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TEMA I: DIREITO CONSTITUCIONAL

1. Conceito.
É o direito fundamental, que organiza o Estado jurídica e politicamente. Determina a forma do Estado e seu
governo, poderes e atribuições, finalidades do Estado, direitos e garantias dos habitantes. Regula a organização de
todas as leis, estabelecendo princípios básicos e determinando a forma de governo e a forma de Estado.
Determinando também as relações entre os indivíduos e o Estado e as obrigações que daí decorrem.

2. Constituição.
Aristóteles ao falar de constituição referiu-se ao fim, disse que a constituição do Estado tem por objeto a
organização das magistraturas, a distribuição de poderes, as atribuições de soberania.
Perez Guilhou afirma que a constituição política nasce da conciliação entre razão, norma, história e realidade.
Castorina de Tarquini nos diz que a constituição é a base, aquilo que sustenta e dá sentido e razão de ser à
comunidade.
É o núcleo central do direito constitucional que tende a organizar política e juridicamente o Estado.

Origem Etimológica:
Vem do latim satum "statuere", significa ordenar, regular e regular.

Conceito jurídico positivo:


A Constituição é originária e acima de tudo LEI, esse direito tem um alcance particular, qual seja, a regulação da
organização da realidade política estatal. Juridicamente é considerada uma norma, uma lei ou um direito
fundamental de organização do poder estatal.

3. Poder Constituinte.
É o poder possuído pelo povo para constituir-se e ditar uma constituição ou reformá-la.- Sampay nos diz que é a
faculdade originária da comunidade política soberana, destinada a fornecê-la em sua origem ou em suas
transformações revolucionárias, da organização de seu ser político e de seu trabalho, regulados por normas
fundamentais, para cuja criação esse poder constituinte não se limita, em seu âmbito ou em seu modo de
exercício, por normas preexistentes de direito positivo (lei ou regulamento)-
4. Supremacia Constitucional.
Senso Conceitual (Ver art. 31 e concordantes da Constituição Nacional).-
Nossa Constituição é escrita, rígida e, consequentemente, suprema. A supremacia está expressamente consagrada
nos arts. 31 da Constituição Federal. Por força do artigo 31 e seu jogo com outras normas constitucionais, surge
uma graduação hierárquica que nos mostra o sistema jurídico estruturado em diferentes níveis.
A Constituição não está mais sozinha em seu supremo escalão hierárquico, ela é acompanhada pelos tratados de
direitos humanos enumerados em art. 75 Sinc. Artigo 22 da Constituição Nacional, aqueles que gozam de
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hierarquia constitucional.

Sistema jurídico após a Reforma de 1994.


1- Constituição Nacional (ver art. 31 da Constituição), tratados de direitos humanos (ver art. 75 Sinc. 22
parágrafo segundo da Constituição Nacional).-
2- Tratados de Integração, outros Tratados e Concordatas (ver art. 75 Sinc. 22 primeiro parágrafo e n.° 24 e art.
Artigo 27 da Constituição Nacional)
3- Leis da Nação (ver art. 28 da Constituição Nacional) e Decretos de Necessidade e Urgência (cfr. art.99, § 3º
da Constituição Nacional).-
4- Regulamentos (ver art. 99 Inc. 2º da Constituição Nacional).-
5- Direito Público Provincial (ver art. 31 e 5 da Constituição Nacional).-
6- Lei Municipal (vide art. 123 da Constituição Nacional).-

A supremacia da Constituição é um princípio fundamental de qualquer Estado de Direito.


Nada mais é do que respeito à lei. A existência de uma Constituição suprema assegura a participação das
províncias na direção nacional e concilia suas ações com a do Governo Central. Provoca em todo estado federal
relações de supra e subordinação que trazem unidade, reconhecendo a Nação como única depositária da soberania.
O sistema jurídico e o Governo Federal são supremos em relação aos Estados-Membros (províncias).

5. Controle de Constitucionalidade.
Conceito. É o mecanismo processual de controle da validade constitucional de normas e atos inferiores à
Constituição (segundo Ekdmejian).
O objetivo é manter a supremacia da Constituição, se não houvesse controle, a supremacia constitucional seria
uma mera afirmação teórica.
O Supremo Tribunal de Justiça é o guardião da supralegalidade constitucional através do controlo da
constitucionalidade das leis.
O controle de constitucionalidade DIFUSA está a cargo de todos os juízes que compõem o Poder Judiciário,
qualquer que seja seu grau ou competência, embora a última palavra em relação a esse controle seja do Supremo
Tribunal de Justiça.
Em nosso país, o Supremo Tribunal de Justiça, desde o início, adotou o sistema de CONTROLE JUDICIAL
DIFUSO. O nosso Supremo Tribunal de Justiça tem decidido firmemente que o controlo da constitucionalidade
corresponde exclusiva e exclusivamente aos magistrados membros do Poder Judiciário da Nação e dos Poderes
Judiciários das Províncias, sem distinção de hierarquia. Essa dispersão da competência para controlar a
constitucionalidade das normas e atos inferiores não implica que haja critérios diferentes em cada questão, uma
vez que a última palavra no controle de constitucionalidade é o Supremo Tribunal de Justiça da Nação.
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6. Forma de governo representativa e republicana.


O regime representativo está institucionalizado em nossa Constituição Nacional, em cláusulas gerais da parte
dogmática: preâmbulo e arts. 1º e 22 da Constituição Nacional, e em normas específicas voltadas à organização do
poder, que se manifestam na parte orgânica.
A República, reconhecida no preâmbulo e nos arts. O artigo 33 da Constituição Nacional tem como características
distintivas: o reconhecimento da igualdade, a soberania popular, a divisão dos poderes, a periodicidade dos
agentes públicos eletivos, a responsabilidade de todos os funcionários e a publicidade dos atos de governo.

Garantia Federal.
A autonomia reconhecida às províncias tem como únicos limites aqueles estabelecidos na Constituição Nacional
(ver art. 5 da Constituição Nacional). Assim, suas constituições devem ser promulgadas, mas terão que estabelecer
o sistema de governo representativo republicano, de acordo com os princípios, declarações e garantias da
Constituição Nacional; Além de garantir sua administração da justiça, seu regime municipal e o ensino
fundamental.

7. Representações, Direitos e Garantias


Na parte dogmática da Constituição estão refletidos os grandes princípios que dão vida a toda a organização
política da sociedade.
No nosso caso, foi a Constituição Liberal que deu a característica fundamental a essa parte da Constituição, ao
propor como finalidade do Estado e de sua organização, a defesa dos direitos e liberdades do homem. Limitar o
Estado e dar segurança ao indivíduo à sua frente eram as duas características daquela organização. Desde então, as
constituições que adotaram essa diretriz estabelecem esse status dos homens por meio do reconhecimento de seus
direitos, em uma declaração ou catálogo de direitos individuais.
A parte dogmática da Constituição não é incomunicável com a parte orgânica, mas, ao contrário, mantém com ela
uma relação indissociável, pois ao resolver o estatuto do ser humano no Estado, coloca em intersecção: a defesa e
promoção dos direitos e liberdades do indivíduo, Com a limitação do Estado e do poder para a segurança das
pessoas.
Desse modo, concebe-se um Estado abstencionista que se afigura como sujeito passivo diante dos direitos do
homem, tendo em princípio um dever fundamental de omissão: não violar esses direitos, nem impedir seu gozo,
nem interferir em seu exercício. Da mesma forma, foi estendida aos indivíduos, que como contribuintes,
juntamente com o Estado, devem respeitar os direitos dos outros.

Conceitos.
Depoimentos.
São afirmações solenes do constituinte sobre a caracterização do Estado, a forma de governo (ver art. 1 da
Constituição Nacional), relações com a Igreja (ver art. 2º da Constituição Nacional), princípios fundamentais
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(vide arts. 7 e 8 da Constituição Nacional), proteção da ordem constitucional (vide art. 6 da Constituição
Nacional), etc. -

Direitos.
São prerrogativas ou faculdades reconhecidas à pessoa. Uma das contribuições substanciais do constitucionalismo
não é conceber os direitos fundamentais como uma concessão do Poder Público, mas limitar-se a reconhecê-los
como existentes em cada homem por sua única condição como tal.

Garantias. São instrumentos e procedimentos que asseguram os meios para a realização do gozo dos direitos. Em
seu sentido mais estrito, habeas corpus, habeas data e amparo representam as garantias constitucionais básicas.
Segurança jurídica.
A segurança jurídica implica uma atitude de confiança na lei em vigor e razoável previsibilidade quanto ao seu
futuro. É aquela que permite prever as consequências das ações do homem, bem como as garantias de ordem
constitucional de que gozam tais atos.
Trata-se, em suma, da confiança na ordem jurídica, que repousa sobre duas manifestações vertebrais: a proteção
contra arbitrariedades e a previsibilidade (ser capaz de prever o comportamento de outros homens e o de
operadores governamentais).

Direito à Jurisdição.
É o direito à proteção jurídica. Qualquer norma regida pelo Estado de direito deve assegurar - como uma das suas
garantias fundamentais - a possibilidade certa e efectiva de recorrer a um tribunal para se pronunciar sobre o seu
pedido. Se essa garantia não existe, pode-se dizer que falta segurança jurídica.
É uma consequência necessária da reserva do uso da força pelo Estado.
O direito à jurisdição é usufruído por todas as pessoas, singulares ou colectivas, na medida em que tenham
capacidade para ser parte num processo judicial. É um direito que deve ser exercido pelas vias legais previamente
estabelecidas.
Este direito está indissociavelmente ligado à necessidade de juízes naturais verdadeiramente imparciais, honestos
e idóneos, com a existência efectiva de órgãos judiciais suficientes e com pessoal, recursos económicos e
procedimentos adequados.

Juiz Natural.
Arte. 18 Constituição Nacional: "Nenhum habitante da Nação pode ser punido sem prévio julgamento com base
na lei anterior ao fato do processo, nem julgado por comissões especiais, ou afastado dos juízes designados por
lei antes do fato da causa [...]".-
No artigo 18 da Constituição Nacional encontramos(2) duas proibições:
1) "Julgado por comissões especiais."
2) "afastados dos juízes nomeados por lei antes do fato do caso".
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A garantia dos juízes naturais situa-se na segunda proibição, que é totalmente diferente da primeira (criar
comissões especiais para julgar determinados fatos).
A Garantia do Juiz Natural pertence à: Parte Dogmática da Constituição Nacional (GARANTIA) e à Parte
Orgânica da Constituição Nacional (Organização do Poder Judiciário, administração da justiça).
O artigo 18 da Constituição proíbe os chamados "tribunais excepcionais", ou seja, aqueles que são criados após os
fatos. O texto constitucional diz que ninguém pode ser "afastado dos juízes nomeados por lei antes do fato da
causa".
O Congresso é responsável por criar os tribunais que compõem o Poder Judiciário da Nação. Além de determinar
o seu número, modo de integração, deve determinar o âmbito material e territorial da sua jurisdição e as regras
processuais, segundo as quais exercerão as suas funções.
É preciso distinguir dois conceitos distintos: o de "judge persona" (pessoa física que ocupa o cargo, que deve
atender a determinados requisitos) e o de "organ judge" (é o cargo criado pelo Congresso dotado de competência
"ratione materia" e "ratione territorio" determinada em lei).
Cada caso, de qualquer natureza (civil, comercial, penal, etc.) no momento em que o fato que o origina aparece ou
ocorre, já é atribuído por lei a um órgão judicial específico, com competência específica para resolvê-lo. Este é o
JUIZ NATURAL daquele caso. -

Devido processo legal.


Embora o direito à jurisdição e a garantia do juiz natural constituam pressupostos básicos para assegurar o
primado da justiça, eles por si só são insuficientes para realizar essa finalidade. Também é necessário proteger o
processo judicial como integridade.- Essa garantia está contemplada nos arts. Artigo 18 da Constituição que
determina que "é inviolável a defesa em juízo da pessoa e de seus direitos".
O devido processo legal se integra a etapas inevitáveis: a Acusação, a Defesa, as Provas, a Sentença e a Execução.
Toda pessoa que é levada à justiça tem o direito de saber as razões de sua aparência, ou seja, as acusações ou
reprovações que são feitas contra ela. Essa exigência é especialmente relevante do ponto de vista da defesa, uma
vez que as informações sobre os motivos da acusação permitirão ao acusado comprová-la.
O direito de defesa é uma prerrogativa necessária de todo aquele que é processado ou acusado. Inclui a
possibilidade de ser ouvido e, também, assistência jurídica (que geralmente é necessária para melhor proteção do
acusado).
Para aqueles que carecem de recursos econômicos, o Estado deve proporcionar uma defesa digna por meio da
prestação de um serviço de defensoria pública gratuito e eficiente.
Outro passo essencial é o que diz respeito à possibilidade de oferecer todas as provas necessárias que permitam
uma defesa adequada. Inclui qualquer evidência que seja relevante para resolver a questão. Este teste só pode ser
descartado por causas razoáveis.
Essa garantia também inclui a possibilidade de controlar as provas fornecidas pela parte contrária.
Todo litigante tem o direito de obter uma sentença que resolva a questão, que deve estar estritamente relacionada
(coerente) com as questões levantadas pela acusação e pela defesa e também com as provas produzidas pelas
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partes. A sentença deve ser fundamentada e razoável, ou seja, livre de arbitrariedades.


Por último, há que referir o direito à execução da sentença, que incumbe a qualquer pessoa que tenha sido
favorecida por uma decisão judicial definitiva e definitiva. Sem isso, a sentença seria meramente declaratória e o
processo judicial seria inútil.

Irretroatividade da Lei.
A irretroatividade da lei não é um princípio geral que tenha expressa aceitação constitucional. Ela só foi
estabelecida em matéria penal (vide art. 18 da Constituição Nacional) que "nenhum habitante da Nação poderá ser
punido sem prévio julgamento com base na lei anterior ao fato do processo". Isso implica que a infração penal
deve ser prevista, tanto na descrição da conduta quanto na sua sanção, antes do fato que motiva o julgamento.
(O princípio tem uma exceção importante (de nível legal, não constitucional) que é o art. 2º do Código Penal, que
estabelece a retroatividade da lei penal mais branda: "Se a lei vigente à época da prática do delito for diferente da
vigente no momento da prolação da sentença ou no tempo intermediário, aplicar-se-á sempre a lei mais branda.
Se uma lei mais branda for promulgada durante a sentença, a pena será limitada àquela estabelecida por essa lei...
").- A falta de uma regra geral expressa que proíba a irretroatividade da lei não deve ser interpretada como uma
permissão ampla e ilimitada de retroatividade, pelo contrário, como diz Linares Quintana, "a verdade é que , em
princípio, em nenhum dos campos do direito se justifica ou é admissível a retroatividade da lei".
No direito privado, a arte. O art. 3º do Código Civil consagrava originalmente esse princípio: "as leis preveem o
futuro, não têm efeito retroativo, nem podem alterar direitos já adquiridos". Essa norma foi modificada por
reforma em 1968 (Lei 17.711). O novo texto pretendia substituir o princípio da irretroatividade do direito civil
pelo da retroatividade limitada, sem prejuízo disso os efeitos dessa reforma foram notoriamente atenuados pela
contribuição da doutrina constitucional e da jurisprudência da Corte que continuou a proteger direitos adquiridos,
agora não mais como consequência de um dispositivo do Código Civil, mas como corolário do conceito amplo do
Direito Constitucional de Propriedade. Consequentemente, se um direito foi efetivamente incorporado ao
patrimônio de uma pessoa, ele está protegido de leis retroativas.
8. Garantias constitucionais.
Habeas Corpus.
O habeas corpus – expressão latina que significa "ter o corpo" – é uma garantia constitucional que protege a
liberdade física, corporal ou de locomoção, contra restrições arbitrárias, por meio de procedimento sumário e
célere.
É uma garantia porque constitui um meio ou instrumento de proteção que defende direitos e liberdades
específicos: a liberdade física, corporal ou de locomoção, que constitui um bem jurídico de hierarquia particular
porque se refere a um dos atributos mais preciosos e valorizados da liberdade e dignidade da pessoa. Nossa
Constituição, da reforma de 1994, acolhe expressamente esse instituto.
O padrão admite as variantes mais conhecidas do H.C.:
o reparador: é aquele pelo qual se busca a liberdade de uma pessoa ilegitimamente detida;
o preventivo: tende a assegurar a liberdade contra a ameaça ou possibilidade de privação da mesma;
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restrito: visa pôr termo às limitações ou inconvenientes à liberdade que, sem constituir uma privação efectiva da
mesma, a põem em perigo (por exemplo, vigilância excessiva, controlo, restrição à frequência de determinados
locais, etc.); e
O corretivo: que é aplicável ao agravamento irregular das condições de uma prisão legitimamente decretada.
Aqueles que podem promover HC.: a pessoa afetada ou qualquer outra pessoa.-
Entendemos que o HC. Deve ser célere e célere, mas isso não impede o juiz de recolher os relatórios pertinentes e
recolher os demais elementos que lhe permitam ser convencido da legitimidade ou ilegitimidade da restrição da
liberdade física em questão.
O Habeas Corpus continua em vigor durante o Estado de Sítio.
O procedimento é regulamentado pela Lei 23.098 (de 1984) que, com respeito à autonomia provincial, estabelece
que, caso as províncias tenham, em suas constituições ou leis, disposições mais protetivas, elas devem ser
aplicadas. Ou seja, as províncias podem aplicar melhor ou maior proteção à liberdade de locomoção, mas nunca
menos do que o estabelecido pela Lei 23.098.
Ação Amparo.
A instituição do Amparo faz parte da categoria das garantias constitucionais. É um meio jurisdicional para
efetivar a proteção do gozo dos direitos reconhecidos na lei fundamental.
Trata-se de procedimento judicial, sumário e sumário, que assegura um meio célere para a proteção dos direitos e
liberdades constitucionais (que não sejam a liberdade de locomoção física, corporal ou protegida em habeas
corpus). Seu objetivo é operacionalizar o conteúdo da liberdade contido em nossa Carta Magna.
Foi incorporada como garantia expressa na Constituição Nacional pela reforma de 1994, nos parágrafos 1º e 2º do
art. De acordo com o art. 43 da Constituição Nacional: "Qualquer pessoa poderá ajuizar ação de amparo célere e
célere, (...) ".
É uma ação que deve ser célere e rápida, ou seja, é preciso simplicidade e celeridade no procedimento.
Ao afirmar que ela é viável desde que não haja outros meios judiciais mais adequados, abriu caminho para o
debate sobre como isso deve ser interpretado. Entendemos, de nossa parte, que tanto o processo ordinário quanto a
instância administrativa não podem ser entendidos como meios mais adequados que devem ser esgotados, como
antes do ajuizamento do amparo, pois isso afetaria a própria natureza do instituto e a ordem constitucional.
A norma permite impugnar não apenas atos ou omissões diretamente lesivos à Constituição Nacional, mas
também aqueles que violam um Tratado Internacional ou uma lei.
Protege os direitos não só contra atos ou omissões de autoridades públicas, mas também de indivíduos.
Os juízes têm o poder de declarar a inconstitucionalidade da lei no julgamento do amparo, o que invalida, no caso
concreto, a aplicação da lei arbitrária.
Consagra a existência da Proteção Coletiva, que permite a proteção dos direitos coletivos (ao meio ambiente, ao
usuário, etc.). -
O leque de pessoas com direito a exigir o amparo é ampliado, para incluir os atingidos, a ouvidoria e as
associações registradas correspondentes.
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Habeas Data.
Habeas data, que significa "você tem os dados", é um procedimento breve e resumido que visa conhecer os dados
contidos em cadastros ou bancos de dados, e que inclui a possibilidade de corrigi-los ou atualizá-los caso
estejam errados ou desatualizados.
Permite garantir a confidencialidade de determinadas informações e também cancelar aquelas que não deveriam
ser objeto de registro.
Nossa Constituição prevê essa garantia no parágrafo terceiro do art. 43.-
O seu âmbito material é amplo: inclui qualquer registo, quer utilize ou não meios informáticos, sejam eles
públicos ou privados, neste último caso deve ser de natureza pública, ou seja: deve destinar-se a dar a conhecer os
dados, quer com âmbito geral (ao público em geral) quer restrito (ex. Cadastro de inadimplentes distribuídos em
instituições financeiras).-

9. Poder legislativo.
Também é chamado de Parlamento, Congresso ou Legislativo, tem a função de sancionar leis, outra função é
através da Câmara dos Senadores, dar anuência aos Magistrados proposta pelo Poder Executivo.

9.1. Congresso Nacional.


O Congresso é bicameral, pois é composto por duas câmaras que se reúnem separadamente e cujos membros têm
requisitos, prazos e posses diferentes.
As duas câmaras que a integram são: a dos Deputados da Nação que representa o povo da Nação e a dos
Senadores que representa os Estados-membros e a cidade autônoma de Bs. Ás. (Ver art. Artigo 44 da Constituição
Nacional)

9.2. Poder Legislativo da Província de Mendoza.


O Poder Legislativo da Província será exercido por duas Câmaras: uma de Deputados e outra de Senadores,
eleitos diretamente por seções eleitorais (ver art. 64 da Constituição Nacional).
Também tem a função de sancionar leis, outra função é por meio da Câmara dos Senadores, dar anuência aos
Magistrados proposta pelo Poder Executivo.

Impeachment (ver art. 109 da Constituição de Mendoza).


Destina-se à responsabilidade política, a Constituição nacional e as provinciais limitam este tipo de
responsabilidade a um pequeno número de funcionários e tem como único objectivo, a destituição ou
despedimento do funcionário pelas razões previstas na Constituição.

Assunto.
- Governador.
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- Ministros.
- Vice-governador.
- Membros Supremo Tribunal de Justiça de Mendoza.-
- Supremo Procurador Tribunal de Justiça de Mendoza.-

Causal.
- Desempenho ruim.
- Transtornos de conduta.
- Contravenções ou crimes no exercício de suas funções.
- Crimes comuns.-

10. Poder executivo.


10.1. Presidente da Nação.
É um homem só e simples. O vice-presidente exerce funções de presidir a Assembleia Legislativa e substituir, em
caso de ausência ou vacância a presidência, faz parte do Poder Legislativo e não do Poder Executivo.
A história política e institucional argentina e a sociologia permitem verificar que, de 1853 até os dias atuais, o
Executivo foi transformado em um órgão autoritário muito mais poderoso do que a forma como os constituintes
de 1853 o conceberam.
O Executivo é quem realiza o cumprimento das regras, normas, que são essenciais para o funcionamento do
Estado. O Poder Executivo é aquele que tem a função de executar os atos, inclusive os administrativos e políticos.

Função Executiva. Conceito. Sede.


Está relacionado com a função política e administrativa, tem a função de executar, de impor. A função legislativa
é criar normas. O Executivo é quem realiza o cumprimento das regras, normas, que são essenciais para o
funcionamento do Estado. O Poder Executivo é aquele que tem a função de executar os atos, inclusive os
administrativos e políticos.
Aqui aparecem os Quartéis, porque o presidente da República é o poder executivo , e os ministros são parte
integrante da estrutura.
Chefes de Estado (ver art. 99 Inc. 11 da Constituição Nacional).-
Administração (ver art. 99 Inc. 1, 7, 10 da Constituição Nacional).-
Forças Armadas (ver art. 99 Inc. 12, 13 e 14 da Constituição Nacional).- Governo (vide art. 99 Inc.
1º e 3º da Constituição Nacional).-

10.2. Ministros.
Papel e responsabilidade (art. 100 e 102 C.N.).
Os ministérios são representados pelos ministros e os ministros são secretários das secretarias que o presidente
designa, para colaborar com sua função, a lei estabelece o número de ministros por ministérios e estes dependem
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das áreas. A ideologia política do partido no poder, características e circunstâncias particulares. Originalmente a
Constituição estabelecia 5 (cinco) ministérios, depois 8 (oito) e agora nada diz.- Art.102 - C.N.. -
Cada ministro é responsável pelos atos que legaliza e, solidariamente, por aqueles que concorda com seus colegas.

10.3. Poder Executivo da Província de Mendoza.


O governador é o chefe do Poder Executivo e nomeia, com a concordância do Senado, os membros do Supremo
Tribunal de Justiça e o Procurador-Geral da República, e por proposta do Conselho da Magistratura os demais
juízes inferiores e representantes do Ministério Público, também com a concordância do Senado. (Vide arts. 111 e
128 da Constituição de Mendoza).-

11. Poder judicial.


Função Jurisdicional.
Conceito.
A função jurisdicional consiste na aplicação de leis para dirimir conflitos de interesse, também chamados de ações
judiciais, litígios ou causas. Causa é qualquer litígio ou controvérsia, choque de dois interesses conflitantes, que
deve ser resolvido pela aplicação da lei em vigor. É monopólio do Poder Judiciário.

Direito de Acesso à Justiça.


Nas palavras de Bidart Campos, o direito à jurisdição é o direito de ir ao órgão judiciário administrar a justiça, e
consiste em requerer e provocar a administração da justiça.
O direito à jurisdição não se esgota com o acesso ao órgão judicial.
Direito à Jurisdição, é um conjunto de poderes que é reconhecido a todas as pessoas e visa garantir o seu acesso a
uma decisão justa, fundamentada e tempestiva, proferida pelo órgão jurisdicional constitucionalmente autorizado
a fazê-lo.
Os direitos que podemos rotular genericamente como "direitos à jurisdição" são os seguintes:
a) Direito de acesso aos tribunais
b) Direito do litigante de apresentar suas reivindicações
c) Direito de obter uma decisão justa do tribunal num prazo razoável
d) Direito de obter um julgamento coerente
e) Direito à execução da decisão final

f) .1. Poder Judiciário: Garantias de sua Independência.


A independência do Poder Judiciário pode ser vista sob dois aspectos diferentes:
Aspecto Orgânico Institucional: o que implica que o Poder Judiciário tenta o monopólio judicial, é colegislador e
guardião da Constituição.
Aspecto Orgânico Funcional: que inclui os requisitos para ser magistrado, a intangibilidade da remuneração, a
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inamovibilidade e a imparcialidade.

g) .2. Poder Judiciário da Província de Mendoza.


Poder judicial.
O Poder Judiciário da Província é exercido por um Supremo Tribunal, Câmaras de Apelação, Juízes de Primeira
Instância e outros tribunais, tribunais e funcionários inferiores criados por lei.
O Supremo Tribunal de Justiça será composto por, pelo menos, sete membros e haverá um Procurador para o
efeito, podendo ser dividido em secções para conhecer dos recursos decididos.

Conselho da Magistratura.
É composto por um membro do Supremo Tribunal de Justiça, que o presidirá, um representante do Poder
Executivo, um representante dos magistrados em exercício, dois advogados do registo de diferentes
Circunscrições Judiciárias e dois Deputados Provinciais de diferentes partidos políticos. Os membros do Conselho
exercerão funções por um período de dois anos, podendo ser reeleitos para um período de um mandato. O
desempenho do cargo de membro do Conselho da Magistratura será honorário.
Tem as seguintes competências: 1) propor ao Poder Executivo, em listas vinculantes, a nomeação de juízes e
representantes do Ministério Público, com exceção dos membros do Supremo Tribunal de Justiça e de seu
Procurador-Geral da República; 2) Selecionar, por meio de concurso público, os candidatos aos cargos acima
referidos. -

Júri de Julgamento.
Os Juízes da Câmara, de Primeira Instância, Promotores, Conselheiros e Defensores poderão ser acusados de mau
desempenho, crime no exercício de suas funções, crimes comuns e distúrbios de conduta, perante um Júri de
acusação que será composto pelos membros do STF e igual número de senadores e igual número de deputados. É
presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça ou pelo seu substituto legal e não pode funcionar com
menos de metade mais um dos seus membros. Em caso de empate, o presidente do júri decidirá, mesmo que já
tivesse votado quando a decisão foi proferida.

TEMA II: DIREITO ADMINISTRATIVO

Para- NOÇÕES GERAIS DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA


1. Noções gerais.
Por disposição da Constituição Provincial, o poder judicial da Província de Mendoza é exercido pela "Suprema
Corte, Câmaras de Apelação, Juízes de Primeira Instância e outros Tribunais, Tribunais e Funcionários criados por
lei" (art. 142 da Constituição da Província de Mendoza).-
A Suprema Corte é composta por sete membros que se dividem em três Câmaras (art. 143 Constituição
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Provincial), e um Procurador-Geral.
Em 1910, foi editada a Lei 552, denominada "Lei Orgânica dos Tribunais", que vem sendo repetidamente
modificada por diferentes leis e decretos-leis, atualizando seu conteúdo. Nessa norma geral, ela é estabelecida de
acordo com o mandamento constitucional (art. 144 da Constituição Provincial), que o poder judicial da Província
será exercido pelo Supremo Tribunal de Justiça para fins de administração, superintendência e outros poderes
outorgados por lei (art. 1 Lei 552). Dispõe ainda que o poder judiciário será exercido por câmaras de recurso,
juízes de primeira instância e juízes de paz, e promotores e promotores de menores e deficientes, defensores e
conselheiros de menores e deficientes, defensores de pessoas pobres e ausentes e queixosos privados oficiais
também estarão envolvidos na administração da justiça (art. 2 e 3 Lei Orgânica dos Tribunais de acordo com o
texto da lei 552 modificada pela lei 2637 e pela lei 7256).-
A Lei 4969, alterada pela Lei 6851, estabelece a composição, as competências e atribuições do Supremo Tribunal
de Justiça e suas três Câmaras, modificando em sua totalidade o Título II da Lei Orgânica dos Tribunais. Esta
norma estabelece que a Suprema Corte será composta por pelo menos sete membros e que terá jurisdição em todo
o território da Província, que sua sede natural é a Capital de Mendoza, e que a presidência será exercida por um de
seus membros eleitos pela maioria dos votos dos demais e que durará em suas funções dois anos, PODER SER
REELEITO.-
Prevê igualmente que o Tribunal de Justiça seja composto por três secções; Câmara I ouvirá matéria Cível e
Comercial e Câmara II em matéria Penal e Trabalhista. Ressalte-se que ambas as Câmaras terão jurisdição em
Processual Administrativo, sendo a mesma estabelecida em razão do tempo, ou seja, as demandas ajuizadas entre
01 e 15 de cada mês corresponderão à Câmara I e as demandas inseridas entre 16 e o último dia útil do mês
corresponderão à Câmara II. A III Câmara é composta pelos presidentes das Secções I e II e é presidida pelo
Presidente do Supremo Tribunal de Justiça.

1.1. Competência da Câmara I.


É responsável por:
^ Conhecer e resolver os Recursos Extraordinários em matéria Civil e Comercial.-
^ Resolver questões de competência que surjam entre os tribunais e cuja decisão corresponda ao Tribunal,
também em matéria Civil e Comercial.
^ Conhecer e resolver os Recursos de Revisão e Reclamação a que se referem os arts. 144 Inc. 9 e 13 da
Constituição da Província em matéria Civil e Comercial, ou seja, quando após a prolação da sentença
transitada em julgado de segunda instância, o lesado obtém documentos decisivos que foram ignorados,
perdidos ou a sentença foi proferida, ou por outro motivo semelhante; ou quando a sentença foi proferida com
base em documentos ou provas testemunhais e, em um julgamento subsequente, tais provas ou documentos
foram considerados falsos; ou quando a sentença recair sobre coisas não solicitadas pelas partes, ou omitir
sobre qualquer dos capítulos do pedido, resposta ou reconvenção; ou quando a sentença tiver sido obtida por
prevaricação, suborno, violência ou outra maquinação fraudulenta.
1
3
^ Conhecer e decidir sobre as Ações Processuais Administrativas e de Inconstitucionalidade que foram
interpostas entre os dias 1º e 15 de cada mês.

1.2. Competência da Câmara II.


^ Conhecer e resolver os Recursos Extraordinários em matéria Penal e Trabalhista.-
^ Dirimir questões de competência que surjam entre os tribunais e cuja decisão corresponda ao Tribunal, em
matéria Penal e Laboral.
^ Conhecer e resolver os Recursos de Revisão e Reclamação a que se referem os arts. 144 Inc. 9 e 13 da
Constituição da Província, em matéria penal e trabalhista.
^ Conheça e decida sobre as Ações Processuais Administrativas e de Inconstitucionalidade que foram
ajuizadas entre o dia 16 e o último dia do mês inclusive.

1.3. Competência da Câmara III.


^ Exerce a Superintendência sobre toda a Administração da Justiça.
^ Pode estabelecer correções e medidas disciplinares.
^ O Poder Legislativo e o Poder Executivo elaboram e apresentam anualmente relatório sobre a movimentação
e o estado da Administração da Justiça.
^ Propõe projetos de reforma de procedimentos e organização.-
^ Propõe ao Executivo o orçamento anual das despesas nos termos dos arts. 171 da Constituição da Província.-
^ Conhece e decide quanto à redução, comutação e perdão de penas.
^ Exerce jurisdição exclusiva no regime interno de presídios para detentos, organizando visitas periódicas aos
presídios.
^ Faz as nomeações de diretores e funcionários.-
^ Processa, suspende ou exonera de seus cargos funcionários e empregados por faltas ou crimes cometidos no
exercício de suas funções, ou por incapacidade, ou por qualquer outra causa que comprometa o bom
funcionamento da administração da Justiça.
^ Nomeia anualmente os Delegados Administrativos da Câmara III na Segunda, Terceira e Quarta
Circunscrições Judiciárias.
^ Carrega as placas de Advogados, Advogados, Tabeliães, Contadores, Marteleiros, Peritos e demais
auxiliares da Justiça.
^ Dita Acordado determinando os deslocamentos dos órgãos jurisdicionais e funcionais, resolvendo questões
sobre sub-rogação.-
^ Elabora anualmente a lista dos juízes.
^ Dita e faz cumprir em geral Resoluções Administrativas que não sejam de competência do Supremo
Tribunal Federal em plenário.
1
4
1.4. Competência do STF em plenário.
^ Dita o Regimento Interno e o Regulamento do Poder Judiciário.-
^ Conhece e resolve as causas da concorrência entre os Poderes Públicos da Província e nos conflitos internos
dos Municípios e destes com outros Municípios ou autoridades da Província (por exemplo, um Município
contra um Ministério).
^ Resoluções de Questões com o objetivo de uniformizar a jurisprudência das Câmaras e demais Tribunais.
^ E, por efeito residual, tem competência em matéria não especificamente atribuída a uma das Câmaras.

1.5. Poderes e Deveres do Presidente do Supremo Tribunal Federal.


^ Ele preside o órgão, representa-o, convoca-o e dirige suas deliberações.
^ Atua em casos urgentes de superintendência, reportando-se tempestivamente ao Tribunal.
^ Exerce a autoridade e a polícia do Palácio da Justiça.-
^ Ordena, prevê e distribui o ofício administrativo e cuida da disciplina e economia do Tribunal.
^ Preenchem os procedimentos que correspondem ao Tribunal na íntegra, expedindo as ordens de mero
procedimento até que os autos estejam em estado de resolução.
^ Exerce as demais competências conferidas pela Constituição, leis e regulamentos.

1.6. Poderes dos presidentes de secção.


^ Comprovar os procedimentos que possuem nas respectivas Câmaras, expedindo as ordens de mero
procedimento, até que os autos estejam em estado de resolução, podendo delegar essa função aos
oficiais de justiça do Tribunal (Secretários) mediante autorização expressa.
^ Devem cuidar da economia e da disciplina dos Ofícios de sua dependência imediata.
^ Representar a respectiva Câmara em todos os atos e comunicações que lhe pertençam.
^ Tomam a palavra nas audiências e concedem-na aos outros membros.
^ Eles fornecem a ordem de estudo das causas.-

2. Organização do Poder Judiciário.


2.1. Organização Territorial do Poder Judiciário.
Territorialmente a província de Mendoza é dividida em quatro Distritos Judiciais. O primeiro corresponde
à capital da província e aos departamentos de Las Heras, Guaymallén, Godoy Cruz, Maipú, Luján de Cuyo
e Lavalle. O Segundo Distrito inclui os departamentos de San Rafael, General Alvear e Malargüe, tem
uma Delegação Administrativa baseada na cidade de San Rafael. A Terceira Circunscrição compreende os
departamentos de San Martín, La Paz, Junín, Rivadavia e Santa Rosa e tem uma Delegação Administrativa
baseada na cidade de San Martín. O Quarto Distrito compreende os departamentos de Tunuyán,
Tupungato e San Carlos e uma Delegação Administrativa com sede na cidade de Tunuyán.
1
5
2.2. Organização interna e distribuição de funções.
O Supremo Tribunal de Justiça, para o exercício das suas competências, dispõe de uma Secretaria
Judiciária na qual tramitam matérias de natureza jurisdicional (Ações Processuais Administrativas; Ações
e Recursos de Inconstitucionalidade, Fiscalização e Cassação; conflitos de competência; Recursos de fato;
Reclamações por negativa ou demora da justiça; Recursos extraordinários perante o Supremo Tribunal da
Nação em matéria judicial; Habeas corpus e cartas rogatórias – arte. art. 86 do Regimento Interno do Poder
Judiciário). O Administrador Geral responsável pela administração geral do Poder Judiciário, de acordo
com o seguinte esquema:

Proposta de Organograma da Câmara Administrativa da Magistratura (Área Administrativa)


Acordado nº 18.640 - Anexo I

Câmara Administrativa

Administração Geral
1
6
Proposta de organograma da Câmara Administrativa do Poder Judiciário
Convênio nº 18.640 - Anexo II
1
7
1
8

Proposta de Organograma da Área Jurisdicional de Apoio ao


Agrião nº 18.640 - Anexo IV

Procurador-Geral do STF.
Ele é o chefe superior dos funcionários que exercem o Ministério Público perante os Tribunais
da Província, ou seja, Promotores de Justiça, Defensores e Assessores. Ele é o principal
responsável pela persecução penal.
Tem competência para expedir instruções gerais e específicas ao Ministério Público para a
aplicação do Código de Processo Penal.
Representa o Ministério Público perante o Supremo Tribunal de Justiça.-
É o órgão de acusação perante o Júri da Acusação.

Administrador-Geral do Supremo Tribunal Federal.


Depende da Câmara Administrativa e caberá às seguintes funções e obrigações (Parecer nº
16.828):
^ Executar as decisões que o Supremo Tribunal de Justiça, a Câmara Administrativa e o sr.
Presidente do Superior Tribunal de Justiça confiá-lo.-
^ Proporcionar, com o melhor uso possível dos recursos existentes.-
^ Elaborar e apresentar propostas para a administração de recursos humanos, materiais,
financeiros e organizacionais.
^ Exercer relações institucionais relacionadas às suas funções.-
1
^ Dirigir o processo de elaboração e execução orçamentária.- 9

^ Propor reformas estruturais e funcionais do setor administrativo necessárias ao seu melhor


funcionamento.
^ Apresentar relatórios trimestrais ao Supremo Tribunal de Justiça sobre os objetivos
prosseguidos, concretizações feitas.

2.3. Organização Hierárquica e Jurisdicional do Poder Judiciário.


2.3.1. Instâncias inferiores.
Os tribunais inferiores referidos na Constituição Provincial estão organizados e distribuídos nos
quatro distritos judiciais em diferentes jurisdições: Civil, Comercial e Minas; Penal Menor, Penal,
Trabalhista e Familiar. Nos casos do Terceiro e Quarto Distritos, a falta de Câmaras de Apelação
Cível (3ª e 4ª) e Câmaras Criminais (4ª) é substituída pelas correspondentes ao Primeiro Distrito.
A ordem dos tribunais e do Ministério Público pode ser vista no seguinte diagrama:

Supremo Tribunal de Justiça

Jurisdição Jurisdição
Jurisdição Cível de Competência penal
Trabalhista
Família

Câmara Criminal de Câmaras do crime


^ Tribunal de Menor
Apelações em 1
1
Matéria Cível, Juiz de Garantias
Comercial, Minas, Juiz Criminal de (lei6730)
Paz e Tributária. Menores Juiz de instrução
^ Vara Cível, (lei1908)
Comercial e Juiz de Juiz Correcional
Câmeras
Mineira. Trabalho Família
^ Vara de Falências
e Registros.
^ Tribunais
Tributários.
^ Advogados dos
Tribunais Judiciais.
^ Tribunal de Justiça
da Comarca
Ministério Público
Advogado do Tribunal de Justiça
2
0
• \

Procuradoria de Câmaras

Defensoria Criminal de
Ministério Público de Instrução
Menores

Ministério Público Penitenciário Defensor dos Pobres e Ausentes

Conselheiro para Menores e


Ministério Público Civil Incapazes

Promotor de Justiça Criminal de Menores


2.3.2. Pronunciamentos do Supremo Tribunal de Justiça.
O Supremo Tribunal de Justiça manifesta-se administrativamente através de:
2.3.3. Combinado: São decisões do Supremo Tribunal de Justiça ou de algumas
de suas Câmaras, especialmente em matéria de Superintendência. Segundo a Dra. Aida
Kemelmajer de Carlucci, são verdadeiros "Regulamentos Administrativos".
2.3.4. Resoluções Presidenciais: É o ato administrativo que emana do presidente
do STF.
Estes dois tipos de resoluções referem-se a questões gerais.
2.3.5. Ordens Administrativas: Em algum caso específico, dentro da análise de
um processo administrativo, o Supremo Tribunal Federal pode emitir uma Ordem
Administrativa. Isto é de particular natureza para o caso em questão.
2.3.6. Resoluções do Procurador-Geral da República: Expedidas pelo Procurador-
Geral do Supremo Tribunal de Justiça, por meio das quais são proferidas decisões
administrativas sobre a organização e o funcionamento do Ministério Público.
2.3.7. Resoluções da Administração Geral: são emitidas pelo Administrador
Geral. Eles são emitidos principalmente para autorizar ou conceder compras ou aumentos de
orçamento (dependendo do valor, Acordado nº) e excepcionalmente referem-se a outras
questões administrativas.

3. Registros administrativos.
^ Os processos administrativos geralmente seguem as mesmas formalidades que os processos
civis. Ou seja, o Código de Processo Civil e a Lei 3909 de Processo Administrativo da
Província aplicam-se aos registros administrativos em relação à escrita, forma de escrita,
folha, acusações, assinaturas, selos, registro de lista, etc. -
^ Estes processos têm uma capa com a indicação do assunto a que se refere o procedimento
administrativo em causa (ex.: Folha de Serviço, Convite à Concorrência, Concurso Público,
2
Notas Diversas dos Tribunais, apresentação de qualquer questão por particulares 1ou

Magistrados e/ou Funcionários), e, em seguida, todas as ações processuais correspondentes


são adicionadas em estrita ordem cronológica.-

3.1. Conceito de Processo Administrativo.


É a "A sequência de atos necessários para o exercício da função administrativa" (Sarmiento
García – Petra Recabarren, "Lei de Processo Administrativo de Mendoza 3909").-

4. Estrutura de um Tribunal.
Tomamos como exemplo uma Vara Cível, Comercial e Mineira.- 4.1. Juiz.
Autoridade suprema da Corte.-
É aquele que exerce o poder jurisdicional do Estado, ou seja, quem decide de acordo com a lei o
conflito que as partes suscitaram.
Dita acórdãos, com base na lei, que decidem sobre o mérito da causa em questão, e despachos,
que são pronunciamentos que também decidem bem fundamentados, sobre questões acessórias
que surgem no curso do processo.
São nomeados pelo Poder Executivo com a concordância do Senado Federal, após exame
perante o Conselho da Magistratura.

4.1. Secretário.
Ele é um funcionário público que recebe a categoria de pessoal hierárquico. Ele é nomeado pelo
Supremo Tribunal Federal por proposta do Juiz ou Tribunal Colegiado (Secções). As suas
funções derivam essencialmente da Lei Orgânica dos Tribunais (arts. 136 a 146).- É o chefe de
gabinete no Tribunal onde trabalha e os assistentes e demais funcionários executam as ordens
que lhes dá em relação ao escritório. Ele é o diretor do pessoal a seu cargo.
Decreta os autos e providencia as apresentações de mero procedimento.-

É responsável por todos os materiais e bens do Tribunal ou Escritório (arquivos, papéis,


prateleiras, telefones, etc.) e deve mantê-los em bom estado, respondendo por sua perda ou
destruição.
Ele mantém certos livros sob seus cuidados (exemplo: de detidos, de Ordens e Sentenças, etc.).
Produz relatórios estatísticos e qualquer outro que seja exigido pelo Juiz ou pelo Supremo
Tribunal Federal.
Deve zelar pelo cuidado e conservação dos arquivos, no que diz respeito à sua cobertura,
folhatura, localização em caixas, etc.; Além disso, deve garantir que a atenção ao público seja
imediata e correta.
Atesta os processos judiciais levados a cabo no Tribunal (acta, por exemplo, ou certidão de
2
cópias dos autos). 2

Assine a lista diária com os arquivos fornecidos pelo Tribunal.

4.2. Secretário.
É advogado auxiliar qualificado do juiz. Faz minutas de resoluções que o juiz analisa, corrige e
depois assina.

4.3. Chefe de Bilheteira.


É responsável pela guarda dos autos. Ele os salva em caixas de acordo com o tipo de processos.-
Na Mesa de Ingressos o público é atendido, os arquivos da lista são exibidos, o empréstimo dos
arquivos aos profissionais é anotado uma vez autorizado pela Secretaria.
O chefe trabalha com dois assistentes.

4.4. Receptor.
É quem prepara e/ou revisa os cartões de notificação.
Ele é indicado pelo STF.
4.5. Oficial de Justiça.
É o oficial encarregado de executar as medidas ditadas pelo Juiz (apreensões, penhora de bens,
exigência de pagamento, lançamento de despejo).
Ele também é indicado pelo Supremo Tribunal Federal.

4.6. Auxiliar.
São servidores administrativos, nomeados pelo Supremo Tribunal Federal, após a realização e
aprovação no vestibular de acordo com o ingresso nº 19.072.
Regem-se pelo Estatuto dos Funcionários Públicos (Decreto-Lei 560/63) e pelo Regulamento da
Magistratura.
Em geral, os membros da Vara Cível são distribuídos dessa forma para cumprir suas funções.

B- DEVERES E PROIBIÇÕES. DECRETO-LEI 560/73. ESTATUTO


DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
1. Dever de casa.
Arte. Art. 13 - Sem prejuízo das atribuições especialmente impostas por leis, decretos e
resoluções especiais, o pessoal é obrigado a:

• A prestação pessoal do serviço, com eficiência, capacidade e diligência, no local, nas


condições de tempo e forma, que determinam as disposições regulamentares correspondentes.

• Observar, no serviço e fora dele, uma conduta digna da consideração e confiança que seu
2
status oficial exige. 3

• Conduzir-se com tato e cortesia em suas relações de serviço com o público, conduta que
também deve ser observada em relação aos seus superiores, colegas e subordinados.
• Obedeça a qualquer ordem expedida por superior hierárquico com poderes para lhe dar, que
atenda às formalidades do caso e tenha por objeto a realização de atos de citação compatíveis
com as funções do agente.

• Recusar presentes, presentes, recompensas ou quaisquer outras vantagens, em razão do


desempenho de suas funções.
• Manter em segredo qualquer assunto do serviço que deva permanecer em reserva, em razão
de sua natureza ou instruções especiais, obrigação que subsistirá mesmo após cessar suas
funções.

• Promover as ações judiciais correspondentes quando publicamente foi objeto de imputação


criminal, podendo requerer o livre patrocínio jurídico do serviço jurídico do respectivo órgão.

• Permanecer no cargo de renúncia, pelo prazo de 30 (trinta) dias corridos, se antes de sua
renúncia não foi substituída ou aceita, ou autorizada a cessar suas funções.
• Declarar todas as atividades que exerce e a origem de todos os seus rendimentos, a fim de
comprovar se são compatíveis com o exercício de suas funções.
• Declarar, sob juramento, sua situação patrimonial e modificações posteriores, quando ocupar
cargos de nível superior e hierárquico ou de natureza peculiar.
• Promover a instrução dos resumos administrativos do pessoal sob suas ordens, quando for o
caso.
• Desculpe-se de intervir em tudo aquilo em que sua atualidade possa dar origem a
interpretações de parcialidade, ou concorrer incompatibilidade moral.

• Enquadrar-se nas disposições legais e regulamentares sobre incompatibilidade e acumulação


de encargos.-
• Cumprir integral e regularmente o cronograma de trabalho estabelecido.
• Responder pela eficiência e desempenho do pessoal sob suas ordens.-
• Zelar pela conservação das ferramentas, objetos e demais bens que compõem o patrimônio do
Estado e dos terceiros que estiverem sob sua guarda.
• Use as roupas de trabalho que foram fornecidas para este fim.
• Levar ao conhecimento da superioridade qualquer ato ou procedimento que possa causar dano
ao Estado ou constituir crime.

• Cumprir suas obrigações cívicas e militares, credenciando-o perante o superior


correspondente.

• Declarar a folha de pagamento dos familiares dependentes e comunicar, no prazo de 30


(trinta) dias após a apresentação, a alteração do estado civil ou variantes de natureza familiar,
acompanhando em todos os casos a documentação correspondente e mantendo
2
permanentemente atualizadas as informações referentes ao endereço. 4

• Declarar nas súmulas administrativas.-


• Submeter-se à jurisdição disciplinar e exercer o que lhe corresponder pela sua hierarquia.
• Submeter-se a exame psicofísico quando solicitado pela autoridade competente.

2. Proibições.
Arte. 14 - É vedado ao pessoal:

• Patrocinar procedimentos administrativos ou relacionados a assuntos de terceiros que estejam


vinculados à sua função.
• Dirigir, administrar, aconselhar, patrocinar e representar pessoas físicas ou jurídicas, ou
integrar empresas que administrem ou explorem concessões ou privilégios da administração
em nível nacional, provincial ou municipal, ou que sejam fornecedores ou contratados da
mesma.

• Receber, direta ou indiretamente, benefícios originados em contratos, concessões, franquias


ou outorgas, celebrados ou concedidos pela administração em nível nacional, provincial ou
municipal.

• Manter vínculos que representem benefícios ou obrigações com entidades diretamente


fiscalizadas pelo órgão em que presta serviços.
• Usar direta ou indiretamente poderes ou prerrogativas inerentes às suas funções para realizar
proselitismo ou ação política. Essa proibição de propaganda não inclui o exercício dos
direitos políticos do agente, segundo sua convicção, desde que ele se desenvolva dentro de
um quadro de moderação e circunspecção.

• Executar, propiciar ou consentir em atos incompatíveis com as regras da moral, da civilidade


e dos bons costumes.
• Realizar procedimentos, através de estranhos a quem hierarquicamente corresponda, em tudo
o que se relacione com os deveres, proibições e direitos estabelecidos neste estatuto.

• Organizar ou promover, direta ou indiretamente, para fins políticos, atos de homenagem ou


reverência a servidores da ativa, assinaturas, adesões ou contribuições do pessoal.
• Realizar operações de crédito entre si.-
• Utilizar para fins privados os elementos de transporte e os instrumentos de trabalho
destinados ao serviço oficial, bem como os serviços do pessoal.
• Utilizar o conhecimento adquirido na função, para fins alheios ao serviço.-
• Arrogar-se a si atribuições que não lhe correspondem.-
• Remover, copiar ou usar indevidamente documentos públicos.-
• Circular ou promover assinaturas, rifas ou doações de qualquer natureza, em locais de
trabalho sem autorização superior.
2
5
• Aceitar ou promover homenagens ou qualquer outro ato que implique submissão ou
obseqüência.
• Ordenar ou efetuar descontos nos vencimentos do pessoal para fins não expressamente
autorizados por disposição legal.

C- REGULAÇÃO DO JUDICIÁRIO

Arte. § 3º Os magistrados, funcionários e empregados são culpados de conduta


irrepreensível. Em especial, são obrigados a:

• Residir no local onde executam suas tarefas ou dentro de um raio de comunicação imediata
não superior a 100 km. disso. A Suprema Corte pode renunciar temporariamente a essa
obrigação quando houver razões muito razoáveis.

• Manter sigilo absoluto quanto às questões pendentes de resolução nos respectivos tribunais.

• Não evacue consultas ou dê conselhos em casos de disputa judicial atual ou possível.

• Não administrar assuntos de terceiros ou se interessar por eles, exceto nos casos de
representação necessária.
• Recusar presentes ou benefícios.-
• Abster-se absolutamente de frequentar locais destinados ao jogo.
• Levantar, no prazo de 60 dias a contar da data da sua notificação, qualquer apreensão que
esteja bloqueada nos seus vencimentos ou o concurso que tenha sido decretado.
Excepcionalmente, e com menção explícita do motivo que o determina, o STF poderá
prorrogar esse prazo ou mesmo isentar o interessado do cumprimento dessa obrigação.

• Não podem exercer profissões liberais ou cargos cuja incompatibilidade esteja prevista nos
arts. 95 da Constituição Provincial. Também não podem prestar serviços simultaneamente sob
a dependência de advogados, solicitadores ou outros profissionais que atuem na jurisdição da
Província.

• Não exercer o comércio (art. 22 Sinc. 3° do Código Comercial) excepto para as participações
de sociedades anónimas que não contratem com o Estado.
• Não pratique esportes como profissional.-
• Não participar da organização ou atividades dos profissionais que atuam no fórum.-

Arte. 13.

• Avisar o patrão ou o substituto, para fins de comunicação à autoridade superior, quando for
impossível comparecê-lo ao seu emprego por justa causa.
• Não abandone o trabalho sem permissão do seu chefe.-
2
6
• Abster-se de peticionar às autoridades superiores sem a permissão de seu chefe imediato,
exceto no caso de recusa injusta.
• Atender com deferência ao público, dar-lhe as informações pertinentes e abster-se de receber
dinheiro para reposição de selos.
• Não cobrar emolumentos pela emissão de cópias ordenadas pelo tribunal, exceto as
mencionadas nos artigos 27 e 28 do Código de Processo Civil.
• Emitir recibo das quantias recebidas por meios de locomoção, nos casos de processos fora do
raio, devendo respeitar a despesa estritamente necessária.
• Não use os telefones oficiais para assuntos de natureza particular.-

TEMA III: DIREITO CIVIL


1. O processo judicial.
1.1. Conceito
O homem é um ser social, nascido em uma família e precisa de outros para sobreviver, tem
necessidades biológicas, intelectuais e espirituais que ele não pode satisfazer por si mesmo.
Vivendo em sociedade, onde os bens são escassos, surgem conflitos. Nas sociedades primitivas,
os conflitos eram resolvidos pela força e os homens tomavam a justiça em suas próprias mãos.
Atualmente, quando as partes em conflito não conseguem chegar a um determinado acordo (o
que se chama de autocomposição) recorrem a um terceiro imparcial, que ao final de uma análise
decide na justiça a situação levantada.
Os homens se organizaram na sociedade, distribuindo os poderes do poder em três órgãos: o
Poder Legislativo que dita leis para governar a sociedade, ou seja, para regular a conduta dos
homens, o Poder Executivo que direciona as ações do governo para alcançar o bem comum e o
Poder Judiciário que resolve conflitos que surgem entre indivíduos.
Como essa atividade é desenvolvida?
Através do que se chama de Processo Judicial. O processo é o substituto moderno da violência
privada.
O processo é um meio pacífico de debate dialético para alcançar a solução de conflitos
intersubjetivos de interesses e cuja razão de ser reside na necessidade de erradicar a força
ilegítima em uma dada sociedade.
Assim contemplado, o processo cumpre uma dupla função:
Privado: é o instrumento que todo indivíduo em conflito possui para alcançar uma solução do
Estado, que deve necessariamente ocorrer, como alternativa final, caso não tenha sido capaz de
resolvê-lo por meio de uma das formas possíveis de autocomposição do conflito (retirada, busca
e/ou transação).

Pública: é a garantia concedida pelo Estado a todos os seus habitantes em troca da proibição
imposta ao uso da força privada. Para efetivar essa garantia, o Estado organiza seu Poder
2
Judiciário e descreve a priori, na lei, o método de debate, bem como as possíveis formas 7de
execução do que foi resolvido sobre determinado conflito.
A série de atos - afirmação (demanda), negação (resposta), confirmação (provas) e alegação
(alegações) - constitui o processo, entendido como meio de debate. Toda essa série processual
tende a obter uma declaração do juiz perante o qual a disputa é apresentada. Tal afirmação é feita
no acórdão.
Para concluir, diremos que o Direito Processual é o conjunto de normas jurídicas que regulam a
atividade jurisdicional do Estado para a aplicação das leis substantivas. A Constituição (art. 75
parágrafo 12) estabelece que o poder de ditar as normas substantivas corresponde à Nação
(Código Civil, Código Comercial, Código Penal, etc.), reservando às Províncias o poder de ditar
os Códigos de Processo por meio de suas Legislaturas. A Lei Processual estabelece normas que
regulam a organização do Poder Judiciário, a competência dos Funcionários que o integram e a
atuação do Juiz e das partes na fundamentação do processo.
2
8
1.2. Garantias processuais. Devido processo legal. Fundação.
É possível justificar a ideia do devido processo legal como um valor intrínseco, uma vez que confere
aos indivíduos ou grupos contra os quais as decisões governamentais operam a oportunidade de
participar do processo em que essas decisões são tomadas; Essa oportunidade significa um
reconhecimento da dignidade das pessoas que participam desse processo.
O debate processual representa um valor de interação humana em que a pessoa afetada experimenta,
no mínimo, a satisfação de participar da decisão que lhe diz respeito vitalmente e a expectativa de
receber uma explicação dos motivos da decisão que a afeta.
O devido processo legal protege os princípios fundamentais da liberdade e da justiça que dizem
respeito à fundação de todas as instituições civis.
A Constituição Nacional de 1853/1880, além de afirmar em seu Preâmbulo o objetivo de fortalecer
a justiça, reconhece em seu artigo 18 que a defesa em julgamento da pessoa e dos direitos é
inviolável.
Joaquim v. González, em sua obra clássica de Direito Constitucional, ao se referir à defesa em juízo
sustenta que ela é "uma prerrogativa própria de todo homem, assim como a defesa da própria vida
em caso de agressão material. O texto sanciona expressamente a garantia de defesa em juízo, não
só para a pessoa jurídica, mas também para os direitos que lhe são anexados como cidadão e
habitante da Nação. Não privou, portanto, o homem da plenitude de sua soberania não conferida
ao governo, mas, ao organizá-lo, deixou-lhe os meios para defender a vida, sua honra, sua
propriedade, mesmo contra as agressões do mesmo poder público.
A inviolabilidade da defesa importa que o litigante seja ouvido e esteja em condições de exercer
seus direitos na forma e com as solenidades estabelecidas pelo direito processual comum.

1.3. Partes do Processo.


Parte é quem pretende e contra quem se destina ou, mais amplamente, quem reivindica e contra
quem se reclama a satisfação de um crédito.

1.3.1. Autor e réu.


Em princípio, em qualquer processo intervêm duas partes: uma que peticiona em nome próprio, ou
em nome de quem é requerida a ação de uma norma jurídica, chamada de "autor" ou "autora", e
outra contra a qual tal conduta é exigida, chamada de "réu".
A presença dessas duas partes no processo é uma consequência do Princípio da Contradição, esses
Processos são chamados de "Processos Contenciosos" (contenda: briga, discussão).
Ao mesmo tempo existem os chamados "Processos Voluntários", em que não podemos falar de ator
ou réu, pois as alegações são coincidentes. Um exemplo deles são os Processos Sucessórios, em que
os herdeiros comparecem perante o Juiz para determinar seu direito à herança. Aqui, a ideia de
partes deve ser substituída pela de "peticionários", ou seja, aquelas pessoas que, em seu próprio
2
9
interesse, reivindicam perante um órgão judicial a emissão de um pronunciamento que resolva suas
reivindicações constitui, integra ou concorda eficácia a determinado estado ou relação jurídica.
O conceito de parte é estritamente processual; Essa qualidade é dada pela propriedade ativa ou
passiva de um crédito e é totalmente independente da existência efetiva da relação jurídica
substancial sobre o mérito da qual a sentença será proferida. Não podemos esquecer que não é
necessário que o ator realmente tenha o direito que alega, ou a legitimidade para atuar no Processo.
Quando o processo se inicia, as partes apresentam ao Juiz meras hipóteses, afirmações simples, fatos
não comprovados, e é justamente para conseguir verificar se o direito alegado realmente existe, e se
aquele agente está legitimado ou não, que o processo é instruído.
Todas as pessoas, tanto naturais quanto de existência ideal ou jurídica, (entidades suscetíveis de
adquirir direitos e obrigações contratuais) podem ser partes. As pessoas jurídicas (Sociedades Civis
ou Comerciais, Associações, etc.), por sua própria natureza, devem atuar por meio de seus
Representantes Legais ou Estatutários (aqueles decorrentes de contrato, estatuto ou ato constitutivo
da Sociedade ou Associação).
Uma mesma pessoa pode ter a condição de autor e réu no processo, como no caso de reconvenção
ou reconvenção. Ou seja, o réu pode, por sua vez, processar a pessoa que o processou.

1.3.2. Terceiros.
No processo, em princípio, intervêm duas partes: autor e réu. Mas, muitas vezes, durante o
desenvolvimento do litígio, pessoas que não as partes originais são incorporadas a ele,
espontaneamente ou provocadas, a fim de fazer valer seus próprios direitos ou interesses, mas
sempre vinculados à pretensão de uma das partes originárias, que é chamada de "Terceiros".
Outras pessoas que não são partes também estão envolvidas no processo, como testemunhas,
peritos, intérpretes, etc. -
1.4. Classificação de Processos.
Existem diferentes tipos de Processos. Eles diferem pelos prazos, pela amplitude das provas que
podem ser oferecidas e pelo objeto perseguido.
Os Processos de Conhecimento, que incluem o ordinário e o sumário, têm em comum que o
conhecimento do juiz é pleno, ou seja, que são discutidas todas as questões relacionadas ao conflito
que originou a intervenção judicial.
Em outros, como o Processo Executivo ou alguns Especiais, é autorizado a debater determinados
temas, como a bondade ou legitimidade do título executivo, por exemplo, reservando outros para um
processo posterior.
Os Processos Sumários são aqueles de conhecimento limitado e de tempo processual mais abreviado
que o ordinário.

Em resumo:
3
0
Ordinário: São processos de pleno conhecimento pelo juiz, onde são discutidas todas as questões
relacionadas ao conflito que originou a intervenção judicial.
Estrutura: Demanda - Resposta (vinte dias) - Abertura de Provas (dez dias) - Fundamentação de
Provas - Peças Processuais (dez dias) - Julgamento (sessenta dias).-

Súmulas: São processos de conhecimento limitado pelo juiz com prazos menores que o ordinário.
Estrutura: Demanda - Resposta (dez dias) - Transferência da Resposta (cinco dias) - Fundamentação
da Prova - Peças Processuais (cinco dias) - Julgamento (trinta dias).-

Executivos: São processos em que apenas determinados temas estão autorizados a serem debatidos,
e é dado apenas para aqueles títulos que a lei admite como Executivos.
Estrutura: Demanda executiva - Mandado de Execução e Apreensão com intimação para defesa e
sendo para a lei (seis ou três dias dependendo do tipo de executivo) - Oposição de exceções e
defesas - Fundamentação de provas - Sentença (dez ou quinze dias, conforme o caso) .-

Medidas cautelares: São medidas cautelares que podem ser solicitadas antes, durante e/ou após a
tramitação do processo, a fim de garantir o desfecho de um litígio. Baseiam-se na necessidade de
que a sentença tenha seu eventual e necessário cumprimento no momento, para evitar por meio das
devidas cautelas, que durante a inevitável demora na tramitação do processo, o objeto do litígio
possa ser modificado ou diminuído ou até mesmo desaparecer, seja pelo trabalho do réu, seja pela
ação do tempo e pela própria natureza da coisa.
Eles incluem anexos preventivos, anotações de litis, inibições, convulsões, etc. -

Amparo: Processo que visa salvaguardar garantias constitucionais de tutela imediata por parte dos
juízes. São processos em que basta verificar imediatamente a restrição de direitos e garantias
constitucionais, sem ordem de autoridade competente e sem manifestação de causa jurídica, para
que seja restabelecida pelos juízes em sua totalidade, sem que seja possível alegar em contrário a
ausência de lei que regule a garantia individual existente e proteja os particulares pelo simples fato
de estar consagrado pela Constituição Federal, independentemente das leis que regulem o seu
exercício.

Universais: São aquelas que tratam da totalidade de um patrimônio, com vistas à sua liquidação
(processo de falência ou falência) ou à sua distribuição (sucessão).

2. Arquivo.
2.1. Formação. Dtp. (art. 55 do C.P.C.).
Os arquivos são formados com a primeira escrita, aos quais são acrescentados em estrita ordem
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1
cronológica os escritos, documentos, atas e outras ações que surgem com o processo.
Quando o profissional comparece à Central de Entrada em Matéria Civil (M.E.C.C.), preenche uma
ficha informativa (Portaria de 31/07/97), que contém os dados necessários para carregar nos campos
do sistema informatizado central. Este cartão vai imediatamente após a capa, como "página 1".-
As capas dos arquivos são feitas de papelão, de cores diferentes, de acordo com o tipo de processo.
Após o arquivo é adicionada toda a documentação básica da demanda, a demanda e por fim a
cobrança do M.E.C.C. O arquivo é guardado em um envelope que é retirado no dia seguinte, no
início da manhã, pelo Chefe da Mesa de Entrada do Tribunal em que o caso reincideu. A partir desse
momento todos os processos são apresentados no Tribunal e são somados em ordem cronológica,
mesmo os escritos inseridos no mesmo dia são discriminados por horas.

2.2. Publicidade (art. 56 do C.P.C.).

Os autos são públicos, salvo disposição em contrário do tribunal, ou seja, podem ser examinados na
Mesa de Entrada do Tribunal por quem os solicitar, invocando um interesse legítimo, que será
qualificado pelo Secretário. Em princípio, eles podem ser livremente examinados pelos litigantes,
seus profissionais, peritos e outros assistentes envolvidos no processo.- Deve-se ter em mente que a
negativa de divulgação é apropriada quando há uma suspeita fundada de que a pessoa que pretende
examiná-los exerce ilegalmente uma profissão forense ou uma atividade ilícita. Nesse caso, o fato
deve ser levado ao conhecimento da justiça criminal.

2.3. Empréstimo (art. 56 do C.P.C.).


Os arquivos podem ser fornecidos por empréstimo a profissionais e peritos envolvidos no caso,
quando seu volume ou a complexidade das questões assim o exigirem. O empréstimo é autorizado
pelo Secretário e pelo prazo fixado pelo Secretário. O empréstimo é anotado em um livro especial,
que é levado na bilheteria, e o número, capa, páginas no arquivo, data e prazo do empréstimo são
registrados.
Se o empréstimo expirar sem que o processo tenha sido devolvido sem justa causa, o mutuário será
condenado a pagar uma multa diária, e o empréstimo não será fornecido no futuro. Ao mesmo
tempo, é expedida ordem ao Oficial de Justiça, para que, com busca domiciliar e uso de força
pública, retire o arquivo do endereço registrado no Livro de Empréstimos. Essas ações não
prejudicam as sanções penais que possam corresponder.

2.4. Entrega e devolução.


Os autos são anotados no Livro de Empréstimos quando são retirados da Justiça, e cancelados
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2
quando são ressarcidos pelo mutuário.

2.5. Arquivo. Guarda de registros (art. 59 do C.P.C.).


Uma vez concluído o processo, por qualquer dos meios previstos no Código (sentença, caducidade,
busca, desistência, conciliação e liquidação), o processo será arquivado, deixando um registro da
data de seu envio e os dados necessários para sua busca. Atualmente os arquivos paralisados por um
tempo são agrupados e formam pacotes que são identificados com uma letra e um número, a letra
corresponde à primeira com a qual a capa começa e o número ao número de pacote correlativo dessa
mesma letra (por exemplo. M-14, significa que o processo em questão está arquivado no pacote n.º
14 da letra M, deste Tribunal). Uma cópia da lista de arquivos do pacote é mantida no Balcão de
Entrada do Tribunal, e é enviada para o Arquivo Judicial da Província.
Os processos poderão ser examinados no Arquivo, de acordo com o disposto na primeira parte do
art. 56, ou seja, por aqueles que invocam um interesse legítimo. Mas eles só podem ser retirados por
ordem judicial, seja para serem juntados a outro processo, seja para sua continuação, se for o caso, e
com ônus de devolução tempestiva.
2.6. Custódia.
A guarda dos arquivos é tarefa do Chefe da Bilheteria (art. 55 do C.P.C.). Também é responsável
pela conservação deles em bom estado.

2.7. Lista de arquivos.


Diariamente é elaborada uma lista de todos os processos em que alguma ordem foi emitida. A lista é
muito importante, uma vez que os processos judiciais serão considerados notificados a todos os que
intervierem no processo na segunda ou quinta-feira ou no dia útil seguinte, após aquele em que
ocorreram se algum deles fosse feriado. As listas são assinadas pelo Secretário do Tribunal, e
incluem todos os arquivos que saem do cargo, com exceção de resoluções que ordenam medidas
cautelares ou decretos do mesmo estilo (ex. aquela ordem para reger um embargo previsto nas
páginas anteriores).-

2.8. Arquivos secretos. Casos.


Em princípio, em matéria Civil e Comercial, os autos são públicos, ou seja, estão listados desde a
primeira redação. Esse princípio cede quando o litigante, em busca da defesa de seu direito, solicita
o bloqueio de alguma medida cautelar, como, por exemplo, apreensões, inibições, anotações de
litígio, intervenção judicial ou administrativa, proibição de contratar ou inovar, etc. -

2.9. Dias e horários úteis. Habilitação. (art. 60 do C.P.C.).


Os processos e procedimentos judiciais serão praticados em dias e horas úteis.
Trabalham todos os dias do ano, exceto sábados, domingos, feriados e dias não úteis declarados por
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3
lei ou decreto, pelos Poderes Executivos da Nação ou da Província, ou por Convênios do Supremo
Tribunal de Justiça; todo o mês de janeiro e 10 (dez) dias úteis entre 10 e 31 de julho, que é fixado
anualmente pelo Superior Tribunal de Justiça.
O horário comercial é aquele que intermedeia entre 7 (sete) e 21 (vinte e um) horas.-
Os juízes, de ofício ou a requerimento de interessado, poderão autorizar dias e horas não úteis para a
realização de processos ou ações urgentes, cuja demora possa causar dano irreparável no processo.
Vale ressaltar que a autorização deve ser solicitada em dia e horário úteis.
Ora, se uma diligência foi iniciada em dia e horário de trabalho, ela pode ser levada ao seu fim, sem
interrompê-la e sem a necessidade de viabilizar o tempo de não trabalho, ou seja, o ato pode
ultrapassar a jornada de trabalho, mas não precisa de prorrogação expressa.

2.10. Livros do Tribunal.

• Cumprimento de cronograma e assistência à equipe.-


• Permissões verbais.-
• Livro de embargo.-
• Livro de Apelo dos Carros para Resolver.-
• Livro de Embargos.-
• Livro de Notificação Fictício - Lista Diária (art. 66 C.P.C.). -
• Registo das audiências de fundamentação.-
• Livro de Editais.-
• Livro de inscrições de causas.-
• Livro de empréstimos de arquivos (arts. 47 Inc. IV, 56, 58, 285 do C.P.C. 47, 49 e 98 do
Regimento Interno do Poder Judiciário, e Pactuado 11.440).-
• Livro de turnos dos Oficiais de Justiça.-
• Livro de cópias de Resoluções.-
• Livro de Resoluções Internas, Observações e/ou Recomendações.-

2.11. Conta.
Quando um processo é enviado para outro tribunal ou escritório (por exemplo, Ministério Público
Estadual), expeça-se um relatório que é assinado pelo Chefe da Mesa de Entrada do Tribunal ou
Gabinete que o recebe, e esse relatório retorna ao Tribunal que o enviou para ser devidamente
arquivado.

3. Memoriais Judiciais.
3.1. Requisitos e formalidades.
Artigo 50 do Código de Processo Civil (CPC). afirma: "Os escritos devem ter, no topo, um breve
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resumo de seu conteúdo; ser encabeçado pelo nome e sobrenome do requerente e de seu
representante, se houver; número e capa do arquivo e ser digitado ou manuscrito de forma clara,
em tinta preta indelével.
Não conterão arranhões, nem stubs ilegíveis, e as correções deverão ser entrelaçadas, indicando,
antes da assinatura, o espaçamento entre linhas e testadas.
No conteúdo do seu conteúdo, não devem ser utilizadas abreviaturas ou números; não deixarão
linhas em branco sem uso, nem serão escritas nas margens laterais superior ou inferior.- Deverão
ser assinadas pelos interessados e, se não souberem ou não puderem fazê-lo, deverão imprimir o
dígito polegar direito, na presença do chefe da bilheteria, que certificará o ato. Caso o interessado
não saiba ou não saiba ler, o chefe da bilheteria lerá a carta e registrará essa circunstância ao
certificar o ato. O mesmo procedimento deve ser utilizado nas mesmas circunstâncias, para
qualquer ato processual.
Em caso de dúvida quanto à autenticidade da assinatura de um documento, o interessado pode ser
intimado a ratificá-lo, comprovando a sua identidade. A carta ficará sem efeito se não for ratificada
no prazo indicado para o efeito.
Todas as assinaturas devem ser datilografadas ou carimbadas.-"
O artigo citado contém os requisitos formais comuns a todos os escritos. A sua exigência justifica-se
no processo civil por várias razões práticas, que tendem a evitar erros na conduta do juiz e dos
funcionários no processo. Assim, por exemplo, o resumo do conteúdo da petição inicial, que deve
ser inserido no topo dela, localiza rapidamente o juiz sobre o tema da petição. Portanto, não se
conformam com o obrigatório, escritos que contêm resumos como "o que ele pede", "o que ele
expressa", porque, em suma, eles não indicam nada. O que a lei quer é que a súmula reflita
sinteticamente o conteúdo da súmula.- Analisaremos então o conteúdo de cada um dos requisitos
exigidos pelo Art. 50 do C.P.C. -
^ Cabeçalho.
Quando o litigante age por direito próprio, no caput basta mencionar seu nome e sobrenome.
Quando quem atua for o representante, legal ou convencional, deve ser mencionado seu nome e
sobrenome, bem como o nome e sobrenome de seu representado. A prática judicial tem permitido
que o representante indique para qual partido está atuando, sem mencionar o nome e sobrenome de
seu cliente. Por exemplo: "NN para o demandante".-

^ Número e capa do arquivo.


Nos autos, todos os processos dos litigantes e do juiz e seus assistentes devem ser reunidos de forma
ordenada. A menção do número do processo e a capa do mesmo servem a esse objetivo, para que o
juiz possa se pronunciar sobre as questões levantadas no processo.

^ Redação.
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Os escritos devem ser datilografados ou feitos à mão de forma clara, e tinta preta indelével deve ser
usada. No entanto, a prática forense tem admitido o uso de formas impressas ou fotocopiadas, desde
que guardem esses caracteres. A prática judicial também tem admitido a apresentação de memoriais,
chamados de "petições verbais", que desenvolveremos mais adiante, que geralmente são
apresentadas por profissionais sem respeitar a cor da tinta exigida pelo Código. No entanto, o
fundamental que não pode ser dispensado é a caligrafia clara e facilmente compreensível.
Os escritos não devem conter arranhões ou esboços ilegíveis. As correções devem ser espaçadas. O
espaçamento entre linhas e testado deve ser salvo informando tal fato antes de assinar.
Nos escritos, na essência de seu conteúdo, não devem ser usadas abreviaturas ou números, linhas em
branco não devem ser deixadas sem uso, nem devem ser escritas nas margens laterais superior ou
inferior.

^ Assinatura.
A assinatura do litigante quando age por direito próprio, ou de seu representante legal ou
convencional, conforme o caso, é requisito formal indispensável para a validade da escrita. A
assinatura deve ser autêntica, caso contrário, é inválida. Duas situações podem surgir a esse respeito:
a primeira é que a assinatura é autêntica, mas que há dúvidas sobre sua autenticidade. Nesse caso, de
ofício ou a requerimento de uma das partes, o interessado poderá ser intimado a ratificá-la,
comprovando sua identidade. Se o interessado não comparecer no prazo fixado para o efeito, o acto
fica sem efeitos. Tratando-se de litigante agindo por direito próprio, em razão da gravidade da
sanção, a citação deve ser feita por documento no domicílio real, cabendo aos juízes determiná-la. A
segunda situação é que a assinatura do interessado é realmente apócrifa. O reconhecimento posterior
do litigante, no caso, não modifica a situação, a redação é ineficaz. A nulidade da causa deve ser
resolvida por meio de incidente de nulidade (art. 94 C.P.C.) uma vez que uma forma essencial do
processo teria sido violada.
A assinatura do advogado patrocinador também é requisito de admissibilidade da petição inicial,
uma vez que é exigida pelos arts. 33 C.P.C., para os casos expressamente indicados. Todas as
assinaturas devem ser digitadas ou carimbadas.

^ Impressão de dígitos do polegar.


Nos casos em que os interessados não sabem ou não podem assinar os escritos, eles podem substituir
a assinatura imprimindo a impressão digital do polegar direito. O ato deve ser realizado na presença
do Chefe da Bilheteria, que deverá certificá-lo. Se for um registro, o Secretário certifica.-

^ Linguagem.
Nesse sentido, a arte. 49 do C.P.C. estabelece que "Em toda ação processual, deve ser utilizada a língua
espanhola.
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Quando forem apresentados documentos escritos em outros idiomas, eles serão acompanhados de uma
versão em espanhol, feita e assinada por um tradutor público da inscrição.
Quando um litigante tiver que absolver cargos ou declarar uma testemunha que não saiba se expressar
em espanhol, um tradutor público do registro será previamente nomeado por sorteio.

3.2. Pedidos verbais.


Artigo 52.º do C.P.C. Diz o texto: "Qualquer solicitação que não precise ser fundamentada, poderá ser
feita verbalmente e ficará registrada nos autos, assinada pelo interessado e autorizada pelo chefe da
bilheteria". O artigo permite solicitações verbais em todos os tipos de processos (ordinário, sumário ou
executivo). É condição essencial que o pedido não exija qualquer fundamento, fático ou jurídico, sob
pena das formas dos arts. 50 C.P.C. -
Chama-se "pedido verbal" porque, originalmente, o advogado ou profissional disse verbalmente ao
Chefe da Mesa de Entrada do Tribunal o que queria pedir ou deixar sentado, mas foi este último quem o
escreveu e registrou nos autos. Atualmente, o pedido não é verbal, mas escrito, já que é o próprio
litigante ou o profissional que o escreve nos autos e o certifica pelo chefe da bilheteria. Enquadram-se
no caso o pedido de reiteração de cartas ou exortações, nova audiência, agregação de provas, etc., e
mesmo aquelas petições cujos fundamentos são muito breves, como acusação de absentia, pedido de
sentença, etc. - A forma comum de redigir e apresentar um pedido oral é, a título de exemplo, a seguinte:
"No dia da data, o dr.......................................................... pelo autor/réu e solicita, tendo em conta o
estado do processo, que seja marcada nova data de audiência para as testemunhas oferecidas à FS
..............................................................................................".
Assinatura do advogado.
Antes de mim
Balcão de Bilheteira Chefe de Assinatura
O requerimento oral deve ser registrado nos autos respeitando a ordem cronológica dos atos processuais
anteriores, a partir do último espaço em branco da última página, ou em nova página. Os pedidos verbais
não devem ser feitos nas páginas onde existem certidões ou ofícios.

3.3. Exemplares.
Artigo 53.° do C.P.C. Diz: "De qualquer documento que deva ser citado ou ouvido e dos escritos em
que a citação ou audiência for contestada, bem como dos documentos que forem acompanhados, será
acrescentada uma cópia verdadeira, perfeitamente legível e assinada, para cada um dos litigantes
opostos.
Se a transferência não estiver prevista neste código, as cópias devem ser apresentadas no prazo de dois
dias a contar do decreto que a ordena."
O fundamento da regra é que os profissionais precisam ter cópias dos articulados apresentados pelas
partes, para exercer adequadamente seu direito de defesa. Além disso, poder manter em seus arquivos
3
7
todos os antecedentes dos julgamentos em que intervêm. Assim, impõe a obrigatoriedade de
acompanhamento de cópias, não apenas de qualquer documento que deva ser notificado ou visto, mas
dos escritos em que a audiência ou transferência é respondida, cujas cópias estão à disposição do
litigante na Bilheteira.
Em caso de eventual perda do arquivo, as cópias dos escritos garantem sua reconstrução.
Em muitos casos, o Código determina a obrigação de transferir ou ver o contrário. Mas pode acontecer
no curso de um processo que um determinado pedido não preveja transferência ou audiência e, ainda
assim, o juiz ordene o seu cumprimento. Nesse caso, o litigante, que não está obrigado a conhecer
antecipadamente a decisão do Juiz, deverá apresentar cópias no prazo de dois dias a contar da sentença
que a ordenou, sendo o prazo computado a partir do dia seguinte à notificação fictícia do decreto que
ordenou a audiência ou transferência não prevista no Código, a menos que o Juiz ordene a citação em
casa por certidão.-

3.4. Inobservância dos Requisitos Legais.


Artigo 54.° do C.P.C. Dispõe sobre o assunto: "Se não forem cumpridas as precauções estabelecidas
nos artigos. 49, 50 e 53, não será admitida a redação, devendo o Chefe da Bilheteria apontar ao
interessado as deficiências para que sejam corrigidas e registrar nos autos a apresentação da redação,
sua finalidade e a causa de sua rejeição, assinando a diligência com o interessado. Descumprimento
das formalidades previstas nos arts. O art. 51, sujeitará o Secretário a multa pecuniária, além da
nulidade do ato, se não for assinado pelo Juiz."
Este artigo exige que o Chefe da Bilheteria examine, em cada documento apresentado, o cumprimento
dos requisitos formais indicados e, caso não sejam atendidos, rejeite-os, apontando os defeitos ou
omissões para que possam ser corrigidos. O Secretário, na qualidade de chefe de gabinete e encarregado
de expedir as ordens de mero procedimento, resolverá qualquer discrepância entre o Chefe da Bilheteria
e o apresentador de uma redação rejeitada. O Chefe da Bilheteria que não cumprir essa obrigação estará
sujeito a sanções.
Na realidade, esse artigo não é aplicado tão rigorosamente em nossos Tribunais, de modo que por
Secretaria, por meio de despacho ou decreto é intimado a corrigir os vícios, sob advertência de ser
indeferida a apresentação.

3.5. Avaria.
Consiste em retirar dos autos escritos ou documentos cuja permanência ou agregação neles sejam
desnecessários ou inadmissíveis. Ao proceder à decomposição, devem ser registradas as peças quebradas
e a página em que se localiza a resolução que previu a quebra, mas sem alterar a foliatura do arquivo no
caso de ações posteriores a essas peças.
Nesse sentido, a arte. 55, págs. II do C.P.C. Dispõe ainda: "Quando por ordem judicial for ordenada a
quebra, a foliatura não será alterada e em vez da peça removida será colocada uma nova folha, onde,
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sob a assinatura do Chefe da Bilheteria, será registrada a página onde ficará registrada a resolução, o
recibo e a descrição sumária da peça, a menos que uma cópia autorizada dele seja deixada."

3.6. Acusação.
Artigo 61.° do C.P.C. Tem:
"I.- O Chefe da Bilheteria, imediatamente após o recebimento de escrito, parecer ou perícia, deverá
carregá-lo sob sua assinatura, indicando o dia e hora de apresentação, número de páginas,
aditamentos e cópias; se for assinado por advogado e qualquer outro detalhe de importância.- II.- Em
seguida, adicione-o ao processo e folie-o, passando-o ao Secretário.-
111- Um documento não projectado (arquivado) dentro das horas judiciais do dia em que expirar um
prazo só pode ser validamente entregue à Secretaria correspondente no dia útil imediato e nas
primeiras duas horas após o envio. No prazo de meia hora a contar do seu termo, o Secretário
elaborará uma lista dos articulados apresentados nos termos desta disposição, que será afixada no
Balcão de Bilheteira."
A cobrança é o ato formal que indica a data e a hora de apresentação de um escrito ou documento no
processo e determina o tempo em que a apresentação foi cumprida. A posição é de vital importância
para determinar se o ato processual ou diligência apresentada por qualquer litigante foi cumprida a
tempo.
A apresentação de uma redação que deve ser cumprida dentro de um determinado prazo, deve ser
considerada intempestiva quando não for feita dentro do prazo, mesmo que seja por alguns minutos.
O cargo que atenda a todos os requisitos formais exigidos pelo código, deve ser considerado como
instrumento público.
A posição é geralmente pré-redigida ou feita com antecedência em um carimbo que é imposto
diretamente sobre os escritos apresentados. Geralmente tem a seguinte redação.-

Modelo.
Apresentado em....de.......................de dois mil.......................
sendo o .................hs., com/sem.........assinatura/s.- Acompanha...

Assinatura do Chefe da Bilheteria

Quanto à carência concedida pelo parágrafo terceiro do artigo 61, é de vital importância para os
litigantes que não tenham conseguido fazer sua apresentação no prazo ordinário concedido, uma vez que
os habilita a apresentar validamente sua petição no dia útil imediato e nas duas primeiras horas após o
envio.
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Por exemplo, se o réu em uma execução de permuta tem seis dias úteis para comparecer, se defender e
estabelecer domicílio legal, ele pode fazê-lo validamente no sétimo dia útil, desde que deixe sua escrita
entre 07.30 hs e 09.30 hs (primeiras duas horas de envio), por Secretaria e informando ao Secretário que
é apresentado dentro do período de carência.-
Os litigantes que fizerem uso deste período de carência ou "Secretaria Noturna" deverão informar o
Chefe da Bilheteria ou Secretaria (dependendo de cada tribunal), para que possam incorporar a
apresentação na lista diária que deve ser feita de memoriais arquivados na Secretaria da Noite. Esta lista
deve ser encerrada às 09.30 horas, não admitindo qualquer apresentação após um minuto desse horário.
O mesmo, devidamente assinado pelo Secretário do Tribunal, será exposto na Mesa de Ingressos para
que todos os interessados possam saber da existência dos escritos assim apresentados.
A denominação de "Secretaria da Noite" vem do fato de que antigamente havia uma Secretaria para toda
a Jurisdição Cível, que recebia todos os escritos que eram apresentados à tarde e até a noite. Esses
ofícios foram distribuídos nas manhãs seguintes aos tribunais competentes. Esta prática foi substituída
pelo referido período de carência de duas horas no dia útil seguinte ao termo do prazo.

4. Julgamentos.
4.1. Conceito.
São atos processuais emanados do tribunal.

4.2. Mensalidade. Decretos, Despachos e Acórdãos.-


^ Decretos: os decretos prevêem sem fundamentação o desenvolvimento do processo e devem ser
proferidos no prazo de dois dias a contar da data da acusação ou do pedido verbal feito.
Não são exigidas outras formalidades além da sua expressão por escrito, indicação de data, local e
assinatura do Juiz ou Secretário.

^ Despachos: decidir todas as questões que surjam dentro do processo, que não devem ser resolvidas
no trânsito em julgado. Devem decidir dentro dos prazos estabelecidos no Código de Processo Civil,
e na ausência deles no prazo de vinte dias (para o Processo Comum) ou dez dias (para o Processo
Sumário ou Compulsório) de estarem em estado de resolução.

^ Sentenças: decidir o mérito das questões que dão origem ao processo e deve ser proferida no prazo
de sessenta dias (Processo Ordinário) trinta dias (Processo Sumário) quinze ou dez dias (Processo
Executivo dependendo de terem ou não sido opositoras exceções) a partir da data em que o decreto
que ordenou o recurso transitou em julgado.
4
0
5. Público.
5.1. Formalidades.
No Processo Civil, as audiências são realizadas por diferentes motivos, sendo o principal deles como
meio de prova oferecido em tempo hábil pelas partes. Uma vez ordenada a sua produção, são realizadas
na Secretaria e serão levadas por um assistente com a presença do Secretário que controlará o seu
desenvolvimento.
A audiência testemunhal é aquela que é tomada para receber o depoimento de uma pessoa física, sobre
fatos passados dos quais ela tenha conhecimento ou que tenha visto ou ouvido. As testemunhas devem
ser maiores de idade, capazes e comparecer com seu D.N.I. Eles devem ser convocados com
antecedência e devem comparecer, porque é um encargo público, ou seja, não podem recusar. Eles
também devem dizer a verdade, se não estiverem sujeitos a falso testemunho.
A audiência de absolvição de cargos é o meio que as partes têm para obter a confissão de seu oponente
em determinado processo.
Também são elaboradas atas para a proposta e aceitação de cargos de peritos, administradores de
sucessões, depositários, etc., que na maioria dos tribunais são feitos de forma pré-impressa.

A audiência de conciliação ocorre entre as partes, para se chegar a um acordo sobre diferentes aspectos
ou pontos do processo, eles podem ser decretados em qualquer fase do processo, até a convocação de
Carros para Julgamento.

5.2. Perguntas, reinterrogatório, oposição e afastamento de testemunhas.


A testemunha deve comparecer com seu D.N.I. e faça um juramento de dizer a verdade. Em seguida, ele
é questionado pelos "generais da lei", ou seja, que seus dados pessoais são exigidos: nome, idade,
nacionalidade, profissão, estado civil e domicílio, ele é questionado se tem conhecimento dos litigantes,
se é parente de alguns deles e em que grau, se é amigo frequente de tratamento ou inimigo, credor,
devedor, empregado, empregador ou que tenha algum outro tipo de relação ou vínculo com qualquer um
dos litigantes, sendo então questionado de acordo com uma petição inicial. Concluídas as questões
elencadas, os advogados das partes poderão prorrogar o exame (Primeira prorrogação... Segundo
alargamento, etc.) e a parte contrária pode voltar a questionar.-
Pode acontecer que seja apresentada uma oposição ao depoimento de uma testemunha quando se
depreenda dos seus dados pessoais que esta não está em condições de depor (menor, cônjuge, etc.) ou
pode também ser o caso de ela se contradizer ou não ser precisa nas suas respostas, e o profissional da
parte contrária a quem a testemunha propôs riscá-la. Ou seja, expressa as razões pelas quais contesta o
testemunho.
O apagamento pode ser resolvido no mesmo momento da audiência pelo Juiz (este faz o apagamento ou
o rejeita com os fundamentos correspondentes) ou no Juízo ao avaliar todas as provas; Ao contrário da
oposição a uma questão que será resolvida no mesmo momento da audiência.
4
1
5.3. Modelo de atas.
5.3.1. Aceitação da posição de peritos.
Na cidade de Mendoza, o .......................dias do mês de.. do ano.., sendo o... horas, de acordo com a
ordem a fs.. dos carros nº.. Títulos:........Sr..........................................perito contador apontado nos
autos, que comprovou sua identidade com D.N.I. N°... e aberto o ato pelo Sr. Juiz afirma: Que
venha a aceitar o cargo de perito contador para o qual foi nomeado, jurando sua fiel e legal
atuação. Constitui domicílio legal na rua... Ao que o Tribunal resolve: Ter aceitado o cargo e
constituído domicílio legal indicado. Com o que é encerrado o ato que após leitura e ratificação
assina o compareciente após o Sr. Juiz e perante o Secretário que autoriza.-
Assinatura do Perito
4
2
Assinatura do Assinatura do
Escrivão Juiz da Corte
Chancela

5.3.2. Registro de audiência de fundamentação.


Na cidade de Mendoza, em .. Dias do mês de... do ano.., sendo o... horas de acordo com a ordem
para fs.. dos atuos n°.. Intitulado:..., comparecer perante este Tribunal o Sr. ... com D.N.I. .. por
direito próprio, com a representação legal do Dr. e dos réus Srs... com o patrocínio legal do dr...
Uma vez aberto o ato pelo juiz, eles foram convidados a tentar a conciliação. Após uma troca de
ideias, uma solução não é alcançada, de modo que a tentativa conciliatória é considerada
infrutífera. As partes são então convidadas a propor um calígrafo especializado, nomeando ... de
comum acordo, com endereço na rua... Em seguida, o ator Sr... que, depois de fazer um juramento
de direito, é questionado de acordo com a afirmação que é aberta neste ato, respondendo a
PRIMEIRA: que é verdade. Nesse estado, os réus, por meio de procuração, ampliam o rol de
cargos da seguinte forma: PRIMEIRA AMPLIAÇÃO: Jurar como é verdade
..........................................................................................RESPOSTAS: Com o qual se encerra o
depoimento do autor, que após leitura e ratificação assina para registro após o Sr. Juiz e perante o
Secretário autorizante.

Assinatura dos réus, Assinatura do ator absolvido


Escritório de Advocacia Escritório de Advocacia
Assinatura do juiz Assinatura do Escrivão

5.3.3. Nomeação de peritos por sorteio.


Na cidade de Mendoza, em .. Dias do mês de... do ano.., sendo o... horas de acordo com a ordem
para fs.. dos atuos n°.. rotulado:..., compareça perante este Tribunal Dr. ... pelo autor
credenciando sua personalidade jurídica através de procuração para julgamentos que se encontra
juntada nos autos e Dr. pelo réu, requerendo o prazo dos arts. 29 do C.P.C. para credenciar o
status jurídico invocado. Aberto o ato pelo Sr. Juiz, as partes solicitam que a nomeação de
Psicólogo Perito seja realizada por sorteio perante o Gabinete dos Profissionais ao qual o Tribunal
delibera: Concessão ao dr.. O limite temporal da arte. 29 do C.P.C. para credenciar a situação
jurídica invocada, sob aviso de lei. Para que o sorteio anterior aconteça, marque uma data para o
dia... às horas, deixando as partes neste ato devidamente notificadas. Para seus fins, oficie ao
Escritório de profissionais.-

Escritório de Advocacia
Assinatura do juiz
Assinatura do Escrivão
4
3
6. Comércios.
6.1. Conceito.
É um ato processual, comunicação escrita que é realizada dentro do processo; Também é utilizado em
ações administrativas.-
Por meio dele, informações são notificadas, informações são coletadas, documentação é necessária,
medidas são organizadas ou delegadas a outros Funcionários ou Magistrados.
É o meio de ação mais comum em processos judiciais.

6.2. Requisitos que deve conter.

• Local e data da sua concessão.-(1)


• Magistrado ou funcionário a quem se dirige.-(2)
• Indicação das páginas do processo onde consta qual é a razão ou o objeto do ofício.-(3)

• Dados de identificação do processo em que o escritório é ordenado.-(4)


• Tribunal de origem.-(5)
• Transcrição do que é notificado, intimado ou enviado quando não é assinado pelo Juiz.- (6)

• Se for para citação, citação, citação, citação, apreensão, apreensão, etc., deve ser indicada a pessoa
a quem será dada a conhecer ou em quem a ordem será executada.-(7)

• Tipo de domicílio: real, legal, especial, local de trabalho expressamente autorizado por decisão
judicial.-(8)
• Pessoa autorizada a completá-lo e retirá-lo.-(9)
• Fechamento ou saudação.-(10)
• Chancela do Tribunal ou Tribunal, e esclarecimento de assinaturas de Juiz ou Secretário bem
colocadas e claras.-(11)
• Qualquer outra circunstância que seja conveniente incluir (em quantas páginas vai a transferência,
que documentação é acompanhada, interrogatórios, declaração de posições, etc.). -(12)

6.3. Coleções especiais.


Quando a comunicação é feita entre diferentes Províncias, de acordo com a Lei 22.172, alguns cuidados
especiais devem ser levados em conta, bem como as disposições que regulam não apenas a preparação
do Ofício, mas quais outros documentos ou cópias devem ser anexados (cf. Arte. 3º, 9º e 7º da Lei
22.172).-
Nota: É conveniente incluir no texto do Gabinete qual o Tribunal a que se dirige (5), uma vez que é
frequente que seja assinado por Juízes ou Secretários interinos, o que pode levar a sua devolução ao
Tribunal dos signatários porque o selo do Tribunal de origem não é claro.
4
4
6.4. Anotações de embargos, inibições e anotações de litis na Diretoria de Registros Públicos.
No caso de imóveis, além do disposto nos arts. 101 do C.P.C devem colocar as referências ou dados dos
mesmos, que determinam tanto a Lei Nacional 17.801- Registro de Imóveis através de Técnicas de
Registro ou a Lei Orgânica dos Tribunais e sua alteração Lei Provincial 1.197.

6.4.1. Embargos.
Conceito.
É uma ordem judicial que individualiza um bem específico do devedor, afetando-o ao pagamento do
crédito pelo qual a penhora foi bloqueada.
Não impede a alienação de bens (art. 1174 e 1179 do Comitê Central), apenas limita esse poder (art.
2513 do C.C).-
A penhora de bens imóveis é bloqueada pela averbação da ordem judicial no Registro de Imóveis, o
mesmo acontece com bens registráveis, como veículos automotores, (eles são registrados no Registro de
Imóveis). Por outro lado, se a coisa apreendida é uma coisa móvel, a apreensão é praticada pela
apreensão da coisa que é colocada sob depósito judicial.

Classificação.
A penhora pode ser preventiva ou definitiva. A primeira é aquela que tende a garantir a eficácia ou o
resultado prático de um eventual processo de conhecimento ou execução. Esse tipo de apreensão pode
ser: executiva e executória.
A penhora executória é o primeiro passo para a venda forçada de um bem do devedor, que com essa
medida é submetida ao juiz, que estabelece, de acordo com o disposto em lei, as condições da lei. Essa
penhora prossegue quando o credor exibe um título que implica execução, ou tem uma sentença
condenatória em seu favor. A penhora executória é aquela que resulta da circunstância de não ter oposto
exceções ao andamento da execução, ou de ter sido indeferida por sentença transitada em julgado. A
penhora executiva torna-se exequível quando se verifica qualquer uma das situações acima mencionadas.
Conclui-se, ainda, que, como a penhora adquire caráter executivo pela simples conversão, não é
necessária decisão judicial que confira expressamente tal caráter.
O interessante notar é que, quando se torna exequível, o embargo se torna definitivo. Enquanto a
penhora preventiva e a penhora executória constituem medidas provisórias, quando esta se torna
executória, o pagamento é feito imediatamente ao credor ou à alienação dos respectivos bens por venda
judicial, conforme o caso. ("Diccionario Manual Jurídico" de José Alberto Garrone, editorial Abeledo-
Perrot, Buenos Aires, 1994, pag. 328).-
4
5
Anotação de embargos.
Conceito.
É a afetação de um ou mais bens do devedor ou pretenso devedor, ao pagamento do crédito sobre o
qual se refere a execução, ou de um crédito que deva ser reclamado e eventualmente discutido em
processo de conhecimento (ordinário ou sumário).
Cartório de Penhora: "O cartório (de apreensões) deve conter designação precisa do imóvel a ser
penhorado, valor pelo qual a medida está bloqueada, dados de matrícula do imóvel no Cartório
de Registro de Imóveis, nome e RG do titular registado.-

6.4.2. Inibições.
Conceito.
Inibição ou inibição geral de bens: ao contrário da penhora de um ou mais bens do devedor,
móveis ou imóveis, a inibição é uma medida cautelar que resulta numa interdição para vender ou
onerar qualquer bem imóvel que o devedor possa possuir no momento em que a medida é
registada, ou que adquira no futuro , uma vez que os notários não podem, sem autorização
judicial, conceder escrituras translacionais de domínio ou constituição de direitos reais quando
emerge da certidão emitida pelo Registo Predial, que há uma inibição em relação ao proprietário
do domínio. ("Diccionario Manual Jurídico" de José Alberto Garrone, editorial Abeledo-Perrot,
Buenos Aires, 1994, pag. 436).-

Gabinete de Inibições.
O instituto que contém a ordem de inibição deve indicar o nome e sobrenome, domicílio,
estado civil: se você é casado em primeiro casamento ou casamento subsequente, se você
tem divórcio ou separação pessoal por sentença judicial, viúvo. Indicação do documento de
identidade, evitando-se, assim, o problema dos homônimos" (art. 30, 31 e 32 Lei 17.801 e art.
313 Lei Org. dos Tribunais).-
"Quando a inibição for decretada por ocasião da falência e da falência, deve ser indicado o juiz
envolvido no caso e domicílio do último negócio (se o negócio falido ou falido for um
comerciante)" (art. 12 Lei 1.197).-
Todos esses dados são importantes, pois na ausência deles, especialmente no número do documento de
identidade, o Chefe da Seção correspondente (Inibições) devolverá o ofício ao Juízo de origem,
informando que o despacho está registrado de forma "provisória" que expirará no vencimento do
prazo acordado.
Esse é um detalhe muito importante que deve ser cuidado ao extremo por conta das implicações
e inconvenientes posteriores apresentados diariamente pelos ofícios que foram escritos de forma
deficiente, incompleta ou descuidada em sua redação.
A devolução dos ofícios que carecem desses requisitos (que tornam sua admissibilidade pela
4
6
Secretaria) se dá dando a conhecer a causa do fato e que a anotação foi feita provisoriamente nos
termos dos arts. 18 inc.a Lei 17.801.

6.4.3. Anotação de litis.


Conceito.
Trata-se de medida cautelar que tem por objeto a publicidade de litígios relativos a bens imóveis
ou registráveis, de modo que o requerente pode opor o alegado direito a terceiros que adquirem
direitos sobre esses bens, que devem arcar com os efeitos da sentença proferida em juízo, sem
poder alegar seu desconhecimento a esse respeito. A anotação de litígio não importa apreensão
ou inibição, nem impede a livre disposição do imóvel; Seu único efeito é a publicidade do litígio,
de modo que os terceiros adquirentes não podem se valer da presunção de boa-fé.
Esse registro destina-se a garantir a publicidade dos processos relativos a imóveis e também a
móveis registráveis (automóveis, motocicletas e ciclomotores), caso a sentença neles a ser
proferida tenha que se opor a terceiros que adquiram bens litigiosos ou em cujo favor se
constitua um direito real sobre eles.

Ofício de anotação de litis.


4
7
Este ofício deve conter o disposto nos arts. 101 do C.P.C e determinar com precisão o registro de
propriedade do imóvel ou móvel registrável em questão, devendo também identificar as partes
litigantes (autor e réu).
Com relação aos imóveis, o registro é autorizado pelos arts. 2 S.A. b) da Lei Nac. 17.801 e com
relação aos veículos automotores, art. 37 do Decreto Regulamentar n.º 9722/60, Decreto-Lei n.º
6582/58.

6.5. Cancelamento de embargos e inibições ou outras medidas cautelares registráveis.


Para anular as medidas cautelares anteriormente bloqueadas e registradas no Registro Público e
Arquivo Judiciário, é expedido ofício à secretaria e seção pertinentes.
Nesses casos, o ofício que dispõe sobre o cancelamento deverá especificar a nota de registro da
anotação que for ordenada para ser cancelada.
Pode ser reregistrada mediante reiteração da decisão do juiz (art. 10 Lei 1.197).-
Em nenhuma hipótese serão anotadas anotações de penhoras, inibições ou medidas cautelares
registráveis, se não for ordenada em ofício. Não deve ser notado pela mera apresentação dos autos (art.
17 Lei 1.197).
6.6. Modelos de Comércio.
a) Ofício de anotação de inibição.
Mendoza, 19 abril 2005 (1)
À Senhora
Diretor do Registro Público e Arquivo Judicial
da Província. Dra. Liliana Vinassa. (2) S /
D

Como eu pedi para fs. 18 (3) do Despacho nº


113.115, intitulado "Sr...................................... C/ Sr......... P/ EXECUCION CAMBIARIA" (4),
oriundo deste Primeiro Tribunal Cível, Comercial e Mineiro, da Cidade de Mendoza (5),
escrevo-lhe a fim de solicitar-lhe, através da Seção de Embargos e Inibições, que tome
conhecimento da INIBIÇÃO (7) decretada contra o sr......,
Argentino, casado pela primeira vez, maior de idade, filho de ..................................... e
...........domiciliado na rua..........................., D.N.I ...............
Saúdo-vos muito sinceramente (9)
Carimbo explicativo (11)
Nota: Pela lei 3269 art. 76 Inc. e), o pedido deve ser endereçado conforme indicado na carta. A
Direcção comunica então a inibição ao Director do Registo do Estado Civil e Capacidade das
Pessoas.
Selo da Corte (11) Assinatura do Juiz
4
8
Os dados sublinhados são indispensáveis em qualquer ofício de inibição: nome completo do réu
e DNI.

b) Ofício de averbação de averbação de penhora de imóveis.

Mendoza, 19 abril 2005 (1)


À Senhora
Diretor do Registro Público e Arquivo
Judicial da Província. Dra. Liliana
Vinassa. (2)
S / D

Como eu pedi para fs. 18 (3) do Despacho


nº 113.115, intitulado "Sr.....................................................C/ Sr................P/ EXECUÇÃO
CAMBIARIA" (4), oriundo deste Primeiro Tribunal Cível, Comercial e Mineiro, da
Cidade de Mendoza (5), escrevo-lhe a fim de solicitar-lhe, através da Secção
correspondente, que tome em consideração a APREENSÃO PREVENTIVA (7) decretada
sobre a propriedade do réu Sr.............................., D.N.I................, inscrito na matrícula N°
.................................................................................. , assento A-1 da Folio Real, para cobrir a
quantia de PESOS QUINZE MIL ($ 15.000.-), que foi orçada provisoriamente para
responder capital, juros e registros do processo acima indicado.
Saúdo-vos muito sinceramente (9)

Selo da Corte (11) Assinatura do Juiz


Carimbo explicativo (11)

Nota: os sublinhados são os dados essenciais que não podem faltar em qualquer cartório de
penhora de imóveis: dados precisos do réu (nome completo e RG), dados precisos do imóvel
(inscrição do mesmo, seja Matrícula ou Volume, no Cartório de Registro de Imóveis) e valor da
penhora.
4
9
c) Escritório de Anotação de Lite.

Mendoza, 19 de abril de 2005 (1) Para a Senhora


Diretor do Registro Público e Arquivo Judicial
da Província.
Dra. Liliana Vinassa. (2)
S / D

Como eu pedi para fs. 18.º, n.º 3, do despacho


n.º ..., intitulado "... c/.. p/ Ex. Cambiaria" (4), oriundo deste Primeiro Tribunal Cível, Comercial
e Mineiro, da Cidade de Mendoza (5), escrevo-lhe a fim de solicitar, através da Secção
correspondente, que tome conhecimento do LITIS (7) que foi decretado relativamente ao imóvel
de propriedade do réu, registado na matrícula n.º ..., assento A-1 do Folio Real.
Para tanto, informe-o que o ator é o Sr. Juan
Carlos Alonso, argentino, viúvo, maior de idade, residente na Calle ... Mendoza, D.N.I e
demanda................., D.N.I....................., , argentino, casado e primeiros casamentos, maior de
idade, filho de Antonio e María domiciliados na rua.......-

Saúdo-vos muito sinceramente (9).-

Selo da Corte (11) Assinatura do


Juiz
Carimbo explicativo (11)

d) Escritório de Anotação de Embargo a Automóveis.


Mendoza, 19 abril 2005 (1)
Ao Senhor
Responsável pelo Cadastro Nacional do
Propriedade do Automóvel Seccional nº 1
Mendoza
Dr. Carlos Gonzalez (2)
S / D
Como eu pedi para fs. 18 (3) do despacho nº. ,
rotulado como "...................................... C/............ P/ EXECUÇÃO CAMBIAL" (4),
oriundo desta Primeira Vara Cível, Comercial e Mineira, da Cidade de Mendoza (5), escrevo-lhe a
fim de solicitar, através da Seção correspondente, que tome conhecimento da APREENSÃO
5
0
EXECUTIVA (7) decretada sobre o veículo automotor de propriedade do réu Sr. , D.N.I.
........................................,registrado sob o domínio KKK 253, em que
Seccional e para cobrir a quantia de QUINZE MIL PESOS ($ 15.000.-), que foi orçada
provisoriamente para responder capital, juros e registros do processo acima indicado.
Saúdo-vos muito sinceramente (9).-

Selo da Corte (11) Assinatura do juiz


Carimbo explicativo (11)

e) Direito Oficio.
(Lei 22172)
Este dispositivo nacional regula a "COMUNICAÇÃO ENTRE TRIBUNAIS DA REPÚBLICA".
Em seu primeiro artigo, lê-se: "A comunicação entre tribunais de competência territorial diferente
far-se-á diretamente por ofício, sem distinção de grau ou classe, desde que exerçam a mesma
competência em razão da matéria".
O oficio ley é o meio através do qual um tribunal da Província de Mendoza, pode solicitar a um tribunal
(ou distribuição) de outra Província ( por exemplo, San Luis) para obter certas informações, ou tomar
uma declaração testemunhal ou absolvição de posições, ou executar certas medidas, tais como:
apreensão de veículo automotor localizado na referida Província, ou averbação de litígio em imóvel cuja
matrícula esteja em outra jurisdição provincial, efetivar um pedido de pagamento, apreensão de veículos,
etc. -

Coleções especiais.

• Designação e número do Tribunal e da Secretaria (1).


• Nome do juiz e do escrivão (2).
• Nome das partes (3).
• Objecto ou natureza da sentença (4).
• O valor pecuniário, se existir (5).
5

• Menção da competência do tribunal oficiante (6).


1

• Transcrição das decisões a notificar ou a cumprir e o seu objecto claramente expresso, se não
resultar da decisão transcrita (7).
• Nome das pessoas autorizadas a intervir no processo (8).
• O selo do Tribunal (9)
• Assinatura do juiz e do escrivão em cada uma de suas páginas (10).

Modelo de Direito Ex Officio.


TRIBUNAL: Primeira Vara Cível, Comercial e Mineira
Primeira Circunscrição Judiciária, Mendoza (1) (6).

JUIZ: Dr.................... (2)..


SECRETÁRIO: Dr................... (2)..
PARTES: Ator: Sr.............................
Recorrido: Sr..........................(3)..
NATUREZA DO PROCESSO: Execução cambial (4).
VALOR: R$ 14.000,00 (5)..
COMPETÊNCIA: por grau, disciplina, quantidade e território (6).
PESSOA AUTORIZADA: Dr..................., Matrícula 22222 (8).

Mendoza, 19 de abril de 2005.


À Senhora
Diretor do Registro de Imóveis da Província de San
Luis Dra.............
S ___ / __ D

Como eu pedi para fs. 18 dos despachos nº. ,


rotulado como " C/ .................................... P/EXECUÇÃO DE PERMUTA",
originário deste Primeiro Tribunal Cível, Comercial e Mineiro, da Cidade de Mendoza, com
endereço na Av. España 480, Planta Baja, Ala Norte de esta Ciudad, Telefone 0261-4493233,
Fax 0261-42436 (CP: 5.500), escrevo-lhe a fim de solicitar que, através da Seção
correspondente, tome conhecimento da PENHORA EXECUTIVA , decretada sobre o imóvel de
propriedade do réu, sr.............................................................................., D.N.I ......., Registado
na matrícula N° ................., Assento A-1, do Folio Real, até que a soma do PESOS seja
coberta
QUINZE MIL (US$ 15.000.-), que foi orçado provisoriamente para poder responder ao
capital, juros e custos do processo indicado acima.
Por precaução, transcrevo a resolução
5
que prevê a medida: "Mendoza, 19 de abril de 2005. Apreensão do imóvel denunciado 2
para
cobrir a quantia de QUINZE MIL PESOS ($15.000.-), que se encontra orçada provisoriamente
para poder responder ao capital, juros e custas do processo. Esteja presente o profissional
autorizado a preencher o cargo. Liberar Lei 22172 .. Fdo. JUIZ" (7).-
Saúdo-vos muito sinceramente.

Secretária de Assinatura Assinatura do juiz


Carimbo explicativo (10) Carimbo explicativo (10)
Carimbo do Tribunal (09)

f) Lei de Certidões.
É o meio usado para notificar transferências, sentenças, rebeliões, expiração de provas, etc., fora
da província de Mendoza.
Tem os mesmos requisitos da certidão comum, mas também deve conter os dados das autoridades
do tribunal de origem: juiz, secretário, domicílio, etc. -

Lei Modelo de Certidão.


CERTIFICADO art. 6 Lei 22.172
Primeira Vara Cível, Comercial e Mineira
Secretariado n.º 1 Selo do
tribunal

Expte. Nº 142.336............ Mendoza, 12/02/01


Sr...(ator).c/ Sr..............(réu). p/ Execução do contrato

NOTIFICAR Para:
6.7. Sr......................, réu (por si só) com endereço real na Rua Entre Ríos n°.........................
Capital Federal.
Um fs. 16 o Tribunal forneceu: Mendoza, 23 de maio de 2000
Do pedido, transferência para os réus com citação e citação de VINTE DIAS, para que
comparecem, respondam e estabeleçam domicílio legal dentro do raio do juízo (arts. 21, 167,
74, 75 e 66 do C.P.C.) Prorrogar o prazo de resposta à transferência por mais onze dias em
razão da distância (art. 64 do C.P.C.) Tenha em mente os profissionais autorizados a
preencher a lei 22.172. É acompanhado de transferência em treze páginas.

Destinatário de assinatura ou advogado ator. Chancela da corte.


5
Carimbo explicativo 3

7. Notificações.
7.1. Conceito.
Podemos conceituar notificação como o ato processual de comunicação pelo qual as partes ou um
terceiro são informados de um pedido ou resolução judicial.

7.2. Formas diferentes.

• Ficta ou por força de lei.-


• No arquivo.-
• Por Certidão e para o correspondente endereço real ou legal.-
• Editais ou Notificação de Edital.-
• Ofício e Exortações.-

7.3. Notificação Ficta. (art. 66 do C.P.C.)


Ligue também para a notificação automática ou pelo Ministério da Justiça.-
São aquelas notificações que se consideram cumpridas, pela mera aparição no rol dos autos do
dispositivo em questão.
Arte. 66 do C.P.C.: Com exceção dos casos expressamente indicados no Código, os processos
judiciais serão considerados notificados a todos aqueles que intervierem no processo, na segunda ou
quinta-feira, ou no dia útil seguinte, seguinte àquele em que ocorreram, se algum deles fosse feriado.
Esta lista é assinada pelo escrivão do Tribunal e inclui todos os processos em que tenha sido
proferida qualquer decisão judicial até ao dia útil anterior, com excepção das decisões que ordenam
medidas provisórias. Nos dias acima mencionados, o arquivo deverá permanecer na Mesa de
Ingressos à disposição dos interessados e, caso não o seja, estes deixarão o devido registro sob sua
assinatura, em livro destinado a esse fim.
O livro de notificações por lista está na Tabela de Ingressos para que o profissional que solicitar um
arquivo na lista com providência e não for exibido, deixe um registro do mesmo. Nesse caso, a
notificação fictícia ocorrerá apenas no dia seguinte indicado para notificações fictícias.
Importante. Esta notificação não substitui a que deve ser praticada por certificado.-

7.4. Notificação no registro. (art. 17 e 71 do C.P.C.)


Os membros do Ministério Público e os funcionários que devam intervir no processo, serão
notificados em seu gabinete.
O Procurador do Estado da Província deve ser sempre notificado nos casos que correspondem à sua
intervenção, nos autos.
5
Consiste no envio do arquivo ao funcionário deixando um registro colocado pelo Chefe da Mesa4 de
Ingressos (carimbo pré-impresso).-
Observação. Esse tipo de notificação também pode ser feito aos envolvidos no processo e, assim,
evita uma notificação por certificado. ART-67 do CPC. Esse tipo de notificação complementa a que
deve ser praticada por qualquer outro meio previsto neste Código (são colocados o carimbo de
notificação e a assinatura do profissional e do Chefe da Bilheteria).

7.5. Notificação no domicílio real/legal e por Certidão (art. 68 e 70 do C.P.C.).


7.5.1. Conceito.
É a notificação judicial que é feita por escrito e através do funcionário que a lei autoriza a fazê-la
(notificador, destinatário).
É um instrumento em virtude do qual a parte ou terceiro toma conhecimento de uma decisão
proferida pelo juiz.

7.5.2. Casuistry. Arte. 68 do C.P.C.


Serão sempre notificados por certidão e no endereço real ou legal correspondente:
a citação para parecer lícita, a citação ou notificação, a petição inicial, a reconvenção, as excepções,
a citação ou notificação de actos, a sentença, os despachos de abertura do processo à prova, a
admissão de provas, a declaração de puro direito, o despacho que põe a falar dos autos, o despacho
que dá a conhecer a apresentação de pareceres e relatórios contabilísticos, designação de
marteladores, data do leilão, audiência de fundamentação, para recebimento de provas, convocação
de testemunhas, peritos, etc. -

7.5.3. Como fazer a Notificação.


Arte. Art. 70 do CPC. Ele reúne a forma e o conteúdo, quem o assina e o procedimento para praticar
a notificação.
Há um síndico em cada tribunal que prepara a certidão ou analisa o cartão feito pelo advogado, e o
envia para o Escritório Centralizado de Notificações por meio de um formulário. O referido
escritório distribui as cédulas por zonas e as entrega a outro destinatário, o notificador, que é quem
realiza o procedimento. As áreas da Grande Mendoza são divididas territorialmente por Acordado
(norma), e por causa da distância do Palácio Judicial (até 50 blocos).

Requisitos.-
Indicação da zona onde se situa o domicílio, do tribunal e da secretaria, local e data de emissão,
número e capa do processo, pessoas a notificar, indicação se é por si só ou através de um procurador,
caso em que é mencionado o nome do advogado e de quem representa, domicílio e sua natureza
(real, jurídica, trabalhista, social), resolução que é notificada com indicação da página em que foi
5
emitida. Nos despachos e acórdãos apenas podem ser transcritos o local, a data e a parte 5
dispositiva
da resolução.
É feito em original e em tantas cópias quantas pessoas com endereços diferentes, devem ser
notificadas.
Pessoa que o faz: administrador judicial do Tribunal.-
A alternativa pode ser feita pelas partes, sob a assinatura do advogado de quem tiver interesse na
notificação.
Quem os assina: o receptor ou profissional.-
Obrigação de assiná-los pelo destinatário notificando:
Embargos, medidas cautelares, entrega de bens ou sentenças e aqueles que correspondam a ações em
que o advogado patrocinador não intervenha.
Deve ser indicado antes de assinar quantas folhas de transferência estão anexadas, ao notificar
transferências ou visitas.

Modelo de Certificado.
ZONA 1
Primeira Vara Cível, Comercial e Mineira Chancela da corte
Secretaria nº 1

Expte nº..................LICENÇA..............................MENDOZA, 12/04/05


Sr.......(ator) C/ Sr.........(réu). E TO. P/ CUMPRIMENTO DO CONTRATO

NOTIFICAR Para:
Sr...........(réu)., por si só, réu domiciliado na rua ..................................................... número....
(domicílio real ou legal, conforme aplicável)

Um fs... o Tribunal providenciou: Mendoza, 1 de dezembro de 2004. Do requerimento


transferido ao réu com citação e citação de VINTE DIAS, para que compareça, responda, fixe
domicílio dentro do raio do Tribunal (arts. 21.167, 74.75 e 66 do C.P.C.) FDO: DR.. JUIZ.
É acompanhado transferência em 3 fs.
Assinatura do destinatário ou advogado
Carimbo explicativo

7.5.4. Notificação Edital.


Editais.
Conceito. É uma forma de notificação ou conhecimento dirigida a pessoas incertas ou de domicílio
desconhecido pela qual o conteúdo de uma decisão judicial é dado a conhecer (art. Art. 72 do
5
C.P.C.). - 6

Nota: é publicado no Diário Oficial e em jornal de maior circulação na Província três vezes com dois
dias de intervalo se for a citação para ser lícita, responder demanda e apenas uma vez se se tratar de
sentenças. (art. 72 Inc. IV do C.P.C.). -

7.5.5. Notificação por Ex Officio


Quando a notificação não puder ser feita por certidão do local de localização do domicílio,
corresponde à elaboração de ofício que se dirige ao Juiz de Paz ou Cível do local onde a notificação
deve ser praticada.

Mendoza, 04 de setembro, 2.004


Ao Senhor
JUSTIÇA DE PAZ DE VILLANUEVA
GUYAMALLÉN
DR........................................
S.............................../............................D

De acordo com o que pedi nos carros nº.. Títulos:


.............................................oriundo desta Primeira Vara Cível, da Primeira
Distrito Judiciário, escrevo-lhe a fim de solicitar que notifique o réu Sr. Com endereço
real em... Villanueva, Guaymallén Mendoza, a resolução que transcreve em data e parte
pertinente diz: Mendoza... Da demanda transferência ao réu com citação e citação de DEZ
DIAS, para que compareça, responda e constitua domicílio legal dentro do raio do Juízo. (arts.
21, 212 Inc. 1, 74, 75 C.P.C.)
É acompanhado de traslado em Fs.
Saudações aos EUA Muito atte.

Chancela da corte Assinatura e chancela do Juiz.

TEMA IV: JURISDIÇÃO TRABALHISTA

1. Direito do Trabalho.
1.1. Introdução.
O objeto dessa disciplina autônoma do direito está voltado exclusivamente para o trabalho humano
dependente, ou seja, qualquer ação humana que produza um resultado, atividade lícita que é prestada
5
em favor de outrem, em troca de remuneração. 7

• Do que se conclui que a nota determinante é a qualidade da DEPENDÊNCIA desse esforço. Isso
significa que a atividade que é fornecida é para outra pessoa se apropriar; há uma relação de
autoridade; de modo que a pessoa que realiza o esforço físico ou intelectual o faz para que ele
seja usado por outro que lhe dê uma remuneração em troca e que ao mesmo tempo tenha a
possibilidade de dirigir esse trabalho, orientando-o para seus próprios fins.

• No entanto, o sujeito que trabalha não o faz apenas pelo dinheiro (remuneração) que obterá em
troca, mas fundamentalmente porque, ao fazê-lo, dignifica-se como homem e como sujeito
criador. Então, pode-se dizer que o trabalho dependente tem um valor social intrínseco que
representa um ato de solidariedade, pois ao mesmo tempo em que engrandece quem o presta,
presta um serviço à sociedade.

• Por isso, a arte. O art. 4º da Lei do Contrato de Trabalho (L.C.T.) define o trabalho como a
atividade produtiva e criativa do próprio homem, e só então deve-se entender que há uma relação
de troca e uma finalidade econômica entre as partes.
Assim, entender que o homem que trabalha não é uma máquina, nem seu trabalho uma mercadoria,
ou um mero recurso, nos permite estabelecer que o trabalho é feito para o homem e não o contrário,
sendo apenas um meio, nunca um fim.
Ao enfatizar a nota de dependência, pode-se dizer que o trabalho autônomo, benevolente e familiar
está excluído dessa disciplina. A primeira porque o fruto do trabalho pertence a quem o empresta, de
modo que o sujeito participa igualmente dos ganhos e perdas, a subordinação ou a dependência está
ausente, já que ninguém o dirige. A segunda, porque sua finalidade é uma obra de caridade ou
caridade, não busca remuneração ou ganho econômico; e a última porque é realizada para o que
significa o auxílio derivado do vínculo de parentesco, nem persegue uma finalidade lucrativa.

1.2. Direito do Trabalho.


Regulamentos aplicáveis.-
A Constituição Nacional estabelece os princípios fundamentais do direito do trabalho, especialmente
por meio dos arts. 14 bis da Constituição Nacional (C.N.). -
Por sua vez, o desenvolvimento desses princípios, bem como dos institutos que são próprios, tais
como: regime remuneratório, férias, suspensão do contrato por motivos diversos, causas de
demissão, indenização por demissão sem justa causa, etc., estão legislados na Lei do Contrato de
Trabalho (LCT) e suas leis modificativas.
O estudo e a regulação desse trabalho dependente que é o Direito do Trabalho é de direito privado
constituído por normas de ordem pública.
Ordem pública é uma noção de difícil definição, pois responde aos valores socioculturais, políticos e
econômicos de uma dada sociedade em um momento específico. São as normas que o Estado
privilegia porque se interessa pelo interesse público e pela paz social. No caso do Direito do
5
Trabalho, ele representa o mínimo de condições dignas a que o trabalho dependente deve 8
estar
submetido; Considerando que somente restringindo o livre arbítrio do empregador é que se pode
desenvolver o contrato de trabalho. É, portanto, o piso mínimo abaixo do qual as condições de
trabalho acordadas não são válidas.
A lei estabelece condições dignas e equitativas de trabalho, passando, assim, pela limitação da
autonomia da vontade das partes contratantes, para favorecer o trabalhador que supõe em condição
de vulnerabilidade; cria, então, uma desigualdade jurídica, para compensar a desigualdade social e
real entre o dono do capital e dos meios de produção e o assalariado; E o faz porque interessa a toda
a sociedade e responde ao princípio da justiça social.

1.3. Princípios próprios.

• Se nossa disciplina se caracteriza por formar um ramo autônomo do direito, embora descolada do
tronco do Direito Civil, ela possui princípios característicos e exclusivos. São sobretudo o
princípio protetivo, estabelecido na Constituição Nacional, pelo art. 14 bis que especifica que o
trabalho em todas as suas formas gozará da proteção das leis; Garantindo ao trabalho dependente
todas as conquistas alcançadas ao longo do tempo, não só do ponto de vista individual, mas
também dos trabalhadores associados - sindicatos - e no âmbito previdenciário e familiar.
Arte. 14a diz: "O trabalho em suas diversas formas gozará da proteção das leis, que assegurarão
ao trabalhador: condições dignas e equitativas de trabalho; horário de trabalho limitado; descanso
e férias remuneradas; remuneração justa; salário mínimo e móvel; salário igual para trabalho
igual; participação nos lucros das empresas, com controle da produção e colaboração na gestão;
proteção contra demissão arbitrária; estabilidade do servidor público; Organização sindical livre e
democrática, reconhecida pela simples inscrição em cadastro especial.
Aos sindicatos é garantido: celebrar convenções colectivas de trabalho; recurso à conciliação e à
arbitragem; o direito à greve. Os representantes sindicais gozam das garantias necessárias ao
cumprimento da sua gestão sindical e das relativas à estabilidade do seu emprego.
O Estado concederá os benefícios da seguridade social, que serão abrangentes e inalienáveis. Em
especial, a lei estabelecerá: seguro social obrigatório, que será prestado por entidades nacionais
ou provinciais com autonomia financeira e econômica, administrado pelos interessados com a
participação do Estado, sem que haja sobreposição de contribuições; pensões e pensões móveis;
proteção integral da família; a defesa do bem da família; compensação econômica familiar e
acesso à moradia digna".
Baseia-se no conceito anterior da situação de desigualdade empresarial em que o trabalhador se
encontra. Pois é ele quem está inserido em uma organização empresarial estrangeira - a fonte de
trabalho - de modo que, ao contratar, na maioria das vezes, dificilmente conseguirá fazer valer suas
pretensões com todas as suas forças. Seu único capital é sua capacidade de trabalho, vis-à-vis o
proprietário dos meios de produção. Como oferece apenas sua força de trabalho orientada para a
realização de fins que lhe são estranhos - o lucro do empregador -, a lei deve, necessariamente,
5
tomar precauções extremas para protegê-la. 9

Assim, o princípio protetivo - eixo da nossa disciplina - está fortemente consagrado tanto na lei geral
do contrato de trabalho: Lei do Contrato de Trabalho (L.C.T.), como no processo que decorre nos
Tribunais para fazer valer aqueles direitos que a lei consagra.
Ela se manifesta de várias formas: a conhecida como "indubio pro operario", o que significa que,
diante da dúvida na interpretação da lei, a versão que favorece o trabalhador deve ser sempre
preferida. Também a regra da norma mais favorável e a da condição mais benéfica.-
Está estabelecido nos arts.7, 8 e 9 da L.C.T.

• Art.7º: "Condições menos favoráveis. Nulidade. As partes, em hipótese alguma, poderão acordar
condições menos favoráveis ao trabalhador do que as previstas nas normas legais, acordos
coletivos de trabalho ou sentenças com força de tais ou que lhes sejam contrárias. Tais atos
acarretam a sanção prevista no art. 44 desta lei."

• Art.8º: "Condições mais favoráveis decorrentes das convenções colectivas de trabalho. As


convenções colectivas de trabalho ou as adjudicações com força de regras mais favoráveis aos
trabalhadores são válidas e aplicáveis. Aqueles que atenderem aos requisitos formais exigidos por
lei e que tenham sido devidamente individualizados, não serão objeto de prova em juízo.

• Arte. 9º: "O princípio da regra mais favorável ao trabalhador. Em caso de dúvida sobre a
aplicação de normas legais ou convencionais, prevalecerá aquela mais favorável ao trabalhador,
considerando a norma ou conjunto de normas que rege cada uma das instituições do direito do
trabalho.
Se a dúvida estiver na interpretação ou alcance da lei, os juízes ou encarregados de aplicá-la
decidirão na direção mais favorável ao trabalhador.
As convenções coletivas de trabalho (CTCs) são o resultado da negociação coletiva entre o sindicato
mais representativo de uma atividade, que tem status sindical, e os representantes dos empregadores,
o que se refere a melhores condições de trabalho do que as estabelecidas pela LCT. Os prêmios são
interpretações de acordos coletivos feitas pelo órgão autorizado e aprovadas pelo Ministério do
Trabalho. Tanto o C.C.T. Como os prêmios aprovados têm a mesma força que a lei para todos os
trabalhadores daquela atividade, mesmo que não fossem filiados.
É também um princípio relevante o da inalienabilidade dos direitos do trabalhador, de modo que
jamais se presumirá que o trabalhador renuncia aos direitos que o ordenamento jurídico lhe
consagra.
Assim, a arte. 12 da L.C.T. diz: "Inalienabilidade. É nulo qualquer acordo de partes que suprimira
ou reduza os direitos previstos nesta lei, nos estatutos profissionais ou nas convenções coletivas,
seja no momento de sua celebração ou execução, seja no exercício de direitos decorrentes de sua
extinção."
Outro princípio importante é o da preservação da relação de emprego. Em caso de dúvida quanto ao
termo do contrato de trabalho, deve ser dada preferência à interpretação que sustenta a sua
6
continuidade. 0

Art.10 L.C.T.: "Conservação do contrato. Em caso de dúvida, as situações devem ser resolvidas em
prol da continuidade ou subsistência do contrato.
De valor indiscutível é o princípio da gratuidade, segundo o qual é assegurado ao trabalhador o
acesso aos direitos que lhe são consagrados, bem como comparecer a julgamento para reclamar sem
gastar. Assim, art.20 L.C.T. que diz: "Gratuidade. O trabalhador ou seus titulares de direitos
gozarão do benefício da gratuidade em processos judiciais ou administrativos decorrentes da
aplicação desta lei, estatutos profissionais ou convenções coletivas de trabalho.
Sua casa não pode ser afetada para o pagamento de custos em qualquer caso.
Tão indesculpável quanto ao fundo do processo, as custas devem ser suportadas solidariamente
entre a parte e o profissional atuante.

2. Direito Processual do Trabalho.


Uma vez delineados os principais critérios orientadores do direito material ou material consagrados
aos trabalhadores, é oportuno adentrar no domínio em que esses direitos serão reconhecidos ou
defendidos contra a sua subjugação.
Nesses casos, o sujeito titular desses direitos - o trabalhador - precisa ter uma ação, a fim de alcançar
a verdadeira efetividade desse direito, para que não fique letra morta.
Assim, a ação configura-se como o ato inicial do processo, concebido como o conjunto de poderes
jurídicos que o tribunal pretende fazer autoritariamente, pois através da ordem judicial (sentença)
algo será ordenado a ser feito por coação.
Para o exercício da ação, tanto o titular particular do direito, quanto aquele contra o qual a ação é
dirigida, os funcionários e auxiliares, devem ajustar suas ações a regras e formas predeterminadas
que compõem o que é conhecido como processo.
Com a qual o processo aparece como uma estrada, uma faixa pela qual ele deve percorrer para
alcançar o reconhecimento do direito e na qual uma ordem deve necessariamente prevalecer.
O processo pode, assim, ser conceituado como a série gradual, ordenada, onde um ato é
necessariamente seguido por outro, sem poder retroceder, atos disciplinados pelo Direito Processual,
que são realizados perante os órgãos públicos predispostos (juízes), com a intervenção de
particulares (as partes) e auxiliares de justiça, por qual caminho se busca investigar a verdade real
para realizar os direitos consagrados no direito material.
Em geral, os princípios não diferem substancialmente daqueles tratados no processo civil; tanto que,
embora exista um Código de Processo do Trabalho (CPL), quando surgem situações dentro do
processo que não estão contempladas no referido código, devem ser utilizadas as regras do Código
de Processo Civil (CPC), que assim se aplica adicionalmente ao processo trabalhista.
A principal e substancial diferença é que o processo de trabalho, quando realizado para satisfazer
créditos derivados da relação de trabalho dependente, que é considerado de natureza alimentar, uma
6
vez que é o salário que o trabalhador necessita para cobrir suas necessidades vitais e as de 1sua
família, ou a indenização - que pode ser por demissão ou por doença ou acidente de trabalho - deve
ser mais rápida do que o processo civil. Portanto, os prazos que são tratados nessa via processual são
menores para todos os tipos de processos que são veiculados na jurisdição trabalhista.
Prevalece também como objetivo descobrir a VERDADE REAL, ou seja, tentar através das provas
reconstruir os fatos que antecederam o conflito da forma mais próxima da realidade, podendo nesta
investigação ir além do que é oferecido pelas partes. Ao contrário do processo civil, embora as
partes proponham provas, o Tribunal pode produzir outras provas, oficiosamente. Daí decorre o
papel ativo desempenhado pelo Juiz que não apenas dirige o processo, mas também investiga de
forma autônoma.
Isso está refletido no art.19 do C.P.L. que diz: "Uma vez apresentada a denúncia, o procedimento
será iniciado de ofício pelo juízo, para o qual ordenará as providências necessárias e convenientes
ao andamento do processo, dispondo de amplos poderes de apuração dos fatos submetidos à sua
decisão.
Também a serviço da verdade real está a nota determinante da ORALIDADE do ato da audiência de
causa, ou debate oral, que é o ato central de todo o processo. Concentram-se todas as provas –
instrumentais, periciais, testemunhais e posicionais – que são realizadas perante o Tribunal, as partes
e seus advogados.
Com a oralidade do ato central, incorporam-se os princípios do imediatismo, da concentração,
da publicidade e da continuidade, instrumentos essenciais para alcançar a reconstrução histórica.
Com efeito, o meio normal e mais preciso de transmitir e receber informação é a palavra falada -
uma vez que não só pelo nível sonoro a verdade é traduzida, há também os gestos e, em geral, a
atitude do falante -; Por imediatismo, as provas são recebidas diretamente pelos juízes e pelas partes,
sem a interferência que seria implícita nas declarações escritas; concentração significa que todos os
meios de prova são reunidos em um único ato; a publicidade é a garantia para as partes, pois
qualquer pessoa pode assistir ao ato de produção de provas, ou seja, ouvir testemunhas, perícias, etc.
e a continuidade significa que o ato de colher e produzir todas as provas começa e termina
simultaneamente em um único ato processual; o que facilita ao Juiz a reconstrução dos fatos,
mandando-os reunir.
A consagração de todas essas características está prevista no art. 1º do C.P.L. quando afirma: "A
Justiça do Trabalho julgará, ressalvados os procedimentos especiais previstos nesta lei, em única
instância e em julgamento oral e contínuo... "
A instância única significa que a sentença proferida pela Justiça do Trabalho encerra a questão a ser
julgada. Não há possibilidade de que essa decisão seja revista por outro Tribunal de Apelação. As
sentenças trabalhistas são irrecorríveis. Somente e com critérios restritivos pode recorrer ao
Supremo Tribunal de Justiça da Província por recurso extraordinário, mas para questões muito
graves e específicas.
6
2.1. Partes no Processo do Trabalho. 2

Em geral, quando se fala das partes no processo, faz-se referência ao sujeito que vai em busca de
justiça e inicia a ação, que se chama ATOR, e no caso de uma disputa onde o que deve ser resolvido
é um conflito de interesses, sua pretensão é dirigida contra outro - que não sabe o direito do qual é
proprietário ou o viola - que se chama RÉU.
Trata-se do contraditório típico, onde há uma licitação de interesses que o Juiz resolverá quando
chegar à resolução judicial por excelência que é a sentença.- Este declarará o direito de corresponder
e ordenará a satisfação almejada pelo agente ao iniciar a ação por meios coercitivos: primeiro
ordenar o pagamento ou a obrigação de fazer o que foi exigido dentro de um determinado prazo e, se
a violação persistir, por meio da execução.
Também pode haver processos em que nenhum outro é exigido de qualquer dar ou fazer, ou seja,
não é contraditório, mas o que se busca é o reconhecimento de uma situação, por exemplo, que o
trabalhador seja reconhecido os anos de serviço junto a um empregador para poder apresentá-lo para
obter os benefícios da aposentadoria. São os chamados processos de jurisdição voluntária.
No primeiro, tanto trabalhadores quanto empregadores podem ser atores, enquanto no segundo
apenas o trabalhador.
O trabalhador-agente pode optar por ajuizar a jurisdição de:
a) o local de trabalho;
b) o local de celebração do contrato de trabalho; ou
c) O domicílio do réu.-
Quando o empregador for o autor, deve sempre protocolar no Juiz do domicílio do trabalhador. Isso
para evitar causar despesas de viagem ao trabalhador e assim poder se defender (pelo princípio da
gratuidade).
No processo de trabalho, apenas os conflitos individuais de trabalho são ventilados; Para que
nenhuma questão de disputa coletiva, como greve ou problema entre sindicatos, pudesse ser ajuizada
na Justiça do Trabalho.
O empregador pode ser uma pessoa singular, um grupo de pessoas singulares associadas em
qualquer tipo de sociedade - comercial ou civil -, com ou sem fins lucrativos - Mútuas, Obras
Sociais - e, em geral, qualquer pessoa que tenha requerido os serviços de um trabalhador
dependente.
Trabalhador é sempre uma pessoa física. Também pode ser menor a partir dos 14 anos, porque é a
partir dessa idade que lhe é permitido trabalhar, embora com autorização dos pais e com intervenção
obrigatória no julgamento do Conselheiro de Menores. A idade de trabalho da maioridade é de 18
anos. Os menores adultos – que são chamados de 18 anos a 21 anos – têm a mesma capacidade de
estar na Justiça que os adultos. Por outro lado, para o empregador, aplicam-se as regras de
maioridade da lei civil, ou seja, o empregador deve ter 21 anos de idade ou mais. Menores de 14
anos que trabalham também podem comparecer à Justiça.
6
Como é imprescindível atuar no processo a representação legal - que é de um advogado do 3
registro
(art. 22 do C.P.L. e art.32 da Lei de Honorários Advocatícios, 3641 texto ordenado)- nas ações
trabalhistas iniciadas pelo trabalhador a representação, ou seja, o poder que se estende ao advogado
de representar seu cliente, é exercida através do que se denomina poder apud-acta, que consiste na
representação perante um oficial de justiça que atesta a assinatura do trabalhador, o que não incorre
em despesas que respeitem o princípio da gratuidade. Na prática, é realizado perante o Chefe da
Mesa Única derivando arquivos da Justiça do Trabalho, embora em áreas remotas possa ser feito
perante o Juiz de Paz. Está previsto nos arts. 23 do C.P.L. onde se lê: "A representação em juízo
poderá ser feita por procuração apud-acta, autenticando a assinatura do outorgante pelos
Secretários do Poder Judiciário ou por qualquer Juiz de Paz da Província. Em caso de
impedimentos do trabalhador ou empregado, o referido instrumento poderá ser assinado por
qualquer pessoa habilitada, a seu pedido, perante o atuário que certificará.
Esse poder apud-acta substitui o poder para ações judiciais que devem ser instrumentalizadas por
escritura pública perante Escribano. Trata-se de um poder especial, portanto, restrito à ação penal
pelos itens que constam da ata.
O princípio da gratuidade já referido e contido na L.C.T. está refletido no art.21 do C.P.L. que diz:
"Os trabalhadores ou seus sucessores gozam do benefício da assistência judiciária, ficando isentos
de qualquer imposto ou taxa. A emissão de testemunhos ou certidões de nascimento, casamento ou
óbito, e suas legalizações, também será gratuita. Os documentos apresentados pelo trabalhador
devem ser admitidos mesmo que não tenham o carimbo da lei, sem que isso impeça a
fundamentação da causa e sem prejuízo do disposto no Código Tributário.
Para preservar a igualdade processual entre as partes, no processo trabalhista o empregador não paga
impostos de justiça ou contribuições aos advogados. É apenas no ditame da sentença que põe fim à
disputa em que são calculadas as despesas da justiça que, ao integrar o que se chama de "custas", são
suportadas por aquele que foi vencido.
Além disso, são aplicáveis os conceitos de direito civil, no que se refere ao litisconsórcio ativo.
(pluralidade de atores) e passivos (pluralidade de réus) e terceiros (intervenientes: que auxiliam na
defesa; ou excluindo: que deslocam o réu original na defesa) que podem intervir na ação.

2.2. Tipos de Processos.


Os já referidos de conhecimento: são aqueles que buscam a resolução judicial que declara um direito
e ordena o cumprimento. No direito do trabalho, devido à brevidade dos prazos, são comparáveis ao
processo sumário do direito civil, mas possuem amplitude probatória, investiga-se para se chegar à
verdade real. Inicia-se com a aplicação (escrita onde o que se pretende é expresso com base no
direito material); transferência ao réu para responder e se defender; da resposta revisitada à parte
autora com o único propósito de oferecer contraprova se houver fatos novos na resposta; não tem
abertura para provas, pois ao exigir e responder todas as provas devem ser oferecidas - o que
6
economiza tempo, pois elimina etapas que existem no processo civil que prolongam os 4
julgamentos
- as provas são admitidas; as que são escritas são realizadas, como virar gabinetes pedindo laudos,
enviar para solicitar outros expedientes, realizar perícias pelos auxiliares do processo; e, por fim,
chega à audiência da causa onde se concentra como já antecipado todas as provas, inclusive
testemunhas e depoimentos das partes; os advogados fazem as alegações (que é a análise das provas
produzidas e produzidas por cada parte), passando o Tribunal a proferir uma sentença no curto prazo
de quinze dias úteis.
Dentro dessa categoria de juízo de conhecimento, mas ainda mais rápido, há um julgamento sumário
para restabelecer as condições de trabalho alteradas pelo empregador. Seus prazos são reduzidos
porque o julgamento é realizado enquanto vigora o vínculo empregatício. Elimina-se a fase de
citação ou notificação do requerido para a citação do pedido; Apresentada a petição inicial, é
marcada uma audiência que é convocada para ouvir e responder oportunidade em que o réu se
defende e vai diretamente produzir a prova.
Também é conhecida a chamada "proteção sindical", que é a ação tomada pelo representante
sindical quando o empregador o impede de exercer sua função sindical. Trata-se do mesmo
procedimento sumário descrito no número anterior (audiências e respostas, art.91.º do C.P.L.). -
No contexto da atividade sindical, o empregador também pode iniciar um julgamento sumário e
sumário para levantar a imunidade do sindicalista para que ele possa ser tratado como um
empregado comum. É a chamada ação de exclusão tutelar.
Há os julgamentos executivos, em que se trata de tornar efetiva a pena. Executivos para a cobrança
de remuneração.-
Ação especial de despejo quando o trabalhador foi concedido como acessório ao contrato de
trabalho moradia - muito comum em trabalhos rurais, ou home jobs - e finda a relação de emprego, o
trabalhador continua ocupando o cômodo; lá o empregador inicia o despejo perante a Justiça do
Trabalho.
Outro tipo especial de processo é o da insolvência do empregador, que ocorre quando o trabalhador
lesado não consegue cobrar o condenado por estar insolvente, ele precisa declarar essa insolvência
para poder cobrar o Fundo de Garantia criado pela lei de riscos ocupacionais.- Também as ações de
execução para a cobrança de multas por violações das leis trabalhistas.- Por fim, a Justiça do
Trabalho julga em nível de recurso.de decisões administrativas. Por exemplo, os litígios de serviço
doméstico que são resolvidos pela Subsecretariado Trabalho, quem quer revisão dessa resolução
(trabalhador ou empregador) recorre às Câmaras do Trabalho.
Medidas cautelares também podem ser ajuizadas na Justiça do Trabalho e também em processos
cíveis.

3. Organização da Justiça do Trabalho.


Como já antecipado, o processo trabalhista é uma instância única. Isso torna necessária a
6
organização da Justiça do Trabalho por meio das CÂMARAS DO TRABALHO, sendo seis5 na
Primeira Circunscrição Judiciária, duas na Segunda, duas na Terceira e uma na Quarta. São órgãos
colegiados compostos por três juízes de secção; o número nos órgãos colegiados deve ser
necessariamente ímpar para permitir uma maioria no caso de algum dos juízes não concordar com a
resolução; Nesse caso, é resolvido por maioria que é feita por dois membros.
A partir do ano de 2002 em que foi feita uma modificação parcial na C.P.L., inverteu-se o princípio
geral que prevalecia desde a criação da Justiça do Trabalho em Mendoza de que todos os processos
deveriam ser atendidos pela Câmara na íntegra. ou seja, com os três juízes. O Tribunal foi agora
dividido em três secções, cada uma composta por um dos três juízes, de modo que a jurisdição é
exercida de forma unipessoal em todos os casos, com apenas duas excepções: (a) que, no entender
do Tribunal, as questões a resolver são muito complexas e (b) que o autor na petição inicial ou o réu
o solicite quando comparecer para responder à intervenção do Tribunal Pleno.-
O Ministério Público representado pelo Procurador da Câmara intervém obrigatoriamente no
processo trabalhista, pois não se deve esquecer que o tema do Direito do Trabalho possui forte
conteúdo de normas de ordem pública, interessando ao Estado sua observância quando o interesse
social estiver em jogo.
A sua ingerência no processo laboral é secundária na medida em que consiste na assistência técnica
prestada ao juiz através de tarefas de aconselhamento, acompanhamento e fiscalização do
cumprimento de disposições destinadas a assegurar a boa administração da justiça. Suas opiniões
não são vinculantes e, portanto, vinculativas para o Juiz, apenas ilustrativas.
Assim, de acordo com os arts. 11 do C.P.L.: "Ao Ministério Público compete:
a) Representar e defender interesses tributários;
b) Intervir em qualquer questão judicial que diga respeito a pessoas ou bens de menores,
alienados e outros incapazes, e iniciar em sua defesa as ações ou recursos necessários,
individualmente ou em conjunto com seus representantes legais;
c) Zelar pelo cumprimento das leis, decretos, regulamentos e demais disposições a serem
aplicadas pela Justiça do Trabalho, para o que interporá os recursos judiciais cabíveis;
d) Em disputas de jurisdição e competência;
e) Em casos de reacusação de juízes e nulidades processuais;
f) Nos recursos de decisões transitadas em julgado de natureza administrativa;
g) Em ações judiciais de jurisdição voluntária;
h) Nos casos de redução salarial ou modificação das condições de trabalho;
i) Representar o Fundo de Garantia criado pela Lei 9688".-
No caso da justiça do trabalho de uma única instância jurisdicional, diferentemente do processo
civil, ela não pode ser impugnada (ou seja, opor-se à intervenção de um juiz específico em um caso
específico) sem manifestação da causa que justifique o afastamento do juiz natural.
A sentença emanada da Justiça do Trabalho - seja de juiz singular ou do Tribunal Pleno - só
6
excepcionalmente e por razões restritas, pode ser objeto de recurso extraordinário 6
perante o
Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Província, procedimento que está regulamentado no Código
de Processo Civil.
Não há instância anterior à Justiça do Trabalho que seja obrigatória na sede administrativa, ou seja,
perante a Subsecretaria do Trabalho da Província. As partes que possuem um litígio trabalhista
individual, se assim o desejarem, podem recorrer ao órgão administrativo, mas apenas pela
esperança de um acordo extrajudicial e voluntário que, de fato, dificilmente se concretiza.

3.1. Atos Processuais.


Quanto à formação dos autos, aos requisitos formais dos documentos, aos livros que tramitam na
Justiça do Trabalho, aplicam-se plenamente as disposições do processo civil; Referimo-nos,
portanto, ao que está especificado nessa matéria relativamente a esses pontos.
Há apenas alguma diferença em termos de notificações. Em geral, as modalidades de citação são
essencialmente as mesmas do processo civil, ou seja:
- Notificação fictícia ou por aparição, na lista diária: De acordo com o art.34 do C.P.L.:
"Considera-se que qualquer ordem judicial foi cumprida pelo Ministério da Justiça na terça e
sexta-feira de cada semana, ou no dia útil seguinte, se alguma delas não tiver sido, salvo nos casos
em que esta lei ou o tribunal prevejam que deve ser notificada sob outra forma." A diferença com o
processo civil são os dias estabelecidos, no nosso caso: TERÇA E SEXTA-FEIRA.
- Notificação nos autos: é a mesma do processo civil, refere-se à notificação ao representante do
Ministério Público (Ministério Público ou Distrito) e aos oficiais de justiça.
- Notificação por certidão: Art.35 do C.P.L. Nele se lê: "Notificarão por certidão:
a) A citação ou notificação da petição inicial, da reconvenção, das defesas e das defesas;
b) A intimação para absolvição de cargos e para o reconhecimento de documentos, bem como os
dirigidos a pessoas alheias ao processo;
c) Audiências e audiências de conciliação;
d) Sentenças se não tiverem sido proferidas em audiência;
e) Despachos interlocutórios e os que resolvem recursos de reversão e esclarecimento;
f) Resoluções que prevejam intimações ou advertências não previstas diretamente em lei, e a
retomada de prazos suspensos por prazo indeterminado;
g) Resoluções que apliquem correções disciplinares ou dêem a conhecer medidas cautelares ou
sua modificação ou levantamento;
h) O primeiro despacho expedido após o expediente ter retornado do arquivamento judicial ou ter
permanecido no Tribunal como expressamente paralisado ou fora da Secretaria por mais de 3
(três) meses;
i) As resoluções expressamente designadas por lei ou excepcionalmente ordenadas pelo Tribunal.
As cédulas com os requisitos previstos no Código de Processo Civil serão processadas pelos
6
funcionários judiciais, quando a citação for feita dentro do raio fixado pelo Supremo 7
Tribunal
Federal, e pela Polícia Provincial, quando a comunicação tiver de ocorrer fora desse raio e dentro
da Província. Quando a diligência tiver de ser realizada fora da Província ou num país estrangeiro,
uma carta oficial ou exortação será dirigida, conforme o caso, pelo Tribunal com jurisdição no
local onde a diligência deve ser praticada.
A carteira de identidade poderá ser substituída, a pedido do interessado, por telegrama ou
documento de carta. Em todos os casos, a notificação por mandado será feita a pedido do Juízo, no
prazo de 3 (três) dias contados da expedição do despacho."
Comose observa, remete ao Código de Processo Civil quanto à forma como as certidões são
lavradas, de modo que os modelos que constam no direito civil são plenamente aplicáveis a esse
processo. A diferença substancial é que, fora do raio de trinta quarteirões da Corte, em vez de
notificar por escritórios dirigidos aos Juízes de Paz Departamentais, é a Polícia Departamental que é
responsável por notificar dentro da Província. Caso contrário, fora da província, aplicam-se os
modelos previstos no processo civil (cartas rogatórias, lei oficial 22.172 e lei documental 22.172).

3.1.1 Gabinete Modelo para a Polícia:

Mendoza.......de...............de 2005.-

Ao Senhor

COMISSÁRIO DA SECÇÃO
LAS HERAS- MENDOZA
S/D.-----------------------------------------------

De acordo com a ordem para fs.................das


ordens nº................................................................................................................................,
intitulado: "XX c/ ZZ p/ Acum.Obj.Acc.", tenho o prazer de lhe escrever, a fim de solicitar-lhe
que providencie, através de quem corresponde, a convocação da testemunha Mr.NN, com
endereço em...........................................................................................................................-
A testemunha deverá comparecer perante este
Juízo, munida de documentação que comprove sua identidade, para prestar depoimento na
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO marcada para o dia , sob aviso
de
lei (arts.20 e 60 CPL).-
No ato da notificação, entregar a cópia anexa do
presente documento, devendo esta carta ser restabelecida com a notificação pertinente de
6
todas as pessoas a serem intimadas, informando, se for o caso, o motivo pelo qual a 8
notificação
não foi realizada, com urgência perante a Seção correspondente, Assinado e datado pelo
notificante.-
Saúdo-vos muito bem.-

- Notificação por edital: de acordo com o art.36 do C.P.L.: "Quando o domicílio do réu for
desconhecido, a notificação será feita por editais publicados no Diário Oficial da União por 5
(cinco) dias. Se o autor for trabalhador, a publicação será gratuita, mas paga pelo réu, se este for
condenado nas despesas. As notificações passarão a ser efectuadas nos bancos do Tribunal."

4. Atos processuais específicos do Direito Processual do Trabalho.


4.1. Conciliação.
A conciliação é um negócio jurídico processual por meio do qual as partes – autor e réu – com a
presença do Juiz, põem fim ao processo, autocompondo o litígio, ou seja, chegando a um acordo que
põe fim à situação de conflito que as levou ao julgamento.- No processo trabalhista ela adquire
notória importância porque, Bem utilizada, constitui arma eficaz para encerrar a disputa mais
rapidamente, o que significa se apropriar da urgência que geralmente preside aos créditos de
natureza alimentar como os nascidos de uma relação de emprego.
Está legislado no artigo 40 do C.P.L., que dispõe: "Nashipóteses previstas neste código, o Tribunal
poderá propor qualquer fórmula de conciliação, visando a:
a) Corrigir erros materiais que possam ter sido incorridos;
b) Aumentar os fatos admitidos, reduzindo a atividade probatória;
c) Buscar uma solução total ou parcial do litígio.-
Obtido o acordo entre as partes, este será registrado na respectiva ata. Após ouvido o Ministério
Público, será resolvida a homologação que produzirá os efeitos da coisa julgada.
Para os casos de conciliação parcial, será formada uma peça separada para acompanhar o
processo de execução da sentença."
Na intenção constante de facilitar um acordo, pode-se tentar conciliar quantas vezes forem
solicitadas pelas partes ou decididas pelo Juízo, desde a PRIMEIRA AUDIÊNCIA DE
CONCILIAÇÃO OBRIGATÓRIA que é quando a prova é aceita, até a última que é imediatamente
antes da audiência de audiência. Os representantes das partes poderão conciliar, mediante posterior
ratificação pessoal do trabalhador, que somente poderá receber dinheiro na presença do oficial de
justiça, na sede do Tribunal.

4.2. Inversão do ônus da prova.


Também é exclusividade do processo trabalhista em matéria probatória que, assim como o Juiz
possui amplos poderes investigativos, independentemente do impulso ou proposta das partes, há
6
oportunidades em que o trabalhador FICA DISPENSADO DE PROVAR FATOS 9
PELO
ALEGADO, circunstância totalmente típica de nossa disciplina, uma vez que o princípio geral em
todo processo é que "quem alega um fato deve prová-lo".
De acordo com o art.55 do C.P.L. É o empregador quem deve apresentar prova contrária às
declarações do trabalhador nos seguintes casos:
a) Quando o trabalhador pleiteia o cumprimento de benefícios impostos por lei (por exemplo,
pagamento de férias ordinárias: se o trabalhador disser que não foram pagos, apenas o empregador
fica isento acompanhando o recibo informando seu pagamento);
b) Quando existe a obrigação de manter livros, registos ou formulários especiais, e a pedido do
tribunal estes não são exibidos, ou quando não preenchem as condições legais ou regulamentares
(por exemplo, se o trabalhador disser que fez horas extraordinárias e o empregador tiver sido
intimado a anexar ao Tribunal os formulários obrigatórios de controlo do tempo, não o faz, o que o
trabalhador disse é considerado verdadeiro);
c) Quando o valor da remuneração é questionado.-
Por fim, se o trabalhador comprovar a efetiva prestação de serviços, o empregador tem que provar o
contrário, ou seja, que esses serviços não foram em virtude de vínculo empregatício ou contrato.

4.3. Exibição de causa.


Por fim, cabe destacar que o ato central da prova no processo de trabalho, onde convergem os
princípios do imediatismo, da concentração e da continuidade, é a audiência da causa. Arte. 69 do
C.P.L. Diz:
"Produzidastodas as provas que não puderem ser recebidas oralmente, ou se estas tiverem
expirado, o juízo marcará audiência para audiência de instrução no prazo não superior a 60
(sessenta) dias, convocando as partes, peritos e testemunhas para comparecerem, sob aviso de
serem realizadas com a parte presente.
No dia e hora fixados para a audiência do processo, o ato será declarado aberto com as partes que
compareceram, observando-se as seguintes regras:
a) O processo probatório produzido antes da audiência será lido, se algumas das partes o
solicitarem;
b) As demais provas serão então recebidas, podendo o Tribunal, o Ministério Público e as partes
livremente inquirir testemunhas e peritos, se for o caso, através do Tribunal e sem qualquer
limitação;
c) O piso será concedido ao Ministério Público se houver intervenção e depois às partes por
despacho deste, para que possam ser proferidas sobre o mérito das provas, podendo cada parte
dispor de 20 (vinte) minutos para sua argumentação. A requerimento do autor, o Tribunal poderá
conceder 10 (dez) minutos para o exercício do direito de resposta, que deve limitar-se à refutação
dos argumentos da parte contrária que não tenham sido discutidos anteriormente. O prazo pode ser
7
razoavelmente prorrogado pelo Tribunal; 0

d) Formulados os articulados, o Tribunal declarará encerrada a discussão e convocará


imediatamente os mandados para prolação de sentença, que será proferida no prazo de 15 (quinze)
dias contados da execução do recurso;
e) Procederá à deliberação e proferirá a sentença, que conterá uma relação sucinta dos factos
controvertidos, fixando as questões de direito que considerar pertinentes, avaliando-as de acordo
com as regras da sã crítica racional, salvo quando houver norma jurídica que contenha regras
especiais de valoração e que se baseie na lei. Os desembargadores devem votar na ordem a ser
estabelecida por sorteio."

4.3.1. Modelo de decreto fixando a Causa Visual.

Mendoza ........ de ....................... de 2005.-

Para que as partes tentem uma CONCILIAÇÃO, de


forma pessoal, marcaram a audiência do dia dezoito de dezembro do ano de dois mil e cinco às
oito e trinta horas (arts. 40 do C.P.L.). -
Não havendo acordo, é designada a audiência do dia
dezoito do mês de dezembro do ano de dois mil e cinco às nove horas, para que ocorra a
AUDIÊNCIA DE CAUSA, que será realizada com a parte e testemunhas que comparecerem.
Nesta audiência, o arguido Sr. XX deve absolver
pessoalmente os cargos, sob aviso de lei (arts. 56.º e 57.º do C.P.L.). -
Devem também prestar depoimento as seguintes
pessoas: ............................................................................... -Oferecido pela autora - e
.............................-oferecido pelo réu-, o que será citado sob advertência de lei (arts. 20 e 60 do
C.P.L.). -
Os peritos também devem ser convocados pelo Dr.
Contador........................................................ e Médico do Trabalho Dr. , a fim de esclarecer os
pontos que lhes são exigidos na qualidade de auxiliares de justiça, devendo ser citados sob
advertência de lei (arts.20 e 108 do C.P.L., 191 inc. III e 46 incs.1º) e 3º) do C.P.C.). -
As partes são instruídas a ter praticado todos os atos
úteis necessários para produzir todas as provas aceitas, sob aviso de lei (art. 55 do C.P.L.). -
Notificar.-

Em todas as demais matérias relativas a provas, recursos ordinários, etc., aplica-se o Código de
Processo Civil de forma supletiva, nos termos da autorização decorrente do artigo 108 da CPL, que
dispõe:
"Somente quando os princípios emergentes do espírito normativo desse ordenamento jurídico forem
7
insuficientes é que se aplicarão os preceitos do Código de Processo Civil. 1

Ao aplicar as disposições complementares ou aquelas a que este Código se refere expressamente,


os juízes devem fazê-lo tendo em conta as características do processo laboral e de modo a consultar
as declarações da declaração de direitos dos trabalhadores e as finalidades de justiça social
prosseguidas pelo direito do trabalho.
Em caso de dúvida, o procedimento a ser adotado será o que menor atrasar e melhor atualizar o
valor solidário.
Em caso algum procederá a caducidade da instância."
Verdadeiramente este último dispositivo transcrito, resume com economia e clareza diáfana e
contundente o espírito com que não só o processo, mas todas as questões trabalhistas devem ser
abordadas, disciplina na qual a dignidade do homem é comprometida como ser que adquire
transcendência no trabalho. Resgata o valor da solidariedade social e por isso constitui uma fonte
emancipatória.

TEMA V: VARAS DE FAMÍLIA

1. Direito da família.
Conceito.
O direito de família é composto pelo conjunto de normas jurídicas que regulam as relações jurídicas
de família.

1.2. Localização entre os ramos do Direito.


Diferentes teorias:

1.2.1. O direito de família faz parte do direito privado.


Essa posição sustenta que, estando o direito de família contido basicamente no Código Civil, ele
integra o Direito Privado, não sendo possível considerá-lo parte do Direito Público, uma vez que as
relações familiares não vinculam os sujeitos ao Estado como sujeito de direito público. São relações
entre pessoas, derivadas do vínculo conjugal ou de seu parentesco e essa conclusão não muda o fato
de que muitas relações familiares são determinadas por regras de ordem pública.

1.2.2. Teoria segundo a qual faz parte do Direito Público.


Essa teoria indica que o direito de família, embora faça parte do direito civil, seu aspecto de direito
público é inegavelmente acentuado, o que seria dado pelo interesse estatal no cumprimento pelos
indivíduos de seus poderes-funções nas relações jurídicas do direito de família.
Aqui aparece a noção de ordem pública cuja função primordial é limitar a autonomia privada e a
possibilidade de as pessoas ditarem suas próprias regras nas relações jurídicas. No direito de família,
a política pública domina inúmeros dispositivos. Assim, os que regulam:
7
2
° as relações pessoais dos cônjuges;
° relações entre pais e filhos;
° o regime de bens do casamento;
° a qualificação dos bens dos cônjuges;
° etc. -

1.2.3. Um terceiro ramo do direito.


Para o Cicu, o direito de família seria um terceiro tipo diferente do direito privado e do direito
público, que não protege os interesses individuais (como o direito privado) como autônomos e
independentes, mas está subordinado a um interesse superior, o interesse familiar.

1.2.4. O direito de família é um direito social.


Uma nova posição sobre a localização sistemática do direito de família afirma uma nova divisão
tripartite do direito: direito público, privado e social. Sustenta que o direito público está sujeito ao
Estado e nele há uma relação de subordinação e dependência e interesse e autoridade; o direito
privado, por sua vez, tem como sujeito a pessoa ou o Estado como indivíduo, e sua fonte normativa
é a vontade onde não há sujeito hierárquico; E, finalmente, no direito social o sujeito é a sociedade,
representada pelas diferentes entidades coletivas com as quais opera.
Dentro desse regime, o direito de família é colocado como um ramo do direito social juntamente
com o direito do trabalho e da previdência social, com base na ideia de que a arte. O art. 14 bis da
Constituição Nacional inclui entre os direitos sociais dos membros da família.

1.3. Regulamentação Legal da Família em nosso Direito.


Com todo o exposto, é necessário ressaltar que em nosso país o direito de família está basicamente
contido no Código Civil. Posteriormente, foram promulgadas várias leis que regulam as relações
jurídicas familiares, algumas das quais são declaradas complementares à primeira. Assim
encontramos, entre muitos outros:
Lei Ano Instituição
2.393 1.888 Casamento civil
10.903 Mecenato para menores
11.357 Estatuto jurídico das mulheres
13.252 1.948 Adopção
14.357 1.954 Eliminação das diferenças entre as crianças
14.394 Bem Família
9983/57 1.957 Ratifica Conv. Direitos civis das mulheres
17.711 1.968 Reformas do divórcio
7
3
19.134 1.971 Adopção
23.264 1.985 Direitos parentais
23.515 1.987 Divórcio
24.779 1.997 Adopção
Em outras palavras, as relações familiares são regidas por normas de diversas origens, desde a
Constituição Nacional (arts. 14 bis, 75 incs. 22ª e 23ª), passando pelo Código Civil e pelas demais
leis nacionais que o complementam. Além disso, em nível provincial também encontramos
importantes legislações sobre o tema, por exemplo, a Lei 6.354 que regulamenta o procedimento
perante as Varas de Família e a Lei 6.672 sobre violência familiar.

1.4. A Publicação do Direito de Família. A Constituição Nacional.


A reforma constitucional de 1.994, ao enumerar as competências do Congresso Nacional (art. 75
C.N.), confere-lhe o poder de aprovar ou rejeitar tratados com outras nações e com organizações
internacionais. Assim, no inc. O artigo 22 estabelece uma série de tratados que terão hierarquia
constitucional e que devem ser entendidos como complementares aos direitos e garantias
reconhecidos pela primeira parte da Constituição.
Dentre esses tratados e declarações internacionais há vários que contêm preceitos, já operacionais, a
respeito do Direito de Família:
° Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem, 1948;
° Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948;
° Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial;
° Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica);
° Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher;
° Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança.-

Esses instrumentos internacionais, em razão da hierarquia constitucional que adquiriram, exigem


que o direito positivo seja confrontado com suas afirmações.
A questão que se coloca é o que acontece se uma norma de direito interno referente ao direito de
família colidir com uma contida num desses instrumentos.
O impacto da reforma constitucional no direito de família é vasto e complexo. Deve-se ter em mente
que em nossos tempos o direito privado está inserido no plano político que a Constituição define e
do qual resultam os direitos e garantias que reconhece explícita ou implicitamente. Nessa ordem de
ideias, pode-se afirmar que o direito de família é direito civil, mas que estamos imersos em um
processo de publicação de suas regras e princípios, no qual os interesses da sociedade e das gerações
futuras assumem importância atual.
Nesse sentido, o inc. Artigo 23. Art. 75 do C.N. que impõe ao Congresso Nacional a obrigação de
promulgar um sistema previdenciário especial e abrangente para a proteção de crianças em situação
7
de desamparo, desde a gravidez até o fim do ensino fundamental, e da mãe durante a gravidez4e a
amamentação. nesses casos, ultrapassa em muito o âmbito das questões privadas e cabe à sociedade
como um todo e, daí a necessidade de confiar aos maiores responsáveis pela determinação e
condução das políticas de Estado, a tarefa de zelar pelo respeito e difusão desses interesses.

1.5. Conteúdo do Direito de Família.


O direito de família inclui regras que regem as relações pessoais e as relações patrimoniais
familiares. Isso inclui:
° Direito matrimonial.
° Relações jurídicas entre pais e filhos.
° Relações parentais.
° As consequências das uniões de facto.-

1.6. Direitos subjetivos da família.


O vínculo jurídico familiar é a relação que existe entre dois indivíduos, derivada da união conjugal,
filiação ou parentesco, e em virtude da qual existem interdependentes e geralmente recíprocos certos
direitos subjetivos que, então, podem ser considerados como direitos subjetivos de família (por
exemplo, o direito de pedir alimentos).
Por sua vez, esses direitos assumem, em muitos casos, a característica de direitos - deveres, por
exemplo, aqueles derivados da autoridade parental, quando a lei reconhece direitos a certas pessoas
com vistas à realização de deveres que ela mesma encarrega. Trata-se, portanto, de poderes
concedidos às pessoas como forma de proteção de interesses legítimos determinados pelas relações
jurídicas familiares.

1.7. O Estatuto da Família.


Conceito.
O local ou localização que corresponde a um indivíduo dentro de um grupo social, atribui um status.
Dentro da família, todo indivíduo também tem um status familiar determinado pelos laços jurídicos
familiares que o unem a outras pessoas, ou mesmo pela ausência total de tais vínculos, como no caso
da pessoa solteira.
A localização determinada pela existência de tais vínculos ou pela ausência deles, implica um
conjunto de direitos e deveres correlatos atribuídos às pessoas que compõem sua condição familiar.
Nesse aspecto, você pode ter a condição de solteiro, casado, viúvo, separado ou divorciado; e em
relação a outra pessoa específica, a do cônjuge, parente ou estranho.
Como se observa, o estado de família é um atributo das pessoas de existência visível, que é então
inseparável da própria pessoa e, portanto, inalienável e inalienável.- Como vimos, do estado familiar
derivam os direitos familiares subjetivos e os deveres e obrigações correspondentes, mas também os
7
direitos subjetivos não propriamente familiares, como herdar a propriedade. 5

Nessa ordem de ideias, o Estado de Família é projetado para o Estado como um tributo da
personalidade e gera uma série de efeitos em diferentes níveis jurídicos. Por exemplo:

Fundamento do impedimento ao Arte. Art. 166 C.


casamento por consanguinidade, Civil
ligadura e adoção
Fonte da obrigação alimentar Artes. 198, 207-210,
E 367-376, 265 e segs.
CIVIL
Civil
F Fonte da vocação sucessória

E Concede o direito de se opor ao Arte. Art. 177 C.


casamento Civil
7
6
C Confere legitimidade para propor ação Artes. 219 e 220
anulatória do casamento Código Civil
T Confere legitimidade para promover Arte. Art. 144 C.
processo de insanidade e inabilitação Civil
Ou judicial Arte. 307 CPC Mza.
Impõe a obrigação de denunciar a
S orfandade
Concede o direito à tutela e tutela Artes. 390 e 476 C.
Civil
Homicídio: arte. 80 Inc. 1º C.Penal
Homicídio em estado de violenta
emoção AGRAVANTE
Lesões. Arte. 92 Código Penal
CRIMINOSO Abuso de armas
Estupro - Estupro legal - Atentado
violento ao pudor
Privação de liberdade. Arte. 142 S.A.
2º C.Penal
Roubos, fraudes
Dano DEFESA
Cal
Incumprimento dos deveres de ELEMENTO TYPE
assistência à família
PROCESSUAL Desqualifica para ser testemunha
Motivos de inabilitação e escusa dos juízes
PROVISÓRIO Elemento fundamental para a existência do direito à pensão

1.8. Título estadual.


Em um sentido formal, é o instrumento ou conjunto de instrumentos públicos dos quais emerge o
status familiar de uma pessoa. Identifica-se com o documento que torna o status familiar oponível
erga omnes . Ex: certidão de nascimento, certidão de casamento. Em um sentido material ou
substancial , refere-se à causa de um determinado local. Por exemplo, a filiação reconhece como
causa os pressupostos biológicos que permitem atribuí-la em relação ao pai e à mãe. Se não houver
reconhecimento voluntário da criança, a criança pode tomar medidas para obter o local, testando o
orçamento biológico; Assim, esse filho, ainda não reconhecido, mas que judicialmente alega ser de
determinada pessoa, afirma a causa de uma citação.

1.9. Posse do Estado.


A localização no estado de família exige o título de Estado no sentido formal, pois somente através
dele se torna oponível erga omnes e permite exercer os direitos e deveres que correspondem ao
Estado.

Mas pode muito bem acontecer que uma pessoa exerça, de fato, tais direitos e deveres sem título;
7
Ex: Diz-se que José é filho de Maria que o trata publicamente como tal e ao mesmo tempo 7
afirma
ser a mãe; Outro exemplo: Marcos e Andrea afirmam ser marido e mulher, se comportam
publicamente como marido e mulher e moram juntos, mas não se casaram.
A posse do Estado tem relevância jurídica, pois, dependendo do caso, permite que a lei presumir que
aqueles que de fato se comportaram publicamente como se estivessem localizados no estado de
família, reconhecem por meio dessa conduta a existência dos orçamentos substanciais do Estado.
Ex: arte. O art. 256 C.C. Civil estabelece que a posse de Estado devidamente credenciado em juízo
terá o mesmo valor do reconhecimento expresso, se não for desvirtuada por prova em contrário
sobre o vínculo biológico.
Em outros casos, a posse do Estado constitui um fato que a lei leva em conta para atribuir certas
consequências jurídicas. Por exemplo, o concubinato da mãe com o suposto pai durante o momento
da concepção presume a paternidade, salvo prova em contrário.
A posse do Estado cria, então, um aparente estado de família.

2. A Organização, Competência e Processo nas Varas de Família da Província de Mendoza.

2.2. Princípios processuais no direito de família (módulo I)


a- Parcialmente gratuito (art. 51)

Exceções (art. 52)

-Inc. A: Separação pessoal, divórcio e liquidação da união conjugal

-Inc. C: Nulidade do casamento

-Inc. K: autorização complementar dos arts. 1277 a.C.

-Inc. LL: autorização para onerar e alienar bens de menores e incapazes.

-Inc. ou: E quaisquer outros procedimentos correlatos, incidentais, auxiliares, preparatórios, cautelares e

seus cancelamentos, terceiros, sentenças acessórias e execução de suas decisões, em relação aos

elencados neste artigo

- Questões patrimoniais originariamente deduzidas ou por conexão com a competência pactuada. b-

Princípio do dispositivo significativamente atenuado.

- Mudança de tutela (art. 53)

Obrigatoriedade de abertura do julgamento de ofício após a contestação e reconvenção (art. 81)

Processos de família absolutamente inquisitivos coexistem com esse processo civil mitigado (e.g. Insana)

em que o juiz pode, assim, levar em consideração outros fatos principais não alegados (direta ou

indiretamente) e provas não oferecidas pelas partes: assim, no processo de filiação, no qual se afirma que

toda espécie de prova será admitida e que poderá ser "decretada de ofício" (art. 253 do C.C.)

Medidas cautelares ou preventivas (art. 83 S.A. a) De ofício ou a pedido de uma das partes.

c- Oralidade: Processo por audiências

-Fase investigativa: Escrita (demanda, resposta, reconvenção, exceções)


7
- Audiência de audiência: oral com registro integral por meio técnico (art. 98) 8

d- Imediatismo:

Os interesses envolvidos no contencioso familiar tornam imperioso o conveniente e necessário contato

direto do juiz com as pessoas envolvidas no processo, a fim de se tentar alcançar, assim, um conhecimento

em primeira mão dos fatos debatidos e dos sujeitos envolvidos no processo.

Comparecimento pessoal a todas as audiências, sob pena de nulidade (art. 82)

e- Reserva ou confidencialidade.

Tendo em conta os factos que normalmente serão objecto da


acção ou petição familiar, o procedimento será
desenvolvido implícita ou explicitamente (por exemplo,
Lei 24779 sobre a adopção) de forma reservada, em
protecção do direito à privacidade das pessoas directa ou
indirectamente afectadas no litígio ou petição, Isto põe
de lado o princípio da publicidade dos processos
judiciais. Disposição judicial (art. 83 S.A. b)
f- Formalismo atenuado.

Livre inquirição de testemunhas (art. 93) - Portanto, a oferta de prova testemunhal não pode ser recusada

se o litigante omitiu acompanhar o envelope com o interrogatório.

Ata do escrivão (art. 97)

g- Concentração ou economia (art. 95)

A recepção da prova de produção oral será sempre concentrada na audição da causa.

Os quartos intermediários por razões que o justificam.

h-Acentuação da função conciliatória.

O que foi objeto de acordos deve ser privilegiado e tomado como precedente relevante para dirimir a

questão submetida ao juiz, pois como se observa na mediação (e opera como sua verdadeira razão de ser),

o que foi acordado entre as partes, desde que não seja contrário à ordem pública ou ao superior interesse

da família, É visto como mais benéfico à luz de uma solução imposta "de fora", até pelo simples fato do

maior grau de adesão espontânea que este costuma despertar em seus protagonistas.

i- Cooperação interdisciplinar:

O conflito familiar normalmente envolve não apenas seus protagonistas imediatos, mas também os

membros do grupo familiar que convivem, razão pela qual a cooperação interdisciplinar é estabelecida para

resolver ou prevenir o agravamento ou extensão do erro, por meio da intervenção de assistentes sociais,

psicólogos, etc. vinculados ao tribunal ou nomeados de ofício ou a pedido de uma das partes, e decidir com

solvência as petições formuladas em processos extracontenciosos;

j- O superior interesse da criança.

Esse conceito é o norte que orienta o Juiz em suas decisões, e podemos citar que é de conteúdo

indeterminado, sujeito à compreensão e extensão de cada sociedade e momento histórico.

O superior interesse da criança, consagrado no artigo 3º da Convenção, estabelece que as decisões que
7
9
envolvem a criança não devem ser tomadas pelas costas em processos judiciais, uma vez que sua condição

de sujeitos de direito impede que ela seja marginalizada. Existe uma equivalência absoluta entre este

superior interesse e os direitos fundamentais da criança, e pode dizer-se que esse superior interesse é

nada mais nada menos do que a satisfação integral dos seus direitos.

2.3. Organização.
A jurisdição de família é composta pelas Varas de Família, pelo Aconselhamento de Menores, pelo
Corpo de Mediadores – como instância preliminar em julgamentos de guarda, visitas, alimentação e
assuntos relativos a uniões de fato – e pelo Corpo Auxiliar Interdisciplinar – CAI. – com
profissionais médicos, psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais – que a partir de sua disciplina
colaboram com o Juiz para resolver as questões jurídicas submetidas à sua decisão.em.-

2.4. Competência.
ARTE. 3 Lei 6.354
A competência das Varas de Família decorre, claramente, dos arts. 3 da Lei 6.354 quando dispõe:
"Para fins de promoção e proteção dos direitos da criança e do adolescente e implementação
desta Lei, compete ao CONSELHO PROVINCIAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
assessorar na formulação e coordenação da política geral da criança e do adolescente; à
DIREÇÃO PROVINCIAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (atual Diretoria de Família)
sua programação, execução e avaliação e à JUSTIÇA A DECISÃO DOS CASOS EM QUE
HAJA QUESTÕES DE
DIREITO OBJETO DE CONTROVÉRSIA OU CONFLITO JURÍDICO e os casos
expressamente previstos nesta lei".
Ou seja, aciona-se o mecanismo das varas de família, quando há necessidade de resolver uma
questão jurídica, especialmente contemplada na Lei 6.354.
A referida lei obriga o juiz de família a intervir em duas situações distintas, dadas pelas duas
competências que caracterizam a jurisdição de família: a jurisdição civil e a jurisdição tutelar.

2.4.1. Jurisdição e Processo Civil.


El Arte. O art. 52 da Lei 6.354, dispõe que é cabível intervir nos casos relacionados à separação
pessoal e ao divórcio, litigiosos ou por apresentação conjunta, liquidação da sociedade conjugal
(exceto por morte), separação de bens, anulação do casamento, ações de filiação, sejam citações,
como a ação de reconhecimento (paternidade ou maternidade) ou de deslocamento, como ação de
impugnação (paternidade, maternidade ou reconhecimento). Esses processos são ordinários, ou seja,
concede-se amplitude probatória, prazos processuais mais longos, possibilidades de reconvenção,
entre outras diferenças.
Também deve resolver situações cujo processo é sumário, ou seja, com prazos mais curtos e
8
resoluções mais céleres. Essas questões referem-se aos filhos menores: exercício, suspensão0 ou
perda do poder paternal, autorizações, faixas etárias, adoção, guarda e visitação e tudo relacionado
às cotas de alimentos.
^ Cabe ao juiz de família, na jurisdição cível, decidir questões relativas ao nome, estado civil
e capacidade das pessoas, incluindo internação de doentes mentais, alcoólatras crônicos ou
dependentes químicos, e qualquer questão relacionada a todos os casos listados.
^ A jurisdição civil sumária deve ser exercida com apadrinhamento jurídico, ou seja, cada
pessoa que exigir que o juiz se pronuncie sobre qualquer situação contemplada nas diretrizes
indicadas, deve fazê-lo por meio de um advogado. Para isso, o Poder Judiciário conta com
profissionais que atendem quem não tem acesso a pagar um profissional e o faz por meio das
Ouvidorias dos Pobres e Ausentes e dos Codefensores.

Em relação ao procedimento, podemos assinalar as seguintes diferenças:


Procedimento ordinário (arts. 77-99)
Procedimento sumário (arts. 100 E 101)
Procedimento sumário (arts. 102 e 103)
CARA DE RESUMO RESUMO (art. 52, incs.
PROCESSO ORDINÁRIA (art. 52, (art. 52, incs. e, f, g, h, b, k, l )
PALCO incs. a, b, c, d) j, ll, m, n)
DEMANDA - 15 dias 8 dias 5 dias
TRANSFERÊNCIA
RESPOSTA Sem transferência Sem transferência Sem transferência
RECONVENÇÃO Sim, aplicável Sim, aplicável Não aplicável
ABERTURA Ex officio, por 15 dias Não aplicável Não aplicável

Para
DEPOIMENTO Ilimitado Limitado a 8 Idem anterior
CONDUTA testemunhas
Tudo isso não deve ser Idem Idem
entregue na Audiência
de Causa
EXIBIÇÃO DE CAUSA Todos os testes verbais Idem Idem

ALEGAÇÕES Oral (Realidade: Idem Idem


escritos)
FRASE Prazo: 10 dias Prazo: 8 dias Prazo 5 dias
APELAR Prazo: 5 dias Idem Idem

2.4.2. A Competência Tutelar e o Procedimento.


São aqueles casos em que cabe ao Juiz de Família intervir em plantões que duram 15 dias, devendo
resolver situações de vitimização ou risco, tanto de menores como de adultos em casos de violência
doméstica. da Lei 6.354, indica quando deve intervir e ainda deve fazê-lo de ofício, ou seja, apenas
por ter tomado conhecimento mesmo que anonimamente da situação, não precisa que a vítima
solicite medida protetiva. Estas são as seguintes causas:
Arte. Artigo 53 - Compete ao Juiz de Família sob custódia ouvir, de ofício ou a requerimento
8
da parte, os seguintes casos: 1

a) Quando o menor ou pessoa incapaz for vítima de infração penal, de faltas ou contravenções
cometidas por seus pais, tutor, tutor ou qualquer outra pessoa que o tenha a seu cargo.
De acordo com a norma, o juiz intervém quando as pessoas que são naturalmente chamadas a dar
proteção e apoio à criança são justamente aquelas que exercem abuso sobre menores. São crimes ou
contravenções no sentido penal do termo, mas como são relações familiares, o conceito é ampliado
para incluir todos os tipos de maus-tratos que causem danos físicos, mentais etc. -

b) Quando for necessário decidir sobre a situação familiar de menores ou pessoas incapazes,
caso tenham sofrido ou possam vir a sofrer danos devido a abuso físico ou mental, negligência
ou tratamento negligente, maus-tratos, exploração, enquanto estiverem sob a guarda dos pais,
tutor, tutor ou qualquer outra pessoa que o tenha a seu cargo.
A lei inclui nesse parágrafo o conceito de risco, e instrui o juiz a intervir na situação familiar da
criança quando ela puder sofrer danos, quando o menor estiver em situação de perigo causado por
seus pais (ou representantes) ou por outras pessoas fora da família. e não tem apoio familiar.

c) Quando a saúde, a segurança ou a integridade física ou mental de menores ou pessoas


incapacitadas for comprometida por fatos ou atos próprios ou praticados contra seus melhores
interesses.
São aqueles atos que a criança ou adolescente pratica contra sua própria integridade, por exemplo.
Uso de drogas, abuso de bebidas alcoólicas, etc.
Esta seção deve ser entendida de acordo com o seguinte e, consequentemente, o juiz de família em
tutela intervém quando o menor incorre nesses atos e o grupo familiar não exerce contenção
adequada. Assim, por exemplo, se o jovem é um dependente químico, mas seus pais o auxiliam, o
levam a programas especializados para "sair das drogas", etc., a intervenção judicial não
corresponde, a menos que os esforços dos pais não cheguem.

d) Quando por motivos de orfandade, ausência ou impedimento legal dos pais, tutor ou tutor,
é necessário adotar medidas a fim de conferir segurança aos atributos da personalidade.
Esse parágrafo enfatiza o caráter subsidiário da intervenção do juiz na tutela, ou seja, o juiz intervém
enquanto os pais (ou representantes) da criança estiverem ausentes ou por motivos diversos não
puderem exercer a contenção de seus filhos. Também intervém durante o plantão tutelar, quando a
vítima for maior de idade, pela regra da Lei 6.672 que diz que: "Qualquer pessoa que sofra abuso
físico, mental ou sexual por parte dos membros do grupo familiar, poderá fazer a denúncia verbal ou
escrita perante os juízes" Nesses casos, exige-se que a vítima seja quem solicita a intervenção do
Juiz, já que se trata de uma pessoa capaz. Essa lei também define o que entende por grupo familiar:
aquele originado no casamento ou uniões de fato e inclui todos os graus de parentesco, desde que
8
sejam coabitantes; e às pessoas próximas a esse núcleo quando, por qualquer 2
circunstância,
convivem regularmente com características de permanência.
A Lei de Violência Familiar estabelece que o juiz envolvido em qualquer processo por abuso físico,
mental ou sexual cometido dentro da família pode exigir que um diagnóstico de interação familiar
seja realizado por especialistas de várias disciplinas que compõem a referida C.A.I. determinar os
danos físicos e psicológicos sofridos pela vítima ou vítimas, a periculosidade do agressor e o
ambiente social e ambiental da família.
Diferentemente da jurisdição cível, nessa competição tutelar, o apadrinhamento jurídico de
advogados não será obrigatório para solicitar ao Juiz que se pronuncie sobre a situação de
vitimização ou risco a que a vítima está submetida, seja ou não maior de idade. em geral, a arte. O
artigo 104 da Lei nº 6.354 diz que, antes da adoção das medidas protetivas decorrentes dos casos
previstos nesta Lei, o Juiz de Família, de ofício ou a requerimento de uma das partes, sempre que
possível em virtude das circunstâncias do caso, deverá solicitar às partes: do Órgão Auxiliar
Interdisciplinar e dos órgãos pertinentes, os elementos de julgamento que julgar necessários para
resolver a medida, devendo resolver em curtíssimos prazos: no prazo de 24 horas a contar da tomada
de conhecimento dos fatos.
No que diz respeito às medidas a tomar, art. O art. 180 da Lei 6.354 elenca algumas medidas com
relação às crianças e à arte. O art. 3º da Lei 6.672 indica a exclusão do agressor de casa no caso de a
vítima ser maior de idade.
O PROCEDIMENTO NAS MEDIDAS TUTELARES:

Tentamos esclarecer o que é uma medida tutelar e em quais casos o juiz de família responsável por lei por
aplicá-la deve estar envolvido, mas é preciso analisar o processo pelo qual passam as medidas tutelares.
Sem dúvida, o tema está inscrito na chamada teoria geral dos processos urgentes. E, nessa questão,
mais do que nunca, a justiça lenta, que chega tarde, deixa de ser justiça.
É que o fator tempo em determinados processos judiciais adquire importância elementar,
especialmente quando os direitos neles discutidos são essenciais ao ser humano. Kielmanovich sustenta que o
fator tempo constitui uma nota de dramática importância e inevitável consideração no e para o processo
judicial, uma vez que a função jurisdicional não se esgota na declaração simples, nominal ou abstrata do direito
em debate, mas na sua efetiva restauração, tendo em conta que uma decisão inoportuna ou tardia é
equivalente, na maioria das vezes, à inexistência do mesmo, da mesma forma que uma resolução tempestiva
mas impossível de cumprir é frustrante do seu reconhecimento 1. Isso fica evidente quando os direitos em
discussão se referem a valores transcendentes ao homem que fazem sua própria dignidade, como sua vida,
sua integridade psicofísica, sua privacidade, sua liberdade etc. Esses são os bens que geralmente são afetados
em casos de violência doméstica.
É sabido publicamente o quão chocante e devastador esse fenômeno pode ser para suas vítimas e
quais são as sequelas – tanto psicológicas quanto físicas – que ele pode arrastar quando consegue se controlar
antes de acabar com a vida de qualquer um dos envolvidos (seja a vítima ou o agressor). É por isso que o juiz
e o legislador não podem ignorar a necessidade de criar caminhos alternativos do ponto de vista processual
que permitam pôr termo imediato e célere a estas situações. Episódios de violência tendem a ser cada vez mais
graves e podem levar a lesões irreparáveis.
8
Um guia valioso, nesse sentido, é proposto pela Suprema Corte de Justiça de Mendoza na medida3 em
que entendeu que as medidas de segurança previstas na lei da violência respondem às novas concepções
sobre a matéria, que aconselham mais a proteção da vítima do que a sanção do agressor. Pode-se dizer que
esse princípio constitui um guia para a adoção de qualquer medida protetiva.
Assim, no que tange às provas, o impetrante não está obrigado a demonstrar o perigo na demora e a
plausibilidade do direito invocado com o alcance com que é exigido nas medidas cautelares. É que a suspeita
da existência de maus-tratos autoriza o juiz a expedir medidas urgentes, visando pôr fim à situação de risco
denunciada.
Em outras palavras, não se pode exigir do reclamante que comprove a plausibilidade do direito, o
perigo na demora e preste contracaução com o mesmo rigor que é exigido para o caso de medidas cautelares
no Direito de Família, e muito menos com o exigido para as medidas cautelares em geral 2. Pelo contrário,
diante dessa fundada suspeição, o tribunal deve flexibilizar as exigências.
Por outro lado, as regras processuais sobre medidas de proteção contra a violência não podem, de
forma alguma, impedir que as vítimas obtenham uma decisão rápida que chegue a tempo.
Mas, especificamente: qual é o processo urgente desenhado pelo direito das minorias e de família?
Encontramo-lo na arte. 104 da Lei 6.354.
Previamente à adoção das medidas tutelares, o juiz de família, de ofício ou a requerimento de uma
das partes, sempre que possível nas circunstâncias do caso, buscará nas partes, junto ao Órgão Auxiliar
Interdisciplinar (C.A.I.), órgãos pertinentes, os elementos de julgamento que julgar necessários para resolver a
medida.
Diante dos fatos denunciados, o juiz deve dispor dos elementos necessários para que seja informado da

verdadeira situação que a vítima está passando, para não tomar uma medida que não responda à proteção

integral da criança ou adolescente, para a qual possui um Órgão Auxiliar Interdisciplinar (C.A.I.) que atua

na órbita do Poder Judiciário, É composto por profissionais pertencentes às diferentes disciplinas: médicos

clínicos e psiquiátricos, psicólogos e profissionais de serviço social.

Essa equipe atua por meio de plantões, assessorando e informando o juiz tutelado, por meio de sua
perícia permanente que se traduz em diagnósticos da situação social, médica e psicológica das vítimas e
agressores. Nenhum tratamento de patologias é realizado nem médico nem psicológico. Centenas de denúncias
são recebidas por dia, o que impossibilita o Juiz de ir até os locais onde ocorrem os fatos, por isso conta com a
ajuda de uma assistente social que vai até o local, para coletar os dados do grupo familiar, através de vizinhos,
escolas, Centro de Saúde, ou seja, em seus relatos o juiz recria a situação, no cenário dos fatos com seus
protagonistas como eles são, podendo adotar as medidas que respondem à sua situação particular evitando
generalizações e tomando medidas que não respondem ao valor justiça.
O juiz de família também terá a contribuição das partes que, ao emergirem de uma situação de violência,

devem ser instadas a apresentar as provas necessárias para que o juiz tome os meios adequados de

proteção, para então fornecerem testemunhas, laudos psicológicos, escola, médicos, etc.

Há também inúmeras organizações que são uma ajuda indispensável para o juiz, e encontrá-lo nas redes

2 DI LELLA, Pedro e DI LELLA, Pedro (h), La ley de protección contra la violencia familiar de la prov. de Buenos Aires. J.A. 2000-II-
1.269
8
sociais, e familiares que cercam por exemplo: a criança abusada 4

Um desses órgãos é a Equipe Interdisciplinar de Pré-Admissão: dentro da Diretoria de Família, esse


programa é formado por profissionais de diferentes disciplinas (psicólogos, assistentes sociais, advogados,
etc.), e inicia sua atuação na generalidade dos casos por encaminhamento judicial, e sua função é buscar a
rede familiar ou comunitária de crianças e adolescentes. que devido a circunstâncias dramáticas de sua
vida não têm proteção de seus representantes legais ou daqueles que são chamados por natureza aos
cuidados dos filhos, ou seja, quando sua família se tornou perigosa para o desenvolvimento da criança. O
objetivo da equipe é encontrar estratégias de contenção no ambiente familiar ou comunitário da criança ou
adolescente em situação de risco, a fim de evitar abrigá-los em macro ou minilares que dependam da
Diretoria de Família.
Outro órgão é o que organiza o Programa de Atenção Integral ao Maus-Tratos a Crianças e Adolescentes,
Lei 6.551.
Você também pode coletar informações de centros de saúde, postos de saúde, hospitais, escolas,
municípios, etc.
Portanto, depois que o juiz estiver imbuído e conhecer a situação específica que uma criança ou
adolescente está passando, ou seja, o juiz tiver tomado conhecimento completo da situação, ele deve emitir
uma sentença no prazo de 24 horas, e deve encontrá-la em até três dias.

3. O Ministério Público.
Para nos referirmos a esse tema, é necessário relembrar alguns conceitos sobre a proteção jurídica
dos incapazes de fato.
A incapacidade de facto é instituída por lei para proteger as pessoas por ela afectadas, mas o
instituto da incapacidade não esgota a protecção conferida a essas pessoas, mas é complementado
por outras medidas legais para ser eficaz, nomeadamente:
1) a nulidade dos atos praticados em violação da incapacidade;
2) a instituição de representação adequada, a fim de compensar a deficiência e tornar o sujeito
igual aos demais, capaz;
3) a intervenção de um organismo especial dedicado à protecção dos deficientes,

Ministério Público Pupilar; e


4) em certos casos, o exercício do Conselho de Curadores do Estado.-

3.1. Sistemas de Proteção: Representação e Assistência:


3.1.1. Representação.
Ocorre quando uma pessoa é nomeada para substituir o incapacitado no exercício dos seus direitos, e
praticar os atos para os quais o titular está legalmente impedido. O representante age por sua única
iniciativa e sem a concordância da vontade do incapaz, que sob esse sistema permanece na mais
absoluta e completa passividade, sendo substituído pelo primeiro na gestão de seus interesses.
8
Caracteres. 5

É legal porque é direto da Lei. É necessário porque não pode faltar. É dual e conjunta, e controlada
pelo Estado através do Ministério do Aluno.

3.1.2. Assiduidade.
A pessoa incapacitada não é substituída por outra no exercício de seus direitos, mas chamada em
conjunto com outra para realizar esse exercício. Enquanto a representação dispensa a vontade do
sujeito representado, a assistência dá origem a uma atividade complexa cujo elemento voluntário é
integrado pela vontade do titular dos direitos exercidos, complementada pela vontade de quem
exerce a função de controlador.- Casos: art. 152 bis, 135 e 275 C. Civil.-
Quando a pessoa que exerce a função de controlador se recusa a dar seu consentimento aos
incapazes, pode ir ao Juiz para decidir a controvérsia.
O funcionamento dessa proteção está previsto nos arts. 57 do C. Civil que dispõe sobre quem são os
representantes dos incapazes, como pais (ou responsáveis) em relação aos menores.
A lei ainda dispõe em art. 59 representação promíscua, cujo exercício é confiado ao Ministério
Público. Ou seja, além dos representantes necessários ou legais que a lei prevê para o cuidado e
proteção dos direitos dos incapazes de fato, eles têm uma proteção adicional: aquela dispensada pelo
Ministério do Aluno.
Em cada província, para questões judiciais ou extrajudiciais em que os menores são partes, este
valor é estruturado com regulamentos específicos. Em Mendoza a função é desempenhada pelos
Conselheiros de Menores e Incapazes e deve intervir em qualquer assunto em que os interesses dos
menores estejam envolvidos, sob sanção do ato sem a sua intervenção.
4. Os Direitos e Garantias da Criança e do Adolescente na Lei 6354.
Artigo 6º - O Estado assegurará o direito da criança e do adolescente à liberdade, à integridade
física, mental e social, preservando a imagem, a identidade, a autonomia de valores, ideias ou
crenças e os espaços e objetos pessoais.

Art. 7º Na educação de crianças e adolescentes, o Estado, por meio de sistemas de educação formal e
não formal, inculcar-lhes-á o respeito aos direitos humanos, aos pais, à própria identidade cultural,
ao meio ambiente e aos valores sociais. permitindo que você assuma uma vida responsável.

Artigo 8º - O Estado garantirá à criança e ao adolescente vítimas de crimes a assistência física,


mental, jurídica e social necessária à sua recuperação.

Artigo 9º Crianças e adolescentes não poderão ser privados de seus direitos sem o devido processo
legal, que garantirá o direito de serem ouvidos em qualquer processo judicial ou administrativo que
os afete e o respeito e a dignidade que lhes são devidos como pessoas em desenvolvimento.
8
Artigo 10 - A falta de recursos materiais dos pais, tutor ou tutor não constitui motivo suficiente 6
para
a exclusão da criança ou adolescente de seu grupo familiar ou tutela legal. Se for caso disso, a
exclusão deve basear-se em motivos graves que, por si só, autorizem a instituição da medida. Nos
processos instaurados para efeitos de decisão sobre a suspensão ou perda do poder paternal, a
referida causa será de interpretação restritiva.

Artigo 11 - O Estado garantirá à criança e ao adolescente os seguintes direitos e garantias no


processo penal:
a) ser presumido inocente até prova em contrário;
b) conhecimento pleno e formal do ato infrator que lhe é atribuído e das garantias processuais de
que dispõe;
c) igualdade na relação processual, para o que pode produzir todas as provas que julgar adequadas à
sua defesa;
d) a assistência de um advogado da sua escolha ou prestado gratuitamente pelo Estado;
e) ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;

f) solicitar imediatamente a presença dos pais ou do responsável, a partir do momento de sua


apreensão e em qualquer fase do procedimento;
g) Que seus pais, tutor ou tutor sejam informados, no momento de sua imputação e em caso de
apreensão, do local onde se encontram, fato que lhes é imputado. Tribunal e órgão policial
envolvidos;
h) não testemunhar contra si mesmo; e
i) Que todas as ações relativas à sua apreensão e/ou detenção e os fatos a eles imputados sejam
estritamente sigilosos.

Artigo 12 - Nenhum meio de comunicação publicará ou divulgará informações que possam levar à
identificação de crianças e adolescentes, sejam eles infratores ou vítimas de crime.

TEMA VI: COMPETÊNCIA PENAL


A- DIREITO PENAL

1. Introdução.
Uma das funções que incumbe ao Estado, entendida como correspondente à integração dos três
poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), é dirimir conflitos nos casos em que se determine, de
acordo com a legislação vigente, controvérsias que possam remeter a matérias diversas. a saber:
cível, comercial, trabalhista, penal.
No especial que nos convoca, essa obrigação estatal se reflete na organização do que se chama de
8
"justiça criminal". 7

Esse setor da "administração da justiça" terá como tarefa primordial a resolução de situações de
conflito que possam surgir, tarefa para a qual deverá adaptar-se a determinadas diretrizes reguladas
pelos sistemas normativos que se referem especificamente à matéria em questão.

2. Direito penal.
Conceito.
Antes de nos referirmos ao papel do Estado no que diz respeito à Administração da Justiça, e
especificamente em relação a nós (matéria penal), é necessário explicar sucintamente em que
consiste o "direito penal".
Para Soler "é a parte do direito, composta pelo conjunto de normas dotadas de sanções retributivas".
Para o Creus, "é o conjunto de leis que descrevem os crimes atribuindo uma pena ao autor da
conduta que os constitui, ou substituindo-a, em certos casos, por uma medida de segurança,
estabelecendo ao mesmo tempo as regras que condicionam a aplicação dos mesmos". Para
Zaffaroni, o direito penal "é o ramo do conhecimento jurídico que, por meio da interpretação das leis
penais, propõe aos juízes um sistema orientador de decisões que contém e reduz o poder punitivo,
para promover o progresso do Estado de Direito constitucional".
Quanto à natureza jurídica desse ramo do direito, a doutrina majoritária tende a sustentar que o
direito penal tem natureza eminentemente "sancionatória", de modo que não se pode dizer que ele
"constitua" atos ilícitos próprios, diferentes de outros existentes no ordenamento jurídico, mas que a
ilicitude é considerada única. e que o que o direito penal faz é sancioná-los por meio de uma liminar
especial como a "pena".- Creus argumenta que esse direito penal, como um conjunto de leis, é o que
delimita o poder do Estado de punir, ou seja, de impor penas, o que é conhecido como "ius
puniendi", que, por sua vez, também encontra restrição - antes mesmo daquelas formuladas pelo
direito penal - na Constituição nacional e nos Tratados Internacionais assinados por nosso país, que
após a reforma da Carta Magna de 1994, tornaram-se hierarquia constitucional, como "A
Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem"; "Convenção Americana de Direitos
Humanos" (Pacto de San José, Costa Rica); "Declaração Universal dos Direitos Humanos"; "O
Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos"; etc.. -

3. Princípios constitucionais.
A Constituição Nacional (ART. 18), estabelece os princípios básicos do ordenamento jurídico
penal, ou seja, os pressupostos legais da repressão, ao dispor: "Nenhum habitante da Nação
poderá ser punido sem julgamento prévio com base na lei anterior ao fato do julgamento, nem
julgado por comissões especiais, nem afastado dos juízes designados por lei antes do fato do fato".

Desse postulado resulta:


8
1° Que a lei penal deve preexistir a todas as sanções (não há pena sem lei).- 8

2° Que o processo (ou processo penal), necessariamente regulado por uma lei que o torne
inalterável, é o único meio de aplicação do direito material (não há pena sem julgamento).

3° Que ninguém pode ser considerado culpado até que uma sentença final o declare (princípio da
inocência).

4° Que a sentença do juiz natural é a única fonte legítima para limitar definitivamente a liberdade
(juiz natural).
Nesse sentido, o ARTE. 1 do C.P.P. Dispõe o texto: "Ninguém poderá ser punido sem
julgamento prévio, de acordo com o disposto nesta lei, ou julgado por juízes que não sejam os
nomeados de acordo com a Constituição e competentes, ou considerado culpado até que uma
sentença final o declare assim, ou processado mais de uma vez pelo mesmo ato".
Em virtude do ordenamento jurídico penal, o poder repressivo do Estado é substancial e
formalmente definido, disciplinado e limitado. Esse sistema jurídico protege simultaneamente dois
interesses: o da sociedade (pela repressão aos culpados) e o individual (pela liberdade).
Justiça e liberdade são as duas ideias fundamentais que, segundo a Constituição Nacional, inspiram
e condicionam a função repressiva do Estado.
Por essas razões, a norma jurídico-penal aparece como norma limite: a substantiva, porque
circunscreve o âmbito da repressão; o processual, porque estabelece a única forma legítima de
exercício do poder repressivo.

3.1 Princípio da Legalidade (não há crime ou pena sem lei).


Este princípio significa:
1º Que nenhuma ação humana (deve haver conduta externa) pode constituir crime, ainda que pareça
imoral, se não for definida como tal por lei escrita anterior à sua execução, que deve emanar,
exclusivamente: do Congresso Nacional, se for crime (art. 75 Sinc. 12 Constituição Nacional) ou das
legislaturas provinciais ou conselhos deliberativos, se constituir uma falta ou contravenção.
Nossa ordem constitucional exige que a lei seja uma regra escrita e geral. Somente uma norma
escrita pode fornecer as garantias previstas no princípio da reserva, que busca que os habitantes do
Estado tenham diante de seus olhos crimes e penas precisamente determinados e delimitados com
igual precisão.
É também um derivado do princípio da legalidade a generalidade do direito penal. Isso deve ser
anterior ao ato punível, condição incompatível com uma lei estabelecida para um caso
pessoalmente determinado. Isso colide com a garantia. Igualdade perante a lei.-
Essa norma escrita e geral deve ser sancionada e promulgada de acordo com as normas
constitucionais. O poder legislativo, entendido como o poder de formar e sancionar leis,
8
corresponde ao Congresso Nacional, aos legislativos provinciais e aos conselhos 9
municipais. O
legislador não pode delegar esse poder. A garantia da legalidade repressiva visa, principalmente, que
o poder penal do Estado se desenvolva fora da ação e discricionariedade do Poder Executivo.
A configuração de uma infração penal é matéria que faz com que a essência do Poder Legislativo e o
Poder Executivo não possa criá-las nem o Poder Judiciário aplicá-las se houver lei que as tenha
estabelecido antes da prática do ato.

2º Que o Juiz não poderá aplicar outra sanção que não a estabelecida em lei, tanto em qualidade ou
espécie quanto em quantidade.

3° Essa lei penal não pode ser aplicada de forma análoga.

4° Essa lei penal não pode ser aplicada retroativamente, a menos que seja mais branda com o
acusado (art. 2 Código Penal).-
Portanto, não é possível que alguém seja condenado, chamado a julgamento, processado ou
colocado em processo penal se uma lei em vigor à época do fato não o qualifica como crime e o
pune como tal.

3.2 Princípio da Reserva.


Junto com o princípio constitucional da legalidade, que exige que, para ser processado
criminalmente por conduta, a determinação dela como inútil deve ser anterior à sua conclusão,
erigida-se o "princípio da reserva".
Previsto no artigo 19 da Carta Magna, diz que: "As ações privadas de homens que de modo algum
ofendam a ordem e a moral públicas, nem prejudiquem a terceiro, são reservadas apenas a Deus, e
isentas da autoridade dos magistrados. Nenhum habitante da Nação será compelido a fazer o que a
lei não manda, nem privado do que ela não proíbe."
A exigência de que um ato só pode ser considerado crime se for estabelecido por lei anterior à sua
prática, deve-se à ideia de reservar aos indivíduos, como área isenta de punição, aquele daqueles
atos que, embora pareçam ilícitos, imorais ou lesivos, não são previstos como crimes e punidos por
lei anterior ao seu cometimento. A punibilidade dos atos que a lei não pune é reservada, como esfera
de imunidade, contra o poder repressivo do Estado.
No caso de uma garantia individual, essa superfície de reserva deve ser claramente delimitada. Isso
se dá por meio da enumeração exaustiva por lei dos atos puníveis e das penas pertinentes.
É o que segundo Soler constitui um "sistema descontínuo de ilicitudes", comparando o sistema
normativo penal como um "conjunto de ilhotas", segundo o qual cada um dos crimes especificados
nas diferentes normas (código penal, leis especiais) constitui um ilhéu, e quando essa conduta não se
9
encaixa perfeitamente em uma dessas ilhotas ela cairá no que se chama de "zona de liberdade".0 e,
portanto, sua comissão não pode ser reprimida.

3.3 Não há Pena sem Julgamento.


A Constituição Nacional exige que o Estado, por meio de determinada atividade de órgãos
predispostos , verifique se a lei penal foi violada e em que medida, a fim de impor a sanção
correspondente. De acordo com esse princípio, ninguém pode ser sancionado senão em decorrência
de um julgamento judicial anterior.

a) Do ponto de vista objetivo: a sentença imposta pela Constituição ou processo penal é uma
pessoa jurídica predeterminada ou um tipo jurídico abstratamente definido pela lei processual,
que estabelece as formas dos atos que a compõem e a ordem (procedimento) que deve ser observada
ao cumpri-los.
O processo penal necessariamente se situa entre o crime e o criminoso, sendo o único meio de
descobrir a verdade e agir efetivamente o direito penal.
Portanto, a garantia consiste em:
1) Na necessidade de um processo legalmente definido para preceder qualquer sanção;
2) Na solenidade e nas formas que devem ser observadas no cumprimento dos atos que a integram;
3) Na ordem regular a ser mantida e no tempo a ser gasto;
4) Na intervenção e controladoria recíproca de magistrados, agentes públicos e demais agentes em
exercício;
5) Nas várias oportunidades que têm para cumprir os seus deveres ou exercer os seus poderes.
A validade desse princípio independe da vontade do juiz ou do acusado.

b) Do ponto de vista ideológico: o julgamento é uma operação intelectual que, em última


instância, realiza o juiz ao aplicar a lei ao caso concreto. Nesse sentido, o juízo prévio equivale ao
juízo prévio, pois este é o ato de vontade em que ele necessariamente deve ser exteriorizado para
ser válido no ordenamento jurídico.
Segundo Clariá Olmedo, o poder punitivo do Estado está condicionado pela atividade jurisdicional
desenvolvida em um processo regular e legal que contém o "julgamento" constitucional: acusação,
defesa, provas e sentença transitada em julgado. Essa sentença exige uma acusação que embasa o
plenário e, nisso, a defesa e as provas devem ser regularmente asseguradas. A acusação é a tese, a
possibilidade de respondê-la é a antítese e ambas pressupõem o juízo jurisdicional que é a síntese.
Portanto, o princípio de que o juiz não pode agir de ofício é uma consequência imediata desse
dogma.
9
3.4 Princípio da Inocência. 1

A Constituição não consagra a presunção de inocência, mas o ESTATUTO JURÍDICO em que o


acusado se encontra diante de uma condenação transitada em julgado. Esse Estado não é destruído
nem pela acusação nem pela acusação; Tampouco é destruído pela sentença que não transitou em
julgado. O acusado é inocente durante a condução do processo até ser considerado culpado por uma
sentença final.
Tal não impede a aplicação de medidas coercivas contra o arguido (por exemplo, detenção, prisão
preventiva, etc.) durante o processo. A suspeição contra o acusado é necessária para sua intimação
para depor ou elementos suficientes de condenação para o ditado da acusação ou prisão preventiva.
Mas essa suspeição ou presunção de culpa não pode afetar o princípio na medida em que ele é
objetivamente entendido como um estado de direito, resistente a qualquer afirmação que não seja
certa.

3.4.1. Importância no campo legislativo.


a) O princípio da inocência explica a inviolabilidade da defesa e ambos exigem que o acusado
seja tratado como sujeito de uma relação jurídico-processual e não como mero objeto de
perseguição judicial.

b) Aqui reside o fundamento das medidas restritivas da liberdade do acusado: se ele é inocente
até que uma sentença final o declare culpado, sua liberdade só pode ser restringida como medida
cautelar ou como medida de segurança, quando for indispensável para assegurar o Estado de
Direito.

3.4.2. Importância no campo processual.


a) Interpretação restritiva de todas as normas restritivas da liberdade pessoal (art. 2 Código
de Processo Penal, Lei 6.730) Ex.: aqueles que consentem com a prisão, detenção e

prisão preventiva ou proibição de soltura. Se houver algum conflito entre os 2 interesses que o
processo protege, ele deve privar o interesse individual em liberdade pessoal.

b) Necessidade de medidas coercitivas: quando tal necessidade for especificamente verificada


(art. 6, Lei 6.730).-

c) Exclusão do ônus da prova: o acusado não tem o dever de provar nada, ainda que tenha o
direito de fazê-lo, pois goza de uma situação jurídica que não precisa ser construída, mas deve
ser destruída. Se provado que é culpado, ele permanecerá inocente e, portanto, deverá ser
absolvido.
9
d) In dubio pro reo (art. 2 do Código de Processo Penal, Lei 6.730): para condenar o 2
acusado, o
juiz deve ser condenado por sua culpa. Em caso de dúvida, deve absolvê-lo; Para chegar a essa
solução não é necessário estar convencido de sua inocência, pois essa é uma situação jurídica
que não precisa ser construída.

3.5 . Princípio do Juiz Natural.


A partir de uma formulação negativa, esse princípio proíbe a intervenção de juízes ou comissões
especialmente nomeadas ex post facto para investigar um fato ou julgar uma pessoa específica.
A partir de uma formulação positiva, esse princípio exige que a função jurisdicional seja exercida
por juízes previamente instituídos por lei para julgar uma classe de casos ou uma categoria de
pessoas. Juiz natural é o tribunal imposto pela Constituição para intervir em determinado
processo.
Enquanto o tribunal for permanente e competente e o juiz imparcial, não é do interesse que a pessoa
do juiz seja substituída ou que a composição do tribunal seja modificada. Mas a substituição ou
alteração da integração deve ocorrer de acordo com a lei, evitando alterar os princípios que regem o
processo.
Arte. Diz o art. 3º do Código de Processo Penal, Lei 6.730: "Ninguém poderá ser julgado por juízes
especialmente designados para o caso.
O poder de aplicar a lei penal só cabe aos tribunais instituídos nos termos da Constituição e da lei."

3.6 . Non Bis In Idem.


Arte. 26 Constituição de Mendoza e 1 Código de Processo Penal: "Ninguém pode ser
processado mais de uma vez pelo mesmo ato".

É uma garantia que proíbe uma dupla perseguição judicial pelo mesmo fato. É inadmissível qualquer
ato processual que signifique a imputação de ato criminoso já julgado ou que seja objeto de outro
processo pendente. Não se refere apenas ao acusado, mas a todos os acusados. A norma fala em
"acusado" em vez de "condenado", o que inclui litispendência, destituição, absolvição e, além disso,
condenação.

Quando estamos diante do mesmo fato? É necessário que haja:


a) Identidade da pessoa: o princípio protege apenas a mesma pessoa que está sendo perseguida ou
cuja perseguição já terminou por demissão, absolvição ou condenação definitiva. Possíveis
participantes ainda não perseguidos são excluídos.

b) Identidade de objeto: a identidade deve referir-se ao fato em sua materialidade, sem se


interessar pelas modificações de sua qualificação jurídica. O quadro penal diferente é
inconsequente: furto ou roubo, lesões leves ou graves. Também não importa o grau de
9
participação ou crime ou desenvolvimento: autor ou cúmplice; tentativa ou consumação.3Ou
seja, não cabe processar novamente o mesmo ato por um grau criminal mais grave (ex.: o
perseguido como cúmplice, não pode ser como autor do mesmo ato em outro processo.

c) Identidade da causa da perseguição: identidade das pretensões repressivas, no sentido de que


coincidem as ações destinadas à obtenção do pronunciamento jurisdicional. É necessário que o
juízo de primeiro grau, em virtude do conteúdo assumido pela acusação, tenha podido examinar
extensivamente o objeto processual. O princípio regerá se o caso está pendente ou foi decidido e
pode esgotá-lo quanto ao mérito. Se o processo terminou sem essa decisão porque o tribunal não
estava em condições de se pronunciar legitimamente, não se aplicará o princípio: incompetência,
arquivamento por impedimento ou outra questão protelatória, etc.

4. Crime. Conceito.
Especificados, então, os parâmetros no papel do Estado na configuração das condutas
desvalorizadas, faz-se agora necessário referir os caracteres que devem ser combinados naquela
conduta para que possa ser classificada como "crime".
Especificado o exposto, cabe destacar, em primeiro lugar, que o Código Penal de nosso país não tem
uma definição do que seja o crime.
Por isso, para sua conceituação, deve-se recorrer a conceitos doutrinários.

Para Núñez, o crime é um ato típico, ilícito e culposo. Essas três condições indicam as características
encontradas em todas as condutas legalmente puníveis. Mas a concomitância dessas características
já não abre definitivamente a possibilidade de imputação penal para fins de punição do agente, uma
vez que ainda depende de outras condições externas à conduta da pessoa e às quais está sujeita a
punibilidade do crime no caso concreto.
Para Bacigalupo, o crime é uma ação típica, ilícita e culposa.
Dessas definições surgem as categorias ou elementos da teoria do crime, que devem ser analisados
na ordem enunciada.
Primeiro, é necessário determinar se há ação. Para um setor da doutrina, a ação é um comportamento
externo voluntário que causa um resultado. É o movimento do corpo ou falta de movimento do
corpo impulsionado pela vontade.
Em segundo lugar, é preciso analisar se essa ação humana se encaixa perfeitamente em uma figura
prevista no Código Penal ou em outra lei especial de natureza penal. Trata-se da tipicidade, que é a
adequação da ação humana a uma figura jurídica.
A teoria da ilicitude visa estabelecer em que condições e em que casos a prática de uma infração
penal, ou seja, uma conduta típica, não é contrária à lei. Uma ação típica também será ilegal se não
houver justificativa em favor do autor. Dizer que a conduta é justificada é dizer que o autor da ação
9
típica teve permissão da ordem legal para agir como agiu (por exemplo, legítima defesa, estado4 de
necessidade, etc.). -
E, por fim, o sujeito autor da conduta típica e ilícita também deve ser "culpado", o que implica que
tal ato deve ser "reprovável".
O que isso significa condenável? Que o indivíduo deveria ter entendido que o que estava fazendo era
proibido, e que poderia ter agido de acordo com a lei, ele não o fez.
B- DIREITO PROCESSUAL PENAL

1. Conceito.
Esse ramo do direito caracteriza-se pelo fato de ser composto por normas jurídicas voltadas à
realização de matéria penal. É um conjunto de regras que compõem o direito penal.
Segundo Clariá Olmedo, esse direito é chamado de processo penal porque o objeto de estudo mais
importante é o processo e o principal assunto sobre o qual o processo trata é uma hipótese de
infração penal.

2. Processo Penal.
Vélez Mariconde ensina que, do ponto de vista objetivo, "o processo penal é um conjunto ou série
gradual, progressiva e concatenada de atos disciplinados pelo direito processual penal e
praticados por órgãos públicos predispostos e por indivíduos obrigados ou autorizados a
intervir, por meio dos quais se busca investigar a verdade e agir concretamente no direito
penal material".

2.1. Esse conjunto ou série de atos é gradual porque a sucessão deles é dividida em momentos,
fases ou graus de fins específicos. A nota de progressividade refere-se ao fato de que a lei
determina uma ordem progressiva que necessariamente deve ser respeitada, de modo que, salvo
defeitos ou defeitos substanciais, o procedimento não pode ser paralisado ou retrocedido. Por fim,
essa série de atos é concatenada, o que significa que os atos fundamentais do processo penal estão
intimamente ligados entre si, de modo que alguns são pressupostos formais de outros.

2.2. Todos esses atos não ficam a critério do juiz ou dos demais sujeitos do processo, mas são
disciplinados pelo Direito Processual Penal, que prescreve as formas a serem observadas e a
ordem ou procedimento a ser seguido. Os atos processuais penais são atos jurídicos regulados por
normas de natureza processual penal e cujo efeito ou finalidade é a instauração, o desenvolvimento e
a conclusão do processo penal.

2.3. Os órgãos públicos predispostos a praticar esses atos são o Juiz ou Tribunal, o Ministério
Público e a Polícia Judiciária. O juiz tem a tarefa de aplicar o direito penal material, a ponto de
9
executar as sanções que vier a impor. As funções do Ministério Público são promover e 5
processar
publicamente. Quanto à Polícia Judiciária, procura impedir a dispersão de provas ou que os culpados
fujam à justiça, atuando como auxiliar dos órgãos judiciais e promovendo a ação penal através da
súmula de prevenção policial.

As pessoas obrigadas a intervir no processo são, a título de exemplo, testemunhas, peritos e


intérpretes. O autor civil, o responsável civil e o autor privado estão autorizados, mas não
obrigados, a intervir.
A última parte do conceito nos introduz à questão das finalidades do processo penal.

3. Finalidades do Processo Penal.


A evolução histórica mostra que nem sempre foi atribuído ao processo penal o mesmo objectivo.
Houve um tempo em que se pensava que seu único objetivo era a repressão ao crime. O objetivo
principal era punir ou condenar. No polo oposto, a doutrina considerava o processo como meio de
proteção da inocência.
Vélez Mariconde afirma que ambas as concepções são unilaterais, deficientes e inadmissíveis.
Embora o processo proteja tanto o interesse social pela repressão do crime quanto o interesse,
individual e social, pela liberdade pessoal, não se pode dizer que tenha qualquer dessas finalidades.
O processo penal tem uma finalidade mediata que consiste na justa execução da lei penal, ou seja, a
função de concretizar as disposições abstratas do direito penal material. Por essa razão, diz-se que o
Direito Processual Penal é um direito realizador, uma vez que a função jurisdicional penal do Estado
só pode ser cumprida por meio de um processo legalmente definido.
Além disso, tem uma finalidade imediata ou específica que é a descoberta da verdade em relação
ao ato concreto que se presume ter sido cometido. Isso é conseguido por meio da atividade
probatória.

4. Fases do Processo Penal.


O processo penal ocorre em diferentes fases ou fases que caracterizam diferentes momentos da
relação processual. Indicá-las significa definir em traços largos o procedimento, o caminho ou a via
jurídica que deve ser seguida para aplicar a lei penal, ou indicar a ordem em que os atos processuais
ocorrem.

4.1. ) Fase inicial do processo: processo penal


Pode ser iniciado por uma liminar fiscal, por uma súmula de prevenção policial ou por comunicação
policial. A denúncia é um ato meramente informativo que pode dar origem a uma liminar fiscal ou a
um resumo de prevenção policial.
O julgamento pelo crime de ação privada inicia-se com a denúncia do ofendido.
9
4.2. A investigação ou investigação criminal preparatória é a fase preparatória do julgamento 6que
visa fundamentar a acusação ou determinar o afastamento.
No sistema da Lei 1.908, quando se trata de crimes puníveis com pena superior a três anos de prisão,
a instrução fica a cargo do Juiz de Instrução.
No sistema da Lei 6.730, a fase de instrução fica a cargo do Promotor de Instrução, enquanto o Juiz
– que passa a se chamar Juiz de Garantias – fica a cargo de controlar a atividade do Ministério
Público e a proteção das garantias individuais.
4.3. No caso de crimes com pena superior a três anos de prisão, e antes de chegar à fase final, pode
haver uma fase intermédia, de elevação do processo a julgamento, o que evidencia a possibilidade de
a defesa do arguido se opor à elevação.

4.4. O julgamento: ou debate, é a fase essencial do processo penal, que se cumpre oralmente e
publicamente com base em uma acusação e termina com uma decisão final do juiz ou tribunal.

4.5. Fase eventual: recursos extraordinários (cassação, inconstitucionalidade e revisão) podem ser
deduzidos da sentença.

4.6. Fase executiva: especificação das disposições do acórdão.-

5. Classificação das ações penais.


As ações criminosas são divididas por sua disposição, em públicas e privadas. As públicas, por sua
promoção, subdividem-se em promocionais ex officio e dependentes de instância privada.- A regra
geral é constituída pelas ações públicas promocionais ex officio. Artes. 72 e 73 do Código Penal
elencam exaustivamente os crimes que dão origem às categorias de exceção.
ARTE. 71 Código Penal: "Todo processo penal será instaurado de ofício, com exceção de:
1° os que dependem de instância privada;

2° Ações privadas".-
Nesse sentido, o ART. O artigo 8º do Código de Processo Penal dispõe: "A ação penal pública
será instaurada pelo Ministério Público, que a instaurará de ofício, desde que não dependa de
entidade privada. Seu exercício não poderá ser suspenso, interrompido ou encerrado, salvo nos casos
previstos neste Código ou em outra lei.
Ao estabelecer ações privadas e ações públicas dependentes da instância privada, a lei consagra
direitos subjetivos individuais que condicionam o exercício do poder repressivo do Estado.

A instância privada (ART. 72 Código Penal e 9 Código de Processo Penal).


Arte. O artigo 72 do Código Penal elenca os crimes de competência privada:
9
a) as previstas nos artigos 119, 120 e 130 do Código Penal (referentes ao estupro, 7
estupro e
sequestro) quando não houver morte do ofendido ou lesões dos mencionados nos arts. 91 Código
Penal (lesões gravíssimas). Neste último caso, pode ser iniciado de ofício.

b) lesões leves, intencionais ou culposas. No entanto, nos casos deste parágrafo, procederá de ofício
quando houver razões de segurança ou interesse público.

c) Impedimento de contato de filhos menores com seus pais não coabitantes.-


Além disso, prevê-se que, quando houver grave conflito de interesses entre alguns deles e o menor,
ou no caso de menor que não tenha representantes legais, o Ministério Público poderá atuar de ofício
quando for no melhor interesse do menor.
Nesses casos, o lesado não tem o exercício da ação penal, mas um direito pré-processual, anterior ao
processo e também material, que é o direito de provocar a promoção.
Nessas ações dependentes da instância privada, o lesado julga pela conveniência e oportunidade de
provocar o processo penal; A lei deixa ao seu critério a avaliação dos interesses familiares e sociais
que possam estar em conflito; Dá-lhe o direito de incentivar a promoção da ação, não a promoção
em si. O Estado condiciona, assim, o seu poder repressivo; O silêncio do ofendido consagra sua
renúncia.
O direito do indivíduo é muito singular, pois se esgota com o seu exercício; Expressa sua vontade
em favor da instauração do processo, seu poder dispositivo perece e extingue-se definitivamente.
Afora o obstáculo que impede a iniciação, provocado pela promoção da ação, é irrelevante qualquer
manifestação de vontade contrária ao exercício da ação. O Estado recupera seu poder de punir por
ser uma ação pública.
A instância privada é uma exceção à regra da imprescindibilidade da arte. 71 Código Penal. O
Código os menciona como exemplos e porque foram eles que previam todos os códigos da época em
que foi sancionado.

O ARTE. 9 O Código de Processo Penal estipula: "Quando o processo penal é instaurado por
uma entidade privada, este só pode ser iniciado se a pessoa lesada pela infracção ou, em ordem
exclusiva, os seus representantes legais, tutor ou tutor, apresentarem queixa à autoridade
competente para a receber. Será considerado tutor quem ficou responsável, por qualquer
motivo, pelos cuidados do menor.
A instância privada será estendida por lei a todos os participantes do crime.
O último parágrafo significa que o instante tem apenas o fato. Uma vez denunciado, a perseguição é
liberada contra qualquer pessoa suspeita de participação naquele fato.
9
5.1. Ação Privada (ART. 73 Código Penal e 11 Código de Processo Penal). 8

Arte. O art. 73 do Código Penal elenca os crimes de ação privada:


a) calúnia e difamação;
b) violação de segredos;
c) concorrência desleal;
d) violação dos deveres de assistência familiar, quando a vítima é o cônjuge.- A particularidade é
que nesses casos nenhum órgão estatal atua como promotor da ação, limitando o conflito aos
envolvidos, ou seja, aquele que inicia a ação penal e, por outro lado, aquele que é acusado disso.-
Outro fato característico - diferentemente da ação pública e da dependente da instância privada - é a
possibilidade de a pessoa que iniciou a ação criminosa interromper seu curso (retratabilidade).
Da mesma forma, deve-se notar que o procedimento pelo qual a investigação de qualquer um desses
crimes é realizada é um tanto especial.
Nesses casos, a parte lesada é a titular da ação privada e tem o direito de provocar a repressão
com exclusão de qualquer outra pessoa. Isso é evidenciado na arte. 59 Ins. 4° Código Penal: "O
processo penal extingue-se por renúncia do ofendido, no que tange aos crimes de ação privada" e art.
69 Código Penal: "O indulto do ofendido extingue a pena imposta por crime elencado nos arts. 73”.-
O Estado não se limita a conceder ao ofendido o poder legal de requerer a ação da lei penal, mas
concede-lhe um direito que condiciona e enerva completamente o poder público.
Nos casos previstos nos arts. 73 Código Penal Os organismos públicos não podem intentar
acções nem instaurar processos. O exercício da ação corresponde exclusivamente ao lesado ou
a seus representantes ou herdeiros em alguns casos.
O processo penal não pode ser instaurado ou continuado de ofício nesses casos, como se
depreende dos arts. 75 Código Penal: "A ação por calúnia ou difamação só pode ser proposta pelo
ofendido e após sua morte pelo cônjuge sobrevivente, filhos, netos ou pais" e 76 do Código Penal:
"Nos demais casos de art. 73 só procedem com base numa queixa ou queixa da parte lesada ou dos
seus tutores ou representantes legais."
Quem a exerce deve constituir-se como autor exclusivo, ou seja, com exclusão do órgão público da
acusação. A ARTE. 11 O Código de Processo Penal dispõe: " A ação particular será ajuizada
mediante denúncia, na forma especial nele prevista" (arts. 450/469 do Código de Processo
Penal).-

6. Competência.
Teoricamente, o tribunal de um Estado poderia ser objetivado em um único tribunal para questões
criminais. Mas razões práticas e técnicas alertam para a necessidade de um fracionamento para
proporcionar uma administração mais adequada da justiça criminal.

Objetivamente, a jurisdição é uma órbita jurídico-penal dentro da qual o tribunal exerce a


9
jurisdição. 9

Subjetivamente, jurisdição é a capacidade de um tribunal criminal de julgar um determinado


processo ou momento dele, por razões territoriais, materiais e funcionais.
Por sua vez, cada Tribunal pode distribuir a tarefa de acordo com critérios práticos de determinação
temporal, que só por extensão podem ser chamados de "competição rotativa". É uma competência
que não é fixada por lei, mas por regulamentos e acordos do Poder Judiciário.
As regras de competência destinam-se a ordenar o exercício da jurisdição, essencial em matéria
penal para a concretização do princípio do juiz natural. Daí sua nota de inextensibilidade (art. 37
Código de Processo Penal): as partes não podem, em caso algum, ordenar a alteração dessas
normas jurídicas por serem de interesse público. A inextensibilidade da jurisdição penal implica
para o juiz o imperativo de atuar nos processos atribuídos ao juízo que personifica. Mas também
implica a proibição de intervir quando o tribunal que personifica não é o competente.
A jurisdição penal é de ordem pública e interesse em todos os casos, o que não ocorre com o cível,
onde em matéria patrimonial a prorrogação é autorizada.
No caso da prática de um ato ilícito, deve-se determinar, em primeiro lugar, se é responsabilidade
dos tribunais federais ou de uma das províncias; depois o tribunal de qual circunscrição; depois,
deve ser especificada a matéria penal e, por fim, a da respectiva função.
Em matéria penal, a jurisdição provincial é a regra em oposição à federal, da qual derivam as
características de independente e soberano. Não deve prestar contas ao sistema de justiça federal
por seus atos e os processos apresentados nos tribunais provinciais devem ser fundamentados e
arquivados perante eles. Sua fonte é a ART. 121 Constituição Nacional, pela qual as províncias
reservaram todos os poderes não delegados ao Governo Nacional.
Os actos praticados sem observância destas regras são puníveis com nulidade, porque o tribunal teria
agido sem poder para o fazer.

6.1. Critérios de determinação.


Os critérios para determinar a jurisdição ordinária diferem daqueles levados em conta na
determinação da jurisdição federal.
Predomina o critério territorial, que implica a divisão do território em diferentes circunscrições. Em
cada uma delas, opera o critério material relativo à natureza do crime, evidenciado pela quantidade
e qualidade do crime. Em seguida, vem a determinação funcional para as etapas e graus do
processo.
Esses critérios são complementados pelas regras de conexão, na medida em que o efeito unificador
do processo produz alterações nas regras de competência material e territorial.

6.1.1. Competência territorial.


A lei atribui aos tribunais uma circunscrição territorial para exercer jurisdição sobre todos os
1
crimes cometidos dentro dela. 0
0
ARTE. 54 Código de Processo Penal (Lei 6.730): É competente o foro do lugar onde o ato foi
praticado. No caso de tentativa, a do local onde foi realizado o último ato de execução; Em
caso de crime contínuo ou permanente, aquele em que começou a ser executado.
Essa regra busca aproximar o tribunal o mais próximo possível do local do crime a ser investigado e
julgado. Isso favorece o exercício do direito de defesa, a celeridade da investigação e o significado
social da decisão.
As regras subsidiárias da jurisdição penal territorial só são válidas quando o local da prática é
desconhecido ou há dúvida sobre ele.

ARTE. Artigo 55 Código de Processo Penal: Se o local onde o fato foi praticado for
desconhecido ou duvidoso, será competente o foro do lugar onde se realiza a investigação ou,
na sua falta, o designado pelo Tribunal hierarquicamente superior.

6.1.2. Competência Material.


Para determiná-la, atenta-se para elementos externos do próprio ato, tais como: a pena, como
demonstrativa da natureza do crime; a idade do sujeito ativo, como menor exigido para a tutela e o
tipo de ação penal, para o seu exercício privado.
A natureza da infracção é determinada pelo montante da pena e, por vezes, também pela qualidade
da pena: tribunais penais, correcionais e de contraordenação. As minorias têm um procedimento e
um tribunal especiais. Os casos de crimes de ação privada também têm um procedimento especial e
requerem um tribunal adequado a esse procedimento.

6.1.3. Competência funcional.


O processo é composto por duas etapas: investigação e julgamento em plenário. Eventualmente,
pode haver uma fase de desafio e uma fase de execução. A determinação da competência funcional
ocorre quando o tribunal instituído para cada etapa varia.
A distinção funcional mais interessante é aquela entre o tribunal de instrução e o tribunal de
julgamento e sentença. Aplica-se em todas as províncias onde existe processo penal oral.

6.1.4. Concorrência em razão de turno.


Na realidade, não se trata de competência, mas de critérios administrativos para a distribuição
interna dos processos criminais, estabelecidos por normas internas do Poder Judiciário, enquanto a
fonte de competência deve ser sempre legal.

O critério mais comum de distribuição interna dos processos criminais é temporário, levando-se em
conta a data de cometimento do ato.
1
6.1.5. Competição por conexão. 0
1
O ARTE. O art. 58 do Código de Processo Penal (Lei 6.730) dispõe: "Os casos serão relativos:
a) Se os crimes imputados tivessem sido cometidos simultaneamente por várias pessoas reunidas
ou, mesmo que estivessem em locais ou horários diferentes, quando houvesse acordo entre elas.
b) Se um crime foi cometido para perpetrar ou facilitar a prática de outro ou para obter do culpado
ou de outros o benefício ou a impunidade.
c) Quando uma pessoa é acusada de vários crimes.-

Arte. O artigo 59 regula os efeitos da conexão dizendo: "Quando houver causas relacionadas a
crimes de ação pública, os processos serão acumulados e será competente:
a) O tribunal competente para julgar o crime mais grave.
b) Se as infracções forem puníveis com a mesma pena, o tribunal competente para julgar primeiro
a infracção cometida.
c) Se os atos forem simultâneos ou não for devidamente comprovado o que foi cometido primeiro,
aquele designado pelo Tribunal hierarquicamente superior.
A despeito da juntada, o processo sumário será compilado separadamente, salvo se for inconveniente
para a investigação."

7. Organização da Justiça Provincial em Matéria Penal.


Na província de Mendoza a organização da justiça criminal é regulada pelo Código de Processo
Penal, a Lei Orgânica do Poder Judiciário e a Lei do Ministério Público.- Quanto ao Código de
Processo Penal, a província de Mendoza encontra-se atualmente em situação especial devido à
coexistência das leis 1.908 (que continham o Có Digo Processo Penal de Vélez Mariconde) e 6.730
contendo o novo Código de Processo Penal, que está parcialmente em vigor na Província, na
Primeira e Terceira Circunscrição Judiciária rege plenamente, na Segunda e Quarta Comarca, sua
implementação está pendente, regendo principalmente a Lei 1908 e parcialmente em alguns
institutos a Lei 6730.-
Como se sabe, a província de Mendoza é dividida em quatro distritos judiciais. Em todas as
circunscrições, estão em vigor as disposições da Lei 6.730 contidas no Terceiro, Quarto e Quinto
Livros, ou seja, as relativas ao Autor Privado, Agente Civil, Processo e Procedimentos Especiais,
Recursos e Execução.
No âmbito da Primeira e Terceira Circunscrições Judiciárias, vigora integralmente o novo Código de
Processo Penal contido na Lei 6.730, abrangendo os departamentos da Capital, Godoy Cruz, Las
Heras e Lavalle, Guaymallén, Luján e Maipú.

7.1. Imagem.
1
0
2

8. Processos com Réus maiores de 18 anos.


Em primeiro lugar, vamos referir-nos aos casos em que são encontrados acusados maiores de 18
anos ou casos em que adultos e menores são acusados conjuntamente.
Vamos tratar da competência material dos diferentes órgãos no regime da Lei 1.908 – ainda em
vigor em parte de nossa província – e depois no sistema da Lei 6.730.

Lei 6.730 Competências


Introdução:
Note-se que, durante a vigência do Código de Processo Penal anterior, com a Lei de 1908, a
investigação de delitos estava nas mãos dos juízes de instrução e os promotores de instrução
limitavam-se a fazer pedidos aos juízes, seja para investigar formalmente um caso, seja para
convocá-lo a julgamento ou rejeitá-lo. Ou seja, que o Promotor de Justiça teve um papel muito mais
passivo na investigação, deixando toda a atividade investigativa nas mãos dos Desembargadores.
Com a entrada em vigor da Lei 6730, foi modificado o papel dos Procuradores de Instrução, entre
outras coisas, que são responsáveis não só pela promoção e exercício da ação penal, mas também
por toda a investigação dos crimes, cabendo aos Juízes, antes chamados de Instrução e agora
chamados de Juízes de Garantias, encarregados de controlar a legalidade do processo e o efetivo
cumprimento das normas vigentes.
SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA (ART. 42)
Serão julgados os Recursos de Cassação, Inconstitucionalidade e Revisão
1
CÂMARA CRIMINAL (ARTS. 44/46): 0
3
Em uma única pessoa ou como tribunal colegiado, julgará em única instância os crimes cujo
conhecimento não seja atribuído a outro tribunal.
CÂMARA DE RECURSOS (ART. 47):
O Tribunal da Relação apreciará os recursos das decisões dos Juízes de Garantias e as questões de
competência que possam surgir entre os Magistrados hierarquicamente inferiores.
JUIZ DE GARANTIAS, (ART. 48):
Intervirá apenas nos casos em que o Código atribuir competência.
Portanto, na Lei 6730, a fase de instrução ou instrução não corresponde mais ao Juiz, mas ao
Promotor de Instrução. Essa é uma diferença com a lei de 1908.
O JUIZ CORRECIONAL (art. 49): julgará em única instância:
1) Dos crimes de dolo público que foram punidos com pena de prisão não superior a três anos ou
com multa e/ou inabilitação.
2) Dos delitos culposos, qualquer que seja a sua pena.
3) Dos crimes de ação privada.-
ARTE. Art. 48 - O JUIZ DA EXECUÇÃO intervirá nos casos determinados no Livro Quinto
deste Código.
ART.50: JUSTIÇA DE PAZ: Se não houver promotor de instrução ou juiz de menores no território
de sua jurisdição, o juiz de paz realizará os atos urgentes de investigação de acordo com o artigo
316. Ele poderá receber depoimento do acusado na forma e com as garantias estabelecidas em lei,
ordenar sua prisão nos casos previstos nos arts. 284 e 286, comunicando-o imediatamente ao órgão
competente; e receber depoimentos de testemunhas, de acordo com as regras da instrução criminal
preparatória.
Da mesma forma, e também com competência em matéria penal, estão os TRIBUNAIS de
Contravenção cuja competência material se refere à investigação e julgamento de contravenções
cometidas por maiores de 18 anos. Para fins de referência à regulamentação desta matéria, encontra-
se no Código de Contravenções da Província de Mendoza, instituído pela lei provincial nro. 3.365.

9. Acusado Menores de 18 anos.


A Lei 6.354, promulgada em 1.995, criou a Justiça Criminal de Família e Menores em nossa
província. No que se refere ao processo penal juvenil, esta Lei respeitou as disposições contidas em
tratados internacionais que preveem a existência de uma jurisdição especializada para tratar dessa
matéria.
Os órgãos que compõem a justiça penal juvenil são o tribunal criminal de menores, o juiz criminal
de menores e o Ministério Público de menores. O Ministério Público da Infância é composto pelo
Ministério Público e pela Ouvidoria do Menor.
A justiça criminal juvenil é competente quando se tratar de crimes praticados por menores de 18
1
anos, imputáveis ou inimputáveis, de acordo com o disposto no Código Penal e na 0Lei
4
22.278/22.803.
ARTE. 113, LEI 6354: O JUIZADO CRIMINAL DE MENORES julgará todos os crimes,
exceto aqueles em que tenha sido exercida a faculdade prevista na alínea c) do art. 114 e julgará os
recursos contra as decisões do juiz criminal de menores.
ARTE. 114, LEI 6354: Compete ao JUIZ EM MATÉRIA PENAL JUVENIL:
a) Praticar as medidas que lhe corresponderem durante a investigação do Agente Fiscal;
b) Providenciar na audiência preliminar;
c) A acusação, em única instância, de crimes imputados a menores que, à data da propositura da
acção, não tenham mais de 18 anos, quando a lei estabeleça para a infracção uma pena não superior
a 10 anos de prisão e se opte pelo julgamento abreviado;
d) A acusação de contravenções cometidas por menores até aos 18 anos e
e) Tomar medidas protetivas em relação a menores inimputáveis que tenham participado de ato
previsto em leis penais ou contravenções.
ART.117, LEI 6.354: O Ministério Público dirigirá a investigação preliminar, praticando e fazendo
com que sejam praticados os atos nela inerentes e atuará perante o Tribunal e o Juiz Criminal de
Menores, conforme o caso.
No processo penal juvenil, a fase de investigação preliminar é de responsabilidade do Ministério
Público. Quando o Ministério Público tiver provas da participação do menor em ato punível, deverá
requerer a realização da audiência preliminar. Durante a audiência preliminar, o juiz criminal de
menores ouvirá o menor, seus pais e as partes, podendo eventualmente realizar o julgamento
abreviado, desde que tal seja requerido e que o delito atribuído ao menor tenha pena não superior a
10 anos de reclusão. Se a pena ultrapassar esse valor ou o julgamento abreviado não for solicitado, o
julgamento comum deve ser realizado perante a Vara Criminal de Menores.

C- MINISTÉRIO PÚBLICO
A Lei 8008 é a lei que regulamenta o Ministério Público.
A autoridade máxima do Ministério Público da Província é o Procurador-Geral do Supremo
Tribunal de Justiça, que é responsável pelo seu bom funcionamento.
Dentre suas atribuições e atribuições, destacam-se:
Governar nos casos que são processados perante a Suprema Corte de Justiça de Mendoza, de acordo
com as disposições da Constituição Provincial e as leis.
Promover ação pública perante o referido Tribunal, nos casos correspondentes.
Representar o órgão perante o Supremo Tribunal de Justiça e outros
poderes do Estado; Auxiliar nos acordos do primeiro, quando convidado, e assessorá-lo em todos os
assuntos que foram consultados.
Submeter ao Supremo Tribunal de Justiça a exigência orçamentária anual do Ministério Público,
1
para fins da conta especial prevista na Lei 8008. 0
5
Conceber a política penal e penal do Ministério Público, devendo dar as correspondentes instruções
gerais, nomeadamente as que se referem aos institutos de direito material e processual necessários
para o efeito, ou cuja aplicação gere controvérsia
Dar as instruções gerais e particulares necessárias à concretização dos princípios de actuação e das
funções do Ministério Público previstas na presente lei.
Desenhar a organização do Ministério Público,
Exercer a superintendência-geral sobre o Ministério Público com todos os poderes administrativos,
regulamentares, disciplinares e de controle que lhe forem inerentes.
O Ministério Público forma e desenvolve suas funções no âmbito do Poder Judiciário, com
atribuições orgânicas e autonomia funcional. Para o melhor desempenho de suas funções, terá uma
conta especial do orçamento do Poder Judiciário.
O Ministério Público é composto pelo Ministério Público e pelo Ministério Público de Defesa e
Alunos.
O Ministério Público é composto por:
1) Os Procuradores Adjuntos.
2) Os Promotores de Justiça das Câmaras Criminais, Tribunal de Alapelação Criminal, Câmaras
Cíveis, Comerciais, de Minas, de Paz, Tributárias e Trabalhistas.
3) Promotores de Investigação, Promotores de Justiça em Matéria Penal de Menores, Promotores
de Justiça em
Ministério Público Civil, Comercial, de Minas e Paz e Família.
4) Promotores de Justiça em matéria correcional.
5) Os Advogados Oficiais dos Demandantes Privados.
O Ministério Público da Defesa e dos Alunos é composto por:
1) O Secretário-Geral da Defesa.
2) Os Defensores dos Pobres e Ausentes, os Defensores perante a Instância de Execução Penal e os
Defensores de Menores em Matéria Penal.
3) Conselheiros de Menores e Incapazes.
Em relação aos Agentes Fiscais em matéria penal temos o seguinte:
Procuradores da Câmara:
Atribuições e atribuições:
Prossiga perante as respectivas Câmaras a intervenção dos procuradores hierarquicamente inferiores
e represente e defenda a ação pública perante eles, nos termos do art. 3º, § 1º, desta lei. O Procurador
da Câmara, que dá instruções particulares no decurso da investigação de um determinado acto
criminoso, deve continuar a intervir na fase de julgamento, se for caso disso.
Cumprir e fazer cumprir todas as instruções gerais expedidas pelo Procurador-Geral da República,
em especial as referentes ao seu âmbito de atuação.
1
Transmitir aos seus inferiores hierárquicos as instruções particulares necessárias ao 0
bom
6
desempenho de suas funções.
Promotores de Justiça Penitenciários:
Atribuições e atribuições:
Os Promotores de Justiça em Matéria Penitenciária terão as mesmas funções, poderes e deveres que
os Procuradores da Câmara em seu âmbito de atuação e dentro dos limites estabelecidos para a
Justiça Correcional. Eles atuam perante juízes correcionais.
O Procurador-Geral da República, por razões de serviço, pode exigir-lhes que intervenham nos
debates perante as Câmaras Criminais e sub-rogem os procuradores de instrução.
Ministério Público Investigador:
Deveres e Atribuições:
Exercer a ação penal, realizar a investigação criminal preparatória e atuar perante o Juiz de
Garantias, na forma estabelecida em lei.
Atuar perante os tribunais de primeira instância, nos casos que a lei determinar.
Cumprir e fazer cumprir todas as instruções gerais expedidas pelo Procurador-Geral da República,
em especial as referentes ao seu âmbito de atuação.
Transmitir aos seus inferiores hierárquicos as instruções particulares necessárias ao bom
desempenho de suas funções.
Solicitar ao Procurador-Geral de Justiça instruções nos casos previstos no parágrafo segundo do art.
25.
Cumprir o regime de visitas a estabelecimentos prisionais ou estabelecimentos prisionais previsto no
artigo 9.º; buscar assistência à vítima e proteção de testemunhas previstas no art. 11 e incentivar e
promover as formas de conciliação previstas nas leis, nos termos do art. 12 desta Lei, de acordo com
as instruções gerais expedidas pelo Procurador-Geral da República.
Propor aos funcionários e agentes do seu gabinete, para efeitos da sua nomeação, o respeito das
regras de entrada por concurso e, se for caso disso, da esfera judiciária.
Prever a atuação conjunta ou alternativa de dois ou mais Procuradores Adjuntos, quando a
importância ou dificuldade das matérias o tornar aconselhável.
Assegurar, em geral, a prestação eficiente do serviço na Unidade Fiscal em que presta serviços e em
todas as Repartições Fiscais que pertençam ao seu âmbito de atuação.
Em caso de delegação, conceder ao pessoal da sua unidade fiscal e às Repartições Fiscais que
pertençam ao seu âmbito de atuação licenças ordinárias, nos termos do respetivo regulamento.
Informar o Procurador-Geral de qualquer infração de deveres cometida por funcionários e
empregados da Unidade Fiscal em que presta serviços e das Repartições Fiscais que lhe pertençam
âmbito de atuação, para fins disciplinares.
1
Princípios que regem a atuação do Ministério Público: 0
7
O Ministério Público exercerá suas funções de acordo com os princípios da unidade de ação, da
dependência hierárquica, da legalidade, da tempestividade e da objetividade.
1) Unidade de atuação: o Ministério Público é um e será representado por cada um de seus
membros nos atos e processos em que atuarem.
2) Dependência hierárquica: organiza-se hierarquicamente e cada magistrado controla a
atuação daqueles que o assistem e é responsável pela gestão a seu cargo.
3) Legalidade e tempestividade: o Ministério Público exercerá a ação penal e exigirá a justa
aplicação da lei, sem prejuízo de requerer aos tribunais a suspensão total ou parcial da persecução
penal nos casos cabíveis.
4) Objetividade: o Ministério Público atuará de forma objetiva, com base no interesse social e na
correta aplicação da Constituição Nacional, dos Tratados Internacionais, da Constituição Provincial
e das leis.
Incompatibilidades.
Os membros do Ministério Público não podem exercer a advocacia ou representar terceiros em
juízo, salvo em seus próprios negócios ou de seu cônjuge, ascendentes ou descendentes, ou quando o
fizerem em cumprimento de dever legal. São afetados pelas incompatibilidades estabelecidas pela
Constituição Provincial e pelas leis em relação aos demais membros do Poder Judiciário.
Autonomia Funcional
A organização e o funcionamento do Ministério Público são os decorrentes da Constituição
Provincial, da presente lei e das resoluções de natureza geral que, para o efeito, ditam o Procurador-
Geral no quadro das disposições constitucionais e legais.
O Ministério Público atua em coordenação com as demais autoridades da Província, mas sem estar
sujeito a instruções ou diretrizes emitidas por órgãos externos à sua estrutura.
Os membros do Ministério Público, sem distinção de hierarquias, devem observar no desempenho
de suas funções os princípios da flexibilidade, do trabalho em equipe e da responsabilidade
compartilhada em relação aos resultados da gestão, tudo para alcançar a maior eficiência da função e
melhor aproveitamento dos recursos humanos e materiais.
Em particular, evitarão a criação de procedimentos desnecessários e qualquer outra forma de
burocratização, excesso de rituais ou negligência na atenção ao público.
1) Dependências do Ministério Público.
a) Procurador-Geral do Supremo Tribunal de Justiça.-
b) Coordenação do Ministério Público.-
c) Fiscalização do Ministério Público.-
d) Ministério Público da Câmara do Crime. e Procuradoria do Tribunal de Justiça.
e) Procuradorias de Justiça das Unidades Fiscais departamentais.-
f) Ministério Público Criminal de Menores.-
1
g) Ministério Público Penitenciário.- 0
8
h) Repartição Fiscal.-
i) Defensor Criminal de Menores.-
j) Assessoria a Menores e Pessoas Incapazes.-
k) Corpo Médico Forense.-
l) Gabinete de assistência ao queixoso privado.-
m) Defensoria Pública
n) Defensores da Família.
o) Ministério Público Civil
p) Ministério Público da Câmara Cível

Um estudo em particular dos departamentos do Ministério Público que compõem as Unidades


Fiscais Departamentais:
1.1. Unidades Fiscais Departamentais - Lei 6730 -.
Situação hierárquica dos auxiliares e atividades mais frequentes a serem realizadas
Atualmente operando na Primeira Circunscrição Judiciária, estão as Unidades Fiscais
Departamentais da Capital, Godoy Cruz, Las Heras - Lavalle; Guaymallén, e Luján-Maipú, em cada
uma delas existem entre 4 e 5 Promotorias de Instrução, em cada Promotoria de Instrução um
Promotor de Instrução desempenha funções de quatro secretarias, divididas em duas Secretarias de
Instrução e duas Secretarias Correcionais (em ambos os casos uma manhã e uma tarde), e quatro
Chefes de Gabinetes de Entrada para cada um dos Secretariados. A alocação de pessoal e seu
cronograma serão determinados pelo Procurador-Geral e o escopo de atuação de cada Unidade
Fiscal é limitado à Secretaria correspondente. -
Além das Unidades Fiscais Departamentais, existe a Unidade Fiscal Especial, composta por três
promotores de justiça, com competência em toda a Primeira Circunscrição Judiciária
(independentemente dos órgãos que a compõem), que é responsável pela investigação de crimes
complexos ou crimes de ampla repercussão pública.
Por fim, há ainda a Unidade Fiscal Flagrancy, que é composta por três Procuradores de Instrução e
duas Secretarias, uma matutina e outra à tarde, com suas respectivas Tabelas de Entrada. O principal
objetivo desta Unidade Fiscal é investigar os crimes cujos autores foram presos em flagrante e que,
por sua vez, são punidos com penas não inferiores a três anos nem superiores a quinze. Além da
investigação, os Promotores de Flagrante atuam no Julgamento Direto perante os Juízes Flagrante
Delicto.
No Terceiro Distrito Judicial existem as Unidades Fiscais de San Martín - La Colonia, com três
Promotorias de Instrução, a Unidade Fiscal de Rivadavia - Junín, com duas Promotorias de Instrução
e, finalmente, a Unidade Fiscal de Santa Rosa - La Paz, também com duas Promotorias de Instrução.
1
Os auxiliares são obrigados a cumprir as ordens de seus superiores hierárquicos (Chefe do Posto0 de
9
Entrada, Secretário, Promotor), e tão logo não as respeitem estarão sujeitos às sanções que seus
superiores possam aplicar de acordo com a gravidade da infração, também são obrigados a
comparecer ao escritório no horário que lhes for indicado, sem poder reclamar obrigações
específicas.
O Secretário é responsável pelo pessoal de cada Unidade Fiscal, tanto na Secretaria Correcional
quanto na de Instrução, no turno da manhã e no turno da noite, são os Chefes de Gabinete. O
Secretário é responsável pelos livros de Detentos, Sequestros, Fianças, Atendimentos Diários,
Alvarás e Advertências e Medidas Disciplinares que foram aplicadas.
O Chefe da Bilheteria é quem recebe os escritos que são apresentados e deve colocar "carga" sob sua
assinatura com indicação do dia, hora e ata e cuidará para que os escritos sejam adicionados aos
arquivos imediatamente após sua apresentação. Não fornecerá arquivos a ninguém para ser
destituído sem o consentimento do escrivão ou do procurador. Ele é responsável por distribuir o
trabalho ao secretário adjunto.

1.2. Escritórios Fiscais - Lei 6730 - .


Situação hierárquica dos auxiliares e atividades mais frequentes a serem realizadas
A prorrogação e modalidade da jornada de trabalho dos servidores e empregados será estabelecida
pelo Ministério Público, e os TURNOS garantirão a prestação do serviço durante as 24 horas e todos
os dias do ano.
Os Procuradores Adjuntos são os Chefes do Ministério Público e são responsáveis pela segurança
dos bens e registros do escritório; Eles têm os mesmos poderes, obrigações e proibições que os
secretários. Têm a função de informar o Ministério Público de Investigação de todos os atos
criminosos praticados no âmbito de sua atuação, bem como realizar os atos investigatórios
ordenados pelo Ministério Público de Investigação e, em casos urgentes, podem adotar as medidas
cautelares necessárias. Além disso, fiscalizar a observância das normas constitucionais e legais
relativas aos direitos e garantias do acusado; e prestar informações e atenção aos advogados.

1.3. Polícia Judiciária.


A Polícia Judiciária assumirá a função sumária dos atos iniciais da Investigação Criminal
Preparatória (Lei 7231).
O Poder Judiciário assume a responsabilidade de realizar as notificações, audiências e remessa de
processos por meio do pessoal do Poder Judiciário designado para o desempenho de suas funções
nas Repartições Fiscais.
A Polícia Judiciária recebe queixas, assegura que o corpo, os instrumentos, os efeitos e os vestígios
do crime são preservados até à chegada do Ministério Público investigador ao local, regista o estado
das pessoas e das coisas através de planos, inspecções e fotografias, interroga sumariamente
1
testemunhas, intima e prende o presumível infractor, Receber depoimento do acusado com1 as
0
formas e garantias dos arts. 271 do C.P.P. e usar a força pública na medida do necessário.

1.4. Relacionamento com a Polícia Provincial.


Continuarão a ser desempenhadas pela Polícia Provincial as seguintes funções judiciárias:
intimação, constatação de domicílio, transferência, busca, custódia e alimentação dos detidos e seu
registo, extração de registos de impressões digitais, identificação e actualização de registos, remoção
de cadáveres com autorização prévia do Ministério Público ou funcionário judicial competente,
custódia de apreensões judiciais até o seu recebimento no
Ofício de sequestro ou entrega por ordem judicial; Colaborar na realização de estudos técnico-
científicos nas tarefas de investigação e sistematização e análise de informações criminais.-
A Polícia da Província continuará a receber denúncias nas secções policiais onde as Representações
Fiscais não funcionam, em casos de EMERGÊNCIA, devendo, nestes casos, requerer previamente a
autorização do Procurador ou Procurador Adjunto correspondente e seguir as orientações que
emitem.
Tem ainda a responsabilidade de vigiar as instalações das secções policiais transferidas para o Poder
Judiciário para o funcionamento da Polícia Judiciária nas situações em que nelas não haja pessoal
judicial.

2) Atos Processuais.
Todos os actos processuais devem ser realizados na língua nacional. Para a data de um ato deve ser
registrado o local, dia, mês e ano em que é cumprido, o tempo será indicado somente quando a lei
exigir. As pessoas que foram interrogadas devem responder por voz e sem consultar notas ou
documentos, com exceção de peritos e aqueles autorizados a fazê-lo. O declarante será convidado a
declarar o que sabe sobre o assunto em questão e, se necessário, interrogá-lo-á. Ao proceder por
escrito, as perguntas e respostas serão gravadas usando as expressões do declarante.

2.1. Ata.
Quando um funcionário público deva atestar actos praticados ou praticados na sua presença, lavrará
uma acta, para o que o Procurador será coadjuvado pelo secretário, pelo procurador adjunto por um
assistente da polícia judiciária ou administrativa e pelos auxiliares da polícia judiciária ou
administrativa por uma testemunha que não pode ter menos de dezasseis anos de idade. louco ou
embriagado.-
A acta deve conter a data e a finalidade, o nome e o apelido das pessoas que actuaram, o motivo do
não comparecimento das pessoas que foram obrigadas a intervir, a indicação dos processos
realizados e do seu resultado, as declarações recebidas, se estas tiverem sido feitas espontaneamente
ou a pedido, as observações que as partes requeiram e, Após a leitura, será feita a assinatura de
1
todos os participantes, e quando alguém não puder ou não quiser assinar, será feita menção a ela.1
1

2.2. Queixa.
A denúncia pode ser apresentada por escrito (assinada perante o funcionário que a recebe) ou
verbalmente (é lavrado um autos), pessoalmente ou por representante especial (procuração que a
acompanha).
Em todos os casos, o funcionário verificará e registará a identidade do queixoso.- Conterá, na
medida do possível, o relato pormenorizado do facto, a indicação dos seus participantes, vítimas,
testemunhas e todos os elementos que possam conduzir à sua verificação e qualificação jurídica.-

2.3. Imputação formal.


Quando houver motivos suficientes para suspeitar que uma pessoa tenha participado na prática de
um acto punível, o Ministério Público responsável pela investigação acusa-a formalmente do acto
que lhe foi atribuído. O arguido deve ser informado pormenorizadamente do facto que lhe é
atribuído, das provas de que dispõe para poder testemunhar, bem como do facto de poder requerer a
presença de um advogado para o melhor exercício dos seus direitos. No mesmo ato, o acusado deve
ser informado do disposto nos artigos 26, 30, 359, 364 e 418 do CPP. A consulta confidencial do
acusado com seu advogado de defesa deve ser permitida quando qualquer um deles o exigir e a
qualquer momento durante o ato.
Na primeira oportunidade, e se o arguido tiver manifestado a sua vontade de testemunhar, será
convidado a escolher um advogado; se não o fizer ou o advogado não aceitar imediatamente a
acusação, o procurador de investigação nomeará o Provedor de Justiça para os Pobres e Ausentes
como advogado. Posteriormente, o acusado será convidado a informar seu nome, sobrenome,
apelido ou alcunha, idade, status, profissão, nacionalidade, local de nascimento, domicílio, local de
residência anterior e condições de vida, se possui antecedentes criminais, por qual causa, juízo e se a
sentença foi condenada, nome, estado e profissão dos pais.
O acusado poderá ou não depor, se manifestar sua vontade de depor, será convidado a manifestar o
que julgar conveniente em defesa ou esclarecimento dos fatos, e a indicar as provas que julgar
adequadas. Sua declaração será registrada em suas próprias palavras. Em seguida, serão feitas as
perguntas que forem consideradas apropriadas, e as perguntas devem ser claras e precisas. Uma vez
concluída a declaração, a ata será lida em voz alta pelo secretário, se o declarante quiser emendar ou
acrescentar algo, suas declarações serão gravadas sem alterar o que foi escrito. A ata será assinada
por todos os presentes; e se alguém não puder ou não quiser fazê-lo, será registrado e não afetará a
validade do ato.

2.4. Resoluções.
As decisões do Tribunal são proferidas por sentença, despacho ou decreto.
1
2.5. Frases. 1
2

É emitido para encerrar o processo, eles devem ser assinados pelo Juiz ou por todos os membros do
Tribunal; e deve ser fundamentada.-

2.6. Carros.
Eles são emitidos para resolver um incidente ou, quando o Código exigir, devem ser assinados pelo
Juiz ou por todos os membros do Tribunal, da mesma forma, os despachos devem ser
fundamentados e ditados no prazo de cinco dias.

2.7. Decretos.
Eles são emitidos no dia em que os arquivos são colocados para despacho, eles devem ser assinados
pelo juiz ou presidente do tribunal. Os decretos devem ser fundamentados quando a Lei assim o
preveja.

2.8. Resolução final.


As decisões judiciais permanecerão definitivas e executórias sem necessidade de qualquer
declaração, desde que não sejam tempestivamente recorridas.

2.9. Prender.
Na primeira fase da investigação, em que várias pessoas estiveram envolvidas e não é possível
identificar os autores e testemunhas, pode ser ordenado que os presentes não saiam do local, nem se
comuniquem entre si, antes de prestarem depoimentos, e até ordenem a prisão se necessário. Essas
medidas não devem, em caso algum, durar mais de 24 horas.

2.10. Apreensão em flagrante delito.


Considera-se flagrante delito quando o autor é flagrado tentando cometê-lo, no momento de cometê-
lo ou logo em seguida, enquanto é perseguido pelas forças de segurança ou enquanto possui objetos
ou apresenta vestígios que levam à veemente presunção de que acabou de participar de um crime. Os
agentes e auxiliares da Polícia Judiciária têm o dever de deter quem for apanhado "em flagrante
delito" na prática de um crime de ação pública que mereça pena privativa de liberdade, quem tente
um crime no momento da preparação para o cometer e que escape enquanto estiver legalmente
preso. No caso de crime cuja atuação dependa de instância privada, a pessoa que puder instigar será
informada imediatamente e, caso não apresente a denúncia no mesmo ato, o preso será liberado.

2.11. Detenção.

Quando houver motivos suficientes para suspeitar que uma pessoa participou na prática de um acto
1
punível, a sua detenção será ordenada por um decreto fundamentado, desde que os crimes de 1
acção
3
pública sejam puníveis com pena privativa de liberdade e não se afigurem adequados, prima facie, a
pena de execução condicional; ou, quando a pena condicional prossegue, há indícios veementes de
que o acusado tentará se esquivar da ação da justiça ou dificultar sua investigação.
A restrição da liberdade só será imposta dentro dos limites absolutamente indispensáveis para
assegurar a descoberta da verdade e o funcionamento da lei.

2.12. Prisão preventiva.


Sempre que houver elementos de convicção suficientes para sustentar como provável a participação
punível do acusado no ato investigado, feita a sua imputação, o Juiz de Garantias, a requerimento de
uma das partes, decretará sua prisão preventiva no prazo de dez dias contados de sua imputação.

2.13. Depoimento Testemunhal.


Qualquer pessoa que conheça os fatos sob investigação será interrogada quando sua declaração
puder ser útil para descobrir a verdade. Toda pessoa terá a obrigação de comparecer à intimação
judicial e declarar a verdade de tudo o que sabe e é questionado, salvo as exceções previstas em lei.
Seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, seus parentes colaterais até o quarto grau de
consanguinidade ou segundo grau de afinidade, seu tutor ou ala ou pessoa com quem vive em
casamento aparente podem abster-se de testemunhar contra o acusado. Para a inquirição de
testemunhas, será expedida ordem de intimação e, em caso de urgência, poderão ser intimadas
oralmente, podendo também a testemunha comparecer espontaneamente.
Antes de iniciar o depoimento, as testemunhas serão instruídas quanto à pena de falso testemunho e
prestarão juramento, sob pena de nulidade, com exceção das pessoas menores de 16 anos e dos
condenados como partícipes do crime investigado ou de crime conexo. Cada testemunha será
interrogada separadamente, exigindo seu nome, sobrenome, status, idade, profissão, domicílio e
relação de parentesco. Para cada declaração, será lavrada uma acta.

2.14. Intimação para julgamento.


O Ministério Público de instrução requereu a citação para julgamento quando considerar concluída a
investigação e desde que existam elementos suficientes de convicção para sustentar como provável a
participação punível do arguido no acto intimado. A exigência fiscal deve conter os dados pessoais
do acusado, ou aqueles que sirvam para identificá-lo, uma relação clara, precisa, detalhada e
específica do fato, os fundamentos da acusação e a qualificação jurídica.

2.15. Despedimento.
Encerra de forma irrevogável e definitiva o processo em relação ao acusado em cujo favor ele é
ditado. Procederá quando o ato investigado não foi cometido, não foi cometido pelo acusado, o fato
1
não se enquadra em figura criminosa, medeia causa de justificação, 1
inimputabilidade,
4
inculpabilidade ou escusa de absolvição; que a pretensão criminal foi extinta, que decorridos todos
os prazos da instrução criminal preparatória e suas prorrogações, não há fundamento suficiente para
levar o caso a julgamento e não é razoável prever a incorporação de novas provas. O despedimento é
ordenado por sentença.

2.16. Arquivo.
O Promotor de Justiça determinará, por decreto fundamentado, o arquivamento do processo quando
não for possível prosseguir ou quando o fato nele contido não se enquadrar em figura criminal.

D- O CÓDIGO DE PROCESSO PENAL


LEI 6.730

DEPARTAMENTOS DE EXECUÇÃO PARCIAL

A- Introdução:
A lei que estabeleceu a aplicação parcial do Código de Processo Penal (Lei nº 6730 e alterações)
teve início em uma primeira etapa a partir de 1º de dezembro de 2004, nos Departamentos da
Capital, Godoy Cruz, Las Heras e Lavalle, posteriormente em uma Segunda Etapa, nos
Departamentos de Guaymallén, Maipú e Luján de Cuyo, bem como, finalmente, e em uma terceira
fase de implementação, está em vigor no Terceiro Distrito Judiciário, abrangendo os departamentos
de San Martín, Rivadavia, Junín, Santa Rosa, La Paz, ainda permanecendo sua implementação nos
outros Distritos Judiciais.
A distribuição atual das Unidades Fiscais da Primeira Circunscrição Judiciária é a seguinte:

1) Na Zona Oeste, composta pelos departamentos Capital, Godoy Cruz, Las Heras e Lavalle, três
Unidades Fiscais prestam serviços, que possuem as seguintes denominações:
1-a) Unidade Fiscal de Capital Departamental;

1-b) Unidade Fiscal Departamental de Godoy Cruz e


1-c) Unidade Fiscal Departamental de Las Heras-Lavalle.
2) Na Zona Leste, composta pelos Departamentos de Guaymallén, Luján e Maipú, é composta por
duas Unidades Fiscais com as seguintes denominações:
2-a) Unidade Fiscal Departamental de Guaymallén
2-b) Unidade Fiscal Departamental de Maipú - Luján
3) A competência territorial é distribuída do seguinte modo:
3º-a) A Unidade Fiscal Departamental da Capital é competente para os atos praticados na Diretoria
1
da Capital. 1
5
3-b) A Unidade Fiscal Departamental de Godoy Cruz, será competente nos atos praticados no
departamento Godoy Cruz;
3-c) A Unidade Fiscal Departamental de Las Heras-Lavalle, será competente nos atos cometidos nos
departamentos de Las Heras e Lavalle.
3-d) A Unidade Fiscal Departamental de Guaymallén com competência no departamento de
Guyamallén.
3-e) A Unidade Fiscal Departamental de Maipú - Luján com competência nos departamentos de
Maipú e Luján.
Além disso, a Primeira Circunscrição Judiciária conta ainda com uma Unidade Especial de
Promotoria, composta por três promotores de investigação com duas secretarias de investigação com
seus respectivos postos de entrada, que funcionam tanto no turno matutino quanto no noturno, com
pessoal designado e com o auxílio de promotores assistentes. Esta Unidade Especial do Ministério
Público tem competência em toda a Primeira Circunscrição Judiciária, mas exclusivamente para a
investigação de crimes de especial gravidade, de importância pública, de complexidade na
investigação, que envolvam atividade criminosa organizada ou que tenham sido cometidos em mais
de um departamento ou quando ordenados pelo Procurador-Geral da República.
Da mesma forma, na Primeira Circunscrição Judiciária existe a Unidade Fiscal de Flagrância, que é
composta por três promotores de instrução e duas secretarias de instrução, uma matutina e outra
vespertina, que tem competência especial instituída pela Lei 7692 (que alterou a Lei 6730), e que
estabelece o "Processo de Flagrante" que tem por objeto nos casos em que tenha procedido à
detenção em flagrante delito do arguido, e desde que sejam cometidos crimes que não sejam de
competência correcional, (ou seja, aqueles cuja pena de prisão não exceda três anos, ou que sejam
puníveis com multa ou inabilitação ou qualquer que seja a pena de culpabilidade), e que, por sua
vez, não excedam quinze anos de reclusão, ou que se trate de concurso de crimes que não
ultrapassem quinze anos de prisão, nesses casos, o Promotor de Justiça deve seguir o procedimento
especial regulado pelos arts. 439 bis e 439 ter do CPP, Lei 6730, perante o Juiz de Flagrância.
Este procedimento especial tem a particularidade de que para os crimes indicados, a investigação e o
julgamento tramitam com prazos extremamente curtos, chegando o conflito penal a resoluções finais
de forma sumária e atualmente está em vigor e operando nos departamentos de Capital, Guaymallén,
Godoy Cruz e Las Heras - Lavalle. e prevê-se gradualmente a incorporação dos restantes
departamentos da Primeira Circunscrição Judiciária.

3) Turnos
As Promotorias de Justiça das Unidades Fiscais Departamentais atuarão em turnos que durarão sete
dias consecutivos, iniciando às segundas-feiras e terminando aos domingos de cada semana,
alternando-se sucessivamente.
1
4) Pessoal. 1
6
Cada Unidade Fiscal Departamental será assistida por quatro Secretarias, duas com turno
matutino, (uma de Instrução e uma de Corregedoria), cujo horário será o fixado para o restante do
pessoal do Poder Judiciário e duas com turno vespertino, (uma de Instrução e uma de
Corregedoria), de quinze a vinte e uma horas.
Cada uma das Secretarias será assistida por um Secretário e Agentes Administrativos.
Da mesma forma, cada Unidade Fiscal também possui seus respectivos Postos de Entrada,
correspondentes a cada uma das Secretarias, auxiliados por um Chefe de Mesa de Entrada e
Assistentes Administrativos.

B- Tabela de situação das Unidades Fiscais da Primeira Circunscrição Judiciária:

UNIDADE FISCAL DE CAPITAL DEPARTAMENTAL


Ministério Público N° 1: Promotor de Justiça, Advogado
Procuradoria de Instrução N°2: Promotor de Justiça, Advogado
Promotoria de Justiça N°3: Promotor de Justiça, Advogado
Procuradoria de Instrução N°19: Promotor de Justiça, Advogado
Ministério Público N° 20: Promotor de Justiça, Advogado

Secretarias de Instrução Departamentais Unidade Fiscal da Capital:


Turno da Manhã: Advogado, Solicitador ou Esc. Corrente alternada.
Turno da Noite: Advogado, Solicitador ou Esc. Corrente alternada
Secretarias Correcionais Unidade Departamental Capital Fiscal
Turno da Manhã: Advogado, Solicitador ou Escr. Corrente alternada.
Turno da Noite: Advogado, Solicitador ou Escr Ac.

UNIDADE FISCAL DEPARTAMENTAL DE GODOY CRUZ


Promotoria de Justiça N° 4: Promotor de Justiça, Advogado
Procuradoria N°5: Promotor de Justiça, Advogado
Promotoria de Justiça N°6: Promotor de Justiça, Advogado
Ministério Público N° 21: Promotor de Justiça, Advogado

Secretaria de Instrução Departamental Unidade Fiscal de Godoy Cruz:


Turno da Manhã: Advogado, Solicitador ou Esc. Corrente alternada.
Turno da Noite: Advogado, Solicitador ou Esc. Corrente alternada.
Secretaria Correcional Departamental Unidade Fiscal de Godoy Cruz
Turno da manhã: advogado, solicitador ou esc ac
Turno da Noite: Advogado, Solicitador ou Esc ac
1
UNIDADE FISCAL DEPARTAMENTAL DE LAS HERAS - LAVALLE 1
7
Promotoria de Justiça nº 7: Promotor de Justiça, Advogado
Promotoria de Justiça N° 8: Promotor de Justiça, Advogado
Ministério Público de Instrução nº 9: Promotor de Justiça, Advogado
Promotoria de Justiça N° 22: Promotor de Justiça, Advogado
Secretaria de Instrução Unidade Fiscal Departamental de Las Heras - Lavalle:
Turno da Manhã: Advogado, Solicitador ou Esc. Corrente alternada.
Turno da Noite: Advogado, Solicitador ou Esc. Corrente alternada.
Secretaria Correcional Unidade Fiscal Departamental de Las Heras – Lavalle
Turno da Manhã: Advogado, Solicitador ou Esc.. Corrente alternada.
Turno da Noite: Advogado, Solicitador ou Esc. Corrente alternada.

UNIDADE FISCAL DEPARTAMENTAL DE GUAYMALLEN:


Ministério Público N° 10 : Ministério Público, Advogado
Promotoria de Justiça da Instrução nº 11: Promotor de Justiça, Advogado
Ministério Público de Instrução nº 12: Promotor de Justiça, Advogado
Ministério Público N° 23: Ministério Público, Advogado
Promotoria de Justiça nº 24: Advogado do Ministério Público
Secretaria de Instrução Unidade Fiscal Departamental de Guaymallén:
Turno da Manhã: Advogado, Solicitador ou Esc. Corrente alternada.
Turno da Noite: Advogado, Solicitador ou Esc. Corrente alternada.
Secretaria Correcional Unidade Fiscal Departamental de Guaymallén.
Turno da Manhã: Advogado, Solicitador ou Esc.. Corrente alternada.
Turno da Noite: Advogado, Solicitador ou Esc. Corrente alternada.

UNIDADE FISCAL DEPARTAMENTAL DE LUJAN – MAIPU:


Ministério Público N° 13 : Procurador, Advogado
Procuradoria N° 14 : Procurador, Advogado
Procuradoria N° 15 : Procurador, Advogado
Ministério Público N° 25: Promotor de Justiça, Advogado
Secretaria de Instrução Unidade Fiscal Departamental de Luján Maipú:
Turno da Manhã: Advogado, Solicitador ou Esc. Corrente alternada.
Turno da Noite: Advogado, Solicitador ou Esc. Corrente alternada.
Secretaria Correcional Unidade Fiscal Departamental de Luján Maipú:
Turno da Manhã: Advogado, Solicitador ou Esc.. Corrente alternada.
Turno da Noite: Advogado, Solicitador ou Esc. Corrente alternada.

UNIDADE ESPECIAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO (crimes complexos):


1
Ministério Público N° 16 Promotor de Justiça, Advogado 1
8
Ministério Público N° 17:Promotoria, Advogado
Instrução Normativa nº 18: Promotor de Justiça, Advogado Secretaria de Instrução Unidade
Especial Fiscal : Turno da Manhã: Advogado, Procurador ou Esc. Corrente alternada. Turno da
Noite: Advogado, Solicitador ou Esc. Corrente alternada.

UNIDADE FISCAL DE FLAGRÂNCIA:


Ministério Público N° 26 Promotor de Justiça, Advogado
Ministério Público N° 27 Promotor de Justiça, Advogado
Ministério Público N° 28 Promotor de Justiça, Advogado
Secretaria de Instrução Unidade Fiscal de Flagrante:
Turno da Manhã: Advogado, Solicitador ou Esc. Corrente alternada.
Turno da Noite: Advogado, Solicitador ou Esc. Corrente alternada.

C- Quadro de situação das Repartição Fiscal da C.P.P., Primeira Circunscrição:


Partindo conceitualmente das Unidades Fiscais, podemos obter um outro quadro da situação, uma
vez que cada Unidade Fiscal possui dois escritórios que se reportam à referida Unidade Fiscal.
Assim, cabe então estabelecer as áreas territoriais de atuação das diferentes Repartições Fiscais no
território de referência. O âmbito de atuação das Repartição Tributárias não altera a competência
territorial das diferentes Unidades Fiscais Departamentais.

1) Repartição do Imposto sobre a Capital n.º 1 - Secção 3°-. Atuará funcionalmente nos fatos
ocorridos no âmbito territorial estabelecido pelos limites jurisdicionais da 1ª, 2ª e 3ª
Delegacias de Polícia da Polícia Provincial.

2) Repartição do Imposto sobre a Capital n.º 2 - Secção 6. Atuará funcionalmente nos fatos
ocorridos no âmbito territorial estabelecido pelos limites jurisdicionais das 5ª, 6ª e 33ª
Delegacias de Polícia da Polícia Provincial.
3) Repartição Tributária de Capital n.º 13- Secção n.º 4: Atua funcionalmente nos fatos
ocorridos no âmbito territorial estabelecido pelos limites da 1ª e 4ª Delegacias de Polícia.

4) Godoy Cruz Fiscal nº 3 - Seção 7. Atuará funcionalmente nos fatos ocorridos no âmbito
territorial estabelecido pelos limites jurisdicionais da 7ª, 37ª e Subdelegacia Le Bihan (ex-La
Gloria) da Polícia Provincial.

5) Delegacia Fiscal de Godoy Cruz nº 4 - Seção 27°-. Atuará funcionalmente nos fatos ocorridos
1
no âmbito territorial estabelecido pelos limites jurisdicionais das 27ª, 34ª e 50ª Delegacias19 de
Polícia da Província
6) Godoy Cruz Fiscal nº 17, Seção nº 40- Atua funcionalmente nos eventos ocorridos no âmbito
territorial estabelecido pelos limites das 40° delegacias, Destacamento Cuello e Foecyt.

7) Escritório Fiscal de Las Heras-Lavalle N° 5 -Seção 16°-. Atuará funcionalmente nos fatos
ocorridos no âmbito territorial estabelecido pelos limites jurisdicionais da 16ª e 43ª Delegacias
de Polícia da Província

8) Escritório Fiscal de Las Heras-Lavalle N° 6 - Seção 36°-. Atuará funcionalmente nos fatos
ocorridos no âmbito territorial estabelecido pelos limites jurisdicionais da Delegacia de Polícia 36°
e Subcria. Iriarte.

9) Escritório Fiscal de Las Heras-Lavalle N° 7 -Seccional 17°-. Atuará funcionalmente nos


fatos ocorridos no âmbito territorial estabelecido pelos limites jurisdicionais da 17ª Delegacia de
Polícia da Província.
10) Escritório Fiscal de Las Heras N° 14° Seccional N° 56 El Algarrobal: Atua funcionalmente
nos fatos ocorridos no âmbito territorial estabelecido pelos limites da Delegacia de Polícia 56°
11) Posto Fiscal de Guaymallén n.º 8- Secção n.º 25: Atua funcionalmente nos fatos ocorridos no
âmbito territorial estabelecido pelos limites das delegacias 25°, 31° e 45°
12) Escritório Fiscal de Guaymallén nº 9, Seção nº 9: Atua funcionalmente nos fatos ocorridos no
âmbito territorial estabelecido pelos limites das 9ª, 44ª e 35ª delegacias.
13) Escritório Fiscal de Maipú N° 10-Seccional N° 10° Atua funcionalmente nos fatos ocorridos
no âmbito territorial estabelecido pelos limites das delegacias 10°, 29° e Subcria Tropero Sosa,
Barrancas e Coquimbito.
14) Repartição Fiscal de Maipú N° 16 - Seção 49 : Atua funcionalmente nos fatos ocorridos no
âmbito territorial estabelecido pelos limites das delegacias 16°, 49, Subcria Beltrán e Lara
15) Repartição Fiscal de Lujan de Cuyo N° 11- Secção N° 11: Atua funcionalmente nos fatos
ocorridos no âmbito territorial estabelecido pelos limites das delegacias de polícia 11°, 30°, 47°,
48°, 23° (Uspallata), Subcria Potrerillos.
16) Repartição Fiscal de Luján de Cuyo N° 15- Secção N° 47 Atua funcionalmente nos fatos
ocorridos no âmbito territorial estabelecido pelos limites das 30° e 47° delegacias.

Tabela de Situação das Unidades Fiscais da Terceira Circunscrição Judiciária:

UNIDADE FISCAL SAN MARTÍN – LA COLONIA:


1
Promotoria de Justiça N° 1,: Promotoria de Justiça - Advogado 2
0
Promotoria de Justiça N° 2, Promotoria de Justiça - Advogado
Promotoria de Justiça N° 3, Promotoria de Justiça – Advogado
Secretaria da Unidade Fiscal San Martín La Colonia (Instrução e Correção)
Turno da manhã: Advogado, Escr. Agir. o Proc.
Turno da Noite: Abog., Escr. Ato., ou Proc.

UNIDADE FISCAL RIVADAVIA – JUNÍN:


Promotoria de Justiça N° 1, Promotoria de Justiça - Advogado

Promotoria de Justiça N° 2, Promotoria de Justiça – Advogado


Secretaria da Rivadavia – Unidade Fiscal de Junín (Instrução e Correicional)
Turno da manhã: Advogado, Escr. Ato., ou Proc.
Turno da noite: Advogado, Escr. Ato., ou Proc.

UNIDADE FISCAL SANTA ROSA – LA PAZ:


Ministério Público N° 1, Promotoria, Advogado
Ministério Público N° 2 Procurador-Advogado
Secretaria da Unidade Fiscal Santa Rosa – La Paz (Instrução e Correicional)
Turno da manhã: Advogado, Escr. Ato., ou Proc.

Tabela de Situação Escritórios Fiscais C.P.P. Terceira Circunscrição Judiciária:


Posto Fiscal de San Martín – Atua funcionalmente nos fatos ocorridos no âmbito territorial
estabelecido pelos limites das delegacias de polícia 12°, 55° e Subcria la Colonia.
Escritório de Impostos de Palmyra – Atua funcionalmente nos fatos ocorridos no âmbito territorial
estabelecido pelos limites das 28ª e 39ª delegacias.
Posto Fiscal de Rivadavia – Atua funcionalmente nos fatos ocorridos no âmbito territorial
estabelecido pelos limites das delegacias 13°Subcria Medrano e Segundo Ferreyra.
Escritório de Impostos Junín - Atua funcionalmente nos fatos ocorridos no âmbito territorial
estabelecido pelos limites das delegacias de polícia 19° Subcria Barriales
Posto Fiscal de Santa Rosa – Atua funcionalmente nos eventos ocorridos no âmbito territorial
estabelecido pelos limites das delegacias de polícia 21° e Subcria Las Catitas
Procuradoria de La Paz - Atua funcionalmente nos fatos ocorridos no âmbito territorial
estabelecido pelos limites das 22ª e 51ª delegacias.
1
E- A POLÍCIA JUDICIÁRIA 2
1
INTRODUÇÃO

Este Guia é adaptado de um manual feito pelos Procuradores Adjuntos da Cidade de


Córdoba, Drs. Laura Mónica Cantore e Edgardo Tomás Casas, que foi generosamente cedido pelo
Dr. Hugo A. Almirón, em sua visita este ano 2.004 à nossa Cidade.
A) POLÍCIA JUDICIÁRIA
A Polícia Judiciária foi criada com vista a concretizar um órgão auxiliar da
Administração da Justiça com a independência política que caracteriza o Poder Judiciário. O fato é
que a atribuição da investigação de crimes nas mãos da Polícia Administrativa não garante essa
independência, por pertencer ao Poder Executivo.
O primeiro passo para a implementação da Polícia Judiciária é a atribuição ao
Ministério Público dos funcionários que exercerão a chamada função de investigação da Polícia
Judiciária: ou seja, a formação dos resumos que dão origem à instrução da investigação criminal.
Distingue-se, assim, da Polícia Administrativa, cuja missão é a manutenção da
ordem e da segurança pública, e a prevenção de crimes.
Sendo assim, a Polícia Judiciária atua todos os dias do ano, 24 horas por dia, uma
vez que deve garantir a apuração de crimes que ocorram a qualquer momento.
Não obstante, o Código de Processo Penal continua a impor à Polícia Administrativa
a obrigação de atuar como polícia em funções judiciárias em tudo o que vá além da própria função
cautelar, que passa a ser atribuída ao pessoal dependente do Ministério Público e também nos casos
em que a polícia judiciária não o possa fazer de imediato (art. 334).
A investigação de infrações, enquanto atividade que integra a persecução penal,
deve, como princípio geral, ser iniciada por despacho do Ministério Público, uma vez que é este
último que exerce a ação penal. Este princípio tem a sua exceção em casos de urgência, ou seja,
quando a demora que resultaria da intervenção do Ministério Público na decisão inicial de investigar
tem como consequência provável a perda de provas úteis e eficazes que possam ser obtidas pela
Polícia Judiciária. Neste caso, a Polícia Judiciária deve iniciar a investigação de forma autónoma, de
ofício, salvo nos casos de crimes dependentes da instância privada, em que só pode prosseguir se
denunciar quem tem direito a fazê-lo e comunicar de imediato as diligências tomadas ao Ministério
Público.
É importante notar que a atividade investigativa tem, no novo ordenamento jurídico,
uma mudança de valoração jurídica. Não só o poder foi alterado, de modo que o comissário de
investigação (funcionário executivo) foi substituído pelo procurador adjunto (funcionário judicial),
como também a avaliação e o âmbito dos atos praticados neste novo quadro legal também foram
alterados. No sistema anterior, todos os atos praticados constituem mera informação de um alegado
ato criminoso, que o órgão judicial competente tinha de voltar a investigar uma vez destacadas essas
ações, enquanto no novo sistema, a súmula é o resultado da investigação que o Ministério Público
1
está a fazer desde o início através da Polícia Judiciária. para que seus atos gozem de todas2 as
2
condições necessárias para serem levados a julgamento.
O Código de Processo Penal, trata em seu Segundo Livro "DA INVESTIGAÇÃO
CRIMINAL PREPARATÓRIA", a atividade que o Estado deve desenvolver através do Ministério
Público, para a apuração "LEGAL" de fatos criminosos. Utilizará, entre outras coisas, a POLÍCIA
JUDICIÁRIA.
Ou seja, o cumprimento do disposto nos textos legais abaixo transcritos, e dos quais
a POLÍCIA JUDICIÁRIA é protagonista.
C.P.P. Artigo 314.- FINALIDADE. A investigação criminal preparatória deve
impedir que a infracção cometida produza consequências posteriores e recolher elementos de prova
úteis para fundamentar a acusação (355) ou a determinação do despedimento (350).
C.P.P. Artigo 315.- FINALIDADE. A investigação criminal tem por objectivo:
1) Verifique se há ato criminoso, através de todas as diligências que levam à
descoberta da verdade.
2) Estabelecer as circunstâncias que qualificam o fato, agravam-no, atenuam ou
justificam, ou influenciam a punibilidade.
3) Identificar seus autores, cúmplices e instigadores.
4) Verificar a idade, a educação, os costumes, as condições de vida, os meios de
subsistência e os antecedentes do acusado; o estado e o desenvolvimento de suas faculdades mentais,
as condições em que agiu, os motivos que poderiam tê-lo determinado a cometer um delito e as
outras circunstâncias que revelam sua maior ou menor periculosidade.
5) Verificar a extensão do dano causado pelo crime, ainda que a ação compensatória
não tenha sido exercida.
Desse conceito, surge outro: essa instrução se é preparatória, é de um
JULGAMENTO, que é o debate oral que ocorre nas Câmaras do Crime. Isso significa,
necessariamente, que essa etapa não faz parte desse Juízo.
No livro de INVESTIGAÇÃO CRIMINAL PREPARATÓRIA, o Capítulo 3 é
intitulado "Atos da Polícia Judiciária"
Arte. 333.-FUNÇÃO. A Polícia Judiciária, por despacho da autoridade competente
ou, em caso de urgência, por queixa ou por sua própria iniciativa, deve investigar as infracções
sujeitas a acção pública, impedir que as cometidas tenham consequências posteriores, identificar os
culpados e reunir as provas úteis para fundamentar a acusação ou arquivar o caso. Se o delito for de
ação pública dependente de instância privada, somente procederá quando receber a denúncia
prevista no art. 9º.
Arte. 334.-COMPOSIÇÃO. Os agentes e auxiliares da Polícia Judiciária são
funcionários e empregados a quem a lei atribui esse carácter.
São considerados agentes e auxiliares da Polícia Judiciária os da Polícia
1
Administrativa, quando desempenhem as funções estabelecidas neste Código. 2
3
A Polícia Administrativa actuará como Polícia Judiciária até à sua entrada em
funcionamento ou, se existir, não o poderá fazer de imediato. Assim que a Polícia Judiciária intervir,
a Polícia Administrativa será a sua auxiliar.
Arte. 335.-SUBORDINAÇÃO. Os agentes e auxiliares da Polícia Judiciária são
nomeados e exonerados de acordo com o disposto nos Actos de Polícia ou nos que os substituam.
Exercerão suas funções sob a superintendência direta do Ministério Público e
executarão as ordens que lhes forem expedidas pelos juízes, promotores e procuradores adjuntos.
Os agentes e agentes da Polícia Administrativa, logo que pratiquem actos da Polícia
Judiciária, ficam sempre sob a autoridade dos juízes e do Ministério Público, sem prejuízo da
autoridade administrativa geral a que estão sujeitos.
Arte. 336.-ATRIBUIÇÕES. A Polícia Judiciária tem as seguintes competências:
1) Receba reclamações.
2) Cuide para que o corpo, instrumentos, efeitos e vestígios do crime sejam
preservados, através das devidas salvaguardas, até que o Promotor de Instrução chegue ao local.
3) Se houver perigo de que algum atraso comprometa o sucesso da investigação,
registre o estado de pessoas, coisas e lugares, por meio de inspeções, plantas, fotografias, exames
técnicos e outras operações assessoradas pela polícia científica.
4) Prossiga com as buscas do artigo 219, buscas urgentes de acordo com o artigo
222 e sequestros que não podem ser adiados.
5) Se necessário, ordenar o encerramento das instalações em que se presume, por
fortes indícios, a prática de um crime grave, ou proceder nos termos do artigo 286.º.
6) Interrogar sumariamente testemunhas presumivelmente úteis na descoberta da
verdade.
7) Citar e prender o suposto culpado nos casos e na forma autorizada por este
Código.
8) Receber declaração do arguido, apenas se assim o solicitar, nas formas e com as
garantias previstas nos artigos 271.º e seguintes.
9) Uso da força pública na medida do necessário.
Arte. 337.-PROIBIÇÕES. Os agentes e auxiliares da Polícia Judiciária não podem
abrir a correspondência que guardam ou apreenderam por ordem da autoridade judiciária
competente, mas enviar-lhe-ão intacta. No entanto, em casos urgentes podem ocorrer aos mais
imediatos, que autorizarão a abertura se julgar conveniente.
Também não poderão divulgar à imprensa nomes e fotografias de pessoas
investigadas como participantes de um evento, salvo autorização expressa do órgão judicial
competente.
Arte. 338.-COMUNICAÇÃO E PROCEDIMENTO. Os agentes da Polícia
1
Judiciária informarão imediatamente o Ministério Público de investigação de todas as 2
infracções
4
de que tenham conhecimento e praticarão os actos urgentes por ele autorizados por lei e os por
ele ordenados, observadas as regras estabelecidas neste Código.
Sem prejuízo do disposto no artigo 290.º, o processo e as apreensões serão
remetidos ao Ministério Público de instrução ou ao juiz de paz no prazo de três dias a contar do
início do inquérito; mas tais funcionários podem estendê-lo pelo mesmo tempo quando for
complexo ou houver obstáculos intransponíveis.
Arte. 339.-SANÇÕES. Os agentes e auxiliares da Polícia Judiciária que violarem
disposições legais ou regulamentares, omitirem ou retardarem a execução de um acto próprio das
suas funções ou que o pratiquem de forma negligente serão punidos pelos tribunais ou pelo
Ministério Público, mediante denúncia do interessado, com advertência ou multa até mil e
quinhentos pesos (cf. Lei 23.928), sem prejuízo da suspensão por até trinta dias, da demissão ou
exoneração que vier a ser decretada pelo Supremo Tribunal de Justiça e da correspondente
responsabilidade penal.
Agentes e agentes da Polícia Administrativa podem sofrer as mesmas sanções;
mas a suspensão, demissão ou exoneração deles só pode ser ordenada pelo Poder Executivo.
Supremo Tribunal de
Justiça

ATOS PROCESSUAIS

ATA

CONCEITO:

É o relatório escrito, feito pelo agente público encarregado de documentar os


atos, que são realizados em sua presença. SÃO INSTRUMENTOS PÚBLICOS.
Os atos que são praticados presencialmente e verbalmente (recebimento de
declarações, vistorias, etc.), devem ser documentados por ata.

REQUISITOS

Artes. 141, 142, 147 e 148 do CPP. Eles estabelecem os requisitos mínimos
que um ato deve ter para ser considerado tal. A principal delas é transcrita.-

ATO GENÉRICO

Na cidade de Mendoza, o ... dias do mês de ... do ano dois mil, sendo o ... hs.,
compareceu perante o Procurador Adjunto e a Polícia Judiciária Adjunta uma
pessoa que se identificou como Juan González, que está a ser interrogado... não o é a
sua mulher Marta Pereyra, pois se encontrava internada no Hospital Central,
conforme atestado médico que a acompanha, os quais foram devidamente intimados
por este Ministério Público para proceder à entrega do ciclomotor DVP-123,
conforme ordenado pelo Ministério Público do 3º Turno, Distrito V nestes autos.
Ciente da finalidade do ato o nomeado MANIFESTA: que não pode retirar o
ciclomotor porque não é o proprietário e carece de documentação. Questionado pelo
procurador-adjunto para dizer se sabe quem é o proprietário, responde: Quem sabe
os dados do ciclomotor é a sua mulher, mas está internada nos cuidados intensivos.
Tendo o declarante declarado ser analfabeto e tê-lo informado do disposto nos arts.
148 do C.P.P., que afirma estar satisfeito com a leitura feita em voz alta pelo
assistente de polícia judiciária. Com o que se conclui que após a leitura em voz alta
e ratificação, o Procurador Adjunto assina tudo perante o Adjunto da Polícia
Judiciária . ASSINATURA DO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
ASSINATURA DO(S) INTERVENIENTE(S)
ASSINATURA DO ASSISTENTE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA

Artes. 141, 142, 147 e 148.

a) Língua nacional.
b) Data: local, dia, mês e ano em que o ato é praticado. O horário será
indicado quando exigido por lei.
c) Objecto da acta.
d) Nome e apelido das pessoas que actuam (será necessário providenciar a
identificação das pessoas quando esta não decorra do expte., por
exemplo: DNI, nacionalidade, estado civil, emprego ou profissão,
domicílio, etc.).

12
5
Supremo Tribunal de
Justiça

e) Se for caso disso, motivo da ausência daqueles que foram obrigados a


intervir
f) Indicação dos processos realizados e do seu resultado.
g) Declarações recebidas: seu esclarecimento sobre se foram feitas
espontaneamente ou a pedido e se foram emitidas pelos entrevistados
h) Observações que as partes exigem
i) Leia em voz alta,
j) a assinatura de todos os participantes que o devam fazer, ou quando algum
deles não puder ou não quiser assinar, a menção da mesma.
k) Se uma pessoa cega ou analfabeta tiver que assinar, ela será informada de
que a ata pode ser lida e assinada por uma pessoa de sua confiança.

POSSÍVEIS FORMAS DE FECHAR OS MINUTOS

PESSOA QUE SABE LER E ESCREVER E QUE QUER ASSINAR.

"Com o que foi concluído o ato, que após leitura em voz alta e ratificação de todo o
seu conteúdo, assinado após o Procurador Adjunto, a testemunha, tudo perante a
Polícia Judiciária Adjunta. " ASSINATURA DO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
ASSINATURA DO INTERVENIENTE
ASSINATURA DO ASSISTENTE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA

ANALFABETO QUE NÃO SABE ASSINAR OU CEGO.


PRIMEIRA HIPÓTESE

"Com o que foi concluído o ato, que depois de ler em voz alta, o conteúdo da arte.
148 do C.P.P., declarando estar satisfeito com a leitura já dada, e assinado pelo
Procurador Adjunto perante a Polícia Judiciária Adjunta, mas não pelo assistente
por não saber como fazê-lo. " ASSINATURA DO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO.
ASSINATURA DO ASSISTENTE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA

SEGUNDA HIPÓTESE

"Com o que foi concluído o ato, antes de conscientizá-lo do alcance da arte. 148 do
C.P.P., manifestando o seu desejo de que a acta seja lida por , de... anos
de idade, que comprove identidade com ..., domiciliado em ..., que seja convocado
apenas para esse fim. Lida em voz alta a acta pelo indicado, e o seu conteúdo
ratificado pelo declarante, assinado pelo Procurador Adjunto, pessoa de confiança,
perante a Polícia Judiciária Adjunta. " ASSINATURA DO ASSISTENTE DE
ACUSAÇÃO
ASSINATURA DO DESIGNADO
ASSINATURA DO ASSISTENTE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA

IMPEDIDO OU RECUSADO A ASSINAR

DESACTIVADO

12
6
Supremo Tribunal de
Justiça

"Com o que foi concluído o ato, que após leitura e ratificação, não assina a
testemunha por não poder fazê-lo (descrever impossibilidade física, quebra,
queimadura, etc.) e assinado pelo Procurador Adjunto perante a Polícia Judiciária
Adjunta. " ASSINATURA DO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO.
ASSINATURA DO ASSISTENTE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA

NEGADO

"Com o que foi concluído o ato, que anterior leitura, o


Recusa-se a assinar e ratificar o seu conteúdo fazer e assinar
o Procurador Distrital Adjunto perante o Delegado de Polícia Adjunto Judicial. - ”
ASSINATURA DO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
ASSINATURA DO ASSISTENTE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA

QUEM DEVE ASSINAR O ATO:


Os atos exigem a participação de determinadas pessoas, sem as quais são inúteis
(nulidade, art. 150).
Especificamente, em relação à Polícia Judiciária: o registo deve ser assinado pelo
Procurador Adjunto com a assistência de um agente ou auxiliar da Polícia Judiciária
Quando o registo for lavrado por um agente ou auxiliar da Polícia (judicial ou
administrativa), deve ser assistido por uma testemunha que, Tanto quanto possível ser
estranho para a distribuição policial. (art. 147 da Lei 6.730).

ELES NÃO PODEM TESTEMUNHAR O DESEMPENHO:


Arte. 149 da Lei 6.730_ "Menores de 16 anos, loucos e em estado de embriaguez não
podem ser testemunhas de ação; ou aqueles que, no momento da ação, apresentam sinais
evidentes de alteração de suas faculdades"

Todas as atas lavradas pelo pessoal da polícia da


província para serem juntadas aos processos judiciais, devem
respeitar exata e rigorosamente as mesmas regras
QUE SE APLICAM NOS MODELOS ANTERIORES

QUEIXA

EM GERAL

É a notícia de supostos atos criminosos, fornecida por quem os


conhece, direta ou indiretamente, à autoridade competente.
Essa queixa pode ser apresentada ao Ministério Público de instrução
ou à polícia judiciária (art. 326).

CAPACIDADE

12
7
Supremo Tribunal de
Justiça

O poder de denunciar corresponde a qualquer pessoa que tenha


conhecimento de um crime (notitia criminis) processável ex officio sem exigir
qualquer qualidade ou condição especial.
Caráter facultativo da denúncia: Para os indivíduos fazerem a
denúncia, é uma faculdade e não um dever.
Obrigatório: O n.º 1 do artigo 329.º tem a seguinte redacção:
"Têm a obrigação de denunciar crimes passíveis de denúncia ex
officio: 1°) Agentes públicos ou empregados que os conheçam no exercício de
suas funções.-... "
Para os membros da Polícia Judiciária é uma OBRIGAÇÃO salvo
nos crimes dependentes de instância privada, caso em que só será possível
proceder à queixa prevista no artigo 9.º, sem prejuízo do adiante referido.

CONDIÇÕES

Que se trata de crime de ação pública passível de ação penal ex officio.


Tratando-se de crime de jurisdição privada (art. 72 do C.P.), não é
cabível agir de ofício, mas mediante acusação ou queixa do ofendido, do seu
tutor ou tutor ou dos seus representantes legais.
No entanto, o procedimento oficioso será instaurado quando a vítima
da infracção for um menor que não tenha pais, tutor ou tutor ou os
presumíveis autores da infracção em causa tenham sido um deles (art. 72 Inc.
3, último parágrafo C.P.). Quando houver sérios conflitos de interesses entre
alguns deles e o menor, o promotor pode agir de ofício quando for no melhor
interesse do menor.
No caso de lesões leves, intencionais ou culposas, o procedimento será
tomado de ofício por razões de segurança ou interesse público (art. 72 Inc. 2
do C.P.).
São delitos dependentes de instância privada:

a) As previstas nos artigos 119.º, 120.º e 130.º do CPC. (crimes


contra a integridade sexual), quando não houver resultado na
morte do ofendido ou lesões referidas nos arts. 91
(ferimentos graves).
b) Lesões leves, intencionais ou culposas.
c) Impedimento de contato de filhos menores com seus pais
não coabitantes.

CONTEÚDO

O Procurador Adjunto e o seu assistente elaborarão uma acta, nos


termos do disposto nos artigos 147.º a 150.º, contendo um relato do
acontecimento que deve ser:
• Claro (compreensível)
• Preciso (sem digressões, determinando as partes essenciais do
evento);
• Circunstancial (estabelece as circunstâncias de tempo, modo, lugar
e pessoas);
• Específicos (em caso de pluralidade de fatos, relato de cada um
separadamente)

12
8
Supremo Tribunal de
Justiça

Com base em:


• Hora (dia e hora)
• Local (espaço físico; área dentro da qual o ato criminoso foi
cometido)
• Modo (mecânica ou desenvolvimento do fato e elementos
intervenientes, com aquelas particularidades que podem agravar ou
atenuar um crime -criminalmente relevante-);
• Pessoas (aquelas que produziram o ato criminoso e aquelas que,
concomitante ou posteriormente - imediata ou imediatamente -
tiveram relação com o ato: acusados, vítimas, testemunhas);
• Outros elementos que possam levar à sua verificação.

CLASSIFICAÇÃO

PELA SUA FORMA:


Arte. 327 C.P.P: A denúncia poderá ser apresentada por escrito ou oralmente, pessoalmente
ou por representante especial.

VERBAL
Uma pessoa está presente no Ministério Público (ou em uma
Promotoria de Investigação) e expressa sua vontade de apresentar uma
denúncia.

ESCRITO
O indivíduo apresenta um documento que deve conter, na medida do
possível, as formalidades dos arts. 328, que deve ser assinado na presença do
Auxiliar de Polícia Judiciária para fins de verificação da identidade da
testemunha. (327 do C.P.P.).

Caso a denúncia esteja incompleta, ou seja, falte dados essenciais para


o esclarecimento do fato, ela deve ser complementada por depoimento
testemunhal.

POR REPRESENTANTE ESPECIAL


Deve ser apresentada uma escritura pública contendo a vontade
expressa do mandante de apresentar queixa por crime que também deve ser
determinado na escritura. A denúncia pode ser feita verbalmente ou por
escrito. Embora a lei diga mandato especial, este pode ser geral com um
mandato especial para denunciar o crime em questão. O representante tem
poderes para iniciar um processo penal e receber notificações nos termos dos
arts. 108 C.P.P. -

ANÔNIMO
Por um telefonema, carta ou outra chamada anônima: Se o
conteúdo do documento anônimo suscitar a possível prática de crime de ação
pública, processável de ofício, tal circunstância poderá motivar a instauração
de processo, após certificação do conteúdo da convocação, agregação da carta
etc., a fim de corroborar a veracidade dos dados e proceder em conformidade.
Isso depende da discricionariedade do Ministério Público, a quem devem ser

12
9
Supremo Tribunal de
Justiça

solicitadas instruções a serem seguidas.

POR TIPO DE AÇÃO:

AÇÃO QUE PODE SER PROMOVIDA DE OFÍCIO


São todas aquelas ações exercidas pelo Ministério Público, desde que
não dependam de uma instância privada. Seu exercício não poderá ser
interrompido ou encerrado, salvo nos casos previstos neste Código ou em
outra lei. (art. 8 C.P.P.). Essa exceção inclui o princípio da conveniência,
incorporado pela Lei 6.730 (art. 26).

AÇÃO PÚBLICA DEPENDENTE DE INSTÂNCIA PRIVADA


Tratando-se de infração sob autoridade privada (exaustivamente
elencada nos arts. 72 do C.P.), conforme consta do capítulo 2.2.3-

AÇÃO PRIVADA
Arte. 11: "Será exercida mediante reclamação, na forma especial que
este código estabelecer"
A Polícia Judiciária nunca intervirá, uma vez que o Ministério Público
não é parte. São os seguintes os casos previstos no artigo 73.º do CPP:
a) Calúnia e difamação.-
b) Violação de Segredos, exceto nos casos dos arts. 154 e 157;
c) Concorrência desleal, prevista nos arts. 159;
d) Descumprimento dos deveres de assistência familiar, quando a
vítima for o cônjuge.

PELO QUEIXOSO

OPCIONAL
Arte. 326 C.P.P. (poder de denunciar): "Qualquer pessoa que tenha
conhecimento de uma infracção passível de procedimento oficioso
pode denunciá-la ao Ministério Público de instrução ou à polícia
judiciária. Quando o processo penal é instaurado por uma entidade
privada, só podem reclamar aqueles que têm o poder de iniciar o
processo."

OBRIGATÓRIO
ÚNICA OBRIGAÇÃO DE INFORMAR:
De acordo com os arts. 329 do C.P.P.,
"Arte. Artigo 329 - Ficam obrigados a denunciar oficiosamente as
infrações passíveis de julgamento:
1º Funcionários públicos ou empregados que os conheçam (os
crimes) no exercício de suas funções.
§ 2º Os médicos, parteiras, farmacêuticos e outras pessoas que
exerçam qualquer ramo da arte de curar, que tenham conhecimento
desses fatos quando prestarem assistência de sua profissão, salvo se
os conhecimentos por eles adquiridos estiverem por lei sob a
proteção do sigilo profissional."
A falta de comunicação quando se é obrigado a fazê-lo é
punível (art. 249 do CPC) "a menos que os conhecimentos por eles
adquiridos estejam sob a proteção do sigilo profissional".
"Arte. 249. "Será punido com multa de setecentos e cinquenta a

13
0
Supremo Tribunal de
Justiça

doze mil e quinhentos pesos e inabilitação especial de um mês a um


ano, o funcionário público que omitir, recusar ou retardar
ilegalmente qualquer ato de seu cargo."

MENOR QUEIXOSO
Um menor pode denunciar um ato criminoso passível de ação penal ex
officio, uma vez que a lei não exige idade mínima para esse ato. Compete ao
promotor de instrução e ao promotor adjunto analisar o valor das declarações
do menor.
Atualmente, funciona no prédio da Rua Chile e Montevidéu (Varas de
Família), local chamado Cámara Gessel, que visa alcançar um ambiente
propício para depoimentos de menores. Ou seja, em uma sala a criança está
junto com (geralmente) um psicólogo; e em outro estão as partes (Ministério
Público, defensor, etc.), que podem ver através de um vidro o que acontece no
primeiro e é ouvido através de um sistema de áudio. O ato é realizado por
meio de perguntas ordenadas pelo Ministério Público e pelas partes e
transmitidas pelo psicólogo ao menor. Esse é um recurso que pode ser
utilizado pelo Ministério Público, caso julgue adequado.

PROIBIÇÃO DE DENÚNCIA.
O Código incorpora a proibição de comunicação:
Arte. 329: "... Ninguém pode apresentar queixa contra o cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão, salvo se o crime for cometido em seu prejuízo ou contra
pessoa cuja relação com ele seja igual ou mais próxima daquela que o vincula ao denunciado.
Essa proibição, no entanto, deve ser consultada em todos os casos,
com o Procurador Adjunto e com o Promotor interveniente, pois pode ocorrer que a ordem
ou interesse público seja comprometido, casos em que o conhecimento do ilícito pela
autoridade impedirá sua intervenção.

PROTEÇÃO AO DENUNCIANTE.

Arte. 330 do C.P.P.: "O reclamante (...) Tem direito ao seu pedido de
salvaguarda da sua identificação, até que a defesa do arguido solicite a
necessidade da sua libertação e o juiz interveniente o considere adequado.
Tem também o direito de solicitar a proteção da sua pessoa, família e/ou
bens."
Nos casos em que a reserva de identidade é solicitada, esta deve ser elaborada em acta
sem os dados pessoais do queixoso e sem a sua assinatura, a juntar ao resumo e outra com
todos esses dados e a sua assinatura que devem ser salvaguardados num local seguro. O que
deve ser acrescentado assim que houver uma decisão do Ministério Público nesse sentido.

DIREITOS DA VÍTIMA. DEVER DE ANÚNCIO.

No momento da realização da primeira etapa processual com a vítima ou seus


sucessores em título ou herdeiros forçados, que normalmente é a denúncia ou
o registro de processos em que há contato com eles, o órgão policial ou
judicial deve anunciar os direitos reconhecidos no artigo 108 do CPP.

ATOS GENÉRICOS

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Supremo Tribunal de
Justiça

COMUM

Na cidade de Mendoza, um ... dias do mês de ............................... , de dois


mil..., sendo o ................................................................................. hs.,
comparece perante o Procurador Adjunto e a Polícia Judiciária Adjunta,
uma pessoa3 que disse que o seu nome era... e manifesta a sua disponibilidade
para apresentar uma queixa4 ........................................................Contra...
com endereço em... pelas razões que irá expor. Neste estado e face ao
exposto, o Procurador Adjunto ordena, nos termos do disposto nos arts. 326,
332 e 333 do CPP. e com estrita observância do disposto nos arts. 327 e 328
do referido corpo jurídico, a reclamação que será formulada é recebida, após
informar o participante do disposto nos arts. 330, 108 e concordantes do
C.P.P. e Arte. 109 e 245 do C.P. Na sequência e já imposta a matéria de facto
dos artigos citados5, a testemunha é interrogada pelo nome e demais
condições pessoais e convidada a apresentar os documentos pertinentes que
comprovem a sua identidade e morada. A pedido, o depoente afirmou ser
chamado ..., ser de nacionalidade ..., de ... anos de idade, estado civil... de
profissão ..., ... 6instrução, com domicílio real na jurisdição de ... da Polícia
de..., na rua... (entre ruas... y ...) de bairro ..., telefone n°... provando sua
identidade com... N° ... que exibe. Afirma ainda que, ... ele é entendido pelas
generalidades do Direito em relação a ... A seguir, o aviso legal:
Com isso, foi rescindido o ato, que, após leitura em voz alta e ratificação de
seu conteúdo, foi assinado pelo Promotor Adjunto, e pela testemunha todos
perante o Assistente da Polícia Judiciária.
ASSISTENTE FISCAL DA EMPRESA
EMPRESA RECLAMANTE (SE CONHECIDA) EMPRESA ASSISTENTE DE
POLÍCIA JUDICIÁRIA

POR ACTA
Entrega de procedimento de pessoal policial.-

Na cidade de Mendoza, um ... dias do mês de ... de dois mil , o Procurador


Adjunto responsável por esta Repartição Fiscal, para os correspondentes
efeitos legais DECLARA: que o sr........ equipe de ... prestar contas de sua
conduta na verificação de ato de natureza criminosa. Atento a isso,
RESOLVE: receber depoimento testemunhal em relação a ele e com base nos
arts. 321, 324, 326 e demais concordantes do CPP, para iniciar o presente
processo sumário com conhecimento do Procurador de Instrução

Na cidade de Mendoza, um ... dias do mês de ... de dois mil..., comparece

3 Carácter facultativo da queixa


4 Art. 109 e 245 do CPC Faça a leitura 330 e os escopos. Os direitos do artigo 108 devem ser
notificados caso o reclamante seja a vítima ou seus herdeiros forçados.
5 A denúncia sempre será recebida, mas deve ser identificada, informando o tipo de documento
utilizado. Na falta desse tipo de documento, o sujeito deverá ser cadastrado para identificação.-
Qualquer outra circunstância que tenha sido levada ao conhecimento do reclamante em relação à
impossibilidade ou dificuldade em comprovar sua identidade, ou verificá-la, deverá ser declarada em
seu depoimento.- Em caso de dúvida, consulte o Procurador Adjunto.-
6 Dependendo da resposta, as disposições para analfabetos podem ou não ser aplicadas (art. 148
C.P.P.)

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2
Supremo Tribunal de
Justiça

perante o Procurador Adjunto e o Adjunto da Polícia Judiciária que devem


prestar depoimento nos presentes autos. Ciente do objeto do ato e das penas
do falso testemunho, prestou juramento em forma legal. Questionada sobre
seu nome, sobrenome e outras condições pessoais, ela disse que seu nome...
de nacionalidade ... de... anos de idade, estado civil ..., profissão

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3
Supremo Tribunal de
Justiça

..., ... Instrução e com domicílio real na jurisdição de... da Polícia de... na
rua... número... (entre ruas... y ... ) do Bairro..., telefone nº... Comprovando
sua identidade com documento nº ... Perguntado pelos demais generais do
Direito, que anteriormente. explicaram-lhe, disse que... Eles te entendem.-

Questionada sobre o fato investigado, do qual é informada, ela disse:

Com o que foi concluído o ato, que após leitura em voz alta e ratificação,
assinado após o Procurador Adjunto, os policiais compareciente, todos
perante a Polícia Judiciária Adjunta.
ASSISTENTE FISCAL DA EMPRESA
ASSINATURA DO ENTREGADOR
ASSINATURA DO ASSISTENTE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA

ENTREGA DO PROCEDIMENTO PELO PESSOAL DA POLÍCIA DA PROVÍNCIA.-


O diagrama seguinte é uma síntese do que a Polícia Judiciária Adjunta
não pode deixar de perguntar e a Polícia Administrativa não pode deixar de
responder. Caso a Polícia Administrativa não conheça as respostas às
perguntas que são feitas de acordo com o modelo que se segue, esta deve ser
registada, para os fins que o Ministério Público posteriormente determinar.
1 Pessoal envolvido: nome, cargo, delegacia de onde vêm,
endereço particular.
2 Celulares envolvidos: número de registro interno, tripulação e
dependência da qual depende.
3 Local do fato, com características em termos de sua localização
e em termos de detalhes dele. (Portas, janelas, altura das cercas,
danos ou quebras apresentadas, tipo de construções, instalações
próprias, etc.). -
4 Descrição do evento
5 Vítimas: nome, idade, sexo, endereço, D:N.I., etc.
6 Itens roubados. (se aplicável).
7 Elementos retirados do local (após o fato, pelas vítimas ou pela
polícia administrativa).

CONHECIDO. endereço, no nome

a) Autores

DESCONHECIDO descrição física, vestuário

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4
Supremo Tribunal de
Justiça

b) Conduta do autor:

c) Testemunhas que fornecem


dados: nome, endereço, idade.
g) Cordão criminalista: nome do
pessoal que resta preservar o local do fato.

faca, tipo

d) Elementos utilizados para cometer o ato:


arma de fogo, descrição

elemento contundente
ou outros, descrição

e) Local ou direção onde os autores fugiram.

f) Veículo em que chegaram e com o qual escaparam, digite:

Se o cordão criminoso não tivesse sido formado, dê motivos.

h) Esquete

i) Ato de Inspeção Ocular.

j) Ato de sequestro: Objetos sequestrados, quem os sequestra, de onde são sequestrados.

k) Ato de apreensão.

RECLAMAÇÃO ESCRITA
Mediante a apresentação do documento, previamente assinado ou não,
este deve ser assinado pelo queixoso na presença do Assistente de Polícia
Judiciária, que verificará a identidade do requerente (art.º 327.º do CPP) na
cópia que for apresentada à Unidade Judiciária. Se vier com uma cópia,
apenas a carga de tempo será inserida a ela, E NÃO A CONSTÂNCIA. O
modelo CONSTANCIA é o seguinte:
PARA QUE CONSTE: Que a assinatura acima foi colocada na minha
presença, e pertence a... de... anos de idade, estado civil

... quem comprova identidade com... número... que expõe e retém. Mendoza...
de... de... Hs.......................................-

13
5
Supremo Tribunal de
Justiça

RECLAMAÇÃO POR AÇÃO DEPENDENTE DE INSTÂNCIA PRIVADA

Duas situações devem ser lembradas, diferenciando essa queixa da comum. 1º


O denunciante deve ser vítima do crime (e não apenas vitimizado) ou seu representante
legal se não for plenamente capaz, e 2º deve manifestar expressamente a vontade de
INSTAR AÇÃO PENAL, seja interpretada que a única denúncia é suficiente como
instância, (neste caso, a leitura da ata deve refletir a contundência da intenção), ou que
a circunstância deve ser expressamente declarada

ENTREGA DE OBJETOS

Quando, no processo de investigação, coisas ou bens de particulares, ou


mesmo do próprio Estado, tiverem sido apreendidos e estes deixarem de ser de
utilidade investigativa, serão entregues àqueles que forem considerados apropriados.
Esse ato, que parece de pouca importância para o processo, tem que ser praticado com
muito zelo, pois é o Estado provincial o responsável por qualquer dano sofrido pela
coisa. Portanto, e para minimizar eventuais reclamações, esses atos de entrega de
objetos, devem ser o mais detalhados possível em termos do estado em que a coisa é
recebida por quem a retira.
Existem dois tipos de entrega. Uma delas é a entrega simples e simples do
objeto apreendido ou retido, chamada de entrega definitiva, em que o promotor
interveniente se desvincula dele por não mais se interessar por ele, e o entrega a quem
considerar ter direito a continuar com a posse dele. A outra, chamada de entrega em
depósito judicial, é aquela pela qual o Promotor Interveniente que tem em sua posse
uma coisa, a entrega a uma pessoa, mas que não pode alienar ou modificar, e sempre
com o encargo de mantê-la no estado em que é entregue com a obrigação de
apresentá-la perante essa autoridade judiciária a qualquer momento em que for
exigida.

ATO GENÉRICO DE ENTREGA EM DEPÓSITO JUDICIAL

Na cidade de Mendoza, o ... dias do mês de ... do ano dois meu... l, comparece
perante o Sr. Procurador Adjunto e Assistente de Polícia Judiciária Sr. ,
que comprova sua identidade com D.N.I................., e cujos outros dados
pessoais estão no arquivo para FS........, para receber como depositário
judicial ... (detalhe a coisa) ..................- Neste estado, o
O Procurador Adjunto informa a testemunha da finalidade do ato e que a
medida foi ordenada pelo promotor de instrução envolvido no presente caso,
e instrui-a sobre o alcance, responsabilidades e penalidades em caso de
descumprimento do depósito judicial (arts. 260-269 e 173 inc. 2º do C.P e art.
230 C.P.P.). Quando a testemunha foi convidada a prestar juramento de
preservação e cuidado do objeto do presente, ela o tomou em forma legal.
Imediatamente o Procurador Adjunto coloca na posse da coisa à testemunha,
que a recebe no estado em que diz conhecer e aceitar.- Em seguida, o réu
disse que sob o juramento de direito que tomou emprestado se compromete a
cumprir fielmente o cargo de acordo com a lei; bem como, para exibir os
efeitos em todas as oportunidades que forem requeridas, fixando para o efeito
o domicílio na rua ..., com o qual foi rescindido o acto que depois de lido em
voz alta, a testemunha é ratificada e assina o acto depois do Procurador

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Supremo Tribunal de
Justiça

Adjunto tudo perante o Assistente de Polícia Judiciária.

CERTIFICADO DE ENTREGA EM CARÁTER DEFINITIVO

Na cidade de Mendoza, o ... do mês de... do ano dois mil, sendo o ... Hs.
Aparecer... cujas outras informações estão no arquivo para FS , a fim de
entregar ... (descrição detalhada do objeto) - Neste estado, o
Procurador Distrital Adjunto
informa o arguido da finalidade do acto e que o mesmo foi ordenado pelo
Ministério Público de instrução no presente processo. Ciente do objeto do
ato, a testemunha disse que aceita o objeto do presente. Imediatamente o
Procurador Adjunto coloca na posse da coisa a testemunha, que a recebe no
estado em que diz conhecer e aceitar.- É tudo o que deve ser registado, com o
qual o acto é terminado, depois de lido em voz alta e ratificação, assinam
depois do Procurador Adjunto a pessoa que comparece perante o Assistente
da Polícia Judiciária.

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7
Supremo Tribunal de
Justiça

ATOS GENÉRICOS

ATO DE NOTIFICAÇÃO DE DIREITOS AO ACUSADO.


Na cidade de Mendoza, o ... dias do mês de ... do ano..., sendo o ... hs.,
comparece perante o Sr. Procurador Adjunto e Adjunto da Polícia
Judiciária ................................................, que é sindicalizado como
Presumível autor do crime de... ficar em ... à disposição de - Neste
ato, conforme previsto em
O artigo 7.º do C.P.P., é notificado dos direitos reconhecidos na
Constituição e nas leis, que se transcrevem: Ninguém pode ser punido senão
por força de um processo conduzido de acordo com a Constituição; nem
julgados por juízes que não os instituídos por lei antes do fato e nomeados
nos termos da Constituição; nem considerado culpado até que uma sentença
final o declare culpado; ou processado mais de uma vez pelo mesmo ato.
Qualquer processo deve ser concluído dentro de um prazo razoável. A
defesa de pessoas e direitos em juízo é inviolável. Todo acusado tem direito
a uma defesa técnica, mesmo às custas do Estado, desde o início da
persecução penal. Ninguém pode ser compelido a testemunhar contra si
mesmo em processo penal, ou contra seu cônjuge, ascendente, descendente,
irmão e parentes colaterais até o quarto grau de consanguinidade ou
segundo grau de afinidade, seu tutor ou ala ou pessoa com quem vive em
casamento aparente. Atos que violam garantias reconhecidas pela
Constituição carecem de efeito probatório. Em caso de dúvida sobre
questões de fato, deve ser no melhor interesse do acusado. A privação de
liberdade durante o julgamento é excepcional, só pode ser decretada dentro
dos limites previstos na Constituição e desde que não ultrapasse o prazo
máximo estabelecido em lei. Salvo em casos de flagrante delito, ninguém é
privado de sua liberdade sem ordem escrita e fundamentada de autoridade
judiciária competente. Uma vez ocorrida a privação de liberdade, a pessoa
afetada é informada no mesmo ato do fato que a motiva e dos direitos que a
assistem, podendo dar conhecimento de sua situação a quem julgar
conveniente. Que é tudo o que tem que ser registrado. Com o que se conclui
o acto, que depois de lido em voz alta e ratificação, assina depois do
Procurador Adjunto, a testemunha, tudo perante o Assistente da Polícia
Judiciária.- ASSINATURA DO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO

ASSINATURA
DO NOTIFICADO SE QUISER E PUDER FAZÊ-LO ASSINATURA DO
ASSISTENTE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA

ATO DE NOTIFICAÇÃO DA IMPUTAÇÃO

Na cidade de Mendoza,... Dias do mês de... do ano dois mil, sendo o... Você. , é intimado
perante o Procurador Adjunto e Adjunto da Polícia Judiciária a..., que alega ser... de

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8
Supremo Tribunal de
Justiça

nacionalidade..., de... anos, estado civil...,... Instrução, de profissão..., com domicílio


em... de bairro..., D.N.I. número. - Que ele é filho de .. e , que nasceu em ...,
o././. .- Que por este acto é notificado de que, por ter ordenado ao Ministério Público de
Instrução ..., secretaria encarregada de ..., lhe é atribuída alegada participação na
prática de um facto ocorrido na data ././. em detrimento de... cuja investigação é
instruída nesta Promotoria de Justiça na súmula nº .../. legalmente qualificado
como ..., .. Ele é então informado das provas contra si e que pode declarar se foi sua
vontade, podendo requerer a presença de seu defensor para fins do melhor exercício de
seus direitos. Com o que foi concluído o acto que depois de lido em voz alta e ratificado,
assinado depois do Procurador Adjunto, a testemunha, tudo perante o assistente da
Polícia Judiciária

ATO DE NOTIFICAÇÃO DE MANUTENÇÃO DA PRISÃO

Na cidade de Mendoza, um ... dias do mês de ... do ano ..., é presente à Procuradoria
Adjunta e à Polícia Judiciária Adjunta, para o Avisado ..., quem
disse ser de
nacionalidade... de ... Anos de estado civil... ...
instrução, profissão ..., domiciliado em ..., D.N.I. nº ..., alegando também ser filho de... e
de ..., que nasceu em ..., no dia ././., que por este acto e por despacho do Ministério
Público de Instrução ..., Secretaria encarregada de ..., é notificado de que continuará a
ser alojado como detido, (por aplicação do art. 284 do C.P.P.) pelo facto em apreço
(Srio. . Não.../.) e cuja suposta comissão lhe é atribuída, legalmente qualificada como ...,
fato ocorrido na data ././. Sendo tudo o que precisa ser registrado. Com o que foi
rescindido o ato, que após leitura em voz alta e ratificação, assinado após o Procurador
Adjunto, a testemunha, tudo perante a Polícia Judiciária Adjunta. ASSINATURA DO
ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
ASSINATURA DA PARTE NOTIFICADA ASSINATURA DO ASSISTENTE
DA POLÍCIA JUDICIÁRIA

ATO DE NOTIFICAÇÃO DA LIBERDADE

Na cidade de Mendoza, um ... dias do mês de ... do ano dois mil, sendo o ...
hs., comparece perante o Sr. Procurador Adjunto e Assistente da Polícia
Judiciária, uma pessoa que questionou os seus nomes, apelidos e outras
condições pessoais disse que o seu nome era ser de nacionalidade ...,
de ...
anos de idade, e cujos outros dados pessoais constam dos arquivos da FS. ...
e a quem, por este acto, é notificado e faz saber que, tendo ordenado o
Procurador de Instrução interveniente, RECUPERA O SEU ESTADO DE
LIBERDADE, fazendo-o conhecer das condições que deve preencher, sob
aviso de ordenar a sua detenção: 1) Prestar a segurança de 2) Estabelecer
e manter domicílio; 3) Permanecer à disposição do órgão jurisdicional e
comparecer em todas as intimações que lhe forem feitas; e (4) Abster-se de

13
9
Supremo Tribunal de
Justiça

qualquer ato que possa impedir a descoberta da verdade e o funcionamento


da lei; tudo de acordo com o disposto nos arts. 280 do CPP. Concedida a
palavra ao participante, MANIFESTO: Que aceita as condições impostas e
fixa domicílio na rua ...................................... n°............................de
Bº ..., Delegacia Nº ... de Polícia de Córdoba. É tudo o que deve ser
registado, com o qual o acto é rescindido, do qual depois de o ler foi dado
em voz alta, ratificando todo o seu conteúdo, e assinatura compareceu
depois do Sr. Procurador Adjunto perante o Assistente de Polícia
Judiciária.- ASSINATURA DO PROCURADOR YUDANTE
ASSINATURA Do
NOTIFICADO ASSINANDO O ASSISTENTE
POLÍCIA JUDICIÁRIA.

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0
Supremo Tribunal de
Justiça

INSPEÇÃO (OCULAR)

Consiste na descrição escrita, minuciosa e detalhada de pessoas, lugares, coisas,


vestígios e outras circunstâncias consideradas de interesse para a investigação. Podemos
dizer que se trata de uma "fotografia", encarnada na forma escrita em um registro. Esse ato,
quando escrito, tem os mesmos requisitos formais que todos os atos. Também deve ficar
muito claro que o registro afirma SOMENTE O QUE A PESSOA QUE O TRABALHA
PERCEBE POR SEUS SENTIDOS. Isso, elimina como dados a serem registrados em atas,
apreciações, convicções e impressões. ("Que freando ele veio em alta velocidade"; "o
agressor sabia que..."; etc.). -
Deve-se ter em mente que, como um meio de grafar ou representar as
circunstâncias de um lugar ou coisa que está sujeita a inspeção (ocular), é conveniente fazer
um SKETCH como forma de melhorar o que muitas vezes é difícil de expressar com a
palavra escrita. Isso é possível como complemento à Lei de Inspeção Ocular: que consiste
em um desenho ou desenho feito para mostrar graficamente a localização do local, coisas
e/ou pessoas, vestígios que são observados no momento de verificá-lo.
Quando um gráfico ou esboço deve registrar diferentes lugares onde ocorreram
diferentes partes ou etapas dos eventos a serem documentados, isso deve ser registrado
marcando diferentes números correlativos no mesmo gráfico e, em seguida, esclarecendo na
parte inferior da folha, o que cada número deseja marcar. É importante identificar os pontos
cardeais, para esclarecer a localização do local indicado. Os croquis não são provas
independentes, nem podem substituir de forma alguma o relatório de inspeção visual, então,
o que deve ser muito completo, é o relatório.

Arte. 208 C.P.P. Inspeção Judicial: Será verificado pela inspeção de pessoas, lugares
e coisas, os vestígios e outros efeitos materiais que o fato teria deixado; Devem
ser descritos em pormenor e, sempre que possível, devem ser recolhidos ou
conservados elementos de prova pertinentes.

ATO GENÉRICO

Na cidade de Mendoza, o ... dias do mês de ... do ano dois mil, sendo o ... Hs.
o abaixo assinado... anexado a ..., AFIRMA: Que na data e hora indicadas é
constituído em ..., e na presença da testemunha de Direito ..., D.N.I.
número... procedemos à gravação do ATO DE INSPEÇÃO OCULAR em -
Que é tudo o que você tem que registrar, pois
o que é dado para o ato finalizado, após a leitura e ratificação de todo o seu
conteúdo, assina o ator ao lado da testemunha de ação.- ASSINATURA DA
ASSINATURA DE ATUAÇÃO DA TESTEMUNHA DE AÇÃO.

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Supremo Tribunal de
Justiça

ESQUETE ASSINATURA DO AUTOR DO ESBOÇO

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Supremo Tribunal de
Justiça

ESBOÇO SEQUENCIADO

l) LOCAL DO EVENTO
m) LOCAL DE ONDE FOI BALEADO
n) SEQUESTRO DE PORTFÓLIO
o) APREENSÃO DA S.A.
ASSINATURA DE QUEM FEZ O CROQUI

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Supremo Tribunal de
Justiça

DEPOIMENTOS

A TESTEMUNHA EM GERAL

DEFINIÇÃO
É a pessoa que tem conhecimento pessoal de fatos relacionados ao
objeto processual. É importante esclarecer se a pessoa conhece os fatos por
percepção pessoal ou por declarações de terceiros. Se for assim, (boatos), o
valor de suas declarações provavelmente pode ser menor. Também não
podem ser exigidos julgamentos ou opiniões pessoais sobre os fatos que
perceberam, já que essa é uma tarefa jurisdicional.

OBJETO
Na investigação importa não só a verdade sobre os fatos denunciados,
mas também a verdade sobre os fatos que podem comprovar seu
cometimento ou a responsabilidade dos participantes. Ou seja, todos aqueles
aspectos que estão relacionados ao objeto processual.

JURAMENTO
As testemunhas prestarão juramento advertidas do disposto nos arts.
275 e 276 do Código Penal.
"Arte. Artigo 275 - A testemunha, perito ou intérprete que afirmar falsidade
ou negar ou silenciar a verdade, no todo ou em parte, em seu depoimento,
relatório, tradução ou interpretação, feito perante a autoridade competente,
é punido com pena de reclusão de um mês a quatro anos.
Se o falso testemunho for cometido em processo criminal, em
prejuízo do acusado, a pena será de reclusão de um a dez anos.
Em todos os casos, o acusado também estará sujeito à inabilitação
absoluta pelo dobro do tempo da pena.

Arte. Artigo 276 - A pena do falso testemunho, perito ou intérprete cujo depoimento
seja prestado por propina será agravada com multa igual ao dobro do valor
ofertado ou recebido.
O suborno sofrerá a pena do mero falso testemunho".

DEVER DE INDAGAR E OBRIGATORIEDADE DO DEPOIMENTO


De acordo com o disposto nos arts. 231 do CPP.
"Arte. 231.- DEVER DE INDAGAR. Qualquer pessoa que conheça os fatos sob
investigação será interrogada quando seu depoimento puder ser útil para descobrir a
verdade."

A expressão cada pessoa não estabelece nenhum limite de idade;


Podem ser maiores ou menores. Veremos mais adiante as particularidades do
depoimento de uma criança menor de 16 anos. É importante ressaltar que há
a obrigação de esgotar todas as medidas probatórias decorrentes da
investigação e, nesse sentido, atender ao recurso judicial e declarar a verdade
de tudo o que é conhecido e questionado, como obrigação por parte da
testemunha. Arte. 232.

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4
Supremo Tribunal de
Justiça

GERAL DA LEI
O C.P.P., refere-se ao geral da lei nos arts. 240, que transcreve na
íntegra:
"Arte. 240.- FORMA DE DECLARAÇÃO. Antes de iniciar seu depoimento,
as testemunhas serão instruídas sobre a pena de perjúrio e prestarão
juramento, sob pena de nulidade, com exceção de menores de 16 anos e
condenados como partícipes do delito investigado ou de crime conexo.
De imediato, cada testemunha será interrogada separadamente,
requerendo seu nome, sobrenome, estado, idade, profissão, domicílio,
parentesco e interesse das partes, e qualquer outra circunstância que sirva
para aferir sua veracidade.
Se a testemunha puder abster-se de depor, deve ser advertida, sob
pena de nulidade, de que goza dessa faculdade, que será gravada.
Em seguida, será interrogado sobre o facto, se for caso disso, nos
termos do artigo 145.º.
Para cada declaração, é lavrada uma acta nos termos dos artigos 147.o
e 148.o
A requerimento da testemunha, o juiz interveniente determinará a
guarda de sua pessoa e/ou parentes e/ou bens da testemunha, quando
houver fundado receio de sofrer dano a ela."

Especificamente, ao questionar as generalidades da lei, deve-se


perguntar:
• Nome, tipo e número do documento de identidade, idade, estado,
profissão e endereço;
• Se e em que medida você é cônjuge ou parente de qualquer um dos
envolvidos no caso;
• Se você é credor, devedor ou tem outra relação de interesse ou
dependência com algum deles;
• Se você tem um interesse direto ou indireto no caso ou em outro caso
semelhante, por exemplo, a vítima, a vítima
• Se ele é amigo íntimo ou inimigo manifesto dos envolvidos no processo.
SE ALGUMA DAS CAUSAS OCORRER, CONSULTE

RESERVA DE IDENTIDADE.
O Código impõe ao juiz a necessidade de proteger a identidade e
outras informações da testemunha a pedido do interessado. Nestes casos,
como no caso de um queixoso que o solicite, o depoimento deve ser colhido
em duas vias. Um deles com todos os dados do declarante e sua assinatura,
deve ser guardado em um cofre, e outro sem os dados que identificam a
testemunha e sem a assinatura, será adicionado aos autos até que haja uma
disposição judicial que preveja seu conhecimento.
Arte. 232. Parágrafo terceiro.
“... Da mesma forma, e a requerimento do interessado, o magistrado
interveniente deve resguardar a identidade e outros dados da testemunha. Tal
situação aplicar-se-á até que a defesa o exija para efeitos do exercício das
garantias constitucionais pertinentes."
FACULDADE DE ABSTENÇÃO
De acordo com o disposto no artigo 233.º do C.P.P. Depois de
identificar a relação entre o acusado e a testemunha, esta tem o poder de
depor ou se abster de fazê-lo. Esse talvez seja um dos dispositivos legais que
apresenta maior dificuldade quando se trata de sua aplicação. É

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Supremo Tribunal de
Justiça

especialmente protegida pela Constituição Provincial e pela lei processual, a


incoercibilidade de prestar depoimento, daquelas pessoas relacionadas com o
acusado em qualquer das formas estabelecidas. Isso significa que as pessoas
entendidas NÃO PODEM SER COMPELIDAS A DEPOR no caso, pois a lei
privilegiou outros princípios em detrimento daquele que sustenta a
descoberta da verdade real no processo.
Isso não significa, de forma alguma, que eles não possam declarar se
quiserem, uma vez que têm o poder especial de escolher se declaram ou não.
O funcionário que, no momento de inquirir a testemunha sobre as
disposições gerais da lei, verificar que a testemunha tem um vínculo com o
arguido mencionado na lei, que o inclui entre os autorizados a abster-se de
depor, deve interrogá-lo sobre a sua decisão. Caso este opte pela recusa,
provoca imediatamente a extinção do ato processual, mas isso não significa
que a veracidade da invocação não deva ser confirmada, seja por meio de
outras testemunhas, seja por investigações independentes do comissário, ou
qualquer outra forma de credenciamento a critério do Promotor ou do
Promotor Adjunto.

"Artigo 233: FACULDADE DE ABSTENÇÃO. Seu cônjuge, ascendente,


descendente ou irmão, seus parentes colaterais até o quarto grau de
consanguinidade ou segundo grau de afinidade, seu tutor ou ala ou uma
pessoa com quem viva em aparente casamento podem abster-se de
testemunhar contra o acusado."

TABELA DE PARENTESCO POR CONSANGUINIDADE

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Supremo Tribunal de
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Sobrinho
3º ano

4º ano
Sobrino Nieto

GRÁFICO DE PARENTESCO POR AFINIDADE

DEVER DE ABSTENÇÃO
Previsto nos arts. 234 do C.P.P., implica a proibição, por parte de
alguns sujeitos, de declarar sobre os fatos sigilosos que chegaram ao seu
conhecimento, sob pena de nulidade.

"Arte. 234.- DEVER DE ABSTENÇÃO. Devem abster-se de declarar sobre fatos sigilosos
que tenham chegado ao seu conhecimento em razão de seu próprio estado, ofício ou
profissão, sob pena de nulidade: os Ministros de uma seita admitida, advogados,
procuradores e notários; médicos, farmacêuticos, parteiras e outros auxiliares da arte de
curar; os militares e funcionários públicos em segredos de Estado.
No entanto, essas pessoas não podem omitir o depoimento quando são libertadas pelo
interessado do dever de sigilo, com exceção das mencionadas em primeiro lugar.
Se a testemunha invocar indevidamente este dever em relação a um facto que não pode ser
coberto por ela, será interrogada sem mais delongas."

CLASSIFICAÇÃO

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Supremo Tribunal de
Justiça

POR IDADE

ACIMA DE 16 ANOS
A característica de que o testemunho está sob juramento de dizer a
verdade significa que o testemunho pode ser recebido de qualquer pessoa que
tenha 16 anos de idade ou mais.

MENORES DE 16 ANOS
Tradicionalmente, eles são informados. O correto é receber uma
declaração testemunhal sem juramento.

PELO LINK PARA O FATO

VÍTIMA – VÍTIMA
Vítima do crime é o ofendido que pode ou não coincidir com a vítima,
uma vez que esta é indiretamente prejudicada pelo crime. Ex. O motorista de
um táxi que foi assaltado a mão armada e teve o veículo destruído é vítima
do crime. A vítima é o proprietário do táxi que é quem indiretamente sofre as
consequências do ato criminoso (veículo com danos, incapacidade de fazê-lo
trabalhar, etc.). A vítima recebe um depoimento nos termos dos arts. 231 e
seguintes do C.P.P. Quando ele é apenas prejudicado, ele é conscientizado
sobre a arte. 33 do C.P.P. (possibilidade de intentar uma acção cível em
processo penal). Quando a vítima e a vítima coincidem na mesma pessoa, o
artigo é dado a conhecer-lhe. 108 (Direitos da vítima) que se refere aos arts.
10 (possibilidade de constituição como autor privado) e 33 do C.P.P.

"Arte. 108. VÍTIMA DE CRIME. A vítima do crime tem o direito de


ser informada sobre os poderes que pode exercer no processo.
Sem prejuízo disso, têm igualmente o direito de:
a) Receber tratamento digno e respeitoso por parte das autoridades
competentes.
b) Ser informado pelo órgão correspondente sobre os poderes que
podem ser exercidos no processo penal, especialmente para se
tornar um ator civil.
c) Informe-se sobre o andamento do caso e a situação do acusado.
d) Quando menor ou incapaz, o órgão jurisdicional pode autorizá-la
a fazer-se acompanhar de pessoa de sua confiança durante os atos
processuais em que intervém, desde que isso não prejudique o
interesse de se obter a verdade real do ocorrido.
e) A proteção da integridade física e moral, inclusive de sua família.
f) Nos processos relativos à violência doméstica, o magistrado
interveniente, ouvido o Ministério Público, pode, a requerimento
da vítima ou de um representante legal ou da Câmara, ordenar,
como medida cautelar, e mediante decisão fundamentada, a
exclusão ou, se for caso disso, a proibição de o arguido entrar no
domicílio da vítima. O mesmo se aplica quando a infracção tiver
sido cometida em detrimento de uma pessoa que viva sob o
mesmo tecto e existirem razões para presumir a repetição de actos

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Supremo Tribunal de
Justiça

da mesma natureza.
A medida será decretada após a acusação, levando em consideração
as características e a gravidade do ato denunciado, bem como as
circunstâncias pessoais e particulares do suposto autor. Cessadas as
razões que obrigaram à adoção da medida, no entender do
magistrado, e se for o caso, a requerimento do interessado ou do
Ministério dos Alunos, será ordenado o seu imediato levantamento.
Os direitos reconhecidos neste artigo deverão ser anunciados pelo
órgão policial ou judicial, no momento da realização da primeira
medida processual com a vítima ou seus sucessores a título, sob pena
de nulidade do ato.
Os direitos a que se refere este artigo também são reconhecidos às
associações, fundações e outras entidades, nos crimes que afetem
interesses coletivos ou difusos, desde que o objeto do agrupamento
esteja diretamente ligado a esses interesses.

AUTOR CÍVEL - AUTOR PARTICULAR:


Artes. 10 e 33 do C.P.P., estabelecem:

"Arte. 10.- AUTOR PARTICULAR. A pessoa penalmente lesada por


crime de ação pública, seus herdeiros forçados, representantes
legais ou representantes, poderá intervir no processo na qualidade
de autor particular, na forma especial estabelecida por este Código,
e sem prejuízo do exercício conjunto da ação civil compensatória.
Se o autor particular for simultaneamente um autor civil, ele pode
formular ambas as instâncias em um único documento, observados
os requisitos estabelecidos para cada ato.
O mesmo direito será gozado por qualquer pessoa contra
funcionários públicos que, no exercício de sua função ou em
conexão com ela, tenham violado os direitos humanos; no caso de
crimes cometidos por funcionários que abusaram de seu cargo,
bem como contra aqueles que cometem crimes que prejudicam
interesses difusos.
Em todos os casos, o Tribunal interveniente pode ordenar a
unificação da personalidade jurídica se o número de queixosos
dificultar a celeridade do processo.

AÇÃO CIVIL.
Arte. 33.- Exercício. Manchete. Limitações. A ação civil pública
destinada a obter a restituição do objeto do crime e a reparação do
dano causado, somente poderá ser exercida pela vítima direta,
ainda que não seja vítima do crime, ou por seus herdeiros dentro
dos limites de sua cota sucessória, ou por seus representantes
legais ou representantes, contra os participantes do crime e, se for
o caso, contra a responsabilidade civil. O processo civil só pode
ser instaurado em processo penal no caso de uma infracção
intencional e no caso de infracções culposas apenas no caso de
homicídio. Essas limitações não se aplicam em casos de conexão
de casos em que outros crimes culposos são imputados além
daqueles listados ou mediam entre eles uma combinação ideal de
crimes."

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Supremo Tribunal de
Justiça

É importante ressaltar que a constituição de um autor particular não o exime de


depor como testemunha, razão pela qual ele tem a mesma obrigação de depor que as
demais testemunhas (art. 106). O mesmo se aplica ao agente civil.

PELO VÍNCULO COM O ACUSADO

VÍTIMAS
Uma das inovações do C.P.P. O resultado é a incorporação da figura
da vítima na arte. 108 do C.P.P. . Transcrito no ponto anterior, também é
importante no momento da lei geral.

AMIGO ou INIMIGO.
Ver lei geral.-

SÓCIO PRINCIPAL DEPENDENTE


Ver lei geral.-

CASOS ESPECIAIS

CIDADÃOS COM TRATAMENTO ESPECIAL.


O Código prevê uma série de exceções pessoais à obrigatoriedade de
comparecimento à unidade judiciária para prestar depoimento, com base na
hierarquia da investidura pública da testemunha. Nestes casos, a declaração deve ser
feita por escrito, sob juramento.
Além disso, dependendo da importância atribuída pelo Ministério Público ao
depoimento, eles podem ser ouvidos em sua residência oficial (escritório), momento
em que as partes não podem questionar diretamente a testemunha.
No caso de as testemunhas de referência renunciarem a um tratamento especial, o
depoimento deve ser tomado sem qualquer diferença do normal.

"Arte. 241.- TRATAMENTO ESPECIAL. Não serão obrigados a


comparecer: o Presidente e o Vice-Presidente da Nação; os
Governadores e Vice-Governadores das Províncias; Ministros e
Legisladores; membros dos tribunais judiciários e militares nacionais e
provinciais; os Ministros Diplomáticos e Cônsules-Gerais; Oficiais
Superiores em serviço das Forças Armadas; os altos dignitários da
Igreja legalmente reconhecidos pela República Argentina e os Reitores
das Universidades Oficiais; o Presidente do Tribunal de Contas, o
Procurador do Estado, o Assessor do Governo e os Directores da
Inspecção-Geral de Segurança.
Dependendo da importância atribuída ao testemunho, essas pessoas
devem testemunhar em sua residência oficial ou por meio de relatório
escrito, no qual declararão que estão testemunhando sob juramento. No
primeiro caso, eles não podem ser questionados diretamente pelas
partes ou seus advogados.

No entanto, testemunhas nomeadas podem dispensar tratamento

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Supremo Tribunal de
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especial."

PESSOAS QUE NÃO FALAM A LÍNGUA NACIONAL.


Enquanto arte. O art. 141 estabelece a obrigatoriedade de que
todos os atos processuais sejam praticados na língua nacional, sob
pena de nulidade, art. O artigo 260.º, relativo aos intérpretes, prevê a
seguinte excepção: "Um intérprete é nomeado sempre que seja
necessário traduzir documentos escritos ou declarações a apresentar
numa língua diferente da língua nacional. Durante a instrução
criminal o depoente poderá redigir seu depoimento, que será
juntado aos autos."
PROCEDIMENTO: a) Nomeação do intérprete. É solicitado
pelo gabinete ao Gabinete de Profissionais que nomeie por sorteio um
intérprete especializado da língua que é necessária.
b) O perito deve aceitar a acusação, e as partes podem
dispensá-la ou recorrer. Regula as disposições relativas aos peritos
(art. 261).
c) O depoimento testemunhal será colhido na presença do
perito intérprete (art. 260 do C.P.P.). No entanto, durante a instrução
criminal preparatória, o depoente poderá redigir seu depoimento, que
será juntado aos autos, a ser devidamente traduzido pelo intérprete
(art. 247 2º parágrafo).-

EXCEÇÃO AO JURAMENTO
Como dissemos anteriormente, os menores não devem testemunhar sob
juramento de dizer a verdade; A ata deve omitir esse aspecto. O mesmo se aplica aos
condenados como partícipes do crime investigado ou de outro crime conexo (com pena
transitada em julgado).

"Art 240.- FORMA DE DECLARAÇÃO. Antes de iniciar o depoimento, as


testemunhas serão instruídas sobre a pena de perjúrio e prestarão juramento, sob
pena de nulidade, com exceção dos menores de 16 anos e dos condenados como
partícipes do crime investigado ou conexo....................................................."

SURDO-MUDO E ANALFABETO.
Veja a arte. 148 C.P.P. -
Este assunto já foi tratado no aspecto geral da acta.

IMPEDIDO DE COMPARECER À UNIDADE JUDICIÁRIA

"Arte. 242.- EXAME EM DOMICÍLIO. As pessoas que não puderem comparecer ao


Tribunal ou ao Ministério Público por serem deficientes físicos serão examinadas em
casa."

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Supremo Tribunal de
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Há oportunidades quando as pessoas são fisicamente incapazes de se mover, e é


por isso que elas devem ser questionadas nos lugares onde estão (por exemplo, Hospital). A
este respeito, algumas diferenças podem ser feitas com outros casos em que as pessoas são
interrogadas fora da sede da investigação. No caso em apreço, a lei isenta apenas as pessoas
com deficiência física. Essa é a diferença em relação àqueles que podem depor em seus
ofícios (Tratamento especial art. 241 C.P.P.), ou com os que residem longe da sede, que
declarem ex officio (Residentes fora da cidade art. 236 C.P.P.). - Cabe esclarecer também
que quando a lei se refere ao domicílio, esse termo é interpretado como "local de
permanência", que pode ser um hospital, a casa de um parente etc. A única diferença que
este ato tem em relação a qualquer outro, é que no título do ato não será mais suficiente
colocar "Na cidade de Mendoza..." porque a regra geral de presumir que o oficial de justiça
recebe os depoimentos em seu cargo público está quebrada, e, portanto, será necessário
esclarecer o local onde a Unidade Judiciária é constituída para o ato (da forma mais precisa
possível)

TESTEMUNHA DE OUTRA PROVÍNCIA


Lei 22.172 art. 10. Deve ser requerida pelo Ministério Público interveniente,
com o único propósito de receber uma declaração no Tribunal competente no seu domicílio,
acompanhando o questionário a que deve responder.

ATOS GENÉRICOS

DEPOIMENTO TESTEMUNHAL COMUM

Na cidade de Mendoza, um ... dias do mês de ... do ano dois mil ,


sendo..., compareceu perante o Sr. Procurador Adjunto e Assistente de
Polícia Judiciária, pessoa que deve prestar depoimento no presente
processo cautelar. Ciente da finalidade do ato e das penas do falso
testemunho, prestou juramento em forma legal. Em seguida, ele é
questionado sobre seus nomes, sobrenomes e outras condições
pessoais, respondendo a se chamar ... ..., ser de
nacionalidade ..., de ... anos de idade, estado civil ..., profissão ..., ..
Instrução e endereço na rua... Nº ..., de Barrio ..., de ... cidade,
telefone: ..., comprovando sua identidade por meio do D.N.I Nº ..., que
você exibe e retém. Questionada sobre os outros generais da lei que
lhes foram previamente explicados, respondeu: Que os conhece e
que... Eles te entendem. Que questionado sobre o fato investigado, do
qual é informado, DECLARA:
.................................................................................................................
... . Que o que foi dito é tudo o que tem de ser declarado, com o qual o
acto é rescindido, que depois de lido foi dado em voz alta, ratificando
todo o seu conteúdo, assinando o compareciente após o Sr.
Procurador Adjunto perante a Polícia Judiciária Adjunta que
subscreve.- ASSINATURA ASSINATURA ASSISTENTE DE

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Supremo Tribunal de
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ACUSAÇÃO ASSINATURA

ASSINATURA DE TESTEMUNHA ASSISTENTE DE POLÍCIA


JUDICIÁRIA (para esclarecimentos, aditamentos, remoções ou
alterações e reabertura do ato, ver ABAIXO)

DEPOIMENTO TESTEMUNHAL DE MENORES.


Na cidade de Mendoza, o ... dias do mês de ... do ano dois mil..., sendo
o ... Compareceu perante o Procurador Adjunto e Auxiliar de Polícia
Judiciária, pessoa que deve prestar depoimento nos presentes autos, e
que está dispensada de prestar juramento em razão da sua idade.
Ciente do objeto do ato, é questionada sobre seu nome, sobrenome e
demais condições pessoais, respondendo seu nome ..., sendo uma
nacionalidade..., de ... anos de idade, estado civil ..., profissão ..., ...
Instrução e endereço na rua .......................... n°..., do Bairro ...,
telefone n° ..., que comprova a sua identidade através do D.N.I. N° ...
que expõe e retém. Questionado sobre os outros generais da lei, que
lhe foram previamente explicados, disse: que... eles te entendem, ... (se
sim, explique o porquê). Em seguida, DECLARA:
Que o que foi dito é tudo o que tem de ser declarado, com o qual o
acto é rescindido, que depois de lido foi dado em voz alta, ratificando
todo o seu conteúdo, assinando a testemunha após o Sr. Procurador
Adjunto perante o Assistente de Polícia Judiciária que subscreve.-
ASSINATURA ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO ASSINATURA
TESTEMUNHA ASSISTENTE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA (para
esclarecimentos, ADITAMENTOS, REMOÇÕES OU
ALTERAÇÕES e REABERTURA DO ATO, VER ABAIXO)

ANALFABETO, SURDO-MUDO
Os atos são os mesmos dos anteriores, mas, no caso dos analfabetos,
devem ser informados do disposto nos arts. 148 do CPP. na forma
previamente tratada

NÃO FALANTES DE ESPANHOL.


A acta é a mesma do registo comum, mas deve ficar clara e que tudo o que foi
dito pelo intérprete seja registado em acta, traduzindo o que o declarante disse na sua língua.

FACULDADE DE ABSTENÇÃO
O ato é o mesmo que o comum, e depois de explicados os gerais da lei, é
apropriado acrescentar o seguinte:
Questionado sobre os demais generais da lei, que lhe foram
previamente explicados, ele DISSE: que o entendem, porque ele é
(grau de parentesco ou relação concubinal). Atento ao que foi dito, o

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Supremo Tribunal de
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depoente toma conhecimento do alcance e do conteúdo da arte. 233 do


C.P.P., e DISSE: Que é sua vontade... depor.
Em seguida, DECLARE:(se você quiser declarar)
Que o que foi dito é tudo o que tem de ser declarado, com o qual o
acto é rescindido, que depois de lido foi dado em voz alta, ratificando
todo o seu conteúdo, assinando o compareciente após o Sr.
Procurador Adjunto perante a Polícia Judiciária Adjunta que
subscreve.- ASSINATURA ASSISTENTE DE PROCURADOR
ASSINATURA DA TESTEMUNHA ASSISTENTE DE ASSINATURA
DE
POLÍCIA JUDICIÁRIA
(PARA ESCLARECIMENTOS, ACRÉSCIMOS, REMOÇÕES ou
EMENDAS e REABERTURA DO ATO, ver ABAIXO)

PROIBIÇÃO DE DECLARAÇÃO
Quando a testemunha comparece para depor, o registro começa como todos eles,
e no momento do questionamento sobre os GERAIS DA LEI, ou menos frequentemente
durante o curso do depoimento, três situações diferentes podem ocorrer:
1) Que a testemunha manifeste impedimento para depor,
porque sabe que tem esse impedimento. Nesse caso,
cabe encerrar os autos imediatamente, tentando
verificar a causa, e consultar o processo junto ao
Ministério Público interveniente.
2) Que quem percebe tal impedimento é o oficial de
justiça, dependendo do conteúdo da declaração, caso
em que o registro será encerrado naquele momento e
no estado em que se encontra SEM EXIGIR QUE O
TASTIGO RATIFIQUE OU RETIFIQUE SEU
CONTEÚDO OU ASSINE, e depois consulte o
Ministério Público, a fim de fornecer o detalhamento
da ata, caso seja necessário fazê-lo.-
3) Que a testemunha invoce erroneamente a proibição,
caso em que passa a interrogá-la sem mais delongas,
como diz a lei.

Arte. 233.- DEVER DE ABSTENÇÃO. Devem abster-se de declarar sobre fatos sigilosos
que tenham chegado ao seu conhecimento em razão de seu próprio estado, ofício ou
profissão, sob pena de nulidade: os Ministros de uma seita admitida, advogados,
procuradores e notários; médicos, farmacêuticos, parteiras e outros auxiliares da arte de
curar; os militares e funcionários públicos em segredos de Estado.

No entanto, essas pessoas não podem omitir o depoimento quando são libertadas pelo
interessado do dever de sigilo, com exceção das mencionadas em primeiro lugar.
Se a testemunha invocar indevidamente este dever em relação a um facto que não pode ser
coberto por ela, será interrogada sem mais delongas."

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Supremo Tribunal de
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O ato é o mesmo do comum, mas no momento dos gerais de direito, quando a


testemunha manifesta sua relação com o fato investigado, deve-se acrescentar a seguinte
particularidade

Questionado sobre os outros generais da lei, que lhe foram


previamente explicados, disse: que o entendem, por ser (mencionar a
razão). Atenta ao que foi dito, o Sr. Procurador Adjunto conclui o ato,
que após leitura foi dada em voz alta, ratificando todo o seu conteúdo,
assinando a testemunha após o Sr. Procurador Adjunto perante o
Assistente de Polícia Judiciária que subscreve.- ASSINATURA
ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
ASSINATURA DA TESTEMUNHA ASSINATURA
ASSISTENTE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA

MINUTOS IMPEDIDOS DE COMPARECER.-

A acta é a mesma que a comum, mas o seguinte esclarecimento deve


ser feito no cabeçalho:

Em ...... Godoy Cruz, para... dias do mês de ... do segundo ano


mil..., sendo o ..., é constituído o Sr. Procurador Adjunto e Adjunto de
Polícia Judiciária que subscreve, na rua... N° ... de B° ... desta
cidade, (casa particular, hospital, etc.) de uma pessoa que deve
prestar depoimento no presente processo sumário e foi dispensada de
comparecer presencialmente por não poder comparecer. Ciente da
finalidade do ato e das penas do falso testemunho, prestou juramento
em forma legal. Em seguida, ele é questionado sobre seus nomes,
sobrenomes e outras condições pessoais, respondendo a ser
chamado ......, ser de nacionalidade..., de ... anos de idade, estado
civil ..., profissão ..., .. Instrução e endereço na rua... Nº ..., do
Bairro ..., desta cidade, telefone: ..., comprovando sua identidade por
meio do D.N.I Nº ..., que expõe. Questionada sobre os outros generais
da lei que lhes foram previamente explicados, respondeu: Que os
conhece e que... Eles te entendem. Que questionado sobre o fato
investigado, do qual é informado, DECLARA: Que o que foi
dito é tudo o que tem de ser declarado, com o qual o acto é rescindido,
que depois de lido foi dado em voz alta, ratificando todo o seu
conteúdo, assinando a testemunha após o Sr. Procurador Adjunto
perante a Polícia Judiciária Adjunta que subscreve.- ASSINATURA
ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO ASSINATURA TESTEMUNHA
ASSISTENTE ASSISTENTE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA (POR
............ESCLARECIMENTOS
ADITAMENTOS, REMOÇÕES OU ALTERAÇÕES e

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Supremo Tribunal de
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REABERTURA DO ATO, VER ABAIXO)

ESCLARECIMENTOS, ACRÉSCIMOS, REMOÇÕES ou ALTERAÇÕES.


Quando a testemunha, depois de ler os autos em voz alta pela Polícia
Judiciária Adjunta, faz observações sobre o conteúdo dos autos, no sentido
de que o que está escrito não está correto ou completo, é conveniente registar
tais observações da forma indicada no exemplo abaixo. conforme
apropriado.

Na cidade de Mendoza ................................. Que o manifesto


é tudo o que ele tem a declarar, com o qual o ato é encerrado, que
depois de ler em voz alta, a testemunha afirma que deseja
ADICIONAR em relação a Mencionado O depoente que
onde diz "... ... " deve ler-se "... ... ... " O depoente esclarece que
errou ao dizer "..................................................................... " disse
que deve ser retirado da declaração, ratificando o resto do seu
conteúdo, assinando a testemunha após o Sr. Procurador Adjunto
perante a Polícia Judiciária Adjunta

REABERTURA DO EVENTO.
Essa situação ocorre quando o ato já terminou e a testemunha já
assinou a ata, mas por algum motivo lembrou de informações de interesse da
investigação, ou o funcionário considera imprescindível fazer alguma outra
pergunta. O requisito para essa reabertura é que a testemunha não tenha se
retirado da Unidade Judiciária, e que seja informada de que o ato é reaberto e
a testemunha continua sob o juramento já feito, que é registrado na forma
exemplificada abaixo.

Na cidade ......... . Que o que foi dito é tudo o que tem de ser declarado, com o
qual o acto é rescindido, que depois de lido em voz alta, ratifica o seu conteúdo,
assinando o compareciente após o Sr. Procurador Adjunto perante a Polícia
Judiciária Adjunta. ASSINATURA DE
ASSISTENTE FISCAL ASSINATURA Do
TESTEMUNHA ASSINANDO O ASSISTENTE
POLÍCIA JUDICIÁRIA

Reaberto o processo pelo Procurador Adjunto e Adjunto da Polícia Judiciária, e


presente a testemunha ..................................................... Para quem
Impõe-lhe que continue sob a fé do juramento já feito, ele mesmo afirma que
"... ... ... ". Pediu para dizer "..................... " Que é tudo o que existe
registrar, com o qual o ato terminou, que depois de lido em voz alta, é ratificado
o seu conteúdo, assinando o compareciente após o Sr. Procurador Adjunto
perante o Assistente de Polícia Judiciária.- ASSINATURA DO

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ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
ASSINATURA DA TESTEMUNHA ASSINATURA DE
ASSISTENTE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA

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