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DIREITO CONSTITUCIONAL

Gustavo Augusto N. Porto


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071.519.084-90

DIREITO
CONSTITUCIONAL

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DIREITO CONSTITUCIONAL

1
CONSTITUIÇÕES
(CONCEITO, OBJETO,
ELEMENTOS E
CLASSIFICAÇÃO)

. CONCEITO:
A Constituição deve ser entendida como a lei fundamental e suprema de um Estado que
estrutura sua organização, forma de governo, estabelecem limites de atuação do Estado,
suas competências, os direitos e garantias fundamentais.

. OBJETO:
- Direitos Fundamentais
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- Organização dos PoderesGustavoanporto@gmail.com
- Estruturação do Estado 071.519.084-90

. ELEMENTOS:
. Quanto à estrutura normativa da Constituição, conforme consta no livro do Pedro
Lenza (muito utilizado pela banca), divide-se em , sendo eles:
. . Orgânicos: normas que dispõem a estrutura do Poder e Estado, a exemplo da
Organização do Estado, presente a partir do artigo , CF.
. . Limitativos: Normas que limitam a atuação do Estado, essencial quando se tem um
Estado Democrático de Direito, como os direitos e garantias fundamentais presentes do
artigo ao , CF.
. . Socioideológicos: Normas acerca da relação entre Estado individualista e social
intervencionais, a exemplo dos Direitos Sociais.
. . Estabilização Constitucional: normas que elucidem os conflitos constitucionais,
como os artigos que versam a respeito da Ação de Inconstitucionalidade, intervenção nos
Estados e Municípios, entre outras.
. . Formais de aplicabilidade: estabelecem a aplicação da Constituição como o
preâmbulo.

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Conceito de Constituição em sentido sociológico


Neste conceito a Constituição não seria idealizada como norma em si, mas si por meio de
fato social. Isto é, o texto escrito seria conseqüência da realidade social, a atuação das
forças econômicas, sociais e políticas da sociedade.
Para Ferdinand Lassalle, “a Constituição de um país é a soma dos fatores reais de poder
que atuam neste”. A Constituição escrita poderia entrar em conflito com a Constituição
real e, nesse caso, so teria valor se fossem correspondentes.

Conceito de Constituição em sentido político


Nesta concepção a Constituição seria uma decisão política fundamental, sendo a
decisão política do titular do poder constituinte.
Para Carl Schmitt para uma Constituição ser válida suas normas não devem apoiar-se na
justiça, mas, sim, na decisão política. Ainda, ele estabelece diferença entre Constituição e
leis constitucionais, sendo a primeira sobre matérias relevantes, como: direitos
fundamentais, organização do Estado entre outras. Já a segunda, leis constitucionais,
estabelecem as demais normas, de menor relevância.
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Conceito de Constituição em sentido jurídico
Por fim, em sentido jurídico, a Constituição teria um viés estritamente formal, seria um
sistema de normas jurídicas.
Para Hans Kelsen, a Constituição é puramente jurídica, sem considerar o sentido político e
sociológico. Ele desenvolveu a Teoria Pura do Direito, em que a norma jurídica é não tem
relação com a ordem moral, com os valores sociais existentes, o sentido jurídico, para ele,
ficava em separado dos demais.
Ainda, havia dois sentidos para a Constituição:
Lógico-jurídico: a Constituição é normal fundamental hipotética, não positivada.
Jurídico- positivo: a Constituição é lei fundamental, norma positiva suprema.

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. CLASSIFICAÇÃO:
. Quanto à Origem
. . Constituição Democrática/ Promulgada: são produzidas com a participação do
povo, por meio de democracia representativa (voto) e democracia direta (referendo ou
plebiscito). No Brasil tivemos este tipo de Constituição nos anos de , , , .
. . Constituição Outorgada: resultante de ato unilateral, não utiliza participação do
povo. No Brasil tivemos este tipo de Constituição nos anos de , , ,
(posteriormente abordaremos esse tópico).
. . Constituição Cesarista/ Bonapartistas: são também resultantes de ato unilateral,
entretanto, necessitam da ratificação popular (referendo) para que possam entrar em
vigor. Esta classificação fica entre as duas anteriores, não uma democracia, efetivamente,
pois ao povo cabe somente referendar as normas já elaboradas.
. . Constituição Pactuadas/ Dualistas: para Paulo Bonavides existe essa classificação,
em que o poder constituinte originário têm dois princípios: monárquico e democrático,
isto é, concentra-se nas mãos de dois titulares.

. Quanto à Forma
. . Escritas/ Instrumentais/ Unitárias:
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Augusto dePorto
regras sistemáticas e formalizadas
(escritas em documento) . Constituição Federal de .
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. . Não escritas/ Consuetudinárias: ao contrário da anterior, as normas não são
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formalizadas em documentos e baseiam-se em usos e costumes, jurisprudências.
Exemplo dessa forma é a Constituição Inglesa.

. Quanto ao Modo de Elaboração


. . Dogmática: Sempre escritas e elaboradas por um órgão constituinte. Podem ser
ortodoxas/simples quando fundadas em uma só ideologia; ecléticas/compromissórias
quando fundadas em mais de uma ideologia. Constituição Federal de .
. . Histórica: Não escritas, resultam da formação histórica ao longo do tempo, utiliza-se
da prática, das tradições, dos costumes.

. Quanto ao Conteúdo
. . Formal: com normas constitucionais elaboradas por um processo rígido, sem
considerar o seu conteúdo, apenas a forma de elaboração que deve ser solene e escrita.
Constituição Federal de .
. . Material/ Substancial: comporta por normas que cuidam da estruturação e
funcionamento do Estado (ex: organização do Estado, distribuição das competências,
forma de governo), sem considerar a natureza do documento, importando o seu
conteúdo.

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. Quanto à Estabilidade
. . Imutáveis: quando a Constituição não admite modificação, nem emenda é
permanente.
. . Rígida: quando para modificar o texto constitucional exige um processo legislativo
mais rigoroso em relação ao processo de elaboração, como ocorre com a Constituição
Federal de . Constituição Federal de .
. . Semirrígida: híbrida, pois há algumas alterações terão processo legislativo mais
rigoroso, entretanto, outras por processo legislativo simples. Neste formato foi a
Constituição de .
. . Flexível: Nesta Constituição o processo legislativo de modificação ou emenda do
mesmo modo em que foi elaborada.

. Quanto à Extensão
. . Sintética/ Concisa: É mais concisa, não detalha tanto, detêm-se mais nos princípios
gerais e determina regras básicas de funcionamento e organização.
. . Analítica/ Prolixa: É aquela que detalha, assim como a Constituição Federal de ,
é longa e minuciosa quanto aGustavo Augusto
organização, N. Porto
funcionamento, em seu regramento.
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. Quanto ao Sistema
. . Preceitual: quando o texto constitucional prevalecem, sem considerar normas
abstratas.
. . Principiológica: quando permite que princípios, valores e outras normas abstratas
possam exercer predominância nas normas. Constituição Federal de .

. Quanto à Dogmática
. . Ortodoxa: texto constitucional é forma apenas por uma ideologia.
. . Eclética: nesta o texto constitucional é formado por mais de uma ideologia,
estreitando ideais sociais e liberais. Constituição Federal de .

. Quanto à função
. . Provisórias: criação de uma Constituição com estrutura e organização nova, para
modificar a anterior (regime antigo).
. . Definitivas: normas do texto constitucional para permanecer por tempo
indeterminado, permanente. Constituição Federal de .

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. Quanto à origem de sua decretação


. . Heterônoma: Normas elaboradas por outro Estado.
. . Autônoma: Normas elaboradas dentro do próprio Estado, assim como a
Constituição Federal de .

. Quanto à correspondência com a Realidade


. . Normativa: Quando a Constituição escrita está em plena harmonia com a realidade
social, isto é, são seguidas as normas impostas pelo texto constitucional.
. . Nominativa: Diferente da anterior, o texto constitucional não estão em total
consonância com a realidade social. Constituição Federal de .
. . Semântica: Tem por finalidade favorecer os detentores do poder, não considera a
realidade social, apenas amplia o poder em relação aos seus governados.

. Quanto à finalidade
. . Garantia: A Constituição impõe limite à atuação Estatal, assegurando direitos
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individuais, são típicas de Estados liberais, seria a chamada constituição negativa.
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. . Balanço: Constituição que disciplina a realidade do Estado por um determinado
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período. E, passado esse momento, faz-se um novo texto constitucional.
. . Pragmática/ Dirigente: Trata-se de um texto constitucional extenso, analítico,
que prevê a atuação Estatal futura, estrutura e planeja programas a longo prazo para
serem cumpridos.

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2 HISTÓRIA DAS
CONSTITUIÇÕES
NO BRASIL

.Constituição do Império –
O texto constitucional foi outorgado em de março de por D. Pedro I e elaborada
por um Conselho de Estado, com influência do Liberalismo clássico dos séculos XVIII e
XIX.
Visava os direitos individuais, chamados de direitos de primeira dimensão ou geração,
em que havia abstenção estatal (liberdade negativa). Adotava a separação dos poderes e,
ainda, acrescentou um quarto poder - além do Legislativo, Judiciário e Executivo-,
chamado Poder Moderador, no qual o poder concentrava-se nas mãos do Imperador,
ainda que pretendesse ser democrática, havia essa
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Porto de poder, conflitando
com a soberania popular. Gustavoanporto@gmail.com
Além disso essa Constituição tinha como característica ser semirrígida (como já
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mencionado a sua forma de alteração ou emenda de forma híbrida, alguns aspectos
passam por processo legislativo simples, outras por processo rigoroso). Essa constituição
teve a maior duração da historia, anos.
Neste período as eleições ocorriam de forma indireta e censitárias.

- Forma de Estado: Unitária (com províncias e centralização político-administrativa)


- Forma de Governo: Monarquia

.Primeira Constituição Republicana –


Em torno de ocorre o enfraquecimento da Monarquia e em , por meio de
Decreto, é declarada a República. Eleita em a Assembleia Geral Constituinte e
alguns meses após, em , promulgou a primeira Constituição Republicana
(democrática).
Nesta Constituição o processo de emenda passou a ser rígido (tornando o processo de
emenda mais rigoroso com relação a Constituição anterior) e nominativa (texto
constitucional não estão em total consonância com a realidade social). Ademais, instituiu
a forma Republicana e igualdade da representação no Senado, de modo definitivo, como
cláusula pétrea.

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O quarto poder (Moderador) foi extinto, passando a ser mantido apenas os poderes. As
eleições, nesse período também foram modificadas, passando a ser de modo direto e os
mandatos passaram a ser por prazo certo. Dessa forma os direitos individuais se tornaram
mais consolidados, houve a implementação de garantias, como habeas corpus.

- Forma de Estado: Federativa


- Forma de Governo: Republicana
- Sistema de Governo: Presidencialista

. Constituição–
Foi a primeira Constituição a elencar os direitos fundamentais sociais, chamados direitos
de segunda dimensão, teve como marco o fim ao coronelismo, com a passagem do
regime democrático liberal para democracia social, visando a igualdade e dignidade da
pessoa humana (liberdade positiva). Durou apenas anos.
O voto, neste período passou a ser secreto e as mulheres também puderam votar.
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Mantidos da Constituição anterior:
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- Forma de Estado: Federativa
- Forma de Governo: Republicana
- Sistema de Governo: Presidencialista

. Constituição do Estado Novo–


Em , Getúlio Vargas estava no poder, ocorreu o golpe de Estado em que houve
centralização do poder e dissolução da Câmara e do Senado, teve início essa nova
Constituição e o período da Ditadura.
Essa Constituição (chamada também de Constituição Polaca) abarcava os direitos
fundamentais, no entanto, não previa a irretroatividade das leis, o mandado de segurança,
tampouco o princípio da legalidade. Para crimes políticos permitia a pena de morte,
consentia a censura e diversas disposições que contrariavam frontalmente o Estado
Democrático de Direito, num regime autoritário.
Nesse período foram mantidos os três poderes, contudo, os Poderes Executivo e
Legislativo mantinham-se concentrado nas mãos do Presidente da República, ou seja,
ele legislava por meio de decretos-leis e ele mesmo os aplicava.

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. Constituição–
Neste período teve fim a ° Guerra Mundial, ocorreu à queda de Getulio Vargas de forma
turbulenta e o fim do Estado Novo. Teve inicio a redemocratização, com a promulgação
de uma nova constituição elaborada com base nas Constituições de e
(democrática). Essa assegurava a separação dos três Poderes, retornaram também as
eleições diretas e o regime democrático representativo. Retirou a pena de morte e incluiu
importantes acréscimos, como: princípio da inafastabilidade da jurisdição, permitiu a
criação de organizações partidárias, direitos dos trabalhadores.
Com duração de quase anos, essa Constituição permitiu que a redemocratização
ocorresse de fato e proporcionou desenvolvimento ao País.
Em , por meio de emenda constitucional, estabelece como Sistema de Governo o
Parlamentarismo, todavia, foi rejeita por plebiscito em . Em houve o Golpe
Militar e teve inicio um novo período de Ditadura.

- Forma de Estado: Federação


- Forma de Governo: República
- Sistema de Governo: Presidencialista
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. Constituição– Gustavoanporto@gmail.com
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Teve curta duração, ocorreu após o Golpe militar de , essa Constituição foi
outorgada, visava à segurança nacional, por isso centralizou o poder, reduziu os direitos
individuais, contudo os direitos dos trabalhadores tiveram maior definição.

- Forma de Estado: Federação


- Forma de Governo: República
- Sistema de Governo: Presidencialista

. Constituição–
Novamente em período de Ditadura, foi editado um ato institucional em , um duro
Golpe Militar, que durou quase anos, concedia amplos poderes ao Executivo podendo
esse suspender atos políticos, decretar Estado de Sítio, suspender garantias, entre outros.
A EC / , ainda que seja uma emenda a Constituição de , a maior parte dos
constitucionalistas considera uma nova Constituição. Essa mantinha a estrutura jurídica
de um Estado democrático de Direito, apesar disso ao Presidente da Republica cabia
poderes especiais, dentre eles suspensão de direitos individuais. Teve também a
elaboração de alguns processos como elaboração da lei orçamentária, modificou o
sistema tributário, entre outros. Essa Constituição sofreu diversas emendas.

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. Constituição–
A chamada Constituição Cidadã que, após inúmeras emendas, pretendeu criar um
verdadeiro Estado Democrático de Direito, assegurando diversas obrigações para o
Estado (prestações positivas).
Ademais os direitos fundamentais também foram ampliados, surgiram os remédios
constitucionais, como: habeas data, mandado de injunção e mandado de segurança
coletivo. Os direitos fundamentais coletivos, chamados direitos de terceira dimensão
ficam evidenciados. Houve a ampliação do controle de constitucionalidade, com
previsão da ação direta de inconstitucionalidade por omissão e ampliação da
legitimidade ativa.
Nesta Constituição a estrutura, organização e atuação do Estado foram reorganizadas, os
Poderes Judiciários, Legislativo e as instituições democráticas foram consolidadas, assim
como o Ministério Público.

- Forma de Estado: Federação


- Forma de Governo: República
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3 NORMAS
CONSTITUCIONAIS

As normas constitucionais têm diversos graus de eficácia e aplicabilidade, com isso os


doutrinadores classificam essas normas de formas variadas, contudo a predominância na
doutrina é de José Afonso da Silva, a qual iremos abordar detalhadamente.

.Normas de Eficácia Plena


As normas constitucionais de eficácia plena já produzem ou podem produzir todos seus
efeitos desde a entrada em vigor da Constituição, sem necessidade de novas normas.
Têm aplicabilidade direta, imediata e integral.

Ex: Art , IV, CF: é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
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.Normas de Eficácia Contida
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As normas constitucionais de eficácia contida são as matérias descritas no texto
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constitucional, entretanto, pode haver restrição limitando a aplicabilidade e eficácia.
Essas normas, em regra, requerem a atuação de legislação ordinária.
Nesses casos, normalmente está descrito no texto constitucional expressões similares,
com: “nos termos que a lei estabelecer”

Têm aplicabilidade direta, imediata e não integral.

Ex: Art , XIII, CF: é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer;

.Normas de Eficácia Limitada


As normas constitucionais de eficácia limitada são aquelas que não produzem efeito por
si só, necessitam de legislação infraconstitucional para que assim possam desenvolver
sua eficácia.

Têm aplicabilidade indireta, mediata e reduzida. Divide-se em duas classificações:

. .Normas de Eficácia Limitada do Princípio Institutivo:


Normas em que o legislador constituinte estrutura a organização e atribuições dos
órgãos e entidades de modo geral e, posteriormente, estruturado em definitivo mediante
lei. Podendo ser:

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. . . Impositivas: Impõem uma obrigação de uma legislação em definitivo.


Ex: Art. , § : § º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das
fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para
defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

. . . Facultativas: não impõem uma obrigação, apenas faculta regular.


Ex: Art , § único, CF: Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre
questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

. . Normas de Eficácia Limitada de Princípio Progrmáticos:


São normas em que o legislador constituinte define apenas as diretrizes e os princípios a
serem cumpridos pelos órgãos integrantes do poder, sem regular de forma direta e
imediata.
Disciplina interesses sociais, como: valorização do trabalho, justiça social.

Ex:
Art. , XX, CF: proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei;

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4 HERMENÊUTICA
CONSTITUCIONAL

Inicialmente, importante entender a diferença entre reforma e mutação constitucional.


Sendo a primeira a alteração do texto constitucional, como por exemplo, as emendas
constitucionais. Já a mutação constitucional é quando ocorre a alteração informal, isto é,
alteração do sentido, sem modificar o texto constitucional, exemplo:

ADPF Trata da união estável entre pessoas do mesmo sexo. A norma inconstitucional é a mesma, mas
agora dá a interpretação da existência de união entre pessoas do mesmo sexo com as mesmas
consequências jurídicas que existem a casais heterossexuais. No art. § º CRFB/ , entenda-se união
estável heteroafetiva e homoafetiva.

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A interpretação da norma constitucional significa compreender o conteúdo semântico do
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texto constitucional, cabendo não só ao Poder Judiciário, mas aos três poderes exercer
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essa função.

MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO:
Existem alguns métodos interpretativos que podem ser utilizados, sendo:

.Método Jurídico / Hermenêutico Clássico:


Adota interpretação de que a Constituição Federal é uma lei para todos os seus efeitos,
têm como elementos interpretativos:

- elemento gramatical ou filológico: análise literal do texto constitucional.


- elemento lógico: busca harmonia logica das normas constitucionais.
- elemento histórico: análise do contexto, justificativa, os debates realizados.
- elemento sistemático: análise com base no conjunto todo do texto constitucional.
- elemento teleológico ou sociológico: busca a finalidade das normas constitucionais.
- elemento genético: investiga as origens dos conceitos utilizados.
-elemento doutrinário: análise da interpretação levando em consideração o
entendimento doutrinário.
- elemento popular: análise considerando a interpretação da sociedade civil organizada,
partidos políticos, plebiscito, referendos entre outros.
- elemento evolutivo: acolhe a linha da mutação constitucional.

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.Método Tópico-problemático:
Este método de interpretação parte do caso concreto buscando solução, tem caráter
prático.

. Método Hermenêutico-concretizador:
Contrário do método anterior, neste primeiramente considera-se o aspecto subjetivo da
interpretação, posteriormente o problema concreto.

. Método Científico-espiritual:
A interpretação, neste método, ocorre de forma dinâmica, considerando a realidade
social, ou seja, não é uma interpretação fixa.

. Método Normativo-estruturante:
Reconhece o fato de não haver identidade entre norma jurídica e texto normativo, pois a
literalidade da norma deve ser analisada considerando-se a realidade social.

. Método da comparação constitucional:


Este método compara a interpretação com outros ordenamentos constitucionais.

PRINCÍPIOS DA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL

. Princípio da unidade da constituição:


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A Constituição deve ser interpretada como um todo, de forma global, afastando possíveis
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contradições.
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. Princípio do efeito integrador:
A interpretação deve incluir os critérios que favoreçam e reforcem a integração da política
na solução dos problemas jurídicos.

. Princípio da máxima efetividade ou eficiência:


A interpretação que dê ao texto constitucional maior eficácia.

. Princípio da Justeza:
Deve respeitar o poder constituinte originário, isto é, observar os limites de repartição dos
poderes e exercícios das competências estabelecidos nas normas constitucionais.

. Princípio da harmonização:
Ideia de igualdade de valor dos bens constitucionais, não há hierarquia quando houver
concorrência entre eles.

. rincípio da força normativa:


Quando há conflito de normas, deve-se conferir a máxima aplicabilidade do texto
constitucional.

. Princípio conforme a Constituição:


Em casos de normas plurissignificativas (quando houver mais de uma interpretação para
a mesma norma), deve-se optar pela interpretação que mais próxima estiver do texto
constitucional.

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5 PODER
CONSTITUINTE

É o poder de elaborar e modificar normas constitucionais. A titularidade deste poder cabe


ao povo, pois tem legitimidade para determinar quando e como deve ser elaborada uma
nova Constituição ou modificar a atual.

PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO é o poder de elaborar uma nova Constituição. Há


dois momentos:

- poder constituinte material: responsável pela escolha do conteúdo das normas


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- poder constituinte formal: responsável pela formalização do conteúdo determinado
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pelo poder constituinte material, isto é a formalização em normas jurídicas.

Formas:
- outorga: ato unilateral do governante, impõe as normas constitucionais ao povo.
- assembleia nacional constituinte ou convenção:

Características:
- inicial: ordenamento jurídico nasce, cria um novo Estado, rompendo com a ordem
jurídica anterior.
- incondicionado: não há condição prévia, não esta obrigado a seguir qualquer
procedimento predeterminado.
- permanente: não se esgota no momento da elaboração, isto é, mesmo com uma nova
Constituição, pode produzir efeito quando convocado pelo povo.
- ilimitado (autônomo): não necessita respeitar os limites impostos pela ordem jurídica
anterior.
- latente: quando poder inativo, entretanto apto a produzir efeitos a qualquer tempo.
- instantâneo: manifesta-se imediatamente quando convocado.

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PODER CONSTITUINTE DERIVADO: chamado instituído, constituído, secundário, ou de


segundo grau. Obedece as regras impostas pelo poder originário. Divide-se em dois:

. Poder Constituinte Derivado Reformador:

O poder de modificar a Constituição dentro dos limites estabelecidos do poder


constituinte originário. Na Constituição Federal de cabe ao Congresso Legislativo
essa atribuição, por meio de Emenda Constitucional (previsto no artigo , CF) e
procedimento simplificado de revisão constitucional (art , ADCT).

Classificação dos limites deste poder são:

- temporais: quando há imposição de tempo em que o texto constitucional não pode ser
alterado.
- circunstanciais: quando a Constituição veda modificações durante circunstancias
excepcionais. Gustavo Augusto N. Porto
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- matérias: determinadas matérias que não podem ser alteradas na Constituição.
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- processuais ou formais: exigências estabelecidas na Constituição para que o Poder
Legislativo possa aprovar modificações.

. Poder Constituinte Derivado Decorrente:

É o poder de auto-organização dos estados-membros de elaborar suas próprias


Constituições (art , CF e , ADCT).

PODER CONSTITUINTE DIFUSO: Poder que atua na mutação constitucional, não


modifica o texto constitucional, entretanto altera de modo informal o sentido do texto
constitucional. Nasce do fato social, político ou econômico, é o poder de fato. Devendo, é
claro, respeitar limites sem extrapolar o teor das palavras do texto constitucional.

PODER CONSTITUINTE SUPRANACIONAL: chamado transnacional ou global. Visa


integração maior, validando a cidadania universal, a multiplicidade de ordenamentos
jurídicos. Ultrapassa as fronteiras de um Estado, em nome do todo.

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6 CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE

O controle constitucionalidade apenas é possível no sistema jurídico em que a


Constituição é escrita e rígida, pois as leis infraconstitucionais devem, necessariamente,
respeitar os limites estabelecidos no texto constitucional, para que possa produzir seus
efeitos.
Por ser Constituição rígida, há hierarquia, logo a Constituição está acima das demais leis
–chamadas de infraconstitucional-. Esta determina os parâmetro, limites, regras,
princípios para a elaboração das normas infraconstitucionais. Quando houver conflito
entre essas normas, sejam estes conflitos formais –incompatibilidade com o processo
legislativo-, ou materiais –incompatibilidade com o conteúdo das normas
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constitucionais-, será declarada a nulidade da norma inferior em respeito ao principio da
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supremacia da Constituição.
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Outro pressuposto para que ocorra o controle de constitucionalidade é a separação dos
poderes, a fim de que o órgão responsável pela fiscalização seja independente do órgão
que as produziu, mantendo, efetivamente, o Estado de Direito.
Considera-se inconstitucional a ação ou omissão que ofende, no todo ou em parte, a
Constituição. A norma infraconstitucional que provoque isso será declarada
inconstitucional e não produzirá seus efeitos.

A inconstitucionalidade poderá resultar de uma ação (ou positivas) ou omissão (ou


negativas):
. Inconstitucionalidade por ação: quando uma lei é elaborada em desacordo com a
Constituição, há uma conduta comissiva, praticada por algum órgão Estatal.

. Inconstitucionalidade por omissão: quando a afronta a Constituição resulta de


omissão do legislador, por exemplo, a Constituição determina que seja elaborada norma
regulamentando determinadas disposições (norma constitucional de eficácia limitada).
Essa omissão pode ser total quando há lacuna, isto é, o legislador não elabora a norma
conforme o texto constitucional determina. Já a omissão parcial, ocorre quando o
legislador produz a norma, porém esta é insuficiente, não atende as determinações do
texto constitucional.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Soluções para omissão total:


- reconhecer autoaplicabilidade à norma constitucional e fazê-la incidir diretamente,
ainda que não haja norma regulamentadora.
- apenas declarar a existência de omissão, constituindo o legislador em mora.
- criar para o caso concreto a norma faltante, se a norma não puder ser autoaplicável.

Soluções para omissão parcial:


- declarar a inconstitucionalidade da norma que ofende o princípio da isonomia.
- declarar a omissão parcial e dar ciência ao legislador para que ele tome as providências
necessárias.
- estender o benefício à categoria excluída

. Inconstitucionalidade formal: ocorre quando há desrespeito no processo de


elaboração da norma infraconstitucional determinado na Constituição. Ainda que o
conteúdo da norma esteja de acordo com as regras constitucionais, o processo
legislativo –trâmite, competência...- foi descumprido. Se esse descumprimento for da
parte inicial do processo legislativo,
Gustavopor exemplo,N.quando
Augusto Porto a iniciativa de determinada
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matéria é constitucionalmente reservada ao Presidente da Republica, porém a lei é
iniciada pelo Congresso Nacional, há071.519.084-90
desrespeito a um requisito subjetivo. No entanto,
quando o descumprimento do processo legislativo ocorre em qualquer outro
procedimento de elaboração, há desrespeito a um requisito objetivo.

. Inconstitucionalidade material: já neste caso o conteúdo esta em desacordo com as


normas constitucionais, a matéria tratada é incompatível com a Carta Magna.

. Inconstitucionalidade parcial: em regra a inconstitucionalidade é declara de apenas


uma parte da lei ou ato normativo, visto que a aferição de validade é feita dispositivo por
dispositivo.

. Inconstitucionalidade total: ocorre a declaração de inconstitucionalidade total,


normalmente quando há vício na iniciativa da lei, restando, dessa forma, impugnada toda
a norma.

. Inconstitucionalidade direta: quando há conflito entre a lei ou ato normativo primário


e a Constituição, isto é, há confronto direto entre norma infraconstitucional e a
Constituição.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

. Inconstitucionalidade indireta: ou reflexa, quando o vício não viola diretamente a


Constituição, mas sim entre norma regulamentadora secundária e norma primária.
Importante essa diferenciação, pois o STF equipara a inconstitucionalidade indireta à
mera ilegalidade.

SISTEMAS DE CONTROLE DE INCONSTITUCIONALIDADE


- JURISDICIONAL: controle realizado pelo Poder Judiciário.
- POLÍTICO: controle realizado por poder que não seja o Judiciário.
- MISTO: une os dois anteriores, isto é, o controle é realizado em parte pelo Poder
Judiciário e em parte por outro órgão.

MOMENTO DO CONTROLE
- PREVENTIVO: ocorre para evitar a produção de uma norma inconstitucional, a
fiscalização de validade incide no projeto da norma.
- REPRESSIVO: ocorre quando retira uma norma inconstitucional do ordenamento
jurídico, neste caso a fiscalização incide quando a norma já esta inserida.

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MODELOS DE CONTROLE Gustavoanporto@gmail.com
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- CONTROLE DIFUSO: ou aberto, quando a competência para fiscalizar a validade das leis
é outorgada a todos os componentes do Poder Judiciário.
- CONTROLE CONCENTRADO: ou reservado a competência para fiscalizar a validade das
leis é outorgada somente a um ou poucos órgãos de natureza jurisdicional.

VIAS DE CONTROLE
- VIA INCIDENTAL ou VIA DE DEFESA: essa via ocorre quando há controvérsia concreta,
ou seja, interesse na aplicação em caso concreto, uma partes requer seja declarada
inconstitucionalidade de uma lei, afastando a aplicação no caso do seu interesse.
- VIA PRINCIPAL ou VIA ABSTRATA: neste caso o autor requer por meio de ação judicial
especial seja declara a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, buscando
resguardar a harmonia do ordenamento jurídico.

A via abstrata pode ser instaurada exclusivamente perante o STF por meio das seguintes
ações diretas:
. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - ADI
. Competência: cabe ao STF, como guardião da Constituição, o exercício privativo do
controle de constitucionalidade abstrato.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Art. . Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:


I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória
de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;

No art , § , CF prevê sistema de controle abstrato e concentrado exercido pelos


tribunais e juízes de Estado, utilizando como parâmetro a Constituição Estadual.

. Legitimação
. . Legitimação passiva:

Órgão ou autoridade responsável pela lei ou ato normativo objeto da ação. Ao AGU cabe
defender a constitucionalidade da norma impugnada.
Importante: pessoas privadas NÃO podem figurar o polo passivo (ADInMC -SP).
. . Legitimação ativa:
Art. . Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal; Gustavo Augusto N. Porto
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III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
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IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

A jurisprudência do STF separa em duas categorias os legitimados:


- Universais: os legitimados universais são aqueles cujo papel institucional é a defesa da
Constituição em qualquer hipótese, não havendo necessidade de pertinência temática.
Previstos no artigo , I, II, III, VI, VII, VIII.
- Especiais: são os legitimados que possuem atuação restrita, sem necessário
demonstrar pertinência temática. Previstos no artigo , IV, V, IX.

. Objeto
É o ato impugnado e tem sua constitucionalidade aferida. Este ato, federal ou estadual,
objeto de ADI, deve ser:

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DIREITO CONSTITUCIONAL

- estatal: o ato deve ser do Poder Público.


- normativo: possui conteúdo genérico e abstrato.
- primário: busca sua validade diretamente na Constituição (ex. decretos autônomos,
medida provisória...).

NÃO cabe ADI em face de normas constitucionais originárias. Tratando-se de escolha do


poder constituinte originário, não cabe ao STF julgar constitucionalidade desta norma.
Nesse sentido, o STF já declarou juridicamente impossível o pedido de
inconstitucionalidade do art. , § º, CF, que estabelece um limite mínimo e máximo de
deputados por Estado.

O STF admite inconstitucionalidade por arrastamento de dispositivos não impugnados,


quando estes tiverem relacionados com a norma objeto da ação de controle.

. ADO: ação direta de inconstitucionalidade por omissão.


É uma ação de controle abstrato de constitucionalidade em que há lacuna normativa ou,
ainda, seja insatisfatório o ato normativo. Os legitimados para propor essa ação são os
mesmos da ADI. Sendo a omissão de responsabilidade de um órgão administrativo, a
decisão terá caráter mandamental,
Gustavodevendo a Administração
Augusto N. Porto adotar as providências
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necessárias no prazo de trinta dias, sob pena de responsabilização.
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Art. , § º, CF: Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se
tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.

. ADC: ação declaratória de constitucionalidade.


É mais uma das ações do controle concentrado de constitucionalidade, quando há
controvérsia judicial a respeito de determinada norma e sua constitucionalidade. Ao
contrário da ADI, nesta, busca-se a declaração de constitucionalidade de determinado
ato normativo.

Os legitimados (com a EC/ houve equiparação dos legitimados) e a competência para


propor a ADC são os mesmos da ADI (art. , I, CF).

Importante a ADC cabe somente contra lei federal.

. ADPF: arguição de descumprimento de preceito fundamental.


A ADPF completa o sistema de controle de constitucionalidade concentrado, porquanto
a apreciação compete originária e exclusivamente pelo STF, de acordo com o artigo ,
§ , CF.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Assim, quando a questão não é passível de apreciação nas demais ações do controle
abstrato, isto é, ADI e ADO, cabe a ADPF. Podendp, por meio dela, impugnar qualquer ato
do poder Público de que resulte lesão ou ameaça de lesão a preceito fundamental
decorrente da Constituição Federal.

Gustavo Augusto N. Porto


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DIREITO CONSTITUCIONAL

7
PRINCÍPIOS
FUNDAMENTAIS
(Art ao , CF)

Características essenciais do Estado brasileiro:

Forma de Estado: Federação


Composta pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, todos eles são pessoas
jurídicas de direito público autônomas , possuem suas próprias competências.
Sendo esta cláusula pétrea (art ,§ , III)

Forma de Governo: República


Gustavo Augusto N. Porto
Forma como se dá a relação entre governo e o povo, estabelece quem e como deve
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exercer o poder em caráter eletivo, representativo e transitório.
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Regime Político: Democrático


Estado Democrático de Direito assegura, no Brasil, a participação popular do povo no
exercício do poder.

Artigo , CF: FUNDAMENTOS:


I- Soberania
II- Cidadania:
III- Dignidade da Pessoa Humana
IV- Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
V- Pluralismo político

Artigo , CF: OBJETIVOS:


I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Artigo , CF: PRINCÍPIOS na ordem internacional:


I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

8 DIREITOS
FUNDAMENTAIS

A doutrina diferencia direitos e garantias fundamentais. Sendo o primeiro, direitos


fundamentais, os direitos e vantagens previstos na Constituição Federal. Já as garantias
fundamentais, são instrumentos que asseguram esses direitos, por exemplo: o direito à
liberdade de locomoção, garantido pelo habeas corpus.

APLICAÇÃO E APLICABILIDADE DOS DF


A CF/ determina em seu art. °, § :
As normas definidoras dos direitos
Gustavoe garantias fundamentais
Augusto N. Portotêm aplicação imediata.
Os direitos e as garantias fundamentais estabelecidos na CF são de caráter preceptivo,
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não meramente programático. Isso 071.519.084-90
quer dizer que, independente de regulamentação, os
direitos e garantias fundamentais deverão ter aplicabilidade imediata e de forma eficaz.
Normas anteriores a CF/ em sentido contrário geram não-recepção; normas
posteriores a CF/ e sentido contrário geram inconstitucionalidade.
Em regra as normas constitucionais são autoaplicáveis, entretanto, algumas necessitam
de regulamentação para produzirem seus efeitos (como já explicado anteriormente).

Normas de Eficácia Plena: a norma já possui plena aplicabilidade, não admite restrições.
Normas de Eficácia Contida: a norma já possui plena aplicabilidade, porém cabe
restrições.
Normas de Eficácia Limitada: quando depende de regulamentação para produzir seus
efeitos de forma integral.

CARACTERÍSTICAS DOS DF
IRRENUNCIABILIDADE: Os Direitos Fundamentais, em sua titularidade, são
irrenunciáveis. Salvo quando renunciados momentaneamente, de forma voluntária e
somente o exercício desse direito.
INALIENALIBILIDADE: Os Direitos Fundamentais são intransferíveis a outrem..

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DIREITO CONSTITUCIONAL

IMPRESCRITÍVEIS: Os Direitos Fundamentais não se perdem pelo desuso. Isto é, o não


exercício voluntário, não enseja desse direito pelo decurso do tempo.
HISTORICIDADE: Os Direitos Fundamentais constituem um conjunto de direitos
dinâmicos e mutáveis, podendo ser modificados pela História.
UNIVERSALIDADE: os Direitos Fundamentais abrangem todas as pessoas, independente
de sexo, raça, nacionalidade e etc. Exceto quando tratar-se de algum DF a algum grupo
específico de pessoas, por exemplo, art °, §Ú, CF, que assegura os direitos à categoria de
trabalhadores domésticos.
LIMITABILIDADE/RELATIVIDADE: os Direitos Fundamentais não tem natureza absoluta.
No plano abstrato os direitos não colidem (texto da CF), entretanto, no caso concreto
podem opor-se, por isso sua natureza relativa.

DIMENSÕES DOS DF
Os Direitos Fundamentais podem se enxergados por duas perspectivas que se
complementam entre si:
SUBJETIVA: primeira dimensão, foco no sujeito titular do direito, geram direitos positivos
Gustavo (direitos
(exigência de prestação) e negativos Augusto de N. Porto do indivíduo ante o Poder
proteção)
Público. Gustavoanporto@gmail.com
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OBJETIVA: segunda dimensão, em que os direitos fundamentais são conjunto de valores
que fazem parte da formação do Estado Democrático de Direito. Nesta perspectiva os
direitos fundamentais influenciam todo o ordenamento jurídico, estabelecendo a
atuação dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Dimensão objetiva, também pode ser chamada de eficácia irradiante dos direitos
fundamentais, tem capacidade de alcançar os poderes públicos e orientar suas principais
atividades. Cria para o Estado obrigação de adotar medidas que promovam e protejam
esses direitos.

EFICÁCIA HORIZONTAL DOS


Os Direitos Fundamentais regulam, sobretudo, as relações entre Estado e particular,
entretanto, discute-se na doutrina a respeito das relações entre particulares, chamada,
eficácia horizontal (externa ou privada) dos Direitos Fundamentais.
Exemplo o artigo da CF, versa sobre os direitos nas relações trabalhista, isto é, entre
empregado e empregador privado. Ainda que a relação seja pautada na autonomia de
vontade entre as partes, há de ser respeitados os Direitos Fundamentais previsto na Carta
Magna.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

GERAÇÕES DOS DF
Ainda que a palavra gerações possa transmitir a idéia de que uma geração supere a outra,
elas são, na verdade, complementares. Por isso alguns autores utilização dimensões para
abordar esse conteúdo, pois traz esse enfoque de completar entre as chamadas
gerações.

° GERAÇÃO: Direitos Individuais.


Realça o Princípio da Liberdade individual, em que há abstenção Estatal (liberdade
negativa), ou seja, o Estado tem o dever de não fazer, de não interferir no indivíduo.
° GERAÇÃO: Direitos Sociais.
Acentua o Princípio da Igualdade, essa geração tem por característica a passagem do
Estado liberal para o Estado social, há intervenção do Estado (liberdade positiva), por
meio de implementação de políticas e serviços públicos, visa à liberdade de forma
igualitária a todos.
° GERAÇÃO: Direitos Coletivos.
Princípio da Fraternidade, em que o Estado e a coletividade têm o dever de defender os
interesses coletivos ou difusos, por exemplo, o direito ao meio ambiente, ao patrimônio
comum. Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
Na doutrina, se fala em ° geração, contudo, não há consenso a respeito dos bens
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protegidos por essa geração. Alguns autores relacionam que estaria relacionado a
bioética, a proteção a vida (por meio da manipulação genética). Já para Paulo Bonavides
que esses direitos estariam relacionados à democracia, a informação e ao pluralismo.

A QUEM SE APLICA OS DF
- Pessoas Naturais; Jurídicas; Estatais (no que couber)
- Brasileiros
- Estrangeiros residentes (art. , CF) e em trânsito (HC . )

DF EM ESPÉCIE
Art. , § , CF afirma que os direitos e garantias fundamentais expressos não constituem
um rol exaustivo. Em seu § , versa:
“Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados,
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.”
Em casos que não observe este rito, os tratos e convenções internacionais terão status
supralegal (de lei ordinária), isto é, estarão acima da lei, porém abaixo da Constituição
Federal.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Dividem-se em os direitos fundamentais, abordaremos apenas os mais relevantes e


cobrados em concurso, contudo, é de grande importância a leitura dos artigos:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

. Direitos Individuais e Coletivos (art. , CF)

. Direito À Vida
A CF assegura este direito relacionando esse conceito à vida do ser humano em sentido
biológico, protegendo-a desde antes do nascimento (nidação) até a morte. Associando a
acepção positiva no sentido não só de ter vida, mas, sim, em ter uma existência com
condições digna.
Esse direito não tem caráter absoluto, ou seja, existem exceções, por exemplo:
interrupção da gestação de feto anencéfalo; utilização de células-tronco para fins
terapêuticos e de pesquisa.

. Manifestação do pensamento
Art. , IV, CF: é livre a manifestação do pensamento,
Gustavo Augustosendo vedado o anonimato.
N. Porto
A liberdade de manifestação do pensamento é livre, sendo apenas vedado o anonimato,
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diante disto o STF entendeu desnecessária o diploma de jornalismo para exercer tal
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profissão, entendeu que isso poderia limitar essa garantia fundamental.

. Direto À Igualdade
Decorre do Princípio da Igualdade sem conteúdo material específico, deve ser respeitado
tanto na criação da legislação, quanto na aplicação desta. Assim sendo, legislação
posterior a Carta Magna que viole esse direito tem automática não recepção.
Há exceção, por exemplo, permite-se em caráter de exceção exigir limite de idade em
concurso publico, quando a natureza da atribuição do cargo exigir. Mas em regra NÃO é
permitido.

. Direito de Liberdade
Trazido no caput do artigo da CF, trata-se dos direitos de primeira geração e podem ser
chamados também de liberdades públicas.

. Direito de propriedade
Assegurada na CF tanto em relação a bens móveis e imóveis, quanto a bens materiais e
imateriais.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

. Princípio da Legalidade
“Art , II: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei”
Para a Administração Pública deve atuar respeitando o da lei. Ao particular cabe fazer o
que não for defeso por lei.
Importante, neste ponto, diferenciar do Princípio da Reserva Legal, quando a CF requer
regulamentação por lei de matéria especifica de menor abrangência e conteúdo mais
denso.

. Inviolabilidade Domicílio
Art. , XI, CF: a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

A inviolabilidade de que trata este inciso refere-se ao domicilio do indivíduo. Ainda que na
letra da lei determine “a casa”, este tem um conceito mais amplo, estendendo-se a
qualquer lugar privado, não aberto ao público, podendo, inclusive, ser o local em que o
indivíduo exerce sua profissão (escritório,
Gustavo consultório...).
Augusto N. Porto
Ainda, dentre as hipóteses em que permite-se entrar no domicílio sem consentimento
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são: flagrante delito ou desastre; prestar socorro; por determinação judicial durante o DIA.
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Cuidado, neste último caso somente durante o dia.

RE . : A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em


período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a
posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade, e de nulidade dos
atos praticados.

. Inviolabilidade das correspondências e comunicações


Art. , XII, CF: é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução
processual penal;

Inviolável Comunicação Telefônica, salvo ordem judicial (juiz criminal), quando:


investigação criminal e instrução processual penal.
Pode ser usada como prova emprestada em Processo Cível e PAD, desde que, com
autorização juiz criminal e contraditório e ampla defesa.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Restrições dessa garantia:


- Estado de Defesa (art , § , I, b, c CF)
- Estado Sítio (art , III, CF)

MS . : ATO QUE INDEFERE ACESSO A DOCUMENTOS RELATIVOS AO PAGAMENTO


DE VERBAS PÚBLICAS. INOCORRÊNCIA DE SIGILO. CONCESSÃO DA ORDEM. . A regra
geral num Estado Republicano é a da total transparência no acesso a documentos
públicos, sendo o sigilo a exceção. (...) As verbas indenizatórias para exercício da atividade
parlamentar têm natureza pública, não havendo razões de segurança ou de intimidade
que justifiquem genericamente seu caráter sigiloso.

. . Sigilo bancário:
- CPI: pode quebrar sigilo bancário, desde que de forma fundamentada.
- TCU e BACEN NÂO podem quebrar sigilo bancário.

Cuidado! Quando tratar-se de recursos públicos, não há sigilo, desse modo o TCU tem
Gustavo Augusto N. Porto
prerrogativa para acessar essas informações (não se trata de quebra de sigilo).
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MS . : CONTROLE LEGISLATIVO FINANCEIRO. CONTROLE EXTERNO. REQUISIÇÃO
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PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO DE INFORMAÇÕES ALUSIVAS A OPERAÇÕES
FINANCEIRAS REALIZADAS PELAS IMPETRANTES. RECUSA INJUSTIFICADA. DADOS
NÃO ACOBERTADOS PELO SIGILO BANCÁRIO E EMPRESARIAL. (...) O sigilo de
informações necessárias para a preservação da intimidade é relativizado quando se está
diante do interesse da sociedade de se conhecer o destino dos recursos públicos.
Operações financeiras que envolvam recursos públicos não estão abrangidas pelo sigilo
bancário a que alude a Lei Complementar nº / , visto que as operações dessa
espécie estão submetidas aos princípios da administração pública insculpidos no art.
da Constituição Federal. Em tais situações, é prerrogativa constitucional do Tribunal [TCU]
o acesso a informações relacionadas a operações.

. Liberdade da atividade profissional


Art. , XIII, CF: é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer.

Este inciso tem norma de eficácia contida, isto é, tem aplicabilidade imediata, sujeito a
restrições por lei infraconstitucional.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

. Liberdade de Reunião
Art. , XVI, CF: todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;

O direito de reunião é permitido, independente de autorização, desde que:


finalidade pacífica, aviso prévio à autoridade competente, ausência de armas, local aberto
ao público.

. Liberdade de Associação
Art. , XVII, CF: é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter
paramilitar;
c/c
Art. , XIX, CF: as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em
julgado;

Assegura a liberdade de Gustavo


associação, independente
Augusto de autorização, é vedada a
N. Porto
interferência estatal, desdeGustavoanporto@gmail.com
que para fins lícitos.
As associações poderão ser: 071.519.084-90
- suspensas: ordem judicial
- dissolvidas: ordem judicial transitada em julgado

. Entidades Associativas
Art. , XXI, CF: as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
c/c
Art. , LXX, CF:- o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados;

Representação:
- COM autorização expressa
- defende o associado no seu direito em outras ações judiciais.

Substituição:
- SEM autorização expressa
- defende os associados em nome próprio por meio de MS coletivo.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Súmula , STF: A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de


classe em favor dos associados independe da autorização destes.

Sumula Vinculante : É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso


amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do
direito de defesa.

. Crimes
Art. , XLII, CF: a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à
pena de reclusão, nos termos da lei;

Art. , XLIII, CF: a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a
prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos
como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá-los, se omitirem;

Art. , XLIV, CF: constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados,
Gustavo
civis ou militares, contra a ordem Augusto
constitucional N. Porto
e o Estado Democrático;
Gustavoanporto@gmail.com
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Tortura, Tráfico ilícito entorpecentes; Terrorismo; Crime hediondo:
- Inafiançável
- Insuscetível graça (extinção da pena) e anistia (volta ser réu primário)

Ação de grupos armados; Racismo:


- Inafiançável
- Imprescritível

JURISPRUDÊNCIAS IMPORTANTES
Atos que instituíram sistema de reserva de vagas com base em critério étnico-racial
(cotas) no processo de seleção para ingresso em instituição pública de ensino superior. (...)
Não contraria – ao contrário, prestigia – o princípio da igualdade material, previsto no
caput do art. º da Constituição (ADPF )

É constitucional a reserva de % das vagas oferecidas nos concursos públicos para


provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública
direta e indireta. É legítima a utilização, além da autodeclaração, de critérios subsidiários
de heteroidentificação, desde que respeitada a dignidade da pessoa humana e
garantidos o contraditório e a ampla defesa. (ADC )

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DIREITO CONSTITUCIONAL

O STF julgou constitucional lei estadual que concede meia-entrada aos doadores
regulares de sangue. O tribunal entendeu que essa lei é uma tentativa de incentivar as
pessoas a doar sangue e considerou constitucionais todos os seus dispositivos. Ele
afastou o argumento apresentado pelo governador de que a concessão de meia entrada
seria uma remuneração ao doador de sangue, o que é proibido pela Constituição Federal.
(STF ADI ).

. Direitos Sociais (art. ao , CF)


Art. º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
. Direitos de Nacionalidade (art. e , CF)
. Direitos Políticos (art. ao , CF)

Importante leitura dos dispositivos!

Gustavo Augusto N. Porto


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DIREITO CONSTITUCIONAL

9 ORGANIZAÇÃO
DO ESTADO

Estado é Pessoa Jurídica e dela decorre elementos integrantes do Estado: soberania,


finalidade, povo e território.
O legislador indica a forma de Estado Federativa no Artigo , CF:
A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
Constituição.

UNIÃO (Art. ao , CF)


É a congregação dos estados membros,Augusto
Gustavo no Brasil éN.
a união
Portodos Estados, Distrito Federal e
Municípios. Gustavoanporto@gmail.com
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Têm dupla personalidade:
- Interna: Pessoa Jurídica de direito público interno, dotada de autonomia (atua em nome
próprio), exerce competências administrativas (art e , CF) e legislativas (art e ,
CF).
-Externa: quando representa a República Federativa do Brasil nas relações internacionais
e, nesse sentido, exerce a soberania.
Tem como capital federal Brasília, situado no Distrito Federal. É a sede do governo federal
(Presidente da República). Importante cuidar que Brasília não é considerada cidade, pois
não é sede município.
Os Bens da União estão arrolados no artigo da CF (importante ler).

COMPETÊNCIAS UNIÃO

. COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS:
- Artigo , CF: competência exclusiva da União, são indelegáveis.
Dica: em regra quando houver palavras como nacional, diretrizes, sobre assuntos
internacionais, trata-se de competência exclusiva da União.
Art. . Compete à União:

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DIREITO CONSTITUCIONAL

I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;


II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII - emitir moeda;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza
financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e
de previdência privada;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social;
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de
telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a
criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº , de / / Augusto
Gustavo :) N. Porto
XII - explorar, diretamente ouGustavoanporto@gmail.com
mediante autorização, concessão ou permissão:
071.519.084-90
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº , de / / )
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de
água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras
nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;

XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº , de )
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito
Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº , de )
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia
de âmbito nacional;

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DIREITO CONSTITUCIONAL

XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de


rádio e televisão;
XVII - conceder anistia;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas,
especialmente as secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de
outorga de direitos de seu uso;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento
básico e transportes urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
XXII- executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº , de )
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer
monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os
seguintes princípios e condições:

a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e
Gustavo Augusto N. Porto
mediante aprovação do Congresso Nacional;
Gustavoanporto@gmail.com
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de
071.519.084-90
radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº , de )
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de
radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº , de )
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; (Incluída
pela Emenda Constitucional nº , de )
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em
forma associativa.

- Artigo , CF: competência comum entre União, Estado, Distrito Federal e Municípios
Dica: normalmente tratam-se de interesses da coletividade (meio ambiente, cultura),
normas programáticas de ação governamental. Utiliza verbos como proteger e zelar.

Art. . É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos


Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras


de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens
de valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à
pesquisa e à inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº , de )
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a
integração social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de
recursos hídricos e minerais em seus territórios;
Gustavo
XII - estabelecer e implantar política Augusto
de educação N.aPorto
para segurança do trânsito.
Gustavoanporto@gmail.com
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os
071.519.084-90
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e
do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº , de
).

. COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS:

- Artigo , CF: compete privativamente a União legislar, porém pode delegar aos
Estados e DF por meio de lei complementar e sobre questões específicas.

Art. . Compete privativamente à União legislar sobre:


I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
Dica: CAPACETE PM
II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;

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DIREITO CONSTITUCIONAL

XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;


XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV - populações indígenas;
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública
dos Territórios, bem como organização administrativa destes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
, de )
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização,
inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº , de )
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
XXIII - seguridade social;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - registros públicos;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas
diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no
art. Gustavo
, XXI, e para as empresas públicas Augusto
e sociedades N. Porto
de economia mista, nos termos do art. , § °, III;
Gustavoanporto@gmail.com
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº , de )
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
071.519.084-90
XXIX - propaganda comercial.
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das
matérias relacionadas neste artigo.

- Artigo , CF: compete à União, Estados e DF legislar concorrentemente. Sendo a


União estabelece normas gerais e Estados e DF competência suplementar.

Art. . Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (Vide Lei nº . , de )
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção
do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº , de )
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;

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DIREITO CONSTITUCIONAL

XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;


XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
(Vide Lei nº . , de )
§ º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos
Estados. (Vide Lei nº . , de )
§ º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para
atender a suas peculiaridades.
§ º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for
contrário.
Dica: Importante atentar-se para os §§ e .

ESTADOS – MEMBROS (Art. ao , CF)


A autonomia do estados-membros se da em função de algumas características, como:

. Auto-organização e autolegislação:
Art. Gustavo
, CF: Os Estados organizam-se Augustopelas
e regem-se N. Porto
Constituições e leis que adotarem,
Gustavoanporto@gmail.com
observados os princípios desta Constituição.
071.519.084-90
A auto-organização ocorre com a elaboração das suas próprias Constituições Estaduais.

. Auto-governo:
Essa característica está nos artigos , e , CF, que demonstram as competências de
organização dos três poderes aos Estados-membros. (Importante leitura desses artigos).

. Auto-administração:
Art. , § , CF: São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas
por esta Constituição.
A autoadministração dos estados decorre das sua competências que estão
estabelecidas no artigo supra.

Competência exclusiva do Estado-membro:


Art. , § , CF: Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a
execução de funções públicas de interesse comum.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

- FORMAÇÃO ESTADOS:
Art. , º: Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para
se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante
aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar.

Ou seja, em resumo, os Estados podem:

- Incorporar-se entre si: quando ocorre fusão (união de ou mais Estados que formam um
novo).
- Subdividir-se: quando ocorre cisão (quando um Estado divide-se em outro Estado
novo).
- Desmembrar-se: para anexar a outro, chamado desmembramento anexação (a parte
desmembrada de um Estado será anexada a outro Estado já existente); para formar novos
Estados (a parte desmembrada de um Estado criará um novo Estado).

Requisitos: Gustavo Augusto N. Porto


Gustavoanporto@gmail.com
. Plebiscito: consulta com toda população interessada. Em caso positivo, passa para o
071.519.084-90
próximo requisito, em caso negativo, encerra.
. Congresso Nacional: aprovar por LC

COMPETÊNCIA DOS ESTADOS


Cabe aos Estados a competência residual, isto é, legislar sobre tudo o que não for
competência da União e dos Municípios. Além das competências supracitadas.
Art. . Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os
princípios desta Constituição.
§ º São reservadas aos Estados às competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.

Importante a leitura dos artigos ao , CF.

MUNICÍPIOS (Art. ao , CF)


A Constituição Federal e m seu artigo versa sobre a organização político-
administrativa e outorga plena autonomia aos Municípios. Assim como os Estados, têm
capacidade de auto-organização -com lei orgânica e leis municipais-, auto-governo -
eleição de Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores-, auto-administração –exercício de sua
competências legislativas, administrativas-.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Art. , CF: O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do
respectivo Estado e os seguintes preceitos.

- FORMAÇÃO ESTADOS:
Art. , º: A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-
ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e
publicados na forma da lei.

Ou seja, aos Municípios é permitido:


- criação
- incorporação
- fusão
Gustavo Augusto N. Porto
- desmembramento
Gustavoanporto@gmail.com
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Requisitos:
. Período autorizado em LC Federal
. Estudos de Viabilidade Municipal
. Plebiscito: consulta a toda população interessada
. Lei Estadual: para criação

COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS


Aos Municípios cabe as competências previstas no artigo , CF e, de forma comum, o
que está previsto no artigo , CF.
Dica: em quando trata-se de competência municipal são assuntos de interesse local.

Art. . Compete aos Municípios:


I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; (c/c art. , II, CF)
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da
obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

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DIREITO CONSTITUCIONAL

IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de


interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de
ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº , de )

VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da
população;

VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso,
do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora


federal e estadual.

Importante a leitura dos artigos ao , CF.

Súmula Vinculante : É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de


estabelecimento comercial.

Súmula Vinculante : Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de
Gustavo
estabelecimentos comerciais do mesmo Augusto
ramo em N. área.
determinada Porto
RE .
Gustavoanporto@gmail.com
: Recurso extraordinário em ação direta de inconstitucionalidade estadual. Limites da
071.519.084-90
competência municipal. Lei municipal que proíbe a queima de palha de cana-de-açúcar e o uso do fogo em
atividades agrícolas. Lei municipal nº . , de de dezembro de , do Município de Paulínia.
Reconhecida repercussão geral. Alegação de violação aos artigos , caput e parágrafo único, nº , ,§
ºe , xx e xxi, da constituição do estado de São Paulo e artigos , VI E VII, , VI E , I E II DA CRFB.
Ministro Relator Luiz Fux reconheceu “o Município é competente para legislar sobre meio ambiente com
União e Estado, no limite de seu interesse local e desde que tal regramento seja e harmônico com a
disciplina estabelecida pelos demais entes federados (art. , VI c/c , I e II da CRFB)”.

RE . ,: "Não vislumbro, no texto da Carta Política, a existência de obstáculo constitucional que possa
inibir o exercício, pelo Município, da típica atribuição institucional que lhe pertence, fundada em título
jurídico específico (CF, art. , I), para legislar, por autoridade própria, sobre a extensão da gratuidade do
transporte público coletivo urbano às pessoas compreendidas na faixa etária entre sessenta e sessenta e
cinco anos. Na realidade, o Município, ao assim legislar, apoia-se em competência material -- que lhe
reservou a própria CR - cuja prática autoriza essa mesma pessoa política a dispor, em sede legal, sobre
tema que reflete assunto de interesse eminentemente local. Cabe assinalar, neste ponto, que a autonomia
municipal erige-se à condição de princípio estruturante da organização institucional do Estado brasileiro,
qualificando-se como prerrogativa política, que, outorgada ao Município pela própria CR, somente por esta
pode ser validamente limitada."

RE . : "Os Municípios são competentes para legislar sobre questões que respeitem a edificações ou
construções realizadas no seu território, assim como sobre assuntos relacionados à exigência de
equipamentos de segurança, em imóveis destinados a atendimento ao público."

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DIREITO CONSTITUCIONAL

RE . . : “As competências legislativas do município caracterizam-se pelo princípio da predominância


do interesse local, que, apesar de difícil conceituação, refere-se àqueles interesses que disserem respeito
mais diretamente às suas necessidades imediatas. A atividade legislativa municipal submete-se à Lei
Orgânica dos municípios, à qual cabe o importante papel de definir, mesmo que exemplificativamente, as
matérias de competência legislativa da Câmara, uma vez que a Constituição Federal (artigos e ) não as
exaure, pois usa a expressão interesse local como catalisador dos assuntos de competência municipal.
Essa função legislativa é exercida pela Câmara dos Vereadores, que é o órgão legislativo do município, em
colaboração com o prefeito, a quem cabe também o poder de iniciativa das leis, assim como o poder de
sancioná-las e promulgá-las, nos termos propostos como modelo, pelo processo legislativo federal. A Lei
Orgânica do Município de Sorocaba, ao estabelecer, em seu artigo , inciso XII, como matéria de interesse
local, e, consequentemente, de competência legislativa municipal, a disciplina de denominação de
próprios, vias e logradouros públicos e suas alterações, representa legítimo exercício da competência
legislativa municipal. Não há dúvida de que se trata de assunto predominantemente de interesse local (CF,
art. , I). Por outro lado, a norma em exame não incidiu em qualquer desrespeito à Separação de Poderes,
pois a matéria referente à 'denominação de próprios, vias e logradouros públicos e suas alterações' não
pode ser limitada tão somente à questão de 'atos de gestão do Executivo', pois, no exercício dessa
competência, o Poder Legislativo local poderá realizar homenagens cívicas, bem como colaborar na
concretização da memorização da história e da proteção do patrimônio cultural imaterial do Município. Em
nenhum momento, a Lei Orgânica Municipal afastou expressamente a iniciativa concorrente para
propositura do projeto de lei sobre a matéria. Portanto, deve ser interpretada no sentido de não excluir a
competência administrativa do Prefeito
Gustavo Municipal para a prática
Augusto de atos de gestão referentes a matéria;
N. Porto
mas, também, por estabelecer ao Poder Legislativo, no exercício de competência legislativa, baseada no
Gustavoanporto@gmail.com
princípio da predominância do interesse, a possibilidade de edição de leis para definir denominação de
071.519.084-90
próprios, vias e logradouros públicos e suas alterações Recurso Extraordinário provido, para declarar a
constitucionalidade do do art. , XII, da Lei Orgânica do Município de Sorocaba, concedendo-lhe
interpretação conforme à Constituição Federal, no sentido da existência de uma coabitação normativa
entre os Poderes Executivo (decreto) e o Legislativo (lei formal), para o exercício da competência destinada
a 'denominação de próprios, vias e logradouros públicos e suas alterações', cada qual no âmbito de suas
atribuições.

DISTRITO FEDERAL (Art. , CF)


Mistura algumas características de Estado e Município, têm como características
também a auto-organização que, assim como Município ocorre por meio de lei orgânica,
auto-governo com a eleição de Governador e Vice, deputados distritais. Auto-
administração exercendo as competências previstas na CF.
Art. , CF: O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica,
votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da
Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
Constituição.
Cabe a União organizar e manter o Poder Judiciário, as polícias civil e militar, corpo de
bombeiros e Ministério Publico do DF. Logo cabe a lei federal dispor sobre essa utilização.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

TERRITÓRIOS FEDERAIS (Art. , CF)


Art. , § º, CF: Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em
Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
Os territórios federais pertencem à União, sendo descentralização administrativa da
União, dessa forma não tem autonomia política e não integram o Estado Federal.
Atualmente no Brasil não existe nenhum.

INTERVENÇÃO FEDERAL
Art. . A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos
Gustavo Augusto N. Porto
estabelecidos em lei;
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VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
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VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.

No Brasil, tratando-se de Federação como explicado anteriormente, tem como regra a


autonomia política dos entes Estatais. Porém, em caráter de exceção e temporário, há
alguns casos em que a União pode intervir nos demais entes quando houver interesse
maior de preservação da própria unidade da Federação, essa ressalva está prevista em rol
taxativo no artigo da CF.
Essa competência que cabe a União de intervir em outros entes, restringe-se aos Estados
e Distrito Federal, não sendo permitido a intervenção nos Municípios (somente em
Municípios Território, que hoje não existe no Brasil). Cabe aos Estados, também em
caráter de exceção intervir nos Municípios e quando situados em seu território (artigo ,
CF).

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Art. . O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território
Federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino
e nas ações e serviços públicos de saúde; (Emenda Constitucional nº , de )
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados
na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.

A decretação da intervenção ocorre por meio de ato político, exclusivamente executada


pelo chefe do Poder Executivo –Presidente da República quando se tratar de intervenção
federal e Governador quando se tratar de intervenção Estadual-. Nas hipóteses dos
incisos I, II, III, V a intervenção de oficio por iniciativa do Chefe do Executivo. Já nas
hipóteses dos demais incisos a medida depende de provocação do órgão que tiver tal
competência, de acordo com a previsão da Constituição.

Gustavo Augusto N. Porto


Gustavoanporto@gmail.com
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DIREITO CONSTITUCIONAL

10 ORGANIZAÇÃO
DOS PODERES

No Brasil utiliza-se a tripartição dos Poderes (Poder Legislativo, Executivo e Judiciário),


conforme o artigo , CF “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Legislativo, Executivo e Judiciário”. Dessa forma cada Poder desempenha não só as duas
funções próprias (chamadas funções típicas), assim como, funções que seriam de outros
poderes, porém de modo acessório, o que chamamos de função atípica. Vamos abordar
cada um dos Poderes.

PODER LEGISLATIVO: Art ao , CF


Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
. Funções: 071.519.084-90
- Típicas: legislar e fiscalizar, elaborar as normas jurídicas gerais e abstratas.
Art. . A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades
da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo
sistema de controle interno de cada Poder.
- Atípicas: administrar e julgar.

. Composição:
Bicameral: exercido pelo Congresso Nacional (Câmara dos Deputados + Senado Federal)
Unicameral: quando se refere a esfera estadual e municipal, o Poder Legislativo tem esta
característica, pois tem apenas uma Casa (representando o povo).

. Congresso Nacional:
Art. . O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e
do Senado Federal.
Parágrafo Único: Cada legislatura terá a duração de quatro anos

- Legislatura: período parlamentar com duração de anos de trabalho legislativo em


uma Casa Legislativa.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

- Mandato: período entre a posse no cargo legislativo e o término.


-Atribuições: o Congresso Nacional é o órgão legislativo federal, a ele cabe as matérias
de competência da União.
No rol exemplificativo, previsto no artigo da CF, as matérias previstas serão
disciplinadas por lei ordinária ou complementar com sanção do Presidente da
República.
Já as matérias do artigo da CF, serão reguladas por decreto legislativo (exclusivo do
CN) e dispensam a sanção do Presidente da República. Ler os artigos!

. Câmara dos Deputados:


- representantes do povo (essa representação é proporcional à população de cada
Estado e do Distrito Federal);
- eleitos pelo sistema proporcional;
- mandatos de anos, permitida sucessivas reeleições;
- atualmente são deputados federais, o mínimo permitido são e o máximo
/Estado (esse número é fixado por LC);
- idade mínima para o cargo anos.
Gustavo Augusto N. Porto
- Atribuições: as competências da Câmara dos Deputados se darão por meio de
Gustavoanporto@gmail.com
resolução, estão previstas no artigo 071.519.084-90
da CF:

Art. . Compete privativamente à Câmara dos Deputados:


I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado;
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso
Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;
III - elaborar seu regimento interno;
IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos,
empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. , VII.

. Senado Federal:
- representantes dos Estados e do Distrito Federal;
- eleitos pelo principio majoritário simples (considera eleito quem tiver o maior numero de
votos, excluídos os brancos e nulos);
- mandatos de anos, renovado parcialmente a cada anos de forma alternada por / e
/ ;
- número fixo de senadores por Estado, totalizando senadores, com suplentes;
- idade mínima para o cargo anos.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

- Atribuições: as competências do Senado Federal darão por meio de resolução, estão


previstas no artigo da CF:

Art. . Compete privativamente ao Senado Federal:


I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem
como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da
mesma natureza conexos com aqueles;
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de
Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral
da União nos crimes de responsabilidade;
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;
c) Governador de Território;
d) Presidente e diretores do banco central;
e) Procurador-Geral da República;
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;

IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de
missão diplomática de caráter permanente;
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito
Gustavo Augusto N. Porto
Federal, dos Territórios e dos Municípios;
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VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
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VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo
Poder Público federal;
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito
externo e interno;
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios;
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do
Supremo Tribunal Federal;
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da
República antes do término de seu mandato;
XII - elaborar seu regimento interno;
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos,
empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. , VII.
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus
componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e
dos Municípios.
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal
Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado
Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo
das demais sanções judiciais cabíveis.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

. Órgãos:
. Mesas diretoras: é o órgão administrativo das Casas Legislativas.

. Comissões:
Art. . O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na
forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
(...)§ º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se
houver recurso de um décimo dos membros da Casa;
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões
das autoridades ou entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir
parecer.
- Comissões permanentes: órgãos técnicos (legislativo ou especializado) criados pelo
regimento interno.
- Comissões temporárias: criados para apreciar um assunto determinado, um exemplo
são as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) que tem por fim investigar fato
Gustavo Augusto N. Porto
determinado de interesse público.
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. Reuniões
Sessão Legislativa ordinária: período anual em que o Congresso Nacional se reúne,
composto de dois períodos legislativos.
Período Legislativo: os períodos legislativos de reunião ocorrerão de de fevereiro a
de julho e de de agosto a de dezembro, na Capital Federal (Brasília).
Período de recesso parlamentar: são os intervalos entre os períodos legislativos.

. Prerrogativas: não são privilégios pessoais, mas, sim, garantias aos ocupantes dos
cargos, visando proteção a função desempenhada, essas prerrogativas são também
irrenunciáveis. Sendo elas:

Imunidade Material:
Art. . Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.

Os chamados crimes de opinião, essa prerrogativa serve para proteger o congressista de


incriminação penal, civil e disciplinar, pelo que for dito no exercício da função, dentro do
parlamento, em casos que este esteja fora do parlamento, quando houver relação com o
exercício do seu mandato.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Súmula no. do STF: “A imunidade parlamentar não se estende ao co-réu sem essa
prerrogativa.”
Súmula no. do STF: “Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido
processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por
prerrogativa de função de um dos denunciados”.

Imunidade Formal/Processual:
Protege o congressista de prisão, sem afastar a ilicitude da conduta criminosa.

Conforme o art ,§ da CF, esta imunidade vale:


§ º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo
em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à
Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
Entretanto, em casos em que o parlamentar esteja respondendo por crime praticado
antes da diplomação, não poderá ser preso após esta ter ocorrido. Exceto flagrante por
crime inafiançável.

Foro Especial/ Privilegiado:


Os congressistas são julgados pelo STF,Augusto
Gustavo quando: N. Porto
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Artigo , § º da CF: Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a
071.519.084-90
julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

Antes da AP o foro privilegiado, isto é, processo julgado pelo STF apenas para crimes
cometidos durante o exercício.

AP : O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do
cargo e relacionados às funções desempenhadas; e (ii) Após o final da instrução processual, com a
publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência para
processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar cargo ou
deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo. (Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Julgamento:
/ / ).

Afastamento do Poder Legislativo


Art. . Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito
Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária;

Sigilo da Fonte
Art. , § º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas
ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles
receberam informações.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Essa prerrogativa não abrange quando a obrigação do parlamentar em testemunhar


como cidadão.

Incorporações as Forças Armadas


Art. , § º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em
tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.
Ainda que a CF, em seu artigo estabeleça obrigação a todos os brasileiros, necessita
de licença da Casa.

Subsistência das Imunidades


Art. , § º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo
ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos
praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.

Incompatibilidade
Art. . Os Deputados e Senadores não poderão:

I - desde a expedição do diploma:


a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade
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de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a
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cláusulas uniformes;
071.519.084-90
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad
nutum", nas entidades constantes da alínea anterior;

II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a";
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a";
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Perda do mandato
Poderá ocorrer por:
Cassação: decretação da perda do mandato, como punição por falta funcional.
Extinção: perecimento do mandato por diversas ocorrências, como: morte, renuncia, perda ou suspensão
direitos políticos...

Art. . Perderá o mandato o Deputado ou Senador:


I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a
que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;

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DIREITO CONSTITUCIONAL

11 PODER
EXECUTIVO

Como já mencionado o sistema adotado no Brasil é o presidencialismo desde a


Constituição de . Diferentemente, do Parlamentarismo, este sistema têm como
principais características a separação dos três Poderes e a concentração das funções
executivas no Chefe do Poder Executivo, Presidente da República.

Presidencialismo:
- Chefe de Estado = Chefe Executivo
- Chefe de Governo = Chefe Executivo
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Parlamentarismo: 071.519.084-90
- Chefe de Estado = Chefe Executivo
- Chefe de Governo = ministro (que integra o Legislativo)

Art. . O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.

Chefe do Poder Executivo em âmbito federal será o Presidente Presidente da República,


em âmbito estadual o Governador do Estado, em âmbito municipal o Prefeito.

. EXERCÍCIO
A eleição do Presidente e Vice-Presidente ocorre pelo sistema eleitoral majoritário, isto é,
eleito quem tiver a maioria absoluta de votos. A eleição acontece no primeiro domingo de
outubro e, caso nenhum candidato alcance a maioria absoluta, haverá necessidade de
segundo turno, que ocorrerá no último domingo de outubro, a disputa se dá entre os dois
candidatos com o maior número de votos (em casos de empate, considerar-se-á o
candidato mais idoso). Em casos de morte, desistência ou impedimento legal de algum
candidato, após o primeiro turno, entre os remanescentes, convocar-se-á o mais votado.
A eleição acontece no ano anterior do término do mandato vigente.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Art. . A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no


primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se
houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente.

É permitida a reeleição de mais de uma vez, existe limite de duas quando se trata de
reeleição seqüencial.

. REQUISITOS
Tanto para o cargo de Presidente, quanto para Vice-Presidente:
- brasileiro nato
- alistamento eleitoral
- idade mínima anos
- pleno gozo direitos políticos
- filiação partidária

São inelegíveis: inalistáveis, analfabeto, mais de uma eleição em período subseqüente,


casos de inelegibilidade por motivo de parentesco (previsto no artigo, § , e da CF).

. FUNCÕES Gustavo Augusto N. Porto


- Típicas: administrar Gustavoanporto@gmail.com
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- Atípicas: legislar (medidas provisórias, decretos) e julgar.

. VACÂNCIA E IMPEDIMENTO
-Vacância: afastamento DEFINITIVO do Presidente por morte, renúncia ou perda do cargo
(por prática de crime comum ou de responsabilidade) cabe ao Vice-Presidente sucedê-
lo. Caso haja vacância do Vice-Presidente, o presidente exerce o mandato normalmente.

- Impedimento: afastamento TERMPORÁRIO do Presidente, por exemplo, ausência do


país, nesse caso, o Vice-Presidente substituí-lo no exercício pleno do cargo. Ainda, o
artigo da CF, prevê:

Art. . O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso


Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

Durante impedimentos do Presidente e Vice-Presidente, serão chamados,


sucessivamente:
- Presidente da Câmara de Deputados
- Presidente do Senado Federal
- Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Estes somente poderão assumir de forma temporária. Nos casos em que houver
vacância, estes assumirão até que ocorra nova eleição.
Caso Presidente e Vice-Presidente não assumam na data da posse e decorridos dias, o
cargo será considerado vago, exceto motivo de força maior.

Cuidado! Quando se tratar de vacância do cargo, haverá afastamento definitivo e ocorrerá


a sucessão. Já quando houver impedimento, será afastamento temporário e ocorrerá a
substituição.

. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


Estas competências estão enumeradas no artigo da CF, importante sabê-las:

Art. . Compete privativamente ao Presidente da República:


I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar
Gustavo as leis, bem como N.
Augusto expedir
Portodecretos e regulamentos para sua fiel
execução;
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V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;071.519.084-90
VI - dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem
criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X - decretar e executar a intervenção federal;
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão
legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos;
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do
banco central e outros servidores, quando determinado em lei;
XV - nomear, observado o disposto no art. , os Ministros do Tribunal de Contas da União;
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União;
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. , VII;

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DIREITO CONSTITUCIONAL

XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;


XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado
por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou
parcialmente, a mobilização nacional;
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território
nacional ou nele permaneçam temporariamente;
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as
propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão
legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. ;
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e
XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da
União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.

No §único deste artigo, prevê competências que podem ser delegadas, sendo elas:
VI - dispor, mediante decreto, sobre:
Gustavo Augusto N. Porto
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa
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nem criação ou extinção de órgãos públicos;
071.519.084-90
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XXV - prover cargos públicos federais, na forma da lei; (cuidado, somente a primeira parte deste inciso cabe
delegação, por isso, somente prover cargos públicos pode ser delegado).

Podem ser delegadas:


- Ministro Estado
- Procurador Geral República (PGR)
- Advogado Geral União (AGU)

. RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Previstos no artigo da CF:

Art. . São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais
das unidades da Federação;

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DIREITO CONSTITUCIONAL

III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;


IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e
julgamento.

A lei especial previstas no parágrafo única é Lei / versa sobre os crimes do


Presidente da República e Governador e o Decreto-Lei / sobre os crimes dos
Prefeitos.

Admitida a acusação contra o Presidente da República por / da Câmara de Deputados


será submetido a julgamento:
- crime de responsabilidade: Senado Federal
- crime comum: STF

Art. , § º O Presidente ficará suspenso de suas funções:


I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal
Federal; Gustavo Augusto N. Porto
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
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Caso o julgamento não seja concluído, passados dias, Presidente da República volta
ao exercício de suas funções. Se condenado perderá o cargo, ficará inabilitado por anos
para exercício de função pública e sofrerá as demais sanções judiciais.

Nos crimes comuns e dolosos contra a vida, os governadores serão julgados pelo STJ e os
Prefeitos pelo TJ.

Súmula Vinculante : A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento


das respectivas normas de processo e julgamento são de competência legislativa
privativa da União.

O Plenário do STF concluiu no julgamento de três Ações Diretas de Inconstitucionalidade


(ADIs , e ), e confirmou o entendimento de que as unidades federativas não
têm competência para editar normas que exijam autorização da Assembleia Legislativa
para que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) instaure ação penal contra governador e nem
para legislar sobre crimes de responsabilidade. Também foi confirmado que, no caso de
abertura de ação penal, o afastamento do cargo não acontece automaticamente.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Ao pacificar esse entendimento, os ministros aprovaram, por unanimidade, uma tese


segundo a qual “é vedado às unidades federativas instituírem normas que
condicionem a instauração de ação penal contra governador, por crime comum, à
previa autorização da casa legislativa, cabendo ao Superior Tribunal de Justiça dispor,
fundamentadamente, sobre a aplicação de medidas cautelares penais, inclusive
afastamento do cargo”.

Súmula do STF - A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por
prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual.

Súmula do STF - A competência do Tribunal de Justiça para julgar Prefeitos restringe-se aos
crimes de competência da Justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária
caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.

. IMUNIDADES PRESIDENTE DA REPÚBLICA


. Material: Não dispõe, somente membros do Poder Legislativo.
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. Processual ou Formal: 071.519.084-90
- Para instauração de processo necessita de autorização da Câmara de Deputados.
- Prisões cautelares, prevista no artigo , § , CF.
-Quanto à pratica de atos estranhos ao exercício de suas funções como Presidente,
conforme§ do artigo da CF.

PODER JUDICIÁRIO
- Função típica: jurisdicional (aplicação da lei no caso concreto).
- Função atípica: legislativa (Ex: elaboração regimento interno), administrativa (Ex: PAD,
licitações).

. Órgãos do Poder Judiciário:


Art. . São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;

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DIREITO CONSTITUCIONAL

II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;

III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;

V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;

VI - os Tribunais e Juízes Militares;

VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

§ º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital
Federal.

§ º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional.

. Estrutura e Orgãos

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) exerce controle interno (controle administrativo e


financeiro) do Poder Judiciário, porém não tem função jurisdicional.

O Supremo Tribunal Federal (STF) é o órgão máximo do Poder Judiciário que tem como
principal função ser guardião da Constituição Federal.

Compõem os Tribunais Superiores, sendo eles: o Superior Tribunal de Justiça (STJ),


Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Superior Tribunal
Militar (STM), todos com sede na Capital Federal e jurisdição em todo território nacional. O
STJ tem função principal assegurar a uniformização na interpretação da legislação
federal. Já os outros tribunais superiores integram a justiça Especializada.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

O STM

. STF: composto por ministros escolhidos dentre cidadãos de notável saber jurídico e
reputação ilibada, com mais de anos e menos de anos de idade. Indicados pelo
Presidente da República e aprovado por maioria absoluta do Senado Federal.
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. Competências: Art. , CF. 071.519.084-90

. STJ: composto por no mínimo ministros:


- / juízes TRF
- / desembargadores TJ
- / : / de advogados e / membros do MP Federal, Estadual e do Distrito Federal.

. Competências: Art. , CF.

. STM: ministros indicados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado


Federal.
- dentre os oficiais-generais da Marinha;
- dentre os oficiais-generais da Aeronáutica;
- dentre os oficiais-generais do Exército;
- dentre civis.

. JUSTIÇA MILITAR:
Art. . São órgãos da Justiça Militar:
I - o Superior Tribunal Militar;
II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

. Competências justiça militar Federal: julgar crimes militares.


Cuidado! Crimes cometidos a bordo de navio ou aeronaves são competência da JM.
. Competências justiça militar Estadual: Art. , § , CF:
§ º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes
militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a
competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a
perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.

OBS: Na justiça militar estadual os atos disciplinares de militares podem ser julgados, já na
justiça militar federal, somente os crimes militares.

. INGRESSO DO MAGISTRADO NA CARREIRA


- juiz substituto
- concurso público provas e títulos
- OAB participa de todas as fases
- obrigatório anos de praticas jurídicas

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. QUINTO CONSTITUCIONAL
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Nos tribunais um quinto dos cargos devem provir de membros do Ministério Público com
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mais de anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e reputação ilibada.

- Tribunais que tem: TST, TRT, TRF, TJ.

.PROMOÇÃO NA CARREIRA: ocorre entrância por entrância, ocorrendo


alternadamente por antiguidade e merecimento.

- a promoção por merecimento tem como pressupostos: anos de exercício na


respectiva entrância e integrar a primeira quinta parte da lista de antiguidade, salvo não
houver com tais requisitos quem aceite o cargo.
- obrigatória a promoção de juiz que estiver na lista de merecimento por x consecutivas
ou x alternadas.
- a aferição do merecimento ocorre por: critérios objetivos (produtividade e presteza);
cursos de aperfeiçoamento; desempenho.
- somente poderá recusar o mais antigo por voto fundamentado de / de seus
membros e assegurada ampla defesa.
- impossibilidade de promoção do juiz que, injustificadamente, retiver autos além do
prazo legal.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

. GARANTIAS INSTITUCIONAIS: são garantias administrativas, funcional e


financeira, de acordo com o artigo , CF.

. GARANTIAS DOS MAGISTRADOS: art. , CF


. Vitaliciedade: somente perde o cargo por decisão judicial transitada em julgado, esta
garantia é adquirida com o cumprimento do estágio probatório de dois anos de exercício.
Antes desse período a perda do cargo pode ocorrer por deliberação do tribunal que
estiver vinculado.
Cuidado! Quando o membro ingressar por meio do / constitucional terá essa garantia
adquirida imediatamente.

. Inamovibilidade: os magistrados somente poderão ser removidos por vontade


própria, salvo por interesse público com voto da maioria absoluta do tribunal ou CNJ e
assegurada ampla defesa.

. Irredutibilidade de Subsídio: assegurada aos magistrados a fim de evitar que esse


possa ser motivo de pressão, garantindo o pleno exercício de suas funções.
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. VEDAÇÕES AOS MAGISTRADOS: PARA ASSEGURAR A IMPARCIALIDADE
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Art. , Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

12
DEFESA DO ESTADO E
DAS INSTITUIÇÕES
DEMOCRÁTICAS

As medidas de Estado de Defesa e Estado de Sítio são medidas adotadas de forma


excepcional de extrema necessidade e contam com controle dos poderes Judiciário e
Legislativo.

ESTADO DE DEFESA
Art. . O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos
e determinados, a ordem pública ou a pazAugusto
Gustavo social ameaçadas por grave e iminente instabilidade
N. Porto
institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
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É medida de exceção mais branda em relação ao Estado de Sítio que será abordado a
seguir, essa medida é autorizada quando:
- existir grave e iminente instabilidade institucional ameaçando a ordem pública e paz
social;
- calamidades de grandes proporções na natureza que ameacem a ordem pública e paz
social.
Tem duração de no máximo dias, admitida uma prorrogação quando persistir a
situação (caso ainda assim persista a situação poderá passar a ser decretado o Estado de
Sítio).

Essa medida é decretada pelo Presidente da República (decreto presidencial), dentro de


h submetido à apreciação do Congresso Nacional que decide por maioria absoluta
pela aprovação ou rejeição. Caso o CN esteja em recesso, será convocado
extraordinariamente no prazo de dias, devendo apreciá-lo no prazo de dias contados
do seu recebimento. Ainda, deverá o CN seguir em funcionamento durante o período em
que permanecer o Estado de Defesa.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

O decreto presidencial deve constar:


- área abrangida (local restrito e determinado)
- prazo duração (observado limite máximo dia, permitida uma única prorrogação)
- medidas coercitivas adotadas (direitos e garantias que, provisoriamente, poderão ser
suprimidos), sendo elas:

Art , § º, I: restrições aos direitos de:


a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;

Ainda ocupação ou uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de


calamidade pública. Nessa hipótese responde a União pelos danos e custos decorrentes
desta medida.
MS . /DF: não é permitida a requisição e ocupação de bens PÚBLICOS em situações de
normalidade, mas somente na vigência de Estado de Defesa e Estado de Sítio
Gustavo Augusto N. Porto
ESTADO DE SÍTIO Gustavoanporto@gmail.com
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Art. . O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia
de medida tomada durante o estado de defesa;
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

A decretação do Estado de Sítio de dará pelo Presidente da República, sendo exigida


prévia audiência do Conselho da República e Conselho de Defesa Nacional (de forma
meramente opinativa, porém obrigatória manifestação). Ainda, necessária autorização
do Congresso Nacional para que essa medida seja decretado.
Caso esteja no recesso parlamentar, o presidente do Senado Federal,
extraordinariamente, convocará o CN para se reunir e, dentro de dias, apreciar o ato.
Decidindo pela autorização do Estado de Sítio o CN permanecerá em funcionamento até
o termino da medida.
Os prazos nas hipóteses do inciso I do art : dias, admitidas prorrogações de no
máximo dias, isto é, pode prorrogar mais de uma vez, contudo cada uma das
prorrogações de no máximo dias. Já na hipótese do inciso II do mesmo artigo: por todo
o tempo que perdurar a guerra ou agressão armada estrangeira.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

As medidas coercitivas deste ato, nas hipóteses do inciso I, são:


I - obrigação de permanência em localidade determinada;
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à
prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;
IV - suspensão da liberdade de reunião;
V - busca e apreensão em domicílio;
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII - requisição de bens.
Nos casos do inciso II deste mesmo artigo, a Constituição Federal não estabeleceu
limites, necessitam, apenas, ser justificadas pelo Presidente da Reoública e autorizadas
pelo CN.

FORÇAS ARMADAS
São compostas pelo Marinha, Aeronáutica e Exército (MAE), sendo estas instituições
nacionais (servem a nação como um todo) permanentes e regulares (sempre preparadas
e operando). A autoridade suprema é o Presidente da República (Comandante Supremo
das Forças Armadas). Tem como funçãoAugusto
Gustavo essencial defesa da Pátria e garantia dos Poderes
N. Porto
constitucionais, eventualmente, a defesa da lei e da ordem. Os membros das Forças
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Armadas são chamados de militares.

Art. . As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são
instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina,
sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia
dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

As forças armadas cabe, em caráter excepcional, atuar de forma ostensiva com a


finalidade de defesa da lei e da ordem. Pois, em regra, cabe, originariamente, a Polícia
Militar esta função.
As bases são disciplina (cumprir de forma integral as leis, rehulamentos, normas...) e
hierarquia (ordem de autoridade representada pelas graduações e postos), sendo estas
sempre respeitadas não só pelos militares da ativa, como os da reserva remunerada e
reformados.
Cuidado: o Comandante Supremo das Forças Armadas é o Presidente da República,
quem exerce a Direção Superior é o Ministro da Defesa.
De acordo com a LC : não caberá habeas corpus em relação a punição disciplinar de
militares.
Importante leitura de todo o artigo .

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Art. , CF:
O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
§ º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de
paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de
crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter
essencialmente militar.
§ º - As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz,
sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.
O serviço militar é obrigatório, entretanto há escusa de consciência, reconhecida no
artigo , VIII da CF, desobrigando o alistado do serviço militar obrigatório, desde que
cumpra prestação alternativa.

SEGURANÇA PÚBLICA
Art. , CF: A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal; Gustavo Augusto N. Porto
III - polícia ferroviária federal; Gustavoanporto@gmail.com
IV - polícias civis; 071.519.084-90
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (incluído pela EC de )

Trata-se de um rol taxativo, não podendo este ser modificado:


Os Estados-membros, assim como o Distrito Federal, devem seguir o modelo federal. O art. da
Constituição aponta os órgãos incumbidos do exercício da segurança pública. Entre eles não está o
Departamento de Trânsito. Resta pois vedada aos Estadosmembros a possibilidade de estender o
rol, que esta Corte já firmou ser numerus clausus, para alcançar o Departamento de Trânsito. [ADI
. , voto do rel. min. Eros Grau, j. - - , P, DJ de - - .] Vide ADI . , rel. min. Gilmar
Mendes, j. - - , P, DJE de - -

. Polícia Federal:
Artigo , § º, CF: A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e
mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e
interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras
infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme,
segundo se dispuser em lei; (cuidado: NÃO alcança sociedade de economia mista)

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DIREITO CONSTITUCIONAL

II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho,


sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
§ º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado
em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
§ º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado
em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.

. Polícia Civis:
Não são órgãos da União, são dirigidas por delegados de polícia de carreira, exercem a
função de polícia judiciária e apuração de infrações penais, exceto as militares. Apuram
crimes estaduais, os federais compete a polícia federal, como supramencionado.

Poderes de investigação do Ministério Público. Os arts. º, LIV e LV; , III e VIII; e , IV, § º, da CF
não tornam a investigação criminal exclusividade da polícia nem afastam os poderes de
investigação do Ministério Público. Fixada, em repercussão geral, tese assim sumulada: "O Ministério
Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria, e por prazo razoável,
investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a
Gustavo Augusto N. Porto
qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas, sempre, por seus
Gustavoanporto@gmail.com
agentes, as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas
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profissionais de que se acham investidos, em nosso país, os advogados (Lei . / , art. º,
notadamente os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da possibilidade – sempre presente no
Estado Democrático de Direito – do permanente controle jurisdicional dos atos, necessariamente
documentados (Súmula Vinculante ), praticados pelos membros dessa instituição”. [RE . , rel.
p/ o ac. min. Gilmar Mendes, j. - - , P, DJE de - - , Tema .]

. Polícia Militar e Corpo de Bombeiros:


A Polícia Militar têm função de polícia ostensiva e preservação da ordem pública, já o
Corpo de Bombeiros, a execução Ed atividades de defesa civil, além das atribuídas
definidas em lei.

Art. , § º, CF: As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva
do Exército subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e
distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. (incluído pela EC de
)

. Polícias Penais
São vinculados ao órgão administrador do sistema penal da unidade federativa, podem
ser órgão federal (presídios federais) ou órgão estadual (presídios estaduais),
responsáveis pela segurança dos estabelecimentos penais.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

. Guardas Municipais
Não há previsão na Constituição Federal no artigo como rol de órgãos da polícia,
entretanto, de acordo com José Afonso Silva:

“os constituintes recusaram várias propostas no sentido de instituir alguma forma de polícia
municipal. Com isso, os Municípios não ficaram com qualquer responsabilidade específica pela
segurança pública. Ficaram com a responsabilidade por ela na medida em que, sendo entidades
estatais, não podem eximir-se de ajudar os Estados no cumprimento dessa função. Contudo, não se
lhes autorizou a instituição de órgão policial de segurança, e menos ainda de polícia judiciária. A
Constituição apenas lhes reconheceu a faculdade de constituir Guardas Municipais destinadas à
proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. Aí, certamente, está uma área
que é de segurança pública: assegurar a incolumidade do patrimônio municipal, que envolve bens
de uso comum do povo, bens de uso especial e bens patrimoniais, mas não é de polícia ostensiva,
que é função da Polícia Militar. Por certo que não lhe cabe qualquer atividade de polícia judiciária e
de apuração de infrações penais, que a Constituição atribui com exclusividade à Polícia Civil (art. ,
§ .º), sem possibilidade de delegação às Guardas Municipais”

Ademais, STF se posicionou no sentido de esses órgãos possuem poder de polícia:

“(...) é constitucional a atribuiçãoGustavo


às guardasAugusto
municipais do N.exercício
Porto de poder de polícia de trânsito,
inclusive para imposição de sanções administrativas legalmente previstas.” [RE
Gustavoanporto@gmail.com . , rel. p/ o ac.
min. Roberto Barroso, j. - - , P, DJE de - - , Tema .]
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DIREITO CONSTITUCIONAL

13 TRIBUTAÇÃO
E ORÇAMENTO

A Constituição Federal reservou a LC determinar as matérias básicas de integração do


Sistema Tributário Nacional, art , III, CF.

Art. . Cabe à lei complementar:


I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios;
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
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a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta
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Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
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b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de
pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. , II, das
contribuições previstas no art. , I e §§ e , e da contribuição a que se refere o art. .

Assegura a possibilidade de tratamento diferenciado as microempresas e empresas de


pequeno porte, a fim de beneficiá-los, como forma de incentivo.

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
União Art , CF: Impostos (II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF)
Art , CF: Empréstimos Compulsórios, Contribuições Sociais, Profissionais, Econômicas
e de Intervenção no domínio econômico.
Estados Art , CF: ITCMD, ICMS, IPVA.
Municípios Art -A, CF: Contribuição para custeio do serviço de iluminação pública.
Art , CF: IPTU, ITBI, ISS.
DF Competência híbrida (Estados e Município)

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Art. , CF: Compete à União instituir impostos sobre:


I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
§ º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as
alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.

§ º O imposto previsto no inciso III:


I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei;

§ º O imposto previsto no inciso IV:


I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; (a seletividade no IPI é obrigatória, ao contrário do
ICMS (estadual), em que a seletividade é facultativa)
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas
anteriores;
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
IV - terá reduzido seu impacto sobreGustavo
a aquisição Augusto N. Porto
de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da
lei. Gustavoanporto@gmail.com
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§ º O imposto previsto no inciso VI do caput (ITR):
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades
improdutivas;
II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não
possua outro imóvel;
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique
redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. (o ITR é um imposto federal, mas pode a
União, através de um convênio, delegar ao município a cobrança e fiscalização do imposto; a vantagem para o
Município, neste caso, é que ele ficará com % do valor da arrecadação)

§ º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à
incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota
mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos:
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;
II - setenta por cento para o Município de origem.

COMPETÊNCIA RESIDUAL:
Art. . A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e
não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Este artigo estabelece três requisitos:


- LC
- Respeitar o principio da não- cumulatividade: evitando incidência de tributo sobre ele
mesmo.
- não apresentar mesma base de cálculo de outro imposto.

COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA:
Art , II, CF: na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em
sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

ESPÉCIES DE TRIBUTO:
O STF adota a classificação quinquipartide dos tributos:
- imposto
- taxa
- contribuição de melhoria
- contribuições especiais
- empréstimo compulsório
Gustavo Augusto N. Porto
Art.
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. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
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II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a
esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos
e as atividades econômicas do contribuinte.
§ º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Art. . A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:


I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto
no art. , III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à
despesa que fundamentou sua instituição.

Art. . Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico
e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas
áreas, observado o disposto nos arts. , III, e , I e III, e sem prejuízo do previsto no art. , § º,
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Art. -A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o
custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. , I e III. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº , de )
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de
energia elétrica.

Atenção aos parágrafos º ao ºC que foram incluídos pela EC / .

§ º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições para custeio
de regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas,
que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de contribuição ou dos proventos de
aposentadoria e de pensões.

§ º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição ordinária dos aposentados e pensionistas poderá incidir
sobre o valor dos proventos de aposentadoria e de pensões que supere o salário-mínimo.

§ º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § º-A para equacionar o deficit atuarial, é facultada
a instituição de contribuição extraordinária, no âmbito da União, dos servidores públicos ativos, dos
aposentados e dos pensionistas.

Gustavo
§ º-C. A contribuição extraordinária de que trataAugusto N. ser
o § º-B deverá Porto
instituída simultaneamente com outras
medidas para equacionamento Gustavoanporto@gmail.com
do deficit e vigorará por período determinado, contado da data de sua
instituição. 071.519.084-90

§ º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não
incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº , de
) II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº , de . . ) III - poderão ter alíquotas: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº , de ) a) ad valorem , tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da
operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro;
§ º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na
forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº , de )
§ º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez.

LIMITAÇÕES
Art. . Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; Princípio da reserva legal tributária ou da
legalidade estrita.
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; Princípio da igualdade tributária.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

III - cobrar tributos:


a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado; Princípio da irretroatividade tributária.

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; Princípio da
anterioridade.
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou,
observado o disposto na alínea b; Princípio da anterioridade mitigada ou nonagesimal.

IV - utilizar tributo com efeito de confisco; Princípio da vedação ao confisco.


V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
Princípio da ilimitabilidade do tráfego de pessoas.

IMUNIDADE TRIBUTÁRIAS:
VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; IMUNIDADE RECÍPROCA

b) templos de qualquer culto; IMUNIDADE RELIGIOSA


c) patrimônio, renda ou serviços dosGustavo Augusto
partidos políticos, N.suas
inclusive Porto
fundações, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituiçõesGustavoanporto@gmail.com
de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei; 071.519.084-90
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. IMUNIDADE CULTURAL
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais
de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes
materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de
leitura a laser. IMUNIDADE PRODUÇÃO DE MUSICA BRASILEIRA.
§ º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. , I, , I, II, IV e V; e , II; e a
vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. , I, , I, II, III e V; e , II, nem à fixação
da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. , III, e , I. Princípio da capacidade
contributiva.
§ º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às
delas decorrentes.
§ º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços,
relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos
privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o
promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
§ º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os
serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
§ º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que
incidam sobre mercadorias e serviços.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

§ º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou
remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica,
federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o
correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. , § .º, XII, g.
§ º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento
de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e
preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.

IMUNIDADE RECÍPROCA: previsto no artigo , VI, a, CF.


É estendida às autarquias e às fundações públicas instituídas pelo Poder Público, no que
diz respeito ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados as suas finalidades
essenciais ou delas decorrentes.
Não se aplica a exploração de atividades econômicas, contribuição de fato, caixa
assistência dos advogados, serviços cartoriais, impostos (taxas e contribuição
previdenciária), empresas públicas, sociedade de economia mista prestadoras de
serviços públicos.

FINANÇAS PÚBLICAS E ORÇAMENTO: Art a , CF


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Questões relativas a normas gerais sobre a matéria em que há reserva de lei
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complementar.
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Art. . Lei complementar disporá sobre:


I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo
Poder Público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta;
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as
características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.

Artigo , § º: Cabe à lei complementar:


I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual,
da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como
condições para a instituição e funcionamento de fundos.
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando
houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de
caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ e do art. .

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DIREITO CONSTITUCIONAL

. Princípios e Vedações Constitucionais Orçamentárias

Princípio da Legalidade: todas as leis orçamentárias e os credito adicionais são vinculadas


a legislação.

Princípio da Anualidade: o orçamento deve ser elaborado e autorizado para o período de


exercício financeiro, isto é, ano, podendo ou não coincidir com o ano civil.

Princípio da Universalidade: todas as receitas e despesas devem constar no orçamento.

Princípio da Unidade: o orçamento deve ser uno, ou seja, apenas um orçamento por
exercício financeiro.

Princípio da Publicidade: decisões envolvendo a matéria orçamentária devem ser


publicados em órgão da imprensa oficial.

Princípio da Especificação: determina que as receitas e despesas devam ser


especificadas/discriminadas.
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Princípio da Exclusividade:Gustavoanporto@gmail.com
a lei orçamentária não poderá ter matéria estranha à previsão
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de receitas e à fixação das despesas.
Havendo duas exceções: autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operação de crédito, ainda que por antecipação de receita orçamentária.

Princípio da Proibição do Estorno: Vedada remanejamento de recursos de uma categoria


para outra sem prévia autorização legislativa. Entretanto há exceção:

Art , § º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de


programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e
inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do
Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo.

Princípio da Não afetação/vinculação: veda a vinculação de receita de impostos a órgão,


fundo ou despesa, exceto nas hipóteses expressas na Constituição Federal:

Art , IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do


produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. e , a destinação de recursos para
as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para
realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts.
, § º, e , XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita,
previstas no art. , § º, bem como o disposto no § º deste artigo;

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Outras exceções espalhadas pelo seu texto:


- Garantia e contragarantia à União para pagamento de débitos para com a mesma.
- Vinculação de até , % da receita tributária líquida para os Programas de Apoio a Inclusão e
Promoção Social (art. , §ú).
- Vinculação de até , % da receita tributária líquida dos Estados e DF para Fundos voltados ao
financiamento de programas culturais (art. , § º).
- Vinculação de parcela da receita orçamentária dos Estados e DF a entidades públicas de
fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica (art. , § º)

. Leis orçamentárias: Art , CF.


As três leis orçamentárias são leis ordinárias de iniciativa do Chefe do Poder Executivo.

. Plano Plurianual (PPA):


Art , § º: A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes
e para as relativas aos programas de duração continuada.

O PPA constitui o plano de governo para os exercícios financeiros subseqüentes


(duração continuada). Importante salientar que a vigência da PPA não coincide com o
Gustavo Augusto N. Porto
mandato do Presidente da Gustavoanporto@gmail.com
República, ainda que tenha duração de anos. O PPA alcança
os últimos exercícios financeiros071.519.084-90
do mandato do Presidente da República. Isto é, o
último ano de vigência do PPA, será o primeiro ano do mandato presidencial.

O PPA é regionalizado, visto que cada região pode ter necessidades diferentes.
Estabelece diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal.

Art. . São vedados:


(...)
§ º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia
inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO):


Art , § º, CF: A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração
pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

A LDO compreende as metas e prioridades da administração publica federal, incluindo as


despesas de capital para exercício financeiro subseqüente, tem duração de ano.
Ainda, tem por função orientar a elaboração da LOA, dispor sobre alterações na legislação
tributária e estabelecer política de aplicação das agencias financeiras oficiais de fomento.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Art , § º, CF: A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos,


empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de
pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos
acréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e
as sociedades de economia mista.

. Lei Orçamentária Anual (LOA):


Art , § º, CF: A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

LOA:
- Orçamento fiscal: gasto público que alcança os três Poderes. (Art , § , I, CF).
Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
- Orçamento de investimento: investimento nas empresas estatais em que a União
071.519.084-90
detenha maioria do capital social (direta ou indiretamente).
Os dois primeiros orçamentos –fiscal e de investimentos- terão como função reduzir
desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional (art , § , CF).

- Orçamento da seguridade social: inclui saúde, assistência e previdência social (será


estudado detalhadamente).

Até dias após o encerramento de cada bimestre o Poder Executivo publicará relatório
resumido da execução orçamentária.

Resumo:

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DIREITO CONSTITUCIONAL

. Créditos Adicionais:
Art. . Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos
créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento
comum.

Os créditos adicionais se dividem em três:

- créditos suplementares: quando a despesa já está autorizada na LOA, para situações


em que havia previsão, mas o crédito insuficiente.

- créditos especiais: quando não há previsão na LOA


Nos créditos suplementares e especiais deve ser autorizados por lei e aberta por
decreto executivo, sendo necessário haver recurso disponível para suportar as despesas
e justificativa para tal. Ainda, necessária a indicação de disponibilidade de recursos.

- créditos extraordinários: somente para despesas imprevisíveis e urgentes, a exemplo


das despesas decorrentes de: calamidade pública, comoção interna, guerra. Abertura
ocorre por meio de Medida Provisória, não necessita de prévia autorização legal.
Os créditos especiais e extraordinários, quando autorizados nos últimos meses do
exercício (de setembro a dezembro, podem ser incorporados no exercício financeiro
Gustavo Augusto N. Porto
subseqüente, desde que nos limites do seu saldo.
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90

. Processo Legislativo:
Ainda que essas três leis orçamentárias sejam leis ordinárias, obedecem um regramento
próprio.

§ º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:


I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Presidente da República;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta
Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das
demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. .

A comissão mista permanente aprova e acompanha a execução orçamentária. A


competência para encaminhar o projeto é do Poder Executivo, sendo essa uma
competência privativa e indelegável (artigo c/c art , XXIII, CF). Esta comissão
recebe os pareceres das duas casas legislativas e as emendas parlamentares. Emite o
seu parecer e encaminha, junto do projeto, para votação pelo Plenário das duas Casas do
CN em sessão conjunta. Obtendo maioria simples e votos, será aprovado. Demais normas
igual ao processo legislativo comum.

Art , § º, CF: Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta
seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Emenda aos projetos de lei orçamentária: há possibilidade de emendar projeto de lei


orçamentária, respeitados limites previstos no artigo , § , CF.

Art , § º, CF: As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas
as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

Orçamento Público:
As alterações da EC / estabeleceu limites para as emendas individuais
–apresentadas por um senador ou um deputado-, não para todas as emendas. Este limite
é de , % da receita corrente líquida.

Gustavo Augusto N. Porto


Art , § , CF:º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de , % (um
Gustavoanporto@gmail.com
inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder
071.519.084-90
Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.
§ . A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § º, inclusive
custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § º do art. , vedada a destinação para
pagamento de pessoal ou encargos sociais.
§ . É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § º deste artigo,
em montante correspondente a , % (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada
no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei
complementar prevista no § º do art. .
§ . A garantia de execução de que trata o § deste artigo aplica-se também às programações incluídas por
todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal, no montante de
até % (um por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior.
§ . As programações orçamentárias previstas nos §§ e deste artigo não serão de execução obrigatória
nos casos dos impedimentos de ordem técnica.
§ . Para fins de cumprimento do disposto nos §§ e deste artigo, os órgãos de execução deverão observar,
nos termos da lei de diretrizes orçamentárias, cronograma para análise e verificação de eventuais
impedimentos das programações e demais procedimentos necessários à viabilização da execução dos
respectivos montantes.
§ . (Revogado)
§ . Quando a transferência obrigatória da União para a execução da programação prevista nos §§ e
deste artigo for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência do ente
federativo destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de
aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. . As execuções não serão
obrigatórias quando demonstrados impedimentos de ordem técnica.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

§ . Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas nos §§ e poderão ser
considerados para fins de cumprimento da execução financeira até o limite de , % (seis décimos por cento) da
receita corrente líquida realizada no exercício anterior, para as programações das emendas individuais, e até o
limite de , % (cinco décimos por cento), para as programações das emendas de iniciativa de bancada de
parlamentares de Estado ou do Distrito Federal.
§ . Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta
de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, os montantes previstos nos §§ e deste
artigo poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das demais
despesas discricionárias.
§ . Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que observe critérios
objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas,
independentemente da autoria.
§ . As programações de que trata o § deste artigo, quando versarem sobre o início de investimentos com
duração de mais de (um) exercício financeiro ou cuja execução já tenha sido iniciada, deverão ser objeto de
emenda pela mesma bancada estadual, a cada exercício, até a conclusão da obra ou do empreendimento.

Na transferência especial os recursos serão repassados diretamente ao ente federado


beneficiado e poderão ser gastos de forma mais livre. Já a transferência

Art. -A. As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária anual poderão
Gustavo
alocar recursos a Estados, ao Distrito Federal e Augusto N. meio
a Municípios por Porto
de: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº , de Gustavoanporto@gmail.com
)
I - transferência especial; ou 071.519.084-90
II - transferência com finalidade definida.
§ º Os recursos transferidos na forma do caput deste artigo não integrarão a receita do Estado, do Distrito
Federal e dos Municípios para fins de repartição e para o cálculo dos limites da despesa com pessoal ativo e
inativo, nos termos do § do art. , e de endividamento do ente federado, vedada, em qualquer caso, a
aplicação dos recursos a que se refere o caput deste artigo no pagamento de:
I - despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos, e com pensionistas; e
II - encargos referentes ao serviço da dívida.
§ º Na transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo, os recursos:
I - serão repassados diretamente ao ente federado beneficiado, independentemente de celebração de
convênio ou de instrumento congênere;
II - pertencerão ao ente federado no ato da efetiva transferência financeira; e
III - serão aplicadas em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo do ente
federado beneficiado, observado o disposto no § º deste artigo.
§ º O ente federado beneficiado da transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo
poderá firmar contratos de cooperação técnica para fins de subsidiar o acompanhamento da execução
orçamentária na aplicação dos recursos.
§ º Na transferência com finalidade definida a que se refere o inciso II do caput deste artigo, os recursos serão:
I - vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar; e
II - aplicados nas áreas de competência constitucional da União.
§ º Pelo menos % (setenta por cento) das transferências especiais de que trata o inciso I do caput deste
artigo deverão ser aplicadas em despesas de capital, observada a restrição a que se refere o inciso II do § º
deste artigo.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

14 ORDEM ECONÔMICA
E FINANCEIRA

O Título VII da Constituição Federal de “da Ordem Econômica e Financeira dos


artigos a (muito importante ler os artigos, cobrado em prova a letra da lei), divide-
se em quatro partes:

. Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica

Art. . A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem
por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os
seguintes princípios: Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
I - soberania nacional; é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.
II - propriedade privada; é admitida 071.519.084-90
a apropriação privada dos meios de produção (essa
propriedade, desde que, atenda a sua função social, conforme incio III).
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência; a ordem econômica deve assegurar a todos uma existência digna.

Súmula Vinculante : Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a
instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.

V - defesa do consumidor; regulada pela lei / , aplicável, também, as relações entre


usuários e instituições financeiras.
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; não basta
apenas produzir riqueza, a qualquer custo, deve-se prezar pelo meio ambiente.
VII - redução das desigualdades regionais e sociais; é admitida a concessão de incentivos fiscais
visando o desenvolvimento socioeconômico entre diferentes regiões do País.
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e
que tenham sua sede e administração no País.
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica,
independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Art. . A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro,
incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros.

Art. . Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade


econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de
suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou
de prestação de serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; regime de paridade entre estatais e empresa
privada.
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da
administração pública;
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação
de acionistas minoritários;
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
§ º As empresas públicas e asGustavo
sociedadesAugusto N.mista
de economia Portonão poderão gozar de privilégios
Gustavoanporto@gmail.com
fiscais não extensivos às do setor privado.
071.519.084-90
§ º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.
§ º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação
da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá
a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos
praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.

Art. . Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado.Por meio da regulação e do fomento temos a intervenção
indireta do Estado.
§ º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional
equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de
desenvolvimento.
§ º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.
§ º O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em
conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
§ º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou
concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde
estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. , XXV, na forma da lei.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Art. . Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial
de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e
rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.

Art. . As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica
constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e
pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.
§ º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o
"caput" deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União,
no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua
sede e administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas quando
essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas.
Gustavo Augusto N. Porto
§ º É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na forma e no valor
Gustavoanporto@gmail.com
que dispuser a lei. 071.519.084-90
§ º A autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e as autorizações e concessões
previstas neste artigo não poderão ser cedidas ou transferidas, total ou parcialmente, sem prévia
anuência do poder concedente.
§ º Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial de energia
renovável de capacidade reduzida.

Art. . Constituem monopólio da União:


I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos;
II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades
previstas nos incisos anteriores;
IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de petróleo
produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e
gás natural de qualquer origem;
V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de
minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção,
comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de permissão, conforme as alíneas
b e c do inciso XXIII do caput do art. desta Constituição Federal.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

§ º A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades
previstas nos incisos I a IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei.
§ º A lei a que se refere o § º disporá sobre:
I - a garantia do fornecimento dos derivados de petróleo em todo o território nacional;
II - as condições de contratação;
III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio da União;
§ º A lei disporá sobre o transporte e a utilização de materiais radioativos no território nacional.
§ º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de
importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool
combustível deverá atender aos seguintes requisitos:
I - a alíquota da contribuição poderá ser:
a) diferenciada por produto ou uso;
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. ,III,
b;
II - os recursos arrecadados serão destinados:
a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus
derivados e derivados de petróleo;
b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás;
Gustavo Augusto N. Porto
c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes.
Gustavoanporto@gmail.com
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Art. . A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre, devendo,
quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados pela União,
atendido o princípio da reciprocidade.
Parágrafo único. Na ordenação do transporte aquático, a lei estabelecerá as condições em que o
transporte de mercadorias na cabotagem e a navegação interior poderão ser feitos por
embarcações estrangeiras. Cuidado: é permitido a cabotagem e a navegação interior por
embarcações ESTRANGEIRAS.

Art. . A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às


empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a
incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e
creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.

Art. . A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão e incentivarão o turismo


como fator de desenvolvimento social e econômico.

Art. . O atendimento de requisição de documento ou informação de natureza comercial, feita por


autoridade administrativa ou judiciária estrangeira, a pessoa física ou jurídica residente ou
domiciliada no País dependerá de autorização do Poder competente.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

. Da Política Urbana
Art. . A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
Compete ao município executar a política de desenvolvimento urbano, porém o direito
urbanístico é matéria submetida à competência legislativa concorrente da União (art , I,
CF) estabelecendo normas gerais. No artigo , I, estabelece que compete ao Município
legislar sobre interesse local e no inciso VIII “promover, no que couber, adequado
ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da
ocupação do solo urbano”.
§ º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte
mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
Plano diretor: lei urbanística municipal que estabelece a política de desenvolvimento e de
expansão urbana. Este instrumento é OBRIGATÓRIO nas cidades com mais de mil
habitantes.
§ º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais
de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Gustavo
§ º As desapropriações de imóveis Augusto
urbanos N. Porto
serão feitas com prévia e justa indenização em
dinheiro. Gustavoanporto@gmail.com
§
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º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou
não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

Art. . Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados,
por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família,
adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Hipótese de usucapião especial urbana, deve preencher estes requisitos apontados no
artigo :
-área urbana até m²;
- anos (ininterruptos e sem oposição)
-utilizado para sua moradia ou da família
- Não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural

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DIREITO CONSTITUCIONAL

§ º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos,


independentemente do estado civil.
§ º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Entendimento do STF:

(...) preenchidos os requisitos do art. da CF, o reconhecimento do direito à usucapião especial


urbana não pode ser obstado por legislação infraconstitucional que estabeleça módulos urbanos
na respectiva área em que situado o imóvel (dimensão do lote). [RE . , rel. min. Dias Toffoli, j. -
- , P, DJE de - - , Tema .]

Ainda, STF admite a usucapião do domínio útil de terrenos da marinha:


Usucapião de domínio útil de bem público (terreno de marinha). (...) O ajuizamento de ação contra o
foreiro, na qual se pretende usucapião do domínio útil do bem, não viola a regra de que os bens
públicos não se adquirem por usucapião. [RE . AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, j. - - , ª
T, DJE de - - .]

. Da Política Agrícola e Fundiária e da Reforma Agrária


Art. . Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel
rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos
Gustavo Augusto N. Porto
da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos,
Gustavoanporto@gmail.com
a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
071.519.084-90
A competência para legislar sobre desapropriação é da União, conforme já estudado. No
artigo , as hipóteses em que são insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma
agrária:

I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não
possua outra;
II - a propriedade produtiva.

Sobre a política agrícola:


Art. . A política agrícola será planejada e executada na forma da lei, com a participação efetiva
do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de
comercialização, de armazenamento e de transportes, levando em conta, especialmente:
I - os instrumentos creditícios e fiscais;
II - os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de comercialização;
III - o incentivo à pesquisa e à tecnologia;
IV - a assistência técnica e extensão rural;
V - o seguro agrícola;
VI - o cooperativismo;
VII - a eletrificação rural e irrigação;
VIII - a habitação para o trabalhador rural.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

§ º Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agro-industriais, agropecuárias, pesqueiras


e florestais.
§ º Serão compatibilizadas as ações de política agrícola e de reforma agrária.

Art. . A destinação de terras públicas e devolutas será compatibilizada com a política agrícola e
com o plano nacional de reforma agrária.
§ º A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área superior a dois mil e
quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, dependerá de
prévia aprovação do Congresso Nacional.
§ º Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior as alienações ou as concessões de terras
públicas para fins de reforma agrária.

Art. . Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma agrária receberão títulos de
domínio ou de concessão de uso, inegociáveis pelo prazo de dez anos.
Parágrafo único. O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher,
ou a ambos, independentemente do estado civil, nos termos e condições previstos em lei.

Art. . A lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento de propriedade rural por pessoa
física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que dependerão de autorização do Congresso
Nacional.
Gustavo Augusto N. Porto
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. Do Sistema Financeiro Nacional
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Art. . O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento
equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem,
abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão,
inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram. (alterado
pela EC / )

O sistema financeiro nacional pode ser regulamentado por mais de uma lei
complementar, hoje, a lei que regula é Lei . / .

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DIREITO CONSTITUCIONAL

15 ORDEM
SOCIAL

Art. . A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça
sociais.
Parágrafo único. O Estado exercerá a função de planejamento das políticas sociais, assegurada, na forma da
lei, a participação da sociedade nos processos de formulação, de monitoramento, de controle e de avaliação
dessas políticas.

Ordem Social:
Base Primado do Trabalho
Objetivo bem estar e justiça social
Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
Na constituição Federal este título, subdivide-se em:
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- Seguridade Social: art a
- Educação, cultura e desporto: a
- Ciência, Tecnologia e Inovação: a -B
- Comunicação Social: a
- Meio Ambiente:
- Família, Criança, Adolescente, Jovem e Idoso: a
- Índios: e

.Seguridade Social: saúde, previdência e assistência social


Art. . A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e
da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos
seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento; a seguridade social deve abranger tudo e a todos.
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; prevê igualdade no
tratamento entre trabalhadores urbanos e rurais, tendo em vista o princípio da isonomia.
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; priorizar, em alguns casos, os mais
necessitados para determinados benefícios.
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - eqüidade na forma de participação no custeio; cobrar alíquotas progressivas, isto é, quem ganha menos
contribui menos.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para cada


área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado o
caráter contributivo da previdência social; assegura que a contribuição provenha de diversas fontes
diferentes.
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados
.
O artigo estabelece como será financiada a seguridade social:
Art. . A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da
lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física
que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas
progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social;
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
(...) Gustavo Augusto N. Porto
§ º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a
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correspondente fonte de custeio total.
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Os direitos da seguridade social têm custos maiores, por isso este parágrafo indica a
necessidade de indicar a fonte de custeio.

. Saúde: art. a , CF

Art. . A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços
para sua promoção, proteção e recuperação.
A saúde é direito de todos e deve ser gratuito e universal, sendo vedada pelo STF
diferenciação de classe: “é constitucional a regra que veda, no âmbito do Sistema Único
de Saúde, a internação em acomodações superiores, bem como o atendimento
diferenciado por médico do próprio SUS, ou por médico conveniado mediante
pagamento de diferença dos valores correspondentes” (Informativo , STF).

Art. . As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem
um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;
III - participação da comunidade.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

A Constituição Federal determina que a União, Estados, DF e Municípios aplique


percentuais mínimos de suas receitas em ações e serviços de saúde, anualmente.
Art. , § , I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser
inferior a % (quinze por cento);
II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art.
e dos recursos de que tratam os arts. e , inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem
transferidas aos respectivos Municípios;
III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art.
e dos recursos de que tratam os arts. e , inciso I, alínea b e § º.
§ º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá:
I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § º;
II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução
das disparidades regionais;
III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual,
distrital e municipal;
§ º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes
de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade
de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação. A fim de aumentar a eficiência na
prestação de serviço público de saúde, é permitido, em caráter de exceção, admitir
Gustavo Augusto N. Porto
agentes comunitários de saúde por meio de processo seletivo público.
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§ º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os
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Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de
combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial.
§ º Além das hipóteses previstas no § º do art. e no § º do art. da Constituição Federal, o servidor que
exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias
poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu
exercício.

As competências do SUS, prevista no artigo , CF, são:


Art. . Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da
produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e
águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e
produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Jurisprudências:

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO.


SOLIDARIEDADE ENTRE UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS. CRIANÇA. PROTEÇÃO INTEGRAL E PRIORIDADE
ABSOLUTA. BLOQUEIO DE VERBAS PÚBLICAS. POSSIBILIDADE. SÚMULA /STJ. AGRAVO REGIMENTAL
DESPROVIDO. - O Superior Tribunal de Justiça, em reiterados precedentes, tem decidido que o funcionamento
do Sistema Único de Saúde - SUS é de responsabilidade solidária dos entes federados, de forma que qualquer
deles ostenta legitimidade para figurar no polo passivo de demanda que objetive o acesso a medicamentos.
(STJ - AgRg no REsp: RS / - , Relator: Ministro SÉRGIO KUKINA, Data de Julgamento:
/ / , T - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe / / ).

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. AÇÃOMOVIDA CONTRA


ESTADO. CHAMAMENTO DA UNIÃO AO PROCESSO. CPC, ART. ,III. INVIABILIDADE. . A hipótese de
chamamento ao processo prevista no art. , III, do CPC é típica de obrigações solidárias de pagar quantia.
Tratando-se de hipótese excepcional de formação de litisconsórcio passivo facultativo, promovida pelo
demandado, não se admite interpretação extensiva para alcançar prestação de entrega de coisa certa. . O
Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE . /SC, de relatoria do Min. Luiz Fux, concluiu que "o
chamamento ao processo da União pelo Estado de Santa Catarina revela-se medida meramente protelatória
que não traz nenhuma utilidade ao processo, além de atrasar a resolução do feito, revelandose meio
inconstitucional para evitar o acesso aos remédios necessários para o restabelecimento da saúde da
recorrida". . Recurso especial não provido. (STJ - REsp: SC / - , Relator: Ministro CASTRO
MEIRA, Data de Julgamento: / Gustavo
/ Augusto
, T - SEGUNDA N. Data
TURMA, Porto
de Publicação: DJe / / ).
Gustavoanporto@gmail.com
“O Estado não pode ser obrigado a fornecer071.519.084-90
medicamentos experimentais. A ausência de registro na Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) impede, como regra geral, o fornecimento de medicamento por
decisão judicial. É possível, excepcionalmente, a concessão judicial de medicamento sem registro sanitário,
em caso de mora irrazoável da Anvisa em apreciar o pedido (prazo superior ao previsto na Lei . / ),
quando preenchidos três requisitos: (i) a existência de pedido de registro do medicamento no Brasil (salvo no
caso de medicamentos órfãos para doenças raras e ultrarraras);(ii) a existência de registro do medicamento
em renomadas agências de regulação no exterior; e (iii) a inexistência de substituto terapêutico com registro no
Brasil. As ações que demandem fornecimento de medicamentos sem registro na Anvisa deverão
necessariamente ser propostas em face da União.” [RE . , rel. p/ o ac. min. Roberto Barroso, j. - - , P,
Informativo , Tema .]

“(...) em regra, o Estado não está obrigado a dispensar medicamento não constante de lista do Sistema Único
de Saúde (SUS). (...) o reconhecimento do direito individual ao fornecimento, pelo Estado, de medicamento de
alto custo, não incluído em política nacional de medicamentos ou em programa de medicamentos de
dispensação em caráter excepcional, constante de rol dos aprovados, depende da demonstração da
imprescindibilidade (adequação e necessidade), da impossibilidade de substituição e da incapacidade
financeira do enfermo e dos membros da família solidária, respeitadas as disposições sobre alimentos dos
arts. . a . do Código Civil (CC) e assegurado o direito de regresso.” [RE . , rel. min. Marco Aurélio, j.
- - , P, Informativo , RG, Tema .]

“Não fere o direito à saúde, tampouco a autonomia profissional do médico, o normativo que veda, no âmbito do
SUS, a assistência diferenciada mediante pagamento ou que impõe necessidade de triagem dos pacientes em
postos de saúde previamente à internação.” [RE . , rel. min. Dias Toffoli, j. - - , P, DJE de - - ,
Tema .]

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DIREITO CONSTITUCIONAL

. Previdência Social: art e , CF


Importante destacar que a previdência social, diferente da saúde e assistência social,
depende de contribuição do segurado. Além de diversas mudanças que ocorreram com
a reforma da previdência em .

Art. . A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e
atenderá, na forma da lei, a:
I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e idade avançada;
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado
o disposto no § º.
§ º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios, ressalvada, nos
termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição distintos da regra
geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados:
I - com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional
e interdisciplinar;

Gustavo Augusto N. Porto


II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais
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à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação.
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§ º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá
valor mensal inferior ao salário mínimo.
§ º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente
atualizados, na forma da lei.
§ º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real,
conforme critérios definidos em lei. Diferente da seguridade social, em que fica assegurado o
valor nominal.
§ º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de
pessoa participante de regime próprio de previdência. Vedado somente quando a contribuição para
os dois regimes seja facultativa.
§ º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de
dezembro de cada ano.
§ º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as
seguintes condições: Importante atenção a alteração das idades que foram alteradas.
I- (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, observado
tempo mínimo de contribuição;
II - (sessenta) anos de idade, se homem, e (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, para os
trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos
o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.
§ º O requisito de idade a que se refere o inciso I do § º será reduzido em (cinco) anos, para o professor que
comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino
fundamental e médio fixado em lei complementar.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

§ º Para fins de aposentadoria, será assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição entre o
Regime Geral de Previdência Social e os regimes próprios de previdência social, e destes entre si, observada a
compensação financeira, de acordo com os critérios estabelecidos em lei.
§ º-A. O tempo de serviço militar exercido nas atividades de que tratam os arts. , e e o tempo de
contribuição ao Regime Geral de Previdência Social ou a regime próprio de previdência social terão contagem
recíproca para fins de inativação militar ou aposentadoria, e a compensação financeira será devida entre
as receitas de contribuição referentes aos militares e as receitas de contribuição aos demais regimes.
§ . Lei complementar poderá disciplinar a cobertura de benefícios não programados, inclusive os
decorrentes de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo Regime Geral de Previdência
Social e pelo setor privado.
§ . Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de
contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei.
§ . Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para atender aos
trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de informalidade, e àqueles sem
renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que
pertencentes a famílias de baixa renda.
§ . A aposentadoria concedida ao segurado de que trata o § terá valor de (um) salário-mínimo.
§ . É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos benefícios
previdenciários e de contagem recíproca.
§ . Lei complementar estabelecerá vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios
previdenciários. Gustavo Augusto N. Porto
§ . Os empregados dos consórcios públicos, das empresas públicas, das sociedades de economia mista e
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das suas subsidiárias serão aposentados compulsoriamente, observado o cumprimento do tempo mínimo de
071.519.084-90
contribuição, ao atingir a idade máxima de que trata o inciso II do § º do art. , na forma estabelecida em lei.

Art. . O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em


relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que
garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.
§ ° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de
entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos.
§ ° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos,
regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de
trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração
dos participantes, nos termos da lei.
§ º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras
entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua
contribuição normal poderá exceder a do segurado.
§ º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, inclusive
suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente,
enquanto patrocinadores de planos de benefícios previdenciários, e as entidades de previdência
complementar.
§ º A lei complementar de que trata o § º aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas permissionárias
ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de planos de benefícios em
entidades de previdência complementar.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

§ º Lei complementar estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias das
entidades fechadas de previdência complementar instituídas pelos patrocinadores de que trata o § º e
disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam
objeto de discussão e deliberação.

. Assistência Social: art e , CF


A assistência social não depende de contribuição do beneficiário, esta é financiada com
recurso do orçamento da seguridade social e outras fontes e têm como objetivo os
previstos no artigo e seus incisos.

Art. . A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à
seguridade social, e tem por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que
comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme
dispuser a lei. Gustavo Augusto N. Porto
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As ações governamentais nesta área são organizadas com base nas diretrizes do artigo
071.519.084-90
e seus incisos:

Art. . As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento
da seguridade social, previstos no art. , além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes
diretrizes:
I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a
coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a
entidades beneficentes e de assistência social;
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no
controle das ações em todos os níveis.
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à inclusão e
promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses
recursos no pagamento de:
I - despesas com pessoal e encargos sociais;
II - serviço da dívida;
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados.

. Educação: art a , CF
Art. . A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Princípios básicos do ensino:


Art. . O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de
ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei
federal.
IX - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida.
O STF considera inconstitucional a cobrança de taxa de matrícula em universidades
públicas, por afronta ao inciso IV do artigo supra:
Súmula Vinculante : A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. ,
IV, da Constituição Federal.

Gustavo
Deveres do Estado em relação Augusto N. Porto
ao ensino:
Art.
Gustavoanporto@gmail.com
. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
071.519.084-90 (dezessete) anos de idade, assegurada
I - educação básica obrigatória e gratuita dos (quatro) aos
inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; Abrange ensino
infantil, fundamental e médio. (ensino superior está no inciso V “segundo capacidade de cada um”).
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular
de ensino;
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até (cinco) anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de
cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas
suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

Participação da iniciativa privada: é livre, entretanto deve seguir determinadas regras


Art. . O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;
II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.

Fixação Conteúdos do Ensino:


Art. . Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação
básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

§ º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental. Vedado pela Constituição a obrigatoriedade do ensino
religioso (art , VI).
§ º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades
indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

Organização dos Sistemas de Ensino:

Cada ente atuará de forma prioritária na organização do ensino:


- União Ensino Superior
- Estados e DF Ensino Fundamental e Médio
- Município Ensino Fundamental e Educação Infantil

Art. . A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus
sistemas de ensino.
§ º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino
públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir
equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência
técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios;
Gustavo
§ º Os Municípios atuarão prioritariamente Augusto
no ensino N. Porto
fundamental e na educação infantil.
§ º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio.
Gustavoanporto@gmail.com
§ º Na organização de seus sistemas de071.519.084-90
ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
definirão formas de colaboração, de forma a assegurar a universalização, a qualidade e a equidade do ensino
obrigatório.
§ º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular.
§ º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão ação redistributiva em relação a suas
escolas. Incluído em
§ º O padrão mínimo de qualidade de que trata o § º deste artigo considerará as condições adequadas de
oferta e terá como referência o Custo Aluno Qualidade (CAQ), pactuados em regime de colaboração na forma
disposta em lei complementar, conforme o parágrafo único do art. desta Constituição.

Aplicação de recursos na Educação: ficam vinculadas as receitas de impostos de


cada ente, sendo:

União mínimo %
Estados, DF e Municípios mínimo %

Art. . A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
§ º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto
neste artigo, receita do governo que a transferir.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

§ º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino
federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. .
§ º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino
obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do
plano nacional de educação.
§ º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. , VII, serão
financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários.
§ º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-
educação, recolhida pelas empresas na forma da lei.
§ º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão
distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes
públicas de ensino.
§ º É vedado o uso dos recursos referidos no caput e nos §§ º e º deste artigo para pagamento de
aposentadorias e de pensões.
§ º Na hipótese de extinção ou de substituição de impostos, serão redefinidos os percentuais referidos no
caput deste artigo e no inciso II do caput do art. -A, de modo que resultem recursos vinculados à
manutenção e ao desenvolvimento do ensino, bem como os recursos subvinculados aos fundos de que trata o:

Art. -A desta Constituição, em aplicações equivalentes às anteriormente praticadas.


§ º A lei disporá sobre normas de fiscalização, de avaliação e de controle das despesas com educação nas
esferas estadual, distrital e municipal.
Gustavo Augusto N. Porto
Art.
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-A. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput
do art.
071.519.084-90
desta Constituição à manutenção e ao desenvolvimento do ensino na educação básica e à
remuneração condigna de seus profissionais, respeitadas as seguintes disposições: importante leitura de
todo este artigo, incluído pela EC em .

Plano nacional de Educação:


Art. . A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o
sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de
implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e
modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que
conduzam a:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto
interno bruto.

. Cultura: art ao -A, CF


Art. . O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura
nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

§ º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros
grupos participantes do processo civilizatório nacional.
§ º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos
étnicos nacionais.
§ º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao desenvolvimento
cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem à:
I -defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro;
II -produção, promoção e difusão de bens culturais;
III- formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões;
IV- democratização do acesso aos bens de cultura;
V -valorização da diversidade étnica e regional.

Art. . Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes
grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-
culturais;
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V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico,
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ecológico e científico.
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§ º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural
brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas
de acautelamento e preservação.
§ º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as
providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.
§ º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais.
§ º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.
§ º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos
quilombos.
§ º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à cultura até cinco
décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas e projetos culturais,
vedada a aplicação desses recursos no pagamento de:
I - despesas com pessoal e encargos sociais;
II - serviço da dívida;
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados.

. Desporto: art , CF
Art. . É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um,
observados:
I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto asua organização e
funcionamento;

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DIREITO CONSTITUCIONAL

II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos


específicos, para a do desporto de alto rendimento;
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não- profissional;
IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional.
§ º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-
se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.
§ º A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para
proferir decisão final.
§ º O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social.

- Ciência, Tecnologia e Inovação: a -B


Art. . O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica
e tecnológica e a inovação.
§ º A pesquisa científica básica e tecnológica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o
bem público e o progresso da ciência, tecnologia e inovação.
§ º A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros e para
o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional.
§ º O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas áreas de ciência, pesquisa, tecnologia e inovação,
inclusive por meio do apoio às atividades de extensão tecnológica, e concederá aos que delas se ocupem
meios e condições especiais de trabalho.
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§ º A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao
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País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas de remuneração que
assegurem ao empregado, desvinculada do 071.519.084-90
salário, participação nos ganhos econômicos resultantes da
produtividade de seu trabalho. Por meio de políticas de incentivo a lei apoiará as empresas que investirem
em pesquisa e tecnologia.
§ º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades
públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.
§ º O Estado, na execução das atividades previstas no caput , estimulará a articulação entre entes, tanto
públicos quanto privados, nas diversas esferas de governo.
§ º O Estado promoverá e incentivará a atuação no exterior das instituições públicas de ciência, tecnologia e
inovação, com vistas à execução das atividades previstas no caput.

Art. . O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o
desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do País,
nos termos de lei federal.
Parágrafo único. O Estado estimulará a formação e o fortalecimento da inovação nas empresas, bem como
nos demais entes, públicos ou privados, a constituição e a manutenção de parques e polos tecnológicos e de
demais ambientes promotores da inovação, a atuação dos inventores independentes e a criação, absorção,
difusão e transferência de tecnologia.

Art. -A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão firmar instrumentos de cooperação
com órgãos e entidades públicos e com entidades privadas, inclusive para o compartilhamento de recursos
humanos especializados e capacidade instalada, para a execução de projetos de pesquisa, de
desenvolvimento científico e tecnológico e de inovação, mediante contrapartida financeira ou não financeira
assumida pelo ente beneficiário, na forma da lei.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Art. -B. O Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) será organizado em regime de
colaboração entre entes, tanto públicos quanto privados, com vistas a promover o desenvolvimento científico e
tecnológico e a inovação.
§ º Lei federal disporá sobre as normas gerais do SNCTI.
§ º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios legislarão concorrentemente sobre suas peculiaridades.

- Comunicação Social: a
Art. . A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma,
processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. A
Constituição Federal assergura a manifestação do pensamento, porém veda o seu anonimato.
§ º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade informação
jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. º, IV, V, X, XIII e XIV.
§ º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
§ º Compete à lei federal:
I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza deles,
as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre
inadequada;
II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de
programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. , bem como da
propaganda de produtos, práticas Gustavo Augusto
e serviços que possam ser N. Porto
nocivos à saúde e ao meio ambiente.
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§ º A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estará
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sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário,
advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso.
§ º Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou
oligopólio.
§ º A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade.

Art. . A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes
princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua
divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

Art. . A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa


de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis
brasileiras e que tenham sede no País. Importante este artigo.
§ º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante das empresas
jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a
brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das
atividades e estabelecerão o conteúdo da programação.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

§ º A responsabilidade editorial e as atividades de seleção e direção da programação veiculada são


privativas de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, em qualquer meio de comunicação
social.
§ º Os meios de comunicação social eletrônica, independentemente da tecnologia utilizada para a
prestação do serviço, deverão observar os princípios enunciados no art. , na forma de lei específica, que
também garantirá a prioridade de profissionais brasileiros na execução de produções nacionais.
§ º Lei disciplinará a participação de capital estrangeiro nas empresas de que trata o § º.
§ º As alterações de controle societário das empresas de que trata o § º serão comunicadas ao Congresso
Nacional.
Art. . Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o
serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos
sistemas privado, público e estatal.
§ º O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do art. , § º e § º, a contar do recebimento da
mensagem.
§ º A não renovação da concessão ou permissão dependerá de aprovação de, no mínimo, dois quintos do
Congresso Nacional, em votação nominal.
Na hipótese do Presidente da República entender pela Não renovação, o CN deve aprovar por / dos seus
membros em votação nominal.
§ º O ato de outorga ou renovação somente produzirá efeitos legais após deliberação do Congresso
Nacional, na forma dos parágrafosGustavo
anteriores.
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§ º O cancelamento da concessão ou permissão, antes de vencido o prazo, depende de decisão judicial.
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Cancelamento decisão judicial
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§ º O prazo da concessão ou permissão será de dez anos para as emissoras de rádio e de quinze para as
de televisão.
Prazos para concessão ou permissão:
Emissoras de rádio anos
Televisão anos
Art. . Para os efeitos do disposto neste capítulo, o Congresso Nacional instituirá, como seu órgão auxiliar,
o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei.

- Meio Ambiente: , CF
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, trata-se de um direito
social e é caracterizado como bem de uso comum do povo. Também constitui um dever
do Poder Público e da coletividade defendê-lo..

Art. . Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e
ecossistemas;

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DIREITO CONSTITUCIONAL

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à


pesquisa e manipulação de material genético;
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada
qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem
risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função
ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
§ º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo
com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas
ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos
causados.
§ º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona
Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que
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assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
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§ º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias,
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necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que
não poderão ser instaladas.
§ º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § º deste artigo, não se consideram cruéis as práticas
desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, conforme o § º do art.
desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural
brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos.

- Família, Criança, Adolescente, Jovem e Idoso: a , CF


O artigo aponta o conceito de família, casamento civil e religiosos, ainda a união
estável.
Art. . A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como
entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus
descendentes. Anteriormente, entendia-se como entidade familiar apenas o casamento.
Este parágrafo ampliou o conceito para “a comunidade formada por qualquer dos pais e
seus decendentes”.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

§ º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela
mulher.
§ º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.
§ º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento
familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o
exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
§ º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando
mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.

A Constituição Federal determinou como dever do Estado, família e sociedade assegurar


a criança, adolescente e jovem o direitos fundamentais estbelecidos no caput do artigo
, CF.

Art. . É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo
de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
§ º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem,
admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos
seguintes preceitos: Gustavo Augusto N. Porto
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I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-infantil;
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II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras de
deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de
deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e
serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação.
§ º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de
veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.
§ º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. º, XXXIII;
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola;
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação
processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica;
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei,
ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado;
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem dependente
de entorpecentes e drogas afins.
§ º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

§ º A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua
efetivação por parte de estrangeiros.
§ º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e
qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
§ º No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se- á em consideração o disposto no art.
.
§ º A lei estabelecerá:
I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens;
II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação das várias esferas do poder
público para a execução de políticas públicas.

Art. . São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação
especial. O mesmo disposto no artigo do Código Penal, em que menos de anos são
inimputáveis (sujeitos à legislação especial –ECA-), assim como os portadores de doença
mental (sendo comprovado que no momento da prática do crime eram totalmente
incapazes de reconhecer a ilicitude de tal conduta).

Art. . Os pais têm o dever de assistir,


Gustavo criar e educar
Augustoos filhos
N.menores,
Porto e os filhos maiores têm o dever de
ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. Este artigo aponta o dever dos pais e
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dos filhos. 071.519.084-90

Art. . A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua
participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
Proteção ao idoso que cabe a família, Estado e sociedade.
§ º Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares.
§ º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos.

- Índios: e , CF
Art. . São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os
direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger
e fazer respeitar todos os seus bens.
§ º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as
utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais
necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes
e tradições. Compete a União demarcar terras, proteger e respeitar todos os seus bens.
Entretanto, terras ocupadas em um passado remoto não estão abrangidas:
STF, Súmula - Os incisos I e XI do art. da Constituição Federal não alcançam terras de aldeamentos
extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

§ º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o
usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
§ º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das
riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional,
ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma
da lei.
§ º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.
§ º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso
Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da
soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno
imediato logo que cesse o risco.
§ º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o
domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios
e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei
complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na
forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé.
§ º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. , § º e § º.
Art. . Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em
defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo.

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