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1- Compare a concepção de direitos e liberdades fundamentais no Estado de

Direito Liberal e no Estado Social Democrático de Direito


Na base que os direitos fundamentais assumem na conceção liberal do
estado a ideia da sua natureza pré e supra-estadual, cuja teorização global
remonta a Lock é a sua teoria do contrato social.
É nesse caracter de anterioridade e superioridade dos Direito individuais
relativamente ao estado que este encontra a sua limitação, já que, quando se obriga a
respeitar e garantir os direitos, reconhece-os como limites que lhe são impostos e de
que ele não pode dispor.
Quando as constituições do liberalismo e as respetivas declarações de
direitos consagra a liberdades individuais, tal não significa que o estado conceda
direitos aos particulares, mais não só que reconhece juridicamente e solenemente com
a finalidade de melhor garantir.
Os direitos fundamentais são concebidos como direitos originários,
independentemente do estatuto social da pessoa ou do seu conhecimento pelo
estado.
São direitos pré e supra-estaduais porque estão acima do estado, e não e ele
que permite, são anteriores e para alem dele nenhum órgão do estado os pode violar.

Estado Social e democrático de direito, direitos fundamentais Art 29 ao 79


No estado social e democrático de direito surgiram algumas mudanças, terá o
surgimento dos direitos sociais, em sentido amplo positivo, cuja realização
dependentemente fundamentalmente da intervenção do estado, e que abrange os
direitos económicos (ex.; direito do trabalho), e os direitos sociais (ex: direito à saúde)
e os direitos culturais (ex.; direito ao ensino).
Direitos que se traduzem em exigências de prestações a realizar positivas pelo
estado, ao lado dos direitos e liberdades clássicos, que se mantem. Nas Constituições
do estado social e democrático de direito encontramos direitos negativos e positivos.
Ao contrário do que acontecia com as liberdades negativas clássicas, relativamente
aos novos direitos sociais do cidadão não exige abstenção do estado, mas antes uma
intervenção positiva tendente a conferir-lhes realidade existencial.
Fundamenta-se no estado e este deve assegurar-lhos e o processo de
fundamentalizacao dos direitos dos direitos sociais, que se traduz na sua consagração
constitucional (expressa ou implícita) e na projeção de uma relevância que os impões
ao conhecimento de todos os órgãos do estado.

2- No ordenamento jurídico português atual, a constituição em sentido formal é


menos ampla que a constituição em sentido material
Sim, a Constituição em formal consiste num texto ou numa pluralidade de texto
escritos e solenes integrados por normas dotadas de uma hierarquia e de uma
forca jurídica superior as demais. A ideia de hierarquia consiste na ideia de
supremacia jurídica da norma de valos constitucional sobre as demais normas
jurídicas do estado, a qual se funda, em regra na superior função ordenadora
da constituição como estatuto ao pode e da sociedade. A forca passiva traduz-
se no poder jurídico de resistência das normas constitucionais à sua revogação
por normas de valor distintos e derivados do facto ao respetivo processo da
alteração assumir carater especial e agravado, em relação ao processo
legislativo comum. Ao ser estabelecido um processo especial para alteração
constitucional (que refrete uma intencionalidade especifica do ato de revisão) e
ao fixarem-se neste processo requisitos que agravam ou dificultam a adoção e
emendas de forma de impor largos consensos no parlamento (veja-se, em
especial a maioria de dois terços dos deputados em efetivos requerida para a
revisão da Constituição de 1976) cria-se, uma rigidez nas normas da
constituição que defende, estabilizar e confere sentido a sua supremacia
através da jurisdição de uma maior forca jurídica seria valorizada a menção a
fiscalização da constitucionalidade da lei como instrumento de garantia da
constituição em sentido formal . Art 286/2 e 287.

3- Conforme o princípio ontológico as constituições são classificações como rígida


e flexíveis
Na questão acima se falarmos em critério antológico estamos falando da
constituição, que radica nas coincidências das normas constitucionais com a
realidade do processo do poder. O seu ponto de partida e a tese de uma
constituição escrita não funcionada por si mesma, é antes aquilo que os
detores do poder e destinatários fazem dela na prática o que por sua vez
depende do meio social e política em que a constituição deve ser aplicada. Para
uma constituição seja viva deve ser efetivamente vivida pelos detetores e
destinatários do poder político e defender os direitos fundamentais, eficaz que
é vivida, e então falando em princípio antólogo falando em constituição
normativas – eficaz e valida porque assegurar direitos e garantias e a
organização do poder político, nominal valida e ineficaz por não coincidir com a
realidade vivida e semântica invalida mais eficaz, por não assegurar direitos
fundamentais, mas é vivida

Relevância, pode agora sim falar em constituição rígida, semirrígida e flexível.


Constituição rígida, por ser aquela que só pode ser modificada mediante um
processo específico, nela mesmo previsto e distinto do processo legislativo
ordinário.
constituição flexível é aquela que pode ser revista pelo mesmo processo para
elaboração de leis ordinárias.
Constituição semirrígida é aquela que em certas partes pode ser revista por
processo análogo ao legislativo ordinário e noutra parte se mediante a um
processo específico.

4- O Direito Constitucional poderá se considerar um direito privado?


O Direito Constitucional é direito da constituição e esta pode ser definida como
o conjunto de normas jurídicas que definem a estrutura (povo, território, poder
politico) fins( segurança, justiças e bem-estar económico-social) funções
(politica ,legislativa ,executiva e administrativa) ainda a organização
(económica, social e politica) titularidade(órgãos) exercício (processo de feitos
de leis e execução de leis) e controle do poder politico(fiscalização da
constitucionalidade, tribunais e provedor de justiça)
O Direito Constitucional é um ramo do direito publico interno formado pelo
conjunto das normas constitutivas do estatuto do político (sobretudo
formalmente constitucional), que estabelecem os princípios políticos e jurídicos
da sociedade, regulam material, processual e formalmente a organização do
poder politico e garante os direitos e deveres fundamentais dos cidadãos e
pessoas jurídicas e definem positivamente a ordem-quadro, económica, social
e cultural.

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