Você está na página 1de 159

DIREITO ADMINISTRATIVO

Gustavo Augusto N. Porto


Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90

CLIQUE AQUI PARA CONHECER O CURSO COMPLETO 1


1
DIREITO ADMINISTRATIVO

ÍNDICE
1 Atos Administrativos .......................................................................................... 6
1.1 Conceito ................................................................................................................................... 6
1.2 Requisitos/Elementos ................................................................................................. 7
1.3 Mérito do Ato Administrativo ................................................................................... 1 0
1.4 Atributos .................................................................................................................................. 1 0
1.5 Invalidação (anulação, revogação e convalidação dos atos) ......... 1 0
1.6 Classi icação ...................................................................................................................... 12
1.7 Espécies ................................................................................................................................ 14
2 Improbidade Administrativa ....................................................20

3 Processo Administrativo no Âmbito da Adminstração Federal - Lei


nº 9.784/1999 ......................................................................................................39
Gustavo Augusto N. Porto
Gerais ........................................................................................................ 39
3.1 Disposições Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
3.2 Princípios do Processo Administrativo .......................................................... 39
3.3 Direitos dos Administrados .................................................................................... 41
3.4 Dos Deveres dos Administrados........................................................................ 42
3.5 Do Início do Processo................................................................................................. 42
3.6 Dos Interessados .......................................................................................................... 43
3.7 Da Competência........................................................................................................... 43
3.8 Dos Impedimentos e Suspeição ..................................................................... 44
3.9 Da Forma, Tempo e Lugar dos Atos do Processo .............................. 44
3.10 Da Comunicação dos Atos ................................................................................ 45
3.11 Da Instrução ....................................................................................................................45
3.12 Do Dever de Decidir .................................................................................................45

2
DIREITO ADMINISTRATIVO

3.13 Da Motivação.................................................................................................................45
3.14 Da Desistência e Outros Casos de Extinção do Processo ......... 46
3.15 Da Anulação, Revogação e Convalidação ............................................. 46
3.16 Do Recurso Administrativo e da Revisão ................................................ 47
3.17 Dos Prazos ...................................................................................................................... 48
3.18 Das Sanções ................................................................................................................. 48
3.19 Disposições Finais .................................................................................................... 48
4 Serviços Públicos (Lei nº 8.987/95) ......................................................... 55
4.1 Base Constitucional e Regulamentação Legal .................................... 55
4.2 Conceito ............................................................................................................................. 55
4.3 Competência .................................................................................................................. 56
4.4 Formas de Prestação
Gustavo eAugusto Meios de N.Execução
Porto .......................................... 57
4.5 Classi icaçãoGustavoanporto@gmail.com
.................................................................................................................... 58
071.519.084-90
4.6 Requisitos ............................................................................................................................60
4.7 Direitos e Obrigações dos Usuários ...............................................................60
4.8 Serviços Delegados a Particulares: Concessão, Permissão e
Autorização............................................................................................................................... 61
4.9 Parceria Público Privada – PPP.........................................................................64

5 Controle da Administração ............................................................................. 72

5.1. Noções introdutórias, conceito e abrangência .........................................72

5.2. Princípios institucionais ..............................................................................................73

5.3. Classi icação dos Controles da Administração ........................................74

3
DIREITO ADMINISTRATIVO

6 Servidores públicos: regime jurídico constitucional e infracons-


titucional; Concurso Público; Associação Sindical e Greve; Provi-
mento .......................................................................................................................80

6.1 Noções introdutórias ...................................................................................................80

6.2 Conceito de servidor público ...............................................................................82

6.3. Cargo Público................................................................................................................83

6.4. Emprego público .......................................................................................................83

6.5. Funções públicas ......................................................................................................83


7 Espécies de servidores públicos ................................................................84

7.1. Servidores Estatutários ..............................................................................................84

7.2. Servidores celetistas ..................................................................................................84


Gustavo Augusto N. Porto
7.3. Servidores temporários ............................................................................................85
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
8 Acesso a cargos, empregos e funções públicas ................................ 86

9 Provimento de Cargo Público...................................................................... 89

10 Remuneração dos servidores públicos .................................................. 91

11 Acumulação de cargos, empregos e funções ..................................... 93


12 Direito de greve e associação sindical........................................... 86

13 Aposentadoria de servidores públicos ................................................ 97

14 Licitações e Contratos Administrativos .................................................... 98

14.1. Aplicabilidade da Lei .....................................................................................................99

14.2. Princípios aplicados às Licitações Públicas.............................................100


15 Limpi pro Julgamento Vinculado................................................................. 101

15.1 Dos critérios de desempates da Lei 8.666/93 ...................................... 104

15.2 Das Definições .................................................................................................................105

4
15.3. Distinção entre Projeto Básico e Projeto Executivo ........................... 109

15.4. Modalidades e Tipos de Licitação .................................................................. 110

15.5. A Obrigatoriedade de licitar..................................................................................122

15.6. Dispensa de Licitação...............................................................................................128

15.7. Da Licitação Dispensada .........................................................................................140

15.8. Da anulação e revogação da Licitação .......................................................144

15.9 Dos Contratos Administrativos ...........................................................................144


16 Da Duração dos Contratos ............................................................................ 150

16.1. Da rescisão unilateral do contrato pela Administração ...................152


Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 5
DIREITO ADMINISTRATIVO

1
ATOS ADMINISTRATIVOS
ATOS
ADMINISTRATIVOS

1.1 CONCEITO

Segundo Hely Lopes Meirelles, ato administrativo é “toda manifestação unilateral de


vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato
adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obriga-
ções aos administrados ou a si própria”.

Gustavo
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro: Augusto
“declaração do N. Porto
Estado ou de quem o represente, que
Gustavoanporto@gmail.com
produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito
071.519.084-90
público e sujeito a controle pelo Poder Judiciário”.

Detalhes:

A lei deve obedecer a CF, e o ato administrativo deve obedecer a lei (norma infra legal
– está abaixo da lei).

Ao praticar o ato administrativo, o Estado age com prerrogativas especiais/privilégios


(Estado está acima do privado – relação de verticalidade), exceto se praticar atos típicos
de direito privado (ex.: locação de um imóvel), em que será um “ato da administração”.

→ Ato da administração (gênero):

▶ Atos administrativos propriamente ditos;

▶ Atos típicos de direito privado;

▶ Contratos Administrativos.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 6
DIREITO ADMINISTRATIVO

Quem emite atos administrativos?

▶ Poder Executivo como função típica;

▶ Poder Judiciário como função atípica (ex.: conceder férias aos servidores);

▶ Poder Legislativo como função atípica (ex.: fazer um regimento interno);

▶ Particulares que façam as vezes de Estado (ex.: concessionária).

1.2 REQUISITOS/ELEMENTOS

Segundo a corrente clássica, defendida por Hely Lopes Meirelles e mais aplicada em
concursos públicos, os “requisitos” (também chamados de “elementos”) são trazidos
pela Lei nº 4.717/65, art. 2º, segundo o qual, “são nulos os atos lesivos ao patrimônio das
entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:

a) incompetência;

b) vício de forma; Gustavo Augusto N. Porto


Gustavoanporto@gmail.com
c) ilegalidade do objeto;
071.519.084-90
d) inexistência dos motivos;

e) desvio de finalidade.

Portanto, os requisitos do ato administrativo são: COM FIN FOR MOB ou MOFFA ( MOTI-
VO, OBJETO, FINALIDADE, FORMA, AGENTE CAPAZ – COMPTÊNCIA)

COMPETÊNCIA

FINALIDADE

FORMA

MOTIVO

OBJETO

Sendo que a competência, finalidade e forma serão sempre vinculados à lei, ao pas-
so que motivo e o objeto poderão ser ou não vinculados.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 7
DIREITO ADMINISTRATIVO

→ Competência (quem?)

▶O agente que pratica o ato deve ter poder legal para tal.
▶ A competência é irrenunciável (se a lei deu, não posso abrir mão), imodificável (se
a lei determinou, só a lei modifica), imprescritível (não se perde com a passagem do
tempo), intransferível (mesmo quando se delega ou avoca, se trata de transferência de
exercício daquela atribuição, mas não da competência).
▶ Delegação – regra é que posso delegar. Exceção: Não podem ser objeto de delega-

ção (Lei 9784/99 – LEI DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL):

I – a edição de atos de caráter normativo;


II – a decisão de recursos administrativos;
III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

▶ Se extrapolar a competência, ocorre o “excesso de poder” (ex.: tinha poder para apli-
car suspensão, mas demitiu – a demissão não será válida por vício de competência).

→ Finalidade (para quê) Gustavo Augusto N. Porto


Gustavoanporto@gmail.com
É o objetivo do ato, que deve buscar071.519.084-90
o interesse público.

Se não atender a finalidade, haverá “desvio de finalidade”, tornando o ato inválido (ex.:
sou eleito prefeito e meu primeiro ato é desapropriar imóvel do meu inimigo político; ex.:
remoção de ofício como forma de punição).

→ Forma (como?)

▶É o revestimento do ato, que tem que obedecer a forma prescrita em lei;

▶ Em regra, a forma é a escrita, mas excepcionalmente existem outras formas, como


por exemplo, forma verbal, sinalização de trânsito, etc.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 8
DIREITO ADMINISTRATIVO

→ Motivo (por que?)

▶ Situação de fato ou de direito que determina ou autoriza a realização do ato adminis-


trativo.

Ex.: servidora ficou grávida e tenho que conceder licença gestante; o motivo do ato é a
gravidez.

Ex.: servidor praticou uma conduta que levou à aplicação de pena de demissão; o mo-
tivo do ato é a infração.

Obs.: Motivo é diferente de motivação - enquanto o motivo é um requisito de todo ato


administrative, a motivação é a necessidade de exposição do motivo; ou seja, a export
os dos fundamentos de fato e de direito que levaram à prática daquele ato. Assim,
motivação é a necessidade de explicar o motivo. Portanto, todo ato precisa ter motivo,
mas nem todo ato precisa ser motivado (ex.: a exoneração do ocupante de cargo em
comissão não precisa ter motivação).

Teoria dos Motivos Determinantes – Ao motivar um ato (seja ele vinculado ou discri-
cionário), a Administração fica vinculada à existência e adequação daqueles motivos
Gustavo Augusto N. Porto
declarados como causa determinante do ato, podendo sofrer controle de legalidade/
Gustavoanporto@gmail.com
legitimidade pela própria Administração Pública ou pelo Poder Judiciário caso esses
071.519.084-90
motivos não existam ou sejam inadequados. Isso ocorre memos em atos discricinários
em que não precisa motivação, mas que se forem motivados vinculam a Administração.
Ex.: para exonerar o servidor ocupante de cargo em comissão não é necessário motiva-
ção; entretanto, se a autoridade motivar, terá que haver existência e adequação daquele
motivo; vamos imaginar que a exoneração foi motivada na falta de assiduidade do servi-
dor, este poderá requerer a anulação do ato de exoneração caso prove que era assiduo;
algo que não seria possível ser contestado caso a autoridade não tivesse motivado (já
que a lei não obriga a motivar nesse caso).

→ Objeto (o que?)

▶ É o conteúdo do ato, que tem por objeto a criação, modificação ou comprovação de


situações concernentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas à ação do Poder Públi-
co. É aquilo que quero alcançar quando pratico o ato administrativo.

Ex.: servidora ficou grávida e tenho que conceder licença gestante; o motivo do ato é a
gravidez; o objeto do ato é a licença.

Ex.: servidor praticou um ato que levou à aplicação de pena de demissão; o motivo do
ato é a infração; o objeto do ato é a pena.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 9
DIREITO ADMINISTRATIVO

1.3 MÉRITO DO ATO ADMINISTRATIVO

▶ É a possibilidade de escolha do administrador, mediante a análise de conveniência e


oportunidade.

▶ Só existe mérito em ato discricionário (não existe mérito em ato vinculado).

▶ Só existe mérito em relação ao motivo + objeto.

▶ Judiciário não pode analisar mérito!

1.4 ATRIBUTOS

Os atributos do ato decorrem do direito, sendo necessários para o bom desempenho da


atividade administrativa. São eles:

▆ Presunção de Legitimidade (e de regularidade) – o ato é válido até que se prove o


contrário, presente em todos os atos.

Gustavo Augusto N. Porto


▆ Autoexecutoriedade – execução material que desconstitui a ilegalidade. o Estado
Gustavoanporto@gmail.com
pode executar seus atos sem precisar de manifestação prévia do Judiciário (ex.: apreen-
071.519.084-90
são de mercadoria, interdição de estabelecimento, aplicação de multa...); mas, posterior-
mente o Judiciário pode analisar legalidade do ato.

Obs.: a Administração pode aplicar multa, mas para cobrar tem que ser no Judiciário.

▆ Imperatividade – o ato cria unilateralmente obrigação ao particular; o Estado impõe


coercitivamente o ato e tem que ser respeitado, concordando ou não.

▆ Tipicidade – respeito às finalidades especificadas em lei; ato não é lei, mas tem por
base uma lei, então deve atender a figuras definidas previamente pela lei.

1.5 INVALIDAÇÃO (ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO DOS ATOS)

A Lei nº 9.784/99 (regula o processo administrativo no âmbito Federal) prevê que:

Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de le-
galidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 10
DIREITO ADMINISTRATIVO

Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados
pela própria Administração.

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:

VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

Além disso, Súmula 473, STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando
eiva- dos de vícios que os tornam ilegais, porque dêles não se originam direitos; ou revo-
gá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos,
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

Anulação e revogação: decorrem do “Princípio da Autotutela”.

▶ Revogação – é a invalidação de ato legal e eficaz, que pode ser realizado apenas pela
Administração, quando entender que o mesmo é inconveniente ou inoportuno (mérito),
Gustavo Augusto N. Porto
com efeitos não retroativos (ex nunc).
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
▶ Anulação é a invalidação de um ato ilegítimo, que poderá se dar pela Administração
ou pelo Poder Judiciário (efeitos retroativos – ex tunc).

Desses dispositivos conclui-se que, em relação aos atos, a Administração pode ANU-
LAR ou REVOGAR, porém, o Poder Judiciário pode apenas ANULAR.

INVALIDAÇÃO DOS ATOS


ADMINISTRAÇÃO ANULAR quando ILEGAIS

REVOGAR quando INCONVENIENTES OU INOPORTUNOS


PODER JUDICIÁRIO • ANULAR quando ILEGAIS

O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos


favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, contados da data em que foram pra-
ticados, salvo comprovada má-fé (princípio da segurança jurídica).

O direito de revogar ato administrativo não tem limitação temporal.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 11
DIREITO ADMINISTRATIVO

Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem pre-
juízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalida-
dos pela própria Administração.

Outras formas de extinção de ato:

▶ Cassação – quando há vício na execução do ato (ex.: servidor fez alguma prática puní-
vel com demissão e logo após se aposentou; após a apuração, será cassada a aposen-
tadoria).

▶ Caducidade – quando uma nova legislação passa a não permitir o que antes era per-
mitido (ex.: havia lei permitindo fiscal da receita a porta arma; vem outra lei proibindo;
então ocorre a extinção por caducidade).

▶ Contraposição – quando são praticados atos com efeitos opostos (ex.: nomeação e
exoneração de servidor; a exoneração extingue o ato de nomeação).

Lei 9784/99 – Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e
dos fundamentos jurídicos, quando: importem anulação, revogação, suspensão ou conva-
Gustavo Augusto N. Porto
lidação de ato administrativo.
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90

1.6 CLASSIFICAÇÃO

São diversas as classificações trazidas pela doutrina, porém vamos analisar as mais pe-
didas em concursos:

I – Quanto a liberdade de ação:

a) Ato Vinculado (tem que fazer) – quando a lei estabelece os requisitos e condições de
sua realização, não sobrando margem para liberdade do administrador, pois o ato so-
mente será válido se obedecidas as imposições legais (ex.: aposentadoria compulsória;
lançamento tributário, anulação de ato ilegal, etc.).

b) Ato Discricionário (pode fazer) – quando a Administração tem liberdade de escolha


quanto ao seu destinatário, seu conteúdo, sua oportunidade e modo de realização (ex.:
uma autorização para instalar um circo em área pública, ou mesmo a revogação de ato,
que se dá por conveniência ou oportunidade, ou seja, atuação discricionária, que não se
confunde com arbitrária, que seria em desacordo com a lei – ex.: suspensão).

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 12
Ato Vinculado Ato Discricionário

- Sem margem de liberdade - Com margem de liberdade

- Não tem mérito - Tem mérito

- Administração pode anular, mas não - Administração pode anular ou revogar

pode revogar
- Sofre controle Judicial - Sofre controle judicial, exceto quanto

ao mérito
- Ex.: aposentadoria compulsória; - Ex.: Reversão à pedido,

lançamento tributário. Autorização, permissão

II – Quanto ao alcance dos atos:

a) Ato Interno – produzem efeitos dentro da própria Administração Pública, atingindo os


ór- gãos e agentes que o expediram, afastando sua incidência em relação a terceiros
(ex.: os servidores “x” devem vir uniformizados; os atos devem ser praticados com caneta
preta, etc.)
Gustavo Augusto N. Porto
b) Ato Externo – são os que produzem efeitos também para fora da Administração, re-
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
percu- tindo no interesse da coletividade, ou seja, interessam não apenas a quem tra-
balha inter- namente na repartição, mas também aos que estão fora da Administração
Pública; devem, portanto, ser publicados em órgão oficial para que tenham vigência (ex.:
ato de naturaliza- ção de estrangeiro; horário de atendimento em um órgão, etc.)

III– Quanto ao objeto:

a) Atos de Império – praticados com supremacia sobre o particu-


lar ou o servidor, impondo seu cumprimento (atributo da impera-
tividade – ex.: multa de trânsito, interdição de esta- belecimento).

b) Atos de Gestão – praticados em relação de igualdade com os particulares, sem usar


de suas prerrogativas especiais (ex.: alienação de bens públicos, locação de imóvel).

c) Atos de Expediente – praticados rotineiramente pela Administra-


ção, a fim de dar anda- mento a serviços internos da repartição (ex.: or-
dem de serviço, circular, numeração dos autos de um processo...).

IV– Quanto a formação:

a) Ato Simples – nasce através da manifestação de vontade de um órgão.

b) Ato Composto – nasce através da manifestação de vontade de um órgão, mas depende

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 13
da ratificação,visto, aprovação, anuência o homologação de outro órgão, para que tenha exe-
quibilidade (ex.: auto de infração lavrado por fiscal, mas que precisa ser aprovado pela chefia).

c) Ato Complexo – é necessária a manifestação de vontade de mais de um ór-


gão para que tenha existência (ex.: investidura de servidor, quando a nomea-
ção é feita pelo chefe do Executivo, mas a posse é dada pelo chefe da repartição.
Ex.: certidões; atestados; pareceres; apostilas.

1.7 ESPÉCIES

I– Atos Normativos: são os atos de comando gerais do executivo, que visam explicitar
as nor- mas legais.

Ex.: decreto; instrução normativa; regimentos; resoluções; deliberações.

II– Atos Ordinatórios: decorrentes do poder hierárquico da Administração, visam disci-


plinar o funcionamento em relação aos seus órgãos e agentes.

Ex.: instruções; circulares; aviso; portarias; ordens de serviço; provimento; ofícios; des-
pachos.
Gustavo Augusto N. Porto
III– Atos Negociais: visam Gustavoanporto@gmail.com
concretizar negócios públicos ou conceder algum benefício
ou direi- to a um particular, através071.519.084-90
de uma manifestação de vontade coincidente com
a do particular.

Ex.: licença; permissão; autorização; aprovação; homologação; admissão; visto; dispen-


sa; re- núncia; protocolo administrativo.

IV– Atos Enunciativos: aqueles que atestam, certificam ou emitem opiniões sobre al-
gum as- sunto.

Ex.: certidões; atestados; pareceres; apostilas.

IV– Atos punitivos: buscam punir ou reprimir infrações administrativas ou condutas irre-
gulares de servidores ou administrados

Ex.: advertência, suspensão, demissão, multa de trânsito, interdição de atividades, etc.

QUESTÕES

ANO: 2017 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: QUADRO COMPLEMENTAR PROVA: MARINHA
- 2017 - QUADRO COMPLEMENTAR - SEGUNDO-TENENTE - CONHECIMENTOS PRO-
FISSIONAIS

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 14
DIREITO ADMINISTRATIVO

Segundo Meireiies (2015), a competência administrativa é condição para a validade dos


atos administrativos visto que não existe validade de um ato emanado por autoridade
que não seja apta a praticá-lo. Com relação á competência e aos atos administrativos,
marque a opção correta.

a) A competência pode ser delegada e avocada pela autoridade hierarquicamente su-


perior, mediante documento emanado por essa autoridade. ERRADA! DELEGAÇÃO –
ocorre quando um órgão administrativo ou seu titular delega parte de sua competência
a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordi-
nados, quando for conveniente em razão de circustâncias de ordem TSE TJ (técnica,
social, econômica, territorial e jurídica), ao passo que a AVOCAÇÃO é a ordem inversa
da delegação, em que a autoridade superior “puxa para si” a competência atribuída à
autoridade inferior. Aqui há a necessidade de relação hierarquica entre as autoridades
envolvidas, ocorre não ocorre na delegação.

b) A competência poderá ser delegada caso haja previsão nas normas reguladoras da
administração. CORRETA!!

c) A competência não pode ser delegada nem avocada, sendo um poder exclusivo da
Gustavo Augusto N. Porto
autoridade competente. ERRADA!
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
d) O ato emanado por autoridade sem competência é validado pela aplicação no caso
concreto. ERRADA! A autoridade deve ter a competência para prática do ato, pois caso
não tenha e venha praticar o ato, esse será considerado nulo, por vício de competência.

e) competência não resulta da lei, mas sim das atribuições previstas nos regimentos de
cada órgão. ERRADA! Resulta da lei, vinculada.

Lei 9.784/99 – trata do processo administrativo no âmbito da administração


federal

Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi
atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.

Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe
sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circuns-
tâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência


dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 15
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

 I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;


III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.
§ 1o  O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da
atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo
conter ressalva de exercício da atribuição delegada.
§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade
e considerar-se-ão editadas pelo delegado.
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente
justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente
inferior.

Gustavo Augusto N. Porto


ANO: 2017 BANCA: IBFC ÓRGÃO: CBM-BA PROVA: IBFC - 2017 - CBM-BA - SOLDADO
DO CORPO DE BOMBEIRO.
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
Assinale a alternativa que corresponde ao atributo do ato administrativo, segundo o
qual, os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua con-
cordância.

a) Disponibilidade
b) Legalidade
c) Tratabilidade
d) Voluntariedade
e) Imperatividade

▆ ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO

PATI:

Presunção de legitimidade - o ato é válido (e legítimo) e deve ser cumprido até que se
prove o contrário (presunção relativa); presente em todos os atos.

Autoexecutoriedade - o Estado pode executar seus atos sem precisar de manifestação


prévia do Judiciário (ex.: apreensão de mercadoria, interdição de estabelecimento, apli-

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 16
DIREITO ADMINISTRATIVO

cação de multa...); mas, posteriormente o Judiciário pode analisar legalidade do ato. Obs.:
a Administração pode aplicar multa, mas para cobrar tem que ser no Judiciário.

Tipicidade - respeito às finalidades especificadas em lei; ato não é lei, mas tem por base
uma lei, então deve atender a figuras definidas previamente pela lei.

Imperatividade - o ato cria unilateralmente obrigação ao particular; o Estado impõe


coercitivamente o ato e tem que ser respeitado, concordando ou não.

ANO: 2014 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: QUADRO TÉCNICO PROVA: MARINHA - 2014 -


QUADRO TÉCNICO - PRIMEIRO TENENTE - ADMINISTRAÇÃO.

Dentre as espécies de atos administrativos, correta, conforme Carvalho Filho (2012)

a) Resoluções são atos que provêm da manifestação de vontade privativa dos chefes do
Executivo o que os torna resultantes de competência administrativa específica. ERRADA!

RESOLUÇÕES: São atos administrativos inferiores aos decretos e regulamentos, expe-


Gustavo Augusto N. Porto
didos por Ministros de Estado, Presidentes de Tribunais, de casas legislativas e órgãos
Gustavoanporto@gmail.com
colegiados, versando sobre matérias de interesse interno.
071.519.084-90
b) Decretos são atos normativos ou individuais, emanados de autoridades de eleva-
do escalão administrativo, como, por exemplo, Ministros e Secretários de Estado ou
Município, ou de algumas pessoas administrativas ligadas ao governo. ERRADA! DE-
CRETOS: São atos administrativos, em regra, gerais e abstratos, privativos dos Chefes do
Executivo. art 84 IV da CF.

c) Deliberações são atos oriundos, em regra, de órgãos colegiados como conselhos,


comissões, tribunais administrativos etc. CORRETA!

DELIBERAÇÕES: São atos normativos ou decisórios dos órgãos colegiados.

d) Regulamentos são atos típicos dos órgãos colegiados, cuja função reside em de-
monstrar sua organização e seu funcionamento. Decorrentes do poder hieraquico para
disciplinar o funcionamento interno.

e) Parecer é o instrumento formal expedido pela Administração, que, através dele, ex-
pressa a aquiescência no sentido de ser desenvolvida certa atividade pelo particular.
INSTRUÇÃO NORMATIVA - atos de competência dos Ministros, execucão de leis e atos
administrativos

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 17
ANO: 2014 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: QUADRO TÉCNICO PROVA: MARINHA - 2014 -
QUADRO TÉCNICO - PRIMEIRO TENENTE - ADMINISTRAÇÃO.

Consideram-se corretas as seguintes formas de extinção dos atos administrativos con-


forme Carvalho Filho (2012), EXCETO:

a) extinção natural
b) extinção subjetiva.
c) caducidade.
d) precariedade.
e) desfazimento volitivo.

a) Extinção natural = ocorre em decorrência do fim do prazo estipulado ou do fim dos seus
efeitos
b) Extinção subjetiva = Ocorre quando o SUJEITO beneficiário do ato administrativo deixa
de existir.
1) Extinção objetiva = OcorreGustavo
quando oAugusto
OBJETO sobre o qual o ato administrativo recai
N. Porto
deixa de existir Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
c) Caducidade = Ocorre a extinção do ato administrativo em virtude de LEI NOVA
d) Precariedade = Não é uma forma de extinção do ato administrativo = GABARITO
e) Desfazimento volitivo (ou extinção por vontade do beneficiário) = Pode ocorrer antes do
se beneficiar (recusa) ou enquanto se beneficia (renúncia).

ANO: 2014 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: QUADRO TÉCNICO PROVA: MARINHA - 2014 -


QUADRO TÉCNICO - PRIMEIRO TENENTE - ADMINISTRAÇÃO

Segundo Carvalho Filho (2012), NÃO constitui exemplo, dentre outros, de ato adminis-
trativo declaratório:

a) certidão. – CORRETA - ato declaratório ou enunciativo

b) atestado. - CORRETA - ato declaratório

c) declaração. - CORRETA - ato declaratório

d) apostila.- CORRETA - ato declaratório

e) despacho. ERRADA – é uma ato ordinatório

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 18
I – Atos Normativos: são os atos de comando gerais do executivo, que visam explicitar
as nor- mas legais.

Ex.: decreto; instrução normativa; regimentos; resoluções; deliberações.

II – Atos Ordinatórios: decorrentes do poder hierárquico da Administração, visam discipli-


nar o funcionamento em relação aos seus órgãos e agentes.

Ex.: instruções; circulares; aviso; portarias; ordens de serviço; provimento; ofícios; des-
pachos.

III – Atos Negociais: visam concretizar negócios públicos ou conceder algum benefício
ou direi- to a um particular, através de uma manifestação de vontade coincidente com
a do particular.

Ex.: licença; permissão; autorização; aprovação; homologação; admissão; visto; dispen-


sa; re- núncia; protocolo administrativo.

IV – Atos Enunciativos: aqueles que atestam, certificam ou emitem opiniões sobre al-
gum as- sunto.

Ex.: certidões; atestados; pareceres; apostilas.


Gustavo Augusto N. Porto
V – Atos punitivos: buscam punir ou reprimir infrações administrativas ou condutas irre-
Gustavoanporto@gmail.com
gulares de servidores ou administrados
071.519.084-90
Ex.: advertência, suspensão, demissão, multa de trânsito, interdição de atividades, etc.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 19
2 IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA
DADE E NO DO-

2.1 IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Lei n. 8.429 de 1992


“Probidade administrativa consiste no dever de o funcionário servir à administração com
honestidade, procedendo no exercício das suas funções, sem aproveitar os poderes ou
facilidades delas decorrentes em proveito pessoal ou de outrem a quem queira favore-
Gustavo Augusto N. Porto
cer. Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
Todavia, o desrespeito a esse dever é o que caracteriza a improbidade administrativa.
Trata-se de uma imoralidade administrativa qualificada pelo dano ao erário e correspon-
dente vantagem ao ímprobo ou a outrem”. (José Afonso da Silva, Curso Direito
Constitu-cional Positivo).

1. Quem são os sujeitos ativo e passivo do ato de improbidade administrativa


Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não,
contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao
patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido
ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão
punidos na forma desta lei. (SUJEITO ATIVO E SUJEITO PASSIVO).

Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade
praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo,
fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o
erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou
da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito
sobre a contribuição dos cofres públicos. (SUJEITO PASSIV

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 20
DIREITO ADMINISTRATIVO

2. Quem responde por ato de improbidade (sujeito ativo)

Qualquer agente público, servidor ou não! (art. 1, primeira parte).


Reputa-se agente público, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou
sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, em prego ou função nas entidades
mencio-nadas anteriormente (art. 2), inclusive o estagiário.

As disposições da LIA são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou
dele se be-neficie sob qualquer forma direta ou indireta (art. 3). Particular (que
concorrer, induzir ou se beneficiar) – pratica ato de improbidade impróprio. Todavia,
sozinho ele não responde pela pratica de ato de impropriedade, devendo estar em
conluio com o agente público.

Atenção na exceção!

+ São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem con-


Gustavo
tra a CF/88 e, especialmente, contra a Augusto
probidade N. Porto
na administração (art. 85, V da CF/88).
Gustavoanporto@gmail.com
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem
071.519.084-90
contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:

 V - a probidade na administração;

Os agentes políticos em caso de pratica de ato de improbidade, não responderão por


essa lei!!! Senado julga em caso de crime de responsabilidade.

3. Atos de improbidade administrativa:

A) Enriquecimento ilícito – art. 9 – punível a título de dolo – auferir qualquer tipo de


vantagem patrimonial indevida (receber, perceber, utilizar e usar). No caso de enri-
quecimento ilícito perderá o agente público ou 3ª beneficiário, os bens ou valores
acrescidos ao seu patrimônio.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 21
Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriqueci-
mento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito, representar
ao MP para indisponibilidade dos bens do indiciado.

Diga-se que a indisponibilidade recairá sobre bens que assegurem o integral ressarci-
mento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento.

O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio ou se enriquecer ilicitamente está


sujeito às cominações dessa lei até o limite do valor da herança.

Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito aufe-


rir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, man-
dato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e no-
tadamente:

I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra van-
tagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado
por ação ou omissão decorrente das atribuições
Gustavo Augusto doN.
agente
Porto público;
Gustavoanporto@gmail.com
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou
071.519.084-90
locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas
no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;

III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta
ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior
ao valor de mercado;

IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material


de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades men-
cionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou
terceiros contratados por essas entidades;

V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a


exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de
usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 22
DIREITO ADMINISTRATIVO

VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer de-
claração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço,
ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens
fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função
pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patri-
mônio ou à renda do agente público;

VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento


para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado
por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;

IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba


pública de qualquer natureza;

X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omi-


tir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;

XI - incorporar, por qualquer forma,


Gustavoao seu patrimônio
Augusto N. bens,
Porto rendas, verbas ou valores inte-
grantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patri-
monial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.

B) Dano, prejuízo ao erário – punível a título de dolo ou culpa (ação ou omissão) – art.
10.

Aqui o beneficiário é um terceiro. (deixar ou permitir)

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º
desta lei, e notadamente:

I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular,


de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo pa-
trimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas,
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art.
1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
espécie;

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 23
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de
fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer
das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais
e regulamentares aplicáveis à espécie;

IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio


de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por
parte delas, por preço inferior ao de mercado;

V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço su-
perior ao de mercado;

VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou


aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades le-
gais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de


parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente;          

IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;


Gustavo Augusto N. Porto
X - agir negligentemente naGustavoanporto@gmail.com
arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respei-
to à conservação do patrimônio público;
071.519.084-90
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de
qualquer forma para a sua aplicação irregular;

XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;

XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamen-
tos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho essas entidades.

XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços
públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei;       

XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orça-
mentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.   

 XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio parti-
cular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos
pela administração pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem
a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;           

XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas,
verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade privada

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 24
mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regula-
mentares aplicáveis à espécie;           

XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a obser-
vância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;           

XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de contas


de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas;      

 XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades pri-
vadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para
a sua aplicação irregular.    

XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades pri-
vadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para
a sua aplicação irregular.

C) Destinação indevida de benefícios tributários ou financeiros (art. 10 -A – punível


a título de dolo (ação ou omissão)).

Art. 10-A.   Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para
Gustavo Augusto N. Porto
conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem
Gustavoanporto@gmail.com
o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003.  (In-
071.519.084-90
cluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)  (Produção de efeito).

D) Atos que afrontam os Princípios da Administração Pública – art.11 – punível a


título de dolo (ação ou omissão).

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da ad-
ministração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, im-
parcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na
regra de competência;

II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva
permanecer em segredo;

IV - negar publicidade aos atos oficiais;

V - frustrar a licitude de concurso público;

VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 25
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divul-
gação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercado-
ria, bem ou serviço.

VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de


parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas.    

IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação.         

X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de


saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere, nos ter-
mos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990.6

4. Sanções aplicáveis a quem comete ato de improbidade

ATENÇÃO!!

A lei de improbidade não é uma lei penal, logo, não há sanção penal para quem prati-
ca ato de improbidade. Possui natureza de Ação Civil Pública.
Gustavo Augusto N. Porto
Além das sanções constantes na LIA, o agente improbo também estará sujeito a ou-
Gustavoanporto@gmail.com
tras sanções éticas, decr.-lei n. 1171 de 1994 – pena de censura.
071.519.084-90

Os atos de improbidade administrativa importarão:

PARIS!!!!

PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA

AÇÃO PENAL CABÍVEL

RESSARCIMENTO AO ERÁRIO

INSDISPONIBILIDADE DOS BENS

SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuí-
zo da ação penal cabível (art. 37, § 4o, da CF/88).

► Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legisla-


ção específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes comina-
ções, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com gravidade
do fato (art. 12).

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 26
DIREITO ADMINISTRATIVO

PENALIDADES:

Suspensão Multa civil Proibição de contratar


dos direitos ou receber incentivos
políticos do poder público

Enriquecimento ilícito 8 a 10 anos Até 3X o valor acresci- 10 anos


(dolo) do ilicitamente ao pa-
trimônio
Lesão ao erário (dolo ou 5 a 8 anos Até 2X o valor do dano 5 anos
culpa)
Atos que atentam contra 3 a 5 anos Até 100X o valor da re- 3anos
os Princípios da Adminis- muneração do agente
tração Pública público
Destinação indevida de 5 a 8 anos Até 3X o valor do be- ----------
benefícios tributários ou nefício concedido
financeiros (dolo)

Gustavo Augusto N. Porto


ATENÇÃO!!! Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
A lei de improbidade não estabelece sanções cumulativas, cabendo ao magistrado,
na análise do caso concreto aplicar a mais adequada, sempre levando em considera-
ção o Princípio da razoabilidade e proporcionalidade.

5. Prescrição

Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser pro-
postas:

I - até cinco anos após o término do exercício de mandato (atenção em caso de reeleição),
de cargo em comissão ou de função de confiança;

II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puní-
veis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou
emprego.

III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de


contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei. 

Súmula 634: “Ao particular aplica-se o mesmo regime prescricional previsto na Lei de
Improbidade Administrativa para o agente público.”

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 27
Ação de Ressarcimento ao erário

▶ Imprescritível para os atos dolosos de improbidade!

▶ Art. 37, § 5o, da CF/88: A lei estabelecerá os prazos de

prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem pre-
juízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

▶ Tesede Repercussão Geral do STF (Tema 897): “São imprescritíveis as ações de ressarci-
mento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade

ATENÇÃO!!!!

PARA RESSARCIR O ERÁRIO NÃO HÁ PRAZO PRESCRICIONAL, OU SEJA, É IMPRESCRI-


TÍVEL!!!!

6. Princípios Aplicáveis: art. 4

LIMP
Gustavo Augusto N. Porto
LEGALIDADE
Gustavoanporto@gmail.com
IMPESSOALIDADE 071.519.084-90
MORALIDADE

PUBLICIDADE

7. Declaração dos Bens: art. 13

Art.13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de


declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arqui-
vada no serviço de pessoal competente. 

§ 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e


qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e,
quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro,
dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante,
excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.

§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público


deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.

§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 28
DIREITO ADMINISTRATIVO

outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens,
dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens


apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto
sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para
suprir a exigência contida no caput e no § 2° deste artigo.

8. Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial

Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente


para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbida-
de.

§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a


qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação
das provas de que tenha conhecimento.

§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado,


se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não
impede a representação ao Ministério
Gustavo Público,
Augusto nosN.
termos
Portodo art. 22 desta lei.
Gustavoanporto@gmail.com
§ 3º Atendidos os requisitos da representação,
071.519.084-90 a autoridade determinará a imediata
apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será processada na
forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se
tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares.

Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal


ou Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prá-
tica de ato de improbidade.

Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a re-


querimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo.

Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao


Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a
decretação do sequestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicita-
mente ou causado dano ao patrimônio público.

§ 1º O pedido de sequestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825


do Código de Processo Civil.

§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens,


contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos
da lei e dos tratados internacionais.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 29
DIREITO ADMINISTRATIVO

Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou
pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

§ 1º As ações de que trata este artigo admitem a celebração de acordo de não persecução
cível, nos termos desta Lei.      (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à


complementação do ressarcimento do patrimônio público.

§ 3o  No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-
se, no que couber, o disposto no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de
1965.         (Redação dada pela Lei nº 9.366, de 1996)

§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente,


como fiscal da lei, sob pena de nulidade.

§ 5o  A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações


posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.

§ 6o   A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios
suficientes da existência do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da
impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas, observada a legislação
vigente, inclusive as disposições inscritas
Gustavo nos arts.N.
Augusto 16Porto
a 18 do Código de Processo Civil.
Gustavoanporto@gmail.com
§ 7o  Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação
071.519.084-90
do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com
documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias.

§ 8o  Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada,


rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência
da ação ou da inadequação da via eleita.

§ 9o  Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação.

§ 10.  Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento

§ 10-A. Havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as partes requerer ao


juiz a interrupção do prazo para a contestação, por prazo não superior a 90 (noventa)
dias.    (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 11.  Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbidade,


o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito.

§ 12.  Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos por


esta Lei o disposto no

§ 13.  Para os efeitos deste artigo, também se considera pessoa jurídica interessada o
ente tributante que figurar no polo ativo da obrigação tributária de que tratam o § 4º
do art. 3º e o art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 30
DIREITO ADMINISTRATIVO

9. Das Disposições Penais

Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou
terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.

Pena: detenção de seis a dez meses e multa.

Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denuncia-
do pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com
o trânsito em julgado da sentença condenatória.

Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o


afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.

10. Questões Relevantes


Gustavo Augusto N. Porto
» A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o
Gustavoanporto@gmail.com
trânsito em julgado da sentença condenatória (art. 20).
071.519.084-90
► A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento
do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remunera-
ção, quando a medida se fizer necessária à instrução processual (art. 20, § único). Atenção,
a lei não fixa o prazo do afastamento!!!

► A ação de improbidade é proposta perante o juiz de 1o grau, pelo Ministério Público


ou PJ lesada, assim não há foro por prerrogativa de função (art. 17).

A aplicação das sanções previstas na LIA independem (art. 21):

I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarci-


mento; (a necessidade de caracterização de dano efetivo ao patrimônio público incide, tão
somente em relação á pena de ressarcimento, de forma a evitar o enriquecimento ilícito
sem causa.

II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou
Conselho de Contas.

► Não se aplica o princípio da bagatela ou insignificância em

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 31
matéria de improbidade (STJ).

► As ações de improbidade admitem a celebração de acordo de não persecução cível


(leniência) (art. 17, § 1o). Havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as partes
requerer ao juiz a interrupção do prazo para a contestação, por prazo não superior a 90
(noventa) dias (art. 17, § 10-A).

► Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enrique-


cimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito, represen-
tar ao MP para indisponibilidade dos bens do indiciado.

Diga-se que a indisponibilidade recairá sobre bens que assegurem o integral ressarci-
mento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento.

O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio ou se enriquecer ilicitamente está


sujeito às cominações dessa lei até o limite do valor da herança.

QUESTÕES
Gustavo Augusto N. Porto
ANO: 2020 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: QUADROTÉCNICO PROVA: MARINHA
Gustavoanporto@gmail.com - 2020 -
QUADRO TÉCNICO - PRIMEIRO TENENTE - DIREITO
071.519.084-90

No que tange à improbidade administrativa, assinale a OPÇÃO correta, de acordo com


a Lei n° 8.429/1992 e com as súmulas e os informativos do Superior Tribuna! de Justiça.

a) É vedado acordo de não persecução civil nas ações de Improbidade Administrativa.


(errada, pois de acordo com o art. 17, 1 não é vedado o acordo de não persecução civil).

§ 1º As ações de que trata este artigo admitem a celebração de acordo de não persecução
cível, nos termos desta Lei. 

b)Havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as partes requerer ao juiz a


interrupção do prazo para a contestação, por prazo não superior a 90 dias. Correta!!

c) As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas na lei de Improbidade po-


dem ser propostas até 3 anos após o término do exercício de mandato, de cargo em
comissão ou de função de confiança. (errada, pois os prazos prescricionais são de até
05 anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função
de confiança.)

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 32
DIREITO ADMINISTRATIVO

ATENÇÃO!!!
Em caso de reeleição no cargo eletivo, o prazo de 05 anos será contado a partir do
término do 2ª mandato.

d) Não se aplica ao particular o mesmo regime prescricional previsto na Lei de Improbi-


dade Administrativa para o agente público. (errada – de acordo com a súmula n. 634 do
STJ, aplica-se ao particular o mesmo regime prescricional previsto na lei, qual seja, prazo
de 05 anos a contar de):
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser pro-
postas:
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de
função de confiança;
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puní-
veis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou
emprego.
III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de
contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei. 
GustavooAugusto
Súmula 634: “Ao particular aplica-se N. Porto
mesmo regime prescricional previsto na Lei de
Gustavoanporto@gmail.com
Improbidade Administrativa para o agente público.”
071.519.084-90
e) A tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policiais não constitui ato
de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública.
(errada)

- A tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policial constitui ato


de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração
pública.

STJ. 1ª Seção. REsp 1.177.910-SE, Rel. Ministro Herman Benjamin, julgado em 26/8/2015
(Info 577).

ANO: 2017 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: QUADRO TÉCNICO PROVA: MARINHA - 2017


- QUADRO TÉCNICO - PRIMEIRO TENENTE - DIREITO

Assinale a opção correta, de acordo com a lei n° 8.429/92, que versa sobre improbidade
administrativa e segundo José dos Santos Carvalho Filho (2016).

a) As pessoas jurídicas de cooperação governamental (serviços sociais autônomos) des-


tinatárias de contribuições instituídas por lei, podem ser sujeitos passivos de conduta de
improbidade administrativa. Correta!!

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 33
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não,
(sujeito ativo) contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Po-
deres da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa
incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário
haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita
anual, serão punidos na forma desta lei (sujeito passivo).

Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade
praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo,
fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o
erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou
da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito
sobre a contribuição dos cofres públicos (sujeito passivo).

b) A legitimidade ativa para propositura da ação é exclusiva do Ministério Público, den-


tro de 30 dias da efetivação da medida cautelar. (errada, pois de acordo com o art. 17, a
pessoa jurídica interessada pode ajuizar tal ação.)

Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou
pela pessoa jurídica interessada, dentroAugusto
Gustavo de trinta dias
N. da efetivação da medida cautelar.
Porto
Gustavoanporto@gmail.com
c) Não constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
071.519.084-90
Administração Pública o não cumprimento de exigência de requisitos de acessibilidade
previstos na legislação. (errada – art. 11, IX).

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da ad-
ministração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, im-
parcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação.  

d) aplicação das sanções previstas na lei de improbidade independe da efetiva ocorrên-


cia de dano ao patrimônio público, sem nenhuma exceção. (errada – há exceção quanto
a pena de ressarcimento ao erário art. 21, I.

Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:

I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarci-


mento; 

e) As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas na lei de improbidade po-


dem ser propostas até 3 anos após o término do exercício do mandato, de cargo em
comissão ou de função de confiança. (errada)

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 34
DIREITO ADMINISTRATIVO

ANO: 2014 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: QUADRO TÉCNICO PROVA: MARINHA - 2014


- QUADRO TÉCNICO - PRIMEIRO TENENTE - DIREITO

De acordo com o disposto na Lei 8.429/92, são atos de improbidade administrativa que
causam prejuízo ao erário:

a) adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função


pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patri-
mônio ou à renda do agente público. (errada – art. 9, VII, causam prejuízo ao erário).

Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito aufe-


rir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, man-
dato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e no-
tadamente:

VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função
pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patri-
mônio ou à renda do agente público;

b) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para


omitir ato de ofício, providência ou declaração
Gustavo Augusto a que esteja obrigado. (errada – art. 9, X,
N. Porto
causam enriquecimento ilícito.)
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omi-
tir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;

c) perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta


ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço in-
ferior ao valor de mercado.

(errada – art. 9, III).

III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta
ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior
ao valor de mercado;

d) liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de
qualquer forma para a sua aplicação irregular. Correta!! – art. 10, XI

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º
desta lei, e notadamente:

XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de
qualquer forma para a sua aplicação irregular;

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 35
e) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a
exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando,
de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem.
(errada – art. 09, V)

V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a


exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de
usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;

ANO: 2013 BANCA: VUNESP ÓRGÃO: PM-SP PROVA: VUNESP - 2013 - PM-SP - OFI-


CIAL TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO

Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito:

Acelebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orça-
mentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. (errada – art. 10, XV – cau-
sam lesão ao erário).
Gustavoadministrativa
Art. 10. Constitui ato de improbidade Augusto N.que
Porto
causa lesão ao erário qualquer
Gustavoanporto@gmail.com
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
071.519.084-90
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º
desta lei, e notadamente:

XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orça-
mentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. 

Breceber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para


omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado. (Correta – art. 9, X)

X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omi-


tir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;

Cagir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz res-
peito à conservação do patrimônio público. (errada – art. 10, X).

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º
desta lei, e notadamente:

X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respei-
to à conservação do patrimônio público;

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 36
DIREITO ADMINISTRATIVO

d) permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço su-
perior ao de mercado. (errada – 10, V) – causam prejuízo ao erário.

V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço su-
perior ao de mercado;

e) praticar ato visando a fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto,
na regra de competência. (errada – art. 11,I) – atos que atentam contra os Princípios da
administração pública.

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da ad-
ministração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, im-
parcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na
regra de competência;

ANO: 2020 BANCA: AERONÁUTICA ÓRGÃO: CIAAR PROVA: AERONÁUTICA - 2020 -
CIAAR - PRIMEIRO TENENTE - SERVIÇOS JURÍDICOS.
Gustavo Augusto N. Porto
Serão punidos na forma da lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, os atos de improbidade
Gustavoanporto@gmail.com
praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta,
071.519.084-90
indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fe-
deral, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou
de entidade, cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de
cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual.

Qual o prazo prescricional para a propositura das ações destinadas a levar a efeitos as
sanções previstas na lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992?

a) Não corre prescrição para este tipo de ação.

b) Até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de


função de confiança. Correta!!

c) Até três anos da data da apresentação à administração pública da prestação de con-


tas final pelas entidades públicas e privadas.

d) Até dois anos para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço públi-
co, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.

Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser pro-
postas:

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 37
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de
função de confiança;

II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puní-
veis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou
emprego.

Atenção!!!
Lei 8.112/ 90, Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: I - em 5 (cinco) anos, quanto às
infrações puníveis com dem issão. § 1o: O prazo de prescrição começa a correr da data
em que o fato se tornou conhecido.

III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de


contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei.

▆ Ação de Ressarcimento ao erário

▶ Imprescritível para os atos dolosos de improbidade!


Gustavo Augusto N. Porto
▶ Art. 37, § 5o, da CF/88: A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados
Gustavoanporto@gmail.com
por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as res-
071.519.084-90
pectivas ações de ressarcimento.

▶ Tesede Repercussão Geral do STF (Tema 897): “São imprescritíveis as ações de ressarci-
mento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 38
DIREITO ADMINISTRATIVO

3
3. PROCESSO ADMINISTRATIVO
PROCESSO
NO ÂMBIO DA NO
ADMINISTRATIVO ADMINSTRAÇÃO
ÂMBITO DA ADMINSTRAÇÃO
FEDERAL - LEI Nº 9.7
FEDERAL - LEI Nº 9.784/1999
84/1999

3.1 DISPOSIÇÕES GERAIS

A Lei nº 9.784/1999 estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no


âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção
dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.

Os preceitos dessa Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judi-
ciário (da União), quando no desempenho de função administrativa.

Para efeitos dessa Lei, considera-se:


Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
▶ órgão: a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da es-
071.519.084-90
trutura da Administração indireta;

▶ entidade: a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

▶ autoridade: o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.

3.2 PRINCÍPIOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

A Administração Pública obedecerá, dentre outros, os seguintes princípios:

a) Legalidade
b) Finalidade
c) Motivação
d) Razoabilidade
e) Proporcionalidade
f) Moralidade
g) Ampla defesa

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 39
h) Contraditório
i) Segurança jurídica
j) Interesse público

k) Eficiência

“SERA FACIL PRO MOMO”

Segurança jurídica
Eficiência
RAzoabilidade
Finalidade
Ampla defesa
Contraditório
Interesse público
Legalidade
Gustavo Augusto N. Porto
PROporcionalidade Gustavoanporto@gmail.com
MOralidade 071.519.084-90

MOtivação

Legalidade • atuação conforme a lei e o Direito.


• atendimento a fins de interesse geral, vedada a
renúncia total ou parcial de poderes ou compe-
Finalidade
tências, salvo autorização em lei.
Motivação • indicação dos pressupostos de fato e de direito
que determinarem a decisão.
• adequação entre meios e fins, vedada a impo-
sição de obrigações, restrições e sanções em
Razoabilidade e Proporciona-
medida superior àquelas estritamente necessá-
lidade
rias ao atendimento do interesse público.
Moralidade • atuação segundo padrões éticos de probida-
de, decoro e boa-fé.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 40
DIREITO ADMINISTRATIVO

• garantia dos direitos à comunicação, à


apresentação de alegações finais, à produção
Ampla defesa e Contraditória
de provas e à interposição de recursos, nos
processos de que possam resultar sanções e nas
situações de litígio.
• observância das formalidades essenciais à
garantia dos direitos dos administrados.

• adoção de formas simples, suficientes para


Segurança jurídica e Informa-
propiciar adequado grau de certeza, segurança
lismo
e respeito aos direitos dos administrados.
• interpretação da norma administrativa da forma
que melhor garanta o atendimento do fim pú-
blico a que se dirige, vedada aplicação retroa-
tiva de nova interpretação.

Interesse público • objetividade no atendimento do interesse pú-


blico, vedada a promoção pessoal de agentes
ou autoridades.
Gustavo
• Augusto N. Portodos procedimentos, deven-
busca a otimização
Gustavoanporto@gmail.com
do ser rápida, útil e econômica, buscando os
071.519.084-90
melhores resultados possíveis.
Eficiência
• divulgação oficial dos atos administrativos,
ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na
Constituição.
Oficialidade • impulsão, de ofício, do processo administrativo,
sem prejuízo da atuação dos interessados.
Gratuidade • proibição de cobrança de despesas proces-
suais, ressalvadas as previstas em lei.

3.3 DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de ou-


tros que lhe sejam assegurados:

I – ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exer-
cício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;
II – ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição
de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e co-
nhecer as decisões proferidas;

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 41
III – formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão
objeto de consideração pelo órgão competente;
IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a re-
presentação, por força de lei.

3.4 DOS DEVERES DOS ADMINISTRADOS

São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previs-


tos em ato normativo:

I– expor os fatos conforme a verdade;

II– proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

III - não agir de modo temerário;


IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimen-
to dos fatos. Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
3.5 DO INÍCIO DO PROCESSO

Importante: O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de inte-


ressado.

Obs.: tanto o início quanto o prosseguimento e instrução do processo podem se dar


pela parte interessada ou pela própria Administração Pública (de ofício).

O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação


oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:

I – órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;

II – identificação do interessado ou de quem o represente;

III – domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;

IV – formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;

V – data e assinatura do requerente ou de seu representante.

É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, deven-


do o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 42
DIREITO ADMINISTRATIVO

3.6 DOS INTERESSADOS

São considerados interessados no processo administrativo:

I – pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses in-
dividuais ou no exercício do direito de representação;

II – aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam
ser afetados pela decisão a ser adotada;

III – as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses


coletivos;

IV – as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interes-


ses difusos.

São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de 18 anos, ressalvada


previsão especial em ato normativo próprio.

3.7 DA COMPETÊNCIA
Gustavo Augusto N. Porto
Em regra, a competênciaGustavoanporto@gmail.com
é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a
071.519.084-90
que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente
admitidos.

O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial, sendo re-
vogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.

3.8 DOS IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÃO

É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:

I – tenha interesse direto ou indireto na matéria;

II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante,


ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o
terceiro grau;

III – esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo


cônjuge ou companheiro.

A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autori-


dade competente, abstendo-se de atuar. A omissão constitui falta grave.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 43
Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou
inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, com-
panheiros, parentes e afins até o terceiro grau.

3.9 DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO

Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quan-


do a lei expressamente a exigir.

Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funciona-


mento da repartição na qual tramitar o processo.

Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo pro-


cesso e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de 5
dias, salvo motivo de força maior.

3.10 DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS


Gustavo Augusto N. Porto
O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a
Gustavoanporto@gmail.com
intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências.
071.519.084-90
A intimação observará a antecedência mínima de 3 dias úteis quanto à data de com-
parecimento.
A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de
recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do inte-
ressado.
As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas
o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade.

Obs.: se a pessoa não recebeu correspondência, ou esta não continha as determina-


ções legais, mas comparece espontaneamente no processo, não haverá nulidade,
sendo considerada intimada.

Importante: O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade


dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado. Ou seja, se a pessoa intimada não
se manifesta no prazo legal, não serão considerados verdadeiros os fatos a ele imputa-
dos (não significa confissão), nem significa que renunciou a direitos, podendo, inclusive,
ingressar no prosseguimento do processo, tendo seu direito a ampla defesa assegurado.

Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o interessado

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 44
DIREITO ADMINISTRATIVO

em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e ativida-


des e os atos de outra natureza, de seu interesse.

3.11 DA INSTRUÇÃO

As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à


tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável
pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações probatórias.

Proibição de provas ilícitas – são inadmissíveis no processo administrativo as provas


obtidas por meios ilícitos.

O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar docu-


mentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações re-
ferentes à matéria objeto do processo. Somente poderão ser recusadas, mediante
decisão fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas,
impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.

Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias reprográficas


dos dados e documentos queGustavo
o integram, Augusto N. os
ressalvados Porto
dados e documentos de terceiros
protegidos por sigilo ou peloGustavoanporto@gmail.com
direito à privacidade, à honra e à imagem.
071.519.084-90
Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo
de 10 dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado. Logo após, a Administração tem
o prazo de até 30 dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente
motivada.

3.12 DO DEVER DE DECIDIR

A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos adminis-


trativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência.

3.13 DA MOTIVAÇÃO

Princípio da Motivação – Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação


dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 45
III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

V – decidam recursos administrativos;

VI – decorram de reexame de ofício;

VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de


pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato adminis-


trativo.

A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração


de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou
propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.

3.14 DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO


Gustavo Augusto N. Porto
Possibilidade de desistência do processo – O interessado poderá, mediante manifes-
Gustavoanporto@gmail.com
tação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar
071.519.084-90
a direitos disponíveis.

Entretanto, a desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o


prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse público
assim o exige.

Extinção do processo – O órgão competente poderá declarar extinto o processo quan-


do exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudi-
cado por fato superveniente.

3.15 DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO

A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legali-
dade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos.

O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos


favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, contados da data em que foram pra-
ticados, salvo comprovada má-fé.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 46
DIREITO ADMINISTRATIVO

Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem pre-
juízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalida-
dos pela própria Administração.

Lembrando que, sempre que importar em anulação, revogação ou convalidação, o ato


administrativo deverá ser motivado, indicando os fatos e fundamentos que jurídicos que
justifiquem sua edição.

3.16 DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO

Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mé-


rito.

Juízo de Retratação – O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a


qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, o encaminhará à autoridade superior.

Em regra, a interposição de recurso não depende de caução, salvo exigência legal.

O recurso administrativo tramitará


Gustavono máximo
Augustopor instâncias administrativas, salvo
N.3Porto
disposição legal diversa. Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
Legitimidade: Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:

I – os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;

II – aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão


recorrida;

III – as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interes-


ses coletivos;

IV – os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.

O recurso não será conhecido quando interposto:

I – fora do prazo;

II – perante órgão incompetente;

III – por quem não seja legitimado;

IV – após exaurida a esfera administrativa.

Salvo disposição legal, é de 10 dias o prazo para interposição de recurso administrati-


vo, e de no máximo 30 dias o prazo para ser decidido (este prazo poderá ser prorroga-

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 47
do por igual período, mediante justificativa).

Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os demais
interessados para que, no prazo de 5 dias úteis, apresentem alegações.

Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer


tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevan-
tes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.

Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção (proibição da re-


formatio in pejus na revisão do processo).

3.17 DOS PRAZOS

Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da


contagem o dia do começo Gustavo Augusto
e incluindo-se N. Porto
o do vencimento.
Gustavoanporto@gmail.com
Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se
071.519.084-90
suspendem.

3.18 DAS SANÇÕES

As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza pecuniária


ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de
defesa.

3.19 DISPOSIÇÕES FINAIS

Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos ad-


ministrativos em que figure como parte ou interessado:

I – pessoa com idade igual ou superior a 60 anos;

II – pessoa portadora de deficiência, física ou mental;

IV – pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, han-


seníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 48
DIREITO ADMINISTRATIVO

espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avança-


dos da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome
de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da
medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do
processo.

Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria que evidencie o regime


de tramitação prioritária.

QUESTÕES

ANO: 2020 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: QUADRO TÉCNICO PROVA: MARINHA - 2020


- QUADRO TÉCNICO - PRIMEIRO TENENTE - DIREITO.

Em relação ao processo administrativo regido pela Lei n° 9.784/1999, assinale a alterna-


tiva correta:

a) Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos funda-
Gustavo
mentos jurídicos, quando deixem Augusto
de aplicar N. Portofirmada sobre a questão ou
jurisprudência
Gustavoanporto@gmail.com
discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; CORRETA!
071.519.084-90

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e
dos fundamentos jurídicos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

V - decidam recursos administrativos;

VI - decorram de reexame de ofício;

VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pa-


receres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administra-


tivo.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 49
b) O comparecimento à consulta pública confere a condição de interessado do processo
e o direito de obter da Administração resposta fundamentada, que poderá ser comum
a todas as alegações substancialmente iguais. ERRADA! § 2  O comparecimento à con-
sulta pública não confere, por si, a condição de interessado do processo, mas confere
o direito de obter da Administração resposta fundamentada, que poderá ser comum a
todas as alegações substancialmente iguais.

c) Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qual-


quer tempo, desde que a pedido do interessado, quando surgirem fatos novos ou
circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.
ERRADA! Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser
revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou cir-
cunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.

d) A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos admi-


nistrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência, no
prazo de até 30 dias, da conclusão da instrução do processo administrativo, não se
admitindo prorrogação do referido prazo. ERRADA! Art. 48. A Administração tem o dever
de explicitamente emitir decisão nos processos
Gustavo Augustoadministrativos
N. Porto e sobre solicitações ou
reclamações, em matéria de sua competência.
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
e) Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos
administrativos em que figurem como parte ou interessadas as pessoas que comprova-
rem a sua hipossuficiência econômica. ERRADA! Art. 69-A. Terão prioridade na tramita-
ção, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos administrativos em que figure
como parte ou interessado:      

I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos;   

II - pessoa portadora de deficiência, física ou mental;             

III –          

IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, han-


seníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados
da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de imu-
nodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina
especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 50
DIREITO ADMINISTRATIVO

ANO: 2019 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: QUADRO TÉCNICO PROVA: MARINHA - 2019


- QUADRO TÉCNICO - PRIMEIRO TENENTE - DIREITO.

Sobre a Lei 9.784/99, que disciplina o processo administrativo, no âmbito da Administra-


ção Pública Federal, assinale a opção correta.

a) O processo administrativo inicia-se, exclusivamente, a pedido do interessado. ERRA-


DA, pode se dar de ofício também.

b) O recurso administrativo tramitará, no máximo, por 2 (duas) instâncias administrativas.


ERRADA! O recurso administrativo tramitará no máximo por 3 instâncias.

c) Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão compe-


tente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para ma-
nifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte
interessada. CORRETA, de acordo com o art. 31 da lei

d) Os prazos começam a correr da data da cientificação oficial, incluindo-se o dia do


começo e excluindo-se o do vencimento. ERRADO, exclui-se o dia do começo incluindo
o dia do vencimento.
Gustavo Augusto N. Porto
e) Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo
Gustavoanporto@gmail.com
processo e dos administrados que071.519.084-90
dele participem devem ser praticados no prazo de
10 (dez) dias. ERRADA! Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autorida-
de responsável devem ser praticados no prazo de 05 (cinco) dias, salvo motivo de força
maior. Esse prazo pode ser dilatado até o dobro, ou seja, 10 (dez) dias, mediante com-
provada justificação, Art. 24 e § único.

ANO: 2018 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: QUADRO TÉCNICO PROVA: MARINHA - 2018


- QUADRO TÉCNICO - PRIMEIRO TENENTE - DIREITO.

Considerando o disposto na lei n° 9.784/99, que regula o processo administrativo no


âmbito da Administração Pública Federal, assinale a opção correta.

a) Na ausência de competência legal específica, o processo administrativo deverá ser


iniciado perante a autoridade de maior grau hierárquico para decidir. ERRADA! Art. 17.
Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado
perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.

b) Será permitida, em caráter excepcional, e por motivos relevantes devidamente jus-


tificados, a avocação permanente de competência atribuída a órgão hierarquicamente
inferior. ERRADA! Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevan-

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 51
tes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.

c) Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até


trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.
CORRETA!

d) A decisão proferida em recurso administrativo não poderá agravar a situação do re-


corrente. ERRADA! Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar,
modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for
de sua competência.

Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo  puder decorrer grava-


me à situação do recorrente, este  deverá ser cientificado para que formule suas
alegações antes da decisão. Visto isso, percebe-se que da decisão proferida em recurso
administrativo poderá agravar a situação do recorrente.

e) O recurso será conhecido quando for interposto, após exaurida a esfera administrati-
va. ERRADA! Art. 63. O recurso não será conhecido quando interposto: IV - após exaurida
a esfera administrativa.

Gustavo Augusto N. Porto


Gustavoanporto@gmail.com
ANO: 2017 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: QUADRO TÉCNICO PROVA: MARINHA - 2017 -
071.519.084-90
QUADRO TÉCNICO - PRIMEIRO TENENTE - DIREITO.

Sobre a lei n° 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito federal, pode-
-se afirmar que

a) a impossibilidade de delegação de competência restringe-se apenas à edição de


atos de caráter normativo e às matérias de competência exclusiva do órgão ou autori-
dade. ERRADA!

Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

 I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

b) inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser inicia-


do perante a autoridade de maior grau hierárquico para decidir. ERRADA, Art. 17. Inexis-
tindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante
a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 52
DIREITO ADMINISTRATIVO

c) atos administrativos que decorrem de reexame de ofício; atos que deixem de aplicar
jurisprudência firmada sobre a questão e atos que importem em convalidação, não pre-
cisam ser motivados. ERRADO! Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados,
com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

V - decidam recursos administrativos;

VI - decorram de reexame de ofício;

VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pare-


ceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

d) o recurso administrativo tramitará no máximo por duas instâncias administrativas, sal-


vo disposição legal diversa. Gustavo
ERRADO! No máximo N.
Augusto porPorto
3 instâncias.
Gustavoanporto@gmail.com
e) salvo disposição legal específica, é de 10 dias o prazo para interposição de recurso
071.519.084-90
administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.
CORRETA!

Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máxi-
mo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado.

ANO: 2010 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: CAP PROVA: MARINHA - 2010 - CAP - CABO -


TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

Ao processo administrativo aplicam-se os princípios comuns à Teoria Geral dos Proces-


sos. Assinale a opção que apresenta um princípio considerado como implícito.

a) Finalidade.

b) Participação popular.

c) Moralidade.

d) Proporcionalidade.

e) Eficiência.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 53
“SERA FACIL PRO MOMO”
Segurança jurídica
Eficiência
RAzoabilidade
Finalidade
Ampla defesa
Contraditório
Interesse público
Legalidade
PROporcionalidade
MOralidade
Motivação

Gustavo Augusto N. Porto


Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 54
4
4. SERVIÇOS PÚBLICOS (Lei
SERVIÇOS
nº 8.987/95)
PÚBLICOS
(LEI Nº 8.987/95)
4.1 BASE CONSTITUCIONAL E REGULAMENTAÇÃO LEGAL

a) Previsão Constitucional: CF, art. 175


Atribui ao Poder Público a titularidade na prestação de serviços públicos, direta ou indi-
reta- mente, sempre por meio de procedimento licitatório prévio.

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de conces-
são ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Gustavo Augusto N. Porto
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o cará-
ter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducida-
de, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II – os direitos dos usuários;
III – política tarifária;
IV – a obrigação de manter serviço adequado.

b) Regulamentação: Lei nº 8.987/95 e alterações posteriores, que dispõe sobre o re-


gime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175
da Constituição Federal, e dá outras providências. Estabelece normas gerais sobre con-
cessão e permissão de serviços públicos aplicáveis à União, Estados, Distrito Federal e
Municípios.

4.2 CONCEITO

O Estado possui funções de natureza administrativa, judicial e legislativo. Entre as fun-


ções tidas como administrativa, prestadas, predominantemente, pelo Poder Executivo,
destaca-se a prestação de serviços públicos.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 55
DIREITO ADMINISTRATIVO

Não há que se confundir a prestação de serviços públicos e o exercício do poder de


polícia. As duas atividades, prestadas pelo Poder Público, compõem desdobramentos
da função adminis trativa do Estado.

Devido à dificuldade na conceituação de tal instituto, abaixo, utilizaremos elementos


usados pela doutrina majoritária na formação de tal definição:

a) Conceito Orgânico (subjetivo) – considera serviço público aquele que é prestado


pelo Estado (órgãos, agentes e entidades).

b) Conceito Material (objetivo) – atividades destinadas ao atendimento da coletividade


em geral, sob a titularidade do Poder Público. São atividades cujo objetivo é a satisfa-
ção do interesse coletivo (Corrente Essencialista)

c) Conceito Formal – atividades desempenhadas sob regime de Direito Público, exorbi-


Gustavo Augusto N. Porto
tan- do o Direito Comum.Gustavoanporto@gmail.com
Serão públicos os serviços determinados pelo ordenamento
jurídico (Constituição e leis). É a corrente adotada no Brasil (corrente formalista).
071.519.084-90

Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, serviço público é “atividade de oferecimento


de utilidade ou comodidade fruível preponderantemente pelos administrados, prestada
pela Administração Pública ou por quem lhe faça às vezes, sob um regime de Direito Pú-
blico, instituído em favor de interesses definidos como próprios pelo ordenamento jurídico”.

Por fim, percebemos que a prestação de serviços públicos pode atender às necessida-
des dos administrados diretamente (ex.: serviços de energia elétrica ou de telefonia) ou
indiretamente (ex.: segurança pública e transporte coletivo).

4.3 COMPETÊNCIA

A competência na prestação de serviços públicos foi partilhada pela nossa CF, levando-
-se em consideração a predominância de interesses. Assim, caberá a União a prestação
de serviços de interesse, predominantemente, nacional, destinando aos Estados e aos
Municípios os de interesse regional e local, respectivamente.

Para os Estados, as questões de interesse regional são atribuídas de forma residual, pois
a eles foram atribuídas as competências que não foram vedadas pelo Texto Constitu-

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 56
cional.

Cabe, ainda, aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços


locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a
sua regulamentação.

Situação relevante é a do Distrito Federal, que, por não poder ser dividido em Municí-
pios, dará conta das questões de interesse regional (serviços de competência dos Esta-
dos) e das de interesse local (serviços de competência dos Municípios).

Assim, tem-se:

Exemplo interessante foi adotado por Cláudio Brandão:


Gustavo Augusto N. Porto
“O transporte coletivo serveGustavoanporto@gmail.com
como exemplo do critério adotado. Se o transporte coletivo é
071.519.084-90
feito de um Estado para outro, a competência é da União, se o transporte é feito de um
Município para outro, dentro do mesmo Estado é competência estadual, se o transporte é
feito nos limites de um Município a competência é municipal”.

4.4 FORMAS DE PRESTAÇÃO E MEIOS DE EXECUÇÃO

FORMAS DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS:

a) Serviço Centralizado – é aquele prestado diretamente por meio dos órgãos e agen-
tes da Administração Direta (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), em seu nome
e sob sua exclusiva responsabilidade.

b) Serviço Descentralizado – é aquele em que há outorga ou delegação na prestação


do serviço.

No primeiro caso, quando estado cria ou autoriza a criação de uma entidade e, por lei,
trans- fere a ela a titularidade do serviço público, normalmente por prazo indetermina-
do, ocorrerá a outorga. É o caso das entidades da Administração Indireta (autarquias,
fundações públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas).

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 57
DIREITO ADMINISTRATIVO

Já na delegação, o Estado transfere a execução do serviço, mediante contrato (conces-


são e per- missão) ou ato (autorização), por prazo determinado.

Repare que, no caso da outorga, há a transferência da titularidade do serviço e, no caso


da de- legação, só se transfere a execução do serviço.

RESUMO

SERVIÇO CENTRALIZADO – Administração Direta (U/E/DF/M)

Gustavo Augusto N. Porto


MEIOS DE EXECUÇÃO Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
a) Execução direta: é a realizada pelos próprios meios da pessoa responsável pela sua
prestação ao público. Considera-se execução direta sempre que o encarregado do ofe-
recimento do serviço ao público o realiza pessoalmente, por seus órgãos ou por seus
prepostos (não por terceiros contratados).

b) Execução indireta: é a que o responsável comete a terceiros (por contratação, e não


por delegação) para realizá-lo nas condições regulamentares. Serviço próprio ou rece-
bido por delegação, quando feito por terceiros, caracteriza a execução indireta.

4.5 CLASSIFICAÇÃO

Os serviços públicos podem ser classificados segundo:

1. sua possibilidade de delegação: serviços delegáveis e serviços indelegáveis.

2. sua adequação: serviços próprios e serviços impróprios do Estado.

3. sua finalidade: serviços administrativos e serviços industriais.

4. os destinatários do serviço: serviços uti universi (gerais) e serviços uti singuli (individu-
ais).

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 58
4.5.1 QUANTO À POSSIBILIDADE DE DELEGAÇÃO

Serviços Delegáveis: são aqueles que podem ser prestados diretamente pelo Estado,
por meio da Administração Direta ou Indireta, ou de delegação de serviço público (con-
cessão, permissão ou autorização).

Serviços Indelegáveis: são aqueles que só podem ser prestados pelo Estado, por meio
da Administração Direta ou de pessoa jurídica de direito público integrante da Adminis-
tração Indireta, tendo em vista que é fundamental a utilização de poder de império para
a sua prestação.

4.5.2 QUANTO À SUA ADEQUAÇÃO

Serviços Próprios do Estado: são os que se relacionam intimamente com as atribuições


do Poder Público (segurança, polícia, saúde pública, etc.) e para a execução dos quais a
Administração usa de sua supremacia sobre os administrados. Por sua essencialidade,
geralmente são gratuitos ou de baixa remuneração.

Serviços Impróprios do Estado: são os que não afetam substancialmente as necessida-


Gustavointeresses
des da comunidade, mas satisfazem Augustocomuns
N. Porto
de seus membros. São ativida-
Gustavoanporto@gmail.com
des de natureza social executadas por particulares sem delegação, por regime jurídico
de direito privado. 071.519.084-90

4.5.3 QUANTO À SUA FINALIDADE

Serviços Administrativos: atende as necessidades internas ou prepara serviços que se-


rão pres- tados ao público (atividade-meio)

Serviços Sociais: aqueles que correspondem aos direitos sociais elencados na CF, art. 6º
e que devem obrigatoriamente ser oferecidos pelo Estado. Também podem ser ofereci-
dos por parti- culares, mas, obviamente, não serão classificados como serviços públicos.

Serviços Industriais: produzem renda para quem os presta, mediante remuneração da


utilida- de usada ou consumida (tarifa). Pode ser realizado pelo Poder Público ou por
concessionários, permissionários ou autorizatários, e a tarifa (ou preço público) é sempre
fixada pelo Poder Pú- blico.

4.5.4 QUANTO AOS DESTINATÁRIOS

Serviços Gerais: são prestados sem ter usuários determinados, para atender à coletivi-
dade no seu todo, como os de polícia, iluminação pública. São indivisíveis, devendo ser

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 59
DIREITO ADMINISTRATIVO

mantidos por imposto (tributo geral). Ex: polícia, calçamento, etc.

Serviços Individuais: possuem usuários determinados e utilização particular e mensu-


rável para cada destinatário, devendo ser remunerados por taxa (tributo) ou tarifa (preço
público). Ex.: telefone, água, energia.

4.6 REQUISITOS

Segundo o art. 6º, §1º, da Lei nº 8.987/95, podemos conceituar serviço público adequa-
do como aquele que satisfaz as condições de regularidade, continuidade (perma-
Gustavo
nência), eficiência, segurança, Augusto
atualidade, N. Portocortesia na sua prestação e
generalidade,
Gustavoanporto@gmail.com
modicidade das tarifas.
071.519.084-90
Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de
emergência ou após prévio aviso, quando motivada por razões de ordem técnica ou
de segurança das instalações, ou ainda por inadimplemento do usuário, considerado o
interesse da coletivi- dade.

4.7 DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS USUÁRIOS

Lei nº 8.987/95

Art. 7º Sem prejuízo do disposto na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, são direi- tos
e obrigações dos usuários:

I- receber serviço adequado;

II– receber do poder concedente e da concessionária informações para a defesa de in-


teresses individuais ou coletivos;

III– obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestadores de servi-
ços, quando for o caso, observadas as normas do poder concedente.

IV– levar ao conhecimento do poder público e da concessionária as irregularidades de


que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado;

CONHEÇA TODOS OS CURSOS 60


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01
V– comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados pela conces- sio-
nária na prestação do serviço;

VI– contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos
quais lhes são prestados os serviços.

Art. 7º-A. As concessionárias de serviços públicos, de direito público e privado, nos Es-
tados e no Distrito Federal, são obrigadas a oferecer ao consumidor e ao usuário, den-
tro do mês de vencimento, o mínimo de seis datas opcionais para escolherem os dias
de vencimento de seus débitos.

Lei nº 8.987/95
Art. 31. Incumbe à concessionária:
a) prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei, nas normas técnicas apli-
cáveis e no contrato;
b) manter em dia o inventário e o registro dos bens vinculados à concessão;
c) prestar contas da gestão do serviço ao poder concedente e aos usuários, nos ter-
mos definidos no contrato;
d) cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e as cláusulas contratuais da con-
Gustavo Augusto N. Porto
cessão;
Gustavoanporto@gmail.com
e) permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, às obras,
071.519.084-90
aos equipamentos e às instalações integrantes do serviço, bem como a seus registros
contábeis;

a) promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas pelo poder conce-


dente, conforme previsto no edital e no contrato;

b) zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço, bem como se-
gurá-los adequadamente;

c) captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessários à prestação do ser- viço.

Parágrafo único. As contratações, inclusive de mão-de-obra, feitas pela concessio-


nária serão regidas pelas disposições de direito privado e pela legislação trabalhis- ta,
não se estabelecendo qualquer relação entre os terceiros contratados pela con- ces-
sionária e o poder concedente.

4.8 SERVIÇOS DELEGADOS A PARTICULARES: CONCESSÃO, PERMISSÃO E AUTORIZAÇÃO

Entende-se por delegação a transferência do exercício das atividades públicas para os


particula- res. Nela, a transferência se dá para uma pessoa física ou jurídica privada, que
exerce a ativida- de por sua conta e risco, mas em nome do Estado.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 61
DIREITO ADMINISTRATIVO

As formas em que a delegação se materializa são a concessão, a permissão e a auto-


rização.

▆ Concessão

Serviços concedidos são aqueles que o particular executa em seu nome, por sua conta
e risco, remunerados por tarifa, na forma regulamentar, mediante delegação do Poder
Público conce- dente. Serviço concedido é serviço do Poder Público, apenas executado
por particular em razão da concessão.

Assim, concessão de serviço público é o contrato por meio do qual a Administração Pú-
blica delega a alguém a execução de determinado serviço ou atividade pública e este
aceita prestá-

-la, por sua conta e risco, em nome da própria administração, sob condições fixadas e
alteráveis unilateralmente pelo Poder Público.

A remuneração é dada pela cobrança de tarifas diretamente dos usuários do serviço,


sendo ga- rantida a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro. O interesse é pre-
dominantemente público.
Gustavo Augusto N. Porto
Pelo art. 2º, II, da Lei nº 8.987/95, considera-se concessão de serviço público “a dele-
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
gação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade
de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade
para seu desempenho, por sua conta e risco, por prazo determinado”. Verificamos, assim,
não ser possível a utilização do instituto da concessão para delegação de serviços pú-
blicos a pessoas físicas.

Resumidamente:

▶ Há uma modalidade de concessão que deve ser precedida da execução de obra pú-
blica;

▶ A concessão só é possível a uma pessoa jurídica ou consórcio de empresas, não ca-


bendo a pessoa física;

▶ Deverá haver licitação prévia, na modalidade de concorrência;

▶ Há prazo determinado.

A Lei nº 8.987/95 estatui regras próprias de licitação para concessão e permissão de


serviços públicos, aplicando-se supletivamente as regras da Lei nº 8.666/93.

As duas passagens mais importantes da Lei nº 8.987/95, no que tange à licitação, esta-
belecem critérios próprios para o julgamento das propostas (art. 15) e permitem a inver-

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 62
são da ordem das fases de habilitação e julgamento (assemelhando-se ao pregão – art.
18-A, acrescentado pela Lei nº 11.196/05).

▆ Formas de Extinção da Concessão

a) advento do termo contratual – pelo término do prazo contratual; dar-se-á com a in-
deniza- ção das parcelas dos investimentos relacionados aos bens reversíveis, ainda não
amortiza- dos ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a
continuidade e atualidade do serviço concedido (art. 36);

b) encampação (ou resgate) – retomada coativa do serviço, por interesse público super-
ve- niente. Necessita de lei autorizativa específica e pagamento de indenização prévia
(art. 37).

c) rescisão – pela inexecução total ou parcial do contrato por parte do poder conce-
dente; ocor- rerá por iniciativa da concessionária, mediante ação judicial, sendo que os
serviços não pode- rão ser interrompidos ou paralisados até a decisão judicial transitada
em julgado (art. 39);

d) anulação – pela ilegalidade da licitação ou do contrato;


Gustavo Augusto N. Porto
e) falência ou extinção da Gustavoanporto@gmail.com
empresa concessionária ou falecimento ou incapacidade do
071.519.084-90
titular, no caso de empresa individual.

Extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, os di-


reitos e os privilégios transferidos ao concessionário, devendo ainda haver a imediata
assunção do serviço pelo poder concedente, o que autoriza a ocupação das instalações
e a utilização de todos os bens reversíveis.

▆ Permissão

Serviços permitidos são aqueles em que a Administração estabelece os requisitos para


sua prestação ao público e, por contrato de adesão, transfere sua execução aos parti-
culares que demonstrarem capacidade para seu desempenho, mediante procedimento
licitatório prévio.

A permissão é, em princípio, discricionária e precária (revogável unilateralmente), mas


admite condições e prazos para exploração do serviço, a fim de garantir rentabilidade
e assegurar a recuperação do investimento do permissionário visando atrair a iniciativa
privada. Assim, podemos dizer que a revogabilidade e a precariedade são atributos da
permissão. O interesse é concorrente do particular e da Administração.

Pela Lei nº 8.987/95, considera-se permissão de serviço público “a delegação, a título

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 63
DIREITO ADMINISTRATIVO

precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder conce-
dente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por
sua conta e risco”. Ex.: transportes coletivos.

▆ Autorização

Segundo Maria Sylvia Di Pietro, há três modalidades distintas de autorização, previstas


em nosso ordenamento jurídico:

a) Autorização mediante a qual a Administração faculta ao particular determinada ativi-


dade de seu interesse, sem a qual seria ilegal. Ex.: autorização de porte de arma.

b) Autorização de uso de bem público, que faculta ao particular a utilização de um bem


de propriedade estatal. Ex.: autorização para funcionamento de uma banca de jornal em
de- terminada rua.

c) Autorização de serviço público, na forma definida pela Lei nº 8.987/95.

Segundo Hely Lopes Meireles, “serviços autorizados são aqueles que o Poder Público,
por ato unilateral, precário e Gustavo Augusto
discricionário, N.na
consente Porto
sua execução por particular para
Gustavoanporto@gmail.com
atender a in- teresses coletivos instáveis ou emergências transitórias”.
071.519.084-90
A doutrina admite que é a única forma de delegação de serviços públicos que não ne-
cessita de licitação prévia e que não depende da celebração de contrato. Destina-se
a serviços que não exigem execução pela própria Administração, nem exigem grande
especialização, como no caso de serviços de táxi, de despachantes, segurança particu-
lar, etc.

A autorização não está prevista no art. 175 da Constituição Federal, nem a Lei nº 8.987/95
contempla tal modalidade de delegação. No entanto, há previsão em outras passagens
do texto constitucional, como no art. 21, XI e XII e no art. 223.

4.9 PARCERIA PÚBLICO PRIVADA – PPP

Trata-se de uma nova forma de delegação de serviço público criada pela Lei nº 11.079/04.
A diferença entre ela e as demais formas de delegação tradicionais está no fato de que
sempre haverá uma retribuição financeira por parte da Administração Pública. Nas de-
mais formas de delegação, regidas pela Lei nº 8.987/95, o delegatário é remunerado
diretamente por tarifa paga por usuários.

Em virtude do grande risco no investimento ou de seu alto custo, nessa nova forma de

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 64
delega- ção, o ente federativo torna-se parceiro da empresa privada na prestação do
serviço público. Assim, na PPP há uma repartição dos riscos, enquanto que, nas demais
formas de delegação, o delegatário presta o serviço por sua conta e risco.

A definição legal do instituto da parceria público-privada consta no art. 2º da Lei Federal


nº 11.079/2004: “é o contrato administrativo de concessão na modalidade patrocinada
ou administrativa”. No mesmo dispositivo, ainda constam os conceitos de concessões
patrocinadas e administrativas.

“Parceria público-privada é um contrato organizacional, de longo prazo de duração, por


meio do qual se atribui a um sujeito privado o dever de executar obra pública e (ou)
prestar serviço público, com ou sem direito à remuneração, por meio da exploração da
infra-estrutura, mas mediante uma garantia especial e reforçada prestada pelo Poder
Público, utilizável para a obtenção de recursos no mercado financeiro”.

A lei estabelece ainda que não constitui parceria público-privada a concessão comum,
assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que tra-
ta a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando não envolver contraprestação
pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. Sendo assim, quando ausentes os
demais requisitos elencados na lei es- pecífica das parcerias e a remuneração por parte
Gustavo
da Administração Pública limitar-se Augusto
à contra- N. Porto
prestação não pecuniária ou alternativa,
Gustavoanporto@gmail.com
caracterizar-se-á a concessão comum.
071.519.084-90
Ressaltamos que a Lei nº 11.079/04 estabelece normas gerais de licitações e contratos
relacio- nados com as PPPs, ou seja, é uma lei geral e de observância obrigatória por
parte da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Nos termos do art. 2º, da Lei nº 11.079/04, as PPPs podem ser celebradas sob duas
modalida- des: a concessão patrocinada ou a concessão administrativa, conforme a re-
tribuição financeira oferecida pelo Poder Público parceiro.

a) Concessão patrocinada:

§ 1º “Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas


de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente
à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro
privado”.

Na parceria público-privada patrocinada, o serviço é prestado diretamente ao público,


com cobrança tarifária que, complementada por contraprestação pecuniária do ente
público, compõe a receita do parceiro privado. Quando mais de 70% da remuneração
do parceiro privado for paga pela Administração, deverá haver autorização legislativa.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 65
DIREITO ADMINISTRATIVO

b) Concessão administrativa:

§ 2º “Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Adminis-


tração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou
fornecimento e instalação de bens”.

Nessa situação, há uma concessão de serviço público em que a remuneração é feita


totalmente pelo ente federado, não havendo cobrança de tarifas dos usuários.

Pela leitura atenta do dispositivo, percebe-se que há dois tipos de concessões adminis-
trativas:

A concessão administrativa de serviços públicos, em que a Administração Pública é


usuária in- direta, tem por objeto os serviços públicos a que se refere o art. 175 da Cons-
tituição Federal. A concessão administrativa de serviços ao Estado visa a prestar servi-
ços ou fornecer utilidades diretamente à Administração. Em ambas as modalidades de
concessão administrativa, o Poder Público assume o ônus relativo ao pagamento do
serviço prestado.

A Lei nº 11.079/04, a fim de assegurar a participação da iniciativa privada na prestação de


ser- viços públicos, mediante Gustavo Augusto
as PPPs, trouxe N. Porto
diversas regras, tendo em vista os grandes
Gustavoanporto@gmail.com
investi- mentos e o alto risco dos particulares. Entre elas, destacam-se: penalidades im-
postas, em caso de inadimplência, 071.519.084-90
ao parceiro privado e ao parceiro público; repartição
dos riscos financeiros; estipulação de garantias a serem prestadas por ambas as partes.

Também são estipuladas regras específicas à licitação prévia às PPPs. A concorrência


poderá ser feita por propostas escritas e lances verbais, bem como poderá haver a in-
versão das fases de habilitação e julgamento, tal como no pregão. Além disso, o edital
poderá restringir a apresentação de lances em viva voz aos licitantes cuja proposta es-
crita for, no máximo, 20% maior que o valor da melhor proposta.

É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:

I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00;

II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou

III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e


instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.

Por fim, destacamos que a Lei nº 11.079/04 determina que deverá ser constituída uma
socieda- de de propósito específico para o objeto da concessão, incumbida de implan-
tar e gerir o objeto da pareceria, na qual a Administração não poderá, como regra, pos-
suir a maioria do capital votante.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 66
DIREITO ADMINISTRATIVO

Essa sociedade poderá assumir a forma de companhia aberta, com valores mobiliários
admiti- dos à negociação no mercado, devendo obedecer a padrões de governança
corporativa e ado- tar contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas, confor-
me regulamento.

QUESTÕES

ANO: 2009 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: QUADRO TÉCNICO PROVA: MARINHA - 2009 –
QUADRO TÉCNICO – PRIMEIRO TENENTE – DIREITO.

No tocante ao tema serviço público, é correto afirmar que:

a) o serviço de uso de linha telefônica pode ser enquadrado como serviço coletivo (uti
universi). ERRADA!! é serviço UTI SINGULI, pois pode identificar individualmente o usuário.
De outro lado, seria UTI UNIVERSI o serviço de iluminação pública, pois o usuário não
pode ser individualizado, eis que beneficia toda coletividade.

b) o princípio da continuidade indica que os serviços públicos não devem sofrer inter-
rupção; todavia, se o usuário de um serviço deixar de observar os requisitos técnicos
para a prestação, o Poder Público,
GustavonesteAugusto
caso, poderá suspender a prestação do serviço.
N. Porto
CORRETA - “o princípio da Gustavoanporto@gmail.com
continuidade indica que os serviços públicos não devem sofrer
interrupção; todavia, se o usuário de071.519.084-90
um serviço deixar de observar os requisitos técnicos
para a prestação, o Poder Público, neste caso, poderá suspender a prestação do serviço.”

Art. 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno


atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no
respectivo contrato.

§ 1o  Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade,


eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade
das tarifas.

§ 2o A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das


instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.

§ 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de


emergência ou após prévio aviso, quando:

I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,

II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.

§ 4º  A interrupção do serviço na hipótese prevista no inciso II do § 3º deste artigo não poderá


iniciar-se na sexta-feira, no sábado ou no domingo, nem em feriado ou no dia anterior a
feriado.       (Incluído pela Lei nº 14.015, de 2020)

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 67
DIREITO ADMINISTRATIVO

c) A remuneração dos serviços públicos somente é devida caso o usuário se utilize do


serviço, não bastando que o serviço seja posto à sua disposição. ERRADA!! A Constitui-
ção Federal, em seu art. 145, inc. II, determina que serão instituídas taxas “em razão do
exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públi-
cos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou POSTOS A SUA DISPOSIÇÃO”

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes


tributos:

II -  taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou po-
tencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a
sua disposição;

d) Poderão submeter-se à desestatização, as empresas, excluídas as instituições finan-


ceiras, controladas direta ou indiretamente pela União. ERRADA!! Considera-se deses-
tatização:

▶ alienação, pela União, de direitos que lhes assegurem, diretamente ou através de ou-
tras controladas, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria
dos administradores da sociedade;
Gustavo Augusto N. Porto
▶a transferência, para a iniciativa privada, da execução de  explorados pela União, dire-
Gustavoanporto@gmail.com
tamente ou através de entidades controladas, bem como daqueles de sua responsabi-
071.519.084-90
lidade.
▶a transferência ou outorga de direitos sobre bens móveis e imóveis da União, nos ter-
mos desta Lei
e) As organizações sociais (regime dos contratos de gestão) devem ter personalida-
de jurídica de direito privado, podem ou não ter fins lucrativos e devem destinar-se ao
ensino, à cultura, à saúde, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico e à
preservação do meio ambiente. ERRADA! Maria Sylvia Zanello di Pietro entende que as
Organizações Sociais: são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, insti-
tuídas por iniciativa de particulares, para desempenhar serviços sociais não exclusivos
do Estado, com incentivo e fiscalização pelo Poder Público, mediante vínculo jurídico
instituído por meio de contrato de gestão

ANO: 2014 BANCA: FUNCAB ÓRGÃO: CBM-RO PROVA: FUNCAB - 2014 - CBM-RO -


ASPIRANTE DO CORPO DE BOMBEIRO.

NÃO se caracteriza com o princípio orientador da prestação dos serviços públicos o


princípio da:

A) limitação. (ERRADA)

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 68
B) adequação.
C)universalidade.
D)continuidade.
E) cortesia.

Art. 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno


atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no
respectivo contrato.

§ 1o  Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade,


eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade
das tarifas.

ANO: 2017 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: CAP PROVA: MARINHA - 2017 - CAP - CABO -


TÉCNICO EM CONTABILIDADE.

Segundo Hely Lopes Meirelles (2016), em relação aos Serviços Públicos e suas formas
e meios de prestação, assinale a opção correta.
Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
a) Serviço Público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados,
071.519.084-90
sob normas e controles privados, para satisfazer necessidades essenciais ou secun-
dárias da coletividade. ERRADA! Serviço Público é todo aquele prestado pela Admi-
nistração ou por seus delegados, sob normas e  controles privados, para satisfazer
necessidades essenciais ou secundárias da coletividade.

b) Serviço descentralizado é todo aquele em que o Poder Público transfere sua titulari-
dade ou, simplesmente, sua execução, por outorga ou delegação, a autarquias, funda-
ções, empresas estatais, empresas privadas ou particulares individualmente e aos con-
sórcios públicos. CORRETA!! A descentralização de serviço se dá quando a prestação do
mesmo é OU prestada por entidade da Administração Indireta através de outorga - neste
caso é transferida também a titularidade da prestação do serviço - OU quando é prestada
por particulares através de delegação do poder público - neste caso transfere-se apenas a
execução, NUNCA a titularidade

c) Serviço desconcentrado é todo aquele em que a Administração executa centralizada-


mente, sem distribuí-lo a outros órgãos. ERRADA!! Serviço desconcentrado é todo aquele
que a Administração executa centralizadamente,  mas o distribui entre vários órgãos
da mesma entidade, para facilitar sua realização e obtenção pelos usuários.

d) Execução direta do serviço é aquela em que o responsável pela sua prestação come-

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 69
DIREITO ADMINISTRATIVO

te a terceiros para realizá-lo nas condições regulamentares. ERRADA! A execução dire-


ta do serviço ocorre sempre que o encarregado de seu oferecimento ao público o realiza
pessoalmente, ou por seus órgãos, ou por prepostos (não por terceiros contratados).

e) Serviço centralizado é o que o Poder Público presta por por meio de seus próprios
órgãos e em seu nome sem, contudo, possuir responsabilidade sobre o serviço. ERRA-
DA! Serviço centralizado é todo aquele em que o Poder Público presta por seus próprios
órgãos em seu nome e sob sua exclusiva responsabilidade.

ANO: 2016 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: QUADRO TÉCNICO PROVA: MARINHA - 2016


- QUADRO TÉCNICO - PRIMEIRO TENENTE - DIREITO

Com relação à concessão de serviço público, analise as afirmativas a seguir e assinale


a opção correta.

I - As cláusulas contratuais relativas aos direitos e deveres dos usuários para a utilização
do serviço são consideradas essenciais. Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de
concessão as relativas: VI - aos direitos e deveres dos usuários para obtenção e utiliza-
Gustavo Augusto N. Porto
ção do serviço; CORRETA
Gustavoanporto@gmail.com
II - A lei n.° 8.987 de 1995 possibilita 071.519.084-90
a revisão das tarifas a fim de manter o equilíbrio eco-
nômico financeiro do contrato. Art. 9º A tarifa do serviço público concedido será fixada
pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de revisão
previstas nesta Lei, no edital e no contrato. § 2 Os contratos poderão prever mecanismos
de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro. CORRETA!

III - As concessões podem ser outorgadas por tempo determinado ou indeterminado,


desde que seja garantido o ressarcimento do capital investido. Art. 2º  Para os fins do
disposto nesta Lei, considera-se: II - concessão de serviço público: a delegação de sua
prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concor-
rência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;

ERRADA!

IV - A retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo de concessão, por


motivos de interesse público, denomina-se encampação. CORRETA!

Art. 35. Extingue-se a concessão por:  II - encampação;

Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente du-
rante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa
específica e após prévio pagamento da indenização, na forma do artigo anterior.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 70
a) somente a afirmativa I está correta,
b) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
c) Somente as afirmativas II e IV estão corretas,
d) Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas.
e) Somente a afirmativa III está correta.

ANO: 2016 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: QUADRO TÉCNICO PROVA: MARINHA - 2016


- QUADRO TÉCNICO - PRIMEIRO TENENTE - DIREITO

Com relação aos serviços públicos, marque a opção INCORRETA.

a) As concessões e permissões sujeitar-se-ão à fiscalização pelo poder concedente res-


ponsável pela delegação, com a cooperação dos usuários.

CERTO -   Art. 3 - As concessões e permissões sujeitar-se-ão à fiscalização pelo poder


concedente responsável pela delegação, com a cooperação dos usuários.

b) Serviço adequado é o que Gustavo Augusto


satisfaz as N. de
condições Porto
regularidade, continuidade, efi-
Gustavoanporto@gmail.com
ciência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade
071.519.084-90
de tarifas. CERTO - Art. 6 § 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regu-
laridade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua
prestação e modicidade das tarifas.

c) As concessionárias de serviço público, de direito público e privado, nos Estados e no


Distrito Federal, são obrigadas a oferecer ao consumidor e aos usuários, dentro do mês
do vencimento, o mínimo de seis datas opcionais para escolha dos dias de vencimento.
CERTO - Art. 7º-A. As concessionárias de serviços públicos, de direito público e privado,
nos Estados e no Distrito Federal, são obrigadas a oferecer ao consumidor e ao usuário,
dentro do mês de vencimento, o mínimo de seis datas opcionais para escolherem os
dias de vencimento de seus débitos.

d) Sempre que forem atendidas as condições do contrato, considera-se mantido o equi-


líbrio econômico-financeiro. CERTO - Art. 10. Sempre que forem atendidas as condições
do contrato, considera-se mantido seu equilíbrio econômico-financeiro.

e) Sem exceções, a criação, alteração ou extinção de quaisquer tributos ou encargos


legais, após a apresentação da proposta, quando comprovado seu impacto, implicará a
revisão da tarifa, para mais ou para menos. ERRADA- Art.9 § 3 Ressalvados os impostos
sobre a renda, a criação, alteração ou extinção de quaisquer tributos ou encargos legais,
após a apresentação da proposta, quando comprovado seu impacto, implicará a revisão
da tarifa, para mais ou para menos, conforme o caso.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 71
5 CONTROLE
1. ControleDA
ção
ADMINISTRAÇÃO
da Administra-

5.1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS, CONCEITO E ABRANGÊNCIA

• Conceito: O controle da administração pública é o poder de fiscalização e correção


que sobre ela exercem os órgãos dos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo,
com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuação com os princípios que são
impostos pelo ordenamento jurídico (Maria Zanela Di Pietro).

• Constitui um dos cinco princípios primordiais da administração, de tal forma que a


sua inexistência ou deficiência tem reflexos negativos nas demais funções (planeja-
Gustavo Augusto N. Porto
mento, organização, direção e coordenação), resultando na ineficácia e ineficiência
Gustavoanporto@gmail.com
da organização. Segundo Maria071.519.084-90
Sylvia Zanella de Pietro (2007, p. 670)

A finalidade do controle é a de assegurar que a Administração atue em consonância


com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, como os da legali-
dade, moralidade, finalidade pública, publicidade, motivação, impessoalidade; em de-
terminadas circunstâncias, abrange também o controle chamado de mérito e que diz
respeito aos aspectos discricionários da atuação administrativa.

• Abrange a ideia de fiscalização exercida sobre a administração pública, pelo próprio


gestor, sobre seus atos anulando aqueles considerados ilegais ou revogando por
conveniência e oportunidade em um controle interno de autotutela. Nos dizeres de
Carvalho Filho (2007, p. 808), conceitua-se controle da administração:

O conjunto de mecanismos jurídicos por meio dos quais se exerce o poder de fiscaliza-
ção e de revisão da atividade administrativa em qualquer das esferas de Poder.

• Pode ser exercido pelo Poder Legislativo sobre todos os órgãos e entidades dos
demais poderes. Em certos aspectos, o Poder Judiciário pode fazer controle sobre
a administração pública quando provocado, limitando-se, nesse caso, ao exame de
legalidade e moralidade dos atos administrativos.

• Sociedade também pode exercer modalidades de controle. Exemplos: Mandado de

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 72
DIREITO ADMINISTRATIVO

Segurança, Ação Popular, Ação Civil Publica, todos positivados na própria Constitui-
ção Federal.

Importante! O cidadão tem ainda a legitimidade de apresentar denúncias nos tribu-


nais de contas provocando a atuação destes órgãos sobre os atos praticados pela
administração pública.

Atenção! O controle sobre a administração pública se refere a um exame de con-


formidade realizado pelos diferentes órgãos, poderes e instâncias, sendo que ao ser
identificada alguma não conformidade essa fiscalização passa a ter um papel correti-
vo dos erros encontrados.

5.2. PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS

• Princípio da legalidade: administrador público apenas pode praticar determinados


atos de acordo com o que a lei estabelece. Assim, não é possível restringir nenhum
direito nem determinar nenhuma
Gustavo sanção ou penalidade
Augusto N. Portosem prévio permissivo legal.
Gustavoanporto@gmail.com
• Princípio da impessoalidade: administrador público não pode beneficiar ou prejudi-
071.519.084-90
car determinadas pessoas em detrimento de outras. Princípio da igualdade formal.
Está relacionado com o princípio da finalidade porque o gestor público tem que bus-
car o interesse público e não interesses pessoais na sua atuação.

• Princípio da moralidade: o ato administrativo não pode ser apenas legal, mas deve
também atender ao interesse público, a moralidade e aos bons costumes devendo
ser legítimo. Este princípio deve ser verificado pelos Tribunais de Contas e Poder Ju-
diciário.

• Princípio da publicidade: A regra consiste no acesso da população a todos os atos


e informações da administração pública. Sigilo é exceção.

• Princípio da eficiência: princípio incluído na Constituição Federal com a Emenda


Constitucional n. 19/1998. Tem como objetivo proporcionar um melhor desempenho
da administração pública.

Dica do professor: A eficiência tem forte relação com o desempenho da administração


pública. Ideia de custo x benefício quando da aplicação do princípio. Passível de fácil ve-
rificação na Constituição Federal seja nas atribuições do Poder Legislativo e das funções
dos Tribunais de Contas.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 73
5.3. CLASSIFICAÇÃO DOS CONTROLES DA ADMINISTRAÇÃO

a) Quanto ao fundamento: hierárquico ou finalístico

• Hierárquico: usa a hierarquia como o motivo de existir um controle. Portanto, pode-


-se de dizer que um órgão superior possui controle de um órgão hierarquicamente
inferior, sendo competente para revisar e rever os atos realizados pelo órgão subor-
dinado.

• Finalístico: forma de controle que não utiliza a hierarquia como embasamento para
controlar. Pode-se citar o caso das entidades administrativas, como uma autarquia
federal, e o controle finalístico que a União exerce sobre ela. Não se pode dizer que
a autarquia é hierarquicamente inferior ao ente federado, mas, por ser uma empresa
que realiza atividades públicas, existe a necessidade de certo controle.

b) Quanto à origem: controle interno, externo e popular

• Interno: ocorre no âmbito da própria


Gustavo administração
Augusto N. Portoou órgão do mesmo poder. O
controle interno pode ocorrer com fundamento na hierarquia ou pode ser finalístico,
Gustavoanporto@gmail.com
ou seja, ele pode ocorrer entre 071.519.084-90
órgãos dentro uma hierarquia ou pode ocorrer pela
administração direta para com a administração indireta.

Dica do professor: A Constituição Federal (art. 74, CF) determina que os poderes man-
tenham um sistema de controle interno: os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário
manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

(i) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos pro-
gramas de governo e dos orçamentos da União;
(ii) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da ges-
tão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração fe-
deral, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
(iii) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direi-
tos e haveres da União e;
(iv) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

• Externo: Aplica-se quando um Poder exerce a revisão dos atos administrativos de


outro. Exemplo: a sustação, pelo Congresso Nacional, de atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do Poder regulamentar.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 74
DIREITO ADMINISTRATIVO

Atenção! A Constituição Federal responde que o controle externo está a cargo do


Congresso Nacional e será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União. Ou
seja, por essa parte da Constituição Federal, a competência para exercer o controle
externo é do Congresso Nacional.

• Popular: controle realizado a partir da conduta perpetrada pelos administrados, ou


seja, externam a forma dos cidadãos verificarem a regularidade dos atos praticados
pela Administração Pública. Ex.: Ação Popular e denúncias de irregularidades ou ile-
galidades perante o Tribunal de Contas da União.

QUESTÃO

ANO:  2019  BANCA:  AERONÁUTICA  ÓRGÃO:  EEAR  PROVA:  AERONÁUTICA - 2019 -


EEAR - SARGENTO DA AERONÁUTICA - ADMINISTRAÇÃO

Quanto à finalidade do sistema de controle interno, marque V para verdadeiro ou F para


falso e, em seguida, assinaleGustavo
a alternativa correta. N. Porto
Augusto
Gustavoanporto@gmail.com
( ) Comprovar a legalidade e avaliar071.519.084-90
os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da ges-
tão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da Administração Fe-
deral, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

Proposição I. Correta. Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão,


de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: II - comprovar a
legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamen-
tária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

( ) Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos pro-
gramas de governo e dos orçamentos da União.

Proposição II. Correta. Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão,
de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cum-
primento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de go-
verno e dos orçamentos da União;

( ) Exercer o controle das operações contábeis, bem como do controle de custos da


União.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 75
Proposição III. Incorreta. Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário mante-
rão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: III - exercer o
controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e have-
res da União;

( ) Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Proposição IV. Correta. Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão,
de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: IV - apoiar o con-
trole externo no exercício de sua missão institucional.

AV–V–F–V
BF–V–F–V
CV–V–V–F
DF–V–V–V

Gabarito: Letra A

Gustavo Augusto N. Porto


Gustavoanporto@gmail.com
c) Quanto ao momento: prévio, concomitante ou posterior
071.519.084-90
• Prévio: exercido antes da prática ou antes da conclusão do ato administrativo.
• Concomitante: exercido durante a realização do ato, ou seja, durante a formação
ou execução do ato. Pode-se citar, por exemplo, a fiscalização de uma obra pública
durante sua execução.
• Posterior: também denominado de controle subsequente ou corretivo ocorre um
controle após a finalização do ato. Esse é o momento mais comum de ocorrer o con-
trole.

Dica do professor: Lembrar-se da associação: prévio (antes)/ concomitante (durante)/


posterior (depois).

QUESTÃO

ANO: 2014 BANCA: FUNCAB ÓRGÃO: CBM-RO PROVA: FUNCAB - 2014 - CBM-RO -


ASPIRANTE DO CORPO DE BOMBEIRO

Em relação ao controle exercido sobre a Administração Pública, a fiscalização que ocor-


ra durante a execução de uma obra pública, em relação ao momento de seu exercício,
caracteriza controle:

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 76
DIREITO ADMINISTRATIVO

A prévio.
B posterior.
C provocado.
D impróprio.
E concomitante.

Gabarito: Letra E

A) Errado. O controle administrativo prévio é realizado antes da realização da obra


pública (e não durante sua execução).
B) Errado. Controle administrativo posterior tem como característica fiscalizatória
aplicabilidade somente depois de determinado o ato executado (e não durante).
C) Errado. Tal classificação é antagônica ao controle de ofício não guardando relação ao
enunciado. De todo modo, controle provocado tem como ponto inicial questionamen-
tos que tem como ponto de partida entidade ou pessoa estranha ao local de onde
emanou o ato.
D) Errado. Controle impróprio guarda relação com competências atípicas de fiscali-
zação e não sobre o tempoGustavo
de exercício de controle.
Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
E) Certa. Controle concomitante, no caso telado, diz respeito a fiscalização ocorrida
durante a obra. Lembrar-se da dica071.519.084-90
do professor. Antes (prévio), concomitante (durante),
depois (posterior).

d) Quanto ao órgão que o exerce: administrativo, legislativo ou judiciário

• Administrativo: decorrente das atividades administrativas do órgão.


• Legislativo: realizado conforme a fiscalização que é feita. Divide-se em controle di-
reto (feito por parlamentares) e indireto (feito pelo Tribunal de Contas).
• Judiciário: geralmente é posterior relacionado a um controle de legalidade e legiti-
midade.

e) Quanto ao modo de desencadear-se: de ofício ou por provocação

• De ofício: aquele exercido por iniciativa do próprio agente. Exemplo: anulação e re-
vogação de atos por iniciativa própria da Administração. Decorre do princípio da au-
totutela.
• Por provocação: demanda interesse de pessoas ou entes estranhos àquele que edi-
tou o ato administrativo passível de controle.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 77
Dica do professor: Anulação ≠ revogação. Anulação: ilegalidade. Revogação: conve-
niência e oportunidade.

Atenção! O controle interno da administração pública, por meio da autotutela, foi ins-
titucionalizado com a súmula 473 do STF, in verbis, “A Administração pode anular seus
próprios atos quando eivados de vícios ilegais, porque deles não se originam direitos,
ou revoga-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.

f) Quanto ao aspecto controlado: controle de legalidade e legitimidade e de mérito

• Controle de legalidade e legitimidade (anulação): verifica-se se o ato foi praticado


em conformidade com o ordenamento jurídico. Pode ser avaliada a conduta com
a constituição federal, as leis, normas primárias, súmulas vinculantes ou qualquer
outra norma imposta ao servidor ou ao ato. Pode resultar em validade, anulação ou
convalidação do ato controlado.
• Controle de mérito (revogação): verifica a oportunidade e conveniência do ato. O
Gustavo Augusto N. Porto
controle do mérito está dentro da discricionariedade do ato. Então, cabe um controle
Gustavoanporto@gmail.com
administrativo, ou seja, compete exclusivamente ao próprio poder que editou o ato,
071.519.084-90
revisá-lo.

QUESTÃO

ANO: 2020 BANCA: PM-MG ÓRGÃO: PM-MG PROVA: PM-MG - 2020 - PM-MG - ASPI-


RANTE DA POLÍCIA MILITAR

Com relação ao Controle da Administração Pública, analise as assertivas abaixo:

I- A Administração pode revogar seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou anulá-los, por motivo de con-
veniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial.

Item I. Incorreto. A Administração anula (e não revoga) atos ilegais eivados de vício
ao passo que revoga (e não anula) atos por conveniência e oportunidade. Conceitos
invertidos.

II- Constitui tipos de Controle Legislativo, o Controle Político e o Controle Financeiro.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 78
DIREITO ADMINISTRATIVO

Item II. Correto. De fato, tratam-se de classificações de Controle da Administração.


Controle Legislativo: exercido pelo Poder Legislativo. Controle Político: tem por base a
possibilidade de fiscalização sobre atos ligados à função administrativa e organizacio-
nal. Controle Financeiro: Fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à lega-
lidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas

III- O Poder Judiciário pode examinar os atos da Administração Pública, de qualquer


natureza, sejam gerais ou individuais, unilaterais ou bilaterais, vinculados ou discricioná-
rios, só sob o aspecto da legalidade e nunca sob o aspecto da moralidade.

Item III. Incorreto. O Poder Judiciário, como reflexo de jurisdição, deve analisar atos
administrativos também sob viés principiológico, notadamente aos princípios ex-
pressos da Constituição Federal previstos no artigo 37 da CF, dos quais se destaca a
moralidade.

IV- O controle político abrange aspectos ora de legalidade, ora de mérito, já que aprecia
as decisões administrativas sob o aspecto inclusive da discricionariedade, ou seja, da
oportunidade e conveniência diante do interesse público.

Gustavo Augusto N. Porto


Item IV. Correto.  O controle
Gustavoanporto@gmail.com
político abrange aspectos tanto de vício de legalidade
071.519.084-90
quanto o mérito do ato administrativo.

Estão CORRETAS as assertivas:

A I, e III, apenas.
B I, II e III, apenas.
C II, III e IV, apenas.
D II, e IV, apenas.

Gabarito: Letra D

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 79
Servidores públicos: regime jurí-

6
SERVIDORES PÚBLICOS:
dicoREGIME
constitucional e infraconstitu-
JURÍDICO CONSTITUCIONAL
E INFRACONSTITUCIONAL;
cional; Concurso Público; Associa-
CONCURSO PÚBLICO; ASSOCIAÇÃO
ção SINDICAL
Sindical e Greve;
E GREVE; Provimento
PROVIMENTO

6.1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS

• A ideia de servidor público faz parte do gênero de agentes públicos.

• Agente Público: todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em entes da
Administração Direta e Indireta.
Gustavo Augusto N. Porto
• Espécies de agentes públicos: (i) agentes políticos, (ii) servidores públicos (agentes
Gustavoanporto@gmail.com
administrativos), (iii) militares e (iv) particulares em colaboração com o Poder Público.
071.519.084-90

Atenção! Todos os agentes públicos:

(i) estão sujeitos ao disposto no art. 37, § 6º, da CF, que enseja a responsabilidade ob-
jetiva da Administração pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, cabendo ação regressiva se estes tiverem agido com dolo ou culpa;

(ii) podem figurar como autoridades coatoras em mandado de segurança e;

(iii) respondem por improbidade administrativa (à exceção do Presidente da República).

QUESTÕES

ANO: 2010 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: CAP PROVA: MARINHA - 2010 - CAP - CABO -


TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

Do Sistema Constitucional Brasileiro, decorrem diversas espécies de agentes públicos.


Assinale a opção em que o agente NÃO se enquadra neste contexto:

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 80
DIREITO ADMINISTRATIVO

A Chefe do Executivo Distrital.


B Servidores públicos civis.
C Servidores públicos militares.
D Servidores terceirizados.
E Servidores temporários 

Gabarito: Letra D

A) Incorreto. Chefe de Executivo Distrital é agente político, logo, encaixa-se na classi-


ficação de agente público.
B) Incorreto. Servidor Público Civil é servidor público, espécie de agente público.
C) Incorreto. Servidor Público Militar é servidor público, espécie de agente público.
D) Correto. Servidor terceirizado não possui qualquer vínculo com a Administração
Direta ou Indireta já que é contratado por terceira empresa prestadora de serviço.
Desta forma, sua relação laboral é com a prestadora (empresa terceirizada) e não
com a tomadora (Administração Pública).
E) Incorreto. Servidor temporário
Gustavoé servidor
Augusto público. A temporaneidade não é ele-
N. Porto
mento que afasta essa condição.
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90

QUESTÃO

ANO: 2013 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: CAP PROVA: MARINHA - 2013 - CAP - CABO -


TÉCNICO EM CONTABILIDADE

Segundo a Constituição Federal, ressalvados os casos especificados na legislação, es-


tão obrigados a contratar obras, serviços, compras e alienações, mediante processo de
licitação pública, apenas:

A os órgãos da administração direta.


B as empresas públicas e as autarquias.
C as pessoas de direito público de capacidade política, bem como as autarquias, as
empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações governamentais.
D as pessoas de direito público de capacidade política.
E as entidades da administração indireta.

Gabarito: Letra C

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 81
A) Incorreto. Além dos órgãos da Administração Direta a regra de contratação por
licitação deve ser observada pela administração pública indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

B) Incorreto. Pese as empresas públicas e autarquias constarem do rol da Adminis-


tração Indireta, a obrigação para contratar obras, serviços, compras e alienações,
mediante processo de licitação pública também se estende à Administração Direta.

C) Correto. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:  XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que
assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que es-
tabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta,
nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

D) Incorreto. Pessoas jurídicas de direito público de capacidade política é expressão


sinônima à Administração Direta, uma vez que é composta pelos entes da federação.
Gustavo
Como a regra prevista no artigo 37, XI,Augusto
da CF nãoN. Porto a esta figura, incorreta a
é exclusiva
opção. Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
E) Incorreto. A obrigatoriedade também se estende à Administração Direta. A forma
restritiva do texto do enunciado invalida a alternativa, mesmo incompleta.

6.2. CONCEITO DE SERVIDOR PÚBLICO

• Servidor Público (agente administrativo): São as pessoas físicas que prestam ser-
viços ao Estado e às entidades da Administração Indireta, com vínculo empregatício
e mediante remuneração paga pelos cofres públicos (DI PIETRO, 2019, p. 683). Ocu-
pam cargos ou empregos públicos, ou exercem função pública.
• Servidor Público em sentido restrito: compreende os agentes públicos que estão
sendo regidos por um estatuto funcional. Cabe ao estatuto disciplinar todos os direi-
tos, deveres, vantagens e responsabilidades que devem ser observadas pelo servi-
dor no âmbito de sua vida funcional.
• Servidor Público em sentido amplo: Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, servi-
dores públicos em sentido amplo “são as pessoas físicas que prestam serviços ao
Estado e às entidades da Administração Indireta, com vínculo empregatício e me-
diante remuneração paga pelos cofres públicos”.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 82
DIREITO ADMINISTRATIVO

6.3. CARGO PÚBLICO

• Corresponde a mais simples unidade de poderes e deveres estatais a serem ex-


pressos por um agente. É o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. É criado e extinto
por lei.

• Para funções de direção, chefia e assessoramento pode se dar por função de con-
fiança (somente preenchido por efetivo) ou cargo em comissão (pode ser preenchi-
do por particular ou efetivo). Não adquirem estabilidade e estão sujeitos ao Regime
Geral da Previdência Social (RGPS).

Dica do professor: É possível que um ocupante de cargo em comissão ocupe outro


cargo em comissão interinamente, de forma provisória. Nesse caso, durante o período
da acumulação de funções o ocupante terá de optar por uma das duas remunerações.

Importante! Admite-se a existência de função sem cargo. Na administração pública,


é permitida a contratação, Gustavo Augusto
sem concurso N.ePorto
público por tempo determinado, de ser-
vidores temporários para Gustavoanporto@gmail.com
atender à necessidade passageira de excepcional interesse
público, sendo que esse tipo de servidor exerce função, sem estar vinculado a cargo
071.519.084-90
ou emprego público. (art. 37, IX, CF).

6.4. EMPREGO PÚBLICO

• Também designam uma unidade de atribuições, distinguindo-se dos cargos pelo


tipo de vínculo que liga o servidor ao Estado. Neste caso o vínculo é contratual e não
estatutário. (DI PIETRO, 2019, p. 690).

6.5. FUNÇÕES PÚBLICAS

• Atribuições também exercidas por servidores públicos que não correspondem um car-
go ou emprego.  Assim, tem-se que todo cargo tem função, “porque não se pode
admitir um lugar na Administração que não tenha a predeterminação das tarefas do
servidor”, mas nem toda função pressupõe a existência do cargo (CARVALHO FILHO,
2019, p. 658).

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 83
7
ESPÉCIES DE
SERVIDORES
3. Espécies de servidores
PÚBLICOS
públicos

7.1. SERVIDORES ESTATUTÁRIOS

• Aqueles que possuem vínculo estatutário (não contratual) com o Estado, sob a re-
gência da lei, que, no âmbito federal, é a Lei 8.112/90. Ocupam cargos públicos;

• Atuam na atividade permanente do órgão. Necessitam de concurso público para


ingressar (art. 37, II, CF);

• Vínculo: termo de posse, vínculo legal. Regime: RPPS; Competência: Justiça Comum;


Estabilidade: 3 anos de Gustavo Augusto
efetivo exercício paraN. Porto de cargo público efetivo
detentores
Gustavoanporto@gmail.com
(art. 41, CF). Espécies: cargos efetivos, cargos em comissão e função de confiança.
071.519.084-90
• Necessidade de avaliação especial de desempenho (se passarem os 3 anos e o ser-
vidor não for avaliado ocorre a avaliação tácita). O servidor estável terá direito à rein-
tegração, à recondução ou ao aproveitamento, conforme o caso (art. 41, §§ 2º e 3º,
da CF);

• Perda de cargo:  O servidor estável só pode perder o cargo nas hipóteses


constitucionais:  a) Avaliação periódica de desempenho; b) Sentença judicial
transitada em julgado; c) Processo administrativo; d) Corte de gastos (art. 169, § 4º
CF): tem direito a indenização e o seu cargo será extinto.

7.2. SERVIDORES CELETISTAS

• Aqueles que possuem vínculo contratual com o Estado, sob a regência da CLT. Ocu-
pam empregos públicos;

• Exercem atividade permanente do órgão e necessitam de aprovação em concurso


público (art. 37, II, CF) para serem admitidos.

• Vínculo:  contrato de emprego. Regime: RGPS. Competência: Justiça do Trabalho.


Estabilidade: não tem, salvo se admitidos antes da CF/88 (súmula 390, TST);

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 84
DIREITO ADMINISTRATIVO

7.3. SERVIDORES TEMPORÁRIOS

• Os que exercem função pública, sem estarem vinculados a cargo ou emprego públi-


co. Nos termos do art. 37, IX, da CF: “a lei estabelecerá os casos de contratação por
tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interes-
se público”.

• Vínculo: contrato de trabalho temporário. Regime: especial via RGPS. Competência:


Justiça Comum. Estabilidade: não tem, haja vista contratação por prazo determinado.

Atenção! No caso dos servidores temporários federais, a competência para solucio-


nar esse tipo de litígio será da Justiça Federal.

Importante! Nos termos do art. 48, X, da CF, a criação, transformação e extinção de car-
gos, empregos e funções públicas compete exclusivamente ao Congresso Nacional,
por meio de lei (portanto, com a sanção do Presidente da República).

Gustavo Augusto N. Porto


Dica do professor: Permite-se, contudo, que o Presidente da República, por competên-
Gustavoanporto@gmail.com
cia privativa, disponha, mediante decreto, sobre a extinção de funções ou cargos públi-
071.519.084-90
cos, quando vagos (CF, art. 84, VI, “b”), o que, por simetria, aplica-se aos Governadores e
Prefeitos. Órgãos públicos, contudo, jamais poderão ser extintos por decreto.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 85
8
ACESSO A CARGOS,
EMPREGOS
4. Acesso aEcargos, empre-
FUNÇÕES PÚBLICAS
gos e funções públicas

• Estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 37, incisos I e II, as regras pertinen-
tes à forma como deve ocorrer a admissão dos agentes públicos:

I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preen-
cham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em con-


curso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a comple-
xidade do cargo ou emprego, Gustavo
na formaAugusto N.lei,
prevista em Porto
ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão declaradoGustavoanporto@gmail.com
em lei de livre nomeação e exoneração;
071.519.084-90

• Dos incisos acima expostos, extrai-se que os brasileiros natos ou naturalizados po-
dem ocupar qualquer cargo público, desde que para tal obedeçam aos requisitos
estipulados em lei para o respectivo exercício.

Importante! Com relação aos estrangeiros, com o objetivo de incentivar o desenvolvi-


mento nacional em setores estratégicos (tais como a pesquisa e a educação), a Cons-
tituição Federal assegurou a possibilidade de os estrangeiros terem acesso às fun-
ções estatais, bastando que o ente federativo interessado edite uma lei disciplinando
a forma como se dará o exercício.

• Quando à investidura, a previsão constitucional da realização de concurso público


como critério de seleção. Dessa forma, o  concurso público pode ser entendido
como o procedimento administrativo instaurado pelo Poder Público com o objeti-
vo de selecionar os candidatos mais aptos para o exercício de cargos e empregos
públicos.

• O fundamento para a realização do concurso está na vedação às contratações pau-


tadas em critérios subjetivos, tal como o apadrinhamento e a nomeação de pessoas

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 86
DIREITO ADMINISTRATIVO

conhecidas em troca de benefícios escusos. Identifica-se, assim, que a realização


de concurso público está pautada na observância dos princípios da impessoalidade,
da moralidade, da isonomia e da legalidade. Merecem destaque, no que se refere
ao concurso público, as disposições do artigo 37, III e IV, da Constituição Federal, de
seguinte teor:

III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período;

IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado


em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

• Da análise dos incisos, consegue-se extrair que o prazo de validade de um concur-


so público será de, no máximo, 2 (dois) anos, de forma que a administração pode,
perfeitamente, realização concurso público com prazo de validade inferior ao consti-
tucionalmente previsto. Trata-se a prorrogação do prazo de validade do concurso de
uma faculdade para a administração que o realizou.
Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
Dica do professor: Caso a Administração queira prorrogar o prazo de validade do con-
071.519.084-90
curso público, deverá ser observado o mesmo prazo inicialmente previsto para a vali-
dade do certame. Logo, ainda que a administração possa realizar nova seleção, os can-
didatos aprovados no primeiro processo deverão ser chamados com prioridade sobre
novos aprovados.

Atenção! O STF possui entendimento sumulado de que o limite de idade como con-
dição para a participação em concurso público apenas é válido quando decorrer das
necessidades das atribuições do cargo que será exercido.

Súmula n. 683, STF O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legi-


tima em face do art. 7º, XXX, da CF/88, quando possa ser justificado pela natureza das
atribuições do cargo a ser preenchido.

• Com a aprovação dos candidatos e a homologação do respectivo concurso, os apro-


vados dentro do número inicial de vagas previstas no edital possuem, segundo en-
tendimento do STF, direito subjetivo à nomeação. Atualmente, este entendimento
encontra-se sedimentado por meio da Súmula 15.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 87
Súmula n. 15, STF. Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem
o direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação.

QUESTÃO

ANO: 2010 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: QUADRO COMPLEMENTAR PROVA: MARINHA
- 2010 - QUADRO COMPLEMENTAR - SEGUNDO-TENENTE - ADMINISTRAÇÃO

Com relação aos cargos, empregos e funções públicas, assinale a opção correta à luz
do artigo 37 da Constituição Federal de 1988.

A São acessíveis somente aos brasileiros natos com idade a partir de 18 anos.

B A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em con-


curso sem relevância para a natureza e complexidade do cargo ou emprego.

C Não são acessíveis aos estrangeiros que optaram por manter suas nacionalidades.

D São acessíveis somente aos brasileiros e aos estrangeiros naturalizados procedentes


de países amigos que assinaram tratados
Gustavo comerciais.
Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
E São acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei,
071.519.084-90
assim como aos estrangeiros na forma da lei.

Gabarito: Letra E

A) Incorreta. Além dos brasileiros natos, os naturalizados também podem almejar o


preenchimento de cargo, emprego ou função pública mediante concurso público.

B) Incorreta. Art. 37, inciso II, CF. A investidura em cargo ou emprego público depende
de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
com a natureza e complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei (...).

C) Incorreta. Não há condicionante na Constituição Federal à renúncia de nacionali-


dade originária para estrangeiros pleitearem cargos efetivos mediante participação
em concursos públicos voltados para este público na forma da lei.

D) Incorreta. O fato do Brasil manter ou não relação comercial com determinado país
de onde advém o estrangeiro não é empecilho para que ele participe de certame, se
assim lhe for permitido.

E) Correta. Artigo 37, inciso I, CF. Os cargos, empregos e funções públicas são aces-
síveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como
aos estrangeiros, na forma da lei.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 88
DIREITO ADMINISTRATIVO

9
PROVIMENTO
5. Provimento de Cargo Pú-
DEblico
CARGO
PÚBLICO

• Prover significa ocupar o cargo. Pode se dar de forma originária ou derivada.


• Originária: primeiro provimento na carreira. O provimento se dá com a nomeação,
mas a investidura se dá com a posse. Somente após a posse, que pode ser feita por
procuração, a pessoa aprovada em concurso público se torna servidor.
• Derivado: todas as hipóteses que se aplicam após a nomeação do servidor. Dizem
respeito a mudança de cargo relacionado a mesma carreira (Súmula Vinculante n.
43, STF). Espécies: (i) promoção, (ii) readaptação, (iii) reversão, (iv) aproveitamento, (v)
disponibilidade, (vi) reintegração, (vii) reintegração e (viii) vacância.
Gustavo Augusto N. Porto
• Promoção: provimento derivado vertical. Possibilidade de prover cargo mais alto na
Gustavoanporto@gmail.com
mesma carreira. Dá-se por antiguidade e merecimento de forma alternada.
071.519.084-90
• Readaptação: é o provimento horizontal em cargo de atribuições e responsabilidades
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental
verificada em inspeção médica. “D” de doença. Se não houver cargo vago ele ficará
como excedente. Se não houver cargo compatível na carreira ele será aposentado
por invalidez. O servidor readaptado não poderá sofrer redução de remuneração e
não servirá como paradigma.
• Reversão: é o retorno ao cargo público de servidor aposentado. “V” de velho.
• Aproveitamento: só é possível para servidores estáveis. Retorno ao cargo do servidor
que estava em disponibilidade.
• Disponibilidade:  é o direito de inatividade remunerada, assegurado ao servidor
estável, na hipótese de extinção de seu cargo ou declaração de sua desnecessidade.
“I” de inatividade.

Durante o período em que o servidor estável ficar em disponibilidade, terá direito a


perceber remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado apro-
veitamento em outro cargo (art. 41, § 3º, CF). Não há prazo, mas surgindo cargo vago,
compatível com o servidor em disponibilidade, ele deverá ser obrigatoriamente apro-
veitado. O cargo deverá ter atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente
ocupado.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 89
• Reintegração: só é possível para servidores estáveis. Volta ao cargo do servidor em
virtude da anulação do ato de demissão, por decisão administrativa ou judicial, com
ressarcimento de todas as vantagens (efeitos ex tunc). O servidor deve voltar para o
cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação.

Se o cargo do reintegrado estiver ocupado por outro servidor estável, esse será re-
conduzido ao seu cargo originário (sem direito a indenização). Não sendo possível a
recondução, ele será aproveitado em cargo compatível. Se não houver cargo compatí-
vel será colocado em disponibilidade, mas se quem estava no lugar não era estável, ele
será simplesmente exonerado.

• Recondução: Só é possível para servidores estáveis. Retorno do servidor ao seu car-


go de origem, sem direito à indenização. “C.O” de cargo de origem. Ocorre em duas
hipóteses: (i) quando há reintegração do anterior ocupante do cargo; (ii) quando hou-
ver inaptidão no estágio probatório de outro cargo ou quando o próprio servidor,
dentro do prazo de estágio, não se adaptar ao novo cargo.
• Vacância: Cargo desocupado (vago).
Gustavo Motivos de
Augusto N.vacância:
Porto (i) aposentadoria; (ii) fale-
cimento; (iii) demissão Gustavoanporto@gmail.com
ou exoneração (finalidade da demissão: punitiva / finalidade
da exoneração: não punitiva), (iv) readaptação: vaga o cargo para o qual o servidor
071.519.084-90
ficou incapaz; (v) promoção ou (vi) posse em cargo não acumulável.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 90
DIREITO ADMINISTRATIVO

10
REMUNERAÇÃO
6. Remuneração dos servi-
DOS SERVIDORES
dores públicos
PÚBLICOS

• Com a entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 19/1998, o sistema remunera-


tório da administração pública passou a contar com três formas distintas de cate-
gorias jurídicas: subsídio, vencimentos e salário.

• Subsídios: O subsídio caracteriza-se por ser a forma de pagamento realizado em


parcela única, sendo vedado o acréscimo de qualquer tipo de gratificação, adicional
ou verba de representação. Recebem por subsídio: (i) agentes políticos (chefes do
Executivo, parlamentares, magistrados, ministros, secretários); (ii) membros da Ad-
vocacia-Geral da União; Gustavo(iii) defensores públicos;
Augusto (iv) procurador-geral da Fazenda
N. Porto
Pública; (v) procuradorias dos estados e do Distrito Federal; (vi) polícia federal, polícia
Gustavoanporto@gmail.com
civil e polícia militar; (vii) corpo de Bombeiros Militar.
071.519.084-90
• Vencimentos: Também chamada de remuneração em sentido estrito. É a recebida
pelos servidores públicos estatutários. Compreende o vencimento básico, que
corresponde ao padrão que cada servidor ocupa na carreira, acrescido das vantagens
pecuniárias previstas em lei, tais como as gratificações, os adicionais, os abonos e as
ajudas de custo.

• Salário: Por salário devemos entender o valor que é pago aos empregados públicos,
uma vez que estes, ainda que integrantes das entidades da administração indireta,
encontram-se submetidos ao mesmo regime jurídico dos trabalhadores da iniciativa
privada, fazendo jus a todas as regras e direitos a eles garantidos.

Atenção! Remuneração em sentido amplo ≠ remuneração em sentido estrito. A re-


muneração em sentido amplo compreende todas as espécies remuneratórias que
sejam passíveis de pagamento aos agentes públicos, dela fazendo parte, por exem-
plo, os vencimentos, os salários e os subsídios. Em sentido estrito, a remuneração
compreende os vencimentos e as gratificações, adicionais e demais verbas passí-
veis de pagamento aos servidores.

• Marco legal: artigo 37, inciso XI, CF, in verbis:

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 91
A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato
eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remu-
neratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de
qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Mi-
nistros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsí-
dio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no
âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito
do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este
limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos.

Atenção! Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata
o mencionado artigo constitucional, as  parcelas de caráter indenizatório previstas
em lei.

Gustavo Augusto N. Porto


Gustavoanporto@gmail.com
Importante! No julgamento do RE 612.975, o  STF proferiu entendimento acerca do
071.519.084-90
teto remuneratório dos servidores públicos. De acordo com o tribunal, nas hipóteses
em que a Constituição Federal autoriza a acumulação de cargos, o teto remunera-
tório deve ser verificado em relação a cada um dos cargos, e não ao somatório de
ambas as verbas recebidas.

TETO CONSTITUCIONAL – ACUMULAÇÃO DE CARGOS – ALCANCE. Nas situações jurí-


dicas em que a Constituição Federal autoriza a acumulação de cargos, o teto remune-
ratório é considerado em relação à remuneração de cada um deles, e não ao somatório
do que recebido.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 92
DIREITO ADMINISTRATIVO

11
ACUMULAÇÃO DE
CARGOS, EMPREGOS
7. Acumulação de cargos,
E FUNÇÕES
empregos e funções

• Como regra, é vedada a acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções


públicas, vedação esta que se estende, de acordo com a previsão constitucional,
às subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Públi-
co.

• Em caráter de exceção, a Constituição Federal apresenta as situações em que a acu-


mulação será lícita. Para tal, deverá ser observada, em todos os casos, a compatibili-
dade de horários. Atenção Gustavo Augusto
aos incisos do artigoN.
37Porto
da CF correlatos.
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a
de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científi-
co; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas;

XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,


fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e so-
ciedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

Dica do professor: Além das hipóteses elencadas pelo mencionado artigo, a Constitui-
ção Federal apresenta, ainda, três outras situações em que a acumulação é considera-
da lícita, sendo elas: (i) cargo de juiz com outro de magistério; (ii) cargo de membro do
Ministério Público com outro de magistério; e (iii) cargo eletivo de vereador com o cargo
ocupante pelo servidor eleito.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 93
QUESTÃO

ANO: 2012 BANCA: MARINHA ÓRGÃO: QUADRO TÉCNICO PROVA: MARINHA - 2012 -


QUADRO TÉCNICO - PRIMEIRO TENENTE - DIREITO

Ao Servidor Público da Administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de


mandato eletivo, de acordo com a Constituição Federal, aplicam-se as disposições a seguir.

I - Tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu


cargo, emprego ou função.

II - Investido no mandato de Prefeito, será afastado de seu cargo, emprego ou função,


sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

III - Investido no mandato de Vereador não perceberá as vantagens do seu cargo, em-
prego ou função, mesmo havendo compatibilidade de horários.

IV - Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, inclusive para promoção por
merecimento.
Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
Assinale a opção correta.

A Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.


B Apenas as afirmativas I, III e IV são verdadeiras,
C Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
D Apenas as afirmativas II e IV são verdadeiras.
E Apenas a afirmativa I é verdadeira.

Gabarito: Letra C

A) Correta. Artigo 38, inciso I, CF Ao servidor público da administração direta, autárquica


e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: I -
tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu
cargo, emprego ou função;

B) Correta. Artigo 38, inciso II, CF. Investido no mandato de Prefeito, será afastado do
cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 94
DIREITO ADMINISTRATIVO

C) Incorreta. Artigo 38, inciso III, CF. Investido no mandato de Vereador, havendo com-
patibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função,
sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será
aplicada a norma do inciso anterior;

D) Incorreta. Artigo 38, inciso IV, CF. Em qualquer caso que exija o afastamento para o
exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos
legais, exceto para promoção por merecimento;

Gustavo Augusto N. Porto


Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 95
12
DIREITO DE GREVE
E ASSOCIAÇÃO
8. Direito de greve e associação sindical

SINDICAL

• Com relação ao direito de associação sindical, estabelece a Constituição Federal,


em seu artigo 37, VI, que todos os servidores públicos civis possuem o direito de se
associar a sindicato.
• Salienta-se que o mencionado inciso não é extensível a todos os agentes públicos,
mas sim apenas aos servidores públicos civis. Em sentido oposto, os militares não
possuem o direito à livre associação sindical, conforme previsão do artigo 142, IV,
da Constituição Federal.
• Importante questão refere-se à possibilidade de greve por parte dos servidores pú-
Gustavo
blicos. De início, estabelece Augustoem
a Constituição, N.seu
Porto
artigo 37, VII, que “o direito de
Gustavoanporto@gmail.com
greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica”. Como se
071.519.084-90
observa, trata-se de uma norma de eficácia limitada, carecendo de regulamentação
legal para que possa entrar em vigor. E como tal lei, até o momento, ainda não foi
editada, questionava-se se o direito à greve, por parte dos servidores públicos, po-
deria ser exercido.
• Quando a questão chegou à análise do STF, determinou-se que o direito à greve
dos servidores públicos civis não poderia ser obstado, devendo ser aplicado a tais
agentes, até a edição da lei regulamentadora, as normas relativas à Lei Geral da
Greve (Lei n. 7.783/85). Dessa forma, os servidores públicos civis podem perfeita-
mente fazer uso do direito de greve a eles assegurados, com a ressalva de que cer-
tos serviços, devido à sua essencialidade para a coletividade, não podem ser objeto
de paralisação coletiva, devendo, nestas situações, ser mantido um contingente de
servidores para evitar danos à população.

Importante! Com a realização da greve, pode o órgão público determinar o corte dos
vencimentos dos servidores grevistas durante o período em que a greve perdurar,
uma vez que em tal situação estamos diante de faltas não abonadas pela chefia com-
petente. Entretanto, nada impede que o órgão em que os servidores exerçam suas
funções adote uma medida compensatória como forma de restabelecer a remunera-
ção dos dias não trabalhados.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 96
DIREITO ADMINISTRATIVO

13
APOSENTADORIA
DE SERVIDORES
PÚBLICOS
9. Aposentadoria de servidores públicos

• Ao entrar em exercício, os  servidores públicos efetivos passam a ser regidos por
um regime próprio de previdência social (RPPS), que, em diversos aspectos, se dife-
rencia do regime geral de previdência social (RGPS), aplicável aos trabalhadores da
iniciativa privada.
• Lembre-se que, em um primeiro momento, não são todos os agentes públicos que
se submetem às regras do regime próprio de previdência, mas sim apenas os servi-
dores públicos estatutários. Servidores que ocupem exclusivamente cargo em co-
missão, os empregados públicos, os agentes temporários e os titulares de man-
Gustavo
dato eletivo estão regidos Augusto
pelas regras N. Porto
do regime geral de previdência social.
Gustavoanporto@gmail.com
• De acordo com a Constituição Federal, já de acordo com as alterações promovidas
071.519.084-90
pela Reforma da Previdência (EC 103/2019) três são as formas distintas com que o
servidor público estatutário poderá se aposentar: (i) por incapacidade permanente
para o trabalho; (ii) compulsoriamente e (iii) voluntariamente.
• Por incapacidade: Uma vez diagnosticada, deverá o servidor, em um primeiro mo-
mento, ser readaptado. Caso a readaptação não seja possível, cabível a aposentado-
ria por incapacidade. Neste caso, e de forma completamente diferente ao que ocor-
ria até então, na aposentadoria por invalidez, deverá o servidor, obrigatoriamente,
participar de avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições
que ensejaram a concessão da aposentadoria.
• Compulsória: ocorre quando o servidor público atinge a idade limite para permane-
cer em exercício no serviço público. Atualmente, a idade limite é aos 75 anos.
• Voluntária: Possível quando o servidor cumpre requisitos mínimos para ver reconhe-
cido seu direito à aposentadoria.

Regra geral – Idade mínima de 65 anos (homem) e de 62 anos (mulher); Tempo mínimo
de 25 anos de contribuição; Tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço
público; Tempo mínimo de 5 anos de efetivo exercício no cargo em que for concedida a
aposentadoria.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 97
14
LICITAÇÕES
E CONTRATOS
1. Licitações e Contratos
ADMINISTRATIVOS
Administrativos

Nosso estudo se baseia à luz da Lei 8.666/93, pincelando tópicos relevantes que
sofreram alterações com a entrada em vigor da Lei 14.133/21e trabalhando conceitos
doutrinários, sugeridos na bibliografia do edital.

O que é licitação?
Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
“Licitação é procedimento administrativo, pelo qual um ente público, no exercício
071.519.084-90
da função administrativa, abre aos interessados, que se sujeitam às condições fixa-
das no instrumento convocatório, a possibilidade de formularem propostas dentre
as quais selecionará e aceitará a mais conveniente para a celebração do contrato”
( Maria Sylvia Zanella Di Pietro)

É Procedimento Administrativo – pois trata-se de uma série de atos preparatórios até


atingir o final, objetivado pela administração pública.
Ente público no exercício da função administrativa – incluindo- se as entidades
privadas no exercício de função pública, ainda que tenham personalidade jurídica de
direito privado.
Abre a todos os interessados que se sujeitam às condições fixadas no instrumento
convocatório – Seja no edital ou na carta convite, é necessário que os participantes
cumpram todas as condições básicas contidas para participar da licitação.
Formularem propostas dentre as quais selecionará a mais conveniente para a
celebração do contrato – ou seja, é procedimento prévio à celebração do contrato
administrativo, que tem por objetivo selecionar a proposta mais vantajosa para a
administração pública.

De acordo com o art. 1º e seu parágrafo único, vamos a alguns entendimentos.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 98
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

14.1. APLICABILIDADE DA LEI

Art.1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos
pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações
no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração
direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas
públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Ao trabalharmos a literalidade do art. 1º da Lei 8.666/93, percebe-se sua aplicação a


todos os entes da Administração Pública Direta e Indireta, empresas controladas direta
ou indiretamente pelos entes federativos e aos fundos especiais. Porém, em 2016 foi
editada a Lei 13.303 que retira a aplicação principal da Lei 8666/93 para as empresas
estatais, ficando esta lei apenas na aplicação subsidiária, ou seja, quando a Lei 13.303/16
for omissa em algum ponto. A lei 13.303/16 passou a ser o marco regulatório para
empresas públicas e sociedades de economia mista no quesito licitações públicas.

Gustavo Augusto N. Porto


Gustavoanporto@gmail.com
Com a edição da Lei 14.133/21, este problema encontra -se sanado, uma vez que em
071.519.084-90
sua literalidade, essa previsão é expressa, conforme passemos a análise.

Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as


Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, e abrange:
I - os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito
Federal e os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de
função administrativa;

***Notem a mera inclusão expressa dos Poderes Legislativo e Judiciário, quando no


desempenho de suas funções administrativas, que nada mais é , a função de licitar

II - os fundos especiais e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela


Administração Pública.

§ 1º Não são abrangidas por esta Lei as empresas públicas, as sociedades de economia
mista e as suas subsidiárias, regidas pela Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, ressal-
vado o disposto no art. 178 desta Lei.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 99
14.2. PRINCÍPIOS APLICADOS ÀS LICITAÇÕES PÚBLICAS

Preceitua o art. 3º da Lei 8.666/93

Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da


isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção
do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação
ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Sendo assim, os objetivos da Licitação, de acordo com a Lei 8.666/93 são:

• Atingir o princípio da Isonomia


• Selecionar a proposta mais vantajosa para a administração públicas
• Promover do desenvolvimento nacional sustentável

Os princípios elencados no Gustavo


art. 3º caput, são facilmente
Augusto memorizados pelo excelente
N. Porto
método mnemônico criadoGustavoanporto@gmail.com
pelo prof. Herbert Almeida:
071.519.084-90

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 100
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

15
LIMPI PRO
JULGAMENTO
2. Limpi pro Julgamento
VINCULADO
Vinculado

Lembrando que:

L – Legalidade
I – Impessoalidade
M – Moralidade Administrativa
P – Publicidade
I – Igualdade Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
PRO – Probidade Administrativa
071.519.084-90
JULGAMENTO – Julgamento Objetivo
VINCULADO – Vinculação ao instrumento convocatório.

No entanto, com a entrada em vigor da Lei 14.133/21 este rol foi ampliado para 22
princípios em seu art 5º, incluindo o princípio constitucional da eficiência, antes não
previsto de forma expressa pela Lei 8.666/93

Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão observados os princípios da legalidade, da


impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da eficiência, do interesse público,
da probidade administrativa, da igualdade, do planejamento, da transparência,
da eficácia, da segregação de funções, da motivação, da vinculação ao edital, do
julgamento objetivo, da segurança jurídica, da razoabilidade, da competitividade, da
proporcionalidade, da celeridade, da economicidade e do desenvolvimento nacional
sustentável, assim como as disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de
1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro).

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 101
Os objetivos, de acordo com a nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos
passarem a ser os seguintes:

• Resultado mais vantajoso


• Evitar sobrepreço, superfaturamento ou preço inexequível
• Inovação

Quanto aos princípios, além dos já previstos da Lei 8.666/93, houve a inclusão expressa
do:

Princípio da EFICIÊNCIA
Princípio do INTERESSE PÚBLICO
Princípio do PLANEJAMENTO
Princípio da TRANSPARÊNCIA
Princípio da EFICÁCIA
Princípio da SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES
Princípio da RAZOABILIDADE
Gustavo Augusto N. Porto
Princípio da COMPETITIVIDADE
Gustavoanporto@gmail.com
Princípio da PROPORCIONALIDADE071.519.084-90
Princípio da CELERIDADE
Princípio da ECONOMICIDADE

Atenção! O Princípio antes denominado Vinculação ao instrumento convocatório,


na nova lei, passou a ser denominado vinculação ao edital, uma vez que o convite
e seu respectivo instrumento convocatório, a carta-convite, foram extintos com a
nova legislação.

QUESTÕES

(MARINHA DO BRASIL/ DIREITO/2011)


Quanto a “Licitações Públicas”, assinale a opção correta.

(A) O princípio do julgamento objetivo exige que o ato decisório, através do qual a
Administração seleciona a proposta mais vantajosa, restrinja-se a aplicar apenas os
critérios quantitativos e qualificativos também vinculados: na lei, no regulamento e,
especificamente, no ato convocativo.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 102
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

Gab: Certo
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o julgamento objetivo, que também é decorrência
do princípio da Legalidade, significa que o julgamento das propostas há de ser feito de
acordo com os critérios fixados no edital.

(MARINHA DO BRASIL/ DIREITO/2018)


Coloque V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmativas abaixo. Em relação ao tema licitações
e contratos, tendo em vista o previsto nas leis n.º 8.666/93 e 10.520/2002, assinalando
a seguir a opção correta.

( V ) A licitação destina-se a garantir a seleção da proposta mais vantajosa para a


administração, a garantia da observância do princípio constitucional da isonomia e a
promoção do desenvolvimento nacional sustentável.

Gab: Certo

Gustavo Augusto N. Porto


Gustavoanporto@gmail.com
OUTRAS BANCAS: 071.519.084-90
Considerado o disposto na Lei nº 8.666/93 e suas alterações, é INCORRETO afirmar:
a) A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção
do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação
ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
b) Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada
preferência, sucessivamente, aos bens e serviços produzidos ou prestados por
empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País;
produzidos ou prestados por empresas brasileiras; ou, produzidos no País
c) Considera-se contrato todo e qualquerajuste entre órgãos ou entidades daAdministração
Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo
e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.
d) A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu
procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
Gab: B. Seu gabarito se justifica, justamente, pelo tópico a seguir. Todas as demais
alternativas estão corretas.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 103
15.1. DOS CRITÉRIOS DE DESEMPATES DA LEI 8.666/93

Conforme preceitua o art. 3º, §2º


Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência,
sucessivamente, aos bens e serviços:

I- (revogado)
II- Produzidos no País
III- Produzidos ou prestados por empresas brasileiras
IV- produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no
desenvolvimento de tecnologia no País.(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de
cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência
Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.

Não temos a intenção de nos estender neste tópico da matéria, nos limitando a organizar
o conhecimento apenas na ordem dos critérios de desempate. Por isso, fique de olho no
macete:
Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
PAÍS que tem EMPRESA BRASILEIRA e que investe em TECNOLOGIA para portadores
de DEFICIÊNCIA. 071.519.084-90

QUESTÕES

(MARINHA DO BRASIL/DIREITO/2018)
Coloque V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmativas abaixo . em relação ao tema licitações
e contratos, tendo em vista o previsto nas leis n.º 8.666/93 e 10.520/2002, assinalando
a seguir a opção correta.

( F ) É admitido que, em igualdade de condições, como critério de desempate, seja


assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços produzidos ou prestados
por empresas brasileiras de capital nacional, produzidos no País, produzidos ou
prestados por empresas brasileiras que invistam em pesquisa e no desenvolvimento
de tecnologia no País.

Gab: Errado, pois houve inversão da ordem dos critérios de desempate.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 104
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

(MARINHA DO BRASIL/ DIREITO/ 2017)


Com relação às licitações, assinale a opção correta.

(A)Segundo a lei nº 8.666/93, em igualdade de condições, como critério de


desempate, não será assegurada a preferência aos bens e serviços produzidos ou
prestados por empresas brasileiras.

Gab: Errada, pois há sim este critério de desempate proposto, conforme anteriormente
mencionado.

15.2. DAS DEFINIÇÕES

Tanto na Lei 8.666/93, quanto na Lei 14.133/21 em seus respectivos arts. 6º são
trabalhadas definições e conceitos que serão utilizadas ao longo das redações de ambas
as leis. Não são raras as cobranças em concursos públicos sobre estas conceituações.
Com a entrada em vigor da nova Lei de Licitações, este rol foi ampliado para 60 incisos
contra 20 incisos da Lei 8.666/93

Gustavo Augusto N. Porto


Gustavoanporto@gmail.com
QUESTÕES
071.519.084-90
OUTRAS BANCAS
O Art.6º da Lei 8666/93 estabelece algumas definições, tais como:” Toda atividade
destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais
como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, separação, adaptação,
manutenção, locação de bens, seguro ou trabalhos técnico-profissionais.” A definição
acima corresponde a:

a) obra.
b) serviços.
c) alienação.
d) seguro garantia.
e) obras, serviços e compras de grande vulto.

Gab: B, estamos diante do conceito de serviço, disciplinado no art. 6º, II, da Lei 8.666/93

“II- Serviço -toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para
a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação,
conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens,
publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais;”

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 105
Porém, se a questão versar sobre a conceituação de serviços de acordo com a nova Lei
de Licitações (Lei. 14.133/21), a redação se difere:
XI - serviço: atividade ou conjunto de atividades destinadas a obter determinada
utilidade, intelectual ou material, de interesse da Administração;

Tome cuidado!!!

Passemos à literalidade do art. 6º na íntegra.


Art.6o Para os fins desta Lei, considera-se:
I- Obra- toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada
por execução direta ou indireta;
II- Serviço -toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para
a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação,
conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens,
publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais;
III- Compra -toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou
parceladamente;
IV- Alienação- toda transferência
Gustavode domínio
Augustode bens a terceiros;
N. Porto
V- Obras, serviços e compras de grande vulto- aquelas cujo valor estimado seja superior
Gustavoanporto@gmail.com
a 25 (vinte e cinco)vezes o limite estabelecido na alínea “c” do inciso I do art. 23 desta
071.519.084-90
Lei;

Atenção! De acordo com a Lei 8.666/93, o valor para obras de grande vulto é de
25 vezes o teto na modalidade concorrência que é acima de R$ 3.300.000,00 (três
milhões e trezentos mil reais).

De acordo com a nova Lei de Licitações, o valor considerado para grande vulto é: aci-
ma de 200 milhões, conforme art. 6, XXII - obras, serviços e fornecimentos de grande
vulto: aqueles cujo valor estimado supera R$ 200.000.000,00 (duzentos milhões de
reais);

VI- Seguro-Garantia- o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações


assumidas por empresas em licitações e contratos;
VII- Execução direta- a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração,
pelos próprios meios;
VIII- Execução indireta- a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer
dos seguintes regimes: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
a) empreitada por preço global- quando se contrata a execução da obra ou do serviço

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 106
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

por preço certo e total;


b) empreitada por preço unitário- quando se contrata a execução da obra ou do serviço
por preço certo de unidades determinadas;
c) Vetado.
d)tarefa- quando se ajusta mão -de -obra para pequenos trabalhos por preço certo,
com ou sem fornecimento de materiais;
e)empreitada integral -quando se contrata um empreendimento em sua integralidade,
compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob
inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições
de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em
condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas
às finalidades para que foi contratada;
IX- Projeto Básico- conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão
adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto
da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares,
que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental
do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos
métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:
a) desenvolvimento da solução escolhida
Gustavo de forma
Augusto a fornecer visão global da obra e
N. Porto
identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza;
Gustavoanporto@gmail.com
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma
071.519.084-90
a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de
elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem;
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a
incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados
para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos,
instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter
competitivo para a sua execução;
e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo
a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros
dados necessários em cada caso;
f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de
serviços e fornecimentos propriamente avaliados;

X- Projeto Executivo -o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução


completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de
Normas Técnicas- ABNT;
XI- Administração Pública- a administração direta e indireta da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo inclusive as entidades com personalidade

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 107
jurídica de direito privado sob controle do poder público e das fundações por ele
instituídas ou mantidas;
XII- Administração- órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a
Administração Pública opera e atua concretamente;
XIII- Imprensa Oficial- veículo oficial de divulgação da Administração Pública, sendo
para a União o Diário Oficial da União, e, para os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, o que for definido nas respectivas leis;Redação dada pela Lei nº 8.883, de
1994)
XIV- Contratante- é o órgão ou entidade signatária do instrumento contratual;
XV- Contratado- a pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a Administração
Pública;
XVI- Comissão- comissão, permanente ou especial, criada pela Administração com a
função de receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos
às licitações e ao cadastramento de licitantes.
XVII- produtos manufaturados nacionais - produtos manufaturados, produzidos no
território nacional de acordo com o processo produtivo básico ou com as regras de
origem estabelecidas pelo Poder Executivo federal;(Incluído pela Lei nº 12.349, de
2010)
XVIII- serviços nacionais - serviços
Gustavo prestados
Augusto no País, nas condições estabelecidas pelo
N. Porto
Poder Executivo federal;(Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
Gustavoanporto@gmail.com
XIX - sistemas de tecnologia de informação e comunicação estratégicos - bens e serviços
071.519.084-90
de tecnologia da informação e comunicação cuja descontinuidade provoque dano
significativo à administração pública e que envolvam pelo menos um dos seguintes
requisitos relacionados às informações críticas: disponibilidade, confiabilidade,
segurança e confidencialidade. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
XX- produtos para pesquisa e desenvolvimento - bens, insumos, serviços e obras
necessários para atividade de pesquisa científica e tecnológica, desenvolvimento de
tecnologia ou inovação tecnológica, discriminados em projeto de pesquisa aprovado
pela instituição contratante.      (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)

QUESTÕES

E como a Marinha explorou o tópico definições da Lei 8.666/93


(MARINHA DO BRASIL/DIREITO/2017)
Com relação às licitações, assinale a opção correta.

O Projeto Básico da lei nº 8.666/03 consiste no conjunto dos elementos necessários


e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT.

Gab: Errado, uma que vez que este é o conceito de projeto executivo.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 108
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

15.3. DISTINÇÃO ENTRE PROJETO BÁSICO E PROJETO EXECUTIVO

Etapas para execução de uma obra ou de um serviço:

Projeto Básico
Vai caracterizar a obra ou o serviço a fim de verificar sua viabilidade.
De olho na palavra-chave – caracterizar
Projeto Executivo
Vai detalhar o projeto básico, seguindo as normas da ABNT, a fim de que seja executada
a obra ou serviço.
Gustavo Augusto N. Porto
De olho na palavra-chave: detalhar para executar
Gustavoanporto@gmail.com
Execução da obra ou serviço: uma vez detalhado o projeto básico pelo projeto executivo,
071.519.084-90
começa- se a execução da obra.

Em suma, pode se dizer que:

• Enquanto o Projeto Básico é definido como o conjunto de elementos necessários e


suficientes para caracterizar a obra ou serviço, o Projeto Executivo é o conjunto de
elementos necessários e suficientes à execução desta obra/serviço.
• O projeto básico é condição essencial para licitar uma obra ou serviço, enquanto
o projeto executivo não é, tendo em vista que o projeto executivo pode, em
determinadas situações, se dar concomitantemente com a execução da obra.
• É possível que haja um edital de licitações já com o Projeto Básico + Projeto Executivo
ou apenas com o Projeto Básico nos anexos. Ambos podem ter sua elaboração
contratada, a fim de que uma empresa privada os elaborem.
• Quem elabora o projeto básico ou projeto executivo não pode participar na execução
da obra ou serviço, podendo, apenas, fiscalizar o objeto licitado para a Administração
Pública, diferentemente do que ocorre no RDC, em que a contratação é integral, ou
seja, a mesma empresa elabora os projetos básicos e executivos e executa a obra.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 109
15.4. MODALIDADES E TIPOS DE LICITAÇÃO

Segundo a Lei 8.666/93


Art. 22. São MODALIDADES de licitação:
I - concorrência
II - tomada de preços
III - convite
IV - concurso
V - leilão

Vale lembrar, que a Lei 10.520/2002 regula uma outra modalidade licitatória para
aquisição de bens e serviços comuns, denominada Pregão.

Com a entrada em vigor da Lei 14.133/21, as modalidades tomada de preços e convite


foram extintas. Neste dispositivo legal, se concentram todas as demais modalidades
regulamentadas em leis extravagantes, a exemplo do pregão e do RDC. Uma nova
modalidade licitatória foi criada. Trata-se do Diálogo Competitivo, conforme conceituação
do art. 6º, inc XLII:
GustavodeAugusto
“Diálogo competitivo: modalidade N. Porto
licitação para contratação de obras, serviços
Gustavoanporto@gmail.com
e compras em que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes pre-
viamente selecionados mediante071.519.084-90
critérios objetivos, com o intuito de desenvolver
uma ou mais alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo os
licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos;“

A primeira etapa desta modalidade licitatória é a divulgação do edital para a pré seleção
dos possíveis licitantes que atendam aos requisitos deste edital. O edital é divulgado
por meio eletrônico, por prazo de, no mínimo,25 dias úteis. Vencido este prazo, os
licitantes se inscrevem e a administração realiza, por meio de critérios objetivos, uma
prévia seleção de participantes. Os previamente selecionados serão chamados para
um diálogo (reunião), a fim de identificar uma ou mais soluções para a administração
pública. Uma vez delimitadas tais soluções, a administração pública lança novo edital
com a solução e os critérios para solicitar as propostas. O prazo de convocação das
propostas é de, mínimo, 60 dias úteis.

Notem que tal modalidade apresenta o lançamento de dois editais.

Na fase competitiva será analisada as propostas dos licitantes pré selecionados.


Nesta modalidade há uma comissão específica de contratação, formada por, no mínimo,
3 membros, necessariamente servidores efetivos ou empregados públicos do quadro
permanente da administração pública. Poderão ser contratados pessoal de apoio para
a comissão.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 110
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

Passemos à literalidade da Lei. 14.133/21, que trata do procedimento da modalidade


licitatória diálogo competitivo

Art. 32. A modalidade diálogo competitivo é restrita a contratações em que a


Administração:

I - vise a contratar objeto que envolva as seguintes condições:


a) inovação tecnológica ou técnica;
b) impossibilidade de o órgão ou entidade ter sua necessidade satisfeita sem a
adaptação de soluções disponíveis no mercado; e
c) impossibilidade de as especificações técnicas serem definidas com precisão suficiente
pela Administração;

II - verifique a necessidade de definir e identificar os meios e as alternativas que possam


satisfazer suas necessidades, com destaque para os seguintes aspectos:
a) a solução técnica mais adequada;
b) os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já definida;
c) a estrutura jurídica ou financeira do contrato;
Gustavo Augusto N. Porto
III - (VETADO). Gustavoanporto@gmail.com
§ 1º Na modalidade diálogo competitivo, serão observadas as seguintes disposições:
071.519.084-90
I - a Administração apresentará, por ocasião da divulgação do edital em sítio eletrônico
oficial, suas necessidades e as exigências já definidas e estabelecerá prazo mínimo de
25 (vinte e cinco) dias úteis para manifestação de interesse na participação da licitação;
II - os critérios empregados para pré-seleção dos licitantes deverão ser previstos em
edital, e serão admitidos todos os interessados que preencherem os requisitos objetivos
estabelecidos;
III - a divulgação de informações de modo discriminatório que possa implicar vantagem
para algum licitante será vedada;
IV - a Administração não poderá revelar a outros licitantes as soluções propostas ou as
informações sigilosas comunicadas por um licitante sem o seu consentimento;
V - a fase de diálogo poderá ser mantida até que a Administração, em decisão
fundamentada, identifique a solução ou as soluções que atendam às suas necessidades;
VI - as reuniões com os licitantes pré-selecionados serão registradas em ata e gravadas
mediante utilização de recursos tecnológicos de áudio e vídeo;
VII - o edital poderá prever a realização de fases sucessivas, caso em que cada fase
poderá restringir as soluções ou as propostas a serem discutidas;
VIII - a Administração deverá, ao declarar que o diálogo foi concluído, juntar aos autos
do processo licitatório os registros e as gravações da fase de diálogo, iniciar a fase
competitiva com a divulgação de edital contendo a especificação da solução que

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 111
atenda às suas necessidades e os critérios objetivos a serem utilizados para seleção da
proposta mais vantajosa e abrir prazo, não inferior a 60 (sessenta) dias úteis, para todos
os licitantes pré-selecionados na forma do inciso II deste parágrafo apresentarem suas
propostas, que deverão conter os elementos necessários para a realização do projeto;
IX - a Administração poderá solicitar esclarecimentos ou ajustes às propostas
apresentadas, desde que não impliquem discriminação nem distorçam a concorrência
entre as propostas;
X - a Administração definirá a proposta vencedora de acordo com critérios divulgados no
início da fase competitiva, assegurada a contratação mais vantajosa como resultado;
XI - o diálogo competitivo será conduzido por comissão de contratação composta
de pelo menos 3 (três) servidores efetivos ou empregados públicos pertencentes aos
quadros permanentes da Administração, admitida a contratação de profissionais para
assessoramento técnico da comissão;
XII - (VETADO).
§ 2º Os profissionais contratados para os fins do inciso XI do § 1º deste artigo assinarão
termo de confidencialidade e abster-se-ão de atividades que possam configurar
conflito de interesses.

Gustavo Augusto N. Porto


Das modalidades licitatórias previstas na lei 8.666/93:
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
Concorrência: é a modalidade de licitação que se realiza com ampla publicidade para
assegurar a participação de quaisquer interessados, que preencham os requisitos
previstos no edital (art. 22,§1º)
Deste conceito decorrem duas características básicas: A ampla publicidade, que
conforme art. 21, é assegurada pela publicação do aviso de edital, pelo menos, uma
vez , com a indicação do local em que os interessados poderão ler e obter o texto
integral e todas as informações sobre a licitação; e a universalidade, quando possibilita
a participação de quaisquer interessados que, na fase de habilitação preliminar,
comprovem possuir os requisitos mínimos previstos no edital para execução do seu
objeto.
O procedimento da concorrência compreende as seguintes fases: edital, habilitação,
classificação, homologação e adjudicação.

a) Edital – Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o edital é o ato pelo qual a Administração
faz uma oferta de contrato a todos os interessados que atendam as exigências nele
estabelecidas.
b) Habilitação – momento em que há a abertura dos envelopes para que seja apreciada
a documentação. Neste ato, que é público, a administração recebe os envelopes
contendo a documentação relativa à habilitação dos licitantes e também a proposta.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 112
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

Os documentos exigíveis para a habilitação estão indicados no art. 27. A habilitação pode
referir-se a:

1-Habilitação Jurídica
2-Qualificação Técnica
3- Qualificação econômico-financeira
4- Regularidade Fiscal e trabalhista
5- Cumprimento do disposto no art. 7º, XXXIII da CF – proibição de trabalho noturno,
perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e qualquer trabalho a menores de 16 anos,
salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos.

c) Classificação: é quando há o julgamento das propostas, classificando-as pela ordem


de preferência, segundo critérios objetivos constantes no edital. É aqui que conseguimos
compreender melhor os tipos licitatórios, que serão estudados a seguir.
d) Homologação: Equivale à aprovação do procedimento. É aqui que se dá o exame
dos atos que integram o procedimento licitatório pela autoridade competente, a qual
se verificar algum vício de legalidade anulará o procedimento ou, se entender que há
razões de interesse público devidamente demonstrados, revogará a licitação. Aprovado
o procedimento, entramos na última fase:
Gustavo Augusto N. Porto
e) Adjudicação: após a homologação, a autoridade competente atribuirá ao vencedor o
Gustavoanporto@gmail.com
objeto da licitação. Lembrando que a adjudicação não se confunde com a celebração
071.519.084-90
do contrato, que será ato posterior.

Tanto na fase de abertura de envelopes/habilitação, quanto na fase de classifica-


ção, cabe recurso no prazo de 5 ( cinco ) dias úteis

QUESTÕES

A realização de uma licitação deve desenvolver-se em uma sequência lógica, em que


pode-se distinguir uma fase interna e uma fase externa. Assinale a opção que apresenta
uma das etapas da fase interna.

A) habilitação dos licitantes.


B) publicação do edital.
C) definição da modalidade e tipo de licitação.
D) homologação e adjudicação.

Comentários:
Gab: C

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 113
O procedimento licitatório tem início com a fase interna, que diz respeito à formalização
do processo. Há necessidade, também, de uma comissão de licitação para dirigi-lo. A
fase externa passa a ter início com a publicação do instrumento convocatório ( edital
ou carta -convite) e passa pela linha do tempo já estudada, que começa na fase de
habilitação e termina com a adjudicação da licitação ao vencedor.

No que se refere ao disposto na Lei n.º 8.666/1993, julgue o próximo item.


Na fase interna da licitação, a autoridade competente determina a realização do processo
licitatório, define seu objeto e indica o recurso orçamentário; na fase externa, a mesma
autoridade convoca os interessados, por edital ou carta-convite, analisa as condições
dos interessados que afluem à licitação (habilitação), julga as propostas e homologa e
adjudica o objeto da licitação.

Certo ou Errado

Comentários:
Gab: Certo. Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
Atenção: Com a nova Lei de Licitações há um novo ciclo do procedimento licitató-
rio. Vejamos a seguir:

Fase Interna/ Fase Externa – Início com a publicação edital.

Ao contrário da Lei 8.666/93 – Aqui há uma inversão da fase de julgamento e habi-


litação, sendo o julgamento uma etapa preliminar para posterior homologação do
certame A homologação se dá já com o licitante vencedor.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 114
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

A concorrência é a mais complexa das modalidades de licitação. O art. 23, § 3, dispõe


que a concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de
seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art.
19 (leilão), como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais,
admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços,
quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o
convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País.

Dos prazos:

O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será:


I- quarenta e cinco dias para: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada
integral ou quando a licitação for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço” (Incluída
pela Lei nº 8.883, de 1994)
II- trinta dias para:(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
a) concorrência, nos casos não especificados na alínea “b” do inciso anterior;

Gustavo Augusto N. Porto


Gustavoanporto@gmail.com
QUESTÕES
071.519.084-90

(MARINHA DO BRASIL/ DIREITO/ 2017)


Com relação às licitações, assinale a opção correta.

Na modalidade de Concorrência, o prazo mínimo da realização do evento é de 30


dias a contar da publicação do resumo do edital, quando o contrato a ser celebrado
pela Administração contemplar o regime de empreitada global.

Gab: Errado. O prazo mínimo é de 45 (quarenta e cinco dias)

De acordo com a Lei 14.133/21, a Concorrência passou a ter nova conceituação:

“Concorrência é a modalidade de licitação para contratação de bens e serviços


especiais e de obras e serviços comuns e especiais de engenharia, cujo critério de
julgamento poderá ser:

a) menor preço;
b) melhor técnica ou conteúdo artístico;
c) técnica e preço;
d) maior retorno econômico;
e) maior desconto;”

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 115
Note que neste conceito, já são abordados os tipos licitatórios, com a inclusão de
dois novos: maior retorno econômico e maior desconto.

QUESTÕES

Considerado o disposto na Lei nº 8.666/93 e suas alterações:


Concorrência é a modalidade de licitação entre interessados devidamente
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até
o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária
qualificação. Certo ou Errado?

Gab: Errado. A questão trouxe o conceito de Tomada de Preços.

Tomada de Preços: conforme art. 22, § 2º é a modalidade de licitação entre interessados


devidamente cadastrados ou que preencham os requisitos para cadastramento até o 3º
dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
A Tomada de Preços é utilizada para a celebração de contratos de obras, serviços e
Gustavo Augusto N. Porto
compras de menor vulto do que as que exigem a concorrência.
Gustavoanporto@gmail.com
Não há muita diferença entre o procedimento da concorrência e da tomada de preços.
071.519.084-90
A diferença reside no prazo de antecedência da publicação do edital que é de 15 dias
(conforme art. 21, § 2º. Outra diferença reside na fase de habilitação, que é feita antes
do procedimento da licitação, para os inscritos no registro cadastral e feita durante o
procedimento para aqueles que apresentarem a documentação no prazo de até 3 dias
antes do recebimento das propostas.

Art. 21§2o O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do


evento será:
II-trinta dias para:(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e
preço”;(Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)
III-quinze dias para a tomada de preços, nos casos não especificados na alínea “b” do
inciso anterior.
Na nova Lei de Licitações, a Tomada de Preços foi extinta.

Convite: conforme art. 22 § 3º é a modalidade de licitação entre interessados do ramo


pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número
mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia
do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente
especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 116
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

e quatro) horas da apresentação das propostas. É a única modalidade de licitação


em que a lei não exige publicação do edital, já que a convocação se faz por escrito,
com antecedência mínima de 5 dias úteis , através da carta- convite. No intuito de
aumentar o rol de participantes, a lei 8.666/93 permitiu a participação de cadastrados
que manifestem seu interesse com antecedência de até 24h antes da apresentação das
propostas.

Atenção: Lembrar da palavra-chave – Ramo pertinente ao objeto.

É a modalidade licitatória prevista para os contratos de pequeno valor.

Conforme art. 21 §2º O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização
do evento será:
IV - cinco dias úteis para convite.
§ 6oNa hipótese do §3 º deste artigo, existindo na praça mais de 3 (três)possíveis
interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado,
é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem
cadastrados não convidados nas últimas licitações.(Redação dada pela Lei nº 8.883,
de 1994)
§ 7o Quando, por limitaçõesGustavo Augusto
do mercado N. Porto
ou manifesto desinteresse dos convidados,
Gustavoanporto@gmail.com
for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo,
071.519.084-90
essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de
repetição do convite.

O simples fato de não se apresentarem os 3 interessados na licitação não é sufi-


ciente para repetir o convite, pois isso pode acontecer por manifesto desinteresse
dos convidados (não há necessidade de justificar) ou por limitações do mercado.
(justifica-se essa limitação)

QUESTÕES

(MARINHA DO BRASIL/DIREITO/2011)
No convite, a ausência de apresentação efetiva de pelo menos 3 (três) propostas
sempre impõe a realização de nova licitação, ainda que, por limitação do mercado ou
desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes.

Gab: Errado, pois poderá prosseguir a licitação com número inferior a 3 propostas, nos
casos de desinteresse dos convidados ou por limitações do mercado.

Concurso: De acordo com o que dispõe o art. 22 §4 º Concurso é a modalidade de

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 117
licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou
artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme
critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de
45 (quarenta e cinco) dias. O critério de julgamento das propostas é o melhor trabalho
técnico, científico ou artístico.

A publicidade é assegurada por meio de publicação do edital, com antecedência mínima


de 45 dias.

Art. 21 § 2oO prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento
será:
I -quarenta e cinco dias para:(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
a) concurso;

Na nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos ( Lei 14.133/21) o conceito da


modalidade concurso é o seguinte:

Art. 6º, XXXIX - concurso: modalidade de licitação para escolha de trabalho técni-
co, científico ou artístico, cujo critério de julgamento será o de melhor técnica ou
conteúdo artístico, e para Gustavo
concessãoAugusto
de prêmioN.
ouPorto
remuneração ao vencedor;
Gustavoanporto@gmail.com
Notem que há menção de tipo de071.519.084-90
licitação em seu conceito: o de melhor técnica ou
conteúdo artístico

Leilão: Conforme art. 22 § 5o é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados


para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente
apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a
quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.

Art.19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de


procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da
autoridade competente, observadas as seguintes regras:
I -avaliação dos bens alienáveis;
II -comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;
III -adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão.
Art.53 O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela
Administração, procedendo-se na forma da legislação pertinente.
(...)
Art. 53 §4oO edital de leilão deve ser amplamente divulgado, principalmente no
município em que se realizará

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 118
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

De acordo com a nova Lei de Licitações, o conceito de Leilão passou a ser o seguinte:

Art. 6º XL – leilão é modalidade de licitação para alienação de bens imóveis ou de


bens móveis inservíveis ou legalmente apreendidos a quem oferecer o maior lance;

Nota: A Concorrência deixou de ser a modalidade licitatória utilizada para alienação de


bens imóveis, conforme previsão no art. 17 da Lei 8.666/93

QUESTÕES

MARINHA DO BRASIL/ DIREITO/ 2009


Segundo José dos Santos Carvalho Filho, na obra Manual de Direito Administrativo, em
relação ao tema licitação, é correto afirmar que:

O leilão, que é uma das modalidades de licitação, pode ser cometido a leiloeiro oficial
ou servidor designado pela Administração.

Gustavo Augusto N. Porto


Gab: Certo, conforme art. 53 da Lei 8.666/93
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
É correto afirmar sobre as licitações.
a)Nos casos em que couber a modalidade do convite, a Administração poderá utilizar
a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência.
b)A concorrência é a modalidade de licitação entre interessados devidamente
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento
até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas.
c)O ingresso no serviço público municipal, estadual ou federal dar-se-á por meio da
modalidade de licitação do concurso.
d) Na modalidade de convite, em não havendo o número mínimo de interessados,
poderá a Administração optar pela dispensa de licitação.
e) É inexigível a licitação para a contratação de bens e serviços em situação de
emergência ou de calamidade pública.

Comentários:

a) Gabarito.
b) O conceito mencionado é o da tomada de preços.
c) O concurso público não é uma modalidade licitatória. A modalidade em questão,
destina-se a escolher um trabalho técnico, artístico ou científico mediante a de prêmio.
d) A licitação seguirá quando, de acordo com o art. 22 § 7o, por limitações do mercado ou

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 119
manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de
licitantes e haverá necessidade de justificativa, para que não haja repetição do convite.
e) Situação de emergência e calamidade pública é caso de licitação dispensável.

Modalidades de Licitação de acordo com o valor do objeto: Convite, Tomada de


Preços e Concorrência.

***Valores atualizados de acordo com o Decreto 9412/18


*** Lembrar que estes valores são tetos. Sendo assim, a Licitação de maior valor,
abrange a de menor valor.

E como ficou essa tabela naGustavo


nova Lei de Licitações?
Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
Uma vez que foram extintas as modalidades Tomada de Preços e Convite, não se fala
071.519.084-90
mais em modalidade de licitação por valores e sim, apenas pela natureza do objeto
contratado.

Tipos de Licitação: Também chamados de critérios de julgamento, estão disciplinados


no art. 45 da Lei 8.666/93

“Art.45 §1oPara os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na


modalidade concurso:(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
I- a de menor preço- quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a
Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 120
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço;


II- a de melhor técnica;
III- a de técnica e preço.
IV- a de maior lance ou oferta-nos casos de alienação de bens ou concessão de direito
real de uso.”

QUESTÕES

(MARINHA DO BRASIL/DIREITO/ 2015)


A Licitação é o procedimento administrativo mediante o qual a Administração Pública
seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse. Sobre as
modalidades e tipos de Licitação previstos na Lei º 8.666/1993, assinale a opção correta.

(A) São modalidades de Licitação: concorrência, tomada de preços, convite, concurso


e leilão, sendo vedada a criação de outras modalidades e permitida a combinação das
mesmas, observando as especificidades do objeto.
(B) São modalidades de Licitação: menor preço, melhor técnica, técnica e preço e maior
lance ou oferta, sendo vedada a criação
Gustavo de outras
Augusto N.modalidades
Porto ou a combinação das
mesmas. Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
(C) São tipos de Licitação: a de menor preço, a de melhor técnica, a de técnica e preço
e a de maior lance ou oferta, sendo vedada a utilização de outros tipos de licitação.
(D) São modalidades de Licitação; a de menor preço, a de melhor técnica, a de técnica
e preço e a de maior lance ou oferta, sendo permitida a combinação das mesmas,
observando as especificidades do objeto.
(E) São modalidades de Licitação: concorrência, tomada de preços, convite, concurso,
leilão e pregão, sendo vedada a utilização de outra modalidade não prevista na Lei nº
8666/93.

Comentários:

a) Errada. Pois, de acordo com o art. 22 §8º É vedada a criação de outras modalidades
de licitação ou a combinação das modalidades existentes.”
b) Errada. São tipos de licitação as enumeradas nesta alternativa.
c) Gabarito.
d)Errada, novamente menciona os tipos de licitações ,mas na segunda parte está correta
quando veda a combinação das modalidades licitatórias.
e) Errado, uma vez que o próprio pregão ali mencionado não está previsto da lei 8.666/93
e isso reforça o entendimento posterior de que é possível outra modalidade licitatória.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 121
Já no que diz respeito acerca dos tipos licitatórios da Lei 14.133/21, são previstos os
seguintes:

“Dos Critérios de Julgamento

Art. 33. O julgamento das propostas será realizado de acordo com os seguintes
critérios:

I - menor preço;
II - maior desconto;
III - melhor técnica ou conteúdo artístico;
IV - técnica e preço;
V - maior lance, no caso de leilão;
VI - maior retorno econômico.”

Gustavo Augusto N. Porto


Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90

A modalidade concurso, que na lei 8.666/93 não tinha critério de julgamento, passou a
ter a melhor técnica ou conteúdo artístico na nova lei de licitações.

15.5. A OBRIGATORIEDADE DE LICITAR

A obrigatoriedade de licitar é imposta pela Constituição Federal de 1988 ( art. 37, XXI).

XXI- ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras


e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que asse-
gure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que esta-
beleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta,
nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 122
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

Porém, ao mesmo tempo que menciona a regra da obrigatoriedade, trata das exceções,
tendo em vista que há possibilidades em que a licitação não se justifica ou situação em
que é, sequer, possível a realização do certame. A estas duas situações chamamos de
contratação direta.

Sendo assim, são duas as hipóteses legais que permitem a contratação direta: A
dispensa e a inexibilidade de licitação.

Inexigibilidade de Licitação: acontece quando a competição revelar-se inviável,


impossível juridicamente. O art. 25 da Lei 8.666/93 apresenta de forma exemplificativa,
três hipóteses de inexibilidade. Apesar de raramente trabalhado por bancas de concursos
públicos, este rol não é exaustivo, mas são sempre as possibilidades cobradas em provas.
Na visão de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a inexibilidade de licitação diz respeito a
não possibilidade de competição entre fornecedores. Conforme menciona, “não há
possibilidade de competição, porque só existe um objeto ou uma pessoa que atenda às
necessidades da Administração; a licitação é, portanto, inviável”.

De acordo com o art. 25 da Lei 8.666/93

É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:


Gustavo Augusto
I- aquisição de materiais, equipamentos, N. Porto
ou gêneros que só possam ser fornecidos por
Gustavoanporto@gmail.com
produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca,
071.519.084-90
devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo
órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o
serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades
equivalentes;
II- para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de
natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a
inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
III- para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através
de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela
opinião pública.
§1 o Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no
campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências,
publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos
relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e
indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
§ 2o Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado
superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o
fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de
outras sanções legais cabíveis.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 123
Observe:

Gustavo Augusto N. Porto


Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90

**** Credenciamento: de empresas ou pequenos produtores, inclusive rurais para


prestarem determinado serviço à população. Abre-se o cadastro, empresas participam
e quando necessário, o poder público solicita o uso da empresa que fica a critério de
escolha pela população.

Art. 6º, XLIII da Lei 14.133/21 - credenciamento: processo administrativo de chama-


mento público em que a Administração Pública convoca interessados em prestar
serviços ou fornecer bens para que, preenchidos os requisitos necessários, se cre-
denciem no órgão ou na entidade para executar o objeto quando convocados;

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 124
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

**** A aquisição ou locação de imóvel, nestas condições, deixou de ser caso de dispensa
e passou a ser caso de inexibilidade, conforme a Lei 14.133/21

Na nova Lei de Licitações, os casos de inexibilidade estão previstos no art. 74

Passemos ao dispositivo, na íntegra, que refere-se ao tópico inexibilidade de licitação:


Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos de:
I - aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou contratação de serviços
que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial
exclusivos;
II - contratação de profissional do setor artístico, diretamente ou por meio de empresário
exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública;
III - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados de natureza
predominantemente intelectual com profissionais ou empresas de notória
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação:

a) estudos técnicos, planejamentos, projetos básicos ou projetos executivos;


Gustavo
b) pareceres, perícias e avaliações em Augusto
geral; N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
071.519.084-90
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
g) restauração de obras de arte e de bens de valor histórico;
h) controles de qualidade e tecnológico, análises, testes e ensaios de campo e
laboratoriais, instrumentação e monitoramento de parâmetros específicos de obras
e do meio ambiente e demais serviços de engenharia que se enquadrem no disposto
neste inciso;
IV - objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento;
V - aquisição ou locação de imóvel cujas características de instalações e de localização
tornem necessária sua escolha.
§ 1º Para fins do disposto no inciso I do caput deste artigo, a Administração deverá
demonstrar a inviabilidade de competição mediante atestado de exclusividade,
contrato de exclusividade, declaração do fabricante ou outro documento idôneo
capaz de comprovar que o objeto é fornecido ou prestado por produtor, empresa ou
representante comercial exclusivos, vedada a preferência por marca específica.
§ 2º Para fins do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se empresário
exclusivo a pessoa física ou jurídica que possua contrato, declaração, carta ou outro
documento que ateste a exclusividade permanente e contínua de representação, no
País ou em Estado específico, do profissional do setor artístico, afastada a possibilidade

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 125
de contratação direta por inexigibilidade por meio de empresário com representação
restrita a evento ou local específico.
§ 3º Para fins do disposto no inciso III do caput deste artigo, considera-se de
notória especialização o profissional ou a empresa cujo conceito no campo de sua
especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiência, publicações,
organização, aparelhamento, equipe técnica ou outros requisitos relacionados com
suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e reconhecidamente
adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
§ 4º Nas contratações com fundamento no inciso III do caput deste artigo, é vedada
a subcontratação de empresas ou a atuação de profissionais distintos daqueles que
tenham justificado a inexigibilidade.
§ 5º Nas contratações com fundamento no inciso V do caput deste artigo, devem ser
observados os seguintes requisitos:
I - avaliação prévia do bem, do seu estado de conservação, dos custos de adaptações,
quando imprescindíveis às necessidades de utilização, e do prazo de amortização dos
investimentos;
II - certificação da inexistência de imóveis públicos vagos e disponíveis que atendam
ao objeto;
III - justificativas que demonstrem a singularidade
Gustavo Augusto N. doPorto
imóvel a ser comprado ou locado
pela Administração e que Gustavoanporto@gmail.com
evidenciem vantagem para ela.
071.519.084-90

QUESTÕES

Como a Marinha do Brasil cobrou o tópico inexibilidade de licitação, segundo a Lei


8.666/93

(MARINHA DO BRASIL/ DIREITO/2011)


A inexigibilidade de licitação não pode se dar para a contratação de serviços técnicos
profissionais especializados de natureza singular com profissionais de notória
especialização em serviços de publicidade.

Gab: Certo.

OUTRAS BANCAS
Conforme a Lei de Licitações, Lei n. 8.666/93, é correto afirmar que está entre os casos
de inexigibilidade:

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 126
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

A) Fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no país, que envolvam,


cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer
de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão.
B) Celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais,
qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas
no contrato de gestão.
C) Contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de
empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião
pública.
D) Contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural
com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação
específica.

Comentários:
a) é caso de dispensa de licitação
b) é caso de dispensa de licitação
c) Gabarito
d) é caso de dispensa de licitação.
Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
Com relação à dispensa e à inexigibilidade de licitação, julgue os itens a seguir.
071.519.084-90

I- Há a inexigibilidade de licitação sempre que houver a inviabilidade de competição, por


existir apenas um objeto ou uma pessoa que atenda às necessidades da Administração.
II- Haverá a possibilidade de contratação direta nos casos de licitação deserta, que se
caracteriza quando todos os licitantes presentes no certame são inabilitados ou foram
desclassificados.
III- É inexigível a licitação para a compra de imóvel destinado ao atendimento das
finalidades precípuas da Administração, desde que o preço seja compatível com o valor
de mercado.

Assinale a alternativa correta.


A) Nenhum item está certo.
B) Apenas o item I está certo.
C) Apenas o item II está certo.
D) Apenas os itens I e II estão certos.
E) Apenas os itens I e III estão certos.

Comentários:
Gab: B

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 127
I – Inexigibilidade é, justamente, para as situações em que a competição seja inviável.
II – A licitação deserta é aquela em que não acudirem interessados. A alternativa trata
dos casos de licitação fracassada.
III – É caso de dispensa de licitação.

15.6. DISPENSA DE LICITAÇÃO

Ao contrário do que acontece com a inexibilidade, nos casos de dispensa, a licitação


não é impossível. É possível realizar o certame licitatório, mas, por algumas razões
consideradas pelo legislador e utilizando-se do seu poder discricionário, poderá o
administrador efetuar a contratação direta.

O art. 24 da Lei 8.666/93 possui um rol bastante extenso, em vista de inúmeros critérios
levados em conta pelo administrador para tornar a licitação dispensável.

Passemos a análise de alguns deles:


a) Valor do contrato: Se o legislador entende que o valor é insignificante para a
administração pública, a ponto da despesa
Gustavo AugustocomN.o Porto
procedimento licitatório ser mais
oneroso do que a própria aquisição do produto/serviço. São os casos das contratações
Gustavoanporto@gmail.com
de obras e serviços de engenharia 071.519.084-90
ou aquisição de produto e de prestação de serviços
que não ultrapassem a 10% do valor da modalidade convite. Este valor sobe de 10%
para 20% quando o contratante for consórcio público ou ainda autarquias e fundações
públicas qualificadas como agências executivas.

Observe a diferença entre a Lei 8.666/93 a nova lei de licitações 14.133/21:

Os valores de contratação por consórcios públicos e agências executivas, de acordo


com a nova lei de licitações, permanecem o dobro dos valores fixos acima citados.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 128
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

b) A licitação será dispensável em hipóteses excepcionais como: guerra, emergência ou


calamidade pública.
c) Também haverá dispensa da licitação quando não acudirem interessados na licitação
anterior e esta não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração Pública ( inc. V)
A essa ausência de interessados a doutrina denominou Licitação Deserta. Já a licitação
fracassada, houve interessados, porém são os casos em que todos os participantes
foram desclassificados durante o processo licitatório. (inc. VII)
d) A Intervenção da União no domínio econômico também é critério para dispensa de
licitação.
e) Quando a administração pública deseja contratar órgãos ou entidades da própria
administração para fornecimento de bens e serviços é possível fazê-lo com a dispensa
do processo licitatório.
f) Dispensável a licitação para a aquisição de gêneros perecíveis, tais como
hortifrutigranjeiros e pães
g) É caso de dispensa de licitação a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos
históricos (Toma cuidado com este – não confunda com Inexigibilidade).
h) É possível a dispensa de licitação na contratação de fornecimento ou suprimento de
energia elétrica e gás natural com concessionários, permissionários ou autorizatários.
Gustavo Augusto N. Porto
Vejamos a literalidade do art. 24 na íntegra:
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
Art.24. É dispensável a licitação:

I-para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto
na alínea “a”, do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma
mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo
local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;(Redação dada pela
Lei nº 9.648, de 1998)
II- para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na
alínea “a”, do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta
Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação
de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez;(Redação dada pela Lei nº 9.648,
de 1998)
III- nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
IV- nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência
de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança
de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares,
e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou
calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no
prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados
da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 129
contratos;

Atenção! Com a nova lei de licitações, o prazo máximo nas contratações em caso
de emergência ou calamidade pública passou a ser de 1 ano

V -quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente,


não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas
as condições preestabelecidas;
VI-quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou
normalizar o abastecimento;
VII -quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores
aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos
órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48
desta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou
serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços;(Vide
§ 3º do art. 48)

Atenção! Aqui estamos diante de um caso de licitação denominada fracassada em


razão do valor. Os preçosGustavo
apresentados são superiores
Augusto N. Porto aos preços de mercado.
Com a nova lei de licitações, a licitação fracassada em razão do valor permanece
Gustavoanporto@gmail.com
como forma de dispensa de licitação, porém, surge nova situação em que a licita-
071.519.084-90
ção será fracassada em virtude da validade das propostas.

***Tanto na licitação deserta (que não acudam interessados, quanto na licitação


fracassada (valor fora de mercado ou proposta inválida), o prazo para a administra-
ção dispensar a licitação é de até 1 (um) ano da não realização da licitação pelos
motivos acima.

VIII -para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos
ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que
tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde
que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; (Redação dada
pela Lei nº 8.883, de 1994)
IX- quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos
casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de
Defesa Nacional;(Regulamento)
X-para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades
precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização
condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado,
segundo avaliação prévia;Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
XI-na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em conseqüência

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 130
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação


anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive
quanto ao preço, devidamente corrigido;
XII-nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo
necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas
diretamente com base no preço do dia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
XIII-na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente
da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada
à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável
reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos;(Redação dada pela Lei nº
8.883, de 1994)
XIV-para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional
específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem
manifestamente vantajosas para o Poder Público; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de
1994)
XV-para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de
autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão
ou entidade.
XVI -para a impressão dosGustavodiários oficiais,
Augusto de formulários
N. Porto padronizados de uso da
administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de
Gustavoanporto@gmail.com
informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que
071.519.084-90
integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico; (Incluído pela Lei
nº 8.883, de 1994)
XVII -para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira,
necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto
ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for
indispensável para a vigência da garantia;(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
XVIII -nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios,
embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em
estada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de
suas sedes, por motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quando a
exiguidade dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das
operações e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea “a” do inciso II
do art. 23 desta Lei:(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
XIX-para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de
materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a
padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e
terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto;(Incluído pela Lei nº
8.883, de 1994)
XX- na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 131
lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Admininistração
Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde
que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.(Incluído pela Lei
nº 8.883, de 1994)
XXI - para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento,
limitada, no caso de obras e serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor de
que trata a alínea “b”do inciso I do caput do art. 23;(Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)
XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural
com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação
específica:(Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
XXIII-na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista
com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação
ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado
no mercado.(Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações
sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades
contempladas no contrato de gestão.(Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou por
agência de fomento para a transferência
Gustavo de tecnologia
Augusto N. Portoe para o licenciamento de
direito de uso ou de exploração de criação protegida.(Incluído pela Lei nº 10.973, de
Gustavoanporto@gmail.com
2004) 071.519.084-90
XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com
entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de
forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em
convênio de cooperação.(Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)
XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos
sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva
de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por
pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de
materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas,
ambientais e de saúde pública.(Redação dada pela Lei nº 11.445, de 2007).(Vigência)
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País,
que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional,
mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do
órgão.(Incluído pela Lei nº 11.484, de 2007).
XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes
militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no
exterior, necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou
executante e ratificadas pelo Comandante da Força. (Incluído pela Lei nº 11.783, de
2008).

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 132
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

XXX - na contratação de instituição ou organização, pública ou privada, com ou sem


fins lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no
âmbito do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura
Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei federal.(Incluído pela Lei nº 12.188, de
2.010)  Vigência
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e20 da
Lei no10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação
dela constantes.(Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
XXXII - na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos
estratégicos para o Sistema Único de Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de
setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive
por ocasião da aquisição destes produtos durante as etapas de absorção tecnológica.
(Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)
XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a implementação
de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano
e produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de baixa renda atingidas
pela seca ou falta regular de água.(Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)
XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de insumos
estratégicos para a saúde produzidos ou distribuídos
Gustavo Augusto por fundação que, regimental ou
N. Porto
estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da administração pública direta,
Gustavoanporto@gmail.com
sua autarquia ou fundação em projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento
071.519.084-90
institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive na gestão
administrativa e financeira necessária à execução desses projetos, ou em parcerias que
envolvam transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único
de Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII deste artigo, e que tenha sido criada para
esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado
seja compatível com o praticado no mercado.(Incluído pela Lei nº 13.204, de 2015)
XXXV -para a construção, a ampliação, a reforma e o aprimoramento de
estabelecimentos penais, desde que configurada situação de grave e iminente risco
à segurança pública.(Incluído pela Lei nº 13.500, de 2017)
§ 1o Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte
por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos,
sociedade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação
qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas.(Incluído pela Lei nº
12.715, de 2012)
§ 2o O limite temporal de criação do órgão ou entidade que integre a administração
pública estabelecido no inciso VIII do caput deste artigo não se aplica aos órgãos ou
entidades que produzem produtos estratégicos para o SUS, no âmbito da Lei no 8.080,
de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS.
(Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 133
§ 3o A hipótese de dispensa prevista no inciso XXI do caput, quando aplicada a obras e
serviços de engenharia, seguirá procedimentos especiais instituídos em regulamentação
específica.(Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016) Regulamento
§ 4o Não se aplica a vedação prevista no inciso I do caput do art. 9oà hipótese prevista
no inciso XXI do caput.

De acordo com a nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos, os casos de


dispensa de licitações passou a ser disciplinado no art. 75

Art. 75. É dispensável a licitação:

I - para contratação que envolva valores inferiores a R$ 100.000,00 (cem mil reais), no caso
de obras e serviços de engenharia ou de serviços de manutenção de veículos automotores;
II - para contratação que envolva valores inferiores a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais),
no caso de outros serviços e compras;
III - para contratação que mantenha todas as condições definidas em edital de licitação
realizada há menos de 1 (um) ano, quando se verificar que naquela licitação:
a) não surgiram licitantes interessados ou não foram apresentadas propostas válidas;
b) as propostas apresentadas consignaram preços manifestamente superiores aos
Gustavo Augusto N. Porto
praticados no mercado ou incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes;
Gustavoanporto@gmail.com
IV - para contratação que tenha por071.519.084-90
objeto:
a) bens, componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira necessários à manutenção
de equipamentos, a serem adquiridos do fornecedor original desses equipamentos durante
o período de garantia técnica, quando essa condição de exclusividade for indispensável
para a vigência da garantia;
b) bens, serviços, alienações ou obras, nos termos de acordo internacional específico
aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente
vantajosas para a Administração;
c) produtos para pesquisa e desenvolvimento, limitada a contratação, no caso de obras e
serviços de engenharia, ao valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais);
d) transferência de tecnologia ou licenciamento de direito de uso ou de exploração de
criação protegida, nas contratações realizadas por instituição científica, tecnológica e de
inovação (ICT) pública ou por agência de fomento, desde que demonstrada vantagem
para a Administração;
e) hortifrutigranjeiros, pães e outros gêneros perecíveis, no período necessário para a
realização dos processos licitatórios correspondentes, hipótese em que a contratação será
realizada diretamente com base no preço do dia;
f) bens ou serviços produzidos ou prestados no País que envolvam, cumulativamente, alta
complexidade tecnológica e defesa nacional;
g) materiais de uso das Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e
administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 134
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante autorização
por ato do comandante da força militar;
h) bens e serviços para atendimento dos contingentes militares das forças singulares
brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, hipótese em que a contratação
deverá ser justificada quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e ratificada
pelo comandante da força militar;
i) abastecimento ou suprimento de efetivos militares em estada eventual de curta duração
em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de movimentação
operacional ou de adestramento;
j) coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou
reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, realizados por associações
ou cooperativas formadas exclusivamente de pessoas físicas de baixa renda reconhecidas
pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos
compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública;
k) aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade
certificada, desde que inerente às finalidades do órgão ou com elas compatível;
l) serviços especializados ou aquisição ou locação de equipamentos destinados ao
rastreamento e à obtenção de provas previstas nos incisos II e V do caput do art. 3º da Lei
nº 12.850, de 2 de agosto de Gustavo
2013, quando houver necessidade
Augusto N. Porto justificada de manutenção
de sigilo sobre a investigação;
Gustavoanporto@gmail.com
m) aquisição de medicamentos destinados exclusivamente ao tratamento de doenças
071.519.084-90
raras definidas pelo Ministério da Saúde;

V - para contratação com vistas ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 3º-A, 4º, 5º e 20
da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação
constantes da referida Lei;
VI - para contratação que possa acarretar comprometimento da segurança nacional, nos
casos estabelecidos pelo Ministro de Estado da Defesa, mediante demanda dos comandos
das Forças Armadas ou dos demais ministérios;
VII - nos casos de guerra, estado de defesa, estado de sítio, intervenção federal ou de grave
perturbação da ordem;
VIII - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência
de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a continuidade
dos serviços públicos ou a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e
outros bens, públicos ou particulares, e somente para aquisição dos bens necessários ao
atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços
que possam ser concluídas no prazo máximo de 1 (um) ano, contado da data de ocorrência
da emergência ou da calamidade, vedadas a prorrogação dos respectivos contratos e a
recontratação de empresa já contratada com base no disposto neste inciso;
IX - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 135
ou serviços prestados por órgão ou entidade que integrem a Administração Pública e que
tenham sido criados para esse fim específico, desde que o preço contratado seja compatível
com o praticado no mercado;
X - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou
normalizar o abastecimento;
XI - para celebração de contrato de programa com ente federativo ou com entidade de
sua Administração Pública indireta que envolva prestação de serviços públicos de forma
associada nos termos autorizados em contrato de consórcio público ou em convênio de
cooperação;
XII - para contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estratégicos
para o Sistema Único de Saúde (SUS), conforme elencados em ato da direção nacional do
SUS, inclusive por ocasião da aquisição desses produtos durante as etapas de absorção
tecnológica, e em valores compatíveis com aqueles definidos no instrumento firmado para
a transferência de tecnologia;
XIII - para contratação de profissionais para compor a comissão de avaliação de critérios
de técnica, quando se tratar de profissional técnico de notória especialização;
XIV - para contratação de associação de pessoas com deficiência, sem fins lucrativos
e de comprovada idoneidade, por órgão ou entidade da Administração Pública, para a
prestação de serviços, desde que o preço
Gustavo contratado
Augusto seja compatível com o praticado
N. Porto
no mercado e os serviços contratados sejam prestados exclusivamente por pessoas com
Gustavoanporto@gmail.com
deficiência; 071.519.084-90
XV - para contratação de instituição brasileira que tenha por finalidade estatutária apoiar,
captar e executar atividades de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional,
científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive para gerir administrativa e
financeiramente essas atividades, ou para contratação de instituição dedicada à
recuperação social da pessoa presa, desde que o contratado tenha inquestionável
reputação ética e profissional e não tenha fins lucrativos;
XVI - para aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de insumos estratégicos
para a saúde produzidos por fundação que, regimental ou estatutariamente, tenha por
finalidade apoiar órgão da Administração Pública direta, sua autarquia ou fundação
em projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional, científico
e tecnológico e de estímulo à inovação, inclusive na gestão administrativa e financeira
necessária à execução desses projetos, ou em parcerias que envolvam transferência de
tecnologia de produtos estratégicos para o SUS, nos termos do inciso XII do caput deste
artigo, e que tenha sido criada para esse fim específico em data anterior à entrada em vigor
desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.

§ 1º Para fins de aferição dos valores que atendam aos limites referidos nos incisos I e II do
caput deste artigo, deverão ser observados:
I - o somatório do que for despendido no exercício financeiro pela respectiva unidade

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 136
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

gestora;
II - o somatório da despesa realizada com objetos de mesma natureza, entendidos como
tais aqueles relativos a contratações no mesmo ramo de atividade.
§ 2º Os valores referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão duplicados para
compras, obras e serviços contratados por consórcio público ou por autarquia ou fundação
qualificadas como agências executivas na forma da lei.
§ 3º As contratações de que tratam os incisos I e II do caput deste artigo serão
preferencialmente precedidas de divulgação de aviso em sítio eletrônico oficial, pelo
prazo mínimo de 3 (três) dias úteis, com a especificação do objeto pretendido e com a
manifestação de interesse da Administração em obter propostas adicionais de eventuais
interessados, devendo ser selecionada a proposta mais vantajosa.
§ 4º As contratações de que tratam os incisos I e II do caput deste artigo serão
preferencialmente pagas por meio de cartão de pagamento, cujo extrato deverá ser
divulgado e mantido à disposição do público no Portal Nacional de Contratações Públicas
(PNCP).
§ 5º A dispensa prevista na alínea "c" do inciso IV do caput deste artigo, quando aplicada
a obras e serviços de engenharia, seguirá procedimentos especiais instituídos em
regulamentação específica.
§ 6º Para os fins do incisoGustavo
VIII do caput
AugustodesteN.artigo,
Portoconsidera-se emergencial a
contratação por dispensa Gustavoanporto@gmail.com
com objetivo de manter a continuidade do serviço público, e
deverão ser observados os valores 071.519.084-90
praticados pelo mercado na forma do art. 23 desta
Lei e adotadas as providências necessárias para a conclusão do processo licitatório,
sem prejuízo de apuração de responsabilidade dos agentes públicos que deram causa à
situação emergencial.
§ 7º Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo às contratações de até R$ 8.000,00 (oito
mil reais) de serviços de manutenção de veículos automotores de propriedade do órgão ou
entidade contratante, incluído o fornecimento de peças.

QUESTÕES

(MARINHA DO BRASIL/DIREITO/2017)
Sobre licitações é correto afirmar que:

É dispensável a licitação quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta,


não puder ser repetida por mais de duas vezes, sem prejuízo para a Administração,
mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas.

Gab: Errado. A lei 8.666/93 nada dispõe acerca da repetição do certame por duas vezes.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 137
(MARINHA DO BRASIL/DIREITO/2019)
Nos termos do artigo 24 da Lei 8.666/93, é dispensável a licitação, EXCETO:

(A) para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que


envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional,
mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima
do órgão.
(B) para as compras de materiais de uso pelas Forças Armadas, inclusive de
materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a
padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e
terrestres.
(C) mediante parecer de comissão instituída por portaria. para aquisição, por pessoa
jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por
órgãos ou entidades que integrem a Administração Pública e tenham sido criados
para esse fim específico em data anterior à vigência dessa Lei, desde que o preço
contratado seja compatível com o praticado no mercado.
(D) para a construção, a ampliação, a reforma e o aprimoramento de estabelecimentos
penais, desde que configurada situação de grave e iminente risco à segurança
pública. Gustavo Augusto N. Porto
(E) na aquisição de bens Gustavoanporto@gmail.com
e contratação de serviços para atender aos, contingentes
militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no
071.519.084-90
exterior, necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou
executante e ratificadas pelo Comandante da Força.

Comentários:

a) Certo. Redação do Inciso XXVIII.


b) Gabarito. Com exceção de material de uso pessoal e administrativo.
c) Certo. Redação do Inciso VIII
d) Certo. Redação do Inciso XXXV
e) Certo. Redação do Inciso XXIX

OUTRAS BANCAS:
A Lei nº 8.666/1993, em seu Art. 24, estabelece diversas possibilidades em que uma
licitação pode ser dispensável. Assinale a alternativa que evidencia uma possibilidade
em que a licitação não pode ser dispensável.

a) Nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem.


b) Quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente,

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 138
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as
condições preestabelecidas.
c) Quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou
normalizar o abastecimento.
d) Nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo
necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas
diretamente com base no preço do dia.

Comentários:

Gab: B . Art. 24, V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta,
justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas,
neste caso, todas as condições preestabelecidas. A alternativa apenas aboliu o advérbio
não.

Como traço de semelhança ou de distinção entre a dispensa e a inexigibilidade de


licitação pode-se indicar, dentre outras, a característica
Gustavo Augusto N. Porto
a) da licitação, nas hipóteses de inexigibilidade, ser, em tese, possível, mas diante da
Gustavoanporto@gmail.com
vontade do legislador, para agilizar algumas situações, torna-se prescindível.
071.519.084-90
b) da dispensa de licitação incidir nas hipóteses em que a licitação é inviável, por
impossibilidade de competição.
c) da licitação, nas hipóteses de dispensa, ser, em tese, possível, mas diante da
vontade do legislador, torna-se prescindível nas situações indicadas.
d) do rol de hipóteses de dispensa de licitação ser exemplificativo, na medida em que
se trata de norma de exceção à regra legal que obriga o certame como observância
do princípio da isonomia.
e) do rol de hipóteses de inexigibilidade de licitação ser taxativo, na medida em que
se trata de norma de exceção à regra legal que obriga o certame como observância
do princípio da isonomia, não admitindo flexibilização.

Comentários:
Gab; C. Na inexibilidade, a licitação é inviável e na dispensa, ela é possível, mas a
administração, diante da faculdade que lhe é concedida pelo poder discricionário e,
levando em consideração alguns fatores, como por exemplo, o decurso do tempo, opta
por não realizar a licitação. O rol da inexigibilidade é exemplificativo, enquanto o rol da
dispensa é taxativo.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 139
15.7. DA LICITAÇÃO DISPENSADA

A licitação será dispensada quando há uma conduta vinculada do administrador pela


não realização – São os casos enumerados no art. 17 da Lei 8.666/93

Art.17.A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de


interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às
seguintes normas:

I-quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração


direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades
paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de
concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:
a) dação em pagamento;
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração
pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f,h e
i;(Redação dada pela Lei nº 11.952, de 2009)
c)permuta, por outro imóvelGustavo
que atenda aos requisitos
Augusto constantes do inciso X do art. 24
N. Porto
desta Lei; Gustavoanporto@gmail.com
d)nvestidura; 071.519.084-90
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de
governo;(Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso,
locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou
efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização
fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração
pública;(Redação dada pela Lei nº 11.481, de 2007)
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7
de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração
Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição;(Incluído pela Lei nº 11.196,
de 2005)
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação
ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até
250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas
de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades
da administração pública; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas
rurais da União e do Incra, onde incidam ocupações até o limite de que trata o § 1o do
art. 6o da Lei no 11.952, de 25 de junho de 2009, para fins de regularização fundiária,

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 140
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

atendidos os requisitos legais; e(Redação dada pela Lei nº 13.465, 2017)


II-quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada
esta nos seguintes casos:
a)doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação
de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra
forma de alienação;
b)permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração
Pública;
c)venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação
específica;
d)venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
e)venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da
Administração Pública, em virtude de suas finalidades;
f)venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração
Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.

§1oOs imóveis doados com base na alínea “b” do inciso I deste artigo, cessadas as
razões que justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica
doadora, vedada a sua alienação peloAugusto
Gustavo beneficiário.
N. Porto
§ 2 A Administração também
o
poderá conceder título de propriedade ou de direito real
Gustavoanporto@gmail.com
de uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso destinar-se:(Redação dada pela
071.519.084-90
Lei nº 11.196, de 2005)
I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja a localização
do imóvel; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

§ 2º-A.As hipóteses do inciso II do § 2o ficam dispensadas de autorização legislativa,


porém submetem-se aos seguintes condicionamentos: (Redação dada pela Lei nº
11.952, de 2009)
I - aplicação exclusivamente às áreas em que a detenção por particular seja
comprovadamente anterior a 1o de dezembro de 2004;(Incluído pela Lei nº 11.196, de
2005)
II - submissão aos demais requisitos e impedimentos do regime legal e administrativo
da destinação e da regularização fundiária de terras públicas; (Incluído pela Lei nº
11.196, de 2005)
III - vedação de concessões para hipóteses de exploração não-contempladas na
lei agrária, nas leis de destinação de terras públicas, ou nas normas legais ou
administrativas de zoneamento ecológico-econômico; e (Incluído pela Lei nº 11.196, de
2005)
IV - previsão de rescisão automática da concessão, dispensada notificação, em caso
de declaração de utilidade, ou necessidade pública ou interesse social.(Incluído pela

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 141
Lei nº 11.196, de 2005)
§ 2o-B. A hipótese do inciso II do § 2o deste artigo:(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
I - só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito a vedação, impedimento ou
inconveniente a sua exploração mediante atividades agropecuárias;(Incluído pela Lei
nº 11.196, de 2005)
II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, desde que não exceda mil e
quinhentos hectares, vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse
limite;(Redação dada pela Lei nº 11.763, de 2008)
III - pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da figura prevista
na alínea g do inciso I do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste
parágrafo.Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
§3o Entende-se por investidura, para os fins desta lei:(Redação dada pela Lei nº 9.648,
de 1998)
I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante
de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca
inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinqüenta por cento)
do valor constante da alínea “a” do inciso II do art. 23 desta lei; (Incluído pela Lei nº
9.648, de 1998)
II - a alienação, aos legítimos possuidores
Gustavo diretosN.
Augusto ou,Porto
na falta destes, ao Poder Público,
de imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas
Gustavoanporto@gmail.com
hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas
071.519.084-90
unidades e não integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão.(Incluído
pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 4o A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão,


obrigatoriamente os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob
pena de nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de interesse público
devidamente justificado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 5o Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário necessite oferecer o imóvel
em garantia de financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações serão
garantidas por hipoteca em segundo grau em favor do doador. (Incluído pela Lei nº
8.883, de 1994)
§ 6o Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não
superior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea “b” desta Lei, a Administração
poderá permitir o leilão.(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 7o (VETADO).(Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)

***Atenção! Com a nova lei de licitações, quaisquer alienação de bens, seja móvel
ou imóvel e independente do valor, se dará através de Leilão.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 142
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

QUESTÕES

Como a Marinha do Brasil cobrou o tema Licitação Dispensada, de acordo com a Lei
8.666/93.

MARINHA DO BRASIL/ DIREITO/ 2018


Coloque V ( verdadeiro) ou F ( falso) nas afirmativas abaixo referentes à licitação e
contratos tendo em vista o previsto na Lei 8.666/93:

( V ) A alienação de bens imóveis da Administração Pública dependerá de autorização


legislativa para órgão da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais
e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e
licitação na modalidade concorrência.

Verdadeiro – Art. 17, I da Lei 8.666/93

OUTRAS BANCAS:
Indique a afirmação CORRETA:
Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
A) A alienação de bens imóveis pelas autarquias federais não depende de autorização
071.519.084-90
legislativa, mas será sempre precedida de avaliação.
B) A alienação de bens imóveis pelas autarquias federais depende de autorização
legislativa, de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência,
dispensada a licitação em algumas hipóteses, dentre as quais a dação em pagamento.
C) A alienação de bens móveis pelas autarquias federais será sempre precedida de
avaliação e de licitação.
D) A alienação de bens móveis pelas autarquias federais será sempre precedida de
licitação, inclusive nos casos de venda de ações em Bolsa de Valores.

Comentários:

Gab: B
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de
interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às
seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração
direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades
paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência,
dispensada esta nos seguintes casos:
a) dação em pagamento

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 143
15.8. DA ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO DA LICITAÇÃO

O art. 49 da Lei 8.666/93 prevê a possibilidade de anulação ou revogação da licitação


pública.
Anulação – por vício de legalidade, induz a anulação do contrato. Caso o particular não
tenha dado causa à nulidade, terá direito a ser indenizado ao que ele já cumpriu do
contrato e todos os demais prejuízos sofridos por ele.
Revogação: ocorrerá em caso de relevante interesse público superveniente, pertinente
e suficiente, e por razões de conveniência e oportunidade. Não dá direito à indenização,
exceto se a empresa comprovar perdas e danos concretos.
Art.49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá
revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente
devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo
anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer
escrito e devidamente fundamentado.
§1o A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera
obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
§ 2oA nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto
no parágrafo único do art. 59 desta Lei.Augusto N. Porto
Gustavo
§ 3 No caso de desfazimento
o
do processo licitatório, fica assegurado o contraditório
Gustavoanporto@gmail.com
e a ampla defesa. 071.519.084-90
§ 4 O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento de
o

dispensa e de inexigibilidade de licitação.

QUESTÕES

Como a Marinha do Brasil cobrou o tópico anulação/revogação de licitação.

(MARINHA DO BRASIL/ DIREITO/ 2011)


O desfazimento da licitação, seja pela anulação, seja pela revogação, não obriga a
Administração a assegurar aos interessados o contraditório e a ampla defesa.
Gab: errado. Conforme previsão do art. 49 § 3o

15.9. DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

Características:
Intuito personae ou personalíssimo: Só pode ser executado por quem venceu a licitação.
Inclusive, é vedada a subcontratação da licitação, exceto, de partes do objeto, desde

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 144
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

que previstas no edital e no contrato, autorizadas pela administração pública.


Vinculação ao ato convocatório: O contrato de licitação está sempre vinculado ao
edital, carta - convite ou ao termo de inexibilidade ou de dispensa de licitação.
Formalismo: O contrato administrativo é formal, o que implica dizer que se dá , em
regra, na forma escrita. Excepcionalmente, pode realizá-lo de forma verbal, no caso de
pequenas compras de até R$ 8.800,00 de pronto pagamento. ( valor não superior a 5%
(cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em
regime de adiantamento)

Atenção! Na nova Lei de Licitações, o limite estabelecido para as contratações ver-


bais passou a ser de R$ 10.000,00, conforme previsão no art. 95

Art. 95. O instrumento de contrato é obrigatório, salvo nas seguintes hipóteses, em que
a Administração poderá substituí-lo por outro instrumento hábil, como carta-contrato,
nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço:

I - dispensa de licitação em razão de valor;


II - compras com entrega imediata e integral dos bens adquiridos e dos quais não
resultem obrigações futuras,Gustavo Augusto
inclusive quanto N. Portotécnica, independentemente
a assistência
de seu valor. Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90
§ 1º Às hipóteses de substituição do instrumento de contrato, aplica-se, no que couber,
o disposto no art. 92 desta Lei.

§ 2º É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de


pequenas compras ou o de prestação de serviços de pronto pagamento, assim en-
tendidos aqueles de valor não superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Presença de cláusulas exorbitantes: Seriam consideradas ilícitas em um contrato de


direito civil. Porém, nos contratos administrativos, decorrem do princípio da supremacia
do interesse público.
• Rescisão unilateral: por parte da administração pública.
• Alteração unilateral do contrato: o contratado é obrigado a suportar alterações de até
25% do valor do contrato e no caso de obras, até 50%.
• Aplicação de sanções: A Administração pode sancionar o particular ( multa,
advertência, declaração de inidoneidade, suspensão de até 2 anos para contratar
com a administração pública.
• Requisição de máquinas, bens e empregados da empresa que descumpre o contrato.
• Possibilidade de fiscalizar o contrato. Lançamento no livro de fiscal de contrato das
alterações na execução dos contratos.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 145
Duração do contrato: duração adstrita aos respectivos créditos orçamentários. ( até o
dia 31/12 do presente ano) Porém, se o objeto estiver contemplado no Plano Plurianual,
poderá haver uma prorrogação que excede os créditos orçamentários.
Serviços continuados: são os chamados serviços essenciais. Poderão sofrer sucessivas
prorrogações até 60 meses. Em situação de excepcionalidade, este período poderá ser
prorrogado por mais 12 meses, por justificativa de autoridade superior.
Execução do contrato: O contrato administrativo é recebido provisoriamente e
definitivamente. No recebimento provisório, a administração tem o prazo de 15 dias para
revisar a execução do contrato e solicitar as correções. Fixado prazo para correções, que
não pode exceder a 90 dias. Estando tudo ok, receberá definitivamente. O recebimento
provisório poderá ser dispensado no caso de contratação de produtos de gêneros
perecíveis.
Alteração do contrato: Reequilíbrio financeiro.

• Nos casos da teoria da imprevisão, que é uma situação imprevisível e superveniente


que altere o equilíbrio do contrato.
• Fato da administração: a própria administração deu causa ao desequilíbrio econômico
financeiro.
• Fato do príncipe: aumento de tributos
Gustavo ( taxas, N.
Augusto impostos,
Porto contribuição de melhoria)
Gustavoanporto@gmail.com
Passemos à analise da Literalidade do texto de Lei 8.666/93 sobre contratos
071.519.084-90
administrativos.

Art. 54.Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas
cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os
princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.
§ 1oOs contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para
sua execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e
responsabilidades das partes, em conformidade com os termos da licitação e da
proposta a que se vinculam.
§ 2o Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem
atender aos termos do ato que os autorizou e da respectiva proposta.

Art. 55.São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:


I- o objeto e seus elementos característicos;
II- o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III- o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade
do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do
adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;
IV- os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 146
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

e de recebimento definitivo, conforme o caso;


V- o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional
programática e da categoria econômica;
VI- as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;
VII- os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores
das multas;
VIII -os casos de rescisão;
IX- o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa
prevista no art. 77 desta Lei;
X- as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for
o caso;
XI- a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao
convite e à proposta do licitante vencedor;
XII -a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;
XIII -a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato,
em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de
habilitação e qualificação exigidas na licitação.

§ 1º (Vetado).(Redação dadaGustavo
pela Lei nºAugusto
8.883, de N.
1994)
Porto
§ 2 Nos contratos celebrados
o
pela Administração Pública com pessoas físicas
Gustavoanporto@gmail.com
ou jurídicas, inclusive aquelas071.519.084-90
domiciliadas no estrangeiro, deverá constar
necessariamente cláusula que declare competente o foro da sede da Administração
para dirimir qualquer questão contratual, salvo o disposto no § 6o do art. 32 desta Lei.
§ 3o No ato da liquidação da despesa, os serviços de contabilidade comunicarão, aos
órgãos incumbidos da arrecadação e fiscalização de tributos da União, Estado ou
Município, as características e os valores pagos, segundo o disposto no art. 63 da Lei
no 4.320, de 17 de março de 1964.

Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no
instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações
de obras, serviços e compras.

§1oCaberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de


garantia:(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos
sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e
de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores
econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda;(Redação dada pela Lei nº
11.079, de 2004)
II - seguro-garantia;(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 147
III- bancária.(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 8.6.94)

§2o A garantia a que se refere o caput deste artigo não excederá a cinco por cento
do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições daquele,
ressalvado o previsto no parágrafo 3o deste artigo.(Redação dada pela Lei nº 8.883, de
1994)
§3oPara obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade
técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer
tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia previsto no
parágrafo anterior poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato.
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 4oA garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução
do contrato e, quando em dinheiro, atualizada monetariamente.
§ 5o Nos casos de contratos que importem na entrega de bens pela Administração, dos
quais o contratado ficará depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor
desses bens.

Art. 57.A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos
respectivos créditos orçamentários,
Gustavo exceto quanto
Augusto N.aos relativos:
Porto
I- aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano
Gustavoanporto@gmail.com
Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e
071.519.084-90
desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;
II -à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter
a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção
de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta
meses;(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
III - (Vetado).(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
IV -ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo
a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da
vigência do contrato.
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos
poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da
administração.(Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
§1o Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega admitem
prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção
de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum dos seguintes motivos,
devidamente autuados em processo:
I -alteração do projeto ou especificações, pela Administração;
II -superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes,
que altere fundamentalmente as condições de execução do contrato;

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 148
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

III -interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem


e no interesse da Administração;
IV -aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos
por esta Lei;
V -impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela
Administração em documento contemporâneo à sua ocorrência;
VI -omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive quanto aos
pagamentos previstos de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na
execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsáveis.

§ 2oToda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente


autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato.
§ 3o É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.
§ 4o Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da
autoridade superior, o prazo de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser
prorrogado por até doze meses.(Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Na Lei 14.133/21, acerca da duração dos contratos administrativos, há previsão a


Gustavo Augusto N. Porto
partir do art. 105. Porém, a regra permanece a mesma, ou seja, dentro do exercício
financeiro (1 ano)
Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 149
16 DA3.DURAÇÃO
DOS
Da Duração dos Contra-
tos CONTRATOS

Art. 105. A duração dos contratos regidos por esta Lei será a prevista em edital, e
deverão ser observadas, no momento da contratação e a cada exercício financeiro, a
disponibilidade de créditos orçamentários, bem como a previsão no plano plurianual,
quando ultrapassar 1 (um) exercício financeiro.
Art. 106. A Administração poderá celebrar contratos com prazo de até 5 (cinco) anos nas
hipóteses de serviços e fornecimentos contínuos, observadas as seguintes diretrizes:

I - a autoridade competente do órgão ou entidade contratante deverá atestar a maior


vantagem econômica vislumbrada em razão da contratação plurianual;
Gustavo Augusto N. Porto
II - a Administração deverá atestar, no início da contratação e de cada exercício, a existência
Gustavoanporto@gmail.com
de créditos orçamentários vinculados à contratação e a vantagem em sua manutenção;
071.519.084-90
III - a Administração terá a opção de extinguir o contrato, sem ônus, quando não dispuser
de créditos orçamentários para sua continuidade ou quando entender que o contrato não
mais lhe oferece vantagem.
§ 1º A extinção mencionada no inciso III do caput deste artigo ocorrerá apenas na próxima
data de aniversário do contrato e não poderá ocorrer em prazo inferior a 2 (dois) meses,
contado da referida data.
§ 2º Aplica-se o disposto neste artigo ao aluguel de equipamentos e à utilização de
programas de informática.

Art. 107. Os contratos de serviços e fornecimentos contínuos poderão ser prorrogados


sucessivamente, respeitada a vigência máxima decenal, desde que haja previsão em
edital e que a autoridade competente ateste que as condições e os preços permanecem
vantajosos para a Administração, permitida a negociação com o contratado ou a
extinção contratual sem ônus para qualquer das partes.
Art. 108. A Administração poderá celebrar contratos com prazo de até 10 (dez) anos nas
hipóteses previstas nas alíneas “f” e “g” do inciso IV e nos incisos V, VI, XII e XVI do caput
do art. 75 desta Lei.
Art. 109. A Administração poderá estabelecer a vigência por prazo indeterminado nos
contratos em que seja usuária de serviço público oferecido em regime de monopólio,
desde que comprovada, a cada exercício financeiro, a existência de créditos

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 150
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

orçamentários vinculados à contratação.


Art. 110. Na contratação que gere receita e no contrato de eficiência que gere economia
para a Administração, os prazos serão de:

I - até 10 (dez) anos, nos contratos sem investimento;


II - até 35 (trinta e cinco) anos, nos contratos com investimento, assim considerados aqueles
que impliquem a elaboração de benfeitorias permanentes, realizadas exclusivamente a
expensas do contratado, que serão revertidas ao patrimônio da Administração Pública ao
término do contrato.

Art. 111. Na contratação que previr a conclusão de escopo predefinido, o prazo de


vigência será automaticamente prorrogado quando seu objeto não for concluído no
período firmado no contrato.
Parágrafo único. Quando a não conclusão decorrer de culpa do contratado:

I - o contratado será constituído em mora, aplicáveis a ele as respectivas sanções


administrativas;
II - a Administração poderá optar pela extinção do contrato e, nesse caso, adotará as
medidas admitidas em lei para a continuidade
Gustavo Augustoda execução
N. Portocontratual.
Gustavoanporto@gmail.com
Art. 112. Os prazos contratuais previstos nesta Lei não excluem nem revogam os prazos
071.519.084-90
contratuais previstos em lei especial.
Art. 113. O contrato firmado sob o regime de fornecimento e prestação de serviço
associado terá sua vigência máxima definida pela soma do prazo relativo ao
fornecimento inicial ou à entrega da obra com o prazo relativo ao serviço de operação e
manutenção, este limitado a 5 (cinco) anos contados da data de recebimento do objeto
inicial, autorizada a prorrogação na forma do art. 107 desta Lei.
Art. 114. O contrato que previr a operação continuada de sistemas estruturantes de
tecnologia da informação poderá ter vigência máxima de 15 (quinze) anos.

Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à
Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I -modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse
público, respeitados os direitos do contratado;
II -rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;
III- fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal
e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar
apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 151
rescisão do contrato administrativo.
§1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não
poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.
§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato
deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.

Art.59.A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente


impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de
desconstituir os já produzidos.
Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o
contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e
por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável,
promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

16.1. DA RESCISÃO UNILATERAL DO CONTRATO PELA ADMINISTRAÇÃO

Conforme art. 79, constituem causas para a rescisão unilateral pela administração
pública: os casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do artigo 78. Sejam eles:
Gustavo Augusto N. Porto
Gustavoanporto@gmail.com
Art.78. Constituem motivo para rescisão do contrato:
071.519.084-90
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos;
II- o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos;
III- a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade
da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados;
IV- o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;
V- a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia
comunicação à Administração;
VI- a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem,
a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não
admitidas no edital e no contrato;
VII- o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para
acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores;
VIII -o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1o do art.
67 desta Lei;
IX -a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;
X-a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;
XI -a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que
prejudique a execução do contrato;
XII -razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 152
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o


contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato;
….
XVII -a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva
da execução do contrato.

De acordo com a Lei 14.133/21, as chamadas cláusulas exorbitantes estão disci-


plinadas no capítulo referente às prerrogativas da Administração, no art. 104 e em
outros dispositivos isolados da referida Lei. Não há nenhuma mudança substancial
em relação ao que já estudamos na Lei 8.666/93.

Veja a redação do art. 104

Art. 104. O regime jurídico dos contratos instituído por esta Lei confere à Administração,
em relação a eles, as prerrogativas de:

I – modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse


público, respeitados os direitos do contratado;
II – extingui-los, unilateralmente, nos casos
Gustavo especificados
Augusto nesta Lei;
N. Porto
III – fiscalizar sua execução;Gustavoanporto@gmail.com
IV – aplicar sanções motivadas pela071.519.084-90
inexecução total ou parcial do ajuste;
V – ocupar provisoriamente bens móveis e imóveis e utilizar pessoal e serviços vinculados
ao objeto do contrato nas hipóteses de:

a) risco à prestação de serviços essenciais;


b) necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado,
inclusive após extinção do contrato.
§ 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos não poderão ser
alteradas sem prévia concordância do contratado.
§ 2º Na hipótese prevista no inciso I do caput deste artigo, as cláusulas econômico-
financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.

QUESTÕES

Como a Marinha do Brasil cobrou o tópico contratos administrativos.

(MARINHA DO BRASIL/DIREITO/2017)
De acordo com a lei nº 8.666/93, que regula normas sobre licitações e contratos no
âmbito da Administração Pública Federal, pode-se afirmar, no que tange aos contratos
administrativos, que:

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 153
(A) a Administração Pública responde subsidiariamente com o contratado pelos
encargos previdenciários resultantes da execução do contrato.
(B) em uma contratação com uma empresa de determinado objeto social, que,
durante a execução contratual, amplia o referido objeto, mesmo que não haja prejuízo
para o adimplemento do contrato administrativo, a Administração poderá rescindir
unilateralmente o ajuste.

(C) nos contratos administrativos aplicam-se apenas supletivamente os princípios da


teoria geral do contrato.
(D) o instrumento de contrato é obrigatório nas concorrências, tomadas de preços e
nas dispensas e inexigibilidades de licitação, independente do valor da contratação.
(E) em cumprimento à previsão constitucional de observância do procedimento
licitatório, não é admitida a contratação verbal em nenhuma hipótese.

Comentários:
a) Errado. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais
e comerciais resultantes da execução do contrato, conforme art. 71 da Lei 8.666/93
b) Errado. Não está elencada essa situação no rol do art. 78
c) Gabarito, conforme art. 54 da Lei 8.666/93
Gustavo Augusto N. Porto
d) Errado, conforme art.  62.    O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de
Gustavoanporto@gmail.com
concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos
071.519.084-90
preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e
facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos
hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra
ou ordem de execução de serviço.
e) É admitido contrato verbal para compras de pequeno valor e de pronto pagamento
conforme art. 60, parágrafo único da Lei 8.666/93 -

“É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas


compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5%
(cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea “a” desta Lei, feitas
em regime de adiantamento.”

OUTRAS BANCAS
Em relação aos contratos administrativos, conforme o texto expresso da Lei 8.666/1993,
assinale a alternativa CORRETA.

A) O poder de fiscalização constitui cláusula exorbitante e o seu exercício não reduz


a responsabilidade do particular por eventuais danos causados a terceiros.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 154
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

B) É permitido o contrato com prazo de vigência indeterminado.


C) A Administração Pública responde subsidiariamente ao contratado pelos encargos
previdenciários resultantes da execução do contrato.
D) Em nenhuma hipótese é permitido o contrato verbal com a Administração.

Comentários:
a) Gabarito. Art. 70. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas,
previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.
b) a) Art. 57, § 3° É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.
c)Art. 71, §2°, Lei 8.666: A Administração Pública responde solidariamente com o
contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato.
d) É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas
compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5%
(cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea “a” desta Lei, feitas em
regime de adiantamento. (conforme parágrafo único)

Gustavo Augusto N. Porto


Os contratos administrativos são os instrumentos pelos quais a Administração
Gustavoanporto@gmail.com
firma compromissos com terceiros. A prorrogação dos contratos é admitida pelo
071.519.084-90
ordenamento jurídico brasileiro, mas somente em casos excepcionais previstos
em lei. Nessa ótica, a única alternativa que não indica uma hipótese que autoriza a
prorrogação dos contratos administrativos é:

A) Alteração do projeto, pela Administração.


B) Impedimento de realização por fato de terceiro.
C) Aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites da lei.
D) Omissão ou atraso de providências que estavam a cargo da Administração.
E) Atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento.

Comentários:
Única alternativa que não indica uma hipótese que autoriza a prorrogação dos contratos
administrativos é a E, tendo em vista que constitui motivo para rescisão contratual
conforme previsão do art. 78 da Lei 8.666/93

e) Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:


IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;
Todas as demais estão previstas no § 1º do art. 57
No que diz respeito à possibilidade de alteração unilateral de contratos pela

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 155
Administração, nos termos da Lei de Licitações (Lei Nº 8.666/93), marque a alternativa
correta:

A) Quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem


como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade
dos termos contratuais originários.
B) Quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição
de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a
antecipação do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a
correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou
serviço.
C) Quando conveniente a substituição da garantia de execução.
D) Quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor
adequação técnica aos seus objetivos.

Comentários:
Gab: D,, conforme previsão do art. 65, I, “b”
A) é forma de modificação por acordo das partes, conforme art. 65, II, “b”
B) é forma de modificação por acordo das
Gustavo partes, N.
Augusto conforme
Porto art. 65, II, “c”
c) é forma de modificação Gustavoanporto@gmail.com
por acordo das partes, conforme art. 65, II, “a”
071.519.084-90

Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas
justificativas, nos seguintes casos:

I - unilateralmente pela Administração:


a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação
técnica aos seus objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo
ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;

II - por acordo das partes:


a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem
como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos
termos contratuais originários;
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de
circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação
do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente
contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 156
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos


do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra,
serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro
inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém
de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado,
ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea
econômica extraordinária e extracontratual. (Redação dada pela Lei nº 8.883,
de 1994)

A vigência do contrato administrativo será:

A) o período de duração do contrato que pode ultrapassar o respectivo crédito


orçamentário.
B) o período de duração do contrato que não pode ultrapassar o respectivo crédito
orçamentário.
C) o período de duração do contrato que não pode ultrapassar o respectivo crédito
orçamentário, exceto em casos especiais previstos em lei específica.
D) o período que lei geral o especificar.
E) o tempo que o particularGustavo
tem para executar
AugustooN.
objeto contratado.
Porto
Gustavoanporto@gmail.com
Comentários: 071.519.084-90
Gab: C, conforme previsão do art. 57, que prevê sua duração relacionada ao crédito
orçamentário e prevê as exceções em que é admitido prazos diferentes.

O Município A está elaborando edital de licitação para contratar serviço de limpeza


predial. A respeito do prazo de duração desse contrato, é correto dizer que:

A)o prazo de duração do contrato está adstrito à vigência do respectivo crédito


orçamentário, sem possibilidade de prorrogação.
B)o contrato de prestação de serviços pode ser celebrado pelo prazo de 24 meses.
C)o contrato pode ser celebrado por prazo indeterminado, mantendo-se vigente
enquanto não houver melhor preço do que o da proposta vencedora da licitação.
D)o contrato poderá ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos
com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração,
limitada a 60 meses.
E)o contrato poderá ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos
com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosos para a administração,
limitada a 120 meses.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 157
Comentários:
Gab: D, Exceção à regra da vigência dos contratos adstrita aos créditos orçamentários,
conforme art. 57 e incisos.

Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos
respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:
(...)
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter
a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de
preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses;

A duração dos contratos regidos pela Lei n.º 8.666/1993 em relação ao aluguel de
equipamentos e à utilização de programas de informática pode-se estender pelo
prazo máximo de

A) 12 meses.
B)48 meses. Gustavo Augusto N. Porto
C) 60 meses. Gustavoanporto@gmail.com
D) 72 meses. 071.519.084-90
E) 120 meses.

Comentários:
Gab: B
O aluguel de equipamentos e utilização de programas de informática residem,
exatamente, nas exceções dos prazos contratuais, conforme art. 57 e incisos.

Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos
respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:
(...)
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo
a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da
vigência do contrato.

CONHEÇA TODOS OS CURSOS


PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 158
DIREITO ADMINISTRATIVO - LICITAÇÕES

Gustavo Augusto N. Porto


Gustavoanporto@gmail.com
071.519.084-90

CLIQUE
CONHEÇA TODOSAQUI PARA CONHECER O CURSO COMPLETO
OS CURSOS 65
PREPARATÓRIOS DO CONCURSEIRO ZER01 159

Você também pode gostar