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Guia de Anotações - 2023

Direito Constitucional - Organização dos Poderes e Controle de


Constitucionalidade.

Poder Legislativo: dos Artigos 44 ao 75 - referente ao tribunal de contas. O


Poder legislativo é o primeiro a vir na ordem dos poderes pela razão de, além de criar
limites para o bom andamento do estado e da boa convivência entre os cidadãos, ela é
responsável de desenvolver as leis e a partir dela que haverá a fiscalização, para que
ela seja aplicada de forma eficiente. O trabalho do legislador não é somente de criar as
leis, mas sim de entender e conhecer as regras e normas que existem.
Apesar da função típica de legislar cabe ao legislativo, o executivo pode
participar nas criações, uma vez que cabe a ele vetar ou sancionar determinada lei,
mas não é absoluto, uma vez que mesmo havendo uma sanção, o legislativo pode
revogar essa determinada sanção e dar a última palavra, uma vez que cabe a ele fazer
isso. Uma função atípica que há na esfera legislativa é na fiscalização da
administração pública, o que nos leva ao executivo, uma vez que é sua função tratar
da administração pública.
O judiciário, que exerce a função judiciária, somente pode ser acionado caso
haja um conflito de interesses.
O poder legislativo, retornando a ele, é o único que tem duas funções e o
legislativo talvez seja o símbolo mais importante de nossa democracia, uma vez que
todos os eleitos dessa área são eleitos pelo povo, logo, existe uma ideia de que o poder
legislativo tem uma forte representação do povo. Além de tudo, a constituição é que
organizar e auxilia os diferentes entes federativos para que não se percam no seus
próprios poderes legislativos.
O pode legislativo Federal é considerado Bicameral e é composto pelo
congresso nacional, o poder estadual é unicameral, sendo representado por uma
assembleia legislativa, bem como o poder municipal e distrital, também sendo
unicamerais e sendo representados respectivamente pela câmara municipal e pela
câmara legislativa, pegando um pouco das características do poder municipal e
estadual.
O congresso nacional tem suas atribuições ao redor de toda a CF, mas a sua
composição é subdividida em câmara dos deputados e senado federal. A Câmara é
composta por representantes do povo, eleitos pelo estado e pelo distrito federal e é
proporcional ao número de habitantes de um estado, onde cada estado elege uma
quantidade fixa de deputados, mantendo sua proporcionalidade, não elegendo menos
de 8 e mais de 70.
Fixada esse fator por lei complementar foi graças a Lei n°78 de 30 de
Dezembro de 1993.
O Senado é outro que há uma forte representatividade, mas diferentemente de
sua contraparte, todos os estados e o distrito federal vão eleger apenas 3 senadores,
havendo de quase 81 senadores, independente de qualquer outra condição específica,
tendo cada um mandado de 8 anos, com cada senador tendo dois suplentes. Suas
atribuições estão do artigo 48 ao 52 da CF.
O restante das esferas federativas são todas unicameral e a composição de cada
uma se dá da seguinte forma: Na assembleia legislativa estadual, de acordo com o
artigo 27 da CF, dizendo que o número de deputados do estado é 3 vezes maior que a
da câmara dos deputados, sendo válidos os eleitos até o valor 36, passando disso, vão
se adicionados o valor do deputados menos 12 desse valor (ou apenas soma-se 24 ao
número já achado). Valendo a mesma regra para o distrito federal.
Para os municípios essa composição se dá de acordo com os parâmetros da CF,
prevendo um máximo que pode ser atingido para manter um certo equilíbrio entre os
municípios, sendo o artigo 32, parágrafo 3° com todas as suas várias alíneas. A
legislatura são 4 anos de mandato e a sessão legislativa é uma em cada ano dentro dos
4 anos. As comissões podem ser permanentes ou temporárias, havendo uma que se
mantém até hoje não importa o que aconteça. Sendo a comissão de constituição,
sendo que os membros dessa comissão observam a constituição para ver se não há
nenhuma violação antes de sancionarem determinada lei.
O Poder legislativo, não importa sua esfera, é essencialmente as funções de
legislar e fiscalizar, não importa onde haja essa entidade formada. De acordo com o
artigo 59 da CF, demonstra as espécie normativas primárias, compreendendo a
elaboração de emendas a CF, leis complementares, leis ordinárias, delegadas, medidas
provisórias, decretos legislativos e resoluções, cabendo as leis complementares dispor
sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis (LC 95/98). Tratados
internacionais estão previstos nos artigo 84, inciso VIII em diante e os decretos,
também no artigo 84, no inciso VI da CF.
Essas espécies normativas são consideradas primárias pois advém diretamente
da lei maior.
Uma característica que vale mencionar é que, além de tudo já visto, a
democracia é participativa e há mecanismos da participação do povo no ordenamento
jurídico, mas o processo legislativo é indireto. Existe a possibilidade da participação
do povo no processo legislativo, como um projeto de lei popular e a única capacidade
do povo ser consultado antes de uma sanção é apenas na esfera federal em
determinadas questões específicas, onde somente o legislativo federal pode invocar
essa reunião com o povo.
Apesar de tudo parecer como flores, ainda há inconstitucionalidades, seja de
forma material ou formal, uma vez que a lei maior é o topo da pirâmide em relação a
hierarquia das leis, mas apesar de casos materiais serem raros, há casos e casos em
que há uma determinada inconstitucionalidade formal, havendo erros que podem abrir
brecha para tal prática.
Existe uma simetria entre os entes no tocante ao processo legislativo, onde
uma lei que seja publicada na esfera federal, vai valer para todas as outras abaixo. O
processo legislativo tem fases, sendo a introdutória, constitutiva e a complementar,
cada uma com suas caraterísticas específicas.

Direito Processual Civil III - começamos do artigo 176 ao 317 do CPC -


tratando do MP, da advocacia pública e da defensoria pública, bem como da
distribuição e do registro, dos atos processuais, do valor da causa, da tutela provisória,
da formação, da suspensão e da extinção do processo.
Sem o processo, não há nenhum processo civil, sendo uma das mais
importantes matérias do direito, cheia de detalhes, uma vez que processos se ganham
ou se perdem nos detalhes. O processo existe para ajudar a remediar os problemas que
eventualmente venham a surgir com conflitos dentro da sociedade. A lei em sociedade
foi definida pela força e pela posse, como uma forma de auto tutela ou de força, onde
aquele que pedia mais, ganhava o processo, mas posteriormente, houve uma bagunça
organizada ajudando a não ficar essa falta de força do governo, já que um era baseado
apenas na força seja física ou de influência, promulgando por anos essa prática,
resolvendo conflitos da forma que elas conseguiam, mas mostrou também a
necessidade do homem de legislar.
Segundo Justiniano, “viver honestamente, não lesar a outrem, dar a cada um o
que é seu”. O homem é bom, a sociedade é que o corrompe.
A auto tutela era a forma mais primitiva de solução de conflitos, sendo o
emprego da força por uma das partes contra a outra, com a ausência da figura de um
juiz, sendo sucedida por outras formas de Auto composição, como a desistência,
Submissão e a Transação, sendo considerada uma forma mais inteligente de solução
de conflitos do que um processo própriamente dito. Jurisdição é o Poder Dever Estatal.
Autocomposição - as partes criam um acordo entre si.
A jurisdição precisa ser inerte (imparcial) e lotada de competências, onde o
estado se estrutura e fortalece em relação ao particular, exercendo um estado de
Coação para que a lei seja cumprida. O Direito processual e o material são autônomos
e não se misturam, havendo cada qual um com sua função específica, sendo dividido
em dois planos, pois antigamente era tratado como a pessoa ter apenas o direito já
ganhava a ação. Se há um corpo de normas que servem para reger tudo e os
fenômenos da vida cotidiana, referente aos bens e utilidades da vida, definindo os
fatos capazes de criar, modificar, extinguir direitos, obrigações ou situações jurídicas
e suas consequências.
Todas as situações da sociedade estão reguladas, ao menos de forma geral,
sendo esse, o direito material, uma vez que, quando há um dano no mundo físico, é
posto em prática o processo, que em poucas palavras é como vou fazer valer meu
direito.

Direito Civil - Contratos: Vínculo contratual que liga as duas partes, ligando
um credor e um devedor. O contrato é um importante instrumento para o
desenvolvimento num geral, se configurando a primeiro momento como um
instrumento de pacificação social, uma vez que ajuda a reger os negócios num geral,
pacificando relações. Por definição, ele também é um instrumento que serve para a
circulação de riquezas, para que o dinheiro continue fluindo, bem como a composição
de interesses contrapostos.
Por fim, o contrato é um meio de concretização do direito à propriedade, uma
vez que ele garante a segurança jurídica para quem vende e para quem compra,
havendo segurança para ambas as partes. Para que ele seja um meio válido,
dependendo do negócio, ele pode ser celebrado de formas diferentes, como até mesmo
da verbal, ou popularmente conhecido como “Confiar o Fio do Bigode” ou em casos
mais específicos, usar um contrato própriamente escrito, ou formal.
Na história é impossível de cravar em qual período histórico os contratos
surgiram, mas da para se teorizar que aos poucos, a humanidade foi desenvolvendo
uma ideia de sociedade e dentro dessas aldeias e vilarejos eram suficientes, mas em
certos casos, haviam a necessidade de trocas e foi então que perceberam que era bem
mais lucrativo, em vez de conquistar, e sim fazer trocas de insumos e matérias primas,
ajudando na questão da pacificação social. Em Roma, durante o império, houve o
nascimento das moedas, começando a ter a comercialização por vias monetárias e
posteriormente sistematizou esse contrato, por meio de Gaio, criando o contrato como
uma fonte de obrigação, onde o contrato sempre vai se adequar a realidade social.
Próximo do final da idade média, onde temos a burguesia, começando a ganhar muito
dinheiro e não aceitam que os reis fiquem na mordomia eles por serem os donos do
dinheiro, queriam ter certos privilégios, por isso há essa mudança de comércio global,
começando a haver uma grande incursão pelas rotas marítimas para esse comércio
estrangeiro.
De certa forma, com a chegada disso, há um deslocamento onde saímos da
visão teocêntrica, onde Deus era o centro de tudo, para um mundo onde o homem é o
centro de tudo, onde sua vontade se torna soberana, baseando-se em três valores
fundamentais: Liberdade, igualdade e fraternidade, todos em absolutos, servindo de
base para a criação de um regime econômico liberal, onde os detentores do capital
detém o poder e o estado não se intromete nessas questões econômicas, criando assim
o pacta sunt servanda, onde o contrato tem que ser cumprido de forma rigorosa e em
questões formais, onde há uma igualdade desigual, havendo uma estruturação civil e a
construção do primeiro código civil.
Depois da segunda guerra mundial, essa visão liberal não poderia mais
prosperar, havendo uma mudança do foco desse contrato de um para liberdade,
surgindo para pregar a justiça, nascendo assim a questão da boa fé objetiva e da
função social, onde fatores desproporcionais podem ser passíveis de anulação, já que
é necessário uma maior análise dos fatores que compõe o contrato e uma clausula
contratual. Hoje em dia há a possibilidade de se celebrar contratos com I.A ou até
mesmo entre duas inteligências artificiais, ou no famoso Metaverso.
Direito Processual Penal: Aury Lopes Júnior - Doutrina. Podcast: Criminal
Player.

Direito Civil: O Conceito clássico é que os contratos são regidos pela boa fé
objetiva e pela função social, mas Caio Mário discorre que são pactos que reunem,
modificam ou entinguam relações de cunho patrimonial, onde Flávio Tartuce
complementa onde os contratos podem ser bilaterais ou plurilaterais.
O negócio Jurídico é um ato jurídico, feito da composição de interesses e com
uma finalidade específica, mas a bilateralidade é um elemento central para a validade
do negócio jurídico, não permitindo a autocontratação, claro, salvo se a parte permitir
ou se a lei permitir tal prática, de resto, é passível de anulação de acordo com o artigo
177.
Outro fator importante é a patrimonialidade, onde em vários casos, há um
conteúdo patrimonial bem cheio, como casamento e a questão de direitos de imagem,
havendo um valor econômico, não necessariamente precisando ser material,
envolvendo a manifestação de vontade, obviamente limitado pelos mandamentos
constitucionais.
Outra questão relevante é a função social, precisando de forma clara e concisa
que respeite a dignidade humana, pois em uma avaliação, é necessário observar se as
partes estão em igualdade, se são partes em mesmo pé, ou se é uma pessoa contra uma
multinacional. Em certos casos, é necessário que haja uma relativização do princípio
da igualdade, necessitando buscar uma igualdade material, com o reconhecimento da
hipossuficiencia economica e jurídica. Normalmente, os contratos entre PJ’s é regido
pelo CV, mas se há uma relação de consumo entre PJ e PF, entra o CDC havendo uma
disparidade econômica, normalmente.
Dentro da boa fé objetiva, temos outros fatores que o ajudam a tomar forma,
como o respeito ao meio ambiente e o respeito aos valores sociais do trabalho, além é
claro da boa fé objetiva, dos deveres de lealdade, confiança, assistência,
confidencialidade e informação.
Depois de passado tudo isso, chegamos no conceito moderno de contrato:
onde é um negócio jurídico bilateral, por meio do qual as partes, visando atingir
determinados interesses patrimoniais, convergem suas vontade criando um dever
jurídico principal e, deveres jurídicos anexos, decorrentes da boa fé objetiva e do
superior princípio da função social, dessa forma, além da obrigação de dar e vender,
há um outro contrato anexo referente ao seu bom andamento e caso não seja cumprido
esse contrato em anexo, é passível de inadimplemento a parte lesada. Sua natureza
jurídica é um negócio jurídico que envolve manifestação de vontades convergentes,
respeito aos pressupostos de existência, validade e eficácia, com o objetivo de
produzir um resultado almejado pelas partes.
Escada Ponteana - estudo dos elementos estruturais do negócio jurídico, sendo
os planos de existência, validade e eficácia do contrato, onde recebeu esse nome
graças a seu criador, sendo uma teoria que apresenta que o contrato para atingir seu
potencial máximo, ele deve subir três degraus, começando ao existir e terminando ao
ser eficaz, passando por sua avaliação de validade. O primeiro plano é o de existência
do contrato, onde para que ele exista, é necessário a manifestação de vontade, uma
exteriorização de sua vontade, sendo precedido pelo Agente, para que haja o contrato,
além do objeto a ser colocado nesse contrato e uma forma de vender esse objeto,
dessa forma, haverá a existência de um contrato.

Direito Processual Civil - É considerado um ramo autônomo, não


dependendo do direito material, assim de certa forma, ela tem um poder de pleitear
uma ação contra o estado cobrando seu direito. Pertence ao ramo do direito público e
envolve uma atividade jurisdicional do Estado.
O processo é um instrumento da jurisdição, pertencente ao judiciário, sendo
uma técnica de pacificação social vinculado a ética, objetivos a serem cumpridos nos
planos social, econômico e político. Ao se ter a resolução de um processo, a sociedade
fica de forma pacífica. Hoje em dia existe um neoprocessualismo, onde toda a norma
tem que estar em sintonia com a constituição, pensado a partir da constituição,
preservando o devido processo legal, devendo seguir um modelo traçado pela CF. É o
estudo a partir de uma nova premissa. Um fator importante a ponderar é separar o
processo de um procedimento, onde o processo é o instrumento de provocação e
exercício da atividade jurisdicional, para usar seu direito de provocar e exercer o
direito jurisdicional. O procedimento é a forma de como o processo vai se desenrolar,
como os prazos, onde dependendo da esfera, é capaz de ter que lidar com diferentes
processos e formas de manifestação e audiência. É a sequência e encadeamento de
atos processuais preestabelecidos pela Lei, uma forma de exercício do poder estatal.
Existe as fases do procedimento, não do processo.
As partes do processo são autor, aquele que exerce o direito de acionar o
estado juiz, e o réu, que exerce a resistência, onde ambos lutam com o Estado Juiz,
sendo um sujeito processual. O ministério público tem uma função específica e
compõem o modelo constitucional do direito processual civil. O MP não faz parte de
nenhum dos três poderes, mas se relaciona com todos, tendo a função de manter a
ordem jurídica do estado e promover a fiscalização do poder público em várias esferas.
O MP tem certas garantias como a vitalicidade, a inamovibilidade e a irredutibilidade,
as mesmas que um juiz haveria de ter.
O MP vai exercer o direito de ação na defesa do regime democrático e da
ordem jurídica.
Direito Processual Penal - Estamos vivendo uma crise sistêmica do processo
penal, onde muitos procedimentos estão sendo feitos de forma desordenada e pode
colocar o bom ordenamento em risco. O processo penal é uma matéria autônoma,
como a civil, um caminho para a pena, para se ter uma pena sendo considerado uma
estrutura dialética do processo, isso se forem seguidas as regras do jogo. Atualmente,
parece estar havendo uma crise identitária da jurisdição, onde qual expectativa
corresponde ? uma falsa expectativa de condenação, mas a realidade é que ele serve
para garantias, porém a crise se dá no processo criando uma expectativa, de superação,
garantindo a legalidade e a imparcialidade do processo.
Isso se dá pelo fator dos juízes brasileiros estarem “contaminados” de uma
forma anterior involuntária, ao ter se deparado com uma prova ilícita, como uma
vinculação subjetiva. O processo não é somente um instrumento de única finalidade,
mas materializa uma conduta e uma análise, respeitando as regras do jogo, não sendo
a satisfação da pretensão acusatória.
Instrumentalidade constitucional do processo - Democracia “poder do povo”.
O processo deve tratar de relações despóticas, nas quais o primado da hipossuficiencia
estabelece um vínculo indecomponível com os direitos fundamentais. Um direito de
defesa da parte mais fraca perante a mais forte, nesse caso, o estado. Há várias teorias,
uma delas sendo a de Bulow, como uma relação Jurídica, posteriormente aprimorada
por Wach e aidna depois por Chiovenda, especialista da esfera civil, porém suas
declarações são errôneas, uma vez que o réu, o juiz e os promotores não tem as
mesmas competências recíprocas. Outra visão é a de James Goldschimdt, vendo o
processo como uma situação jurídica, onde é visto como um conjunto de situações
processuais pelas quais as partes atravessam, caminham em direção a uma sentença,
negando a existência de direitos e obrigações processuais, onde não cabe as partes a
obrigação nas cargas processuais.
A última teoria é a do procedimento em contraditório, onde ele diz que o
processo é importante para o contraditório, incentivando a chegada a uma sentença,
um instrumento de defesa e que todo ato deve ser contradito, porém sua maior falha é
que isso é uma visão civilista.

Direito Penal - Parte especial - Descreve o crime e a pena

Jus Puniendi - Pertence ao Estado - O Estado põe as Normas e temos que


cumpri-las, onde o estado também já previu tais fatores.

A lei descreve os fatos (ações ou omissões) que constituem infrações penais


(crimes).

Parte Especial do Código Penal.

- Tipo penal: Conjunto de elementos descritivos do crime. São os elementos


que vão descrever um crime.
- Tipo Objetivo: é a conduta , o comportamento humano que pode constituir
um crime.
- Sujeito Ativo: Agente (Quem pratica o crime)
- Sujeito Passivo: é a Vítima
- Consumação: Quando a conduta reúne os elementos da definição legal, ou
seja, é preciso que o crime seja completo e abranja todos os elementos que constam na
descrição da conduta.
- Tentativa: Quando o Crime não se Consuma por consequências alheias a
vontade do agente (1 a 2/3).
- Violência: Pode ocorrer - elemento constitutivo
- qualificadora: Determinada circunstância que pode
aumentar a pena base.
- Ameaça: é a violência Moral
- Crimes ou delitos - Decreto Lei 2848/40
- Contravenções Penais - Decreto Lei - 3688/41
Artigo 121 - O mais importante é a vida então o primeiro crime deveria estar
relacionado a isso. Matar alguém é a eliminação da vida humana, tendo sua
objetividade jurídica como a tutela da vida humana, de acordo com o artigo 5° da CF
e de acordo com a convenção americana (pacto José de Costa Rica) dos direitos
humanos. A reclusão para esse tipo de crime é reclusão de 6 a 20 anos. É essencial
que para que se configure um homicídio, a pessoa precisa estar viva e ter nascido.
Sujeito ativo é o Agente e o passivo é a Vítima. Se configura vítima qualquer
ser humano e seja após o seu nascimento, desde que esteja vivo a princípio. O agente
é aquele que tira, ou tenta, a vida de outro ser humano. O Tipo objetivo é a conduta
descrita como crime, e no arigo 121 esse verbo se dá na forma do “matar” sendo
eliminar a vida humana, já o tipo subjetivo é o dolo (Animus Mecandi), sendo uma
vontade consciente de querer tirar a vida de alguém, mas pode acontecer casos em que
há uma tentativa, não havendo o dolo própriamente dito, sendo que a conduta então se
transforma, sendo tratado como um crime culposo, tendo uma pena bem menor do
que sua contraparte dolosa.
Caso durante a ação ele por força maior não tenha conseguido consumar o fato,
ele será incutido na tentativa, sendo admissível e há uma redução na pena, seja de 1 a
2/3 da pena original.
Concurso de pessoas
- Autor: realiza o ato
- Coautor: Dois ou mais que ajudam a realizar o verbo
- Partícipe: Não realiza o verbo, mas concorre para a produção do resultado
Homicídio Privilegiado - Previsto no parágrafo 1°
Seus requisitos para que haja sua configuração é ter relevante valor social,
moral, haver domínio de violenta emoção ou ser realizado logo após a injusta
provocação da vítima o que pode ser uma causa da diminuição da pena.

Direito Constitucional - Todas as normas, em uma pirâmide hierárquica, elas


precisam estar de acordo com a CF, uma vez que ela, por ser carta magna, está no
topo da pirâmide e se ultrapassar essa hierarquia, ela será considerada uma lei
anticonstitucional.
A desconstitucionalização se refere a uma lei constitucional perde sua
característica especial, passando a agir como uma lei normal, só que ainda em
vigência, porém, aqui no Brasil esse ponto de vista não é seguido, uma vez que se
uma nova CF é elaborada e publicada, a CF antiga deixa de existir, é completamente
revogada. A recepção por outro lado, é um fenômeno jurídico que a nova CF faz para
receber e aceitar leis antigas que vieram antes dela, dessa forma, agindo em acordo
com ela, uma espécie de acolhimento, mas como nem tudo são flores, algumas leis
ficaram de fora dessa recepção e por consequência, foram completamente revogadas,
ou parcialmente, dependendo do caso e do aspecto material, podendo ser recebido ou
não.
A Repristinação é a volta de eficácia de uma lei, partindo do ponto que houve
uma revogação da lei que a revogou em primeiro plano. Para que haja uma
Repristinação, é necessário que haja uma má elaboração ou falha na criação das leis
ou que esteja previsto no ordenamento jurídico esse fator, caso contrário, não haverá
esse fator
Para que se haja uma reunião para se discutir uma norma é necessário um
Quórum de instalação de sessão, assim para que haja uma instalação de reunião é
necessário que haja a presença de uma grande parcela ativa nessa reunião, sendo o
primeiro número inteiro acima da metade, para que não haja números quebrados. Já
pelo Quórum de aprovação se dá pela maioria simples, sendo o primeiro número
inteiro acima da metade a quantidade de votos capazes de bater o martelo. Outros
fatores são a maioria absoluta (primeiro número inteiro acima da metade, seguindo o
mesmo princípio do quórum de instalação) e por fim, o quórum qualificado (é mais do
que a maioria absoluta, como em uma ementa, necessitando de 3/5 dos votos para que
dê certo).
A emenda é o único meio formal de se alterar a CF, mas antes é necessário se
entender mais sobre as Leis.
As leis possuem dois aspectos, seja lei ordinária e lei complementar. A
diferença entre essas duas é seu aspecto material e aspecto formal, como o quórum de
aprovação. A lei ordinária é uma lei comum, que aborda assuntos comuns, enquanto a
complementar, de acordo com seu nome, ela ajuda no entendimento e de certa forma,
complementa a matéria que a lei ordinária prevê. Outra diferença entre as duas é seu
quórum de aprovação, uma vez que a lei Ordinária é por maioria simples e a Lei
Complementar é a de maioria absoluta, tendo um quórum mais rigoroso e rígido, mas
mesmo assim, não há aspecto hierárquico entre elas e possuem o mesmo processo
legislativo, mudando apenas seu quórum de aprovação.
Todas as leis necessitam de uma introdução, relacionada a apresentação do
projeto de lei, não havendo diferença em qual legislador pode apresentar um projeto
de lei, mas existem matérias legislativas que são competências apenas de estados e
municípios, nesses casos, apenas os respectivos representantes legais podem legislar e
apresentar projeto de lei na sua referida área, mas ainda há casos de iniciativa
privativa, onde dizem respeito a apenas um cargo, logo, esse cargo precisa apresentar
alguma coisa, caso contrário, será tratado como uma inconstitucionalidade e também
há casos de iniciativa popular, podendo ser exercita apresentando a câmara de uma lei
obedecendo determinadas questões.
Passada essa fase, chegamos na fase constitutiva das Leis, como as comissões,
onde dependendo do tema, elas recebem os projetos (em certos casos são fixas),
Quórum de instalação e aprovação, mas aí que vem a questão dos sistema de freios e
contrapesos, uma vez que o chefe do executivo entra em cena, bem como a
capacidade de vetar ou de sancionar, logo após todas as fase, receberá e poderá
concordar com o que foi votado ou vetar, discordar do que foi arrumado, nos casos
em que não há constitucionalidade ou não atenda ao interesse geral, podendo ser um
veto político ou jurídico, precisando ser expressamente escrito e justificado, de certa
forma, embasando seu ponto de vista e a razão para a qual vetou, nos casos de silêncio,
considera-se uma sanção tácita, havendo uma necessidade de manifestação caso isso
não ocorra.
Os vetos podem ser supressivos, total ou parcial e são superáveis (ou
relativos) , podendo manter o veto ou passar por cima dele, uma vez que se houver um
motivo válido, é passível de prevalecer.
Após toda a fase correndo de forma positiva, é chegada a hora da fase
complementar, one haverá a promulgação da lei, lhe dando um número específico.

Direito Processual Civil - Da Advocacia pública


Trata-se de outro componente das funções essenciais à administração da
justiça em observância.
A CF buscou enaltecer a função institucional dos procuradores dos entes
públicos, sejam eles a AGU, já que antes da CF de 88 que era o MP que lidava com
esses casos. Os Estados e o DF é o PGE e no caso dos municípios, a advocacia
própria pela estabelecida pela lei orgânica e legislação específica, cabendo concurso
ou nomeação específica.
Nas questões da responsabilidade civil, o advogado público vai ser
responsável quando agir em dolo ou fraude no exercício de suas funções. A defensoria
pública é uma espécie de advocacia pública, voltada ao público hipossuficiente,
regido pela 134 da CF e também pela lei complementar 80/1994, incrementada a
poucos anos. A advocacia pública é a que defende os entes públicos, mas a defensoria
pública é voltada a pessoas mais humildes, incapazes de pagar por esses custos.
O Múnus exercido pela defensoria é institucional e não baseada na confiança,
como vemos na advocacia privada, ela é impessoal, sendo que o advogado representa
a instituição como um todo, sendo totalmente gratuito.
Hora de entrar de Fato na parte processual, pois com o estudo dos
“personagens” do processo, é hora de se ver como o processo se dá. O processo é uma
sucessão de atos, começando com a petição inicial, avançando fase por fase, até
chegar ao trânsito em julgado, uma sucessão de atos que inicia a partir de um pedido,
chamada de petição inicial. Os processos podem ser solenes (atos expressamente
previstos no CPC) e não solene (Podem ocorrer de uma forma mais livre).

Direito Civil - Entrando agora na Validade: onde há o pressuposto da validade do


contrato, é a mesma coisa pressuposto de existência, mas de forma adjetivada,
começando assim a ter um corpo do contrato, previsto no artigo 104 do CC, como
haver um agente capaz, um objeto lícito, possível, determinado ou determinável e ter
sua forma prescrita ou não defesa em lei, sendo que a forma regular de solução de
contratos é a verbal, sendo que a escrita é a exceção.
Na parte da manifestação da vontade, ela precisa ser livre e de boa fé, ou seja,
não pode haver uma situação tensa ou de coação, logo ela desde antes a celebração do
contrato até depois ela necessita estar cercada e ancorada de boa fé. O consentimento
é outro fator importante, determinando que a pessoa esteja de acordo sobre a
existência desse contrato, sobre o seu objeto e sobre as clausulas que o compõem,
num geral.
Em certos casos, a manifestação de vontade pode ser tácita, mas somente
quando há casos em que a lei não exigir forma expressa, como de acordo com o artigo
111 do CC.
O Agente, celebrante do contrato, precisa ser capaz, ou seja, capacidade de
realizar atos civis num geral ou a capacidade de celebrar determinados atos, para
determinadas pessoas, como o de casamento, necessitando de uma outorga uxória.
Caso não haja a observância da lei 166 e 171 do CC é nulo o negócio caso
celebrado por um agente incapaz e outros pré requisitos.
O Objeto precisa ser lícito e como visto no artigo 150, onde se ambas as partes
procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar
indenização, logo o objeto precisa ser lícito e possível, em ambas as esferas jurídicas
fisicamente, como uma venda de um pedaço no céu. De acordo com o artigo 106, se
essa impossibilidade cessar antes do negócio ser cumprido, ela passa a ser possível.
Outra questão é da impossibilidade jurídica, uma vez que, como seu exemplo,
é impossível de se penhorar a herança de uma pessoa viva, vender um rim, etc, como
previsto no artigo 426. Outro fator é a capacidade do objeto jurídico ser determinado
ou determinável, ligando esses objetos a obrigação de coisa certa ou incerta.
A forma do contrato é outro fator, seguindo de regra podendo ser livre, mas há
casos em que pode existir formas específicas, salvo se a lei ou as partes dispuserem
dessa forma específica. Quando aos imóveis é necessário que seja por escritura
pública. Há outras formas, como a múltipla ou plural, onde deve ser solene, mas a lei
permite a formalização do contrato por diversos modos, podendo o interessado optar
por um deles, como o reconhecimento voluntário de um filho. Há também a forma
contratual, onde os contratantes podem, mediante convenção, determinar que o
instrumento público se torne necessário para a validade do negócio.
Ad Solemnitatem - Ato solene, a forma é substância do ato, ou seja, um
contrato que só pode ser celebrado por escritura pública, tem sua essência nesse ato,
diferente da Ad Probationem Tantum, onde se procura facilitar a prova do ato, como a
lavratura de assento do caso em livro de registro.
Por fim, no último degrau, há um fator especial, onde um contrato que exista e
que seja válido, ele automaticamente se torna eficaz. Há uma exceção em que o
contrato possa ser suspenso ou resoluto, mas somente se isso envolver condições,
termos e encargos, dessa forma, ele há uma regra para sua eficácia.
Contratos - Alicerce para o entendimento do contrato.
O princípio de autonomia das vontade é um alicerce para a celebração de um
contrato, onde todos são livres para celebrar contratos para de qualquer forma e
espécie, isso pautado na autonomia de vontade, tendo liberdade para disciplinar seus
interesses e exigir que sejam cumpridos, liberdade para celebrar ou não os contratos e
por fim a liberdade para confeccionar os contratos, não necessariamente precisando
seguir o dito de Pacta Sunt Servanda, como está previsto no artigo 1134 do CC
Francês, logo, esse princípio diz que não importa o que foi o contrato, ele deve ser
cumprido, mas isso serviu para estruturar o código civil brasileiro até o advento do
CC de 2002, baseado no direito alemão, trazendo dentro de suas clausulas duas
inovações, como a boa fé e a função social.
Essa autonomia da vontade, no presente é um pouco relativa, uma vez que há
contratos de adesão e normalmente eles envolvem necessidades básicas cotidianas,
restringindo de certas liberdades, como a escolha do contratante. Essa autonomia é
relativizada, como pelo artigo 421, onde ele prevê que a liberdade de contratar será
exercida nos limites da função social, logo, os contratos tendem a ser limitados por
esse artigo em específico.

Direito Comercial - Título de Crédito: Vivante - Conceito presente no CC, artigo 887.
É o documento justamente necessário ao exercício de um direito liberal e
autônomo nele contido.
Seu principal objetivo, além de vários outros, é de permitir a circulação do
crédito que está representado naquele documento dentro do mercado financeiro antes
mesmo do vencimento da obrigação, se operando de duas maneiras: através de uma
negociação, usando esse título como moeda de troca, ou forma de pagamento em uma
transação, ou na forma de uma transferência de um credor para outro, mediante uma
compensação financeira, como por exemplo em um caso que haja juros
compensatórios. Há duas espécies de Juros, os moratórios (que visam ressarcir o
atraso no pagamento de uma obrigação) e Juros compensatórios (que são incidentes
quando ocorre o adiantamento do pagamento de uma obrigação).
Atributos: há dois principais - Negociabilidade e Executividade, onde o
primeiro é justamente a possibilidade e a capacidade desse título circular no mercado
financeiro e a executividade, uma capacidade de ter seu cumprimento exigido, na
forma de uma ação de execução, só podendo ser objeto de ação executiva os títulos
executivos, onde uma pessoa que tem um crédito a receber, mas ainda não recebeu,
ele pode ajuizar ao judiciário de três formas, sendo a de execução (O título de Crédito
entra nessa, assim ele deve estar dentro do prazo fixado por lei de sua cobrança, sendo
um credor que perdeu sua capacidade de cobrar esse título), a monitória e a de
conhecimento, com cada uma tendo suas características específicas.
É usada a execução quando há duas modalidades de título executivo, cujas são:
Judiciais, são as sentenças, acórdãos e afins( artigo 515 do novo CPC) e os títulos
Extrajudiciais, sendo eles Contrato de Locação, Termo de Acordo referendado,
acordo assinado por um advogado ou MP, etc, mas é importante são as letras de
câmbio, a nota promissória, a duplicata, as Debêntures(usada em casos de sociedades
para levantar juros de acionistas) e os cheques (Artigo 784, inciso 1° do novo CPC).
a seguir vem os princípios que regem os títulos de crédito, sendo três - cartularidade,
liberalidade e autonômia.
Cártula = Título de crédito.

Direito Processual Penal - Sistemas Processuais Penais - podem ser vistos por três
óticas, três vertentes referentes a um assunto em específico.
O primeiro é o sistema processual inquisitório, mas há pessoas que ainda usam,
mesmo sendo proibido por lei. Predominante até final do séc XVIII, onde nasceu os
conceitos de direitos dos humanos e de valorizar sua natureza. As principais
características desse tipo de sistema é que a gestão iniciativa probatória está nas mãos
do juiz, sendo o juiz que vai julgar, investigar e ele será o acusador. A figura do juiz é
um ator, uma espécie de ativismo judicial, fazendo o que ele bem entender como se
fosse um deus, cabendo aos advogados e demais partes ficarem a mercê dessa força.
Não existe a separação da função de julgador e acusador, havendo também a violação
do princípio de ne procedat iudex ex officio, uma vez que o juiz nesse caso pode agir
sem ser provocado, podendo atuar de ofício, sem uma prévia invocação, tendo uma
parcialidade, um juiz contaminado causando uma desigualdade de armas e
oportunidades de defesa.
Existe outros dois, como o acusatório e o misto. O Acusatório suas
características é ter a distinção das características de acusar e de julgar, tirando da
mão do juiz o poder de acusar e somente de decidir. A iniciativa probatória cai no
colo das vítimas, também saindo das mãos do juiz essa responsabilidade. O
tratamento deve ser igualitário das partes e o juiz deve ser alheio, apenas um
expectador desse caso, deve ser garantido o direito do contraditório, a ausência de
uma tarifa probatória, sustentando-se a sentença pelo livre conhecimento motivado do
orgão jurisdicional, bem como a instituição atendendo a critérios de segurança
jurídica (e social) da coisa julgada e também se há o direito do duplo grau de
jurisdição, podendo interpor um recurso, de impugnar as decisões.
O seguinte é o misto, sendo uma divisão do processo em duas partes, tendo
nascido no código de napoleão e adotado aqui no Brasil. Essa razão se dá por haver
duas fases normais, há a fase inquisitória (pré processual) onde o delegado, por meio
de um inquérito pode realizar o que bem entender, ao ter sido concluída essa fase,
elabora-se um relatório final e envia-o ao MP, cabendo ao orgão seguir dois caminhos,
arquivamento ou denúncia, entrando na segunda fase do processo sendo a fase
acusatória. Logo, se da por misto por haver duas fases, uma pré e uma processual,
onde adquire características dos dois sistemas previamente vistos, mas há o problema
que os processos, mesmo sendo misto, pode acabar pendendo para um lado, seja
acusatório ou inquisitório.

Direito Civil - Lei 13874/49 - Lei da Liberdade Econômica

Ela surgiu com o embasamento na valorização da liberdade contratual e que


haja uma intervenção mínima do estado. De acordo com o artigo 421 - A os contratos
civis e empresariais presumem-se paritários e simétricos até a presença de elementos
concretos que justifiquem o afastamento dessa presunção, ressalvados os regimes
jurídicos previstos em leis especiais.
Outro princípio muito importante é o da supremacia da ordem pública, onde se
prevê a liberdade contratual sendo limitado apenas pela defesa dos interesses da
coletividade, logo, há de certo modo, uma restrição ao princípio da autonomia da
vontade. Isso se deu, pois a partir do Séc XIX, houve um período muito intenso de
mudança e industrialização, onde causava danos sociais irreversíveis, bem como
econômicos e danos em um geral, havendo uma exploração da parte hipossuficiente,
logo para isso ser evitado, foi necessário uma intervenção do estado, se dando na
forma de, por exemplo, a lei de locação, lei de usura, código de defesa do consumidor
e por aí vai, justamente para que haja uma garantia de igualdade material, onde o
hipossuficiente está no mesmo patamar de uma empresa grande ou de um empregador,
não somente de forma material. Previsto no artigo 2035 do CC, nenhuma convenção
prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como estabelecidos por esse
código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos.
O conceito de ordem pública é meio vago, pois consegue se ajustar a todas as
necessidades de venham a surgir, sendo importantes para que haja um ambiente
saudável nas facetas gerais do estado, legislando sobre esses fatores sem haver uma
determinada especificação, como aquelas para a organização de uma família,
organização pública e administrativa do estado e econômica, e caso atente contra a
ordem pública, a seus pilares, ele não será válido, logo restringindo a liberdade apenas
nesse fator.
Outro fator importante relacionado aos contratos é o princípio do
consensualismo, esse sendo bem importante, uma vez que para o contrato ser
celebrado, além dos aspectos formais, é necessário que haja um acordo de vontades,
de ambas as vontade, havendo um consenso de entre as partes, mas o cumprimento da
prestação constitui uma fase diversa da do aperfeiçoamento do contrato, porém só o
consensualismo não basta, apesar de importante e na falta dele, pode ser passível de
anulação, se o contrato estiver cravado que é necessário um meio formal se de
celebrar esse contrato, somente o consenso das partes não é o suficiente.
Há também o princípio da relatividade dos Efeitos do contrato, onde um
contrato celebrado, além de efetivar entre as partes, ele tem efeito a terceiros,
atingindo diretamente a coletividade, por isso, esses efeitos devem ser levados em
consideração para haver uma celebração do contrato, por isso, ele deve cumprir sua
função social.

Direito Processual Civil - Forma dos Atos Processuais, iniciando a partir da petição
inicial, sendo responsável por dar início ao processo jurídico, provocar a atividade
jurisdicional.
A Solenidade fica fixada a atos que sua necessidade seja estritamente formal,
por meios formais, mas há atos que não são solenes, que alcançando o objetivo e não
prejudicando a parte credora, estará dado como resolvido.
Alguns atos devem ser praticados da forma prevista em lei, seja físico ou
virtual, caso seja oral, ele será reduzido a um termo, como as intimações, os pré
requisitos para se fazer uma petição inicial e a sentença e as cartas, onde todos os
requisitos que estão previstos na lei são inegociáveis. Os atos processuais são todos os
atos jurídicos que tem uma importância para o processo e no processo, podendo haver
procedimentos e atos que podem ser praticados por fora, mas que geram
consequências dentro desse processo. Os Fatos processuais são acontecimentos que
independem da vontade humana, como a morte de uma das partes, advogados, greves,
pandemia.
Esses atos processuais podem ser divididos em: atos do orgão jurisdicional,
incluindo de forma distinta os atos do juiz e dos auxiliares de justiça, como a
protocolo de uma petição inicial que eventualmente será distribuído para as varas e
será levado ao juiz e posteriormente começará a correr o processo. Há também os atos
das partes, como os postulatórios (petição inicial, contestação e réplica), instrutórios
(audiência de Instrução, perícia, constatação por oficial de justiça), dispositivos
(negócios, acordos e etc) e reais (atos praticados por livre e espontânea vontade em
um processo mas praticado de forma fora do processo).
Atos do Juiz - Pronunciamentos ou Provimentos: o juiz profere esses
pronunciamento, onde ele manifesta sua autoridade jurisdicional, seja elas sentença,
decisão interlocutória e despacho (Artigo 203 do CC), salvo se houver disposições
expressas dos procedimentos especiais, mas como na sentença é a fase pela qual o juiz
põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como, extinguir a execução.
Os despachos são todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo de
ofício ou a requerimento da parte. Atos materiais são normalmente instrutórios ou de
documentação, instrutórios se destinam a preparar o resultado final do processo e os
de documentação são atos para registrar ou autenticas outros atos processuais, como
assinar uma decisão ou um termo de audiência.
Os atos dos auxiliares de justiça são, como o nome diz, ajudam ao juiz,
incidindo como os atos de movimentação, juntada de documentos e os atos de
execução como a realização de uma citação, penhora, constatação. Os Atos das partes,
como uma prévia, se dividem em atos postulatórios (através das quais as partes
manifestam suas pretensões, seja por um pedido, por meio de uma postulação
principal, ou um requerimento, qualquer outra postulação diferente do pedido, sendo
em ambos indispensáveis) e em atos instrutórios (destinados a influir na formação do
resultado do processo, onde as partes exercem direito ao contraditório, dividindo-se
em alegações e em atos probatórios, como juntada de documentos, oitivas, perícias etc)
Há também os atos dispositivos, que são atos que são praticados pelas partes para
regular sua posição no processo, podendo ser unilaterais e bilaterais, além de também
haver atos reais, sendo praticados por outros meios de manifestação de vontade que
não pelo uso da palavra.
O atos dependem de forma, mas nem sempre precisam ser feitos dessa forma,
chamado de Instrumentalidade das formas, sendo considerados válidos se atingirem
sua finalidade, mesmo que realizado de modo diverso.
Outra regra clássica é a da publicação dos atos processuais, seguindo o
princípio da publicidade, pois em regra, os atos são públicos, caso seja requerido
segredo de justiça havendo uma publicidade restrita, mas no caso de sigilo, a consulta
requer uma senha.

Direito Processual Penal - Princípios Constitucionais da Pena


Princípio da Jurisdicionalidade - Sem jurisdição, não há culpa. Só há uma pena
se houver um juiz criminal que haja de forma imparcial, natural e comprometido com
a máxima eficácia da própria Constituição, não como necessidade do processo penal,
mas também em sentido amplo como a garantia orgânica da figura e do estatuto do
juiz, representando uma série de exclusividade do poder jurisdicional e a exclusiva
submissão à lei.
Há a garantia do juiz natural, que é aquele onde o juiz é legalmente instituído
para exercer a jurisdição, naquele determinado processo, sem que seja possível a
criação de juízos ou tribunais de exceção, bem como o da imparcialidade, havendo a
separação de função, bem como era previsto de acordo com o princípio do processo
acusatório, além do que foi tratado como a iniciativa probatória das partes. Há
também o princípio da inocência, da presunção da inocência, sendo trifásica. Ela pode
ser vista como uma norma de tratamento, probatória e pode ser vista no julgamento.
Como norma de tratamento adota-se a visão de que a pessoa a todo momento será
tratada como inocente tanto dentro como fora do processo, não permitindo que
questões como jornais sensacionalistas acusando o réu de ofício.
Na esfera probatória Não existe distribuição de cargas probatórias, como no
processo civil, senão mera “atribuição” de carga ao acusador de modo que a carga de
acusação por parte das provas é inteira do acusador, já que se o réu é inocente, não
precisa provar nada.
Como norma de Julgamento a presunção da inocência trabalha na dúvida, onde
se a inocência está em julgamento e há dúvida sobre esse fator, presume-se a favor do
réu pendendo para sua inocência, como um standard probatório.
Na questão de Contraditório e da Ampla Defesa, o contraditório deve ser
inicialmente tratado como um método de confrontação da prova e comprovação da
verdade. In dúbio pró societá não existe, pois se houver dúvida, por padrão tem que
ser a favor do réu, e não em favor da sociedade. Fundando-se não mais sobre um juízo
potestativo, mas sobre o conflito disciplinado e ritualizado entre as partes
confrontantes.
Direito Civil - Há o princípio do consensualismo, onde é suficiente para o
aperfeiçoamento do contrato, o acordo de vontades, o consenso, independente do
respeito a eventuais formalismos.
O cumprimento da prestação constitui uma fase diversa da do aperfeiçoamento
do contrato, ou seja, a do cumprimento das obrigações assumidas pelos contratantes.
Hoje em dia esse fator tem se tornado prejudicado, perdendo um pouco sua força,
devido aos contratos de adesão. Nessa mesma linha tem o princípio da relatividade
dos efeitos do contrato, onde um contrato não necessariamente produz efeitos a
terceiros, satisfazendo a vontade de terceiros, mas em um mundo globalizado onde os
contratos tem sido mais complexos, pode produzir efeitos para terceiros, saindo de
uma perspectiva mais externa, como a defesa de minorias e a proteção de dados
pessoais, pois dessa forma ele segue o princípio de cumprir a função social.
A seguir tem o princípio da obrigatoriedade dos contratos, também chamado
de princípio da intangibilidade dos contratos ou força vinculante. A visão clássica
desse princípio era a liberdade para contratar e que correspondia a obrigatoriedade do
pactuado, como o Pacta Sunt Servanda, baseado na segurança jurídica, com o contrato
fazendo lei entre as partes e qualquer modificação ou revogação deverá ser bilateral
com o inadimplemento conferindo a outra parte a possibilidade de acionar o judiciário
caso não houver seu cumprimento, forçando-o a fazê-lo de acordo com o artigo 389
do CC, mas o devedor pode se escusar desse fator caso seja por caso fortuito ou por
força maior, de acordo com o artigo 393 do CC.
Vindo para uma visão mais moderna desse princípio, onde depois da grande
guerra, houve uma grande crise na Europa, uma grande crise econômica e isso afetou
algumas obrigações contratuais assumidas, onde passaram a apresentar características
de onerosidade excessiva para um dos contratantes, conjuntamente a isso, se verifica o
surgimento dos movimentos sociais sob alegação de que o poder econômico
acarretava a exploração dos economicamente mais fracos pelos poderosos sob pena de
não contratar (não se podia falar em absoluta obrigatoriedade dos contratos se não
havia em contrapartida, idêntica liberdade contratual entre as partes)
Foi nesse período que na França surgiu a Lei Fillout, onde situações externas
da qual as partes não participaram e ela pender muito para um lado, pode haver o
pleite para que se volte a balançar essa escala. Portanto o estado deve intervir,
estabelecendo leis para que beneficiasse o interesse coletivo, assim o poder judiciário
podia revisar os contratos desproporcionais, evitando injustiças, da mesma forma que
aconteceu recentemente, com a pandemia da Covid 19.
Ainda nessa ideia há o princípio da revisão dos contratos, ou da onerosidade
excessiva, a clausula rebus sic stantibus. Há um intervalo entre a celebração do
contrato e o cumprimento, há circunstâncias externas que podem mudar, entrando
assim na teoria da imprevisão, onde esse acontecimento imprevisível e inevitável para
ambas as partes e isso gere uma onerosidade para apenas uma delas, a parte lesada
pode pleitear a revisão desse contrato.

Direito Penal - Homicídio Qualificado - Parágrafo 2°

A) Caráter subjetivo - Incisos I, II e V - Motivação do Agente

B) Caráter Objetivo - Meios de Execução - Incisos III e IV

A conduta para que se configure um homicídio simples, é necessário a ação de


matar alguém, com pena de 6 a 20 anos, mas há também o tipo privilegiado, previsto
no parágrafo primeiro, onde prevê uma redução na pena para o caso previsto ali,
sendo de relevante valor social ou moral ou até mesmo sob domínio de violenta
emoção após injusta provocação da vítima. Esse homicídio se caracteriza como
qualificado quando: I - é cometido mediante paga, recompensa, motivo torpe, ou seja,
um crime que causa repulsa e demonstra a depravação moral do agente (é sempre de
concurso necessário, necessitando haver duas pessoas, o pagador e o executor, com
ambos respondendo pelo crime, havendo caráter subjetivo, se relacionando ao sujeito).
II - Por motivo fútil, também se referindo ao sujeito (de caráter subjetivo), que é
baseado em um motivo sem importância.
III - Com Emprego de Meios cruéis que possa resultar perigo para que a morte seja
consumada, relacionado a forma que se é cometido o crime, se tratando de formas de
matar alguém trazendo grandes sofrimentos a vítima (de Caráter Objetivo).
IV - Com forma de emboscada, traição, enganação ou outro recurso que torne difícil a
defesa da vítima, já que ela vai ser pega de forma inesperada (Também de Caráter
Objetivo).
V - Para assegurar a execução, a impunidade, a ocultação ou a vantagem de outro
crime (de caráter subjetivo).
VI - Femincídio, onde o crime é motivado pela morte de uma mulher por ela ser uma
mulher, contra a razão dela ser do sexo feminino, também ocorrendo nas
circunstâncias em ambientes de violência doméstica ou familiar ou então por
menosprezo ou discriminação a mulher (nem todo assassinato de mulher se qualifica
como feminicídio). Esse crime pode se caracterizar por ser íntimo ou familiar,
Lesbicídio (assassinato entre lésbicas ou bissexuais), Racial (morte de mulheres por
participarem ou fazer parte de uma etnia) e em série.
VII - Contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 (integrantes da marinha,
aeronáutica e exército) da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da
Força Nacional de Segurança Pública (Polícia Militar, Federal, Rodoviária Federal,
Ferroviária, Civil e bombeiros), no exercício da função ou em decorrência dela, ou
contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão
dessa condição.
VIII - Com emprego de Arma de Fogo de uso restrito ou proibido, foi incluído em
2019
IX - Homicídio Contra menor de 14 anos

Direito Constitucional - Há também a Lei Delegada, presente no 68, é uma lei


inutilizada, pois mesmo existindo no sistema, em quase 35 anos de vigência, só houve
duas leis desse tipo aprovadas no Brasil. De acordo com sua redação, essa lei tem
origem no poder legislativo, por meio de um pedido de permissão ao congresso
nacional, por parte do presidente ou governante, o autorizando para legislar sobre
alguma matéria, impondo limites a essa legislação, como as previstas no artigo 68,
onde prevê os casos em que essa prática não se aplica, mas assim que recebe essa
permissão, o presidente elabora, promulga e publica sua lei.
Logo em seguida há as medidas provisórias, que seguindo por essa linha, é
uma espécie normativa excepcional, pois é o chefe do executivo legislando, no lugar
do legislativo, havendo uma urgência ou necessidade de que isso ocorra.
Seguindo para de volta a primeira espécie normativa, existe as emendas a
Constituição, onde ela é a única forma de se alterar a redação constitucional, fazendo
uma alteração formal da CF. Com o advento de novos fatores, chegou a luz um novo
meio de alteração, só que informal, sendo a mutação constitucional. A Função da
emenda é a única forma de alterar a constituição federal, ficando responsável apenas o
congresso nacional, de forma formal, tendo sido alterada 128 vezes durante sua
vigência, além de se ter um órgão revisor, que ajudou a essas mudanças cinco anos
após sua entrada em vigência, colocando 6 emendas revisionais, mas já teve fim.
Nenhuma outra lei há força de alterar a constituição.
Apesar de forte, ela ainda tem algumas limitações formais, previsto no artigo
60, tendo que ser seguido, caso contrario será passível de caracterizar a mudança
como inconstitucional. É necessário que haja uma fase introdutória, havendo a
apresentação de uma PEC, mediante apresentação do presidente, deputados ou por
mais da metade dos estados subscrevendo essa PEC, de resto ninguém mais pode
apresentar essa lei. Existe a possibilidade que a CF não previu, sendo a PEC por uma
iniciativa popular. Após a apresentação da PEC, ela é discutida e é passível de
aprovação ou sanção no congresso, em dois turnos, necessitando de um quórum
qualificado (3/5 de votos de deputados e senadores para que a PEC seja aprovada).
Após essa fase, ela vai direto para a Promulgação e eventual publicação, não existindo
a fase de sanção ou veto nesse caso em particular, pois a única participação do chefe
do executivo é a iniciativa de apresentar uma PEC.
Além das limitações formais, há outras limitações, como circunstanciais (onde
uma determinada situação não permite que haja uma alteração na constituição, por
estar em um momento de instabilidade), materiais ou as clausulas pétreas (Núcleo da
CF imutável por lei, por fazer parte de sua formação) e as limitações implícitas (não
se pode alterar o titular do poder constituinte reformador e a supressão das expressas).

Direito Processual Civil - Do negócio Processual


É uma inovação do CPC de 2015, trazendo uma certa liberdade para as partes
compacturarem sobre um determinado assunto antes mesmo de haver um processo,
como um negócio arbitral, ou uma clausula arbitral ou a eleição do foro nos contratos,
ou durante a ocorrência de um processo, porém esse fator é permitido apenas em
processos que admitem a autocomposição, os chamados direitos intransponíveis e da
mesma forma, o juiz pode indeferir esses negócios jurídicos em três momentos,
situações contra lei, quando inseridos de forma abusiva em contrato de adesão,
quando alguma parte se encontra em manifesta situação de vulnerabilidade, no caso,
havendo situações de desequilíbrio marcante.
O CPC também permite que haja uma possibilidade de aumentar do
prazo, que haja uma dilação, ou uma diminuição de prazo, isso de comum acordo, em
junto com o Juiz quando houver o caso, por exemplo, em locais de difícil transito ou
em situações que estejam em calamidade pública. O código prevaleceu a vontade das
partes, pois de acordo com o artigo 4, as partes tem o direito de obter em prazo
razoável a solução integral do mérito incluído a atividade satisfativa, pois de acordo
com o artigo 223, onde o prazo, assim que decorrido extingue-se o direito de praticar
ou de emendar o ato processual, salvo se ficar provado a justa causa, isso funciona
devido a razão de evitar que haja uma procrastinação do processo.
É importante o uso do vernáculo, o uso da língua portuguesa de forma
compreensível, salvo os casos em que há um documento redigido em língua
estrangeira, mas somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de
versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade
central.

Direito Civil - Princípio da Função social do contrato


Ele vem do contexto em que se altera a interpretação do contrato, onde o que
as partes contratuantes teriam de arcar com o que foi compactuado e terminaria por aí,
mas em muitos aspectos, observou-se que os aspectos sociais sobrepujam os aspectos
singular, pois o contrato não pode dar as costas para o interesse coletivo, deixando-o
fora da situação, assim o contrato precisa garantir o interesse da sociedade e que vai
movimentar a economia.
Dessa forma, o estado começa a intervir e fiscalizar os contratos, para que haja
essa movimentação correta. Essa função está ligada a função social da propriedade,
uma vez que sua propriedade não pode ficar parada e inútil, onde o estado tem
ferramentas para punir aqueles que não estão usando sua propriedade de forma efetiva
e útil, ainda há o direito a propriedade, mas ele precisa respeitar a função social do
local. Ele age de duas formas, ou níveis, sendo o intrínseco, relativo a ambos os
contratantes, o interno delas em que precise haver o respeito ao acesso a informação,
ambos sejam leais um com o outro, haja a assistência, Respeitem o sigilo caso for
necessário, e hajam de boa fé, moralmente aceitos havendo o tratamento idôneo entre
ambos e igualdade material.
Partindo para o aspecto extrínseco, é analisado perante a sociedade levando em
conta dois fatores, sendo ele ser um instrumento de circulação de riquezas ou do
desenvolvimento econômico e ser um instrumento de desenvolvimento social,
precisando o contrato ter que envolver o atendimento aos dois fatores. A função social
está ligada a um princípio jurídico de conteúdo indeterminado, dessa forma, ela não
possui uma definição própriamente dito.
Dentro do artigo 421, do código civil, está estabelecido dentro da CF, como
uma clausula pétrea, dessa forma, elas não podem ser retiradas do ordenamento
jurídico, assim dessa forma, pode causar um princípio de inconstitucionalidade, bem
como não há princípio de retrocesso social.
Ainda dentro do CC, no artigo 421, é previsto a liberdade contratual será
exercida nos limites da função social do contrato, dessa forma o contrato tem que ser
executado e interpretado tendo como parâmetro a dignidade da pessoa humana,
havendo uma limitação à liberdade negocial, onde clausulas leoninas podem ser
banidas em qualquer contrato. No artigo 421 - A, diz que os contratos civis e
empresariais presumem-se paritários e simétricos até a presença de elementos
concretos que justifiquem o afastamento dessa presunção, salvo os regimes jurídicos
em leis especiais. Dentro de seus incisos é previsto o estabelecimento de parâmetros
objetivos para a interpretação de clausulas negociais, a alocação de riscos definida
pelas partes e a revisão contratual, que somente ocorrerá de maneira excepcional e
limitada.
A paridade dos contratos deve haver apenas em contratos verdadeiramente
paritários, bem como o estado só pode intervir em situações extremamente específicas.
Há também o princípio da Equivalência material, que busca haver o equilíbrio entre as
partes, daquilo que eu estou dando para cumprir o contrato e que vou receber em
correspondência a entrega desse bem.

Direito Comercial - Princípios de Regimento do Título de Crédito

Cartularidade (Juridicamente, na literatura cambial, o documento é conhecido


como Cártula, usado para se referir a um documento representativo do crédito,
também conhecido como o princípio da incorporação)é o princípio que significa que,
para que o credor possa se valer de uma ação de execução, é preciso de que a
obrigação/crédito esteja incorporada em um título, numa cártula, além disso é
indispensável que essa cártula seja apresentada na oportunidade do ajuizamento da
ação. Literalidade é outro princípio que segundo o qual, só vale no título aquilo que
estiver escrito nele e que for requisito de sua validade, portanto anotações apartadas,
em documento distinto, de nada valem, logo serão desconsideradas sob o ponto de
vista cambial, mesmo que tenham sido ajustada por meio de escritura pública,
existindo a possibilidade de anexação ao título da chamada folha de extensão que
deverá estar identificada como tal para que seja considerada como parte integrante do
título quando no mesmo não houver mais espaço físico para a coleta de assinaturas,
ainda mesmo que esteja a anotação contida na cártula, é necessário que a mesma seja
requisito de validade daquele título, nos termos estabelecidos nas leis próprias(ex:
“vou por para o dia X” que é comum nos cheques e por não ser requisito essencial,
não tem validade cambial). Por fim temos o princípio da Autonomia, onde as relações
jurídicas são autônomas e independente entre si e quaisquer relações sucessoras a
primeira não afetam as demais, por isso, se houver algum tipo de vício de qualquer
natureza, ele não contaminará as demais relações.

Direito Processual Penal - Lei processual penal no tempo e espaço

Como a lei processual penal age de acordo com o tempo, se baseando na


doutrina tradicional, onde a lei PP é imediata, regida pelo princípio da imediaticidade,
onde assim que elas entram em vigor, no momento de sua aplicação imediata,
independe se são benéficas ou não. Dessa forma é necessário fazer a distinção entre a
lei pura (que retroage só em favor do réu), a lei processual penal pura (ela tem
aplicação imediata) e a lei mista (é aquela que vai ser uma norma processual penal,
mas com um toque de direito penal). As leis mistas possuem caráter penal e
processual penal, onde ela segue a legislação penal quando retroage em favor do réu,
mas sua aplicação é imediatada.
Partindo para a esfera espacial, onde ao contrário do direito penal, que ainda
discute sobre a discussão sobre a extraterritorialidade da lei penal, enquanto no
processo penal, o que vale é o princípio da territorialidade, onde as normas
processuais penais serão aplicadas somente no Brasil e não haverá a
extraterritorialidade.

Direito Civil - Princípio da Boa fé

Começa com os romanos, elencando um dever ético, posteriormente sendo


juntado a esse termo o direito alemão, trazendo a boa fé como um dever jurídico e
elencando também as questões subjetivas e objetivas, envolvendo a ignorância do
agente sobre determinada circunstância/defeito e para que haja a boa fé objetiva, uma
regra aplicada a todos, ela é uma regra de comportamento exigível judicialmente,
valendo para todos os momentos na linha do tempo de vida de um contrato, desde as
primeiras negociações até seu encerramento.
Durante o contrato há uma obrigação, envolvendo ela dar, fazer ou não fazer,
seguindo por essa linha de raciocínio, mas de uma forma bem básica, mas para além
disso, mesmo que não esteja escrito de forma expressa, há dois princípios ali que não
podem faltar, sendo a boa fé objetiva e a função social, tendo o mesmo peso das
obrigações, cabendo a parte lesada receber uma indenização caso uma dessas duas
clausulas seja descumprida.
As funções da boa fé objetiva se trata de: uma função interpretativa e de
colmatação, ou em termos mais simples, preenchimento de lacunas, baseado dentro do
artigo 5° da LINDB e no artigo 113 do Código Civil. Outras funções decorrem desse
princípio, como a função criadora de deveres jurídicos anexos ou de proteção, como
lealdade e confiança, assistência, informação e sigilo, passível de inadimplemento
obrigacional caso essa função não seja cumprido dentro desses termos. Também há a
função delimitadora do exercício de direitos subjetivos, onde apresenta que o contrato
será feito quando se há a vontade de fazê-lo, regido também pela boa fé objetiva, uma
vez que está embasado pelo artigo 187 do CC, onde a pessoa que extrapolar os limites
da Boa fé, estará cometendo um ato ilícito.

Direito Processual Civil - Após 2013, começou-se a haver o uso de sistemas virtuais
para processos, dessa forma, o processo pode ser total ou parcialmente digital, de
acordo com o artigo 193 do CPC, da forma a permitir que sejam produzidos,
comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico, nas formas da lei, bem
como na prática de atos notariais e de registro, como é previsto no parágrafo único
desse mesmo artigo.
Existe uma variação de sistemas, mas há projetos para se unificar os sistemas,
porém há a questão dos vídeos de depoimento, onde em muitos sistemas, é permitido
a gravação, caso contrário, é necessário haver uma transcrição desse depoimento. Há
uma necessidade de se ajustar a questão de dar ferramentas as partes, de acordo com o
artigo 198, onde instaurou-se um sistema híbrido, onde a parte ou a testemunha se
dirige ao prédio do fórum.
Dos Atos das Partes - Artigo 200 tem extrema importância, pois tudo o que for
escrito no processo tem um efeito e há até certas coisas que não há a necessidade da
manifestação do juiz, por isso o artigo 200 ele regula o momento em que os atos das
partes se tornam eficazes.
Ocorrem por meio de Declarações de Vontade - transação, renúncia ao direito
de recorrer, desistência de recurso, reconhecimento de pedido, etc. A desistência da
ação depende de homologação judicial, pois trata-se de ano unilateral, ou seja, antes
da citação, caso ocorra após a citação, deve haver a concordância do réu. O recibo de
protocolo é outra parte importante, pois como há no artigo 201, onde as partes
poderão exigir o recibo de petições, arrazoados papéis e documentos que entregarem
em cartório, mas com a chegada do protocolo virtual, houve uma diminuição da
burocracia. É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz
poderá mandar riscar, impondo a quem as escrever multa, de acordo com o artigo 202
do CPC.

Direito Processual Penal - Inquérito Policial


Ele não é processual ainda, seguindo ritos e por isso ele está no código do CPP.
O Processo começa na denúncia, oferecido pelo MP ou por queixa-crime do advogado
privado. O pré-processual envolve provar o indício de autoria ou de materialidade
delitiva e caso não haja nenhum desses dois, não haverá processo. Caso o inquérito
corra de forma certa, raramente o réu vai acabar escapando da acusação. Sua natureza
jurídica é determinada pelo sujeito e pela natureza dos atos realizados, de modo que
ele deve ser considerado como um procedimento administrativo pré-processual, e
mesmo que ele seja elencado ao processo, ele não tem efeitos dentro dele.
O orgão encarregado desse inquérito, de acordo com o artigo 4° do CPP, é a
polícia judiciária, mas vale ressaltar que a competência da polícia não exclui a de
outras autoridades administrativas que tenham competência legal para investigar,
como sindicância, comissões parlamentares de inquérito. A Polícia Judiciária é a
polícia que maioritariamente tem a função investigativa, investigação preliminar e em
regra não existe problemas de uma competência investigar a outra, mas há certas
ressalvas, enquanto a preventiva tem a tarefa de prevenir e reprimir o crime, com
patrulhamento diário.

Direito Penal - Crimes Hediondos - lei de 1990


Quando um crime é considerado hediondo (um crime que causa repulsa na
sociedade, trazendo consequências para o agente) ele engloba todos os homicídios
qualificados, homicídios simples, mas na forma de grupo de extermínio mesmo que
haja somente uma pessoa praticando o ato. Eles não tem direito a anistia, graça ou
induto, com a pena começando em regime fechado, mas a progressão da pena, de
acordo com a lei 7210 de 84, artigo 112 - da Lei das Execuções Penais, inciso V, onde
a pessoa que cometeu um crime hediondo deve cumprir 40% de sua pena para haver
essa progressão, isso se for réu primário e se o resultado foi morte, os 40 aumentam
para 50%, e se for reincidente aumenta para 60% e se for reincidente em crime
hediondo com resultado morte, isso aumenta a 70% para que haja a progressão da
pena.
Entrando na esfera do homicídio culposo, o elemento subjetivo é a culpa onde
o agente não quer o resultado, mas não age com o cuidado necessário, abusando da
imprudência, imperícia e negligência e nesses casos, a pena é de um a três anos de
detenção com possibilidade de aumento, de acordo com o parágrafo 4° do inciso 121 -
No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de
inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de
prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato,
ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, também sendo
aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14
(quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de
2003). O código de trânsito trata especificamente de homicídio na direção do veículo,
tratando-se de homicídio doloso, de acordo com o artigo 302 do mesmo código (lei
9503/1997).
O perdão judicial - parágrafo 5° do artigo 121 - causa de extinção da
punibilidade e aplica-se ao homicídio culposo.
Isso ocorre pois a infração atingiu o agente de forma tão grave que a sanção
penal se tornou desnecessária.
Para o cidadão que cometeu o homicídio, a ação penal cabível é pública
incondicionada que significa que se isso chegar no ouvido das autoridades, será
instaurado um inquérito e a partir disso, com o fechamento do inquérito irá começar a
parte judiciária, onde o promotor do MP vai decidir se vai aceitar ou não essa
denúncia, encaminhando para o juiz decidir se ele vai ou não a denúncia.
Direito Constitucional - medida provisória - é uma espécie normativa diferenciada,
pois ela atribui ao chefe do poder executivo de poder editar uma espécie normativa
que pode passar com força de lei, sem a necessidade de aprovação. Ela é uma
providência provisória que o chefe do poder executivo poderá expedir em casos de
relevância e urgência tendo força de lei, cuja eficácia será eliminada se o poder
legislativo não a converter em lei dentro do prazo previsto.
É importante ter um instrumento como esse na CF, pois em vários casos não
há tempo hábil para se formular uma lei, porém o que levanta dúvidas a seu respeito é
seu uso, sendo bem questionável se avaliarmos todos os presidentes após a publicação
da CF, já que é desejo dos chefes do executivo de legislar e acabam abusando dessas
medidas como um meio comum de se tratar assuntos que dependem de lei. Ela é uma
novidade da CF de 88, baseado no direito italiano, pois anterior a ela, haviam os
decretos lei, mas atualmente apenas os que foram acolhidos que ainda mantém sua
vigência. O decreto lei conseguia ser bem pior do que a medida, previsto em 67 e
emendado em 69, mostrava que o decreto lei podia ser feito em casos de urgência ou
de interesse, desde que não haja aumento de despesas ele podia fazer um.
De acordo com o artigo 62, que teve pequenas mudanças em sua matéria, ela
tinha prazo de 30 dias de vigência, onde caso sua matéria não alegrasse o congresso,
ele poderia ser editado, mas após de 2001, isso foi corrigido, havendo uma diminuição
da discricionaridade (da liberdade) nas mãos do presidente. A fase introdutória
começa com o presidente da república, atendendo aos aspectos constitucionais e a
situação cobrando essa posição, ele apresenta de imediato essa medida para o
congresso e por 60 dias o congresso decide se ele vai aprovar ou não, sendo posterior
para outros 60 dias, mas caso não haja a aprovação, ela perde sua eficácia antes
mesmo de entrar em vigor como lei, cabendo o congresso disciplinar por decreto
legislativo as relações jurídicas delas decorrentes, por meio de um decreto legislativo,
configurando esse como uma fase constitutiva, sendo obrigado a observância de todos,
sendo aprovada por maioria simples, existindo em certos casos podendo haver a fase
de sanção e vetos, mas em casos estritamente necessários.
A tramitação dela se da com aprovação sem ou com alteração do texto (nos
casos com alteração, ela precisa passar pela fase de avaliação toda de novo), não
apreciação (rejeição tácita) ou rejeição expressa. Medidas provisórias não podem tirar
leis, mas como ela entra com força de lei, ela substitui a antiga e caso não for
aprovada, a lei anterior volta a exercer eficácia. Governadores de Estado e Prefeitos
podem fazer medidas provisórias, uma vez que não há vedações, porém o âmbito
depende, uma vez que no estado é necessário estar em sua constituição.

Direito Processual Civil - A validade dos atos processuais depende de serem


praticados no tempo e no lugar certo.
O artigo 212 trás uma base, onde os processos podem ser praticados das 6 as
20 horas, sendo somente praticados após as 20 hrs os atos iniciados antes e seu
adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano, exigindo a observância do
artigo 5°, inciso IX da CF, relativo a inviolabilidade da residência. Em casos digitais,
a prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 do
último dia do prazo, logo, ela termina as 23:59:59 do último dia do prazo, no caso dos
processos físicos, o horário de protocolo está ligado ao horário de funcionamento do
fórum, mas há o problema com horário e diferentes fusos. Em relação ao plantão
judiciário, durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais,
exceto em atos previstos no 212 parágrafo 2° e na tutela de urgência, logo, citações,
intimações e penhoras e a tutela de urgência, por isso é necessário a observância do RI
dos tribunais, mais precisamente nas demandas em sede de plantão judiciário,
havendo apenas a exceção, sendo os tribunais superiores - sendo férias em Janeiro e
Julho.
Dias úteis - Dias que não são feriados (declarados por lei), sábados e domingos,
bem como outros dias em que não haja expediente forense, isso de acordo com o o
artigo 216 do CPC.
Em relação ao lugar, em regra, os atos processuais vão se realizar na sede do
juízo, como aqui em Adamantina, no fórum local, na sede da comarca, salvos os casos
em que seja necessário outro lugar, como a deferência (prerrogativa ou privilégio), do
interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e
acolhido pelo juiz, acontecendo da mesma forma no processo penal.

Direito Civil - Artigo 422 - Todas as etapas do contrato são obrigados a guardar
assim na conclusão do contrato, bem como em sua execução, os princípios de
probidade e boa fé, incidindo nas fases pré e pós contratual.
Responsabilidade Contratual: o stj considerou essa situação que a hipoteca
firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior a celebração da
promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel, bem
como no pós-contratual, ou post factum, onde nesse caso há a ofensa a boa fé objetiva.
Desdobramentos da boa fé objetiva - proibição de agir contraditório das partes
em relação a um contrato, para benefício próprio, o artigo 330 reitera isso, uma vez
que o pagamento reitera feito em outro lugar faz presumir renúncia do credor
relativamente ao efeito. Supressio - Perda de um direito por não ter sido exercido ele,
mas mesmo assim, cobra a parte devedora mesmo por ter já perdido esse direito,
diferente do prazo prescricional, ela acontece quando já passou o ou ainda não chegou
o término do prazo prescricional e depois de muito tempo, eu quero esse direito, mas
pode ser alegado supressio, uma vez que a parte não pleiteou seu direito em prazo
razoável, não tendo prazo próprio. Surrectio - é semelhante a supressio, porém sua
principal diferença é que ela é uma decorrência do venirem contra factum próprio,
onde a surrectio surge de um pacto entre os contratantes onde o devedor adquire um
direito, mas na hora de cobrá-lo, o credor disse que não houve tal pacto. Tu quoque -
Traição, facada nas costas, uma traição que pode surgir de forma dolosa pela parte
devedora em favor dela.
Exceptio Doli - Exercer um direito próprio que visa prejudicar a terceiros,
como cobrar uma dívida ja paga, ficando obrigado a pagar ao devedor.
Inalegabilidade das nulidades formais - a parte querendo requerer a nulidade sendo
que foi ela que deu causa a nulidade, de acordo com o 276 do CPC. Clausula de
Stopeel - visa garantir o respeito a boa fé nos contratos internacionais. Duty to
mitigate the loss - Dever que o credor tem em reduzir seu próprio prejuízo, de mitigar
sua perda, logo ele não pode de maneira dolosa esperar que a dívida aumente para
executar o devedor. Nachfrist - Extensão de prazo. O contrato quando é firmado para
que ele seja cumprido e preservado, onde o devedor, para que possa cumprir com o
objeto da dívida, há uma dilação de prazo onde o credor espera esse prazo passar para
uma eventual execução.

Direito Comercial - Classificação dos Títulos de Crédito


I - Quanto a Emissão
Causais - São aqueles cuja emissão depende de uma causa prevista em lei, ou
seja, a emissão depende de uma previsão legal. É o caso das duplicatas, as quais
somente podem ser emitidas quando houver uma transação comercial (compra e
venda) ou nos casos de prestação de serviços por profissionais liberais ou empresas. -
Duplicata
Não Causais - São aqueles que podem ser emitidos em qualquer caso,
independe de previsão legal. Podem ser emitidos em quaisquer situações. É o caso das
letras de câmbio e etc - LC, NP, CH

II - Quanto a Estrutura
Ordem de pagamento - Nesses títulos (sacador) profere uma ordem para que
seja cumprido, por alguém, que assuma o pagamento ou a obrigação - LC, Duplicata,
CH
Promessa de Pagamento - É aquele título em que o emitente (o próprio sacador)
assume a condição de devedor da obrigação - NProm.

III - Quanto ao Modelo


Livre - Não há a necessidade de se formalizar um documento de acordo com o
padrão previsto. Podem ser emitidos independente de requisitos previstos na lei- LC e
NP (Regidos pela LUG - Lei Universal de Genebra)

Vinculado - Sãos os títulos que para que sejam efetivos, eles precisam seguri
um modelo estabelecido em lei, assim sendo, não considerado um título de crédito se
não for emitido em modelo próprio - Duplicata e Cheques

IV - Quanto ao Modo de Circulação


Ao Portador - Relativo a quem está portando, sendo essa pessoa a figura do
portador - Nome do Credor (não consta no TC), Credor (é o portador), Transferência
do TC (pela tradição) e Fundamento Legal (Artigo 904 e seguintes - CC)

Nominativos - à ordem: Nome do credor (consta no TC), Credor (Aquele cujo


nome figura no TC), Transferência do TC (endosso) e Fundamento Legal (Artigo 910
CC)

Não à Ordem - Nome do Credor (Consta no TC), Credor (Aquele cujo nome
consta no TC), Transferência do TC (Cessão Civil de Crédito) e Fundamento Legal
(Artigo 921 CC).
Direito Processual Civil - Dos Prazos Processuais

Os prazo sofrem uma suspensão de 201 de dezembro até 20 de Janeiro, dessa


forma, quando se passa o período de suspensão, a contagem volta a correr
normalmente, salvando os dias úteis para a corrida desses dias. É contado dia útil a
partir da publicação da imprensa.
Os prazos seguem o tempo de acordo com o princípio da duração razoável do
processo, para que nenhuma das partes acabe prejudicada.

Direito Processual Penal - O ministério público no inquérito policial

A competência de investigar cabe ao delegado de polícia.

Direito Penal - Artigo 122

Induzimento ao Suicídio ou a automultilação

Lei 13968/19 - instituiu a política nacional de prevenção da automultilação e


do suicidio - motivação compulsória dos casos

A) Suicídio - Destruição da própria vida


B) Lesão autoprovocada intencionalmente - Doença

Objetividade Jurídica

Suicídio - Tutela a vida humana

Automultilação - tutela a integridade física

Tipo Objetivo (conduta)

- Induzir ou instigar alguém a se suicidar ou a pratica de automultilação


Induzir, instigar e auxiliar
- Sujeito Ativo

4) Sujeito passivo - pensa com plena capacidade de discernimento

5 - Consumação: No momento que o agente pratica os verbos, ainda que a vítima não
realize o ato suicida ou a automultilação - Crime Formal.

6 - Se resultar em lesão corporal de natureza grave ou gravíssima - 1 a 3 anos - e se


resultar em morte - 2 a 6 anos.
A lesão corporal grave é a que está no parágrafo 1° e as gravíssimas estão no
parágrafo 2° do 129.

Causas de aumento de pena - parágrafo 3°, 4° e 5° - Pena duplicada (3°) aumentada


até em dobro (4°) aumento até a metade (5°)

Desclassificação Para Lesão Corporal - Responde por lesão corporal gravíssima - 2 a


8 anos

Desclassificação para Homicídio - Responde por homicídio - Pena de 6 a 20 anos.

No caso de infânticídio, apesar de ser considerado um homicídio própriamente


dito, o legislador decidiu criar um tipo normativo separado, com uma pena reduzida
em quase 8 anos da pena máxima.

1- Qual a diferença entre o homicídio e o infanticídio ?


R: O infanticídio é realizado em criança nascente ou recém nascida, exclusivamente
pela sua mãe cuja a mesma está sob os efeitos do estado puerperal, cujos resultados
psíquicos podem motivar a mãe a cometer o ato, não admitindo conduta culposa,
diferente do homicídio.

2- Quais são os elementos essenciais para caracterização do infanticídio ?


R: A mãe afetada pelo estado puerperal, comete um homicídio a sua criança recém
nascida, no momento de seu nascimento ou logo após.
3- Como se comprova a existência do estado puerperal da agente ?
R: Se comprova por meios de exame pericial, bem como o momento em que se deu o
homicídio, se foi no momento de nascimento ou logo após.

Direito Constitucional - Outras Espécies Normativas

Decreto Legislativo - é uma espécie normativa usado pelo poder legislativo


para tratar de matérias privativas do poder legislativo. Ele tem a função de exteriorizar
as tarefas de competência do congresso nacional, previstas no artigo 49 da CF e o
congresso deve usar o decreto legislativo quando há medidas que ainda não foram
transformadas em lei. Segundo alguns constitucionalistas, o decreto legislativo
normalmente, em regra, tem efeitos externos, sendo que o decreto legislativo ele deve
ser falado e votado nas duas casas.
Ele por regra é aprovado por maioria simples. As resoluções são permissões
que o legislativo da quando o executivo pede pelo direito de legislar, se a questão for
simples, não havendo fatores externos, por regra vai pelo artigo 59, mas existe um
tipo normativo que não aparece nesse artigo, sendo o Decreto, somente ele, pois ao
contrário, esse tipo normativo só pode ser editado um decreto o chefe do executivo,
pois tem a função de disciplinar as funções privativas do chefe do executivo, como o
presidente, governador e prefeitos. Ele pode ter duas finalidades, sendo a de
regulamentação da lei, para ajudar sua efetividade, mas nunca ultrapassando a reserva
legal, para que não fira o princípio da legalidade. Além disso há aquelas que dispõem
sobre matérias da competência privativa do chefe do executivo , de acordo com o
artigo 84 da CF.
O decreto lei, decreto legislativo e o decreto tem a diferença, onde o DL foi
substituído pela medida protetiva, o decreto legislativo é aquele que rege os atos
privativos do legislativo e o decreto é o que rege os atos privativos do executivo,
sendo que na hierarquia ele é menor que uma lei normal. Por fim temos os tratados
internacionais, que mesmo que estejam fora do artigo 59, eles estão presentes e só
podem ser celebrados pelo presidente da república, com o referendo ou aprovação do
congresso nacional por decreto legislativo, havendo um dualismo moderado, onde não
depende unica e exclusivamente da vontade de um poder em específico.
A posição hierárquica dos tratados depende muito de sua matéria, pois aqueles
que discorrem sobre direitos humanos aprovados com o quórum de emenda
constitucional, passa a agir como uma EC, caso ele seja de direitos humanos mas
aprovados por maioria simples, ele terá supralegalidade e por fim, os tratados
internacionais comuns, que não tem assuntos ou matérias de direitos humanos - são
equivalentes às leis ordinárias, mas os de direitos humanos acabam caindo nas mãos
do congresso como ele será votado.
Supremacia da Constituição Federal - A CF é a lei maior, sem dúvida alguma,
estando no ápice do vértice, da pirâmide normativa, onde nenhuma espécie normativa
pode ser maior ou contrária a ela. A CF é rígida, pois uma lei contrária a ela deve ser
expulsa do ordenamento jurídico, dessa forma, somente leis abaixo dela podem ser
elaboradas, sendo que as mudanças só podem ser realizadas por meio de Emendas
Constitucionais. Ela sofreu algumas alterações, mas ela ainda mistura normas
constitucionais originárias com as derivadas, por meio das emendas, mas entre as
originárias não há hierarquia, mesmo que envolva clausulas pétreas e suas criadoras,
todas são consideradas normas originárias, bem como não existir essa hierarquia entre
as normas originárias e as normas derivadas.

Direito Processual Civil - Nas cartas precatórias, elas são enviadas a outro estado,
para que lá se de o mandado de intimação, assim, seja ele cumprido, devolve-se esse
mandado a carta e a carta retorna para o deprecante. No caso dos emails, quando o
email é juntado ao processo principal, começa a se correr o prazo.
Outra forma de se começar a decorrer o prazo é a tomada de ciência física no
balcão, valendo a mesma coisa para certos sistemas de pesquisa processual online,
onde o simples fato de consultar alguma publicação, passará a contar o prazo a partir
do primeiro dia útil seguinte a consulta, sendo dias corridos.

Direito Comercial - LUG - Lei Uniforme de Genebra e a Lei Cambial

A LUG foi adotada no país através do decreto lei 57663/63, excepcionalmente,


há casos de aplicação da Lei cambial (DL 2044/1908)
A LUG se aplica em temáticas onde há os títulos de letra de câmbio e de notas
promissórias e de forma excepcional, a Lei Cambial quando há reservas, que são
dispositivos que não se aplicam em todos os países, por na convenção de Genebra
ficou estabelecido que cada um faria as adaptações de acordo com suas necessidades.
(dispositivos da LUG que não dispõe de força ou ela não compreende essa lei, coisa
que a cambial faz).
A Letra de Câmbio é emitida pelo Sacador, onde uma pessoa emite o título de
câmbio, dando uma ordem ao sacado, a outra parte que recebe a ordem para que seja
realizado o pagamento e quem efetivamente recebe esse valor é o credor. Sacador
emite a ordem para o Sacado, que efetivamente paga o Tomador, porém existe uma
particularidade, que é o fato que se formou esse triângulo, é importante que o sacado
seja consultado se ele quer participar desse triângulo, caso ele aceite, ele se torna o
devedor principal, com os devedores Coobrigados ficando como os outros
endossatários no caso que o credor tenha dado seu endosso ao passar sua propriedade
para outrem, perdendo o cargo de credor e mudando sua situação para Endossante
bem como o sacador, agindo como um garantidor de que esse pagamento seja
efetuado, de acordo com a LUG. Caso não haja o aceite, não há responsabilidade de
nada, nesse caso o devedor principal irá continuar como o sacador, de acordo com o
artigo 9° da LUG, onde o sacador que deverá garantir o pagamento e como
coobrigados os endossantes e os avalistas dos endossantes.

Direito Processual Penal - Limitação Temporal

Significa a quantidade de tempo, por quanto tempo razoável pode-se manter


um inquérito policial rodando, para que haja a prevalência do princípio da privacidade,
ainda mais que o código penal é bem relativo e muitos crimes podem nascer de forma
incorreta. Essa limitação acaba por não funcionar, uma vez que a pessoa precisa ser
julgada em tempo razoável.
É necessário que haja a fase pré-processual, sendo que pode ser passível a
denúncia prescrever por fator pré processo, tendo um tempo razoável de 10 dias com
o indiciado preso, podendo ser prorrogado para mais 10 dias, porém esses limites não
costumam ser seguidos, uma vez que tem pessoas que estão presas de forma cautelar
por anos, e 30 caso a pessoa não estiver presa, passível de prorrogação por mais 30,
desde que existam motivos razoáveis para ambos os casos.
Nos crimes de competência federal, esse prazo aumenta para 15 prorrogável
por mais 15 e nos delitos usando de tráfico de drogas, ele é de 30 com o réu preso e
90 caso não seja preso. No Brasil não havia um contrapeso a essa lei, até a chegada da
Lei de Abuso de Autoridade, onde de acordo com o artigo 31, se a autoridade
injustificadamente, procrastinar a investigação em prejuízo do investigado ou
fiscalizado, responderá de 6 meses a 2 anos e multa, mas é claro que essa lei também
não é seguida.
O delegado quando recebe uma notitia criminis, ele começa o inquérito
policial de acordo com um ato administrativo, que posteriormente vai averiguar em
razão da matéria, sendo iniciado por informação reservada, virtude da situação de
flagrância entre outros, mas há também as requisições ao MP, ou outro orgão
jurisdicional, onde o MP provoca a delegacia a começar a investigar uma determinada
ação, com ate mesmo essa prática podendo ocorrer durante a corrida do processo. Em
definitivo, não cabe ao juiz requisitar a instauração do IP, em nenhum caso, pois viola
a matriz constitucional do sistema acusatório.

Direito Processual Civil - Das Cartas

Alguns atos não podem ou não há a possibilidade de se praticar na sede do


juízo, logo, se dão fora da área da comarca e nesses casos, é necessário a comunicação
dos atos processuais - sendo um elemento essencial para o contraditório.
É uma garantia constitucional de efetivo conhecimento e participação das
partes e demais sujeitos, sendo os atos de comunicação: a citação (somente feita uma
vez para o réu se integrar ao caso processual), a intimação e as cartas, que são 4 ao
todo (carta de ordem - quando o tribunal determinar a pratica de ato processual à
orgão jurisdicional subordinado, Carta Rogatória - comunicação entre o órgão
jurisdicional brasileiro e estrangeiro, requerendo a prática de um ato processual em
outra região, Carta Precatória - Comunicação entre estados da mesma forma que a
rogatória e Carta Arbitral - Comunicação entre o poder judiciário e o juízo arbitral
quando este solicita a prática de ato pelo judiciário.) O costume de arbitragem é
comum dos romanos, mas aqui no Brasil há a cultura da judicialização.
Essas cartas tem alguns requisitos, previstos no artigo 260 ao 268 do CPC,
como a indicação dos juízes de origem de origem e de cumprimento do ato, o inteiro
teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao
advogado, a menção do ato processual que lhe constitui objeto e o encerramento com
a assinatura do juiz, com ele podendo mandar juntar para a carta outras peças
processuais e documento, bem como o prazo, que deve ser fixado de acordo com a
natureza do ato a ser praticado.
Hoje em dia as cartas podem ser expedidas por telefone e as despesas devem
ser depositadas no juízo deprecante, sendo que elas tem o caráter itinerante,
característica de todas as cartas, que podem ser encaminhadas ou reencaminhadas a
juízo diverso para o qual foram expedidas com o fim de praticar o ato. No caso de
uma recusa por parte do juiz, ele pode alegar o cumprimento a carga Precatória ou
arbitral devolvendo-a com decisão motivada quando a carta não estiver revestida dos
requisitos legais, faltar ao juiz competência em razão da matéria ou da hierarquia e
quando o juiz tiver dúvida acerca de sua autenticidade.

Direito Processual Penal - Continuação do Inquérito

O artigo 5° do CPP que do despacho indeferir o requerimento de abertura do


inquérito, caberá recurso para o chefe de polícia, de caráter administrativo de pouca
ou nenhuma eficácia, mas pode haver outros recursos mais efetivos, no caso de
inércia, como um mandado de segurança e habeas corpus contra o ato do delegado, ou
levar ao ministério público oferecendo-lhe todos os dados disponíveis.
A comunicação desse crime deve ser oral ou escrita, que em qualquer pessoa
sem interesse, comunica a autoridade policial a ocorrência de um fato aparentemente
punível, inclusive a vítima pode fazer essa notícia-crime simples, quando comunica o
fato sem formalizar um requerimento, mas no Brasil é facultativo para cidadãos que
não comunicam um crime, e com essa notícia, a polícia instaura o inquérito policial,
praticando uma série de atos de forma que concatenem, proporcionem elementos de
convicção para a formação da opinio delicti do acusador. Artigos de 1 a 10 do CPP.

Direito Penal - Aborto

Aborto é a morte da criança antes que ela nasça, onde as espécies são Natural -
o organismos natural expele o produto da concepção e o Acidental - onde por um
acidente ocorre a morte da criança, mas ambas condutas não são criminalizadas, mas
existe o aborto criminoso, com quatro modalidades e que é uma conduta
criminalizada e que nos artigos posteriores estão previstos essas condutas.
Existe o aborto com o consentimento da Gestante ou que ela mesmo tenha
provocado, previsto no 124, e no 125 e 126 é previsto nos casos em que o aborto foi
causado por terceiro, mas no 127 e 128 há a forma qualificada e os casos em que o
médico não é punido por essa conduta, respectivamente, conhecido como aborto legal.
Quando o crime é qualificado, aumenta-se a pena base.
Obs: a gestante que consentir com o fato de aborto, ela incide no artigo 124 do
CP, enquanto o terceiro que o executa, ocorre na pena do artigo 126.

Direito Constitucional - Hierarquia das Normas

No tocante aos entes federativos, a constituição federal ainda continua no topo,


mesmo que haja outras constituições, como a do estado e logo abaixo delas existe as
leis orgânicas, que mesmo assim, ela precisa obedecer as constituições dos estados e
posteriormente a federal, mas a Lei orgânica do distrito federal está no mesmo
patamar do quesito da constituição estadual, obedecendo sempre o princípio da
Simetria, onde há uma relação de paralelismo entre as disposições constitucionais
destinadas à União e os demais entes federativos, com o fim de preservar um desenho
institucional uniforme entre os entes políticos.
Funlção fiscalizatória - Por meio da comissão parlamentar de inquérito - artigo
58, parágrafo 3° da CF. Onde essa CPI colhe informações, faz uma investigação e
encaminham essas provas para o MP, pois as CPI não tem poder de julgamento,
cabendo ao judiciário fazer esse julgamento. Para que haja a formação dessa comissão,
é necessário ter, no mínimo 1/3 dos membros, independente da casa, indicação de
uma fato determinado a ser apurado na investigação parlamentar, indicação de um
prazo para duração dos trabalhos.
Ele tem a natureza jurídica, onde as CPI’s qualificam-se como procedimento
jurídico-constitucional, uma vez que as CPI tem o mesmo poder que um juiz tem na
instrução processual penal, mas eles não tem competência jurisdicional, uma vez que
os direitos fundamentais devem ser respeitados, logo não podem decretar prisões,
aplicação de medidas cautelares, invasão domiciliar etc.

Direito Processual Civil - Citação

A citação própriamente dita é o ato pelo qual são convocados o réu, o


executado ou o interessado para integrar a relação processual. De acordo com o 239, é
indispensável para a validade do processo, a citação do réu ou do executado, ressalvo
a hipótese de indeferimento da petição inicial.
Caso haja esse indeferimento, ou uma improcedência liminar, o réu será
comunicado do teor da sentença. Os Efeitos da citação são três diretos, de acordo com
o artigo 240, onde temos a citação válida, ainda que expedida por juízo incompetente,
ela induz a litispendência (pendência de um processo, de um conflito processual
acerca de um bem, se trânsito em julgado, devido seu nome, uma Lide sem
julgamento de trânsito em julgado), torna a coisa litigiosa (Envolve o bem jurídico
disputado entre as partes, se tornando vinculado à sorte da causa, não permitindo aos
litigantes alterar ou alienar o bem) e constitui o devedor em Mora (atraso ou demora
de cumprimento da obrigação por parte do réu ou executado). o código, ainda no
artigo 240, prevê que a interrupção da prescrição, operada por despacho que ordena a
citação, retroagirá à data da propositura da ação.

Direito Civil - Formação dos Contratos

Para que haja a formação de um contrato é necessário a manifestação da


vontade, o mais importante requisito do plano de existência, tratando em dois aspectos,
subjetivo: vontade no plano das ideias não produz efeitos jurídicos, mas no contexto
objetivo, onde uma vantagem exteriorizada ganha importância no mundo jurídico.
Logo, a declaração de vontade é requisito de validade do contrato, podendo ser de
forma expressa - mediante escrita, verbal ou por gestos - e de forma tácita, com um
comportamento do agente que indica ou não a aceitação do contrato, uma vez que de
acordo com o artigo 111, o silêncio importa anuência quando, é claro, as
circunstâncias ou os usos o autorizarem e não for necessário a declaração de vontade
expressa.
Negociações preliminares - a primeira fase da construção da relação negocial,
onde o vendedor apresenta o bem, em tudo, falando sobre o referido, onde as
negociações preliminares vão até a proposta, onde há uma avaliação sobre essa
questão, também chamada de fase de puntuação. Caso haja uma recusa, uma vez que
nesta fase não há vínculo jurídico entre as partes, não deve gerar indenização, mas
caso fique comprovado de forma incisiva que há essa vontade, e depois não mais,
cabe danos morais, respeitando os princípios da boa fé objetiva.
A Proposta, fase seguinte, é a fase que a parte propõe, conehcido também
como oferta, policitação, ou oblação, tendo como objetivo, o comprador ter duas
atitudes específicas, aceite ou não, sem margem para estudo ou análise pelo
proponente, uma vez que ela o obriga, sempre contendo preço, prazo, quantidade,
forma de pagamento, etc.
Esses contratos são considerados como negócios receptício.
Em razão da própria natureza do negócio jurídico, há muitos casos específicos
em que essa regra pode mudar, como na oferta aberta ao público, podendo haver uma
diminuição ou aumento de preço, uma das formas comuns disso, não ficando
vinculado a oferta. A oferta é obrigatória e ela é vinculante, onde caso ocorra a morte,
o espólio fica vinculado a oferta e caso haja uma interdição, o curador é o responsável
por esse fato. Há também propostas que não são obrigatórias, onde de acordo com o
artigo 427, ela é obrigatória se o contrário não resultar dos termos dela (o aceite é um
risco a ser tomado), da natureza do negócio (propostas abertas ao público, limitado
apenas ao estoque do proponente) ou em razão das circunstâncias do caso (ela deixa
de ser obrigatória a proposta, se feita sem prazo a pessoa presente, não foi
imediatamente aceita, considerando-se também a pessoa que aceita por meio de
telefone ou outro meio de comunicação semelhante, excluindo o email). Se feita sem
prazo a pessoa ausente e tiver decorrido o tempo suficiente pra chegar a resposta ao
conhecimento do proponente, ou caso não foi expedido a resposta dentro do prazo
dado.

Direito Comercial - TC no código Civil de 2002


Embora o código civil estabeleça regras sobre títulos de crédito, no artigo 887
à 926, também existem leis específicas que regulam cada um deles. Assim, conforme
dispõe o artigo 903 do CC, somente serão aplicadas as disposições do código civil,
quando as mesmas não conflitarem com as leis específicas ou nos casos, em que estas,
forem omissas.
Figurantes nos TC’s - LC (Sacado, aceitante), NP (Sacador), DP( Sacado),
CH(Sacador).

Direito Civil - A Aceitação


É a concordância com os termos da proposta, dando início ao contrato
proposto, devendo representar a concordância integral com a proposta, caso haja uma
contrária, será uma contraproposta. A Aceitação pode ser expressa, havendo uma
declaração do aceitante ou tácita, com base em sua conduta. Há casos em que a
aceitação passa a não ser obrigatório, como previsto no artigo 430, se a aceitação
chegar tarde, por motivo imprevisto, ao conhecimento do proponente, este deverá ser
comunicado ao aceitante sob pena de responder por perdas e danos. Outra
consequência é quando se antes dela ou com ela, chegar ao proponente a retratação do
aceitante.
Momento da conclusão do Contrato - Há duas situações que o contrato pode
ser concluído, de forma presencial: em regra, a manifestação sobre a proposta deve
ser imediata, e entre ausente: tanto a proposta quanto a aceitação demoram algum
tempo para chegar a seu destino, mas quando se considera a celebração - duas teorias
- da informação: quando o promitente tem o efetivo conhecimento da resposta do
destinatário da oferta, mas não é admitido no CC de 2002 e da Declaração: é
própriamente dita, se dando com a redação da aceitação e ela é - entregue ao
destinatário e a adotada pelo CC, quando a resposta foi expedida.
O contrato vai se reputar no local em que ele foi proposto, mas se houver
vontade das partes, pode ser local diverso, podendo escolher o local que elas bem
entenderem. No caso de pessoas em países diferentes, o local é o domicílio do
ofertante e por compra na internet, o local é o do destinatário da oferta.

Direito Processual Civil - Dos Efeitos da Citação

A citação em regra tem que ser pessoal, mas admite exceções, como
representantes legais, procuradores, mandatários, administradores e as PJ são julgadas
por meios próprios, perante órgão de advocacia pública. Em relação a localidade, por
via de regra, pode ser em qualquer lugar, sendo irrelevante se for no mesmo local
indicado no mandado.
Existem impedimentos à realização da citação, sendo previsto tais hipóteses no
artigo 244, uma vez que é necessário o respeito ao princípio da dignidade humana e
aos direitos pessoais e se forem praticadas dentro dessas hipóteses, será considerado
nulo. Nos casos em que o citado tenha algum problema mental visível, ou é incapaz,
dessa forma ele deverá certificar e informar o juiz, para que abra um procedimento
paralelo para que haja a interdição dessa pessoa e ele passe a responder por seu
curador.
No tocante as modalidades de citação está previsto no primeiro parágrafo do
artigo 246, onde pode ser pelo correio, pelo oficial de justiça, pelo escrivão do
cartório ou por edital, além de estar ciente de que há meios eletrônicos para tal, com
prazo de confirmação em 3 dias. Pelo correio, ela pode ser para qualquer comarca do
país, exceto durante ações de estado (separação, etc), quando o citando for incapaz,
quando for pessoa de direito público e quando ele residir em local não atendido pela
entrega domiciliar e quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.

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