema em
específico não está esgotado, abrindo margem a outros legisladores para que possam
criar outros aspectos para que haja essa naturalização, com base no artigo 12,
exigindo em regra 4 anos de moradia, falar a língua portuguesa e que tenha
idoneidade moral, além da comprovação de outros requisitos.
Essa é a chamada nacionalidade secundária/adquirida, onde essas
características valem para estrangeiros oriundos de países que não são originários de
países de língua portuguesa, mas para os países de língua portuguesa é necessário
apenas um ano de residência ininterrupta além da idoneidade moral, previsto na outra
forma de naturalização, mas essa flexibilização está presente apenas nos oriundos de
países de língua portuguesa.
A naturalização extraordinária envolve estrangeiros, qualquer um, que resida
aqui no Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal, ainda mais
facilitado, uma vez que o indivíduo já morou aqui por tempo demais.
A naturalização deve ser pleiteada, ela deve ser pedida pelo estrangeiro que se
sentir na vontade de se tornar um brasileiro naturalizado, uma vez que na CF de 88
não existe a naturalização tácita, mesmo que ele já tenha vivido a bastante tempo aqui,
havendo determinadas restrições, como não poder exercer o direito político-eleitoral,
uma vez que ele não pode ser votado e nem votar nem em eleições, nem nada, uma
vez que eles não tem cidadania para realizar tais efeitos.
Há a naturalização de forma provisória, ou radicação precoce, onde a criança
estrangeira, antes dos 10 anos, veio morar no Brasil e adquiriu uma naturalização
temporária, podendo ser afirmada quando ele adquirir sua maioridade. A única
previsão de naturalização tácita foi em 1891, dois anos após a proclamação da
república, onde os estrangeiros que no Brasil aos 15 de novembro de 1889, não
declararem em seis meses seu desejo de continuar sendo estrangeiros, serão
considerados brasileiros naturalizados.
As principais distinções entre os brasileiros natos e naturalizados, são previsto
em lei, apenas na própria CF, mas também há a questão da quase nacionalidade nos
casos dos portugueses, onde no parágrafo 1°, artigo 12 da CF diz que todos os
portugueses que tiverem reciprocidade, mesmo sem requerer e mesmo sem efetuar sua
vontade, podem gozar de alguns direitos dos brasileiros, exceto os direitos específicos
dos brasileiros natos, tendo alguns tratamentos diferentes, mesmo que não haja a
vontade de se tornar brasileiro.
A mesma coisa vale para os brasileiros que moram em Portugal, uma vez que
eles estando morando em Portugal, mesmo que não hajam vontade de se naturalizar
como um, eles podem gozar de direitos referentes aos portugueses naturalizados, mas
como aqui no Brasil, não podem aproveitar dos direitos dos portugueses Natos.

Palestra

Mediação, Arbitragem e Conciliação

Princípios que norteiam as ações de mediação e conciliação, presentes no


CPC,que devem ser seguidos por esses profissionais. A Oralidade, nesse sentido, diz
que essas mediações devem ser feitas em uma linguagem simples e de fácil acesso,
uma vez que por anos a linguagem complicada e rebuscada afastou as pessoas, a
mediação e a conciliação permite, com uma linguagem mais fácil que as pessoas
sejam atraídas para essa saída em vez de procurar o judiciário de prima ideia,
incentivando a busca por meios alternativos de resolução de conflitos.
Para que haja uma segurança maior, fazendo uma ponto de com o próximo
princípio, é necessário haver uma informalidade entre o advogado e as partes que
procuram a resolução do conflito, para que as pessoas possam falar sem o peso e com
um certo nível de empatia entre as partes, evitando autoritarismo ou níveis de
superioridade hierárquica, uma vez que não existem tais laços dentro do universo
jurídico e a presença de uma mesa redonda evita que haja a posição de lados dentro
desse processo.a Na ata, não existe a presença dos debates entre as partes, apenas o
resultado da audiência em si.
Uma vez que a decisão seja tomada, compete ao conciliador que exponha essa
decisão de forma clara às partes os seus direitos, que não são obrigados a fazer
acordos e em caso de composição, o resultado obtido, bem como o que cada um se
dispôs a fazer, evitando assim desentendimentos, uma vez que esse é mais um
princípio norteador do processo de mediação. É também imposto ao
mediador/conciliador impedir ações que sejam desonestas das partes, que devem ser
leais, honesto, sinceros e estejam agindo sempre de boa fé.
Por fim, temos a isonomia, que na mediação é necessário que as partes sejam
cuidadas com o tratamento das partes, propiciando os mesmo critérios de participação
e chances, prezar pela sua imparcialidade para que haja um desfecho harmônico entre
as partes.

Direito Processual Civil

A motivação das decisões - A motivação nada mais é do que um princípio, princípio


de que nada se faz na seara jurídica sem que haja uma motivação, sem que haja uma
vontade de fazer tal.
O nome não é sentença, pois ela seria como um fechamento do caso, das
decisões engloba completamente todas as decisões tomadas ao decorrer do caso. Esse
princípio em si está ligado ao da legalidade, onde somente uma decisão pode ser
legítima se ela for baseada na lei, baseada na norma e a partir do momento que isso é
um princípio processual, o juiz não pode ter a faculdade de escolher se sim ou se não.
Esses e vários outros princípios estão previsto na constituição federal, tendo assim um
revestimento de garantia, logo eles não podem ser contrariados ou postos em dano,
tudo isso para que haja a legalidade do processo.
As partes elas tem direito de requerer que as decisões sejam revistas e que ela
tenha uma motivação válida, cabendo assim medidas para que recorram contra essa
decisão ou que coloquem em risco a integralidade dos processos, ou caso tenha sido
uma decisão de complicado entendimento. Ao fazer um recurso é questionado quais
foram as fundamentações que o juiz se baseou para tomar essa decisão, qual foi a
motivação e quais foram os entendimentos dele para que tenha tomado essa decisão
(artigo 489, parágrafo 1, inciso IV).
Em regra, o juiz deve fazer uma análise completa dos fatos, contar a história
para que o juiz entenda o que se deu, fundamentando logo em seguida com o
embasamento teórico e jurídico para assim que tenha no final os próprios pedidos do
advogado. Quando o juiz termina tais fatos, ele analisa o que a outra parte também
falou, principalmente procurando por controvérsias ou informações contraditórias,
para assim ir atrás de provas para avaliar se as duas partes tem provas que provem seu
ponto de vista, seja na alegação, seja na defesa.
A motivação se encaixa nesse emaranhado de coisas, serve como um princípio
processual, logo, ela se soma a análise de todos os fatos, sejam os fatos, audição de
testemunhas e etc, todas essas ações devem estar com uma motivação de acordo, logo
o juiz deve ficar esperto a direitos extintivos, ou que já foram extintos ou pela perda
de prazo ou pela inobservância, mas é bem mais comum a questão de tempo.
Outras razões pela qual isso pode acontecer é por ações impeditivas ou por
ações modificatórias, que modificaram o que era a ação antes. O juiz também deve em
todas as hipóteses, justificar todas as suas observações e decisões, bem quanto nas
outras análises que ele possa ter feito, relevando alguns fatores, porém pede que haja
uma alteração devido a essa análise de base legal para esse processo, essa sustentação
jurídica.
Quando o assunto é que a base legal foi de uma lei revogada, ele deve dar um
certo prazo para que haja a alteração, mas conforme esse tempo for aumentando, ele
pode começar a descer a caneta e sempre justificando do por que fez essa tomada de
decisão e afins.
O artigo 489 do CPC é a base para tudo isso, desde o inciso 1 até o inciso 6,
levando em conta os parágrafos 1° , 2° e 3°.
O juiz deve ter o primordial cuidado de se atentar a tipo legal que ele usar na
revisão, onde que ele pode motivar sua decisão e em qual lei está presente lá. Existe o
tipo legal aberto, onde apesar de estar baseado no CPC, ele abre margem para
inúmeras outras compreensões de um fato em específico, seja doutrina, seja
jurisprudência, e por aí vai e sempre que esse aberto foi aumentando, melhor deve ser
o embasamento jurídico, uma vez que em outros casos que não há essa necessidade,
ele pode acabar fazendo uma motivação relativamente menor.
Outro fator relevante é o uso da jurisprudência, para que evite que juízes
apenas peguem jurisprudência e arremessem dentro do caso, é necessário que haja
uma jurisprudência pautada em casos repetitivos anteriores, assim esse embasamento
será mais bem fundamentado do que pegando qualquer lei ou decisão que fora tomada
anteriormente, isso segundo o artigo 927, inciso III. Além da lei e da jurisprudência,
ele pode usar de princípios para que tome sua decisão.
Fazendo parte ainda do processo jurídico, é comum que hajam linhas de
pensamento e interpretação divergentes, argumentos que não são parecidos e etc. O
juiz pode então escolher qual a melhor, ou até mesmo usar uma de próprio cunho,
bem como a explicação do por que ele fez isso, em favor de X e não Y, ponderando os
pontos. O CPC tem uma norma geral de interpretação de decisão, onde apesar de
todos os caminhos, eles sempre coincidem no princípio de boa fé objetiva, onde eles
estão agindo de forma correta, buscando seus direitos, mas principalmente nas
decisões que tomam e nas sentenças, mas não basta o juiz estar convencido de sua
razão, ele deve demonstrar do por que ele foi convencido e assim há a motivação pelo
juiz, uma vez que ele deve convencer as partes, assim demonstrando quais foram as
bases, o motivo para que ele tenha seguido uma linha de raciocínio e não outra, para
isso, ele tem de haver a análise de todos os fatores e de todas as etapas que coincidem
no processo para que enfim haja uma decisão concisa.
O artigo 12 é extenso em sua forma, dizendo que os juízes e o tribunais,
deverão obedecer a uma ordem cronológica e sucessiva de conclusão para proferir a
sentença, seguindo a ordem dos processos, para que não haja travas e barreiras para
demorar ainda mais o processo, bem como nos acórdãos.
A lista de processos deve estar permanentemente a disposição que estão
próximos ou já estão para sair a sentença, mas a consulta pública pode ser feita em
cartórios para que haja essa facilidade na busca, bem como na internet. O parágrafo
segundo diz quem está livre dessa regra, sendo as sentenças proferidas na própria
audiência, uma vez que ela só vai ser dada ali uma única vez, homologatórias de
acordo (as duas partes convencionaram um acordo e o juiz apenas profere a
homologação), ou de improcedência liminar de resultado.
O julgamento de processo em bloco, previsto no mesmo artigo, bem como o
julgamento de processos repetitivos ou de demanda repetitiva. O inciso 4° tem outras
previsões como o embargo de declaração, o julgamento do agrave interno no inciso 6,
no 7° temos sobre as decisões tomadas em orgãos públicos e no 8° nas decisões
tomadas em base nos orgãos criminais penais.
Inciso 9° - causa que pede que a decisão seja acelerada por alguma causa
externa e que esse recurso precisa ser mais ágil que o outro.
Após a elaboração, é necessário que se obedeça a ordem cronológica das fases,
mas é necessário que os moldes sejam feitos para que haja uma alteração na ordem
cronológica. Após a inclusão do processo nessa ordem, a parte que fez um
requerimento não vai automaticamente não vai mudar a ordem do processo de bate
pronto, uma vez que é necessário que o juiz pode avaliar, dando mais agilidade para
os casos em que casos de vida ou morte está em jogo, mediante requerimento, mas
quem realmente afirma algo é o juiz.
O requerimento que alterna essa ordem é respectivamente um pedindo que
haja uma reabertura do processo, para que haja uma nova revisão dos dados, ou para
que a sentença seja postergada e que em vez disso, haja novas diligências.
Tendo terminado esses fatores que exigem certa velocidade, assim que eles
resolver essa situação ou que esteja esperando algo, ele volta para sua posição e assim
libera o espaço para que outros processos sejam aproveitados e passados na frente.
Item 21 - A Ordem Cronológica do Julgamento dos Processos

Tutela provisória de evidência - tema escrito

Direito Empresarial

Desconsideração da personalidade jurídica - é o instituto do qual o juiz deixa


de levar em conta a separação patrimonial existente entre a sociedade e sócio, com o
fim de responsabilizar estes pela dívida daquela sociedade. Sempre quando se inicia
algum tipo de sociedade, há a separação patrimonial, para que não haja a confusão dos
bens de um com os de outro, uma vez que ganhos e perdas são completamente
diferentes.
Em contrapartida, surgiu a desconsideração da personalidade criada em 1897
em razão do caso Salomon e aqui no Brasil o primeiro a tratar desse assunto foi
Rubens Requião, chamando atenção a instituição para o fato de que a difusão do
instituto o fez ficar conhecido como Disregard Doutrine. Toda sociedade é constituída
como um objetivo social, que no fundo reflete determinada atividade econômica que
visa explorar, mas algumas vezes o objetivo social da sociedade não é cumprido
pelos sócios, utilizando-o de forma fraudulenta e ilícita, o que prejudica a autonomia
patrimonial estabelecida pela personalidade jurídica. Quando isso acontece, a
sociedade pode ter sua personalidade jurídica desconsiderada pelo juiz.
Para que haja a desconsideração da personalidade jurídica, é necessário que
primeiramente se entenda que não é a anulação da personalidade jurídica, ela vai
apenas ser suspendida momentaneamente aos efeitos de separação e limitação
patrimonial. Para que haja a desconsideração, é necessário que ela seja declarada por
um juiz, mediante requisição da parte ou do MP, quando estiver configurado o abuso
da personalidade jurídica, conforme o art 50 do CC. É considerado abuso o desvio de
finalidade e confusão patrimonial (uso do cheque da empresa para fins particulares e
vice e versa). É importante lembrar que esse princípio é aplicável a todos os tipos de
pessoa jurídica, nos termo do artigo 50 do CC, que não faz restrições, nem de
personalidade jurídica, nem de direito público ou privado.
No direito público, por sua vez, esse tema pode ser visto sob a ótica da
improbidade administrativa nos termos do Art 37, parágrafo 4° da CF. No
ordenamento jurídico brasileiro, além do artigo 50/CC há outras previsões, como:
CPC art 133, Lei 12.846/2013, CDC artigo 28, Lei 9605/98 - Artigo 4°e vários outros.
Vale ressaltar o fato de que a desconsideração tem sido aplicada com muita
intensidade na Justiça do Trabalho, sob o fundamento da CLT, artigo 2 parágrafo2°,
sendo a parte mais fraca da relação de trabalho, não pode ser prejudicado pela falta de
disponibilidade financeira da sociedade, independentemente do motivo que o levou a
se tornar inadimplente, adotado portanto a denominada teoria menor.

Direito Constitucional

Os pré requisitos que diferem os brasileiros natos dos naturalizados é que há


certas exceções de quais cargos e direitos os brasileiros naturalizados podem
preencher, sendo cargos militares de oficiais, cargos de ministério da defesa,
propriedade de rádio e televisão, cadeira no conselho federal e por aí vai. O brasileiro
pode perder a nacionalidade, de rol taxativo, está presente no artigo 12 parágrafo 4°
inciso I e II. O naturalizado pode perder esses direitos mediante sentença judicial, em
virtude de atividade nociva ao interesse nacional, sendo aplicável apenas ao brasileiro
naturalizado. A próxima forma de se perder essa naturalização é a aquisição de forma
voluntária de outra nacionalidade, havendo certas exceções constitucionais, mas essa
hipótese se aplica ao brasileiro nato e naturalizado.
Caso haja a perda da nacionalidade, pode-se haver uma ação recisória, para
que haja uma recisão da coisa em julgada, mas caso o naturalizado ou o nato tiver
perdido sua nacionalidade, ele pode readquirir ou ter o ato que declarou a perda
revogado, na forma definida pelo orgão competente do poder executivo, desde que
tenha acabado os efeitos do que o fez mudar de nacionalidade.

Direito Penal
Não é punido no Brasil, os crimes que não são tentados, aqueles crimes que
acabam não saindo do pensamento, que ficam apenas no planejamento e não
chegaram nem a serem tentados, apenas pensados. Logo, entra nesse raciocínio o
ajuste, a determinação, ou instigação e o auxílio, de acordo com o artigo 31 do CP,
isso salvo os casos em que há legislação contrária a essa ideia.
A questão do suicídio só era punível caso a vítima de tal ação tenha sido
efetivamente morta ou gravemente ferida, uma vez que a pessoa que não tiver se
matado ou que ela tentou, mas gerou poucos danos, é caracterizado como um fato
atípico, assim não podia ser punível, uma vez que o fato e o objetivo não se consumou
isso antes de 2019, com a legislação que alterou essa informação, uma vez que agora
a mera instigação pode ser punida.
No artigo 29, quem de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas
a este cominadas, na medida de sua compatibilidade, uma vez que estamos falando do
concurso de pessoas. O autor, como é previsto, é aquele que praticou o núcleo do tipo
ou não, mas o co-autor é sempre aquele que pode de forma firme, impedir que o
núcleo do tipo possa acontecer, tendo também o participe e o executor de reserva:
sendo aquele cujo comportamento entra como participe, mas ao amanhecer das
situações, ele age como autor e age junto com o autor. A participação em si, é então a
contribuição de outros sujeitos ativos para que haja o crime, mas sem precisar praticar
o núcleo do tipo e sem ter controle dele, assim, ele não vai ser nada mais que um
participe do crime. Existem duas espécies de participação, sendo a moral e/ou
material. O moral consiste no induzimento para que o sujeito cometa o crime e a
material consiste em que haja o auxílio, o fornecimento de ferramentas para que o ato
seja consumado.
Depois do ato consumado, em regra, não é permitido mais o concurso de
pessoas, não admitindo participes nem co-autoria, uma vez que o fato está
consumado, não mais há chance de tal. Caso esteja acordado antes, previamente, esse
fator não se encaixa, uma vez que assim responderia como participe. Ingresso
posterior a ação, mas com a noção de que houve um crime e ele o favoreceu, logo
incute em um crime de favorecimento, onde ele ajudou o sujeito ativo a fugir da
polícia ou algo do tipo.
A participação moral, ela tem em regra ser, de forma determinada a cometer
um crime de forma específica direcionada a uma pessoa a eles cometerem o crime.
Por sua vez, a participação material é conhecida pela doutrina como cumplicidade. No
parágrafo primeiro do artigo 29, onde se a participação for de menor importância, a
pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. A questão de poder ser diminuída
não é uma faculdade do juiz, apenas uma possibilidade do Réu que pode acontecer
dependendo do delito.
Há a possibilidade de uma participação de omissão, onde há o dever de agir,
mas não o faz, diferentemente da possibilidade da participação negativa, onde em vez
de uma figura da lei ou alguém que tenha a ver com a obrigação legal de agir,
simplesmente não faz nada, não podendo ser responsabilizado por tal conduta. Temos
também a participação sucessiva, onde um mesmo participe tenha incidido nas
questões morais e materiais, ou pessoas distintas que de forma diversa tenham
incidido na duas condutas, sejam elas materiais ou morais.
Temos também a participação em cadeia, ou a participação da participação,
onde há uma sequência de participações oriunda da outra, onde um participe,
influencia outro a fazer para que influencie outra pessoa a cometer um crime. No
parágrafo segundo, ainda do artigo 29, se alguns dos concorrentes quis participar de
crime menos grave, será lhe aplicada a pena deste, podendo ser aumentada até a
metade na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave ( cooperação
dolosamente distinta)
A pena para os três culpados será determinada por sua medida de
culpabilidade, onde apesar da pena ser igual para os três, pode aumentar ou diminuir
dependendo do nível em que eles foram culpados em seu julgamento.
Vindo logo em seguida, temos o Artigo 30, onde está previsto circunstâncias
incomunicáveis, onde segundo a lei, não há a comunicação entre as circunstâncias e
as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. As
Circunstâncias são agravos que se juntam ao crime principal, qualificando de forma a
aumentar a pena ou diminuir a pena, podendo ser de forma real, ou material, ou
pessoa, também chamada de subjetiva. A real diz respeito a fatores que estão ligados
ao fato, como por exemplo ao meio de execução, ou ao modo de agir e de praticar o
crime. A questão da pessoal, ou subjetiva, normalmente diz respeito ao motivo do
crime, sendo ele normalmente de forma fútil.
As condições são fatores que existem independente do crime, como a própria
noite, podendo ser uma agravante ou uma majoritante, podendo aumentar a pena em
até uma determinada porcentagem, bem como a reincidência, que existe independente
do crime sendo levado em consideração agora.
As que forem de cunho pessoal, seja condição ou circunstância elas nunca vão
se comunicar, uma vez que elas são de próprio punho tendo conhecimento ou não.

Direito Ambiental

Pode acontecer em terras públicas e privadas, mas de formas completamente


diferentes.

As Propriedades de pequena e médio porte, mesmo que não cumpra a função


social ou seja uma terra improdutiva, elas são insuscetíveis a desapropriação para fins
de reforma agrária, desde que o seu proprietário não tenha outra propriedade rural.

Direito Processual Civil

A ordem cronológica de julgamento dos processos - ordem por numeração,


desde a entrada de um processo até sua solução, apesar de nem sempre ser possível
que seja seguida essa ordem. A partir do momento que o processo chega no estado de
julgado, significa que ele recebeu sua sentença.
A doutrina aborda esse artigo como um artigo polêmico, mas surgiu uma
forma de racionalizar o trabalho de se dar uma sentença, podendo acarretar alguns
problemas como o aceleramento do dispositivo para que haja a sentença de forma
mais ágil. O juiz tem sempre que justificar sua sentença, mas de certa forma, devido a
celeridade do presente processo ou da urgência dele, pode acarretar uma justificativa
simples, mas que pode acarretar também a questão da inércia, onde o juiz espera ficar
completamente atolado de processos, o que também pode causar uma série de
problemas sérios para o bom andamento do processo.
Os autos, caso tenha a inércia, serão levados a uma espécie de juiz reserva
(substituto legal) sem que haja sanções legais contra ele, mas ainda sim cabem
sanções administrativas (artigo 235 - Parágrafos - CPC), mas em certos casos, essas
situações podem gerar dores de cabeça ainda maiores, uma vez que a sentença pode
acabar sendo feita de forma incorreta ou passar nas mãos de muitos juízes até que um
dê essa sentença e consequentemente acabem não conhecendo o processo. Outra
exceção a norma, dentro do artigo 12, o legislador priorizou o julgamento de recursos
repetitivos, além de existirem os incidentes de demanda de ações repetitivas, para que
nesses dois casos tudo seja resolvido de forma rápida e evite esse evidente atraso.
Há também o caso de julgamentos em qualquer grau da jurisdição, podendo
ser de primeira estância, até a quarta, uma estrutura diferenciada de julgamento, odne
há a solicitação de uma tese jurídica, já tendo sido julgado em várias estâncias e
analisados pelo STF, eles produzem uma tese jurídica, sendo emitido como uma
súmula, prevendo que o recursos repetitivos podem ser desconsiderados ou os
recursos podem ser validados, seja o primeiro, o segundo e por aí vai (artigo 12,
inciso II).
Bem como nos artigos 485, 932 incisos IV e V, alíneas a, b e c.
De uma forma geral, em regra, todo processo tem que ter a iniciativa das
partes, para que entrem com um processo, provocando um julgamento e caso haja a
necessidade de urgência é necessário que informe os níveis superiores de tal
evidência, bem como comunicar diretamente ao juiz para que o processo seja
resolvido de forma mais rápida, logo, seguindo a regra ele teria de esperar todos os
processo anteriores a ele, mas graças ao preâmbulo cobrando essa celeridade, havendo
razões válidas para tal, esse processo vai ser colocado a frente de todos os outros.
Caso o juiz tenha preferência por um processo e que ele seja colocado a frente desse
de evidente urgência, o advogado por pedir, por meio de uma representação que as
ações do juiz seja revista e suas condutas sejam levantadas as incorreções.
A ordem cronológica deve ser respeitada de acordo com a lei, mas há
situações em que essa ordem pode ser jogada fora, seja por reabertura de instrução,
conversão do julgamento por diligência, anulação de sentença. Quando os referidos
processos estiverem de forma correta para serem respondidos, ele ganha a preferência
novamente para que seja julgado (Artigo 12, parágrafo 6°, Inciso I/CPC).
Por fim, essa ordem cronológica deve ser aceitas pelas preferências judiciais
que o juiz tomou como benefício, uma caso de urgência que o juiz deve julgar antes
de todos os outros processos, sendo uma lista geral ou paralela, sendo as de
prioridades, levando em conta a questão de celeridade.

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