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10/08/2017
Ementa: Análise do conceito e Constituição; classificação das Constituições;
Aplicação e eficácia das normas Constitucionais; Interpretação; Poder Constituinte,
conceito e titularidade, espécies; Direitos e Garantias Fundamentais, finalidade;
Classificação; Natureza Jurídica; Diferença entre direitos e garantias, Espécies de
Direitos Individuais; Remédios Constitucionais; Habeas Corpus; Habeas Data;
Mandado de Injunção; Mandado de Segurança; Direito de Petição.
Bibliografia
DA SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado.
BARROSO, Luis Roberto. Constituição da República Federativa do Brasil.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional.
Recomendações:
Direito Constitucional – Gilmar Mendes (concurso)
Direito Constitucional Descomplicado – Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino
Direito Constitucional Interpretado artigo por artigo.
Conceito: Constituição
Sentido Sociológico: Ferdinand Lassale (1825 – 1864) – O que é
Constituição? Defendeu que uma constitucional só seria legítima e
representasse o efetivo poder social, refletindo as forças sociais que
constituem o poder. Entende Lassale, que seria ilegítima, caracterizando-
se como uma simples “folha de papel”. Segundo Lassale, a Constituição
seria a “Somatória dos fatores reais do poder dentro de uma sociedade”.
Sentido Político: Carl Schmidt – refere-se à decisão política fundamental –
estrutura e órgãos do Estado, direitos individuais, vida democrática, as leis
constitucionais seriam os demais dispositivos inseridos no texto do
documento constitucional, mas não contém matéria de decisão política
fundamental.
A. Sentido Material (conteúdo): O que importa para difundirmos se uma
norma tem caráter constitucional ou não será o seu conteúdo, pouco
importando a forma pela qual foi aquela norma introduzia no
ordenamento jurídico. Portanto, constitucional será aquela norma que
difere e trata das regras estruturais da sociedade de seus alicerces
fundamentais – forma de governo, Estado, seus órgãos.
B. Sentido Formal (procedimento): Qualquer norma que tenha sido
introduzida por meio de um procedimento mais dificultou, do que o
procedimento de elaboração das normas infraconstitucionais, por ser
um poder soberano, terá natureza constitucional, não importando o seu
conteúdo. Ex.: Art. 242, §2º CF/88
Aula 2
Classificação das Constituições
1. Quanto ao Conteúdo.
A. Constituição Material ou substancial: conjunto de normas inseridas ou
não em um documento escrito, que regulam a estrutura do estado, a
organização de seus órgãos e os direitos fundamentais, ou seja,
constituição do ponto de vista material apenas se refere às normas
“tipicamente essencialmente” constitucionais.
B. Constituição formal: Conjunto de normas inseridas no texto
constitucional independente do seu conteúdo. A constituição formal é
necessariamente escrita e rígida. Assim, podemos conceitua-la como
o conjunto de normas, reduzidas sob a forma escrita em um ou mais
documentos solenemente estabelecidos pelo poder soberano, por meio
de um processo legislativo mais dificultoso, diferenciado e mais solene
do que o processo legislativo de formação das demais normas do
ordenamento. CF/88
31/08/2017
2. Quanto à forma
A. Constituição escrita: Conjunto de normas escritas, elaboradas por um
órgão constituinte, encerrando todas as normas constitucionais –
Nossa CF.
B. Constituição não escrita, histórica, consuetudinária: É aquela cujas
normas não constam de um documento único e solene, baseando-se
nos costumes, jurisprudências e em textos esparsos.
3. Quanto à Origem
A. Constituição democrática, promulgada, popular ou votada: Origina-se
pela participação popular. Origina-se dos trabalhos de uma Assembleia
Nacional Constituinte, composta por representantes do povo, eleitos
para essa finalidade. Ex.: Constituições Brasileiras de 1891, 1934,
1946 e 1988.
B. Constituição outorgada: São elaboradas sem a participação popular.
Ex. Constituições Brasileiras de 1824, 1937, 1967 e EC nº 1/69
C. Pactuada, Mista ou Dualista: Oriunda de um pacto celebrado entre
dois ou mais titulares do poder constituinte. Ex.: Carta Magna de 1215.
D. Constituição Cesarista, Bonapartista, Plesbicitária ou referendaria:
São constituições outorgadas que se submetem a uma consulta
popular posterior ou anterior, para que sejam aprovadas. Nesses
casos, não ocorre uma participação efetiva, pois o plesbicito ou
referendo serve apenas para ratificar a vontade do detentor do poder.
Ex.: Constituições precedidas de plesbicito napoleônico e de plesbicito
no Chile de Pinochet.
14/09/2017
6. Quanto à extensão
A. Breve, concisa ou sintética: Poucos artigos, que prevê somente os
princípios e as normas gerais de estruturação e limitação do poder do
Estado – EUA.
B. Longa, prolixa ou analítica: extensa, que aborda e regula todos os
assuntos que considera relevantes à formação e funcionamento do
Estado – CF 88.
7. Quanto à finalidade
A. Constituição garantida (negativa): limita-se à previsão das liberdades
negativa que, que são típicas da 1ª geração – EUA.
B. Dirigente: determina tarefas, programas de atuação futura e fins do
Estado, caracteriza-se, também, por conter muitas normas
programáticas (Atingir o fim social) – CF BR
8. Quanto à ideologia
A. Ortodoxa ou simples: formada por uma ideologia
B. Eclética, pluralista ou compromissória: abriga diversas ideologias que
são consideradas na Lei Maior – CF 88
9. Quanto ao objeto
A. Liberal: limita-se à organização do Estado. Não contém dispositivos
sobre a ordem econômica.
B. Social: Contém normas relativas à ordem econômica social, buscando
o bem-estar da coletividade – CF 88
10. Quanto à concordância entre as normas constitucionais e a realidade
política
A. Normativa: Possui eficácia uma vez que a dinâmica do poder
efetivamente se submete às normas constitucionais – EUA
B. Semântica: As normas constitucionais não dominam o processo
político. Ex.: CF 1937, 1967 e EC 1969
C. Nominal: As normas constitucionais não dominam o processo político,
porém, há pretensão de que, no futuro, haja concordância entre as
normas constitucionais e a realidade política. – CF 88
21/09/2017 – Aula 3
Métodos de Interpretação
19/10/2017
09/11/2017 – Aula 8
Art. 1º
I – Soberania: O Estado é Soberano às demais nações.
II – Cidadania: direito que adquirimos diante do Estado Democrático de
Direito, como de votar e ser votado.
III – Dignidade da pessoa humana: um conceito muito amplo. Algo pode ser
digno para um e para outro não.
IV – Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa: garantia de Direitos
sociais ao trabalhador.
V – Pluralismo Político: possibilidade de ter vários partidos para impedir a
polarização, permitindo que várias ideias sejam analisadas para serem votadas.