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DIREITO
CONSTITUCIONAL
1
CONSTITUIÇÕES
(CONCEITO, OBJETO,
ELEMENTOS E
CLASSIFICAÇÃO)
. CONCEITO:
A Constituição deve ser entendida como a lei fundamental e suprema de um Estado que
estrutura sua organização, forma de governo, estabelecem limites de atuação do Estado,
suas competências, os direitos e garantias fundamentais.
. OBJETO:
- Direitos Fundamentais
Gustavo Augusto N. Porto
- Organização dos PoderesGustavoanporto@gmail.com
- Estruturação do Estado 071.519.084-90
. ELEMENTOS:
. Quanto à estrutura normativa da Constituição, conforme consta no livro do Pedro
Lenza (muito utilizado pela banca), divide-se em , sendo eles:
. . Orgânicos: normas que dispõem a estrutura do Poder e Estado, a exemplo da
Organização do Estado, presente a partir do artigo , CF.
. . Limitativos: Normas que limitam a atuação do Estado, essencial quando se tem um
Estado Democrático de Direito, como os direitos e garantias fundamentais presentes do
artigo ao , CF.
. . Socioideológicos: Normas acerca da relação entre Estado individualista e social
intervencionais, a exemplo dos Direitos Sociais.
. . Estabilização Constitucional: normas que elucidem os conflitos constitucionais,
como os artigos que versam a respeito da Ação de Inconstitucionalidade, intervenção nos
Estados e Municípios, entre outras.
. . Formais de aplicabilidade: estabelecem a aplicação da Constituição como o
preâmbulo.
. CLASSIFICAÇÃO:
. Quanto à Origem
. . Constituição Democrática/ Promulgada: são produzidas com a participação do
povo, por meio de democracia representativa (voto) e democracia direta (referendo ou
plebiscito). No Brasil tivemos este tipo de Constituição nos anos de , , , .
. . Constituição Outorgada: resultante de ato unilateral, não utiliza participação do
povo. No Brasil tivemos este tipo de Constituição nos anos de , , ,
(posteriormente abordaremos esse tópico).
. . Constituição Cesarista/ Bonapartistas: são também resultantes de ato unilateral,
entretanto, necessitam da ratificação popular (referendo) para que possam entrar em
vigor. Esta classificação fica entre as duas anteriores, não uma democracia, efetivamente,
pois ao povo cabe somente referendar as normas já elaboradas.
. . Constituição Pactuadas/ Dualistas: para Paulo Bonavides existe essa classificação,
em que o poder constituinte originário têm dois princípios: monárquico e democrático,
isto é, concentra-se nas mãos de dois titulares.
. Quanto à Forma
. . Escritas/ Instrumentais/ Unitárias:
Gustavo conjuntoN.
Augusto dePorto
regras sistemáticas e formalizadas
(escritas em documento) . Constituição Federal de .
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. . Não escritas/ Consuetudinárias: ao contrário da anterior, as normas não são
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formalizadas em documentos e baseiam-se em usos e costumes, jurisprudências.
Exemplo dessa forma é a Constituição Inglesa.
. Quanto ao Conteúdo
. . Formal: com normas constitucionais elaboradas por um processo rígido, sem
considerar o seu conteúdo, apenas a forma de elaboração que deve ser solene e escrita.
Constituição Federal de .
. . Material/ Substancial: comporta por normas que cuidam da estruturação e
funcionamento do Estado (ex: organização do Estado, distribuição das competências,
forma de governo), sem considerar a natureza do documento, importando o seu
conteúdo.
. Quanto à Estabilidade
. . Imutáveis: quando a Constituição não admite modificação, nem emenda é
permanente.
. . Rígida: quando para modificar o texto constitucional exige um processo legislativo
mais rigoroso em relação ao processo de elaboração, como ocorre com a Constituição
Federal de . Constituição Federal de .
. . Semirrígida: híbrida, pois há algumas alterações terão processo legislativo mais
rigoroso, entretanto, outras por processo legislativo simples. Neste formato foi a
Constituição de .
. . Flexível: Nesta Constituição o processo legislativo de modificação ou emenda do
mesmo modo em que foi elaborada.
. Quanto à Extensão
. . Sintética/ Concisa: É mais concisa, não detalha tanto, detêm-se mais nos princípios
gerais e determina regras básicas de funcionamento e organização.
. . Analítica/ Prolixa: É aquela que detalha, assim como a Constituição Federal de ,
é longa e minuciosa quanto aGustavo Augusto
organização, N. Porto
funcionamento, em seu regramento.
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. Quanto ao Sistema
. . Preceitual: quando o texto constitucional prevalecem, sem considerar normas
abstratas.
. . Principiológica: quando permite que princípios, valores e outras normas abstratas
possam exercer predominância nas normas. Constituição Federal de .
. Quanto à Dogmática
. . Ortodoxa: texto constitucional é forma apenas por uma ideologia.
. . Eclética: nesta o texto constitucional é formado por mais de uma ideologia,
estreitando ideais sociais e liberais. Constituição Federal de .
. Quanto à função
. . Provisórias: criação de uma Constituição com estrutura e organização nova, para
modificar a anterior (regime antigo).
. . Definitivas: normas do texto constitucional para permanecer por tempo
indeterminado, permanente. Constituição Federal de .
. Quanto à finalidade
. . Garantia: A Constituição impõe limite à atuação Estatal, assegurando direitos
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individuais, são típicas de Estados liberais, seria a chamada constituição negativa.
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. . Balanço: Constituição que disciplina a realidade do Estado por um determinado
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período. E, passado esse momento, faz-se um novo texto constitucional.
. . Pragmática/ Dirigente: Trata-se de um texto constitucional extenso, analítico,
que prevê a atuação Estatal futura, estrutura e planeja programas a longo prazo para
serem cumpridos.
2 HISTÓRIA DAS
CONSTITUIÇÕES
NO BRASIL
.Constituição do Império –
O texto constitucional foi outorgado em de março de por D. Pedro I e elaborada
por um Conselho de Estado, com influência do Liberalismo clássico dos séculos XVIII e
XIX.
Visava os direitos individuais, chamados de direitos de primeira dimensão ou geração,
em que havia abstenção estatal (liberdade negativa). Adotava a separação dos poderes e,
ainda, acrescentou um quarto poder - além do Legislativo, Judiciário e Executivo-,
chamado Poder Moderador, no qual o poder concentrava-se nas mãos do Imperador,
ainda que pretendesse ser democrática, havia essa
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Porto de poder, conflitando
com a soberania popular. Gustavoanporto@gmail.com
Além disso essa Constituição tinha como característica ser semirrígida (como já
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mencionado a sua forma de alteração ou emenda de forma híbrida, alguns aspectos
passam por processo legislativo simples, outras por processo rigoroso). Essa constituição
teve a maior duração da historia, anos.
Neste período as eleições ocorriam de forma indireta e censitárias.
O quarto poder (Moderador) foi extinto, passando a ser mantido apenas os poderes. As
eleições, nesse período também foram modificadas, passando a ser de modo direto e os
mandatos passaram a ser por prazo certo. Dessa forma os direitos individuais se tornaram
mais consolidados, houve a implementação de garantias, como habeas corpus.
. Constituição–
Foi a primeira Constituição a elencar os direitos fundamentais sociais, chamados direitos
de segunda dimensão, teve como marco o fim ao coronelismo, com a passagem do
regime democrático liberal para democracia social, visando a igualdade e dignidade da
pessoa humana (liberdade positiva). Durou apenas anos.
O voto, neste período passou a ser secreto e as mulheres também puderam votar.
Gustavo Augusto N. Porto
Mantidos da Constituição anterior:
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- Forma de Estado: Federativa
- Forma de Governo: Republicana
- Sistema de Governo: Presidencialista
. Constituição–
Neste período teve fim a ° Guerra Mundial, ocorreu à queda de Getulio Vargas de forma
turbulenta e o fim do Estado Novo. Teve inicio a redemocratização, com a promulgação
de uma nova constituição elaborada com base nas Constituições de e
(democrática). Essa assegurava a separação dos três Poderes, retornaram também as
eleições diretas e o regime democrático representativo. Retirou a pena de morte e incluiu
importantes acréscimos, como: princípio da inafastabilidade da jurisdição, permitiu a
criação de organizações partidárias, direitos dos trabalhadores.
Com duração de quase anos, essa Constituição permitiu que a redemocratização
ocorresse de fato e proporcionou desenvolvimento ao País.
Em , por meio de emenda constitucional, estabelece como Sistema de Governo o
Parlamentarismo, todavia, foi rejeita por plebiscito em . Em houve o Golpe
Militar e teve inicio um novo período de Ditadura.
. Constituição–
Novamente em período de Ditadura, foi editado um ato institucional em , um duro
Golpe Militar, que durou quase anos, concedia amplos poderes ao Executivo podendo
esse suspender atos políticos, decretar Estado de Sítio, suspender garantias, entre outros.
A EC / , ainda que seja uma emenda a Constituição de , a maior parte dos
constitucionalistas considera uma nova Constituição. Essa mantinha a estrutura jurídica
de um Estado democrático de Direito, apesar disso ao Presidente da Republica cabia
poderes especiais, dentre eles suspensão de direitos individuais. Teve também a
elaboração de alguns processos como elaboração da lei orçamentária, modificou o
sistema tributário, entre outros. Essa Constituição sofreu diversas emendas.
. Constituição–
A chamada Constituição Cidadã que, após inúmeras emendas, pretendeu criar um
verdadeiro Estado Democrático de Direito, assegurando diversas obrigações para o
Estado (prestações positivas).
Ademais os direitos fundamentais também foram ampliados, surgiram os remédios
constitucionais, como: habeas data, mandado de injunção e mandado de segurança
coletivo. Os direitos fundamentais coletivos, chamados direitos de terceira dimensão
ficam evidenciados. Houve a ampliação do controle de constitucionalidade, com
previsão da ação direta de inconstitucionalidade por omissão e ampliação da
legitimidade ativa.
Nesta Constituição a estrutura, organização e atuação do Estado foram reorganizadas, os
Poderes Judiciários, Legislativo e as instituições democráticas foram consolidadas, assim
como o Ministério Público.
3 NORMAS
CONSTITUCIONAIS
Ex: Art , IV, CF: é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
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.Normas de Eficácia Contida
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As normas constitucionais de eficácia contida são as matérias descritas no texto
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constitucional, entretanto, pode haver restrição limitando a aplicabilidade e eficácia.
Essas normas, em regra, requerem a atuação de legislação ordinária.
Nesses casos, normalmente está descrito no texto constitucional expressões similares,
com: “nos termos que a lei estabelecer”
Ex: Art , XIII, CF: é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer;
Ex:
Art. , XX, CF: proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei;
4 HERMENÊUTICA
CONSTITUCIONAL
ADPF Trata da união estável entre pessoas do mesmo sexo. A norma inconstitucional é a mesma, mas
agora dá a interpretação da existência de união entre pessoas do mesmo sexo com as mesmas
consequências jurídicas que existem a casais heterossexuais. No art. § º CRFB/ , entenda-se união
estável heteroafetiva e homoafetiva.
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO:
Existem alguns métodos interpretativos que podem ser utilizados, sendo:
.Método Tópico-problemático:
Este método de interpretação parte do caso concreto buscando solução, tem caráter
prático.
. Método Hermenêutico-concretizador:
Contrário do método anterior, neste primeiramente considera-se o aspecto subjetivo da
interpretação, posteriormente o problema concreto.
. Método Científico-espiritual:
A interpretação, neste método, ocorre de forma dinâmica, considerando a realidade
social, ou seja, não é uma interpretação fixa.
. Método Normativo-estruturante:
Reconhece o fato de não haver identidade entre norma jurídica e texto normativo, pois a
literalidade da norma deve ser analisada considerando-se a realidade social.
. Princípio da Justeza:
Deve respeitar o poder constituinte originário, isto é, observar os limites de repartição dos
poderes e exercícios das competências estabelecidos nas normas constitucionais.
. Princípio da harmonização:
Ideia de igualdade de valor dos bens constitucionais, não há hierarquia quando houver
concorrência entre eles.
5 PODER
CONSTITUINTE
Formas:
- outorga: ato unilateral do governante, impõe as normas constitucionais ao povo.
- assembleia nacional constituinte ou convenção:
Características:
- inicial: ordenamento jurídico nasce, cria um novo Estado, rompendo com a ordem
jurídica anterior.
- incondicionado: não há condição prévia, não esta obrigado a seguir qualquer
procedimento predeterminado.
- permanente: não se esgota no momento da elaboração, isto é, mesmo com uma nova
Constituição, pode produzir efeito quando convocado pelo povo.
- ilimitado (autônomo): não necessita respeitar os limites impostos pela ordem jurídica
anterior.
- latente: quando poder inativo, entretanto apto a produzir efeitos a qualquer tempo.
- instantâneo: manifesta-se imediatamente quando convocado.
- temporais: quando há imposição de tempo em que o texto constitucional não pode ser
alterado.
- circunstanciais: quando a Constituição veda modificações durante circunstancias
excepcionais. Gustavo Augusto N. Porto
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- matérias: determinadas matérias que não podem ser alteradas na Constituição.
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- processuais ou formais: exigências estabelecidas na Constituição para que o Poder
Legislativo possa aprovar modificações.
6 CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE
MOMENTO DO CONTROLE
- PREVENTIVO: ocorre para evitar a produção de uma norma inconstitucional, a
fiscalização de validade incide no projeto da norma.
- REPRESSIVO: ocorre quando retira uma norma inconstitucional do ordenamento
jurídico, neste caso a fiscalização incide quando a norma já esta inserida.
VIAS DE CONTROLE
- VIA INCIDENTAL ou VIA DE DEFESA: essa via ocorre quando há controvérsia concreta,
ou seja, interesse na aplicação em caso concreto, uma partes requer seja declarada
inconstitucionalidade de uma lei, afastando a aplicação no caso do seu interesse.
- VIA PRINCIPAL ou VIA ABSTRATA: neste caso o autor requer por meio de ação judicial
especial seja declara a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, buscando
resguardar a harmonia do ordenamento jurídico.
A via abstrata pode ser instaurada exclusivamente perante o STF por meio das seguintes
ações diretas:
. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - ADI
. Competência: cabe ao STF, como guardião da Constituição, o exercício privativo do
controle de constitucionalidade abstrato.
. Legitimação
. . Legitimação passiva:
Órgão ou autoridade responsável pela lei ou ato normativo objeto da ação. Ao AGU cabe
defender a constitucionalidade da norma impugnada.
Importante: pessoas privadas NÃO podem figurar o polo passivo (ADInMC -SP).
. . Legitimação ativa:
Art. . Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal; Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
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IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
. Objeto
É o ato impugnado e tem sua constitucionalidade aferida. Este ato, federal ou estadual,
objeto de ADI, deve ser:
Assim, quando a questão não é passível de apreciação nas demais ações do controle
abstrato, isto é, ADI e ADO, cabe a ADPF. Podendp, por meio dela, impugnar qualquer ato
do poder Público de que resulte lesão ou ameaça de lesão a preceito fundamental
decorrente da Constituição Federal.
7
PRINCÍPIOS
FUNDAMENTAIS
(Art ao , CF)
8 DIREITOS
FUNDAMENTAIS
Normas de Eficácia Plena: a norma já possui plena aplicabilidade, não admite restrições.
Normas de Eficácia Contida: a norma já possui plena aplicabilidade, porém cabe
restrições.
Normas de Eficácia Limitada: quando depende de regulamentação para produzir seus
efeitos de forma integral.
CARACTERÍSTICAS DOS DF
IRRENUNCIABILIDADE: Os Direitos Fundamentais, em sua titularidade, são
irrenunciáveis. Salvo quando renunciados momentaneamente, de forma voluntária e
somente o exercício desse direito.
INALIENALIBILIDADE: Os Direitos Fundamentais são intransferíveis a outrem..
DIMENSÕES DOS DF
Os Direitos Fundamentais podem se enxergados por duas perspectivas que se
complementam entre si:
SUBJETIVA: primeira dimensão, foco no sujeito titular do direito, geram direitos positivos
Gustavo (direitos
(exigência de prestação) e negativos Augusto de N. Porto do indivíduo ante o Poder
proteção)
Público. Gustavoanporto@gmail.com
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OBJETIVA: segunda dimensão, em que os direitos fundamentais são conjunto de valores
que fazem parte da formação do Estado Democrático de Direito. Nesta perspectiva os
direitos fundamentais influenciam todo o ordenamento jurídico, estabelecendo a
atuação dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Dimensão objetiva, também pode ser chamada de eficácia irradiante dos direitos
fundamentais, tem capacidade de alcançar os poderes públicos e orientar suas principais
atividades. Cria para o Estado obrigação de adotar medidas que promovam e protejam
esses direitos.
GERAÇÕES DOS DF
Ainda que a palavra gerações possa transmitir a idéia de que uma geração supere a outra,
elas são, na verdade, complementares. Por isso alguns autores utilização dimensões para
abordar esse conteúdo, pois traz esse enfoque de completar entre as chamadas
gerações.
A QUEM SE APLICA OS DF
- Pessoas Naturais; Jurídicas; Estatais (no que couber)
- Brasileiros
- Estrangeiros residentes (art. , CF) e em trânsito (HC . )
DF EM ESPÉCIE
Art. , § , CF afirma que os direitos e garantias fundamentais expressos não constituem
um rol exaustivo. Em seu § , versa:
“Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados,
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.”
Em casos que não observe este rito, os tratos e convenções internacionais terão status
supralegal (de lei ordinária), isto é, estarão acima da lei, porém abaixo da Constituição
Federal.
. Direito À Vida
A CF assegura este direito relacionando esse conceito à vida do ser humano em sentido
biológico, protegendo-a desde antes do nascimento (nidação) até a morte. Associando a
acepção positiva no sentido não só de ter vida, mas, sim, em ter uma existência com
condições digna.
Esse direito não tem caráter absoluto, ou seja, existem exceções, por exemplo:
interrupção da gestação de feto anencéfalo; utilização de células-tronco para fins
terapêuticos e de pesquisa.
. Manifestação do pensamento
Art. , IV, CF: é livre a manifestação do pensamento,
Gustavo Augustosendo vedado o anonimato.
N. Porto
A liberdade de manifestação do pensamento é livre, sendo apenas vedado o anonimato,
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diante disto o STF entendeu desnecessária o diploma de jornalismo para exercer tal
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profissão, entendeu que isso poderia limitar essa garantia fundamental.
. Direto À Igualdade
Decorre do Princípio da Igualdade sem conteúdo material específico, deve ser respeitado
tanto na criação da legislação, quanto na aplicação desta. Assim sendo, legislação
posterior a Carta Magna que viole esse direito tem automática não recepção.
Há exceção, por exemplo, permite-se em caráter de exceção exigir limite de idade em
concurso publico, quando a natureza da atribuição do cargo exigir. Mas em regra NÃO é
permitido.
. Direito de Liberdade
Trazido no caput do artigo da CF, trata-se dos direitos de primeira geração e podem ser
chamados também de liberdades públicas.
. Direito de propriedade
Assegurada na CF tanto em relação a bens móveis e imóveis, quanto a bens materiais e
imateriais.
. Princípio da Legalidade
“Art , II: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei”
Para a Administração Pública deve atuar respeitando o da lei. Ao particular cabe fazer o
que não for defeso por lei.
Importante, neste ponto, diferenciar do Princípio da Reserva Legal, quando a CF requer
regulamentação por lei de matéria especifica de menor abrangência e conteúdo mais
denso.
. Inviolabilidade Domicílio
Art. , XI, CF: a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
A inviolabilidade de que trata este inciso refere-se ao domicilio do indivíduo. Ainda que na
letra da lei determine “a casa”, este tem um conceito mais amplo, estendendo-se a
qualquer lugar privado, não aberto ao público, podendo, inclusive, ser o local em que o
indivíduo exerce sua profissão (escritório,
Gustavo consultório...).
Augusto N. Porto
Ainda, dentre as hipóteses em que permite-se entrar no domicílio sem consentimento
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são: flagrante delito ou desastre; prestar socorro; por determinação judicial durante o DIA.
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Cuidado, neste último caso somente durante o dia.
. . Sigilo bancário:
- CPI: pode quebrar sigilo bancário, desde que de forma fundamentada.
- TCU e BACEN NÂO podem quebrar sigilo bancário.
Cuidado! Quando tratar-se de recursos públicos, não há sigilo, desse modo o TCU tem
Gustavo Augusto N. Porto
prerrogativa para acessar essas informações (não se trata de quebra de sigilo).
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MS . : CONTROLE LEGISLATIVO FINANCEIRO. CONTROLE EXTERNO. REQUISIÇÃO
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PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO DE INFORMAÇÕES ALUSIVAS A OPERAÇÕES
FINANCEIRAS REALIZADAS PELAS IMPETRANTES. RECUSA INJUSTIFICADA. DADOS
NÃO ACOBERTADOS PELO SIGILO BANCÁRIO E EMPRESARIAL. (...) O sigilo de
informações necessárias para a preservação da intimidade é relativizado quando se está
diante do interesse da sociedade de se conhecer o destino dos recursos públicos.
Operações financeiras que envolvam recursos públicos não estão abrangidas pelo sigilo
bancário a que alude a Lei Complementar nº / , visto que as operações dessa
espécie estão submetidas aos princípios da administração pública insculpidos no art.
da Constituição Federal. Em tais situações, é prerrogativa constitucional do Tribunal [TCU]
o acesso a informações relacionadas a operações.
Este inciso tem norma de eficácia contida, isto é, tem aplicabilidade imediata, sujeito a
restrições por lei infraconstitucional.
. Liberdade de Reunião
Art. , XVI, CF: todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;
. Liberdade de Associação
Art. , XVII, CF: é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter
paramilitar;
c/c
Art. , XIX, CF: as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em
julgado;
. Entidades Associativas
Art. , XXI, CF: as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
c/c
Art. , LXX, CF:- o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados;
Representação:
- COM autorização expressa
- defende o associado no seu direito em outras ações judiciais.
Substituição:
- SEM autorização expressa
- defende os associados em nome próprio por meio de MS coletivo.
. Crimes
Art. , XLII, CF: a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à
pena de reclusão, nos termos da lei;
Art. , XLIII, CF: a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a
prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos
como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá-los, se omitirem;
Art. , XLIV, CF: constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados,
Gustavo
civis ou militares, contra a ordem Augusto
constitucional N. Porto
e o Estado Democrático;
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Tortura, Tráfico ilícito entorpecentes; Terrorismo; Crime hediondo:
- Inafiançável
- Insuscetível graça (extinção da pena) e anistia (volta ser réu primário)
JURISPRUDÊNCIAS IMPORTANTES
Atos que instituíram sistema de reserva de vagas com base em critério étnico-racial
(cotas) no processo de seleção para ingresso em instituição pública de ensino superior. (...)
Não contraria – ao contrário, prestigia – o princípio da igualdade material, previsto no
caput do art. º da Constituição (ADPF )
O STF julgou constitucional lei estadual que concede meia-entrada aos doadores
regulares de sangue. O tribunal entendeu que essa lei é uma tentativa de incentivar as
pessoas a doar sangue e considerou constitucionais todos os seus dispositivos. Ele
afastou o argumento apresentado pelo governador de que a concessão de meia entrada
seria uma remuneração ao doador de sangue, o que é proibido pela Constituição Federal.
(STF ADI ).
9 ORGANIZAÇÃO
DO ESTADO
COMPETÊNCIAS UNIÃO
. COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS:
- Artigo , CF: competência exclusiva da União, são indelegáveis.
Dica: em regra quando houver palavras como nacional, diretrizes, sobre assuntos
internacionais, trata-se de competência exclusiva da União.
Art. . Compete à União:
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº , de )
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito
Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº , de )
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia
de âmbito nacional;
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e
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mediante aprovação do Congresso Nacional;
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b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de
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radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº , de )
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de
radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº , de )
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; (Incluída
pela Emenda Constitucional nº , de )
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em
forma associativa.
- Artigo , CF: competência comum entre União, Estado, Distrito Federal e Municípios
Dica: normalmente tratam-se de interesses da coletividade (meio ambiente, cultura),
normas programáticas de ação governamental. Utiliza verbos como proteger e zelar.
. COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS:
- Artigo , CF: compete privativamente a União legislar, porém pode delegar aos
Estados e DF por meio de lei complementar e sobre questões específicas.
Art. . Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (Vide Lei nº . , de )
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção
do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº , de )
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
. Auto-organização e autolegislação:
Art. Gustavo
, CF: Os Estados organizam-se Augustopelas
e regem-se N. Porto
Constituições e leis que adotarem,
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observados os princípios desta Constituição.
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A auto-organização ocorre com a elaboração das suas próprias Constituições Estaduais.
. Auto-governo:
Essa característica está nos artigos , e , CF, que demonstram as competências de
organização dos três poderes aos Estados-membros. (Importante leitura desses artigos).
. Auto-administração:
Art. , § , CF: São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas
por esta Constituição.
A autoadministração dos estados decorre das sua competências que estão
estabelecidas no artigo supra.
- FORMAÇÃO ESTADOS:
Art. , º: Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para
se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante
aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar.
- Incorporar-se entre si: quando ocorre fusão (união de ou mais Estados que formam um
novo).
- Subdividir-se: quando ocorre cisão (quando um Estado divide-se em outro Estado
novo).
- Desmembrar-se: para anexar a outro, chamado desmembramento anexação (a parte
desmembrada de um Estado será anexada a outro Estado já existente); para formar novos
Estados (a parte desmembrada de um Estado criará um novo Estado).
Art. , CF: O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do
respectivo Estado e os seguintes preceitos.
- FORMAÇÃO ESTADOS:
Art. , º: A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-
ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e
publicados na forma da lei.
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de
ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº , de )
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da
população;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso,
do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
Súmula Vinculante : Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de
Gustavo
estabelecimentos comerciais do mesmo Augusto
ramo em N. área.
determinada Porto
RE .
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: Recurso extraordinário em ação direta de inconstitucionalidade estadual. Limites da
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competência municipal. Lei municipal que proíbe a queima de palha de cana-de-açúcar e o uso do fogo em
atividades agrícolas. Lei municipal nº . , de de dezembro de , do Município de Paulínia.
Reconhecida repercussão geral. Alegação de violação aos artigos , caput e parágrafo único, nº , ,§
ºe , xx e xxi, da constituição do estado de São Paulo e artigos , VI E VII, , VI E , I E II DA CRFB.
Ministro Relator Luiz Fux reconheceu “o Município é competente para legislar sobre meio ambiente com
União e Estado, no limite de seu interesse local e desde que tal regramento seja e harmônico com a
disciplina estabelecida pelos demais entes federados (art. , VI c/c , I e II da CRFB)”.
RE . ,: "Não vislumbro, no texto da Carta Política, a existência de obstáculo constitucional que possa
inibir o exercício, pelo Município, da típica atribuição institucional que lhe pertence, fundada em título
jurídico específico (CF, art. , I), para legislar, por autoridade própria, sobre a extensão da gratuidade do
transporte público coletivo urbano às pessoas compreendidas na faixa etária entre sessenta e sessenta e
cinco anos. Na realidade, o Município, ao assim legislar, apoia-se em competência material -- que lhe
reservou a própria CR - cuja prática autoriza essa mesma pessoa política a dispor, em sede legal, sobre
tema que reflete assunto de interesse eminentemente local. Cabe assinalar, neste ponto, que a autonomia
municipal erige-se à condição de princípio estruturante da organização institucional do Estado brasileiro,
qualificando-se como prerrogativa política, que, outorgada ao Município pela própria CR, somente por esta
pode ser validamente limitada."
RE . : "Os Municípios são competentes para legislar sobre questões que respeitem a edificações ou
construções realizadas no seu território, assim como sobre assuntos relacionados à exigência de
equipamentos de segurança, em imóveis destinados a atendimento ao público."
INTERVENÇÃO FEDERAL
Art. . A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos
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estabelecidos em lei;
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VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
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VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Art. . O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território
Federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino
e nas ações e serviços públicos de saúde; (Emenda Constitucional nº , de )
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados
na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
10 ORGANIZAÇÃO
DOS PODERES
. Composição:
Bicameral: exercido pelo Congresso Nacional (Câmara dos Deputados + Senado Federal)
Unicameral: quando se refere a esfera estadual e municipal, o Poder Legislativo tem esta
característica, pois tem apenas uma Casa (representando o povo).
. Congresso Nacional:
Art. . O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e
do Senado Federal.
Parágrafo Único: Cada legislatura terá a duração de quatro anos
. Senado Federal:
- representantes dos Estados e do Distrito Federal;
- eleitos pelo principio majoritário simples (considera eleito quem tiver o maior numero de
votos, excluídos os brancos e nulos);
- mandatos de anos, renovado parcialmente a cada anos de forma alternada por / e
/ ;
- número fixo de senadores por Estado, totalizando senadores, com suplentes;
- idade mínima para o cargo anos.
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de
missão diplomática de caráter permanente;
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito
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Federal, dos Territórios e dos Municípios;
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VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
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VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo
Poder Público federal;
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito
externo e interno;
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios;
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do
Supremo Tribunal Federal;
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da
República antes do término de seu mandato;
XII - elaborar seu regimento interno;
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos,
empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. , VII.
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus
componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e
dos Municípios.
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal
Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado
Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo
das demais sanções judiciais cabíveis.
. Órgãos:
. Mesas diretoras: é o órgão administrativo das Casas Legislativas.
. Comissões:
Art. . O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na
forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
(...)§ º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se
houver recurso de um décimo dos membros da Casa;
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões
das autoridades ou entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir
parecer.
- Comissões permanentes: órgãos técnicos (legislativo ou especializado) criados pelo
regimento interno.
- Comissões temporárias: criados para apreciar um assunto determinado, um exemplo
são as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) que tem por fim investigar fato
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determinado de interesse público.
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. Reuniões
Sessão Legislativa ordinária: período anual em que o Congresso Nacional se reúne,
composto de dois períodos legislativos.
Período Legislativo: os períodos legislativos de reunião ocorrerão de de fevereiro a
de julho e de de agosto a de dezembro, na Capital Federal (Brasília).
Período de recesso parlamentar: são os intervalos entre os períodos legislativos.
. Prerrogativas: não são privilégios pessoais, mas, sim, garantias aos ocupantes dos
cargos, visando proteção a função desempenhada, essas prerrogativas são também
irrenunciáveis. Sendo elas:
Imunidade Material:
Art. . Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.
Súmula no. do STF: “A imunidade parlamentar não se estende ao co-réu sem essa
prerrogativa.”
Súmula no. do STF: “Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido
processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por
prerrogativa de função de um dos denunciados”.
Imunidade Formal/Processual:
Protege o congressista de prisão, sem afastar a ilicitude da conduta criminosa.
Antes da AP o foro privilegiado, isto é, processo julgado pelo STF apenas para crimes
cometidos durante o exercício.
AP : O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do
cargo e relacionados às funções desempenhadas; e (ii) Após o final da instrução processual, com a
publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência para
processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar cargo ou
deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo. (Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Julgamento:
/ / ).
Sigilo da Fonte
Art. , § º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas
ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles
receberam informações.
Incompatibilidade
Art. . Os Deputados e Senadores não poderão:
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a";
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a";
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
Perda do mandato
Poderá ocorrer por:
Cassação: decretação da perda do mandato, como punição por falta funcional.
Extinção: perecimento do mandato por diversas ocorrências, como: morte, renuncia, perda ou suspensão
direitos políticos...
11 PODER
EXECUTIVO
Presidencialismo:
- Chefe de Estado = Chefe Executivo
- Chefe de Governo = Chefe Executivo
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Parlamentarismo: 071.519.084-90
- Chefe de Estado = Chefe Executivo
- Chefe de Governo = ministro (que integra o Legislativo)
Art. . O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.
. EXERCÍCIO
A eleição do Presidente e Vice-Presidente ocorre pelo sistema eleitoral majoritário, isto é,
eleito quem tiver a maioria absoluta de votos. A eleição acontece no primeiro domingo de
outubro e, caso nenhum candidato alcance a maioria absoluta, haverá necessidade de
segundo turno, que ocorrerá no último domingo de outubro, a disputa se dá entre os dois
candidatos com o maior número de votos (em casos de empate, considerar-se-á o
candidato mais idoso). Em casos de morte, desistência ou impedimento legal de algum
candidato, após o primeiro turno, entre os remanescentes, convocar-se-á o mais votado.
A eleição acontece no ano anterior do término do mandato vigente.
É permitida a reeleição de mais de uma vez, existe limite de duas quando se trata de
reeleição seqüencial.
. REQUISITOS
Tanto para o cargo de Presidente, quanto para Vice-Presidente:
- brasileiro nato
- alistamento eleitoral
- idade mínima anos
- pleno gozo direitos políticos
- filiação partidária
. VACÂNCIA E IMPEDIMENTO
-Vacância: afastamento DEFINITIVO do Presidente por morte, renúncia ou perda do cargo
(por prática de crime comum ou de responsabilidade) cabe ao Vice-Presidente sucedê-
lo. Caso haja vacância do Vice-Presidente, o presidente exerce o mandato normalmente.
Estes somente poderão assumir de forma temporária. Nos casos em que houver
vacância, estes assumirão até que ocorra nova eleição.
Caso Presidente e Vice-Presidente não assumam na data da posse e decorridos dias, o
cargo será considerado vago, exceto motivo de força maior.
No §único deste artigo, prevê competências que podem ser delegadas, sendo elas:
VI - dispor, mediante decreto, sobre:
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a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa
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nem criação ou extinção de órgãos públicos;
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b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XXV - prover cargos públicos federais, na forma da lei; (cuidado, somente a primeira parte deste inciso cabe
delegação, por isso, somente prover cargos públicos pode ser delegado).
Art. . São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais
das unidades da Federação;
Nos crimes comuns e dolosos contra a vida, os governadores serão julgados pelo STJ e os
Prefeitos pelo TJ.
Súmula do STF - A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por
prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual.
Súmula do STF - A competência do Tribunal de Justiça para julgar Prefeitos restringe-se aos
crimes de competência da Justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária
caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.
PODER JUDICIÁRIO
- Função típica: jurisdicional (aplicação da lei no caso concreto).
- Função atípica: legislativa (Ex: elaboração regimento interno), administrativa (Ex: PAD,
licitações).
§ º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital
Federal.
§ º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional.
. Estrutura e Orgãos
O Supremo Tribunal Federal (STF) é o órgão máximo do Poder Judiciário que tem como
principal função ser guardião da Constituição Federal.
O STM
. STF: composto por ministros escolhidos dentre cidadãos de notável saber jurídico e
reputação ilibada, com mais de anos e menos de anos de idade. Indicados pelo
Presidente da República e aprovado por maioria absoluta do Senado Federal.
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. Competências: Art. , CF. 071.519.084-90
. JUSTIÇA MILITAR:
Art. . São órgãos da Justiça Militar:
I - o Superior Tribunal Militar;
II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.
OBS: Na justiça militar estadual os atos disciplinares de militares podem ser julgados, já na
justiça militar federal, somente os crimes militares.
12
DEFESA DO ESTADO E
DAS INSTITUIÇÕES
DEMOCRÁTICAS
ESTADO DE DEFESA
Art. . O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos
e determinados, a ordem pública ou a pazAugusto
Gustavo social ameaçadas por grave e iminente instabilidade
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institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
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É medida de exceção mais branda em relação ao Estado de Sítio que será abordado a
seguir, essa medida é autorizada quando:
- existir grave e iminente instabilidade institucional ameaçando a ordem pública e paz
social;
- calamidades de grandes proporções na natureza que ameacem a ordem pública e paz
social.
Tem duração de no máximo dias, admitida uma prorrogação quando persistir a
situação (caso ainda assim persista a situação poderá passar a ser decretado o Estado de
Sítio).
FORÇAS ARMADAS
São compostas pelo Marinha, Aeronáutica e Exército (MAE), sendo estas instituições
nacionais (servem a nação como um todo) permanentes e regulares (sempre preparadas
e operando). A autoridade suprema é o Presidente da República (Comandante Supremo
das Forças Armadas). Tem como funçãoAugusto
Gustavo essencial defesa da Pátria e garantia dos Poderes
N. Porto
constitucionais, eventualmente, a defesa da lei e da ordem. Os membros das Forças
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Armadas são chamados de militares.
Art. . As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são
instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina,
sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia
dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
Art. , CF:
O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
§ º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de
paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de
crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter
essencialmente militar.
§ º - As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz,
sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.
O serviço militar é obrigatório, entretanto há escusa de consciência, reconhecida no
artigo , VIII da CF, desobrigando o alistado do serviço militar obrigatório, desde que
cumpra prestação alternativa.
SEGURANÇA PÚBLICA
Art. , CF: A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal; Gustavo Augusto N. Porto
III - polícia ferroviária federal; Gustavoanporto@gmail.com
IV - polícias civis; 071.519.084-90
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (incluído pela EC de )
. Polícia Federal:
Artigo , § º, CF: A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e
mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e
interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras
infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme,
segundo se dispuser em lei; (cuidado: NÃO alcança sociedade de economia mista)
. Polícia Civis:
Não são órgãos da União, são dirigidas por delegados de polícia de carreira, exercem a
função de polícia judiciária e apuração de infrações penais, exceto as militares. Apuram
crimes estaduais, os federais compete a polícia federal, como supramencionado.
Poderes de investigação do Ministério Público. Os arts. º, LIV e LV; , III e VIII; e , IV, § º, da CF
não tornam a investigação criminal exclusividade da polícia nem afastam os poderes de
investigação do Ministério Público. Fixada, em repercussão geral, tese assim sumulada: "O Ministério
Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria, e por prazo razoável,
investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a
Gustavo Augusto N. Porto
qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas, sempre, por seus
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agentes, as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas
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profissionais de que se acham investidos, em nosso país, os advogados (Lei . / , art. º,
notadamente os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da possibilidade – sempre presente no
Estado Democrático de Direito – do permanente controle jurisdicional dos atos, necessariamente
documentados (Súmula Vinculante ), praticados pelos membros dessa instituição”. [RE . , rel.
p/ o ac. min. Gilmar Mendes, j. - - , P, DJE de - - , Tema .]
Art. , § º, CF: As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva
do Exército subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e
distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. (incluído pela EC de
)
. Polícias Penais
São vinculados ao órgão administrador do sistema penal da unidade federativa, podem
ser órgão federal (presídios federais) ou órgão estadual (presídios estaduais),
responsáveis pela segurança dos estabelecimentos penais.
. Guardas Municipais
Não há previsão na Constituição Federal no artigo como rol de órgãos da polícia,
entretanto, de acordo com José Afonso Silva:
“os constituintes recusaram várias propostas no sentido de instituir alguma forma de polícia
municipal. Com isso, os Municípios não ficaram com qualquer responsabilidade específica pela
segurança pública. Ficaram com a responsabilidade por ela na medida em que, sendo entidades
estatais, não podem eximir-se de ajudar os Estados no cumprimento dessa função. Contudo, não se
lhes autorizou a instituição de órgão policial de segurança, e menos ainda de polícia judiciária. A
Constituição apenas lhes reconheceu a faculdade de constituir Guardas Municipais destinadas à
proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. Aí, certamente, está uma área
que é de segurança pública: assegurar a incolumidade do patrimônio municipal, que envolve bens
de uso comum do povo, bens de uso especial e bens patrimoniais, mas não é de polícia ostensiva,
que é função da Polícia Militar. Por certo que não lhe cabe qualquer atividade de polícia judiciária e
de apuração de infrações penais, que a Constituição atribui com exclusividade à Polícia Civil (art. ,
§ .º), sem possibilidade de delegação às Guardas Municipais”
13 TRIBUTAÇÃO
E ORÇAMENTO
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
União Art , CF: Impostos (II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF)
Art , CF: Empréstimos Compulsórios, Contribuições Sociais, Profissionais, Econômicas
e de Intervenção no domínio econômico.
Estados Art , CF: ITCMD, ICMS, IPVA.
Municípios Art -A, CF: Contribuição para custeio do serviço de iluminação pública.
Art , CF: IPTU, ITBI, ISS.
DF Competência híbrida (Estados e Município)
§ º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à
incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota
mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos:
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;
II - setenta por cento para o Município de origem.
COMPETÊNCIA RESIDUAL:
Art. . A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e
não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA:
Art , II, CF: na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em
sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
ESPÉCIES DE TRIBUTO:
O STF adota a classificação quinquipartide dos tributos:
- imposto
- taxa
- contribuição de melhoria
- contribuições especiais
- empréstimo compulsório
Gustavo Augusto N. Porto
Art.
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. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
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II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a
esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos
e as atividades econômicas do contribuinte.
§ º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Art. . Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico
e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas
áreas, observado o disposto nos arts. , III, e , I e III, e sem prejuízo do previsto no art. , § º,
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Art. -A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o
custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. , I e III. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº , de )
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de
energia elétrica.
§ º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições para custeio
de regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas,
que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de contribuição ou dos proventos de
aposentadoria e de pensões.
§ º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição ordinária dos aposentados e pensionistas poderá incidir
sobre o valor dos proventos de aposentadoria e de pensões que supere o salário-mínimo.
§ º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § º-A para equacionar o deficit atuarial, é facultada
a instituição de contribuição extraordinária, no âmbito da União, dos servidores públicos ativos, dos
aposentados e dos pensionistas.
Gustavo
§ º-C. A contribuição extraordinária de que trataAugusto N. ser
o § º-B deverá Porto
instituída simultaneamente com outras
medidas para equacionamento Gustavoanporto@gmail.com
do deficit e vigorará por período determinado, contado da data de sua
instituição. 071.519.084-90
§ º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não
incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº , de
) II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº , de . . ) III - poderão ter alíquotas: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº , de ) a) ad valorem , tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da
operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro;
§ º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na
forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº , de )
§ º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez.
LIMITAÇÕES
Art. . Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; Princípio da reserva legal tributária ou da
legalidade estrita.
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; Princípio da igualdade tributária.
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; Princípio da
anterioridade.
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou,
observado o disposto na alínea b; Princípio da anterioridade mitigada ou nonagesimal.
IMUNIDADE TRIBUTÁRIAS:
VI - instituir impostos sobre:
§ º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou
remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica,
federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o
correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. , § .º, XII, g.
§ º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento
de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e
preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.
Princípio da Unidade: o orçamento deve ser uno, ou seja, apenas um orçamento por
exercício financeiro.
O PPA é regionalizado, visto que cada região pode ter necessidades diferentes.
Estabelece diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal.
LOA:
- Orçamento fiscal: gasto público que alcança os três Poderes. (Art , § , I, CF).
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- Orçamento de investimento: investimento nas empresas estatais em que a União
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detenha maioria do capital social (direta ou indiretamente).
Os dois primeiros orçamentos –fiscal e de investimentos- terão como função reduzir
desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional (art , § , CF).
Até dias após o encerramento de cada bimestre o Poder Executivo publicará relatório
resumido da execução orçamentária.
Resumo:
. Créditos Adicionais:
Art. . Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos
créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento
comum.
. Processo Legislativo:
Ainda que essas três leis orçamentárias sejam leis ordinárias, obedecem um regramento
próprio.
Art , § º, CF: Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta
seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
Art , § º, CF: As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas
as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
Orçamento Público:
As alterações da EC / estabeleceu limites para as emendas individuais
–apresentadas por um senador ou um deputado-, não para todas as emendas. Este limite
é de , % da receita corrente líquida.
§ . Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas nos §§ e poderão ser
considerados para fins de cumprimento da execução financeira até o limite de , % (seis décimos por cento) da
receita corrente líquida realizada no exercício anterior, para as programações das emendas individuais, e até o
limite de , % (cinco décimos por cento), para as programações das emendas de iniciativa de bancada de
parlamentares de Estado ou do Distrito Federal.
§ . Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta
de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, os montantes previstos nos §§ e deste
artigo poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das demais
despesas discricionárias.
§ . Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que observe critérios
objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas,
independentemente da autoria.
§ . As programações de que trata o § deste artigo, quando versarem sobre o início de investimentos com
duração de mais de (um) exercício financeiro ou cuja execução já tenha sido iniciada, deverão ser objeto de
emenda pela mesma bancada estadual, a cada exercício, até a conclusão da obra ou do empreendimento.
Art. -A. As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária anual poderão
Gustavo
alocar recursos a Estados, ao Distrito Federal e Augusto N. meio
a Municípios por Porto
de: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº , de Gustavoanporto@gmail.com
)
I - transferência especial; ou 071.519.084-90
II - transferência com finalidade definida.
§ º Os recursos transferidos na forma do caput deste artigo não integrarão a receita do Estado, do Distrito
Federal e dos Municípios para fins de repartição e para o cálculo dos limites da despesa com pessoal ativo e
inativo, nos termos do § do art. , e de endividamento do ente federado, vedada, em qualquer caso, a
aplicação dos recursos a que se refere o caput deste artigo no pagamento de:
I - despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos, e com pensionistas; e
II - encargos referentes ao serviço da dívida.
§ º Na transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo, os recursos:
I - serão repassados diretamente ao ente federado beneficiado, independentemente de celebração de
convênio ou de instrumento congênere;
II - pertencerão ao ente federado no ato da efetiva transferência financeira; e
III - serão aplicadas em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo do ente
federado beneficiado, observado o disposto no § º deste artigo.
§ º O ente federado beneficiado da transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo
poderá firmar contratos de cooperação técnica para fins de subsidiar o acompanhamento da execução
orçamentária na aplicação dos recursos.
§ º Na transferência com finalidade definida a que se refere o inciso II do caput deste artigo, os recursos serão:
I - vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar; e
II - aplicados nas áreas de competência constitucional da União.
§ º Pelo menos % (setenta por cento) das transferências especiais de que trata o inciso I do caput deste
artigo deverão ser aplicadas em despesas de capital, observada a restrição a que se refere o inciso II do § º
deste artigo.
14 ORDEM ECONÔMICA
E FINANCEIRA
Art. . A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem
por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os
seguintes princípios: Gustavo Augusto N. Porto
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I - soberania nacional; é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.
II - propriedade privada; é admitida 071.519.084-90
a apropriação privada dos meios de produção (essa
propriedade, desde que, atenda a sua função social, conforme incio III).
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência; a ordem econômica deve assegurar a todos uma existência digna.
Súmula Vinculante : Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a
instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
Art. . A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro,
incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros.
Art. . Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado.Por meio da regulação e do fomento temos a intervenção
indireta do Estado.
§ º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional
equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de
desenvolvimento.
§ º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.
§ º O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em
conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
§ º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou
concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde
estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. , XXV, na forma da lei.
Art. . Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial
de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e
rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
Art. . As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica
constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e
pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.
§ º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o
"caput" deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União,
no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua
sede e administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas quando
essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas.
Gustavo Augusto N. Porto
§ º É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na forma e no valor
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que dispuser a lei. 071.519.084-90
§ º A autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e as autorizações e concessões
previstas neste artigo não poderão ser cedidas ou transferidas, total ou parcialmente, sem prévia
anuência do poder concedente.
§ º Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial de energia
renovável de capacidade reduzida.
§ º A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades
previstas nos incisos I a IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei.
§ º A lei a que se refere o § º disporá sobre:
I - a garantia do fornecimento dos derivados de petróleo em todo o território nacional;
II - as condições de contratação;
III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio da União;
§ º A lei disporá sobre o transporte e a utilização de materiais radioativos no território nacional.
§ º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de
importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool
combustível deverá atender aos seguintes requisitos:
I - a alíquota da contribuição poderá ser:
a) diferenciada por produto ou uso;
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. ,III,
b;
II - os recursos arrecadados serão destinados:
a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus
derivados e derivados de petróleo;
b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás;
Gustavo Augusto N. Porto
c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes.
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Art. . A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre, devendo,
quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados pela União,
atendido o princípio da reciprocidade.
Parágrafo único. Na ordenação do transporte aquático, a lei estabelecerá as condições em que o
transporte de mercadorias na cabotagem e a navegação interior poderão ser feitos por
embarcações estrangeiras. Cuidado: é permitido a cabotagem e a navegação interior por
embarcações ESTRANGEIRAS.
. Da Política Urbana
Art. . A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
Compete ao município executar a política de desenvolvimento urbano, porém o direito
urbanístico é matéria submetida à competência legislativa concorrente da União (art , I,
CF) estabelecendo normas gerais. No artigo , I, estabelece que compete ao Município
legislar sobre interesse local e no inciso VIII “promover, no que couber, adequado
ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da
ocupação do solo urbano”.
§ º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte
mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
Plano diretor: lei urbanística municipal que estabelece a política de desenvolvimento e de
expansão urbana. Este instrumento é OBRIGATÓRIO nas cidades com mais de mil
habitantes.
§ º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais
de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Gustavo
§ º As desapropriações de imóveis Augusto
urbanos N. Porto
serão feitas com prévia e justa indenização em
dinheiro. Gustavoanporto@gmail.com
§
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º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou
não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
Art. . Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados,
por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família,
adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Hipótese de usucapião especial urbana, deve preencher estes requisitos apontados no
artigo :
-área urbana até m²;
- anos (ininterruptos e sem oposição)
-utilizado para sua moradia ou da família
- Não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural
I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não
possua outra;
II - a propriedade produtiva.
Art. . A destinação de terras públicas e devolutas será compatibilizada com a política agrícola e
com o plano nacional de reforma agrária.
§ º A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área superior a dois mil e
quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, dependerá de
prévia aprovação do Congresso Nacional.
§ º Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior as alienações ou as concessões de terras
públicas para fins de reforma agrária.
Art. . Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma agrária receberão títulos de
domínio ou de concessão de uso, inegociáveis pelo prazo de dez anos.
Parágrafo único. O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher,
ou a ambos, independentemente do estado civil, nos termos e condições previstos em lei.
Art. . A lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento de propriedade rural por pessoa
física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que dependerão de autorização do Congresso
Nacional.
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. Do Sistema Financeiro Nacional
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Art. . O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento
equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem,
abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão,
inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram. (alterado
pela EC / )
O sistema financeiro nacional pode ser regulamentado por mais de uma lei
complementar, hoje, a lei que regula é Lei . / .
15 ORDEM
SOCIAL
Art. . A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça
sociais.
Parágrafo único. O Estado exercerá a função de planejamento das políticas sociais, assegurada, na forma da
lei, a participação da sociedade nos processos de formulação, de monitoramento, de controle e de avaliação
dessas políticas.
Ordem Social:
Base Primado do Trabalho
Objetivo bem estar e justiça social
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Na constituição Federal este título, subdivide-se em:
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- Seguridade Social: art a
- Educação, cultura e desporto: a
- Ciência, Tecnologia e Inovação: a -B
- Comunicação Social: a
- Meio Ambiente:
- Família, Criança, Adolescente, Jovem e Idoso: a
- Índios: e
. Saúde: art. a , CF
Art. . A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços
para sua promoção, proteção e recuperação.
A saúde é direito de todos e deve ser gratuito e universal, sendo vedada pelo STF
diferenciação de classe: “é constitucional a regra que veda, no âmbito do Sistema Único
de Saúde, a internação em acomodações superiores, bem como o atendimento
diferenciado por médico do próprio SUS, ou por médico conveniado mediante
pagamento de diferença dos valores correspondentes” (Informativo , STF).
Art. . As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem
um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;
III - participação da comunidade.
Jurisprudências:
“(...) em regra, o Estado não está obrigado a dispensar medicamento não constante de lista do Sistema Único
de Saúde (SUS). (...) o reconhecimento do direito individual ao fornecimento, pelo Estado, de medicamento de
alto custo, não incluído em política nacional de medicamentos ou em programa de medicamentos de
dispensação em caráter excepcional, constante de rol dos aprovados, depende da demonstração da
imprescindibilidade (adequação e necessidade), da impossibilidade de substituição e da incapacidade
financeira do enfermo e dos membros da família solidária, respeitadas as disposições sobre alimentos dos
arts. . a . do Código Civil (CC) e assegurado o direito de regresso.” [RE . , rel. min. Marco Aurélio, j.
- - , P, Informativo , RG, Tema .]
“Não fere o direito à saúde, tampouco a autonomia profissional do médico, o normativo que veda, no âmbito do
SUS, a assistência diferenciada mediante pagamento ou que impõe necessidade de triagem dos pacientes em
postos de saúde previamente à internação.” [RE . , rel. min. Dias Toffoli, j. - - , P, DJE de - - ,
Tema .]
Art. . A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e
atenderá, na forma da lei, a:
I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e idade avançada;
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado
o disposto no § º.
§ º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios, ressalvada, nos
termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição distintos da regra
geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados:
I - com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional
e interdisciplinar;
§ º Para fins de aposentadoria, será assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição entre o
Regime Geral de Previdência Social e os regimes próprios de previdência social, e destes entre si, observada a
compensação financeira, de acordo com os critérios estabelecidos em lei.
§ º-A. O tempo de serviço militar exercido nas atividades de que tratam os arts. , e e o tempo de
contribuição ao Regime Geral de Previdência Social ou a regime próprio de previdência social terão contagem
recíproca para fins de inativação militar ou aposentadoria, e a compensação financeira será devida entre
as receitas de contribuição referentes aos militares e as receitas de contribuição aos demais regimes.
§ . Lei complementar poderá disciplinar a cobertura de benefícios não programados, inclusive os
decorrentes de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo Regime Geral de Previdência
Social e pelo setor privado.
§ . Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de
contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei.
§ . Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para atender aos
trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de informalidade, e àqueles sem
renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que
pertencentes a famílias de baixa renda.
§ . A aposentadoria concedida ao segurado de que trata o § terá valor de (um) salário-mínimo.
§ . É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos benefícios
previdenciários e de contagem recíproca.
§ . Lei complementar estabelecerá vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios
previdenciários. Gustavo Augusto N. Porto
§ . Os empregados dos consórcios públicos, das empresas públicas, das sociedades de economia mista e
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das suas subsidiárias serão aposentados compulsoriamente, observado o cumprimento do tempo mínimo de
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contribuição, ao atingir a idade máxima de que trata o inciso II do § º do art. , na forma estabelecida em lei.
§ º Lei complementar estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias das
entidades fechadas de previdência complementar instituídas pelos patrocinadores de que trata o § º e
disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam
objeto de discussão e deliberação.
Art. . A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à
seguridade social, e tem por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que
comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme
dispuser a lei. Gustavo Augusto N. Porto
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As ações governamentais nesta área são organizadas com base nas diretrizes do artigo
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e seus incisos:
Art. . As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento
da seguridade social, previstos no art. , além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes
diretrizes:
I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a
coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a
entidades beneficentes e de assistência social;
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no
controle das ações em todos os níveis.
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à inclusão e
promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses
recursos no pagamento de:
I - despesas com pessoal e encargos sociais;
II - serviço da dívida;
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados.
. Educação: art a , CF
Art. . A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Gustavo
Deveres do Estado em relação Augusto N. Porto
ao ensino:
Art.
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. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
071.519.084-90 (dezessete) anos de idade, assegurada
I - educação básica obrigatória e gratuita dos (quatro) aos
inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; Abrange ensino
infantil, fundamental e médio. (ensino superior está no inciso V “segundo capacidade de cada um”).
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular
de ensino;
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até (cinco) anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de
cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas
suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental. Vedado pela Constituição a obrigatoriedade do ensino
religioso (art , VI).
§ º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades
indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.
Art. . A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus
sistemas de ensino.
§ º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino
públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir
equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência
técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios;
Gustavo
§ º Os Municípios atuarão prioritariamente Augusto
no ensino N. Porto
fundamental e na educação infantil.
§ º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio.
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§ º Na organização de seus sistemas de071.519.084-90
ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
definirão formas de colaboração, de forma a assegurar a universalização, a qualidade e a equidade do ensino
obrigatório.
§ º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular.
§ º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão ação redistributiva em relação a suas
escolas. Incluído em
§ º O padrão mínimo de qualidade de que trata o § º deste artigo considerará as condições adequadas de
oferta e terá como referência o Custo Aluno Qualidade (CAQ), pactuados em regime de colaboração na forma
disposta em lei complementar, conforme o parágrafo único do art. desta Constituição.
União mínimo %
Estados, DF e Municípios mínimo %
Art. . A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
§ º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto
neste artigo, receita do governo que a transferir.
§ º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino
federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. .
§ º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino
obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do
plano nacional de educação.
§ º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. , VII, serão
financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários.
§ º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-
educação, recolhida pelas empresas na forma da lei.
§ º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão
distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes
públicas de ensino.
§ º É vedado o uso dos recursos referidos no caput e nos §§ º e º deste artigo para pagamento de
aposentadorias e de pensões.
§ º Na hipótese de extinção ou de substituição de impostos, serão redefinidos os percentuais referidos no
caput deste artigo e no inciso II do caput do art. -A, de modo que resultem recursos vinculados à
manutenção e ao desenvolvimento do ensino, bem como os recursos subvinculados aos fundos de que trata o:
§ º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros
grupos participantes do processo civilizatório nacional.
§ º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos
étnicos nacionais.
§ º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao desenvolvimento
cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem à:
I -defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro;
II -produção, promoção e difusão de bens culturais;
III- formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões;
IV- democratização do acesso aos bens de cultura;
V -valorização da diversidade étnica e regional.
Art. . Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes
grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-
culturais;
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V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico,
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ecológico e científico.
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§ º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural
brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas
de acautelamento e preservação.
§ º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as
providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.
§ º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais.
§ º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.
§ º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos
quilombos.
§ º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à cultura até cinco
décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas e projetos culturais,
vedada a aplicação desses recursos no pagamento de:
I - despesas com pessoal e encargos sociais;
II - serviço da dívida;
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados.
. Desporto: art , CF
Art. . É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um,
observados:
I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto asua organização e
funcionamento;
Art. . O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o
desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do País,
nos termos de lei federal.
Parágrafo único. O Estado estimulará a formação e o fortalecimento da inovação nas empresas, bem como
nos demais entes, públicos ou privados, a constituição e a manutenção de parques e polos tecnológicos e de
demais ambientes promotores da inovação, a atuação dos inventores independentes e a criação, absorção,
difusão e transferência de tecnologia.
Art. -A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão firmar instrumentos de cooperação
com órgãos e entidades públicos e com entidades privadas, inclusive para o compartilhamento de recursos
humanos especializados e capacidade instalada, para a execução de projetos de pesquisa, de
desenvolvimento científico e tecnológico e de inovação, mediante contrapartida financeira ou não financeira
assumida pelo ente beneficiário, na forma da lei.
Art. -B. O Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) será organizado em regime de
colaboração entre entes, tanto públicos quanto privados, com vistas a promover o desenvolvimento científico e
tecnológico e a inovação.
§ º Lei federal disporá sobre as normas gerais do SNCTI.
§ º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios legislarão concorrentemente sobre suas peculiaridades.
- Comunicação Social: a
Art. . A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma,
processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. A
Constituição Federal assergura a manifestação do pensamento, porém veda o seu anonimato.
§ º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade informação
jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. º, IV, V, X, XIII e XIV.
§ º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
§ º Compete à lei federal:
I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza deles,
as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre
inadequada;
II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de
programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. , bem como da
propaganda de produtos, práticas Gustavo Augusto
e serviços que possam ser N. Porto
nocivos à saúde e ao meio ambiente.
Gustavoanporto@gmail.com
§ º A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estará
071.519.084-90
sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário,
advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso.
§ º Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou
oligopólio.
§ º A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade.
Art. . A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes
princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua
divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
- Meio Ambiente: , CF
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, trata-se de um direito
social e é caracterizado como bem de uso comum do povo. Também constitui um dever
do Poder Público e da coletividade defendê-lo..
Art. . Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e
ecossistemas;
§ º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela
mulher.
§ º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.
§ º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento
familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o
exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
§ º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando
mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
Art. . É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo
de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
§ º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem,
admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos
seguintes preceitos: Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-infantil;
071.519.084-90
II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras de
deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de
deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e
serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação.
§ º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de
veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.
§ º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. º, XXXIII;
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola;
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação
processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica;
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei,
ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado;
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem dependente
de entorpecentes e drogas afins.
§ º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.
§ º A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua
efetivação por parte de estrangeiros.
§ º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e
qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
§ º No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se- á em consideração o disposto no art.
.
§ º A lei estabelecerá:
I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens;
II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação das várias esferas do poder
público para a execução de políticas públicas.
Art. . São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação
especial. O mesmo disposto no artigo do Código Penal, em que menos de anos são
inimputáveis (sujeitos à legislação especial –ECA-), assim como os portadores de doença
mental (sendo comprovado que no momento da prática do crime eram totalmente
incapazes de reconhecer a ilicitude de tal conduta).
Art. . A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua
participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
Proteção ao idoso que cabe a família, Estado e sociedade.
§ º Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares.
§ º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos.
- Índios: e , CF
Art. . São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os
direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger
e fazer respeitar todos os seus bens.
§ º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as
utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais
necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes
e tradições. Compete a União demarcar terras, proteger e respeitar todos os seus bens.
Entretanto, terras ocupadas em um passado remoto não estão abrangidas:
STF, Súmula - Os incisos I e XI do art. da Constituição Federal não alcançam terras de aldeamentos
extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto.
§ º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o
usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
§ º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das
riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional,
ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma
da lei.
§ º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.
§ º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso
Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da
soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno
imediato logo que cesse o risco.
§ º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o
domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios
e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei
complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na
forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé.
§ º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. , § º e § º.
Art. . Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em
defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo.