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Sumário
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Eficácia das Normas Constitucionais
Questão 1: CEBRASPE (CESPE)
A Constituição Federal de 1988 prevê o uso do mandado de injunção como uma garantia constitucional
sempre que a falta de norma regulamentadora tornar inviável o exercício dos direitos e das liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Nesse sentido,
segundo o STF, o cabimento do mandado de injunção pressupõe a demonstração da existência de
omissão legislativa relativa ao gozo de liberdades ou direitos garantidos constitucionalmente pelas
normas constitucionais de eficácia
GABARITO: E
Quanto à eficácia, as normas foram classificadas por José Afonso da Silva como: plena, contida e limitada.
A plena, como o nome já indica, tem efeito direto, imediato e integral, e, bem por isso, não precisam de
regulamentação infraconstitucional. Já as de eficácia contida são aqueles que, embora sejam de
aplicação direta e imediata, nem sempre são integrais, isso porque podem ter o seu conteúdo restringido
pelo legislador. E, por fim, as limitadas, normas de eficácia diferida, porque precisam de regulamentação,
caso contrário, são apenas normas jurídicas desprovidas de eficácia social.
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania;
Logo, estamos diante das normas de eficácia limitada, conforme indicado no item E.
Questão 2: VUNESP
Em relação à aplicabilidade das normas constitucionais, assinale a alternativa correta.
b) A avaliação da extensão do programa das normas programáticas incumbe aos Poderes Legislativo e
Executivo.
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d) As normas constitucionais de eficácia absoluta são emendáveis.
e) As normas constitucionais de eficácia restringível não possuem aplicabilidade plena, pois sua eficácia
pode ser reduzida.
GABARITO: A
As normas programáticas são da espécie de eficácia limitada ou diferidas no tempo, aquelas que só
produzem seus plenos efeitos depois da exigida regulamentação. Elas asseguram determinado direito,
mas esse direito não poderá ser exercido enquanto não for regulamentado pelo legislador ordinário. Isso
não significa que não possa ser exigível!
Tanto assim é, que tais normas atraem a impetração de mandado de injunção, individual ou coletivo, para
instar o legislador a regulamentá-las!
Para o constitucionalista português Jorge Miranda, as normas programáticas "São de aplicação diferida,
e não de aplicação ou execução imediata; mas do que comandos-regras, explicitam comando-valores;
conferem elasticidade ao ordenamento constitucional; tem como destinatário primacial - embora não
único - o legislador, a cuja opção fica a ponderação do tempo e dos meios em que vêm a ser revestidas
de plena eficácia (e nisso consiste a discricionariedade). (MIRANDA, Jorge. Manual de direito
constitucional. 4. ed. Coimbra: Coimbra Editora, 1990. t. 1. p. 218)
Já para Alexandre de Moraes, essa avaliação incumbe ao Poder Legislativo:
Como visto, a banca adotou a posição de Alexandre de Moraes, que não menciona o Poder Executivo
como avaliador da extensão do programa das normas programáticas.
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As normas de eficácia limitada são dotadas de aplicabilidade mediata (só produzirão seus efeitos
essenciais posteriormente, depois da regulamentação por lei); indireta (não asseguram, diretamente, o
exercício do direito, dependendo de norma regulamentadora intermediária para tal); e reduzida. Segundo
Maria Helena Diniz, "há preceitos constitucionais que têm aplicação mediata, por dependerem de norma
posterior, ou seja, de lei complementar ou ordinária, que lhes desenvolva a eficácia, permitindo o exercício
do direito ou do benefício consagrado. Sua possibilidade de produzir efeitos é mediata, pois, enquanto
não for promulgada aquela lei complementar ou ordinária, não produzirão efeitos positivos, mas terão
eficácia paralisante de efeitos de normas precedentes incompatíveis e impeditiva de qualquer conduta
contrária ao que estabelecerem. Não recebem, portanto, do constituinte normatividade suficiente
para sua aplicação imediata, porque ele deixou ao Legislativo a tarefa de regulamentar a matéria, logo,
por esta razão, não poderão produzir todos os seus efeitos de imediato, porém têm aplicabilidade mediata,
já que incidirão totalmente sobre os interesses tutelados, após o regramento infraconstitucional. Por esse
motivo, preferimos denominá-las normas com eficácia relativa dependente de complementação
legislativa”. (DINIZ, Maria Helena. Norma constitucional e seus efeitos. 2ª. ed. São Paulo: Saraiva, 1992.
p. 102-103)
Não recebem, pois, normatividade suficiente para sua aplicação imediata. Entretanto, pelo fato de
serem normas de eficácia limitada não significa dizer que tais normas não possuam eficácia jurídica, para
a qual ostentam normatividade suficiente:
(1) possuem eficácia negativa, pois revogam o direito com elas conflitante, pela não recepção da
legislação anterior à nova Constituição em elas em confronto (eficácia paralisante)
(2) A eficácia negativa torna uma norma de eficácia limitada programática perfeitamente utilizável
como paradigma para declaração de inconstitucionalidade (eficácia impeditiva).
(4) Segundo a moderna interpretação do Supremo Tribunal Federal, possuem também caráter cogente
e vinculante: nesse sentido, são impositivas, ou seja, estabelecem um dever, um comando para o
legislador comum;
(5) sua concretização não pode ser afastada pelo mero argumento da Reserva do Possível, ou seja,
segundo o STF, o Poder Público não pode se eximir de assegurar o mínimo existencial à pessoa humana,
assegurada por norma programática, ao albergue da falta de recursos orçamentários para tanto. Segundo
o STF
"A fórmula da reserva do possível na perspectiva da teoria dos custos dos direitos: impossibilidade de sua
invocação para legitimar o injusto inadimplemento de deveres estatais de prestação constitucionalmente
impostos ao poder público. A teoria da "restrição das restrições" (ou da "limitação das limitações"). Caráter
cogente e vinculante das normas constitucionais, inclusive daquelas de conteúdo programático, que
veiculam diretrizes de políticas públicas, especialmente na área da saúde (CF, arts. 6º, 196 e 197)" (STA
223 AgR, rel. Min. Celso de Mello, julg. 14/4/2008)
d) As normas constitucionais de eficácia absoluta são emendáveis.
As normas de eficácia absoluta são as intangíveis, também denominadas de imutáveis, ou ainda, no dizer
de Maria Helena Diniz, supereficazes, por não admitirem modificação pelo Poder Constituinte Derivado
Reformador. Diferenciam-se das normas de eficácia plena pelo fato de que estas podem ser alteradas
por emenda constitucional. As de eficácia absoluta nem emenda admitem.
e) As normas constitucionais de eficácia restringível não possuem aplicabilidade plena, pois sua
eficácia pode ser reduzida.
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As normas de eficácia contida (nomenclatura de José Afonso da Silva), restringida, redutível ou
restringível (nomenclatura de Maria Helena Diniz) também estão aptas para a produção de seus plenos
efeitos com a simples promulgação da Constituição, mas podem ser restringidas ou contidas por
outras normas, com o fim de reduzir-lhes a eficácia. Promulgada a Constituição, aquele direito (nelas
previsto) é imediatamente exercitável, mas esse exercício poderá ser restringido no futuro.
Assim, são dotadas de aplicabilidade imediata (porque estão aptas para produzir efeitos imediatamente,
com a simples promulgação da Constituição); direta (porque não dependem de nenhuma norma
regulamentadora intermediária para a produção de efeitos); mas não integral (porque sujeitas à imposição
de restrições).
Em se tratando de norma constitucional contida, enquanto não sobrevier condição que reduza sua
aplicabilidade, considera-se plena sua eficácia.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
Já ouviram falar na classificação clássica de José Afonso da Silva? Então, é uma classificação ternária,
em que as normas constitucionais têm aplicabilidade plena, contida e limitada.
Vamos começar de trás para frente. A limitada é aquela que depende da interferência legislativa ordinária.
O que isso quer dizer? Quer dizer que, enquanto não sobrevier a norma infraconstitucional, a
constitucional não tem aplicabilidade direta, imediata e integral, ao revés disso, aplicabilidade diferida,
veja o exemplo do direito de greve dos servidores estatutários.
E a plena é a toda soberana norma constitucional. Foi pintada com todas as cores, dispensando a tarefa
do legislador infraconstitucional, que só faz surtir os efeitos da norma. Essa norma é de aplicabilidade
direta, imediata e sempre integral. Veja o exemplo do princípio da separação dos poderes.
Por fim, as de eficácia contida são as que têm aplicabilidade direta, imediata e, por vezes, nem sempre
integral. E por que nem sempre integral? É porque o legislador infraconstitucional pode restringir ou conter
a sua abrangência, traçando pormenores extras que restringem o alcance do colorido constitucional.
O exemplo que só cai em concurso é de a lei condicionar o ofício, trabalho e profissão (STF reconheceu
a constitucionalidade do Exame da ordem dos advogados do Brasil, por exemplo). Daí a correção do
quesito ao afirmar que, enquanto não houver a restrição, a norma produz eficácia máxima.
Acrescento que as de eficácia contida podem ter seu conteúdo restringido não só pela norma
infraconstitucional. Há possíveis restrições a direitos fundamentais diretamente do texto constitucional,
de duas maneiras. A primeira – e mais conhecida do público concurseiro, é a do Estado de Defesa e do
Estado de Sítio. São decretos pelo Presidente da República. Isso mesmo. É um decreto e não lei. E são
restringidos vários dos direitos e garantias fundamentais, exemplo do direito de reunião. Outra forma de
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restrição constitucional dá-se com o conceito jurídico ético de valor, exemplo do inc. XXV do art. 5º, em
que a requisição administrativa ocorre por perigo iminente.
VII – grandes fortunas, nos termos de lei complementar. Brasil. Constituição (1988). Constituição da
República Federativa do Brasil. Brasília – DF: Senado Federal, 1988.
GABARITO: E
As normas de eficácia contida são dotadas de aplicabilidade imediata (porque estão aptas para produzir
efeitos imediatamente, com a simples promulgação da Constituição); direta (porque não dependem de
nenhuma norma regulamentadora intermediária para a produção de efeitos); mas não integral (porque
sujeitas à imposição de restrições).
Art. 18. (...) § 1.º Brasília é a Capital Federal.
Norma de eficácia plena: nasce apta a produzir os seus plenos efeitos com a simples entrada em vigor
da Constituição. São também chamadas de normas autoexecutáveis (nomenclatura de Gilmar Ferreira
Mendes). As normas de eficácia plena são dotadas de aplicabilidade imediata (porque estão aptas para
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produzir efeitos imediatamente, com a simples promulgação da Constituição); direta (porque não
dependem de nenhuma norma regulamentadora para a produção de efeitos); e integral (porque já
produzem seus essenciais efeitos). São também denominadas normas autoaplicáveis.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: (...)
VII – grandes fortunas, nos termos de lei complementar. Brasil. Constituição (1988). Constituição da
República Federativa do Brasil. Brasília – DF: Senado Federal, 1988.
Normas de eficácia limitada: (nomenclatura de José Afonso da Silva) ou restringíveis dependentes de
regulamentação legislativa (nomenclatura de Maria Helena Diniz), ou diferidas no tempo, são aquelas
que só produzem seus plenos efeitos depois da exigida regulamentação. Elas asseguram determinado
direito, mas esse direito não poderá ser exercido enquanto não for regulamentado pelo legislador
ordinário. Isso não significa que não possa ser exigível! Tanto assim é, que tais normas atraem a
impetração de mandado de injunção, individual ou coletivo, para instar o legislador a regulamentá-las!
São, por isso, dotadas de aplicabilidade mediata (só produzirão seus efeitos essenciais posteriormente,
depois da regulamentação por lei); indireta (não asseguram, diretamente, o exercício do direito,
dependendo de norma regulamentadora intermediária para tal); e reduzida.
Demais incorretas:
O grau de eficácia de uma norma constitucional não pode ser aferido a partir da sua entrada em vigor,
sendo necessária, para tal aferição, a verificação da incidência da lei em um caso concreto.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
Já ouviram falar na classificação clássica de José Afonso da Silva? Então, é uma classificação ternária,
em que as normas constitucionais têm aplicabilidade plena, contida e limitada.
Vamos começar de trás para frente. A limitada é aquela depende da interferência legislativa ordinária. O
que isso quer dizer? Quer dizer que, enquanto não sobrevier a norma infraconstitucional, a constitucional
não tem aplicabilidade direta, imediata e integral, ao revés disso, aplicabilidade diferida, veja o exemplo
do direito de greve dos servidores estatutários.
Já as de eficácia contida são as que têm aplicabilidade direta, imediata e, por vezes, nem sempre integral.
E, Prof., por que nem sempre integral? É porque o legislador infraconstitucional pode restringir ou conter
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a sua abrangência, traçando pormenores extras que restringem o alcance do colorido constitucional. O
exemplo que só cai em concurso é de a lei condicionar o ofício, trabalho e profissão (STF reconheceu a
constitucionalidade do Exame da ordem dos advogados do Brasil, por exemplo).
E a plena é a toda soberana norma constitucional. Foi pintada com todas as cores, dispensando a tarefa
do legislador infraconstitucional, que só faz curtir os efeitos da norma. Essa norma é de aplicabilidade
direta, imediata e sempre integral. Veja o exemplo do princípio da separação dos poderes.
Portanto, ao afirmar que a norma constitucional depende de futura interveniência, equivoca-se a
sentença, em face da existência das normas de eficácia contida e plena.
Diferentemente das demais normas constitucionais de eficácia limitada, as normas programáticas não
possuem qualquer eficácia imediata.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
Coube ao autor José Afonso da Silva traçar os pormenores da classificação ternária. Apresenta-nos as
normas em de aplicabilidade plena, contida e limitada.
Dessas, a limitada é aquela depende da interferência legislativa ordinária. O que isso quer dizer? Quer
dizer que, enquanto não sobrevier a norma infraconstitucional, a constitucional não tem aplicabilidade
direta, imediata e integral, ao revés disso, aplicabilidade diferida, veja o exemplo do direito de greve dos
servidores estatutários.
As primeiras são as que conferem a nossa Constituição, inclusive, o seu status de constituição dirigente,
isso porque há uma série de direitos e garantias fundamentais que serão concretizados ao longo do
tempo. Veja o exemplo do art. 3º da CF, que traça os objetivos fundamentais. Você acha, sinceramente,
que são erradicamos a marginalização? Claro que não! É uma meta, é uma diretriz.
As de caráter institutivo, também nominadas de organizativas, tratam da estrutura dos órgãos e entidades.
Veja o exemplo da obrigação de serem criadas ouvidorias no âmbito da justiça federal. Confira (art. 103-
B):
§ 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará ouvidorias de justiça, competentes para
receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder
Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional de
Justiça.
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Diferentemente das demais normas constitucionais de eficácia limitada, as normas programáticas não
possuem qualquer eficácia imediata.
Ora, as normas programáticas são normas de eficácia limitada. Primeiro erro. Agora, há outro erro,
embutido na sentença. Gente, as normas de eficácia limitada não possuem eficácia social enquanto não
houver o agir do legislador, isso é certo. Porém, fica atento para o fato de ser uma norma jurídica, e,
enquanto tal, possui eficácia jurídica. Por exemplo, o art. 37 da CF exige lei específica para regular o
direito de greve dos servidores. Pode ser um Decreto? Não! Logo, a norma de eficácia limitada produz
um efeito sim, o efeito paralisante.
Questão 7: VUNESP
É exemplo de norma constitucional de eficácia contida, conforme a tradicional classificação do
constitucionalista Prof. José Afonso da Silva:
a) Art. 5º, XIII: “XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer.”
b) Art. 134. § 2º: “§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e
administrativa (...).”
c) Art. 14, caput: “Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos (...).”
d) Art. 18, § 2º: “§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado
ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.”
e) Art. 4º, Parágrafo Único: “A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política,
social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana
de nações.”
GABARITO: A
a) Art. 5º, XIII: “XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer.”
Assim, são dotadas de aplicabilidade imediata (porque estão aptas para produzir efeitos imediatamente,
com a simples promulgação da Constituição); direta (porque não dependem de nenhuma norma
regulamentadora intermediária para a produção de efeitos); mas não integral (porque sujeitas à
imposição de restrições).
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Tais normas de eficácia contida podem ainda ser restringidas por outras normas da própria
Constituição, como, por exemplo, o art. 139 da CF/88, que impõe restrições ao exercício de certos
direitos fundamentais, durante o período de estado de sítio. Podem também sê-lo por meio de conceitos
jurídicos indeterminados geralmente aceitos, a exemplo do art. 5º, XXV, da CF/88, no qual o “iminente
perigo público” autoriza a autoridade competente a impor uma restrição ao direito de propriedade,
requisitando administrativamente a propriedade particular.
Demais incorretas:
b) Art. 134. § 2º: “§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e
administrativa (...).”
Trata-se de norma de eficácia plena. As normas de eficácia plena nascem aptas para produzirem os seus
plenos efeitos com a simples entrada em vigor da Constituição. São também chamadas de
normas autoexecutáveis (nomenclatura de Gilmar Ferreira Mendes).
Assim, são dotadas de aplicabilidade imediata (porque estão aptas para produzir efeitos imediatamente,
com a simples promulgação da Constituição); direta (porque não dependem de nenhuma norma
regulamentadora para a produção de efeitos); e integral (porque já produzem seus essenciais efeitos).
São também denominadas normas autoaplicáveis.
Art. 134....
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a
iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias
e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.
c) Art. 14, caput: “Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com valor igual para todos (...).”
Também norma de eficácia plena, no trecho acima transcrito, e de eficácia limitada no trecho restante:
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
Isso porque as normas de eficácia limitada são aquelas que só produzem seus plenos efeitos depois da
exigida regulamentação. Elas asseguram determinado direito, mas esse direito não poderá ser exercido
enquanto não for regulamentado pelo legislador ordinário. Isso não significa que não possa ser exigível!
Tanto assim é, que tais normas atraem a impetração de mandado de injunção, individual ou coletivo, para
instar o legislador a regulamentá-las!
São, por isso, dotadas de aplicabilidade mediata (só produzirão seus efeitos essenciais posteriormente,
depois da regulamentação por lei); indireta (não asseguram, diretamente, o exercício do direito,
dependendo de norma regulamentadora intermediária para tal); e reduzida. A norma que rege o
plebiscito, o referendo e a iniciativa popular é a Lei 9.709/1998.
d) Art. 18, § 2º: “§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em
Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.”
e) Art. 4º, Parágrafo Único: “A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade
latino-americana de nações.”
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Norma de eficácia plena.
Questão 8: FGV
De acordo com o art. 5º, XXXII, da Constituição da República, “o Estado promoverá, na forma da lei, a
defesa do consumidor”. Considerando a aplicabilidade das normas constitucionais, a norma constitucional
que se extrai do referido preceito tem:
c) natureza programática;
d) eficácia contida;
e) eficácia plena.
GABARITO: C
De acordo com o art. 5º, XXXII, da Constituição da República, “o Estado promoverá, na forma da lei, a
defesa do consumidor”. Considerando a aplicabilidade das normas constitucionais, a norma constitucional
que se extrai do referido preceito tem:
c) natureza programática;
Trata-se de uma norma de eficácia limitada, do gênero programática. As normas de eficácia limitada são
aquelas que só produzem seus plenos efeitos depois da exigida regulamentação. Elas asseguram
determinado direito, mas esse direito não poderá ser exercido enquanto não for regulamentado pelo
legislador ordinário. Isso não significa que não possa ser exigível! Tanto assim é, que tais normas atraem
a impetração de mandado de injunção, individual ou coletivo, para instar o legislador a regulamentá-las!
São, por isso, dotadas de aplicabilidade mediata (só produzirão seus efeitos essenciais posteriormente,
depois da regulamentação por lei); indireta (não asseguram, diretamente, o exercício do direito,
dependendo de norma regulamentadora intermediária para tal); e reduzida.
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princípios, diretrizes e programas a serem cumpridos futuramente pelos órgãos estatais (legislativos,
executivos, jurisdicionais e administrativos), visando à realização dos fins sociais do Estado. E
estabelecem programas de atuação futura para o Poder Público. Dependem da atuação do legislador
ordinário e/ou do administrador público para sua concretização.
São principalmente aquelas normas de vertente sócio-econômica, como os diversos direitos sociais do
art. 6º (educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados), o art. 7º, XX (proteção
do mercado de trabalho da mulher) o art. 215 (Estado deve garantir o pleno exercício dos direitos culturais
e acesso às fontes da cultura nacional) o art. 211, § 1º (União deve garantir a equalização de
oportunidades educacionais), o art. 60, § 1º, do ADCT (garantia de padrão mínimo da qualidade do
ensino).
GABARITO: E
De acordo com o art. 128, § 5.º, da Constituição Federal de 1988 (CF), “Leis complementares da União e
dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a
organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público (...)”. Tal norma constitucional é de
eficácia:
Correto.
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As normas de eficácia limitada (nomenclatura de José Afonso da Silva) ou restringíveis dependentes
de regulamentação legislativa (nomenclatura de Maria Helena Diniz), ou diferidas no tempo, são
aquelas que só produzem seus plenos efeitos depois da exigida regulamentação. Elas asseguram
determinado direito, mas esse direito não poderá ser exercido enquanto não for regulamentado pelo
legislador ordinário. Isso não significa que não possa ser exigível! Tanto assim é, que tais normas atraem
a impetração de mandado de injunção, individual ou coletivo, para instar o legislador a regulamentá-las!
São, por isso, dotadas de aplicabilidade mediata (só produzirão seus efeitos essenciais posteriormente,
depois da regulamentação por lei); indireta (não asseguram, diretamente, o exercício do direito,
dependendo de norma regulamentadora intermediária para tal); e reduzida. As normas de eficácia
limitada podem ainda ser divididas em dois grupos:
As normas de eficácia limitada definidoras de princípio institutivo ou organizativo são aquelas em que
a Constituição estabelece regras para a criação, estruturação e organização de órgãos, entidades ou
institutos, mediante lei (por exemplo, “a lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos
Territórios” (CF, art. 33) ou "Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos
respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada
Ministério Público (...)" (CF, art. 128, §5º).
A norma em questão é de eficácia limitada. As normas de eficácia contida (nomenclatura de José Afonso
da Silva), restringida, redutível ou restringível (nomenclatura de Maria Helena Diniz) também estão
aptas para a produção de seus plenos efeitos com a simples promulgação da Constituição, mas podem
ser restringidas ou contidas por outras normas, com o fim de reduzir-lhes a eficácia. Promulgada a
Constituição, aquele direito (nelas previsto) é imediatamente exercitável, mas esse exercício poderá ser
restringido no futuro.
Assim, são dotadas de aplicabilidade imediata (porque estão aptas para produzir efeitos imediatamente,
com a simples promulgação da Constituição); direta (porque não dependem de nenhuma norma
regulamentadora intermediária para a produção de efeitos); mas não integral (porque sujeitas à
imposição de restrições).
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d) contida e aplicabilidade imediata.
a) plena as que não dependem de atos normativos da legislação infraconstitucional, entretanto podem
ser por eles restringidas.
b) contida aquelas que, enquanto não restringidas, são iguais às normas constitucionais de eficácia
plena, porém não produzem os mesmos efeitos.
c) limitada as que possuem aplicabilidade imediata e indireta, porque podem, ou não, necessitar da
interposição do legislador através de uma norma infraconstitucional.
d) limitada aquelas que não dependem de lei posterior para dar corpo a institutos jurídicos e aos órgãos
ou entidades do Estado previstos na Constituição.
e) contida aquelas dotadas de aplicabilidade direta, imediata, mas não integral porque o podem ser
restringidas através de normas infraconstitucionais.
GABARITO: E
e) contida aquelas dotadas de aplicabilidade direta, imediata, mas não integral porque o podem
ser restringidas através de normas infraconstitucionais.
Assim, são dotadas de aplicabilidade imediata (porque estão aptas para produzir efeitos imediatamente,
com a simples promulgação da Constituição); direta (porque não dependem de nenhuma norma
regulamentadora intermediária para a produção de efeitos); mas não integral (porque sujeitas à imposição
de restrições).
Tais normas de eficácia contida podem ainda ser restringidas por outras normas da própria Constituição,
como, por exemplo, o art. 139 da CF/88, que impõe restrições ao exercício de certos direitos
fundamentais, durante o período de estado de sítio. Podem também sê-lo por meio de conceitos jurídicos
indeterminados geralmente aceitos, a exemplo do art. 5º, XXV, da CF/88, no qual o “iminente perigo
público” autoriza a autoridade competente a impor uma restrição ao direito de propriedade, requisitando
administrativamente a propriedade particular.
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As normas de eficácia plena são aquelas que nascem aptas para produzirem os seus plenos efeitos com
a simples entrada em vigor da Constituição. São também chamadas de normas autoexecutáveis
(nomenclatura de Gilmar Ferreira Mendes). Assim, são dotadas de aplicabilidade imediata (porque estão
aptas para produzir efeitos imediatamente, com a simples promulgação da Constituição); direta (porque
não dependem de nenhuma norma regulamentadora para a produção de efeitos); e integral (porque já
produzem seus essenciais efeitos). São também denominadas normas autoaplicáveis.
b) contida aquelas que, enquanto não restringidas, são iguais às normas constitucionais de
eficácia plena, porém não produzem os mesmos efeitos.
c) limitada as que possuem aplicabilidade imediata e indireta, porque podem, ou não, necessitar
da interposição do legislador através de uma norma infraconstitucional.
Enquanto não expedida a regulamentação, o exercício do direito permanece impedido. São, por isso,
dotadas de aplicabilidade mediata (só produzirão seus efeitos essenciais posteriormente, depois da
regulamentação por lei); indireta (não asseguram, diretamente, o exercício do direito, dependendo de
norma regulamentadora intermediária para tal); e reduzida.
d) limitada aquelas que não dependem de lei posterior para dar corpo a institutos jurídicos e aos
órgãos ou entidades do Estado previstos na Constituição.
a) As normas de eficácia limitada não necessitam de uma normatividade ulterior para desenvolver a sua
aplicabilidade plena.
b) As normas de eficácia contida necessitam de uma normatividade ulterior para desenvolver a sua
aplicabilidade.
c) As normas de eficácia contida regulam suficientemente determinada matéria, havendo apenas uma
margem para a atuação restritiva por meio de legislação infraconstitucional.
e) As normas de eficácia contida, embora dependam de legislação suplementar para ter eficácia plena,
não admitem margem para a atuação restritiva por meio de legislação infraconstitucional.
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GABARITO: C
Considerando a doutrina clássica do direito constitucional, assinale a opção correta a respeito das normas
constitucionais de eficácia contida e as normas constitucionais de eficácia limitada.
As normas de eficácia contida, restringida, redutível ou restringível estão aptas para a produção de
seus plenos efeitos com a simples promulgação da Constituição, mas podem ser restringidas ou contidas
por outras normas, com o fim de reduzir-lhes a eficácia. Promulgada a Constituição, aquele direito (nelas
previsto) é imediatamente exercitável, mas esse exercício poderá ser restringido no futuro.
Assim, são dotadas de aplicabilidade imediata (porque estão aptas para produzir efeitos imediatamente,
com a simples promulgação da Constituição); direta (porque não dependem de nenhuma norma
regulamentadora intermediária para a produção de efeitos); mas não integral (porque sujeitas à imposição
de restrições).
a) As normas de eficácia limitada não necessitam de uma normatividade ulterior para desenvolver
a sua aplicabilidade plena.
Não necessitam de normatividade ulterior para desenvolver sua aplicabilidade mas podem tê-la reduzida.
e) As normas de eficácia contida, embora dependam de legislação suplementar para ter eficácia
plena, não admitem margem para a atuação restritiva por meio de legislação infraconstitucional.
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b) De acordo com o STF, as normas de direitos fundamentais que instituem procedimentos têm eficácia
mediata.
d) A eficácia mediata desobriga o juiz de observar o efeito irradiante dos direitos fundamentais no caso
concreto.
GABARITO: E
A respeito da eficácia mediata dos direitos fundamentais, assinale a opção correta segundo a doutrina e
a jurisprudência do STF:
Correto. Perceba que o item refere-se à eficácia mediata. Segundo Paulo Roberto Lyrio Pimenta, as
normas programáticas em sentido estrito "mencionam uma legislação futura para a atuação positiva do
programa que veiculam, ou seja, preveem um programa, exigindo que o legislador o implemente por
meio de lei. Como exemplo dessa modalidade, podem-se citar as normas veiculadas pelos arts. 186, 174,
§1º , e 173, §4º , da Constituição Federal" (PIMENTA, Paulo Roberto Lyra., As Normas Constitucionais
Programáticas e a Reserva do Possível, Senado Federal: Revista de Informação Legislativa, n. 193,
jan/mar 2012, p. 10)
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Depende principalmente, da atuação do legislador.
b) De acordo com o STF, as normas de direitos fundamentais que instituem procedimentos têm
eficácia mediata.
A eficácia mediata ou imediata dos direitos fundamentais está ligada ao caráter programático ou de
eficácia limitada da norma constitucional, e não necessariamente está vinculada a procedimentos. Por
exemplo, a norma que estabelece o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório (art. 5º, LIV
e LV, CF/1988) possui eficácia plena, e aplicabilidade imediata.
A chamada eficácia horizontal dos direitos fundamentais diz respeito à incidência desses direitos nas
relações entre particulares, pessoas físicas e jurídicas. Desse modo, as pessoas físicas e jurídicas
privadas devem igualmente observar e respeitar entre si o direito à honra, à vida, à imagem, à integridade,
à intimidade, à inviolabilidade de comunicações, à inviolabilidade de domicílio e diversos outros, podendo
tais direitos, caso violados, serem exigidos judicialmente.
A eficácia horizontal é classificada pela doutrina também como eficácia privada, externa, reflexa,
particular ou civil dos direitos fundamentais. Esses direitos devem ser observados por todos os atores
sociais. Isso decorre inclusive da chamada eficácia irradiante dos direitos fundamentais segundo a qual
os direitos e garantias constitucionais devem conformar a atuação de todos os Poderes de Estado, mas
também as relações entre particulares (JÚNIOR, José Eliaci Nogueira Diógenes. Da Eficácia dos Direitos
Fundamentais Aplicada às Redações Privadas. Universo Jurídico, Juiz de Fora, 2012).
A jurisprudência do STF vem consagrando a eficácia imediata dos direitos fundamentais nas relações
privadas em diversos julgados, como a proibição da revista íntima de mulheres em fábricas de lingerie
(RE 160.222-8); a vedação da exclusão de associado de cooperativa sem o exercício do direito de
defesa (RE 158.215-4); a discriminação de empregado brasileiro em relação ao francês na empresa
aérea "Air France", mesmo realizando atividades análogas ou idênticas (RE 161.243-6).
d) A eficácia mediata desobriga o juiz de observar o efeito irradiante dos direitos fundamentais no
caso concreto.
Errado. Dentro da dimensão objetiva dos direitos fundamentais, a chamada eficácia Irradiante
conforma a atuação dos Poderes do Estado, atribuindo-lhes eficácia dirigente, tanto para o Poder
Legislativo na elaboração de suas leis quanto para a Administração Pública, para que implemente
políticas que promovam e salvaguardem os direitos fundamentais, além do próprio Poder Judiciário,
que ao dirimir as querelas entre particulares ou entre um particular e o Estado, deve ter em vista a
proteção dos direitos fundamentais, podendo mesmo judicializar a positivação de alguns direitos sociais,
ditos "mediatos", como por exemplo, a determinação do STF de que é dever do Estado a garantia de
educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade (art. 208, IV, CF).
Considerando a aplicabilidade das normas constitucionais, é correto afirmar que desse preceito se extrai
uma norma de eficácia
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b) contida e aplicabilidade imediata.
GABARITO: C
O art.121, caput, da Constituição Federal é norma de eficácia limitada pois totalidade dos efeitos
pretendidos só serão concretizados após a edição de lei ou ato normativo pelo legislador
ordinário (infraconstitucional), de maneira que '' após normatividade ulterior que lhes desenvolva a
eficácia'' trará a plenitude dos efeitos previstos no bojo da norma. (NOVELINO, Marcelo. Curso de Direito
Constitucional. 2016. p.108).
E é de princípio institutivo tendo em vista que possui caráter genuinamente organizatório, cabendo à lei
complementar estruturar a organização e competência dos órgãos da Justiça Eleitoral, conforme se
depreende da leitura da norma abaixo transcrita:
''Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de
direito e das juntas eleitorais''.
a) contidas.
b) plenamente eficazes.
c) absolutas.
d) programáticas.
e) intangíveis.
GABARITO: D
As normas que preveem políticas públicas são as chamadas normas PROGRAMÁTICAS, que servem
como um norte para a atuação estatal, ou seja, estabelecem, de certa forma, o PROGRAMA de
governo a ser seguido pela Administração Pública. São normas que estabelecem as políticas públicas
a serem executadas para atender ao bem comum.
Como exemplo de norma programática temos o artigo 196 da CF, que trata da saúde pública:
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas
que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações
e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
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Questão 15: CEBRASPE (CESPE)
Os itens a seguir apresentam proposições normativas a respeito da eficácia das normas constitucionais.
II É direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social, o piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.
III Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da
responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes.
São normas de eficácia limitada apenas as proposições normativas apresentadas nos itens
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
GABARITO: A
Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
(...
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
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Questão 16: VUNESP
O artigo 205 da Constituição Federal possui a seguinte redação:
“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício
da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
A partir da classificação das normas constitucionais, é correto afirmar que referida norma pode ser
classificada como de
a) eficácia contida.
b) eficácia restrita.
c) aplicabilidade plena.
GABARITO: D
“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício
da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. A partir da classificação das normas constitucionais, é
correto afirmar que referida norma pode ser classificada como de
As normas de princípio programático requerem dos Poderes Públicos uma atuação positiva para
consecução do programa estabelecido pelo constituinte originário ou derivado. Não são normas voltadas
para a organização do Estado em si, e nem para o indivíduo, para para a ação estatal, para a execução
de programas de ação. Entretanto, pelo fato de serem normas de eficácia limitada não quer dizer que não
possuam qualquer eficácia jurídica.
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Essas normas são dotadas da chamada eficácia negativa, ou seja:
(i) revogam o direito com elas conflitante, pela não recepção da legislação anterior à nova Constituição
em elas em confronto (eficácia paralisante);
(ii) limitam a ação do legislador positivo, na medida em que impedem a produção de normas contrárias
aos programas definidos na Constituição Federal, tornando-se perfeitamente utilizável como paradigma
para declaração de inconstitucionalidade (eficácia impeditiva).
"A fórmula da reserva do possível na perspectiva da teoria dos custos dos direitos: impossibilidade de sua
invocação para legitimar o injusto inadimplemento de deveres estatais de prestação constitucionalmente
impostos ao poder público. A teoria da "restrição das restrições" (ou da "limitação das limitações"). Caráter
cogente e vinculante das normas constitucionais, inclusive daquelas de conteúdo programático, que
veiculam diretrizes de políticas públicas, especialmente na área da saúde (CF, arts. 6º, 196 e 197)" (STA
223 AgR, rel. Min. Celso de Mello, julg. 14/4/2008)
A esse respeito, decidiu o STF ainda que o direito à educação gratuita e obrigatória fundamental é direito
subjetivo público do cidadão:
"Como se pode perceber, tanto as normas relativas ao direito à educação (arts. 205 a 214) , como
o artigo referente aos direitos das crianças e dos adolescentes (art. 227) possuem comandos normativos
voltados para o Estado, conforme destacado acima, consubstanciando o direito ao ensino fundamental
obrigatório como direito público subjetivo (art. 208, § 1º), importando seu não-oferecimento ou sua
oferta irregular em responsabilidade da autoridade competente (art. 208, § 2º)". (SL 263, Relator Min.
Presidente Gilmar Mendes, julgado em 14/10/2008).
Demais incorretas, por conseguinte:
a) eficácia contida.
b) eficácia restrita.
c) aplicabilidade plena.
e) eficácia limitada de princípio institutivo.
c) as normas de eficácia limitada podem ser divididas em dois grupos distintos: normas de princípio
institutivo e normas de princípio organizativo.
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d) havendo expressões como “salvo disposição em lei”, a norma será de eficácia limitada.
e) existindo expressões como “a lei disporá”, essa norma será de eficácia contida.
GABARITO: A
São, por isso, dotadas de aplicabilidade mediata (só produzirão seus efeitos essenciais posteriormente,
depois da regulamentação por lei); indireta (não asseguram, diretamente, o exercício do direito,
dependendo de norma regulamentadora intermediária para tal); e reduzida, pois sua plena e ampliada
eficácia só se realizará com a edição do ato normativo exigido.
Assim, são dotadas de aplicabilidade imediata (porque estão aptas para produzir efeitos imediatamente,
com a simples promulgação da Constituição); direta (porque não dependem de nenhuma norma
regulamentadora intermediária para a produção de efeitos); mas não integral (porque sujeitas à
imposição de restrições).
c) as normas de eficácia limitada podem ser divididas em dois grupos distintos: normas de
princípio institutivo e normas de princípio organizativo.
Errado. As normas de eficácia limitada podem ainda ser divididas em dois grupos:
I) de princípio institutivo ou organizativo: são aquelas em que a Constituição estabelece regras para
a criação, estruturação e organização de órgãos, entidades ou institutos, mediante lei (por exemplo, “a lei
disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios” (CF, art. 33).
II) de princípio programático: são aquelas que explicitam comandos-valores, em que a Constituição
estabelece princípios, diretrizes e programas a serem cumpridos futuramente pelos órgãos estatais
(legislativos, executivos, jurisdicionais e administrativos), visando à realização dos fins sociais do Estado.
E estabelecem programas de atuação futura para o Poder Público. Dependem da atuação do legislador
ordinário e/ou do administrador público para sua concretização.
d) havendo expressões como “salvo disposição em lei”, a norma será de eficácia limitada.
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Nesse caso, caracteriza-se a possibilidade de restrição legal, sendo a norma de eficácia contida ou
restringível.
e) existindo expressões como “a lei disporá”, essa norma será de eficácia contida.
Nesse caso, a norma será de eficácia limitada, pois a Constituição está exigindo a edição de norma para
dispor sobre o tema.
b) consiste em defesa subsidiária do Poder Público contra ações movidas por descumprimento de direitos
fundamentais previstos na Constituição que demandem, para sua plena eficácia, prestações positivas por
parte do Estado, quando o seu descumprimento se dê por motivo de demonstrada e justificada escassez
de recursos.
c) encontra expressa previsão na lei de responsabilidade fiscal, na medida em que esta prevê a
impossibilidade absoluta de realização de gastos acima da previsão de ingresso de recursos no próprio
exercício fiscal.
d) pode ser invocada sempre que houver comprometimento grave do núcleo básico que qualifica o
mínimo existencial, de modo a justificar o inadimplemento de deveres estatais de prestação
constitucionalmente impostos ao poder público.
GABARITO: B
Sobre a chamada doutrina da “reserva do possível”, é correto afirmar, com base na legislação nacional,
que
b) consiste em defesa subsidiária do Poder Público contra ações movidas por descumprimento
de direitos fundamentais previstos na Constituição que demandem, para sua plena eficácia,
prestações positivas por parte do Estado, quando o seu descumprimento se dê por motivo de
demonstrada e justificada escassez de recursos.
"É certo que não se inclui, ordinariamente, no âmbito das funções institucionais do Poder Judiciário - e
nas desta Suprema Corte, em especial - a atribuição de formular e de implementar políticas públicas
(...). Tal incumbência, no entanto, embora em bases excepcionais, poderá atribuir-se ao Poder Judiciário,
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se e quando os órgãos estatais competentes, por descumprirem os encargos político-jurídicos que sobre
eles incidem, vierem a comprometer, com tal comportamento, a eficácia e a integridade de direitos
individuais e/ou coletivos (...) Não deixo de conferir, no entanto, assentadas tais premissas, significativo
relevo ao tema pertinente à “reserva do possível” (STEPHEN HOLMES/CASS R. SUNSTEIN, “The Cost
of Rights”, 1999, Norton, New York), notadamente em sede de efetivação e implementação (sempre
onerosas) dos direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais), cujo adimplemento,
pelo Poder Público, impõe e exige, deste, prestações estatais positivas concretizadoras de tais
prerrogativas individuais e/ou coletivas. É que a realização dos direitos econômicos, sociais e culturais –
além de caracterizar-se pela gradualidade de seu processo de concretização – depende, em grande
medida, de um inescapável vínculo financeiro subordinado às possibilidades orçamentárias do Estado,
de tal modo que, comprovada, objetivamente, incapacidade econômico-financeira da pessoa estatal,
desta não se poderá razoavelmente exigir, considerada a limitação material referida (...)" (ADPF 45, rel.
Min Celso de Mello, j. 29/4/2004)
Entretanto, conforme os mesmos autores citados pelo Ministro, Holmes e Sustein, os direitos civis e
políticos também importam em custos, e altos. Cite-se os custos com o Poder Judiciário, o Poder
Legislativo, as agências de controle e segurança pública etc. Atualmente, o STF tem relativizado a reserva
do possível, em vista da necessidade de se prover o mínimo existencial, no que se refere ao direito à
saúde e educação:
"(...) d) havendo disponível no mercado, deve ser dada preferência aos medicamentos genéricos, porque
comprovada sua bioequivalência, resultados práticos idênticos e custo reduzido. (...) Nesse contexto,
cabe ao Poder Judiciário viabilizar a promoção do mínimo existencial, em face do qual não se admite
qualquer alegação de irresponsabilidade por impossibilidade (reserva do possível)". (AREsp 605.392 PR
2014/0285112-0, relator Min. Herman Benjamin, julg. em 3/11/2014)
Demais incorretas:
c) encontra expressa previsão na lei de responsabilidade fiscal, na medida em que esta prevê a
impossibilidade absoluta de realização de gastos acima da previsão de ingresso de recursos no
próprio exercício fiscal.
d) pode ser invocada sempre que houver comprometimento grave do núcleo básico que qualifica
o mínimo existencial, de modo a justificar o inadimplemento de deveres estatais de prestação
constitucionalmente impostos ao poder público.
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Questão 19: VUNESP
A doutrina define normas programáticas como aquelas que
b) permanecem aplicáveis enquanto não editada qualquer norma que restrinja a sua eficácia.
e) instituem a possibilidade de que órgãos ou instituições sejam criados por outra lei.
GABARITO: D
Normas de eficácia plena: São aquelas que produzem a plenitude dos seus efeitos, independentemente
de complementação por norma infraconstitucional;
Normas de eficácia contida: São aquelas que produzem a plenitude dos seus efeitos, mas pode ter o seu
alcance restringido;
Normas de eficácia limitada: São aquelas que não produzem a plenitude de seus efeitos, dependendo da
integração da lei (lei integradora). Essas são divididas em de caráter institutivo e programáticas.
As normas programáticas são aquelas que traçam programas que direcionam as atividades dos órgãos
estatais (legislativos, executivos, jurisdicionais e administrativos), visando à realização dos fins sociais do
Estado.
Claro que nem sempre o Estado consegue operacionalizá-las. Há uma reserva do possível. Nem sempre
haverá dinheiro suficiente, mas isso só no caso concreto poderemos concluir se a política constitucional
deve ou não ser implementada. Lembrando que o STF considerar existir um mínimo existencial.
a) dependem de lei posterior, mas produzem efeitos desde a entrada em vigor da Constituição.
d) não dependem de lei posterior, mas podem ser limitadas pela edição de regulamentos.
e) tratam de imunidades, não designam órgãos ou autoridades especiais para execução da norma e não
indicam processos especiais para sua execução.
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GABARITO: C
Correto. Gilmar Ferreira Mendes, resgatando a Teoria Clássica, propõe uma classificação entre
normas auto-executáveis e normas não auto-aplicáveis. Nessa linha, as normas auto-
executáveis seriam as disposições constitucionais bastantes em si, completas e suficientemente
precisas na sua hipótese de incidência e na sua disposição, aquelas que ministram os meios pelos quais
se possa exercer ou proteger o direito que conferem, ou cumprir o dever e desempenhar o encargo que
elas impõem; as normas não auto-aplicáveis, ao contrário, são as disposições constitucionais
incompletas ou insuficientes, para cuja execução se faz indispensável a mediação do legislador editando
normas infraconstitucionais regulamentadoras.
a) dependem de lei posterior, mas produzem efeitos desde a entrada em vigor da Constituição.
Afirmativa que não está incorreta pois, apesar de dependerem de lei posterior para assegurarem sua
plena eficácia, as normas não-autoaplicáveis, assim como as normas de eficácia limitada,
possuem eficácia "reduzida" ou “negativa”.
É que elas não produzem seus plenos efeitos ainda (já que dependem da regulamentação), mas já
servem de parâmetro para a realização do controle de constitucionalidade das leis da seguinte
maneira: (i) revogando a legislação pretérita em sentido contrário; e (ii) permitindo a declaração da
inconstitucionalidade da legislação posterior em sentido contrário; (iii) impedindo a produção legislativa
que vá de encontro às referidas normas constitucionais; (iv) suscitando a propositura de Ação de
Inconstitucionalidade por Omissão ou mandado de injunção.
São normas em relações às quais se faz indispensável a mediação do legislador editando normas
infraconstitucionais regulamentadoras
d) não dependem de lei posterior, mas podem ser limitadas pela edição de regulamentos.
e) tratam de imunidades, não designam órgãos ou autoridades especiais para execução da norma
e não indicam processos especiais para sua execução.
a) eficácia limitada.
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b) eficácia plena.
d) eficácia contida.
e) eficácia absoluta.
GABARITO: D
Vamos falar um pouquinho das normas de eficácia contida, chamadas também de conteúdo restringível.
Para Pedro Lenza, as normas constitucionais de eficácia contida ou prospectiva têm aplicabilidade direta
e imediata, mas possivelmente não integral. Embora tenham condições de, quando da promulgação
da nova Constituição, ou da entrada em vigor (ou diante da introdução de novos preceitos por emendas
à Constituição, ou na hipótese do art. 5.º, § 3.º), produzir todos os seus efeitos, poderá haver a redução
de sua abrangência.
Para o autor, ao contrário do que ocorre com as normas constitucionais de eficácia limitada, no tocante
às normas constitucionais de eficácia contida percebemos verdadeira limitação (restrição) à eficácia e à
aplicabilidade. A restrição de referidas normas constitucionais pode-se concretizar não só através de lei
infraconstitucional, mas, também, em outras situações, pela incidência de normas da própria Constituição,
desde que ocorram certos pressupostos de fato, por exemplo, a decretação do estado de defesa ou de
sítio, limitando diversos direitos (arts. 136, § 1.º, e 139 da CF/88).
Além da restrição da eficácia das referidas normas de eficácia contida tanto por lei como por outras
normas constitucionais, conforme referido acima, a restrição poderá implementar-se, em outras situações,
por motivo de ordem pública, bons costumes e paz social, conceitos vagos cuja redução se efetiva pela
Administração Pública. Enquanto não materializado o fator de restrição, a norma tem eficácia plena.
Como exemplo citamos o art. 5.º, XIII, da CF/88, que assegura ser livre o exercício de qualquer trabalho,
ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Exatamente o exemplo
solicitado na questão em análise.
I “Art. 5.º (...) XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer;”
II “Art. 5.º (...) LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder
for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;”
III “Art. 14 (...) § 9.º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato
considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência
do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou
indireta.”
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Com relação à eficácia dessas normas constitucionais, assinale a opção correta.
GABARITO: A
I “Art. 5.º (...) XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer;”
Trata-se de norma de eficácia contida. As normas de eficácia contida (nomenclatura de José Afonso da
Silva), restringida, redutível ou restringível (nomenclatura de Maria Helena Diniz) também estão aptas
para a produção de seus plenos efeitos com a simples promulgação da Constituição, mas podem
ser restringidas ou contidas por outras normas, com o fim de reduzir-lhes a eficácia. Promulgada a
Constituição, aquele direito (nelas previsto) é imediatamente exercitável, mas esse exercício poderá ser
restringido no futuro. Assim, são dotadas de aplicabilidade imediata (porque estão aptas para produzir
efeitos imediatamente, com a simples promulgação da Constituição); direta (porque não dependem de
nenhuma norma regulamentadora intermediária para a produção de efeitos); mas não integral (porque
sujeitas à imposição de restrições).
Exemplo por excelência de norma constitucional de eficácia contida está no art. 5º, XIII, da CF/88, que
prevê as restrições ao exercício de trabalho, ofício ou profissão, que poderão ser impostas pela lei que
estabelecer as qualificações profissionais.
II “Art. 5.º (...) LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo,
não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
Poder Público;”
Trata-se de norma de eficácia plena, que não depende de intermediação legislativa para seu exercício,
muito embora a Lei 12.016/2009 estabelece os critérios e normas para impetração do mandado de
segurança. As normas de eficácia plena (nomenclatura de José Afonso da Silva) são aquelas que
nascem aptas para produzirem os seus plenos efeitos com a simples entrada em vigor da Constituição.
São também chamadas de normas autoexecutáveis (nomenclatura de Gilmar Ferreira Mendes). Assim,
são dotadas de aplicabilidade imediata (porque estão aptas para produzir efeitos imediatamente, com a
simples promulgação da Constituição); direta (porque não dependem de nenhuma norma
regulamentadora para a produção de efeitos); e integral (porque já produzem seus essenciais efeitos).
São também denominadas normas autoaplicáveis.
III “Art. 14 (...) § 9.º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de
sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições
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contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta.”
Trata-se de norma de eficácia limitada. As normas de eficácia limitada (nomenclatura de José Afonso
da Silva) ou restringíveis dependentes de regulamentação legislativa (nomenclatura de Maria Helena
Diniz), ou diferidas no tempo, são aquelas que só produzem seus plenos efeitos depois da exigida
regulamentação. Elas asseguram determinado direito, mas esse direito não poderá ser exercido enquanto
não for regulamentado pelo legislador ordinário. Isso não significa que não possa ser exigível! Tanto assim
é, que tais normas atraem a impetração de mandado de injunção, individual ou coletivo, para instar o
legislador a regulamentá-las! Enquanto não expedida a regulamentação, o exercício do direito permanece
impedido.
São, por isso, dotadas de aplicabilidade mediata (só produzirão seus efeitos essenciais posteriormente,
depois da regulamentação por lei); indireta (não asseguram, diretamente, o exercício do direito,
dependendo de norma regulamentadora intermediária para tal); e reduzida. O fato de ter aplicabilidade
reduzida não significa que a norma não tenha eficácia!
É que elas não produzem seus plenos efeitos ainda (já que dependem da regulamentação), mas já
servem de parâmetro para a realização do controle de constitucionalidade das leis da seguinte
maneira: (i) revogando a legislação pretérita em sentido contrário; e (ii) permitindo a declaração da
inconstitucionalidade da legislação posterior em sentido contrário; (iii) impedindo a produção legislativa
que vá de encontro às referidas normas constitucionais; (iv) suscitando a propositura de Ação de
Inconstitucionalidade por Omissão ou mandado de injunção.
Além disso, essas normas também servem de parâmetro para o exercício da interpretação
constitucional. Ou seja, se na sua prova aparecer questão afirmando que até a regulamentação, as
normas de eficácia limitada são desprovidas de eficácia, não tenha dúvida: está errada.
GABARITO: A
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De acordo com o Art. 5º, LVIII, da Constituição da República de 1988, “o civilmente identificado não será
submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei”. Considerando os aspectos
afetos à supremacia e à aplicabilidade das normas constitucionais, a partir da interpretação do referido
preceito obtém-se uma norma constitucional de eficácia:
Correto. As normas de eficácia contida estão aptas para a produção de seus plenos efeitos com a simples
promulgação da Constituição, mas podem ser restringidas ou contidas por outras normas. Promulgada
a Constituição, aquele direito (nelas previsto) é imediatamente exercitável, mas esse exercício poderá ser
restringido no futuro.
Assim, são dotadas de aplicabilidade imediata (porque estão aptas para produzir efeitos imediatamente,
com a simples promulgação da Constituição); direta (porque não dependem de nenhuma norma
regulamentadora intermediária para a produção de efeitos); mas não integral (porque sujeitas à
imposição de restrições). É o caso da norma contida no art. 5º, inciso LVIII, da Constituição:
Art. 5º.........
..........
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas
em lei;
Considerando a aplicabilidade das normas constitucionais, é correto afirmar que a explicação do referido
professor indica que os referidos direitos estão previstos em normas de eficácia
GABARITO: A
A explicação dada pelo professor diz respeito às normas de eficácia limitada e de princípio programático.
Isso porque, as normas constitucionais de eficácia limitada são caracterizadas, em síntese, por
manifestar a totalidade dos seus efeitos pretendidos após a edição de lei ou ato normativo pelo legislador
ordinário (infraconstitucional), de maneira que '' após normatividade ulterior que lhes desenvolva a
eficácia'' trará a plenitude dos efeitos previstos no bojo da norma. (NOVELINO, Marcelo. Curso de Direito
Constitucional.2016. p.108). Possuem, geralmente, aplicabilidade indireta, reduzida e mediata, pois
dependem de lei intermediadora para surtir efeitos no plano concreto.
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E terão características de normas programáticas pois apenas indicam as suas finalidades e objetivos,
cabendo ao legislador infraconstitucional alcançá-los por meio de uma atuação positiva, editando leis e
atos normativos para tanto.
Segundo José Afonso da Silva (Curso de Direito Constitucional Positivo.36 ed.Malheiros), as normas
programáticas '' são normas que envolvem um conteúdo social e objetivam a interferência do Estado na
ordem econômico-social, mediante prestações positivas, a fim de propiciar a realização do bem comum,
através da democracia social''.
A disposição constitucional que determina que lei complementar regulamente a criação de território ou a
sua transformação em estado membro é exemplo de norma de eficácia contida.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
Trata-se de norma de eficácia limitada, vez que a criação de território ou sua transformação em estado
membro só poderá ocorrer quando editada a lei complementar a que se refere o art. 18, § 2º, da
Constituição Federal:
Art. 18.......
........
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração
ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
As normas de eficácia limitada são aquelas que só produzem seus plenos efeitos depois da exigida
regulamentação. Elas asseguram determinado direito, mas esse direito não poderá ser exercido enquanto
não for regulamentado pelo legislador ordinário. Isso não significa que não possa ser exigível! Tanto
assim é, que tais normas atraem a impetração de mandado de injunção, individual ou coletivo, para instar
o legislador a regulamentá-las!
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Considerando-se a classificação das normas constitucionais quanto a sua eficácia, é correto afirmar que
tal dispositivo é uma norma
a) de eficácia plena.
b) de eficácia contida.
c) exaurida.
d) autoexecutável.
e) programática.
GABARITO: E
No título referente à Ordem Social, o constituinte dispôs o seguinte: “o Estado promoverá e incentivará o
desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação”.
Considerando-se a classificação das normas constitucionais quanto a sua eficácia, é correto afirmar que
tal dispositivo é uma norma
e) programática.
As normas de feição programática são aquelas em que a Constituição estabelece os princípios e diretrizes
a serem cumpridos futuramente pelos órgãos estatais (legislativos, executivos, jurisdicionais e
administrativos), visando à realização dos fins sociais do Estado. Ou seja, que estabelecem programas
de ação futura, especialmente na área social, a serem perseguidos pelos órgãos, entidades e agentes do
Estado, ou bloco normativo-programático.
As normas de princípio programático requerem dos Poderes Públicos uma atuação positiva para
consecução do programa estabelecido pelo constituinte originário ou derivado. Não são normas voltadas
para a organização do Estado em si, e nem para o indivíduo, para a ação estatal, para a execução de
programas de ação. Entretanto, pelo fato de serem normas de eficácia limitada não quer dizer que não
possuam qualquer eficácia jurídica.
a) de eficácia plena. As normas de eficácia plena são aquelas que nascem aptas para produzirem os
seus plenos efeitos com a simples entrada em vigor da Constituição.
Assim, são dotadas de aplicabilidade imediata (porque estão aptas para produzir efeitos imediatamente,
com a simples promulgação da Constituição); direta (porque não dependem de nenhuma norma
regulamentadora para a produção de efeitos); e integral (porque já produzem seus essenciais efeitos).
São também denominadas normas autoaplicáveis.
Assim, são dotadas de aplicabilidade imediata (porque estão aptas para produzir efeitos imediatamente,
com a simples promulgação da Constituição); direta (porque não dependem de nenhuma norma
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regulamentadora intermediária para a produção de efeitos); mas não integral (porque sujeitas à
imposição de restrições).
c) exaurida. A diferença entre as normas do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e
as demais (parte dogmática, corpo principal da Constituição) é que exaurida a situação transitória
prevista na norma do ADCT, esgota-se a sua eficácia. Tais normas que já cumpriram seu papel são
também denominadas de eficácia exaurida. Contudo, as relações jurídicas formadas durante sua
vigência (pois elas vigeram durante certo período), poderão ser objeto de verificação de
constitucionalidade, no controle difuso ou incidental, no qual o juiz ou tribunal verificará as
condições da norma ou do caso concreto existentes à época em que o dispositivo do ADCT ainda
possuía eficácia.
a) todas as normas de direitos e garantias fundamentais previstas na Constituição Federal têm eficácia
plena, já que são normas de aplicação imediata segundo o texto constitucional.
c) caracteriza norma de eficácia limitada aquela segundo a qual o direito de greve será exercido pelos
servidores públicos nos termos e nos limites definidos em lei específica.
d) caracteriza norma programática aquela segundo a qual é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício
ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
e) na ausência de norma regulamentadora que torne inviável o exercício dos direitos previstos em normas
constitucionais de eficácia limitada, poderá ser impetrado mandado de segurança.
GABARITO: C
c) caracteriza norma de eficácia limitada aquela segundo a qual o direito de greve será exercido
pelos servidores públicos nos termos e nos limites definidos em lei específica.
Correto. Durante muito tempo, esse dispositivo, de eficácia limitada, careceu de regulamentação por
absoluta inércia do Poder Executivo em apresentar projeto de lei sobre o assunto.
Art. 37................
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
A prova de que se trata de um dispositivo de eficácia limitada é que por três vezes o STF foi instado a se
manifestar em sede de mandados de injunção coletivo (MI 670, 708 e 712) para que obrigasse o Executivo
a apresentar o PL sobre o assunto, declarando em mora o poder competente. Em 2007, o Supremo
resolveu manifestar-se de forma diversa, atribuindo, no caso concreto, a eficácia da lei de greve do setor
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privado para os servidores públicos, caso em que se aplica aos servidores públicos de todo o país a Lei
nº 7.783/89. Adotou o STF, portanto, a corrente concretista no mandado de injunção, em que a própria
decisão é capaz de viabilizar o exercício do direito e afastar a lesividade da inércia do
legislador, indicando a norma ou mesmo criando a norma que dará concretude ao comando
constitucional.
Demais incorretas:
Errado. Todas as normas de direitos e garantias fundamentais possuem aplicação imediata, nos termos
do art. 5º, § 1º, da Constituição.
Entretanto, nem todas as normas definidoras de direitos e garantias fundamentais possuem eficácia
plena ou imediata. Algumas constituem normas de eficácia limitada, que necessitam de
complementação legislativa para sua plena aplicabilidade ou eficácia contida ou restringível, que
podem ter sua eficácia reduzida ou restringida pelo legislador:
Art. 5º........
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
Não obstante, o §1º do art. 5º aplica-se, via de regra, a todas as normas de direitos e garantias
fundamentais. Na realidade, em termos semânticos, pouca distinção existe entre aplicabilidade e
aplicação da norma e a confusão fica por conta dos doutrinadores. Mas para a prova, precisamos
distinguir, fazer o quê? A aplicabilidade diz respeito à possibilidade de a norma produzir ou não seus
imediatos efeitos (eficácia da norma).
Para o Juiz Sérgio Moro, a melhor interpretação do art. 5º, § 1º, da Constituição (aplicação imediata), é
a que autoriza o juiz a suprir as omissões do Poder Público, para que este aplique imediatamente os
direitos e garantias fundamentais, em relação àqueles catalogados no art. 5º, da CF, em sua maioria
compostos por direitos de liberdade, defesa e participação; os direitos situados fora do catálogo não
estariam ao abrigo do referido §1º, mas sim sob a tutela do Princípio de Interpretação da Máxima
Efetividade Constitucional (MORO, Sérgio Fernando. Desenvolvimento e efetivação judicial das normas
constitucionais. São Paulo, Max Limonad, 2001).
Assertiva que cuida do mandado de injunção e não do habeas data (art. 5º, LXXI, CF):
Art. 5º..........
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania;
d) caracteriza norma programática aquela segundo a qual é livre o exercício de qualquer trabalho,
ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
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de sistemas, processador de dados ou profissional comunicação e marketing não necessita comprovar a
graduação em curso superior específico ou estar registrado no órgão profissional competente.
Já para exercer o ofício de médico, odontólogo ou advogado, não poderá fazê-lo senão após cumprir as
exigências legais e as normas expedidas pelas autarquias profissionais que regulamentam essas
profissões.
Importante jurisprudência do STF diz respeito à profissão de jornalista. O Supremo assentou que
é inconstitucional a exigência do diploma de jornalismo e registro profissional no Ministério do
Trabalho como condição para o exercício da profissão de jornalista. Segundo o STF, no campo da
profissão de jornalista, não há espaço para a regulação estatal quanto às qualificações profissionais. A
impossibilidade do estabelecimento de controles estatais sobre a profissão jornalística leva à conclusão
de que não pode o Estado criar uma ordem ou um conselho profissional (autarquia) para a
fiscalização desse tipo de profissão (RE 511.961, rel. Min. Gilmar Mendes, julg. em 17/6/2009).
e) na ausência de norma regulamentadora que torne inviável o exercício dos direitos previstos
em normas constitucionais de eficácia limitada, poderá ser impetrado mandado de segurança.
Assertiva que cuida do mandado de injunção e não do mandado de segurança (art. 5º, LXXI, CF).
a) contida.
b) programática.
c) plena.
d) limitada.
e) diferida.
GABARITO: A
O art. 5º, inciso XIII, da Constituição Federal de 1988 (CF) assegura ser livre o exercício de qualquer
trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Com base
nisso, o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil estabelece que, para exercer a advocacia, é
necessária a aprovação no exame de ordem. A norma constitucional mencionada, portanto, é de eficácia
a) contida.
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Assim, são dotadas de aplicabilidade imediata (porque estão aptas para produzir efeitos imediatamente,
com a simples promulgação da Constituição); direta (porque não dependem de nenhuma norma
regulamentadora intermediária para a produção de efeitos); mas não integral (porque sujeitas à
imposição de restrições).
Exemplo por excelência de norma constitucional de eficácia contida está no art. 5º, XIII, da CF/88, que
prevê as restrições ao exercício de trabalho, ofício ou profissão, que poderão ser impostas pela lei que
estabelecer as qualificações profissionais.
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Princípios Fundamentais
Questão 1: CEBRASPE (CESPE)
Assinale a opção que apresenta um princípio que rege as relações internacionais do Brasil.
GABARITO: A
É muito comum a banca confundir fundamentos, com objetivos e princípios nas relações internacionais.
Vamos começar pelos princípios que regem a nossa República nas relações internacionais (art. 4º da
CF):
> Independência Nacional > Autodeterminação dos povos > não-intervenção > Igualdade entre os
Estados << Prevalência dos direitos humanos.
Fiz uma sequência de princípios, e coloquei a prevalência dos direitos humanos em sinal contrário, para
demonstrar que tais direitos podem permitir a intervenção e redução da soberania do Estado.
> Defesa da paz > Solução pacífica dos conflitos > Cooperação entre os povos para o progresso
da humanidade.
> Prevalência dos direitos humanos > repúdio ao terrorismo e ao racismo > concessão de asilo
político.
Os demais itens estão errados. Nas letras “B” e “E”, há indicação de objetivos fundamentais (art. 3º). E
nas letras C e D, há fundamentos da República (art. 1º).
a) a erradicação da pobreza.
b) a promoção do bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor e quaisquer outras formas
de discriminação.
c) a construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
d) a forma democrática de Estado.
e) a dignidade da pessoa humana.
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GABARITO: E
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Demais alternativas incorretas:
a) a erradicação da pobreza.
incorreta, visto que esse é um objetivo da República Federativa do Brasil, previsto no inciso III do art 3º
da CF/1988.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
b) a promoção do bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor e quaisquer outras
formas de discriminação.
Incorreta, visto que esse também é um objetivo fundamental da República, previsto no inciso IV do art. 3º
da CF/1988
Incorreta, visto que esse também é um objetivo fundamental da República, previsto no inciso I do art. 3º
da CF/1988
A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito (art. 1º, CF), e tem como forma de Estado
a Federação.
Questão 3: VUNESP
A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem, entre outros, como fundamento a
a) independência nacional.
b) prevalência dos direitos humanos.
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c) autodeterminação dos povos.
d) cidadania.
e) defesa da paz.
GABARITO: D
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
As demais alternativas trazem princípios que regem a República Federativa do Brasil nas suas relações
internacionais:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
Questão 4: IADES
Constitui-se fundamento da República Federativa do Brasil o (a)
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GABARITO: B
Trata-se de questão simples que exige o conhecimento dos fundamentos da República Federativa do
Brasil previstos no art. 1º da CF. Para a memorização dos seus incisos é usado o mnemônico SO-CI-DI-
VA-PLU.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a SOberania;
II - a CIdadania;
III - a DIgnidade da pessoa humana;
IV - os VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o PLUralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.
Fique atento, pois nessas questões o examinador sempre tenta confundir o candidato misturando
fundamentos (art. 1º da CF), objetivos fundamentais (art. 3º da CF), princípios nas relações internacionais
(art. 4º), direitos e garantias fundamentais (art. 5º) e princípios gerais da atividade econômica (art. 170).
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
ERRADA. Não existe nenhum dispositivo constitucional que cite expressamente “patrimônio
arquitetônico”. No caput do art. 5º é mencionado o direito à propriedade.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
ERRADA. A proteção ao meio ambiente é um dos princípios gerais da atividade econômica, previsto no
inciso VI do art. 170 da CF:
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Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por
fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
Questão 5: FCC
Segundo disposição expressa da Constituição da República, a República Federativa do Brasil é formada
a) pelas unidades federativas articuladas dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e constitui-se
em Estado Unitário Confederado.
b) pela integração coordenada entre União, Estados e Municípios e constitui-se em Estado Democrático
Descentralizado.
c) pelo conjunto reunido de Distritos, Municípios, Estados e regiões e constitui-se em Estado Democrático
Parlamentar.
d) pela instituição permanente dos entes federais, municipais e estaduais e constitui-se em Estado
Democrático Jurisdicional.
e) pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal e constitui-se em Estado
Democrático de Direito.
GABARITO: B
Trata-se de questão simples que exige o conhecimento dos fundamentos da República Federativa do
Brasil previstos no art. 1º da CF. Para a memorização dos seus incisos é usado o mnemônico SO-CI-DI-
VA-PLU.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a SOberania;
II - a CIdadania;
III - a DIgnidade da pessoa humana;
IV - os VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o PLUralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.
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Fique atento, pois nessas questões o examinador sempre tenta confundir o candidato misturando
fundamentos (art. 1º da CF), objetivos fundamentais (art. 3º da CF), princípios nas relações internacionais
(art. 4º), direitos e garantias fundamentais (art. 5º) e princípios gerais da atividade econômica (art. 170).
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
ERRADA. Não existe nenhum dispositivo constitucional que cite expressamente “patrimônio
arquitetônico”. No caput do art. 5º é mencionado o direito à propriedade.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
ERRADA. A proteção ao meio ambiente é um dos princípios gerais da atividade econômica, previsto no
inciso VI do art. 170 da CF:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por
fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
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ERRADA. Esse também não é um fundamento da República Federativa do Brasil.
Questão 6: IDECAN
Segundo a Constituição Federal de 1988, a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações
internacionais pelos seguintes princípios, exceto
a) não intervenção.
b) defesa da paz.
c) igualdade entre os estados.
d) solução pacífica dos conflitos.
e) dignidade da pessoa humana.
GABARITO: E
Segundo a Constituição Federal de 1988, a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações
internacionais pelos seguintes princípios, exceto:
Correta, visto que a dignidade da pessoa humana é um fundamento da República Federativa do Brasil,
prevista no art. 1º, III da CF/1988:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
V - o pluralismo político.
Demais alternativas corretas, pois estão contempladas no rol dos princípios que regem a República
Federativa do Brasil em suas relações internacionais, presentes no art. 4º da CF/1988:
a) não intervenção.
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Correta, pois está prevista no art. 4º, V da CF/1988:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
...
V - igualdade entre os Estados.
d) solução pacífica dos conflitos.
GABARITO: A
Segundo a CF/1988?
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
As letras "B", "D" e "E" são objetivos fundamentais previstos no art. 3º da CF/1988. Já a letra "C" é um
princípio que rege as relações internacionais previsto no art. 4º.
Questão 8: IADES
De acordo com a Constituição Federal, assinale a alternativa que apresenta objetivo fundamental da
República Federativa do Brasil.
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a) Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.
b) Realizar obras de habitação para pessoas pobres.
c) Impedir a reforma agrária dos latifundiários.
d) Realizar o pagamento de juros bancários.
e) Promover intercâmbio cultural.
GABARITO: A
Questão 9: CESGRANRIO
Ao estabelecer o Supremo Tribunal Federal que não deve ser admitida a prerrogativa de foro para ex-
ocupantes de cargos públicos, está sendo aplicado o fundamento constitucional da
a) valoração
b) República
c) independência
d) erradicação
e) promoção
GABARITO: B
Para acertarmos essa questão é preciso compreendermos que o princípio republicano, previsto no caput
do art. 1º da CF, tem como característica o caráter representativo dos governantes, a necessidade de
alternância no poder e a responsabilização política, civil e penal dos representantes.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...)
Sobre essa responsabilização, a Constituição Federal prevê foro especial a alguns ocupantes de cargos
públicos. Entretanto, atualmente o STF passou a adotar entendimento restritivo nesses casos, exigindo
que o crime tenha sido cometido no exercício do cargo e relacionado às funções desempenhadas.
Ademais, cessado o exercício no cargo, também cessa o foro especial.
(I) O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo
e relacionados às funções desempenhadas; e
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(II) Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação
de alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão
de o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.
[Tese definida na AP 937 QO, rel. min. Roberto Barroso, P, j. 3-5-2018, DJE 265 de 11-12-2018.]
Esse novo posicionamento tem como justificativa o fato de que na prática o foro especial acabava
resultando na impunidade de ex-ocupantes de cargos públicos, ou seja, a responsabilização pautada no
princípio republicano não vinha ocorrendo.
Impõe-se, todavia, a alteração desta linha de entendimento, para restringir o foro privilegiado aos crimes
praticados no cargo e em razão do cargo. É que a prática atual não realiza adequadamente princípios
constitucionais estruturantes, como igualdade e república, por impedir, em grande número de casos, a
responsabilização de agentes públicos por crimes de naturezas diversas. Além disso, a falta de
efetividade mínima do sistema penal, nesses casos, frustra valores constitucionais importantes, como a
probidade e a moralidade administrativa. [Tese definida na AP 937 QO, rel. min. Roberto Barroso, P, j. 3-
5-2018, DJE 265 de 11-12-2018.]
Ação Penal. Questão de ordem sobre a competência desta Corte para prosseguir no processamento dela.
Cancelamento da súmula 394. - Depois de cessado o exercício da função, não deve manter-se o foro por
prerrogativa de função, porque cessada a investidura a que essa prerrogativa é inerente, deve esta cessar
por não tê-la estendido mais além a própria Constituição.
[AP 313 QO-QO, rel. min. Moreira Alves, P, j. 25-8-1999, DJ de 9-11-2001.]
Face ao exposto, vamos analisar as opções:
a) valoração
ERRADA. Conforme demonstrado anteriormente.
b) República
CERTA. É o princípio republicano que pauta a responsabilização dos representantes, sendo que, a
ampliação do foro especial para crimes diversos e para ex-ocupantes de cargos públicos estava
resultando em impunidade. Em função disso, com base nos princípios da igualdade e da república, o STF
restringiu a aplicação do foro por prerrogativa de função.
c) independência
ERRADA. Conforme demonstrado anteriormente.
d) erradicação
ERRADA. Conforme demonstrado anteriormente.
e) promoção
ERRADA. Conforme demonstrado anteriormente.
Fonte: NOVELINO, Marcelo. Curso de Direito Constitucional. Ed. Juspodivm, 2018.
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b) construir uma sociedade livre, justa e solidária.
c) erradicar a pobreza e a marginalização.
d) garantir o desenvolvimento nacional.
e) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
GABARITO: A
A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como, um de seus fundamentos,
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa foram alçados à condição de fundamentos da
República para assentar, de uma vertente, a orientação capitalista de nosso Estado, e de outra borda,
que as relações entre capital e trabalho deverão observar esse importante valor social, estampado no
capítulo da ordem econômica da CF (art. 170, caput):
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por
fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios: (...)
Significa que a Constituição consagra uma economia de mercado, uma vez que a iniciativa privada é um
princípio básico da ordem capitalista. Além disso, significa que embora capitalista, a ordem econômica dá
prioridade aos valores do trabalho humano sobre os demais valores da economia de mercado. Tais
fundamentos têm por objetivo, segundo José Afonso da Silva, orientar a intervenção do Estado na
economia, com o propósito de fazer valer os valores sociais do trabalho, que constituem não só
fundamento da ordem econômica mas da própria República.
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d) garantir o desenvolvimento nacional.
Incorreta, conforme o art. 3º, II da CF/1988.
e) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
Incorreta, conforme o art. 3º, IV da CF/1988.
a) cidadania, honra da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e pluralismo
político.
c) cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e pluralismo
jurídico.
d) civismo, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e pluralismo
político.
e) cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e pluralismo
político.
GABARITO: E
A cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e pluralismo
político, são fundamentos da República Federativa nos termos do art.1º, I a V, da Constituição Federal:
''Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político''.
As demais alternativas estão incorretas pois honra da pessoa humana, valores individuais do trabalho
e da livre iniciativa, pluralismo jurídico e civismo não são considerados fundamentos da República,
conforme se infere da norma constitucional acima descrita.
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a) garantia do desenvolvimento nacional.
b) independência nacional.
c) autodeterminação dos povos.
d) não intervenção.
e) concessão de asilo político.
GABARITO: A
Segundo o artigo 4º da Constituição Federal brasileira, a República Federativa do Brasil rege-se nas suas
relações internacionais por diversos princípios, NÃO sendo um desses princípios a
A garantia do desenvolvimento nacional é objetivo fundamental da República (art. 3º, II, CF):
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
II - garantir o desenvolvimento nacional;
Demais alternativas compreendem princípios regentes das relações internacionais do Brasil:
b) independência nacional.
c) autodeterminação dos povos.
d) não intervenção.
e) concessão de asilo político.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
d) promover o bem de todos, sem quaisquer formas de discriminação, e os valores sociais do trabalho e
da livre iniciativa.
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e) assegurar o pluralismo político e promover a solução pacífica de conflitos.
GABARITO: B
Correto, de acordo com os objetivos fundamentais previsto no art. 3º, III da CF/1988.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
Demais alternativas incorretas:
Incorreta, visto que ambos são princípios pelos quais a República Federativa do Brasil se rege em suas
relações internacionais, conforme o art. 4º, II e III.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos.
c) garantir o desenvolvimento nacional e a cooperação entre os povos para o progresso da
humanidade.
Incorreta, pois o primeiro é um objetivo fundamental previsto no art. 3º, II da CF/1988 mas o outro é um
princípio pelo qual a República Federativa do Brasil rege-se em suas relações internacionais, previsto no
art. 4º, IX.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
II - garantir o desenvolvimento nacional.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.
d) promover o bem de todos, sem quaisquer formas de discriminação, e os valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa.
Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são fundamentos da República (art. 1º, IV, CF):
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
e) assegurar o pluralismo político e promover a solução pacífica de conflitos.
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Aqui temos fundamento da República e princípio de relações internacionais:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
V - o pluralismo político.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
VII - solução pacífica dos conflitos.
GABARITO: E
a) a cidadania.
b) a dignidade da pessoa humana.
c) a independência nacional.
d) os valores sociais do trabalho e a livre iniciativa.
e) o pluralismo político.
GABARITO: C
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São fundamentos da República Federativa do Brasil, exceto:
c) a independência nacional.
Correta, visto que a independência nacional é princípio que rege as relações internacionais da
República Federativa do Brasil, previsto no inciso I do art. 4º da CF/1988
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional.
A independência nacional reconhece, no plano internacional, a soberania de cada Estado no plano
interno, como elemento de igualdade entre os povos e de respeito mútuo. Tem como corolário o princípio
da igualdade entre os Estados (inciso II), que consagra o princípio da não subordinação política no plano
internacional, muito embora as condições materiais, econômicas e bélicas variem enormemente de um
País a outro. A este princípio, a Constituição agrega o da cooperação dos povos para o progresso da
humanidade (inciso IX), justamente para perseguir uma redução nas desigualdades materiais.
Demais alternativas corretas, pois constituem fundamentos da República Federativa do Brasil, previstos
no art. 1º da CF/1988:
a) a cidadania.
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Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa foram alçados à condição de fundamentos da
República para assentar, de uma vertente, a orientação capitalista de nosso Estado, e de outra borda,
que as relações entre capital e trabalho deverão observar esse importante valor social, estampado no
capítulo da ordem econômica da CF (art. 170, caput):
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por
fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios: (...)
e) o pluralismo político.
GABARITO: A
O Estado brasileiro deve obediência irrestrita à própria Constituição, mas, ainda assim, assumiu, nos
termos desse estatuto político, o compromisso de reger-se, nas suas relações internacionais, pelo
princípio da
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
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VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Como não existem princípios e garantias de natureza absoluta, os princípios listados no artigo 4º podem
estar sujeitos a ponderações, em função, por exemplo, do princípio da prevalência dos direitos
humanos (inciso II) que em casos extremos de violação pode levar uma nação a interferir, dentro de
limites autorizados internacionalmente, na soberania de outro Estado, a fim de pôr termo a situações de
graves violações desses direitos, relativizando o princípio da "não intervenção" (inciso IV).
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GABARITO: B
Os fundamentos são previstos no art. 1º da CF/1988, sendo um deles a dignidade da pessoa humana
(letra B, nossa resposta).
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.
GABARITO: A
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II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
Perceba que se fala em independência nacional e defesa da paz. E sobre o tema dispõe o art. 4º:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e
cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de
nações.
Enfim, são princípios que regem nossa República em suas relações internacionais.
GABARITO: D
A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
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Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
V - o pluralismo político.
Demais alternativas incorretas:
Incorreta, pois a independência nacional é princípio que rege as relações internacionais da República
Federativa do Brasil, nos termos do inciso I do art. 4º da CF/1988, que não se confunde com soberania,
fundamento da República:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
A soberania é atributo da República que outorga ao Estado brasileiro o poder de exercer livremente o
seu poder, na ordem interna, sem obediência a qualquer ordem política superior, ao passo que na ordem
externa encontra-se em pé de igualdade com os demais Estados independentes, aos quais deve respeito
à sua soberania.
Incorreta, pois a prevalência dos direitos humanos é princípio que rege as relações internacionais da
República Federativa do Brasil, nos termos do inciso II do art. 4º da CF/1988:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
II - prevalência dos direitos humanos.
c) igualdade entre os Estados, defesa da paz e garantia do desenvolvimento nacional.
Incorreta, pois a igualdade entre os Estados e a defesa da paz são princípios que regem as relações
internacionais da República Federativa do Brasil, nos termos do inciso V e VI do art. 4º da CF/1988. E a
garantia do desenvolvimento nacional é objetivo fundamental nos termos do inciso II do art. 3º da CF/1988:
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
II - garantir o desenvolvimento nacional.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz.
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e) promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
Incorreta, pois a promoção do bem de todas é objetivo fundamental nos termos do inciso IV do art. 3º da
CF/1988:
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
GABARITO: A
Trata-se de questão simples que exige o conhecimento dos objetivos fundamentais da República
Federativa do Brasil previstos no art. 3º da CF.
Fique atento, pois nessas questões o examinador sempre tenta confundir o candidato misturando
fundamentos (art. 1º da CF), objetivos fundamentais (art. 3º da CF), princípios nas relações internacionais
(art. 4º), direitos e garantias fundamentais (art. 5º) e princípios gerais da atividade econômica (art. 170).
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
VII - solução pacífica dos conflitos;
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c) Respeito ao contraditório e à ampla defesa
ERRADA. Esse é um direito fundamental (art. 5º, LV).
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
e) Liberdade de imprensa
ERRADA. A liberdade de imprensa está abarcada pelo inciso IX do art. 5º, logo, trata-se de direito
fundamental.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
Correto. Os fundamentos da República Federativa do Brasil estão expressos no art. 1° e podem ser
considerados os alicerces, as vigas mestras da nossa república.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Esses conceitos são por vezes cobrados em suas definições, na prova:
A soberania é atributo da República que outorga ao Estado brasileiro o poder de exercer livremente o
seu poder, na ordem interna, sem obediência a qualquer ordem política superior, ao passo que na ordem
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externa encontra-se em pé de igualdade com os demais Estados independentes, aos quais deve respeito
à sua soberania.
A cidadania representa um conceito jurídico amplo, que cada vez mais aparece explorado em provas.
Não compreende apenas o feixe de direitos políticos e civis atribuídos às pessoas, e nem tão somente a
cidadania em sua acepção política ativa (direito de votar) e passiva (direito de ser votado e eleito).
Encerra, além do direito de participação social e política, o direito à educação, à saúde, ao trabalho, e
todo um leque de direitos sociais que permitem o efetivo exercício da pessoa humana como cidadão
brasileiro e sua efetiva participação e integração social e política à República.
A dignidade da pessoa humana, segundo o Supremo Tribunal Federal, representa significativo vetor
interpretativo, verdadeiro valor-fonte que conforma e inspira todo o ordenamento constitucional vigente
em nosso País, e traduz, de modo expressivo, um dos fundamentos em que se assenta, entre nós, a
ordem republicana e democrática consagrada pelo sistema de direito constitucional positivo. O STF fez
essa assentada ao reconhecer e qualificar a união homoafetiva como entidade familiar (RE 477.554
AgR, rel. min. Celso de Mello, julg. 16/8/2011, 2ª Turma).
a) São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e os Tribunais
de Contas.
b) O Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina,
visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
d) A República Federativa do Brasil tem como um de seus fundamentos a cooperação entre os povos
para o progresso da humanidade.
e) O Brasil rege-se nas suas relações internacionais por diversos princípios, dentre eles o pluralismo
político.
GABARITO: B
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b) O Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América
Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e
cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de
nações.
Cuidado, não é comunidade latina de nações, não é comunidade sul-americana de nações e nem uma
comunidade americana de nações, como já apareceu em provas por aí...
Incorreta, visto que os tribunais de contas são órgãos auxiliares do Poder Legislativo (art. 2º da CF/1988):
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário.
c) Constituem objetivos fundamentais os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.
Incorreta, pois a assertiva relaciona-se com um dos fundamentos da República Federativa do Brasil,
previsto no inciso IV do art. 1º da CF/1988:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
V - o pluralismo político.
d) A República Federativa do Brasil tem como um de seus fundamentos a cooperação entre os
povos para o progresso da humanidade.
Incorreta, pois a assertiva descreve um objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, previsto
no inciso IV do art. 3º da CF/1988:
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I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
e) O Brasil rege-se nas suas relações internacionais por diversos princípios, dentre eles o
pluralismo político.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
V - o pluralismo político.
c) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
GABARITO: D
Assertiva prevê um princípio que rege as relações internacionais da República Federativa do Brasil, nos
termos do art. 4º, III da CF/1988:
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III - autodeterminação dos povos.
o princípio da autodeterminação dos povos assegura a não ingerência externa nos assuntos internos de
cada Estado, que têm liberdade para se auto organizarem e auto administrarem.
Demais alternativas corretas, pois constituem objetivos fundamentais previstos no art. 3º da CF/1988:
c) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
GABARITO: B
A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos, exceto
A assertiva está correta, é a exceção, pois atende ao que foi pedido no enunciado, eis que a garantia do
desenvolvimento nacional não é fundamento da República Federativa do Brasil.
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Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
As demais afirmativas estão erradas, eis que não se enquadram no que foi pedido no enunciado, pois
trazem fundamentos da República Federativa do Brasil previstos no art. 1º da CF/88. Vejamos:
c) a soberania. (ERRADO)
Concluímos, assim, que a resposta correta, isto é, a EXCEÇÃO, é a trazida pela letra B.
b) A República Federativa do Brasil é composta pela união entre os estados federados, municípios e o
Distrito Federal, não podendo ser nem mesmo objeto de deliberação uma proposta de emenda
constitucional tendente a abolir a forma federativa.
c) A independência nacional como princípio significa a manifestação da soberania na ordem interna com
superioridade a todas as demais manifestações de poder em âmbito global.
d) A solução pacífica dos conflitos é um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.
GABARITO: B
Dispõe a CF:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
Trata-se de uma união indissolúvel, ou seja, não se permite o direito de secessão. Sobre o tema, a CF
até permite a medida extrema da intervenção federal, no caso de dissolução.
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E o §4º do art. 60 da CF trata a forma de Estado (federalismo, no nosso caso) como cláusula pétrea.
Significa dizer que as Emendas, resultado do poder constituinte derivado reformador, não podem ser
sequer tendentes a abolir a federação.
Na letra “A”, o pacto federativo é uma cláusula pétrea. Nem por Emenda pode ser abolido.
Na letra “C”, importante que se esclareça que não existe uma hierarquia entre as disposições
constitucionais. Sobre o tema, dispõe a CF:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
V - igualdade entre os Estados;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
Fiz citar outros princípios regentes nas relações internacionais. Será que o Brasil não deve se preocupar
com a ordem global? Não há superioridade, requer-se a igualdade entre os Estados. E, mais, o Brasil,
enquanto República, não pode desprezar os direitos humanos.
Não quero dizer que, obrigatoriamente, deva assinar um tratado internacional, mas o comando
constitucional incentiva essa integração.
Na letra “D”, trata-se de um princípio que rege a nossa república em suas relações internacionais.
Na letra “E”, coibindo o sistema de freios e contrapesos? Nem pensar. Esse sistema é necessário para
a manutenção da harmonia. É um balizador da desejada independência. Um poder não pode querer ser
totalmente independente, desregrado do comando constitucional, por exemplo.
a) soberania
b) política
c) dignidade da pessoa humana
d) autodeterminação
e) origem
GABARITO: C
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Os fundamentos da República Federativa do Brasil estão elencados no art. 1º da CF:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Com base nos fundamentos e na temática passe livre às pessoas com deficiência, vamos analisar as
opções:
a) soberania
ERRADA. Apesar de prevista como fundamento (art. 1º, I, CF), a soberania não guarda relação com a
temática do enunciado. Em linhas gerais, a soberania compreende um poder político supremo e
independente. Supremo, por não estar limitado por nenhum outro na ordem interna; independente, por
não ter de acatar, na ordem internacional, regras que não sejam voluntariamente aceitas e por estar em
igualdade com os poderes supremos dos outros povos. (NOVELINO, 2018)
b) política
ERRADA. Não é um fundamento da República Federativa do Brasil e nem faria sentido que fosse.
d) autodeterminação
ERRADA. Não é um fundamento da República Federativa do Brasil. A autodeterminação dos povos é um
princípio que rege as relações internacionais da República Federativa do Brasil, previsto no art. 4º, III,
CF:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
III - autodeterminação dos povos;
e) origem
ERRADA. Também não é um fundamento da República Federativa do Brasil e nem faria sentido que
fosse.
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Questão 27: IADES
A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel de
GABARITO: B
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
A defesa da paz e a solução pacífica de conflitos são fundamentos da República Federativa do Brasil.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
De acordo com as disposições da Constituição Federal de 1988 (CF) sobre princípios, direitos e garantias
fundamentais, julgue o seguinte item.
Errado, pois tais elementos são princípios de relações internacionais da República (art. 4º, VI e VII, CF):
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
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VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e
cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de
nações.
A concessão de asilo político é um ato de soberania estatal de competência dos governadores dos
estados e aplica-se em virtude de perseguição a estrangeiro praticada por seu próprio país ou por terceiro.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
Ninguém imagina um ato de soberania estatal praticado por governador de Estado não é? Previsto nos
princípios de relações internacionais ligados à pessoa humana, o constituinte consagrou a concessão de
asilo político (inciso X do art. 4º) a quem, sendo perseguido em seu próprio País por motivos políticos ou
de opinião, possa encontrar refúgio no Brasil. Deve ter, portanto, motivação política, que não configurem
infrações do direito penal comum.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Trata-se de ato de soberania estatal, de competência privativa do Presidente da República, conforme
já assentou o STF (Ext. nº 524/DF. rel. Min. Celso de Mello), passível de controle de legalidade pelo
Supremo.
Nos termos do artigo 14 da Declaração Universal de Direitos Humanos, todo o homem, vítima de
perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. Entretanto, continua o mesmo
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artigo, este direito não pode ser invocado em casos de perseguição legitimamente motivada por crimes
de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas. No
ensinamento de Francisco Resek, a concessão de asilo político não é ato obrigatório para Estado
algum, e as contingências políticas internas e externas determinam, para cada situação, a decisão a ser
tomada pelo Presidente da República.
a) por meio dos Poderes da União, na promoção do bem comum e das garantias constitucionais.
b) por meio de representantes eleitos ou indiretamente, por meio de empresas contratadas para este fim.
d) por meio dos Poderes da União, na promoção do bem comum e da independência dos poderes
constituídos.
GABARITO: C
Conforme dispõe o art.1º, parágrafo único da Carta Constitucional, todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição:
''Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente, nos termos desta Constituição''.
e) desenvolvimento nacional, o livre uso da propriedade privada para fins econômicos e o direito de ir e
vir de todo cidadão brasileiro.
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GABARITO: C
O art. 1º, da CF/88 enumero aqueles que são considerados como princípios norteadores fundamentais
da República Federativa do Brasil, definida como um Estado Democrático de Direito.
CF/88
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
De acordo com Marcelo Novelino os fundamentos estão relacionados aos valores essenciais que fazem
parte da estrutura do Estado.
Os fundamentos de um Estado devem ser compreendidos como os valores essenciais que compõem sua
estrutura. A consagração expressa da soberania, da cidadania, da dignidade da pessoa humana,
dos valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa e do pluralismo político como fundamentos da
República Federativa do Brasil (CF, art. 1°, I a V), sem dúvida, atribui a esses valores um significado
especial dentro de nossa ordem constitucional. (Marcelo Novelino, Manual de Direito Constitucional,
2014)
GABARITO: A
Assinale a alternativa que contempla um fundamento e um princípio que devem reger as relações
internacionais, ambos da República Federativa do Brasil.
Correto, nos termos do art. 1º, V e art. 4º, VIII, da Constituição da República:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
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Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Demais alternativas incorretas:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
IV - não-intervenção
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Direitos e Deveres Individuais e
Coletivos
Questão 1: VUNESP
Suponha que Joana é brasileira naturalizada e que, após a naturalização, ela praticou dois crimes de
homicídio que resultaram na morte de Leonardo e Sandra, ambos brasileiros.
a) não será extraditada e não será levada à prisão ou nela mantida, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança.
b) apenas poderia ser extraditada por decisão do Supremo Tribunal Federal se cometesse crime político
ou de opinião contra o interesse nacional.
c) terá concedida sua extradição, e serão admissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos,
tendo em vista a gravidade dos crimes cometidos.
d) não será extraditada, mas, caso seja presa, ela não terá direito à identificação dos responsáveis por
sua prisão.
e) será extraditada após o devido processo legal e poderá sofrer pena de banimento.
GABARITO: A
Suponha que Joana é brasileira naturalizada e que, após a naturalização, ela praticou dois crimes de
homicídio que resultaram na morte de Leonardo e Sandra, ambos brasileiros. De acordo com a
Constituição Federal, é correto afirmar que Joana:
a) não será extraditada e não será levada à prisão ou nela mantida, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança.
Correta, nos termos dos incisos LI e LXVI do art. 5º da CF/1988. Como Joana cometeu os crimes comuns
após a naturalização, não poderá ser extraditada. Apenas se o crime fosse relacionado a tráfico de
entorpecentes. Quanto à permanência na prisão, se a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem
fiança, ela poderá responder em liberdade, atendidos os demais requisitos legais para o deferimento ou
não da prisão temporária (Lei 7.960/1989) ou prisão preventiva (arts. 311 a 316 do Código de Processo
Penal):
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes
da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na
forma da lei.
...
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LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou
sem fiança.
Demais alternativas incorretas:
b) apenas poderia ser extraditada por decisão do Supremo Tribunal Federal se cometesse crime
político ou de opinião contra o interesse nacional.
Incorreta, em face da previsão do inciso LII, do art. 5º da CF/1988, que veda a extradição por crime político
ou de opinião, em qualquer hipótese:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.
c) terá concedida sua extradição, e serão admissíveis, no processo, as provas obtidas por meios
ilícitos, tendo em vista a gravidade dos crimes cometidos.
Incorreta, em face da previsão do inciso LVI do art. 5º da CF/1988 e das explicações anteriores:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.
d) não será extraditada, mas, caso seja presa, ela não terá direito à identificação dos responsáveis
por sua prisão.
Incorreta, visto que a pena de banimento é vedada pela CF/1988 em seu art. 5º, XLVII, "d", e não será
extraditada:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
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Questão 2: VUNESP
Considere que Mário sequestrou Luísa há dois meses e que a mantém em cárcere privado durante todo
esse tempo. Lucas é vizinho de Mário e, durante a noite do dia 10 de novembro, ouviu Luísa gritando,
pedindo ajuda. De acordo com a Constituição Federal, é correto afirmar que
a) como a casa é asilo inviolável do indivíduo, Lucas apenas nela poderá penetrar para prestar socorro,
sem o consentimento de Mário, durante o dia.
b) independentemente de ser caso de desastre, ou com o fim de prestar socorro, Lucas poderá penetrar
na casa de Mário, sem seu consentimento, em qualquer horário.
c) já que a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela poderá penetrar durante a noite sem
consentimento do morador, ainda que em caso de flagrante delito.
d) somente em caso de desastre, Lucas poderia penetrar na casa de Mário sem sua autorização
expressa.
e) a casa é asilo inviolável do indivíduo, mas Lucas poderá penetrar na casa de Mário durante a noite e
sem sua autorização expressa para prestar socorro a Luísa.
GABARITO: E
Considere que Mário sequestrou Luísa há dois meses e que a mantém em cárcere privado durante todo
esse tempo. Lucas é vizinho de Mário e, durante a noite do dia 10 de novembro, ouviu Luísa gritando,
pedindo ajuda. De acordo com a Constituição Federal, é correto afirmar que:
e) a casa é asilo inviolável do indivíduo, mas Lucas poderá penetrar na casa de Mário durante a
noite e sem sua autorização expressa para prestar socorro a Luísa.
Correta a atitude de Lucas, que estará agindo amparado no inciso XI, do art. 5º da CF/1988:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial.
Demais alternativas incorretas:
a) como a casa é asilo inviolável do indivíduo, Lucas apenas nela poderá penetrar para prestar
socorro, sem o consentimento de Mário, durante o dia.
Poderá adentrar durante o dia ou à noite, sem consentimento do morador, para prestar socorro ou em
caso de flagrante delito.
b) independentemente de ser caso de desastre, ou com o fim de prestar socorro, Lucas poderá
penetrar na casa de Mário, sem seu consentimento, em qualquer horário.
c) já que a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela poderá penetrar durante a noite sem
consentimento do morador, ainda que em caso de flagrante delito.
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Poderá adentrar durante o dia ou à noite, sem consentimento do morador, para prestar socorro ou em
caso de flagrante delito.
d) somente em caso de desastre, Lucas poderia penetrar na casa de Mário sem sua autorização
expressa.
Poderá adentrar durante o dia ou à noite, sem consentimento do morador, para prestar socorro ou em
caso de flagrante delito.
Questão 3: VUNESP
No tocante à temática dos Direitos e Garantias Fundamentais, assinale a alternativa correta.
a) O regime jurídico das liberdades públicas protege as pessoas naturais, brasileiras ou estrangeiras,
residentes no Brasil, mas não as pessoas jurídicas.
b) A Constituição Federal, segundo a doutrina, adotou o princípio da igualdade de direitos, prevendo uma
igualdade de possibilidades virtuais.
d) A conquista constitucional da liberdade religiosa trouxe a proibição do ensino religioso como disciplina
em escolas públicas.
e) A Constituição impede a violação das comunicações telefônicas, ainda que haja ordem judicial
autorizando.
GABARITO: B
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Dois erros. A expressão "residentes no Brasil" deve ser interpretada no sentido de que a Carta Federal
assegura ao estrangeiro todos os direitos e garantias mesmo que não possua domicílio no País, não
excluindo, pois, o estrangeiro em trânsito pelo território, que possui igualmente acesso às ações, como o
mandado de segurança, habeas corpus e outros. Nesse sentido,
"O súdito estrangeiro, mesmo aquele sem domicílio no Brasil, tem direito a todas as prerrogativas básicas
que lhe assegurem a preservação do status libertatis e a observância, pelo Poder Público, da cláusula
constitucional do due process. O súdito estrangeiro, mesmo o não domiciliado no Brasil, tem plena
legitimidade para impetrar o remédio constitucional do habeas corpus, em ordem a tornar efetivo, nas
hipóteses de persecução penal, o direito subjetivo, de que também é titular, à observância e ao integral
respeito, por parte do Estado, das prerrogativas que compõem e dão significado à cláusula do devido
processo legal" (HC 94.477, rel. min. Gilmar Mendes, julg. 6.9.2011, 2ª Turma).
Alguns desses direitos, entretanto, como a ação popular, são restritos aos cidadãos brasileiros,
ou portugueses equiparados (art. 12, § 1º, CF) que devem comprovar, inclusive, essa condição, que
dentre outros requisitos, exige a regularidade eleitoral (alistamento, comprovante de votação).
Além disso, as pessoas jurídicas também são beneficiárias dos direitos e garantias individuais, pois
reconhece-se, por exemplo às associações o direito à existência e todos os seus demais direitos. Dessa
forma, os direitos enunciados e garantidos pela constituição são atribuídos a brasileiros e estrangeiros,
pessoas físicas e jurídicas.
Incorreta, visto que o texto constitucional prevê o ensino religioso como disciplina facultativa, em seu art.
210, §1º:
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação
básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental.
e) A Constituição impede a violação das comunicações telefônicas, ainda que haja ordem judicial
autorizando.
Incorreta, visto a única hipótese constitucionalmente admitida para quebra de sigilo das comunicações
telefônicas é por ordem judicial, nos termos do art. 5º, XII da CF/1988:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.
Isso não impede, entretanto, que a pessoa que esteja sofrendo ameaça ou chantagem possa gravar
conversa ambiental ou telefônica com o terceiro que comete o ato ilícito, sendo que eventual prova nesse
sentido é perfeitamente lícita, conforme já se pronunciou o Supremo.
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Questão 4: VUNESP
Nos termos da Constituição Federal, não haverá pena , salvo em caso de guerra declarada.
a) de caráter perpétuo
b) de banimento
c) de trabalhos forçados
d) cruel
e) de morte
GABARITO: E
Nos termos da Constituição Federal, não haverá pena , salvo em caso de guerra declarada.
e) de morte. CORRETA.
De acordo com o art.5º, XLVI, a, da Constituição Federal, não haverá penas de morte, salvo em caso de
guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX:
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX''.
Acerca dos direitos e garantias fundamentais, das cláusulas pétreas e da organização político-
administrativa do Estado, julgue o item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
Acerca dos direitos e garantias fundamentais, das cláusulas pétreas e da organização político-
administrativa do Estado, julgue o item a seguir.
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A Constituição Federal de 1988 prevê expressamente a exigência de inscrição em conselho de
fiscalizaçãopara o exercício de qualquer atividade profissional.
Incorreta, visto que esta exigência não está prevista no inciso XIII do art. 5º da CF/1988, norma de eficácia
contida, que permite certas restrições ao exercício de profissão, caso os pré-requisitos exigidos
imponham certas qualificações ou registro nos órgãos competentes, como é o caso da Ordem dos
Advogados do Brasil, Conselho Federal de Medicina etc, conforme previsto em lei. Regra geral, não
existe essa exigência:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais
que a lei estabelecer.
Quanto à extensão da proteção conferida pelo referido dispositivo constitucional na situação hipotética
em apreço, assinale a opção correta, à luz da jurisprudência do STF.
d) As provas decorrentes da análise policial são inadmissíveis, segundo a teoria do fruit of the poisonous
tree.
e) A análise empreendida pelos policiais caracteriza interceptação telefônica, logo dependia de prévia
autorização judicial.
GABARITO: C
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Durante prisão em flagrante de Paulo pelo cometimento de crime de homicídio, policiais analisaram os
registros telefônicos das últimas ligações no aparelho celular dele e identificaram o número de outro
envolvido, Pablo, que foi acusado de ser o possível mandante. Após a prisão de ambos, a defesa de
Pablo impetrou habeas corpus, sob o argumento de que os policiais haviam violado o direito fundamental
de sigilo das comunicações de dados, estabelecido no inciso XII do art. 5.º da Constituição Federal de
1988 (CF) — “XII é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e
das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal”.
Quanto à extensão da proteção conferida pelo referido dispositivo constitucional na situação hipotética
em apreço, assinale a opção correta, à luz da jurisprudência do STF.
Questão pautada em julgamento do Supremo que afastou da ilicitude o acesso a registros telefônicos
(números, data da ligação, números para quem ligou e recebeu), que receberiam tratamento e proteção
jurídica distinta do conteúdo das comunicações telefônicas:
"2.2 Não se confundem comunicação telefônica e registros telefônicos, que recebem, inclusive, proteção
jurídica distinta. Não se pode interpretar a cláusula do artigo 5º, XII, da CF, no sentido de proteção aos
dados enquanto registro, depósito registral. A proteção constitucional é da comunicação de dados e não
dos dados. 2.3 Art. 6º do CPP: dever da autoridade policial de proceder à coleta do material comprobatório
da prática da infração penal. Ao proceder à pesquisa na agenda eletrônica dos aparelhos devidamente
apreendidos, meio material indireto de prova, a autoridade policial, cumprindo o seu mister, buscou,
unicamente, colher elementos de informação hábeis a esclarecer a autoria e a materialidade do delito
(dessa análise logrou encontrar ligações entre o executor do homicídio e o ora paciente). Verificação que
permitiu a orientação inicial da linha investigatória a ser adotada, bem como possibilitou concluir que os
aparelhos seriam relevantes para a investigação. 2.4 À guisa de mera argumentação, mesmo que se
pudesse reputar a prova produzida como ilícita e as demais, ilícitas por derivação, nos termos da teoria
dos frutos da árvore venenosa (fruit of the poisonous tree), é certo que, ainda assim, melhor sorte não
assistiria à defesa. É que, na hipótese, não há que se falar em prova ilícita por derivação. Nos termos da
teoria da descoberta inevitável, construída pela Suprema Corte norte-americana no caso Nix x Williams
(1984), o curso normal das investigações conduziria a elementos informativos que vinculariam os
pacientes ao fato investigado". (HC 91867 PA, Relator: Min. Gilmar Mendes, Julgamento 24/4/2012)
O tema ainda está pendente de análise pelo Supremo Tribunal Federal, com repercussão geral
reconhecida, nos autos do ARE 1.042.075-- RG, relator Min. Dias Tóffoli, Tema 907, t anto com relação
aos registros e informações contidos em aparelho de telefone celular:
Tema 977-Aferição da licitude da prova produzida durante o inquérito policial relativa ao acesso, sem
autorização judicial, a registros e informações contidos em aparelho de telefone celular, relacionados
à conduta delitiva e hábeis a identificar o agente do crime.
Obviamente que essa tese já deveria ter sido decidida, mas não foi. Em algumas ocasiões, o STJ fixou o
entendimento de que a prova obtida por esse meio, seja dos dados constantes do aparelho, seja das
mensagens, é ilícita:
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Demais alternativas incorretas:
De acordo com o julgado do STF, essa apreensão dos dados não viola o sigilo das comunicações de
dados.
d) As provas decorrentes da análise policial são inadmissíveis, segundo a teoria do fruit of the
poisonous tree.
A provas decorrentes da apreensão policial não implicaria na incidência da teoria dos frutos da árvore
envenenada, vez que não havendo ilicitude na prova originária, ela também não ocorreria nas provas dela
derivadas.
Não foi feita interceptação telefônica, mas coleta de dados dos aparelhos.
Questão 7: FCC
a) o uso de células-tronco embrionárias, ainda que em pesquisas científicas para fins terapêuticos,
autorizadas em lei federal, viola o direito à vida, pela potencialidade de formação de pessoa humana, cuja
dignidade recebe proteção máxima constitucional.
d) admitem-se limitações ao livre exercício de atividade econômica, ainda que sob a forma de cobrança
indireta de tributos, desde que estabelecidas por lei e com vistas à tutela de outros princípios
constitucionais da ordem econômica, como a livre concorrência e a redução das desigualdades regionais
e sociais.
e) admitem-se limitações por lei ao livre exercício das profissões, sendo consideradas legítimas quando
o inadequado exercício de determinada atividade possa vir a causar danos a terceiros e desde que
obedeçam a critérios de adequação e razoabilidade.
82
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GABARITO: E
e) admitem-se limitações por lei ao livre exercício das profissões, sendo consideradas legítimas
quando o inadequado exercício de determinada atividade possa vir a causar danos a terceiros e
desde que obedeçam a critérios de adequação e razoabilidade.
Errado, conforme decisão em contrário tomada pelo STF, nos autos da ADI 3.510/DF:
"Inexistência de ofensas ao direito à vida e da dignidade da pessoa humana, pois a pesquisa com células-
tronco embrionárias (inviáveis biologicamente ou para os fins a que se destinam) significa a celebração
solidária da vida e alento aos que se acham à margem do exercício concreto e inalienável dos direitos à
felicidade e do viver com dignidade" (ADI 3.510/DF, rel. Min. Ayres Britto, julg. 29/5/2008)
b) é compatível com a Constituição Federal a interpretação segundo a qual a interrupção da
gravidez de feto anencéfalo viola o direito à vida, recaindo na esfera de proteção que a legislação
penal outorga a esse bem jurídico, vedando sua prática.
A legislação em vigor admite a transferência compulsória de curso entre Instituições de Ensino Superior
quando se tratar de remoção "ex officio" de estudante que seja servidor público, ou, ainda, nos casos de
83
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cônjuge, companheiro ou dependentes deste, conforme o art. 1º da Lei nº 9.536 /97. Nesse sentido, o
STF aprovou tese de repercussão geral confirmando a constitucionalidade da norma:
Errado, conforme diversas decisões do STF, em sede de repercussão geral e Súmula 70:
É inconstitucional a restrição ilegítima ao livre exercício de atividade econômica ou profissional, quando
imposta como meio de cobrança indireta de tributos. (Tese definida no ARE 914.045 RG, rel. min. Edson
Fachin, P, j. 15/10/2015, Tema 856)
É inconstitucional o uso de meio indireto coercitivo para pagamento de tributo – “sanção política” –, tal
qual ocorre com a exigência, pela Administração Tributária, de fiança, garantia real ou fidejussória como
condição para impressão de notas fiscais de contribuintes com débitos tributários. (Tese definida no RE
565.048, rel. min. Marco Aurélio, P, j. 29/5/2014, Tema 31)
Súmula 70/STF: É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de
tributo.
Questão 8: VUNESP
A respeito dos direitos fundamentais, com base na Constituição Federal e na jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, assinale a alternativa correta.
b) A interceptação telefônica pode ser determinada pelo Ministério Público, sempre que a defesa da
probidade administrativa recomende a adoção da medida.
c) As associações poderão ter as suas atividades suspensas por decisão administrativa ou judicial.
d) O direito à habitação garante ao indivíduo que ocupe imóvel público e nele exerça atividade econômica
produtiva o direito à usucapião.
e) A autoridade competente, em caso de iminente perigo público, poderá utilizar a propriedade particular,
assegurada ao proprietário a indenização prévia, justa e em dinheiro.
GABARITO: A
A respeito dos direitos fundamentais, com base na Constituição Federal e na jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, assinale a alternativa correta.
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constitucional da igualdade, vertido em seu aspecto social ou material, como direitos fundamentais de
segunda dimensão.
Exemplos dessas medidas são a reserva de vagas em concursos públicos para portadores de
necessidades especiais, cotas raciais em universidades e outros processos seletivos públicos, e a
proteção especial às mulheres.
As discriminações positivas são albergadas pelo nosso Supremo Tribunal Federal, segundo o qual
"não contraria – ao contrário, prestigia – o princípio da igualdade material, assentado no caput do
art. 5º da Constituição, a possibilidade de o Estado lançar mão seja de políticas de cunho universalista,
que alcançam um número indeterminado de indivíduos, mediante ações de natureza estrutural, seja de
ações afirmativas, que atingem grupos sociais determinados, atribuindo a estes determinadas vantagens,
por prazo limitado, de modo a permitir-lhes a superação de desigualdades e vulnerabilidades decorrentes
de situações históricas particulares". (Dentre outros, ADPF 186, rel. min. Ricardo Lewandowski,
julgamento em 26-4-2012; RE 597.285, rel. min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 9-5-2012; ADI
3.330, rel. min. Ayres Britto, julgamento em 3-5-2012)
Demais alternativas incorretas:
b) A interceptação telefônica pode ser determinada pelo Ministério Público, sempre que a defesa
da probidade administrativa recomende a adoção da medida.
A interceptação telefônica é matéria de absoluta reserva de jurisdição, só podendo ser determinada pelo
juiz, conforme já assentou o Supremo:
"O princípio constitucional da reserva de jurisdição incide sobre as hipóteses de busca domiciliar (CF, art.
5º, XI), de interceptação telefônica (CF, art. 5º, XII) e de decretação da prisão, ressalvada a situação de
flagrância penal (CF, art. 5º, LXI)" ( HC 100.341, rel. Min. Joaquim Barbosa, julg. 4/11/2010)
c) As associações poderão ter as suas atividades suspensas por decisão administrativa ou
judicial.
Incorreta, pois as atividades podem ser suspensas apenas por decisão judicial, nos termos do art. 5º,
XIX da CF/1988, sendo que para a dissolução compulsória (definitiva) apenas a decisão judicial transitada
em julgado:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.
d) O direito à habitação garante ao indivíduo que ocupe imóvel público e nele exerça atividade
econômica produtiva o direito à usucapião.
Incorreta, visto que imóveis públicos não estão sujeitos à usucapião, de acordo com o §3º, art. 183 da
CF/1988:
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por
cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-
lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
...
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
e) A autoridade competente, em caso de iminente perigo público, poderá utilizar a propriedade
particular, assegurada ao proprietário a indenização prévia, justa e em dinheiro.
85
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Incorreta, visto que a indenização é posterior e somente se houver dano, nos termos do art. 5º, XXV da
CF/1988:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
Com relação à aplicabilidade das normas constitucionais e aos direitos e garantias fundamentais, julgue
o item a seguir.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, são reconhecidos como válidos somente os direitos e as
garantias previstas no texto constitucional ou os a ele incorporados formalmente.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
É uma questão que não desperta muita dificuldade, especialmente quando feita dentro de casa, distante
do calor da prova.
Façamos a leitura da CF (art. 5º):
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil
seja parte.
Estamos diante, portanto, de um rol exemplificativo. A CF permite o ingresso de outros direitos e garantias.
Por exemplo, a CF, no art. 5º, permitiu a prisão civil em duas situações. Deixou para o legislador
infraconstitucional a tarefa de definir, dos dois momentos, como seriam as prisões.
O legislador infraconstitucional, portanto, incorporou, por lei, a prisão por prisão alimentícia e do
depositário infiel.
Ocorre que o Tratado internacional de São José da Costa Rica só admite a prisão em caso de não
pagamento voluntário de pensão alimentícia. Tal norma é considerada supralegal, logo, superior a
legislação infraconstitucional.
O STF reconheceu a sua constitucionalidade, e só fez evidenciar que o §5º do art. 5º da CF é uma cláusula
aberta que comporta o ingresso de outros direitos e garantias fundamentais, além dos já previstos na
CF/1988.
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Questão 10: VUNESP
O direito à liberdade em seu sentido mais amplo está estabelecido e garantido, total e integralmente,
na Constituição Federal (C.F.), art. 5, II, que diz:
c) não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
e) ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
GABARITO: E
O direito à liberdade em seu sentido mais amplo está estabelecido e garantido, total e integralmente,
na Constituição Federal (C.F.), art. 5º, II, que diz:
e) ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
É o que preconiza o art. 5º, inciso II, da Constituição Federal, também denominado de princípio da
legalidade ampla ou legalidade para o cidadão:
Art. 5º......
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
Consoante lição de José Afonso da Silva, o princípio da legalidade significa a submissão e o respeito à
lei e aos atos normativos em geral, a atuação dentro da esfera estabelecida pelo legislador e no poder
amplo e geral que a Constituição outorga sobre qualquer espécie de relações. Todavia, quando a
Constituição reserva conteúdo específico, caso a caso, de determinadas matérias que deverão ser
necessariamente ser reguladas por lei formal ou atos equiparados (medida provisória, lei
complementar, decreto autônomo) encontramo-nos diante do princípio da reserva legal (SILVA, José
Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 38ª. ed. São Paulo: Malheiros, 2015. p. 425).
Demais alternativas incorretas, pois se referem a outros tipos de liberdade específicos, dentro do mesmo
artigo 5º:
Princípio da liberdade de acesso à informação e da garantia do sigilo profissional (art. 5º, XIV, CF).
c) não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
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Princípio da liberdade de associação (art. 5º, XVII, CF).
b) A lei não poderá prever que o civilmente identificado seja submetido a identificação criminal.
c) O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial,
salvo nos casos de alta periculosidade.
d) Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou
sem fiança.
GABARITO: D
d) Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com
ou sem fiança.
Incorreta, pois a tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e o terrorismo (3T) são inafiançáveis e
insuscetíveis de graça e anistia, segundo o incisos XLII do art. 5º da CF/1988. Guarde o esquema abaixo,
relativo aos três incisos dos crimes constitucionalizados:
Art. 5º...
...
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos
termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por
eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a
ordem constitucional e o Estado Democrático.
Guarde ainda estes conceitos:
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Indulto: causa extintiva de punibilidade (art. 107, II, do Código Penal) e consiste em ato de clemência do
Poder Público, concedido privativamente pelo Presidente da República, nos termos do art. 84, XII,
em caráter geral ou coletivo. Pode ser delegado aos Ministros de Estado, nos termos do § único do art.
84, inciso XII.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI,
XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-
Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
Graça: causa extintiva de punibilidade, de caráter pessoal, concedido privativamente pelo Presidente da
República, da mesma forma que o indulto, que é de caráter coletivo.
Anistia: é a renúncia do Estado do seu direito de punir determinados fatos. É direcionada a fatos e não
a pessoas.
Reclusão e detenção: a distinção ocorre basicamente por conta de que a pena de detenção não admite
o regime inicial fechado para execução da pena, apenas o semi-aberto cumprido em estabelecimentos
menos rigorosos tais como colônias agrícolas ou similares, ou no regime aberto, em casas de albergue
ou estabelecimentos similares. A pena de reclusão admite o regime inicial fechado, em estabelecimentos
prisionais de segurança máxima ou média.
b) A lei não poderá prever que o civilmente identificado seja submetido a identificação criminal.
Incorreta, nos termos da previsão do inciso LXIV do art. 5º da CF/1988, que não prevê essa ressalva.
Art. 5º...
...
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial.
d) É assegurado, mediante pagamento de taxa, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.
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e) São gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei, o registro civil de nascimento e a
certidão de óbito.
GABARITO: E
Assinale a alternativa que está em conformidade com o disposto na Constituição Federal no tocante aos
direitos e garantias fundamentais.
b) a certidão de óbito''.
a) Em nenhuma hipótese a lei poderá restringir a publicidade dos atos processuais. INCORRETA.
A lei poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem, conforme dispõe o art.5º,LX, da Constituição Federal:
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade
ou o interesse social o exigirem''.
b) É livre a manifestação do pensamento, sendo garantido o anonimato. INCORRETA.
O art.5º, IV, da Constituição Federal dispõe ser livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato:
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
O art.5º, VII, assegurou a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação
coletiva;
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares
de internação coletiva''.
d) É assegurado, mediante pagamento de taxa, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder. INCORRETA.
O direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder,
nos termos do art.5, XXXIV, a, da Constituição Federal:
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''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso
de poder''.
a) não podem ser compulsoriamente dissolvidas, nem mesmo por decisão do Poder Judiciário transitada
em julgado.
b) somente podem ter suas atividades suspensas por decisão judicial transitada em julgado.
c) podem ser criadas, independentemente de autorização, e não podem sofrer interferência estatal em
seu funcionamento.
d) dependem de lei para serem criadas e não podem ter suas atividades suspensas, a não ser por decisão
judicial transitada em julgado.
e) independem de autorização para serem criadas e somente podem ser compulsoriamente dissolvidas
ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial transitada em julgado.
GABARITO: C
No tocante aos direitos e às garantias fundamentais, a Constituição Federal dispõe que as associações:
c) podem ser criadas, independentemente de autorização, e não podem sofrer interferência estatal
em seu funcionamento.
Correta, nos termos do inciso XVIII do art. 5º da CF/1988, que estabelece o princípio de liberdade de
associação:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo
vedada a interferência estatal em seu funcionamento.
Demais alternativas incorretas:
a) não podem ser compulsoriamente dissolvidas, nem mesmo por decisão do Poder Judiciário
transitada em julgado.
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XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.
b) somente podem ter suas atividades suspensas por decisão judicial transitada em julgado.
d) dependem de lei para serem criadas e não podem ter suas atividades suspensas, a não ser por
decisão judicial transitada em julgado.
a) assegura a prestação de assistência religiosa nas entidades de internação coletiva, sujeita aos termos
da lei, que poderá, no entanto, vedá-la nas entidades militares, quando necessário aos imperativos da
segurança nacional.
b) veda que se estabeleçam formas de proteção aos locais de culto e suas liturgias, sob pena de ofensa
à laicidade do Estado brasileiro.
c) impede que alguém seja privado de direitos por motivo de crença religiosa, exceto se a invocar para
eximir-se de obrigação legal a todos imposta, caso em que terá direitos políticos suspensos.
d) autoriza União, Estados, Distrito Federal e Municípios a agirem, na forma da lei, em colaboração de
interesse público com cultos religiosos ou igrejas.
e) proíbe a instituição de impostos sobre patrimônio, renda e serviços de templos de qualquer culto, ainda
que não relacionados com suas finalidades essenciais.
GABARITO: D
d) autoriza União, Estados, Distrito Federal e Municípios a agirem, na forma da lei, em colaboração
de interesse público com cultos religiosos ou igrejas.
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Correta, de acordo com o art. 19, I da CF/1988, que ressalva a colaboração de interesse público, como
por exemplo, creches, escolas, casas de saúde e orfanatos, ainda que ligadas a entidades confessionais:
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter
com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público.
Demais alternativas incorretas:
a) assegura a prestação de assistência religiosa nas entidades de internação coletiva, sujeita aos
termos da lei, que poderá, no entanto, vedá-la nas entidades militares, quando necessário aos
imperativos da segurança nacional.
Incorreta, visto que o texto constitucional incluiu as entidades militares, de acordo com o art. 5º, VII da
CF/1988:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares
de internação coletiva.
Efetivamente, a Lei 9.982/2000 regulamentou a referida norma constitucional, ao dispor sobre a
prestação de assistência religiosa nas entidades hospitalares públicas e privadas, bem como nos
estabelecimentos prisionais civis e militares, bem como a Lei 6.923/1981, que dispõe sobre o Serviço de
Assistência Religiosa nas Forças Armadas e que foi recepcionada pela CF/88:
Lei 9.982/2000: Art. 1º Aos religiosos de todas as confissões assegura-se o acesso aos hospitais da rede
pública ou privada, bem como aos estabelecimentos prisionais civis ou militares, para dar atendimento
religioso aos internados, desde que em comum acordo com estes, ou com seus familiares no caso de
doentes que já não mais estejam no gozo de suas faculdades mentais. Parágrafo único. (vetado)
Lei 6.923/1981: Art . 1º - O Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas - SARFA será regido
pela presente Lei.
Art . 2º - O Serviço de Assistência Religiosa tem por finalidade prestar assistência Religiosa e espiritual
aos militares, aos civis das organizações militares e às suas famílias, bem como atender a encargos
relacionados com as atividades de educação moral realizadas nas Forças Armadas.
...
Art . 4º - O Serviço de Assistência Religiosa será constituído de Capelães Militares, selecionados entre
sacerdotes, ministros religiosos ou pastores, pertencentes a qualquer religião que não atente contra a
disciplina, a moral e as leis em vigor.
b) veda que se estabeleçam formas de proteção aos locais de culto e suas liturgias, sob pena de
ofensa à laicidade do Estado brasileiro.
Incorreta, visto que a proteção a todos os cultos e liturgias é preconizada pelo art. 5º, VI da CF/1988:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
c) impede que alguém seja privado de direitos por motivo de crença religiosa, exceto se a invocar
para eximir-se de obrigação legal a todos imposta, caso em que terá direitos políticos suspensos.
Incorreta, em face da previsão do art. 5º. VIII da CF/1988, que prevê a possibilidade de cumprir prestação
alternativa, fixada em lei:
93
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política,
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação
alternativa, fixada em lei.
e) proíbe a instituição de impostos sobre patrimônio, renda e serviços de templos de qualquer
culto, ainda que não relacionados com suas finalidades essenciais.
A chamada imunidade sobre templos de qualquer culto incide tão somente somente o patrimônio, a renda
e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das respectiva entidades, não abrangendo, por
exemplo, rede de televisão financiada pela igreja, a não ser que seja exclusivamente destinada às
atividades religiosas/doutrinárias:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI - instituir impostos sobre:
...
b) templos de qualquer culto.
...
§ 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda
e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
A honra e a imagem das pessoas são invioláveis, sendo assegurado o direito de reparação por dano
material ou moral em caso de violação.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
A honra e a imagem das pessoas são invioláveis, sendo assegurado o direito de reparação por
dano material ou moral em caso de violação.
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Trata-se de um inciso bastante amplo, que abrange importantes espécies de proteção da intimidade, além
da vida privada, da honra e da imagem, como o sigilo bancário e fiscal.
Por exemplo, em relações às ações civis de investigação de paternidade, o STF firmou orientação,
bastante controversa, reconhecendo a impossibilidade de coação do pai que se recusa a fornecer
material genético para exame de DNA sobre o direito da mãe e do nascituro de ter revelada sua
paternidade, porque essa medida implicaria ofensa a garantias constitucionais explicitas e implícitas,
como a preservação da dignidade humana e da intimidade, além da inexecução específica e direta da
obrigação de fazer:
"INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE - EXAME DNA - CONDUÇÃO DO RÉU "DEBAIXO DE VARA”.
Discrepa, a mais não poder, de garantias constitucionais implícitas e explícitas - preservação da dignidade
humana, da intimidade, da intangibilidade do corpo humano, do império da lei e da inexecução específica
e direta de obrigação de fazer - provimento judicial que, em ação civil de investigação de paternidade,
implique determinação no sentido de o réu ser conduzido ao laboratório, "debaixo de vara", para coleta
do material indispensável à feitura do exame DNA". ( HC 71.373, rel. min. Francisco Rezek, red. p/ o
acórdão min. Marco Aurélio, P, j. 10/11/1994)
Um outro inciso bastante relacionado é o XII, que trata do sigilo de correspondência e das comunicações
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas.
Art. 5º....
...
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
GABARITO: A
A questão se refere a uma das modalidades de intervenção do Estado, identificada como requisição
administrativa, ou seja, a prerrogativa que o Poder Público possui de utilizar de propriedades particulares
em situações excepcionais conhecidas como perigos iminentes que coloquem em situação de risco a
comunidade, como por exemplo em caso de epidemia ou guerra, sendo uma obrigação por parte do
cidadão em ceder sua propriedade que não será transferida e tal ato ocorrerá em caráter temporário e
apenas durante a sua necessidade.
Nesse sentido a CF/88 e a partir da supremacia do interesse público, que determina que a administração
pública deverá agir em prol do interesse coletivo, a CF/88 assegura por meio da literalidade na redação
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do art. 5º, inciso XXV, na hipótese de iminente perigo público, o uso pela autoridade competente, da
propriedade particular, sendo assegurada ao proprietário indenização ulterior, caso ocorra dano.
CF/88
Art. 5º
XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
Se, com o intuito de eximir-se de obrigação legal a todos imposta, uma pessoa se recusar a cumprir
prestação alternativa, invocando convicção filosófica e política ou crença religiosa, os direitos associados
a tais convicções poderão ser restringidos.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
Se, com o intuito de eximir-se de obrigação legal a todos imposta, uma pessoa se recusar a
cumprir prestação alternativa, invocando convicção filosófica e política ou crença religiosa, os
direitos associados a tais convicções poderão ser restringidos.
Uma vez editada tal lei, o indivíduo terá de cumprir as obrigações alternativas, para que não sofra privação
de direitos.
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Questão 18: FGV
João, oficial de justiça, recebeu determinação judicial para que procedesse à busca e apreensão de
determinado objeto que estava no interior da residência de Antônio.
c) pode cumprir o mandado em qualquer horário do dia ou da noite, mas apenas em dias úteis;
GABARITO: B
João, oficial de justiça, recebeu determinação judicial para que procedesse à busca e apreensão de
determinado objeto que estava no interior da residência de Antônio. À luz dos balizamentos estabelecidos
exclusivamente na sistemática constitucional e partindo-se da premissa de que foram cumpridas as
exigências da lei processual, João:
Correta, nos termos do inciso XI do art. 5º da CF/1988, que autoriza o cumprimento do mandado judicial
apenas durante o dia, não importando o dia da semana:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial.
Demais alternativas incorretas:
c) pode cumprir o mandado em qualquer horário do dia ou da noite, mas apenas em dias úteis;
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Questão 19: CEBRASPE (CESPE)
Um grupo de pais apresentou requerimento a determinado município, solicitando autorização para realizar
manifestação pacífica na praça pública onde está sediada a prefeitura, a fim de protestar contra políticas
públicas municipais. A autoridade pública competente negou o pedido, sob o fundamento de que frustraria
outra reunião anteriormente convocada para o mesmo horário e local.
Nessa situação hipotética, para realizar a referida manifestação, o grupo de pais utilizou o instrumento
a) inadequado, porque o direito de reunião não requer autorização, mas apenas prévio aviso.
b) inadequado, entretanto a autoridade competente não poderia ter negado o direito com base no
fundamento utilizado.
c) adequado, porque o direito de reunião requer prévia autorização administrativa, cabendo ao grupo
ajuizar ação popular contra a decisão que negou o referido pedido.
d) adequado, porque o direito de reunião requer prévia autorização administrativa, cabendo ao grupo
impetrar habeas corpus contra a decisão que negou o referido pedido.
e) adequado, porque o direito de reunião requer prévia autorização administrativa, cabendo ao grupo
impetrar mandado de segurança contra a decisão que negou o referido pedido.
GABARITO: A
Há alguns requisitos para o direito de reunião, e, certamente, um deles não é o pedido de autorização ao
poder público.
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente
de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local,
sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
Acerca dos direitos e garantias fundamentais, das cláusulas pétreas e da organização político-
administrativa do Estado, julgue o item a seguir.
98
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Embora a Constituição Federal de 1988 preveja expressamente não distinção entre brasileiros, o próprio
constituinte estabeleceu, no texto constitucional, hipóteses de tratamentos distintos entre homens e
mulheres.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
Acerca dos direitos e garantias fundamentais, das cláusulas pétreas e da organização político-
administrativa do Estado, julgue o item a seguir.
Embora a Constituição Federal de 1988 preveja expressamente não distinção entre brasileiros, o
próprio constituinte estabeleceu, no texto constitucional, hipóteses de tratamentos distintos entre
homens e mulheres.
Correta, pois embora o inciso I do art. 5º da CF/1988 aponte a igualdade entre homens e mulheres, o
próprio dispositivo ressalta "nos termos desta Constituição". Desse modo, em outros momentos,
podemos encontrar a possibilidade de distinção de tratamento em casos específicos, como por exemplo:
art. 5º, L, art. 7º, XVIII, art. 40, III, a fim de conferir tratamento isonômico quando ocorrerem situações de
natural hipossuficiência feminina, transitória ou permanente:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
...
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante
o período de amamentação.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de
aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
...
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco)
anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na idade
mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas, observados o
tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo ente
federativo.
A seguir, alguns julgados da Suprema Corte que preconizam a razoabilidade de distinção de homens e
mulheres:
A norma contida no § 2º do art. 11 da Lei Federal 7.479/1986, no que se refere aos médicos e aos
capelães, é incompatível com a Constituição Federal. Com relação ao restante da carreira de bombeiro-
militar, não há ofensa aos princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade, da eficiência ou
da proporcionalidade. Os limites de estatura estabelecidos pela norma impugnada, que reproduzem
a mesma exigência imposta aos militares das Forças Armadas (1,60m para homens e 1,55m para
99
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mulheres), mostram-se razoáveis. (ADI 5.044, rel. min. Alexandre de Moraes, julgamento
em 11/10/2018).
O inciso I do art. 100 do CPC, com redação dada pela Lei 6.515/1977, foi recepcionado pela CF de
1988. O foro especial para a mulher nas ações de separação judicial e de conversão da separação
judicial em divórcio não ofende o princípio da isonomia entre homens e mulheres ou da igualdade
entre os cônjuges. (RE 227.114, rel. min. Joaquim Barbosa, julgamento em 14/12/2011).
(...) Lei Estadual 8.008/2018 do Rio de Janeiro, que impõe a obrigatoriedade de que as crianças e
adolescentes do sexo feminino vítimas de estupro sejam examinadas por perito legista mulher (...).
Risco evidenciado pela negativa de realização de atos periciais às vítimas menores de idade do sexo
feminino por legistas homens, o que compromete, concretamente e de modo mais urgente, o direito de
crianças e adolescente de acesso à justiça (art. 39 da Convenção sobre os Direitos das Crianças) e os
princípios da proteção integral e da prioridade absoluta (arts. 5º, XXXV, e 227 da CRFB).
Inconstitucionalidade material concreta. (ADI 6.039-MC, rel. min. Edson Fachin, julgamento
em 13/3/2019).
É constitucional a remarcação do teste de aptidão física de candidata que esteja grávida à época
de sua realização, independentemente da previsão expressa em edital do concurso público. (...) A
Corte entendeu que o interesse de que a grávida leve a gestação a termo com êxito exorbita os limites
individuais da genitora, a alcançar outros indivíduos e a própria coletividade. Enquanto a saúde pessoal
do candidato em concurso público configura motivo exclusivamente individual e particular, a maternidade
e a família constituem direitos fundamentais do homem social e do homem solidário. Se, após o teste de
aptidão física remarcado, a candidata lograr aprovação e classificação, deve ser empossada. Caso
contrário, será empossado o candidato ou candidata remanescente na lista de classificação em posição
imediatamente subsequente. ( RE 1.058.333, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 23/11/2018,
Informativo 924, Tema 973]
"O item está certo, pois o próprio constituinte estabeleceu desigualdades em relação a homens e mulheres
em direitos e obrigações, nos termos da Constituição Federal de 1988 (CF). É o caso do previsto no art.
5.º, inciso L, da CF."
GABARITO: C
100
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João, servidor público, preencheu todos os requisitos exigidos para o recebimento de determinado
benefício pecuniário, mas decidiu que iria requerê-lo somente na semana seguinte. Ocorre que, no dia
anterior àquele em que apresentaria o seu requerimento, foi editada a Lei nº XX, que extinguiu o
benefício. À luz da sistemática constitucional, a edição da Lei nº XX:
c) não impede que João receba o benefício, pois a lei não pode prejudicar o direito adquirido;
aquele que a lei considera definitivamente integrado ao patrimônio do titular, ainda que não o exercite de
imediato, uma vez que o exercício está protegido pelo direito. Essa proteção não alcança a chamada
“expectativa de direito”, caracterizada quando a lei nova alcança o indivíduo que está na iminência de
atender os requisitos para aquisição do direito.
Por exemplo, o Supremo Tribunal Federal tem assentado que uma vez preenchido os requisitos para o
recebimento do abono de permanência (quando o servidor público deixa de contribuir para a Previdência
porque já preencheu os requisitos para aposentadoria), esse direito adquirido não pode estar
condicionado a outra exigência. Dessa forma, o termo inicial para o recebimento do abono de
permanência dá-se com o preenchimento de todos os requisitos para a aposentadoria voluntária. Direito
adquirido quando preenchidos todos os requisitos. Inteligência da Súmula 359 (ARE 825.334 AgR, Relator
Ministro Roberto Barroso, Primeira Turma, julgamento em 24/5/2016).
Súmula 359/STF: Ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da inatividade regulam-se pela lei
vigente ao tempo em que o militar, ou o servidor civil, reuniu os requisitos necessários.
Demais alternativas incorretas:
b) não impede que João receba o benefício, pois a lei não pode prejudicar a coisa julgada;
Coisa julgada é a decisão judicial irrecorrível, da qual não cabe mais recurso, a não ser ação rescisória,
que pode ser interposta no prazo de 2 anos após o trânsito em julgado, diante de fatos ou provas novas
com eficácia sobre a decisão recorrida. A questão versa sobre direito adquirido.
d) não impede que João receba o benefício, pois a lei não pode prejudicar o ato jurídico perfeito;
101
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O ato jurídico perfeito é aquele que se aperfeiçoou, reunindo todos os elementos necessários à sua
formação, sob a vigência de determinada lei. Constitui-se em um passo além do direito adquirido, pois é
o próprio direito que se concretizou. No exemplo acima, no momento em que João exercer o
direito ao recebimento do benefício pecuniário, está albergado não só pelo direito adquirido mas também
pelo ato jurídico perfeito.
e) somente impedirá que João receba o benefício caso não o requeira no dia imediato à
promulgação da lei.
Vide comentários.
a) ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade
judiciária competente, ainda que nos casos de crime propriamente militar, definidos em lei.
b) às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante
a infância da criança.
c) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto
de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os
meios de financiar o seu desenvolvimento.
d) será admitida ação pública nos crimes de ação privada, se esta não for intentada no prazo legal.
e) é livre a locomoção no território nacional em tempos de guerra ou de paz, podendo qualquer pessoa,
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
GABARITO: C
c) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será
objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo
a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.
a) ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, ainda que nos casos de crime propriamente militar, definidos
em lei.
102
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Incorreta, em face do inciso LXI do art. 5º da CF/1988, que imputa à Justiça Militar o julgamento dos
crimes militares:
Art. 5º...
...
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em
lei.
b) às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante a infância da criança.
Incorreta, pois nos termos do inciso L do art. 5º da CF/1988 as presidiárias só podem ficar com seus filhos
durante o período de amamentação:
Art. 5º...
...
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante
o período de amamentação.
d) será admitida ação pública nos crimes de ação privada, se esta não for intentada no prazo legal.
Incorreta, pois o inciso XV do art. 5º da CF/1988 só garante livre locomoção no território nacional
em tempos de paz.
Art. 5º...
...
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos
da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
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GABARITO: E
Prevê o inc. XXII do art. 5º da CF que "é garantido o direito de propriedade". E tal propriedade deve
atender a sua função social (inc. XXIII do art. 5 º). Inclusive, a não observância à função importará a
desapropriação da propriedade (inc. XXIV do art. 5º), o que demonstra tratar-se de norma de eficácia
contida.
O Estado não intervirá nas empresas, mantendo-se a aplicação do princípio da livre iniciativa.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Art. 5º. VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
À luz da sistemática afeta aos direitos e garantias constitucionais, o advogado respondeu corretamente
que, naquele instante, Pedro
GABARITO: D
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Enquanto Pedro estava praticando um crime de furto em um carro localizado na rua, Antônio, que morava
na casa da frente, contatou o seu advogado e perguntou quem poderia prendê-lo. À luz da sistemática
afeta aos direitos e garantias constitucionais, o advogado respondeu corretamente que, naquele instante,
Pedro:
Ocorrendo o flagrante delito, qualquer do povo poderá deter o autor do crime, conforme previsão do art.
5º, inciso LXI, e também do inciso XI do mesmo artigo que prevê a possibilidade de penetrar em domicílio
alheio, à revelia do morador, no caso de flagrante delito:
Art. 5º...
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial;
...
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em
lei.
Demais alternativas incorretas, por conseguinte:
a) Cabe ao Poder Executivo determinar a dissolução compulsória de associação que tenha por objetivo
a promoção de fins ilícitos.
b) A produção dos efeitos da decisão judicial que determina a dissolução compulsória de associação
depende do seu trânsito em julgado.
e) A exclusão de um associado de uma entidade religiosa por questões ideológicas está sujeita a revisão
pelo Estado.
GABARITO: B
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Sobre as possibilidades de interferência estatal no direito fundamental à liberdade de associação, assinale
a opção correta.
a) Cabe ao Poder Executivo determinar a dissolução compulsória de associação que tenha por
objetivo a promoção de fins ilícitos.
Competência indelegável do Poder Judiciário, conforme o precitado inciso XIX do art. 5º, da Constituição
da República. Segundo o Supremo,
Cabe enfatizar, neste ponto, que as normas inscritas no art. 5º, XVII a XXI, da atual CF, protegem as
associações, inclusive as sociedades, da atuação eventualmente arbitrária do legislador e do
administrador, eis que somente o Poder Judiciário, por meio de processo regular, poderá decretar a
suspensão ou a dissolução compulsórias das associações. Mesmo a atuação judicial encontra uma
limitação constitucional: apenas as associações que persigam fins ilícitos poderão ser compulsoriamente
dissolvidas ou suspensas. Atos emanados do Executivo ou do Legislativo, que provoquem a compulsória
suspensão ou dissolução de associações, mesmo as que possuam fins ilícitos, serão inconstitucionais.
(ADI 3.045, voto do rel. min. Celso de Mello, julgamento em 10/8/2005).
c) A legitimidade da associação para a representação de seus filiados restringe-se ao âmbito
judicial.
A representação das entidades associativas se dá no âmbito judicial e administrativo (art. 5º, XXI, CF):
Art. 5º...
...
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar
seus filiados judicial ou extrajudicialmente.
d) A atuação judicial de associação na condição de substituta processual depende de autorização
dos associados por meio de procuração.
Perceba que aqui se trata de hipótese de substituição processual (CF, art. 5°, LXX), que dispensa
autorização específica dos associados para o mandado de segurança coletivo e não de representação
processual (CF, art. 5º, XXI), que exige essa autorização individual para as demais ações:
Art. 5º........
......
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar
seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
Nesse sentido, o STF editou a seguinte súmula:
Súmula 629/STF: A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos
associados independe da autorização destes.
Ainda segundo o Supremo:
"Em se tratando de mandado de segurança coletivo, esta Corte já firmou o entendimento de que, em tal
caso, a entidade de classe ou a associação é parte legítima para impetrá-lo, ocorrendo, nesse caso,
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substituição processual. Na substituição processual, distingue-se o substituto como parte em sentido
formal e os substituídos como partes em sentido material, por serem estes, embora não integrando a
relação processual, titulares do direito que, em nome próprio, é defendido pelo substituto (Rcl 1.097 AgR,
rel. min. Moreira Alves, julgamento 2/9/1999)
e) A exclusão de um associado de uma entidade religiosa por questões ideológicas está sujeita a
revisão pelo Estado.
Errado, pois o Estado não interferirá no funcionamento das associações (art. 5º, XVIII, CF):
Art. 5º...
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo
vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
Isso não significa que as associações estejam indenes à tutela jurisdicional. O STF já afirmou a vedação
da exclusão de associado de cooperativa sem o exercício da ampla defesa, na chamada aplicação dos
direitos fundamentais às relações horizontais entre particulares (RE 158.215-4)
a) estará sujeito à pena de reclusão e sem direito à fiança pelo crime de prática do racismo, mas em
relação ao crime hediondo terá direito à fiança, sendo ambos insuscetíveis de graça ou anistia.
b) estará sujeito à pena de reclusão pelo crime da prática do racismo e sem direito à fiança por ambos
os crimes, e não terá direito à graça ou anistia pelo crime considerado hediondo.
c) não terá direito à fiança por ambos os crimes, sendo estes imprescritíveis e insuscetíveis de graça ou
anistia.
d) terá direito à fiança pelo crime hediondo, mas não pela prática do racismo, sendo ambos os crimes
imprescritíveis e insuscetíveis de graça ou anistia.
e) terá direito à fiança pela prática do racismo, mas não pelo crime hediondo, sendo ambos os crimes
imprescritíveis, mas suscetíveis de graça e anistia.
GABARITO: B
Hércules cometeu um crime considerado hediondo e outro de prática do racismo. Segundo a Constituição
Federal,é correto afirmar que Hércules:
b) estará sujeito à pena de reclusão pelo crime da prática do racismo e sem direito à fiança por
ambos os crimes, e não terá direito à graça ou anistia pelo crime considerado hediondo.
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XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por
eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a
ordem constitucional e o Estado Democrático;
Além disso, a Lei 7.716/1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor,
estabelece eu seu artigo 20:
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional.
Pena: reclusão de um a três anos e multa.
Perceba que todos os chamados "crimes constitucionalizados" não admitem fiança. Hércules sujeita-se
ainda à pena de reclusão pelo crime de racismo, e não pode receber o benefício da graça ou da anistia
pelo crime hediondo praticado.
Demais alternativas incorretas:
a) estará sujeito à pena de reclusão e sem direito à fiança pelo crime de prática do racismo, mas
em relação ao crime hediondo terá direito à fiança, sendo ambos insuscetíveis de graça ou anistia.
c) não terá direito à fiança por ambos os crimes, sendo estes imprescritíveis e insuscetíveis de
graça ou anistia.
d) terá direito à fiança pelo crime hediondo, mas não pela prática do racismo, sendo ambos os
crimes imprescritíveis e insuscetíveis de graça ou anistia.
Todos os crimes em questão são inafiançáveis. Somente o crime hediondo é insuscetível de graça ou
anistia e somente o racismo é imprescritível.
e) terá direito à fiança pela prática do racismo, mas não pelo crime hediondo, sendo ambos os
crimes imprescritíveis, mas suscetíveis de graça e anistia.
Vide comentários.
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c) poderia funcionar independentemente de prévia autorização, pois é assegurada a liberdade de
associação;
d) não poderia funcionar, pois a ordem constitucional atualmente não reconhece o direito de associação;
e) só poderia funcionar caso fosse previamente editada lei disciplinando o funcionamento de associações
como essa.
GABARITO: A
Com vistas a permitir que as pessoas se defendam do crescimento vertiginoso da violência na Cidade
Alfa, algumas dezenas de pessoas decidem criar, com esse objetivo social, a Associação Beta. Foram
estabelecidos como requisitos, para o ingresso na associação, que a pessoa tivesse direito ao porte de
arma, que seria usada diariamente nas atividades internas e externas dos associados, e aceitasse vestir
o uniforme da associação. Considerando a sistemática constitucional, a Associação Beta:
Correta, visto que o art. 5º, XVII da CF/1988 veda a criação de associações de caráter paramilitar.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar.
As associações de caráter paramilitar, tais como Forças Armadas Revolucionárias Colombianas, Sendero
Luminoso do Peru ou a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, do Brasil, e outras, são
expressamente vedadas pelo texto constitucional.
Vide comentários.
d) não poderia funcionar, pois a ordem constitucional atualmente não reconhece o direito de
associação;
A Constituição assegura o funcionamento de qualquer associação para fins lícitos (por exemplo, PCC,
Comando Vermelho, e outras associações criminosas estão fora), vedada a de caráter paramilitar.
Vide comentários.
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Questão 28: VUNESP
É correto afirmar que a Constituição Federal determina que
a) ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade
policial competente.
b) ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem
fiança.
c) a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados exclusivamente ao juiz
competente.
d) o preso não tem direito à identificação dos responsáveis por seu interrogatório policial.
e) a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária, salvo nos casos de crimes
apenados com detenção.
GABARITO: B
a) ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade policial competente.
ERRADA.
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar,
definidos em lei;
b) ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com
ou sem fiança.
CORRETA, aqui está a resposta.
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou
sem fiança;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
d) o preso não tem direito à identificação dos responsáveis por seu interrogatório policial.
ERRADA.
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório
policial;
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e) a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária, salvo nos casos de
crimes apenados com detenção.
ERRADA. A CF não traz essa exceção:
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
Correto, visto que o sigilo da fonte é necessário ao exercício profissional, conforme o art. 5º, inciso XIV,
referenciado pelo art. 220, § 1º, da Constituição:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
exercício profissional.
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma,
processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação
jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII
e XIV.
Nessa situação hipotética, a quebra do sigilo bancário dos envolvidos poderá ser determinada
b) por comissão parlamentar de inquérito, que deverá mostrar de forma motivada a necessidade do ato e
a indicação concreta de fatos específicos.
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c) pelo auditor externo do tribunal de contas, a partir de autorização dada pelo ministro do TCU, relator
do processo.
GABARITO: B
Presidente de uma fundação federal, no exercício de suas atribuições, utilizou dinheiro da entidade para
atividades particulares e para benefício de terceiros. Por isso, foi necessária a adoção de medidas que
possibilitassem o rastreamento do dinheiro público que havia sido desviado para a perfeita comprovação
e identificação dos beneficiários. Nessa situação hipotética, a quebra do sigilo bancário dos envolvidos
poderá ser determinada:
b) por comissão parlamentar de inquérito, que deverá mostrar de forma motivada a necessidade
do ato e a indicação concreta de fatos específicos.
a) fica vedada a suspensão compulsória das atividades das associações, a não ser por decisão judicial
transitada em julgado.
b) desde que não tenham fins lucrativos, as atividades associativas gozam de imunidade tributária.
d) a interferência estatal no funcionamento das associações somente se justifica para garantia da ordem
pública, social e econômica do país.
e) todos podem associar-se pacificamente em locais abertos ao público, sendo apenas exigido prévio
aviso à autoridade competente.
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GABARITO: C
Nos termos do art.5º, XVIII, da Constituição Federal, a criação de associações e, na forma da lei, a de
cooperativas independem de autorização sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento:
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Nossa Constituição Federal admitiu a dissolução compulsória das associações, mas desde que haja o
trânsito em julgado para tanto:
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Não há ao longo do texto da Constituição Federal norma que assegure imunidade tributária às
associações, seja em relação a impostos, taxas ou contribuições.
d) a interferência estatal no funcionamento das associações somente se justifica para garantia da ordem
pública, social e econômica do país. INCORRETA.
Nossa Constituição Federal vedou de forma resoluta a interferência estatal em seu funcionamento:
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
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''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para
o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente''.
GABARITO: E
Correta, pois é o que prevê o art. 5º, XL da CF, ao tratar da retroatividade da lei penal mais benéfica:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
Demais alternativas incorretas:
Poderá retroagir, apenas para beneficiar o réu, mas nunca in malam partem.
d) não pode retroagir, exceto para impor pena mais severa ao réu.
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Os direitos constitucionais da pessoa presa incluem o direito à identificação dos responsáveis pela prisão,
o direito ao silêncio e o direito à assistência da família e de advogado.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
À luz da Constituição Federal de 1988, julgue o item que se segue, a respeito de direitos e garantias
fundamentais e da defesa do Estado e das instituições democráticas.
São constitucionalmente assegurados ao preso o direito à identificação dos agentes estatais responsáveis
pela sua prisão e o direito de permanecer em silêncio.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
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LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
[...].
a) incompatível com a ordem constitucional, pois o caráter laico do Estado impede a assistência religiosa
nas prisões;
b) compatível com a ordem constitucional, pois esse tipo de assistência religiosa, nos termos da lei, é um
direito fundamental;
c) incompatível com a ordem constitucional, pois o projeto de lei somente poderia ter sido apresentado
pelo Presidente da República;
d) compatível com a ordem constitucional, desde que a assistência religiosa seja simultaneamente
oferecida, a cada preso, por todas as religiões existentes;
I. a legítima de defesa;
II. a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida e os definidos como crimes
hediondos;
GABARITO: B
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O Deputado Federal João apresentou projeto de lei dispondo sobre a prestação de assistência religiosa
em prisões, a ser ofertada pelas confissões religiosas e sem custo para o Poder Público. Após o curso
regular do processo legislativo, foi promulgada a Lei nº XX/2019. À luz da sistemática estabelecida pela
Constituição da República de 1988, a referida Lei é:
b) compatível com a ordem constitucional, pois esse tipo de assistência religiosa, nos termos da
lei, é um direito fundamental;
Correta, pois a Constituição, em seu art. 5º, inciso VII, assegura a prestação de assistência religiosa em
lugares de internação coletiva (hospitais, presídios, instituições psiquiátricas e de recuperação de
dependentes químicos):
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares
de internação coletiva.
Demais alternativas incorretas:
a) incompatível com a ordem constitucional, pois o caráter laico do Estado impede a assistência
religiosa nas prisões;
Estado laico é o Estado que não tem religião oficial, mas que assegura a liberdade de crença e de
convicção religiosa. Estado confessional é o que reconhece determinada denominação religiosa como
religião oficial do Estado; Estado teocrático é aquele cujas normas políticas, civis e mesmo jurídicas são
submetidas a regras religiosas, como ocorre em alguns Estados islâmicos. O Brasil teve um Estado
confessional, por exemplo, durante a vigência da Constituição Imperial de 1824, que em seu art. 5º,
estabelecia:
Art. 5º. A Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a Religião do Imperio. Todas as outras
Religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular em casas para isso destinadas, sem
fórma alguma exterior do Templo.
c) incompatível com a ordem constitucional, pois o projeto de lei somente poderia ter sido
apresentado pelo Presidente da República;
O Projeto é constitucional, e não está sujeito a iniciativa privativa do Chefe do Executivo, visto não estar
listado no rol do art. 61, §1º, da CF.
d) compatível com a ordem constitucional, desde que a assistência religiosa seja simultaneamente
oferecida, a cada preso, por todas as religiões existentes;
Não há essa exigência constitucional. Tampouco há essa exigência na Lei 9.982/2000, que dispõe sobre
a prestação de assistência religiosa nas entidades hospitalares públicas e privadas, bem como nos
estabelecimentos prisionais civis e militares.
Vide comentários.
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Questão 37: FCC
Em relação aos direitos e garantias individuais expressos na Constituição da República Federativa do
Brasil, é correto afirmar que
a) o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial,
salvo em caso de flagrante delito.
b) a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados ao juiz competente e à
família do preso ou à pessoa por ele indicada até o primeiro dia útil subsequente à prisão.
c) o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada
a assistência da família e de advogado.
d) conceder-se-á habeas data sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
e) o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial,
salvo nos casos de investigações relativas a organizações criminosas.
GABARITO: C
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
Fácil perceber que não se reconheceu ao júri a legítima defesa. A legítima defesa, gente, é uma
excludente de ilicitude, e conta em favor do réu. E há o julgamento apenas dos crimes dolosos contra a
vida.
E há a soberania dos veredictos e o sigilo das votações, como previsto. E, assim, fica confirmada a
correção da letra “C”.
c) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular,
assegurado ao proprietário o direito à prévia e justa indenização.
d) A prática do terrorismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos
termos da lei.
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e) Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o brasileiro nato, em caso de crime comum, ou de
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins.
GABARITO: B
Incorreta, pois o inciso XVII do art. 5º da CF/1988, veda a associação de caráter paramilitar:
Art. 5º...
...
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar.
c) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurado ao proprietário o direito à prévia e justa indenização.
Incorreta, nos termos do inciso XLIII do art. 5º da CF/1988, que considera o terrorismo como crime
inafiançável e insuscetível de graça e anistia o crime de terrorismo, tortura e tráfico ilícito de
entorpecentes (3T):
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Art. 5º...
...
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles
respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
e) Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o brasileiro nato, em caso de crime comum, ou de
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins.
a) somente será incompatível com a Constituição da República de 1988 caso não assegure o perdão
judicial àqueles que praticaram condutas em momento anterior à sua vigência;
b) é incompatível com a Constituição da República de 1988, pois somente condutas que configurem
crimes inafiançáveis podem ser alcançadas por lei posterior mais gravosa;
c) é incompatível com a Constituição da República de 1988, pois somente poderia retroagir caso se
limitasse a ampliar as penas dos crimes já existentes;
d) é incompatível com a Constituição da República de 1988, pois não poderia retroagir para considerar
crimes condutas anteriores à sua vigência;
e) é compatível com a Constituição da República de 1988, pois compete à lei indicar as condutas que se
enquadram em seus comandos.
GABARITO: D
Após tomar conhecimento da prática de determinada conduta, de grande lesividade social, mas que não
era considerada crime pela legislação penal, os órgãos competentes da União aprovaram a Lei nº
XX/2019, dispondo, ainda, que ela se aplicaria aos fatos ocorridos nos doze meses anteriores à sua
vigência. À luz da sistemática constitucional, a Lei nº XX/2019:
d) é incompatível com a Constituição da República de 1988, pois não poderia retroagir para
considerar crimes condutas anteriores à sua vigência;
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Correta, em face da determinação constitucional de que a lei penal não pode retroagir para atingir conduta
não tipificada como crime cometida anteriormente à nova legislação, por conta do princípio
da Irretroatividade da Lei Penal mais gravosa, conforme previsão do art. 5º, XL.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
Demais alternativas incorretas:
a) somente será incompatível com a Constituição da República de 1988 caso não assegure o
perdão judicial àqueles que praticaram condutas em momento anterior à sua vigência;
A Constituição só admite o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica e não da mais
gravosa.
c) é incompatível com a Constituição da República de 1988, pois somente poderia retroagir caso
se limitasse a ampliar as penas dos crimes já existentes;
e) é compatível com a Constituição da República de 1988, pois compete à lei indicar as condutas
que se enquadram em seus comandos.
Vide comentários.
a) qualquer cidadão é parte legítima para propor mandado de injunção que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência.
b) nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes
da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tortura, terrorismo ou tráfico ilícito de entorpecentes
e drogas afins, na forma da lei.
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e) o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses
de seus membros ou associados.
GABARITO: E
Nos termos do que determina a Constituição da República Federativa do Brasil, acerca dos direitos e
garantias fundamentais,
e) o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por organização sindical, entidade de
classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em
defesa dos interesses de seus membros ou associados.
a) qualquer cidadão é parte legítima para propor mandado de injunção que vise a anular ato lesivo
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
Errada, pois essa é a disciplina da ação popular (art. 5º, LXXIII., CF) e não do mandado de injunção (art.
5º, LXXI, CF):
Art. 5º.....
.....
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania;
....
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência;
b) nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tortura, terrorismo ou tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.
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c) conceder-se-á habeas data para assegurar ao impetrante o conhecimento de informações
relativas a qualquer pessoa, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público.
a) De acordo com o STF, o consumo de droga ilícita em passeata que reivindique a descriminalização do
uso dessa substância é assegurado pela liberdade de expressão.
b) A legislação pertinente determina que os comentários de usuários da Internet nas páginas eletrônicas
dos veículos de comunicação social se sujeitem ao direito de resposta do ofendido.
c) A publicação de informações falsas em veículos de comunicação social não está assegurada pela
liberdade de imprensa.
e) Além do direito de resposta, a liberdade de expressão garante o direito de acesso e exposição de ideias
em veículos de comunicação social.
GABARITO: C
No que se refere à liberdade de expressão, à liberdade de imprensa e aos seus limites, assinale a
opção correta.
123
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Correto, pois o princípio da livre manifestação do pensamento ou da liberdade de imprensa, de estatura
constitucional, não autoriza a disseminação de notícias falsas, que podem redundar ainda em calúnia,
difamação ou injúria. Até porque os direitos e garantias fundamentais, via de regra, não se revestem de
caráter absoluto. Nesse sentido, decidiu o Supremo, via decisão monocrática:
"O Juízo, ao impor a preventiva, assentou tratar-se de organização criminosa voltada a divulgar ofensas
e falsas notícias na internet, as chamadas fake news, com o objetivo de desestabilizar a gestão provisória
do Município e atacar autoridades públicas envolvidas nas investigações policiais alusivas à morte do
prefeito eleito Jones Willian. O quadro indica estar em jogo a preservação da ordem pública". (HC 159899
MC / PA, rel. min. Marco Aurélio, julg. em 30/8/2018)
Demais incorretas:
Não é o que prevê a Lei 13.188/2015, que dispõe sobre o direito de resposta ou retificação do ofendido
em matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social, e que exclui de sua
incidência dos "comentaristas leigos de G1, O Globo, Folha e outros", conforme seu art. 2º, § 2º:
Art. 2º Ao ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social é
assegurado o direito de resposta ou retificação, gratuito e proporcional ao agravo.
§ 1º Para os efeitos desta Lei, considera-se matéria qualquer reportagem, nota ou notícia divulgada por
veículo de comunicação social, independentemente do meio ou da plataforma de distribuição, publicação
ou transmissão que utilize, cujo conteúdo atente, ainda que por equívoco de informação, contra a honra,
a intimidade, a reputação, o conceito, o nome, a marca ou a imagem de pessoa física ou jurídica
identificada ou passível de identificação.
§ 2º São excluídos da definição de matéria estabelecida no § 1º deste artigo os comentários realizados
por usuários da internet nas páginas eletrônicas dos veículos de comunicação social.
Referida Lei foi objeto de ação direta de inconstitucionalidade no STF, pendente ainda de julgamento (ADI
5.418/DF, rel. min. Dias Toffoli).
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Errado, por força do art. 2º, § 3º, da Lei 13.188/2015:
Art. 2º....
....
§ 3º A retratação ou retificação espontânea, ainda que a elas sejam conferidos os mesmos destaque,
publicidade, periodicidade e dimensão do agravo, não impedem o exercício do direito de resposta pelo
ofendido nem prejudicam a ação de reparação por dano moral.
e) Além do direito de resposta, a liberdade de expressão garante o direito de acesso e exposição
de ideias em veículos de comunicação social.
A liberdade de comunicação, consagrada no art. 220, não admite qualquer constrição dos meios de
comunicação social para que publiquem essa ou aquela matéria ou exposição de ideias:
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma,
processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação
jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e
XIV.
GABARITO: A
Nossa Constituição Federal, em seu art.5º, LII, foi resoluta ao vedar a extradição de estrangeiro por crime
político ou de opinião, sem impor qualquer condição ou requisitos para que esta prerrogativa fosse
resguardada. Trata-se, na linguagem do Supremo Tribunal Federal, de um direito público subjetivo
assegurado aos súditos estrangeiros oponível ao próprio Estado e de cogência inquestionável:
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião''.
A esse respeito, vale a leitura de parte da ementa da Ext 524 (Rel. Min. Celso de Mello)
''A inextraditabilidade de estrangeiros por delitos políticos ou de opinião reflete, em nosso sistema jurídico,
uma tradição constitucional republicana. Dela emerge, em favor dos súditos estrangeiros, um direito
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público subjetivo, oponível ao próprio Estado e de cogência inquestionável. Há, no preceito normativo que
consagra esse favor constitutionis, uma insuperável limitação jurídica ao poder de extraditar do Estado
brasileiro''.
As demais alternativas estão incorretas pois constituem direitos fundamentais que encontram limitações,
restrições ou condições constitucionalmente previstas para serem efetivados:
Letra B: o sigilo das comunicações poderá sofrer restrições judiciais para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal:
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar''.
Letra D: o art.5º, VII, assegurou, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades
civis e militares de internação coletiva:
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva''.
Letra E: atribui-se legitimidade das entidades associativas para representar os respectivos filiados judicial
ou extrajudicialmente quando expressamente autorizadas:
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
a) é assegurado a todos o acesso à informação, desde que indicada a fonte pelo jornalista.
c) é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da
lei, nele entrar, permanecer ou sair com seus bens.
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d) é plena a liberdade de associação para todos os fins.
GABARITO: C
Segundo a regra estabelecida pelo art. 5°, inciso XV, da CF/88, é garantida a liberdade quanto a
locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele
entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
CF/88
Art. 5°
XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer; (Erro da alternativa B)
XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário
ao exercício profissional; (Erro da alternativa A)
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos
da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; (Erro da
alternativa D)
a) a prova ilícita em favor do réu pode ser admitida, segundo jurisprudência do STF que entende que os
direitos fundamentais vinculam apenas o Estado, e não os particulares.
b) não se considera ilícita a busca e apreensão realizada, sem mandado judicial, em escritórios
comerciais ou no local de trabalho, por não ser reconhecidos como domicílio.
c) é lícita a gravação clandestina de conversa telefônica ou ambiental, ausente causa legal de sigilo ou
de reserva da conversação, feita por um dos interlocutores, mesmo sem o conhecimento dos demais.
d) essa proteção não alcança a recusa do réu em fornecer material para exame de DNA quando essencial
e indispensável para a solução do processo judicial.
GABARITO: C
Com relação aos direitos e garantias fundamentais, a Constituição Federal veda o uso da prova obtida
ilicitamente nos processos judiciais. Nessa temática, portanto, é correto afirmar que:
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o STF considera como excludente de ilicitude, a gravação feita por um dos interlocutores, sem
conhecimento do outro, para o exercício de defesa contra chantagem, ameaça ou outra prática
criminosa a que o interessado esteja submetido. Tal gravação ou interceptação poderá ser feita inclusive
por terceiro, a pedido do interessado:
"Ementa: habeas corpus. Prova. Licitude. Gravação de telefonema por interlocutor. É lícita a gravação de
conversa telefônica feita por um dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro, quando
há investida criminosa deste último. É inconsistente e fere o senso comum falar-se em violação do direito
à privacidade quando interlocutor grava diálogo com sequestradores, estelionatários ou qualquer tipo de
chantagista. Ordem indeferida" (HC 75.338/RJ - Rel. Ministro Nelson Jobim - DJ 25/09/1998).
O Supremo Tribunal Federal firmou posicionamento, em sede de repercussão geral, segundo o qual é
lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem conhecimento
do outro (RE 583.937 QO-RG, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 19/11/2009).
Demais alternativas incorretas:
a) a prova ilícita em favor do réu pode ser admitida, segundo jurisprudência do STF que entende
que os direitos fundamentais vinculam apenas o Estado, e não os particulares.
O STF não admite, em nenhuma hipótese, a utilização de provas ilícitas, ainda que os direitos
fundamentais estendam-se às relações entre particulares. No máximo, uma conduta que seria irregular,
pode ser considerada lícita em alguns casos, como na gravação ambiental para defesa própria:
"EMENTA: CONSTITUCIONAL. PENAL. GRAVAÇÃO DE CONVERSA FEITA POR UM DOS
INTERLOCUTORES: LICITUDE. PREQUESTIONAMENTO. Súmula 282-STF. PROVA: REEXAME EM
RECURSO EXTRAORDINÁRIO: IMPOSSIBILIDADE. Súmula 279-STF. I. - gravação de conversa entre
dois interlocutores, feita por um deles, sem conhecimento do outro, com a finalidade de documentá-la,
futuramente, em caso de negativa, nada tem de ilícita, principalmente quando constitui exercício de
defesa. II. - Existência, nos autos, de provas outras não obtidas mediante gravação de conversa ou
quebra de sigilo bancário. III. - A questão relativa às provas ilícitas por derivação "the fruits of the
poisonous tree" não foi objeto de debate e decisão, assim não prequestionada". (AI 50.367-PR, 2ª. Turma.
Rel. Min. Carlos Velloso. J. 1/2/2005)
b) não se considera ilícita a busca e apreensão realizada, sem mandado judicial, em escritórios
comerciais ou no local de trabalho, por não ser reconhecidos como domicílio.
Errado. Segundo o Supremo Tribunal Federal, a busca e apreensão em domicílio, o que inclui o
domicílio profissional, só pode ser determinada por ordem judicial, e durante o dia:
"Sem que ocorra qualquer das situações excepcionais taxativamente previstas no texto constitucional (art.
5º, XI), nenhum agente público, ainda que vinculado à administração tributária do Estado, poderá, contra
a vontade de quem de direito ( invito domino ), ingressar, durante o dia, sem mandado judicial, em espaço
privado não aberto ao público, onde alguém exerce sua atividade profissional, sob pena de a prova
resultante da diligência de busca e apreensão assim executada reputar-se inadmissível, porque
impregnada de ilicitude material". (HC 93.050, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 10/6/2008, 2ª
Turma).
d) essa proteção não alcança a recusa do réu em fornecer material para exame de DNA quando
essencial e indispensável para a solução do processo judicial.
Em decisões das mais polêmicas, o STF sobrepôs o direito da "intimidade" e da "dignidade humana" do
pai que se recusa a fornecer material genético para exame de DNA sobre o direito da mãe e do nascituro
de ter revelada sua paternidade, em voto vencedor de quem? Adivinhe...
"INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE - EXAME DNA - CONDUÇÃO DO RÉU "DEBAIXO DE VARA”.
Discrepa, a mais não poder, de garantias constitucionais implícitas e explícitas - preservação da dignidade
humana, da intimidade, da intangibilidade do corpo humano, do império da lei e da inexecução específica
e direta de obrigação de fazer - provimento judicial que, em ação civil de investigação de paternidade,
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implique determinação no sentido de o réu ser conduzido ao laboratório, "debaixo de vara", para coleta
do material indispensável à feitura do exame DNA". (HC 71.373, rel. min. Francisco Rezek, red. p/ o
acórdão min. Marco Aurélio, P, j. 10/11/1994)
Em outra decisão, o STF reconheceu a repercussão geral da questão relativa à extração do perfil
genético de criminosos perigosos (Tema 905), pendente de julgamento definitivo e definição de tese,
relator do Min. Gilmar Mendes, envolvendo suposta violação de direitos da personalidade e da
prerrogativa de não se incriminar:
"Repercussão geral. Recurso extraordinário. Direitos fundamentais. Penal. Processo Penal. 2. A Lei
12.654/12 introduziu a coleta de material biológico para obtenção do perfil genético na execução penal
por crimes violentos ou por crimes hediondos (Lei 7.210/84, art. 9-A). (...) Possível violação a direitos da
personalidade e da prerrogativa de não se incriminar – art. 1º, III, art. 5º, X, LIV e LXIII, da CF. 3. Tem
repercussão geral a alegação de inconstitucionalidade do art. 9-A da Lei 7.210/84, introduzido pela Lei
12.654/12, que prevê a identificação e o armazenamento de perfis genéticos de condenados por crimes
violentos ou hediondos. (RE 973.837 RG / MG, rel. Min. Gilmar Mendes, julg. em 23/6/2016)
a) A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos
da lei.
b) A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito, observado o devido
processo legal.
c) Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias, e
licença paternidade.
d) O direito de petição aos Poderes Públicos e as Empresas Públicas ou Privadas em defesa de direitos
ou contra ilegalidade ou abuso de poder.
GABARITO: D
Incorreta, visto que a CF/1988 no inciso XXXIV do art. 5º assegura que o direito de petição é exercido em
face do poder público, ou mesmo empresas estatais que prestem serviços públicos, mas não empresas
privadas:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder.
129
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Demais alternativas corretas:
Correta materialização do princípio da igualdade, visto que "homens e mulheres são iguais em direitos e
obrigações, nos termos desta Constituição", conforme o inciso I do art. 5º, da CF. Os direitos sociais
dos trabalhadores previstos nos incisos XVIII e XIX do art. 7º da CF/1988 são manifestações do princípio
da igualdade, visto que tratam diferenciadamente pessoas que se encontram em situação diversa
(homens e mulheres), com vistas a reduzir assimetrias:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias.
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
a) O direito de reunião pode ser qualificado como uma garantia coletiva, mas não como um direito
individual.
b) Toda reunião deve ter duração limitada, em razão de seu caráter episódico e temporário.
c) É constitucional ato normativo que vede a utilização de objetos e aparelhos sonoros em reunião, por
aplicação do princípio da proporcionalidade.
d) A reunião pressupõe finalidade lícita e pacífica, razão pela qual o fato de alguma pessoa estar portando
arma é motivo para sua dissolução.
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GABARITO: B
Assinale a alternativa correta com relação ao direito de reunião assegurado pelo art. 5º, XVI, da
Constituição da República.
b) Toda reunião deve ter duração limitada, em razão de seu caráter episódico e temporário.
Correta interpretação doutrinária do art. 5º, XVI, da Constituição Federal. Segundo Alexandre de Moraes:
São elementos da reunião: pluralidade de participantes, tempo, finalidade e lugar:
• Pluralidade de participantes: a reunião é considerada forma de ação coletiva.
• Tempo: toda reuni ão deve ter duração limitada, em virtude de seu caráter
temporário e episódico.
• Finalidade: a reunião pressupõe a organização de um encontro com propósito determinado, finalidade
lícita, pacífica e em armas. Anote -se, porém, como lembra Celso de Mello, que não será motivo par a
dissolução da reunião o fato de alguma pessoa estar portando arma. Nesses casos, deverá a polícia
desar mar ou afastar tal pessoa, prosseguindo- se a reunião, normalmente, com os demais participantes
que não estejam armados.
• Lugar: a reunião deverá ser realizada em local delimitado, em área certa, mesmo que seja um percurso
móvel, desde que predeterminada. Assim, as passeatas, os comícios, os desfiles estão englobados no
direito de reunião, sujeitando -se, tão-somente, aos requisitos constitucionais, da mesma forma que os
cortejos e banquetes com índole política.
( Moraes, Alexandre de. Direito Constitucional - 32ª. ed. São Paulo: Atlas, 2016; p. 152-153)
Art. 5º......
.....
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente
de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local,
sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
Demais alternativas incorretas:
a) O direito de reunião pode ser qualificado como uma garantia coletiva, mas não como um direito
individual.
Também Alexandre de Moraes, mencionando doutrina de Paolo Barile, afirma que o direito de reunião
pode ser qualificado como garantia coletiva e direito individual:
"Paolo Barile bem qualifica o direito de reunião como, simultaneamente, um direito individual e uma
garantia coletiva, uma vez que consiste tanto na possibilidade de determinados agrupamentos de
pessoas reunirem-se para livre manifestação de seus pensamentos, concretizando a titularidade desse
direito inclusive para as minorias, quanto na livre opção do indivíduo de participar ou não dessa reunião"
(Moraes, Alexandre de. Direito Constitucional - 32ª. ed. São Paulo: Atlas, 2016; p. 152-153)
c) É constitucional ato normativo que vede a utilização de objetos e aparelhos sonoros em reunião,
por aplicação do princípio da proporcionalidade.
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d) A reunião pressupõe finalidade lícita e pacífica, razão pela qual o fato de alguma pessoa estar
portando arma é motivo para sua dissolução.
Errado. Segundo o STF, não será motivo para dissolução da reunião de alguma ou algumas pessoas
estarem portando armas. Nesse caso, a polícia deverá agir para desarmar ou deter os portadores,
prosseguindo-se a reunião com os demais participantes:
"(...) cumprindo ter presente, quanto a tal requisito, a advertência de PONTES DE MIRANDA (...), para
quem “(...) a polícia não pode proibir a reunião, ou fazê-la cessar, pelo fato de um ou alguns dos presentes
estarem armados. As medidas policiais são contra os que, por ato seu, perderem o direito a reunirem-se
a outros, e não contra os que se acham sem armas". (ADPF 187/DF, rel. Min. Celso de Mello, julg. em
15/6/2011)
e) O direito de reunião compreende o direito de organizá-la e de convocá-la, mediante
prévia autorização da autoridade competente.
O direito de reunião compreende o direito de organizá-la, convocá-la, e de nela ter participação ativa,
exigindo-se tão somente prévio aviso à autoridade competente e não autorização desta.
a) não poderia ter recebido a pena aplicada, pois a Constituição Federal assegura que nenhuma pena
passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento
de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor
do patrimônio transferido.
b) poderia ter recebido a pena aplicada, pois a Constituição Federal considera crimes inafiançáveis e
insuscetíveis de graça ou anistia os definidos como crimes hediondos.
c) não poderia ter recebido a pena aplicada, pois a Constituição Federal assegura que a lei penal não
retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
d) poderia ter recebido a pena aplicada, pois a Constituição Federal estabelece que a lei regulará a
individualização da pena e adotará, entre outras, a de privação ou restrição da liberdade.
e) não poderia sequer ter sido condenado, em razão de a Constituição Federal assegurar que a lei não
prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
GABARITO: C
Um empresário renomado foi acusado de ter praticado crime de corrupção, ocasião em que passou a ser
investigado por tal fato. Diante da repercussão do caso, o Congresso Nacional aprovou, já no curso da
ação penal, uma alteração legislativa que dobrou a pena do crime do qual o empresário era acusado,
considerando-o como hediondo e inafiançável. Ao final, foi ele condenado à pena máxima prevista na
nova legislação. Nessa hipótese, o empresário:
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c) não poderia ter recebido a pena aplicada, pois a Constituição Federal assegura que a lei penal
não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
Correta, de acordo com garantia da irretroatividade da lei ou da retroatividade da lei penal mais
benéfica, prevista no inciso XL do art. 5º da CF/1988.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
Demais alternativas incorretas:
a) não poderia ter recebido a pena aplicada, pois a Constituição Federal assegura que nenhuma
pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas,
até o limite do valor do patrimônio transferido.
Incorreta, embora a citação com relação à CF esteja correta (art. 5º, XLV), não se aplicada ao caso
mencionado no enunciado da questão.
Art. 5º...
...
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.
b) poderia ter recebido a pena aplicada, pois a Constituição Federal considera crimes
inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia os definidos como crimes hediondos.
Incorreta, visto que o caso narrado é de crime de corrupção, e este ainda não é considerado crime
hediondo, pela Lei 8.090/1992. A inclusão do crime de corrupção como crime hediondo faz parte do
"pacto anti-crime" do Ministro da Justiça Sérgio Moro encaminhado ao Congresso Nacional e até o
momento 31/10/2019) não deliberado:
Art. 5º...
...
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por
eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
d) poderia ter recebido a pena aplicada, pois a Constituição Federal estabelece que a lei regulará
a individualização da pena e adotará, entre outras, a de privação ou restrição da liberdade.
Incorreta, visto que a assertiva não se aplica ao caso narrado no enunciado. Porém a citação da assertiva
está correta, de acordo com o art. 5º, XLVI, "a" da CF/1988.
Art. 5º...
...
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos.
e) não poderia sequer ter sido condenado, em razão de a Constituição Federal assegurar que a lei
não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
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Incorreta, visto que o processo narrado no enunciado ainda estava em curso, por isso não constituiu coisa
julgada. A citação com relação à CF/1988 encontra-se no art. 5º, XXXVI.
Art. 5º...
...
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
A previsão constitucional de que o preso deve ser informado de seu direito de permanecer calado aplica-
se não apenas a este, mas também a qualquer pessoa na condição de testemunha, indiciado ou réu.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
Acerca dos direitos e garantias fundamentais e de seus princípios fundamentais, julgue o item que se
segue.
A previsão constitucional de que o preso deve ser informado de seu direito de permanecer calado
aplica-se não apenas a este, mas também a qualquer pessoa na condição de testemunha, indiciado
ou réu.
Comentário do Professor: a garantia assegurada pelo art. 5º, LXIII da CF/88 é estendida às
testemunhas, indiciados e réus, por força de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:
Art. 5º...
...
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado.
O privilégio contra a autoincriminação – que é plenamente invocável perante as CPIs – traduz direito
público subjetivo assegurado a qualquer pessoa, que, na condição de testemunha, de indiciado ou de
réu, deva prestar depoimento perante órgãos do Poder Legislativo, do Poder Executivo ou do Poder
Judiciário. O exercício do direito de permanecer em silêncio não autoriza os órgãos estatais a
dispensarem qualquer tratamento que implique restrição à esfera jurídica daquele que regularmente
invocou essa prerrogativa fundamental. Precedentes. O direito ao silêncio – enquanto poder jurídico
reconhecido a qualquer pessoa relativamente a perguntas cujas respostas possam incriminá-la (nemo
tenetur se detegere) – impede, quando concretamente exercido, que aquele que o invocou venha, por tal
específica razão, a ser preso, ou ameaçado de prisão, pelos agentes ou pelas autoridades do Estado. (HC
79.812, rel. min. Celso de Mello, julgamento 8/11/2000, Plenário, DJ de 16/2/2001).
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Questão 49: IDECAN
A respeito da garantia constitucional da inviolabilidade do domicílio, assinale a alternativa correta.
a) Em caso de desastre durante a noite, o morador tem o direito de se opor à invasão do seu domicílio.
b) A invasão do domicílio poderá ocorrer durante a noite, desde que precedida de autorização judicial.
c) Sem determinação judicial, ninguém pode penetrar na casa sem o consentimento do morador.
d) A casa não é considerada asilo inviolável do indivíduo, pois há possibilidade de alguém nela penetrar
sem consentimento do morador.
GABARITO: E
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial;
A seguir os erros:
a) Em caso de desastre durante a noite, o morador tem o direito de se opor à invasão do seu
domicílio.
Direito de se opor? Não é isso que informa a CF. Em caso de desastre, permite-se o ingresso, a qualquer
hora do dia.
b) A invasão do domicílio poderá ocorrer durante a noite, desde que precedida de autorização
judicial.
Autorização judicial é necessária para ingresso durante o dia. Durante a noite, só nas situações de
flagrante, desastre ou para prestar socorro.
c) Sem determinação judicial, ninguém pode penetrar na casa sem o consentimento do morador.
d) A casa não é considerada asilo inviolável do indivíduo, pois há possibilidade de alguém nela
penetrar sem consentimento do morador.
É asilo inviolável, isso é certo. No entanto, a CF confere exceções. Fica a dica de que a CPI não pode
decretar a invasão domiciliar, por ser uma reserva de jurisdição.
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Questão 50: VUNESP
A respeito de travestis e transgêneros, em ação direta de inconstitucionalidade, com fundamento, entre
outros, nos princípios da dignidade da pessoa humana, da honra e da imagem, o Supremo Tribunal
Federal decidiu que
GABARITO: B
Conforme decidiu a jurisprudência do STF, tendo em vista o atendimento ao direito à igualdade sem
discriminação a modificação de identidade de gênero deverá ocorrer a partir de manifestação do
interessado, que possui direito fundamental subjetivo, cabendo ao Estado a sua concessão e ao
interessado e uma declaração de sua vontade em registro civil pela via administrativa ou judicial.
a) a certidão de casamento.
b) a obtenção de certidões em repartições públicas.
c) a assistência jurídica integral.
d) a certidão de óbito.
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e) a criação e a dissolução de associações.
GABARITO: B
Correto, conforme o art. 5º, XXXIV, "b", da Constituição Federal. Além disso, o inciso LXXVII estabeleceu
também a gratuidade de algumas ações e dos atos necessários ao execício da cidadania:
Art. 5º.....
.....
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações
de interesse pessoal;
.....
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários
ao exercício da cidadania.
Vale ainda mencionar a Lei 9.265/1996, que instituiu a gratuidade de todo e qualquer requerimento ou
petição que visem às garantias individuais e à defesa do interesse público:
a) a certidão de casamento.
Apenas a assistência jurídica prestada pela Defensoria Pública a quem dela necessitar é gratuita.
d) a certidão de óbito.
a) do juiz natural.
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b) do amplo acesso ao Poder Judiciário.
c) da dignidade humana.
d) da inafastabilidade da jurisdição.
e) da legitimidade.
GABARITO: A
O princípio do Juiz Natural tem previsão implícita na Constituição Federal de 1988. Por ele, assegura-se
a toda pessoa conhecer previamente aquele que a julgará no processo em que seja parte. Claro que tal
juiz deverá revestir-se de jurisdição competente para a matéria específica do caso.
Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por
um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na
apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou na determinação de seus direitos e
obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza.
a) sem o consentimento do proprietário, salvo, entre outros casos, por determinação judicial, em qualquer
período do dia ou da noite.
b) sem o consentimento do morador, salvo, entre outros casos, na hipótese de flagrante delito.
d) sem o consentimento do morador, salvo, entre outros casos, acompanhado do Delegado de Polícia.
e) sem o consetimento do morador, salvo, entre outros casos, durante a noite com determinação judicial.
GABARITO: B
Nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que a casa é o asilo inviolável do indivíduo, e
ninguém nela poderá penetrar:
b) sem o consentimento do morador, salvo, entre outros casos, na hipótese de flagrante delito.
Correta, em face do previsto no inciso XI, do art. 5º da CF/1988, que inclui também a hipótese de adentrar
o domicílio para prestar socorro, ou por determinação judicial, durante o dia, sem necessidade de prévio
consentimento do morador:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
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...
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial.
Demais alternativas incorretas:
a) sem o consentimento do proprietário, salvo, entre outros casos, por determinação judicial, em
qualquer período do dia ou da noite.
Nas hipóteses previstas no art. 5º, XI, da CF, não há necessidade de prévio consentimento do morador.
Hipótese inexistente.
e) sem o consentimento do morador, salvo, entre outros casos, durante a noite com determinação
judicial.
À luz da sistemática constitucional, o tratado internacional assim aprovado ingressará na ordem jurídica
interna com a natureza de:
a) decreto;
b) lei ordinária;
c) lei complementar;
d) medida provisória;
e) emenda constitucional.
GABARITO: E
Determinado tratado internacional de proteção aos direitos humanos foi aprovado, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos de votação, pela unanimidade dos seus membros. À luz da
sistemática constitucional, o tratado internacional assim aprovado ingressará na ordem jurídica interna
com a natureza de:
e) emenda constitucional.
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Correta, pois o tratado foi aprovado segundo o rito das Emendas à Constituição, e por isso será
equivalente a elas, do ponto de vista material, segundo determinação do § 3º do art. 5º da CF/1988.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão
equivalentes às emendas constitucionais.
Via de regra, os tratados internacionais firmados pelo Brasil são incorporados com status de lei ordinária.
Se versarem sobre direitos humanos, assumem caráter supralegal, conforme assinalado pelo Supremo:
"Há o caráter especial do Pacto Internacional dos Direitos Civis Políticos (art. 11) e da Convenção
Americana sobre Direitos Humanos - Pacto de San José da Costa Rica (art. 7°, 7), ratificados, sem
reserva, pelo Brasil, no ano de 1992. A esses diplomas internacionais sobre direitos humanos é reservado
o lugar específico no ordenamento jurídico, estando abaixo da Constituição, porém acima da legislação
interna. O status normativo supralegal dos tratados internacionais de direitos humanos subscritos pelo
Brasil, torna inaplicável a legislação infraconstitucional com ele conflitante, seja ela anterior ou posterior
ao ato de ratificação" (HC 95.967, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, julg. em 11/11/2008).
Se esses tratados de direitos humanos forem aprovados pelo rito especial das emendas, são a elas
equivalentes.
a) decreto;
b) lei ordinária;
c) lei complementar;
d) medida provisória;
À luz dos direitos e garantias fundamentais assegurados pela ordem constitucional e o entendimento
prevalecente no âmbito do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que a referida apreensão foi:
a) ilícita, pois, apesar da apreensão das substâncias entorpecentes, foi realizada durante a madrugada;
c) ilícita, pois o ingresso no domicílio, contra a vontade do morador, deve ser realizado de dia e com
mandado judicial;
d) lícita, desde que a entrada forçada tenha sido amparada em fundadas razões, justificadas em
momento posterior;
e) ilícita, pois, apesar da apreensão das substâncias entorpecentes, foi realizada sem mandado judicial.
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GABARITO: D
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial;
Nota que o ingresso deu-se sem ordem judicial. E aí? Possível? Sim! Porque o flagrante delito permite o
ingresso durante o dia ou a noite, e ainda que sem autorização judicial.
a) Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado após a
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma
da lei.
d) A pequena propriedade rural, assim definida em lei e trabalhada pela família, somente poderá ser
objeto de penhora para o pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva.
e) A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o
sexo do apenado.
GABARITO: E
Diante do que dispõe a Constituição Federal acerca dos direitos e garantias fundamentais:
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Incorreta, pois o crime comum deve ter sido praticado antes da naturalização, para autorizar a extradição,
nos termos do inciso LI do art. 5º da CF/1988:
Art. 5º...
...
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes
da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na
forma da lei.
b) É livre, exclusivamente aos brasileiros natos e naturalizados, a locomoção no território nacional
em tempo de paz, podendo, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
Incorreta, nos termos do inciso XV do art. 5º da CF/1988, que outorga o direito de locomoção a qualquer
pessoa, nacional ou estrangeira:
Art. 5º...
...
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos
da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
c) Admite-se a prática de tortura em caso de guerra declarada.
Incorreta, pois nos termos do inciso III do art. 5º da CF/1988 a tortura não é aceita em nenhuma hipótese.
No caso de guerra declarada a possibilidade é da pena capital, conforme prevê o inciso XLVII do art. 5º
da CF/1988:
Art. 5º...
...
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.
...
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis.
d) A pequena propriedade rural, assim definida em lei e trabalhada pela família, somente
poderá ser objeto de penhora para o pagamento de débitos decorrentes de sua atividade
produtiva.
b) ninguém será privado de direitos por motivo de convicções filosóficas, políticas ou religiosas, salvo se
as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta.
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c) a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem o consentimento do
morador, salvo por determinação judicial, a qualquer hora do dia ou da noite.
d) todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, desde que seja
concedida permissão por autoridade competente.
e) os autores de inventos industriais terão privilégio de caráter permanente para sua utilização, haja vista
a promoção do desenvolvimento tecnológico do país.
GABARITO: B
A Constituição Federal de 1988 garante, entre outros direitos e garantias fundamentais, que
b) ninguém será privado de direitos por motivo de convicções filosóficas, políticas ou religiosas,
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta.
Correto. Cuida-se aqui da denominada “escusa ou objeção de consciência”, previsto no art. 5º, VIII, da
Constituição:
Art. 5º........
VIII - Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
prestação alternativa, fixada em lei.
A consequência do não cumprimento da prestação alternativa àquele que se recusar a cumprir o serviço
militar obrigatório por escusa de consciência, está no art. 15, IV, que é a perda dos direitos políticos:
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
(...)
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
A lei que estabelece as prestações alternativas ao cumprimento de determinadas obrigações, é a Lei
8.239/1991.
Entretanto, entende a mesma Corte, ser possível a utilização dos fatos colhidos na denúncia para a
abertura de investigação autônoma, seja por parte da autoridade policial, do Ministério Público, seja no
âmbito do Tribunal de Contas da União, quando então poderão ser confirmados de per si as alegações
trazidas pelo denunciante, mas nunca a utilização da denúncia ou das provas trazidas diretamente pelo
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denunciante anônimo, sob pena de nulidade do processo (HC 97.197, rel. Min. Celso de Mello, julg. em
2/10/2009)
c) a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem o consentimento do
morador, salvo por determinação judicial, a qualquer hora do dia ou da noite.
Errado, por força do art. 5º, XI, da Constituição, que permite a entrada à revelia do morador nos casos
de flagrante delito ou desastre ou para prestar socorro, e a entrada por determinação judicial só
poderá ocorrer durante o dia:
Art. 5º..........
.........
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial;
d) todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, desde que seja
concedida permissão por autoridade competente.
Errado, pois independe de autorização oficial, mas necessita de prévio aviso à autoridade competente,
que normalmente é a polícia militar:
Art. 5º........
......
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente
de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local,
sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
e) os autores de inventos industriais terão privilégio de caráter permanente para sua utilização,
haja vista a promoção do desenvolvimento tecnológico do país.
Errado, visto que as patentes serão concedidas em caráter temporário, por força do art. 5º, XXIX, da
Constituição:
Art. 5º....
....
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem
como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros
signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do
País;
b) a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
c) a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do
cônjuge ou dos filhos brasileiros, ainda que lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
d) no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização prévia em dinheiro.
144
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GABARITO: B
À luz do que dispõe a Constituição Federal sobre os direitos e deveres individuais e coletivos,
b) a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
Já o ato jurídico perfeito, entende-se aquele que se aperfeiçoou, reunindo todos os elementos
necessários à sua formação, sob a vigência de determinada lei. Constitui-se em um passo além do direito
adquirido, pois é o próprio direito que se concretizou. No exemplo acima, aquele que exerceu o
direito ao recebimento do abono de permanência, está albergado não só pelo direito adquirido mas
também pelo ato jurídico perfeito.
Coisa julgada é a decisão judicial irrecorrível, da qual não cabe mais recurso, a não ser ação rescisória,
que pode ser interposta no prazo de 2 anos após o trânsito em julgado, diante de fatos ou provas novas
com eficácia sobre a decisão recorrida.
145
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XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício
do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus".
d) no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização prévia em dinheiro.
Incorreta, pois é assegurada ao proprietário indenização posterior (ulterior), se houver dano, no inciso
XXV do art. 5º da CF/1988.
Art. 5º...
...
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.
e) a lei não excluirá da apreciação do Poder Legislativo lesão ou ameaça a direito.
Incorreta, em face do previsto no art. 5º, XXXV, da CF/1988, que trata do princípio da inafastabilidade
da jurisdição:
Art. 5º...
...
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
a) trabalhador voluntário
b) autoridade central
c) órgão de execução
d) agente especial
e) juiz natural
GABARITO: E
A competência do STF para processar e julgar extradição solicitada por Estado estrangeiro está prevista
no art. 102, I, “g”, da CF:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
(...)
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;
(...)
O fato dessa competência estar previamente prevista no texto constitucional nos dá uma boa indicação
para a resposta correta: juiz natural.
O princípio do juiz natural objetiva garantir a independência e a imparcialidade do juiz, uma vez que ele é
definido antes que surja o caso concreto, impedindo a escolha ou o afastamento daquele que julgará o
feito.
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Vamos verificar as opções:
a) trabalhador voluntário
b) autoridade central
c) órgão de execução
d) agente especial
e) juiz natural
Alisson, decorridos 90 dias sem qualquer atualização no andamento do feito, retorna à repartição
administrativa indagando o porquê da demora. Ele obtém como resposta que o trâmite do procedimento
é sigiloso, mas que seria possível obter uma certidão com as informações postuladas mediante o
pagamento de determinada quantia, a título de “taxa”.
b) Para a obtenção de certidão com informações de direito pessoal, como manifestação do direito de
petição aos órgãos e poderes públicos, pode ser exigido o pagamento de taxas caso Alisson não
demonstre ser hipossuficiente econômico.
c) Embora inexista óbice à cobrança de taxas para cobrir as despesas com a emissão de certidões em
repartições públicas, ainda que destinadas à defesa e ao esclarecimento de situações de interesse
147
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pessoal, Alisson poderá utilizar o habeas data para obter as informações relativas ao procedimento
administrativo instaurado.
d) Alisson não pode ter acesso ao feito, porque os procedimentos administrativos que versem sobre
matéria tributária são de natureza sigilosa, somente podendo ser acessados, sem autorização judicial,
por advogado regularmente constituído pelo contribuinte, bem como por órgãos da administração pública
direta e indireta.
GABARITO: A
Ocorre que a CF não traz as iimunidades só nesse capítulo. Faz menção ao termo isenção ao longo da
ordem constitucional. Só que isenções são benefícios infraconstitucionais. Significa dizer, portanto, que
todas as vezes que a CF menciona que determina matéria é isenta é porque é imune. Veja o exemplo da
isenção de contribuições sociais sobre pensões e aposentadorias pagas pelo RGPS.
Ou seja, a atuação da SEFAZ é inconstitucional, por não ser permitido, constitucionalmente, o pagamento
de taxas.
a) entrada na casa do indivíduo, sem consentimento do morador, durante o dia, em caso de flagrante
delito.
b) uso de propriedade particular, pela autoridade competente, em caso de iminente perigo público.
d) realização de reunião pacífica, em local aberto ao público, quando anteriormente convocada outra
para o mesmo local.
e) suspensão das atividades de associação ou sua dissolução compulsória, exigido o trânsito em julgado
no último caso.
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GABARITO: E
Em conformidade com a disciplina dos direitos e garantias fundamentais na Constituição Federal de 1988,
é necessária prévia decisão judicial para:
Incorreta, pois para entrada na casa de indivíduo em caso de flagrante delito não há necessidade de
ordem judicial, seja durante o dia, seja durante a noite, segundo o art. 5º, XI da CF/1988.
Art. 5º...
...
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial.
b) uso de propriedade particular, pela autoridade competente, em caso de iminente perigo público.
Incorreta, visto que segundo o art. 5º, XXV da CF/1988 não há necessidade de autorização judicial para
que autoridade se utilize de propriedade particular, em casos de eminente perigo público. Trata-se de
modalidade de intervenção do poder público no domínio privado chamada ocupação provisória, e
sujeita-se a indenização ulterior, se houver dano ao proprietário:
Art. 5º...
...
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.
c) estabelecimento de qualificações profissionais como condição para o exercício de trabalho,
ofício ou profissão.
Incorreta, visto que é a lei que poderá estabelecer qualificações profissionais para que profissão seja
exercida, segundo o art. 5º, XIII da CF/1988.
Art. 5º...
...
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais
que a lei estabelecer.
d) realização de reunião pacífica, em local aberto ao público, quando anteriormente convocada
outra para o mesmo local.
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Incorreta, visto que o art. 5º, XVI da CF/1988 autoriza que todos podem reunir-se pacificamente, sem
armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que preenchidos os
requisitos ali descritos:
Art. 5º...
...
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente
de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local,
sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
Considerando a sistemática constitucional, o Defensor Público informou corretamente que a conduta dos
agentes públicos era:
a) ilícita, pois os agentes públicos nunca podem ingressar na casa alheia sem o consentimento do
morador;
b) lícita, pois os agentes públicos sempre podem ingressar na casa alheia, sem o consentimento do
morador, para procurar um criminoso;
c) lícita, pois os agentes públicos podem ingressar na casa alheia, sem o consentimento do morador,
sempre que entenderem necessário;
d) ilícita, pois os agentes públicos não podem ingressar na casa alheia, sem o consentimento do morador,
para procurar um criminoso, sem ordem judicial;
e) lícita, pois os agentes públicos somente podem ingressar na casa alheia, sem o consentimento do
morador, se estiver sendo praticado um crime no local.
GABARITO: D
Maria procurou a Defensoria Pública e informou que foi surpreendida, às 12h, com o ingresso de agentes
públicos armados em sua residência, contra a sua vontade, sob a alegação de que estavam procurando
um criminoso. Considerando a sistemática constitucional, o Defensor Público informou corretamente que
a conduta dos agentes públicos era:
d) ilícita, pois os agentes públicos não podem ingressar na casa alheia, sem o consentimento do
morador, para procurar um criminoso, sem ordem judicial;
Correto, de acordo com o art. 5º, XI, da CF. Cumpre assinalar que o ingresso poderia ocorrer, sem ordem
judicial, no caso de flagrante delito:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
150
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XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial.
Mesmo em caso de flagrante delito, o ingresso forçado de autoridade policial em domicílio, inclusive
para apreensão de objetos de crime, independentemente de autorização judicial, é condicionado à
demonstração de fundada suspeita de ocorrência de crime no local, conforme já se pronunciou o STF:
"a entrada forçada em domicílio sem mandado judicial é lícita, mesmo em período noturno, quando
amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa
ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou
da autoridade e de nulidade dos atos praticados". (RE 603.616/RO, Rel. Min. Gilmar Mendes, julg. em
5/11/2015)
Demais alternativas incorretas:
a) ilícita, pois os agentes públicos nunca podem ingressar na casa alheia sem o consentimento do
morador;
b) lícita, pois os agentes públicos sempre podem ingressar na casa alheia, sem o consentimento
do morador, para procurar um criminoso;
c) lícita, pois os agentes públicos podem ingressar na casa alheia, sem o consentimento do
morador, sempre que entenderem necessário;
e) lícita, pois os agentes públicos somente podem ingressar na casa alheia, sem o consentimento
do morador, se estiver sendo praticado um crime no local.
a) deverá ser obrigada a atendê-lo, em razão de a Constituição Federal assegurar a todos o acesso à
informação.
b) deverá ser obrigada a atendê-lo, em função de a Constituição Federal estabelecer que é livre a
manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
c) não será obrigada a atendê-lo, tendo em vista que a Constituição Federal estabelece que é livre a
expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura
ou licença.
d) não será obrigada a atendê-lo, pois a Constituição Federal estabelece que é inviolável a liberdade de
consciência e de crença, devendo a ofendida pleitear o direito de resposta, proporcional ao agravo.
e) não será obrigada a atendê-lo, pois a Constituição Federal resguarda o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional.
GABARITO: E
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Uma conceituada jornalista publicou nota, em jornal de grande circulação, afirmando que uma famosa
atriz deixou de estrear um programa de televisão por estar acima do peso, conforme um importante
executivo da emissora de TV teria revelado à repórter, em sigilo. Inconformada, a atriz processou a
jornalista, exigindo que ela esclarecesse onde havia obtido a informação. Considerando o pedido da atriz
na ação judicial, e com base no que dispõe a Constituição Federal, a jornalista:
e) não será obrigada a atendê-lo, pois a Constituição Federal resguarda o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional.
Correta, nos termos do art. 5º, XIV da CF/1988. Ainda sobre o caso narrado, a atriz ainda pode acionar a
justiça para receber indenização por dano material ou à imagem, segundo determinação do art. 5º, V.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material,
moral ou à imagem.
...
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
exercício profissional.
Demais alternativas incorretas:
a) deverá ser obrigada a atendê-lo, em razão de a Constituição Federal assegurar a todos o acesso
à informação.
Incorreta, pois ao mesmo tempo em que a CF/1988 prevê direito de acesso à informação a todas as
pessoas, também resguarda sigilo da fonte quando necessário ao exercício profissional.
b) deverá ser obrigada a atendê-lo, em função de a Constituição Federal estabelecer que é livre a
manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
De fato, é vedado o anonimato, conforme previsão do inciso IV do art. 5º, mas o que foi mantido em sigilo
foi a fonte da informação trazida pela repórter, e nesse caso a CF/1988, art. 5º, XIV assegura a
possibilidade de sigilo da fonte.
Art. 5º...
...
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
c) não será obrigada a atendê-lo, tendo em vista que a Constituição Federal estabelece que é livre
a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de
censura ou licença.
Incorreta, embora esse direito esteja assegurado no inciso IX do art. 5º, no caso narrado, a jornalista
podia manter o sigilo de sua fonte para o exercício de sua profissão.
Art. 5º...
...
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente
de censura ou licença.
d) não será obrigada a atendê-lo, pois a Constituição Federal estabelece que é inviolável a
liberdade de consciência e de crença, devendo a ofendida pleitear o direito de resposta,
proporcional ao agravo.
Vide comentários.
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Questão 64: VUNESP
É direito fundamental do cidadão brasileiro e dos estrangeiros residentes no Brasil:
c) nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação
coletiva.
GABARITO: C
c) nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de
internação coletiva.
Correta, pois a Constituição, em seu art. 5º, inciso VII, assegura a prestação de assistência religiosa em
lugares de internação coletiva (hospitais, presídios, instituições psiquiátricas e de recuperação de
dependentes químicos):
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares
de internação coletiva.
Demais alternativas incorretas:
Incorreta, pois embora o acesso à informação seja garantido, também é garantido o sigilo da
fonte quando necessário ao exercício da profissão, nos termos do art. 5º, XIV da CF/1988.
Art. 5º...
...
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
exercício profissional.
b) a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, mediante obtenção
de licença específica.
Incorreta, visto que a expressão de atividade artística, intelectual, científica e de comunicação não
dependem de licença, nos termos do art. 5º, IX, da CF/1988.
Art. 5º...
153
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...
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente
de censura ou licença.
d) a livre manifestação do pensamento, sendo assegurado o anonimato.
Incorreto, pois se o art. 5º, XVI da CF/1988, determina que todos podem se reunir desde que
pacificamente, sem armas.
Art. 5º...
...
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente
de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local,
sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
a) deve chamar um policial, que deve solicitar um mandado judicial para ingressar na casa contra a
vontade do morador.
c) deve solicitar um mandado judicial para ingressar na casa contra a vontade do morador.
d) pode solicitar a interrupção da agressão, mas não ingressar na casa contra a vontade do morador.
e) somente poderia ingressar na casa contra a vontade do morador, para interromper a agressão, caso
ainda fosse dia.
GABARITO: B
Antônio, pessoa do povo, percebeu que uma criança de aproximadamente 4 anos estava sendo
duramente espancada por um adulto, no interior de uma casa, durante a noite. Considerando a
sistemática constitucional, é correto afirmar que Antônio:
Correta, embora a casa seja asilo inviolável, o art. 5º, XI da CF prevê exceções: os casos de flagrante
delito, de desastre, para prestar socorro e os casos de autorização judicial. As três primeiras situações
podem acontecer tanto de dia quanto à noite:
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial.
Demais alternativas incorretas:
a) deve chamar um policial, que deve solicitar um mandado judicial para ingressar na casa contra
a vontade do morador.
Não há necessidade de aguardar autoridade policial para adentrar o domicílio, mesmo contra a vontade
do morador.
c) deve solicitar um mandado judicial para ingressar na casa contra a vontade do morador.
d) pode solicitar a interrupção da agressão, mas não ingressar na casa contra a vontade do
morador.
e) somente poderia ingressar na casa contra a vontade do morador, para interromper a agressão,
caso ainda fosse dia.
À luz do ocorrido, Pedro procurou a Defensoria Pública e solicitou orientação, sendo-lhe informado,
corretamente, que o seu requerimento foi indeferido de:
a) modo correto, pois todos os moradores devem permanecer vinculados à referida associação;
c) modo correto, pois, como Pedro se associou de modo voluntário, não poderia desligar-se da
associação;
d) forma equivocada, pois a associação de moradores deveria demonstrar que atuou em benefício de
Pedro durante o ano;
e) modo correto, pois o pedido de desligamento só teria eficácia 2 (dois) anos depois.
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GABARITO: B
Pedro, morador de uma área carente, recebeu uma carta informando-o que estava em débito com a
anuidade da associação de moradores do seu bairro. Ressalte-se que Pedro, no fim do ano anterior, tinha
solicitado o seu desligamento da associação, o que foi indeferido sob o argumento de que a associação
atuava em benefício dos moradores. À luz do ocorrido, Pedro procurou a Defensoria Pública e solicitou
orientação, sendo-lhe informado, corretamente, que o seu requerimento foi indeferido de:
a) modo correto, pois todos os moradores devem permanecer vinculados à referida associação;
c) modo correto, pois, como Pedro se associou de modo voluntário, não poderia desligar-se da
associação;
d) forma equivocada, pois a associação de moradores deveria demonstrar que atuou em benefício
de Pedro durante o ano;
e) modo correto, pois o pedido de desligamento só teria eficácia 2 (dois) anos depois.
c) o de mudar de religião e, ainda, o direito de não aderir a religião alguma ou mesmo o direito de ser
ateu.
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GABARITO: C
c) o de mudar de religião e, ainda, o direito de não aderir a religião alguma ou mesmo o direito de
ser ateu.
Engloba tanto o direito de crer na divindade (teísmo), como o de crer na ausência de divindade (ateísmo).
a) ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade
judiciária competente, inclusive nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos
em lei.
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b) será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião somente após decisão
definitiva da qual não cabe mais recurso, proferida pelo país no qual o acusado praticou o crime.
c) o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no
Congresso Nacional, organização sindical, entidade de classe ou associaçã legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
d) a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados no prazo obrigatório de
cento e vinte dias ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
e) são a todos assegurados, mediante o pagamento de taxas que serão fixadas obrigatoriamente por lei
complementar, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou
abuso de poder.
GABARITO: C
c) o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação
no Congresso Nacional, organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus
membros ou associados.
Esses dois jovens de nome bonito tiveram sorte em se deparar com questões de literal entendimento,
como esta prevista no inciso LXX, do art. 5º, da Constituição, mas que vamos aprofundar um pouco:
Art. 5º.......
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há
pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
Veja que pelo texto constitucional, apenas as associações necessitam do requisito de estarem
legalmente constituídas e em funcionamento há pelo menos um ano. Entretanto, o Supremo Tribunal
Federal incluiu nesse balaio também as entidades de classe. É o que afirma o julgado abaixo, relativo à
entidade de classe Associação dos Magistrados do Estado do Pará:
"Petição inicial desacompanhada de documento essencial – Falta de comprovação de que a impetrante
é entidade legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano (...) A ação de mandado
de segurança – ainda que se trate do writ coletivo, que se submete às mesmas exigências e aos mesmos
princípios básicos inerentes ao mandamus individual – não admite, em função de sua própria natureza,
qualquer dilação probatória. É da essência do processo de mandado de segurança a característica de
somente admitir prova literal pré-constituída, ressalvadas as situações excepcionais previstas em lei (Lei
n. 1.533/51, art. 6º e seu parágrafo único) (MS 21.098 , Rel. p/ o ac. Min. Celso de Mello, julgamento em
20/08/1991) .
Ao fim e ao cabo, o STF tem admitido que somente o sindicato está isento do requisito temporal de 1
ano de constituição prévia:
"Legitimidade do sindicato para a impetração de mandado de segurança coletivo independentemente da
comprovação de um ano de constituição e funcionamento" (RE 198.919, STF, Rel. Min. Ilmar Galvão,
julgamento em 15/6/1999).
Segundo o Supremo Tribunal Federal, o Partido Político com representação no Congresso Nacional
dispõe de legitimidade ativa para a instauração do processo de fiscalização abstrata de
constitucionalidade (CF, art. 103, VIII), podendo ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, a pertinente
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ação direta de inconstitucionalidade, qualquer que seja o número de representantes da agremiação
partidária nas Casas do Poder Legislativo da União. O mesmo raciocínio aplica-se ao mandado de
segurança coletivo.
Cabe observar que para a impetração do MS coletivo não se exige autorização especial dos
associados, tendo em vista que se trata de hipótese de substituição processual (CF, art. 5°, LXX) e
não de representação processual (CF, art. 5°, XXI). Tema inclusive sumulado pelo STF:
Súmula 629/STF: A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos
associados independe da autorização destes.
Demais alternativas incorretas:
a) ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, inclusive nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei.
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d) a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados no prazo
obrigatório de cento e vinte dias ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele
indicada.
A comunicação da prisão à família do preso ou pessoa por ele indicada será feita imediatamente:
Art. 5º.........
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
e) são a todos assegurados, mediante o pagamento de taxas que serão fixadas obrigatoriamente
por lei complementar, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder.
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Remédios Constitucionais
Questão 1: VUNESP
A respeito do Habeas Corpus, é correto afirmar que
a) os estrangeiros também gozam de legitimidade para a propositura da ação de habeas corpus na sua
língua materna.
b) na hipótese de abuso de poder, tanto as autoridades públicas, quanto as particulares podem ser
autoridades coatoras, o que não ocorre no caso de ilegalidade.
c) não cabe liminar em habeas corpus, seja preventivo ou repressivo, ainda que, no caso concreto,
estejam presentes os pressupostos de toda medida dessa natureza.
d) os membros do Ministério Público não podem ajuizar a ação em favor de terceiros, perante as
instâncias jurisdicionais superiores.
e) na condição de particular, poderá um membro do Poder Judiciário interpor a ação, desde que não se
refira a uma situação já sujeita à sua apreciação.
GABARITO: E
a. os estrangeiros também gozam de legitimidade para a propositura da ação de habeas corpus na sua
língua materna.
Errado: O habeas corpus se trata de ação constitucional que também pode ser utilizada por estrangeiros
por se tratar de um direito acessível a todos, conforme determina a CF/88, porém a mesma deve ser
redigida em língua portuguesa sob pena de não ser reconhecida.
(...) E inquestionável o direito de suditos estrangeiros ajuizarem, em causa propria, a ação de habeas
corpus, eis que esse remedio constitucional - por qualificar-se como verdadeira ação popular - pode ser
utilizado por qualquer pessoa, independentemente da condição jurídica resultante de sua origem nacional.
- a petição com que impetrado o habeas corpus deve ser redigida em portugues, sob pena de não-
conhecimento do writ constitucional (cpc, art. 156, c/c cpp, art. 3.), eis que o conteudo dessa peca
processual deve ser acessivel a todos, sendo irrelevante, para esse efeito, que o juiz da causa conheca,
eventualmente, o idioma estrangeiro utilizado pelo impetrante. A imprescindibilidade do uso do idioma
nacional nos atos processuais, além de corresponder a uma exigência que decorre de razoes vinculadas
a propria soberania nacional, constitui projeção concretizadora da norma inscrita no art. 13, caput, da
carta federal, que proclama ser a lingua portuguesa "o idioma oficial da republica federativa do brasil". -
não há como admitir o processamento da ação de habeas corpus se o impetrante deixa de atribuir a
autoridade apontada como coatora a pratica de ato concreto que evidencie a ocorrencia de um especifico
comportamento abusivo ou revestido de ilegalidade. (...) (HC 72391 QO / DF - DISTRITO FEDERAL)
b. na hipótese de abuso de poder, tanto as autoridades públicas, quanto as particulares podem ser
autoridades coatoras, o que não ocorre no caso de ilegalidade.
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Errado: No que tange aos sujeitos passivos do Habeas corpus, o mesmo poderá ser impetrado por
ilegalidade tanto em relação a autoridade coatora pública como privada e por abuso de poder, nesse caso
só poderá ocorrer em relação a autoridade pública.
c. não cabe liminar em habeas corpus, seja preventivo ou repressivo, ainda que, no caso concreto,
estejam presentes os pressupostos de toda medida dessa natureza.
Errado: De acordo com as habituais jurisprudências dos Tribunais é pacífica a concessão de liminar
em habeas corpus, desde que atendidos os seus requisitos.
d. os membros do Ministério Público não podem ajuizar a ação em favor de terceiros, perante as
instâncias jurisdicionais superiores.
(...) O Ministério Público dispõe de legitimidade ativa ad causam para ajuizar, em favor de terceiros,
a ação penal de habeas corpus. O remédio processual do habeas corpus não pode ser utilizado como
instrumento de tutela dos direitos do Estado. Esse writ constitucional há de ser visto e interpretado em
função de sua específica destinação tutelar: a salvaguarda do estado de liberdade do paciente. (...) (HC
69889)
e. na condição de particular, poderá um membro do Poder Judiciário interpor a ação, desde que não se
refira a uma situação já sujeita à sua apreciação.
Correto: Na condição de particular poderá um membro do Poder Judiciário intepor normalmente a ação
de habeas corpus, porém não poderá realizar tal procedimento nas hipóteses em que a referida ação
esteja sobre a sua competência de apreciação. Nesse caso o próprio membro do Judiciário poderá
conceder a mesma de ofício, ou seja, por suas próprias atribuições. Como podemos observar em um
determinado processo de competência de um juiz, em que o mesmo identificou a necessidade de
conceder um habeas corpus a uma das partes de ofício.
Questão 2: VUNESP
José, funcionário público municipal, vem sofrendo ameaças de violência e coação ao seu direito de
liberdade e locomoção, por parte de seu chefe imediato, que está agindo com abuso de poder, de forma
totalmente ilegal. No caso, e tendo em vista o que dispõe a Constituição Federal, José poderá impetrar
a) habeas data.
b) recurso para a sua transferência.
c) mandado de segurança.
d) habeas corpus.
e) representação junto ao Prefeito.
GABARITO: D
José, funcionário público municipal, vem sofrendo ameaças de violência e coação ao seu direito de
liberdade e locomoção, por parte de seu chefe imediato, que está agindo com abuso de poder, de forma
totalmente ilegal. No caso, e tendo em vista o que dispõe a Constituição Federal, José poderá impetrar:
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d) habeas corpus.
Correto, visto que na situação narrada no enunciado, José está sofrendo ameaça no seu direito de
liberdade de locomoção, podendo impetrar habeas corpus preventivo, conforme previsto no inciso LXVIII
do art. 5º da CF/1988.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
a) habeas data.
Incorreta, visto que o habeas data tem outra natureza, de acordo com o inciso LXXII, "a" e "b" do art. 5º
da CF/1988.
Art. 5º...
...
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo.
b) recurso para a sua transferência.
c) mandado de segurança.
Incorreta, visto que o mandado de segurança deve ser impetrado com outro objetivo, de acordo com o
inciso LXIX, do art. 5º da CF/1988.
Art. 5º...
...
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
e) representação junto ao Prefeito.
Questão 3: VUNESP
Considerando o disposto no direito brasileiro, assinale a alternativa correta sobre o mandado de
segurança.
a) O writ não pode ser concedido quando se tratar de ato do qual caiba recurso administrativo, com efeito
suspensivo, exceto se exigida caução.
b) É cabível o mandado de segurança contra atos de gestão comercial praticados pelos administradores
de empresas públicas e de sociedade de economia mista.
c) A lei admite a impetração do writ contra decisão judicial transitada em julgado, mas, nessa hipótese,
não será concedida liminar.
d) Não se concederá o mandado de segurança que tenha por objeto a discussão sobre imposto de
importação de bens do exterior.
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e) É cabível o writ na hipótese em que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, mas,
nesse caso, é vedada a liminar.
GABARITO: E
e) É cabível o writ na hipótese em que tenha por objeto a compensação de créditos tributários,
mas, nesse caso, é vedada a liminar.
Correta, visto que tal regra está prevista na Lei 12.016/2009, em seu art. 7º, §2º:
Art. 7º Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
...
§ 2º Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a
entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores
públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza.
A busca de compensação tributária por meio do mandamus é chancelada pela Súmula 213 do Superior
Tribunal de Justiça:
Súmula 213/STJ: o mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à
compensação tributária
Demais incorretas:
a) O writ não pode ser concedido quando se tratar de ato do qual caiba recurso administrativo,
com efeito suspensivo, exceto se exigida caução.
Incorreta, visto que essa possibilidade é vedada, consoante o § 2º do art. 1º da Lei 12.016/2009:
Art. 1º Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa
física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que
categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
...
§ 2º Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos
administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço
público.
c) A lei admite a impetração do writ contra decisão judicial transitada em julgado, mas, nessa
hipótese, não será concedida liminar.
Incorreta, visto que o art. 5º, III da Lei 12.016/2009 veda a impetração do mandado de segurança contra
decisão transitada em julgado:
Art. 5º Não se concederá mandado de segurança quando se tratar:
164
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...
III - de decisão judicial transitada em julgado.
d) Não se concederá o mandado de segurança que tenha por objeto a discussão sobre imposto
de importação de bens do exterior.
Não há empecilho à utilização writ para discutir cobrança de imposto de importação de bens do exterior.
Nesse sentido, o STF manteve acórdão do TJSC, nestes termos:
"O egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina reformou a sentença em acórdão assim
ementado: 'Mandado de Segurança. ICM. Redução do imposto de importação. Concedendo a
Comissão de Política Aduaneira a redução do imposto de importação, impossível é considerá-la como
isenção parcial para recolhimento do antigo ICM, abatendo-se o valor a ser pago ao Estado.' Redução
não tem o mesmo significado de isenção parcial, e o art. 111, II, do Código Tributário Nacional obriga a
interpretação exclusivamente gramatical em matéria de isenções impedindo exegese extensiva para
coibir ampliações não concedida pelo poder tributante. (fl . 102)' (...) Ora, se a importação de mercadorias
sob a alíquota zero não configura isenção e não impede a cobrança do ICM, a simples redução desta,
com muito mais razão, não pode conduzir a estas consequências. Conheço do recurso pela divergência
e nego-lhe provimento". (STJ, RE 5.892-SC, Relator Ministro Garcia Vieira, julg. em 14/10/1992)
Questão 4: IADES
Determinada autoridade pública, ao praticar ato no exercício de atribuições do poder público, fere direito
líquido e certo não amparado por habeas corpus ou habeas data de parte dos nutricionistas inscritos no
Conselho Regional de Nutrição da 3ª Região.
Quanto às ações constitucionais, tendo por base o caso hipotético narrado, é correto afirmar que o
Conselho Regional de Nutrição da 3ª Região
a) tem legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo; entretanto, em razão de a pretensão
veiculada não ser de interesse de toda a categoria, não poderá impetrá-lo.
b) tem legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo, ainda quando a pretensão veiculada
interesse apenas a uma parte da respectiva categoria, e independe de autorização dos associados aos
quais busca favorecer.
c) não tem legitimidade para impetrar o mandado de segurança, devendo recomendar que os
prejudicados busquem o respectivo direito por intermédio de advogado particular ou então pelo sindicato
da categoria.
d) tem legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo, mesmo que a pretensão veiculada
interesse apenas a uma parte da respectiva categoria, e dependerá de autorização expressa dos
associados aos quais busca defender.
GABARITO: B
Determinada autoridade pública, ao praticar ato no exercício de atribuições do poder público, fere direito
líquido e certo não amparado por habeas corpus ou habeas data de parte dos nutricionistas inscritos no
Conselho Regional de Nutrição da 3ª Região. Quanto às ações constitucionais, tendo por base o caso
hipotético narrado, é correto afirmar que o Conselho Regional de Nutrição da 3ª Região:
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b) tem legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo, ainda quando a pretensão
veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria, e independe de autorização dos
associados aos quais busca favorecer.
Correta, nos termos do art. 5º, LXX, "b", da Constituição Federal, bem como da jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, por meio das Súmulas 629 e 630:
Art. 5º....
....
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
...
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há
pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
Súmula 629/STF: A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos
associados independe da autorização destes.
Perceba que aqui se trata de hipótese de substituição processual (CF, art. 5°, LXX), que dispensa
autorização específica dos associados para o mandado de segurança coletivo e não de representação
processual (CF, art. 5º, XXI), que exige essa autorização individual para as demais ações:
Art. 5º........
......
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar
seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
Já a Súmula 630 versa sobre a legitimação da entidade de classe para impetração do mandamus, ainda
que a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria:
Súmula 630/STF: A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a
pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.
Demais alternativas incorretas:
c) não tem legitimidade para impetrar o mandado de segurança, devendo recomendar que os
prejudicados busquem o respectivo direito por intermédio de advogado particular ou então pelo
sindicato da categoria.
Tem legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo, ainda quando a pretensão veiculada
interesse apenas a uma parte da respectiva categoria, e independe de autorização dos associados aos
quais busca favorecer.
d) tem legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo, mesmo que a pretensão
veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria, e dependerá de autorização
expressa dos associados aos quais busca defender.
Independe de autorização dos associados aos quais busca favorecer (hipótese de substituição
processual).
Tem legitimidade para impetrar tanto o mandado de segurança individual quanto o coletivo.
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Questão 5: VUNESP
A respeito do Habeas Data, assinale a alternativa correta.
a) Não se admite a impetração de habeas data por estrangeiros, eis que, embora titulares de restritos
direitos fundamentais no Brasil, não fazem jus ao uso das garantias constitucionais.
b) Para a impetração de habeas data, exige-se a comprovação de que houve negativa, pela via
administrativa, do acesso aos dados pessoais ou retificação de dados pretendida pelo impetrante, sob
pena de extinção da ação por falta de interesse processual.
c) Via de regra, também é admitida a impetração de habeas data em favor de terceiros, considerando a
importância da tutela do direito de informação prevista na Constituição.
d) O habeas data é instrumento constitucional cabível para assegurar a efetivação de direito líquido e
certo, não amparado por habeas corpus ou mandado de segurança, e deve ser impetrado no prazo
máximo de 120 dias.
e) No caso de prolação de sentença concedendo habeas data, será cabível recurso de apelação dotado
de efeitos suspensivo e devolutivo.
GABARITO: B
b) Para a impetração de habeas data, exige-se a comprovação de que houve negativa, pela via
administrativa, do acesso aos dados pessoais ou retificação de dados pretendida pelo impetrante,
sob pena de extinção da ação por falta de interesse processual.
O habeas data é previsto no art. 5º, LXXII, da Constituição, e pela Lei 9.507/1997:
Art. 5º.....
...
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo.
A jurisprudência do STF firmou-se no sentido de que, para a impetração do habeas data, é
imprescindível a comprovação de prévia negativa administrativa., sob pena de extinção do feito por
carência da ação:
"A prova do anterior indeferimento do pedido de informação de dados pessoais, ou da omissão em atendê-
lo, constitui requisito indispensável para que se concretize o interesse de agir no habeas data. Sem que
se configure situação prévia de pretensão resistida, há carência da ação constitucional do habeas
data" (HD 87 AgR rel. min. Cármen Lúcia, julg. 25/11/2009, Plenário).
Demais alternativas incorretas:
a) Não se admite a impetração de habeas data por estrangeiros, eis que, embora titulares de
restritos direitos fundamentais no Brasil, não fazem jus ao uso das garantias constitucionais.
Incorreta, visto que o caput do art. 5º da CF/1988, estende-se a todos os estrangeiros no território
nacional. Isso porque se o caput do art. 5º refere-se aos estrangeiros residentes no Brasil, o STF, por
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intermédio de uma interpretação via mutação constitucional (sem alteração de texto), ampliou a
abrangência do termo "estrangeiros residentes no Brasil", para alcançar todo e qualquer
estrangeiro que estiver em território brasileiro, mesmo em trânsito, que gozarão dos direitos e garantias
individuais, podendo inclusive fazer uso dos remédios constitucionais (writs), tais como mandado de
segurança, habeas corpus, habeas data e outros. Nesse sentido,
"O súdito estrangeiro, mesmo aquele sem domicílio no Brasil, tem direito a todas as prerrogativas básicas
que lhe assegurem a preservação do status libertatis e a observância, pelo Poder Público, da cláusula
constitucional do due process. O súdito estrangeiro, mesmo o não domiciliado no Brasil, tem plena
legitimidade para impetrar o remédio constitucional do habeas corpus, em ordem a tornar efetivo, nas
hipóteses de persecução penal, o direito subjetivo, de que também é titular, à observância e ao integral
respeito, por parte do Estado, das prerrogativas que compõem e dão significado à cláusula do devido
processo legal" ( HC 94.477, rel. min. Gilmar Mendes, julg. 6.9.2011, 2ª Turma).
Alguns desses direitos, entretanto, como a ação popular, são restritos aos cidadãos brasileiros,
ou portugueses equiparados (art. 12, § 1º, CF) que devem comprovar, inclusive, essa condição, que
dentre outros requisitos, exige a regularidade eleitoral (alistamento, comprovante de votação).
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
c) Via de regra, também é admitida a impetração de habeas data em favor de terceiros,
considerando a importância da tutela do direito de informação prevista na Constituição.
Errado. O habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa física ou jurídica, brasileira ou
estrangeira. Entretanto, tem caráter personalíssimo: não é cabível para o conhecimento de informações
de terceiros, mas apenas relativas à pessoa do impetrante.
Incorreta, pois a assertiva se refere ao mandado de segurança, mas na redação do inciso LXIX da
CF/1988.
Art. 5º...
...
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
e) No caso de prolação de sentença concedendo habeas data, será cabível recurso de apelação
dotado de efeitos suspensivo e devolutivo.
Errado, visto que o art. 15, parágrafo único, da Lei 9.507/1997, prevê que o recurso terá somente
efeito devolutivo, isto é, "devolve" ao tribunal que conhecer do recurso a análise de toda a matéria
discutida nos autos.
Art. 15. Da sentença que conceder ou negar o habeas data cabe apelação.
Parágrafo único. Quando a sentença conceder o habeas data, o recurso terá efeito meramente devolutivo.
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a) As associações e os sindicatos possuem legitimidade para propor a ação em defesa de seus filiados,
na qualidade de substitutos processuais, independentemente de autorização expressa ou de procuração
individual por eles fornecida.
b) Durante a fase de cumprimento de sentença, os associados que não tenham conferido autorizações
para a propositura da demanda podem se beneficiar do título executivo judicial constituído na fase de
conhecimento.
c) A expressão contida no art. 5.º, XXI, da Constituição Federal de 1988 (CF), refere-se à substituição
processual e não à representação processual.
d) Os sindicatos possuem ampla legitimidade para atuar como substitutos processuais dos integrantes
da categoria que representem, mesmo na fase de cumprimento de sentença, independentemente de
autorização dos sindicalizados.
GABARITO: D
Acerca da propositura de ação de natureza coletiva por associação, entidade de classe ou organização
sindical, assinale a opção correta à luz do entendimento do STF.
d) Os sindicatos possuem ampla legitimidade para atuar como substitutos processuais dos
integrantes da categoria que representem, mesmo na fase de cumprimento de sentença,
independentemente de autorização dos sindicalizados.
Correto, por força do art. 5º, LXX, "b" da CF, da Súmula 629 do STF e da jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal:
Art. 5º...
...
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
...
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há
pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
Súmula 629/STF: A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos
associados independe da autorização destes.
Perceba que aqui se trata de hipótese de substituição processual (CF, art. 5°, LXX), que dispensa
autorização especifica dos associados para o mandado de segurança coletivo e não de representação
processual (CF, art. 5º, XXI), que exige essa autorização individual para as demais ações:
Art. 5º........
......
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar
seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
O Supremo Tribunal Federal tem assentado em sede de repercussão geral o entendimento de que os
sindicatos têm ampla legitimidade extraordinária para defender em juízo os direitos e interesses coletivos
ou individuais dos integrantes da categoria que representam, inclusive nas liquidações e execuções
de sentença, independentemente de autorização dos sindicalizados:
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"EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. ART. 8º, III, DA LEI MAIOR.
SINDICATO. LEGITIMIDADE. SUBSTITUTO PROCESSUAL. EXECUÇÃO DE SENTENÇA.
DESNECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. REAFIRMAÇÃO
DE JURISPRUDÊNCIA. I – Repercussão geral reconhecida e reafirmada a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal no sentido da ampla legitimidade extraordinária dos sindicatos para defender em juízo
os direitos e interesses coletivos ou individuais dos integrantes da categoria que representam, inclusive
nas liquidações e execuções de sentença, independentemente de autorização dos substituídos".
(RE 883.642, rel. Min. Ricardo Lewandowski, julg. em 29/6/2015)
Demais incorretas:
Apenas as associações legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano (art. 5º,
XX, "b", CF). Nesse caso, a propositura da ação coletiva independerá de autorização ou procuração
individual.
Veja que pelo texto constitucional, apenas as associações necessitam do requisito de estarem
legalmente constituídas e em funcionamento há pelo menos um ano. Entretanto, o Supremo Tribunal
Federal incluiu nesse balaio também as entidades de classe. É o que afirma o julgado abaixo, relativo à
entidade de classe Associação dos Magistrados do Estado do Pará:
"Petição inicial desacompanhada de documento essencial – Falta de comprovação de que a impetrante
é entidade legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano (...) A ação de mandado
de segurança – ainda que se trate do writ coletivo, que se submete às mesmas exigências e aos mesmos
princípios básicos inerentes ao mandamus individual – não admite, em função de sua própria natureza,
qualquer dilação probatória. É da essência do processo de mandado de segurança a característica de
somente admitir prova literal pré-constituída, ressalvadas as situações excepcionais previstas em lei (Lei
n. 1.533/51, art. 6º e seu parágrafo único) (MS 21.098 , Rel. p/ o ac. Min. Celso de Mello, julgamento em
20/08/91 ) .
b) Durante a fase de cumprimento de sentença, os associados que não tenham conferido
autorizações para a propositura da demanda podem se beneficiar do título executivo judicial
constituído na fase de conhecimento.
Errado, pois o STF já assentou que mesmo na fase de execução ou liquidação da sentença, permanece
a condição de substituição processual, sem necessidade de autorização individual dos filiados.
c) A expressão contida no art. 5.º, XXI, da Constituição Federal de 1988 (CF), refere-se
à substituição processual e não à representação processual.
Nessa hipótese, trata-se de representação processual, conforme explanado acima no item "d".
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para analisar o pedido decidiu-se pelo seu indeferimento, com base no fato de que os documentos
solicitados não eram relacionados a dados pessoais do solicitante. Irresignado, o cidadão ajuizou uma
ação judicial.
a) habeas corpus.
b) mandado de injunção.
c) direito de petição.
d) mandado de segurança.
e) habeas data.
GABARITO: D
d) mandado de segurança.
Correto, visto que configura direito líquido e certo do cidadão o de fiscalizar os atos da Administração, por
meio do exercício do direito de receber informações dos Poderes Públicos de interesse coletivo ou
geral, direito esse que pode ser defendido por meio do mandado de segurança:
Art. 5º...
...
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
A esse respeito, e quanto ao direito de obter vista de processo administrativo, o Supremo assim se
pronunciou:
"O direito de obter informações de interesse particular, coletivo ou geral (art. 5, XXXIII): diante da negativa
do fornecimento de informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, o remédio apropriado é o mandado de segurança,
e não o habeas data". (MS 24.725, rel. Min. Celso de Mello, julg. em 28/11/2003)
" 2. A ação de habeas data visa à proteção da privacidade do indivíduo contra abuso no registro e/ou
revelação de dados pessoais falsos ou equivocados. 3. O habeas data não se revela meio idôneo para
se obter vista de processo administrativo." (HD 90-AgR, rel. min. Ellen Gracie, julgamento em 18/2/2010,
Plenário; HD 92-AgR, rel. min. Gilmar Mendes, julgamento em 18/8/2010, Plenário)
Demais alternativas incorretas:
a) habeas corpus.
Errado, visto que o habeas corpus ou "remédio heroico" tem por objeto a defesa do direito de
locomoção:
Art. 5º...
...
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LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
b) mandado de injunção.
O mandado de injunção tem objeto diverso, conforme o inciso LXXI, do art. 5º:
Art. 5º...
...
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania.
c) direito de petição.
O direito de petição aos poderes públicos destina-se a resguardar direitos ou combater ilegalidades ou
abuso de poder, conforme o inciso XXXIV, "a", do art. 5º:
Art. 5º....
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações
de interesse pessoal;
e) habeas data.
O habeas data não é remédio constitucional hábil a obter vista de processo administrativo, conforme já
assinalado acima.
Art. 5º...
...
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue, tendo em vista o entendimento do
STF e considerando que a competência do secretário não é exclusiva.
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Desde que não tenha havido trânsito em julgado da decisão, a Defensoria Pública poderá desistir da ação
mandamental a qualquer tempo, ainda que proferida decisão de mérito a ela favorável, e mesmo sem
anuência da parte contrária.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
André e Joana realizaram a pré-matrícula do filho Pedro, de três anos de idade, em creche da secretaria
de educação municipal. Após meses de espera, Joana, não tendo recebido resposta a respeito da vaga
na creche, procurou auxílio da Defensoria Pública, a qual oficiou a creche, solicitando que a instituição
efetuasse a matrícula da criança. Em resposta, o diretor da creche informou não haver vaga disponível;
que a pré-matrícula havia sido feita junto à secretaria de educação; que o secretário o havia delegado
competente para efetivar as matrículas; e, por fim, que Pedro não poderia ser matriculado — mesmo que
houvesse vaga — porquanto deveria ter quatro anos completos até o dia 31 de março do ano em que
ocorrer a matrícula para o ingresso na pré-escola, conforme norma do Ministério da Educação. A
Defensoria Pública impetrou mandado de segurança contra a autoridade delegante, visando impugnar o
ato não concessivo da matrícula de Pedro.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue, tendo em vista o entendimento do
STF e considerando que a competência do secretário não é exclusiva.
Desde que não tenha havido trânsito em julgado da decisão, a Defensoria Pública poderá desistir
da ação mandamental a qualquer tempo, ainda que proferida decisão de mérito a ela favorável, e
mesmo sem anuência da parte contrária.
Excerto do julgado:
O impetrante pode desistir de mandado de segurança a qualquer tempo, ainda que proferida decisão de
mérito a ele favorável, e sem anuência da parte contrária. Com base nessa orientação, o Plenário, por
maioria, deu provimento a recurso extraordinário. Asseverou-se que o mandado de segurança, enquanto
ação constitucional, com base em alegado direito líquido e certo frente a ato ilegal ou abusivo de
autoridade, não se revestiria de lide, em sentido material. Pontuou-se não se aplicar, ao mandado de
segurança, a condição disposta na parte final do art. 267, § 4º, do CPC (“Art. 267. Extingue-se o processo,
sem resolução de mérito: ... § 4º Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem
o consentimento do réu, desistir da ação”). De igual forma, não incidiria o art. 269, V, do CPC (“Art. 269.
Haverá resolução de mérito: ... V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação”). (RE
669.367/RJ, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min. Rosa Weber, julg. em 2.5.2013.
173
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efetuasse a matrícula da criança. Em resposta, o diretor da creche informou não haver vaga disponível;
que a pré-matrícula havia sido feita junto à secretaria de educação; que o secretário o havia delegado
competente para efetivar as matrículas; e, por fim, que Pedro não poderia ser matriculado — mesmo que
houvesse vaga — porquanto deveria ter quatro anos completos até o dia 31 de março do ano em que
ocorrer a matrícula para o ingresso na pré-escola, conforme norma do Ministério da Educação. A
Defensoria Pública impetrou mandado de segurança contra a autoridade delegante, visando impugnar o
ato não concessivo da matrícula de Pedro.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue, tendo em vista o entendimento do
STF e considerando que a competência do secretário não é exclusiva.
Se, em vez de uma, várias famílias tivessem procurado a Defensoria Pública para se insurgir contra o
respectivo ato administrativo, este órgão estaria legitimado para impetrar mandado de segurança coletivo
com vistas a promover a tutela judicial de interesses coletivos.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
André e Joana realizaram a pré-matrícula do filho Pedro, de três anos de idade, em creche da secretaria
de educação municipal. Após meses de espera, Joana, não tendo recebido resposta a respeito da vaga
na creche, procurou auxílio da Defensoria Pública, a qual oficiou a creche, solicitando que a instituição
efetuasse a matrícula da criança. Em resposta, o diretor da creche informou não haver vaga disponível;
que a pré-matrícula havia sido feita junto à secretaria de educação; que o secretário o havia delegado
competente para efetivar as matrículas; e, por fim, que Pedro não poderia ser matriculado — mesmo que
houvesse vaga — porquanto deveria ter quatro anos completos até o dia 31 de março do ano em que
ocorrer a matrícula para o ingresso na pré-escola, conforme norma do Ministério da Educação. A
Defensoria Pública impetrou mandado de segurança contra a autoridade delegante, visando impugnar o
ato não concessivo da matrícula de Pedro. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que
se segue, tendo em vista o entendimento do STF e considerando que a competência do secretário não é
exclusiva.
Se, em vez de uma, várias famílias tivessem procurado a Defensoria Pública para se insurgir contra
o respectivo ato administrativo, este órgão estaria legitimado para impetrar mandado de
segurança coletivo com vistas a promover a tutela judicial de interesses coletivos.
Justificativa do Cebraspe/Cespe: Tanto o art. 5º, inciso LXX, da Constituição Federal, como o art. 21
da Lei nº 12.016/2009, não elencam a Defensoria Pública como legitimada para impetrar mandado de
segurança coletivo, mas apenas partidos políticos e organizações sindicais ou associações de classe.
Seguindo a literalidade do dispositivo constitucional a jurisprudência tem firmado entendimento de que
apenas partidos políticos e organizações sindicais ou associações de classe podem impetrar mandado
de segurança coletivo. Nesse sentido o STF tem entendido que “Nos termos do art. 5º, LXX, da
Constituição Federal, ‘o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com
representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus
membros ou associados’.” No mesmo sentido o STJ firmou entendimento ao decidir que “O rol dos
legitimados a impetrar mandado de segurança coletivo previsto no art. 5º, inciso LXX, da Constituição
Federal, assim como no art. 21 da Lei nº 12.016/2009, não elenca a Defensoria Pública.” Conf. STF, MS
32.832 AgR, rel. min. Rosa Weber, j. 24-2-2015, 1ª T, DJE de 11-3-2015; RE 198.919, rel. min. Ilmar
Galvão, j. 15-6-1999,1ª T, DJ de 24-9-1999; STJ, RMS 49257 / DF, Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS
MOURA, SEXTA TURMA, Julg. 03/11/2015, Publ. DJe 19/11/2015.
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Acrescente-se à justificativa do Cespe que, pelo texto constitucional, apenas as associações necessitam
do requisito de estarem legalmente constituídas e em funcionamento há pelo menos um ano. Entretanto,
o Supremo Tribunal Federal incluiu nesse balaio também as entidades de classe. É o que afirma o
julgado abaixo, relativo à entidade de classe Associação dos Magistrados do Estado do Pará:
"Petição inicial desacompanhada de documento essencial – Falta de comprovação de que a impetrante
é entidade legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano (...) A ação de mandado
de segurança – ainda que se trate do writ coletivo, que se submete às mesmas exigências e aos mesmos
princípios básicos inerentes ao mandamus individual – não admite, em função de sua própria natureza,
qualquer dilação probatória. É da essência do processo de mandado de segurança a característica de
somente admitir prova literal pré-constituída, ressalvadas as situações excepcionais previstas em lei (Lei
n. 1.533/51, art. 6º e seu parágrafo único) ( MS 21.098 , Rel. p/ o ac. Min. Celso de Mello, julgamento em
20/08/1991 ) .
Esta questão do Cebraspe/Cespe corrobora esse entendimento:
(CESPE/Defensor Público/SE/2012) De acordo com a CF, a legislação pertinente e o entendimento
do STF, possui legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança coletivo Gabarito: d) a
entidade de classe legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa
de seus associados, independentemente da autorização especial destes.
Por entender que o indeferimento era incompatível com a ordem jurídica, Maria solicitou que o seu
advogado ajuizasse a ação constitucional cabível para que o juízo competente determinasse a matrícula
de seu filho na escola.
a) habeas corpus;
b) habeas data;
c) mandado de segurança;
d) mandado de injunção;
e) mandado de educação.
GABARITO: C
Maria solicitou a matrícula do seu filho de 8 (oito) anos na Escola Municipal Beta, o que foi indeferido, por
escrito, pelo Diretor, sob o argumento de que a requerente, ao preencher o respectivo formulário,
declarara ser filiada a um partido político distinto daquele a que estava filiado o Prefeito Municipal. Por
entender que o indeferimento era incompatível com a ordem jurídica, Maria solicitou que o seu advogado
ajuizasse a ação constitucional cabível para que o juízo competente determinasse a matrícula de seu filho
na escola. Trata-se da seguinte ação:
c) mandado de segurança;
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Correta, nos termos do art. 5º, LXIX da CF/1988. Jamais o Diretor da escola poderia negar matrícula na
escola municipal ao filho de Maria por filiação política, religião, raça, cor, ou qualquer outra discriminação.
Trata-se de abuso de poder do dirigente escolar, ferindo direito líquido e certo da criança, defensável por
meio do mandado de segurança:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Quanto aos dirigentes de estabelecimento de ensino, inclusive particular, figurar no pólo passivo do
mandamus, o STJ já assentou:
a) habeas corpus;
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d) mandado de injunção;
Remédio inexistente.
b) o cabimento de mandado de injunção, para fins de anulação da decisão que ofendeu direito do
administrado.
d) a impetração de ação popular contra ato da autoridade coatora, desde que o administrado comprove
a violação a direito líquido e certo.
GABARITO: A
Diante de uma decisão da Administração pública que acarrete a violação de direito líquido e certo de um
administrado, a este a Constituição Federal assegura
O mandado de segurança é ação constitucional voltada a resguardar direito líquido e certo, com o fim de
obstar ilegalidade ou abuso de poder praticado por autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público:
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público''.
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Por essa razão, o administrado poderá impetrar este remédio constitucional contra decisão da
administração pública que acarretou na violação de um direito líquido e certo.
b) o cabimento de mandado de injunção, para fins de anulação da decisão que ofendeu direito do
administrado. INCORRETA.
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania''.
c) o ajuizamento de mandado de segurança coletivo, considerando a projeção de efeitos da violação a
direitos individuais. INCORRETA.
O mandado de segurança coletivo só poderá ser ajuizado por partido político com representação no
Congresso Nacional ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados:
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
A ação popular não será cabível, pois tem por objeto anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural:
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência''.
e) a impetração de habeas corpus, se a violação em questão ofender direito individual do
administrado. INCORRETA.
O habeas corpus é ação constitucional voltada a resguardar o direito de ir, vir e permanecer, sempre que
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder:
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''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder''.
a) A entidade de classe tem legitimação para o Mandado de Segurança ainda quando a pretensão
veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.
b) A impetração de Mandado de Segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados
depende da autorização destes.
d) É cabível agravo regimental contra decisão do relator que concede ou indefere liminar em Mandado
de Segurança.
e) Decisão denegatória de Mandado de Segurança, ainda que fazendo coisa julgada contra o impetrante,
não impede o uso da ação própria.
GABARITO: A
Com base nas súmulas do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta a respeito do instituto
do mandado de segurança.
a) A entidade de classe tem legitimação para o Mandado de Segurança ainda quando a pretensão
veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.
Súmula 630: A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a
pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.
Demais alternativas incorretas:
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Incorreta, pois nos termos da Súmula 629/STF, entidades de classe não precisam de autorização de seus
associados para impetrar Mandado de Segurança coletivo, pois se trata, na espécie, de hipótese
de substituição processual e não representação processual:
Súmula 629. A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos
associados independe da autorização destes.
Para as demais ações judiciais, cuida-se de representação processual, que depende da anuência
expressa dos associados, nos termos do art. 5º, XXI, da CF:
Art. 5º......
....
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar
seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
c) Compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer originariamente de Mandado de Segurança
contra atos de outros tribunais.
Incorreta, pois nos termos da Súmula 624 do STF, esta não é uma competência do STF.
Súmula 624. Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer originariamente de mandado de
segurança contra atos de outros tribunais.
Compete ao Supremo apenas conhecer originariamente de mandado de segurança contra ato do próprio
STF (art. 102, I, "d", CF):
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
.......
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado
de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e
do próprio Supremo Tribunal Federal;
d) É cabível agravo regimental contra decisão do relator que concede ou indefere liminar em
Mandado de Segurança.
Incorreta, pois nos termos da Súmula 622 do STF, não cabe agravo regimental contra decisão do relator
em mandado de segurança.
Súmula 622. Não cabe Agravo Regimental contra decisão do relator que concede ou indefere liminar em
Mandado de Segurança.
e) Decisão denegatória de Mandado de Segurança, ainda que fazendo coisa julgada contra o
impetrante, não impede o uso da ação própria.
a) permite-se a fungibilidade com a ação civil pública ou como sucedâneo da ação popular, na proteção
de direitos coletivos.
b) não admite o litisconsórcio ativo, sendo o litisconsórcio passivo causa de extinção da ação
mandamental.
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c) o pedido de reconsideração na esfera administrativa interrompe o prazo decadencial para sua
impetração.
GABARITO: D
a) permite-se a fungibilidade com a ação civil pública ou como sucedâneo da ação popular, na
proteção de direitos coletivos.
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sexual infantil em suas dependências" (RMS 29.759/RS, relator Min. Mauro Campbell
Marques, julgamento em 5/11/2009).
b) não admite o litisconsórcio ativo, sendo o litisconsórcio passivo causa de extinção da ação
mandamental.
Errado, nos termos do art. 10, §2º, da Lei 12.016/2016, que não admite o litisconsórcio ativo somente
após o despacho da petição inicial. Do mesmo modo, a Súmula do STF, determina a extinção da ação
mandamental apenas se o impetrante não promove, no prazo assinalado, a citação do litisconsorte
passivo necessário:
Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o caso de mandado
de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a
impetração.
...
§ 2º O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da petição inicial.
Súmula 631/STF: Extingue-se o processo de mandado de segurança se o impetrante não promove, no
prazo assinado, a citação do litisconsorte passivo necessário.
c) o pedido de reconsideração na esfera administrativa interrompe o prazo decadencial para sua
impetração.
Incorreta. A antiga Súmula 304 do Supremo admitia o uso de ação própria, na sentença que denegasse
o mandado de segurança, sem fazer coisa julgada contra o impetrante:
Súmula 403/STF. Decisão denegatória do mandado de segurança, não fazendo coisa julgada contra o
impetrante, não impede o uso da ação própria”
Atualmente, o art. 19 da Lei 12.016/2009 explicitou melhor esse dispositivo sumular, determinando:
Art. 19. A sentença ou o acórdão que denegar mandado de segurança, sem decidir o mérito, não impedirá
que o requerente, por ação própria, pleiteie os seus direitos e os respectivos efeitos patrimoniais.
a) Compete ao STF conhecer originariamente de mandado de segurança interposto contra atos de outros
tribunais.
b) Eventual controvérsia sobre matéria de direito não impede a concessão de mandado de segurança.
182
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GABARITO: B
Apenas os mandamus interposto contra atos do do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e
do próprio Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, "d"", CF):
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
...
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado
de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e
do próprio Supremo Tribunal Federal.
c) Compete ao STF conhecer originariamente do mandado interposto contra deliberação
administrativa de tribunal do qual tenha participado a maioria ou totalidade de seus membros.
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Incorreta, em face da súmula 512 do Supremo.
Súmula 512/STF. Não cabe condenação em honorários advocatícios nas ações de mandado de
segurança, conforme consolidada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
Entidade sindical constituída há menos de um ano e sediada em município da Federação tem legitimidade
para impetrar mandado de segurança coletivo a fim de garantir direito líquido e certo de seus filiados que
tenha sido lesado por ato de autoridade da administração fazendária federal.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
Acerca dos direitos e das garantias fundamentais previstos na Constituição Federal de 1988, julgue o item
a seguir.
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Questão 16: FCC
Getúlio é jornalista e deseja ter acesso ao extrato de contrato firmado entre a Prefeitura e fornecedor de
insumos para tratamento de água, uma vez que as obrigações contratuais dali constantes já estão sendo
praticadas, sem que as informações tenham sido publicadas no Diário Oficial. Solicitou à Prefeitura que
prestasse tais esclarecimentos, o que lhe foi negado sob o argumento de que os dados dali constantes
não envolvem informações pessoais do próprio jornalista.
Diante da negativa, a fim de ver protegido seu direito, Getúlio deve impetrar
a) mandado de injunção.
b) mandado de segurança coletivo.
c) habeas data.
d) habeas corpus.
e) mandado de segurança individual.
GABARITO: E
Getúlio é jornalista e deseja ter acesso ao extrato de contrato firmado entre a Prefeitura e
fornecedor de insumos para tratamento de água, uma vez que as obrigações contratuais dali
constantes já estão sendo praticadas, sem que as informações tenham sido publicadas no Diário
Oficial. Solicitou à Prefeitura que prestasse tais esclarecimentos, o que lhe foi negado sob o
argumento de que os dados dali constantes não envolvem informações pessoais do próprio
jornalista.
Diante da negativa, a fim de ver protegido seu direito, Getúlio deve impetrar
O Mandado de Segurança é um remédio constitucional para proteção de direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder
for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Pode ser impetrado individual ou coletivamente, tendo base constitucional e regulamentado pela lei
federal nº 12.016/09.
CF/88
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por
habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
--------------------------------------------------------------
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a) mandado de injunção. (ERRADO)
CF/88
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania;
--------------------------------------------------------------
b) mandado de segurança coletivo. (ERRADO)
CF/88
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por
habeas corpus ou habeas data , quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
--------------------------------------------------------------
c) habeas data. (ERRADO)
CF/88
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;
--------------------------------------------------------------
d) habeas corpus. (ERRADO)
CF/88
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
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LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
c) irregular, considerando que a delegação não foi ratificada pelo Legislativo, e os mandados de
segurança impetrados contra os atos do Ministro são julgados pelo STF;
e) irregular, considerando que os cargos vagos, criados por lei, devem ser extintos por lei, e os mandados
de segurança impetrados contra os atos do Ministro são julgados pelo STJ.
GABARITO: B
Correto, nos termos do art. 84, VI, "b", e parágrafo único, quanto à competência para editar o decreto
autônomo e a possibilidade de delegação a Ministro de Estado, bem como do art. 105, I, "b", quanto à
competência do STJ para conhecer de mandado de segurança impetrado contra ato do Ministro de
Estado, ambos artigos da Constituição Federal:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
...
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem
criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
...
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Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI,
XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-
Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
...
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;
Na hipótese da questão, o decreto autônomo editado pelo Ministro produziu efeitos concretos, quais sejam
a extinção de funções ou cargos, quando vagos.
Demais alternativas incorretas:
c) irregular, considerando que a delegação não foi ratificada pelo Legislativo, e os mandados de
segurança impetrados contra os atos do Ministro são julgados pelo STF;
e) irregular, considerando que os cargos vagos, criados por lei, devem ser extintos por lei, e os
mandados de segurança impetrados contra os atos do Ministro são julgados pelo STJ.
GABARITO: C
Certo: Conforme a pacífica jurisprudência da Suprema Corte não é possível a sua utilização contra ato
judicial passível de recurso ou correição.
Súmula 267
Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.
As demais alternativas não estão em conformidade com o posicionamento do STF, conforme vejamos:
Súmula 269
188
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O mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança. (Erro da alternativa A)
Súmula 101
O mandado de segurança não substitui a ação popular. (Erro da alternativa B)
Súmula 268
Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado. (Erro da alternativa B)
Súmula 625
Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança. (Erro da
alternativa D)
Súmula 271
Concessão de mandado de segurança não produz efeitos patrimoniais em relação a período pretérito, os
quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial própria. (Erro da alternativa E)
a) o habeas data;
b) o habeas corpus;
c) o mandado de injunção;
d) o mandado de segurança;
e) a reclamação constitucional.
GABARITO: D
João requereu a matrícula do seu filho de dez anos em determinada escola pública, o que foi indeferido
pelo respectivo diretor, por escrito, de modo arbitrário, ilegal e sem qualquer fundamentação.
Considerando a sistemática constitucional, o instrumento constitucional passível de ser utilizado para se
obter a matrícula do filho de João, que teve o seu direito líquido e certo à educação violado, é:
d) o mandado de segurança;
Correto, pois considerando que o filho de João atendia as condições para ser matriculado em uma escola
pública é dever do Estado oferecer a vaga. Considerando também que o diretor negou o pedido de
Antônio sem fundamento e de forma ilegal, ferindo assim um direito assegurado pela CF nos artigos, 205
e 208, I, o remédio constitucional adequado para Antônio é o mandado de segurança, nos termos do art.
5º, LXIX.
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com
a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício
da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
...
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada
inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria.
Art. 5º (...)
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LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Oportuno assinalar que cabe mandado de segurança contra ato abusivo praticado por autoridade, no
exercício de competência delegada, conforme Súmula 510 do STF, o que inclui inclusive diretores de
escolas particulares:
Súmula 510: Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o
mandado de segurança ou a medida judicial
O Supremo já assentou que a matrícula na educação infantil é direito público subjetivo do cidadão, que
pode requerer ao Poder Judiciário a efetivação desse direito:
a) o habeas data;
Incorreto, pois o habeas data possui finalidade diversa, prevista no art. 5º, LXXII "a" e "b":
Art. 5º...
...
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;
b) o habeas corpus;
Incorreto, pois o habeas corpus protege a liberdade de locomoção, conforme previsão do art. 5º, LXVIII.
Art. 5º...
...
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
c) o mandado de injunção;
Incorreto, pois o mandado de injunção possui objetivo diverso, previsto no art. 5º, LXXI:
Art. 5º...
...
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LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania.
e) a reclamação constitucional.
A reclamação é instrumento utilizado nos processos perante o Supremo Tribunal Federal mas também
perante o Superior Tribunal de Justiça, nos termos dos artigos 102, I, "l" e 105, I, "f", da Constituição, para
preservação da competência e da garantia da autoridade de suas decisões. A Lei 13.105/2015 (Código
de Processo Civil), estendeu esse instrumento para todos os tribunais.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:
a) a reclamação constitucional não pode ser utilizada como sucedâneo do recurso próprio ou de ação
rescisória para conferir eficácia à jurisdição invocada na decisão de mérito; ou seja, não
configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal finalidade
revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual
b) não cabe reclamação para questionar violação a súmula do Supremo Tribunal Federal destituída de
efeito vinculante; apenas as Súmulas Vinculantes desafiam reclamação, consoante o § 3º do artigo 103-
A, da CF:
Art. 103-A § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente,
anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja
proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
c) não cabe reclamação contra decisão que já transitou em julgado:
Súmula 734/STF: Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se
alega tenha desrespeitado decisão do STF.
Entretanto, o STF admite a reclamação contra decisão que só transitou em julgado após seu
ajuizamento (Rcl. 8.934 ED, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 1º/2/2011, Plenário)
No dia em que tomou conhecimento do indeferimento, Ednaldo solicitou que seu advogado ingressasse
com a ação constitucional cabível, de modo que pudesse obter o benefício.
a) Mandado de Segurança.
b) Mandado de Injunção.
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c) Direito de Petição.
d) Habeas Corpus.
e) Habeas Data.
GABARITO: A
Ednaldo, servidor público, após preencher todos os requisitos exigidos para a aposentadoria por tempo
de serviço, requereu o deferimento do benefício junto ao órgão competente, instruindo o requerimento
com todos os documentos exigidos pela legislação de regência. O requerimento, no entanto, foi indeferido
de modo ilegal e arbitrário. No dia em que tomou conhecimento do indeferimento, Ednaldo solicitou que
seu advogado ingressasse com a ação constitucional cabível, de modo que pudesse obter o benefício. À
luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que a referida ação é o:
a) Mandado de Segurança.
Correta, pela análise da situação trazida no enunciado, o remédio constitucional adequado é o mandado
de segurança, a fim de resguardar o direito líquido e certo de Ednaldo, conforme previsão do art. 5º,
LXIX.
Art. 5º...
...
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
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Demais alternativas incorretas:
b) Mandado de Injunção.
O mandado de injunção tem objetivo diverso, previsto no art. 5º, inciso LXXI, da Constituição:
Art. 5º...
...
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania.
c) Direito de Petição.
O Direito de petição já foi exercido por Edinaldo, ao requerer o deferimento do benefício junto ao órgão
competente
Art. 5º...
...
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder.
d) Habeas Corpus.
Remédio constitucional com finalidade diversa, prevista no art. 5º, LXXII, da Constituição:
Art. 5º...
...
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo.
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e) impetrar o mandado de segurança individual.
GABARITO: E
Aqui, bem provavelmente, o concurseiro teria uma inclinação a buscar alternativas como habeas data e
direito de petição. Só lembrando que o habeas data é para informações de natureza personalíssima, e
constantes em um banco de dados, inconfundível, assim, com o direito de acesso ao tempo de serviço.
Já o direito de petição é de natureza administrativa, e a questão nos requer uma ação judicial.
Portanto, não sendo um direito líquido e certo amparado por habeas data e sequer habeas corpus, há de
ser tutelado pelo manejo do mandado de segurança individual.
Fica só a dica de que o prazo decadencial é de 120 dias. E, no polo passivo, há de existir uma autoridade
pública ou que faça as vezes de pública, exemplo de concessionarias.
Ah! Ação popular é manejada por qualquer cidadão para a proteção do patrimônio público ou moralidade
administrativa, por exemplo. E o mandado de injunção é para a cura da inércia legislativa, ou seja, há a
falta de norma regulamentadora apta a tornar viável o gozo de determinado direito constitucional
assegurado.
É cabível mandado de segurança para proteger direito líquido e certo contra ilegalidade praticada por
diretor de sociedade de economia mista em decisão que homologa o resultado de licitação ou em atos de
gestão comercial.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
É cabível mandado de segurança para proteger direito líquido e certo contra ilegalidade praticada
por diretor de sociedade de economia mista em decisão que homologa o resultado de licitação ou
em atos de gestão comercial.
Incorreta, pois de acordo com o § 2º do art. 1º da Lei do Mandado de Segurança (Lei 12.016/2009),
o mandamus não cabe contra atos de gestão comercial de empresas públicas, sociedades de economia
mista ou concessionárias de serviço público. Porém, de acordo com a Súmula 333 do STJ o mandado de
segurança é cabível contrato procedimentos em licitação promovida por empresa estatal:
Art. 5º - CF/1988
...
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
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Lei 12.016/2009:
Art. 1º Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa
física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que
categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
...
§ 2º Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos
administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço
público.
Súmula 333/STJ: Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por
sociedade de economia mista ou empresa pública.
Como pedido, seu advogado requereu fosse deferida a injunção para estabelecer, de imediato, as
condições em que se daria o exercício do referido direito, ressaltando a importância da decisão a ser
proferida, já que o Tribunal, até então, jamais fora instado a apreciar a respectiva tese.
c) apresenta uma única irregularidade, pois João não tem legitimidade para impetrar o Mandado de
Injunção.
d) apresenta uma única irregularidade, pois um direito social não pode ser tutelado via Mandado de
Injunção.
e) apresenta três irregularidades: João não tem legitimidade, um direito social não pode ser tutelado via
Mandado de Injunção e o pedido está incorreto.
GABARITO: B
João, estrangeiro residente no território brasileiro, por entender que a ausência de norma
regulamentadora de comando constitucional, que deveria ter sido editada pelo Congresso Nacional,
impedia que fruísse certo direito social, resolveu impetrar Mandado de Injunção perante o Supremo
Tribunal Federal. Como pedido, seu advogado requereu fosse deferida a injunção para estabelecer, de
imediato, as condições em que se daria o exercício do referido direito, ressaltando a importância da
decisão a ser proferida, já que o Tribunal, até então, jamais fora instado a apreciar a respectiva tese. À
luz da sistemática estabelecida pela ordem jurídica, a narrativa acima:
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Correta, visto que: (i) o mandado de injunção é cabível na espécie, visto que os direitos sociais
compreendem prerrogativas inerentes à cidadania (art. 5º, LXXI, CF); (ii) João é estrangeiro e legitimativo
ativo para mobilizar o remédio constitucional, conforme o art. 3º, da Lei 13.300/2016 e a jurisprudência
do STF; (iii) como a norma é de competência do Congresso Nacional, o STF é o Tribunal competente
para conhecer da injunção (art. 102, I, "q", CF); (iv) a petição inicial deveria conter, também, o pedido
para edição da norma regulamentadora, conforme previsão do art. 8º, I, da Lei 13.300/2016, estando,
portanto, incorreto:
Art. 5º...
...
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
...
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente
da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de
uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do
próprio Supremo Tribunal Federal;
Lei 13.300/2016 (Lei do Mandado de Injunção):
Art. 3º São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas
que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2º e, como
impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora.
Art. 8º Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para:
I - determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora;
II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas
reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação própria visando
a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado.
Observe que o pedido para estabelecer as condições em que se daria o exercício do direito é previsto no
inciso II, do art. 8º da Lei 13.300/2016.Aliás, o Supremo tem deferido, mais de uma vez, a injunção nesse
sentido:
"2. Reconhecida a omissão legislativa em razão da ausência de lei complementar a definir as condições
para o implemento da aposentadoria especial. 3. Mandado de injunção conhecido e concedido para
comunicar a mora à autoridade competente e determinar a aplicação, no que couber, do art. 57 da Lei
8.213/1991". (MI 795, rel. min. Cármen Lúcia, Plenário, julg. 15/4/2009)
"A aposentadoria especial de servidor público portador de deficiência é assegurada mediante o
preenchimento dos requisitos previstos na legislação aplicável à aposentadoria especial dos segurados
do Regime Geral de Previdência Social, até que seja editada a lei complementar exigida pelo art. 40, § 4º,
II, da CF/1988)" (MI 4.158 AgR-segundo, rel. min. Luiz Fux, Plenário, julg. em 18/12/2013)
"Em observância aos ditames da segurança jurídica e à evolução jurisprudencial na interpretação da
omissão legislativa sobre o direito de greve dos servidores públicos civis, fixação do prazo de 60
(sessenta) dias para que o congresso nacional legisle sobre a matéria. Mandado de injunção deferido
para determinar a aplicação das leis nos 7.701/1988 e 7.783/1989". (MI 708, rel. min. Gilmar Mendes,
julg. em 25/10/2007)
Demais alternativas incorretas:
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c) apresenta uma única irregularidade, pois João não tem legitimidade para impetrar o Mandado
de Injunção.
Vide comentários.
e) apresenta três irregularidades: João não tem legitimidade, um direito social não pode ser
tutelado via Mandado de Injunção e o pedido está incorreto.
a) conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e das liberdades constitucionais, com exceção das prerrogativas inerentes à
cidadania.
b) conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e das liberdades constitucionais, com exceção das prerrogativas inerentes à
nacionalidade.
GABARITO: C
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Correta, em face do art. 102, I, "q", da CF/88.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
...
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente
da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de
uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do
próprio Supremo Tribunal Federal.
Lembre-se de que o mandado de injunção e o mandado de injunção coletivo foram regulamentados
pela Lei 13.300/2016.
Incorreta, por força do art. 5º, LXXI da Constituição, que não exclui essas prerrogativas senão as inclui
expressamente no objeto do MI:
Art. 5º.......
...
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania.
Dispositivo semelhante encontra-se no art. 2º, da Lei 13.300/2016, que acrescenta a falta total ou
parcial de norma regulamentadora:
Art. 2º Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial de norma regulamentadora
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Parágrafo único. Considera-se parcial a regulamentação quando forem insuficientes as normas editadas
pelo órgão legislador competente.
b) conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne
inviável o exercício dos direitos e das liberdades constitucionais, com exceção das prerrogativas
inerentes à nacionalidade.
Incorreta, pois essa competência recursal é do Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 102, II, "a",
da CF:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
...
II - julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em
única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.
e) compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, em recurso ordinário, o mandado
de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou
autoridade federal, da administração direta ou indireta.
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Incorreta, pois essa é uma competência originária e não recursal, do STJ (art. 105, I, "h", CF). Perceba
que o mandado de injunção não foi ainda decidido:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
...
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão,
entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência
do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho
e da Justiça Federal.
a) Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para que o impetrado promova a
edição da norma regulamentadora no prazo de trinta dias.
b) Não será cabível o mandado de injunção quando houver regulamentação da matéria por normas
editadas pelo órgão legislador competente, ainda que insuficientes.
c) A decisão proferida no mandado de injunção terá eficácia subjetiva limitada às partes, mas ganhará
eficácia ultra partes ou erga omnes se não cumprida no prazo estabelecido.
d) Sem prejuízo dos efeitos já produzidos, a decisão poderá ser revista, a pedido do interessado, se
sobrevierem relevantes modificações das circunstâncias de fato ou de direito.
GABARITO: D
d) Sem prejuízo dos efeitos já produzidos, a decisão poderá ser revista, a pedido do interessado,
se sobrevierem relevantes modificações das circunstâncias de fato ou de direito.
Correta, nos termos do art. 10 da Lei 13.300/2016 que regula o processo e julgamento dos mandados de
injunção individual e coletivo:
Art. 10. Sem prejuízo dos efeitos já produzidos, a decisão poderá ser revista, a pedido de qualquer
interessado, quando sobrevierem relevantes modificações das circunstâncias de fato ou de direito.
Demais alternativas incorretas:
a) Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para que o impetrado
promova a edição da norma regulamentadora no prazo de trinta dias.
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Incorreta, nos termos do art. 2º, parágrafo único da Lei 13.300/2016, visto que cabível o mandado de
injunção ainda que a regulamentação seja parcial e torne inviável o exercício do direito, liberdade ou
prerrogativa.
Art. 2º Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial de norma regulamentadora
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Parágrafo único. Considera-se parcial a regulamentação quando forem insuficientes as normas editadas
pelo órgão legislador competente.
c) A decisão proferida no mandado de injunção terá eficácia subjetiva limitada às partes, mas
ganhará eficácia ultra partes ou erga omnes se não cumprida no prazo estabelecido.
Incorreta, nos termos do art. 9º, §1º da Lei 13.300/2016, pois a eficácia poderá ser expandida quando
isso for inerente ou indispensável ao exercício do direito, liberdade ou prerrogativa objeto de impetração.
Art. 9º A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o advento da norma
regulamentadora.
§ 1º Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for inerente ou
indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração.
Diante disso, assinale a opção que apresenta a medida judicial adequada a ser adotada pelo Sindicato
dos Agentes Penitenciários do Estado Alfa, organização sindical legalmente constituída e em
funcionamento há mais de 1 (um) ano, em defesa da respectiva categoria profissional.
a) Ele pode ingressar com mandado de injunção coletivo para sanar a falta da norma regulamentadora,
dispensada autorização especial dos seus membros.
b) Ele não possui legitimidade ativa para ingressar com mandado de injunção coletivo, mas pode pleitear
aplicação do direito constitucional via ação civil pública.
c) Ele tem legitimidade para ingressar com mandado de injunção coletivo, cuja decisão pode vir a ter
eficácia ultra partes, desde que apresente autorização especial dos seus membros.
d) Ele pode ingressar com mandado de injunção coletivo, mas, uma vez reconhecida a mora legislativa,
a decisão não pode estabelecer as condições em que se dará o exercício do direito à aposentadoria
especial, sob pena de ofensa à separação dos Poderes.
GABARITO: A
Art. 5º. LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade,
à soberania e à cidadania;
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Perfeito Professor, mas o MI citado no art. 5º é individual.
Então, durante muito tempo, usava-se a lei do MS por analogia, para permitir o ajuizamento do MI, até
que, mais recentemente, tivemos a regulamentação por lei do mandado de injunção. E sobre o tema,
dispõe a nova lei (lei 13300):
Parágrafo único. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas protegidos por mandado de injunção coletivo
são os pertencentes, indistintamente, a uma coletividade indeterminada de pessoas ou determinada por
grupo, classe ou categoria.
Portanto, no caso concreto, não há vedação de a organização sindical ajuizar o MI coletivo. Trata-se de
um caso de substituição processual. Tá, mas o que é isso? Na representação processual, há a
necessidade de autorização especial, não sendo suficiente, por exemplo, a previsão no Estatuto da
entidade. Já, na substituição, dispensa-se autorização especial.
Só mais um detalhe, talvez não percebido pelo examinador. O funcionamento mínimo de 1 ano é exigido,
tão somente, para as associações, e não para sindicados ou entidades de classe. Mas isso não invalida
a sentença.
E, por fim, um errinho da letra “D”. Atualmente, o STF vem adotando, em sede de MI, a visão concretista,
ou seja, tenta encontrar no ordenamento jurídico uma forma de completar a lacuna. E, hoje, a matéria foi
assim disciplinada:
I - determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora;
II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas
reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação própria visando
a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado.
Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o inciso I do caput quando comprovado
que o impetrado deixou de atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo estabelecido para a
edição da norma.
Adota-se, por lei, a visão concretista intermediária, em que, primeiro, se estabelece prazo razoável para
a expedição da norma.
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Determinada categoria de servidores públicos ajuizou mandado de injunção para obtenção de um direito
constitucional em razão da falta da respectiva norma regulamentadora, obtendo decisão favorável para
usufruir desse direito. Assim, considerando o que dispõe o direito brasileiro a respeito desse instituto,
é correto afirmar que
a) a decisão judicial terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até eventual edição da
norma regulamentadora, ainda que a aplicação da norma lhe seja mais favorável.
b) sem prejuízo dos efeitos já produzidos, a decisão poderá ser revista, a pedido de qualquer interessado,
quando sobrevierem relevantes modificações das circunstâncias de fato ou de direito.
c) transitada em julgado a decisão, seus efeitos não mais poderão ser estendidos aos casos análogos
por decisão monocrática do relator.
d) se, eventualmente, a norma regulamentadora for editada antes da decisão, não ficará prejudicada a
impetração, devendo o processo ter regular prosseguimento com resolução de mérito.
e) a decisão terá eficácia ultra partes ou erga omnes e produzirá efeitos que prevalecerão sobre a norma
regulamentadora.
GABARITO: B
Determinada categoria de servidores públicos ajuizou mandado de injunção para obtenção de um direito
constitucional em razão da falta da respectiva norma regulamentadora, obtendo decisão favorável para
usufruir desse direito. Assim, considerando o que dispõe o direito brasileiro a respeito desse instituto,
é correto afirmar que:
b) sem prejuízo dos efeitos já produzidos, a decisão poderá ser revista, a pedido de qualquer
interessado, quando sobrevierem relevantes modificações das circunstâncias de fato ou de
direito.
Correta, nos termos do art. 10, da Lei 13.300/2016 (Lei do Mandado de Injunção individual e coletivo):
Art. 10. Sem prejuízo dos efeitos já produzidos, a decisão poderá ser revista, a pedido de qualquer
interessado, quando sobrevierem relevantes modificações das circunstâncias de fato ou de direito.
Demais alternativas incorretas:
a) a decisão judicial terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até eventual
edição da norma regulamentadora, ainda que a aplicação da norma lhe seja mais favorável.
Incorreta, nos termos do art. 11, da Lei, que prevê a aplicação da norma superveniente, caso seja mais
favorável às partes:
Art. 9º A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o advento da norma
regulamentadora.
...
Art. 11. A norma regulamentadora superveniente produzirá efeitos ex nunc em relação aos beneficiados
por decisão transitada em julgado, salvo se a aplicação da norma editada lhes for mais favorável.
c) transitada em julgado a decisão, seus efeitos não mais poderão ser estendidos aos casos
análogos por decisão monocrática do relator.
Incorreta, nos termos do § 2º do art. 9º da Lei 13.300/2016, que permite a extensão dos efeitos do caso
paradigma por decisão monocrática do relator. É a chamada transcendência dos motivos
202
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determinantes da decisão do mandado de injunção, atribuída por força de decisão do relator (a lei
concedeu enorme poder ao Ministro relator neste ponto!).
Art. 9º A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o advento da norma
regulamentadora.
...
§ 2º Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos análogos por
decisão monocrática do relator.
d) se, eventualmente, a norma regulamentadora for editada antes da decisão, não ficará
prejudicada a impetração, devendo o processo ter regular prosseguimento com resolução de
mérito.
Incorreta, pois o parágrafo único do art. 11 da Lei 13.300/2016, determina que o mandado de injunção
fica prejudicado nos casos em que a norma regulamentadora seja editada antes da decisão na injunção.
Art. 11. A norma regulamentadora superveniente produzirá efeitos ex nunc em relação aos beneficiados
por decisão transitada em julgado, salvo se a aplicação da norma editada lhes for mais favorável.
Parágrafo único. Estará prejudicada a impetração se a norma regulamentadora for editada antes da
decisão, caso em que o processo será extinto sem resolução de mérito.
e) a decisão terá eficácia ultra partes ou erga omnes e produzirá efeitos que prevalecerão sobre a
norma regulamentadora.
Incorreta, pois os efeitos da decisão prevalecerão até o advento da norma regulamentadora, conforme
do art. 9º da Lei 13.300/2016.
Art. 9º A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o advento da norma
regulamentadora.
§ 1º Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for inerente ou
indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração.
GABARITO: B
O mandado de injunção, conforme o art. 5°, inciso LXXI, da CF/88, deverá ser utilizado na hipótese de
que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais
e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Art. 5°
(...)
LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania;
203
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Pedro Lenza nos ensina os dois requisitos necessários para a utilização do mandado de injunção:
- Falta de norma regulamentadora, tornando inviável o exercício dos direitos, liberdades e prerrogativas
acima mencionados (omissão do Poder Público). (Pedro Lenza, Direito Constitucional Esquematizado,
2013)
Errado: O art. 5°, LXVIII institui a ação constitucional chamada de habeas corpus, que poderá ser utilizada
na hipótese de alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
Art. 5°
(...)
LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Errado: O art. 5°, inciso LXIX, da CF/88 assegura o direito à utilização do mandado de segurança para a
proteção do direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público.
Art. 5°
(...)
LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
d) habeas data.
Errado: O mestre Pedro Lenza destaca que o habeas se relaciona diretamente ao direito de acesso a
informações que estejam de posse governamentais ou de caráter público e quais as hipóteses de seu
cabimento, conforme vejamos:
A garantia constitucional do habeas data, regulamentada pela Lei n. 9.507, de 12.11.1997, destina-se a
disciplinar o direito de acesso a informações, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público, para o conhecimento ou retificação (tanto informações erradas
como imprecisas, ou, apesar de corretas e verdadeiras, desatualizadas), todas referentes a dados
pessoais, concernentes à pessoa do impetrante.(Pedro Lenza, Direito Constitucional Esquematizado,
2013)
Art. 5°
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(...)
LXXII – conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;
a) É cabível mandado de injunção para exigir do Poder Legislativo a edição de regulamentação dos
direitos do nascituro.
c) É cabível mandado de injunção para questionar a efetividade de lei que regulamente disposição
constitucional.
d) Mandado de injunção não é o meio próprio para requerer a concessão de aposentadoria especial em
função do exercício de atividade insalubre.
e) Sentença de mandado de injunção não tem o efeito de estabelecer as condições em que se dará o
exercício do direito pleiteado.
GABARITO: D
Mais uma questão de altíssimo nível do Cespe. Correto, em razão de jurisprudência do Supremo nesse
sentido, que orienta a interposição de reclamação por ofensa à Súmula Vinculante 33, e não o mandado
de injunção. Referida Súmula determina a aplicação das regras do regime de geral de Previdência à
aposentadoria especial dos servidores públicos, até a edição de lei complementar específica:
"No que diz respeito à aposentadoria especial de servidores públicos que exerçam atividades sob
condições prejudiciais à saúde ou à integridade física (CRFB/1988, art. 40, § 4º, III), a matéria já está
pacificada por este Tribunal, tendo ficado caracterizada a omissão inconstitucional na hipótese. Nesse
sentido, em 9-4-2014, o Plenário deste Tribunal aprovou a Súmula Vinculante 33 (...). 5. Nos termos do
art. 103-A da CF/1988, a referida súmula tem efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder
Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. Eventual
contrariedade à súmula enseja a propositura de reclamação perante o STF (CRFB/1988, art. 103- A,
§ 3º). 6. Assim, a parte autora não possui interesse processual para impetrar mandado de injunção, já
que a autoridade administrativa não poderá alegar a ausência de lei específica para indeferir pedidos
relativos à aposentadoria especial de servidores públicos que alegam exercer atividades sob condições
prejudiciais à saúde ou à integridade física". (MI 6.323, rel. min. Roberto Barroso, dec. monocrática,
julgamento em 2/5/2014)
Súmula Vinculante 33/|STF: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da
previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição
Federal, até a edição de lei complementar específica
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Demais alternativas incorretas:
Questão polêmica. Não obstante as polêmicas acerca do caráter declaratório (Clóvis Fedrizzi
Rodrigues), constitutivo (Luís Roberto Barroso) ou mandamental (Hely Lopes Meirelles) do Mandado
de Injunção, boa parte da doutrina o considera sim como instrumento do controle concreto e difuso da
omissão constitucional. Assim preleciona Dirley da Cunha Júnior:
"O mandado de injunção é uma ação de natureza subjetiva concebida como instrumento de
controle concreto ou incidental de constitucionalidade da omissão, voltado à tutela de direitos subjetivos.
Já a ação direta de inconstitucionalidade por omissão é uma ação de natureza objetiva ideada como
instrumento de controle abstrato ou principal de constitucionalidade da omissão, empenhado na defesa
objetiva da Constituição. Isso significa que o mandado de injunção é uma ação constitucional de garantia
de Direitos, tanto que está previsto no art. 5º, LXXI; enquanto a ação direta de inconstitucionalidade por
omissão é uma ação constitucional de garantia da Constituição, uma vez que se encontra estabelecida
no art. 103, § 2º".
O mandado de injunção individual ou coletivo, regulamentado pela Lei 13.300/2016, poderá ter resultado
que ultrapassa a esfera das partes interessadas.. O art. 14, da Lei 13.300/2016 parece ter aproximado o
mandado de injunção do mandado de segurança, ao estabelecer:
Art. 14. Aplicam-se subsidiariamente ao mandado de injunção as normas do mandado de segurança,
disciplinado pela Lei nº 12.016, de 7 de agosto de 2009 , e do Código de Processo Civil, instituído pela
Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 , e pela Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 , observado o
disposto em seus arts. 1.045 e 1.046.
É essa também a posição do Min. Gilmar Mendes e do Ministro Moreira Alves, para quem os efeitos do
mandado de injunção e da Ação de Inconstitucionalidade por Omissão seriam os mesmos: suprir a
omissão ou lacuna legislativa, dado o caráter mandamental ou obrigatório desse writ.
Tanto quanto a decisão a ser proferida no processo de controle abstrato da omissão, a decisão que
reconhece a inconstitucionalidade da omissão no mandado de injunção tem caráter obrigatório ou
mandamental As duas ações são destinadas a obter uma ordem judicial dirigida a um outro órgão do
Estado”. (...) Essa ação mandamental exige a edição de ato normativo por parte do Poder Público. O
processo de controle da omissão, previsto no art. 103, § 2º, da Constituição, é abstrato, e, consoante a
sua própria natureza, deve a decisão nele proferida ser dotada de eficácia erga omnes (CF. MI nº 107/DF,
Rel. Min. Moreira Alves, RTJ nº 133, p. 11(38-9]. Segundo a orientação do Supremo Tribunal Federal, o
constituinte pretendeu conferir aos dois institutos significado processual semelhante, e assegurou à
decisões proferidas nesses processos idênticas consequências jurídicas". (MI 670-9/ES, Voto-Vista do
Min. Gilmar Mendes, julg. 7/6/2006, Pleno).
Portanto, você tem cardápio para todos os gostos, mas o Cespe/Cebraspe adotou a última vertente.
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c) É cabível mandado de injunção para questionar a efetividade de lei que regulamente disposição
constitucional.
a) Habeas data.
b) Mandado de injunção.
d) Mandado de retificação.
e) Mandado de segurança.
GABARITO: A
Nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que para a retificação de dados, quando não se
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo, conceder-se-á
De acordo com o art.5º,LXXII,a, da Constituição Federal, será cabível o habeas data para a retificação
de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo:
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo''.
Direitos Sociais
Questão 1: VUNESP
A respeito dos direitos sociais, assinale a alternativa que está de acordo com a Constituição Federal.
b) É direito dos trabalhadores jornada de 8 (oito) horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos
de revezamento.
c) O aposentado filiado tem direito a votar, mas não é elegível para cargos de direção nas organizações
sindicais.
d) É direito dos trabalhadores urbanos aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, que será de, no
mínimo, 20 (vinte) dias.
e) São direitos sociais, dentre outros, a alimentação, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a
proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados.
GABARITO: E
A respeito dos direitos sociais, assinale a alternativa que está de acordo com a Constituição Federal.
e) São direitos sociais, dentre outros, a alimentação, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança,
a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados.
Incorreta, pois segundo o inciso VI do art. 8º a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de
trabalho é obrigatória:
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
...
208
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VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho.
b) É direito dos trabalhadores jornada de 8 (oito) horas para o trabalho realizado em turnos
ininterruptos de revezamento.
Incorreta, visto que é direito do trabalhador a jornada em turnos ininterruptos de 6 horas, segundo o inciso
XIV do art. 8º da CF/1988:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva.
c) O aposentado filiado tem direito a votar, mas não é elegível para cargos de direção nas
organizações sindicais.
Incorreta, nos termos do inciso VII do art. 8º da CF/1988, pois o aposentado filiado tem direito de votar e
de ser votado:
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
...
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais.
d) É direito dos trabalhadores urbanos aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, que será
de, no mínimo, 20 (vinte) dias.
Incorreta, pois o prazo do aviso prévio para trabalhadores urbanos e rurais é de no mínimo 30 dias, nos
termos do inciso XXI do art. 7º da CF/1988:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei.
Questão 2: VUNESP
Com relação aos trabalhadores urbanos e rurais, a Constituição Federal estabelece que é um dos seus
direitos:
c) duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, vedada a
compensação de horários e a redução da jornada.
d) jornada de oito horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva.
GABARITO: A
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Com relação aos trabalhadores urbanos e rurais, a Constituição Federal estabelece que é um dos seus
direitos:
Está de acordo com o art.7º, XVI, da Constituição Federal, cuja redação é clara ao dispor que
a remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal:
''Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
O salário-família será pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei:
''Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da
lei''.
c) duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, vedada a
compensação de horários e a redução da jornada. INCORRETA.
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho''.
d) jornada de oito horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva. INCORRETA.
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva''.
e) o seguro-desemprego, em caso de desemprego voluntário ou involuntário. INCORRETA.
210
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II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário''.
Questão 3: IDECAN
Assinale a única alternativa que não contemple um direito social previsto na Constituição Federal.
a) direito ao lazer
c) direito à alimentação
e) direito à educação
GABARITO: D
Assinale a única alternativa que não contemple um direito social previsto na Constituição Federal.
O direito à ampla defesa não foi elencado no rol do art.6º da Constituição Federal como uma espécie de
direito social. Trata-se, em verdade, de uma garantia fundamental assegurada a todos os litigantes em
processo judicial ou administrativo:
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes''.
''Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição''.
As demais alternativas estão corretas pois lazer, previdência social, alimentação e educação são alguns
dos direitos sociais assegurados pelo art.6º da Constituição Federal:
''Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte,
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição''.
Questão 4: FGV
João dos Santos foi selecionado para atuar como praça prestadora de serviço militar inicial, fato que lhe
permitirá ser o principal responsável pelos meios de subsistência de sua família. No entanto, ficou
indignado ao saber que sua remuneração será inferior ao salário mínimo, contrariando o texto
constitucional, insculpido no Art. 7º, inciso IV, da CRFB/88.
211
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Desesperado com tal situação, João entrou no gabinete do seu comandante e o questionou, de forma
ríspida e descortês, acerca dessa remuneração supostamente inconstitucional, sofrendo, em
consequência dessa conduta, punição administrativo- disciplinar de prisão por 5 dias, nos termos da
legislação pertinente. Desolada, a família de João procurou um advogado para saber sobre a
constitucionalidade da remuneração inferior ao salário mínimo, bem como da possibilidade de a prisão
ser relaxada por ordem judicial.
Nessas circunstâncias, nos termos do direito constitucional brasileiro e da jurisprudência do STF, assinale
a opção que apresenta a resposta do advogado.
a) A remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial não viola
a Constituição de 1988, bem como não cabe habeas corpus em relação às punições disciplinares
militares, exceto para análise de pressupostos de legalidade, excluída a apreciação de questões
referentes ao mérito.
b) A remuneração inferior ao salário mínimo contraria o Art. 7º, inciso IV, da Constituição de 1988, bem
como se reconhece o cabimento de habeas corpus para as punições disciplinares militares, qualquer que
seja a circunstância.
GABARITO: A
a) A remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial não viola
a Constituição de 1988, bem como não cabe habeas corpus em relação às punições disciplinares
militares, exceto para análise de pressupostos de legalidade, excluída a apreciação de questões
referentes ao mérito.
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições
nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade
suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
Ou seja, em não havendo ilegalidade, não é dado ao poder judiciário discutir o mérito da prisão militar.
Fica o registro de que a Constituição Federal não estendeu aos militares a garantia de remuneração não
inferior ao salário mínimo, como o fez para outras categorias de trabalhadores.
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O regime a que submetem os militares não se confunde com aquele aplicável aos servidores civis, visto
que têm direitos, garantias, prerrogativas e impedimentos próprios. Os cidadãos que prestam serviço
militar obrigatório exercem um múnus público relacionado com a defesa da soberania da pátria. A
obrigação do Estado quanto aos conscritos limita-se a fornecer-lhes as condições materiais para a
adequada prestação do serviço militar obrigatório nas Forças Armadas (RE 570177/SP).
Julgamento
STJ – REsp 258848/PE
É possível fixar o soldo em valor inferior ao do salário mínimo, desde que a remuneração total percebida
pelo militar, já consideradas as vantagens pecuniárias, seja igual ou superior àquele valor. Conforme os
arts. 7.º, IV, e 39, § 3.º, da CF, nenhum servidor público ativo ou inativo poderá receber remuneração
mensal inferior ao salário mínimo, não vigorando essa restrição ao vencimento básico, como no caso do
soldo.
Questão 5: VUNESP
Assinale a alternativa correta a respeito dos direitos constitucionais dos trabalhadores urbanos e rurais.
d) A proteção do salário deve ser garantida na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa.
GABARITO: D
Art. 7º, XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
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Art. 7º, XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da
lei;
d) A proteção do salário deve ser garantida na forma da lei, constituindo crime sua retenção
dolosa.
CORRETA, aqui está a resposta.
Art. 7º, X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
Questão 6: VUNESP
Nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que são, entre outros, direitos sociais:
GABARITO: E
Nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que são, entre outros, direitos sociais:
Correta, em face do previsto no art. 6º da CF/1988, que traz os principais direitos sociais, direitos de
segunda dimensão ou geração:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.
Demais alternativas incorretas:
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c) previdência social, saúde e liberdade.
Questão 7: FGV
Antônio, pessoa hipossuficiente no plano econômico e morador de uma área carente do Estado, procurou
a Defensoria Pública e solicitou que fosse ajuizada uma ação judicial para obrigar o Poder Público a lhe
fornecer certo medicamento indispensável à sua sobrevivência.
a) um direito social;
b) um direito coletivo;
GABARITO: A
Antônio, pessoa hipossuficiente no plano econômico e morador de uma área carente do Estado, procurou
a Defensoria Pública e solicitou que fosse ajuizada uma ação judicial para obrigar o Poder Público a lhe
fornecer certo medicamento indispensável à sua sobrevivência. À luz da sistemática constitucional, a
ação a ser ajuizada buscará tutelar:
a) um direito social;
Correto, pois Antônio está buscando meios para prover sua saúde e saúde é um direito social garantido
pela Constituição Federal (art. 6º), e que o fornecimento de medicamentos pode ser exigido perante o
Poder Judiciário, conforme já se pronunciaram o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de
Justiça:
"Análise exaustiva do acervo probatório, tanto da perspectiva da falta de medicamentos, quanto no que
se refere a instalações físicas, passando, ainda, pela reiteração de comportamento omisso por parte dos
réus em oferecer condições de saúde digna aos portadores de transtornos mentais. Assim,
contrariamente ao sustentado pelas agravantes, in casu, o Judiciário está plenamente legitimado a agir,
sobretudo em benefício dos portadores de transtornos mentais, pessoas vulneráveis que necessitam do
amparo do Estado (ACO 1.472 AgR-segundo, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 1º/9/2017, Plenário)
"A União, Estados-Membros e Municípios têm legitimidade passiva e responsabilidade solidária nas
causas que versam sobre fornecimento de medicamentos. 2. A prescrição do tratamento deverá ser feita,
preferencialmente, por médicos credenciados ao SUS, além da respectiva realização de perícia médico-
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judicial, se for o caso, bem como demonstração da parte autora, quanto à impossibilidade de arcar com
a aquisição dos medicamentos, sem prejuízo do seu sustento e de sua família. )". (STJ, AREsp 605.392
PR 2014/0285112-0, relator Min. Herman Benjamin, julg. em 3/11/2014)
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.
Demais alternativas incorretas:
b) um direito coletivo;
Questão 8: CONSULPLAN
O Título I da Constituição de 1988 consagra os princípios fundamentais do Estado brasileiro, os quais
estabelecem a sua forma, estrutura e fundamento, a divisão de seus poderes, os objetivos primordiais a
serem perseguidos e as diretrizes a serem adotadas nas suas relações internacionais. Estão inseridas no
Título dos Princípios Fundamentais, EXCETO:
GABARITO: B
O item "b" é o gabarito, pois os direitos sociais estão elencados no art. 6º, dentro do Capítulo II - Dos
Direitos Sociais:
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.
Demais alternativas corretas:
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a) Os Poderes, sendo o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Correto, visto que o princípio da separação de Poderes consta expressamente do art. 2º, da Constituição:
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
...
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário.
c) Entre os fundamentos da República Federativa do Brasil destacam-se a cidadania e a dignidade
da pessoa humana.
Conforme explicita Maria Paula Dallara Bucci, como poderia, por exemplo, um analfabeto exercer
plenamente o direito à livre comunicação; ou um sem-teto exercer o direito à intimidade; ou um esfomeado
exercer os mais comezinhos direitos de liberdade? Dessa forma, os direitos de segunda geração, qual
englobam os direitos econômicos, sociais e culturais, foram formulados para garantir, em sua plenitude,
os direitos de primeira dimensão, que são aqueles direitos civis e políticos (BUCCI, Maria Paula Dallara.
O Conceito de Política Pública em Direito. In: Políticas Públicas: reflexões sobre o conceito jurídico. São
Paulo: Saraiva. 2006, p. 3).
Não confunda, entretanto, não confunda cidadania com o conceito jurídico de cidadão. Para o Direito,
cidadão é o sujeito no pleno gozo dos direitos políticos! E a depender do direito ou da função que deseja
exercer (participação em concursos públicos, a capacidade eleitoral passiva passiva, o exercício de
cargos e mandatos públicos, a participação em plebiscitos e referendos, o ajuizamento de ação popular),
esse cidadão terá que atender a um ou mais requisitos, ligados à maioridade, o alistamento eleitoral, à
comprovação de ter votado ou não nas últimas eleições, para alguns cargos políticos a idade mínima e
outros.
Correta, conforme os princípios de relações internacionais da República, dispostos no art. 4º, Título I da
CF/88
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
217
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...
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
A independência nacional (inciso I) reconhece, no plano internacional, a soberania de cada Estado no
plano interno, como elemento de igualdade entre os povos e de respeito mútuo. Tem como corolário o
princípio da igualdade entre os Estados (inciso II), que consagra o princípio da não subordinação
política no plano internacional, muito embora as condições materiais, econômicas e bélicas variem
enormemente de um País a outro. A este princípio, a Constituição agrega o da cooperação dos povos
para o progresso da humanidade (inciso IX), justamente para perseguir uma redução nas desigualdades
materiais.
Questão 9: FCC
De acordo com a Constituição Federal, é direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social,
a) assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de idade em creches
e pré-escolas.
b) ação, quanto a créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos
para o trabalhador urbano e de dois anos para o trabalhador rural.
c) proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de vinte e um e de qualquer trabalho
a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz.
d) licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e cinquenta dias.
e) jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva.
GABARITO: E
De acordo com a Constituição Federal, é direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social,
e) jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva.
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.....
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva;
Demais incorretas, por destoarem da redação do art. 7º, da CF:
a) assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de idade em
creches e pré-escolas.
A Emenda Constitucional 53/2006 reduziu de seis para cinco anos a idade prevista no inciso XXV, do art.
7º:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
.....
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em
creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
b) ação, quanto a créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco
anos para o trabalhador urbano e de dois anos para o trabalhador rural.
A prescrição é a mesma para trabalhadores urbanos e rurais, e o prazo de dois anos é após a extinção
do contrato de trabalho:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
.....
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de
trabalho;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
c) proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de vinte e um e de qualquer
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz.
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a) homens e mulheres sejam iguais em direitos, ressalvadas hipóteses de vulnerabilidade da mulher
quanto às obrigações.
b) votos de analfabetos são facultativos e, em razão da condição particular desse grupo, não têm o
mesmo caráter de sigilo dos votos dos demais cidadãos.
c) a igualdade perante a lei seja garantida aos estrangeiros residentes no Brasil, desde que naturalizados,
e aos brasileiros.
d) haja igualdade de direitos entre trabalhador com vínculo empregatício permanente e trabalhador
avulso.
e) sejam assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos todos os direitos previstos para os
trabalhadores urbanos e rurais.
GABARITO: D
Com relação à garantia constitucional de tratamento igualitário sem distinção de qualquer natureza, a CF
estabelece que
Correta decorrência do princípio da igualdade, com previsão expressa no art. 7º, inciso XXXIV, da
Constituição:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
.....
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador
avulso
Demais incorretas:
Conforme a Carta da República, homens e mulheres são iguais, em direitos e obrigações, nos termos
da Constituição, conforme o inciso I do art. 5º, e não apenas em direitos. É dizer, a Constituição pode
estabelecer determinadas distinções entre homens e mulheres com o intuito de reduzir assimetrias e
reforçar o princípio da igualdade. Exemplos disso são a previsão de incentivo para o mercado de trabalho
da mulher (art. 7º, XX), dispensa do serviço militar obrigatório (art. 143, § 2º), idade inferior para
aposentadoria das mulheres (art. 201, § 7º) e outros.
Demais incorretas:
b) votos de analfabetos são facultativos e, em razão da condição particular desse grupo, não têm
o mesmo caráter de sigilo dos votos dos demais cidadãos.
O voto do analfabeto, apesar de ser facultativo (art. 14,), goza do mesmo valor e das mesmas
prerrogativas dos demais votos (direto, secreto, universal e periódico).
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
....
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II - facultativos para:
a) os analfabetos;
c) a igualdade perante a lei seja garantida aos estrangeiros residentes no Brasil, desde que
naturalizados, e aos brasileiros.
Errado, pois o art. 5º, caput, direciona-se a todos os estrangeiros, sejam naturalizados ou não:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade.
Se o caput do art. 5º refere-se aos estrangeiros residentes no Brasil, o STF, por intermédio de uma
interpretação via mutação constitucional (sem alteração de texto), ampliou a abrangência do termo
"estrangeiros residentes no Brasil", para alcançar todo e qualquer estrangeiro que estiver em território
brasileiro, mesmo em trânsito, que gozarão dos direitos e garantias individuais, podendo inclusive fazer
uso dos remédios constitucionais (writs), tais como mandado de segurança, habeas corpus e outros.
Nesse sentido,
"O súdito estrangeiro, mesmo aquele sem domicílio no Brasil, tem direito a todas as prerrogativas básicas
que lhe assegurem a preservação do status libertatis e a observância, pelo Poder Público, da cláusula
constitucional do due process. O súdito estrangeiro, mesmo o não domiciliado no Brasil, tem plena
legitimidade para impetrar o remédio constitucional do habeas corpus, em ordem a tornar efetivo, nas
hipóteses de persecução penal, o direito subjetivo, de que também é titular, à observância e ao integral
respeito, por parte do Estado, das prerrogativas que compõem e dão significado à cláusula do devido
processo legal" (HC 94.477, rel. min. Gilmar Mendes, julg. 6.9.2011, 2ª Turma).
Alguns desses direitos, entretanto, como a ação popular, são restritos aos cidadãos brasileiros, natos
ou naturalizados ou portugueses equiparados (art. 12, § 1º, CF) que devem comprovar, inclusive, essa
condição, que dentre outros requisitos, exige a regularidade eleitoral (alistamento, comprovante de
votação).
e) sejam assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos todos os direitos previstos para
os trabalhadores urbanos e rurais.
Nem todos os direitos assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais foram estendidos à categoria dos
trabalhadores domésticos no Brasil:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
........
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos
incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e,
atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações
tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos
nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.
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b) à duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e oito semanais, facultada
a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.
c) ao seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
d) à assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 6 anos de idade em creches
e pré-escolas.
e) ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta e cinco dias, nos termos
da lei.
GABARITO: C
Depois de um longo período de desemprego, José da Silva foi contratado pela empresa Lar Doce Lar
Ltda. para trabalhar como vendedor em uma loja de materiais de construção. Dentre os direitos sociais
previstos na Constituição Federal, José da Silva fará jus
A participação nos lucros ou resultados deverá ser desvinculada da remuneração, nos termos do art. 7º,
XI, da CF:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social: (...) XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei
b) à duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e oito semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho.
Errado, pois a assistência será prestada desde o nascimento até cinco anos de idade:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social: (...) XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco)
anos de idade em creches e pré-escolas;
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e) ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta e cinco dias, nos
termos da lei.
Mínimo de trinta dias, nos termos da lei (art. 7º, XXI, CF):
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social: (...) XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias,
nos termos da lei;
d) Jornada de oito horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva.
GABARITO: B
Questão que aborda a literalidade dos incisos do artigo 7º da Constituição Federal. Sendo assim, vamos
compará-los com as alternativas.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
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ERRADA.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho
a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
d) Jornada de oito horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva.
ERRADA.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva;
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
b) Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa e culposa.
e) Garantia de salário, nunca inferior ao dobro mínimo, para os que percebem remuneração variável.
GABARITO: A
Com relação aos direitos sociais previstos na Constituição Federal, assinale a alternativa que contenha
corretamente um direito dos trabalhadores urbanos e rurais.
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...
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
Demais alternativas incorretas:
b) Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa e culposa.
Incorreta, pois somente a retenção dolosa do salário constitui crime, nos termos do inciso X do Art. 7º da
CF/1988.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa.
c) Remuneração do trabalho noturno em dobro em relação ao diurno.
Incorreta, pois o inciso IX do art. 7º da CF/1988 determina que a remuneração do trabalho noturno deve
ser superior à do diurno, cabendo à lei estabelecer os percentuais:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
d) Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos sábados e domingos.
Incorreta, pois nos termos do inciso XV, do art. 7º da CF/1988 o repouso é preferencialmente aos
domingos:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.
e) Garantia de salário, nunca inferior ao dobro do mínimo, para os que percebem remuneração
variável.
Incorreta, nos termos do inciso VII do art. 7º da CF/1988, que estabelece como piso o salário mínimo:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável.
a) São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, entre outros, o fundo de garantia do tempo de serviço
e o seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário.
c) É direito do trabalhador a assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até cinco
anos de idade em creches e pré-escolas.
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e) Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito
GABARITO: C
Incorreta, pois é tipificado como crime tão somente a retenção dolosa (realizada com dolo, intenção ou
assunção eventual do risco) do salário pelo empregador, conforme o art. 7º, X da CF/88.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa.
Demais alternativas corretas:
a) São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, entre outros, o fundo de garantia do tempo de
serviço e o seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário.
Correta, nos termos do § 6º do art. 14 da CF/88, que trata da desincompatibilização dos titulares de
cargos da Chefia do Executivo, para concorrerem a outros cargos:
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
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...
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
a) jornada não superior a oito horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva.
b) licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e oitenta dias.
d) proibição de qualquer trabalho a menores de dezoito anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
dezesseis anos.
e) igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
GABARITO: E
Correto, nos termos do art. 7º, que trata dos direitos sociais dos trabalhadores, na questão em apreço, o
inciso XXXIV:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
........
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador
avulso
Demais alternativas incorretas:
a) jornada não superior a oito horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
........
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva;
b) licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e oitenta
dias.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
........
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
c) remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cem por cento à do normal.
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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
........
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal;
d) proibição de qualquer trabalho a menores de dezoito anos, salvo na condição de aprendiz, a
partir de dezesseis anos.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
........
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho
a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
Questão 16: FCC
Edineia, trabalhadora urbana, foi dispensada sem justa causa de seu emprego e entende que possui
créditos resultantes dessa relação de trabalho. Em conformidade com a Constituição Federal de 1988,
Edineia tem direito de propor ação, em face de seu ex-empregador,
a) com prazo prescricional de cinco anos, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de
trabalho.
b) com prazo prescricional de dez anos, até o limite de cinco anos após a extinção do contrato de trabalho.
c) a qualquer tempo, uma vez que o direito ao trabalho é um direito fundamental e, portanto,
imprescritível.
d) com prazo prescricional de dez anos, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
e) com prazo prescricional de cinco anos, até o limite de cinco anos após a extinção do contrato de
trabalho.
GABARITO: A
Edineia, trabalhadora urbana, foi dispensada sem justa causa de seu emprego e entende que possui
créditos resultantes dessa relação de trabalho. Em conformidade com a Constituição Federal de 1988,
Edineia tem direito de propor ação, em face de seu ex-empregador,
a) com prazo prescricional de cinco anos, até o limite de dois anos após a extinção do contrato
de trabalho.
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Demais incorretas:
b) com prazo prescricional de dez anos, até o limite de cinco anos após a extinção do contrato de
trabalho.
Com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos
após a extinção do contrato de trabalho.
c) a qualquer tempo, uma vez que o direito ao trabalho é um direito fundamental e, portanto,
imprescritível.
Prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após
a extinção do contrato de trabalho.
d) com prazo prescricional de dez anos, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de
trabalho.
Prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após
a extinção do contrato de trabalho.
e) com prazo prescricional de cinco anos, até o limite de cinco anos após a extinção do contrato
de trabalho.
Prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após
a extinção do contrato de trabalho.
a) seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
c) proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de qualquer trabalho
a menores de dezesseis anos.
d) licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias.
e) jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva.
GABARITO: A
a) seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que
este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
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Atenção pois a questão pede os direitos que devem atender às condições previstas em lei. Correta,
visto que esse é um dos direitos estendidos aos trabalhadores domésticos pelo parágrafo único do art. 7º
da CF/1988, atendidas as condições estabelecidas em lei, ou seja, direito que deve ser regulamentado
por lei para ter eficácia (normas de eficácia limitada):
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que
este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
...
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos
incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII
e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das
obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades,
os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.
Demais alternativas incorretas, ou porque o direito não é extensível aos domésticos ou os direitos não
dependem de regulamentação legal para sua eficácia:
d) licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias.
e) jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva.
GABARITO: C
230
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Aqui é válida a leitura do art. 6º da CF:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de
2015)
Em conformidade com a Constituição Federal, são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social, aqueles contidos em
c) I e IV, apenas.
d) I e II, apenas.
e) II e III, apenas.
GABARITO: E
Em conformidade com a Constituição Federal, são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social, aqueles contidos em
231
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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário.
II. Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
Incorreta, visto que o art. 7º, XXI da CF/88 determina que o aviso prévio será de no mínimo 30 dias.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei.
c) não seja realizado por menores de catorze anos, a menos que na condição de aprendiz.
d) se realizado por menores de dezesseis anos, seja na condição de aprendiz e a partir de 14 anos.
e) autorizado pelo representante, não seja trabalho penoso e desenvolvido em locais prejudiciais à sua
formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social.
GABARITO: D
A Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XXXIII, permite o trabalho a menores de dezoito anos,
desde que
d) se realizado por menores de dezesseis anos, seja na condição de aprendiz e a partir de 14 anos.
232
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Correto, nos termos do art. 7º, inciso XXXIII, da Constituição Federal:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
.....
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho
a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
Demais incorretas:
c) não seja realizado por menores de catorze anos, a menos que na condição de aprendiz.
e) autorizado pelo representante, não seja trabalho penoso e desenvolvido em locais prejudiciais
à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social.
a) a proteção, mediante normas específicas, contra os riscos gerados pela mecanização, automação e
robótica no ambiente de trabalho.
c) a recusa ao exercício do trabalho pelo empregado em condições nas quais este entender, por motivos
razoáveis, que existe risco grave e iminente à sua segurança.
d) a eliminação dos riscos inerentes ao trabalho com a implantação de medidas de proteção coletiva ou
uso de equipamentos de proteção individual.
e) a participação, conforme previsão em acordo ou convenção coletiva de trabalho, nas fiscalizações dos
ambientes de trabalho realizadas pela auditoria fiscal do trabalho.
GABARITO: B
A Constituição Federal, ao elencar os direitos sociais dos trabalhadores, inclui aspectos pertinentes à
segurança e saúde no trabalho, como
233
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Correto, na forma do art. 7º, XXIII, da CF:
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
.....
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
Demais incorretas:
Conquanto o item não esteja fundamentalmente errado, não é essa a redação do art. 7º, XXVII, da
Constituição, cuja ratio trata principalmente da proteção do emprego, em face da lei:
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
.....
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
Algumas normas que protegem o trabalhador contra a automação e a mecanização são:
c) a recusa ao exercício do trabalho pelo empregado em condições nas quais este entender, por
motivos razoáveis, que existe risco grave e iminente à sua segurança.
Direito inexistente na Constituição. Não obstante, o art. 483 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
assegura, em seu art. 483, "c":
Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:
....
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
Na mesma linha, a Convenção 155 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) alberga a recusa ao
trabalho sob condições de risco à segurança do trabalhador, ao estabelecer que:
Parte IV
Ação e Nível de Empresa
(...)
f) o trabalhador informará imediatamente ao seu superior hierárquico direto sobre qualquer situação de
trabalho que, a seu ver e por motivos razoáveis, envolva um perigo iminente e grave para sua vida ou sua
saúde; enquanto o empregador não tiver tomado medidas corretivas, se forem necessárias, não poderá
exigir dos trabalhadores a sua volta a uma situação de trabalho onde exista, em caráter contínuo, um
perigo grave ou iminente para sua vida ou sua saúde.
d) a eliminação dos riscos inerentes ao trabalho com a implantação de medidas de proteção
coletiva ou uso de equipamentos de proteção individual.
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XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
e) a participação, conforme previsão em acordo ou convenção coletiva de trabalho, nas
fiscalizações dos ambientes de trabalho realizadas pela auditoria fiscal do trabalho.
b) a licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 180 (cento e
oitenta) dias.
c) a jornada de 08 (oito) horas, como regra geral, para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento.
e) o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo, no mínimo, de 45 (quarenta e cinco) dias, nos
termos da lei.
GABARITO: D
A Constituição Federal, no que diz respeito aos direitos sociais, determina que, aos trabalhadores urbanos
e rurais, é assegurado(a):
Incorreta, visto que o repouso é preferencialmente e não obrigatoriamente aos domingos, de acordo
com o inciso XV do art. 7º da CF/1988.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.
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b) a licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 180 (cento e
oitenta) dias.
Incorreta, pois a licença a gestante tem prazo de 120 dias, definido pelo inciso XVIII do art. 7º da CF/1988.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias.
c) a jornada de 08 (oito) horas, como regra geral, para o trabalho realizado em turnos ininterruptos
de revezamento.
Incorreta, pois nos termos do inciso XIV do art. 7º da CF/1988 a regra é jornada de 6 horas para trabalho
em turno ininterrupto.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva.
e) o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo, no mínimo, de 45 (quarenta e
cinco) dias, nos termos da lei.
Errado, visto que o aviso prévio será de trinta dias, nos termos da lei (art. 7º, XXI, CF):
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei.
b) a licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 160 (cento e
sessenta) dias.
d) a jornada de 08 (oito) horas, como regra geral, para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento.
e) a proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre, aos trabalhadores de até 21 (vinte e um) anos
de idade.
GABARITO: A
A Constituição Federal, no que diz respeito aos direitos sociais, determina que, aos trabalhadores urbanos
e aos rurais, assegura-se:
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a) a proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos.
b) a licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 160 (cento e
sessenta) dias.
Incorreta, pois nos termos do inciso XVIII do art. 7º a licença à gestante será de 120 dias.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias.
c) o repouso semanal remunerado, obrigatoriamente aos domingos.
Incorreta, pois o descanso semanal não deve ser obrigatoriamente mas preferencialmente aos
domingos de acordo com o inciso XV do art. 7º da CF/1988.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.
d) a jornada de 08 (oito) horas, como regra geral, para o trabalho realizado em turnos ininterruptos
de revezamento.
Incorreta, pois a jornada é de 6 horas para trabalhos em turnos ininterruptos, embora negociação coletiva
possa determinar regra diferenciada, de acordo com o previsto no inciso XIV, do art. 7º da CF/1988.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva.
e) a proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre, aos trabalhadores de até 21 (vinte e um)
anos de idade.
Incorreta, pois nos termos do inciso XXXIII do art. 7º da CF/1988, o trabalho noturno, insalubre ou perigoso
é proibido aos menores de 18 anos.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho
a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.
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É um direito constitucional dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
e) remuneração do trabalho noturno igual ou superior à do diurno, com descanso obrigatório aos
domingos.
GABARITO: C
É um direito constitucional dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
Incorreta, em face do previsto no inciso II do art. 7º da CF/1988, que prevê o seguro-desemprego apenas
na hipótese de desemprego involuntário:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário
b) relação de emprego protegida contra despedida por justa causa.
Incorreta, em face do previsto no inciso I do art. 7º da CF/1988, que protege a relação de emprego contra
despedida arbitrária ou sem justa causa:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos.
d) remuneração em dobro para as atividades penosas, insalubres ou perigosas.
Incorreta, em face do previsto no inciso XXIII do art. 7º da CF/1988, que prevê adicional de remuneração,
sem estabelece percentuais:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
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...
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei.
e) remuneração do trabalho noturno igual ou superior à do diurno, com descanso obrigatório aos
domingos.
Incorreta, em face do previsto no inciso IX do art. 7º da CF/1988, que determina remuneração do trabalho
noturno superior à do diurno:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
a) intervenção orçamentária.
b) intervenção seletiva.
c) reserva do possível.
d) interferência financeira.
e) fundo residual.
GABARITO: C
O elemento externo capaz de limitar ou até de restringir o acesso dos titulares de um direito fundamental
social específico, face à limitação orçamentária do Estado, denomina- se:
c) reserva do possível.
A concretização dos direitos sociais exige gastos, dispêndios financeiros por parte do Estado. Por
exemplo, para que o direito à educação para todos seja efetivamente concretizado, o Estado precisa
contratar professores, construir escolas etc. O mesmo pode se dizer da saúde, moradia e os demais
direitos sociais. Assim, a concretização dos direitos sociais está sujeita à reserva do possível. Em outros
termos, segundo o princípio da reserva do financeiramente possível, a concretização dos direitos
sociais encontra limites não só na razoabilidade da pretensão deduzida em face do Poder Público como
também na existência de disponibilidade financeira do Estado.
Entretanto, cuidado! O próprio STF tem entendido que a alegação de violação à separação dos poderes
e da reserva do possível não pode justificar a inércia do Poder Executivo em cumprir o seu dever
constitucional de assegurar prioridade à saúde, à educação, aos direitos de crianças e adolescentes e
outros direitos sociais, que permitam a intangibilidade e integridade do mínimo existencial do indivíduo.
Segundo o STF, a cláusula da reserva do possível - que não pode ser invocada, pelo Poder Público, com
o propósito de fraudar, de frustrar e de inviabilizar a implementação de políticas públicas definidas
na própria Constituição - encontra insuperável limitação na garantia constitucional do mínimo
existencial, que representa, no contexto de nosso ordenamento positivo, emanação direta do postulado
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da essencial dignidade da pessoa humana. Doutrina. Precedentes.A noção de “mínimo existencial”, que
resulta, por implicitude, de determinados preceitos constitucionais (CF, art. 1º, III, e art. 3º, III),
compreende um complexo de prerrogativas cuja concretização revela-se capaz de garantir condições
adequadas de existência digna, em ordem a assegurar, à pessoa, acesso efetivo ao direito geral de
liberdade e, também, a prestações positivas originárias do Estado (ARE 639.337 AgR, Relator Min. Celso
de Mello, Segunda Turma, julgado em 23/08/2011).
a) intervenção orçamentária.
b) intervenção seletiva.
d) interferência financeira.
e) fundo residual.
GABARITO: D
A Constituição Federal determina que a idade mínima para o exercício de atividade laboral é de 14
(catorze) anos, salvo na condição de aprendiz, sendo:
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c) permitida apenas a jornada de quatro horas de trabalho.
Segundo o disposto na Constituição da República, nessa situação hipotética, é correto afirmar que
a) Felício não poderá ser demitido do emprego, ainda que tenha cometido falta grave, em razão da sua
estabilidade, que perdura por até um ano após o final do seu mandato.
b) o empregador poderá demitir Felício, se este tiver cometido falta grave, uma vez que a estabilidade
de ex-dirigente sindical não o protege nessa situação.
c) Felício poderá ser demitido do emprego a qualquer momento, independentemente de ter ou não
cometido falta grave, pois a sua estabilidade não o protege após o fim do mandato.
d) o empregador somente poderá demitir Felício após um ano do fim do mandato, tenha ele cometido ou
não falta grave.
e) Felício somente poderá ser demitido após dois anos do fim do mandato ou então, antes disso, se
cometer falta grave, na forma da lei.
GABARITO: B
Felicio é empregado de uma empresa e foi presidente do sindicato dos trabalhadores da sua categoria.
Mas, findo o seu mandato, teve que retornar ao seu posto de trabalho. Seis meses após o seu retorno, o
seu empregador pretende demiti-lo.
Segundo o disposto na Constituição da República, nessa situação hipotética, é correto afirmar que:
b) o empregador poderá demitir Felício, se este tiver cometido falta grave, uma vez que a
estabilidade de ex-dirigente sindical não o protege nessa situação.
Correta, visto que a afirmação é justificada pelo inciso VIII, in fine, do art. 8º da CF/1988:
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
...
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de
direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do
mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Demais alternativas incorretas:
a) Felício não poderá ser demitido do emprego, ainda que tenha cometido falta grave, em razão da
sua estabilidade, que perdura por até um ano após o final do seu mandato.
c) Felício poderá ser demitido do emprego a qualquer momento, independentemente de ter ou não
cometido falta grave, pois a sua estabilidade não o protege após o fim do mandato.
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Apenas se tiver cometido falta grave, Felício poderá ser demitido, visto que a estabilidade sindical protege
seu emprego até um ano após o final do mandato.
d) o empregador somente poderá demitir Felício após um ano do fim do mandato, tenha ele
cometido ou não falta grave.
e) Felício somente poderá ser demitido após dois anos do fim do mandato ou então, antes disso,
se cometer falta grave, na forma da lei.
Nacionalidade
Questão 1: VUNESP
Philippe e sua esposa Sophie são franceses. Quando Sophie completou sete meses de gestação, eles
decidiram passar férias no Brasil, mas uma intercorrência provocou a aceleração do parto, e Marie,
primeira filha do casal, nasceu prematuramente no Hospital Municipal de Valinhos.
Jéssica nasceu na Islândia, é filha de João, brasileiro, e Leona, finlandesa. Jéssica veio residir no Brasil
e optou, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
c) Marie e Jéssica somente serão consideradas brasileiras naturalizadas após residirem pelo menos
quinze anos ininterruptos no Brasil.
e) Marie é brasileira nata, e Jéssica poderá ser considerada brasileira naturalizada apenas após
comprovar residência por um ano ininterrupto no Brasil e sua idoneidade moral.
GABARITO: D
Philippe e sua esposa Sophie são franceses. Quando Sophie completou sete meses de gestação, eles
decidiram passar férias no Brasil, mas uma intercorrência provocou a aceleração do parto, e Marie,
primeira filha do casal, nasceu prematuramente no Hospital Municipal de Valinhos. Jéssica nasceu na
Islândia, é filha de João, brasileiro, e Leona, finlandesa. Jéssica veio residir no Brasil e optou, depois de
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. De acordo com o que dispõe a Constituição Federal,
é correto afirmar que:
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Marie é brasileira nata pois nasceu em solo brasileiro e se encaixa no inciso I, "a" do atr. 12 da CF/1988,
visto que os pais estavam em viagem de férias. E Jéssica também é brasileira nata por se enquadrar no
inciso I, "c" do art. 12 da CF/1988:
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
Demais alternativas incorretas:
c) Marie e Jéssica somente serão consideradas brasileiras naturalizadas após residirem pelo
menos quinze anos ininterruptos no Brasil.
Incorreta, pois ambas são brasileiras natas. Outro erro é que para ser considerado brasileiro
naturalizado, na forma do inciso II, "b" do art. 12 da CF/1988, exige-se também ausência de condenação
penal e requerimento do interessado:
Art. 12. São brasileiros:
...
II - naturalizados:
...
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
e) Marie é brasileira nata, e Jéssica poderá ser considerada brasileira naturalizada apenas após
comprovar residência por um ano ininterrupto no Brasil e sua idoneidade moral.
Nessa situação hipotética, no que diz respeito à nacionalidade, a CF estabelece que Alberto
b) é brasileiro naturalizado.
c) é brasileiro nato.
d) não pode optar pela nacionalidade brasileira por não estar residindo, sem condenação penal, há mais
de quinze anos ininterruptos no Brasil.
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e) é alemão, brasileiro e mexicano, tendo obrigatoriamente cidadania múltipla.
GABARITO: C
Sua esposa é brasileira? Não, logo pouco importa se está a serviço de país, ainda que fosse o Brasil.
Registrou o filho no órgão competente? Não, logo não é, naquele instante, brasileiro nato.
Agora, vamos ao último critério, afinal, o filho de Felipe tem sangue de brasileiro:
Questão 3: VUNESP
Aquele nascido na República Federativa do Brasil, mas de pais estrangeiros que não estejam a serviço
de seu país, é considerado pela Constituição Brasileira como
a) estrangeiro.
b) brasileiro naturalizado.
c) brasileiro nato.
e) apátrida.
GABARITO: C
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b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
São dois os critérios, sendo o que prevalece é o solo, jus solis. Portanto, se nasceu no Brasil, é brasileiro
nato, a não ser que de pais que estejam a serviço do país. Portanto, no caso concreto, temos um brasileiro
nato.
Questão 4: FCC
No que diz respeito ao tema “nacionalidade”,
GABARITO: B
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c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
Demais alternativas incorretas:
Questão 5: FCC
Considere as seguintes situações:
I. Paula, brasileira, estava na Irlanda a serviço do Brasil, quando nasceu seu filho Bernardo.
II. Mercedes, chilena, veio ao Brasil para desfrutar suas férias, quando nasceu sua filha Angelita.
III. Manuela, brasileira, apenas estudava inglês na Austrália, quando nasceu seu filho Anthony, o qual não
foi registrado em repartição brasileira competente.
a) é brasileiro nato, pois nasceu no estrangeiro quando sua mãe, brasileira, estava a serviço do Brasil;
Angelita é brasileira nata, desde que venha a residir no Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira, pois sua mãe é estrangeira; Anthony poderá adquirir
a nacionalidade brasileira apenas por meio da naturalização, pois, apesar de ser filho de mãe brasileira,
nasceu no estrangeiro e não foi registrado em repartição brasileira competente.
b) é brasileiro nato, pois nasceu no estrangeiro quando sua mãe, brasileira, estava a serviço do Brasil;
Angelita não é brasileira nata, mesmo que nascida em território nacional brasileiro, pois sua mãe é chilena
e não estava no país a serviço do Brasil; Anthony não poderá ser considerado brasileiro nato, ainda que
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sua mãe seja brasileira, pois nasceu no estrangeiro e não foi registrado em repartição brasileira
competente.
c) não é brasileiro nato, ainda que filho de mãe brasileira, pois nasceu no estrangeiro; Angelita é brasileira
nata, pois nasceu no Brasil, e sua mãe, estrangeira, não estava a serviço de seu país; Anthony não poderá
ser considerado brasileiro nato, ainda que sua mãe seja brasileira, pois nasceu no estrangeiro e não foi
registrado em repartição brasileira competente.
d) e Anthony são brasileiros natos, mesmo que nascidos em território estrangeiro, pois são filhos de mãe
brasileira; Angelita não é brasileira nata, mesmo que nascida em território nacional brasileiro, pois sua
mãe é chilena e não estava no país a serviço do Brasil.
e) é brasileiro nato, pois nasceu no estrangeiro quando sua mãe, brasileira, estava a serviço do Brasil;
Angelita é brasileira nata, pois nasceu no Brasil, e sua mãe, estrangeira, não estava a serviço de seu
país; Anthony é brasileiro nato, desde que venha a residir no Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
GABARITO: E
Como Paula estava a serviço da República Federativa do Brasil, seu filho Bernardo, apesar de ter
nascido na Irlanda, é brasileiro nato, por força do art. 12, I, "b", da CF (critério do jus sanguini). Angelita é
também brasileira nata, visto que nasceu no território brasileiro, e sua mãe, apesar de estrangeira, não
estava a serviço oficial de seu país, nos termos do art. 12, I, "a", da CF (critério do jus solli). E Anthony é
brasileiro nato, por força do art. 12, I, "c", da CF:
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
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c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
Demais incorretas:
a) é brasileiro nato, pois nasceu no estrangeiro quando sua mãe, brasileira, estava a serviço do
Brasil; Angelita é brasileira nata, desde que venha a residir no Brasil e opte, em qualquer tempo,
depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira, pois sua mãe é estrangeira;
Anthony poderá adquirir a nacionalidade brasileira apenas por meio da naturalização, pois, apesar
de ser filho de mãe brasileira, nasceu no estrangeiro e não foi registrado em repartição brasileira
competente.
Angelita é também brasileira nata e não precisa optar pela nacionalidade brasileira, visto que nasceu no
território brasileiro, e sua mãe, apesar de estrangeira, não estava a serviço oficial de seu país. Anthony
poderá ser brasileiro nato, desde que venha a residir no Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
b) é brasileiro nato, pois nasceu no estrangeiro quando sua mãe, brasileira, estava a serviço do
Brasil; Angelita não é brasileira nata, mesmo que nascida em território nacional brasileiro, pois
sua mãe é chilena e não estava no país a serviço do Brasil; Anthony não poderá ser considerado
brasileiro nato, ainda que sua mãe seja brasileira, pois nasceu no estrangeiro e não foi registrado
em repartição brasileira competente.
c) não é brasileiro nato, ainda que filho de mãe brasileira, pois nasceu no estrangeiro; Angelita é
brasileira nata, pois nasceu no Brasil, e sua mãe, estrangeira, não estava a serviço de seu
país; Anthony não poderá ser considerado brasileiro nato, ainda que sua mãe seja brasileira, pois
nasceu no estrangeiro e não foi registrado em repartição brasileira competente.
d) e Anthony são brasileiros natos, mesmo que nascidos em território estrangeiro, pois são filhos
de mãe brasileira; Angelita não é brasileira nata, mesmo que nascida em território nacional
brasileiro, pois sua mãe é chilena e não estava no país a serviço do Brasil.
Questão 6: VUNESP
São brasileiros natos
a) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo,
depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
b) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que esses
esteja, a serviço de seu país.
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c) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.
GABARITO: A
A única alternativa que reproduz corretamente hipótese vinculada a brasileiro nato, conforme estabelecido
pelo art. 12, da CF/88, se refere a todos aqueles nascidos no estrangeiro, sendo de pai brasileiro ou de
mãe brasileira e desde que registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na
República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.
Questão 7: VUNESP
O reconhecimento do direito fundamental à nacionalidade traz como consequência, entre outras,
b) que a perda da nacionalidade seja efetivada de modo a não favorecer a manutenção do vínculo,
desconsiderando a vontade do indivíduo.
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d) a relativização da regra da anualidade eleitoral.
e) ser pressuposto básico para a obtenção da condição de cidadão, ou seja, estrangeiros não podem
exercer direitos políticos.
GABARITO: A
Questão retirada de trecho da obra de André de Carvalho Ramos, a respeito do direito fundamental à
nacionalidade:
"O reconhecimento do direito fundamental à nacionalidade traz importantes consequências: 1) exige que
a interpretação da concessão da nacionalidade a estrangeiro seja sempre feita em prol da concessão; 2)
exige que a interpretação da perda da nacionalidade seja sempre restritiva, de modo a favorecer a
manutenção do vínculo, caso o indivíduo assim queira; 3) não pode o Estado obstar o desejo legítimo do
indivíduo de renunciar e mudar de nacionalidade". (Ramos, André de Carvalho Curso de direitos
humanos. São Paulo : Saraiva, 2014, p. 59-60)
Ou seja, havendo dúvida razoável acerca da interpretação acercas das condições para concessão da
nacionalidade, deve haver uma interpretação em favor da concessão.
b) que a perda da nacionalidade seja efetivada de modo a não favorecer a manutenção do vínculo,
desconsiderando a vontade do indivíduo.
De acordo com o mesmo autor, o reconhecimento do direito fundamental à nacionalidade exige que a
interpretação da perda da nacionalidade seja sempre restritiva, de modo a favorecer a manutenção do
vínculo, caso o indivíduo assim queira.
Não pode o Estado obstar o desejo legítimo do indivíduo de renunciar e mudar de nacionalidade.
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Errado, consoante interpretação do mesmo autor acerca do art. 16 da Constituição de 1988:
"Para evitar manipulações, dispõe o art. 16 da CF/88 que a lei que alterar o processo eleitoral entrará em
vigor na data de sua publicação, porém não se aplica à eleição que ocorra até um ano da data de sua
vigência. Esse artigo representa a chamada regra da anualidade eleitoral, que garante o direito de
segurança e de certeza jurídicas do cidadão-eleitor contra alterações abruptas das regras inerentes à
disputa eleitoral (ADI 3.345, Rel. Min. Celso de Mello, e ADI 3.685, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em
22-3-2006)" (Ramos, André de Carvalho Curso de direitos humanos. São Paulo : Saraiva, 2014, p. 61)
e) ser pressuposto básico para a obtenção da condição de cidadão, ou seja, estrangeiros não
podem exercer direitos políticos.
Errado, pois apesar de a nacionalidade ser pressuposto básico para a obtenção da condição de cidadão,
é possível o exercício de direitos políticos por estrangeiro, por exemplo no Brasil, em
relação aos portugueses equiparados (CF/88, art. 12):
Art. 12.....
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de
brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.
Questão 8: FCC
Acerca do que dispõe a Constituição Federal sobre nacionalidade,
a) são brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros,
desde que estes não estejam a serviço de seu país.
b) a lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos
em lei complementar.
d) será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver cancelada sua naturalização, por
decisão administrativa, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional.
GABARITO: A
a) são brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país.
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Correta, nos termos do inciso I, "a" do art. 12 da CF/1988.
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
Demais alternativas incorretas:
b) a lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos
previstos em lei complementar.
Incorreta, nos termos do § 2º do art. 12 da CF/1988, já que apenas a Constituição pode estabelecer essas
distinções:
Art. 12. São brasileiros:
...
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos
previstos nesta Constituição.
c) é privativo de brasileiro nato o cargo de membro da Câmara dos Deputados.
Incorreta, visto que a restrição imposta pelo § 3º, II do art. 12 da CF/1988 é para o cargo de Presidente da
Câmara dos Deputados, presente na linha sucessória do Presidente da República:
Art. 12. São brasileiros:
...
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
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VII - de Ministro de Estado da Defesa
d) será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver cancelada sua naturalização, por
decisão administrativa, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional.
Incorreta, pois a sentença de cancelamento deve ser proferida pelo Poder Judiciário, nos termos do §
4º, I do art.12 da CF/1988.
Art. 12. São brasileiros:
...
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse
nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro,
como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.
e) é fator impeditivo de aquisição da nacionalidade brasileira a condenação, por improbidade
administrativa, de cidadão estrangeiro residente no Brasil por período superior a quinze anos
ininterruptos.
Incorreta, visto que o fator impeditivo é a condenação penal, nos termos do inciso II, "b" do art. 12 da
CF/1988.
Art. 12. São brasileiros:
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
Questão 9: FCC
Considere que determinada mulher, filha de mãe brasileira e pai estrangeiro, nascida em país cuja lei lhe
reconhece nacionalidade originária e durante período em que sua mãe lá estava a serviço da República
Federativa do Brasil, venha a residir no Brasil, depois de atingida a maioridade. Nessa hipótese, referida
mulher
a) é considerada brasileira nata, não podendo vir a ser extraditada, quaisquer que sejam as
circunstâncias e a natureza do delito pelo qual o requeira Estado estrangeiro.
b) não faz jus à nacionalidade originária brasileira, embora possa vir a ser naturalizada, após residir por
quinze anos ininterruptos no Brasil e desde que não sofra condenação penal.
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c) será considerada brasileira naturalizada, podendo vir a ser autorizada sua extradição, mediante
processo de competência originária do Supremo Tribunal Federal, em caso de comprovado envolvimento
em tráfico ilícito de entorpecentes.
d) é considerada estrangeira, condição em virtude da qual não será concedida sua extradição apenas
por crime político ou de opinião.
e) será considerada brasileira nata, desde que opte pela nacionalidade brasileira, mediante processo de
competência da Justiça Federal.
GABARITO: A
Considere que determinada mulher, filha de mãe brasileira e pai estrangeiro, nascida em país cuja lei lhe
reconhece nacionalidade originária e durante período em que sua mãe lá estava a serviço da República
Federativa do Brasil, venha a residir no Brasil, depois de atingida a maioridade. Nessa hipótese, referida
mulher:
a) é considerada brasileira nata, não podendo vir a ser extraditada, quaisquer que sejam as
circunstâncias e a natureza do delito pelo qual o requeira Estado estrangeiro.
Correta, visto que o art. 12, I, (b) da CF/88 determina que mesmo os nascidos no estrangeiro, de pai ou
mãe brasileira que estejam a serviço do país são brasileiros natos. E o art. 5º, LI determina que os
brasileiros natos não podem ser extraditados.
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes
da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na
forma da lei.
Demais alternativas incorretas:
b) não faz jus à nacionalidade originária brasileira, embora possa vir a ser naturalizada, após
residir por quinze anos ininterruptos no Brasil e desde que não sofra condenação penal.
Incorreta, visto que essa regra é válida para brasileiros naturalizados, segundo o art. 12, II, (b) da CF/88,
mas a cidadã do enunciado é brasileira nata.
Art. 12. São brasileiros:
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II - naturalizados:
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
c) será considerada brasileira naturalizada, podendo vir a ser autorizada sua extradição, mediante
processo de competência originária do Supremo Tribunal Federal, em caso de comprovado
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes.
Incorreta, pois segundo o art. 12, I, (b), a cidadão do enunciado é brasileira nata, e a regra disposta na
assertiva aplica-se aos brasileiros naturalizados, nos termos o art. 5º, LI da CF/88.
d) é considerada estrangeira, condição em virtude da qual não será concedida sua extradição
apenas por crime político ou de opinião.
É brasileira nata.
e) será considerada brasileira nata, desde que opte pela nacionalidade brasileira, mediante
processo de competência da Justiça Federal.
Errado. A opção pela nacionalidade brasileira nata só ocorrerá no caso de nascidos no estrangeiro de pai
brasileiro ou mãe brasileira, que não estejam a serviço da República, mas que tenham sido registrados
em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira (art. 12, I, "c", CF):
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
I. Juan e Matilda, casados entre si, espanhóis, decidiram deixar a Espanha e morar no Brasil. Após seis
meses da chegada do casal, Matilda engravidou e Pablo nasceu em território brasileiro.
II. Vítor, diplomata brasileiro, foi transferido para trabalhar no Consulado Geral do Brasil na Itália, para
onde se mudou com a sua esposa, Isabela. Bernardo, filho do casal, nasceu na cidade italiana durante o
período em que Vítor trabalhou no referido Consulado.
III. Antônia, brasileira, foi cursar pós-graduação no Canadá, onde conheceu Charles, com quem se casou.
O primeiro filho do casal, Marc, nasceu em Ottawa, capital canadense.
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Com fundamento na Constituição Federal de 1988 e analisando apenas os dados fornecidos, são
brasileiros natos:
a) Marc, desde que seja registrado em repartição brasileira competente ou venha a residir na República
Federativa do Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira, bem como Pablo e Bernardo.
b) Bernardo, desde que seja registrado em repartição brasileira competente ou venha a residir na
República Federativa do Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira, bem como Pablo e Marc.
c) Bernardo e Marc, apenas, desde que Bernardo venha a residir na República Federativa do Brasil e
opte, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.
e) Pablo, desde que opte, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira, bem como Bernardo e Marc.
GABARITO: A
Marc, nascido no Canadá e filho de mãe brasileira, será considerado brasileiro nato desde que seja
registrado em repartição brasileira competente ou venha a residir no Brasil e opte, em qualquer tempo,
depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
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b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil''.
Em razão destes fundamentos, as demais alternativas restaram prejudicados.
a) brasileiro nato, desde que seus pais não estivessem a serviço do seu país.
c) brasileiro naturalizado, desde que seus pais estivessem a serviço do seu país.
d) estrangeiro, desde que seus pais não estivessem a serviço do seu país.
GABARITO: A
Pierre nasceu no território brasileiro quando seus pais, que são estrangeiros, estavam residindo,
temporariamente, no Brasil. Nessa situação, hipotética, considerando as disposições da Constituição
Federal brasileira que tratam da nacionalidade, é correto afirmar que Pierre, no momento de seu
nascimento, é considerado:
a) brasileiro nato, desde que seus pais não estivessem a serviço do seu país.
Correta, em face do previsto no inciso I, "a" do art. 12 da CF/1988, que consagra o princípio do ius soli.
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
não estejam a serviço de seu país.
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
Demais alternativas incorretas:
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b) estrangeiro, independentemente da condição em que seus pais estavam no Brasil.
c) brasileiro naturalizado, desde que seus pais estivessem a serviço do seu país.
Incorreta, pois as condições para aquisição da nacionalidade derivada (brasileiro naturalizado) estão
no inciso II do art. 12 da CF/1988.
Art. 12. São brasileiros:
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
d) estrangeiro, desde que seus pais não estivessem a serviço do seu país.
a) São brasileiros natos, todos os nascidos no estrangeiro, desde que filhos de pais brasileiros.
b) São brasileiros naturalizados, todos os estrangeiros que requeiram a nacionalidade brasileira, cujo
país de origem mantenha reciprocidade de direitos em favor de brasileiros, desde que residentes no Brasil
há mais de dez anos ininterruptos e sem condenação penal.
c) A lei poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, observadas as demandas
da segurança e soberania nacional.
d) O brasileiro nato poderá perder a sua nacionalidade quando, mediante manifestação expressa de
vontade, adquirir outra nacionalidade derivada.
e) Contra o brasileiro nato que praticou alguma atividade nociva ao interesse nacional recairá a perda da
nacionalidade.
GABARITO: D
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Em relação aos direitos da nacionalidade expressos na Constituição Federal brasileira, assinale a
alternativa correta.
d) O brasileiro nato poderá perder a sua nacionalidade quando, mediante manifestação expressa
de vontade, adquirir outra nacionalidade derivada.
a) São brasileiros natos, todos os nascidos no estrangeiro, desde que filhos de pais brasileiros.
Apenas se os pais estiverem a serviço da República Federativa do Brasil (art. 12, I, "b", CF):
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
b) São brasileiros naturalizados, todos os estrangeiros que requeiram a nacionalidade
brasileira, cujo país de origem mantenha reciprocidade de direitos em favor de brasileiros, desde
que residentes no Brasil há mais de dez anos ininterruptos e sem condenação penal.
A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos
na Constituição (art. 12, § 2º, CF).
259
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e) Contra o brasileiro nato que praticou alguma atividade nociva ao interesse nacional recairá a
perda da nacionalidade.
Apenas o naturalizado poderá perder a nacionalidade, nessa hipótese (art. 12, § 4º, I, CF):
Art. 12.......
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse
nacional;
a) são brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros,
desde que estes não estejam a serviço do seu país.
e) a distinção entre brasileiros natos e naturalizados somente pode se dar mediante lei ordinária, nos
termos definidos pela Constituição.
GABARITO: A
De acordo com a Constituição Federal brasileira, sobre os direitos de nacionalidade, é certo assinalar
que:
a) são brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço do seu país.
Correta, nos termos do art. 12, I, "a" da CF/88, que estabelece a prevalência do critério do ius soli,
temperado pelo critério do jus sanguinni:
Art. 12. São brasileiros:
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I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu país.
O critério do ius soli: confere a nacionalidade àquele que nascer no solo do país, ou em
suas representações diplomáticas no exterior, ou embarcações militares, navios mercantes etc,
independentemente da nacionalidade dos pais;
O critério do jus sanguinis: atribui a nacionalidade àquele que for descendente do nacional daquele
país (critério do sangue). Segundo Jacob Dolinger (Direito Internacional Privado. 6.ed. São Paulo:
Renovar, 2002, p. 142) o Jus sanguinis é o sistema pelo qual os filhos adquirem a nacionalidade que os
pais tinham à época de seu nascimento, não sendo afetada por eventuais mudanças de nacionalidade
que posteriormente ocorram a seus pais. Se houver nacionalidades diferentes, o filho carrega a
nacionalidade do pai. Sendo pai desconhecido leva o da mãe, e sendo desconhecido a de ambos adquire
a nacionalidade pelo critério do ius soli.
Incorreta, de acordo com o art. 12, II, "b" da CF/88, que exige residência no Brasil por mais de 15
anos ininterruptos:
Art. 12. São brasileiros:
II - naturalizados:
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
c) os estrangeiros originários de países de língua portuguesa podem requerer a nacionalidade
brasileira desde que residam em território nacional ininterruptamente por no mínimo 2 anos e
possuam idoneidade moral.
Incorreta, nos termos do art. 12, II, "a" da CF/88, que exige residência ininterrupta no Brasil por um ano:
Art. 12. São brasileiros:
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.
d) são privativos de brasileiros natos, dentre outros, os cargos de Presidente e Vice-Presidente da
República, Governador de Estado e Ministro do Supremo Tribunal Federal.
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Incorreta, pois Governador de Estado não precisa ser brasileiro nato, de acordo com o §3º do art. 12 da
CF/88.
Art. 12. São brasileiros:
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
É importante que você guarde que além desses cargos indicados no § 3º, são também privativos de
brasileiros natos:
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iv) Note ainda que o art. 222 estabelece que a propriedade de empresa jornalística e de
radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de
dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.
e) a distinção entre brasileiros natos e naturalizados somente pode se dar mediante lei ordinária,
nos termos definidos pela Constituição.
Incorreta, pois distinção entre brasileiros e estrangeiros somente pode ser veiculada pela Constituição
Federal, de acordo com o §2º do art. 12.
Art. 12...
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos
previstos nesta Constituição.
I. Simon, nascido na Inglaterra, de mãe irlandesa, durante período em que seu pai estava naquele país
como embaixador da República Federativa do Brasil, reside no território brasileiro há um ano.
II. Fritz, nascido na Alemanha, naturalizado brasileiro há dezessete anos, reside e exerce legalmente a
advocacia no Brasil há quinze anos ininterruptos.
III. Brigite, nascida na França e naturalizada brasileira há dois anos, é processada e condenada no
exterior pela prática de tráfico internacional de entorpecentes ocorrido há seis anos.
a) Fritz poderá ser nomeado embaixador, mas não poderá ser nomeado Ministro das Relações Exteriores,
ao passo que Simon é considerado brasileiro naturalizado.
b) Brigite não poderá ser extraditada em razão de ter se naturalizado brasileira, ao passo que Fritz poderá
ocupar qualquer cargo da carreira diplomática.
d) Simon é considerado brasileiro nato, ao passo que Fritz não poderá ocupar qualquer cargo da carreira
diplomática.
e) Brigite não poderá ser extraditada, ao passo que Fritz poderá ser nomeado tanto embaixador como
Ministro das Relações Exteriores.
GABARITO: D
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I. Simon, nascido na Inglaterra, de mãe irlandesa, durante período em que seu pai estava naquele país
como embaixador da República Federativa do Brasil, reside no território brasileiro há um ano.
II. Fritz, nascido na Alemanha, naturalizado brasileiro há dezessete anos, reside e exerce legalmente a
advocacia no Brasil há quinze anos ininterruptos.
III. Brigite, nascida na França e naturalizada brasileira há dois anos, é processada e condenada no
exterior pela prática de tráfico internacional de entorpecentes ocorrido há seis anos.
d) Simon é considerado brasileiro nato, ao passo que Fritz não poderá ocupar qualquer cargo da
carreira diplomática.
Correta, pois Simon se encaixa na previsão do inciso I, "a" do art. 12 da CF/1988 e Fritz não pode ocupar
cargos diplomáticos pois é brasileiro naturalizado e de acordo com o § 3º do art. 12 da CF/1988, esses
cargos são privativos de brasileiros natos:
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu país.
...
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
Demais alternativas incorretas:
a) Fritz poderá ser nomeado embaixador, mas não poderá ser nomeado Ministro das Relações
Exteriores, ao passo que Simon é considerado brasileiro naturalizado.
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Incorreta, pois Fritz é naturalizado e Simon é considerado brasileiro nato.
b) Brigite não poderá ser extraditada em razão de ter se naturalizado brasileira, ao passo que
Fritz poderá ocupar qualquer cargo da carreira diplomática.
Incorreta, pois Brigite é brasileira naturalizada, amparada pela hipótese do inciso II, "b" do art. 12 da
CF/1988, e nesse caso pode haver extradição já que ela foi condenada por crime envolvendo tráfico ilícito
de drogas, o qual enseja extradição, caso praticado antes ou depois da naturalização, conforme
previsão do inciso LI do art. 5º da CF/1988. Já Fritz não pode ocupar cargos diplomáticos por motivos de
não ser brasileiro nato, conforme o § 3º do art. 12 da CF/1988.
Art. 12. São brasileiros:
II - naturalizados:
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
Art. 5º...
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes
da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na
forma da lei.
c) Simon é considerado estrangeiro, ao passo que Brigite poderá ser extraditada.
Incorreta, pois conforme o inciso I, "a" do art. 12 da CF/1988, Simon é considerado brasileiro nato. No
entanto Brigite pode mesmo ser extraditada, conforme descrito acima.
e) Brigite não poderá ser extraditada, ao passo que Fritz poderá ser nomeado tanto embaixador
como Ministro das Relações Exteriores.
a) são brasileiros naturalizados os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país.
b) são brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira competente, ou venham a residir na República Federativa do
Brasil antes da maioridade e, alcançada esta, optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.
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c) são brasileiros naturalizados, os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas
aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade
moral.
d) será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver cancelada sua naturalização, por ato
do Presidente da República, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional
e) os cargos da carreira diplomática poderão ser ocupados por brasileiros natos ou naturalizados.
GABARITO: C
c) são brasileiros naturalizados, os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas
aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade
moral.
Sabemos que para os egressos de países de língua portuguesa, o requisito é muito mais facilitado, sendo
suficiente 1 ano de residência e o requisito subjetivo da idoneidade moral. Tipo de naturalização ordinária.
(A) são brasileiros naturalizados os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país.
No Brasil, empregados, de regra, o critério do solo. Nasceu por aqui é brasileiro nato, e ponto. A não ser
que de pais estrangeiros e a serviço do próprio país. Isso mesmo, próprio país. Achei até que a banca
viria por esse caminho. Um casal de alemães a trabalho da Itália, o filho não será alemão, será brasileiro
nato.
(B) são brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira competente, ou venham a residir na República Federativa do
Brasil antes da maioridade e, alcançada esta, optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.
Há uma outra forma. Se um dos pais estiver a serviço do país. Mas o maior erro não é este. É que o filho
não precisa vir ao Brasil antes de adquirir a maior idade. Ele pode vir depois de 18 anos, sem problemas.
Vejamos a redação para cair a ficha quanto ao erro:
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
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Agora, se vier antes de 18 anos, vai adquirir automaticamente a nacionalidade brasileira, do tipo
potestativa, isso porque fica a depender de, adquirida maioridade, opção confirmativa. Se não a fizer,
deixar de ser brasileiro nato.
(D) será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver cancelada sua naturalização, por ato
do Presidente da República, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional
Não é por ato do Presidente da República. A perda depende sentença judicial. Inclusive, no curso,
chegamos a apresentar outra forma de perda, de natureza administrativa, mas com decisão proferida pelo
Ministério da Justiça e não Presidência da República. Ou seja, a banca poderia até tentar confundir,
usando o Ministério da Justiça, mas preferiu por nos facilitar a vida. Bom né.
(E) os cargos da carreira diplomática poderão ser ocupados por brasileiros natos ou naturalizados.
É aquela questão que não podemos mais perder. Chegamos a mencionar os cargos privativos de
brasileiros natos, as funções, a propriedade e a diferença quanto ao processo extradicional. Os cargos
de carreira diplomática só para brasileiros natos.
a) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro e de mãe brasileira, desde que ambos estejam a serviço
da República Federativa do Brasil.
c) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa a residência por seis meses ininterruptos.
d) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa a residência por dois anos ininterruptos.
e) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil.
GABARITO: E
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a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu país; (nacionalidade involuntária)
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;” (nacionalidade
voluntária)
A seguir, os erros:
Na letra A, é suficiente que um deles esteja a serviço do Estado brasileiro.
Na letra B, primeiro que o prazo é de 15 anos. Segundo que não serão considerados brasileiros natos,
mas sim naturalizados.
Na letra C, é aquisição, logo, naturalidade. E, no caso, o prazo para os egressos de língua portuguesa é
de 1 ano.
Na letra D, é naturalização, e o prazo para os de língua portuguesa é de 1 ano.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
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IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
Isto ocorre porque o Presidente da Câmara dos Deputados é o primeiro na linha sucessória do
Presidente da República, em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, nos termos do
art. 80 da CF/1988:
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos
cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos
Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.
É importante que você guarde que além desses cargos indicados no § 3º, são também privativos de
brasileiros natos:
II) o Presidente do Conselho Nacional de Justiça (que é o Presidente do STF, nos termos do art. 103-
B, I), nunca membros do Superior Tribunal de Justiça.
III) E os membros do Superior Tribunal Militar são necessariamente brasileiros natos? Não todos, pois
alguns não se originam do oficialato das Forças Armadas, já que cinco de seus membros são civis,
nos termos do art. 123 da CF! Apenas os 10 membros oficiais das Forças Armadas é que deverão ser
brasileiros natos.
IV) Também o Conselho da República, órgão superior de consulta do Presidente da República, possui,
dentre seus membros, seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo
dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara
dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução (art. 89, VII, CF).
V) Note ainda que o art. 222 estabelece que a propriedade de empresa jornalística e de
radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais
de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.
VI) O cargo de Chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas é de brasileiro nato. Trata-se
de um Órgão do Ministério da Defesa do Brasil, que centraliza a coordenação dos comandos das Forças
Armadas: Exército, Marinha e Aeronáutica. É regido pela Lei Complementar 136/2010, com suas
diretrizes delineadas na Portaria nº 1429.
269
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O chefe do EMCFA é indicado pelo ministro da Defesa e nomeado pelo Presidente da República, e será
ocupado por um oficial-general do último posto (quatro estrelas) tanto da ativa, como da reserva, sendo,
portanto, cargo privativo de brasileiro nato. Se for da ativa, irá automaticamente para a reserva após a
nomeação, como também acontece com os comandantes de cada uma das Forças.
a) Juiz de paz
b) Vereador
c) Governador
e) Ministro da Fazenda
GABARITO: D
A assertiva está correta, uma vez que encontra respaldo no § 3º, III, do art. 12, da CF/88.
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----------------------------------------------------------------
As demais assertivas estão erradas por colidirem com o dispositivo constitucional exposto acima.
Vejamos:
b) Vereador (ERRADO)
c) Governador (ERRADO)
d) Alejandro, apenas.
GABARITO: D
Alejandro é brasileiro naturalizado e está sendo acusado judicialmente de exercer atividade nociva ao
interesse nacional; Cláudia é brasileira nata e teve uma outra nacionalidade originária assim reconhecida
pela lei estrangeira; Marcos é brasileiro nato residente em Estado estrangeiro, tendo se naturalizado
naquele país como condição para sua permanência no território. Com fundamento na Constituição
Federal, sentença judicial poderá declarar a perda da nacionalidade a:
d) Alejandro, apenas.
Correta. Análise de cada caso:
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Alejandro é brasileiro naturalizado, mas como praticou teve sentença judicial condenatória transitada em
julgado, em razão de atividade nociva ao interesse do estado, terá sua naturalização cancelada, nos
termos do art. 12, § 4º, I da CF/88:
Art. 12. São brasileiros:
....
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse
nacional;
Cláudia é brasileira nata, e adquiriu outra nacionalidade, mas houve o reconhecimento de nacionalidade
originária pela lei estrangeira, nos termos art. 12, § 4º, II, "a" da CF/88, e por isso não perderá sua
nacionalidade:
Art. 12. São brasileiros:
....
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
Marcos viu-se obrigado a assumir outra nacionalidade como condição para permanecer em território
estrangeiro; desse modo não perderá a nacionalidade brasileira, nos termos do art. 12, § 4º, II, "b", da
CF/88
Art. 12. São brasileiros:
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro,
como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;
Demais alternativas incorretas:
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Direitos Políticos
Questão 1: VUNESP
A necessidade de que, de tempos em tempos, os mandatos políticos devem ser revogados com a
realização de novas eleições tem por fundamento o denominado princípio eleitoral
a) da legalidade.
b) da moralidade.
c) republicano.
d) da separação de poderes.
e) do pluralismo político.
GABARITO: C
A necessidade de que, de tempos em tempos, os mandatos políticos devem ser revogados com a
realização de novas eleições tem por fundamento o denominado princípio eleitoral
c) republicano. CORRETA.
Portanto, correta a assertiva ao considerar que provém do princípio republicano a necessidade de tempos
em tempos, os mandatos políticos serem revogados com a realização de novas eleições.
273
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Questão 2: FGV
José Maria, no ano de 2016, foi eleito para exercer o seu primeiro mandato como Prefeito da Cidade
Delta, situada no Estado Alfa. Nesse mesmo ano, a filha mais jovem de José Maria, Janaína (22 anos),
elegeu-se vereadora e já se organiza para um segundo mandato como vereadora.
Rosária (26 anos), a outra filha de José Maria, animada com o sucesso da irmã mais nova e com a
popularidade do pai, que pretende concorrer à reeleição, faz planos para ingressar na política, disputando
uma das cadeiras da Assembleia Legislativa do Estado Alfa.
Diante desse quadro, a família contrata um advogado para orientá-la. Após analisar a situação, seguindo
o sistema jurídico- constitucional brasileiro, o advogado afirma que
a) as filhas não poderão concorrer aos cargos almejados, a menos que José Maria desista de concorrer
à reeleição para o cargo de chefe do Poder Executivo do Município Delta.
b) Rosária pode se candidatar ao cargo de deputada estadual, mas Janaína não poderá se candidatar
ao cargo de vereadora em Delta, pois seu pai ocupa o cargo de chefe do Poder Executivo do referido
município.
d) Janaína pode se candidatar ao cargo de vereadora, mas sua irmã Rosária não poderá se candidatar
ao cargo de deputada estadual, tendo em vista o fato de seu pai exercer a chefia do Poder Executivo do
município.
GABARITO: C
Questão adorável! Muito bem formulada, abordando duas importantes passagens da CF.
Sabemos que, no território do chefe do Executivo, não podem seu cônjuge/companheiro e parentes até
o 2º grau assumirem cargos eletivos. Confira:
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
(...)
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins,
até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território,
do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito,
salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
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Nota que no ano de eleição de Janaína seu pai José Maria ainda não era Prefeito da cidade. Logo, não
há qualquer impedimento de sua eleição. Ademais, a partir de agora, Janaína poderá se candidatar,
quantas vezes quiser, ao cargo de Vereadora.
Já em relação a Rosário, o estudante poderia ficar em dúvida. Ocorre que a vedação é para a
circunscrição do Município de José Maria. Responda rápido: quem elegeu Rosário foi a população do
Município ou do Estado? Se sua resposta for município, Rosário não pode se candidatar. Ora, o cargo é
para Deputada, logo, quem a elege é a população de todo o Estado, logo, não há qualquer vedação.
Questão 3: VUNESP
A respeito dos direitos políticos, a Carta Magna dispõe que
a) o mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral, no prazo de quinze dias contados da
diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
b) não podem se alistar como eleitores os analfabetos e, durante o período do serviço militar obrigatório,
os conscritos.
c) é uma condição de elegibilidade a idade mínima de trinta e cinco anos para Presidente e Vice-
Presidente da República, Senador e Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal.
e) a condenação por improbidade administrativa e a condenação criminal transitada em julgado são duas
das hipóteses de cassação de direitos políticos previstas no texto constitucional.
GABARITO: A
a) o mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral, no prazo de quinze dias contados da
diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. CORRETA.
A assertiva está em harmonia com a norma inscrita no art.14, §10, da Constituição Federal:
''Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
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§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias
contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção
ou fraude''.
c) é uma condição de elegibilidade a idade mínima de trinta e cinco anos para Presidente e Vice-
Presidente da República, Senador e Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal. INCORRETA.
A idade mínima de 35 anos constitui condição de elegibilidade para os cargos de Presidente da República,
Vice-Presidente e Senador, conforme norma inscrita no art.14, §3º, VI, a, da Constituição Federal:
''Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
A norma do art.14, §6º, da Constituição Federal se aplica apenas aos Chefes do Poder Executivo Federal,
Estadual e Municipal:
''Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
Nossa ordem constitucional proibiu expressamente a cassação dos direitos políticos, de modo que
a condenação por improbidade administrativa e a condenação criminal transitada em julgado constituem
hipóteses de suspensão dos direitos políticos. A esse respeito, o art.15, III e V e art.37, §4º, da
Constituição Federal:
''Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
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V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º''.
''Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
Incorreta, pois os analfabetos dispõem da capacidade eleitoral ativa. Nesse sentido, dispõe o art. 14, §
1º e 2º, da CF:
Art. 14..............
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.
Não dispõem os analfabetos da capacidade eleitoral passiva, atributo de quem preenche as condições
para ser votado (art. 14, § 4º, CF):
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
....
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
Questão 5: FCC
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A soberania popular é exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para
todos, mais a iniciativa popular, o referendo e o plebiscito. Tais instrumentos previstos na Constituição
Federal vigente correspondem ao modelo
a) do pluralismo político.
b) da democracia indireta.
c) da democracia direta.
d) da democracia semidireta.
e) do veto popular.
GABARITO: D
A soberania popular é exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para
todos, mais a iniciativa popular, o referendo e o plebiscito. Tais instrumentos previstos na Constituição
Federal vigente correspondem ao modelo:
d) da democracia semidireta.
Veja que nosso regime político é democrático, em que prevalece a soberania popular. Configura a
chamada democracia participativa ou semidireta, que pode ser exercida
tanto direta como indiretamente, conforme se observa no parágrafo único do art. 1º e do art. 14 da
Constituição Federal:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
....
Parágrafo Único - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos (democracia indireta, eleições) ou diretamente (plebiscito, referendo e iniciativa popular de projeto
de lei), nos termos desta Constituição.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
Demais alternativas incorretas:
a) do pluralismo político.
b) da democracia indireta.
c) da democracia direta.
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e) do veto popular.
Questão 6: VUNESP
Imagine que Antonieta, brasileira naturalizada, com domicílio eleitoral na Cidade de Botucatu/SP, tenha
28 anos de idade e a intenção de participar das eleições ao cargo de Governadora do Estado de São
Paulo no ano de 2020.
Neste caso, a partir da previsão constitucional sobre direitos políticos, é correto afirmar que Antonieta
a) não poderá se candidatar ao cargo, pois apesar de ter a idade mínima prevista pela Constituição e
possuir domicílio eleitoral na circunscrição exigida por lei, nenhum brasileiro naturalizado pode concorrer
ao cargo de Governador de Estado.
b) não poderá se candidatar ao cargo exclusivamente pelo fato de não ter a idade mínima de 30 anos
exigida pela Constituição, já que possui domicílio eleitoral na circunscrição e o cargo pode ser assumido
por brasileiro naturalizado.
c) não poderá se candidatar ao cargo uma vez que a Constituição estabelece a idade mínima de 35 anos
para o cargo de Governador e não permite a sua assunção por brasileiro naturalizado.
d) poderá assumir o cargo naturalmente, vez que preenche todos os requisitos constitucionais
estabelecidos na Constituição.
e) poderá assumir o cargo desde que, até a data da posse, tenha completado a idade mínima de 29 anos
prevista pelo texto constitucional.
GABARITO: B
Imagine que Antonieta, brasileira naturalizada, com domicílio eleitoral na Cidade de Botucatu/SP, tenha
28 anos de idade e a intenção de participar das eleições ao cargo de Governadora do Estado de São
Paulo no ano de 2020. Neste caso, a partir da previsão constitucional sobre direitos políticos, é correto
afirmar que Antonieta
b) não poderá se candidatar ao cargo exclusivamente pelo fato de não ter a idade mínima de 30
anos exigida pela Constituição, já que possui domicílio eleitoral na circunscrição e o cargo pode
ser assumido por brasileiro naturalizado.
Correto, em face dos artigos 12, § 3º, 14, § 3º, IV e VI, "b", da Constituição Federal:
Art. 12....
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;|
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
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IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas;
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
Art. 14....
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
........
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
Demais incorretas:
a) não poderá se candidatar ao cargo, pois apesar de ter a idade mínima prevista pela
Constituição e possuir domicílio eleitoral na circunscrição exigida por lei, nenhum brasileiro
naturalizado pode concorrer ao cargo de Governador de Estado.
Antonieta está impedida de concorrer ao cargo de Governadora não em razão da naturalização, mas em
face de idade insuficiente (28 anos).
c) não poderá se candidatar ao cargo uma vez que a Constituição estabelece a idade mínima de
35 anos para o cargo de Governador e não permite a sua assunção por brasileiro naturalizado.
A idade mínima para eleição de governador é de 30 anos e permite que brasileiro naturalizado concorra
ao cargo.
d) poderá assumir o cargo naturalmente, vez que preenche todos os requisitos constitucionais
estabelecidos na Constituição.
e) poderá assumir o cargo desde que, até a data da posse, tenha completado a idade mínima de
29 anos prevista pelo texto constitucional.
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Questão 7: VUNESP
Arquimedes, brasileiro, 20 anos de idade, é funcionário público municipal ocupante de cargo de
provimento efetivo, filiado a um partido político há dois anos e pretende candidatar-se ao mandato de
Vereador no Município de São Miguel Arcanjo, enquanto sua esposa, Afrodite, é Vereadora no mesmo
Município. Considerando o disposto na Carta Magna a respeito da matéria, é correto afirmar que
Arquimedes, que está no pleno gozo dos seus direitos políticos,
a) não poderá candidatar-se ao mandato de Vereador em razão de sua esposa já exercer a vereança no
mesmo Município, ainda que o mandato dela termine ou ela renuncie, uma vez que a inelegibilidade de
Arquimedes persiste por até dois anos após o fim do mandato ou da renúncia de Afrodite.
b) não poderá candidatar-se ao mandato de Vereador, em razão de não possuir a idade mínima para
concorrer nas respectivas eleições, embora não haja previsão no texto constitucional de eventual
inelegibilidade de Arquimedes pelo fato de Afrodite exercer a vereança no mesmo Município.
c) poderá candidatar-se ao mandato de Vereador, uma vez que possui a idade mínima para concorrer
nas respectivas eleições, e o fato de Afrodite exercer a vereança no mesmo Município não se constitui
em hipótese de inelegibilidade nesse caso.
e) não poderá se candidatar ao mandato de Vereador, ainda que tenha a idade mínima para concorrer
nas respectivas eleições e que não haja impedimento por ser marido de Afrodite, uma vez que ocupa
cargo público de provimento efetivo, salvo se pedir exoneração do cargo.
GABARITO: C
Art. 14, § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos
ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Perceba que ela se aplica somente quando há parentesco com os ocupantes de cargos eletivos do poder
executivo:
*Presidente da República e Vice;
281
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*Governador;
*Prefeito.
Além disso, como Arquimedes pretende candidatar-se ao cargo de vereador, é importante saber que a
idade mínima requerida é de 18 anos:
Dessa forma, concluímos que não há impedimento à candidatura de Arquimedes ao cargo de vereador.
ERRADA. O fato da esposa de Arquimedes exercer o cargo de Vereadora no mesmo município não é
impeditivo para sua candidatura, dado que a inelegibilidade reflexa é aplicada apenas aos cargos de
Presidente da República e Vice, Governador e Prefeito.
b) não poderá candidatar-se ao mandato de Vereador, em razão de não possuir a idade mínima
para concorrer nas respectivas eleições, embora não haja previsão no texto constitucional de
eventual inelegibilidade de Arquimedes pelo fato de Afrodite exercer a vereança no mesmo
Município.
ERRADA. Arquimedes possui 20 anos e a idade mínima exigida pela CF/88 para o cargo de vereador é
de 18 anos.
c) poderá candidatar-se ao mandato de Vereador, uma vez que possui a idade mínima para
concorrer nas respectivas eleições, e o fato de Afrodite exercer a vereança no mesmo Município
não se constitui em hipótese de inelegibilidade nesse caso.
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d) poderá se candidatar ao mandato de Vereador, no caso, não havendo qualquer vedação ou
impedimento nesse sentido previsto na Constituição, mas, como funcionário público, se eleito,
deverá ser, obrigatoriamente, afastado do cargo, ainda que haja compatibilidade de horários do
cargo com o mandato.
ERRADA. De acordo com o art. 38, III, da CF, em relação ao mandato de Vereador por servidor público
efetivo, o afastamento é obrigatório apenas se não houver compatibilidade de horário.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de
seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
e) não poderá se candidatar ao mandato de Vereador, ainda que tenha a idade mínima para
concorrer nas respectivas eleições e que não haja impedimento por ser marido de Afrodite, uma
vez que ocupa cargo público de provimento efetivo, salvo se pedir exoneração do cargo.
ERRADA. O fato de ocupar cargo público de provimento efetivo não é impeditivo para a candidatura e o
exercício do mandato de Vereador. Inclusive, havendo compatibilidade de horário para realizar as
atividades de ambos os cargos, é possível perceber as duas remunerações. Caso contrário, terá que
afastar-se do cargo efetivo e optar por uma das remunerações.
Fonte: NOVELINO, Marcelo. Curso de Direito Constitucional. Ed. Juspodivm, 13ª edição, 2018, p. 564 a
566.
Questão 8: VUNESP
Mário possui nacionalidade brasileira, tem 21 (vinte e um) anos, está em pleno exercício dos direitos
políticos, possui domicílio eleitoral na circunscrição e é alfabetizado. Ele deseja se candidatar a algum
cargo político nas eleições futuras. Considerando a situação hipotética e o disposto na Constituição
Federal, é correto afirmar que
a) Mário possui a idade mínima requerida para os cargos de Deputado Federal, Deputado Estadual ou
Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz.
b) Mário não possui a idade mínima exigida para o cargo de Deputado Estadual.
d) ainda que Mário fosse analfabeto, ele poderia concorrer ao cargo de Senador, pois os analfabetos são
elegíveis.
e) Mário não possui a idade mínima exigida para o cargo de Presidente da República, mas possui a idade
necessária para tornar-se Senador.
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GABARITO: A
Mário possui nacionalidade brasileira, tem 21 (vinte e um) anos, está em pleno exercício dos direitos
políticos, possui domicílio eleitoral na circunscrição e é alfabetizado. Ele deseja se candidatar a algum
cargo político nas eleições futuras. Considerando a situação hipotética e o disposto na Constituição
Federal, é correto afirmar que:
a) Mário possui a idade mínima requerida para os cargos de Deputado Federal, Deputado Estadual
ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz.
Correto, de acordo com determinação trazida pelo § 3º do art. 14 da CF/1988.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz
de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
Demais alternativas incorretas:
b) Mário não possui a idade mínima exigida para o cargo de Deputado Estadual.
Mário possui 21 anos, e, portanto, está elegível para o cargo de Deputado Estadual ou Federal.
Incorreta, pois essa condição está prevista no § 3º, III do art. 14 da CF/1988.
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d) ainda que Mário fosse analfabeto, ele poderia concorrer ao cargo de Senador, pois os
analfabetos são elegíveis.
Questão 9: VUNESP
Em relação aos direitos políticos previstos na Constituição Federal brasileira, é correto afirmar que
a) os conscritos não podem alistar-se como eleitores, ou seja, os militares da ativa que ocupam as
graduações de soldado e cabo das forças armadas.
d) o sujeito de uma relação estável homossexual, à semelhança do que ocorre com os de relação estável,
de concubinato e de casamento, submete-se à regra de inelegibilidade prevista no art. 14, § 7º, da
Constituição Federal.
e) são inelegíveis os parentes consanguíneos ou afins, até o terceiro grau ou por adoção, do Presidente
da República, de Governador, de Prefeito, dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular
de mandato eletivo e candidato à reeleição.
GABARITO: D
Em relação aos direitos políticos previstos na Constituição Federal brasileira, é correto afirmar que:
d) o sujeito de uma relação estável homossexual, à semelhança do que ocorre com os de relação
estável, de concubinato e de casamento, submete-se à regra de inelegibilidade prevista no art. 14,
§ 7º, da Constituição Federal.
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Corretíssima. A partir do reconhecimento da união homoafetiva pelo Supremo Tribunal Federal, o
Tribunal Superior Eleitoral estendeu a regra de inelegibilidade recíproca para os sujeitos de relação
estável homossexual:
Errado, pois a vedação do art. 14, § 2º, da Constituição aplica-se aos conscritos, que conforme o item
5 do art. 3° do Decreto 57.654/1996 (Regulamento do Serviço Militar), são os brasileiros que compõem a
classe chamada para a seleção, tendo em vista a prestação do serviço militar inicial. Essa classe é
composta pelos brasileiros nascidos entre 1° de janeiro e 31 de dezembro do ano em que completam 18
anos, e que participam do processo de seleção para o serviço militar.
Não são todos os conscritos que estarão impedidos de votar, mas nos termos do § 2º do art. 14, tão
somente aqueles que estiverem efetivamente prestando o serviço militar obrigatório, Marinha, no
Exército Brasileiro ou na Força Aérea Brasileira.
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Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal ........
....
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.
Errada, portanto, a assertiva, pois não se trata aqui de militares da ativa, soldados ou cabos.
Art. 14.....
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
Segundo o art. 14, § 1º da CF, o alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os analfabetos:
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
II - facultativos para:
a) os analfabetos.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
e) são inelegíveis os parentes consanguíneos ou afins, até o terceiro grau ou por adoção, do
Presidente da República, de Governador, de Prefeito, dentro dos seis meses anteriores ao pleito,
salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Incorreta, a pois a inelegibilidade reflexa do art. 14, § 7º da CF exige que o parentesco seja de até
segundo grau:
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins,
até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território,
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do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito,
salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
À luz da Constituição Federal de 1988, julgue o item que se segue, a respeito de direitos e garantias
fundamentais e da defesa do Estado e das instituições democráticas.
Policial rodoviário federal com mais de dez anos de serviço pode candidatar-se ao cargo de deputado
federal, devendo, no caso de ser eleito, passar para inatividade a partir do ato de sua diplomação.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
O item trata da elegibilidade dos militares, disposta no art. 14, §8º, da Constituição Federal.
Contudo, os policiais rodoviários federais não são militares, mas sim servidores civis, responsáveis
pelo patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes
órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
[...]
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado
em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
Observe, ainda, o dispositivo constitucional que trata da elegibilidade dos servidores civis (caso dos
PRF's):
Art. 38. Ao servidor público em exercício de mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;
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IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço
será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como
se no exercício estivesse.
a) é permitido o direito de reunião pacífica, sem armas, em locais abertos ao público, mediante prévia
autorização de órgão competente para defesa do patrimônio público.
c) são brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros,
desde que estes estejam a serviço de seu país e os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe
brasileira, ainda que qualquer deles não esteja a serviço do País e sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo,
até atingirem a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
e) Vice-Prefeito que assumiu a prefeitura um ano antes das eleições a se realizarem, para concorrer a
novo mandato de prefeito, mas que não se desincompatibilizou para essa finalidade, não está impedido
de participar do pleito e ser eleito.
GABARITO: E
Correto, visto que a substituição na prefeitura não impede a reeleição para um mandato subsequente,
nos termos do art. 14, § 5º, da Constituição Federal:
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
...
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem
os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único
período subseqüente.
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Nesse sentido, o STF:
(...). Na redação original, o § 5º do art. 14 da Constituição era regra de inelegibilidade absoluta. Com a
redação resultante da EC 16/1997, o § 5º do art. 14 da Constituição passou a ter a natureza de norma de
elegibilidade. Distinção entre condições de elegibilidade e causas de inelegibilidade. Correlação entre
inelegibilidade e desincompatibilização, atendendo-se esta pelo afastamento do cargo ou função, em
caráter definitivo ou por licenciamento, conforme o caso, no tempo previsto na Constituição ou na Lei de
Inelegibilidades. Não se tratando, no § 5º do art. 14 da Constituição, na redação dada pela EC 16/1997,
de caso de inelegibilidade, mas, sim, de hipótese em que se estipula ser possível a elegibilidade dos
chefes dos Poderes Executivos, federal, estadual, distrital, municipal e dos que os hajam sucedido ou
substituído no curso dos mandatos, para o mesmo cargo, para um período subsequente, não cabe exigir-
lhes desincompatibilização para concorrer ao segundo mandato, assim constitucionalmente autorizado.
(ADI 1.805 MC, rel. min. Néri da Silveira, julgamento em 26/3/1998).
Demais alternativas incorretas:
a) é permitido o direito de reunião pacífica, sem armas, em locais abertos ao público, mediante
prévia autorização de órgão competente para defesa do patrimônio público.
Incorreta, pois o direito de reunião prescinde de autorização, nos termos do inciso XVI do art. 5º da
CF/1988, sendo exigível somente a comunicação à autoridade competente, normalmente a defesa civil
ou a polícia militar:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente
de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local,
sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
b) é proibido o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer
trabalho a menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de doze anos.
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Incorreta, pois a assertiva está em desacordo com as condições previstas pelo inciso I, 'b" e "c" do art. 12
da CF/1988.
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
d) dentre as condições de elegibilidade para concorrer ao cargo de prefeito estão a nacionalidade
brasileira, o pleno exercício dos direitos políticos, a filiação partidária e a idade mínima de dezoito
anos até a data da posse.
Incorreta, pois a idade mínima para concorrer a Prefeito é de 21 anos, nos termos do § 3º, inciso VI, "c",
do art. 14 da CF/1988.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
...
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz
de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
Realmente, a idade mínima deverá ser aferida na data de posse no cargo eletivo, conforme o art. 11, §
2º, da Lei 9.504/1997, com a redação da Lei 13.165/2015:
Art. 11.....
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§ 2º A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é verificada tendo
por referência a data da posse, salvo quando fixada em dezoito anos, hipótese em que será aferida na
data-limite para o pedido de registro.
b) compreende dois aspectos: a elegibilidade, que é o direito de ser votado; e a alistabilidade, que é o
direito de votar.
c) compreende dois aspectos: a alistabilidade, que é o direito de ser votado; e a elegibilidade, que é o
direito de votar.
d) corresponde a uma capacidade eleitoral ativa, distinguindo-se nesse ponto da elegibilidade, que é uma
capacidade eleitoral passiva.
e) corresponde a uma capacidade eleitoral passiva, distinguindo-se nesse ponto da alistabilidade, que é
uma capacidade eleitoral ativa.
GABARITO: B
No que se refere aos direitos políticos, é correto afirmar que o direito de sufrágio
b) compreende dois aspectos: a elegibilidade, que é o direito de ser votado; e a alistabilidade, que é o
direito de votar. CORRETA.
Os direitos políticos podem ser expressados pela capacidade de eleger e de ser eleito, apresentando dois
aspectos fundamentais: a capacidade eleitoral ativa (direito de votar - alistabilidade) e capacidade
eleitoral passiva (direito de ser votado - elegibilidade). (DE MORAES, Alexandre. Direito Constitucional.
Atlas.p.178).
I. O sufrágio é um direito, não um privilégio, mas pode ser condicionado de acordo com o regime político
adotado por uma nação.
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II. O sufrágio censitário já foi adotado no Brasil, limitando o direito de voto a Senadores e Deputados,
conforme a renda do cidadão.
III. O sufrágio capacitário baseia-se, essencialmente, nas aptidões intelectuais do cidadão, porém, não
há experiência da sua utilização no Estado brasileiro.
IV. Quanto aos titulares ao direito ao sufrágio, pode-se afirmar que ninguém é elegível se não for eleitor.
GABARITO: B
Dentre os direitos políticos positivos consagrados na Constituição, que consistem num conjuntos de
normas que asseguram ao cidadão o direito subjetivo de participação no processo político e em órgãos
governamentais, está o direito ao sufrágio. Sobre o direito ao sufrágio, analise as proposições a seguir.
I. O sufrágio é um direito, não um privilégio, mas pode ser condicionado de acordo com o regime
político adotado por uma nação.
Correto. O sufrágio é a essência do direito político e consiste na capacidade de eleger, ser eleito e, de
uma forma geral, participar da vida política do Estado; o voto é o exercício deste direito; o escrutínio, o
modo como o exercício se realiza (NOVELINO, Marcelo. Curso de Direito Constitucional. Salvador.
2016. Juspodivm. 11ª ed, p. 79). Caso o regime político de uma nação não seja democrático, haverá
limites ao exercício desse direito, como por exemplo, o sufrágio censitário, que é aquele permitido
apenas a pessoas de determinada classe social, condição financeira ou instrução.
II. O sufrágio censitário já foi adotado no Brasil, limitando o direito de voto a Senadores e
Deputados, conforme a renda do cidadão.
Correto. A Constituição política do Império dos Estados Unidos do Brasil, de 1824, previa o voto censitário,
restrito a brasileiros homens, com mais de 25 anos, que não fosse escravos ou escravos libertos,
acusados que sofreram pronúncia e que tivessem renda líquida anual superior a 100 mil réis (artigos 91
a 94):
Art. 91. Têm voto nestas Eleições primarias
I. Os Cidadãos Brazileiros, que estão no gozo de seus direitos politicos.
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II. Os Estrangeiros naturalisados.
Art. 92. São excluidos de votar nas Assembléas Parochiaes.
I. Os menores de vinte e cinco annos, nos quaes se não comprehendem os casados, e Officiaes Militares,
que forem maiores de vinte e um annos, os Bachares Formados, e Clerigos de Ordens Sacras.
II. Os filhos familias, que estiverem na companhia de seus pais, salvo se servirem Officios publicos.
III. Os criados de servir, em cuja classe não entram os Guardalivros, e primeiros caixeiros das casas de
commercio, os Criados da Casa Imperial, que não forem de galão branco, e os administradores das
fazendas ruraes, e fabricas.
IV. Os Religiosos, e quaesquer, que vivam em Communidade claustral.
V. Os que não tiverem de renda liquida annual cem mil réis por bens de raiz, industria, commercio, ou
Empregos.
Art. 93. Os que não podem votar nas Assembléas Primarias de Parochia, não podem ser Membros, nem
votar na nomeação de alguma Autoridade electiva Nacional, ou local.
Art. 94. Podem ser Eleitores, e votar na eleição dos Deputados, Senadores, e Membros dos Conselhos
de Provincia todos, os que podem votar na Assembléa Parochial. Exceptuam-se
I. Os que não tiverem de renda liquida annual duzentos mil réis por bens de raiz, industria, commercio,
ou emprego.
II. Os Libertos.
III. Os criminosos pronunciados em queréla, ou devassa.
III. O sufrágio capacitário baseia-se, essencialmente, nas aptidões intelectuais do cidadão, porém,
não há experiência da sua utilização no Estado brasileiro.
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a) os que não saibam ler e escrever;
b) as praças-de-pré, salvo os sargentos, do Exército e da Armada e das forças auxiliares do Exército,
bem como os alunos das escolas militares de ensino superior e os aspirantes a oficial;
c) os mendigos;
d) os que estiverem, temporária ou definitivamente, privados dos direitos políticos.
IV. Quanto aos titulares ao direito ao sufrágio, pode-se afirmar que ninguém é elegível se não for
eleitor.
e) a qualquer cargo público, exceto Rêmulo quanto aos cargos privativos de brasileiros natos.
GABARITO: A
Rômulo, 19 anos de idade, é brasileiro nato, e Rêmulo, 30 anos de idade, é brasileiro naturalizado.
Conforme dispõe a Constituição Federal, é correto afirmar que, atendidas as demais exigências
constitucionais, eles podem candidatar-se, entre outros,
Correta, nos termos do § 3º, I, VI, "d", VI, "b", "c" e "d", do art. 14. Pela exigência de idade, Rômulo por
ter apenas 19 anos só pode eleger-se Vereador; Rêmulo, por ter 30 anos poderia eleger-se para
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Vereador, Deputado, Prefeito, Vice-Prefeito, Juiz de paz, Governador ou Vice-Governador, visto que
nenhum desses cargos é privativo de brasileiro nato (art. 12, § 3º, CF):
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
...
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
...
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz
de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
Art. 12. São brasileiros:
....
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
Demais alterativas incorretas:
e) a qualquer cargo público, exceto Rêmulo quanto aos cargos privativos de brasileiros natos.
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Questão 15: FGV
Pedro, após o trâmite do processo judicial de interdição, teve a sua incapacidade civil absoluta
reconhecida. Apesar disso, tinha o sonho de infância de concorrer ao cargo eletivo de vereador. Por tal
razão, procurou o seu advogado e perguntou se haveria óbice a que se candidatasse nas próximas
eleições.
c) embora pudesse votar, não poderia concorrer nas eleições, pois estava inelegível;
d) embora pudesse votar, não poderia concorrer nas eleições, pois estava inabilitado;
e) não poderia concorrer nas eleições, pois não estava no exercício dos seus direitos políticos.
GABARITO: E
Pedro, após o trâmite do processo judicial de interdição, teve a sua incapacidade civil absoluta
reconhecida. Apesar disso, tinha o sonho de infância de concorrer ao cargo eletivo de vereador. Por tal
razão, procurou o seu advogado e perguntou se haveria óbice a que se candidatasse nas próximas
eleições. À luz da sistemática constitucional, o advogado respondeu corretamente que Pedro:
e) não poderia concorrer nas eleições, pois não estava no exercício dos seus direitos políticos.
Correta, pois Pedro não atende requisito do § 3º, II do art. 14 da CF/1988, em razão da incapacidade
civil absoluta, e dessa forma não pode candidatar-se.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
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b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz
de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
Demais alternativas incorretas:
c) embora pudesse votar, não poderia concorrer nas eleições, pois estava inelegível;
Está incapacitado para o exercício da capacidade eleitoral ativa e passiva.
d) embora pudesse votar, não poderia concorrer nas eleições, pois estava inabilitado;
Está incapacitado para o exercício da capacidade eleitoral ativa e passiva.
Direitos políticos ativos são os direitos políticos que permitem ao cidadão candidatar-se e receber votos
para um cargo eletivo.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
A respeito dos direitos políticos e dos partidos políticos, julgue o item seguinte.
Direitos políticos ativos são os direitos políticos que permitem ao cidadão candidatar-se e receber
votos para um cargo eletivo.
Errado, visto que se trata dos direitos políticos ou da capacidade eleitoral passiva, que se assenta na
elegibilidade, atributo de quem preenche as condições para ser votado. E que condições são essas?
Existem condições gerais e condições especiais. As condições gerais são relativas à capacidade de ser
votado para todo e qualquer função política, e estão previstas no art. 14, § 3º, I a V:
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§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos.
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
Já as condições especiais da capacidade eleitoral passiva dizem respeito a idade mínima para
elegibilidade de determinados cargos políticos, conforme o art. 14, § 3º, VI:
Art. 14.........
Capacidade eleitoral ativa: é aquela relativa ao direito de votar. Nesse sentido, dispõe o art. 14, § 1º e 2º,
da CF:
Art. 14.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.
I - nacionalidade brasileira;
II - idade mínima de 16 anos completos na data de alistamento eleitoral;
III - o alistamento eleitoral e respectiva posse do título eleitoral;
IV - não estar na situação de conscrito, em serviço militar obrigatório;
V - não ter perdido ou suspenso os direitos políticos, nas hipóteses do art. 15 da Constituição:
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
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a) e Pedro podem ser eleitos para o cargo de Vereador; João e Miguel podem ser eleitos para o cargo
de Vereador, de Prefeito, de Governador ou de Presidente da República.
b) e Pedro podem ser eleitos para o cargo de Vereador ou de Prefeito; João pode ser eleito para o cargo
de Vereador, de Prefeito ou de Governador; Miguel pode ser eleito para o cargo de Vereador, de Prefeito,
de Governador ou de Presidente da República.
c) pode ser eleita para o cargo de Vereadora; Pedro pode ser eleito para o cargo de Vereador ou de
Prefeito; João pode ser eleito para o cargo de Vereador, de Prefeito ou de Governador; Miguel pode se
eleito para o cargo de Vereador, de Prefeito, de Governador ou de Presidente da República.
d) e Pedro podem ser eleitos para o cargo de Vereador; João pode ser eleito para o cargo de Vereador,
de Prefeito ou de Governador; Miguel pode ser eleito para o cargo de Vereador, de Prefeito, de
Governador ou de Presidente da República.
e) pode ser eleita para o cargo de Vereadora ou de Prefeita; Pedro pode ser eleito para o cargo de
Vereador, de Prefeito ou de Governador; João e Miguel podem ser eleitos para o cargo de Vereador, de
Prefeito, de Governador ou de Presidente da República.
GABARITO: D
Antônia tem 18 anos, Pedro 20 anos, João 30 anos e Miguel 40 anos. Entendendo-se que as demais
condições de elegibilidade foram preenchidas e levando-se em consideração apenas a idade mínima, em
conformidade com a Constituição Federal, Antônia:
d) e Pedro podem ser eleitos para o cargo de Vereador; João pode ser eleito para o cargo de
Vereador, de Prefeito ou de Governador; Miguel pode ser eleito para o cargo de Vereador, de
Prefeito, de Governador ou de Presidente da República.
Correta.
Antônia e Pedro: com 18 anos 20 anos, respectivamente, podem se eleger Vereadores, cuja idade
mínima exigida é 18 anos, nos termos do art. 14, § 3º, VI, (d), da Constituição Federal.
João: por ter 30 anos, pode escolher entre se candidatar Vereador (mínimo 18 anos), Prefeito (mínimo
21 anos), Deputado (21 anos) ou Governador (mínimo 30 anos), nos termos do art. 14, § 3º, VI, (b), (c) e
(d), da Constituição.
Miguel: pode concorrer a todos os cargos, pois tem 40 anos, nos termos do § 3º, VI do art. 14, da
Constituição.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
...
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
...
VI - a idade mínima de:
300
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a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz
de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
Demais alternativas incorretas:
a) e Pedro podem ser eleitos para o cargo de Vereador; João e Miguel podem ser eleitos para o
cargo de Vereador, de Prefeito, de Governador ou de Presidente da República.
Incorreta, pois João não pode se eleger para o cargo de Presidente da República, cuja idade mínima é
de 35 anos.
b) e Pedro podem ser eleitos para o cargo de Vereador ou de Prefeito; João pode ser eleito para o
cargo de Vereador, de Prefeito ou de Governador; Miguel pode ser eleito para o cargo de Vereador,
de Prefeito, de Governador ou de Presidente da República.
Incorreta, pois Antônia e Pedro não podem ser eleger para cargo de Prefeito, cuja idade mínima é de 21
anos.
c) pode ser eleita para o cargo de Vereadora; Pedro pode ser eleito para o cargo de Vereador ou
de Prefeito; João pode ser eleito para o cargo de Vereador, de Prefeito ou de Governador; Miguel
pode se eleito para o cargo de Vereador, de Prefeito, de Governador ou de Presidente da
República.
Incorreta, Pedro não pode ser eleger para cargo de Prefeito, cuja idade mínima é de 21 anos.
e) pode ser eleita para o cargo de Vereadora ou de Prefeita; Pedro pode ser eleito para o cargo de
Vereador, de Prefeito ou de Governador; João e Miguel podem ser eleitos para o cargo de
Vereador, de Prefeito, de Governador ou de Presidente da República.
Incorreta, pois nem Antônia e nem Pedro podem ser eleger para o cargo de Prefeito, cuja idade mínima
é 21 anos. Pedro também não pode ser eleger Governador, cuja idade mínima é de 30 anos.
a) No Brasil, o exercício da democracia efetiva-se unicamente por meio do voto nas eleições.
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b) Plebiscito é a convocação do povo para ratificar ou rejeitar ato legislativo ou administrativo previamente
aprovado pelo Poder Legislativo.
c) No caso de alteração territorial relativa à divisão de estado para originar novos estados, o respectivo
projeto de lei proposto no Congresso Nacional deverá ser, depois de aprovado, submetido a referendo da
população interessada.
GABARITO: E
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IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do
orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base
nas seguintes diretrizes:
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e
no controle das ações em todos os níveis.
Demais alternativas incorretas:
a) No Brasil, o exercício da democracia efetiva-se unicamente por meio do voto nas eleições.
O exercício da democracia, em seu sentido político, manifesta-se pelos instrumentos previstos no art. 14
da Constituição:
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
b) Plebiscito é a convocação do povo para ratificar ou rejeitar ato legislativo ou administrativo
previamente aprovado pelo Poder Legislativo.
Plebiscito e referendo são consultas populares para decidir diretamente sobre matéria de relevância
para a nação em questões constitucionais, legislativas ou administrativas.
c) No caso de alteração territorial relativa à divisão de estado para originar novos estados, o
respectivo projeto de lei proposto no Congresso Nacional deverá ser, depois de aprovado,
submetido a referendo da população interessada.
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Não há previsão de referendo para aprovar o projeto de lei complementar aprovado no Congresso
Nacional, nos termos do art. 18, § 3º, da Constituição Federal:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
O plebiscito é uma das etapas de participação da população diretamente interessada. Funciona deste
modo a alteração territorial de Estados:
1º) aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, como condição prévia,
essencial e prejudicial, a partir de proposta aprovada no âmbito do Congresso Nacional; o STF já assentou
que o termo "população diretamente interessada" corresponde à população total dos estados
envolvidos; nesse sentido, o Supremo entendeu compatível com a Constituição Federal o art. 7º, da Lei
9.709/1998 que regulamenta o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular e a consulta se aplica tanto à
modificação territorial de estados quanto a de municípios (ADI, 2.650, rel. Min. Dias Toffoli, julg.
24/8/2011):
Art. 7º Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4º e 5º entende-se por população diretamente
interessada tanto a do território que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento;
em caso de fusão ou anexação, tanto a população da área que se quer anexar quanto a da que receberá
o acréscimo; e a vontade popular se aferirá pelo percentual que se manifestar em relação ao total da
população consultada.
2º) manifestação meramente opinativa das assembleias legislativas, cujo parecer não é vinculante;
essa manifestação tem por base o art. 4º da Lei 9.709/1998,
Art. 4º A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramento para se anexarem a outros,
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, dependem da aprovação da população diretamente
interessada, por meio de plebiscito realizado na mesma data e horário em cada um dos Estados, e do
Congresso Nacional, por lei complementar, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas.
3º) propositura do projeto de Lei Complementar por qualquer das Casas do Congresso Nacional (Lei
9.709/1998, art. 4º, § 1º);
Art. 4º ................
§ 1º Proclamado o resultado da consulta plebiscitária, sendo favorável à alteração territorial prevista
no caput, o projeto de lei complementar respectivo será proposto perante qualquer das Casas do
Congresso Nacional.
4º) aprovação da lei complementar pelo Congresso Nacional. Sem necessidade de referendo.
Trata-se de uma modalidade de democracia direta, dentre aquelas listadas nos incisos do art. 14 da
Constituição Federal:
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Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
a) proibido, em razão de seu analfabetismo, sendo que César não poderá se candidatar ao cargo
pretendido, por ser analfabeto.
b) facultativo, em razão de sua idade, sendo que César não pode se candidatar a esse cargo, pois não
tem ainda 21 anos.
c) obrigatório, sendo que César não pode se candidatar ao cargo pretendido, por ser analfabeto.
e) facultativo, em razão de seu analfabetismo, sendo que César não pode se candidatar ao cargo
pretendido, por ser analfabeto.
GABARITO: E
Martinho, brasileiro nato, tem 65 anos de idade, é analfabeto e deseja votar nas eleições que se
aproximam, pois seu filho César, que tem 20 anos e também é analfabeto, pretende se candidatar ao
cargo de Vereador. Nessa situação, de acordo com a Constituição Federal de 1988, com base apenas
nas informações fornecidas, para Martinho o voto é:
e) facultativo, em razão de seu analfabetismo, sendo que César não pode se candidatar ao cargo
pretendido, por ser analfabeto.
305
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a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
Demais alternativas incorretas:
a) proibido, em razão de seu analfabetismo, sendo que César não poderá se candidatar ao cargo
pretendido, por ser analfabeto.
Facultativo, em razão de seu analfabetismo, sendo que César não pode se candidatar ao cargo
pretendido, por ser analfabeto.
b) facultativo, em razão de sua idade, sendo que César não pode se candidatar a esse cargo, pois
não tem ainda 21 anos.
Facultativo, em razão de seu analfabetismo, sendo que César não pode se candidatar ao cargo
pretendido, por ser analfabeto.
c) obrigatório, sendo que César não pode se candidatar ao cargo pretendido, por ser analfabeto.
Facultativo, em razão de seu analfabetismo, sendo que César não pode se candidatar ao cargo
pretendido, por ser analfabeto.
Facultativo, em razão de seu analfabetismo, sendo que César não pode se candidatar ao cargo
pretendido, por ser analfabeto.
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Partidos Políticos
Questão 1: VUNESP
É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional,
o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observado,
dentre outros, o seguinte preceito:
a) caráter regional.
GABARITO: C
É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional,
o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observado,
dentre outros, o seguinte preceito:
307
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O art.17, II, da Constituição Federal proibiu os partidos políticos de receberem recursos financeiros de
entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes:
''Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e
observados os seguintes preceitos:
I - caráter nacional''.
b) igualdade do número de candidaturas de homens e mulheres. INCORRETA.
I - caráter nacional;
A prestação de contas direcionada à Justiça Eleitoral, por força da norma inscrita no art.17,III, da
Constituição Federal:
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''Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e
observados os seguintes preceitos:
Não há previsão no art.17 I a IV a esse respeito, todavia, o art.1º, caput, da Lei 9.096/95 foi claro
ao dispor que os partidos políticos destinam-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a
autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição
Federal:
''Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no interesse do
regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais
definidos na Constituição Federal''.
Questão 2: VUNESP
Com base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que não podem perder o
mandato por infidelidade partidária em razão da transferência voluntária de agremiação os ocupantes dos
cargos de
b) Prefeito e Senador.
GABARITO: B
Com base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que não podem perder o
mandato por infidelidade partidária em razão da transferência voluntária de agremiação os ocupantes dos
cargos de:
b) Prefeito e Senador.
O Supremo Tribunal Federal assentou a regra da perda do mandato por infidelidade partidária ao sistema
eleitoral proporcional, característico dos cargos de Chefia do Poder Executivo (Presidente,
Governador e Prefeito) e de Senador. As características do sistema proporcional, com sua ênfase nos
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votos obtidos pelos partidos, tornam a fidelidade partidária importante para garantir que as opções
políticas feitas pelo eleitor no momento da eleição sejam minimamente preservadas. Daí a legitimidade
de se decretar a perda do mandato do candidato que abandona a legenda pela qual se elegeu. A edição
da Resolução 22.610/2007 do TSE teve como base decisão do STF no julgamento dos Mandados de
Segurança (MSs) 26.602, 26.603 e 26.604, ocasião em que foi decidido que o mandato de deputado
pertence ao partido e que a desfiliação partidária, ressalvadas as exceções, implica a perda do mandato.
De outra quadra, o STF firmou a inaplicabilidade da perda do mandato no sistema majoritário, adotado
para a eleição de presidente, governador, prefeito e senador, apesar de sua lógica e dinâmica diversas
da do sistema proporcional. Sua ênfase na figura do candidato, fazem com que a perda do mandato, no
caso de mudança de partido, frustre a vontade do eleitor e vulnere a soberania popular. (ADI 5.081 rel.
min. Roberto Barroso, julgamento em 27/5/2015).
"As características do sistema proporcional, com sua ênfase nos votos obtidos pelos partidos, tornam a
fidelidade partidária importante para garantir que as opções políticas feitas pelo eleitor no momento da
eleição sejam minimamente preservadas. Daí a legitimidade de se decretar a perda do mandato do
candidato que abandona a legenda pela qual se elegeu. O sistema majoritário, adotado para a eleição de
presidente, governador, prefeito e senador, tem lógica e dinâmica diversas da do sistema proporcional.
As características do sistema majoritário, com sua ênfase na figura do candidato, fazem com que a perda
do mandato, no caso de mudança de partido, frustre a vontade do eleitor e vulnere a soberania popular"
(CF, art. 1º, parágrafo único; e art. 14, caput). (ADI 5.081, rel. min. Roberto Barroso, julgamento
em 27/5/2015)
Demais incorretas:
Questão 3: VUNESP
A respeito da infidelidade partidária, é correto afirmar que ela é causa da perda do mandato
a) quando um Deputado é filiado a um partido e deixa a legenda em razão deste ter sido incorporado por
outro partido político.
c) se um Deputado se desfilia do seu partido, sem justa causa, o que não ocorre quando a desfiliação se
dá, por exemplo, por parte de Prefeito e Governador.
e) pela mera desfiliação partidária de Vereador, ainda que este tenha se desligado da legenda por conta
de grave discriminação pessoal.
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GABARITO: C
A respeito da infidelidade partidária, é correto afirmar que ela é causa da perda do mandato:
c) se um Deputado se desfilia do seu partido, sem justa causa, o que não ocorre quando a
desfiliação se dá, por exemplo, por parte de Prefeito e Governador.
Correta. O Supremo Tribunal Federal assentou a regra da perda do mandato por infidelidade
partidária ao sistema eleitoral proporcional (deputados e vereadores). As características do sistema
proporcional, com sua ênfase nos votos obtidos pelos partidos, tornam a fidelidade partidária importante
para garantir que as opções políticas feitas pelo eleitor no momento da eleição sejam minimamente
preservadas. Daí a legitimidade de se decretar a perda do mandato do candidato que abandona a
legenda pela qual se elegeu. A edição da Resolução 22.610/2007 do TSE teve como base decisão do
STF no julgamento dos Mandados de Segurança (MSs) 26.602, 26.603 e 26.604, ocasião em que foi
decidido que o mandato de deputado pertence ao partido e que a desfiliação partidária, ressalvadas as
exceções, implica a perda do mandato.
De outra quadra, o STF firmou a inaplicabilidade da perda do mandato no sistema majoritário, adotado
para a eleição de presidente, governador, prefeito e senador, apesar de sua lógica e dinâmica diversas
da do sistema proporcional. Sua ênfase na figura do candidato, fazem com que a perda do mandato, no
caso de mudança de partido, frustre a vontade do eleitor e vulnere a soberania popular. (ADI 5.081 rel.
min. Roberto Barroso, julgamento em 27/5/2015):
"As características do sistema proporcional, com sua ênfase nos votos obtidos pelos partidos, tornam a
fidelidade partidária importante para garantir que as opções políticas feitas pelo eleitor no momento da
eleição sejam minimamente preservadas. Daí a legitimidade de se decretar a perda do mandato do
candidato que abandona a legenda pela qual se elegeu. O sistema majoritário, adotado para a eleição de
presidente, governador, prefeito e senador, tem lógica e dinâmica diversas da do sistema proporcional.
As características do sistema majoritário, com sua ênfase na figura do candidato, fazem com que a perda
do mandato, no caso de mudança de partido, frustre a vontade do eleitor e vulnere a soberania popular"
(CF, art. 1º, parágrafo único; e art. 14, caput). (ADI 5.081, rel. min. Roberto Barroso, julgamento
em 27/5/2015)
Sistema proporcional é aquele no qual o voto é para a legenda e não diretamente para o candidato.
Isso ocorre para que as minorias garantam representantes no parlamento, fortalecendo o pluralismo
político, fundamento da República (art. 1º, V). Ele é adotado em eleições em que há vários cargos em
disputa, (Deputados federais, deputados estaduais, distritais e vereadores).
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No sistema majoritário simples, o candidato é eleito com maioria simples de votos, somente em
primeiro turno; é adotado nas eleições para Senador e Prefeito de Municípios com menos de 200 mil
eleitores, segundo a regra do art. 29, II.
Já o sistema majoritário absoluto exige maioria absoluta de votos para eleger o candidato em primeiro
turno; caso nenhum candidato consiga a maioria absoluta, é realizado um segundo turno. É o sistema
utilizado para eleição do Presidente da República, governadores de Estados, e municípios com mais de
200 mil eleitores, de acordo com o art. 77, da CF/88.
Demais incorretas:
a) quando um Deputado é filiado a um partido e deixa a legenda em razão deste ter sido
incorporado por outro partido político.
Apesar de o Deputado ser eleito pelo sistema proporcional, a incorporação da legenda por outro partido
configura justa causa para a não perda do mandato. Para efeitos de fidelidade, considera-se justa
causa a a incorporação ou fusão do partido, a criação de novo partido, a mudança substancial ou
alteração reiterada do programa partidário, bem como a ocorrência de grave discriminação pessoal,
consoante tese acolhida pelo Supremo Tribunal Federal, ao reconhecer que o reconhecimento da justa
causa para transferência de partido político afasta a perda do mandato eletivo por infidelidade partidária.
Contudo, ela também não transfere ao novo partido o direito de sucessão à vaga, que permanece
com o partido de origem (MS 27.938, rel. Min. Joaquim Barbosa, julg. 11.03.2010).
e) pela mera desfiliação partidária de Vereador, ainda que este tenha se desligado da legenda por
conta de grave discriminação pessoal.
Tese incluída no comentário do item "a".
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Organização do Estado
Questão 1: VUNESP
Nos termos da Constituição Federal brasileira, a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento
de Municípios far-se-ão
a) por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
b) por lei municipal, dentro do período determinado por lei complementar estadual, e dependerão de
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
c) por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de
consulta prévia, mediante referendo, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
d) por lei complementar estadual, dentro do período determinado por lei ordinária federal, e dependerão
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos
Estudos de Viabilidade Estadual, apresentados e publicados na forma da lei.
e) por lei federal, dentro do período determinado por lei complementar estadual, e dependerão de
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
GABARITO: A
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Os procedimentos de criação, incorporação, fusão e desmembramento dos Municípios, estão
devidamente estabelecidos pelo art. 18, §4°, da CF/88, sendo necessário, além de outros requisitos, a
criação de lei estadual, conforme o período estabelecido por lei complementar federal, dependendo ainda
de consulta prévia a ser realizado via plebiscito junto a população envolvida e após divulgação dos
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
Para complementarmos o nosso estudo em síntese devem ser seguidos os seguintes requisitos para o
procedimento relativo à criação, incorporação, fusão e ao desmembramento de Municípios:
Edição de lei complementar federal estabelecendo o período dentro do qual tais hipóteses poderão
ocorrer;
Consulta prévia às populações dos Municípios envolvidos, tanto do novo Município como também do
Município originário, via plebiscito convocado pela Assembleia Legislativa;
Elaboração da lei ordinária estadual, criando o novo Município, dentro do período a ser estabelecido por
lei complementar federal.
Compete a lei complementar federal: Estabelecer o período dentro do qual tais hipóteses de
desmembramento poderão ocorrer.
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Questão 2: CEBRASPE (CESPE)
Julgue o próximo item, relativo à organização político-administrativa do Estado.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
Errado. Nem mesmo o Maracanã inteiro de braços dados, ou 500 parlamentares de mãos dadas a favor
da criação ou desmembramento de município, ou uma live de famosos na quarentena é capaz de
substituir a exigência do § 4º do art. 18 da Constituição
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
...
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual,
dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia,
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
Em resumo, portanto, estes são os passos, no caso de municípios:
1º) aprovação de lei complementar federal fixando genericamente o período dentro do qual poderá ocorrer
a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios;
2º) aprovação de lei ordinária federal estabelecendo a forma de apresentação e publicação dos estudos
de viabilidade municipal;
3º) divulgação dos estudos de viabilidade municipal, na forma estabelecida pela lei ordinária federal acima
mencionada;
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4º) consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos; esse plebiscito é
regido pela Lei 9.709/1998. O Supremo entendeu compatível o art. 7º, da Lei 9.709/1998 com a
Constituição Federal, e que se aplica tanto a modificação territorial de estados quanto de
municípios (ADI, 2.650, rel. Min. Dias Toffoli, julg. 24/8/2011):
Art. 7º Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4º e 5º entende-se por população diretamente
interessada tanto a do território que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento;
em caso de fusão ou anexação, tanto a população da área que se quer anexar quanto a da que receberá
o acréscimo; e a vontade popular se aferirá pelo percentual que se manifestar em relação ao total da
população consultada.
5º) aprovação de lei ordinária estadual formalizando a criação, a incorporação, a fusão ou o
desmembramento do município, ou dos municípios.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
Já ouviram falar em poder constituinte originário? Claro que sim, né! Então, esse tem por características
ser ilimitado, inicial, incondicionado, insubordinado e permanente. Manda demais, né? Fera.
Então, ao lado deste de natureza genuína ou de 1º grau, temos o poder derivado ou secundário, pois
subordinado e condicionado ao que está previsto na CF/1988. Isso, por si só, já é suficiente para
responder ao quesito. Releia comigo:
A auto-organização dos Estados é o que a doutrina nomina de poder constituinte derivado decorrente. E,
sendo de natureza secundário, é certo que conta com uma série de limitações.
Em termos de limitações do poder decorrente, podem ser destacados, na CF, os princípios sensíveis,
estabelecidos e extensíveis.
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Os sensíveis estão previstos no inc. VII no art. 34 da CF. Quando desrespeitados podem importar a
intervenção federal nos Estados. Veja o exemplo de o Estado não respeitar a forma republicana ou
sistema representativo, bem como os direitos da pessoa humana.
Por exemplo.
Conteúdo mandatório: art. 18, § 4º: sobre criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios,
matéria que deve ser tratada na constituição estadual, nos moldes da Constituição Federal;
Conteúdo vedatório. art. 35: hipóteses excepcionais em que os estados intervirão nos municípios ou a
União nos municípios localizados em território federal;
Conteúdo implícito mandatório. art. 27: trata do poder legislativo estadual, e implicitamente carrega em si
a regra da unicamerabilidade;
Conteúdo implícito vedatório. art. 21: competências materiais exclusivas da União, impedindo qualquer
realização dos estados membros;
Por fim, os extensíveis são as normas centrais comuns à União, Estados, Distrito Federal e municípios,
portanto, de observância obrigatória no poder de organização do Estado. Veja o exemplo da forma de
investidura em cargos eletivos (art. 77), o processo legislativo (arts. 59 e seguintes), os orçamentos (arts.
165 e seguintes), os preceitos ligados à Administração Pública (arts. 37 e seguintes). Aqui prefiro o
conceito de Novelino, para quem são consagram normas organizatórias para a União que se estendem
aos Estados, por previsão constitucional expressa (arts. 28 e 75) ou implícita (art. 58, § 3.º; arts. 59 e
seguintes). Válida aqui a regra da simetria.
Questão 4: FCC
Entidades da sociedade civil atuantes em um grupo de Municípios limítrofes, integrantes do mesmo
Estado da federação, defendem que seja instituída região metropolitana para integrar organização,
planejamento e execução de funções públicas de interesse comum aos Municípios em questão. Nessa
hipótese, à luz da Constituição Federal, a instituição de região metropolitana
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a) é descabida, uma vez que a execução das funções, ainda que de interesse comum, não está
compreendida no escopo de uma região metropolitana.
c) deverá ser precedida de consulta, mediante plebiscito, à população diretamente interessada, assim
entendida a do Estado a que pertencem os Municípios.
d) dependerá de lei estadual e de consulta, mediante plebiscito, à população dos Municípios envolvidos,
após a divulgação de estudos de viabilidade, apresentados e publicados na forma da lei.
GABARITO: B
Quando do julgamento conjunto das Ações Diretas de Inconstitucionalidade 1.842/RJ, 1826, 1843 e
1906, em fevereiro/2013, com modulação dos efeitos para fev/2015, o STF deliberou sobre disposições
normativas de lei complementar estadual (art. 25, § 3º, CF) transferindo do âmbito municipal para o âmbito
estadual competências administrativas e normativas próprias dos municípios, que dizem respeito aos
serviços públicos de interesse comum, notadamente de saneamento básico.
O Supremo se deparou com a existência de leis que centralizavam no Estado a prerrogativa de realizar
o planejamento integrado, estabelecimento de normas gerais de execução dos serviços comuns, política
tarifária e por aí vai, especialmente a Lei Complementar 87/1989, do Estado do RJ, que instituiu a Região
Metropolitana do Rio e a Microrregião dos Lagos.
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E o que decidiu o STF? Julgando parcialmente procedentes as ADIs, assentou que:
(ii) O estabelecimento de região metropolitana não significa simples transferência de competências para
o estado. É reconhecido o poder concedente e a titularidade do serviço ao colegiado formado pelos
municípios e pelo estado federado. A participação dos entes nesse colegiado não necessita de ser
paritária.
(iii) o poder decisório tem que ser necessariamente partilhado de forma igualitária entre os municípios, o
município polo e o estado instituidor da Região Metropolitana ou da Microrregião; ou seja, a
constitucionalidade dos modelos de gestão de serviços públicos de interesse comum pelas entidades
regionais, previstos no artigo 25, parágrafo 3º, da CF, está condicionada ao compartilhamento do poder
decisório entre o estado instituidor e os municípios que os integram, sem que se exijam uma participação
paritária relativamente a qualquer um deles.
(iv) esse poder decisório envolve, dentre outras questões, o planejamento integrado das Regiões
Metropolitanas, o estabelecimento, por meio de Agência Reguladora ou autarquia territorial, de normas
gerais de execução de serviços de interesse comum, exercer as funções relativas à elaboração e
supervisão da execução dos planos, programas e projetos relacionados às funções e serviços de
interesse comum;
(v) a vontade do conjunto dos municípios não deve prevalecer sobre a do estado instituidor do ente
regional ou vice-versa;
(vi) é inconstitucional a submissão das decisões da administração metropolitana ao referendo dos órgãos
estaduais – o governador e a Assembleia Legislativa – pois implicaria em um desequilíbrio federativo,
resultando na inconstitucionalidade dessas regras. (ADI 1.842, rel. p/ o ac. min. Gilmar Mendes, j.
6/3/2013)
Demais alternativas incorretas:
a) é descabida, uma vez que a execução das funções, ainda que de interesse comum, não está
compreendida no escopo de uma região metropolitana.
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d) dependerá de lei estadual e de consulta, mediante plebiscito, à população dos Municípios
envolvidos, após a divulgação de estudos de viabilidade, apresentados e publicados na forma da
lei.
Questão 5: FCC
Em se tratando da organização político-administrativa dos Municípios, Estados e União, a
descentralização corresponde à
a) promulgação de uma lei que dá a responsabilidade de execução de um serviço a uma nova entidade
criada, integrante da Administração pública direta.
b) criação de novas pessoas jurídicas de direito público ou privado por parte dos entes da Federação
para transferência de parte das atribuições do ente criador para o novo ente criado, não havendo
subordinação entre elas.
c) criação de órgãos desprovidos de personalidade jurídica, realizada pela Administração pública direta,
a fim de descentralizar competências, fortalecendo a eficiência.
GABARITO: B
b) criação de novas pessoas jurídicas de direito público ou privado por parte dos entes da
Federação para transferência de parte das atribuições do ente criador para o novo ente criado,
não havendo subordinação entre elas.
Correto. A descentralização administrativa ocorre quando uma pessoa jurídica de direito público cria
uma nova pessoa jurídica (de direito público ou privado), para transferência de parte das atribuições, não
havendo subordinação, mas vínculo finalístico, da orientação e diretrizes gerais. Exemplo é a criação
de autarquias criadas por lei, ou a criação de empresas públicas e sociedades de economia mista,
autorizadas por lei, por parte da União, Estado, DF ou município.
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A descentralização difere da desconcentração administrativa, que ocorre dentro de uma mesma pessoa
jurídica de direito público ou entidade, com a criação de Órgãos despersonalizados, Departamentos,
Secretarias, Divisões ou Diretorias.
A outorga ou delegação de serviço público a entidades do Terceiro Setor, não estatais, não representam
descentralização administrativa, muito menos subordinação hierárquica.
Questão 6: IDECAN
A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição Federal. Por outro lado,
é vedado a tais entes:
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Analise os itens acima e assinale
GABARITO: D
Incorreta, a vedação do art. 19, III da CF/88 refere-se à distinção entre brasileiros, que só a Constituição
poderá fazer. Quanto às diferenças entre brasileiros e estrangeiros, não é defeso ao legislador ordinário
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estabelecer regras próprias (por exemplo, a Lei de Migração), obedecidos os princípios da Constituição
da República:
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
Questão 7: CESGRANRIO
Um vereador tem sua base eleitoral em um certo distrito. Interessado na criação de novos municípios, ele
verifica as exigências para tal e fórmula consulta à assessoria jurídica da Câmara, que assenta, nos
termos da Constituição Federal, a exigência de
a) lei municipal
b) lei estadual
c) Medida Provisória
d) Decreto Legislativo
e) Resolução
GABARITO: B
Lei complementar federal estabelecendo o período dentro do qual será possível a criação, a
incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios;
Lei ordinária federal contendo a divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal;
Consulta prévia (plebiscito) às populações dos Municípios envolvidos;
Lei ordinária estadual criando o novo Município, dentro do período estabelecido em por lei
complementar federal.
Art. 18, § 4º, CF. A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por
lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
O enunciado não deixa claro a qual das exigências está se referindo, entretanto, ao analisarmos as
opções, verificamos que com exceção da letra B, todas as outras mencionam espécies normativas que
não são utilizadas no processo de criação de Municípios.
Dessa forma, a resposta correta é a letra B, que menciona a lei estadual que criará o novo município.
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a) lei municipal
ERRADA. Está em desacordo com o § 4º do art. 18 da CF.
b) lei estadual
CERTA. Conforme § 4º do art. 18 da CF.
c) Medida Provisória
ERRADA. Está em desacordo com o § 4º do art. 18 da CF.
d) Decreto Legislativo
ERRADA. Está em desacordo com o § 4º do art. 18 da CF.
e) Resolução
ERRADA. Está em desacordo com o § 4º do art. 18 da CF.
Questão 8: FCC
Com base no que dispõe a Constituição Federal acerca da Organização do Estado, considere as
assertivas abaixo:
II. Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao
Estado de origem serão reguladas por Emenda à Constituição.
III. Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros,
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente
interessada, através de referendo, e do Congresso Nacional, por lei ordinária.
IV. A criação de Municípios, far-se-á por lei estadual, dentro do período determinado por Lei
Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados
na forma da lei.
V. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou
igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes
relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.
a) I e II.
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b) III, IV e V.
c) I, III e IV.
d) IV e V.
e) II, III e V.
GABARITO: D
Com base no que dispõe a Constituição Federal acerca da Organização do Estado, considere as
assertivas abaixo:
Incorreta, visto que nos termos do § 1º do art. 18 da CF/1988, Brasília é a Capital Federal.
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º Brasília é a Capital Federal.
Mas já teve examinador que afirmou algo parecido. Veja esta questão da ESAF da CGU-2008:
AFC-CGU 2008 4 - Assinale a única opção correta relativa à organização político-administrativa da
República Federativa do Brasil, segundo as normas da Constituição de 1988.
b) O Distrito Federal é chamado de Brasília e com esse nome constitui a Capital Federal.
Brasília foi definida pelo constituinte de 1988 como a capital, inovando em relação à Constituição de 1969
(EC 1/1969), que em seu art. 2º indicava que "o Distrito Federal é a Capital da União". A Constituição da
República de 1988 faz uma clara distinção entre o ente federado (Distrito Federal, conforme o art. 32) e
a Capital Federal (Brasília, na forma do art. 18, § 1º):
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois
turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
Mas a ESAF, ao invés de anular a questão, manteve o gabarito. Portanto, para a ESAF e algumas outras
bancas continua valendo a regra da "menos errada" ou da "mais certa".
Incorreta, pois a regulação dos Territórios Federais se dará por lei complementar, em face do § 2º do
art. 18 da CF/1988:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
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§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração
ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
III. Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população
diretamente interessada, através de referendo, e do Congresso Nacional, por lei ordinária.
Incorreta, pois nos termos do § 3º do art. 18 o Congresso Nacional aprova nova formação de Estados ou
territórios Nacionais através de lei complementar.
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
IV. A criação de Municípios, far-se-á por lei estadual, dentro do período determinado por Lei
Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e
publicados na forma da lei.
Correta, pois essa é uma das vedações à União, Estados, DF e Municípios trazida pelo art. 19, I, da
CF/1988.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter
com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
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Questão 9: CONSULPLAN
A Constituição Federal completou 30 anos em outubro de 2018; nela foi consagrado que a Federação
Brasileira apresenta quatro componentes: a União, os estados-membros, o Distrito Federal (DF) e os
municípios. Vale salientar que o Distrito Federal (DF) é uma entidade federativa anômala, porque acumula
as competências dos estados e dos municípios. Assim, sobre a organização do Estado brasileiro, assinale
a alternativa correta.
GABARITO: A
A Constituição Federal completou 30 anos em outubro de 2018; nela foi consagrado que a Federação
Brasileira apresenta quatro componentes: a União, os estados-membros, o Distrito Federal (DF) e os
municípios. Vale salientar que o Distrito Federal (DF) é uma entidade federativa anômala, porque acumula
as competências dos estados e dos municípios. Assim, sobre a organização do Estado brasileiro, assinale
a alternativa correta.
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Autoadministração: é o exercício das competências administrativas e tributárias definidas na
Constituição Federal, nas constituições estaduais e nas leis orgânicas dos municípios. Para organização
de seus serviços públicos próprios e de sua máquina administrativa. Exemplo de serviço público municipal
explícito na Constituição Federal é o de transporte coletivo local (art. 30, V, CF).
Constituição Federal:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
Demais alternativas incorretas:
Incorreta, pois os Municípios e o DF regem-se por suas Leis Orgânicas, de acordo com os artigos 29 e
32 da CF/1988:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os
princípios desta Constituição.
...
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez
dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os
princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes
preceitos:
...
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois
turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
c) A Constituição de 1988 apenas consagra os Municípios como componentes da República
Federativa, não lhes atribuindo a condição de ente federativo; portanto, devem seguir as diretrizes
da Carta Magna para se auto-organizarem.
Incorreta, pois segundo determinação constitucional do art. 18 da CF, todos os entes da Federação
são autônomos dentro da organização político-administrativa da República federativa do Brasil. E além
disso, os Municípios se organizam por suas Leis Orgânicas, segundo o art. 29 da CF/1988:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
...
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez
dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os
princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes
preceitos:
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d) A Carta Magna consagrou a possibilidade de delegação de certas competências legislativas
federais. A União, por meio de lei ordinária, poderá autorizar os Estados a legislarem sobre
questões específicas das matérias de sua competência privativa. Esta autorização, embora não
haja previsão expressa, também pode ser dada ao Distrito Federal, em face de sua natureza
híbrida.
Incorreta, em face da determinação do art. 22, parágrafo único da CF/88, que prevê a delegação por meio
de Lei Complementar:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das
matérias relacionadas neste artigo.
a) pode ser realizada independentemente de lei, desde que não seja mantida relação de dependência
entre um ente federado e eventuais cultos religiosos e igrejas por ele subvencionados.
b) é admitida no caso de colaboração de interesse público, desde que seja feita na forma da lei.
d) é vedada aos municípios em qualquer hipótese, sendo permitida apenas à União, aos estados e ao
Distrito Federal.
e) somente é admitida no caso de religiões que sejam oficialmente adotadas pelo Estado brasileiro, que
consiste em uma federação não laica.
GABARITO: B
Considerando-se as disposições da Constituição Federal de 1988 (CF), é correto afirmar que a subvenção
a cultos religiosos e igrejas:
b) é admitida no caso de colaboração de interesse público, desde que seja feita na forma da lei.
Correta, nos termos do art. 19, I da CF/1988, que ressalva a colaboração de interesse público, como
por exemplo, creches, escolas, casas de saúde e orfanatos, ainda que ligadas a entidades confessionais:
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
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I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter
com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público.
Demais alternativas incorretas:
a) pode ser realizada independentemente de lei, desde que não seja mantida relação de
dependência entre um ente federado e eventuais cultos religiosos e igrejas por ele
subvencionados.
d) é vedada aos municípios em qualquer hipótese, sendo permitida apenas à União, aos estados
e ao Distrito Federal.
e) somente é admitida no caso de religiões que sejam oficialmente adotadas pelo Estado
brasileiro, que consiste em uma federação não laica.
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e) proporcionar eventos esporádicos de cultura e meio ambiente.
GABARITO: A
Nos termos do art.19, III, da Constituição Federal, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si:
''Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
a) exigência de lei complementar federal, que determinará o período dentro do qual poderá ser realizada
a alteração.
b) publicação dos estudos de viabilidade municipal, os quais são facultativos e prescindem de lei.
d) realização de plebiscito que, se favorável, demandará a edição de lei complementar estadual para a
criação do Município.
e) vinculação do legislador, quando favorável o plebiscito, ficando o Poder Executivo impedido de vetar
a lei.
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GABARITO: A
Aprovação de lei complementar federal fixando genericamente o período dentro do qual poderá ocorrer a
criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento;
Aprovação de lei ordinária federal prevendo os requisitos genéricos exigíveis e a forma de divulgação,
apresentação e publicação dos estudos de viabilidade municipal;
Divulgação dos estudos de viabilidade municipal, na forma estabelecida pela lei ordinária federal
supramencionada;
Art. 18, § 4º, CF. A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por
lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
Vamos à análise das alternativas:
a) exigência de lei complementar federal, que determinará o período dentro do qual poderá ser
realizada a alteração.
CERTA. Exatamente! O período dentro do qual será possível fazer a alteração geográfica dos municípios
é definido por lei complementar federal.
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Referendo: consulta à população para Ratificar determinada norma já aprovada pelo Legislativo.
Plebiscito: consulta Prévia à população referente a determinado tema que poderá ser objeto de lei
posterior.
III A criação, a fusão e o desmembramento de municípios devem ser feitos por lei estadual, dentro do
período determinado por lei complementar federal, desde que submetidos a consulta prévia das
populações dos municípios envolvidos, após divulgação dos estudos de viabilidade municipal.
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GABARITO: B
Falso. Na verdade, nos termos do art. 18 da CF, todos são autônomos, não só Estados e DF, como
também a União e os Municípios.
Falso. A nossa forma de Estado é a federal, e veda-se o direito de secessão. Ou seja, não pode haver
dissolução do vínculo federativo. Inclusive, com a quebra da unidade nacional, a tentativa de, já autoriza
que a União possa intervir nos Estados ou no DF. Logo, fica a dica de que o nosso pacto é indissolúvel.
III A criação, a fusão e o desmembramento de municípios devem ser feitos por lei estadual, dentro do
período determinado por lei complementar federal, desde que submetidos a consulta prévia das
populações dos municípios envolvidos, após divulgação dos estudos de viabilidade municipal.
b) os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros,
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente
interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por meio de emenda à Constituição.
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c) os Territórios, vedada sua divisão em Municípios, terão suas contas submetidas ao Congresso
Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.
d) compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,
os serviços públicos de interesse local, incluído o de gás canalizado, que tem caráter essencial.
e) compete privativamente à União legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza,
defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição.
GABARITO: A
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c) os Territórios, vedada sua divisão em Municípios, terão suas contas submetidas ao Congresso
Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.
Está tudo certinho, não fosse o erro: podem sim ser divididos em municípios. Quem não pode é o Distrito
Federal.
Não é de competência dos municípios. É do Estado-membro o serviço de gás. E, ainda assim, fica o
registro de que a CF só menciona concessão a particulares.
e) compete privativamente à União legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da
natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da
poluição.
b) a criação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei federal, dentro do período
determinado por lei ordinária federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal,
apresentados e publicados sessenta dias antes da consulta.
d) a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei federal, dentro
do período determinado por lei complementar federal, e dependerão do referendo das populações dos
Municípios envolvidos, após divulgação do plano de política urbana, apresentado e publicado na forma
da lei.
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plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação do plano de política urbana,
apresentado e publicado noventa dias antes do plebiscito.
GABARITO: A
1º) aprovação de lei complementar federal fixando genericamente o período dentro do qual poderá
ocorrer a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios;
2º) aprovação de lei ordinária federal estabelecendo a forma de apresentação e publicação dos estudos
de viabilidade municipal;
3º) divulgação dos estudos de viabilidade municipal, na forma estabelecida pela lei ordinária federal
acima mencionada;
4º) consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos; nesse sentido, o
Supremo entendeu compatível o art. 7º, da Lei 9.709/1998 com a Constituição Federal, e que se aplica
tanto a modificação territorial de estados quanto de municípios (ADI, 2.650, rel. Min. Dias Toffoli, julg.
24/8/2011):
Art. 7º Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4º e 5º entende-se por população diretamente
interessada tanto a do território que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento;
em caso de fusão ou anexação, tanto a população da área que se quer anexar quanto a da que receberá
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o acréscimo; e a vontade popular se aferirá pelo percentual que se manifestar em relação ao total da
população consultada.
5º) aprovação de lei ordinária estadual formalizando a criação, a incorporação, a fusão ou o
desmembramento do município, ou dos municípios.
Os estudos de viabilidade municipal serão realizados e publicados nos termos de lei ordinária federal.
Dentro do período definido em lei complementar federal, e não são os planos de política urbana que
serão divulgados, mas os estudos de viabilidade municipal, vez que o constituinte derivado
reconheceu, tardiamente, por meio da Emenda Constitucional 15/1996, que a maior parte dos municípios
criados no País não tem a mínima condição de se sustentar autonomamente, sobrevivendo basicamente
de transferências intergovernamentais. A esse respeito, A Emenda Constitucional 57/2008, introduziu o
art. 96 no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias:
Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios,
cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na
legislação do respectivo Estado à época de sua criação.
d) a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei federal,
dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão do referendo das
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação do plano de política urbana, apresentado
e publicado na forma da lei.
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A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro
do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei (ordinária federal).
c) Os Territórios Federais integram a União e podem ser transformados em Estado, mediante aprovação
da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei
complementar.
d) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios recusar fé aos documentos
públicos, salvo em hipóteses excepcionais estabelecidas em lei complementar.
e) A criação de Municípios far-se-á por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar
Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos,
após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal.
GABARITO: E
e) A criação de Municípios far-se-á por lei estadual, dentro do período determinado por Lei
Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal.
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§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual,
dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia,
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
Vejamos o passo a passo:
1º) aprovação de lei complementar federal fixando genericamente o período dentro do qual poderá ocorrer
a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios;
2º) aprovação de lei ordinária federal estabelecendo a forma de apresentação e publicação dos estudos
de viabilidade municipal;
3º) divulgação dos estudos de viabilidade municipal, na forma estabelecida pela lei ordinária federal acima
mencionada;
4º) consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, como condição prévia,
essencial e prejudicial, porém não vinculante, a partir de proposta aprovada no âmbito da Assembleia
Legislativa do Estado, conforme o art. 5º, da Lei 9.709/1998:
Art. 5º O plebiscito destinado à criação, à incorporação, à fusão e ao desmembramento de Municípios,
será convocado pela Assembléia Legislativa, de conformidade com a legislação federal e estadual.
5º) aprovação de lei ordinária estadual formalizando a criação, a incorporação, a fusão ou o
desmembramento do município, ou dos municípios.
Incorreta, em face do previsto no § 3º do art. 18 da CF/1988, que prevê lei complementar ao final:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
...
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
Este é o passo a passo para estados:
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1º) aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, como condição prévia,
essencial e prejudicial, a partir de proposta aprovada no âmbito do Congresso Nacional; o STF já assentou
que o termo "população diretamente interessada" corresponde à população total dos estados
envolvidos; nesse sentido, o Supremo entendeu compatível o art. 7º, da Lei 9.709/1998 com a
Constituição Federal, e que se aplica tanto a modificação territorial de estados quanto de municípios (ADI,
2.650, rel. Min. Dias Toffoli, julg. 24/8/2011):
Art. 7º Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4º e 5º entende-se por população diretamente
interessada tanto a do território que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento;
em caso de fusão ou anexação, tanto a população da área que se quer anexar quanto a da que receberá
o acréscimo; e a vontade popular se aferirá pelo percentual que se manifestar em relação ao total da
população consultada.
2º) manifestação meramente opinativa das assembleias legislativas, necessária e prejudicial, mas cujo
parecer não é vinculante; essa manifestação tem por base o art. 4º da Lei 9.709/1998, que regulamenta
o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular:
Art. 4º A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramento para se anexarem a outros,
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, dependem da aprovação da população diretamente
interessada, por meio de plebiscito realizado na mesma data e horário em cada um dos Estados, e do
Congresso Nacional, por lei complementar, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas.
3º) propositura do projeto de Lei Complementar por qualquer das Casas do Congresso Nacional (Lei
9.709/1998, art. 4º, § 1º);
Art. 4º ................
§ 1º Proclamado o resultado da consulta plebiscitária, sendo favorável à alteração territorial prevista
no caput, o projeto de lei complementar respectivo será proposto perante qualquer das Casas do
Congresso Nacional.
4º) aprovação da lei complementar pelo Congresso Nacional.
Incorreta, pois é admitida a colaboração de interesse público com igrejas, na forma da lei nos termos no
inciso I do art. 19 da CF/1988:
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter
com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
c) Os Territórios Federais integram a União e podem ser transformados em Estado, mediante
aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar.
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Incorreta, em face do previsto no § 2º do art. 18 da CF/1988.
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
...
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração
ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
d) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios recusar fé aos documentos
públicos, salvo em hipóteses excepcionais estabelecidas em lei complementar.
Incorreta, visto que o inciso II do art. 19 da CF/1988 não traz nenhuma ressalva.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
II - recusar fé aos documentos públicos.
Questão 17: VUNESP
Considere que o Município X tenha a intenção de se fundir ao Município Y e lhe solicita, na condição de
Procurador, parecer a respeito de como efetivar a medida. Nesse caso, a partir do quanto previsto pela
Constituição Federal, a fusão deve ser efetivada mediante
a) lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerá de consulta
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos estudos de
viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
b) lei estadual e depende de consulta posterior, mediante referendo, às populações dos Municípios
envolvidos, após divulgação dos estudos de viabilidade municipal.
c) lei estadual, não se fazendo necessária consulta às populações dos Municípios, considerando se tratar
de interesse exclusivamente estadual.
d) lei municipal e depende de consulta prévia, por meio de plebiscito, às populações dos Municípios
envolvidos.
e) lei municipal com a exigência de consulta posterior, mediante referendo, das populações dos
Municípios envolvidos, exigindo-se também a publicação prévia de estudos de viabilidade municipal.
GABARITO: A
Considere que o Município X tenha a intenção de se fundir ao Município Y e lhe solicita, na condição de
Procurador, parecer a respeito de como efetivar a medida. Nesse caso, a partir do quanto previsto pela
Constituição Federal, a fusão deve ser efetivada mediante
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a) lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerá de
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação
dos estudos de viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
1º) aprovação de lei complementar federal fixando genericamente o período dentro do qual poderá ocorrer
a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios;
2º) aprovação de lei ordinária federal estabelecendo a forma de apresentação e publicação dos estudos
de viabilidade municipal;
3º) divulgação dos estudos de viabilidade municipal, na forma estabelecida pela lei ordinária federal acima
mencionada;
4º) consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, como condição prévia,
essencial e prejudicial, porém não vinculante, a partir de proposta aprovada no âmbito da Assembleia
Legislativa do Estado, conforme o art. 5º, da Lei 9.709/1998:
Art. 5º O plebiscito destinado à criação, à incorporação, à fusão e ao desmembramento de Municípios,
será convocado pela Assembléia Legislativa, de conformidade com a legislação federal e estadual.
5º) aprovação de lei ordinária estadual formalizando a criação, a incorporação, a fusão ou o
desmembramento do município, ou dos municípios.
Demais incorretas:
Lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
c) lei estadual, não se fazendo necessária consulta às populações dos Municípios, considerando
se tratar de interesse exclusivamente estadual.
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d) lei municipal e depende de consulta prévia, por meio de plebiscito, às populações dos
Municípios envolvidos.
e) lei municipal com a exigência de consulta posterior, mediante referendo, das populações dos
Municípios envolvidos, exigindo-se também a publicação prévia de estudos de viabilidade
municipal.
a) Compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios legislar concorrentemente sobre
previdência social, proteção e defesa da saúde.
b) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre previdência
social, proteção e defesa da saúde.
c) Por meio de lei ordinária, os entes federados, Estados e Municípios, poderão ser autorizados a legislar
sobre questões afetas a seguridade social.
d) É competência exclusiva da União cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das
pessoas portadoras de deficiência.
GABARITO: B
A questão demanda do candidato conhecimento literal dos artigos constitucionais que tratam da
competência para legislar acerca da seguridade social.
a) Compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios legislar concorrentemente
sobre previdência social, proteção e defesa da saúde.
ERRADA. A assertiva incluiu os MUNICÍPIOS no rol de entes autorizados a legislar concorrentemente
sobre previdência social, proteção e defesa da saúde. Conforme o art. 24, VII da Constituição Federal de
1988:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
b) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre
previdência social, proteção e defesa da saúde.
CORRETA. De fato, existe previsão expressa nesse sentido, conforme o art.24, VII da Constituição
Federal de 1988:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
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XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
c) Por meio de lei ordinária, os entes federados, Estados e Municípios, poderão ser autorizados a
legislar sobre questões afetas a seguridade social.
ERRADA. A assertiva contém dois erros. O primeiro erro é que a autorização citada deve ser concedida
por meio de LEI COMPLEMENTAR. O segundo equívoco é a inclusão dos Municípios no rol de entes
autorizados a legislar em questões específicas da seguridade social. Nesse sentido rege o art.22, XXII e
parágrafo único da CF/88:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXIII - seguridade social;
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas
das matérias relacionadas neste artigo.
d) É competência exclusiva da União cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e
garantia das pessoas portadoras de deficiência.
ERRADA. A competência citada é COMUM entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, conforme
previsto no art.23, II da CF/88:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de
deficiência;
e) É competência da União e dos Municípios legislar concorrentemente sobre previdência social,
proteção e defesa da saúde.
ERRADA. A banca substituiu Estados e Distrito Federal por Municípios o que invalida a assertiva.
Conforme o art.24, VII da Constituição Federal de 1988:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
É competência privativa dos estados estabelecer e implantar política de educação para a segurança do
trânsito.
( ) Certo
( ) Errado
Gabarito: ERRADO
Considerando a legislação de trânsito brasileira, julgue o item a seguir.
É competência privativa dos estados estabelecer e implantar política de educação para a
segurança do trânsito.
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CF/88
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
c) foi suspensa a eficácia da lei estadual pela lei federal no que lhe for contrário.
d) mantiveram-se os planos de validade, vigência e eficácia da lei estadual, pois incidem em planos
materiais distintos, constitucionalmente delimitados.
e) a lei estadual é inconstitucional por invasão da competência privativa da União, portanto inválida ex
tunc.
GABARITO: C
Considere a seguinte hipótese: à falta de legislação federal, um determinado estado brasileiro legislou
amplamente sobre defesa do solo. Posteriormente, a União supriu a mora legislativa quanto a essa
matéria. Nesse caso, com o advento da lei federal,
c) foi suspensa a eficácia da lei estadual pela lei federal no que lhe for contrário.
Correta, conforme as regras dos parágrafos do art. 24 da CF/1988, que estabelece a competência
legislativa concorrente da União, Estados e DF, especialmente aquela prevista no inciso VI do artigo:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
...
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição;
346
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....
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas
gerais. (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar
dos Estados. (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena,
para atender a suas peculiaridades. (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe
for contrário.
Vamos aprofundar alguns detalhes:
b) Competência para União, estados e DF legislarem sobre determinados temas, mas não em condições
de igualdade (modelo vertical, em que há certa hierarquização).
c)) União → estabelece normas gerais, o que não exclui a competência suplementar dos Estados.
e) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena,
para atender a suas peculiaridades. Entretanto, a superveniência de lei federal sobre normas
gerais suspende a eficácia da lei estadual (e não revoga), no que lhe for contrário. Assim, se a União
resolver revogar a sua lei federal de normas gerais, a lei estadual, até então com a eficácia suspensa,
volta automaticamente a produzir efeitos. Isso prova não haver hierarquia formal entre norma federal e
norma estadual. Se a norma da União fosse superior hierarquicamente, simplesmente revogaria a norma
estadual.
Vale lembrar que a competência concorrente não inclui os municípios. Entretanto, compete aos
municípios suplementar a legislação federal e a estadual no que couber (CF, art. 30, II), inclusive na
matéria relativa à defesa do solo, de que trata a questão:
Art. 30. Compete aos Municípios:
..........
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
Demais incorretas:
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a) a lei estadual foi derrogada pela legislação federal posterior.
Não há hierarquia entre lei federal e lei estadual, portanto não se aplica o princípio lex posterior derogat
legi priori, ou também o princípio lex specialis derogat legi generali (lei especial derroga a lei geral), tendo
em vista a regra prevista no art. 24, que prevê apenas a suspensão da eficácia da lei estadual.
Mesma justificativa do item anterior. A abo-rogação ocorre quando a lei é inteiramente revogada pela
norma superveniente, o que não ocorre no caso. A derrogação é uma revogação parcial. No caso em
exame, ocorre apenas a suspensão da eficácia.
A lei estadual está dentro da competência legislativa concorrente da União, Estados e DF.
a) em ambas matérias, desde que haja lei complementar federal que autorize os Estados a legislar sobre
questões específicas.
b) na primeira matéria, desde que haja lei complementar federal que autorize os Estados a legislar sobre
questões específicas; e na segunda matéria, no exercício de competência suplementar pelo Estado, ou,
diante da inexistência de lei federal sobre normas gerais, de competência legislativa plena, para atender
a suas peculiaridades.
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c) na primeira matéria, no exercício de competência suplementar pelo Estado, ou, diante da inexistência
de lei federal sobre normas gerais, de competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades;
e na segunda matéria, desde que haja lei complementar federal que autorize os Estados a legislar sobre
questões específicas.
d) apenas na primeira matéria, por se tratar de competência legislativa concorrente; sendo vedado ao
Estado legislar sobre a segunda matéria, de competência privativa da União.
e) apenas na segunda matéria, por se tratar de competência legislativa concorrente; sendo vedado ao
Estado legislar sobre a primeira matéria, de competência privativa da União.
GABARITO: C
Com vistas a promover maior proteção a direitos difusos e coletivos, a Assembleia Legislativa de
determinado Estado da federação pretende legislar, dentre outras, sobre as seguintes matérias:
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§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe
for contrário.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXIX - propaganda comercial.
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das
matérias relacionadas neste artigo.
Vamos aprofundar alguns detalhes:
b) Competência para União, estados e DF legislarem sobre determinados temas, mas não em condições
de igualdade (modelo vertical, em que há certa hierarquização).
c)) União → estabelece normas gerais, o que não exclui a competência suplementar dos Estados.
e) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena,
para atender a suas peculiaridades. Entretanto, a superveniência de lei federal sobre normas
gerais suspende a eficácia da lei estadual (e não revoga), no que lhe for contrário. Assim, se a União
resolver revogar a sua lei federal de normas gerais, a lei estadual, até então com a eficácia suspensa,
volta automaticamente a produzir efeitos. Isso prova não haver hierarquia formal entre norma federal e
norma estadual. Se a norma da União fosse superior hierarquicamente, simplesmente revogaria a norma
estadual.
Demais alternativas incorretas:
a) em ambas matérias, desde que haja lei complementar federal que autorize os Estados a legislar
sobre questões específicas.
Em ambas as matérias, sendo na primeira concorrente e na segunda privativa da União, caso em que
esta poderá editar lei complementar autorizando o Estado a legislar sobre questões específicas.
b) na primeira matéria, desde que haja lei complementar federal que autorize os Estados a legislar
sobre questões específicas; e na segunda matéria, no exercício de competência suplementar pelo
Estado, ou, diante da inexistência de lei federal sobre normas gerais, de competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.
É o inverso.
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d) apenas na primeira matéria, por se tratar de competência legislativa concorrente; sendo vedado
ao Estado legislar sobre a segunda matéria, de competência privativa da União.
Em ambas as matérias, sendo na primeira concorrente e na segunda privativa da União, caso em que
esta poderá editar lei complementar autorizando o Estado a legislar sobre questões específicas.
Diante da inexistência de lei federal pertinente, os estados possuem capacidade plena para legislar sobre
normas gerais em direito tributário.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
Vamos por partes. Primeiro, situar o Direito Tributário dentro da repartição de competências. Vejamos:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
Estamos diante da legislação concorrente, portanto.
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§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe
for contrário.
Diante da inexistência de lei federal pertinente, os estados possuem capacidade plena para legislar sobre
normas gerais em direito tributário.
Portanto, o item está perfeito. Diante da inexistência de norma federal, os Estados legislam plenamente.
e) conceder anistia.
GABARITO: E
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a) preservar as florestas, a fauna e a flora.
Incorreta, pois essa é uma competência administrativa, comum a todos os entes, prevista no art. 23, VII
da CF/1988. Lembre-se, tudo que dá "vontade de chorar", como combate à pobreza, defesa das florestas,
dos índios, dos idosos, do patrimônio artístico e nacional, saúde, previdência, educação, moradias etc.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
...
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora.
b) fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar.
Incorreta, pois essa competência é comum entre os entes, conforme inciso VIII do art. 23 da CF/1988:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
...
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar.
c) promover programas de construção de moradias.
Incorreta, pois essa competência é comum entre os entes, conforme inciso IX do art. 23 da CF/1988:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
...
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de
saneamento básico.
d) combater as causas da pobreza.
Incorreta, pois essa competência é comum entre os entes, conforme inciso X do art. 23 da CF/1988:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
...
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos
setores desfavorecidos.
353
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GABARITO: E
Correta, de acordo com competência legislativa privativa da União, prevista no art. 22, IV da CF/1988:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
...
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão.
Demais incorretas:
Incorreta, visto que essa competência é legislativa concorrente prevista no art. 24, I da CF/1988, o famoso
TUPEF:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito Tributário, Financeiro, Penitenciário, Econômico e Urbanístico;
Incorreta, visto que essa competência é legislativa concorrente prevista no art. 24, VII da CF/1988:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico.
Incorreta, visto que essa competência é legislativa concorrente prevista no art. 24, IV da CF/1988:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
IV - custas dos serviços forenses.
Incorreta, visto que essa competência é legislativa concorrente prevista no art. 24, XI da CF/1988:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
XI - procedimentos em matéria processual.
b) Os Estados não podem suplementar a legislação relativa ao Regime Geral de Previdência Social.
c) Os Municípios dispõem de competência para legislar sobre os seus Regimes Próprios de Previdência,
respeitadas as disposições presentes na Constituição Federal.
d) A competência para legislar sobre seguridade social é concorrente entre União e Estados.
354
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GABARITO: C
Correto, visto que a competência legislativa concorrente para legislar sobre Previdência Social (art. 24,
XII, CF), não obstante abranger a União, os Estados e o DF, não afasta a competência do
Município para versar sobre os seus regimes próprios, ou seja, do regime previdenciário dos servidores
públicos municipais, com base na competência outorgada no art. 30, I e II, da Constituição Federal:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
....
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
Demais alternativas incorretas:
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d) A competência para legislar sobre seguridade social é concorrente entre União e Estados.
Incorreta, visto que essa competência é privativa da União, conforme previsto no art. 22, XXIII da
CF/1988:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
...
XXIII - seguridade social.
e) A União dispõe de competência privativa para legislar sobre previdência social.
Vide itens anteriores.
Compete privativamente à União legislar sobre o sistema monetário e de medidas, títulos e garantia de
valores.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
ITEM CERTO (gabarito definitivo da Banca). A primeira coisa que chama a atenção nesta questão é
que se trata de Direito Constitucional (na prova veio no grupo de Administração Pública).
A banca, neste concurso, forneceu um gabarito comentado. Abaixo, segue sua transcrição:
No âmbito da Constituição Federal de 1988, manteve-se como competência privativa da União legislar
sobre matérias que versem sobre o sistema monetário e seus instrumentos, uma vez que a competência
comum da União, de estados, do Distrito Federal e de municípios, de legislar sobre esses temas poderia
levaria a um desarranjo sistêmico de consequências imprevisíveis.
Aparentemente, tudo OK, não é mesmo? Mas se a gente vai consultar o dispositivo que cuida do assunto
na CF/1988 temos o seguinte:
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Compete privativamente à União legislar sobre o sistema monetário e de medidas, títulos e garantia
de valores metais.
Parece-me que o examinador confundiu com o inciso que vem logo abaixo que trata de "valores":
a) constitucional, uma vez que cuida de matéria de competência legislativa própria do Estado, haja vista
o interesse regional do tema.
c) inconstitucional, na medida em que inexista autorização em lei complementar federal para que Estados
legislem sobre questões específicas em trânsito e transporte, que é matéria de competência legislativa
privativa da União.
d) inconstitucional, pois a matéria deveria ter sido tratada por lei complementar, embora seja de
competência do Estado.
e) constitucional, desde que vise a atender às peculiaridades do Estado, pois versa sobre matéria de
competência legislativa concorrente de União, Estados e Distrito Federal.
GABARITO: C
Considere que em determinado Estado da federação tenha sido promulgada lei ordinária, de iniciativa de
Deputado Estadual, determinando que os agentes públicos, no exercício da função de fiscalização de
trânsito, somente poderiam efetuar notificação a infrator nos casos e sob as condições especificadas no
texto, não constantes de lei federal. De acordo com o ordenamento jurídico brasileiro, tal lei é:
c) inconstitucional, na medida em que inexista autorização em lei complementar federal para que
Estados legislem sobre questões específicas em trânsito e transporte, que é matéria de
competência legislativa privativa da União.
357
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Correta, visto que por se tratar de matéria de competência legislativa privativa da União (CF/1988, art.
22, XI), somente com autorização via lei complementar federal o Estado poderia legislar sobre questões
específicas:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XI - trânsito e transporte;
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das
matérias relacionadas neste artigo.
Demais alternativas incorretas:
a) constitucional, uma vez que cuida de matéria de competência legislativa própria do Estado, haja
vista o interesse regional do tema.
Inconstitucional, mas não por esse motivo. Aliás, trânsito e transporte não é matéria de iniciativa exclusiva
do Chefe do Poder Executivo.
d) inconstitucional, pois a matéria deveria ter sido tratada por lei complementar, embora seja de
competência do Estado.
Inconstitucional, mas não por esse motivo. Por se tratar de matéria de competência legislativa privativa
da União (CF/1988, art. 22, XI), somente com autorização via lei complementar federal o Estado poderia
legislar sobre questões específicas
e) constitucional, desde que vise a atender às peculiaridades do Estado, pois versa sobre matéria
de competência legislativa concorrente de União, Estados e Distrito Federal.
Vide comentários.
358
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c) legislar sobre os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à
inovação.
e) legislar sobre educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e
inovação.
GABARITO: D
Compete privativamente à União legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional, nos termos
do art.22, XXIV, da Constituição Federal:
''Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
359
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Questão 29: CEBRASPE (CESPE)
c) zelar pela guarda da Constituição Federal e das leis e conservar o patrimônio público.
GABARITO: B
Perceba que a maior parte das competências materiais comuns do art. 23, versam sobre questões sociais
e ambientais, infância, juventude, velhice, educação, saúde, moradia, saneamento, proteção do
patrimônio histórico e artístico, fauna, flora, ou seja, tudo que "dá vontade de chorar". Apenas dois
incisos não são nada emocionantes:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
......
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos
hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
c) zelar pela guarda da Constituição Federal e das leis e conservar o patrimônio público.
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I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio
público.
a) custas dos serviços forenses, direito urbanístico e condições para o exercício de profissões.
GABARITO: C
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a) custas dos serviços forenses, direito urbanístico e condições para o exercício de profissões.
Incorreta, pois as condições para o exercício das profissões é matéria de competência legislativa
privativa da União, de acordo com o art. 22, XVI da CF/1988:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
...
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
...
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
...
IV - custas dos serviços forenses.
Incorreta, pois essa competência legislativa é privativa da União, nos termos do art. 22, XII da CF/1988.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
...
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia.
Incorreta, pois as duas primeiras competências legislativas citadas são privativas da União e encontram-
se dispostas do art. 22, V e XXV da CF/1988.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
...
V - serviço postal;
...
XXV - registros públicos.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
...
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico.
Incorreta, pois matéria sobre populações indígenas é de competência legislativa privativa da União, em
face do disposto no art. 22, XVI da CF/1988.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
...
XIV - populações indígenas.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
...
V - produção e consumo;
...
XI - procedimentos em matéria processual.
362
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A Lei nº XX/2018, do Estado Alfa, dispôs sobre a gratuidade nos serviços portuários, nas condições que
indicava, no porto existente no Rio Alfa, que atravessava o território do Estado. No dia da promulgação
desse diploma normativo, a sociedade empresária responsável pela exploração do porto solicitou que sua
assessoria jurídica analisasse a compatibilidade do referido diploma normativo com a ordem
constitucional.
a) inconstitucional, pois o serviço é explorado pela União, o que impede o Estado de conceder a isenção;
b) inconstitucional, apenas pelo fato de a lei estadual não ter indicado a fonte de custeio da gratuidade
concedida;
c) constitucional, pois o porto está situado no território do Estado, o que atrai a sua competência para
conceder a isenção;
d) constitucional, pois a União e o Estado possuem competência concorrente para legislar sobre o regime
dos portos, incluindo a concessão de isenções;
GABARITO: A
A Lei nº XX/2018, do Estado Alfa, dispôs sobre a gratuidade nos serviços portuários, nas condições que
indicava, no porto existente no Rio Alfa, que atravessava o território do Estado. No dia da promulgação
desse diploma normativo, a sociedade empresária responsável pela exploração do porto solicitou que sua
assessoria jurídica analisasse a compatibilidade do referido diploma normativo com a ordem
constitucional. A assessoria respondeu, corretamente, que a Lei nº XX/2018 é:
a) inconstitucional, pois o serviço é explorado pela União, o que impede o Estado de conceder a
isenção;
Correta a alternativa "a", visto que a concessão de serviços portuários e de transporte entre portos é
exclusivo da União, o que impede o Estado membro de conceder a gratuidade pretendida, conforme o
art. 21 da Constituição Federal:
Art. 21. Compete à União:
...
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
...
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que
transponham os limites de Estado ou Território;
....
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
Demais alternativas incorretas:
363
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b) inconstitucional, apenas pelo fato de a lei estadual não ter indicado a fonte de custeio da
gratuidade concedida;
A inconstitucionalidade ocorre em razão de o serviço ser de competência exclusiva da União.
c) constitucional, pois o porto está situado no território do Estado, o que atrai a sua competência
para conceder a isenção;
Inconstitucional, pois o serviço é explorado pela União, o que impede o Estado de conceder a isenção.
d) constitucional, pois a União e o Estado possuem competência concorrente para legislar sobre
o regime dos portos, incluindo a concessão de isenções;
Inconstitucional, pois o serviço é explorado pela União, o que impede o Estado de conceder a isenção.
GABARITO: C
364
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Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXIX - propaganda comercial.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
V - produção e consumo;
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
XV - proteção à infância e à juventude;
a) compatível com a Constituição Federal, inclusive se estabelecer normas gerais, desde que, nessa
hipótese, inexista lei federal sobre normas gerais e que o Estado legisle para atender a suas
peculiaridades.
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b) compatível com a Constituição Federal, desde que lei complementar federal autorize os Estados a
legislarem sobre a matéria e que o Estado legisle sobre questões específicas da matéria.
c) compatível com a Constituição Federal, por se tratar de matéria reservada aos Estados.
d) incompatível com a Constituição Federal, por se tratar de matéria de competência legislativa privativa
da União.
e) incompatível com a Constituição Federal, por se tratar de matéria de interesse local, de competência
dos Municípios.
GABARITO: A
A primeira questão é do estilão FCC, e já objeto de certames anteriores, usando, inclusive, o mesmo
dispositivo constitucional: inc. V do art. 24 (produção e consumo).
Sabemos que esse dispositivo nos revela a natureza vertical da repartição de competências, o que se
reconhece como competência concorrente, isso porque a União é que estabelecerá as normas gerais, a
serem observadas em âmbito nacional. De fato, nos termos do §1º do art. 24, cabe à União editar,
restritivamente, as normas gerais.
Essa resposta é a mais cobrada nos concursos, especialmente nos concursos fiscais, afinal Direito
Tributário é legislação concorrente. Nesse caso, na ausência da norma da União, os Estados vão legislar
plenamente, mas para atender, claro, a suas peculiaridades.
E, por fim, com o advento da lei da União, a legislação do Estado permanecerá em vigor, ok, a não ser
que seja contrária ao teor do disposto pela União.
Mas, nessa situação, fica o registro de que não teremos uma revogação ou anulação da legislação local,
mas suspensão da eficácia, e, ainda assim, só no que for contrário. É o que prevê o §4º do art. 24 da CF:
“§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe
for contrário”.
Portanto, na questão, por se tratar de competência concorrente, a resposta será letra “A” (compatível com
a CF, podendo os Estados legislarem plenamente, não havendo norma da União).
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Determinado Estado da Federação editou lei ordinária estadual dispondo sobre desapropriação, inclusive
estabelecendo normas gerais e abstratas sobre nova modalidade de desapropriação e seu respectivo
procedimento. Instado a se manifestar sobre a matéria, o Procurador-Geral de Justiça deve apontar a:
a) constitucionalidade da lei, pois compete concorrentemente à União, Estados e Distrito Federal legislar
sobre desapropriação;
e) constitucionalidade da lei, pois compete privativamente aos Estados legislar sobre desapropriação.
GABARITO: D
Determinado Estado da Federação editou lei ordinária estadual dispondo sobre desapropriação, inclusive
estabelecendo normas gerais e abstratas sobre nova modalidade de desapropriação e seu respectivo
procedimento. Instado a se manifestar sobre a matéria, o Procurador-Geral de Justiça deve apontar a:
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c) inconstitucionalidade da lei, pois compete privativamente aos Municípios legislar sobre
desapropriação, diante de evidente interesse local;
a) privativa da União.
GABARITO: A
Seguindo o princípio da preponderância do interesse, temos que os assuntos de interesse nacional foram
reservados, privativamente, à União. Os de interesse local, aos municípios. E os regionais, aos Estados.
E, ao abrimos o art. 22 da CF, que trata do rol de atribuições privativas da União, encontramos a legislação
sobre propaganda comercial:
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Aproveito para acrescentar que a lei complementar poderá autorizar que Estados e DF legislem sobre
pontos específicos da propaganda comercial.
I A competência administrativa dos estados federados é residual ou remanescente, logo a eles competem
as matérias que não lhes sejam vedadas.
II A CF permite a edição de lei complementar federal que autorize os estados a legislar sobre questões
específicas das matérias de competência privativa da União.
III No âmbito da competência legislativa concorrente, os estados, em regra, têm competência supletiva:
não havendo norma geral federal sobre tema específico, o estado tem permissão para editar normas
gerais e normas específicas sobre a matéria, adquirindo competência plena enquanto não editada norma
geral federal.
GABARITO: E
Correta. Os municípios e a União possuem competências enumeradas, tanto materiais quanto legislativas
(artigos 21, 22 e 30 da Constituição), ainda que não exaustivas ou taxativas. Já os Estados têm a
chamada competência remanescente ou residual, conforme se depreende do art. 25, § 1º, da
Constituição. A Carta Política indica expressamente apenas duas competências expressas dos estados,
nos §§ 2º e 3º do mesmo artigo. Muitas outras competências têm sido assentadas pela jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, em seu papel de dirimir conflitos federativos.
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Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os
princípios desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
II - A CF permite a edição de lei complementar federal que autorize os estados a legislar sobre
questões específicas das matérias de competência privativa da União.
b) Competência para União, estados e DF legislarem sobre determinados temas, mas não em condições
de igualdade (modelo vertical, em que há certa hierarquização).
c)) União → estabelece normas gerais, o que não exclui a competência suplementar dos Estados.
e) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena,
para atender a suas peculiaridades. Entretanto, a superveniência de lei federal sobre normas
gerais suspende a eficácia da lei estadual (e não revoga), no que lhe for contrário. Assim, se a União
resolver revogar a sua lei federal de normas gerais, a lei estadual, até então com a eficácia suspensa,
volta automaticamente a produzir efeitos. Isso prova não haver hierarquia formal entre norma federal e
norma estadual. Se a norma da União fosse superior hierarquicamente, simplesmente revogaria a norma
estadual.
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Questão 37: VUNESP
A competência tributária, prevista na Constituição Federal de 1988, define regras para criação de tributos,
dentre elas:
a) compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar privativamente sobre direito tributário.
c) a competência da União para legislar sobre normas gerais exclui a competência suplementar dos
Estados em matéria tributária.
d) inexistindo lei estadual sobre normas gerais, os Municípios exercerão a competência legislativa plena.
e) a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe
for contrário.
GABARITO: E
a) compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar privativamente sobre direito
tributário.
ERRADA. Trata-se de uma competência CONCORRENTE:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
c) a competência da União para legislar sobre normas gerais exclui a competência suplementar
dos Estados em matéria tributária.
ERRADA. Na realidade, a competência suplementar dos Estados não fica excluída:
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Art. 24, § 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
Art. 24, § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.
e) a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que
lhe for contrário.
CORRETA, aqui está a resposta.
Art. 24, § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no
que lhe for contrário.
Compete à União organizar e manter a Defensoria Pública do Distrito Federal e a de eventual território.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
Justificativa do Cebraspe/Cespe: O art. 1.º da Emenda Constitucional n.º 69, de 2012, alterou o inciso
XIII do art. 21 da Constituição Federal, excluindo a competência da União para organizar e manter a
Defensoria Pública do Distrito Federal. Com a Emenda Constitucional n.º 69/2012, tal atribuição passou
para a competência do próprio DF (saindo da esfera da União). Portanto, a União ficou apenas com a
organização, manutenção e legislação da Defensoria Pública dos eventuais Territórios (não mais com
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a do DF). Em outros termos, a Emenda Constitucional n.º. 69/2012 retirou a competência da União para
organizar e manter a Defensoria Pública do DF.
Referida Emenda 69/2012 alterou os artigos 21, III, 22, XVII e 49 IX, da CF:
Art. 21. Compete à União:
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e
a Defensoria Pública dos Territórios.
Art. 22...
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria
Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para
o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre:
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos
Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal.
O artigo 2º da Emenda Constitucional 69/2012, estabeleceu ainda:
Art. 2º Sem prejuízo dos preceitos estabelecidos na Lei Orgânica do Distrito Federal, aplicam-se à
Defensoria Pública do Distrito Federal os mesmos princípios e regras que, nos termos da Constituição
Federal, regem as Defensorias Públicas dos Estados.
b) É comum a competência de a União, Estados e Municípios legislar sobre previdência social, proteção
e defesa da saúde.
c) A competência para legislar sobre Seguridade Social é concorrente entre União, Estados e Municípios.
d) É exclusiva da União a competência para legislar sobre Previdência Social apenas em relação a
normas gerais, podendo Estados e Municípios legislar de forma complementar.
GABARITO: E
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De acordo com previsão constitucional, em matéria de competência legislativa da União, Estados e
Municípios, está correto o que se afirma em:
A previdência social é matéria de atribuição concorrente entre União, Estados e Distrito Federal,
conforme norma inscrita no art.24, XII, da Constituição Federal:
''Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
E neste aspecto, estaria incluída a competência para tratar sobre a previdência social, desde que tal
regramento seja e harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados:
''Art. 30. Compete aos Municípios:
O art.24, XII, da Constituição Federal atribuiu competência concorrente entre União, Estados e DF (e
Municípios, nos termos do art.30, I e II), para legislar sobre previdência social, proteção e defesa da
saúde.
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c) A competência para legislar sobre Seguridade Social é concorrente entre União, Estados e Municípios.
INCORRETA.
Trata-se de competência privativa da União, nos termos do art.22, XXIII, da Constituição Federal:
''Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
Por se tratar de matéria de competência concorrente e com o fim de evitar sobreposição de competências,
caberá à União legislar sobre normas gerais da Previdência, e aos Estados e Municípios, suplementar a
matéria no âmbito de suas atribuições:
''Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados''.
a) concorrente;
b) privativa;
c) exclusiva;
d) livre;
e) partilhada.
GABARITO: A
Na sistemática constitucional, existem matérias que podem ser disciplinadas por leis da União, dos
Estados e do Distrito Federal. Nesse caso, a União se limita à edição de normas gerais. Trata-se de
competência legislativa:
375
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a) concorrente;
Correta, de acordo com o art. 24, e parágrafos, da Constituição Federal:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
...
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas
gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar
dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena,
para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe
for contrário.
Vamos aprofundar alguns detalhes:
a) concorrem a União, estados e DF (municípios não).
b) Competência para União, estados e DF legislarem sobre determinados temas, mas não em condições
de igualdade (modelo vertical, em que há certa hierarquização).
c)) União → estabelece normas gerais, o que não exclui a competência suplementar dos Estados.
d) Estados-membros → Os estados e DF suplementam essa legislação (de acordo com as diretrizes
exaradas nas normas gerais da União), editando normas específicas para atender às suas
peculiaridades, desde que não contrariem a legislação federal. Enquanto não houver normas gerais,
a competência dos estados-membros é plena.
e) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena,
para atender a suas peculiaridades. Entretanto, a superveniência de lei federal sobre normas
gerais suspende a eficácia da lei estadual (e não revoga), no que lhe for contrário. Assim, se a União
resolver revogar a sua lei federal de normas gerais, a lei estadual, até então com a eficácia suspensa,
volta automaticamente a produzir efeitos. Isso prova não haver hierarquia formal entre norma federal e
norma estadual. Se a norma da União fosse superior hierarquicamente, simplesmente revogaria a norma
estadual.
b) privativa;
Incorreta, pois na competência privativa a União não se limita a editar normas gerais, mas pode delegar
aos Estados e ao DF, mediante lei complementar, competência para que legislem sobre questões
específicas, conforme art. 22 e seu parágrafo único:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das
matérias relacionadas neste artigo.
376
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c) exclusiva;
A competência exclusiva é material ou administrativa, e é indelegável pela União (art. 21, CF).
d) livre;
Competência legislativa constitucional inexistente.
e) partilhada.
Competência legislativa constitucional inexistente.
Em obediência à Constituição Federal de 1988, para que o estado possa editar a referida lei, é
imprescindível que a Constituição estadual discipline o mesmo tema.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
Consoante a Constituição Federal, artigo 24, XII, compete concorrentemente aos entes federativos
legislar sobre Previdência Social.
CF, Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
A disposição constitucional denota o princípio da autonomia dos entes federativos. Desta feita, independe
de previsão na Constituição Estadual, posto que a competência para editar a referida lei advém da CF/88,
sendo indiferente o disposto na CE do Estado.
a) privativa da União.
377
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b) privativa dos Estados.
GABARITO: C
Nos termos da Constituição Federal, proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência,
à tecnologia, à pesquisa e à inovação é competência:
a) privativa da União.
b) privativa dos Estados.
d) concorrente entre a União e os Estados.
e) concorrente entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
378
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Com relação à organização do Estado e às funções essenciais à justiça, julgue o item subsecutivo.
Por ser competência privativa da União legislar sobre telecomunicações, é inconstitucional lei municipal
que discipline o uso e a ocupação do solo urbano para instalação de torres de telefonia celular no
respectivo município.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
Com relação à organização do Estado e às funções essenciais à justiça, julgue o item subsecutivo.
Por ser competência privativa da União legislar sobre telecomunicações, é inconstitucional lei
municipal que discipline o uso e a ocupação do solo urbano para instalação de torres de telefonia
celular no respectivo município.
Incorreta, pois o STF já se pronunciou sobre o tema no julgamento do RE 632.006/2014, assentando ser
o município competente para disciplinar o uso e ocupação do solo, para instalação de torres de telefonia
celular. A primeira parte da assertiva está correta, pois a União detém a competência privativa para
legislar sobre telecomunicações, conforme determinação do art. 22, IV, da CF/1988.
Instalação de torres de telefonia celular. Competência legislativa municipal para disciplinar o uso e a
ocupação do solo urbano. (RE 632.006 AgR, rel. min. Cármen Lúcia, j. 18/11/2014).
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
...
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão.
II. instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e
transportes urbanos.
IV. cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência.
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VI. zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio
público.
a) IV, V e VI.
b) II, IV e V.
c) I, III e V.
d) II, IV e VI.
e) I, II e III.
GABARITO: A
Vamos analisar as afirmativas conforme a Constituição Federal, buscando as que trazem competências
COMUNS da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
II. instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e
transportes urbanos.
ERRADA. Essa é uma competências EXCLUSIVA da União:
380
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XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
IV. cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de
deficiência.
CORRETA.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos
setores desfavorecidos;
VI. zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público.
CORRETA.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio
público;
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e) a produção e o comércio de material bélico.
GABARITO: B
Nos termos da Constituição Federal, compete à União explorar, diretamente ou mediante autorização,
concessão ou permissão,
382
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e) a produção e o comércio de material bélico.
Incorreta, pois nos termos do art. 21, VI essa competência é exclusiva da União.
Art. 21. Compete à União:
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico.
c) combate às causas da pobreza e aos fatores de marginalização, promovendo a integração social dos
setores desfavorecidos.
d) direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
trabalho.
GABARITO: A
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
(...)
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas
gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar
dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena,
para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe
for contrário.
383
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Na letra “B”, competência do município:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos
setores desfavorecidos;
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito
nacional.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
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elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, ou a compensação financeira por
essa exploração
Correta, por força do § 1º do art. 20 da CF/1988, que trata dos royalties e das
participações/compensações por exploração mineral devidos aos municípios e aos estados:
Art. 20. São bens da União:
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a
órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás
natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no
respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação
financeira por essa exploração.
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a
participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de
geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental,
mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019)
a) inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para
atender a suas peculiaridades.
c) no âmbito da legislação concorrente, a competência da União, desde que exercida por meio de lei
complementar, não se limitará a estabelecer normas gerais.
d) a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia de todos os dispositivos da
lei estadual, retroagindo seus efeitos à data da publicação da referida lei estadual.
e) a competência da União para legislar sobre normas gerais limita-se à matéria relacionada com taxas
federais, contribuições em geral e empréstimos compulsórios.
GABARITO: A
A Constituição Federal, no inciso I do caput do seu art. 24, estabelece que Compete à União, aos Estados
e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: (I) direito tributário.... De acordo com o texto
constitucional, no que se refere à competência para legislar sobre direito tributário,
a) inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.
385
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Correto. Direito tributário é matéria de competência legislativa concorrente da União, Estados e DF,
conforme o art. 24, I, da CF e nessa seara, inexistindo lei da União sobre normas gerais, os Estados
poderão legislar plenamente, nos termos dos parágrafos do referido artigo:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas
gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar
dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena,
para atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe
for contrário.
Então, temos:
Vale lembrar que a competência concorrente não inclui os municípios. Entretanto, compete aos
municípios suplementar a legislação federal e a estadual no que couber (CF, art. 30, II).
Art. 30. Compete aos Municípios:
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
Mas cuidado! Por vezes, o CESPE vem dando interpretação extensiva ao art. 24 para incluir nele as
competências "concorrentes" dos municípios. Dê uma olhada nesta questão:
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(CESPE/ ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO/2010) Os municípios não podem legislar sobre normas de
direito financeiro concorrentemente com a União.
Errado. A rigor, o termo legislação "concorrente" foi delegado pela Constituição somente à União,
Estados e Distrito Federal. Aos municípios foi atribuída a competência legislativa suplementar" (CF, art.
30, II). Portanto, a banca considerou que o município pode legislar na matéria com base na sua
competência suplementar, equivalendo os termos. Isso requer sua atenção pois as demais bancas
costumam se valer dos termos literais da Constituição.
Demais alternativas incorretas:
c) no âmbito da legislação concorrente, a competência da União, desde que exercida por meio de
lei complementar, não se limitará a estabelecer normas gerais.
Nessa seara, a competência da União se limitará a estabelecer normas gerais.
e) a competência da União para legislar sobre normas gerais limita-se à matéria relacionada com
taxas federais, contribuições em geral e empréstimos compulsórios.
A competência da União para estabelecer normas gerais não se limita a essas matérias, como bem se
depreende do art. 146, III, da CF:
Art. 146. Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios;
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta
Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
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Sobre as competências em matéria legislativa na Federação brasileira, no que se refere à legislação
concorrente,
a) inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para
atender a suas peculiaridades.
b) compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre jazidas, minas, outros recursos
minerais e metalurgia.
d) a superveniência de lei federal sobre normas gerais revoga a eficácia da lei estadual, no que lhe for
contrário.
e) a competência da União para legislar sobre normas gerais exclui a competência suplementar dos
Estados.
GABARITO: A
É uma questão clássica. Abaixo, vou reproduzir os §§ do art. 24 da CF, que trata da legislação
concorrente:
Nota que à União caberá a edição das normas gerais. O que não impede que Estados possam legislar
para atender a suas peculiaridades.
E, se não houver a lei da União, os Estados legislam plenamente, até o advento da lei da União.
E, gente, cuidado, com a lei da União, não haverá revogação da lei estadual, mas sim a SUSPENSÃO da
eficácia da lei local.
Abaixo, os erros:
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b) compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre jazidas, minas, outros
recursos minerais e metalurgia.
Opa, não se trata de legislação concorrente, mas privativa da União.
d) a superveniência de lei federal sobre normas gerais revoga a eficácia da lei estadual, no que
lhe for contrário.
Como sobredito, não há revogação ou anulação, há suspensão da eficácia.
e) a competência da União para legislar sobre normas gerais exclui a competência suplementar
dos Estados.
Não exclui. Só que os Estados-membros devem observar a moldura estabelecida pela União.
b) constitucionalidade destas, pois a Constituição estadual representa, no plano local, a expressão mais
elevada do exercício concreto do poder de auto-organização.
c) inconstitucionalidade destas, pois são normas que se inserem na competência legislativa privativa da
União.
e) constitucionalidade destas, pois são normas procedimentais em matéria processual, que se inserem
na competência legislativa concorrente.
GABARITO: A
389
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Súmula Vinculante 46
A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e
julgamento são de competência legislativa privativa da União.
a) instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da
obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei.
b) legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição.
c) proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos,
as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos.
e) promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso,
do parcelamento e da ocupação do solo urbano.
GABARITO: C
Nos termos da Constituição Federal, é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios:
390
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a) instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem
prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei.
Competência legislativa concorrente da União, dos Estados e do DF (art. 24, VI, CF):
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição.
A essa competência legislativa concorrente, corresponde uma competência material comum (art. 23,
VII, CF):
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora.
d) organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços
públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.
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Zélia, Deputada Estadual, após constatar que a União e os Estados tinham competência concorrente para
legislar sobre determinada matéria, solicitou que sua assessoria analisasse os limites da atuação da
Assembleia Legislativa nessa temática, sendo-lhe respondido corretamente que:
a) caso a União discipline integralmente a matéria, será vedado que o Estado nela incursione;
b) o Estado pode legislar livremente sobre a matéria e, no caso de divergência da lei local com a da
União, aquela prevalece;
c) o Estado terá competência plena caso a União não tenha editado lei veiculando normas gerais sobre
a matéria;
d) o Estado somente poderá suplementar a lei federal caso esta o autorize expressamente;
e) o Estado pode editar normas gerais sobre a matéria, mas deve observar os pontos específicos
disciplinados pela União.
GABARITO: C
Zélia, Deputada Estadual, após constatar que a União e os Estados tinham competência concorrente para
legislar sobre determinada matéria, solicitou que sua assessoria analisasse os limites da atuação da
Assembleia Legislativa nessa temática, sendo-lhe respondido corretamente que:
c) o Estado terá competência plena caso a União não tenha editado lei veiculando normas gerais
sobre a matéria;
b) Competência para União, estados e DF legislarem sobre determinados temas, mas não em condições
de igualdade (modelo vertical, em que há certa hierarquização).
392
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c) União → estabelece normas gerais, o que não exclui a competência suplementar dos Estados.
e) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena,
para atender a suas peculiaridades. Entretanto, a superveniência de lei federal sobre normas
gerais suspende a eficácia da lei estadual (e não revoga), no que lhe for contrário. Assim, se a União
resolver revogar a sua lei federal de normas gerais, a lei estadual, até então com a eficácia suspensa,
volta automaticamente a produzir efeitos. Isso prova não haver hierarquia formal entre norma federal e
norma estadual. Se a norma da União fosse superior hierarquicamente, simplesmente revogaria a norma
estadual.
a) caso a União discipline integralmente a matéria, será vedado que o Estado nela incursione;
Errado, visto que o Estado poderá legislar de forma suplementar, e poderá legislar sobre questões
específicas de seu interesse. O campo de ação da União é apenas com relação às normas gerais.
b) o Estado pode legislar livremente sobre a matéria e, no caso de divergência da lei local com a
da União, aquela prevalece;
O Estado pode legislar livremente sobre a matéria, se não houver lei da União dispondo sobre normas
gerais. Sobrevindo a lei federal, esta prevalece.
d) o Estado somente poderá suplementar a lei federal caso esta o autorize expressamente;
Não há necessidade de autorização da lei federal para que o Estado legisle sobre questões específicas.
e) o Estado pode editar normas gerais sobre a matéria, mas deve observar os pontos específicos
disciplinados pela União.
É justamente o contrário. O Estado pode editar normas específicas sobre a matéria, mas deve observar
os pontos gerais editados pela União.
a) trânsito e transporte.
393
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b) política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores.
c) responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico.
GABARITO: C
a) trânsito e transporte.
ERRADA. Trata-se de competência PRIVATIVA da União:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico;
394
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Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
De acordo com a Constituição Federal de 1988, a pretensão de Roberto é juridicamente inviável, porque
essas cavidades são bens de titularidade
c) da União.
GABARITO: C
Vejamos.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, a pretensão de Roberto é juridicamente inviável, porque
essas cavidades são bens de titularidade
395
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ERRADA - Cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos são bens da União:
Constituição Federal
Art. 20. São bens da União:
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
b) do município de localização da propriedade.
ERRADA - Cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos são bens da União:
Constituição Federal
Art. 20. São bens da União:
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
c) da União.
CORRETA - A Constituição da República de 1988 é expressa:
Constituição Federal
Art. 20. São bens da União:
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
ERRADA - Cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos são bens da União:
Constituição Federal
Art. 20. São bens da União:
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
ERRADA - Cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos são bens da União:
Constituição Federal
Art. 20. São bens da União:
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
396
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Questão 55: FCC - TGP (SPPREV)/SPPREV/2019
Com base no que dispõe a Constituição Federal, é competência privativa da União legislar sobre:
I. normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das
polícias militares e corpos de bombeiros militares.
a) I, II e III.
b) I, III e V.
c) I, II e IV.
d) III, IV e V.
e) II, IV e V.
GABARITO: C
Com base no que dispõe a Constituição Federal, é competência privativa da União legislar sobre:
397
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Incorreta, pois essa competência legislativa é concorrente entre a União, Estados e DF, de acordo com o
art. 24, XI da CF/1988:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
...
XI - procedimentos em matéria processual.
IV. sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular.
Incorreta, pois essa competência legislativa é concorrente entre União, Estados e DF, de acordo com o
art. 24, XIII, da CF/1988:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
...
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública.
a) desapropriação.
b) trânsito e transporte.
c) comércio interestadual.
d) previdência social.
e) seguridade social.
GABARITO: D
Há algumas dicas de provas, enfim, competências listadas como privativas e parecidas com as
concorrentes. Por exemplo, Direito Comercial e Juntas Comerciais, a Direito Processual e
procedimentos em matéria processual e Seguridade Social e Previdência Social. Direito Agrário e
Urbanístico. De um lado a competência privativa, do outro a concorrente.
398
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Logo, previdência é competência concorrente. Fica só o recado de que, nessa matéria, é da União a
competência para expedir as normas gerais. E na falta delas? Ai os Estados vão legislar de forma plena.
E na superveniência da federal? Então, as normas ficam em harmonia, mas se a lei estadual for contrária,
prevalece a federal, que lhe suspenderá a eficácia.
Ato contínuo, solicitou que sua assessoria jurídica se manifestasse sobre o ente federado competente
para legislar sobre a matéria, tendo sido respondido corretamente que:
a) a União tem competência legislativa privativa, pois a temática versa sobre direito civil;
b) o Estado tem competência legislativa privativa, pois a temática versa sobre direito comercial;
c) a União tem competência legislativa privativa, pois a temática versa sobre direito comercial;
d) o Estado tem competência legislativa privativa, pois a temática versa sobre direito civil;
e) a União e o Estado têm competência concorrente para legislar sobre a temática, pois versa sobre
direito comercial.
GABARITO: A
Determinada associação elaborou alentado anteprojeto de lei contendo a disciplina dos contratos de
compra e venda de imóveis, o qual se mostrava plenamente adaptado às peculiaridades do respectivo
Estado. Ato contínuo, solicitou que sua assessoria jurídica se manifestasse sobre o ente federado
competente para legislar sobre a matéria, tendo sido respondido corretamente que:
a) a União tem competência legislativa privativa, pois a temática versa sobre direito civil;
399
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COMPETÊNCIA CONCORRENTE. UNIÃO, ESTADOS E DISTRITO FEDERAL. Compete à União, aos
Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direitos do consumidor. Agravo regimental
a que se nega provimento.”. (RE-AgR 590.015, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 29.5.2009)
(Ag-RE 883.165, rel. min. Gilmar Mendes, julg. 14/3/2016)
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: (...) VIII -
responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico;
Demais alternativas incorretas:
b) o Estado tem competência legislativa privativa, pois a temática versa sobre direito comercial;
Incorreta, pois mesmo que se tratasse de direito comercial, a competência é legislativa privativa da União:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
trabalho;
c) a União tem competência legislativa privativa, pois a temática versa sobre direito comercial;
d) o Estado tem competência legislativa privativa, pois a temática versa sobre direito civil;
e) a União e o Estado têm competência concorrente para legislar sobre a temática, pois versa
sobre direito comercial.
b) Aos Estados compete a instituição de diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação,
saneamento básico e transportes urbanos.
400
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d) Somente os Estados podem legislar sobre juntas comerciais.
GABARITO: A
De acordo com a Constituição Federal, assinale a alternativa correta a respeito das competências
administrativas e legislativas da União e dos Estados.
Trata-se de competência legislativa concorrente dos três entes Federados, cada um na sua esfera de
atuação, na esfera da Administração Pública, a partir do art. 37 da Constituição, que se aplica às três
esferas de Governo, dentro de sua tríplice capacidade (auto-organização, autogoverno e
autoadministração):
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Auto-organização: também chamada de auto-legislação ou auto-normatização, é a competência da
União, dos Estados, DF e dos municípios para elaborarem suas constituições (União, estados) e leis
orgânicas (municípios e DF), bem como pela própria legislação e normatização, nos limites de sua
competência.
401
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Autogoverno: é a competência dos entes federados para organizarem seus Poderes, sem interferência
dos demais entes, inclusive por meio de eleições diretas. Lembre-se de que o município não possui Poder
Judiciário. Já a União, os Estados e o DF possuem os três poderes. O Poder Judiciário do Distrito Federal,
embora organizado e mantido pela União, integra a estrutura político-administrativa do DF.
a) integralmente constitucional, pois o Estado Alfa possui competência concorrente com a União para
legislar sobre as referidas matérias;
c) integralmente inconstitucional, pois o Estado Alfa legislou sobre matérias de competência legislativa
da União e dos Municípios;
402
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e) integralmente inconstitucional, pois o Estado Alfa legislou sobre matérias de competência da União,
ressalvada a anterior edição de lei complementar autorizativa.
GABARITO: E
O Estado Alfa, com o objetivo de desburocratizar a atuação dos órgãos estaduais e fomentar a atividade
econômica, editou a Lei nº XX/2019, que simplificou, em seu art. 1º, os requisitos a serem cumpridos, na
confecção do respectivo contrato social, pelas sociedades empresárias com sede no Estado. Em seu art.
2º, dispensou-as, inclusive, do registro, caso a sua estrutura fosse unifamiliar e o seu funcionamento
ocorresse no domicílio da família.
Correto, conforme o que disciplina o art. 22, I, da Constituição que determina se de competência privativa
da União legislar sobre direito comercial, ressalvada a delegação por meio de lei complementar federal,
para que o Estado possa legislar sobre questões específicas (art. 22, parágrafo único, CF):
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
trabalho;
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das
matérias relacionadas neste artigo.
Demais incorretas:
a) integralmente constitucional, pois o Estado Alfa possui competência concorrente com a União
para legislar sobre as referidas matérias;
Competência legislativa privativa da União.
403
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d) parcialmente constitucional, pois o art. 1º incursiona em matéria de competência privativa do
Município, o que afronta a sua autonomia;
Competência legislativa privativa da União.
a) aos municípios planejar e promover a defesa permanente contra calamidades públicas, especialmente
as secas e as inundações.
b) aos estados legislar, de forma concorrente, sobre as normas de processo e julgamento dos crimes de
responsabilidade praticados por governadores.
c) aos municípios explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado,
vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
d) aos estados legislar, de forma concorrente, sobre direito econômico, urbanístico e financeiro e sobre
orçamento.
GABARITO: D
d) aos estados legislar, de forma concorrente, sobre direito econômico, urbanístico e financeiro e
sobre orçamento.
Correta, trata-se de competência legislativa concorrente entre União, Estados e DF legislar sobre esses
temas, conforme previsão do art. 24, I e II da CF.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (TUPEF)
II - orçamento.
Demais alternativas incorretas:
404
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Incorreta, pois essa é uma competência exclusiva da União, de acordo com o art. 21, XVIII da CF.
Art. 21. Compete à União:
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas
e as inundações.
b) aos estados legislar, de forma concorrente, sobre as normas de processo e julgamento dos
crimes de responsabilidade praticados por governadores.
Incorreta, pois consoante o art. 85, parágrafo único, da Constituição Federal e a Súmula 722 do STF essa
competência é exclusiva da União, em relação a crimes de responsabilidade cometidos por quaisquer
autoridades federais, estaduais ou municipais:
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo
e julgamento.
Súmula 722. São da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o
estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento.
A norma que regula o assunto é a Lei 1.079/1950, que dispõe sobre os crimes de responsabilidade do
Presidente da República e outras autoridades.
405
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Questão 61: FCC
Em conformidade com a Constituição Federal de 1988, NÃO é competência privativa da União legislar
sobre
c) sistema cartográfico.
d) propaganda comercial.
e) trânsito e transporte.
GABARITO: B
A assertiva está correta porque, conforme o art. 24, VI, da CF/88, compete à União, aos Estados e ao
Distrito Federal legislar concorrentemente sobre florestas, caça, pesca e fauna, e assim sendo,
atende ao que foi pedido no enunciado, pois traz uma competência legislativa não privativa da União.
As demais assertivas estão erradas porque trazem competências legislativas privativas da União.
Vejamos:
CF/88
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
406
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X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
CF/88
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
CF/88
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXIX - propaganda comercial.
e) trânsito e transporte. (ERRADO)
CF/88
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XI - trânsito e transporte;
d) a responsabilidade por dano ao meio ambiente, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico.
GABARITO: E
Constitui(em) competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
407
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e) proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à
inovação.
Correta, de acordo com o art. 23, V, da CF que enumera as competências materiais comuns da União,
Estados, DF e Municípios, inciso modificado pela Emenda Constitucional 85/2015, que introduziu
a tecnologia, pesquisa e a inovação:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à
inovação;
Demais alternativas incorretas:
d) a responsabilidade por dano ao meio ambiente, a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico.
Competência legislativa concorrente da União, DF e Estados, conforme o art. 24, VIII, da CF:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:...
408
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VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico.
Considerando as disposições da Constituição Federal de 1988 (CF), assinale a opção correta acerca da
competência para legislar sobre orçamento e finanças públicas.
c) Havendo conflito entre normas orçamentárias editadas pela União e normas orçamentárias editadas
pelos estados-membros, deverão prevalecer aquelas, porque as normas federais são hierarquicamente
superiores às normas estaduais.
e) Trata-se de competência advinda de rol exemplificativo, havendo possibilidade de delegação por parte
da União, aos estados-membros, aos municípios e ao Distrito Federal, das matérias elencadas no art. 24
da CF.
GABARITO: D
Considerando as disposições da Constituição Federal de 1988 (CF), assinale a opção correta acerca da
competência para legislar sobre orçamento e finanças públicas:
409
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b) Competência para União, estados e DF legislarem sobre determinados temas, mas não em condições
de igualdade (modelo vertical de distribuição de competências).
c)) União → estabelece normas gerais, o que não exclui a competência suplementar dos Estados.
e) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para
atender a suas peculiaridades. Entretanto, a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende
a eficácia da lei estadual (e não revoga), no que lhe for contrário. Assim, se a União resolver revogar a
sua lei federal de normas gerais, a lei estadual, até então com a eficácia suspensa, volta automaticamente
a produzir efeitos. Isso prova não haver hierarquia formal entre norma federal e norma estadual. Se a
norma da União fosse superior hierarquicamente, simplesmente revogaria a norma estadual.
Incorreta, pois compete aos municípios suplementar a legislação federal e a estadual no que couber (CF,
art. 30, II).
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
Mas cuidado! Por vezes, o mesmo Cespe/Cebraspe vem dando interpretação extensiva ao art. 24 para
incluir nele as competências "concorrentes" dos municípios. Dê uma olhada nesta questão:
Quem detém a chamada competência residual são os Estados. Ou seja, cabe aos Estados realizar tudo
o que não lhes é vedado pelo texto constitucional. É o que o constituinte deixou assente no § 1º do art.
25:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os
princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
Mas para Direito Financeiro e Orçamento, o art. 24, I e II, já deixou assente que a competência dos
Estados e do DF é concorrente.
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Os estados detém competência legislativa concorrente nessas matérias.
c) Havendo conflito entre normas orçamentárias editadas pela União e normas orçamentárias
editadas pelos estados-membros, deverão prevalecer aquelas, porque as normas federais são
hierarquicamente superiores às normas estaduais.
Incorreta, nos termos do § 4º do art. 24 da CF/1988. Como expliquei, não há hierarquia das normas da
União em relação às normas estaduais,
O próprio artigo 24 e seus parágrafos já deixou autorizado que Estados e DF legislem sobre questões
específicas das matérias ou plenamente, se não houver norma da União.
Administração Pública
Questão 1: CEBRASPE (CESPE)
O artigo 37 da Constituição Federal de 1988 prevê que a publicidade de atos, programas, obras, serviços
e campanhas dos órgãos públicos
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d) adote padrões de identidade visual estabelecidas pelo governo federal.
GABARITO: E
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
É vedada a promoção pessoal, gerando-se inclusive responsabilidade funcional por tais atos.
Não há esta previsão. Inclusive, nos dias atuais, cresce a divulgação por internet. Há medida provisória
que determina, inclusive, a não publicação em jornais de grande circulação, acarretando economia de
recursos.
Sem previsão constitucional. Mas é interessante que a publicidade seja a mais ampla possível sim.
Não há esta previsão. E cada esfera tem autonomia para definir seus padrões visuais.
Questão 2: VUNESP
A C.F. estabelece teto (limite) para a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Para o Município, o teto é o subsídio
a) do Prefeito.
b) dos Vereadores.
c) do Governador.
412
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e) dos Desembargadores do Tribunal de Justiça.
GABARITO: A
a) do Prefeito.
CORRETA. Segundo o artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal de 1988, no âmbito municipal, o teto
remuneratório corresponde ao subsídio do Prefeito.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente
ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos
Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do
Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do
Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros
e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos
Procuradores e aos Defensores Públicos;
c) do Governador. ERRADA.
Referência bibliográfica:
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília – DF: Senado Federal,
1988.
Questão 3: CONSULPLAN
Estabelece a Constituição da República Federativa do Brasil que a administração pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte, EXCETO:
a) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia, a empresa pública, a sociedade de economia
mista e a fundação.
b) É vedada a vinculação os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público.
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c) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os
cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
GABARITO: A
Estabelece a Constituição da República Federativa do Brasil que a administração pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte, EXCETO:
a) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia, a empresa pública, a sociedade de
economia mista e a fundação.
Incorreta, nos termos do art. 37, XIX da CF/1988, que determina lei específica para criação de autarquia
(ou fundação autárquica) e autorização em lei para criação (por outra norma) de empresa pública,
sociedade de economia mista e fundação (de direito privado):
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública,
de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir
as áreas de sua atuação;
É dizer: para criação de autarquia ou fundação autárquica (por exemplo, Fundação Universidade de
Brasília), é a própria lei que irá criar a entidade da Administração Indireta. Nos demais casos, a
lei autorizará a criação, que poderá se dar, por exemplo, por decreto ou no registro civil. No caso da
fundação pública de direito privado, a personalidade é adquirida com a inscrição da escritura pública de
sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Exemplo de fundação pública de direito privado?
A Fundação Roquette Pinto, que foi qualificada como organização social pela Lei 9.637/1998.
Item ininteligível. Os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária
de excepcional interesse público estão previstos no art. 37, IX, da Constituição:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público; (Vide Emenda constitucional nº 106, de 2020)
c) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo,
e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições
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e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.
Questão 4: VUNESP
O regime jurídico a que se submetem as empresas públicas e sociedades de economia mista, de acordo
com a Constituição Federal, é
b) de direito público, estando dispensadas do dever de licitar e de contratar mediante concurso público.
c) híbrido, sujeitando-se ao dever de licitar, mas dispensadas do dever de selecionar servidores mediante
concurso público.
GABARITO: E
O regime jurídico a que se submetem as empresas públicas e sociedades de economia mista, de acordo
com a Constituição Federal, é
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As empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista) são pessoas jurídicas de
direito privado, e seguem regras próprias de licitação contidas na legislação de regência. Conforme a
Constituição Federal,
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública,
de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir
as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica
pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo, conforme definidos em lei.
....
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação
de serviços, dispondo sobre:
.....
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da
administração pública;
De fato a Lei 13.303/2016 estabelece o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia
mista e de suas subsidiárias, dispondo sobre normas próprias de licitação em seus artigos 28 e seguintes.
São pessoas jurídicas de direito privado e estão submetidas ao dever de licitar e realizar concurso público
para contratação de seus empregados públicos, conforme as regras trabalhistas da CLT.
São pessoas jurídicas de direito privado e estão submetidas ao dever de licitar e realizar concurso
público.
São pessoas jurídicas de direito privado e estão submetidas ao dever de licitar e realizar concurso público
para contratação de seus empregados públicos.
São pessoas jurídicas de direito privado, em qualquer caso, sendo ou não exploradoras de atividade
econômica.
Questão 5: IDECAN
Sobre a Administração Pública, analise as afirmativas a seguir:
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I. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
II. A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não,
que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
III. Serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios dos ocupantes de cargos, funções e
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional ou dos membros de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, as parcelas de caráter indenizatório
previstas em lei.
Assinale
GABARITO: E
O item está em harmonia com a norma inscrita no art.37, §6º, da Constituição Federal:
''Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente,
servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento''.
III. Serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios dos ocupantes de cargos, funções e
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional ou dos membros de qualquer dos
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Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, as parcelas de caráter indenizatório
previstas em lei. INCORRETA.
Nos termos do art.37, §11, da Constituição Federal, as parcelas de caráter indenizatório não serão
computadas para efeito de limite remuneratório de que trata o art.37, XI, da Constituição Federal:
''Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do
caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei''.
''Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Questão 6: VUNESP
A Constituição Federal determina que os padrões de vencimentos e demais componentes do sistema
remuneratório dos servidores públicos devem observar, entre outros parâmetros,
b) a complexidade dos cargos e empregos componentes de cada carreira, a jornada de trabalho e o grau
de responsabilidade da função.
c) a isonomia com as carreiras semelhantes nos demais poderes, os requisitos para investidura e a
exclusividade da jornada de trabalho.
GABARITO: D
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d) a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada
carreira.
Correto, conforme as regras definidas pela Constituição da República para os padrões de vencimentos
do serviço público dos três entes da Federação (art. 37, §1º, CF):
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório
observará:
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;
II - os requisitos para a investidura;
III - as peculiaridades dos cargos.
Demais incorretas:
c) a isonomia com as carreiras semelhantes nos demais poderes, os requisitos para investidura
e a exclusividade da jornada de trabalho.
b) correta, pois a técnica de remissão adotada pela lei é um modo de preservar a igualdade;
d) correta, desde que os cargos A e B estejam inseridos na estrutura do mesmo Estado da Federação;
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e) incorreta, pois o reajuste da remuneração dos cargos A e B deveria ocorrer de modo simultâneo, não
sequencial.
GABARITO: A
Em determinado Estado da Federação, foi promulgada a Lei nº XX/2017, dispondo que a remuneração
devida aos ocupantes do cargo de provimento efetivo A, vinculado ao Poder Executivo, seria reajustada
pelo mesmo índice aplicado no reajuste da remuneração dos ocupantes do cargo B, vinculado ao Poder
Judiciário. A técnica de reajuste adotada na referida Lei é:
Certa a assertiva, em razão do que dispõe o inciso XIII do art. 37, da Constituição Federal:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
....
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público;
É dizer, não pode ser pleiteado que a remuneração de um auditor do INSS, por exemplo, seja equiparado
à remuneração de um auditor da Receita Federal ou analista de finanças e controle da CGU. A
Constituição Federal estabelece hipóteses taxativas de limites e parâmetros para determinadas
categorias de vencimentos, como nos dispositivos abaixo:
Art. 29, VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada
legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios
estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: (...)
Art. 39, § 5º: Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação
entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos;
Demais alternativas incorretas:
b) correta, pois a técnica de remissão adotada pela lei é um modo de preservar a igualdade;
e) incorreta, pois o reajuste da remuneração dos cargos A e B deveria ocorrer de modo simultâneo,
não sequencial.
Questão 8: VUNESP
Considerando o disposto na Constituição Federal a respeito da Administração Pública, assinale a
alternativa correta.
a) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública,
de sociedade de economia mista e de fundação, que poderão criar subsidiárias, independentemente de
autorização legislativa.
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b) A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração
direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.
d) A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou
não, que causem prejuízos ao erário, incluídas as respectivas ações de ressarcimento.
GABARITO: B
a) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, que poderão criar
subsidiárias, independentemente de autorização legislativa.
Incorreta, em face do inciso XX do art. 37 da CF/1988, que exige autorização legislativa para criação de
subsidiárias de empresas estatais
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública,
de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir
as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;
A esse respeito, o Supremo já havia afirmado ser compatível com a Constituição Federal a criação de
subsidiárias quando houver autorização geral na lei que cria a respectiva estatal, nos autos da na ADI
nº 1649, de relatoria do Ministro Maurício Corrêa. No julgamento da ADI o STF decidiu que é possível a
alienação de ações de empresa subsidiárias sem necessidade de lei específica, ainda que tal medida
envolva a perda do controle acionário do Estado:
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"A alienação do controle acionário de empresas públicas e sociedades de economia mista exige
autorização legislativa e licitação pública. A transferência do controle de subsidiárias e controladas não
exige a anuência do Poder Legislativo e poderá ser operacionalizada sem processo de licitação pública,
desde que garantida a competitividade entre os potenciais interessados e observados os princípios da
administração pública constantes do art. 37 da Constituição da República". (ADI 5.624 MC REF, rel. min.
Ricardo Lewandowski, julg. 6/6/2019)
c) Os atos de improbidade administrativa importarão a cassação dos direitos políticos,
a suspensão da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma
e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Incorreta, nos termos do §4º do art. 37 da CF/1988. Cabe lembrar que a CF/1988 em seu art. 15 veda a
cassação de direitos políticos:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da
função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
...
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
d) A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor
ou não, que causem prejuízos ao erário, incluídas as respectivas ações de ressarcimento.
Incorreta, em face do §5º do art. 37 da CF/1988, que assegura a imprescritibilidade das ações de
ressarcimento relativas a atos ilícitos praticados por agente público, que causem danos ao erário:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou
não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
A esse respeito, guarde que o Supremo reconheceu a imprescritibilidade de ações de ressarcimento de
danos ao erário decorrentes de ato doloso de improbidade administrativa:
"1. A prescrição é instituto que milita em favor da estabilização das relações sociais. 2. Há, no entanto,
uma série de exceções explícitas no texto constitucional, como a prática dos crimes de racismo (art. 5º,
XLII, CRFB) e da ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
Democrático (art. 5º, XLIV, CRFB). 3. O texto constitucional é expresso (art. 37, § 5º, CRFB) ao prever
que a lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos na esfera cível ou penal, aqui entendidas em
sentido amplo, que gerem prejuízo ao erário e sejam praticados por qualquer agente. 4. A Constituição,
no mesmo dispositivo (art. 37, § 5º, CRFB) decota de tal comando para o Legislador as ações cíveis de
ressarcimento ao erário, tornando-as, assim, imprescritíveis. 5. São, portanto, imprescritíveis as ações de
ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade
Administrativa." (RE 852.475, rel. Min. Alexandre de Moraes, julg. em 8/8/2018)
e) É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria com a remuneração de cargo,
emprego ou função pública, incluídos os cargos acumuláveis na forma da Constituição e os
cargos em comissão.
Incorreta, nos termos do §10 do art. 37 da CF/1988, que excepciona os cargos acumuláveis na forma
prevista na CF e os cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração:
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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos
arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos
acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei
de livre nomeação e exoneração.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
Incorreta, pois de acordo com o inciso I do art. 37 os estrangeiros poderão ter acesso aos cargos públicos,
desde que na forma prevista em lei. Além disso, o art. 12, § 3º traz diferenciações entre brasileiros natos
e brasileiros naturalizados/estrangeiros para acesso a determinadas funções públicas. Lembre-se de que
o português com igualdade de direitos (art. 12, § 1º), por exemplo, pode exercer cargos parlamentares
ou fazer concurso público, mas não pode assumir a Presidência das Casas Legislativas federais. Por fim,
o art. 207, § 1º, da CF, autoriza universidades a admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros,
também na forma da lei:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
Art. 12. São brasileiros:
......
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de
brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.
......
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
423
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V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira
e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei.
a) Os cargos, empregos ou funções públicas são acessíveis apenas aos brasileiros natos, maiores de 21
(vinte e um) anos de idade e que preencham os requisitos exigidos em lei.
b) A remuneração dos servidores públicos e o subsídio somente poderão ser alterados por decreto da
autoridade competente.
c) Os vencimentos dos cargos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário são iguais para todos os
fins de direitos.
d) A vinculação ou equiparação salarial de qualquer espécie poderá servir de base para a fixação
remuneratória de pessoal ou servidor público.
e) É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, assim como o direito de greve,
que será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.
GABARITO: E
e) É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, assim como o direito
de greve, que será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.
a) Os cargos, empregos ou funções públicas são acessíveis apenas aos brasileiros natos, maiores
de 21 (vinte e um) anos de idade e que preencham os requisitos exigidos em lei.
Incorreta, por força do art 37, I da CF/88, que estende os cargos público para serem exercidos também
por estrangeiros, e por brasileiros maiores de 18 anos, isto é, que alcançaram a maioridade:
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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
b) A remuneração dos servidores públicos e o subsídio somente poderão ser alterados
por decreto da autoridade competente.
Incorreta, pois remuneração só pode ser fixada ou alterada por lei, segundo previsão do art. 37, X da
CF/88.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão
ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada
revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.
c) Os vencimentos dos cargos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário são iguais para
todos os fins de direitos.
d) A vinculação ou equiparação salarial de qualquer espécie poderá servir de base para a fixação
remuneratória de pessoal ou servidor público.
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As disposições constitucionais acerca da remuneração dos servidores públicos já mereceram, várias
vezes, interpretação por parte do Supremo Tribunal Federal. A esse respeito, de acordo com a
jurisprudência, assinale a alternativa correta.
a) Ao servidor que trabalha em regime de jornada reduzida não se aplica a vedação de remuneração
inferior a um salário mínimo.
c) Desde que os provimentos nos cargos públicos tenham ocorrido antes da vigência da Emenda
Constitucional no 20/1998, admite-se a acumulação tríplice de cargos e remunerações públicos.
GABARITO: E
Nos termos do RE 612.975/MT (Rel. Min. Marco Aurélio), nas situações jurídicas em que a Constituição
Federal autoriza a acumulação de cargos, o teto remuneratório é considerado em relação à remuneração
de cada um deles, e não ao somatório do que recebido:
''TETO CONSTITUCIONAL – ACUMULAÇÃO DE CARGOS – ALCANCE. Nas situações jurídicas em
que a Constituição Federal autoriza a acumulação de cargos, o teto remuneratório é considerado
em relação à remuneração de cada um deles, e não ao somatório do que recebido''.
As demais alternativas estão incorretas:
Letra A: o servidor que trabalha em regime de jornada reduzida não poderá ter remuneração inferior a
um salário mínimo, pois de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, a este servidor, se
aplica a vedação de remuneração inferior a um salário mínimo:
''1. A Suprema Corte vem se pronunciando no sentido de que a remuneração do servidor público não
pode ser inferior a um salário-mínimo. Esse entendimento se aplica ao servidor que trabalha em regime
de jornada reduzida. 2. Agravo regimental não provido''. (AI 815.869/PR. Rel. Min. Dias Toffoli).
Letra B: nos termos do enunciado da súmula vinculante nº 55, o direito ao auxílio-alimentação não se
estende aos servidores inativos, pois segundo a Suprema Corte, trata-se de verba indenizatória destinada
a cobrir os custos de refeição devida exclusivamente ao servidor que se encontrar no exercício de seu
cargo.
Letra C: o Supremo Tribunal Federal vem se posicionando no sentido de proibir, ainda que antes do
advento da Emenda Constitucional 20/98, a possibilidade de de se acumular dois proventos de
aposentadorias com vencimentos de um novo cargo público.
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Letra D: considerando a norma constitucional inscrita no art.37, XIII que veda qualquer forma de
vinculação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço
público, o Supremo Tribunal Federal tem jurisprudência no sentido de não admitir qualquer espécie de
vinculação da remuneração de servidores públicos.
Neste sentido, trecho da ementa da ADI 290/SC (Rel. Min. Dias Toffoli):
''2. Enquanto a Lei Maior, no inciso XIII do art. 37, veda a vinculação de “quaisquer espécies
remuneratórias para efeitos de remuneração de pessoal do serviço público”, a Constituição estadual,
diversamente, assegura aos servidores públicos estaduais ocupantes de cargos ou empregos de nível
médio e superior “piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho (...) não inferior ao
salário mínimo profissional estabelecido em lei”, o que resulta em vinculação dos vencimentos de
determinadas categorias de servidores públicos às variações do piso salarial profissional, importando em
sistemática de aumento automático daqueles vencimentos, sem interferência do chefe do Poder
Executivo do Estado, ferindo-se, ainda, o próprio princípio federativo e a autonomia dos estados para fixar
os vencimentos de seus servidores''.
''Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
a) princípio da legalidade
b) princípio da impessoalidade
c) princípio da eficiência
e) princípio da publicidade
GABARITO: D
Assinale a alternativa que contenha um princípio da Administração Pública que não se encontre
formalmente expresso na Constituição Federal de 1988.
Incorreta, visto que esse princípio não está expresso no caput do art. 37 da CF/1988, e se trata de um
princípio implícito no ordenamento constitucional e legal brasileiro:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
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O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado e está fundado na tese de que
os interesses públicos têm supremacia sobre os individuais. Fundamenta o poder de polícia do
Estado, que deixou de impor apenas obrigações negativas (de não fazer) para impor obrigações positivas,
por razões de ordem pública, permite a intervenção do Estado no domínio privado, em situações
excepcionais previstas na Constituição e nas leis, bem como condicionam o próprio direito de propriedade,
e outros interesses público que cumpre ao Poder Público tutelar.
a) princípio da legalidade.
b) princípio da impessoalidade.
c) princípio da eficiência.
e) princípio da publicidade.
b) Eficiência, pois espera-se que a gestão pública seja simples, que preste seus serviços com excelência
e pautada pelo custo-benefício.
c) Moralidade, por entender que o município tem outras demandas mais urgentes na saúde, na educação
e mesmo na assistência social.
d) Legalidade, pois o prefeito levou em consideração as Leis vigentes no município, ou seja, a proposta
apresenta respaldo legal para existir.
e) Impessoalidade, pois os cidadãos devem ser tratados de forma discriminatória, e o horário noturno,
ou a madrugada, não estaria acessível à maioria dos moradores.
GABARITO: B
O princípio da eficiência foi introduzido ao art.37, caput,da Constituição Federal pela Emenda
Constitucional 19/98, e tem por objetivo maior incutir valores relacionados à economicidade, redução
de desperdícios, qualidade, rapidez e produtividade. (neste sentido, Alexandre Mazza. Manual de
Direito Administrativo.2015. p.121):
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''Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte''.
Portanto, muito embora a ideia do hipotético Prefeito seja nobre, a criação de um serviço de atendimento
ao cidadão, bairro a bairro, 24 horas por dia violaria, em tese, este postulado, pois esta medida importaria
em um aumento de custo desproporcional, tendo em vista a baixa demanda da população durante a
madrugada.
Agente público pode ser responsabilizado pelo dano que causar a terceiro na prestação de serviço
público, após ação de regresso ajuizada pela respectiva pessoa jurídica de direito público.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
Agente público pode ser responsabilizado pelo dano que causar a terceiro na prestação de serviço
público, após ação de regresso ajuizada pela respectiva pessoa jurídica de direito público.
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Admite-se o abrandamento ou mesmo a exclusão da responsabilidade objetiva do Estado, se
coexistirem atenuantes ou excludentes que atuem sobre o nexo de causalidade, como a
culpa concorrente ou exclusiva da vítima, respectivamente. A conduta administrativa diz respeito à
função pública exercida pelo agente, seja de um órgão, de uma entidade da administração ou mesmo de
uma concessionária de serviço público.
b) publicidade.
c) eficiência.
d) impessoalidade.
e) presunção de legitimidade.
GABARITO: D
A Constituição Federal, ao tratar “Da Administração Pública”, estabelece no § 1º do art. 37, a proibição
de promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos por meio de símbolos ou imagens na
publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgãos públicos. Nos termos da
doutrina majoritária, essa é uma consequência direta do princípio constitucional da:
d) impessoalidade.
Correto. A regra insculpida no art. 37, § 1º, da Constituição Federal informa o princípio da impessoalidade,
que atua como determinante da finalidade de toda a atuação administrativa (também chamado princípio
da finalidade, considerado um princípio implícito, inserido no princípio expresso da impessoalidade). Essa
é a acepção mais conhecida do princípio da impessoalidade, e traduz a ideia de que toda atuação da
Administração deve visar ao interesse público, e deve ter como finalidade a sua satisfação.
Dessa forma, ele impede perseguições ou favorecimentos, discriminações benéficas ou prejudiciais aos
administrados. Qualquer ato praticado com objetivo diverso da satisfação do interesse público será
inválido por desvio de finalidade.
A segunda acepção do princípio da impessoalidade está ligada à ideia de vedação à pessoalização das
realizações da Administração, à promoção pessoal do agente público. Essa acepção é a que está
consagrada no § 1º do art. 37 da Constituição
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
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§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Demais alternativas incorretas:
b) publicidade.
Uma boa definição para o princípio da publicidade vem de José Afonso da Silva, para quem “a publicidade
sempre foi tida como um princípio administrativo, porque se entende que o Poder Público, por ser público,
deve agir com a maior transparência possível, a fim de que os administrados tenham, a toda hora,
conhecimento do que os administradores estão fazendo”.
Exemplo da manifestação desse princípio, você encontra no art. 31, §3º, da CF/88, o qual exige a
publicidade das contas municipais:
Art. 31 (...) § 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de
qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos
da lei.”
Segundo o STF, a divulgação no Diário Oficial, seja da União, Estado, DF ou município, é suficiente para
atender ao requisito da publicidade do ato administrativo:
2. Desnecessária a sua veiculação em jornais de grande circulação. A divulgação no Diário Oficial é
suficiente per se para dar publicidade a um ato administrativo. (RE 390.939, rel. min. Ellen Gracie,
julgamento 16/8/2005)
c) eficiência.
Introduzido como princípio expresso no caput do art. 37 da CF/88 pela EC nº 19/1998. Está vinculado à
noção da nova administração pública ou da administração pública gerencial, proposta pelo Plano Diretor
da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), apresentado em 1995 pelo então Ministro Carlos Bresser
Pereira. Preconiza que o gestor público deve agir visando o melhor resultado, com o melhor
aproveitamento possível dos recursos disponíveis.
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Grosso modo, defende-se a ideia de que a atuação da Administração deve ser, em termos de eficiência,
semelhante à das empresas do setor privado, ou segundo setor. Daí a ênfase no atingimento de
resultados e a tentativa de reduzir os controles de meios
e) presunção de legitimidade.
Trata-se de um atributo dos atos administrativos, segundo o qual se presume que os atos emanados da
Administração estão conformes ao Direito. Trata-se de uma presunção relativa (juris tantum), que admite
prova em contrário, sendo esse atributo uma decorrência do princípio da legalidade. Tem como
consequências:
A auto-executoriedade dos atos administrativos, mesmo que arguidos de vícios ou possíveis defeitos
que possam invalidá-lo;
A inversão do ônus da prova a favor da Administração, visto que a prova da invalidade do ato
administrativo é de quem a invoca;
A impossibilidade de o Poder Judiciário declarar, ex officio, a invalidade de um ato administrativo.
c) A Constituição não estabelece critério de convocação para candidatos aprovados, durante o prazo de
vigência do concurso, sendo esta matéria reservada à legislação ordinária.
d) Sempre na mesma data e sem distinção de índices, a remuneração dos servidores públicos e o
subsídio de que trata o §4º do art. 39, serão anualmente revisados e podem ser alterados por lei
específica.
GABARITO: D
A Administração Pública está regulamentada no texto constitucional, que estabelece como princípios
elementares a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência. De acordo com
os princípios que regem a Administração Pública e com o texto da Constituição, assinale a alternativa
correta.
d) Sempre na mesma data e sem distinção de índices, a remuneração dos servidores públicos e o
subsídio de que trata o §4º do art. 39, serão anualmente revisados e podem ser alterados por lei
específica.
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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão
ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada
revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.
Demais alternativas incorretas:
Incorreta, visto que o inciso XVIII do art. 37 da CF/1988 determina precedência para os servidores da
administração fazendária.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência
e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.
Mas o que significa essa “precedência” sobre os demais setores administrativos? Algum privilégio
especial de casta?? Nada disso. Os servidores da administração fazendária compõem aquilo que se
convencionou chamar, no Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, uma das carreiras típicas de
Estado, assim como os militares, gestores, auditores, policiais federais e outros. Assim, a administração
tributária é função essencial para a própria manutenção do Estado e de sua atuação. Assim, a
precedência possui um caráter objetivo e um subjetivo.
O caráter objetivo diz respeito à estrutura da gestão fazendária, articulada no âmbito federal, estadual e
municipal, dentro do poder de auto-organização de cada ente federado, estrutura essa que disporá
prioritariamente dos recursos necessários à execução de suas atividades de arrecadação e fiscalização.
O caráter subjetivo diz respeito aos servidores que atuam na gestão fazendária, estabelecidos em
carreira típica de Estado, e com atenção especial no que se refere a remuneração, estabilidade,
prerrogativas e planos de carreira.
Exemplo do caráter objetivo da precedência é que o STF, por maioria, entendeu constitucionais
dispositivos da Lei 105/2001 que permitem à Receita Federal receber dados bancários de contribuintes
fornecidos diretamente pelos bancos. O Relator dos processos, Dias Toffoli, destacou, em seu voto, que
não se trata propriamente a quebra de sigilo bancário, o que pressupõe a circulação desses dados, mas
sim a transferência desse sigilo dos bancos ao agentes do Fisco, e que a lei prevê severas punições ao
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servidor público que vazar essas informações (RE 601.314, rel. min. Edson Fachin e ADIs 2.859, 2.390,
2.386 e 2.397, rel. min. Dias Toffoli, julg. em 24/2/2016).
Incorreta, pois o inciso IV do art. 37 da CF/1988 prevê esse critério de convocação prioritária dos
candidatos já aprovados.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para
assumir cargo ou emprego, na carreira.
GABARITO: C
A Constituição Federal prevê, dentre outras, as seguintes sanções pela prática de atos de improbidade
administrativa:
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Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
...
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
b) suspensão dos direitos políticos e confisco de bens.
Incorreta, pois os atos de improbidade acarretam indisponibilidade dos bens, segundo o §4º do art. 37
da CF/88.
Incorreta, pois os atos de improbidade acarretam suspensão dos direitos políticos, segundo o §4º do art.
37 da CF/88.
Incorreta, pois os atos de improbidade acarretam indisponibilidade dos bens, segundo o §4º do art. 37
da CF/88.
d) O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.
GABARITO: D
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
A exceção são os cargos privativos de brasileiro nato, presentes no rol do artigo 12, §3º da CF, quais
sejam:
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II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
d) O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.
COMENTÁRIO: CERTO. Perfeita a alternativa, nos termos do inciso III do artigo 37 da CF:
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;
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A administração pública pode ser explicada pelo conjunto de atividades executadas pelo Estado para
atender às necessidades públicas. Estas atividades, de acordo com a Constituição Federal (CF), devem
obedecer a 5 (cinco) princípios.
a) Verdade.
b) Autoconfiança.
c) Independência.
d) Lealdade.
e) Publicidade.
GABARITO: E
A administração pública pode ser explicada pelo conjunto de atividades executadas pelo Estado para
atender às necessidades públicas. Estas atividades, de acordo com a Constituição Federal (CF), devem
obedecer a 5 (cinco) princípios. Assinale a alternativa que contempla um destes princípios.
e) Publicidade.
Exemplo da manifestação desse princípio, você encontra no art. 31, §3º, da CF/88, o qual exige a
publicidade das contas municipais:
Art. 31......
....
§ 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.”
Segundo o STF, a divulgação no Diário Oficial, seja da União, Estado, DF ou município, é suficiente para
atender ao requisito da publicidade do ato administrativo:
2. Desnecessária a sua veiculação em jornais de grande circulação. A divulgação no Diário Oficial é
suficiente per se para dar publicidade a um ato administrativo. (RE 390.939, rel. min. Ellen Gracie,
julgamento 16/8/2005)
Demais alternativas incorretas:
a) Verdade.
b) Autoconfiança.
c) Independência.
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d) Lealdade.
a) O prazo de validade do concurso público será de até quatro anos, prorrogável uma vez, por igual
período.
c) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário poderão ser superiores aos
pagos pelo Poder Executivo.
d) A administração fazendária e seus servidores fiscais não terão, dentro de suas áreas de competência
e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos.
GABARITO: B
A respeito da Administração Pública, assinale a alternativa que está de acordo com a Constituição
Federal.
a) O prazo de validade do concurso público será de até quatro anos, prorrogável uma vez, por
igual período.
Se errar a previsão do inciso III do art. 37 da CF/1988, é porque você considerou já o prazo de
prorrogação:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.
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c) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário poderão ser superiores
aos pagos pelo Poder Executivo.
d) A administração fazendária e seus servidores fiscais não terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos.
Assim, a administração tributária é função essencial para a própria manutenção do Estado e de sua
atuação. Assim, a precedência possui um caráter objetivo e um subjetivo. O caráter objetivo diz
respeito à estrutura da gestão fazendária, articulada no âmbito federal, estadual e municipal, dentro do
poder de auto-organização de cada ente federado, estrutura essa que disporá prioritariamente dos
recursos necessários à execução de suas atividades de arrecadação e fiscalização.
O caráter subjetivo diz respeito aos servidores que atuam na gestão fazendária, estabelecidos em
carreira típica de Estado, e com atenção especial no que se refere a remuneração, estabilidade,
prerrogativas e planos de carreira.
Exemplo do caráter objetivo da precedência é que o STF, por maioria, entendeu constitucionais
dispositivos da Lei 105/2001 que permitem à Receita Federal receber dados bancários de contribuintes
fornecidos diretamente pelos bancos. O Relator dos processos, Dias Toffoli, destacou, em seu voto, que
não se trata propriamente a quebra de sigilo bancário, o que pressupõe a circulação desses dados, mas
sim a transferência desse sigilo dos bancos ao agentes do Fisco, e que a lei prevê severas punições ao
servidor público que vazar essas informações (RE 601.314, rel. min. Edson Fachin e ADIs 2.859, 2.390,
2.386 e 2.397, rel. min. Dias Toffoli, julg. em 24/2/2016).
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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.
I. Servidora pública, ocupante de cargo efetivo na Administração direta estadual, elege-se para exercer
mandato de Deputada Estadual;
II. Professor de ensino fundamental da rede pública municipal é aprovado em concurso público para
exercer cargo de suporte administrativo em autarquia estadual.
a) ambos estarão impedidos de cumular o exercício dos cargos que ocupam atualmente com as novas
ocupações respectivas, devendo pedir exoneração caso pretendam assumi-las.
b) a servidora ficará afastada de seu cargo, durante o exercício do mandato, e o professor estará
impedido de cumular o cargo atual com aquele para o qual foi aprovado em concurso.
c) a servidora ficará afastada de seu cargo, durante o exercício do mandato, e o professor estará
autorizado a cumular o cargo atual com aquele para o qual foi aprovado em concurso, se houver
compatibilidade de horários.
d) a servidora estará autorizada a cumular o exercício do cargo atual com o do mandato, se houver
compatibilidade de horários, mas o professor estará impedido de cumular o cargo atual com aquele para
o qual foi aprovado em concurso.
e) ambos estarão autorizados a cumular o exercício dos cargos que ocupam atualmente com o das novas
ocupações respectivas, desde que haja compatibilidade de horários.
GABARITO: B
I. Servidora pública, ocupante de cargo efetivo na Administração direta estadual, elege-se para exercer
mandato de Deputada Estadual;
II. Professor de ensino fundamental da rede pública municipal é aprovado em concurso público para
exercer cargo de suporte administrativo em autarquia estadual.
b) a servidora ficará afastada de seu cargo, durante o exercício do mandato, e o professor estará
impedido de cumular o cargo atual com aquele para o qual foi aprovado em concurso.
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Correta, visto que a situação da servidora se encaixa na determinação constitucional do art. 38, I. Já o art.
37, XVI, da CF, só permite acumular o cargo de magistério com outro cargo de magistério ou com cargo
técnico ou científico:
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou
função.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
Bem, o que precisamos verificar agora é esse tal cargo técnico ou científico. A maior parte das questões
da espécie que chegaram ao Supremo Tribunal Federal o foram pela via do recurso extraordinário, que
não admite reanálise de fato ou reexame de provas, para aferir se o cargo é técnico-científico ou não.
Num dos poucos julgados do Supremo em que se referiu à questão , o STF assim se manifestou:
"Acumulação de emprego de atendente de telecomunicações de sociedade de economia mista, com
cargo público de magistério. Quando viável, em recurso extraordinário, o reexame das atribuições daquele
emprego (atividade de telefonista), correto, ainda assim, o acórdão recorrido, no sentido de se revestirem
elas de "características simples e repetitivas", de modo a afastar-se a incidência do permissivo do art. 37,
XVI, "b", da Constituição". No tocante às atividades relacionadas ao cargo de atendente de
telecomunicações, é exigido o conhecimento técnico específico, com submissão a cursos
específicos ."(AI 192.918-AgR/DF, rel. Min. Octavio Gallotti, julg. em 3/6/1997)
Restou ao Superior Tribunal de Justiça e ao Tribunal de Contas da União deliberarem a respeito.
Segundo o STJ, cargo técnico ou científico, para fins de acumulação com o de professor, nos termos do
art. 37, XVII, da Lei Fundamental, é aquele para cujo exercício sejam exigidos conhecimentos técnicos
específicos e habilitação legal, não necessariamente de nível superior. (STJ, 5ª Turma, RMS
20.033/RS, Relator Ministro Arnaldo Esteves Lima, DJ de 12/3/2007).
Para o TCU, a conceituação de cargo técnico ou científico, para fins da acumulação permitida pelo texto
constitucional, abrange os cargos de nível superior e os cargos de nível médio cujo provimento exige
a habilitação específica para o exercício de determinada atividade profissional, a exemplo do
técnico em enfermagem, do técnico em contabilidade, entre outros (Acórdão 408/2004-TCU-1ª
Câmara e outros)
Abrange, por exemplo: técnico de redes de informática, técnico em contabilidade, engenheiro, advogado,
auditor, analista de sistemas, analista judiciário área judiciária (exige o curso de Direito) etc etc.
Dessa forma, o Superior Tribunal de Justiça tem entendido inconstitucional a acumulação de cargo de
natureza burocrática com o de magistério.
Portanto, o cargo de suporte administrativo em autarquia estadual, de que trata a questão, não pode ser
considerado técnico ou científico.
a) ambos estarão impedidos de cumular o exercício dos cargos que ocupam atualmente com as
novas ocupações respectivas, devendo pedir exoneração caso pretendam assumi-las.
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c) a servidora ficará afastada de seu cargo, durante o exercício do mandato, e o professor estará
autorizado a cumular o cargo atual com aquele para o qual foi aprovado em concurso, se houver
compatibilidade de horários.
d) a servidora estará autorizada a cumular o exercício do cargo atual com o do mandato, se houver
compatibilidade de horários, mas o professor estará impedido de cumular o cargo atual com
aquele para o qual foi aprovado em concurso.
A servidora deverá se afastar o cargo efetivo que ocupa, para assumir a função de deputada estadual.
e) ambos estarão autorizados a cumular o exercício dos cargos que ocupam atualmente com o
das novas ocupações respectivas, desde que haja compatibilidade de horários.
Vide comentários.
Nessa situação hipotética, à luz do disposto na Constituição Federal de 1988 (CF) e do entendimento
jurisprudencial do STF, a referida norma estadual é
b) inconstitucional, pois ofende norma da CF, que veda a equiparação e a vinculação remuneratória entre
os referidos órgãos.
d) inconstitucional, pois o constituinte estadual não pode dispor sobre a organização dos órgãos que
componham as funções essenciais à justiça.
e) constitucional, por consagrar a isonomia entre integrantes das carreiras dos referidos órgãos, que têm
estatutos jurídicos semelhantes.
GABARITO: B
A constituição de determinado estado da Federação dispõe que aos defensores públicos serão garantidas
as mesmas prerrogativas, os mesmos impedimentos e os mesmos vencimentos dos membros do
Ministério Público. Nessa situação hipotética, à luz do disposto na Constituição Federal de 1988 (CF) e
do entendimento jurisprudencial do STF, a referida norma estadual é:
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Correta, pois além de expressa previsão constitucional no art. 37, XIII, o STF também já se manifestou
mais de uma vez sobre o tema da vedação a equiparação de espécies remuneratórias entre pessoal do
serviço público.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
....
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público;
Segundo o Supremo
A jurisprudência desta Corte é firme quanto à inconstitucionalidade da vinculação entre os subsídios dos
membros do Ministério Público e da Magistratura, em afronta ao art. 37, XIII, da Constituição. (ADI 1.756,
rel. min. Roberto Barroso, julgamento em 7/10/2015).
Esta Corte firmou entendimento no sentido de que é inconstitucional a vinculação ou equiparação de
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração do serviço público, exceto algumas
situações previstas no próprio Texto Constitucional. (ADI 2.831 MC, rel. min. Maurício Corrêa, julgamento
em 11/3/2004).
Demais alternativas incorretas:
d) inconstitucional, pois o constituinte estadual não pode dispor sobre a organização dos órgãos
que componham as funções essenciais à justiça.
É inconstitucional, mas não por esse motivo, visto que o poder constituinte estadual pode dispor sobre a
organização dos respectivos órgãos que compõem as funções essenciais à justiça.
e) constitucional, por consagrar a isonomia entre integrantes das carreiras dos referidos órgãos,
que têm estatutos jurídicos semelhantes.
b) a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público, que não ultrapasse doze meses.
c) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
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d) é permitida a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público, na esfera municipal.
GABARITO: C
Nos termos da Constituição Federal, ao tratar da Administração Pública, é correto afirmar que
c) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
A Constituição Federal não estabelece prazo definido para a contratação temporária, cujos critérios
deverão ser definidos em lei:
Art. 37.....
....
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público;
d) é permitida a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito
de remuneração de pessoal do serviço público, na esfera municipal.
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e) o servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, investido no mandato de
Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, com remuneração do respectivo cargo
eletivo.
Errado, pois o art. 38, II, da Constituição, permite optar pela remuneração:
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
.....
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;
c) prevendo como única exceção, quando houver compatibilidade de horário, a de dois cargos ou
empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
d) prevendo como uma das hipóteses de exceção, quando houver compatibilidade de horário, a de dois
cargos de professor.
e) prevendo como única exceção, quando houver compatibilidade de horário, a de um cargo de professor
com outro técnico ou científico.
GABARITO: D
A regra é que a CF veda a acumulação remuneração de cargos. Porém, há algumas exceções, e, de uma
forma geral, só de dois cargos públicos. Vejamos:
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Perceba que a CF exige, além do atendimento ao teto do STF, a compatibilidade de horários. Para os
Tribunais Superiores, essa compatibilidade deverá ser verificada caso a caso.
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À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que:
a) ambas as nomeações devem recair sobre servidores já ocupantes de cargos de provimento efetivo;
b) a primeira nomeação deve sempre recair sobre servidores já ocupantes de cargos de provimento
efetivo;
c) a primeira nomeação pode e a segunda deve recair sobre servidores já ocupantes de cargos de
provimento efetivo;
d) apenas a segunda nomeação pode recair sobre servidores já ocupantes de cargos de provimento
efetivo;
e) nenhuma das nomeações deve recair sobre servidores já ocupantes de cargos de provimento efetivo.
GABARITO: C
João, Prefeito Municipal, foi informado de que deveria realizar duas nomeações, a primeira para um cargo
em comissão e a segunda para uma função de confiança. À luz da sistemática constitucional,
é correto afirmar que:
c) a primeira nomeação pode e a segunda deve recair sobre servidores já ocupantes de cargos de
provimento efetivo;
Correta, visto que desta forma o Prefeito está seguindo a determinação constitucional do art. 37, V.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os
cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
Ou seja, as funções de confiança, assim determinadas em lei, só serão exercidas por servidores
públicos de cargo efetivo, concursados, caso da segunda nomeação. Já os cargos em
comissão poderão ser preenchidos por servidores não concursados, nos limites estabelecidos em
lei., hipótese da primeira nomeação.
A primeira nomeação (cargo em comissão) deve recair sobre servidores efetivos, dentro dos limites
previstos em lei, portanto, não é sempre.
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A segunda nomeação (função de confiança), deve recair obrigatoriamente sobre servidores de cargo
efetivo.
e) nenhuma das nomeações deve recair sobre servidores já ocupantes de cargos de provimento
efetivo.
a) deverá exonerar-se de seu cargo, até seis meses antes do pleito, podendo retomar o exercício, caso
não seja eleito.
b) se eleito, ficará afastado de seu cargo durante o exercício do mandato eletivo, independentemente de
haver compatibilidade de horários.
c) se eleito, será afastado de seu cargo durante o exercício do mandato eletivo, se não houver
compatibilidade de horários, sendo-lhe vedado optar pela remuneração do cargo.
d) terá o tempo de serviço contado, para todos os efeitos legais, inclusive para promoção por antiguidade
ou merecimento, na hipótese de ser eleito para o mandato e afastado de seu cargo.
e) se eleito, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, durante
o exercício do mandato, desde que haja compatibilidade de horários.
GABARITO: E
a) deverá exonerar-se de seu cargo, até seis meses antes do pleito, podendo retomar o exercício,
caso não seja eleito.
ERRADA. Essa situação só é exigida para eleições no Executivo, não no Legislativo:
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de
seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
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c) se eleito, será afastado de seu cargo durante o exercício do mandato eletivo, se não houver
compatibilidade de horários, sendo-lhe vedado optar pela remuneração do cargo.
ERRADA. Aqui, aplica-se a regra do inciso II do artigo 38: o vereador poderá optar pela remuneração do
cargo.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de
seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
d) terá o tempo de serviço contado, para todos os efeitos legais, inclusive para promoção por
antiguidade ou merecimento, na hipótese de ser eleito para o mandato e afastado de seu cargo.
ERRADA.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço
será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
e) se eleito, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo,
durante o exercício do mandato, desde que haja compatibilidade de horários.
CORRETA, aqui está a resposta.
Art. 38, III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não
havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
b) define o prazo de validade do concurso público para servidores municipais que é de três anos, sem
possibilidade de prorrogação.
d) determina que os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário são definidos
independentemente aos do Poder Executivo.
GABARITO: A
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O artigo 37 da Constituição Federal:
b) define o prazo de validade do concurso público para servidores municipais que é de três anos,
sem possibilidade de prorrogação.
Incorreta, pois o prazo é de 2 anos e admite prorrogação por igual período, de acordo com o inciso III do
art. 37 da CF/1988.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.
c) garante o direito de greve irrestritamente.
Incorreta, pois o direito de greve deve obedecer aos limites estabelecidos em lei, de acordo com previsão
do inciso VII do art. 37 da CF/1988.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.
E 2007, o Supremo Tribunal Federal atribuiu a eficácia da lei de greve do setor privado para os
servidores públicos, caso em que se aplica aos servidores públicos de todo o país a Lei nº 7.783/89,
adotando a chamada teoria concretista geral. (MI 670 ES, relator Min. Maurício Corrêa, julg.
25/10/2007).
d) determina que os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário são
definidos independentemente aos do Poder Executivo.
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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
a) compatível com a Constituição Federal, assim como a recondução do ocupante da vaga ao cargo de
origem.
b) compatível com a Constituição Federal, mas o ocupante da vaga somente poderia ter sido reconduzido
ao cargo de origem mediante indenização.
c) compatível com a Constituição Federal, mas o ocupante da vaga deveria ter sido aproveitado em outro
cargo, e não reconduzido ao de origem, sem indenização.
d) incompatível com a Constituição Federal, e o ocupante da vaga deveria ter sido posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
GABARITO: A
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
(...)
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado
em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
Nota que, para a recondução, o servidor também deve ser estável. Agora volta à sentença. Então, o
ocupante do lugar do demitido também é estável, logo, será reconduzido ao cargo de origem.
Só mais uma dica. Quando da recondução, se o cargo estiver ocupado? E aí? Recondução da
recondução? Não! Nesse caso, se estiver ocupado, não teremos recondução, o servidor ficará em
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disponibilidade remunerada com proventos proporcionais ao tempo de serviço, até o mais rápido possível
aproveitamento.
a) Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros natos que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos brasileiros naturalizados, na forma da lei.
c) A Administração Fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e
jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.
d) O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável por mais um ano, se não
preenchidas as vagas verificadas no período.
GABARITO: C
O caráter objetivo diz respeito à estrutura da gestão fazendária, articulada no âmbito federal, estadual e
municipal, dentro do poder de auto-organização de cada ente federado, estrutura essa que disporá
prioritariamente dos recursos necessários à execução de suas atividades de arrecadação e fiscalização.
O caráter subjetivo diz respeito aos servidores que atuam na gestão fazendária, estabelecidos em
carreira típica de Estado, e com atenção especial no que se refere a remuneração, estabilidade,
prerrogativas e planos de carreira.
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Exemplo do caráter objetivo da precedência é que o STF, por maioria, entendeu constitucionais
dispositivos da Lei 105/2001 que permitem à Receita Federal receber dados bancários de contribuintes
fornecidos diretamente pelos bancos. O Relator dos processos, Dias Toffoli, destacou, em seu voto, que
não se trata propriamente a quebra de sigilo bancário, o que pressupõe a circulação desses dados, mas
sim a transferência desse sigilo dos bancos ao agentes do Fisco, e que a lei prevê severas punições ao
servidor público que vazar essas informações (RE 601.314, rel. min. Edson Fachin e ADIs 2.859, 2.390,
2.386 e 2.397, rel. min. Dias Toffoli, julg. em 24/2/2016).
O RE, com repercussão geral reconhecida (tema 990), discute o compartilhamento com o MP, sem
autorização judicial e para fins penais, de dados fiscais e bancários de contribuintes. O julgamento pelo
plenário está pautado para a próxima quarta-feira, 20.
a) Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros natos que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos brasileiros naturalizados, na forma da lei.
Incorreta, visto que o art. 37 da Constituição elenca os principais princípios da Administração, que incluem
outros:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Além desses, há outros princípios implícitos na Constituição da República, tais como o da Razoabilidade
e da Proporcionalidade, da Supremacia do Interesse Público, da boa-fé, além de outros que podem ser
expressos em convenções e tratados assinados pela República, nos termos do § 2º, do art. 5º:
Art. 5º.....
......
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil
seja parte.
d) O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável por mais um ano,
se não preenchidas as vagas verificadas no período.
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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público.
a) Depende de concurso de provas e títulos a contratação por tempo determinado para atender à
necessidade temporária de excepcional interesse público.
b) Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público serão computados e acumulados para fins
de concessão de acréscimos ulteriores.
c) A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo e político-partidário.
e) A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e
jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.
GABARITO: E
Correto. Dois incisos do art. 37 tratam especialmente do setor fazendário e tributário das administrações
federal, estaduais e municipais. Isso ocorre, naturalmente, em função de que a atividade tributária
represente a principal fonte de renda do Estado, receita derivada dos tributos impostos aos cidadãos-
contribuintes, para que o Estado possa, teoricamente, devolvê-los em forma de serviços e produtos úteis
à coletividade.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência
e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.
...
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades
essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos
prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio
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Mas o que significa essa “precedência” sobre os demais setores administrativos? Algum privilégio
especial de casta?? Nada disso. Os servidores da administração fazendária compõem aquilo que se
convencionou chamar, no Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, uma das carreiras típicas de
Estado, assim como os militares, gestores, auditores, policiais federais e outros. Assim, a administração
tributária é função essencial para a própria manutenção do Estado e de sua atuação. Assim, a
precedência possui um caráter objetivo e um subjetivo.
O caráter objetivo diz respeito à estrutura da gestão fazendária, articulada no âmbito federal, estadual e
municipal, dentro do poder de auto-organização de cada ente federado, estrutura essa que disporá
prioritariamente dos recursos necessários à execução de suas atividades de arrecadação e fiscalização.
O caráter subjetivo diz respeito aos servidores que atuam na gestão fazendária, estabelecidos em
carreira típica de Estado, e com atenção especial no que se refere a remuneração, estabilidade,
prerrogativas e planos de carreira.
Exemplo do caráter objetivo da precedência é que o STF, por maioria, entendeu constitucionais
dispositivos da Lei 105/2001 que permitem à Receita Federal receber dados bancários de contribuintes
fornecidos diretamente pelos bancos. O Relator dos processos, Dias Toffoli, destacou, em seu voto, que
não se trata propriamente a quebra de sigilo bancário, o que pressupõe a circulação desses dados, mas
sim a transferência desse sigilo dos bancos ao agentes do Fisco, e que a lei prevê severas punições
ao servidor público que vazar essas informações (RE 601.314, rel. min. Edson Fachin e ADIs 2.859,
2.390, 2.386 e 2.397, rel. min. Dias Toffoli, julg. em 24/2/2016).
a) Depende de concurso de provas e títulos a contratação por tempo determinado para atender à
necessidade temporária de excepcional interesse público.
Incorreta, pois nessa hipótese não trata de concurso público, mas de processo seletivo público, de
acordo com as normas previstas na Lei 8.743/1993, que regulamentou o inciso IX do art. 37 da
Constituição Federal:
Art. 37. ....
...
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público.
b) Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público serão computados e acumulados
para fins de concessão de acréscimos ulteriores.
Incorreta, pois de acordo com o art. 37, XIV, os acréscimos pecuniários anteriores não são computados
e nem acumulados para acréscimos ulteriores.
Art. 37.....
...
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados
para fins de concessão de acréscimos ulteriores.
c) A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo e político-partidário.
Incorreta, em vista que a publicidade dos atos devem ter caráter educativo, informativo ou de orientação
social, mas não de cunho partidário ou de promoção pessoal de autoridade pública. É o que determina
o § 1º do art. 37 da CF/88.
Art. 37.....
...
454
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§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
d) É vedada a participação do usuário na administração pública direta e indireta.
a) nas sociedades de economia mista existem empregados públicos, contratados pela CLT, que se
submetem a concurso público.
GABARITO: A
De acordo com a Constituição Federal (CF), a administração pública pode ser efetivada de forma Direta
e Indireta. A administração pública direta é composta de órgãos que estão diretamente ligados ao chefe
do Poder Executivo. A administração pública indireta, por sua vez, é composta por entidades que, por
meio de descentralização de competências do governo, foram criadas para desempenhar papéis nos
mais variados setores da sociedade e prestar serviços à população. A administração pública indireta é
composta pelas autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.
Uma das características da sociedade de economia mista é:
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a) nas sociedades de economia mista existem empregados públicos, contratados pela CLT, que
se submetem a concurso público.
Incorreta, nos termos do inciso XIX do art. 37 da CF/1988, já que a lei autorizará a criação de empresa
pública e de sociedade de economia mista:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública,
de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir
as áreas de sua atuação.
O caráter autorizativo dessa lei é reforçado pelo Supremo, que afirma não estar o Poder Executivo
vinculado à autorização legal expendida:
"Nos termos do art. 37, XIX, da CF, somente por lei específica poderá ser autorizada a instituição de
empresa pública e de sociedade de economia mista. O texto constitucional ainda prevê que a criação das
respectivas subsidiárias, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada, depende de
autorização legislativa (CF, art. 37, XX). Logo, a CF exige sempre a aquiescência do Poder Legislativo a
esses processos de criação. No entanto, a autorização concedida pelo Legislativo não vincula o Poder
Executivo" (ADI 5.624 MC-REF, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 6/5/2019)
c) a sociedade de economia mista não obtém receitas próprias.
As sociedades de economia mista aufere receitas próprias, até pelo próprio formato de sociedade
anônima, por força do art. 4º, da Lei 13.303/2016, e por exercer atividade econômica:
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Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto
pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da
administração indireta.
d) a sociedade de economia mista não é uma pessoa jurídica de direito privado.
Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com
criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam
em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração
indireta. (Art. 4º, Lei 13.303/2016)
Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com
criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto
pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade
da administração indireta. (Art. 4º, Lei 13.303/2016)
b) não pode acumular dois cargos públicos, exceto se obtiver autorização expressa do Defensor Público-
Geral do Estado;
c) pode acumular seu cargo atual com outro de professor, se houver compatibilidade de horários;
d) pode acumular seu cargo atual com outro da área da segurança pública, se houver compatibilidade
de horários;
e) pode acumular seu cargo atual com outro da área da educação ou saúde, se houver compatibilidade
de horários.
GABARITO: C
Maria, ocupante do cargo efetivo de Técnico Superior Especializado da Defensoria Pública do Estado do
Rio de Janeiro com especialidade em Psicologia, com o objetivo de aumentar sua renda mensal, deseja
prestar novo concurso público. Sobre a possibilidade de acumulação remunerada de cargos públicos, de
acordo com as normas constitucionais sobre a matéria, Maria:
c) pode acumular seu cargo atual com outro de professor, se houver compatibilidade de horários;
Correta, de acordo com o art. 37, XVI, (b), pois se Maria já possui um cargo técnico pode acumular outro
cargo público de professora, havendo compatibilidade de horários:
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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Demais alternativas incorretas:
b) não pode acumular dois cargos públicos, exceto se obtiver autorização expressa do Defensor
Público-Geral do Estado;
d) pode acumular seu cargo atual com outro da área da segurança pública, se houver
compatibilidade de horários;
e) pode acumular seu cargo atual com outro da área da educação ou saúde, se houver
compatibilidade de horários.
Incorreta, pois a acumulação só pode ocorrer com o cargo de professor, em sala de aula, e não de outra
função pedagógica.
a) somente por lei complementar poderá ser autorizada a criação de autarquia e criada empresa pública,
sociedade de economia mista e fundação, cabendo à lei complementar, em todos os casos, definir as
áreas de suas atuações.
b) a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e
jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.
e) os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público deverão ser computados e acumulados para
fins de concessão de acréscimos ulteriores.
GABARITO: B
Acerca do que dispõe a Constituição Federal sobre as disposições gerais da Administração pública,
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b) a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência
e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.
Assim, a administração tributária é função essencial para a própria manutenção do Estado e de sua
atuação. A precedência possui um caráter objetivo e um subjetivo. O caráter objetivo diz respeito à
estrutura da gestão fazendária, articulada no âmbito federal, estadual e municipal, dentro do poder de
auto-organização de cada ente federado, estrutura essa que disporá prioritariamente dos recursos
necessários à execução de suas atividades de arrecadação e fiscalização.
O caráter subjetivo diz respeito aos servidores que atuam na gestão fazendária, estabelecidos em
carreira típica de Estado, e com atenção especial no que se refere a remuneração, estabilidade,
prerrogativas e planos de carreira.
Exemplo do caráter objetivo da precedência é que o STF, por maioria, entendeu constitucionais
dispositivos da Lei 105/2001 que permitem à Receita Federal receber dados bancários de contribuintes
fornecidos diretamente pelos bancos. O Relator dos processos, Dias Toffoli, destacou, em seu voto, que
não se trata propriamente a quebra de sigilo bancário, o que pressupõe a circulação desses dados, mas
sim a transferência desse sigilo dos bancos ao agentes do Fisco, e que a lei prevê severas punições ao
servidor público que vazar essas informações (RE 601.314, rel. min. Edson Fachin e ADIs 2.859, 2.390,
2.386 e 2.397, rel. min. Dias Toffoli, julg. em 24/2/2016).
a) somente por lei complementar poderá ser autorizada a criação de autarquia e criada empresa
pública, sociedade de economia mista e fundação, cabendo à lei complementar, em todos os
casos, definir as áreas de suas atuações.
Incorreta, visto o inciso XIX do art. 37 da CF/1988 determina que autarquia e fundação autárquica só
poderão ser criadas diretamente por lei, enquanto que empresas estatais e fundações públicas de
direito privado terão sua criação autorizada em lei, cabendo à lei complementar definir as áreas de
atuação das fundações:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso,
definir as áreas de sua atuação.
c) os atos de improbidade administrativa importarão na perda dos direitos políticos,
a suspensão da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma
e gradação previstas em lei, com prejuízo da ação penal cabível.
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Incorreta, pois a assertiva inverteu o caso narrado pelo § 4º do art. 37 da CF/1988, pois os atos de
improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo
da ação penal cabível:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da
função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
d) as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado
o direito de regresso contra o responsável, exclusivamente, nos casos de dolo ou fraude.
Incorreta, pois o direito de regresso contra o agente que causou o dano é previsto pelo § 6º do art. 37 da
CF/1988 nos casos de dolo ou culpa:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
e) os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público deverão ser computados e
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores.
Incorreta, pois acréscimos pecuniários recebidos por servidor público não são nem computados e nem
acumulados para concessão de acréscimos ulteriores, de acordo com o inciso XIV do art. 37 da CF/1988.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores.
a) somente as pessoas jurídicas de direito público respondem pelos danos causados por seus agentes,
em caráter objetivo.
b) os agentes públicos respondem objetivamente pelos danos que causarem no exercício de suas
funções, independente de culpa ou dolo.
c) os entes que integram a Administração pública indireta respondem subjetivamente pelos danos
causados por seus agentes em decorrência de atos comissivos ou omissivos.
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d) quando se tratar da prática de ato comissivo doloso, o agente responsável responderá solidária e
objetivamente com a pessoa jurídica a que estiver vinculado.
e) as pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração pública indireta que sejam
prestadoras de serviço público respondem objetivamente pelos danos causados por seus agentes.
GABARITO: E
De acordo com o que dispõe a Constituição Federal quanto à responsabilidade civil no âmbito da
Administração pública e da prestação de serviços públicos,
e) as pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração pública indireta que sejam
prestadoras de serviço público respondem objetivamente pelos danos causados por seus
agentes. CORRETA.
Conforme determina o art. 37, §6º, da Constituição Federal, as pessoas jurídicas de direito público e as
de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros:
''Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
a) somente as pessoas jurídicas de direito público respondem pelos danos causados por seus agentes,
em caráter objetivo. INCORRETA.
As pessoas jurídicas de direitos privado, que sejam prestadoras de serviços públicos, responderão pelos
danos causados por seus agentes, conforme se infere do art.37, §6º, da Constituição Federal. Estamos
diante de responsabilidade objetiva, resguardado à pessoa jurídica o direito de ação de regresso contra
o responsável pelo dano, nos casos de dolo ou culpa:
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa''.
b) os agentes públicos respondem objetivamente pelos danos que causarem no exercício de suas
funções, independente de culpa ou dolo. INCORRETA.
A responsabilidade pelos danos causados a terceiro recairá sobre a pessoa jurídica, que tem resguardado
o direito de regresso contra o agente público responsável pelo dano, nos casos de dolo ou culpa.
c) os entes que integram a Administração pública indireta respondem subjetivamente pelos danos
causados por seus agentes em decorrência de atos comissivos ou omissivos. INCORRETA.
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objetivamente pelos danos causados por seus agentes em decorrência de seus atos. Eventual ação de
regresso discutirá a responsabilidade pessoal do agente.
d) quando se tratar da prática de ato comissivo doloso, o agente responsável responderá solidária e
objetivamente com a pessoa jurídica a que estiver vinculado. INCORRETA.
Em razão da responsabilidade objetiva (risco administrativo) adotada pelo art.37, §6º, da Constituição
Federal, os entes da administração pública, direta ou indireta, responderão objetivamente pelos danos
causados por seus agentes em decorrência de seus atos. Eventual ação de regresso discutirá a
responsabilidade pessoal do agente.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
No que se refere aos direitos individuais e à aplicação dos princípios do contraditório e da ampla defesa,
julgue o item a seguir.
Errado, por força da jurisprudência do Supremo, consolidada na Súmula Vinculante 5, o qual entendeu
que a falta de defesa técnica por advogado no PAD não viola o direito à ampla defesa e ao contraditório,
previsto no art. 5º, LV, da Constituição:
Súmula Vinculante 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não
ofende a Constituição.
Art. 5º...
...
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
A validade dessa súmula foi reafirmada pelo STF em 30 de novembro de 2016, com a rejeição do pedido
de cancelamento da Súmula feito pelo ainda em 2008 pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados
do Brasil, pedido esse recebido como mera petição e que foi reautuado em 2011 como "Proposta de
Súmula Vinculante 58 - PSV 58, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julg. 30/11/2016", após a
regulamentação legal da proposta de edição, revisão e cancelamento de Súmulas.
O Conselho da OAB argumentava que não havia reiteradas decisões sobre o tema e não seria possível
aceitar que um leigo, sem conhecimento do processo em sua complexidade (prescrição, juiz natural,
devido processo legal, contraditório e ampla defesa), possa ser incumbido de manejar ingredientes tão
complicados de modo a promover um trabalho que seja minimamente eficiente e à altura dos postulados
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constitucionais. A Súmula, quando editada, assegurou e confirmou a legalidade da demissão de 1.711
servidores públicos que responderam a PAD.
Portanto, permanece hígida e vigente a referida Súmula Vinculante 5, apesar das vergastadas da OAB,
lembrando que em todo processo administrativo, com ou sem a participação de causídico, devem ser
assegurados o contraditório e a ampla defesa aos interessados.
c) A investidura em função pública depende de aprovação prévia em concurso público de provas e títulos.
GABARITO: A
À luz da Constituição Federal, assinale a alternativa correta a respeito do acesso às funções, cargos e
empregos públicos.
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Incorreta, pois a exigência de concurso público é para cargo ou emprego público e não para toda e
qualquer função pública. Por exemplo, cargos em comissão, cargos eletivos, contratação por tempo
determinado etc:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração.
d) As funções de confiança e os cargos em comissão não se destinam às atribuições de
assessoramento.
Tanto as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo,
quanto os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia
e assessoramento (art. 37, V, CF):
Art. 37. .....
...
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os
cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
e) Os cargos públicos não são acessíveis aos estrangeiros.
a) A contratação de obras, serviços, compras e alienações deve se dar por meio de processo simplificado,
visando celeridade e agilidade nos serviços prestados pelos órgãos públicos.
b) A regra de contratação de prestadores de serviços e de obras pelo poder público é que sejam levadas
em conta as diferenças de condições entre os concorrentes interessados.
d) A lei não poderá estabelecer casos de contratação de obras, compras, serviços e alienações por
dispensa de licitação.
e) Os serviços, obras e compras a serem contratados mediante processo de licitação pública serão
apenas naqueles casos em que haja complexidade ou elevados valores.
GABARITO: C
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Com relação à Administração Pública, assinale a alternativa que está em consonância com o disposto na
Constituição Federal.
a) A contratação de obras, serviços, compras e alienações deve se dar por meio de processo
simplificado, visando celeridade e agilidade nos serviços prestados pelos órgãos públicos.
Incorreta, pois o art. 37, XXI prevê processo de licitação pública para compras, obras, serviços
e alienações (CASO):
b) A regra de contratação de prestadores de serviços e de obras pelo poder público é que sejam
levadas em conta as diferenças de condições entre os concorrentes interessados.
Incorreto, pois a contratação por processo licitatório é para assegurar a igualdade de condições a todos
os concorrentes, de acordo com o previsto no art. 37, XXI da CF/88, que privilegia o princípio
da isonomia entre os licitantes, presente também no art. 3º, da Lei 8.666/1993:
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção
da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável
e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação
ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
d) A lei não poderá estabelecer casos de contratação de obras, compras, serviços e alienações
por dispensa de licitação.
Incorreta, visto que o art. 37, XXI da CF/88 prevê casos de ressalva de licitação na legislação específica
(ressalvados os casos especificados na legislação), que no caso é a Lei 8.666/1993.
Incorreto, pois o art. 37, XXI da CF/88 não prevê essa ressalva.
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a) proporcionalidade, impessoalidade e a possibilidade de acumular funções e empregos públicos desde
que em autarquias e fundações.
b) eficiência, razoabilidade e vencimentos do Poder Executivo, superiores aos pagos ao Poder Legislativo
e Judiciário.
d) moralidade, eficiência e direito à greve exercida nos termos e nos limites trazidos pelo texto
constitucional, independentemente de lei que o regule.
GABARITO: C
A Administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedece aos seguintes princípios, garantias e diretrizes, segundo o texto
constitucional vigente:
Correta, pois a assertiva está de acordo com o caput do art. 37 (LIMPE) e seu inciso VI na CF/1988:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.
Demais alternativas incorretas:
Incorreta, pois a regra é a vedação acumular cargos públicos remunerados, inclusive no âmbito da
administração indireta (art. 37, XVII), ressalvadas as exceções do inciso XVI do art. 37:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
....
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta
ou indiretamente, pelo poder público;
b) eficiência, razoabilidade e vencimentos do Poder Executivo, superiores aos pagos ao Poder
Legislativo e Judiciário.
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incorreta, em face da determinação do inciso XII do art. 37 da CF/1988, que vale, também, a contrário
senso:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores
aos pagos pelo Poder Executivo.
d) moralidade, eficiência e direito à greve exercida nos termos e nos limites trazidos pelo texto
constitucional, independentemente de lei que o regule.
Incorreta, visto que o direito de greve é norma de eficácia limitada, prevista para ser regulamentada em
lei específica, de acordo com o inciso VII do art. 37 da CF/1988:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.
Nesse sentido, por exemplo, o STF, adotando a posição concretista direta, em sede de três mandados
de injunção coletivo (MI 670, 708 e 712), ao invés de simplesmente declarar a demora do legislador,
atribuiu, nos casos concretos, a eficácia da lei de greve do setor privado para os servidores públicos,
hipótese em que se aplica aos servidores de todo o país a Lei nº 7.783/1989.
Incorreta, pois pelo inciso XIII do art. 37 da CF/1988 é vedada tal equiparação:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público.
a) Legalidade, pois se restringe aos limites éticos e legais estabelecidos no âmbito do Estado.
b) Impessoalidade, na medida em que se trata de algo em benefício próprio ou de outrem, mas que
resulta em enriquecimentos ilícito.
c) Moralidade, pois se trata de uma prática de improbidade administrativa com o intuito de obter vantagem
ou benefício indevido.
e) Efetividade, pois se trata de um ato ilícito e moralmente condenável e que afeta o alcance das políticas
públicas.
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GABARITO: C
c) Moralidade, pois se trata de uma prática de improbidade administrativa com o intuito de obter
vantagem ou benefício indevido. CORRETA.
A inobservância à moralidade pode ser enquadrada como um ato de improbidade administrativa, sujeito
às sanções previstas pelo art.37, §4º, da Constituição, dentre as quais se inclui a obrigação de ressarcir
ao erário aquilo que foi dilapidado.
Isto é, recairá sobre o agente público uma sanção pecuniária, obrigando-lhe a reparação do dano seja à
administração pública, seja ao patrimônio público, a depender da extensão dos danos causados pela
prática do superfaturamento:
''§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a
perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível''.
De acordo com o texto constitucional, diante dos elementos informados, a conduta de João é:
a) lícita, eis que a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deve ter caráter educativo, informativo ou de orientação social;
b) lícita, eis que na publicidade dos atos dos órgãos públicos podem constar nomes ou imagens que
caracterizem promoção pessoal das autoridades públicas responsáveis;
c) ilícita, eis que houve flagrante abuso de poder político, com tentativa de obter vantagem eleitoral,
subvertendo o princípio da supremacia do interesse público;
d) ilícita, eis que é vedada a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos, a fim de preservar o princípio da impessoalidade;
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e) ilícita, eis que houve promoção pessoal, com violação frontal aos princípios da impessoalidade e
moralidade, pois a reforma da praça é simples ato de ofício.
GABARITO: A
O Prefeito Municipal João realizou inauguração de praça pública recém reformada, discursando para a
população sobre os benefícios que os novos equipamentos de ginástica podem trazer no âmbito da
saúde, bem-estar e lazer dos cidadãos. De acordo com o texto constitucional, diante dos elementos
informados, a conduta de João é:
a) lícita, eis que a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deve ter caráter educativo, informativo ou de orientação social;
Correto, visto que a atitude do Prefeito, durante a inauguração do novo equipamento público, alinhou-se
à diretriz emanada do art. 37, § 1º, da Constituição Federal:
Art. 37..
........
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Demais incorretas:
b) lícita, eis que na publicidade dos atos dos órgãos públicos podem constar nomes ou imagens
que caracterizem promoção pessoal das autoridades públicas responsáveis;
c) ilícita, eis que houve flagrante abuso de poder político, com tentativa de obter vantagem
eleitoral, subvertendo o princípio da supremacia do interesse público;
d) ilícita, eis que é vedada a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos, a fim de preservar o princípio da impessoalidade;
e) ilícita, eis que houve promoção pessoal, com violação frontal aos princípios da impessoalidade
e moralidade, pois a reforma da praça é simples ato de ofício.
a) O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar.
c) A proibição de acumulação de cargos públicos está adstrita à administração direta, uma vez que as
empresas públicas e as sociedades de economia mista têm suas relações contratuais reguladas pelo
direito privado.
d) Os atos de improbidade administrativa importarão a perda dos direitos políticos e da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo
da ação penal cabível.
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GABARITO: B
A respeito do tratamento constitucional conferido aos servidores públicos, é correto afirmar que:
a) O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar.
Incorreta, pois o direito de greve é regulamentado por lei específica, segundo o inciso VII do art. 37 da
CF/1988.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.
c) A proibição de acumulação de cargos públicos está adstrita à administração direta, uma vez
que as empresas públicas e as sociedades de economia mista têm suas relações contratuais
reguladas pelo direito privado.
Incorreta, pois empresas públicas e sociedades de economia mista assim como a administração direta,
estão sujeitas às regras de não acumulação de cargos dispostas no inciso XVII do art. 37 da CF/1988.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta
ou indiretamente, pelo poder público.
d) Os atos de improbidade administrativa importarão a perda dos direitos políticos e da função
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
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Incorreta, visto que os atos de improbidade administrativa importam em suspensão dos direitos políticos,
segundo o § 4º do art. 37 da CF/1988.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
...
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da
função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
A regra da responsabilidade civil objetiva do Estado aplica-se aos órgãos da administração direta e às
pessoas de direito público que prestam serviços públicos, mas não a pessoas jurídicas de direito privado.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
A regra da responsabilidade civil objetiva do Estado aplica-se aos órgãos da administração direta
e às pessoas de direito público que prestam serviços públicos, mas não a pessoas jurídicas de
direito privado.
É prevista no art. 37, §6º, da Constituição Federal, que expressamente inclui as pessoas jurídicas de
direito privado prestadoras de serviços públicos:
Art. 37.... (...) § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Segundo o mais recente entendimento do STF, firmado em tese de repercussão geral (Tema 130) a
responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva
relativamente a terceiros usuários e não usuários do serviço:
"A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva
relativamente a terceiros usuários, e não usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º, da CF. A
inequívoca presença do nexo de causalidade entre o ato administrativo e o dano causado ao terceiro não
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usuário do serviço público é condição suficiente para estabelecer a responsabilidade objetiva da pessoa
jurídica de direito privado". (RE 591.874, rel. min. Ricardo Lewandowski, julg. 26/8/2009, P, DJE de 18-
12-2009, Tema 130)
a) Publicidade
b) Transparência
c) Eficiência
d) Interesse público
e) Legalidade
GABARITO: C
Essa questão exige o conhecimento do art. 37 da CF, que traz os princípios da administração pública,
usualmente memorizados com a utilização do mnemônico LIMPE.
No entanto, aqui o examinador vai um pouco além, pois pede para o candidato assinalar o princípio
inserido no texto constitucional por meio da emenda nº 19/1998. Nesse caso, devemos procurar entre as
opções o princípio da eficiência, visto que apenas ele foi incluído por emenda.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de Legalidade, Impessoalidade,
Moralidade, Publicidade e Eficiência e, também, ao seguinte:
a) Publicidade
ERRADA. É princípio da administração pública, mas não foi incluído pela EC nº 19/1998. De acordo com
ela, é obrigatória a divulgação dos atos da Administração Pública produtores de efeitos externos.
b) Transparência
ERRADA. A transparência está abarcada pela publicidade, que não foi incluída pela EC nº 19/1998.
c) Eficiência
CERTA. Dentre os princípios da administração pública, apenas ele foi incluído pela EC nº 19/1998. Ele
prevê que os agentes públicos devem buscar sempre os melhores resultados possíveis no exercício
de suas atividades.
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d) Interesse público
ERRADA. A supremacia do interesse público sobre o particular é um princípio implícito (não está
expresso) do direito administrativo, considerado por Celso Antônio Bandeira de Melo um dos pilares do
regime jurídico administrativo.
O interesse público também está abarcado pelo princípio da impessoalidade, que possui pelo menos três
aspectos:
• Finalidade da lei, que é atender ao interesse público;
• Isonomia, que é a ideia de evitar favorecimentos;
• Vedação de promoção pessoal pelos agentes públicos.
e) Legalidade
ERRADA. É princípio da administração pública, mas não foi incluído pela EC nº 19/1998. De acordo com
ele, a Administração Pública não pode criar direitos e obrigações por ato administrativo, apenas por lei.
a) em se tratando de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego
ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
c) investido no mandato de Vereador ou de Prefeito, deverá pedir exoneração do seu cargo um mês
antes da posse.
d) em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço
será contado para todos os efeitos legais, inclusive para fins de promoção por merecimento.
e) investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração.
GABARITO: E
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II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de
seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço
será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como
se no exercício estivesse.
Demais alternativas incorretas:
a) em se tratando de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
Incorreta, pois o afastamento do cargo, emprego ou função não enseja opção pela remuneração, nos
termos do art. 38, I:
Art. 38...
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou
função.
b) investido no mandato de Vereador, independentemente da compatibilidade de horários,
perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, mas com prejuízo da remuneração do
cargo eletivo.
d) em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, inclusive para fins de promoção por
merecimento.
Incorreta, pois o tempo de afastamento para o exercício de mandato eletivo não será contado para a
promoção por merecimento (art. 38, IV, CF):
Art. 38...
...
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço
será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.
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que proibiu as práticas nepotistas para a Administração Pública, em decorrência da obrigatoriedade de
se observar os princípios constitucionais da
GABARITO: E
Questiona-se: é verdade que só o Poder Judiciário está sujeito à vedação do nepotismo? Não é
verdade! Vejamos.
A presente Súmula só faz reafirmar o entendimento do STF: a vedação ao nepotismo não exige edição
de lei formal, uma vez que a proibição é extraída diretamente dos princípios constitucionais que norteiam
a atuação administrativa. Trata-se da consagração do combate a indesejada moral paralela. Para Maria
Sylvia, a moral paralela na Administração Pública é um problema crucial de nossa época, por deixar sem
qualquer sanção os atos que, embora legais, atentam contra o senso comum de honestidade e de justiça.
Só por meio da efetiva participação popular no controle do Estado é que será possível superar a figura
da Administração Paralela, e, assim, da moral paralela.
Nos termos da jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal, essa condicionante
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a) é inconstitucional, uma vez que inexiste tal requisito na Constituição Federal e o município não pode
criar restrições para o acúmulo remunerado de cargos ou empregos públicos privativos de profissionais
da área da saúde.
b) é constitucional, porque o servidor deve gozar de boas condições físicas e mentais para o desempenho
de suas atribuições, e cabe à Administração Pública estabelecer administrativamente o máximo de horas
trabalhadas para esse fim, apenas com relação aos profissionais da área da saúde.
c) é constitucional se o município estabeleceu previamente essa limitação, por meio de lei ordinária,
especificamente para os profissionais da área da saúde.
d) somente será inconstitucional se não houver legislação estadual prevendo tal limitação das horas de
trabalho, no acúmulo remunerado de cargos ou empregos públicos privativos de profissionais da área da
saúde.
GABARITO: A
a) é inconstitucional, uma vez que inexiste tal requisito na Constituição Federal e o município não
pode criar restrições para o acúmulo remunerado de cargos ou empregos públicos privativos de
profissionais da área da saúde.
b) é constitucional, porque o servidor deve gozar de boas condições físicas e mentais para o
desempenho de suas atribuições, e cabe à Administração Pública estabelecer
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administrativamente o máximo de horas trabalhadas para esse fim, apenas com relação aos
profissionais da área da saúde.
d) somente será inconstitucional se não houver legislação estadual prevendo tal limitação das
horas de trabalho, no acúmulo remunerado de cargos ou empregos públicos privativos de
profissionais da área da saúde.
d) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas, quando
houver compatibilidade de horários.
GABARITO: D
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Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com
base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
......
§ 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no art. 37, inciso
XVI, com prevalência da atividade militar. (Incluído pela EC 101/2019)
A Emenda Constitucional 77/2014 já havia aplicado o art. 37, XVI, "c" (dois cargos privativos de
profissionais de saúde), aos militares:
Art. 142....
.....
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que
vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições:
........
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressalvada a
hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", será transferido para a reserva, nos termos da
lei; (Redação da EC 77/2014)
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil
temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37,
inciso XVI, alínea "c", ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer
nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela
promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não,
transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação da EC 77/2014)
Demais alternativas incorretas:
Incorreta, pois nos termos do inciso XVI, "b" do art. 37 da CF/1988, deve haver compatibilidade de horários
para o exercício de ambos os cargos públicos.
Incorreta, pois nos termos do inciso XVI, "b" do art. 37 da CF/1988, deve haver compatibilidade de horário
além disso, o cargo de professor pode ser acumulado com outro cargo técnico ou científico.
Incorreta, pois nos termos do inciso XVI, "b" do art. 37 da CF/1988, a possibilidade de acumulação limita-
se a dois cargos de professor.
Incorreta, pois nos termos do inciso XVI, "b" do art. 37 da CF/1988, deve haver compatibilidade de horário.
a) poderá acumular os vencimentos do cargo com os subsídios do mandato, desde que haja
compatibilidade de horários.
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b) ficará afastado de seu cargo público, devendo exercer somente o mandato, independentemente de
compatibilidade de horários.
d) se exigido seu afastamento para o exercício do mandato, seu tempo de serviço será contado para
todos os efeitos legais, inclusive para promoção por merecimento.
e) terá que pedir exoneração de seu cargo, pois a Constituição veda a acumulação de cargos públicos.
GABARITO: A
a) poderá acumular os vencimentos do cargo com os subsídios do mandato, desde que haja
compatibilidade de horários.
b) ficará afastado de seu cargo público, devendo exercer somente o mandato, independentemente
de compatibilidade de horários.
Incorreta, pois essa hipótese aplica-se aos Prefeitos, conforme o art. 38, II, acima transcrito, podendo o
indivíduo optar pela remuneração.
Havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem
prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma dos
prefeitos (investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração).
d) se exigido seu afastamento para o exercício do mandato, seu tempo de serviço será contado
para todos os efeitos legais, inclusive para promoção por merecimento.
Incorreta, pois de acordo com o art. 38, IV, os servidores que exercem mandatos eletivos têm seu tempo
de serviço contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
...
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IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço
será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.
e) terá que pedir exoneração de seu cargo, pois a Constituição veda a acumulação de cargos
públicos.
Errado, pois a Constituição Federal estabelece uma série de hipóteses que permitem a acumulação lícita
de cargos públicos.
Nos termos da Constituição Federal, poderá ocorrer a fiscalização de tais dados, integrada com a atuação
de outros auditores fiscais, na forma da lei ou convênio, inclusive com o compartilhamento de
a) cadastros fiscais
b) fichas criminais
c) informações empresariais
d) segredos industriais
e) registros civis
GABARITO: A
Conforme previsto no inciso XXII do art. 37 da CF, as administrações tributárias da União, dos Estados,
do DF e dos Municípios poderão compartilhar cadastros e informações fiscais. No entanto, observe
que estamos diante de uma norma de eficácia limitada, dado que o compartilhamento depende de
regulamentação por lei ou convênio.
Art. 37, XXII, CF - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras
específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada,
inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
Dessa forma, o auditor fiscal federal CP poderá atuar de forma integrada com os auditores fiscais
estaduais e municipais na fiscalização das receitas e despesas dos contribuintes, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
a) cadastros fiscais
b) fichas criminais
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ERRADA. Está em desacordo com o dispositivo constitucional.
c) informações empresariais
d) segredos industriais
e) registros civis
Poder Legislativo
Questão 1: FCC
Considerando os dispositivos constitucionais a respeito do Poder Legislativo,
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a) o Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios,
eleitos segundo o princípio majoritário.
b) cada unidade da Federação com representação no Senado Federal elegerá 3 Senadores, com
mandato de 8 anos.
c) a Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema majoritário, em
cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
GABARITO: B
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário.
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos,
alternadamente, por um e dois terços.
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.
São 81 Senadores, no total. Isso porque são 26 Estados e DF. E com mandato de 8 anos, que representa
duas legislaturas.
Não há menção a territórios. Não são tratados como Estados-membros. E, na verdade, se forem criados,
recebem o status de simples autarquia da União, entidade desprovida de personalidade política.
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema
proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será
estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes
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necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha
menos de oito ou mais de setenta Deputados.
§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.
Questão 2: VUNESP
A Constituição Federal, sobre o Poder Legislativo, estabelece que
a) é de competência exclusiva do Senado Federal sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
b) salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas comissões serão
tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
c) é de competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar, por dois terços de seus membros, a
instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado.
e) é de competência privativa da Câmara dos Deputados julgar anualmente as contas prestadas pelo
Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo.
GABARITO: B
A assertiva está em harmonia com a norma constitucional inscrita no art. 47, da Constituição Federal:
''Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas
Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros''.
a) é de competência exclusiva do Senado Federal sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. INCORRETA.
Compete ao Congresso Nacional, e não ao Senado Federal, sustar os atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa:
''Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa''.
c) é de competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar, por dois terços de seus membros, a
instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de
Estado. INCORRETA.
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É de competência privativa da Câmara dos Deputados autorizar, por dois terços de seus membros, a
instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado:
''Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o
Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado''.
d) os Deputados e Senadores, desde a posse, serão submetidos a julgamento perante o Supremo
Tribunal Federal. INCORRETA.
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a
execução dos planos de governo''.
A adoção do modelo proporcional em eleições de deputados fere o princípio da eleição direta, pois a
eleição de um deputado não deve depender dos votos recebidos por outros candidatos do partido ou por
sua legenda
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
A respeito dos direitos políticos e dos partidos políticos, julgue o item seguinte.
A adoção do modelo proporcional em eleições de deputados fere o princípio da eleição direta, pois
a eleição de um deputado não deve depender dos votos recebidos por outros candidatos do
partido ou por sua legenda.
Incorreta. No Poder Legislativo Federal, temos a chamada eleição proporcional para a Câmara dos
Deputados, conforme o art. 45 e o sistema majoritário para o Senado Federal, nos termos do art. 46 da
Constituição:
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Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema
proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será
estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes
necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha
menos de oito ou mais de setenta Deputados.
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário.
Os deputados federais, estaduais e distritais, além dos vereadores municipais, são eleitos pelo sistema
proporcional, para mandatos de quatro anos, permitidas reeleições sucessivas. A representação de cada
estado e do Distrito Federal é proporcional à respectiva população, isto é, quanto mais populosa a unidade
federativa, maior será o número de representantes na Câmara dos Deputados. Não convém aqui discorrer
sobre as complexas regras de cálculo do número de deputados para cada estado e o DF, apenas guarde
que nesse sistema eleitoral valoriza-se o voto nos partidos políticos e não propriamente nos candidatos
em si, e que o STF considerou constitucional essa metodologia de representação proporcional à força
da agremiação partidária.
Portanto:
Sistema proporcional é aquele no qual o voto é para a legenda e não diretamente para o candidato.
Isso ocorre para que as minorias garantam representantes no parlamento, fortalecendo o pluralismo
político, fundamento da República (art. 1º, V). Ele é adotado em eleições em que há vários cargos em
disputa, (Deputados federais, deputados estaduais, distritais e vereadores).
Sistema majoritário é aquele em que se elege o candidato que obtenha a maioria de votos, para eleições
em que há poucos cargos em disputa (Senadores, Presidente da República, Governador e Prefeito). Aqui
não faz sentido utilizar-se o sistema proporcional. Nos casos de municípios com menos de 200
mil eleitores, utiliza-se o sistema majoritário de maioria simples, sem a realização de segundo turno para
eleição do prefeito. Ou seja, em turno único, aquele que obtiver a maioria dos votos válidos, é eleito
prefeito (art. 29, II, CF). Já os municípios com mais de 200 mil eleitores utilizarão o sistema majoritário
de 2 turnos, utilizando as regras do artigo 77 (eleição do Presidente da República). O Governador de
Estado também será eleito pelo sistema majoritário de 2 turnos (art. 28, CF).
Questão 4: FCC
De acordo com o que estabelece a Constituição Federal acerca do Congresso Nacional,
c) é de sua competência exclusiva resolver definitivamente sobre tratados ou acordos que acarretem
encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
d) a representação total de cada Estado e do Distrito Federal no Congresso Nacional será renovada de
oito em oito anos.
GABARITO: C
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De acordo com o que estabelece a Constituição Federal acerca do Congresso Nacional,
Correta, em face do inciso I do art. 49, da CF/1988, exercida por meio de decreto legislativo.
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Demais alternativas incorretas:
Incorreta, pois nos termos do § 2º do art. 45 da CF/1988, cada Território Federal, acaso existente, elegerá
4 deputados.
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema
proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
...
§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.
b) cada Senador será eleito com um suplente.
Incorreta, pois cada Senador tem 2 suplentes, nos termos do § 3º do art. 46 da CF/1988.
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário.
...
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.
d) a representação total de cada Estado e do Distrito Federal no Congresso Nacional será renovada
de oito em oito anos.
Incorreta, pois a renovação do Senado se dá a cada 4 anos de forma alternada, por um e dois terços,
conforme determina o § 2º do art. 46 da CF/1988.
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário.
...
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos,
alternadamente, por um e dois terços.
e) salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas
Comissões serão tomadas por três quintos dos votos, presente a maioria simples de seus
membros.
Incorreta, pois as decisões de cada Casa e de suas Comissões são tomadas por maioria dos votos
estando presente a maioria absoluta dos membros, de acordo com o art. 47 da CF/1988. É a
chamada maioria simples.
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões
serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
Questão 5: FCC
486
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Certo grupo de senadores apresentou proposta de edição de resolução, pelo Senado Federal, para
suspender os efeitos de decreto editado pelo Presidente da República, por entender que esse ato
extrapolou os limites do poder regulamentar. A edição da referida medida pelo Senado mostra-se
a) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que se trata de ato da competência exclusiva do
Congresso Nacional.
b) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que o ato do Poder Executivo deve ser submetido
ao Poder Judiciário, a quem compete examinar eventual exorbitância dos limites do poder regulamentar.
c) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que se trata de ato da competência privativa da
Câmara dos Deputados.
d) compatível com a Constituição Federal, devendo a resolução ser submetida à sanção presidencial.
e) compatível com a Constituição Federal, devendo a resolução ser promulgada pelo Presidente do
Senado.
GABARITO: A
Certo grupo de senadores apresentou proposta de edição de resolução, pelo Senado Federal, para
suspender os efeitos de decreto editado pelo Presidente da República, por entender que esse ato
extrapolou os limites do poder regulamentar. A edição da referida medida pelo Senado mostra-se:
a) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que se trata de ato da competência exclusiva
do Congresso Nacional.
Correta, conforme determinação constitucional do art. 49, V, que exige decreto legislativo do
Congresso Nacional para sustação do ato normativo do Presidente:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
...
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa.
Demais alternativas incorretas:
b) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que o ato do Poder Executivo deve ser
submetido ao Poder Judiciário, a quem compete examinar eventual exorbitância dos limites do
poder regulamentar.
Pelo princípio da separação dos Poderes e do princípio dos freios e contrapesos, não compete ao Poder
Judiciário sindicar eventual exorbitância do poder regulamentar do Presidente da República, visto que a
função legiferante é típica do Poder Legislativo, competindo a este, portanto, realizar tal controle.
c) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que se trata de ato da competência privativa
da Câmara dos Deputados.
487
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Incompatível com a Constituição Federal, uma vez que se trata de ato da competência exclusiva do
Congresso Nacional, por meio de decreto legislativo.
e) compatível com a Constituição Federal, devendo a resolução ser promulgada pelo Presidente
do Senado.
Incompatível com a Constituição Federal, uma vez que se trata de ato da competência exclusiva do
Congresso Nacional, por meio de decreto legislativo.
Questão 6: FCC
Cabe ao Congresso Nacional
b) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado.
d) dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos,
empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
e) fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
incluídos os da Administração indireta.
GABARITO: E
e) fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
incluídos os da Administração indireta.
Incorreta, visto que essa é uma competência da Câmara dos Deputados, prevista no art. 51, V da
CF/1988:
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
...
488
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V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
...
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele
participam:
...
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo
Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados,
todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
b) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o
Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado.
Incorreta, visto que essa é uma competência da Câmara dos Deputados, prevista no art. 51, I da
CF/1988:
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado.
c) processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho
Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da
República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade.
Incorreta, pois essa competência é privativa do Senado Federal, nos termos do art. 52, II da CF/1988:
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
...
II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de
Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-
Geral da União nos crimes de responsabilidade.
d) dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos
cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
Incorreta, visto que essa competência prevista no inciso XIII do art. 52 da CF/1988 é privativa do Senado
Federal:
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
...
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos
cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
Cabe ao Congresso Nacional o exercício do controle externo dos atos administrativos de concessões e
permissões de emissoras de rádio e televisão.
( ) Certo
( ) Errado
489
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GABARITO: CERTO
Questão 8: VUNESP
As matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional, sendo dispensada a intervenção do Poder
Executivo, muito menos a do Poder Judiciário, são materializadas por
a) decreto legislativo.
b) portarias.
c) leis complementares.
d) resoluções.
e) normas específicas.
GABARITO: A
Perceba que, ao lado das resoluções, há os decretos legislativos. São atos interna corporis, ou seja, são
legislativos, porém, não se submetem à sanção ou a veto presidencial, ficando restritos à casa legislativa.
490
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Os decretos legislativos são considerados atos de competência exclusiva do Congresso Nacional. Em
rara passagem a CF autoriza que o Congresso espeça Resolução. É verdade mesmo, rara, na verdade.
Isso ocorre lá no art. 68 da CF, quando o Congresso, por Resolução, vai garantir ao Presidente da
República a expedição de lei delegada (delegação externa corporis).
Questão 9: VUNESP
Na hipótese de uma comissão da Câmara dos Deputados convocar Ministro de Estado para prestar,
pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, mas o convocado não comparecer
e não justificar a sua ausência, a Constituição Federal estabelece que
b) deverá ser novamente intimado e, se não comparecer no prazo de trinta dias, será penalizado por ato
de improbidade.
c) o não comparecimento implica nas mesmas penas que o crime de obstrução da justiça.
e) nenhuma pena poderá ser aplicada, uma vez que a comissão não tem poderes para convocar Ministro
de Estado.
GABARITO: D
Na hipótese de uma comissão da Câmara dos Deputados convocar Ministro de Estado para prestar,
pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, mas o convocado não comparecer
e não justificar a sua ausência, a Constituição Federal estabelece que:
b) deverá ser novamente intimado e, se não comparecer no prazo de trinta dias, será penalizado
por ato de improbidade.
c) o não comparecimento implica nas mesmas penas que o crime de obstrução da justiça.
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e) nenhuma pena poderá ser aplicada, uma vez que a comissão não tem poderes para convocar
Ministro de Estado.
Tanto em caso de infrações penais comuns quanto de crimes de responsabilidade, compete à Câmara
dos Deputados o juízo de admissibilidade da acusação apresentada contra o presidente da República.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
Sobre o caso narrado, assinale a opção que apresenta, de acordo com o sistema jurídico-constitucional
brasileiro, a resposta correta.
a) O Ministro de Estado da Saúde, em exercício no âmbito do Poder Executivo, somente está obrigado
a responder aos pedidos oriundos do Presidente da República, a quem hierarquicamente se submete.
c) A ausência de resposta poderá fazer com que o Ministro responsável pela pasta venha a responder
por crime, perante o Superior Tribunal de Justiça, caso seja denunciado pelo Ministério Público.
492
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d) O Ministro de Estado da Saúde poderá vir a responder por crime de responsabilidade, não lhe sendo
assegurada discricionariedade para deixar de responder ao pedido de informações formulado pela Mesa
da Câmara dos Deputados.
GABARITO: D
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar
Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República
para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime
de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.
§ 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ou a
qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para
expor assunto de relevância de seu Ministério.
§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de
informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando
em crime de responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a
prestação de informações falsas.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
(...)
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros
dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter
permanente;
Ou seja, ao STF.
Portanto, fica confirmada a correção da letra D. Não há discricionariedade do Ministro de Estado, o qual
deve atender ao pleito da Mesa.
a) ao Congresso Nacional para aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha
do Procurador-Geral da República.
b) à Câmara dos Deputados para julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República.
493
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c) à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal para eleger membros do Conselho da República.
d) ao Congresso Nacional para autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo
contra o Presidente da República.
e) ao Senado Federal para escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União.
GABARITO: C
Ao dispor sobre os órgãos do Poder Legislativo na esfera federal, a Constituição Federal de 1988 atribui
competência:
c) à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal para eleger membros do Conselho da República.
Quase ninguém se lembra mas está correta, de acordo com o art. 89, VII, visto que cada Casa
Legislativa elege dois membros do Conselho da República, dentre cidadãos brasileiros natos:
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele
participam:
...
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo
Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados,
todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
Demais alternativas incorretas:
a) ao Congresso Nacional para aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a
escolha do Procurador-Geral da República.
Incorreta, pois essa competência é do Senado Federal, de acordo com o art. 52, III, "b" da CF/1988.
Aliás, arguição de autoridades em geral, quando ocorrem, são feitas pelo Senado. As arguições
são públicas, e a única hipótese em que a arguição da autoridade é em sessão secreta é a escolha
dos chefes de missão diplomática de caráter permanente (CF, art. 52, IV):
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
...
III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;
c) Governador de Território;
d) Presidente e diretores do banco central;
e) Procurador-Geral da República;
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes de
missão diplomática de caráter permanente;
b) à Câmara dos Deputados para julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da
República.
Incorreta, pois essa competência é do Congresso Nacional, de acordo com o art. 49, IX da CF/1988.
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
...
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a
execução dos planos de governo.
494
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d) ao Congresso Nacional para autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de
processo contra o Presidente da República.
Incorreta, pois essa competência é da Câmara dos Deputados, de acordo com o art. 51, I da CF/1988.
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado.
e) ao Senado Federal para escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União.
Incorreta, pois essa competência é do Congresso Nacional, de acordo com o art. 49, XIII da CF/1988.
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
...
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União.
c) pelo STF.
GABARITO: A
i) a votação dos membros da Câmara dos Deputados que elegem os membros da Comissão especial
para apreciação do pedido de impeachment deverá ser aberta;
ii) a indicação de representantes da comissão não inclui candidaturas avulsas, cujos candidatos devem
ser indicados pelas lideranças partidárias;
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iii) a autorização para abertura de processo contra o Presidente e Vice-Presidente da República, e
Ministro de Estado, continua a ser por dois terços dos membros da Câmara, conforme o artigo 51, I,
da Constituição; trata-se de um primeiro juízo de admissibilidade.
iii) o parecer do Senado para instauração ou não do processo de impeachment não é meramente
formal, detendo aquela Casa Alta plenos poderes para acolher ou rejeitar o parecer da Câmara pela
abertura ou não do processo de impeachment contra o Presidente da República, em um segundo juízo
de admissibilidade, que se dará por maioria simples, presente a maioria absoluta dos senadores; a
votação definitiva do Senado pela condenação é que se dará por dois terços dos senadores.
iv) Significa dizer que a Câmara dos Deputados outorga autorização para a abertura do
processo de impeachment, cabendo ao Senado fazer um segundo juízo de admissibilidade para
instalação ou não do procedimento, quando a votação se dará por maioria simples; a votação para
escolha da comissão especial na Câmara deve ser aberta, sendo ilegítimas as candidaturas avulsas de
deputados para sua composição; e o afastamento de presidente da República ocorre apenas se o Senado
autorizar a abertura do processo.
c) pelo STF.
d) autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Territórios e dos Municípios.
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e) dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo
Poder Público federal.
GABARITO: C
Correto, nos termos previstos no art. 51, inciso II, da Constituição Federal:
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
......
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso
Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;
Demais incorretas:
Também competência do Senado da República, nos termos do art. 52, II, da Constituição:
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
....
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de
Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-
Geral da União nos crimes de responsabilidade;
d) autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.
Competência do Senado, conforme o art. 52, V, da CF. Aliás, competem ao Senado da República a
maioria das matérias relativas a Finanças Públicas, concessão de crédito interno e externo e limites
de endividamento, à exceção do montante da dívida mobiliária federal, moeda e seus limites de
emissão, regras gerais sobre dívida pública e emissões de curso forçado, que são de competência
privativa do Congresso Nacional:
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
....
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Territórios e dos Municípios;
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida
consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
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VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas
pelo Poder Público federal;
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito
externo e interno;
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios; ( lembre-se, o estabelecimento do montante da dívida mobiliária da União é de
competência do CN!)
e) dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades
controladas pelo Poder Público federal.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
Questão traz conceitos acerca das obrigações constitucionais, em matéria tributária, do Senado Federal.
Vejamos.
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a) Prerrogativa que concede aos congressistas inviolabilidade civil e penal por suas palavras, opiniões e
votos, assim denominada imunidade formal.
b) Processo penal instaurado em face do suplente permanece no STF mesmo quando este deixar de
exercer a função parlamentar pelo retorno do titular, pois a prerrogativa de foro tem caráter intuitu
personae.
d) A imunidade parlamentar formal se aplica aos deputados estaduais, mas a eles não se aplicam as
regras constitucionais sobre perda de mandato e inviolabilidade.
e) Senador que tiver suspensos os direitos políticos perderá o mandato por ato declaratório da Mesa do
Senado Federal, de ofício ou mediante provocação de membro ou partido político com assento no
Congresso Nacional, assegurada a ampla defesa.
GABARITO: E
Acerca do chamado regime jurídico do congressista previsto na Constituição Federal de 1988, é correto
afirmar:
e) Senador que tiver suspensos os direitos políticos perderá o mandato por ato declaratório da
Mesa do Senado Federal, de ofício ou mediante provocação de membro ou partido político com
assento no Congresso Nacional, assegurada a ampla defesa.
a) Prerrogativa que concede aos congressistas inviolabilidade civil e penal por suas palavras,
opiniões e votos, assim denominada imunidade formal.
Incorreta, visto que a imunidade prevista na assertiva é a imunidade material, prevista no art. 53 da CF.
A imunidade formal ou processual diz respeito às condicionantes da prisão e da possibilidade de
sustação do andamento do processo.
Nas imunidades formais, os atos praticados pelos parlamentares não perdem o caráter de ilícitos e os
autores responderão por esses atos. A diferença é a existência de prerrogativas que dificultarão sua
prisão enquanto no exercício do mandato e outras que possibilitarão a sustação do andamento do
processo.
Assim, quanto à prisão, o art. 53, § 2º prevê que desde a expedição do diploma (ou seja, se ele for
diplomado durante processo de julgamento do crime já ocorrido antes da diplomação, não poderá ser
preso), os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime
inafiançável. Neste caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva
(Câmara ou Senado), para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
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Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo
em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas
à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
b) Processo penal instaurado em face do suplente permanece no STF mesmo quando este deixar
de exercer a função parlamentar pelo retorno do titular, pois a prerrogativa de foro tem
caráter intuitu personae.
Quanto às imunidades formais, o Supremo Tribunal Federal estava para decidir sobre a extensão dessas
imunidades aos deputados estaduais no julgamento de medidas cautelares nas Ações Diretas de
Inconstitucionalidade (ADIs) 5823, 5824 e 5825, que foi suspenso em 7/12/2017. Em 8/5/2019, o Plenário
do Supremo negou, por seis votos a cinco, medidas cautelares nas Ações Diretas. Prevaleceu o
entendimento do relator da ADI 5823, ministro Marco Aurélio, de que as regras da Constituição Federal
relativas à imunidade formal dos deputados federais do art. 53 da CF são aplicáveis aos deputados
estaduais.
A Constituição Federal estabelece a simetria das regras de imunidades dos parlamentares federais e
estaduais, inclusive sobre perda de mandato (art. 27, § 1º, CF):
Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do
Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos
forem os Deputados Federais acima de doze.
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta
Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato,
licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
Quanto à imunidade material, civil e penal, por opiniões, palavras e votos dos deputados estaduais, o
STF confirmou em 2017 essa prerrogativa:
"Nesse contexto, o Colegiado asseverou haver ligação entre o que foi veiculado e o exercício do mandato
parlamentar. Tal aspecto foi potencializado pelo fato de as declarações terem ocorrido dentro da
assembleia. Concluiu pelo não afastamento da imunidade parlamentar relativa às opiniões, palavras e
votos, prevista no art. 53, combinado com o art. 27, § 1º, da Constituição Federal" ( HC 115.397, rel. min.
Marco Aurélio, julg. 16/5/2017, 1ª Turma).
500
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Questão 17: CEBRASPE (CESPE)
A possibilidade de exclusão de cometimento ilícito por parlamentares decorre do instituto denominado
a) inviolabilidade.
b) irrenunciabilidade.
c) prerrogativa de foro.
d) extinção de punibilidade.
e) imunidade material.
GABARITO: E
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo
em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas
à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
Considerando apenas as informações narradas e com base nas previsões constitucionais, o advogado
deverá esclarecer que
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a) o Ministério Público não poderá oferecer denúncia em face do senador sem autorização da Casa
Legislativa, pois a Constituição prevê imunidade de natureza formal aos parlamentares.
b) a denúncia poderá ser oferecida e recebida, assim como a ação penal ter regular prosseguimento,
independentemente de autorização da Casa Legislativa, que não poderá determinar a suspensão do
processo, considerando que o crime imputado é comum, e não de responsabilidade.
c) a denúncia não poderá ser recebida pelo Poder Judiciário sem autorização da Casa Legislativa, em
razão da imunidade material prevista na Constituição, apesar de poder ser oferecida pelo Ministério
Público independentemente de tal autorização.
GABARITO: D
Em regra, toda pessoa poderá ser presa, porém guardadas as devidas exceções.
É o caso dos Senadores e Deputados, que possuem imunidade prisional desde a diplomação para crimes
que sejam afiançáveis. Se cometerem crimes inafiançáveis em flagrante, o processo será remetido à
Casa respectiva, para que o voto da maioria decida se terá ou não seguimento a ação penal.
Do mesmo modo, oferecida a denúncia, o processo seguirá os trâmites mencionados no §3° supra,
podendo a ação ser sustada até a decisão final.
A Constituição Federal de 1988 prevê a interrupção da prescrição de processo penal contra parlamentar
federal se houver sustação pela respectiva casa no Congresso Nacional.
( ) Certo
( ) Errado
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GABARITO: ERRADO
Errado, visto que se a Casa Legislativa sustar o andamento da ação penal, haverá suspensão da
prescrição, e não interrupção, enquanto durar o mandato. A diferença é que a interrupção implica
na devolução integral do prazo prescricional ao fim do mandato, enquanto que na suspensão, o prazo
prescricional recomeça a correr no ponto em que foi suspenso com a decisão de sustação. Inteligência
do art. 53, § 5º, da Constituição Federal:
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.
.....
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o
Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela
representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento
da ação.
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e
cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
Não obstante, após ser indagado sobre os motivos que nutriam as acaloradas disputas entre ambos,
Josué emite opinião com ofensas de cunho pessoal, sem qualquer relação com o exercício do mandato
parlamentar.
Diante do caso hipotético narrado, conforme reiterada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre
o tema, assinale a afirmativa correta.
a) Josué poderá ser responsabilizado penal e civilmente, inclusive por danos morais, pelas ofensas
proferidas em desfavor de Aline que não guardem qualquer relação com o exercício do mandato
parlamentar.
b) Josué encontra-se protegido pela imunidade material ou inviolabilidade por suas opiniões, palavras e
votos, o que, considerado o caráter absoluto dessa prerrogativa, impede a sua responsabilização por
quaisquer das declarações prestadas à revista.
c) Josué poderá ter sua imunidade material afastada em virtude de as declarações terem sido prestadas
fora da respectiva casa legislativa, independentemente de estarem, ou não, relacionadas ao exercício do
mandato.
503
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d) A imunidade material, consagrada constitucionalmente, foi declarada inconstitucional pelo Supremo
Tribunal Federal, de modo que Josué não poderá valer-se de tal prerrogativa para se isentar de eventual
responsabilidade pelas ofensas dirigidas a Aline.
GABARITO: A
a) Josué poderá ser responsabilizado penal e civilmente, inclusive por danos morais, pelas ofensas
proferidas em desfavor de Aline que não guardem qualquer relação com o exercício do mandato
parlamentar.
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.
Trata-se de imunidade que protege os dizeres dos parlamentares, não alcançando, no entanto, a ação de
quebra de decoro parlamentar, por exemplo. A CF é enfática ao mencionar responsabilidade civil e penal
restam afastadas.
Mas este não é o centro da questão. O cerne da questão é o que está fora da CF. O que foi interpretado
pelo STF sobre a matéria.
Será que a imunidade material é absoluta? Sem pensar muito, o estudante já responderia que não é
absoluta, afinal a CF não traz direitos e garantias absolutos, são todos relativos. Até a vida pode ser
relativizada no caso de guerra declarada.
Deputado federal. Crime contra a honra. Nexo de implicação entre as declarações e o exercício do
mandato. Imunidade parlamentar material. Alcance. Art. 53, caput, da CF. (...) A verbalização da
representação parlamentar não contempla ofensas pessoais, via achincalhamentos ou licenciosidade da
fala. Placita, contudo, modelo de expressão não protocolar, ou mesmo desabrido, em manifestações
muitas vezes ácidas, jocosas, mordazes, ou até impiedosas, em que o vernáculo contundente, ainda que
acaso deplorável no patamar de respeito mútuo a que se aspira em uma sociedade civilizada, embala a
exposição do ponto de vista do orador
[, rel. min. Rosa Weber, j. 28-11-2017, 1ª T, DJE de 13-12-2017.]
Atualmente, temos que a imunidade material, dentro da Casa Legislativa (não no Gabinete, ok), protege,
quase que totalmente, o parlamentar, porque se presume o nexo da atividade parlamentar. Agora, saiu
de sua Casa, todos os atos devem ter relação com o mandato, sob pena de responderem civil e
penalmente.
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Mudança no regime de imunidade parlamentar no plano federal
b) será aplicável aos deputados estaduais depois de implementada a adaptação formal das constituições
estaduais.
c) não repercute nas imunidades de parlamentares estaduais, que são definidas nas constituições
estaduais.
d) repercute imediatamente nos deputados estaduais se for mais benéfica que o regime da respectiva
constituição estadual.
e) repercute nos deputados estaduais se for mais restritiva que o regime da respectiva constituição
estadual, após adaptação formal desta.
GABARITO: A
Correta. A Constituição Federal estabelece a simetria das regras de imunidades dos parlamentares
federais e estaduais (art. 27, § 1º, CF):
Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do
Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos
forem os Deputados Federais acima de doze.
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta
Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato,
licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
A esse respeito, em 8/5/2019, o Plenário do Supremo negou, por seis votos a cinco, medidas cautelares
nas Ações Diretas 5823, 5824 e 5825. Prevaleceu o entendimento do relator da ADI 5823, ministro Marco
Aurélio, de que as regras da Constituição Federal relativas à imunidade formal dos deputados federais
do art. 53 da CF são aplicáveis aos deputados estaduais.
Demais incorretas:
b) será aplicável aos deputados estaduais depois de implementada a adaptação formal das
constituições estaduais.
A norma da Constituição Federal é de eficácia plena, não necessitando de adaptação forma das Cartas
estaduais.
c) não repercute nas imunidades de parlamentares estaduais, que são definidas nas constituições
estaduais.
d) repercute imediatamente nos deputados estaduais se for mais benéfica que o regime da
respectiva constituição estadual.
505
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Repercute imediatamente, pelo princípio da simetria constitucional e não por uma proteção mais
benéfica.
e) repercute nos deputados estaduais se for mais restritiva que o regime da respectiva
constituição estadual, após adaptação formal desta.
b) o Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos pelo sistema
proporcional.
c) compete privativamente ao Congresso Nacional aprovar previamente, por voto secreto, após arguição
em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente.
d) compete privativamente ao Senado Federal autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração
de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado.
e) os Deputados e Senadores são invioláveis penal, mas não civilmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.
GABARITO: A
b) o Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos pelo
sistema proporcional.
Incorreta, visto que o sistema que elege os Senadores é o majoritário, de acordo com o previsto no art.
46 da CF/1988
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Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário.
Sistema proporcional é aquele no qual o voto é para a legenda e não diretamente para o candidato.
Isso ocorre para que as minorias garantam representantes no parlamento, fortalecendo o pluralismo
político, fundamento da República (art. 1º, V). Ele é adotado em eleições em que há vários cargos em
disputa, (Deputados federais, deputados estaduais, distritais e vereadores).
Sistema majoritário é aquele em que se elege o candidato que obtenha a maioria de votos, para eleições
em que há poucos cargos em disputa (Senadores, Presidente da República, Governador e Prefeito). Aqui
não faz sentido utilizar-se o sistema proporcional.
c) compete privativamente ao Congresso Nacional aprovar previamente, por voto secreto, após
arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente.
Incorreta, pois essa competência é privativa do Senado Federal, conforme previsto no inciso IV do art.
52.
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
...
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes de
missão diplomática de caráter permanente.
O Senado Federal é o órgão por excelência para sabatina de autoridades indicadas pelo Presidente da
República (diretores do Banco Central, membros do TCU indicados pelo Presidente, membros do STF
etc)
d) compete privativamente ao Senado Federal autorizar, por dois terços de seus membros, a
instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de
Estado.
Incorreta, pois essa é uma competência da Câmara dos Deputados, segundo o inciso I do art. 51 da
CF/1988.
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado.
e) os Deputados e Senadores são invioláveis penal, mas não civilmente, por quaisquer de suas
opiniões, palavras e votos.
Incorreta, pois a imunidade material prevista no art. 53 da CF/1988 abrange a esfera penal e civil:
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato
com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada.
b) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato
obedecer a cláusulas uniformes.
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c) patrocinar causa em que seja interessada pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público.
e) deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à quarta parte das sessões ordinárias da Casa a
que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada.
GABARITO: B
Esse é daqueles temas de pouca incidência, e, por isso, a questão se torna mais complicadinha.
Então, temos proibições a partir da diplomação e da posse. O que você acha que é mais grave? O
parlamentar que já assumiu o cargo (posse) ou só a ele foi reconhecido o direito (diplomação)? Posse né.
Então responda, o parlamentar pode ocupar cargo em comissão na diplomação? Sim, pode, só não pode
mais exercer. E, da posse? Nesse caso, ele não poderá mais OCUPAR.
Pode ser proprietário de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa de Direito
Público? Na diplomação, ele pode ainda, afinal alguém pode impugnar o ato de diplomação, e ele não
ser empossado. Agora, na posse, não poderá mais ser proprietário.
Essa é a lógica constitucional. Por isso, desde a diplomação, os parlamentares não poderão:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade
de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a
cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad
nutum", nas entidades constantes da alínea anterior;
E desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a";
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a";
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
Ciente do prestígio que goza entre seus pares, discursa no plenário, anunciando a intenção de
permanecer na função até o fim de seu mandato como senador, o que ocorrerá em quatro anos. Assim,
para que tal desejo se materialize, será necessário que seja reeleito nos dois próximos pleitos (dois
mandatos bienais).
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Sobre a intenção do senador, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, assinale a
afirmativa correta.
a) Será possível, já que não há limites temporais para o exercício da presidência nas casas legislativas
do Congresso Nacional.
b) Não será possivel, pois a Constituição proíbe a reeleição para esse mesmo cargo no período bienal
imediatamente subsequente.
c) É parcialmente possível, pois, nos moldes da reeleição ao cargo de Presidente da República, ele
poderá concorrer à reeleição uma única vez.
d) Não é possível, pois o exercício da referida presidência inviabiliza a possibilidade de, no futuro, vir a
exercê-la novamente.
GABARITO: B
Para esta questão, é suficiente a leitura do §4º do art. 57 da CF. Nos termos do texto,
Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano
da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois)
anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.”
Ou seja, inviável a pretensão de recandidatura para o mesmo cargo. O Senador até poderá assumir outras
funções, mas não mais de Presidente da Casa.
Um servidor público federal procurou o seu advogado e solicitou orientação sobre a possibilidade de
responsabilizar os referidos parlamentares por suas declarações.
a) ambos os parlamentares podem ser responsabilizados, já que não possuem qualquer tipo de
imunidade;
b) apenas a Deputada Federal pode ser responsabilizada, pois somente ela atua em Brasília;
c) apenas o Vereador pode ser responsabilizado, pois não possui imunidade fora do território do
Município Beta;
d) nenhum dos dois parlamentares pode ser responsabilizado, já que ambos possuem imunidade;
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GABARITO: C
A Deputada Federal Joana e o Vereador Pedro, do Município Beta, participaram de um “ato de desagravo
ao povo brasileiro”, na Capital Federal, no qual fizeram severas críticas à atuação de alguns órgãos
federais, atribuindo, inclusive, a prática de crimes a diversos agentes públicos neles lotados. Um servidor
público federal procurou o seu advogado e solicitou orientação sobre a possibilidade de responsabilizar
os referidos parlamentares por suas declarações. À luz da sistemática constitucional, o advogado
informou corretamente que:
c) apenas o Vereador pode ser responsabilizado, pois não possui imunidade fora do território do
Município Beta;
A chamada imunidade material dos vereadores já é garantida pela Constituição Federal, no art. 29, VIII,
da CF, garante a inviolabilidade dos vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do
mandato e na circunscrição do município. Já Deputados e Senadores gozam da imunidade material
em todo território nacional por força do art. 53 da CF/1988. A jurisprudência do STF tem se manifestado
no sentido de que a imunidade material protege as manifestações dentro e fora das Casas Legislativas,
estas desde que ligadas à atividade típica do parlamentar (legislativa ou fiscalizatória).
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez
dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os
princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes
preceitos:
...
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na
circunscrição do Município.
...
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.
Segundo o STF:
"Assim, é de se distinguir as situações em que as supostas ofensas são proferidas dentro e fora do
Parlamento. Somente nessas últimas ofensas irrogadas fora do Parlamento é de se perquirir da chamada
"conexão com o exercício do mandato ou com a condição parlamentar". Para os pronunciamentos feitos
no interior das casas legislativas não cabe indagar sobre o conteúdo das ofensas ou a conexão com o
mandato, dado que acobertadas com o manto da inviolabilidade" (Inq 1.958, rel. p/ o ac. min. Ayres Britto,
julg. 29/10/2003).
Atente ainda para o fato de que, conforme assentado pelo STF, os vereadores, ao contrário do que ocorre
com os membros do Congresso Nacional e os deputados estaduais, não gozam de imunidade formal
contra a prisão, a denominada incoercibilidade pessoal relativa (freedom from arrest), ainda que algumas
Constituições estaduais lhes assegurem prerrogativa de foro:
"Os edis, ao contrário do que ocorre com os membros do Congresso Nacional e os deputados estaduais
não gozam da denominada incoercibilidade pessoal relativa (freedom from arrest), ainda que algumas
Constituições estaduais lhes assegurem prerrogativa de foro" .( STF, HC 94.059/GO, rel. min. Ricardo
Lewandowski, julg. 6/5/2008).
A Deputada Federal Joana não poderá, portanto, ser responsabilizada.
a) ambos os parlamentares podem ser responsabilizados, já que não possuem qualquer tipo de
imunidade;
b) apenas a Deputada Federal pode ser responsabilizada, pois somente ela atua em Brasília;
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d) nenhum dos dois parlamentares pode ser responsabilizado, já que ambos possuem imunidade;
a) Para que haja imunidade material aos deputados estaduais, é necessário que as respectivas opiniões,
as palavras e os votos tenham relação com o exercício do mandato e que tenham sido proferidas dentro
dos limites territoriais do respectivo Estado.
GABARITO: D
O STF tem variadas decisões sobre o tema imunidade parlamentar. É ou não absoluta? Para o STF,
depende. Se for dentro da Casa Legislativa, a imunidade material é absoluta, o que é visto na decisão,
por exemplo:
RE 463671/RJ
Imunidade parlamentar material: ofensa irrogada em plenário, independente de conexão com o mandato,
elide a responsabilidade civil por dano moral.
Já, fora do Parlamento, a imunidade nem sempre se mantém, isso porque a manifestação DEVE ter
correlação sob pena de responder por suas opiniões (trecho de decisão do STF):
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a) Para que haja imunidade material aos deputados estaduais, é necessário que as respectivas
opiniões, as palavras e os votos tenham relação com o exercício do mandato e que tenham sido
proferidas dentro dos limites territoriais do respectivo Estado.
A imunidade não é da pessoa, é do cargo que assume. Tanto que, uma vez tendo perdido o mandato,
perde-se, igualmente, a prerrogativa de foro. Revogação da Súmula 394 do STF.
Mais uma vez, a ofensa, do lado de fora da Casa Legislativa, deve manter conexão com as atribuições
do mandato.
a) Os deputados e senadores não poderão, desde a expedição do diploma, ser titulares de mais de um
cargo eletivo.
b) Perderá o mandato o deputado ou senador que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a
um quarto das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada.
e) Caso seja investido no cargo de Secretário de Estado ou do Distrito Federal, um deputado ou senador
receberá, cumulativamente, a remuneração por ambas as funções.
GABARITO: C
A partir do quanto preceituado pela Constituição Federal de 1988 a respeito das prerrogativas, imunidades
e incompatibilidades concernentes aos parlamentares, assinale a alternativa correta.
512
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d) Os deputados e senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento
perante o Supremo Tribunal Federal.
a) Os deputados e senadores não poderão, desde a expedição do diploma, ser titulares de mais
de um cargo eletivo.
Incorreta, pois essa vedação acontece desde a posse, de acordo com o art. 54, II, (d) da CF/88. Guarde
as diferenças abaixo:
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:
I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade
de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a
cláusulas uniformes; (contratos com cláusulas uniformes são aqueles constantes dos chamados
contratos de adesão, tais como de aluguel, de concessionarias de luz e água, de financiamento bancário
etc.)
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad
nutum", nas entidades constantes da alínea anterior;
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a";
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a";
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
b) Perderá o mandato o deputado ou senador que deixar de comparecer, em cada sessão
legislativa, a um quarto das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão
por esta autorizada.
Incorreta, pois de acordo com o art. 55, III, da CF/88 a perda do mandato está ligada ao não
comparecimento a 1/3 das sessões ordinárias da Casa.
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
...
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa
a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada.
c) A investidura de um deputado ou senador no cargo de Ministro de Estado implicará
automaticamente na sua renúncia ao cargo eletivo e, consequentemente, no preenchimento de
sua vaga pelo suplente.
Incorreto, em face do art. 56, I, da CF/88, que afasta a perda do mandato de parlamentar investido nos
cargos que especifica:
Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito
Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária.
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e) Caso seja investido no cargo de Secretário de Estado ou do Distrito Federal, um deputado ou
senador receberá, cumulativamente, a remuneração por ambas as funções.
Incorreta, pois em face do § 3º, inciso I, do art. 56, não há possibilidade de acumular as remunerações,
hipótese em que o parlamentar deverá optar entre a remuneração do mandato ou do cargo para o qual
foi investido:
Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito
Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária.
...
§ 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato.
a) perderá o mandato o deputado ou senador que seja investido no cargo de Ministro de Estado, por
implicar em nítida violação da separação de poderes.
b) perderá o mandato o deputado ou senador que faltar a 10% (dez por cento) das sessões ordinárias
realizadas pela respectiva Casa Legislativa.
c) desde a expedição do diploma os deputados e senadores não poderão ser proprietários, controladores,
diretores de empresas que gozem de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público,
ou nela exercer função remunerada.
d) no caso de senador ou deputado que pratique procedimento declarado incompatível com o decoro
parlamentar, a perda do mandato será declarada pela Mesa da casa respectiva, de ofício ou mediante
provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político com ou sem representação no
Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
e) não perderá o seu mandato o deputado ou senador, licenciado pela respectiva Casa por motivo de
doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento
não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.
GABARITO: E
e) não perderá o seu mandato o deputado ou senador, licenciado pela respectiva Casa por motivo
de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o
afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.
514
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a) perderá o mandato o deputado ou senador que seja investido no cargo de Ministro de Estado,
por implicar em nítida violação da separação de poderes.
10% das sessões? De jeito nenhum. O parlamentar poder faltar até 1/3 das sessões ordinárias da Casa,
sem licença ou missão por esta autorizada:
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
....
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa
a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
c) desde a expedição do diploma os deputados e senadores não poderão ser proprietários,
controladores, diretores de empresas que gozem de favor decorrente de contrato com pessoa
jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada.
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
d) no caso de senador ou deputado que pratique procedimento declarado incompatível com o
decoro parlamentar, a perda do mandato será declarada pela Mesa da casa respectiva, de ofício
ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político com ou sem
representação no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
Errado, pois nessa hipótese, a perda do mandato será decidida pelo plenário da Câmara ou do Senado,
por maioria absoluta:
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
....
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
....
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou
pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido
político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
Preste atenção na correlação entre as hipóteses de perda de mandato e as competências das Casas
Legislativas para determinar essa penalidade, informações do art. 55 da CF/88 muito cobradas em
prova:
a) Perda de mandato do deputado ou senador, decidida pela Mesa da Câmara ou do Senado, de ofício,
quando:
I) O congressista deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias
da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
II) o congressista perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
III) quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição.
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b) A perda de mandato decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, mediante
provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada
ampla defesa, do parlamentar:
I) que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo 54 (impedimentos a partir da diplomação
ou a partir da posse);
II) cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III) que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.
Perceba que as violações ou delitos mais graves cometidos pelos parlamentares (violação às proibições
expressas, quebra de decoro e condenação criminal definitiva), paradoxalmente, mesmo sem a votação
secreta, permanecem tendo maior dificuldade para resultarem na perda do mandato do parlamentar,
pois exigem deliberação de um juízo de conveniência pela maioria absoluta da Casa
respectiva. A quebra de decoro envolve, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das
prerrogativas asseguradas aos membros do Congresso ou a percepção de vantagens indevidas.
A condenação criminal transitada em julgado é a mais gritante incongruência dessa regra, já que o
art. 15, III, da CF/88, estabelece, para qualquer cidadão, a perda ou suspensão dos direitos políticos no
caso de condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.
d) deve consentir que o investigado convocado para prestar depoimento permaneça em silêncio, de modo
a evitar a autoincriminação, sendo cabível impetração de habeas corpus preventivo pelo interessado para
assegurar que não seja preso acaso, nessas circunstâncias, silencie.
e) funcionará pelo prazo estipulado em seu ato de instituição, admitidas prorrogações, desde que
observado o limite temporal máximo estabelecido no regimento interno da Assembleia Legislativa, uma
vez que esse tema se insere no âmbito das competências privativas do Poder Legislativo.
GABARITO: D
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d) deve consentir que o investigado convocado para prestar depoimento permaneça em silêncio,
de modo a evitar a autoincriminação, sendo cabível impetração de habeas corpus preventivo pelo
interessado para assegurar que não seja preso acaso, nessas circunstâncias, silencie.
Correta nos termos da decisão proferida pelo STF, lembrando que a testemunha não pode invocar o
direito ao silêncio, somente o investigado, em face do princípio da não autoincriminação:
EMENTA: Habeas corpus. Comissão Parlamentar de Inquérito. Direito ao silêncio, garantia contra a auto-
incriminação e direito de assistência por advogado. É jurisprudência pacífica desta Corte a possibilidade
de o investigado, convocado para depor perante CPI, permanecer em silêncio, evitando-se a auto-
incriminação, além de ter assegurado o direito de ser assistido por advogado e de comunicar-se com este
durante a sua inquirição. (HC 100200, Relator Min. Joaquim Barbosa, Julgamento em: 8/4/2010)
Demais assertiva incorretas:
Errado, visto que a disciplina de constituição e funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito deve
seguir o modelo federal (art. 58, § 3º), em todos os legislativos locais. Segundo o STF,
"In casu, inexiste qualquer omissão, contradição ou obscuridade no acórdão embargado, o qual assentou
clarividentemente o entendimento de que a garantia da instalação de determinada Comissão Parlamentar
de Inquérito independe de deliberação plenária da respectiva Casa Legislativa. 3. Os requisitos formais
de constituição de Comissões Parlamentares de Inquérito – tal como a exigência constitucional do
quórum de um terço para o seu requerimento – continuam sendo exigidos, nos termos do que prevê, por
exemplo, o art. 58, § 3º, do texto constitucional, bem como na linha do que afirmado, e não afastado, pelo
acórdão embargado. (ADI 3619 ED / SP Relator Min. Luiz Fux, julgamento em 19/8/2015).
Constituição Federal:
Art. 58........
....
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela
Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento
de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade
civil ou criminal dos infratores.
b) depende de autorização judicial para decretar a quebra de sigilo bancário de investigados,
diferentemente de CPI instaurada em âmbito federal, que dispõe de poder para tanto.
Ambas as CPI's têm poder para decretar a quebra de sigilo bancário de investigados, conforme farta
jurisprudência do Supremo:
A QUEBRA DO SIGILO CONSTITUI PODER INERENTE À COMPETÊNCIA INVESTIGATÓRIA
DAS COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO. - A quebra do sigilo fiscal, bancário e telefônico
de qualquer pessoa sujeita a investigação legislativa pode ser legitimamente decretada pela Comissão
Parlamentar de Inquérito, desde que esse órgão estatal o faça mediante deliberação adequadamente
fundamentada e na qual indique a necessidade objetiva da adoção dessa medida extraordinária.
Precedentes. - O sigilo bancário, o sigilo fiscal e o sigilo telefônico (sigilo este que incide sobre os
dados/registros telefônicos e que não se identifica com a inviolabilidade das comunicações telefônicas) -
ainda que representem projeções específicas do direito à intimidade, fundado no art. 5º, X, da Carta
Política - não se revelam oponíveis, em nosso sistema jurídico, às Comissões Parlamentares de Inquérito
(...) (CF, art. 5º, XXXV). (MS 24.817/DF relator Min. Celso de Mello, Julgamento em 3/2/2005)
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c) pode decretar a indisponibilidade de bens de investigado, como medida inerente à função de
fiscalização que exerce e aos poderes investigatórios de que dispõe, a exemplo do que se
reconhece às Cortes de Contas.
e) funcionará pelo prazo estipulado em seu ato de instituição, admitidas prorrogações, desde que
observado o limite temporal máximo estabelecido no regimento interno da Assembleia Legislativa,
uma vez que esse tema se insere no âmbito das competências privativas do Poder Legislativo.
Errado. Na criação de uma CPI é obrigatória a indicação de um prazo certo; porém o STF firmou
entendimento que este prazo certo não impede sucessivas prorrogações desde no âmbito da mesma
legislatura (período em que há mudança na composição da Casa Legislativa). A esse respeito, o STF
decidiu:
"A duração do inquérito parlamentar – com o poder coercitivo sobre particulares, inerentes à sua atividade
instrutória e à exposição da honra e da imagem das pessoas a desconfianças e conjecturas injuriosas –
e um dos pontos de tensão dialética entre a CPI e os direitos individuais, cuja solução, pela limitação
temporal do funcionamento do órgão, antes se deve entender matéria apropriada à lei do que aos
regimentos: donde, a recepção do art. 5º, § 2º, da Lei. 1.579/1952, que situa, no termo final de
legislatura em que constituída, o limite intransponível de duração, ao qual, com ou sem prorrogação do
prazo inicialmente fixado, se há de restringir a atividade de qualquer CPI" (RE 194.346 AgR, rel. min.
Joaquim Barbosa, j. 14/9/2010, 2ª turma).
a) exerce funções próprias das autoridades judiciais, inclusive as de natureza cautelar como busca e
apreensão de coisas e pessoas.
b) não pode determinar a condução coercitiva de testemunhas, nos termos da jurisprudência do STF na
ADPF nº 395-DF.
c) pode acessar dados referentes ao sigilo bancário, fiscal e telefônico de investigados e determinar
interceptações telefônicas, sem intermediação judicial.
d) é, via de regra, deflagrada pela minoria, mas obedece, no decorrer dos trabalhos, a lógica majoritária.
e) pode ter como objeto de investigação fato que não esteja no âmbito da competência legislativa ou
investigativa do parlamento, desde que de interesse público relevante.
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GABARITO: D
d) é, via de regra, deflagrada pela minoria, mas obedece, no decorrer dos trabalhos, a lógica
majoritária.
Excelente. Já começou a estudar para o Senado? Esta é questão certa. Para iniciar uma comissão
parlamentar de inquérito basta a iniciativa de um terço dos membros da Casa respectiva (que representa
uma minoria). Entretanto, para deliberar no âmbito da Comissão, prevalece a lógica da maioria, nos
termos da regra geral do art. 47 da Constituição e também do Regimento Interno de cada Casa:
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões
serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
Art. 58....
3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades
judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos
Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço
de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for
o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos
infratores.
A respeito do direito das minorias nas Casas parlamentares, assim se pronunciou o Supremo:
A norma inscrita no art. 58, § 3º, da Constituição da República destina-se a ensejar a participação ativa
das minorias parlamentares no processo de investigação legislativa, sem que, para tanto, mostre-se
necessária a concordância das agremiações que compõem a maioria parlamentar. (...) A ofensa ao direito
das minorias parlamentares constitui, em essência, um desrespeito ao direito do próprio povo, que
também é representado pelos grupos minoritários que atuam nas Casas do Congresso Nacional. (...) (MS
26.441, rel. min. Celso de Mello, julgamento. 25/4/2007)
Politicamente, a minoria representa o Partido ou Bloco Parlamentar imediatamente inferior ao partido ou
bloco integrado pela maioria absoluta dos membros da Casa ou que tiver o maior número de
representantes, nos termos do Regimento Interno da Câmara e do Senado.
a) exerce funções próprias das autoridades judiciais, inclusive as de natureza cautelar como
busca e apreensão de coisas e pessoas.
Medidas de natureza cautelar, como essas indicadas acima, são de prerrogativa exclusiva dos juízes,
conforme jurisprudência do STF:
Impossibilidade jurídica de CPI praticar atos sobre os quais incida a cláusula constitucional da reserva de
jurisdição, como a busca e apreensão domiciliar (...). Possibilidade, contudo, de a CPI ordenar busca e
apreensão de bens, objetos e computadores, desde que essa diligência não se efetive em local inviolável,
como os espaços domiciliares, sob pena, em tal hipótese, de invalidade da diligência e de ineficácia
probatória dos elementos informativos dela resultantes. Deliberação da CPI/Petrobras que, embora não
abrangente do domicílio dos impetrantes, ressentir-se-ia da falta da necessária fundamentação
substancial. Ausência de indicação, na espécie, de causa provável e de fatos concretos que, se presentes,
autorizariam a medida excepcional da busca e apreensão, mesmo a de caráter não domiciliar. (MS 33.663
MC, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 19-6-2015).
b) não pode determinar a condução coercitiva de testemunhas, nos termos da jurisprudência do
STF na ADPF nº 395-DF.
Pode determinar a condução coercitiva de testemunha, vítima ou perito, mas não de acusado ou réu, sob
pena de violação ao princípio da não auto-incriminação. Nesse sentido, o STF:
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"Veja-se a condução da testemunha, por exemplo. Existe o dever de depor como testemunha – art. 202
do CPP. O testigo deve fazer-se presente na hora e no local assinalados na intimação. Inexiste a
prerrogativa de fazer-se ausente. (...) O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, julgou
procedente a arguição de descumprimento de preceito fundamental, para pronunciar a não recepção da
expressão "para o interrogatório", constante do art. 260 do CPP, e declarar a incompatibilidade com a
Constituição Federal da condução coercitiva de investigados ou de réus para interrogatório, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de ilicitude das provas obtidas,
sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado". (ADPF 395 e 444, rel. min. Gilmar Mendes, julg. em
14/6/2018)
c) pode acessar dados referentes ao sigilo bancário, fiscal e telefônico de investigados e
determinar interceptações telefônicas, sem intermediação judicial.
Errado, visto que a interceptação telefônica, ao contrário da quebra de sigilo, só pode ser determinada
pelo juiz. Nesse sentido, o STF:
"O princípio constitucional da reserva de jurisdição não se estende ao tema da quebra de sigilo, pois,
em tal matéria, e por efeito de expressa autorização dada pela própria CR (CF, art. 58, § 3º), assiste
competência à CPI, para decretar, sempre em ato necessariamente motivado, a excepcional ruptura
dessa esfera de privacidade das pessoas" (HC 100.341, rel. Min. Joaquim Barbosa, julg. 4/11/2010).
"O princípio constitucional da reserva de jurisdição incide sobre as hipóteses de busca domiciliar (CF, art.
5º, XI), de interceptação telefônica (CF, art. 5º, XII) e de decretação da prisão, ressalvada a situação de
flagrância penal (CF, art. 5º, LXI)" (HC 100.341, rel. Min. Joaquim Barbosa, julg. 4/11/2010)
Note que a quebra de sigilo telefônico permitida às CPI's inclui apenas os dados da ligação (quem ligou,
para quem, duração, número, operadora de telefonia, horário etc) e não a transcrição das conversas.
e) pode ter como objeto de investigação fato que não esteja no âmbito da competência legislativa
ou investigativa do parlamento, desde que de interesse público relevante.
Errado, visto que CPI não pode ter como objeto de investigação matéria alheia à competência
investigatória do Parlamento ou que esteja sob reserva restrita de jurisdição, conforme já se pronunciou
o Supremo:
"Criação de CPI: requisitos constitucionais. O Parlamento recebeu dos cidadãos, não só o poder de
representação política e a competência para legislar, mas também o mandato para fiscalizar os órgãos e
agentes do Estado, respeitados, nesse processo de fiscalização, os limites materiais e as exigências
formais estabelecidas pela CF" (MS 24.831, rel. min. Celso de Mello, j. 22/6/2005)
a) a comissão poderá discutir e votar o projeto de lei de forma terminativa, na forma do regimento interno
se este dispensar a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da
Casa.
b) o projeto de lei não poderá ser discutido e votado de forma terminativa na referida comissão, sem
enviar ao Plenário, uma vez que não há previsão na Constituição Federal autorizando esse procedimento
legislativo.
c) a comissão poderá discutir e votar o projeto de lei, mas o seu resultado, se favorável à aprovação,
deverá ser submetido ao Plenário para ratificação da votação.
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d) o projeto de lei não poderá ser discutido e votado de forma terminativa na comissão parlamentar, uma
vez que esse tipo de delegação interna de competência legislativa é, expressamente, vedado pelo texto
constitucional.
e) a comissão não poderá discutir e votar o projeto de lei de forma terminativa, exceto se houver
delegação expressa da Mesa da Casa, para dispensar a competência do Plenário, devendo a sua
aprovação ocorrer por maioria absoluta dos membros da comissão.
GABARITO: A
Um projeto de lei em âmbito federal foi encaminhado à determinada comissão parlamentar para discussão
em razão da matéria de sua competência, e os seus membros pretendem votar o projeto de lei, sem
enviar ao Plenário. Nessa hipótese, a Constituição Federal estabelece que:
a) a comissão poderá discutir e votar o projeto de lei de forma terminativa, na forma do regimento
interno se este dispensar a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos
membros da Casa.
b) o projeto de lei não poderá ser discutido e votado de forma terminativa na referida comissão,
sem enviar ao Plenário, uma vez que não há previsão na Constituição Federal autorizando esse
procedimento legislativo.
O projeto de lei pode ser discutido e votado de forma terminativa (definitiva) nas respectivas comissões,
salvo recurso de um décimo dos membros da respectiva Casa Legislativa.
c) a comissão poderá discutir e votar o projeto de lei, mas o seu resultado, se favorável à
aprovação, deverá ser submetido ao Plenário para ratificação da votação.
O projeto de lei pode ser discutido e votado de forma terminativa (definitiva) nas respectivas comissões.
d) o projeto de lei não poderá ser discutido e votado de forma terminativa na comissão
parlamentar, uma vez que esse tipo de delegação interna de competência legislativa é,
expressamente, vedado pelo texto constitucional.
O projeto de lei pode ser discutido e votado de forma terminativa (definitiva) nas respectivas comissões,
salvo recurso de um décimo dos membros da respectiva Casa Legislativa. Essa regra é reproduzida no
Regimento Interno da Câmara e no do Senado Federal. Por exemplo, no art. 91, §§ 3º e 4º, do Regimento
Interno do Senado:
Art. 91. Às comissões, no âmbito de suas atribuições, cabe, dispensada a competência do Plenário, nos
termos do art. 58, § 2º, I, da Constituição, discutir e votar:
.............
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§ 3º No prazo de cinco dias úteis, contado a partir da publicação da comunicação referida no § 2º no
avulso eletrônico da Ordem do Dia da sessão seguinte, poderá ser interposto recurso para apreciação da
matéria pelo Plenário do Senado.
§ 4º O recurso, assinado por um décimo dos membros do Senado, será dirigido ao Presidente da Casa
e) a comissão não poderá discutir e votar o projeto de lei de forma terminativa, exceto se houver
delegação expressa da Mesa da Casa, para dispensar a competência do Plenário, devendo a sua
aprovação ocorrer por maioria absoluta dos membros da comissão.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
No Brasil, sabemos que a separação de poderes não é estanque, ou seja, rígida. Adotamos o princípio
da especialização das funções, em que aos poderes são distribuídas funções típicas, mas lhes permitindo
o desempenho atípico de funções.
Funções atípicas? Sim, não primordiais, as quais, a rigor, são pertencentes a outros poderes. Por
exemplo, compete tipicamente ao Legislativo legislar, certo? Então, só que, no Brasil, o Poder Executivo
também legisla ao editar medidas provisórias (função atípica legislativa).
Voltando à questão, é muito comum nós pensarmos que a única função típica do legislativa é legislar. Só
que não! Ao lado da função normativa, há a função concreta do Poder Legislativo, a de fiscalizar. É o que
a CF nomina de controle externo parlamentar.
Esse controle externo pode ser direto, assim definido porque posto em operação pela Casa Legislativa e
suas comissões.
Comissões? Sim. Um exemplo clássico e o trabalho das CPIs, daí a correção da sentença. Vamos juntos
reler a sentença:
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a) A Comissão Parlamentar de Inquérito deverá postular ao Poder Judiciário uma ordem de busca e
apreensão dos documentos, expondo fundamentadamente as suas razões.
b) A ALAP deverá postular ao Poder Judiciário uma ordem de busca e apreensão dos documentos,
expondo fundamentadamente as suas razões.
c) A Mesa da ALAP deverá postular ao Poder Judiciário uma ordem de busca e apreensão dos
documentos, expondo fundamentadamente as suas razões.
d) A Comissão Parlamentar de Inquérito, que dispõe de poderes de investigação próprios das autoridades
judiciais, deverá determinar à autoridade policial que apreenda os documentos, desde que aprovada a
diligência por maioria absoluta de seus membros.
e) A Comissão Parlamentar de Inquérito, que tem poderes de investigação próprios das autoridades
judiciais, deverá determinar à autoridade policial que apreenda os documentos, desde que aprovada a
diligência por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
GABARITO: B
b) A ALAP deverá postular ao Poder Judiciário uma ordem de busca e apreensão dos
documentos, expondo fundamentadamente as suas razões.
Correto, visto que o mandado de busca e apreensão em recinto inviolável só pode ser expedido pelo juiz,
conforme já se pronunciou o STF:
"Impossibilidade jurídica de CPI praticar atos sobre os quais incida a cláusula constitucional da reserva
de jurisdição, como a busca e apreensão domiciliar (...). Possibilidade, contudo, de a CPI ordenar busca
e apreensão de bens, objetos e computadores, desde que essa diligência não se efetive em local
inviolável, como os espaços domiciliares, sob pena, em tal hipótese, de invalidade da diligência e de
ineficácia probatória dos elementos informativos dela resultantes". (MS 33.663-MC, rel. Min. Celso de
Mello, julg. 19/6/2015)
Demais incorretas:
a) A Comissão Parlamentar de Inquérito deverá postular ao Poder Judiciário uma ordem de busca
e apreensão dos documentos, expondo fundamentadamente as suas razões.
A Assembleia Legislativa é o Órgão que deverá postular ao Poder Judiciário a medida, em nome próprio.
O Supremo já assentou que
alguns órgãos despersonalizados, notadamente de estatura constitucional, possuem a chamada
personalidade judiciária, isto é, possuem capacidade de atuar em juízo, notadamente para a defesa de
suas prerrogativas institucionais. Nesse sentido, o STF:
"...personalidade judiciária (capacidade para ser parte) ou mesmo, como no caso, capacidade processual
(para estar em juízo). Tal legitimidade existe quando o órgão despersonalizado, por não dispor de meios
extrajudiciais eficazes para garantir seus direitos-função contra outra instância de Poder do Estado,
necessita da tutela jurisdicional. Essa capacidade, que decorre do próprio sistema de freios e
contrapesos, não exime o julgador de verificar a legitimidade ad causam do órgão despersonalizado, isto
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é, sua legitimidade para a causa concretamente apreciada (RE 595.176, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julg.
12/4/2010)".
c) A Mesa da ALAP deverá postular ao Poder Judiciário uma ordem de busca e apreensão dos
documentos, expondo fundamentadamente as suas razões.
a) se instalada, a CPI estará impedida de exigir informações contábeis das empresas investigadas, por
não dispor de poderes para determinar a quebra do sigilo bancário e fiscal das empresas contribuintes
investigadas, ambas matérias sujeitas à reserva jurisdicional.
b) os atos de investigação da CPI estarão sujeitos a controle jurisdicional, mediante provocação dos
interessados, inclusive por meio de mandado de segurança, em defesa de direito líquido e certo próprio,
não se aplicando, nessa hipótese, a regra da prejudicialidade por perda de objeto, ainda que haja a
extinção da CPI em virtude da conclusão dos trabalhos investigatórios.
c) para ser instalada, a CPI dependerá do requerimento de, no mínimo, um terço dos membros da
Câmara dos Vereadores, sujeitando-se ainda a eventual aprovação do Plenário, caso assim previsto na
Lei Orgânica municipal ou Regimento Interno do órgão legislativo respectivo.
d) para seu funcionamento, a CPI estará sujeita ao prazo determinado em seu ato de instalação,
admitidas prorrogações, igualmente determinadas e devidamente justificadas, dentro da legislatura
respectiva, cabendo-lhe, se for o caso, o encaminhamento de suas conclusões ao Ministério Público, para
promoção da responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
e) a CPI não poderá ser instalada, uma vez que o objeto de investigação não se insere dentro das
competências do Município, mas sim do Estado, seja por recair sobre conduta que extrapola os limites
territoriais municipais, seja por existir suspeita da prática de crime, sujeita, portanto, à investigação e
persecução penal.
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GABARITO: D
A Câmara Municipal de uma Capital estadual pretende instalar Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
para investigar possível ilicitude na conduta de empresas que, embora prestem serviço na Capital,
recolhem o Imposto sobre Serviços em Município vizinho, onde tais empresas têm filiais, e no qual a
alíquota incidente sobre a base de cálculo do imposto é menor, prática que, entendem os Vereadores,
tem redundado em sonegação fiscal vultosa, causadora de prejuízos à Prefeitura da Capital. Nesse caso,
considerada a disciplina da matéria na Constituição Federal e a jurisprudência pertinente do Supremo
Tribunal Federal,
d) para seu funcionamento, a CPI estará sujeita ao prazo determinado em seu ato de instalação,
admitidas prorrogações, igualmente determinadas e devidamente justificadas, dentro da
legislatura respectiva, cabendo-lhe, se for o caso, o encaminhamento de suas conclusões ao
Ministério Público, para promoção da responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Correto, nos termos do art. 58, § 3º, da Constituição, e da jurisprudência do Supremo, que se aplica às
CPI's federais, estaduais, distritais ou municipais:
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas
na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
...
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela
Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento
de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade
civil ou criminal dos infratores.
"A duração do inquérito parlamentar – com o poder coercitivo sobre particulares, inerentes à sua atividade
instrutória e à exposição da honra e da imagem das pessoas a desconfianças e conjecturas injuriosas –
e um dos pontos de tensão dialética entre a CPI e os direitos individuais, cuja solução, pela limitação
temporal do funcionamento do órgão, antes se deve entender matéria apropriada à lei do que aos
regimentos: donde, a recepção do art. 5º, § 2º, da Lei. 1.579/1952, que situa, no termo final de
legislatura em que constituída, o limite intransponível de duração, ao qual, com ou sem prorrogação do
prazo inicialmente fixado, se há de restringir a atividade de qualquer CPI" (RE 194.346 AgR, rel. min.
Joaquim Barbosa, j. 14/9/2010, 2ª turma).
Demais incorretas:
As CPI's podem requerer informações contábeis das empresas investigadas, porquanto o STF já decidiu
que o sigilo bancário e fiscal não é oponível à atividade sindicante das CPI's:
"A fundamentação exigida das Comissões Parlamentares de Inquérito quanto à quebra de sigilo bancário,
fiscal, telefônico e telemático não ganha contornos exaustivos equiparáveis à dos atos dos órgãos
investidos do ofício judicante. Requer-se que constem da deliberação as razões pelas quais veio a ser
determinada a medida" (MS 24.749, rel. min. Marco Aurélio, julg. 29/9/2004, Plenário).
"O princípio constitucional da reserva de jurisdição – que incide sobre as hipóteses de busca domiciliar
(CF, art. 5º, XI), de interceptação telefônica (CF, art. 5º, XII) e de decretação da prisão, ressalvada a
situação de flagrância penal (CF, art. 5º, LXI) – não se estende ao tema da quebra de sigilo, pois, em
tal matéria, e por efeito de expressa autorização dada pela própria CR (CF, art. 58, § 3º), assiste
competência à CPI, para decretar, sempre em ato necessariamente motivado, a excepcional ruptura
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dessa esfera de privacidade das pessoas" (MS 23.452, Rel. Min. Celso de Mello, Pleno, julg. em
16/09/1999).
b) os atos de investigação da CPI estarão sujeitos a controle jurisdicional, mediante provocação
dos interessados, inclusive por meio de mandado de segurança, em defesa de direito líquido e
certo próprio, não se aplicando, nessa hipótese, a regra da prejudicialidade por perda de objeto,
ainda que haja a extinção da CPI em virtude da conclusão dos trabalhos investigatórios.
A criação de CPI's depende unicamente do requerimento de um terço dos membros da Câmara Municipal,
não se sujeitando ao escrutínio do plenário. Nesse sentido, o STF:
"3º), cumpre, ao presidente da Casa Legislativa, adotar os procedimentos subsequentes e necessários à
efetiva instalação da CPI, não se revestindo de legitimação constitucional o ato que busca submeter, ao
Plenário da Casa Legislativa, quer por intermédio de formulação de questão de ordem, quer mediante
interposição de recurso ou utilização de qualquer outro meio regimental, a criação de qualquer CPI. (MS
26.441, rel. min. Celso de Mello, j. 25/4/2007, Plenário)
e) a CPI não poderá ser instalada, uma vez que o objeto de investigação não se insere dentro das
competências do Município, mas sim do Estado, seja por recair sobre conduta que extrapola os
limites territoriais municipais, seja por existir suspeita da prática de crime, sujeita, portanto, à
investigação e persecução penal.
O objeto certo de investigação da CPI municipal diz respeito aos interesses do Município, visto que as
empresas que prestam serviços no local estão recolhendo ISS no Município vizinho. O fato de existir
suspeita de prática de crime, sujeita à investigação e persecução penal, não impede o trabalho
investigatório da CPI, que poderá encaminhar o resultado de suas investigações ao Ministério Público,
para que promova as ações cabíveis.
a) Tem competência a CPI para expedir decreto de indisponibilidade de bens de particular, como medida
de instrução a embasar futura medida cautelar perante o Poder Judiciário.
b) A CPI tem poderes para determinar a busca e apreensão de bens, objetos e computadores, desde
que essa diligência não se efetive em local inviolável, como os espaços domiciliares.
c) As ações de mandado de segurança e de habeas corpus impetradas contra CPIs não se extinguem
em virtude da conclusão dos seus trabalhos investigatórios se não aprovado seu relatório final.
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d) Diferentemente do entendimento que se aplica às CPIs em âmbito federal, uma CPI estadual não pode
requerer a quebra de sigilo de dados bancários do investigado.
GABARITO: B
b) A CPI tem poderes para determinar a busca e apreensão de bens, objetos e computadores,
desde que essa diligência não se efetive em local inviolável, como os espaços domiciliares.
Correto. Cuidado, não confunda a vedação de busca e apreensão determinada por CPI em ambiente
domiciliar com a busca em ambiente não privativo, que é permitida, segundo jurisprudência do STF:
Impossibilidade jurídica de CPI praticar atos sobre os quais incida a cláusula constitucional da reserva de
jurisdição, como a busca e apreensão domiciliar (...). Possibilidade, contudo, de a CPI ordenar busca e
apreensão de bens, objetos e computadores, desde que essa diligência não se efetive em local inviolável,
como os espaços domiciliares, sob pena, em tal hipótese, de invalidade da diligência e de ineficácia
probatória dos elementos informativos dela resultantes. Deliberação da CPI/Petrobras que, embora não
abrangente do domicílio dos impetrantes, ressentir-se-ia da falta da necessária fundamentação
substancial. Ausência de indicação, na espécie, de causa provável e de fatos concretos que, se presentes,
autorizariam a medida excepcional da busca e apreensão, mesmo a de caráter não domiciliar. (MS 33.663
MC, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 19/6/2015).
Demais alternativas incorretas:
a) Tem competência a CPI para expedir decreto de indisponibilidade de bens de particular, como
medida de instrução a embasar futura medida cautelar perante o Poder Judiciário.
Errado, visto que conforme assentado pelo STF, o encerramento dos trabalhos da Comissão torna
prejudicadas esses writs constitucionais:
"A jurisprudência do STF entende prejudicadas as ações de mandado de segurança e de habeas corpus,
sempre que – impetrados tais writsconstitucionais contra CPIs – vierem estas a extinguir-se, em virtude
da conclusão de seus trabalhos investigatórios, independentemente da aprovação, ou não, de seu
relatório final". (MS 23.852 QO, rel. min. Celso de Mello, julg. 28/6/2001, Plenário)
d) Diferentemente do entendimento que se aplica às CPIs em âmbito federal, uma CPI estadual não
pode requerer a quebra de sigilo de dados bancários do investigado.
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O STF estendeu essa competência, não expressamente prevista na LC 105/2001, para as CPI's no âmbito
estadual:
Poderes de CPI estadual: ainda que seja omissa a LC 105/2001, podem essas comissões estaduais
requerer quebra de sigilo de dados bancários, com base no art. 58, § 3º, da Constituição. (ACO 730, rel.
min. Joaquim Barbosa, julgamento em 22/9/2004)
a) legalidade formal da instauração da comissão, que, durante seus trabalhos, terá poderes de
investigação próprios das autoridades judiciais, como a quebra dos sigilos fiscal e bancário, além de
outros previstos no Regimento Interno da Casa Legislativa;
b) ilegalidade formal da instauração da comissão, eis que o requerimento de sua instauração deveria ter
sido subscrito pela maioria absoluta dos deputados, por expressa exigência constitucional;
c) ilegalidade formal da instauração da comissão, eis que os investigados deveriam pertencer ao próprio
Poder Legislativo, sendo certo que os agentes políticos do Poder Executivo devem ser investigados
exclusivamente pelo Ministério Público;
d) legalidade formal da instauração da comissão, que, durante seus trabalhos, terá poderes de
investigação próprios das autoridades judiciais, como proceder à oitiva de testemunhas e determinar a
busca e apreensão domiciliar e a interceptação telefônica;
GABARITO: A
Assembleia Legislativa de determinado Estado da Federação instaurou, por prazo certo, uma comissão
parlamentar de inquéritos, mediante requerimento de um terço de seus membros, para apurar fato
determinado, consistente em eventual esquema de mensalão envolvendo os Secretários de Estado de
Fazenda e de Administração. Instado a promover o controle de legalidade do ato do parlamento, em
relação à instauração e aos trabalhos a serem desenvolvidos pela CPI, o Ministério Público Estadual
deverá consignar a:
a) legalidade formal da instauração da comissão, que, durante seus trabalhos, terá poderes de
investigação próprios das autoridades judiciais, como a quebra dos sigilos fiscal e bancário, além
de outros previstos no Regimento Interno da Casa Legislativa;
Correta, nos termos do § 3º do art. 58, Constituição Federal, do ponto de vista formal, dos requisitos para
formação da CPI. E com relação à eventual quebra de sigilos bancário e fiscal dos suspeitos envolvidos
de participar do mensalão, o STF já determinou que as Comissões Parlamentares de Inquérito têm poder
para tal, inclusive as comissões parlamentares de inquérito estaduais:
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Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas
na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
...
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela
Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento
de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade
civil ou criminal dos infratores.
Segundo o STF,
"Função fiscalizadora exercida pelo Poder Legislativo. Mecanismo essencial do sistema de checks and
counterchecks adotado pela CF de 1988. Vedação da utilização desse mecanismo de controle pelos
órgãos legislativos dos Estados-membros. Impossibilidade. Violação do equilíbrio federativo e da
separação de poderes. Poderes de CPI estadual: ainda que seja omissa a LC 105/2001, podem essas
comissões estaduais requerer quebra de sigilo de dados bancários, com base no art. 58, § 3º, da
Constituição". (ACO 730, rel. min. Joaquim Barbosa, julgamento em 22/9/2004).
Demais alternativas incorretas:
d) legalidade formal da instauração da comissão, que, durante seus trabalhos, terá poderes de
investigação próprios das autoridades judiciais, como proceder à oitiva de testemunhas
e determinar a busca e apreensão domiciliar e a interceptação telefônica;
A CPI pode conduzir coercitivamente testemunhas, sem intervenção judicial, conforme antiga
jurisprudência do Supremo:
"Habeas corpus: cabimento, em caráter preventivo, contra ameaça de constrangimento à liberdade de
locomoção, materializada na intimação do paciente para depor em CPI, que contém em si a possibilidade
de condução coercitiva da testemunha que se recuse a comparecer, como, no caso, se pretende ser
direito seu" (HC 71.193 SP, rel. min. Sepúlveda Pertence, julg. 6/4/1994)
Mas a CPI não pode autorizar mandado de busca e apreensão domiciliar (mandar polícia federal ir até
casa ou domicílio profissional do investigado e vasculhar seus pertences), pois só o juiz pode demandar.
"Impossibilidade jurídica de CPI praticar atos sobre os quais incida a cláusula constitucional da reserva
de jurisdição, como a busca e apreensão domiciliar (...). Possibilidade, contudo, de a CPI ordenar busca
e apreensão de bens, objetos e computadores, desde que essa diligência não se efetive em local
inviolável, como os espaços domiciliares, sob pena, em tal hipótese, de invalidade da diligência e de
ineficácia probatória dos elementos informativos dela resultantes". (MS 33.663-MC, rel. Min. Celso de
Mello, julg. 19/6/2015)
e) legalidade formal da instauração da comissão, cujas conclusões deverão ser encaminhadas à
Procuradoria-Geral do Estado, para que promova a responsabilização civil e criminal dos
infratores.
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As conclusões devem ser encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade
civil ou criminal dos infratores, na pessoa do Procurador-Geral de Justiça e não do Procurador-Geral
do Estado, representante da advocacia pública estadual.
a) Orçamento Participativo.
c) Conferências Populares.
d) Audiências Públicas.
e) Assembleias Gerais.
GABARITO: D
Dentre as diferentes formas de participação social previstas no ordenamento jurídico brasileiro, existe
uma que está prevista no texto constitucional, tratando expressamente da interação entre as comissões
das Casas Legislativas e as entidades da Sociedade Civil. Esse mecanismo de participação social, de
caráter exclusivamente consultivo, é conhecido por:
d) Audiências Públicas.
Correta, por força da determinação constitucional do § 2º, inciso II, do art. 58, da Constituição Federal:
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas
na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
...
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
...
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil.
As audiências públicas constituem-se em verdadeiras arenas de dissensos, canais de ligação entre os
decisores e eleitores, entre agente e principal, entre a sociedade civil e o poder público, possibilitando
que as opiniões e conhecimentos de especialistas e destinatários das políticas em discussão possam
expor suas ideias e apresentar suas contribuições sobre o tema.
Guarde ainda que as audiências públicas estão sendo cada vez mais utilizadas também pelo Poder
Judiciário, em especial pelo Supremo (vide audiências públicas nas Ações Direta de
Inconstitucionalidade 3.510, rel. Min. Ayres Brito, 2.321, rel. Min. Celso de Mello, 5.527, rel. Min. Rosa
Weber, 4.679, rel. Min. Luiz Fux, 4.439, rel. Min. Roberto Barroso e outras).
a) Orçamento Participativo.
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b) Conselhos Gestores de Políticas Públicas.
c) Conferências Populares.
e) Assembleias Gerais.
Incorreta, pois as assembleias gerais possuem caráter deliberativo, e estão previstas em diversos fóruns
públicos e privados, como por exemplo nas organizações profissionais e sindicais, previstas no art. 8º, IV
da CF/88
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
...
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será
descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva,
independentemente da contribuição prevista em lei.
d) Embora seja assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos
blocos parlamentares na constituição de cada comissão, tal garantia não se aplica na constituição das
Mesas das Casas do Congresso Nacional.
GABARITO: E
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas
na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo
se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;
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Abaixo, os erros nos demais itens:
Podem discutir e votar, mas não contam com iniciativa privativa de lei, é comum ou concorrente, vejamos:
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos,
na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas
na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo
se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou
omissões das autoridades ou entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles
emitir parecer.
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões
serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
Presente a maioria absoluta, ou seja, metade mais 1 de todos os integrantes da Casa Legislativa.
d) Embora seja assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou
dos blocos parlamentares na constituição de cada comissão, tal garantia não se aplica na
constituição das Mesas das Casas do Congresso Nacional.
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas
na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.
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Questão 39: CEBRASPE (CESPE)
Com relação ao Poder Legislativo, julgue o item seguinte.
As comissões parlamentares de inquérito criadas no âmbito das câmaras municipais possuem os mesmos
poderes de investigação das autoridades judiciais, inclusive para determinar a condução coercitiva de
eventuais investigados, para fins de interrogatório.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
Boa questão. Aqui, temos que diferenciar testemunha, investigados e particulares, para prestar
esclarecimentos. Quanto às testemunhas e particulares, o Supremo já se pronunciou pela possibilidade
de CPI convocá-los, sem intervenção judicial:
"Habeas corpus: cabimento, em caráter preventivo, contra ameaça de constrangimento à liberdade de
locomoção, materializada na intimação do paciente para depor em CPI, que contém em si a possibilidade
de condução coercitiva da testemunha que se recuse a comparecer, como, no caso, se pretende ser
direito seu" (HC 71.193 SP, rel. min. Sepúlveda Pertence, julg. 6/4/1994)
"Quanto à presença do paciente perante a Comissão, esta CORTE já assentou a obrigatoriedade de
comparecimento de particular, devidamente intimado, para prestar esclarecimento perante CPI (HC
71.261/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence) (...) A possibilidade de condução coercitiva decorre da
legislação processual penal (CPP) e da Lei 1.579/52, ao afirmar que a medida pode ser determinada pela
autoridade. A necessidade de se ordenar a condução deve ser aferida caso a caso, com base no
irrecusável poder geral de cautela do juiz criminal, e de modo devidamente fundamentado, observada a
adequação, utilidade e proporcionalidade da medida (HC 150.180/DF, rel. Min. Alexandre de Moraes,
decisão 13/11/2017)
Entretanto, o plenário do STF declarou que a condução coercitiva de réu ou investigado para
interrogatório, constante do artigo 260 do Código de Processo Penal (CPP), não foi recepcionada pela
Constituição de 1988, o que por consequência, aplica-se às CPI's:
"O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, julgou procedente a arguição de
descumprimento de preceito fundamental, para pronunciar a não recepção da expressão "para o
interrogatório", constante do art. 260 do CPP, e declarar a incompatibilidade com a Constituição Federal
da condução coercitiva de investigados ou de réus para interrogatório, sob pena de responsabilidade
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de ilicitude das provas obtidas, sem prejuízo da
responsabilidade civil do Estado". (ADPF 395 e 444, rel. min. Gilmar Mendes, julg. em 14/6/2018)
Errada, portanto, a questão.
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Questão 40: FCC
As comissões parlamentares de inquérito, segundo texto constitucional expresso,
a) terão conclusões sempre encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade
dos infratores.
b) podem ser criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, sempre em conjunto, mediante
requerimento da maioria absoluta de seus membros.
c) podem ser criadas pela Câmara dos Deputados, mediante requerimento de um terço de seus
membros.
d) possuem poderes de investigação próprios das autoridades administrativas, com alguns poderes de
autoridades judiciais, especificamente previstos no texto constitucional.
e) podem ser criadas pelo Senado Federal, para apuração de fatos determinados, pela maioria simples
de seus membros, por prazo indeterminado, necessário à efetiva apuração.
GABARITO: C
c) podem ser criadas pela Câmara dos Deputados, mediante requerimento de um terço de seus
membros.
Incorreta, pois o final do texto do § 3º do art. 58 da CF/1988, prevê que as conclusões são encaminhadas
ao Ministério Público caso haja indícios para responsabilização civil ou criminal dos infratores.
b) podem ser criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, sempre em conjunto,
mediante requerimento da maioria absoluta de seus membros.
Incorreta, pois o § 3º do art. 58 da CF/1988, prevê que as comissões podem ser mistas ou
separadamente por uma das Casas Legislativas e o requerimento é de um terço dos membros.
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Poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, os quais não estão previstos expressamente
no texto constitucional, mas definidos, em grande medida, pela jurisprudência do Supremo.
e) podem ser criadas pelo Senado Federal, para apuração de fatos determinados, pela maioria
simples de seus membros, por prazo indeterminado, necessário à efetiva apuração.
Serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente,
mediante requerimento de um terço de seus membros para a apuração de fato determinado e por prazo
certo. O prazo certo não impede sucessivas prorrogações desde no âmbito da mesma
legislatura (período em que há mudança na composição da Casa Legislativa). A esse respeito, o STF
decidiu:
"A duração do inquérito parlamentar – com o poder coercitivo sobre particulares, inerentes à sua atividade
instrutória e à exposição da honra e da imagem das pessoas a desconfianças e conjecturas injuriosas –
e um dos pontos de tensão dialética entre a CPI e os direitos individuais, cuja solução, pela limitação
temporal do funcionamento do órgão, antes se deve entender matéria apropriada à lei do que aos
regimentos: donde, a recepção do art. 5º, § 2º, da Lei. 1.579/1952, que situa, no termo final de
legislatura em que constituída, o limite intransponível de duração, ao qual, com ou sem prorrogação do
prazo inicialmente fixado, se há de restringir a atividade de qualquer CPI" (RE 194.346 AgR, rel. min.
Joaquim Barbosa, j. 14/9/2010, 2ª turma).
a) Em função do princípio federativo, a CPI estadual não pode convidar autoridade federal para prestar
depoimento.
b) Para a constituição válida da CPI estadual, é necessário haver correlação entre o respectivo objeto e
a competência conferida constitucionalmente à Assembleia Legislativa.
c) Em relação às deliberações tomadas pela CPI estadual, vigora o princípio da colegialidade, embora
algumas decisões urgentes relacionadas ao poder geral de cautela, como a indisponibilidade de bens dos
investigados, possam ser definidas de forma isolada pelo presidente da CPI.
GABARITO: B
Para o STF (HC 71039), a possibilidade de criação de CPI se não duvida, nem discute; é tranquila; mas
não é sobre todo e qualquer assunto. Mas sobre todos os assuntos de competência da Assembleia; assim,
Câmara e Senado podem investigar questões relacionadas com a esfera federal de governo; tudo quanto
o Congresso pode regular, cabe-lhe investigar.
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O raio de ação das CPI's estaduais é circunscrito aos interesses do estado; da mesma forma quanto às
comissões municipais, que hão de limitar-se às questões de competência do município.
Abaixo, os erros:
Na letra A, a Corte entende que autoridade federal pode apenas ser convidada para prestar
esclarecimentos em CPI estadual, não estando obrigada a comparecer. Daí não ser aplicável a regra
prevista no art. 58, § 3º, da CF. É o que se observa no julgamento do RE 96.049, Min. Oscar Corrêa.
Na letra C, o poder geral de cautela não foi estendido à CPI. A esta não cabe, por exemplo, decretar a
indisponibilidade dos bens.
Na letra D, de fato, a CF prevê que a CPI deve atuar por prazo certo, mas, para o STF (HC 71231), não
quer significar que não possa haver prorrogação. Claro que tais prorrogações só dentro da legislatura. A
questão faz menção à sessão legislativa. E, como se sabe, uma legislatura conta com 4 sessões.
Na letra E, A Constituição do Brasil assegura a um terço dos membros da Câmara dos Deputados e a
um terço dos membros do Senado Federal a criação da comissão parlamentar de inquérito, deixando
porém ao próprio parlamento o seu destino.
A garantia assegurada a um terço dos membros da Câmara ou do Senado estende-se aos membros das
assembleias legislativas estaduais -- garantia das minorias. O modelo federal de criação e instauração
das comissões parlamentares de inquérito constitui matéria a ser compulsoriamente observada pelas
casas legislativas estaduais.
Não há razão para a submissão do requerimento de constituição de CPI a qualquer órgão da Assembleia
Legislativa.
a) instaurar inquérito policial e promover inquérito civil, para a proteção do patrimônio público e social.
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GABARITO: B
Os procedimentos de investigação próprios das autoridades judiciais fazem parte das atribuições da CPI
(CF/88, art. 58, § 3°), tendo como objetivo final a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo
suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Nesse sentido a CPI pode ouvir investigados e testemunhas, inclusive de forma coercitiva, realizar quebra
se sigilo fiscal, bancário e de dados, porém não de interceptação telefônica, por ser procedimento próprio
e reservado ao Poder Judiciário.
Uma vez que as funções de uma CPI estão direcionadas exclusivamente a poderes de investigação
próprios do Poder judiciário, é vedado à CPI determinar medidas cautelares tanto de ordem penal ou civil,
sendo atos exclusivos do Poder Judiciário (erro da alternativa C) assim como qualquer tipo de julgamento
ou atuação punitiva, tais como prisão, impedimentos, multa, etc. (erro da alternativa D), instaurar
inquéritos (erro da alternativa A), assim como suscitar incidente de deslocamento de competência, em
caso de violação dos direitos humanos (erro da alternativa E).
CF/88
(...)
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas
na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
(...)
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante
requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo,
sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Conforme a lição de Pedro Lenza, seguindo o posicionamento jurisprudencial do STF, são destacados os
poderes inerentes as CPIs, dentre eles a quebra de sigilo bancário por parte da CPI.:
Segundo Marcelo Novelino em síntese são destacados os principais poderes e limites vinculados a
atuação de uma CPI:
Poderes:
I) Previstos no regimento interno
II) Próprios de autoridade judicial (medidas instrutórias):
a) quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e de dados;
b) busca e apreensão de documentos;
c) condução coercitiva para depoimento;
d) realização de exames periciais.
Limites:
I) Direitos fundamentais individuais
a) sigilo profissional (CF, art. 5.°, XIV);
b) assistência de advogado e direito ao silêncio (CF, art. 5.°, LXIII).
II) Reserva constitucional de jurisdição:
a) invasão de domicílio (CF, art. 5.°, XI);
b) interceptação telefônica (CF, art. 5.°, XII);
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d) sigilo imposto a processo judicial (CF, art. 5.°, LX c/c o art. 93, IX).
III) Separação dos poderes:
a) formular acusações;
b) punir delitos.
IV) Medidas acautelatórias:
a) indisponibilidade de bens;
b) proibição de ausentar-se do país;
c) arresto;
d) sequestro;
e) hipoteca judiciária. (Marcelo Novelino, Manual de Direito Constitucional, 2014, grifo nosso)
b) o STF não tem competência originária para processar e julgar mandado de segurança e habeas corpus
impetrados contra Comissão Parlamentar de Inquérito constituída no âmbito do Congresso Nacional ou
quaisquer de suas casas.
d) não é função das Comissões receber petições, reclamações, representações ou queixas contra atos
ou omissões de autoridades ou entidades públicas, cabendo tais atribuições à Corregedoria do Congresso
Nacional.
GABARITO: C
Segundo a Constituição Federal, bem como o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF),
relativamente à organização e ao funcionamento de Comissões no âmbito do Congresso Nacional,
Na realidade, qualquer um do povo pode efetuar a prisão de alguém em flagrante delito. Também as
Comissões Parlamentares de Inquérito podem fazê-lo:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em
lei.
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Demais alternativas incorretas:
A quebra de sigilo telefônico permitida às CPI's inclui apenas os dados da ligação (quem ligou, para
quem, duração, número, operadora de telefonia, horário etc) e não a transcrição das conversas. Nesse
sentido, o Supremo tem diversos julgados:
"O princípio constitucional da reserva de jurisdição incide sobre as hipóteses de busca domiciliar (CF,
art. 5º, XI), de interceptação telefônica (CF, art. 5º, XII) e de decretação da prisão, ressalvada a situação
de flagrância penal (CF, art. 5º, LXI)" (HC 100.341, rel. Min. Joaquim Barbosa, julg. 4/11/2010)
"O princípio constitucional da reserva de jurisdição – que incide sobre as hipóteses de busca domiciliar
(CF, art. 5º, XI), de interceptação telefônica (CF, art. 5º, XII) e de decretação da prisão, ressalvada a
situação de flagrância penal (CF, art. 5º, LXI) – não se estende ao tema da quebra de sigilo, pois, em tal
matéria, e por efeito de expressa autorização dada pela própria CR (CF, art. 58, § 3º), assiste competência
à CPI, para decretar, sempre em ato necessariamente motivado, a excepcional ruptura dessa esfera de
privacidade das pessoas" (MS 23.452, Rel. Min. Celso de Mello, Pleno, julg. em 16/09/1999).
b) o STF não tem competência originária para processar e julgar mandado de segurança e habeas
corpus impetrados contra Comissão Parlamentar de Inquérito constituída no âmbito do Congresso
Nacional ou quaisquer de suas casas.
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Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas
na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
...
§ 4º Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por suas
Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum,
cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária.
c) aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes de
missão diplomática de caráter permanente.
d) conhecer do veto e sobre ele deliberar, além de aprovar o projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
e) estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
GABARITO: B
A Constituição Federal ao tratar “Das Comissões” do Poder Legislativo decidiu que, em razão da matéria
de sua competência, cabe a elas:
Incorreto, pois nos termos do art. 57 estas competências do Senado Federal e Câmara dos Deputados
são exercidas em sessão conjunta.
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de
julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
...
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§ 3º Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
reunir-se-ão em sessão conjunta para:
...
II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas.
c) aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes
de missão diplomática de caráter permanente.
Incorreto, segundo o art. 57, § 2º e § 3º IV, da CF, pois essa competência também é exercida sessão
conjunta da Câmara e do Senado.
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de
julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
...
§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.
§ 3º Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
reunir-se-ão em sessão conjunta para:
...
IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar.
e) estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.
Competência do Senado da República (art. 52, V, CF), ao lado de outras competências de natureza
semelhante relativas a finanças públicas:
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.....
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.
a) podem, por conta de seus poderes de investigação, determinar busca e apreensão domiciliar.
b) podem requerer quebra do sigilo bancário, por se tratar de competência sujeita à cláusula de reserva
de jurisdição.
c) têm como limite intransponível de duração o termo final da legislatura em que foram constituídas, em
razão da necessidade de desenvolverem seus trabalhos por prazo certo.
d) terão poderes de investigação próprios das autoridades policiais, além de outros previstos nos
regimentos das respectivas Casas, e serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal,
em conjunto ou separadamente.
GABARITO: C
A questão não decorre da literalidade da CF, mas sim de decisão do STF. De fato, a CF prevê que a CPI
deve atuar por prazo certo, mas, para o STF (HC 71231), não quer significar que não possa haver
prorrogação. Claro que tais prorrogações só dentro da legislatura. A questão faz menção à sessão
legislativa. E, como se sabe, uma legislatura conta com 4 sessões.
a) podem, por conta de seus poderes de investigação, determinar busca e apreensão domiciliar.
A busca e apreensão domiciliar é reserva de jurisdição, não podendo ser determinada por CPI.
b) podem requerer quebra do sigilo bancário, por se tratar de competência sujeita à cláusula de
reserva de jurisdição.
Se fosse reserva de jurisdição, não poderia a CPI reconhecer a quebra do sigilo. E, no caso concreto,
pode sim decretar a quebra de sigilos em geral: bancário, fiscal e telefônico. Não confundir com
interceptação telefônica, ok, esta é reserva de jurisdição.
d) terão poderes de investigação próprios das autoridades policiais, além de outros previstos nos
regimentos das respectivas Casas, e serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado
Federal, em conjunto ou separadamente.
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Não, precisam de ato coletivo dos membros. O presidente não pode decidir em nome da comissão
parlamentar.
a) Para o STF, é nula a intimação de indígena não aculturado para oitiva em CPI, na condição de
testemunha, fora de sua comunidade.
b) É constitucional a criação de CPI por assembleia legislativa de estado federado ficar condicionada à
aprovação de seu requerimento no plenário do referido órgão.
c) À CPI não é oponível o sigilo imposto a processos judiciais que tramitem sob o segredo de justiça.
d) Diferentemente do que ocorre com as investigações policiais, o procedimento das CPI não é
caracterizado pela unilateralidade.
e) É inconstitucional norma regimental da Câmara dos Deputados que limite o número de CPI em
funcionamento simultâneo
GABARITO: A
Com relação à disciplina constitucional das comissões parlamentares de inquérito (CPI), assinale a opção
correta de acordo com a doutrina e a jurisprudência do STF:
a) Para o STF, é nula a intimação de indígena não aculturado para oitiva em CPI, na condição de
testemunha, fora de sua comunidade.
Correto. A CPI não pode convocar um indígena não aculturado para depor nas dependências do
Congresso Nacional. Deverá colher o depoimento no âmbito da respectiva comunidade (índio não vai à
CPI é a CPI que vai até o índio, por intermédio de uma comissão de parlamentares). Essa audiência
deve ser realizada em data e horário previamente acertados com o chefe da aldeia e o depoimento deverá
ser assistido por um representante da FUNAI e um antropólogo conhecedor daquela comunidade
específica.
CPI: intimação de indígena para prestar depoimento na condição de testemunha, fora do seu habitat:
violação às normas constitucionais que conferem proteção específica aos povos indígenas (CF, arts. 215,
216 e 231). A convocação de um índio para prestar depoimento em local diverso de suas terras
constrange a sua liberdade de locomoção, na medida em que é vedada pela Constituição da República
a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo exceções nela previstas (CF/1988, art. 231, § 5º).
A tutela constitucional do grupo indígena, que visa a proteger, além da posse e usufruto das terras
originariamente dos índios, a respectiva identidade cultural, se estende ao indivíduo que o compõe,
quanto à remoção de suas terras, que é sempre ato de opção, de vontade própria, não podendo se
apresentar como imposição, salvo hipóteses excepcionais. (HC 80.240, rel. min. Sepúlveda Pertence,
julgamento em 20/6/2001).
Demais alternativas incorretas:
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Incorreta, pois nos termos do julgamento em ADI 3.619 do STF, essa prática é inconstitucional.
"A Constituição do Brasil assegura a 1/3 dos membros da Câmara dos Deputados e a 1/3 dos membros
do Senado Federal a criação da CPI, deixando, porém, ao próprio parlamento o seu destino. A garantia
assegurada a 1/3 dos membros da Câmara ou do Senado estende-se aos membros das assembleias
legislativas estaduais – garantia das minorias. O modelo federal de criação e instauração das CPIs
constitui matéria a ser compulsoriamente observada pelas casas legislativas estaduais. A garantia da
instalação da CPI independe de deliberação plenária, seja da Câmara, do Senado ou da assembleia
legislativa. (...) Não há razão para a submissão do requerimento de constituição de CPI a qualquer órgão
da assembleia legislativa. Os requisitos indispensáveis à criação das CPIs estão dispostos, estritamente,
no art. 58 da Constituição do Brasil/1988." (ADI 3.619, rel. min. Eros Grau, julgamento em 1º/8/2006).
c) À CPI não é oponível o sigilo imposto a processos judiciais que tramitem sob o segredo de
justiça.
Incorreta, pois a CPI não pode determinar a quebra de sigilo judicial (acesso a processo que tramita
em segredo de justiça), mas documentos de inquérito sigiloso pode haver quebra pela CPI. Isso porque
o inquérito não corresponde a uma fase processual ainda, mas é meramente um procedimento
inquisitório, a cujos documentos já juntados, que digam respeito à investigação, pode a CPI ter acesso.
Sobre o assunto o STF já se pronunciou:
"CPI não tem poder jurídico de, mediante requisição, a operadoras de telefonia, de cópias de decisão
nem de mandado judicial de interceptação telefônica, quebrar sigilo imposto a processo sujeito a segredo
de justiça. Este é oponível a CPI, representando expressiva limitação aos seus poderes
constitucionais." (MS 27.483 MC-REF, rel. min. Cezar Peluso, julgamento em 14/8/2008).
d) Diferentemente do que ocorre com as investigações policiais, o procedimento das CPI não
é caracterizado pela unilateralidade.
Errado. A Câmara dos Deputados possui uma regra regimental que limita em 5 o número de criações de
CPI`s simultâneas. Dessa forma, cada Casa Legislativa pode – pelo seu regime interno – estabelecer
limites quanto a quantidade de CPI`s tramitando simultaneamente. Entretanto, nem o Senado, em seu
regimento interno e nem o Congresso Nacional, no regimento comum, preveem um número específico de
CPI`s simultâneas. A esse respeito, o STF assim se pronunciou:
"A restrição estabelecida no § 4º do artigo 35 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que limita
em cinco o número de CPIs em funcionamento simultâneo, está em consonância com os incisos III e IV
do artigo 51 da Constituição Federal, que conferem a essa Casa Legislativa a prerrogativa de elaborar o
seu regimento interno e dispor sobre sua organização. Tais competências são um poder-dever que
permite regular o exercício de suas atividades constitucionais." (ADI 1.635, rel. min. Maurício Corrêa,
julgamento em 19/10/2000, Plenário)
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Poder Executivo
Questão 1: VUNESP
Em relação ao Poder Executivo, e conforme disciplinado na Constituição Federal, assinale a
alternativa correta.
b) Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, deverá ser convocada nova eleição
60 (sessenta) dias depois de aberta a última vaga.
c) Ocorrendo a vacância nos últimos três anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos
será feita em 45 (quarenta e cinco) dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
d) Em quaisquer dos casos ou situações de vacância dos cargos, os eleitos deverão cumprir mais quatro
anos de mandato.
e) Se decorridos 20 (vinte) dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente não tiver
assumido o cargo, este será declarado vago, devendo ocupar o cargo o Presidente do Superior Tribunal
Federal.
GABARITO: A
Correta, por força do art. 83 da CF/88, que estabelece a competência exclusiva do Congresso Nacional
para autorizar essa ausência:
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional,
ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.
Demais alternativas incorretas:
Incorreta, pois caso haja vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República será feita
eleição direta noventa dias depois de aberta a última vaga. Se as vagas forem abertas nos 2 últimos anos
de mandato, a eleição será indireta e feita 30 dias após a aberta a última vaga, pelo Congresso Nacional.
É o que prevê o art. 81, caput e § 1º, da CF/88.
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias
depois de aberta a última vaga.
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos
será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
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c) Ocorrendo a vacância nos últimos três anos do período presidencial, a eleição para ambos os
cargos será feita em 45 (quarenta e cinco) dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional,
na forma da lei.
Incorreta, pois ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para
ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, conforme o art.
81 e §1º da CF/88.
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias
depois de aberta a última vaga.
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos
será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
d) Em quaisquer dos casos ou situações de vacância dos cargos, os eleitos deverão cumprir mais
quatro anos de mandato.
Incorreta, pois os eleitos deverão cumprir o mandato restante de seus antecessores, conforme o §2º do
art. 81 da CF/88.
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias
depois de aberta a última vaga.
...
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.
e) Se decorridos 20 (vinte) dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente não
tiver assumido o cargo, este será declarado vago, devendo ocupar o cargo o Presidente do
Superior Tribunal Federal.
Incorreta, pois segundo o parágrafo único do art. 78 da CF/88, se decorridos dez dias da data fixada para
a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este
será declarado vago. O art. 80 prevê que a vacância dos cargos serão preenchidas, sucessivamente,
pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado federal e por último pelo Presidente
do STF.
Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional,
prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o
bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente,
salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
...
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos
cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos
Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.
Questão 2: FCC
Acerca do que disciplina a Constituição Federal sobre o Poder Executivo,
b) vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República nos dois primeiros anos do período
presidencial, far-se-á eleição trinta dias depois de aberta a última vaga.
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c) ocorrendo a vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República nos últimos dois anos
do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita noventa dias depois da última vaga,
por votação popular, na forma da lei.
e) será considerado eleito Presidente da República o candidato que, registrado por partido político,
obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
GABARITO: E
e) será considerado eleito Presidente da República o candidato que, registrado por partido
político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
Incorreta, pois aberta a vaga nos dois primeiros anos do mandato presidencial, a eleição direta ocorre 90
dias depois da vacância dos cargos do Presidente e do Vice, de acordo com o art. 81 da CF/1988.
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias
depois de aberta a última vaga.
c) ocorrendo a vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República nos últimos
dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita noventa dias depois
da última vaga, por votação popular, na forma da lei.
Incorreta, pois o § 1º do art. 81 da CF/1988 determina que as eleições indiretas pelo Congresso Nacional
ocorram 30 dias após aberta a última vaga nos dois anos finais do mandato.
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias
depois de aberta a última vaga.
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§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os
cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
d) o Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso
Nacional, ausentar-se do País por período superior a dez dias, sob pena de perda do cargo.
Incorreta, a autorização do Congresso Nacional é exigida para ausência superior a 15 dias, nos termos
do art. 83 da CF/1988.
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional,
ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.
É viável a extinção de órgãos públicos por meio de decreto do presidente da República na hipótese de
redução de despesa para a União.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
Os decretos autônomos foram reintroduzidos em nossa ordem jurídica pela Emenda Constitucional
32/2001. A partir da promulgação dessa, compete ao Presidente da República dispor, mediante decreto,
sobre:
É viável a extinção de órgãos públicos por meio de decreto do presidente da República na hipótese de
redução de despesa para a União.
Não pode, gente, criar ou extinguir órgãos públicos.
Questão 4: VUNESP
Assinale a alternativa correta, quanto ao regramento constitucional estabelecido para o Poder Executivo
federal.
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a) Compete privativamente ao Presidente da República remeter mensagem e plano de governo ao
Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa.
b) O Presidente da República não poderá delegar a atribuição de prover e extinguir os cargos públicos
federais ao Advogado-Geral da União.
c) Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços do Senado Federal, será ele
submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns.
d) O Presidente da República será submetido a julgamento perante o Congresso Nacional, nos crimes
de responsabilidade.
e) O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos
estranhos ao exercício de suas funções, salvo flagrante delito.
GABARITO: A
Assinale a alternativa correta, quanto ao regramento constitucional estabelecido para o Poder Executivo
federal.
Correta, conforme competência atribuída privativamente ao Presidente da República pelo art. 84, XI da
CF/1988
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
...
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão
legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias.
Demais alternativas incorretas:
Incorreta, pois essa é uma das três competências delegáveis, previstas no parágrafo único do art. 84 da
CF/1988:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
...
VI - dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem
criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
....
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
...
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI,
XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-
Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
c) Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços do Senado Federal, será
ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns.
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Incorreta, pois a Casa Legislativa que admite acusação contra o Presidente da República é a Câmara dos
Deputados, segundo o art. 86 da CF/1988:
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais
comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
d) O Presidente da República será submetido a julgamento perante o Congresso Nacional, nos
crimes de responsabilidade.
Incorreta, pois o julgamento do Presidente, por crime de responsabilidade, será realizado pelo Senado
Federal, conforme previsão do art. 86 da CF/1988:
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados,
será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou
perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Aliás, guarde que cabe ao Senado processar e julgar autoridades do primeiro escalão em geral, nos
crimes de responsabilidade:
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem
como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da
mesma natureza conexos com aqueles;
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de
Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-
Geral da União nos crimes de responsabilidade;
e) O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por
atos estranhos ao exercício de suas funções, salvo flagrante delito.
Questão 5: FCC
Considere as seguintes atribuições, à luz da Constituição Federal:
II. Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território
nacional ou nele permaneçam temporariamente.
550
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III. Enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as
propostas de orçamento previstos na Constituição.
IV. Dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito
externo e interno.
a) II, III e V.
b) I, III e V.
c) II, IV e V.
d) I, II e III.
e) I, III e IV
GABARITO: D
Competência privativa do Chefe do Poder Executivo da União, Estados, DF e Municípios, conforme o art.
165, I, II e III, da CF:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
551
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IV. Dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de
crédito externo e interno.
Questão 6: FCC
Compete privativamente ao Presidente da República
GABARITO: E
552
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Demais alternativas incorretas:
Incorreta, visto que essa competência não é privativa do Presidente da República, mas se submete à
aprovação do Congresso Nacional com a sanção do Presidente, conforme determinado pelo inciso III, do
art. 48 da CF/1988.
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para
o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre:
...
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas.
b) a transferência temporária da sede do Governo Federal.
Incorreta, pois essa é uma competência do Congresso Nacional, com sanção do Presidente, conforme o
inciso VII do art. 48 da CF/1988.
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para
o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre:
...
VII - transferência temporária da sede do Governo Federal.
c) resolver definitivamente sobre tratados que acarretem encargos ao patrimônio nacional.
Incorreta, pois essa é uma competência exclusiva do Congresso Nacional, conforme o inciso I, do art.
49 da CF/1988, exercida por meio de decreto legislativo:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
d) autorizar referendo e convocar plebiscito.
Incorreta, pois essa competência é exclusiva do Congresso Nacional, prevista no inciso XV do art. 49 da
CF/1988.
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
...
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito.
Questão 7: FCC
A Constituição Federal atribui ao Chefe do Poder Executivo o poder de editar normas complementares à
lei, “para sua fiel execução”. Trata-se do poder
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GABARITO: A
A Constituição Federal atribui ao Chefe do Poder Executivo o poder de editar normas complementares à
lei, “para sua fiel execução”. Trata-se do poder:
O poder disciplinar diz respeito à possibilidade de aplicação de sanções a particulares sujeitos à jurisdição
do Poder Público ou a agentes públicos.
Nomenclatura imprópria.
O poder normativo autônomo - medidas provisórias, decreto autônomo, leis delegadas -, que permite ao
Chefe do Executivo editar normas de primeiro grau, com força de lei, não se confunde com o poder
regulamentar.
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e) normativo impróprio, que é exercido por meio de leis delegadas.
As leis delegadas são editadas com autorização do Congresso Nacional e estão dentro do poder
normativo autônomo, que não se confunde com o poder regulamentar.
Questão 8: FGV
Maria, recém-empossada Ministra de Estado, foi informada por um assessor próximo que lhe competiria
(1) expedir instruções para a execução das leis, (2) exercer a coordenação dos órgãos e entidades da
Administração Indireta e (3) nomear os membros do Conselho da República.
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar, em relação às competências acima descritas, que:
b) apenas a referida em (1) não deve ser exercida pelo Ministro de Estado, pois é privativa do Presidente
da República;
c) apenas a referida em (2) não deve ser exercida pelo Ministro de Estado, pois é privativa do Presidente
da República;
d) apenas a referida em (3) não deve ser exercida pelo Ministro de Estado, pois é privativa do Presidente
da República;
e) nenhuma delas deve ser exercida pelo Ministro de Estado, pois são privativas do Presidente da
República.
GABARITO: D
Maria, recém-empossada Ministra de Estado, foi informada por um assessor próximo que lhe competiria
(1) expedir instruções para a execução das leis, (2) exercer a coordenação dos órgãos e entidades da
Administração Indireta e (3) nomear os membros do Conselho da República. À luz da sistemática
constitucional, é correto afirmar, em relação às competências acima descritas, que:
d) apenas a referida em (3) não deve ser exercida pelo Ministro de Estado, pois é privativa do
Presidente da República;
Correta, visto que o parágrafo único do art. 84 da CF/1988 não autoriza que essa competência (inciso
XVII, do art. 84) possa ser delegada aos Ministros de Estado. As demais competências são delegáveis:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
...
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua
fiel execução;
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...
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
...
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei.
...
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI,
XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-
Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
Demais alternativas incorretas:
b) apenas a referida em (1) não deve ser exercida pelo Ministro de Estado, pois é privativa do
Presidente da República;
c) apenas a referida em (2) não deve ser exercida pelo Ministro de Estado, pois é privativa do
Presidente da República;
e) nenhuma delas deve ser exercida pelo Ministro de Estado, pois são privativas do Presidente da
República.
Questão 9: VUNESP
De acordo com a Constituição Federal, compete privativamente ao Presidente da República, sem
qualquer possibilidade de delegação,
GABARITO: C
Que tal começarmos com as atribuições que podem ser delegadas e a quem podem ser delegadas?
Vamos lá.
No parágrafo único do art. 84 da CF, admite-se a delegação para Ministros de Estado, Advogado Geral
da União e Procurador Geral da República das seguintes atribuições:
- Expedir atos autônomos para extinguir cargos ou funções vagos e organizar o funcionamento da
Administração,
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E aí? Já deu para solucionar a questão? Quase! Eliminamos as alternativas "A" e "D".
Já o ato de fixar subsídio de Ministro e de convocar plebiscito. Adivinha? Fácil, né! Isso mesmo, compete
ao Congresso Nacional.
a) sancionar, promulgar e fazer publicar as leis e emendas à Constituição, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução.
e) conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei.
GABARITO: E
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em
lei;
a) sancionar, promulgar e fazer publicar as leis e emendas à Constituição, bem como expedir
decretos e regulamentos para sua fiel execução.
Opa! O presidente não tem participação nas Emendas, a não ser eventual iniciativa.
Os decretos-leis foram extintos. Os editados, antes da CF, foram ou não recepcionados como lei ordinária
ou complementar, conforme o conteúdo.
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República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas
delegações.
Nem todos os incisos do art. 84 podem ser objeto de delegação. Na verdade, apenas três podem para
PGR, AGU e Ministros. São eles: a matéria de decreto autônomo, concessão de indulto e provimento de
cargos.
b) manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; e dispor
mediante decreto sobre extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
d) prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; e conceder indulto e comutar penas,
com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei.
e) manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; e dispor,
mediante decreto, sobre: organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.
GABARITO: A
São duas das competências privativas do Chefe do Poder Executivo consideradas indelegáveis
pela Constituição Federal:
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI,
XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-
Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
Vamos a elas:
• Editar o decreto autônomo: ele tem esse nome porque apesar de Decreto, possui as características
de um ato normativo primário, já que regulamenta diretamente a Constituição Federal e não uma lei
federal (Inciso VI do art. 84):
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a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem
criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
• Prover os cargos públicos federais (a extinção de cargos, pela literalidade do parágrafo único,
não é delegável):
Entretanto, lembre-se que, de acordo com o Supremo Tribunal Federal, o texto do parágrafo único do art.
84 foi infeliz ao limitar a delegação apenas à primeira parte do inciso XXV (prover cargos públicos), dado
que o inciso VI, “b", também delegável, se refere à extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
Nesse sentido, o STF firmou orientação no sentido da legitimidade de delegação a ministro de Estado da
competência do chefe do Executivo Federal para, nos termos do art. 84, XXV, e parágrafo único, da CF,
aplicar pena de demissão a servidores públicos federais.
Mais do que isso, o STF assentou também a legitimidade da delegação a secretários estaduais da
competência do governador de Estado para aplicar penalidade de demissão aos servidores do Executivo,
tendo em vista o princípio da simetria
Como a questão pede a alternativa que traga duas competências privativas indelegáveis, vamos eliminar
todas que mencionarem os incisos VI, XII e XXV, conforme parágrafo único do art. 84 da CF.
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
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XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
d) prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; e conceder indulto e comutar
penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei.
ERRADA. O disposto nos incisos XXV e XII são passiveis de delegação, mas não se esqueça do
posicionamento do STF sobre a segunda parte do inciso XXV.
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
Fonte: O`DONNELL, Jean Claude. Material Teórico Tecconcursos. Direito Constitucional. Poder
Executivo. Atribuições do Presidente da República.
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Questão 12: CEBRASPE (CESPE)
É competência privativa do presidente da República
a) convocar plebiscito.
GABARITO: E
As competências privativas do Presidente da República fazem parte do rol estabelecido pelo art. 84, da
CF/88, dentre elas a de iniciar o processo legislativo (inciso III), na forma e nos casos estabelecidos pela
Constituição, ou seja, se tratam das matérias cujo início da tramitação dependerá de ato do Poder
Executivo, porém não de forma genérica em relação a qualquer tema, conforme o entendimento extraído
da alternativa “E”, motivo pelo qual entendemos que a mesma encontra-se errada.
Já a alternativa “C” se vincula a competência privativa do chefe do Poder Executivo, em permitir, conforme
as hipóteses legais, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente (art. 84, XXII), cabendo ao Congresso Nacional autorizar o referido ato do Presidente
da República.
Logo abaixo seguimos com a identificação dos erros contidos nas demais alternativas:
CF/88
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
I – resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
II – autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os
casos previstos em lei complementar; (Erro da alternativa D)
XV – autorizar referendo e convocar plebiscito; (Erro da alternativa A)
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
III – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; (Erro da
alternativa E)
VIII – celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso
Nacional; (Erro da alternativa B)
XXII – permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
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a) exclusiva do Presidente da República, podendo ele delegar essa atribuição apenas ao Ministro da
Justiça, que observará os limites traçados na respectiva delegação.
b) privativa do Presidente da República, podendo ele delegar essa atribuição ao Presidente da Câmara
dos Deputados, ao Presidente do Senado Federal ou ao Ministro da Justiça, que observarão os limites
traçados na respectiva delegação.
d) exclusiva do Presidente da República, podendo ele delegar essa atribuição apenas aos Ministros de
Estado, que observarão os limites traçados na respectiva delegação.
e) privativa do Presidente da República, podendo ele delegar essa atribuição aos Ministros de Estado,
ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados
na respectiva delegação.
GABARITO: E
De acordo com a Constituição Federal de 1988, dispor, mediante decreto, sobre a organização e
funcionamento da Administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos, é da competência
e) privativa do Presidente da República, podendo ele delegar essa atribuição aos Ministros de
Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os
limites traçados na respectiva delegação.
Correto, visto que essa atribuição para editar o decreto autônomo pode ser delegada às autoridades
mencionadas, por força do art. 84, VI, "a" e parágrafo único, da Constituição Federal:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VI - dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem
criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
....
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI,
XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-
Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
Demais incorretas:
a) exclusiva do Presidente da República, podendo ele delegar essa atribuição apenas ao Ministro
da Justiça, que observará os limites traçados na respectiva delegação.
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c) privativa do Presidente da República, não podendo ele delegar essa atribuição.
d) exclusiva do Presidente da República, podendo ele delegar essa atribuição apenas aos
Ministros de Estado, que observarão os limites traçados na respectiva delegação.
Privativa, e poderá delegar às autoridades indicadas no art. 84, parágrafo único, da CF.
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Poder Judiciário
Questão 1: FCC
Não é órgão do Poder Judiciário o
GABARITO: A
Correta, visto que a Justiça Desportiva, além de não figurar na lista dos órgãos do Poder Judiciário trazida
pelo art. 92 da CF/1988, possui natureza administrativa (art. 217, § 1º, CF):
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada
um, observados:
.....
§ 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após
esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.
Demais corretas:
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...
II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.
d) Superior Tribunal Militar.
Questão 2: FCC
São considerados pela Constituição Federal vigente órgãos do Poder Judiciário, dentre outros:
c) os Tribunais e Juízes do Trabalho, os Tribunais e Juízes de Paz, os Tribunais e Juízes dos Estados,
Distrito Federal e Territórios.
GABARITO: D
São considerados pela Constituição Federal vigente órgãos do Poder Judiciário, dentre outros:
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Demais alternativas incorretas:
Questão 3: FCC
Considere os seguintes órgãos:
a) II e III.
b) I, III e V.
c) II, IV e V.
d) I e IV.
e) I, II e V.
GABARITO: E
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Correta, nos termos do inciso II-A do art. 92 da CF/1988.
Incorreta, visto que o Ministério Público é instituição essencial à função jurisdicional do Estado:
Capítulo IV Das Funções Essenciais à Justiça
Seção I
Do Ministério Público
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.
IV. Advocacia-Geral da União.
Incorreta, pois é também função essencial à justiça, de acordo com o art. 131 da CF/1988:
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado,
representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que
dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico
do Poder Executivo.
V. Tribunais Eleitorais.
São órgãos do Poder Judiciário, entre outros, os tribunais militares, o Tribunal Superior do Trabalho e os
juízes eleitorais.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
São órgãos do Poder Judiciário, entre outros, os tribunais militares, o Tribunal Superior do
Trabalho e os juízes eleitorais.
Correta, nos termos do art. 92 da CF, que lista todos órgãos que compõem o Poder Judiciário:
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I- A o Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
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IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Questão 5: FGV
Compõem o Sistema de Justiça no Brasil:
GABARITO: C
Correta, pois a alternativa contempla um órgão do Poder Judiciário (art. 92, VII, CF) e duas Funções
Essenciais à Justiça (arts. 127 e 134, CF).
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
II-A o Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação
jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos
direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV
do art. 5º desta Constituição Federal.
Demais alternativas incorretas:
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A promotoria é órgão do Ministério Público.
Incorreta, pois os juizados especiais são criados pelos Tribunais em geral para causas de menor
complexidade, de acordo com o art. 98, I, da CF. E o Código Penal é um conjunto de normas com o
abjetivo de regulamentar infrações penais e definir as sanções correspondentes, não integrando o
"sistema de justiça":
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação,
o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor
potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas
em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;
Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas especializadas,
com competência exclusiva para questões agrárias.
d) Código Penal, Defensoria Pública e Promotoria;
Questão 6: FGV
João, Juiz de Direito da Vara única da Comarca Alfa, vinha causando sérios problemas às partes nos
processos judiciais, o que decorria da demora para despachar e para decidir os feitos submetidos à sua
apreciação.
b) é possível, desde que fosse decretada, em caráter prévio, a aposentadoria compulsória de João;
c) é possível, preenchidos os requisitos exigidos, por decisão exclusiva do Conselho Nacional de Justiça;
d) é possível, preenchidos os requisitos exigidos, por decisão exclusiva do tribunal a que João está
vinculado;
GABARITO: E
João, Juiz de Direito da Vara única da Comarca Alfa, vinha causando sérios problemas às partes nos
processos judiciais, o que decorria da demora para despachar e para decidir os feitos submetidos à sua
apreciação. Considerando esse estado de coisas, um assistido da Defensoria Pública questionou sobre
a possibilidade de João ser removido compulsoriamente do órgão em que se encontrava, sendo
respondido corretamente que tal:
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e) é possível, preenchidos os requisitos exigidos, por decisão do Conselho Nacional de Justiça
ou do tribunal a que João está vinculado.
Trata-se da remoção do magistrado por interesse público, admitida nos termos do art. 93, VIII, da CF,
bem como do art. 103, § 4º, III, da Constituição, que versa sobre essa competência do CNJ:
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
......
VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-
se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça,
assegurada ampla defesa;
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois)
anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo:
.....
§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem
conferidas pelo Estatuto da Magistratura:
.......
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra
seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem
por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional
dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a
disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e
aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
Demais alternativas incorretas:
b) é possível, desde que fosse decretada, em caráter prévio, a aposentadoria compulsória de João;
d) é possível, preenchidos os requisitos exigidos, por decisão exclusiva do tribunal a que João
está vinculado;
Questão 7: FGV
O Tribunal de Justiça do Estado divulgou edital para a promoção de cinco Juízes de Direito para uma
entrância mais elevada da carreira.
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e) apenas o critério de sorteio.
GABARITO: A
O Tribunal de Justiça do Estado divulgou edital para a promoção de cinco Juízes de Direito para uma
entrância mais elevada da carreira. De acordo com a sistemática constitucional, essas promoções devem
observar:
Questão 8: FGV
Maria, Juíza de Direito titular há muitos anos da Vara Única da Comarca Alfa, proferiu decisão que
desagradou os interesses de diversas pessoas poderosas, as quais propagaram que iriam providenciar
a sua retirada forçada da Comarca.
À luz da sistemática constitucional, em relação à remoção de Maria da Comarca Alfa, contra a sua
vontade, é correto afirmar que:
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c) pode ser efetivada apenas por decisão do Presidente do Tribunal de Justiça;
e) só pode ocorrer, por motivo de interesse público, pelo voto da maioria absoluta do colegiado
competente.
GABARITO: E
Maria, Juíza de Direito titular há muitos anos da Vara Única da Comarca Alfa, proferiu decisão que
desagradou os interesses de diversas pessoas poderosas, as quais propagaram que iriam providenciar
a sua retirada forçada da Comarca. À luz da sistemática constitucional, em relação à remoção de Maria
da Comarca Alfa, contra a sua vontade, é correto afirmar que:
e) só pode ocorrer, por motivo de interesse público, pelo voto da maioria absoluta do colegiado
competente.
Fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de
Justiça, assegurada ampla defesa.
Vide comentários
Vide comentários.
Questão 9: CONSULPLAN
Analise as afirmativas a seguir.
I. O Poder Judiciário, assim como os demais poderes, exerce funções típicas e atípicas. Sua função típica
consiste no exercício da jurisdição, atividade pela qual o Estado substitui as partes em conflito para dizer
quem tem o direito.
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II. Nos termos da Constituição, o Poder Judiciário deverá sempre observar o princípio da publicidade de
todos os seus julgamentos, devendo as decisões serem fundamentadas, sob pena de nulidade, podendo
a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a
estes, nos casos em que a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o
interesse público à informação.
III. Os Juízes e os Ministros, que compõem o Poder Judiciário, ingressam no cargo mediante concurso
público de provas e títulos promovido pelos respectivos Tribunais, com participação da Ordem dos
Advogados do Brasil em todas as suas fases, obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação.
IV. Os juízes gozam da garantia da vitaliciedade, sendo certo que, a partir da posse, somente sentença
judicial transitada em julgado poderá decretar a perda do cargo.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) III e IV.
GABARITO: A
I. O Poder Judiciário, assim como os demais poderes, exerce funções típicas e atípicas. Sua
função típica consiste no exercício da jurisdição, atividade pela qual o Estado substitui as partes
em conflito para dizer quem tem o direito.
Correto. A função típica do Poder Judiciário, por excelência, é julgar com jurisdição, ou seja, com ânimo
definitivo, dizendo a coisa julgada para as partes no processo, em nome do Estado-juiz, que arbitrará com
quem está o direito no caso concreto, ou no processo objetivo, conforme o caso. A função de julgar
aparece como função atípica no Poder Legislativo, por exemplo, quando o Senado Federal processa e
julga o Presidente da República nos crimes de responsabilidade (art. 52, I, CF), ou quando o Congresso
Nacional julga as contas anualmente prestadas pelo Presidente (art. 49, IX, CF). Também o Poder
Executivo efetua julgamento atípico, por exemplo, no Conselho de Contribuintes da Receita Federal.
II. Nos termos da Constituição, o Poder Judiciário deverá sempre observar o princípio da
publicidade de todos os seus julgamentos, devendo as decisões serem fundamentadas, sob pena
de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus
advogados, ou somente a estes, nos casos em que a preservação do direito à intimidade do
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.
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partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade
do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.
III. Os Juízes e os Ministros, que compõem o Poder Judiciário, ingressam no cargo mediante
concurso público de provas e títulos promovido pelos respectivos Tribunais, com participação da
Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, obedecendo-se, nas nomeações, à
ordem de classificação.
Incorreta, pois apenas se submetem a concurso público de provas e títulos aqueles que ingressam nos
tribunais no cargo de juiz substituto, como determina o art. 93, I da CF/88. Os Ministros e juízes de
tribunais de segundo grau que entram pelo quinto (art. 94, CF) ou terço constitucional, são indicados pelos
respectivos órgãos de representação de classe, e já adentram a magistratura gozando de vitaliciedade,
sem necessidade do transcurso de dois anos de exercício (art. 95, I, CF):
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas
e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do
bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem
de classificação;
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito
Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira,
e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva
atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a
perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais
casos, de sentença judicial transitada em julgado;
IV. Os juízes gozam da garantia da vitaliciedade, sendo certo que, a partir da posse, somente
sentença judicial transitada em julgado poderá decretar a perda do cargo.
Incorreta, pois durante o período de aquisição da vitaliciedade, juiz pode perder o cargo por deliberação
do tribunal ao qual estiver vinculado. Após a aquisição da vitaliciedade é que o cargo de juiz somente
será perdido por meio de sentença judicial transitada em julgado (art. 95, I da CF/1988):
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a
perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais
casos, de sentença judicial transitada em julgado.
O Estatuto da Magistratura, lei complementar de iniciativa privativa do STF, pode prever a delegação de
competência a servidores para a prática de atos de administração e de mero expediente, desde que tais
atos não possuam caráter decisório.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
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Julgue o item que se segue, relativo ao Poder Judiciário.
a) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão sigilosa, sendo as disciplinares
tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.
b) os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração, atos de mero expediente
e decisões interlocutórias.
d) nos tribunais com número superior a 25 julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o
mínimo de 11 e o máximo de 25 membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais
delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra
metade por eleição pelo tribunal pleno.
GABARITO: D
Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura,
observado, dentre outros, o seguinte princípio:
d) nos tribunais com número superior a 25 julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com
o mínimo de 11 e o máximo de 25 membros, para o exercício das atribuições administrativas e
jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por
antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno.
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XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial,
com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições
administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das
vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno.
Demais alternativas incorretas:
Incorreta, pois as sessões administrativas serão públicas, de acordo com o inciso X do art. 93 da
CF/1988.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
...
X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares
tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.
b) os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração, atos de mero
expediente e decisões interlocutórias.
Incorreta, pois apenas os atos de mero expediente sem caráter decisório poderão ser objeto de
delegação, segundo o inciso XIV do art. 93 da CF/1988. As decisões interlocutórias possuem caráter
decisório, pois decidem uma questão incidental no processo sem resolução do mérito, isto é, sem dar
solução final à lide proposta em juízo (art. 203, § 2º, CPC/2015):
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
...
XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente
sem caráter decisório.
c) a distribuição de processos será imediata tão somente no primeiro grau de jurisdição.
Incorreta, pois a distribuição de processos é imediata em todos os graus de jurisdição, nos termos do
inciso XV do art. 93 da CF/1988.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
...
XV - a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.
e) previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados,
constituindo etapa facultativa do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou
reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados.
Incorreta, pois a referida participação dos magistrados é obrigatória para a aquisição de vitaliciedade, nos
termos do inciso IV do art. 93 da CF/1988.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
...
IV previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo
etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola
nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados.
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Questão 12: VUNESP
A Constituição Federal determina que o Estatuto da Magistratura deverá observar, dentre outros, o
seguinte princípio:
c) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto
fundamentado de um terço de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla
defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação.
e) a promoção por merecimento pressupõe três anos de exercício na respectiva entrância e integrar o
juiz a primeira metade da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite
o lugar vago.
GABARITO: A
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas
e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do
bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem
de classificação;
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas
as seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista
de merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o
juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem
aceite o lugar vago;
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e
presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos
de aperfeiçoamento;
d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto
fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla
defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não
podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente,
apurados na última ou única entrância;
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b) o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público,
fundar-se-á em decisão por voto de um terço do respectivo Tribunal ou do Conselho Nacional de
Justiça, assegurada ampla defesa.
c) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto
fundamentado de um terço de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada
ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação.
Sessão fechada? Não né gente! São públicas, como regra. E as disciplinares pelo voto de maioria
absoluta de seus membros (inc. X do art. 93 da CF).
a) não pode ser promovido por merecimento, pois tal promoção pressupõe o tempo mínimo de três anos
de exercício na respectiva entrância.
b) não pode ser promovido por merecimento, pois para tanto é obrigatória a promoção do juiz que figure
por três vezes consecutivas em lista de merecimento.
d) deve ser promovido por merecimento, sendo que o tribunal somente poderá recusar tal promoção pelo
voto fundamentado de dois quintos de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada
ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação.
e) não pode ser promovido por merecimento, pois tal promoção pressupõe o tempo mínimo de cinco
anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira terça parte da lista de antiguidade.
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GABARITO: C
Rodolfo é juiz estadual, não tendo nunca retido, injustificadamente, autos em seu poder além do prazo
legal, devolvendo-os sempre ao cartório com o devido despacho ou decisão. Exerce a sua função na
mesma entrância para a qual foi promovido por antiguidade há dois anos, já tendo figurado por cinco
vezes alternadas em lista de merecimento para promoção de entrância para entrância, integrando,
atualmente, a primeira quinta parte da lista de antiguidade. Em conformidade com a Constituição Federal
de 1988 e considerando apenas os dados fornecidos, Rodolfo
Correto, segundo a regra de promoção por merecimento, constante do art. 93, II, da Constituição Federal:
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, atendidas as
seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de
merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o
juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem
aceite o lugar vago;
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e
presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos
de aperfeiçoamento;
d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto
fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla
defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não
podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
Demais incorretas:
a) não pode ser promovido por merecimento, pois tal promoção pressupõe o tempo mínimo de
três anos de exercício na respectiva entrância.
b) não pode ser promovido por merecimento, pois para tanto é obrigatória a promoção do juiz que
figure por três vezes consecutivas em lista de merecimento.
d) deve ser promovido por merecimento, sendo que o tribunal somente poderá recusar tal
promoção pelo voto fundamentado de dois quintos de seus membros, conforme procedimento
próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação.
Na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto
fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla
defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação (art. 93, inciso II, alínea "d").
e) não pode ser promovido por merecimento, pois tal promoção pressupõe o tempo mínimo de
cinco anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira terça parte da lista de
antiguidade.
Vide comentários.
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Questão 14: CEBRASPE (CESPE)
No Poder Judiciário, composto majoritariamente por juízes de carreira, há um instituto que visa à
oxigenação de ideias, ao ampliar sua representatividade. Todavia, alega-se que o referido instituto pode
ser um meio de perpetrar a prática de nepotismo, porque os seus critérios legais para a assunção ao
cargo da magistratura são formais, não prevendo requisitos qualitativos. Logo, critérios subjetivos e
discricionários podem privilegiar candidatos que detenham heranças de capitais simbólicos.
É correto afirmar que o quinto constitucional, referido no texto, será composto por membros do Ministério
Público e da advocacia que
a) tenham, pelo menos, dez anos de carreira, para atuar em todos os tribunais superiores.
b) tenham, pelo menos, cinco anos de efetiva atividade profissional e reputação ilibada.
d) serão nomeados após escolha, pelo Poder Executivo, a partir de lista tríplice enviada pelo respectivo
tribunal.
e) serão nomeados após escolha, pelo STJ, a partir de lista sêxtupla indicada pelos órgãos de
representação das respectivas classes.
GABARITO: D
(Texto motivacional) É correto afirmar que o quinto constitucional, referido no texto, será composto por
membros do Ministério Público e da advocacia que
d) serão nomeados após escolha, pelo Poder Executivo, a partir de lista tríplice enviada pelo
respectivo tribunal.
Correto. A regra do quinto constitucional é prevista no art. 94 da Constituição Federal. Item correto, em
função do parágrafo único do referido artigo:
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito
Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira,
e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva
atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo,
que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
Atente para o fato de que no âmbito dos TRT's e do TST, o quinto constitucional também se aplica, porém
é formado por advogados e membros do Ministério Público do trabalho, conforme os artigos 111-A (com
a redação dada pela EC 92/2016) e 115 da CF:
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico
e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do
Senado Federal, sendo: :
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I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do
Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art.
94;
(omissis)
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando
possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de
trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do
Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art.
94;
(omissis)
Para que você já guarde tudo para a prova, anote também a regra do Superior Tribunal de Justiça (art.
104), que no caso estabelece a proporção de um terço e não de um quinto para a advocacia e o Ministério
Público, mas faz referência ao art. 94 no tocante às regras de indicação. Vamos aos artigos:
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da
República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável
saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado
Federal, sendo:
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos
Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do
Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.
Atenção: o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal Militar, os Tribunais Regionais Eleitorais
e o Tribunal Superior Eleitoral (artigos 119 e 120, CF) não seguem a regra do quinto constitucional.
Veja então como funciona a regra de indicação dos magistrados pertencentes ao quinto e ao terço
constitucional:
Demais incorretas:
a) tenham, pelo menos, dez anos de carreira, para atuar em todos os tribunais superiores.
O STF, o STM e o TSE não possuem quinto constitucional e o STJ possui terço constitucional.
b) tenham, pelo menos, cinco anos de efetiva atividade profissional e reputação ilibada.
Advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público
com mais de dez anos de carreira.
Os órgãos de classe elaborarão lista sêxtupla, que será transformada em lista tríplice pelos respectivos
tribunais.
e) serão nomeados após escolha, pelo STJ, a partir de lista sêxtupla indicada pelos órgãos de
representação das respectivas classes.
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O respectivo tribunal irá elaborar lista tríplice a partir da lista sêxtupla dos respectivos órgãos de classe
(advogados ou membros do MP) para posterior escolha pelo Presidente da República.
a) juízes de direito de entrância especial, escolhidos pelo Governador do Estado dentre os integrantes
de lista tríplice elaborada pelo Órgão Especial do próprio Tribunal de Justiça, mediante critérios objetivos
previamente definidos em resolução do Conselho Nacional de Justiça;
c) membros do Ministério Público e de advogados, todos com notório saber jurídico e de reputação
ilibada, com mais de quinze anos de efetiva atividade profissional, tal como ocorre em todos os demais
Tribunais do país, inclusive no Supremo Tribunal Federal;
d) membros do Ministério Público e de advogados, todos com notório saber jurídico e de reputação
ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados ao Tribunal em lista tríplice
pelos órgãos de representação das respectivas classes;
e) membros do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber
jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista
sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
GABARITO: E
Em relação ao Poder Judiciário Estadual, a Constituição do Estado do Rio de Janeiro estabelece que um
quinto dos lugares do Tribunal de Justiça será composto de:
e) membros do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório
saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional,
indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
A regra do quinto constitucional é prevista no art. 94 da Constituição Federal, motivo pelo qual o art.
157 da Constituição do Estado do RJ obrigatoriamente o reproduz:
Art. 157. Um quinto dos lugares dos Tribunais do Estado será composto de membros do Ministério
Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação
ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos
de representação das respectivas classes,
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito
Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira,
e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva
atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
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No âmbito dos TRT's e do TST, o quinto constitucional também se aplica, porém é formado por advogados
e membros do Ministério Público do trabalho, conforme os artigos 111-A (com a redação dada pela EC
92/2016) e 115 da CF:
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico
e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do
Senado Federal, sendo:
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do
Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art.
94;
II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira,
indicados pelo próprio Tribunal Superior.
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando
possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de
trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do
Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art.
94;
II - os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.
Anote também a regra do Superior Tribunal de Justiça (art. 104), que no caso estabelece a proporção
de um terço e não de um quinto para a advocacia e o Ministério Público, mas faz referência ao art. 94 no
tocante às regras de indicação. Vamos aos artigos:
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da
República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável
saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado
Federal, sendo:
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos
Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do
Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.
Atenção: o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal Militar, os Tribunais Regionais
Eleitorais e o Tribunal Superior Eleitoral (artigos 119 e 120, CF) não seguem a regra do quinto
constitucional.
583
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Questão 16: CEBRASPE (CESPE)
Julgue o item que se segue, relativo ao Poder Judiciário.
Um terço das vagas nos tribunais de justiça é reservado a advogados de notório saber jurídico e reputação
ilibada com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e a membros do Ministério Público com
mais de dez anos de carreira.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
Um terço das vagas nos tribunais de justiça é reservado a advogados de notório saber jurídico e
reputação ilibada com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e a membros do
Ministério Público com mais de dez anos de carreira.
Atente para o fato de que no âmbito dos TRT's e do TST, o quinto constitucional também se aplica, porém
é formado por advogados e membros do Ministério Público do trabalho, conforme os artigos 111-A (com
a redação dada pela EC 92/2016) e 115 da CF:
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico
e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do
Senado Federal, sendo:
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do
Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art.
94;
II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira,
indicados pelo próprio Tribunal Superior.
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando
possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de
trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do
Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art.
94;
II - os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.
Agora, a regra do Superior Tribunal de Justiça (art. 104) estabelece a proporção de um terço e não de
um quinto para a advocacia e o Ministério Público, mas faz referência ao art. 94 no tocante às regras de
indicação. Vamos aos artigos:
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Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da
República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável
saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado
Federal, sendo:
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos
Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do
Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.
Atenção: o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal Militar, os Tribunais Regionais Eleitorais e o
Tribunal Superior Eleitoral (artigos 119 e 120, CF) não seguem a regra do quinto constitucional.
À luz da sistemática constitucional, o referido pedido é incompatível com a garantia constitucional da:
a) inamovibilidade;
b) vitaliciedade;
c) irredutibilidade;
d) indisponibilidade;
e) inelegibilidade.
GABARITO: C
Determinado Prefeito Municipal, insatisfeito com a atuação do Juiz de Direito da Comarca, que já contava
com dez anos de efetivo exercício na magistratura, solicitou ao Presidente do Tribunal de Justiça que o
“demitisse” por decisão administrativa. À luz da sistemática constitucional, o referido pedido
é incompatível com a garantia constitucional da:
b) vitaliciedade;
Correto, pois a demissão em questão está fora das regras constitucionais que informam a vitaliciedade.
O art. 95, I, da Constituição, prevê que durante os dois primeiros 2 anos de exercício, a perda do cargo
se dá por deliberação o tribunal ao qual o juiz está vinculado, e após esses dois anos, dependerá de
sentença judicial transitada em julgado. Cuidado, não há previsão de perda do cargo de juiz por decisão
do Conselho Nacional de Justiça!
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a
perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais
casos, de sentença judicial transitada em julgado.
Demais alternativas incorretas:
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a) inamovibilidade;
Incorreta, pois inamovibilidade está prevista no art. 95, II, da Constituição e assegura que o juiz não será
removido de sua comarca, salvo por interesse público (leia-se, o juiz pisou na bola), na forma prevista
no art. 93, VIII, da CF. O comando da questão refere-se à vitaliciedade:
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
...
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
.....
VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-
á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça,
assegurada ampla defesa;
Perceba que no caos de remoção por interesse público, é possível que a decisão venha do tribunal ou
do Conselho Nacional de Justiça.
c) irredutibilidade;
Incorreta, pois a irredutibilidade diz respeito à impossibilidade de decesso do subsídio do juiz, conforme,
o art. 95, III. O comando da questão refere-se à vitaliciedade:
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
...
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153,
§ 2º, I.
d) indisponibilidade;
e) inelegibilidade.
Na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Fernando, assinale a opção que apresenta a medida
juridicamente adequada para o caso narrado.
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a) Fernando poderá ingressar com processo perante a justiça desportiva para contestar o resultado da
luta e, uma vez esgotadas as instâncias desportivas e proferida decisão final sobre o caso, não poderá
recorrer ao Poder Judiciário.
c) Fernando, uma vez esgotadas as instâncias da justiça desportiva (que terá o prazo máximo de 60 dias,
contados da instauração do processo, para proferir decisão final), poderá impugnar o teor da decisão
perante o Poder Judiciário.
d) A ordem jurídica, que adotou o princípio da unidade de jurisdição a partir da Constituição de 1988,
passou a prever a exclusividade do Poder Judiciário para dirimir todas as questões que venham a ser
judicializadas em território nacional, deslegitimando a atuação da justiça desportiva.
GABARITO: C
Apesar de “as portas” do Poder Judiciário acharem-se abertas à tutela das ameaças e lesões a direito, é
oportuno salientar que, por vezes, o particular deve, primeiramente, vencer a esfera administrativa. É o
que a doutrina chama de instância administrativa de curso forçado.
Então, há ou não necessidade de exaurimento das vias administrativas para “batermos às portas” do
Judiciário? Será a instância administrativa de curso forçado regra ou exceção? Vejamos.
O Brasil adota o sistema inglês, de jurisdição una, para controle judicial de atos jurídicos. No entanto, a
adoção da jurisdição una não impede que a Administração Pública instaure processos administrativos
visando a tomar as decisões dessa natureza. Detalhe-se que tais decisões não serão dotadas da
definitividade típica das decisões judiciais, em razão da unicidade (ou inafastabilidade) da jurisdição do
Poder Judiciário. No máximo, a formação de coisa julgada é administrativa (formal, não definitiva),
entenda-se: a matéria torna-se irrecorrível para a própria Administração, que fica proibida de rever o ato
administrativo, porém não impede o exame pelo Judiciário.
Pergunta instigante diz respeito ao momento em que um eventual interessado pode socorrer-se do
Judiciário, já tendo sido instaurado um processo administrativo.
A regra é que a qualquer instante uma matéria pode ser levada à apreciação judicial, ainda que já
instaurado ou já decidido o processo administrativo. Isso se dá em razão da unicidade de jurisdição,
própria do Poder Judiciário. Entretanto, a questão merece temperamentos...
Por exceção, há situações em que, só depois de esgotada a instância administrativa, um assunto poderia
ser levado à apreciação de um juiz. O único exemplo constitucional é dos processos administrativos
referentes à Justiça Desportiva. O Judiciário só aceitará ações judiciais referentes a competições
desportivas depois de se esgotarem as instâncias desportivas (§ 1.º do art. 217 da CF/1988).
( ) Certo
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( ) Errado
GABARITO: ERRADO
As leis orçamentárias e financeiras são enviadas, ao CN, por iniciativa reservada ou exclusiva do Chefe
do Executivo. No entanto, os Poderes têm a prerrogativa constitucional de elaborar suas próprias
propostas, para consolidação pela Executivo.
Nota podem propor, mas devem observar a LDO, daí inclusive a correção do quesito.
Só alguns detalhes. Pode acontecer de, eventualmente, o poder judiciário não enviar sua proposta. O que
acontece?
Ou seja, o Executivo não fará a proposta, mas precisa de algo, por isto, usa a lei em vigência e ajusta
conforme o previsto na LDO.
§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os
limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual.
a) o Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm jurisdição
em todo o território nacional.
b) compete privativamente ao Supremo Tribunal Federal a criação ou extinção dos tribunais inferiores.
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c) os Tribunais Regionais Federais e juízes federais são órgãos do Poder Judiciário e têm sede na Capital
Federal.
d) compete privativamente aos tribunais prover, obedecida a forma que prescreve, os cargos de juiz de
carreira da respectiva jurisdição.
e) compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios
nos crimes comuns e de responsabilidade.
GABARITO: D
Ao dispor sobre os órgãos do Poder Judiciário e as competências dos tribunais, a Constituição Federal
de 1988 estabelece que:
d) compete privativamente aos tribunais prover, obedecida a forma que prescreve, os cargos de
juiz de carreira da respectiva jurisdição.
Incorreta, pois somente o Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores possuem jurisdição em
todo o território Nacional, segundo o § 2º do art. 92 da CF/1988.
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
...
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional.
O Conselho Nacional de Justiça não detém "jurisdição", por se tratar de órgão de natureza
administrativa, conforme já assentou o Supremo:
"(...) esta Suprema Corte em distintas ocasiões já afirmou que o CNJ não é dotado de competência
jurisdicional, sendo mero órgão administrativo. Assim sendo, a Resolução 135, ao classificar o CNJ e o
CJF de "tribunal", (...) simplesmente disse – até porque mais não poderia dizer – que as normas que nela
se contêm aplicam-se também aos referidos órgãos". (ADI 4.638 MC-REF, rel. min. Marco Aurélio, voto
do min. Ricardo Lewandowski, j. 8/2/2012)
b) compete privativamente ao Supremo Tribunal Federal a criação ou extinção dos tribunais
inferiores.
Incorreta, pois essa competência é outorgada também aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de
Justiça dos Estados, de acordo com o art. 96, II, "c" da CF/1988.
Art. 96. Compete privativamente:
...
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder
Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:
...
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores.
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c) os Tribunais Regionais Federais e juízes federais são órgãos do Poder Judiciário e têm sede na
Capital Federal.
Incorreta, visto que a competência é dos Tribunais de Justiça, segundo o art. 96, III da CF/1988.
Art. 96. Compete privativamente:
...
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os
membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da
Justiça Eleitoral.
GABARITO: A
Conforme a jurisprudência do STF, a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare
expressamente a inconstitucionalidade de lei, afaste sua incidência, no todo ou em parte, viola,
especificamente,
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Súmula Vinculante 10. Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário
de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
A cláusula de reserva de plenário é prevista no art. 97 da Constituição e prevê que somente pelo voto da
maioria absoluta de seus membros ou membros do órgão especial os tribunais poderão declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. Deve ser observada no exercício do controle difuso de
constitucionalidade, quando a inconstitucionalidade exsurge como questão incidental no processo e não
como causa de pedir, pois no controle concentrado a Lei 9.868/1999 já prevê maioria qualificada para
declaração de inconstitucionalidade, no âmbito do STF:
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão
especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
Demais incorretas:
I. das Turmas Recursais dos Juizados Especiais, consideradas como tribunais para o propósito de
reconhecimento da inconstitucionalidade de preceitos normativos.
II. fundada em jurisprudência das Turmas ou Plenário do STF, não se aplicando, contudo, na hipótese de
se fundar em entendimento sumulado do órgão de guarda constitucional.
III. que declara a inconstitucionalidade de lei, ainda que parcial, inexistindo violação à referida cláusula
na decisão de órgão fracionário quando houver declaração anterior proferida pela maioria absoluta do
órgão especial ou Plenário do Tribunal respectivo.
IV. que deixa de aplicar lei ou ato normativo a caso concreto, ainda que não fundada em sua
incompatibilidade com norma constitucional, uma vez que a negativa de vigência equivale à declaração
de inconstitucionalidade.
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) III.
d) IV.
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GABARITO: C
A cláusula de reserva de plenário (regra do full bench), nos termos da Constituição Federal e da
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), tem aplicabilidade à decisão
I. das Turmas Recursais dos Juizados Especiais, consideradas como tribunais para o propósito
de reconhecimento da inconstitucionalidade de preceitos normativos.
O art. 97 da CF (reserva de plenário) não atinge juizados de pequenas causas (art. 24, X) e juizados
especiais (art. 98, I), os quais, pela configuração atribuída pelo legislador, não funcionam, na
esfera recursal, sob regime de plenário ou de órgão especial (ARE 792.562 AgR, rel. min. Teori Zavascki,
j. 18/3/2014, 2ª Turma).
II. fundada em jurisprudência das Turmas ou Plenário do STF, não se aplicando, contudo, na
hipótese de se fundar em entendimento sumulado do órgão de guarda constitucional.
Errado. Se já houver pronunciamento do STF ou Súmula Vinculante por ele editada pela
inconstitucionalidade da norma, o órgão fracionário de tribunal inferior pode deixar de aplicar legislação
por inconstitucionalidade (Rcl. 16.528 AgR, Relatora Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, julgamento
em 7/3/2017).
III. que declara a inconstitucionalidade de lei, ainda que parcial, inexistindo violação à referida
cláusula na decisão de órgão fracionário quando houver declaração anterior proferida pela maioria
absoluta do órgão especial ou Plenário do Tribunal respectivo.
IV. que deixa de aplicar lei ou ato normativo a caso concreto, ainda que não fundada em sua
incompatibilidade com norma constitucional, uma vez que a negativa de vigência equivale à
declaração de inconstitucionalidade.
Também deve ser observada a regra da cláusula de reserva de plenário aqui, visto que o Tribunal que
deixa de aplicar a norma, ainda que expressamente não declare sua inconstitucionalidade, a ele se obriga,
por força da Súmula Vinculante 10 do STF. O termo "ainda que não fundada em sua incompatibilidade"
deixa margem a ambiguidade:
Súmula Vinculante 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário
de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
Questão que merecia anulação.
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por inconstitucionalidade. Ambas as decisões foram tomadas por unanimidade de votos dos
Desembargadores. Nessa hipótese, considerando o regime jurídico constitucional a respeito da cláusula
de reserva de plenário, é correto afirmar que
a) a primeira decisão violou a regra da reserva de plenário, e a segunda está de acordo com a
Constituição Federal por não exigir a manifestação da maioria do Órgão Especial.
b) a primeira decisão está de acordo com a Constituição Federal, pois não exige o voto da maioria do
Órgão Especial, enquanto que a segunda violou a cláusula da reserva de plenário prevista no texto
constitucional.
c) ambas decisões estão de acordo com o disposto na Constituição Federal, não tendo violado a cláusula
de reserva de plenário por terem sido tomadas por órgão colegiado e por votação unânime.
d) ambas decisões violaram a cláusula de reserva de plenário por terem sido tomadas por órgão
fracionário, tendo deixado de submeter a questão ao Órgão Especial, que teria competência para apreciar
e decidir sobre a matéria constitucional.
e) nenhuma das duas decisões violou a cláusula de reserva de plenário, pois as hipóteses mencionadas
veiculam situações excepcionais específicas que não ensejam a aplicação da cláusula constitucional da
reserva de plenário.
GABARITO: E
e) nenhuma das duas decisões violou a cláusula de reserva de plenário, pois as hipóteses
mencionadas veiculam situações excepcionais específicas que não ensejam a aplicação da
cláusula constitucional da reserva de plenário.
Correto, consoante a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, acerca da regra contida no art. 97 da
Constituição:
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão
especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
A cláusula de reserva de plenário prevista no art. 97 da Constituição e da Súmula Vinculante 10 do
Supremo só se aplicam quanto à decisão incidental de inconstitucionalidade, não se aplica caso os
órgãos fracionários decidam pela constitucionalidade da norma, visto que a própria lei já se reveste de
presunção de constitucionalidade, e não haveria necessidade de maioria qualificada para confirmá-
la, mesmo quando o tribunal pleno ou o órgão especial ou o próprio Supremo Tribunal Federal já
assentaram a inconstitucionalidade em sede de recurso extraordinário. Nesse sentido, o Supremo:
"A cláusula constitucional de reserva de plenário, insculpida no art. 97 da CF, fundada na presunção de
constitucionalidade das leis, não impede que os órgãos fracionários ou os membros julgadores dos
tribunais, quando atuem monocraticamente, rejeitem a arguição de invalidade dos atos normativos,
conforme consagrada lição da doutrina (MOREIRA, José Carlos Barbosa. Comentários ao Código de
Processo Civil, Vol. V – Arts. 476 a 565, Rio de Janeiro: Ed. Forense, 2009, p. 40)" (RE 636.359 AgR-
segundo, rel. min. Luiz Fux, j. 3/11/2011, Plenário).
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Assentou ainda o STF que o indeferimento de medida cautelar não afasta a incidência como também
não implica na declaração da inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. Assim, decisão proferida em
sede cautelar não atrai a reserva de plenário estabelecida no art. 97 da CF/88:
"A declaração a que se refere o art. 97 da Constituição da República é a que se dá em sede de decisão
definitiva de mérito, e não em decisão cautelar na qual se analisa apenas a presença dos requisitos da
fumaça do bom direito e do perigo da demora para fins de seu deferimento, conforme se deu na espécie
vertente" (Rcl 10.864 AgR, rel. min. Cármen Lúcia, julg. 24/3/2011, Plenário):
Demais alternativas incorretas:
a) a primeira decisão violou a regra da reserva de plenário, e a segunda está de acordo com a
Constituição Federal por não exigir a manifestação da maioria do Órgão Especial.
b) a primeira decisão está de acordo com a Constituição Federal, pois não exige o voto da maioria
do Órgão Especial, enquanto que a segunda violou a cláusula da reserva de plenário prevista no
texto constitucional.
c) ambas decisões estão de acordo com o disposto na Constituição Federal, não tendo violado a
cláusula de reserva de plenário por terem sido tomadas por órgão colegiado e por votação
unânime.
As decisões foram tomadas por órgão fracionário, ainda que colegiado, e mesmo que não tivessem sido
unânimes, estariam escorreitas, do mesmo modo.
d) ambas decisões violaram a cláusula de reserva de plenário por terem sido tomadas por órgão
fracionário, tendo deixado de submeter a questão ao Órgão Especial, que teria competência para
apreciar e decidir sobre a matéria constitucional.
a) embora tenha havido irregularidade no trâmite do projeto legislativo, não compete aos órgãos judiciais
declarar em caráter incidental a inconstitucionalidade formal da lei, o que somente se admite em sede de
controle concentrado, exercido por meio de ação direta de competência originária do STF.
b) houve, de fato, irregularidade no trâmite do projeto de lei, possuindo os órgãos judiciais competência
para reconhecer incidentalmente a inconstitucionalidade da lei, embora no âmbito do TRF a declaração
respectiva dependa de decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal ou de seu órgão especial.
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c) embora tenha havido irregularidade no trâmite do projeto legislativo, a sanção presidencial teria o
condão de convalidá-la, não havendo que se falar por esse motivo em inconstitucionalidade da lei,
possuindo o TRF competência para reconhecer sua constitucionalidade por meio de órgão fracionário.
d) embora tenha havido irregularidade no trâmite do projeto legislativo, a sanção presidencial teria o
condão de convalidá-la, não havendo que se falar por esse motivo em inconstitucionalidade da lei,
possuindo o TRF competência para reconhecer sua constitucionalidade, desde que observada a cláusula
de reserva de plenário.
e) houve, de fato, irregularidade no trâmite do projeto de lei, possuindo os órgãos judiciais competência
para afastar a aplicação da lei ao caso concreto, inclusive órgão fracionário do TRF, desde que não
declare sua inconstitucionalidade.
GABARITO: B
Determinada empresa ajuizou ação visando à anulação de penalidade que lhe havia sido imposta por
órgão da Administração federal, sob a alegação de que a lei em que prevista resultara de projeto que,
após aprovado com alterações substanciais pela Casa legislativa revisora, teria seguido diretamente à
sanção presidencial, sem antes retornar à Casa inicial, razão pela qual seria formalmente inconstitucional.
A ação foi julgada procedente em primeira instância, com fundamento na inconstitucionalidade da lei em
que prevista a penalidade. Tendo sido interposto recurso, o processo aguarda julgamento por órgão
fracionário do Tribunal Regional Federal (TRF) respectivo. Nessa hipótese, diante da Constituição Federal
de 1988 e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF),
Trâmite do projeto de lei: aprovação do projeto com alterações substanciais pela Casa legislativa
revisora, teria seguido diretamente à sanção presidencial, sem antes retornar à Casa inicial. Houve
violação do devido processo legislativo, previsto na Constitucional Federal (art. 65 e 66), visto que se
houver alteração substancial no projeto original (substitutivo), este deve retornar à Casa Iniciadora.
Conforme o Supremo,
"Projeto de lei aprovado na Casa iniciadora (Câmara dos Deputados) e remetido à Casa revisora (Senado
Federal), na qual foi aprovado substitutivo, seguindo-se sua volta à Câmara. A aprovação de substitutivo
pelo Senado não equivale à rejeição do projeto, visto que "emenda substitutiva é a apresentada à parte
de outra proposição, denominando-se 'substitutivo' quando alterar, substancial ou formalmente, em seu
conjunto" (§ 4º do art. 118 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados); substitutivo, pois, nada mais
é do que uma ampla emenda ao projeto inicial. A rejeição do substitutivo pela Câmara, aprovando apenas
alguns dispositivos dele destacados (art. 190 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados), implica
a remessa do projeto à sanção presidencial, e não na sua devolução ao Senado, porque já concluído o
processo legislativo; caso contrário, dar-se-ia interminável repetição de idas e vindas de uma Casa
Legislativa a outra, o que tornaria sem fim o processo legislativo" (ADI 2.182 MC rel. min. Maurício Corrêa,
j. 31/5/2000)
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e
votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República,
que, aquiescendo, o sancionará.
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Declaração incidental da inconstitucionalidade: A ação foi julgada procedente em primeira instância,
com fundamento na inconstitucionalidade da lei em que prevista a penalidade. Nesse caso, um juiz
singular (de primeira instância, não do tribunal) pode deixar de aplicar uma lei no caso concreto sob sua
jurisdição, por entendê-la inconstitucional. Correto, portanto, o procedimento.
Demais incorretas:
a) embora tenha havido irregularidade no trâmite do projeto legislativo, não compete aos órgãos
judiciais declarar em caráter incidental a inconstitucionalidade formal da lei, o que somente se
admite em sede de controle concentrado, exercido por meio de ação direta de competência
originária do STF.
Segundo firme jurisprudência do STF, a sanção do projeto de lei pelo Presidente da República não
convalida o vício de inconstitucionalidade formal:
"A sanção do projeto de lei não convalida o vício de inconstitucionalidade resultante da usurpação do
poder de iniciativa. A ulterior aquiescência do chefe do Poder Executivo, mediante sanção do projeto de
lei, ainda quando dele seja a prerrogativa usurpada, não tem o condão de sanar o vício radical da
inconstitucionalidade. Insubsistência da Súmula 5/STF" (ADI 2.867, rel. min. Celso de Mello, j. 3/12/2003)
d) embora tenha havido irregularidade no trâmite do projeto legislativo, a sanção presidencial
teria o condão de convalidá-la, não havendo que se falar por esse motivo em inconstitucionalidade
da lei, possuindo o TRF competência para reconhecer sua constitucionalidade, desde que
observada a cláusula de reserva de plenário.
Errado, visto que ainda que o órgão fracionário não declare a inconstitucionalidade da norma, o seu
afastamento no caso concreto implica em violação da cláusula de reserva de plenário, conforme a Súmula
Vinculante 10:
Súmula Vinculante 10/STF: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão
fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
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Questão 25: VUNESP
A denominada cláusula de reserva de plenário, aplicada na apreciação judicial de leis e atos normativos
submetidos ao controle de constitucionalidade, deve ser observada quando
a) o processo for objeto de julgamento de plano pelo relator, ainda que haja pronunciamento anterior do
Plenário sobre a questão.
b) o órgão fracionário do Tribunal julgar a norma ou o ato impugnado e entender pela sua
constitucionalidade.
c) o órgão fracionário do Tribunal apenas afasta a incidência, parcialmente, da lei ou ato normativo, mas
não declara expressamente a sua inconstitucionalidade.
GABARITO: C
A denominada cláusula de reserva de plenário, aplicada na apreciação judicial de leis e atos normativos
submetidos ao controle de constitucionalidade, deve ser observada quando:
a) o processo for objeto de julgamento de plano pelo relator, ainda que haja pronunciamento
anterior do Plenário sobre a questão.
b) o órgão fracionário do Tribunal julgar a norma ou o ato impugnado e entender pela sua
constitucionalidade.
Excelente. Essa é inclusive umas das disfunções do sistema da reserva de plenário, alertadas por vezes
por juristas e Ministros do próprio STF, notadamente o Min. Roberto Barroso. Por exemplo, o problema
dos julgamentos de órgãos fracionários que declaram a constitucionalidade de lei ou ato normativo,
mesmo quando o tribunal pleno ou o órgão especial ou o próprio Supremo Tribunal Federal já assentaram
a inconstitucionalidade em sede de recurso extraordinário. Nesse caso, a reserva de plenário não é
exigida. Errado, portanto, o item "b".
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d) do julgamento realizado pelas Turmas Recursais dos Juizados Especiais.
O art. 97 da CF (reserva de plenário) não atinge juizados de pequenas causas (art. 24, X) e juizados
especiais (art. 98, I), os quais, pela configuração atribuída pelo legislador, não funcionam, na
esfera recursal, sob regime de plenário ou de órgão especial, mas de turmas recursais, que não se
submetem a essa regra (ARE 792.562 AgR, rel. min. Teori Zavascki, j. 18/3/2014, 2ª Turma).
Órgão fracionário de tribunal de justiça que, por razões de segurança jurídica, deixar de aplicar lei
estadual, sem declarar expressamente a sua inconstitucionalidade, terá violado a cláusula de reserva de
plenário.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
Órgão fracionário de tribunal de justiça que, por razões de segurança jurídica, deixar de aplicar lei
estadual, sem declarar expressamente a sua inconstitucionalidade, terá violado a cláusula de
reserva de plenário.
Correto, visto que tal conduta violaria a cláusula de reserva de plenário, prevista no art. 97 da Constituição,
bem como a Súmula Vinculante 10, do Supremo:
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão
especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
Súmula Vinculante 10/STF - Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão
fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
É dizer, no âmbito dos tribunais, somente poderá declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo,
no todo ou em parte, a maioria do plenário (maioria absoluta de todos os membros do tribunal), ou o
chamado órgão especial, previsto no art. 93, XI, da CF:
Art. 93....
XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial,
com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições
administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das
vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno;
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Nessa situação hipotética, segundo a Constituição Federal de 1988 e o entendimento sumulado do STF,
a decisão desse órgão fracionário
a) não violou a cláusula de reserva do plenário, o que ocorreria somente se tivesse sido declarada a
inconstitucionalidade do ato normativo.
b) não violou a cláusula de reserva do plenário, uma vez que afastou a incidência apenas de parte do ato
normativo.
c) violou a cláusula de reserva do plenário, uma vez que o afastamento da incidência do referido ato só
poderia ocorrer concomitantemente à declaração de inconstitucionalidade deste.
d) violou a cláusula de reserva do plenário, uma vez que afastou a incidência, ainda que em parte, de ato
normativo do poder público.
GABARITO: D
Um órgão fracionário de determinado tribunal afastou a incidência de parte de ato normativo do poder
público, sem declarar expressamente a inconstitucionalidade do ato. Nessa situação hipotética, segundo
a Constituição Federal de 1988 e o entendimento sumulado do STF, a decisão desse órgão fracionário:
d) violou a cláusula de reserva do plenário, uma vez que afastou a incidência, ainda que em parte,
de ato normativo do poder público.
Correta, pois o julgado do órgão fracionário do tribunal incidiu em violação da Súmula Vinculante 10,
editada pelo STF.
Súmula Vinculante 10. Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário
de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
O art. 97 da Constituição Federal trata da chamada Cláusula de reserva de plenário:
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão
especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
É dizer, no âmbito dos tribunais, somente poderá declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo,
no todo ou em parte, a maioria do plenário (maioria absoluta de todos os membros do tribunal), ou o
chamado órgão especial, previsto no art. 93, XI, da CF:
Art. 93....
XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial,
com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições
administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das
vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno;
Demais alternativas incorretas:
a) não violou a cláusula de reserva do plenário, o que ocorreria somente se tivesse sido declarada
a inconstitucionalidade do ato normativo.
b) não violou a cláusula de reserva do plenário, uma vez que afastou a incidência apenas de parte
do ato normativo.
c) violou a cláusula de reserva do plenário, uma vez que o afastamento da incidência do referido
ato só poderia ocorrer concomitantemente à declaração de inconstitucionalidade deste.
599
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Questão 28: VUNESP
Como cediço na doutrina e na jurisprudência, a cláusula de reserva de plenário é um dos requisitos do
controle de constitucionalidade difuso. Nesse sentido, a respeito dessa cláusula é correto afirmar que é
obrigatória sua observância
a) ainda que a decisão do órgão fracionário do tribunal seja pela constitucionalidade da lei ou do ato
normativo.
d) ainda que o próprio Tribunal ao qual pertença o órgão julgador fracionário tenha se pronunciado
anteriormente sobre a questão.
e) ainda que o órgão fracionário não declare expressamente a inconstitucionalidade da lei ou do ato
normativo, mas apenas afaste sua incidência no todo ou em parte.
GABARITO: E
a) ainda que a decisão do órgão fracionário do tribunal seja pela constitucionalidade da lei ou do
ato normativo.
600
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Essa é uma das disfunções da cláusula, alertadas por vezes por juristas e Ministros do próprio STF,
notadamente o Min. Luís Roberto Barroso. Nos julgamentos de órgãos fracionários que declaram a
constitucionalidade de lei ou ato normativo, mesmo quando o tribunal pleno ou o órgão especial ou o
próprio Supremo Tribunal Federal já assentaram a inconstitucionalidade em sede de recurso
extraordinário. Nesse caso, a reserva de plenário não é exigida.
Errado. A aplicação da reserva de plenário alcança o próprio Supremo Tribunal Federal, naturalmente
para a declaração de inconstitucionalidade no controle concentrado de constitucionalidade. Mas essa
regra não vale para o juízo de recepção ou não recepção de norma pré-constitucional:
"(...) a discussão em torno da incidência, ou não, do postulado da recepção – precisamente por não
envolver qualquer juízo de inconstitucionalidade (mas, sim, quando for o caso, o de simples revogação
de diploma pré-constitucional) – dispensa, por tal motivo, a aplicação do princípio da reserva de
Plenário (CF, art. 97), legitimando, por isso mesmo, a possibilidade de reconhecimento, por órgão
fracionário do Tribunal, de que determinado ato estatal não foi recebido pela nova ordem constitucional"
(Rcl 10.114 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, julg. em 18/12/2013, Plenário)
c) quando o Tribunal julgador utilizar a técnica da interpretação conforme a Constituição.
Errado. O STF também decidiu que se a decisão do Supremo que declarou a inconstitucionalidade, ainda
que via interpretação conforme, tenha se dado no controle difuso, os tribunais que seguem a
orientação fixada pelo STF não necessitam submeter a questão novamente aos respectivos
plenários (Rcl. 18.598 AgR, rel. Min. Roberto Barroso, julg. em 7/4/2015);
d) ainda que o próprio Tribunal ao qual pertença o órgão julgador fracionário tenha se pronunciado
anteriormente sobre a questão.
a) Se entender pela inconstitucionalidade da lei estadual discutida, o órgão fracionário do Tribunal deverá
encaminhar o caso para análise pelo órgão pleno ou especial, salvo se já houver pronunciamento do
Superior Tribunal de Justiça a respeito do tema.
b) Ainda que entenda que a norma discutida é constitucional, o órgão fracionário do Tribunal deve
obedecer a cláusula da reserva de plenário e encaminhar a análise dos autos ao órgão pleno ou especial
da Corte, sob pena de contrariedade à lei federal.
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c) Caso entenda que a norma impugnada é realmente inconstitucional, o órgão fracionário deverá remeter
os autos ao plenário do tribunal ou ao seu órgão especial, mesmo que esse já tenha se manifestado sobre
a matéria, já que sua análise não pode ser dispensada nesses casos.
d) Ainda que entenda pela constitucionalidade da norma, o órgão fracionário deve obedecer a cláusula
da reserva de plenário, mas poderá dispensá-la caso o órgão pleno ou especial do Tribunal já tenha se
manifestado sobre a questão.
GABARITO: E
Suponha que o Estado de São Paulo tenha, mediante a Lei Estadual Z, aprovado o reajuste da cobrança
do Imposto X, de sua competência. Matteo, por entender que a mencionada lei viola a Constituição
Federal, ajuiza uma ação ordinária com pedido de devolução de todos os valores pagos a título do Imposto
X perante a Fazenda Pública do Estado de São Paulo em desfavor do Estado, defendendo como causa
de pedir a inconstitucionalidade da lei. Ao analisar o pedido inicial, o Juiz de primeiro grau entendeu que
a Lei Estadual Z respeitou os ditames estabelecidos pela Constituição Estadual e julgou improcedentes
os pedidos iniciais. Inconformado com a questão, Matteo interpõe recurso de apelação perante o Tribunal
de Justiça do Estado, pedindo a revisão do julgado. A partir desse caso hipotético e considerando as
regras a respeito da Cláusula da Reserva de Plenário, assinale a alternativa correta.
602
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Salvo se já houver pronunciamento do STF ou Súmula Vinculante por ele editada pela
inconstitucionalidade da norma, o órgão fracionário de tribunal inferior pode deixar de aplicar legislação
por inconstitucionalidade (Rcl. 16.528 AgR, Relatora Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, julgamento
em 7/3/2017); ou se já houver pronunciamento do plenário ou órgão especial do respectivo tribunal
pela inconstitucionalidade da norma também não há necessidade de submeter a questão novamente ao
plenário ou ao órgão especial para declarar a inconstitucionalidade ou afastar a aplicação da lei (RE
876.067 AgR, Relatora Ministra Cármen Lúcia, Segunda Turma, julgamento em 12/5/2015);
b) Ainda que entenda que a norma discutida é constitucional, o órgão fracionário do Tribunal deve
obedecer a cláusula da reserva de plenário e encaminhar a análise dos autos ao órgão pleno ou
especial da Corte, sob pena de contrariedade à lei federal.
c) Caso entenda que a norma impugnada é realmente inconstitucional, o órgão fracionário deverá
remeter os autos ao plenário do tribunal ou ao seu órgão especial, mesmo que esse já tenha se
manifestado sobre a matéria, já que sua análise não pode ser dispensada nesses casos.
d) Ainda que entenda pela constitucionalidade da norma, o órgão fracionário deve obedecer a
cláusula da reserva de plenário, mas poderá dispensá-la caso o órgão pleno ou especial do
Tribunal já tenha se manifestado sobre a questão.
a) quase sempre a inconstitucionalidade formal é uma questão puramente de Direito, porque adstrita à
análise jurídica da compatibilidade entre os conteúdos normativos.
d) somente pelo voto da maioria relativa de seus membros ou da maioria absoluta dos membros do
respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
poder público.
e) somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão
especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público.
GABARITO: E
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e) somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão
especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder
público.
XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial,
com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições
administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das
vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno;
É importante que você guarde o seguinte, em relação à cláusula de reserva de plenário:
1) Um juiz singular (de primeira instância, não do tribunal) pode deixar de aplicar uma lei no caso
concreto sob sua jurisdição, por entendê-la inconstitucional;
2) Um desembargador, uma turma ou seção de tribunal não pode deixar de aplicar uma lei no caso
concreto sob sua jurisdição, porque essa prerrogativa é apenas do plenário ou do órgão especial;
5) A aplicação da reserva de plenário alcança o próprio Supremo Tribunal Federal somente para a
declaração de inconstitucionalidade no controle concentrado de constitucionalidade, por força dos arts.
22 e 23 da Lei 9.868/1999:
Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo
somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros.
Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da
disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis
Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de
constitucionalidade.
A exceção é para o juízo de recepção ou não recepção de norma pré-constitucional, que dispensa a
aplicação da reserva de plenário:
"(...) a discussão em torno da incidência, ou não, do postulado da recepção – precisamente por não
envolver qualquer juízo de inconstitucionalidade (mas, sim, quando for o caso, o de simples revogação
de diploma pré-constitucional) – dispensa, por tal motivo, a aplicação do princípio da reserva de
Plenário (CF, art. 97), legitimando, por isso mesmo, a possibilidade de reconhecimento, por órgão
fracionário do Tribunal, de que determinado ato estatal não foi recebido pela nova ordem constitucional"
(Rcl 10.114 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, julg. em 18/12/2013, Plenário)
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6) O STF exerce, por excelência, o controle difuso de constitucionalidade quando do julgamento do
recurso extraordinário, tendo os seus colegiados fracionários competência regimental para fazê-lo sem
ofensa ao art. 97 da CF (reserva de plenário) (RE 361.829-ED, rel. min. Ellen Gracie, DJ de 19/3/2010)
7) O STF também decidiu que se a decisão do Supremo que declarou a inconstitucionalidade, ainda que
via interpretação conforme, tenha se dado no controle difuso, os tribunais que seguem a orientação fixada
pelo STF não necessitam submeter a questão novamente aos respectivos plenários (Rcl. 18.598
AgR, rel. Min. Roberto Barroso, julg. em 7/4/2015);
8) Ainda sobre a Cláusula de Reserva de Plenário, o STF editou a Súmula Vinculante nº 10:
Súmula Vinculante 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário
de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
Demais incorretas:
A inconstitucionalidade formal não diz respeito à dissociação entre o conteúdo normativo da lei e o da
Constituição, mas à forma de aprovação da norma, seja por violação da iniciativa exclusiva ou vedada,
seja pelo formato da lei, ou pelo quórum de aprovação.
Não. A inconstitucionalidade formal pode derivar de uma incompetência do Poder Executivo, por exemplo,
ao dispor sobre matéria privativa do Senado (art. 52, CF) da Câmara (art. 51, CF) ou do Congresso
Nacional (art. 49, CF), ou ainda, que exorbite do poder regulamentar conferido pelo Congresso Nacional
(art. 49, V, CF), hipótese em que o controle de constitucionalidade pode ser feito pelo próprio Legislativo,
no chamado controle político de constitucionalidade.
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
....
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa;
d) somente pelo voto da maioria relativa de seus membros ou da maioria absoluta dos membros
do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do poder público.
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médicos de mamografia (mulheres acima de 40 anos) e colpocitologia oncótica (Papanicolau) na
avaliação de aptidão das candidatas para posse em cargos públicos − violaria a dignidade humana, a
intimidade, a privacidade e integridade física e psicológica das mulheres, além de ferir os princípios da
igualdade de gênero e da isonomia, uma vez que não há exigência de previsão equivalente aos
candidatos homens. Após decisão parcialmente favorável na primeira instância, houve recurso e a
Câmara do Tribunal de Justiça determinou a remessa dos autos ao Órgão Especial. A respeito do caso
é correto afirmar:
c) Não se trata de controle concentrado ou difuso de constitucionalidade, pois não ocorre a discriminação
de gênero apontada, ou mesmo violação da igualdade ou isonomia entre mulheres e homens, uma vez
que as diferenças biológicas justificariam o tratamento desigual.
GABARITO: A
A Defensoria Pública de São Paulo ingressou com ação civil pública alegando, em síntese, que a
Resolução 18/2015, da Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de São Paulo − que exige, em
todos os concursos públicos na esfera estadual, que as candidatas mulheres apresentem exames
médicos de mamografia (mulheres acima de 40 anos) e colpocitologia oncótica (Papanicolau) na
avaliação de aptidão das candidatas para posse em cargos públicos − violaria a dignidade humana, a
intimidade, a privacidade e integridade física e psicológica das mulheres, além de ferir os princípios da
igualdade de gênero e da isonomia, uma vez que não há exigência de previsão equivalente aos
candidatos homens. Após decisão parcialmente favorável na primeira instância, houve recurso e a
Câmara do Tribunal de Justiça determinou a remessa dos autos ao Órgão Especial. A respeito do caso
é correto afirmar:
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administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das
vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno;
Caso o órgão fracionário declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público ou mesmo afaste sua incidência, violará a Súmula Vinculante nº 10:
Súmula Vinculante 10/STF: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão
fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
Caso haja violação da referida Súmula Vinculante, o interessado poderá impetrar também Reclamação
(art. 103-A, § 3º, CF):
Art. 103-A..........
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a
aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato
administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou
sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
Demais alternativas incorretas:
Também se já houver pronunciamento do STF ou Súmula Vinculante por ele editada, no sentido da
inconstitucionalidade do conteúdo versado na norma, o órgão fracionário de tribunal inferior pode deixar
de aplicar legislação por inconstitucionalidade (Rcl. 16.528 AgR, Relatora Ministra Rosa Weber, Primeira
Turma, julgamento em 7/3/2017) ;
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especial ou o próprio Supremo Tribunal Federal já assentaram a inconstitucionalidade em sede de
recurso extraordinário. Nesse caso, a reserva de plenário não é exigida.
Mas para o caso concreto, é natural que o órgão fracionário siga a orientação traçada pelo Órgão
Especial, quando ele retornar o incidente de inconstitucionalidade para a Câmara Julgadora. Entretanto,
afirmar que essa decisão é vinculante (não indicativa), não é correto.
Um juiz singular (de primeira instância, não do tribunal) pode deixar de aplicar uma lei no caso concreto
sob sua jurisdição, por entendê-la inconstitucional; mas um desembargador, uma turma ou seção de
tribunal não pode deixar de aplicar uma lei no caso concreto (controle difuso) sob sua jurisdição, porque
essa prerrogativa é apenas do plenário ou do órgão especial do tribunal de segunda instância.
I A competência para a criação da justiça de paz foi delegada, constitucionalmente, ao Poder Legislativo
distrital.
II O juiz de paz é um juiz leigo que pode, entre as suas competências, celebrar casamentos e verificar,
de ofício ou mediante impugnação, o processo de habilitação para o casamento.
III O juiz de paz atua em caráter jurisdicional e tem competência para exercer atribuições conciliatórias
nesse âmbito.
IV Apesar da previsão constitucional da regra de eleição por voto direto para mandato de quatro anos,
no Distrito Federal, os juízes de paz são indicados pelo corregedor e nomeados pelo presidente do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
GABARITO: C
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Errado, por força do art. 98, II, da Constituição, que outorgou à União a criação da justiça de paz no
Distrito Federal e Territórios:
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
............
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com
mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou
em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem
caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação
II O juiz de paz é um juiz leigo que pode, entre as suas competências, celebrar casamentos e
verificar, de ofício ou mediante impugnação, o processo de habilitação para o casamento.
Correto. Com relação à Justiça de Paz, ela não é composta por juízes togados ou togados e leigos mas
apenas por cidadãos (leigos), eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de 4 anos. Tem
por competências celebrar casamentos, verificar o processo de habilitação de casamento e exercer
atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação (art. 98, CF).
Segundo o STF, compete privativamente ao STF, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça
propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de cargos e remuneração de serviços auxiliares e
juízos vinculados, o que inclui os juízes de paz, sendo inconstitucional lei de iniciativa do Poder
Executivo ou Legislativo que trate do assunto. Além disso, o STF considera inconstitucional o
recebimento de custas pagas pelo particular para remuneração dos juízes de paz, que devem ser
financiados pelos cofres públicos.
III O juiz de paz atua em caráter jurisdicional e tem competência para exercer atribuições
conciliatórias nesse âmbito.
IV Apesar da previsão constitucional da regra de eleição por voto direto para mandato de quatro
anos, no Distrito Federal, os juízes de paz são indicados pelo corregedor e nomeados pelo
presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
Item que exige conhecimento da Portaria GC 206 de 9 de dezembro de 2013 do Tribunal de Justiça
do DF e Territórios, que estabelece em seu art. 262:
Art. 262. Os juízes de paz, enquanto não for publicada lei que disponha sobre sua eleição, serão indicados
pelo corregedor e nomeados pelo presidente do Tribunal de Justiça, para atuar junto aos serviços de
registro civil do Distrito Federal.
§1º O 1º e o 2º Ofícios de Registro Civil e Casamento, Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas da
Circunscrição Judiciária de Brasília-DF contarão com 03 (três) juízes de paz titulares cada um, devendo
ser observada a divisão equitativa dos expedientes entre eles.
§2º Nas demais circunscrições do Distrito Federal haverá 01 (um) juiz de paz titular em cada ofício de
registro civil
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Considerando a sistemática constitucional, o proceder do Poder Executivo é:
a) correto, pois somente o Poder Executivo pode encaminhar o projeto de lei orçamentária ao Poder
Legislativo;
b) correto, pois a proposta elaborada pelo Poder Executivo deve ser aprovada pelo Judiciário, que a
encaminhará ao Legislativo;
c) incorreto, pois compete ao Tribunal de Justiça elaborar a sua proposta orçamentária, observada a Lei
de Diretrizes Orçamentárias;
d) incorreto, pois compete ao Poder Legislativo aprovar a proposta orçamentária que será submetida à
apreciação dos demais Poderes;
e) correto, pois a receita pública é arrecadada pelo Poder Executivo, daí decorrendo a sua competência
para fixar os limites da despesa pública.
GABARITO: C
c) incorreto, pois compete ao Tribunal de Justiça elaborar a sua proposta orçamentária, observada
a Lei de Diretrizes Orçamentárias;
Correta, pois de acordo com os §§ 1º e 2º, II, do art. 99 da Constituição, compete aos tribunais a
elaboração de sua proposta orçamentária, a ser encaminhada, neste caso, ao Poder Executivo
estadual, para análise e eventuais ajustes necessários (art. 99, § 4º, CF):
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente
com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a
aprovação dos respectivos tribunais;
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça,
com a aprovação dos respectivos tribunais.
§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do
prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente,
ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo.
§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os
limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual.
§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a
assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias,
exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.
Demais alternativas incorretas:
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a) correto, pois somente o Poder Executivo pode encaminhar o projeto de lei orçamentária ao
Poder Legislativo;
Errado, pois não compete ao Poder Executivo, muito menos ao Poder Executivo municipal.
b) correto, pois a proposta elaborada pelo Poder Executivo deve ser aprovada pelo Judiciário, que
a encaminhará ao Legislativo;
Errado, pois a proposta do Poder Judiciário é que deve ser apreciada pelo Poder Executivo, que a
encaminhará ao Legislativo.
d) incorreto, pois compete ao Poder Legislativo aprovar a proposta orçamentária que será
submetida à apreciação dos demais Poderes;
Vide comentários.
e) correto, pois a receita pública é arrecadada pelo Poder Executivo, daí decorrendo a sua
competência para fixar os limites da despesa pública.
Vide comentários.
Imóveis públicos de um estado federado podem ser adquiridos mediante pagamento realizado pela
entrega de créditos em precatórios do respectivo ente federado, conforme estabelecido por lei da entidade
federativa devedora.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
Imóveis públicos de um estado federado podem ser adquiridos mediante pagamento realizado
pela entrega de créditos em precatórios do respectivo ente federado, conforme estabelecido por
lei da entidade federativa devedora.
Correta, conforme permissivo do art.100, § 11 da Constituição Federal, com a redação dada pela EC
62/2009:
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em
virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas
dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
...
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entrega de
créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado.
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Questão 35: VUNESP
Segundo a Constituição Federal,
d) o Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a
liquidação regular de precatórios responderá pessoalmente pelos créditos constantes nos precatórios e
perante o competente Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
e) é vedada ao credor, nos termos da lei da entidade federativa devedora, a entrega de créditos em
precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado.
GABARITO: A
Correta, em face do § 5º do art. 100 da CF/1988, que traz a disciplina geral dos precatórios:
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em
virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas
dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
...
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao
pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios
judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando
terão seus valores atualizados monetariamente.
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Os precatórios consistem em uma ordem de pagamento expedida por um juiz, quando a Fazenda
Pública, seja da União, Estados, DF ou municípios é condenada em processo judicial transitado em
julgado (quando não há mais recursos cabíveis, exceto ação rescisória). São, portanto, títulos
executivos judiciais derivados de sentenças condenatórias contra o poder público, (município, estado,
DF ou União), transitadas em julgado, e que determinam o pagamento de determinado valor a um
particular.
Errado, pois estes últimos serão pagos com precedência sobre os demais, conforme o art. 100, § 2º, da
CF:
Art. 100. ........
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos,
proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou
por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado,
e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º
deste artigo.
2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão hereditária, tenham 60
(sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência, assim
definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor
equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento
para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do
precatório.
c) é obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao
pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de
precatórios judiciários apresentados até 1º de junho, fazendo-se o pagamento até o final do
exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.
d) o Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar
frustrar a liquidação regular de precatórios responderá pessoalmente pelos créditos constantes
nos precatórios e perante o competente Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios.
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e) é vedada ao credor, nos termos da lei da entidade federativa devedora, a entrega de créditos em
precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado.
a) Ricardo poderá receber o valor integral, por meio de precatório, com preferência sobre todos os demais
débitos de forma integral.
b) Ricardo poderá fracionar o montante para pagamento com preferência sobre todos os demais débitos,
com exceção daqueles de natureza alimentícia, até o limite de R$ 12 mil, sendo o restante pago segundo
a ordem cronológica de apresentação.
c) o nome de Ricardo e o do seu processo judicial poderão ser informados na dotação orçamentária criada
para o pagamento de seu precatório.
d) Ricardo poderá fracionar o montante para pagamento com preferência sobre todos os demais débitos
até o limite de R$ 18 mil, devendo o restante ser pago segundo a ordem cronológica de apresentação.
e) o precatório de Ricardo deverá ser apresentado até 31 de agosto do ano corrente para que possa ser
pago até 31 de dezembro do ano seguinte.
GABARITO: D
Ricardo, com sessenta e cinco anos de idade, ajuizou ação contra um estado da Federação. A ação foi
julgada totalmente procedente, e a sentença, transitada em julgado, condenou o referido estado a pagar
a Ricardo o valor de R$ 50 mil, cujo débito é de natureza alimentícia. Todavia, o estado fixou em lei o
valor de R$ 6 mil como limite para pagamento de obrigação de pequeno valor.Nessa situação hipotética,
levando-se em consideração a disciplina constitucional dos precatórios,
d) Ricardo poderá fracionar o montante para pagamento com preferência sobre todos os demais
débitos até o limite de R$ 18 mil, devendo o restante ser pago segundo a ordem cronológica de
apresentação.
Correto, a teor do art. 100, § 2º e § 3º, da Constituição Federal, visto que o triplo do valor relativo às
requisições de pequeno valor fixado em lei estadual corresponde ao montante de R$ 18 mil:
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em
virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
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precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas
dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
.....
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão hereditária, tenham
60 (sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência, assim
definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor
equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento
para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do
precatório.
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos
pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam
fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
Demais incorretas:
a) Ricardo poderá receber o valor integral, por meio de precatório, com preferência sobre todos
os demais débitos de forma integral.
b) Ricardo poderá fracionar o montante para pagamento com preferência sobre todos os demais
débitos, com exceção daqueles de natureza alimentícia, até o limite de R$ 12 mil, sendo o restante
pago segundo a ordem cronológica de apresentação.
O caput do art. 100 estabelece ser proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
e) o precatório de Ricardo deverá ser apresentado até 31 de agosto do ano corrente para que
possa ser pago até 31 de dezembro do ano seguinte.
O precatório deverá ser apresentado até o dia 1º de julho, para pagamento até 31 de dezembro do ano
seguinte, por força do § 5º, do art. 100, da Constituição:
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em
virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas
dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
.....
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao
pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios
judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando
terão seus valores atualizados monetariamente.
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Os estados que se encontravam em mora quanto ao pagamento de seus precatórios em 25/3/2015
deverão realizar o pagamento desses débitos atualizados pelo índice nacional de preços ao consumidor
(INPC).
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
Incorreta, nos termos do art. 101 do ADCT - Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que versa
sobre as regras relativas a saldos acumulados e não pagos de precatórios, o qual estabelece que os
referidos débitos serão atualizados pelo índice nacional de preços ao consumidor amplo especial
(IPCA-E) ou outro índice que venha a substitui-lo:
Art. 101. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que, em 25 de março de 2015, se encontravam
em mora no pagamento de seus precatórios quitarão, até 31 de dezembro de 2024, seus débitos vencidos
e os que vencerão dentro desse período, atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo Especial (IPCA-E), ou por outro índice que venha a substituí-lo, depositando mensalmente em
conta especial do Tribunal de Justiça local, sob única e exclusiva administração deste, 1/12 (um doze
avos) do valor calculado percentualmente sobre suas receitas correntes líquidas apuradas no segundo
mês anterior ao mês de pagamento, em percentual suficiente para a quitação de seus débitos e, ainda
que variável, nunca inferior, em cada exercício, ao percentual praticado na data da entrada em vigor do
regime especial a que se refere este artigo, em conformidade com plano de pagamento a ser anualmente
apresentado ao Tribunal de Justiça local
a) a cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição
protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora.
d) a União não poderá assumir débitos, oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e
Municípios, ainda que refinanciando-os diretamente.
e) as dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados junto a Caixa Econômica Federal,
cabendo ao Magistrado que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral, não podendo,
porém, autorizar, ainda que a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento
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de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu
débito, o sequestro da quantia respectiva.
GABARITO: A
a) a cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição
protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora.
É possível a cessão de precatórios, por força da Emenda Constitucional 62/2006, que incluiu o § 14 no
art. 100 da Constituição Federal:
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em
virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas
dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
...
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição
protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora.
Demais alternativas incorretas:
Trata-se de uma faculdade do credor, a ser exercida nos termos de lei (e não resolução) da entidade
federada devedora (art. 100, § 11, CF):
Art. 100........
......
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entrega de
créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado.
c) é obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao
pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de
precatórios judiciários apresentados até 1º de outubro, fazendo-se o pagamento até o final do
exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.
A inclusão das verbas no orçamento deve considerar os precatórios apresentados até 1º de julho, para
pagamento até o final do exercício seguinte, com atualização monetária dos valores até a data de
pagamento (art. 100, § 5º, CF):
Art. 100......
........
§ 5º. É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao
pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios
judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando
terão seus valores atualizados monetariamente.
d) a União não poderá assumir débitos, oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e
Municípios, ainda que refinanciando-os diretamente.
O § 16 do art. 100 da Constituição permite a assunção de débitos pela União, oriundos dos demais entes
federados (art. 100, § 16, CF):
Art. 100.......
617
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........
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de precatórios,
de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente.
e) as dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados junto a Caixa Econômica
Federal, cabendo ao Magistrado que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento
integral, não podendo, porém, autorizar, ainda que a requerimento do credor e exclusivamente
para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do
valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva.
Pagamentos devidos pela fazenda pública estadual em virtude de sentença judiciária serão realizados
exclusivamente na ordem cronológica de precatórios, salvo os pagamentos definidos em lei como de
pequeno valor.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
Pagamentos devidos pela fazenda pública estadual em virtude de sentença judiciária serão
realizados exclusivamente na ordem cronológica de precatórios, salvo os pagamentos definidos
em lei como de pequeno valor.
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Questão 40: CEBRASPE (CESPE)
De acordo com as normas constitucionais, tem prioridade de recebimento de seus créditos por sentença
judicial transitada em julgado
b) beneficiário de requisição de pequeno valor sobre beneficiário de precatório portador de doença grave.
c) beneficiário de precatório, que tenha deficiência, sobre beneficiário de requisição de pequeno valor.
d) beneficiário de precatório alimentar sobre beneficiário de precatório que tenha mais de sessenta anos
de idade.
GABARITO: B
De acordo com as normas constitucionais, tem prioridade de recebimento de seus créditos por sentença
judicial transitada em julgado:
Correto. Os precatórios consistem em uma ordem de pagamento expedida por um juiz, quando
a Fazenda Pública, seja da União, Estados, DF ou municípios é condenada em processo judicial
transitado em julgado (quando não há mais recursos cabíveis, exceto ação rescisória). São,
portanto, títulos executivos judiciais derivados de sentenças condenatórias contra o poder público,
(município, estado, DF ou União), transitadas em julgado, e que determinam o pagamento de determinado
valor a um particular.
O § 3º do art. 100 da Constituição trata das Requisições de Pequeno Valor (RPV's), que são os débitos
de natureza alimentícia definidos em lei como de pequeno valor, e cujo pagamento tem preferência sobre
os precatórios em geral (caput do art. 100).
Entretanto, os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou
sejam portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência serão pagos com preferência sobre os
dois anteriores, mas só até o valor correspondente ao triplo fixado em lei para as Requisições de
Pequeno Valor. Como o enunciado menciona somente beneficiário de precatório portador de doença
grave, ele entra na regra geral do caput do art. 100, e os beneficiários de pequeno valor previstos no §3º
terão preferência no pagamento.
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em
virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas
dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos,
proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou
por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado,
e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º
deste artigo.
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão hereditária, tenham
60 (sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência, assim
definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor
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equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento
para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do
precatório.
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos
pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam
fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
Portanto, a ordem de prioridade é:
1º: débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão hereditária, tenham 60
(sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência, assim
definidos na forma da lei, até o valor equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º
do art. 100 (RPV's) (art. 100, §2º);
2º: pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor (RPV's) (art. 100, § 3º);
3º: demais precatórios alimentares (art. 100, §1º);
4º: precatórios em geral, cujo pagamento segue a ordem cronológica de apresentação (art. 100, caput).
Errado. Precatórios alimentar ou de natureza alimentícia são aqueles relativos a salários, alimentos, ou
outras rendas necessárias à sobrevivência do titular. Os precatórios definidos como de pequeno valor (§
3º) prevalecem sobre os demais, inclusive os meramente alimentares (§ 1º).
Os precatórios definidos como de pequeno valor (§ 3º) prevalecem sobre os demais, exceto sobre os de
natureza alimentícia de deficientes, maiores de 60 anos ou portadores de doença grave, até o triplo do
valor dos RPV's. Beneficiário de precatório não alimentar, deficiente, não possui essa prioridade.
Item mal redigido. O precatório alimentar terá preferência sobre os demais precatórios, inclusive o
precatório (não-alimentar) de beneficiário com mais de sessenta anos de idade. O item não informou que
o precatório do beneficiário com mais de sessenta anos era alimentar. Do jeito que está redigido, estaria
correta.
a) estabeleça requisitos de capacidade física como condição para acesso a cargos públicos em órgão
da Administração estadual, desde que observados critérios que guardem relação com as atividades a
serem desempenhadas pelo servidor.
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b) proíba aos veículos de imprensa, durante período eleitoral, no âmbito do Estado, a utilização de
montagem ou recurso de áudio ou vídeo que ridicularize candidato ou partido político ou de veiculação
de programa com esse conteúdo.
e) estabeleça hipóteses, não previstas em lei federal, de gratuidade para a execução pública de obras
musicais, desde que em benefício de associações, fundações ou instituições filantrópicas e aquelas
oficialmente declaradas de utilidade pública estadual, sem fins lucrativos.
GABARITO: A
À luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, será compatível com a Constituição Federal a lei
estadual que:
a) estabeleça requisitos de capacidade física como condição para acesso a cargos públicos em
órgão da Administração estadual, desde que observados critérios que guardem relação com as
atividades a serem desempenhadas pelo servidor.
Correto. A Jurisprudência do STF exige correlação entre os critérios físicas estabelecidos e as atividades
a serem desempenhadas pelo servidor:
"A adoção de requisitos de capacidade física para o acesso a cargos públicos deve observar critérios
idôneos e proporcionais de seleção, que guardem correlação com as atividades a serem desempenhadas
pelo servidor. A norma contida no § 2º do art. 11 da Lei Federal 7.479/1986, no que se refere aos médicos
e aos capelães, é incompatível com a Constituição Federal. Com relação ao restante da carreira de
bombeiro-militar, não há ofensa aos princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade, da
eficiência ou da proporcionalidade. Os limites de estatura estabelecidos pela norma impugnada, que
reproduzem a mesma exigência imposta aos militares das Forças Armadas (1,60m para homens e 1,55m
para mulheres), mostram-se razoáveis. (ADI 5.044, rel. min. Alexandre de Moraes, julgamento
em 11/10/2018).
Súmula 683/STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art.
7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser
preenchido.
Além disso, esses critérios só podem ser estabelecidos por lei, nunca somente pelo edital do concurso:
Súmula 14/STF: Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em
concurso para cargo público.
Demais alternativas incorretas:
b) proíba aos veículos de imprensa, durante período eleitoral, no âmbito do Estado, a utilização
de montagem ou recurso de áudio ou vídeo que ridicularize candidato ou partido político ou de
veiculação de programa com esse conteúdo.
Errado. O STF julgou procedente pedido formulado em ação direta para declarar a inconstitucionalidade
do inciso II, da segunda parte do inciso III e, por arrastamento, dos §§ 4º e 5º, todos do art. 45 da Lei
9.504/1997 (Lei das Eleições). Os dispositivos impugnados estabeleciam ser vedado às emissoras de
rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário, a partir de 1º de julho do ano da eleição: a)
“usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou
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ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito” (inciso
II) e b) “difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação, a seus órgãos ou
representantes” (segunda parte do inciso III) (ADI 4451/DF, rel. Min. Alexandre de Moraes, julgamento
em 20 e 21/6/2018)
Errado. O STF deu interpretação conforme a Constituição ao art. 287 do Código Penal, e ao § 2º do artigo
33 da Lei nº 11.343/2006, para afastar qualquer entendimento no sentido de que as "marcha da maconha"
constituem apologia ao crime. Para os ministros presentes à sessão, prevalece nesses casos a liberdade
de expressão e de reunião (art. 5º, IV e XVI, CF). A Corte destacou, entretanto, que as manifestações
devem ser lícitas, pacíficas, sem armas, e com prévia notificação da autoridade competente (ADPF 187,
rel. min. Celso de Mello, j. 15/6/2011, Plenário; ADI 4.274, rel. min. Ayres Britto, j. 23/11/2011).
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Compete ao STF processar e julgar o presidente da República por infrações penais comuns.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
Acerca do Poder Judiciário e das funções essenciais à justiça, julgue o item que se segue.
Compete ao STF processar e julgar o presidente da República por infrações penais comuns.
Correta, essa competência é prevista no inciso I, "b" do art. 102 e também prevista no art. 86 da CF/1988:
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados,
será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou
perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
...
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do
Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República.
a) Cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha
desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.
c) Para efeito de aposentadoria especial de professores, não se computa o tempo de serviço prestado
fora da sala de aula.
d) No processo penal, contam-se os prazos da data da juntada aos autos do mandado ou da carta
precatória ou de ordem.
GABARITO: C
Assinale a alternativa que corresponde ao entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal Federal.
Correta, de acordo com a Súmula 726 do STF, que continua válida mesmo após a Reforma da
Previdência (EC 103/2019), visto que os professores ainda gozam de aposentadoria especial, tanto do
regime especial de Previdência dos servidores (art. 40, § 5º, CF), quanto no regime geral (art. 201, § 8º,
CF):
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Súmula 726/STF. Para efeito de aposentadoria especial de professores, não se computa o tempo de
serviço prestado fora da sala de aula.
Art. 40.....
§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos em relação às
idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III do § 1º, desde que comprovem tempo de efetivo
exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei
complementar do respectivo ente federativo. (Redação da EC 103/2019)
Art. 201....
§ 8º O requisito de idade a que se refere o inciso I do § 7º será reduzido em 5 (cinco) anos, para o
professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no
ensino fundamental e médio fixado em lei complementar. (Redação da EC 103/2019)
Demais alternativas incorretas:
a) Cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha
desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.
Incorreta, vista que a Súmula 734 do Supremo impede o cabimento da Reclamação nessa hipótese. :
Súmula 734/STF. Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se
alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.
b) Cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar.
Incorreta, pois a súmula 710 do STF dispõe a contagem do prazo a partir da data da intimação, ao
contrário do que ocorre no processo civil:
Súmula 710/STF. No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos
autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.
e) Cabe habeas corpus ainda que já extinta a pena privativa de liberdade.
Incorreta, visto que o STF, na Súmula nº 695, pronunciou-se pelo não cabimento do remédio heroico:
Súmula 695/STF. Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.
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Funções Essenciais à Justiça
Questão 1: CEBRASPE (CESPE)
Um membro do Ministério Público que atua em tribunal de justiça discorda do decidido em um acórdão
da corte e pretende recorrer. Percebe, contudo, que o tribunal acolhera integralmente o que fora
preconizado para o caso pelo promotor com atuação no primeiro grau.
e) poderá recorrer, por ocupar posição hierárquica superior em relação ao promotor com atuação no
primeiro grau.
GABARITO: D
Um membro do Ministério Público que atua em tribunal de justiça discorda do decidido em um acórdão
da corte e pretende recorrer. Percebe, contudo, que o tribunal acolhera integralmente o que fora
preconizado para o caso pelo promotor com atuação no primeiro grau.
Correta, visto que este princípio está determinado no §1º do art. 127 da CF/1988:
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.
§ 1º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência
funcional.
O Princípio da Independência Funcional enuncia que os membros do MP ostentam independência no
exercício de suas funções, não se subordinando a quaisquer outros Poderes da República, mas apenas
à Constituição Federal, à Lei e ao livre convencimento de seus Membros. Nem mesmo os Procuradores
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estão submetidos hierarquicamente ao Procurador-Geral da República ou de Justiça, nos Estados. A
vinculação é meramente administrativa.
A partir daí, veio a ser deduzida a doutrina do promotor natural, segundo a qual ao integrante
do parquet é assegurada a defesa mesmo em face do chefe da instituição (HC 90.277, rel. Min. Ellen
Gracie, DJu 1º/8/2008).
Demais opções incorretas:
Não há preclusão processual nem prevenção em relação ao promotor vinculado ao tribunal de justiça, em
virtude do princípio da independência funcional.
e) poderá recorrer, por ocupar posição hierárquica superior em relação ao promotor com atuação
no primeiro grau.
Não existe qualquer posição hierárquica de um procurador sobre outro, nem mesmo do Procurador-
Geral.
Questão 2: FGV
Adélia praticou uma infração penal e, após amplas investigações, a instituição com atribuição
constitucional ajuizou uma ação penal em face dela.
Essa instituição é:
a) o Ministério Público;
b) a Defensoria Pública;
c) a Procuradoria-Geral do Estado;
d) a Polícia Judiciária;
e) o Poder Judiciário.
GABARITO: A
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Adélia praticou uma infração penal e, após amplas investigações, a instituição com atribuição
constitucional ajuizou uma ação penal em face dela. Essa instituição é:
a) o Ministério Público;
Correta, pois está em consonância com o art. 129, I da CF, que atribuiu ao Ministério Público a
legitimidade ativa exclusiva para a ação penal pública:
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei.
A ação penal pública é dividida em ação penal pública incondicionada e condicionada.
i) A ação penal pública incondicionada não depende de qualquer pedido ou manifestação da vítima para
sua proposição, bastando o conhecimento do fato pelo Ministério Público. Ocorre normalmente, para os
crimes mais graves, como homicídio, roubo, corrupção, sequestro. Nos crimes sujeitos à ação penal
pública incondicionada, o inquérito policial é instaurado de ofício pela autoridade policial, não se exigindo
a prévia manifestação de vontade da vítima.
ii) a ação penal pública condicionada, a lei atribuiu a titularidade da ação ao MP, mas exige que este
aguarde a manifestação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça para propositura da ação.
Exemplo são os crimes de ameaça, perigo de contágio venéreo, divulgação de segredo. Se o crime for
de ação penal pública condicionada ou ação penal privada, o inquérito policial só poderá ser instaurado
ser houver a prévia manifestação de vontade da vítima ou do seu representante legal.
Quanto a esta prerrogativa, o STF manifestou-se no sentido de que não ofende o princípio do promotor
natural quando ocorre pedido de arquivamento dos autos do inquérito policial por um promotor de
justiça e na oferta da denúncia por outro, indicado pelo procurador-geral de justiça, após o juízo local
ter considerado improcedente o pedido de arquivamento (HC 92.885/CE, rel. min. Cármen Lúcia, DJe
de 20/6/2008)
Também decidiu o STF que decisão judicial de rejeição de denúncia, impronúncia de réu, de
absolvição sumária ou de trancamento de ação penal por falta de justa causa, não viola o monopólio
da iniciativa do MP na persecução penal e tampouco transgride o postulado do juiz natural nos
procedimentos penais inerentes ao Tribunal do Júri. (RE 593.443/SP, red. p/ o ac. Min. Ricardo
Lewandowski, julg. 6/6/2013).
b) a Defensoria Pública;
Incorreta, pois a missão da Defensoria Pública é outra e está prevista no art. 134 da CF.
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação
jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos
direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV
do art. 5º desta Constituição Federal.
c) a Procuradoria-Geral do Estado;
d) a Polícia Judiciária;
A polícia judiciária é aquela destinada a reprimir as infrações penais e apresentar os infratores para a
devida punição, excetuando-se os crimes militares. Tem também a função de investigar os delitos não
evitados pela polícia preventiva ou administrativa (normalmente a polícia militar).
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Os órgãos que exercem função de polícia judiciária são a polícia federal, no âmbito da União e a polícia
civil, no âmbito dos Estados e do DF, nos termos do art. 144, § 1º, IV e § 4º
e) o Poder Judiciário.
O Poder Judiciário age provocado e não de ofício. O órgão constitucionalmente previsto para propositura
da ação penal pública é o Ministério Público.
a) Não é cabível ação civil pública para anular ato administrativo de aposentadoria de servidor público, se
esta importar em lesão ao erário.
b) De acordo com o STF, é inconstitucional lei estadual que atribua legitimação exclusiva a procurador-
geral de justiça estadual para propor ação civil pública contra prefeito municipal.
c) O Ministério Público tem legitimidade para ingressar com ação civil pública relativa ao pagamento de
indenizações do seguro DPVAT.
d) A Defensoria Pública não tem legitimidade para propor ação civil pública que verse sobre a manutenção
de creche infantil.
e) A condenação de agente público por ato de improbidade em ação civil pública depende da tipificação
administrativa ou penal do ato lesivo ao patrimônio público.
GABARITO: C
c) O Ministério Público tem legitimidade para ingressar com ação civil pública relativa ao
pagamento de indenizações do seguro DPVAT.
Correta, conforme jurisprudência do Supremo assentada em sede de repercussão geral (Tema 471) por
entender que há interesse social qualificado na tutela coletiva dos direitos individuais homogêneos dos
titulares do Seguro DPVAT, alegadamente lesados pela Seguradora no pagamento das correspondentes
indenizações, a atrair a competência do Ministério Público na propositura de ação civil pública em defesa
de beneficiários do DPVAT:
"Ementa: constitucional e processual civil. Ação civil coletiva. Direitos transindividuais (difusos e coletivos)
e direitos individuais homogêneos. Distinções. Legitimação do ministério público. Arts. 127 e 129, III, da
CF. Lesão a direitos individuais de dimensão ampliada. Comprometimento de interesses sociais
qualificados. Seguro DPVAT. Afirmação da legitimidade ativa. (...) Direitos individuais disponíveis, ainda
que homogêneos, estão, em princípio, excluídos do âmbito da tutela pelo Ministério Público (...) 5. No
entanto, há certos interesses individuais que, quando visualizados em seu conjunto, em forma coletiva e
impessoal, têm a força de transcender a esfera de interesses puramente particulares, passando a
representar, mais que a soma de interesses dos respectivos titulares, verdadeiros interesses da
comunidade".(CF, art. 127).(RE 631.111/GO, rel. Min. Teori Zavascki, julg. em 7/8/2014)
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Demais alternativas incorretas:
a) Não é cabível ação civil pública para anular ato administrativo de aposentadoria de servidor
público, se esta importar em lesão ao erário.
Errada, por trazer orientação contrária à jurisprudência do Pretório Excelso, firmada também em sede de
repercussão geral
O Tribunal, por unanimidade, apreciando o tema 561 da repercussão geral, conheceu parcialmente do
recurso extraordinário e, nessa parte, negou-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Em seguida,
fixou-se a seguinte tese: "O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar Ação Civil Pública que
vise anular ato administrativo de aposentadoria que importe em lesão ao patrimônio público". (RE
409.356, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 25/10/2018, Plenário, Informativo 921, Tema 561.)
b) De acordo com o STF, é inconstitucional lei estadual que atribua legitimação exclusiva a
procurador-geral de justiça estadual para propor ação civil pública contra prefeito municipal.
Errado, por ter o Supremo firmado entendimento de que a atribuição dada, por lei estadual, ao procurador-
geral de Justiça do Estado, não configura usurpação de competência da União, e nem se refere a matéria
processual, sendo atinente às atribuições do Parquet local:
"Competência exclusiva do procurador-geral de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul para propor a
ação civil pública contra autoridades estaduais específicas. A legitimação para propositura da ação civil
pública – nos termos do art. 129, III, da Constituição do Brasil – é do Ministério Público, instituição una e
indivisível. (...) A lei complementar objeto desta ação não configura usurpação da competência legislativa
da União ao definir as atribuições do procurador-geral. Não se trata de matéria processual. A questão é
atinente às atribuições do Ministério Público local, o que, na forma do art. 128, § 5º, da Constituição do
Brasil/1988, é da competência dos Estados-membros. (ADI 1.916, rel. min. Eros Grau, julgamento
em 14/4/2010, Plenário)
d) A Defensoria Pública não tem legitimidade para propor ação civil pública que verse sobre a
manutenção de creche infantil.
Errado, pois em julgado que versou sobre ação civil pública proposta pela Defensoria Pública do Estado
de Minas Gerais a fim de que o município Belo Horizonte mantenha o funcionamento das creches e
escolas de educação infantil da rede municipal de ensino, o STF assentou a legitimidade da Defensoria
para propositura da ação:
"A Defensoria Pública tem legitimidade para a propositura de ação civil pública em ordem a promover a
tutela judicial de direitos difusos e coletivos de que sejam titulares, em tese, pessoas necessitadas" (RE
733.433, rel. min. Dias Toffoli, julgado em 25/10/2012)
e) A condenação de agente público por ato de improbidade em ação civil pública depende da
tipificação administrativa ou penal do ato lesivo ao patrimônio público.
Pelo princípio da independência das instâncias a condenação de agente público por ato de improbidade
administrativa em ação civil pública independe de lesão efetiva ao erário, tipificável administrativa
ou penalmente:
"2. Atos de improbidade administrativa são aqueles que, possuindo natureza civil e devidamente
tipificados em lei federal, ferem direta ou indiretamente os princípios constitucionais e legais da
administração pública, independentemente de importarem enriquecimento ilícito ou de causarem prejuízo
material ao erário; podendo ser praticados tanto por servidores públicos quanto por particular (pessoa
física ou jurídica que induzir, concorrer ou se beneficiar do ato)" (ACO 1.833, rel. min. Alexandre de
Moraes, julg. em 10/4/2018)
Questão 4: FGV
629
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Maria, logo após tomar posse no cargo eletivo de Senadora, foi procurada pelas autoridades competentes
e informada sobre a existência de provas de que teria praticado um crime contra o patrimônio de João.
a) não pode apresentar a acusação, perante o Poder Judiciário, durante o mandato de Maria;
b) pode apresentar a acusação, perante o Poder Judiciário, desde que haja concordância de Maria;
c) pode apresentar a acusação, perante o Poder Judiciário, desde que haja autorização do Senado
Federal;
e) pode apresentar a acusação, perante o Poder Judiciário, desde que haja autorização do Congresso
Nacional.
GABARITO: D
Maria, logo após tomar posse no cargo eletivo de Senadora, foi procurada pelas autoridades competentes
e informada sobre a existência de provas de que teria praticado um crime contra o patrimônio de João. À
luz da sistemática constitucional, o Ministério Público:
Correto, visto que é prerrogativa do Ministério Público, promover a ação penal pública, de forma privativa
(art. 129, I, CF):
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
Inclusive, como o crime foi cometido antes da posse, não está sujeita sequer à prerrogativa de
foro prevista no art. 102, I, "b", e nem está sujeita à autorização para oferecimento da denúncia, tampouco
sustação do andamento da ação, como previsto no da Constituição Federal, em razão de entendimento
firmado pelo STF:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do
Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante
o Supremo Tribunal Federal.
......
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o
Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela
representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento
da ação.
Segundo o STF:
Teses firmadas:
I) O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo
e relacionados às funções desempenhadas; e
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(II) Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação
de alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão
de o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.
(AP 937 QO, rel. Min Roberto Barroso, julgamento em 3/5/2018)
Demais alternativas incorretas:
a) não pode apresentar a acusação, perante o Poder Judiciário, durante o mandato de Maria;
Pode apresentar a acusação. Como o crime ocorreu antes do início do mandato, o Senado Federal não
poderá sequer sustar o andamento da ação.
b) pode apresentar a acusação, perante o Poder Judiciário, desde que haja concordância de Maria;
Duas semanas após a promulgação da EC 35/2001, o STF apreciou essa questão e firmou o
entendimento de que a emenda alcançava todos os atos processuais dos crimes praticados
anteriormente à sua aprovação. Então, a partir da EC 35/01, o STF iniciou imediatamente o julgamento
dos antigos processos mesmo sem autorização das Casas Legislativas (mesmo aqueles já apreciados
pelas Casas). Assim, a desnecessidade de autorização prévia da Casa Legislativa - para julgamento de
Congressista -, introduzida pela EC 35/2001, autoriza o Tribunal (STF) a julgar os processos pendentes
referentes a crimes pretéritos.
c) pode apresentar a acusação, perante o Poder Judiciário, desde que haja autorização do Senado
Federal;
Vide comentários.
e) pode apresentar a acusação, perante o Poder Judiciário, desde que haja autorização do
Congresso Nacional.
Vide comentários.
Questão 5: FGV
Por falha humana, ocorreu um grande vazamento de dejetos químicos no Rio Alfa, daí resultando danos
de grandes proporções no respectivo ecossistema, com perdas irreparáveis para a fauna e a flora, além
de impossibilitar o consumo da água do referido rio. O pescador João, ao tomar conhecimento dos fatos,
decidiu representar ao Ministério Público visando à adoção das medidas cabíveis para obrigar os
responsáveis a recuperar o ecossistema.
a) pode promover o inquérito civil, mas não a ação civil pública, pois o interesse é coletivo;
b) pode promover o inquérito civil e a ação civil pública, pois se trata de um interesse difuso;
c) pode promover o inquérito civil e a ação civil pública, pois se trata de um interesse coletivo;
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d) pode promover o inquérito civil e a ação civil pública, pois se trata de um interesse individual
homogêneo;
e) não pode promover o inquérito civil e a ação civil pública, pois o interesse do pescador é disponível.
GABARITO: B
Por falha humana, ocorreu um grande vazamento de dejetos químicos no Rio Alfa, daí resultando danos
de grandes proporções no respectivo ecossistema, com perdas irreparáveis para a fauna e a flora, além
de impossibilitar o consumo da água do referido rio. O pescador João, ao tomar conhecimento dos fatos,
decidiu representar ao Ministério Público visando à adoção das medidas cabíveis para obrigar os
responsáveis a recuperar o ecossistema. À luz da sistemática constitucional, o Ministério Público:
b) pode promover o inquérito civil e a ação civil pública, pois se trata de um interesse difuso;
Correta, por estar de acordo com as funções institucionais do Ministério Público, trazidas pelo art. 129, III
da CF/1988.
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
...
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do
meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.
O Supremo Tribunal Federal tem assentado que o Ministério Público tem legitimidade para a tutela
dos direitos e interesses individuais homogêneos, quando se revistam de relevante natureza social
(interesse social qualificado) e qualificados como subespécie de direitos coletivos (art. 129, III), bem como
quando a lesão a esses direitos comprometer outros interesses sociais subjacentes, com assento no
artigo 127 da Constituição.
Exemplo desses direitos individuais homogêneos são o direito de petição e o direito de obtenção em
certidão de repartições públicas (art. 5º, XXXIV, "a" e "b"), conforme já assentado pelo STF (RE 472.489-
AgR, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 29-4-2008, Segunda Turma; AI 516.419-AgR, rel. min.
Gilmar Mendes, julgamento em 16/11/2010).
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parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas
finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.
Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser:
I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de que
seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação
jurídica básica;
II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum
e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do
impetrante.
Demais alternativas incorretas:
a) pode promover o inquérito civil, mas não a ação civil pública, pois o interesse é coletivo;
Pode promover ambos. O inquérito civil apura lesões a interesses transindividuais, ao patrimônio
público e outros interesses difusos e coletivos, para recolher provas que subsidiem o ajuizamento da ação
civil pública, e sua tutela é do Ministério Público. Não obstante, o MP pode requerer tanto a realização
de investigações como a abertura de inquérito policial.
Como exemplo deste dispositivo, temos o Enunciado de Súmula 643 do STF, segundo o qual o Ministério
Público tem legitimidade para promover ação civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste
de mensalidade escolares. São também posições do STF, que aparecem na sua prova:
i) O Ministério Público possui legitimidade ativa para ajuizar ação civil pública que tenha por objeto a
condenação de agente público ao ressarcimento de prejuízos causados ao erário (RE 629.840-AgR, rel.
min. Marco Aurélio, julgamento em 4-8-2015, Primeira Turma);
ii) O Ministério Publico detém legitimidade para ajuizar ação civil pública em defesa de menores (AI
698.478, rel. min. Joaquim Barbosa, decisão monocrática, julgamento em 18-5-2012);
iii) As instâncias judicial e administrativa não se confundem, razão pela qual a fiscalização do TCU não
inibe a propositura da ação civil pública (...).” (MS 26.969, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 18-11-2014,
Primeira Turma);
iv) o Ministério Público é parte legítima para questionar, em sede de ação civil pública, a validade de
benefício fiscal concedido pelo Estado a determinada empresa.” (RE 586.705-AgR, rel. min. Ricardo
Lewandowski, julgamento em 23-8-2011, Segunda Turma);
v) O Ministério Público é parte legítima na propositura de ação civil pública para questionar relação de
consumo resultante de ajuste a envolver cartão de crédito." (RE 441.318, rel. min. Marco Aurélio,
julgamento em 25-10-2005, Primeira Turma);
vi) O Ministério Público tem legitimidade ativa para propor ação civil pública com o objetivo de evitar lesão
ao patrimônio público decorrente de contratação de serviço hospitalar privado sem procedimento
licitatório." (RE 244.217-AgR, rel. min. Eros Grau, julgamento em 25-10-2005, Primeira Turma);
vii) O Ministério Público é parte legítima para propor ação civil pública voltada a infirmar preço de
passagem em transporte coletivo.” (RE 379.495, rel. min. Marco Aurélio, julgamento em 11-10-2005,
Primeira Turma).
c) pode promover o inquérito civil e a ação civil pública, pois se trata de um interesse coletivo;
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d) pode promover o inquérito civil e a ação civil pública, pois se trata de um interesse individual
homogêneo;
e) não pode promover o inquérito civil e a ação civil pública, pois o interesse do pescador é
disponível.
A legitimação constitucional para o ajuizamento de ação civil pública para proteção do meio ambiente é
exclusiva do Ministério Público.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
A legitimação constitucional para o ajuizamento de ação civil pública para proteção do meio
ambiente é exclusiva do Ministério Público.
Errado. O STF assentou a legitimidade da defensoria pública para atuar na tutela de interesses
transindividuais (coletivos strito sensu e difusos, como a proteção do meio ambiente) e direitos
individuais homogêneos, por meio de ação civil pública ou outro remédio jurídico adequado, inexistindo
prejuízo institucional para o Ministério Público. O Parquet insurgiu-se contra essa prerrogativa da
Defensoria por intermédio da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, na ADI 3.943, mas
o Supremo assentou que inexiste norma que atribua ao Ministério Público prerrogativa exclusiva para
ajuizar ações de proteção de direitos coletivos:
"Ação direta de inconstitucionalidade. Legitimidade ativa da defensoria pública para ajuizar ação civil
pública (art. 5º, inc. Ii, da lei n. 7.347/1985, alterado pelo art. 2º da lei n. 11.448/2007). Tutela de interesses
transindividuais (coletivos strito sensu e difusos) e individuais homogêneos. Defensoria pública: instituição
essencial à função jurisdicional. Acesso à justiça. Necessitado: definição segundo princípios
hermenêuticos garantidores da força normativa da constituição e da máxima efetividade das normas
constitucionais (...) Inexistência de norma de exclusividade do ministério público para ajuizamento
de ação civil pública. Ausência de prejuízo institucional do ministério público pelo reconhecimento da
legitimidade da defensoria pública." (ADI 3.943, rel. Min. Cármen Lúcia, julg. 7/5/2015).
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
...
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do
meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.
Entendeu o STF que o aumento de atribuições da Defensoria amplia o acesso à Justiça é perfeitamente
compatível com a Lei Complementar 132/2009 e com as alterações à Constituição Federal promovidas
pela Emenda Constitucional 80/2014, que estenderam as atribuições da Defensoria Pública e incluíram a
de propor ação civil pública.
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Questão 7: FGV
O Governador do Estado Alfa editou decreto dispondo sobre a obrigatoriedade de todos os atos da
Secretaria de Estado de Finanças serem previamente analisados pelo Ministério Público Estadual, que
deveria emitir parecer, aprovando-os ou rejeitando-os. O objetivo era o de diminuir o quantitativo de
fraudes praticadas, de modo a proteger o patrimônio público.
b) inválido, pois o Ministério Público não pode realizar a consultoria de entidades públicas;
c) válido, pois o Ministério Público está subordinado ao Poder Executivo, devendo seguir as suas
determinações;
d) inválido, pois só a lei pode dispor sobre a prestação de consultoria, pelo Ministério Público, a entes
públicos;
GABARITO: B
O Governador do Estado Alfa editou decreto dispondo sobre a obrigatoriedade de todos os atos da
Secretaria de Estado de Finanças serem previamente analisados pelo Ministério Público Estadual, que
deveria emitir parecer, aprovando-os ou rejeitando-os. O objetivo era o de diminuir o quantitativo de
fraudes praticadas, de modo a proteger o patrimônio público. À luz da sistemática constitucional, o referido
decreto é:
b) inválido, pois o Ministério Público não pode realizar a consultoria de entidades públicas;
c) válido, pois o Ministério Público está subordinado ao Poder Executivo, devendo seguir as suas
determinações;
Inválido, e não há qualquer subordinação do Ministério Público, função essencial à Justiça, com o Poder
Executivo ou com qualquer dos Poderes.
d) inválido, pois só a lei pode dispor sobre a prestação de consultoria, pelo Ministério Público, a
entes públicos;
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Inválido, pois ao Ministério Público é vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades
públicas.
Inválido, pois ao Ministério Público é vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades
públicas. Quem representa judicialmente o Estado é a Procuradoria-Geral do Estado.
Questão 8: FGV
Diante do crescimento da demanda de atuação funcional, determinado Ministério Público Estadual, após
estudos estratégicos, entendeu que seria necessária a criação de novos cargos efetivos de Oficiais do
MP em seu quadro de serviços auxiliares.
Nesse contexto, de acordo com o texto da Constituição da República de 1988, ao Ministério Público é
assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observados os limites legais com a despesa
de pessoal:
a) criar diretamente, por ato do Procurador-Geral, os novos cargos efetivos de Oficiais do MP;
b) criar diretamente, por ato do Órgão Especial do Colégio dos Procuradores, os novos cargos efetivos
de Oficiais do MP;
c) criar diretamente, por ato do Conselho Superior do Ministério Público, os novos cargos efetivos de
Oficiais do MP;
d) propor ao Poder Legislativo a criação dos novos cargos efetivos de Oficiais do MP;
e) propor ao Poder Executivo a criação dos novos cargos efetivos de Oficiais do MP.
GABARITO: D
Diante do crescimento da demanda de atuação funcional, determinado Ministério Público Estadual, após
estudos estratégicos, entendeu que seria necessária a criação de novos cargos efetivos de Oficiais do
MP em seu quadro de serviços auxiliares. Nesse contexto, de acordo com o texto da Constituição da
República de 1988, ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo,
observados os limites legais com a despesa de pessoal:
d) propor ao Poder Legislativo a criação dos novos cargos efetivos de Oficiais do MP;
Correta, já que segundo o § 2º do art. 127 da CF/1988 o Ministério Público tem autonomia para propor
ao Legislativo a criação ou extinção de seus cargos, como é o caso do cargo de Oficial do MP:
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.
...
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o
disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares,
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provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos
de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento.
Demais alternativas incorretas:
a) criar diretamente, por ato do Procurador-Geral, os novos cargos efetivos de Oficiais do MP;
b) criar diretamente, por ato do Órgão Especial do Colégio dos Procuradores, os novos cargos
efetivos de Oficiais do MP;
c) criar diretamente, por ato do Conselho Superior do Ministério Público, os novos cargos efetivos
de Oficiais do MP;
e) propor ao Poder Executivo a criação dos novos cargos efetivos de Oficiais do MP.
a) não tem legitimidade para, com fundamento na proteção do patrimônio público, ajuizar ação civil pública
que vise anular aposentadoria individual de servidor público.
b) tem legitimidade para ajuizar execução de sentença condenatória patrimonial proferida por tribunal de
contas.
c) tem legitimidade para ajuizar ação civil pública para promover restituição de taxa de iluminação pública
aos contribuintes.
d) não tem legitimidade para, enquanto estiver pendente processo de tomada de contas para apuração
de dano ao erário em tribunal de contas, ajuizar ação civil pública para promover o ressarcimento desse
dano.
e) tem legitimidade para questionar, em sede de ação civil pública, a concessão de benefício fiscal a
determinada empresa.
GABARITO: E
A respeito das competências e da legitimidade do Ministério Público no âmbito de ação civil pública,
é correto afirmar, à luz do entendimento do STF, que o Ministério Público:
e) tem legitimidade para questionar, em sede de ação civil pública, a concessão de benefício fiscal
a determinada empresa.
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a) não tem legitimidade para, com fundamento na proteção do patrimônio público, ajuizar ação
civil pública que vise anular aposentadoria individual de servidor público.
O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública (ACP) que vise anular ato
administrativo de aposentadoria que importe em lesão ao patrimônio público, conforme tese firmada
no Tema 561 de repercussão geral, no qual se discutia a legitimidade do Ministério Público para o
ajuizamento de ACP para, com fundamento na proteção do patrimônio público, questionar ato
administrativo que transfere para a reserva servidor militar, com vantagens e gratificações que, além de
ultrapassarem o teto constitucional, são inconstitucionais. De acordo com o STF, o Ministério Público
ostenta legitimidade para a tutela coletiva destinada à proteção do patrimônio público:
"Decisão: O Tribunal, por unanimidade, apreciando o tema 561 da repercussão geral, conheceu
parcialmente do recurso extraordinário e, nessa parte, negou-lhe provimento, nos termos do voto do
Relator. Em seguida, fixou-se a seguinte tese: "O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar Ação
Civil Pública que vise anular ato administrativo de aposentadoria que importe em lesão ao patrimônio
público". (RE 409.356, rel. min. Luiz Fux, j. 25/10/2018, Plenário)
b) tem legitimidade para ajuizar execução de sentença condenatória patrimonial proferida por
tribunal de contas.
O Parquet não tem legitimidade ativa para esse feito, que compete ao Ente público respectivo. Por
exemplo, nos títulos executivos extrajudiciais exarados pelo Tribunal de Contas da União, é a Advogacia-
Geral da União a responsável pela execução judicial. Nesse sentido, o Supremo:
"Recurso extraordinário com agravo. Repercussão geral da questão constitucional reconhecida.
Reafirmação de jurisprudência. 2. Direito Constitucional e Direito Processual Civil. Execução das decisões
de condenação patrimonial proferidas pelos Tribunais de Contas. Legitimidade para propositura da ação
executiva pelo ente público beneficiário. 3. Ilegitimidade ativa do Ministério Público, atuante ou não junto
às Cortes de Contas, seja federal, seja estadual. Recurso não provido" (AgR-RE 823.347, rel. Min Gilmar
Mendes, julgamento em 2/10/2014)
c) tem legitimidade para ajuizar ação civil pública para promover restituição de taxa de iluminação
pública aos contribuintes.
Errada, pois pelo princípio da independência das instâncias cível, administrativa e penal, não há
obstáculo ao ajuizamento de ação civil pública para promoção do ressarcimento ao erário, enquanto
pendente tomada de contas especial com o mesmo objetivo. Não há que se falar em bis in idem, pois no
processo em que o ressarcimento for efetuado, compensa-se o valor já arrecadado com eventual saldo
ainda devido no outro. Segundo o STF,
"Sobre o tema, merece destaque o fato de a instância judicial da improbidade administrativa ser distinta
da instância administrativa que se desenvolve no âmbito do Tribunal de Contas da União. São instâncias
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independentes, tal como reconhecido pelo art. 12 da Lei nº 8.429 (...) Consoante consta da análise pela
Corte de Contas do referido tópico no acórdão nº TC-700.331/1996-4, “na hipótese de serem condenados
no processo judicial, bastaria a apresentação dos documentos à Impetrante dos documentos
comprobatórios da quitação do débito na esfera administrativa ou vice-versa. Não há que se falar em bis
in idem, porquanto não haverá ressarcimento de valores em duplicidade”. Assim, não ocorreria duplo
ressarcimento em favor da União pelo mesmo fato e não há óbice para a tramitação paralela e simultânea
dos dois feitos, consoante precedentes do próprio TCU (Acórdão 125/2006 – Segunda Câmara do TCU)
e desta Corte, a saber: (...) 4. O ajuizamento de ação civil pública não retira a competência do Tribunal
de Contas da União para instaurar a tomada de contas especial e condenar o responsável a ressarcir ao
erário os valores indevidamente percebidos. Independência entre as instâncias civil, administrativa e
penal. (MS 26.969, rel. Min. Luiz Fux, julgamento em 18/11/2014)
Embora constitucional a atribuição do Ministério Público para promover investigação de natureza penal,
segundo o STJ, a participação de membro do parquet na fase investigatória criminal no grupo
especializado impede que este membro ofereça a denúncia bem como ofende o direito a ampla defesa.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
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oferecimento da denúncia por promotores de grupo especializado de investigação não ofende o princípio
do promotor natural, tampouco nulifica a ação penal em curso.
Conf. Súmula n.º234/STJ (A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal
não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia); RHC 77422/RJ, Ministro
REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, 16/10/2018, DJe 26/10/2018; STF, ADIN 4318,
ADIN 4618 e Recurso Extraordinário (RE) 593727.
Comentário do professor: o STF reconhece que o Ministério Público tem, sim, competência para
realizar, por sua iniciativa e sob sua direção, investigação criminal para formar sua convicção sobre
determinado crime, desde que respeitadas as garantias constitucionais asseguradas a qualquer
investigado. A Polícia não tem o monopólio da investigação criminal, e o inquérito policial pode ser
dispensado pelo MP no oferecimento de sua denúncia à Justiça (HC 89.837, rel. Min. Celso de Mello,
julg. em 20/10/2009). Entretanto ressaltou o Supremo que a realização e a presidência do inquérito policial
continua exclusiva do Delegado de Polícia, conforme excerto do voto do Min. Celso de Mello, a seguir
transcrito:
“Ninguém questiona a asserção, por indisputável, de que o exercício das funções inerentes à polícia
judiciária compete, ordinariamente, à Polícia Civil e à Polícia Federal (CF, art. 144, § 1º, IV, e § 4º), com
exceção das atividades concernentes à apuração de delitos militares, consoante prescreve o próprio texto
da Constituição da República (CF, art. 144, § 4º, “in fine”). Isso significa, portanto, que os inquéritos
policiais – nos quais se consubstanciam,instrumentalmente, as investigações penais promovidas pela
Polícia Judiciária – serão dirigidos e presididos por autoridade policial competente, e por esta
apenas (CPP, art. 4º, “caput”, na redação dada pela Lei nº 9.043/95) (RE 593.727, rel. p/ o ac. Min. Gilmar
Mendes, julg. em 14/5/2015).
b) a representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na referida
Constituição;
d) a orientação jurídica, de forma integral e gratuita, aos necessitados que comprovarem insuficiência de
recursos financeiros;
e) o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção de quaisquer direitos e interesses individuais de
índole constitucional.
GABARITO: B
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b) a representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na
referida Constituição;
Correta. Função institucional do Parquet prevista no art. 129, IV, e do art. 36, inciso III, da Constituição
da República. Ressaltando que a referida representação interventiva é de titularidade exclusiva
do Procurador-Geral da República, no hipótese de intervenção federal:
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
....
III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República,
na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
.......
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos
Estados, nos casos previstos nesta Constituição;
Demais incorretas:
A ação penal pública, e não a ação penal privada é, de fato, função institucional privativa do MP (art. 129,
I, CF), assim como a propositura de ADI ou ADC, ainda que não exclusivamente (art. 103, VI, CF):
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de
constitucionalidade:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
c) a representação da União e dos Estados, para fins de consultoria e assessoramento jurídico do
Executivo;
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e) o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção de quaisquer direitos e interesses
individuais de índole constitucional.
Errado, visto que essas ações têm por escopo a tutela de direitos difusos e coletivos (art. 129, III, CF):
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
...
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do
meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.
O STF assentou a legitimidade da defensoria pública para atuar na tutela de interesses transindividuais
(coletivos strito sensu e difusos, como a proteção do meio ambiente) e direitos individuais, individuais
homogêneos, por meio de ação civil pública ou outro remédio jurídico adequado, inexistindo prejuízo
institucional para o Ministério Público. O Parquetinsurgiu-se contra essa prerrogativa da Defensoria por
intermédio da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, na ADI 3.943, mas o Supremo
assentou que inexiste norma que atribua ao Ministério Público prerrogativa exclusiva para ajuizar ações
de proteção de direitos coletivos:
"Ação direta de inconstitucionalidade. Legitimidade ativa da defensoria pública para ajuizar ação civil
pública (art. 5º, inc. Ii, da lei n. 7.347/1985, alterado pelo art. 2º da lei n. 11.448/2007). Tutela de interesses
transindividuais (coletivos strito sensu e difusos) e individuais homogêneos. Defensoria pública: instituição
essencial à função jurisdicional. Acesso à justiça. Necessitado: definição segundo princípios
hermenêuticos garantidores da força normativa da constituição e da máxima efetividade das normas
constitucionais (...) Inexistência de norma de exclusividade do ministério público para ajuizamento
de ação civil pública. Ausência de prejuízo institucional do ministério público pelo reconhecimento da
legitimidade da defensoria pública." (ADI 3.943, rel. Min. Cármen Lúcia, julg. 7/5/2015).
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
No que tange ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ao Ministério Público e ao Conselho Nacional do
Ministério Público (CNMP), julgue o item subsequente.
642
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Excelente questão. A disciplina do Procurador-Geral da República e dos procuradores-gerais de Justiça
nos Estados não seguem a mesma regra, e nem a simetria constitucional. Vamos primeiro ver o texto da
Constituição e como o Supremo deu interpretação a esse dispositivo:
Art. 128. O Ministério Público abrange:
...
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo
Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação
de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos,
permitida a recondução.
§ 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá
ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre
integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será
nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.
§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por
deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.
Esclarecendo, segundo o § 1º do art. 128, o Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral
da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e
cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para
mandato de dois anos, permitidas sucessivas reconduções. O mesmo não ocorre no Ministério Público
dos estados, órgão no âmbito do qual só poderá ocorrer uma recondução, a teor no § 3º do art. 128 da
CF.
Além disso, segundo já confirmado pelo STF, a nomeação do procurador-geral de Justiça dos
Estados não está sujeita à aprovação da Assembleia Legislativa. Compete ao governador nomeá-lo
dentre lista tríplice composta de integrantes da carreira (CF, art. 128, § 3º), não se aplicando aí o
princípio da simetria constitucional (dentre outros ADI 3.727, rel. min. Ayres Britto, j. 12/5/2010, Pleno).
Já a destituição do Procurador-Geral de Justiça está sujeita à deliberação do Poder Legislativo estadual,
por força mesmo do art. 128, §4º, da Constituição.
a) integrantes da carreira, para mandato de dois anos, podendo ser destituído por iniciativa do presidente
da República, desde que haja prévia autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
b) cidadãos de mais de trinta e cinco anos de idade de notório saber jurídico e conduta ilibada, após
sabatina e aprovação pelo STF, para mandato de três anos, sem possibilidade de posterior destituição.
c) integrantes de lista tríplice da carreira, para mandato de dois anos, após prévia autorização da maioria
absoluta do Senado Federal, sem possibilidade de posterior destituição, salvo em caso de processo
disciplinar ou decisão judicial.
d) cidadãos de mais de trinta e cinco anos de idade de notório saber jurídico e conduta ilibada, integrantes
ou não das carreiras do Ministério Público, para mandato de dois anos, podendo ser destituído por
iniciativa do presidente da República, desde que haja prévia autorização da maioria absoluta do Senado
Federal.
e) integrantes da carreira, para mandato de três anos, podendo ser destituído por iniciativa do presidente
da República, desde que haja prévia autorização da maioria absoluta do STF.
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GABARITO: A
a) integrantes da carreira, para mandato de dois anos, podendo ser destituído por iniciativa do
presidente da República, desde que haja prévia autorização da maioria absoluta do Senado
Federal.
b) cidadãos de mais de trinta e cinco anos de idade de notório saber jurídico e conduta ilibada,
após sabatina e aprovação pelo STF, para mandato de três anos, sem possibilidade de posterior
destituição.
A sabatina é feita pelo Senado, e o mandato é de dois anos, podendo o titular ser indefinidamente
reconduzido. A destituição, antes de findo o respectivo mandato, pode ser feita pelo Presidente, desde
que haja autorização da maioria absoluta do Senado. Além disso, a Constituição não menciona notório
saber jurídico e conduta ilibada, cuidado!
c) integrantes de lista tríplice da carreira, para mandato de dois anos, após prévia autorização da
maioria absoluta do Senado Federal, sem possibilidade de posterior destituição, salvo em caso de
processo disciplinar ou decisão judicial.
d) cidadãos de mais de trinta e cinco anos de idade de notório saber jurídico e conduta ilibada,
integrantes ou não das carreiras do Ministério Público, para mandato de dois anos, podendo ser
destituído por iniciativa do presidente da República, desde que haja prévia autorização da maioria
absoluta do Senado Federal.
e) integrantes da carreira, para mandato de três anos, podendo ser destituído por iniciativa do
presidente da República, desde que haja prévia autorização da maioria absoluta do STF.
Vide comentários.
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Questão 14: CEBRASPE (CESPE)
Acerca da estruturação orgânica do Ministério Público, julgue o item seguinte.
O Ministério Público da União é constituído pelo Ministério Público de Contas da União, pelo Ministério
Público do Trabalho, pelo Ministério Público Federal, pelo Ministério Público Militar e pelo Ministério
Público do Distrito Federal e dos Territórios.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
O Ministério Público da União é constituído pelo Ministério Público de Contas da União, pelo
Ministério Público do Trabalho, pelo Ministério Público Federal, pelo Ministério Público Militar e
pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios.
Errado, visto que o Ministério Público da União abrange somente o Ministério Público do Trabalho, pelo
Ministério Público Federal, pelo Ministério Público Militar e pelo Ministério Público do Distrito Federal e
dos Territórios, conforme o art. 128, I, da Constituição Federal.
Art. 128. O Ministério Público abrange:
I - o Ministério Público da União, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II - os Ministérios Públicos dos Estados.
O próprio Supremo Tribunal Federal já assentou que o Ministério Público junto aos Tribunais de Contas
não se confundem com Ministério Público comum, seja federal, seja estadual:
"O Ministério Público especial junto aos tribunais de contas estaduais não dispõe das garantias
institucionais pertinentes ao Ministério Público comum dos Estados-membros, notadamente daquelas
prerrogativas que concernem à autonomia administrativa e financeira dessa instituição, ao processo de
escolha, nomeação e destituição de seu titular e ao poder de iniciativa dos projetos de lei relativos à sua
organização (...) O Ministério Público especial junto aos tribunais de contas estaduais não dispõe de
fisionomia institucional própria e, não obstante as expressivas garantias de ordem subjetiva concedidas
aos seus procuradores pela própria Constituição da República (art. 130), encontra-se consolidado na
"intimidade estrutural" dessas cortes de contas (RTJ 176/540-541)" (ADI 2.378, rel. min. Maurício Corrêa,
j. 19/5/2004, Plenário)
( ) Certo
( ) Errado
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GABARITO: ERRADO
Errada, em face do 2º do art. 128 da CF/1988. Aliás, tanto a nomeação do PGR quanto sua destituição
dependem de aprovação da maioria absoluta do Senado:
Art. 128. O Ministério Público abrange:
...
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo
Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação
de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos,
permitida a recondução.
O Ministério Público, observando sua autonomia funcional e administrativa, pode propor ao Poder
Legislativo a extinção e a criação de cargos e serviços auxiliares para o próprio Ministério Público.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
Acerca do Poder Judiciário e das funções essenciais à justiça, julgue o item que se segue.
O Ministério Público, observando sua autonomia funcional e administrativa, pode propor ao Poder
Legislativo a extinção e a criação de cargos e serviços auxiliares para o próprio Ministério Público.
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Repare que a prerrogativa do MP é a de propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos
e serviços auxiliares e não criar e extinguir seus cargos e serviços. Isso significa que essa matéria deverá
ser prevista em lei aprovada pelo Parlamento e não por ato normativo do próprio Ministério Público.
A jurisprudência dos tribunais superiores não admite a ocorrência de opiniões colidentes manifestadas
em momentos sucessivos de membros do Ministério Público por ofensa ao postulado do promotor natural.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
647
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Comentário do Professor: vale reproduzir ementa do Ag. Reg. no Habeas Corpus 102.147/GO, relator
Min. Celso de Mello, julg. em 1/3/2011, segundo o qual o princípio do promotor natural deriva justamente
do princípio da independência funcional (art. 127, § 1º, CF) inerente aos membros do Parquet:
"Promotor natural – postulado que se revela imanente ao sistema constitucional brasileiro – a dupla
vocação desse princípio : assegurar ao membro do ministério público oexercício pleno e independente
de seu ofício e proteger o réu contra o acusador de exceção (RTJ 150/123-124) – ocorrência de opiniões
colidentes manifestadas, em momentos sucessivos, por procuradores de justiça oficiantes no mesmo
procedimento recursal – possibilidade jurídica dessa divergência opinativa – pronunciamentos que se
legitimam em face da autonomia intelectual que qualifica a atuação do membro do ministério público –
situação que não traduz ofensa ao postulado do promotor natural"
Constituição Federal:
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência
funcional.
a) estabilidade, após 3 (três) anos de efetivo exercício, só perdendo o cargo em virtude de sentença
judicial transitada em julgado ou mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho;
b) estabilidade, após 3 (três) anos de efetivo exercício, só perdendo o cargo em virtude de sentença
judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada a ampla
defesa;
e) vitaliciedade, após 2 (dois) anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial
transitada em julgado.
GABARITO: E
Para que possam atuar com verdadeira independência funcional, a Constituição da República de 1988
dispôs que leis complementares da União e dos Estados estabelecerão a organização, as atribuições e
o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros, garantias como:
e) vitaliciedade, após 2 (dois) anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença
judicial transitada em julgado.
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I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial
transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado
competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla
defesa.
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e
XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I.
Demais alternativas incorretas:
Os membros do MP não adquirem estabilidade, mas vitaliciedade, após dois anos de exercício e não
três.
Os membros do MP não adquirem estabilidade, mas vitaliciedade, após dois anos de exercício e não
três, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado.
Incorreta, nos termos do inciso I, "b" do art. 128 da CF/1988, visto que a decisão de remoção, por interesse
público, será do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus
membros, assegurada ampla defesa:
Art. 128. O Ministério Público abrange:
...
I - as seguintes garantias:
...
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado
competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla
defesa.
d) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão fundamentada do
Corregedor-Geral, assegurada a ampla defesa;
649
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b) pode ser removido compulsoriamente, por livre decisão da maioria simples do colegiado competente;
c) somente pode ser removido de modo voluntário, conforme lhe assegura a garantia da inamovibilidade;
d) pode ser removido compulsoriamente, por interesse público, pelo voto de dois terços do colegiado
competente;
e) pode ser removido compulsoriamente, por interesse público, pelo voto da maioria absoluta do
colegiado competente.
GABARITO: E
Enunciado: Pedro, Promotor de Justiça da Comarca Alfa, ajuizou ação civil por ato de improbidade
administrativa em face do Prefeito do Município Alfa. Irresignado, o Prefeito requereu ao diretório
nacional do seu partido político que adotasse as providências necessárias para que Pedro fosse
removido da comarca.
§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos
Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público,
observadas, relativamente a seus membros:
I - as seguintes garantias:
(...)
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado
competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla
defesa;
Dessa forma, percebemos que é garantida a inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público,
mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria
absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa.
( ) Certo
( ) Errado
650
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GABARITO: CERTO
§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos
Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público,
observadas, relativamente a seus membros:
II - as seguintes vedações:
b) exercer a advocacia;
a) a legitimidade para impetrar mandado de segurança contra acórdão do tribunal de contas no qual o
membro Ministério Público atua.
b) o ingresso mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB, exigindo-se do
bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica.
e) a legitimidade para ajuizar ação civil pública contra convênio celebrado entre estado e entidade privada
sem fins lucrativos.
GABARITO: B
De acordo com a CF, aplicam-se aos membros do Ministério Público de Contas os mesmos direitos, as
mesmas vedações e a mesma forma de investidura dos membros do Ministério Público comum. Esse
regime jurídico inclui:
b) o ingresso mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB, exigindo-
se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica.
Correta, nos termos do § 3º do art. 129 da CF/1988, ao qual faz referência o art. 130, que trata do
Ministério Público de Contas:
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
.....
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§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos,
assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel
em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de
classificação.
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições
desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
Demais alternativas incorretas:
Errado, visto que a iniciativa legislativa, nesse caso, é da Corte de Contas à qual o Ministério Público de
contas está vinculado. Nesse sentido, assim se pronunciou o STF:
"O Ministério Público especial junto aos tribunais de contas estaduais não dispõe de fisionomia
institucional própria e, não obstante as expressivas garantias de ordem subjetiva concedidas aos seus
procuradores pela própria Constituição da República (art. 130), encontra-se consolidado na "intimidade
estrutural" dessas cortes de contas (RTJ 176/540-541), que se acham investidas – até mesmo em função
do poder de autogoverno que lhes confere a Carta Política (CF, art. 75) – da prerrogativa de fazer
instaurar, quanto ao Ministério Público especial, o processo legislativo concernente à sua organização".
(ADI 2.378, rel. min. Maurício Corrêa, j. 19/5/2004, Plenário)
d) o exercício do controle externo da atividade policial, o que inclui a requisição de diligências
investigatórias.
O Ministério Público de contas não se confunde com o Ministério Público comum, e exerce suas atividades
no âmbito do Tribunal de Contas ao qual está vinculado. O exercício do controle externo da atividade
policial é exclusivo do Parquet comum, federal ou estadual, conforme o art. 129, VII, da CF:
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
...
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo
anterior.
e) a legitimidade para ajuizar ação civil pública contra convênio celebrado entre estado e entidade
privada sem fins lucrativos.
652
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a) conta obrigatoriamente com advogados públicos e juízes na sua composição.
c) pode rever, desde que mediante provocação, processos disciplinares de membros do Ministério
Público.
GABARITO: B
Incorreta, pois a indicação é de advogados (privados) pelo conselho Federal da OAB, nos termos do
inciso V do art. 130-A da CF/1988:
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para
um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
I - o Procurador-Geral da República, que o preside;
II - quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de suas
carreiras;
III - três membros do Ministério Público dos Estados;
IV -dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça;
V - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
653
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VI - dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados
e outro pelo Senado Federal.
c) pode rever, desde que mediante provocação, processos disciplinares de membros do Ministério
Público.
Incorreta, visto a previsão do §2º, IV do art. 130-A da CF/1988, que admite a revisão também de
ofício dos processos disciplinares:
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para
um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo:
...
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e
financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo
lhe:
...
IV - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público
da União ou dos Estados julgados há menos de um ano.
d) escolherá, em votação secreta, um corregedor nacional, dentre todos os membros integrantes
do CNMP.
Incorreta, de acordo com a determinação do §3º do art. 130-A da CF/1988, que selecionará o corregedor-
geral dentre os membros do MP que integram o Conselho:
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para
um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo:
...
§ 3º - O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do
Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe
forem conferidas pela lei, as seguintes:
e) é presidido pelo corregedor nacional do Ministério Público.
Incorreta, nos termos do inciso I do art. 130-A da CF/1988, pois o CNPM é presidido pelo Procurador-
Geral da República:
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para
um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
I o Procurador-Geral da República, que o preside.
O CNMP não tem competência atribuída diretamente pela Constituição Federal de 1988 para receber e
conhecer reclamações nem para aplicar sanções administrativas contra seus servidores auxiliares.
( ) Certo
( ) Errado
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GABARITO: ERRADO
No que tange ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ao Ministério Público e ao Conselho Nacional do
Ministério Público (CNMP), julgue o item subsequente.
O CNMP não tem competência atribuída diretamente pela Constituição Federal de 1988 para
receber e conhecer reclamações nem para aplicar sanções administrativas contra seus servidores
auxiliares.
Claro que tem, e essa competência está determinada pelo inciso III do §2º do art. 130-A da CF/1988:
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para
um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo:
...
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e
financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo
lhe:
...
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou
dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e
correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção ou a
disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa.
Ah Jean, mas essa não é a redação da Constituição. Vamos interpretar o texto do inciso III da seguinte
forma: "compete ao CNMP receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do
Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, podendo
em relação a eles determinar a remoção ou disponibilidade e aplicar outras sanções
administrativas, assegurada ampla defesa, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional
da instituição". Você inverte os fatores, mas o produto é o mesmo.
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Defesa do Estado e das Instituições
Democráticas
Questão 1: FCC
De acordo com a Constituição da República, para preservar, em locais restritos e determinados, a ordem
pública ou paz social atingida por calamidades de grandes proporções na natureza, o
a) Congresso Nacional, a pedido do governador do Estado atingido e ouvido o Ministério Público Federal,
poderá decretar a intervenção federal.
c) Congresso Nacional poderá decretar, a pedido do Presidente da República e autorizado pelo Supremo
Tribunal Federal, estado de sítio.
e) Conselho de Proteção Nacional, por solicitação dos Prefeitos e Governadores das regiões atingidas,
poderá decretar estado de emergência.
GABARITO: B
De acordo com a Constituição da República, para preservar, em locais restritos e determinados, a ordem
pública ou paz social atingida por calamidades de grandes proporções na natureza, o:
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a) Congresso Nacional, a pedido do governador do Estado atingido e ouvido o Ministério Público
Federal, poderá decretar a intervenção federal.
As hipóteses de intervenção federal apenas admitem sua decretação pelo Presidente da República, de
forma espontânea ou provocada, nos termos dos artigos 34 e 36 da Constituição Federal.
Incorreta, visto quem decreta o estado de sítio, assim como os demais estados de exceção, é
o Presidente da República, nos termos do inciso X do art. 84 e do art. 137 da CF/1988.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
...
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida
tomada durante o estado de defesa;
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
d) Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional, poderá decretar estado de
calamidade pública.
O estado de calamidade pública é decretado pelo Prefeito ou Governador, nos termos do art. 7º, do
Decreto 7.257/2010:
Art. 7o O reconhecimento da situação de emergência ou do estado de calamidade pública pelo Poder
Executivo federal se dará mediante requerimento do Poder Executivo do Estado, do Distrito Federal ou
do Município afetado pelo desastre.
Já o estado de emergência, que na verdade se denomina "situação de emergência" é uma situação
anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento
parcial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido, conforme definição do art. 2º do
Decreto 7.257/2010. É uma estágio anterior ao "estado de calamidade pública", situação anormal,
provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento substancial da
capacidade de resposta do poder público do ente atingido, conforme o mesmo Decreto.
e) Conselho de Proteção Nacional, por solicitação dos Prefeitos e Governadores das regiões
atingidas, poderá decretar estado de emergência.
A situação de emergência é reconhecida pelo Ministério da Integração Nacional (art. 7º, § 2º, Decreto
7.257/2010):
Art. 7º O reconhecimento da situação de emergência ou do estado de calamidade pública pelo Poder
Executivo federal se dará mediante requerimento do Poder Executivo do Estado, do Distrito Federal ou
do Município afetado pelo desastre.
§ 1º O requerimento previsto no caput deverá ser realizado diretamente ao Ministério da Integração
Nacional, no prazo máximo de dez dias após a ocorrência do desastre, devendo ser instruído com ato do
respectivo ente federado que decretou a situação de emergência ou o estado de calamidade pública e
conter as seguintes informações:
.....
§ 2º Após avaliação das informações apresentadas no requerimento a que se refere o § 1o e demais
informações disponíveis no SINDEC, o Ministro de Estado da Integração Nacional reconhecerá, por meio
de Portaria, a situação de emergência ou estado de calamidade, desde que a situação o justifique e que
tenham sido cumpridos os requisitos estabelecidos na Medida Provisória no 494, de 2010, e neste
Decreto.
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Questão 2: FCC
No tocante à possibilidade de restrições aos direitos fundamentais sem violação da Constituição Federal
de 1988, é correto afirmar:
a) Na decretação do Estado de Defesa, poderá haver restrições a quaisquer dos direitos elencados no
artigo 5o da CF/88, inclusive a determinação de incomunicabilidade do preso.
b) Na vigência do Estado de Defesa, poderá haver prisão por crime contra o Estado por período
indeterminado, ainda que não haja autorização do Poder Judiciário.
c) Na vigência do Estado de Sítio, em virtude de comoção grave de repercussão nacional, poderá ser
suspensa a liberdade de reunião e determinada a busca e apreensão em domicílio.
e) Na vigência do Estado de Defesa, poderá haver restrições ao direito de reunião, desde que realizada
fora da sede das associações, ao sigilo de comunicações telefônicas e ao sigilo de correspondência.
GABARITO: C
No tocante à possibilidade de restrições aos direitos fundamentais sem violação da Constituição Federal
de 1988, é correto afirmar:
Correta, pois o art. 139, IV da Constituição autoriza que nos casos de estado de sítio decretado com base
em grave comoção de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de
medida tomada durante o estado de defesa (art. 137, I) o direito de reunião pode ser suspenso, bem
como pode ser determinada a busca e apreensão em domicílio, além de outras medidas no art. 139,
de forma taxativa:
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida
tomada durante o estado de defesa.
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas
contra as pessoas as seguintes medidas:
I - obrigação de permanência em localidade determinada;
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de
informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;
IV - suspensão da liberdade de reunião;
V - busca e apreensão em domicílio.
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII - requisição de bens.
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Perceba, portanto, que o estado de sítio decretado com base em estado de guerra ou agressão armada
estrangeira admite a restrição aos direitos acima e outros, não listados no art. 139.
a) Na decretação do Estado de Defesa, poderá haver restrições a quaisquer dos direitos elencados
no artigo 5º da CF/88, inclusive a determinação de incomunicabilidade do preso.
Errado, por força do art. 136, § 1º, que estabelece taxativamente as medidas que poderão ser tomadas
durante o estado de defesa, e o § 3º, IV, veda expressamente a incomunicabilidade do preso:
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e
determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional
ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas
a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as
seguintes:
I - restrições aos direitos de:
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
(...)
§ 3º Na vigência do estado de defesa:
I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada
imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame
de corpo de delito à autoridade policial;
II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do detido
no momento de sua autuação;
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada
pelo Poder Judiciário;
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.
b) Na vigência do Estado de Defesa, poderá haver prisão por crime contra o Estado por período
indeterminado, ainda que não haja autorização do Poder Judiciário.
Errado, por força do art. 136, § 3º, III, que determina que a prisão ou detenção de qualquer pessoa não
poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário.
Nos termos do art. 139 da CF, acima transcrito, apenas as medidas ali listadas poderão ser tomadas na
hipótese indicada.
e) Na vigência do Estado de Defesa, poderá haver restrições ao direito de reunião, desde que
realizada fora da sede das associações, ao sigilo de comunicações telefônicas e ao sigilo de
correspondência.
Poderá haver restrições ao direito de reunião, ainda que no seio das associações (art. 136, § 1º, I, "a",
CF).
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No que se refere ao estado de defesa e ao estado de sítio, julgue os itens a seguir.
I O Senado Federal pode suspender o estado de defesa, mas não pode suspender o estado de sítio.
II O estado de defesa, decretado pelo presidente da República, deve ser aprovado pelo Congresso
Nacional.
III O presidente da República deve solicitar ao Congresso Nacional a autorização para decretar o estado
de sítio.
GABARITO: D
I - O Senado Federal pode suspender o estado de defesa, mas não pode suspender o estado de
sítio.
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...
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou
sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir
por maioria absoluta.
a) presidente da República.
b) Senado Federal.
c) Congresso Nacional.
d) Conselho da República.
GABARITO: C
Compete ao Congresso Nacional, por força do disposto no art.49, IV, da Constituição Federal, aprovar o
estado de defesa:
''Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
d) possibilidade de detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns.
GABARITO: C
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Estado de sítio e estado de defesa são medidas constitucionais que se prestam a restaurar a normalidade
institucional do país. Nesse contexto, constitui característica comum a ambas as medidas a:
Correto, na forma do art. 140 da Constituição, artigo do qual quase ninguém se recorda:
Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta
de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado
de defesa e ao estado de sítio.
Lembre-se ainda de que o Congresso Nacional deve aprovar a decretação do estado de defesa
e autorizar a instauração do estado de sítio, com base nos seguintes dispositivos constitucionais:
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e
determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional
ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
...
§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e
quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por
maioria absoluta.
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
...
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou
sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir
por maioria absoluta.
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
...
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer
uma dessas medidas.
Demais alternativas incorretas:
Apenas o estado de defesa exige que a medida seja restrita a locais determinados (art. 136, CF), o mesmo
não ocorrendo com o estado de sítio (art. 137, CF):
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e
determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional
ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida
tomada durante o estado de defesa;
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
b) subordinação da medida à aprovação prévia do Congresso Nacional.
A aprovação prévia é requerida apenas para o estado de sítio (art. 137, CF):
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
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I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida
tomada durante o estado de defesa;
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
d) possibilidade de detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes
comuns.
Medida prevista exclusivamente para o estado de sítio (art. 139, II, CF):
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas
contra as pessoas as seguintes medidas:
......
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
e) titularidade exclusiva do Conselho de Defesa Nacional para a decretação.
a) É viável o controle judicial da legalidade dos atos praticados por agentes públicos na vigência de estado
de sítio.
b) Durante o estado de sítio, imunidades de deputados e senadores só podem ser suspensas por voto da
maioria absoluta da respectiva casa, nos casos de atos incompatíveis com a execução da medida.
c) Compete ao Conselho da República opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio
e da intervenção federal.
d) O estado de sítio somente poderá ser decretado quando presente a declaração do estado de guerra
ou diante de ineficácia das medidas tomadas durante o estado de defesa.
e) O estado de defesa poderá ser decretado apenas após a deliberação da maioria absoluta do
Congresso Nacional.
GABARITO: A
A meu ver, a questão deveria ser anulada, visto haver duas alternativas corretas: "a" e "c".
A respeito da organização dos poderes e da defesa do estado e das instituições democráticas, assinale
a opção correta:
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a) É viável o controle judicial da legalidade dos atos praticados por agentes públicos na vigência
de estado de sítio.
Perfeitamente sindicáveis pelo Poder Judiciário os atos praticados por agentes públicos durante os
estados de exceção, tanto o estado de defesa quanto o estado de sítio, por expressa disposição
constitucional, contida no art. 141, da CF:
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo
da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes.
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em sua
vigência serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional, com
especificação e justificação das providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e indicação
das restrições aplicadas.
Demais alternativas incorretas:
b) Durante o estado de sítio, imunidades de deputados e senadores só podem ser suspensas por
voto da maioria absoluta da respectiva casa, nos casos de atos incompatíveis com a execução da
medida.
Incorreta, pois de acordo com o art. 53, § 8º, essa suspensão só será possível com o voto de 2/3 do
membros do Congresso Nacional.
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.
...
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser
suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados
fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.
c) Compete ao Conselho da República opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado
de sítio e da intervenção federal.
d) O estado de sítio somente poderá ser decretado quando presente a declaração do estado de
guerra ou diante de ineficácia das medidas tomadas durante o estado de defesa.
Incorreta, pois o art. 137, I, traz ainda a hipótese de comoção grave de repercussão nacional como
ensejadora da decretação do estado de sítio:
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida
tomada durante o estado de defesa;
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
e) O estado de defesa poderá ser decretado apenas após a deliberação da maioria absoluta do
Congresso Nacional.
Incorreta, pois o controle feito pelo Congresso Nacional, quanto ao estado de defesa, é feito a posteriori,
conforme o art. 136, §§ 4º a 7º, da Constituição:
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Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e
determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional
ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
...
§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e
quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por
maioria absoluta.
§ 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de
cinco dias.
§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento, devendo
continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa.
Tributação e Orçamento
Questão 1: VUNESP
De acordo com a Constituição Federal, as alíquotas de contribuições sociais e de intervenção no domínio
econômico
a) poderão ser ad valorem tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no
caso de importação, o valor aduaneiro.
b) deverão ser ad valorem tendo por base a unidade de medida determinada por lei.
c) não poderão ser superiores às das contribuições devidas à União, quando instituídas por Estados,
Distrito Federal e Municípios.
d) poderão ser específicas, fixadas pelo Senado Federal, para as operações internas, para resolver
conflito envolvendo interesses de Estados.
e) terão valores máximos fixados pelo Senado Federal, mediante resolução de iniciativa de um terço e
aprovada pela maioria absoluta de seus membros.
GABARITO: A
a) poderão ser ad valorem tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no
caso de importação, o valor aduaneiro. CORRETA.
Nos termos do art.149, §2º, III, a, da Constituição Federal, as alíquotas de contribuições sociais e de
intervenção no domínio econômico poderão ter alíquotas ad valorem tendo por base o faturamento, a
receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro:
''Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação
nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no
art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
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§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo:
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de
importação, o valor aduaneiro''.
Em razão deste fundamento constitucional acima, entendemos que as demais assertivas restaram
prejudicadas.
Questão 2: FCC
Mostra-se compatível com as normas constitucionais que regem o Sistema Tributário Nacional a
a) instituição de alíquotas progressivas para o imposto sobre a transmissão causa mortis, fixadas de
acordo com o valor dos bens ou direitos a serem transmitidos, observada a alíquota máxima fixada pelo
Congresso Nacional.
b) edição de lei que, ao instituir taxa pelo exercício de poder de polícia, fixa-lhe o limite máximo e
prescreve que o respectivo valor será definido em regulamento a ser editado pelo Poder Executivo
estadual, em proporção razoável com os custos da atuação estatal.
c) instituição de taxas em razão dos serviços de conservação e limpeza de logradouros, bem como em
razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos
provenientes de imóveis.
d) instituição de taxa que tenha a mesma base de cálculo de imposto previsto na Constituição Federal,
uma vez que se trata de espécies tributárias distintas.
GABARITO: B
Mostra-se compatível com as normas constitucionais que regem o Sistema Tributário Nacional a
b) edição de lei que, ao instituir taxa pelo exercício de poder de polícia, fixa-lhe o limite máximo e
prescreve que o respectivo valor será definido em regulamento a ser editado pelo Poder Executivo
estadual, em proporção razoável com os custos da atuação estatal.
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a) instituição de alíquotas progressivas para o imposto sobre a transmissão causa mortis, fixadas
de acordo com o valor dos bens ou direitos a serem transmitidos, observada a alíquota máxima
fixada pelo Congresso Nacional.
Apenas os serviços de coleta, remoção e tratamento de lixo domiciliar podem ser objeto de taxa, nos
termos da Súmula Vinculante 19 do STF:
Súmula Vinculante 19/STF: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta,
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145,
II, da Constituição Federal
d) instituição de taxa que tenha a mesma base de cálculo de imposto previsto na Constituição
Federal, uma vez que se trata de espécies tributárias distintas.
Errado, visto que a imunidade tributária recíproca é dirigida aos impostos alcança e alcança as autarquias
e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, ambas da administração indireta, conforme o art.
150, VI, "a", § 2º, da Constituição Federal:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros.
...
667
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§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades
essenciais ou às delas decorrentes.
Questão 3: FCC
De acordo com o que dispõe a Constituição Federal acerca dos princípios gerais de direito tributário,
a) somente por Emenda à Constituição será possível regular as limitações constitucionais ao poder de
tributar, em razão de se tratar de matéria atinente aos direitos e garantias fundamentais.
b) medida provisória poderá dispor sobre normas gerais de definição de tratamento diferenciado e
favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte.
c) à lei ordinária de cada ente federativo caberá dispor sobre conflitos de competência, em matéria
tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
e) cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas, entre
outros aspectos especificados no texto constitucional.
GABARITO: E
De acordo com o que dispõe a Constituição Federal acerca dos princípios gerais de direito tributário,
Incorreta, pois as limitações ao poder de tributar serão estabelecidas em lei complementar, conforme
previsão do art. 146, II, da CF.
Art. 146. Cabe à lei complementar:
...
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar.
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b) medida provisória poderá dispor sobre normas gerais de definição de tratamento diferenciado
e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte.
Incorreto, pois nos termos do art. 146, III, "d", da CF, somente lei complementar poderá dispor sobre o
tema:
Art. 146. Cabe à lei complementar:
...
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
...
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de
pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II,
das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239.
c) à lei ordinária de cada ente federativo caberá dispor sobre conflitos de competência, em matéria
tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Incorreta, pois de acordo com o art. 146, lei complementar federal disporá sobre esses conflitos de
competência:
Art. 146. Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios.
d) decreto do Presidente da República poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o
objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por
lei, estabelecer normas de igual objetivo.
Incorreta, pois de acordo com o art. 146-A esse tema também será tratado por lei complementar:
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de
prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer
normas de igual objetivo.
Questão 4: VUNESP
A interpretação sistemática do art. 149 da Constituição Federal permite a conclusão de que as
contribuições sociais de intervenção no domínio econômico
GABARITO: B
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Correto, visto que a CIDE não possui previsão de ser instituída por lei complementar. Interpretação
sistemática dos arts. 149, 150, I, e 177, § 4º, da Constituição Federal:
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação
nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no
art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
Art. 177. Constituem monopólio da União:
....
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de
importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool
combustível deverá atender aos seguintes requisitos:
Demais alternativas incorretas:
A CIDE observa o princípio da anterioridade nonagesimal, conforme o art. 150, III, "c", visto que não está
compreendida nas exceções do § 1º, do mesmo artigo:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios:
..........
III - cobrar tributos:
..........
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou,
observado o disposto na alínea b;
..........
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154,
II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154,
II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.
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Questão 5: IADES
No que se refere ao sistema tributário nacional e às demais normas constitucionais a respeito de finanças
públicas, assinale a alternativa correta.
a) É permitido instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
sendo autorizada a distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
b) As taxas poderão ter base de cálculo próprias de imposto, desde que não incidam sobre os elementos
referentes à proibição da bitributação.
d) Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a
esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
GABARITO: D
No que se refere ao sistema tributário nacional e às demais normas constitucionais a respeito de finanças
públicas, assinale a alternativa correta.
d) Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos
da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Correta, nos termos do § 1º do art. 145 da CF/1988, que prevê o princípio da capacidade contributiva.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
...
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a
esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Demais alternativas incorretas:
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II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente
da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
b) As taxas poderão ter base de cálculo próprias de imposto, desde que não incidam sobre os
elementos referentes à proibição da bitributação.
Incorreta, pois a determinação constitucional do § 2º do art. 145 veda expressamente essa prática:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
...
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
No que diz respeito ao argumento da utilização, pelas taxas, de base de cálculo própria de impostos, o
Supremo Tribunal Federal reconhece a constitucionalidade de taxas que, na apuração do montante
devido, adote um ou mais dos elementos que compõem a base de cálculo própria de determinado
imposto, desde que não se verifique identidade integral entre uma base e a outra. Desse modo, o STF
editou a seguinte súmula vinculante:
Súmula Vinculante 29. É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos
da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma
base e outra.
c) Cabe à lei ordinária estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária.
Incorreta, pois essa matéria será regulada por lei complementar, segundo determinação constitucional do
art. 146, III.
Art. 146. Cabe à lei complementar:
...
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta
Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de
pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II,
das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239.
e) As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico poderão incidir sobre as
receitas decorrentes de exportação.
Questão 6: FCC
De acordo com o que estabelece a Constituição Federal sobre o Sistema Tributário Nacional,
a) compete concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal, instituir contribuições sociais,
de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como
instrumento de sua atuação nas respectivas áreas.
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b) é vedada aos Municípios e ao Distrito Federal a instituição de contribuição para o custeio do serviço
de iluminação pública, pois tal serviço deve ser custeado pela receita de impostos.
d) competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em
Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem somente os impostos
estaduais.
e) cabe à lei complementar regular, dentre outras matérias, as limitações constitucionais ao poder de
tributar.
GABARITO: E
De acordo com o que estabelece a Constituição Federal sobre o Sistema Tributário Nacional,
e) cabe à lei complementar regular, dentre outras matérias, as limitações constitucionais ao poder
de tributar.
A Contribuição de Iluminação Pública foi introduzida pela Emenda Constitucional 39/2002, para substituir
a antiga taxa de iluminação pública, a qual o STF considerou inconstitucional, por não satisfazer os
requisitos de especificidade e divisibilidade (Súmula 670, convertida na Súmula Vinculante 41). Está
prevista no art. 149-A, da Constituição é de competência dos municípios e do DF:
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Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis,
para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Súmula Vinculante 41/STF: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.
c) a União, mediante medida provisória, poderá instituir empréstimos compulsórios no caso de
investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
Matéria de reserva de lei complementar (art. 148, II, CF), sendo que na hipótese do referido inciso II, a
instituição deve obedecer ao princípio da anterioridade anual (art. 150, III, "b"). Naturalmente, no caso
de calamidade pública, guerra ou sua eminência, não há como aguardar a virada do ano, não se aplicando
o referido princípio.
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o
disposto no art. 150, III, "b".
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
III - cobrar tributos:
...
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
d) competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for
dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal
cabem somente os impostos estaduais.
Questão 7: VUNESP
A Constituição Federal, no artigo 145, aponta os impostos, as taxas e a contribuição de melhoria como
tributos que compõem o Sistema Tributário Nacional. Assim, é correto afirmar que
a) o imposto é um tributo cuja obrigação tem por fato gerador o exercício do poder de polícia.
b) o imposto é uma prestação pecuniária que incide sobre fatos descritos em lei só pela atuação do
contribuinte.
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c) a taxa tem por fato gerador a valorização de imóveis do contribuinte em decorrência da execução de
obras públicas.
d) a taxa é um tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica.
GABARITO: B
A Constituição Federal, no artigo 145, aponta os impostos, as taxas e a contribuição de melhoria como
tributos que compõem o Sistema Tributário Nacional. Assim, é correto afirmar que:
b) o imposto é uma prestação pecuniária que incide sobre fatos descritos em lei só pela atuação
do contribuinte.
Correta, mas incompleta, pois de acordo com a definição contida no art. 16 do Código Tributário Nacional,
segundo a qual imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, sendo essa situação vinculada à pessoa do contribuinte, à
sua atividade ou ao seu patrimônio:
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Demais alternativas incorretas:
a) o imposto é um tributo cuja obrigação tem por fato gerador o exercício do poder de polícia.
O exercício do poder de polícia está vinculado à arrecadação de taxas, de o art. 145, II da CF.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
...
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.
c) a taxa tem por fato gerador a valorização de imóveis do contribuinte em decorrência da
execução de obras públicas.
Incorreto, pois essa definição e aplica à contribuição de melhoria, (art. 145, III da CF):
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
...
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
d) a taxa é um tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica.
Incorreta, segundo o art. 16, do Código Tributário Nacional, essa definição aplica-se aos impostos:
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
e) a contribuição de melhoria pressupõe a utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
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...
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
c) guerra externa
GABARITO: C
c) guerra externa
Questão 9: FCC
Prefeito Municipal Aristóbulo ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade contra lei de iniciativa do Poder
Legislativo Municipal que acrescentou artigo ao Código Tributário Municipal, concedendo isenção do
pagamento da Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP) às unidades
consumidoras dos órgãos da Administração direta e indireta do Município, situado no Estado de Alagoas.
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À luz da disciplina constitucional pertinente e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, trata-se de
ato
a) inconstitucional, pois ocorre vício formal de iniciativa, uma vez que cria despesa sem a correspondente
previsão de custeio para a Administração Municipal.
e) inconstitucional, porquanto a isenção da taxa viola a Constituição Estadual de Alagoas, bem como a
Constituição Federal.
GABARITO: C
Prefeito Municipal Aristóbulo ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade contra lei de iniciativa do Poder
Legislativo Municipal que acrescentou artigo ao Código Tributário Municipal, concedendo isenção do
pagamento da Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP) às unidades
consumidoras dos órgãos da Administração direta e indireta do Município, situado no Estado de Alagoas.
À luz da disciplina constitucional pertinente e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, trata-se de
ato:
a) inconstitucional, pois ocorre vício formal de iniciativa, uma vez que cria despesa sem a
correspondente previsão de custeio para a Administração Municipal.
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Não há reserva de iniciativa em matéria tributária.
Foi concedida a isenção por meio de lei de iniciativa do Poder Legislativo Municipal.
c) cabe à lei ordinária regular as limitações constitucionais ao poder de tributar previstas na Constituição
Federal de 1988.
d) as taxas instituídas em razão do poder de polícia ou pela utilização de serviço público específico e
divisível não podem ter base de cálculo idêntica a dos impostos.
e) os municípios e o distrito federal poderão instituir taxa para o custeio da iluminação pública.
GABARITO: D
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Na letra A, a contribuição de melhoria é tributo da competência comum dos entes políticos. Ou seja, em
havendo uma obra pública e valorização imobiliária, qualquer entidade pode cobrar tal exação.
Na letra B, sempre que possível, os impostos serão pessoais. Não é obrigatoriamente, é sempre que
possível.
Na letra C, o assunto foi reservado, pelo art. 146 da CF, à lei complementar.
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Na letra E, taxa? Gente, a taxa é para serviço específico e divisível. E iluminação pública? É uti universi.
Por isso, o constituinte possibilitou a cobrança de CONTRIBUIÇÃO de iluminação pública.
a) a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimo compulsório para atender a despesas
extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, sendo que, nesse
caso, a aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório não será vinculada à despesa
que fundamentou sua instituição.
b) os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o
custeio do serviço de iluminação pública.
c) os impostos terão caráter pessoal e poderão ser graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte, devendo a administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos
e as atividades econômicas do contribuinte.
GABARITO: B
b) os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis,
para o custeio do serviço de iluminação pública.
a) a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimo compulsório para atender a
despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência,
sendo que, nesse caso, a aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório não
será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
Errado, pois todas as modalidades de empréstimo compulsório exigem aplicação vinculada à despesa
que fundamentou sua criação, por força do art. 148, parágrafo único:
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Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o
disposto no art. 150, III, "b" (anterioridade anual).
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à
despesa que fundamentou sua instituição.
c) os impostos terão caráter pessoal e poderão ser graduados segundo a capacidade econômica
do contribuinte, devendo a administração tributária, especialmente para conferir efetividade a
esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio,
os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
O art. 145, § 1º, trata de possibilidades e preferências e não obrigatoriedades das características em
apreço:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a
esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
d) as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não incidirão sobre a
importação de produtos estrangeiros ou serviços.
Errado, visto que apenas se o Território não for dividido em Municípios competirão à União os impostos
municipais. Importa lembrar que o Distrito Federal arrecada tanto os impostosestaduais quanto os
municipais, conforme dispositivos da Constituição, por força dos artigos 147 e 155 da Constituição:
Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for
dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos
municipais.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (...)
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a) Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária também se sujeita ao princípio
da anterioridade.
b) Decisão que declara indevida a cobrança do imposto em determinado exercício não faz coisa julgada
em relação aos posteriores.
d) Constitui fato gerador do imposto de circulação de mercadorias a saída física de máquinas, utensílios
e implementos a título de comodato.
e) O imposto de transmissão inter vivos incide sobre a transferência de ações de sociedade imobiliária.
GABARITO: B
Assinale a alternativa que está em conformidade com as súmulas do Supremo Tribunal Federal.
b) Decisão que declara indevida a cobrança do imposto em determinado exercício não faz coisa
julgada em relação aos posteriores.
Correta, de acordo com o Enunciado 239 da Súmula de jurisprudência predominante do Supremo Tribunal
Federal:
Súmula 239/STF. Decisão que declara indevida a cobrança do imposto em determinado exercício não faz
coisa julgada em relação aos posteriores.
Demais alternativas incorretas:
a) Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária também se sujeita ao
princípio da anterioridade.
Incorreta, pois está em desacordo com o Enunciado 573 da Súmula de jurisprudência predominante do
Supremo:
Súmula 573/STF. Não constitui fato gerador do imposto de circulação de mercadorias a saída física de
máquinas, utensílios e implementos a título de comodato.
e) O imposto de transmissão inter vivos incide sobre a transferência de ações de sociedade
imobiliária.
Incorreta, pois está em desacordo com o Enunciado 329 da Súmula de jurisprudência predominante do
Supremo:
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Súmula 329/STF: O imposto de transmissão inter vivos não incide sôbre a transferência de ações de
sociedade imobiliária.
A União detém o monopólio da pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e gás natural, sendo-lhe permitida
a contratação de empresas estatais e privadas para a realização dessas atividades, desde que
observadas as condições estabelecidas em lei.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: CERTO
A União detém o monopólio da pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e gás natural, sendo-lhe
permitida a contratação de empresas estatais e privadas para a realização dessas atividades,
desde que observadas as condições estabelecidas em lei.
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Justificativa da banca para o gabarito:
"A assertiva está em conformidade com o disposto no art. 177, inciso I e § 1.º, da Constituição Federal de
1988."
As empresas públicas e as sociedades de economia mista gozam de privilégios fiscais não extensivos às
sociedades comerciais do setor privado.
( ) Certo
( ) Errado
GABARITO: ERRADO
O examinador apenas inverteu a lógica, cuidado. O § 2º do art. 173 determina que os privilégios fiscais
devem ser os mesmos para as empresas públicas, sociedade de economia mista e as empresas do setor
privado, portanto, aquelas não gozam de privilégios fiscais não extensivos às empresas do mercado:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica
pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo, conforme definidos em lei.
...
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais
não extensivos às do setor privado.
Justificativa da banca para o gabarito:
"As empresas públicas e as sociedades de economia mista não podem gozar de privilégios fiscais não
extensivos às sociedades comerciais do setor privado. Art. 173, § 2.º, da Constituição Federal de 1988."
A prestação de serviços públicos de transporte coletivo sob o regime de permissão prescinde de licitação,
que é exigida apenas para a modalidade de concessão.
( ) Certo
( ) Errado
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GABARITO: ERRADO
Correta, nos termos do art. 175 da CF/1988 e de antiga decisão do STF em sede de Recurso
Extraordinário. Lembrando que a prestação desse serviço público é de competência dos Municípios, de
acordo com o inciso V do art. 30 da CF/1988.
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Segundo o Supremo:
Exploração de transporte urbano, por meio de linha de ônibus. Necessidade de prévia licitação para
autorizá-la, quer sob a forma de permissão quer sob a de concessão. (RE 140.989, rel. min. Octavio
Gallotti, julgamento em 16/3/1993).
Art. 30. Compete aos Municípios:
...
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de
interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.
Justificativa da banca para o gabarito:
"A licitação é exigida em ambas as modalidades, concessão e permissão, conforme art. 175 da
Constituição Federal de 1988 e decisão do STF."
Questão 4: FCC
Considere que o Município de Campinas pretenda constituir uma empresa pública para atuar, em regime
de competição com empresas privadas, na prestação de serviços de tecnologia da informação. A intenção
seria aproveitar uma oportunidade de mercado, obtendo receitas para o município na forma de distribuição
de dividendos (participação no lucro da companhia). A lei autorizativa para constituição da referida
empresa não foi, contudo, aprovada pela Câmara Municipal, que vislumbrou desconformidade com o
regramento constitucional para atuação do Estado no domínio econômico, segundo o qual
b) apenas a União pode constituir empresas públicas exploradoras de atividade econômica, facultando-
se aos Estados e Municípios apenas a constituição, mediante lei específica, de sociedades de economia
mista para esse fim.
c) a exploração de atividade econômica por empresa estatal pressupõe a existência de monopólio legal
ou natural, que justifique a intervenção estatal para mitigar a correspondente falha de mercado.
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e) a exploração de atividade econômica mediante constituição de empresas estatais, embora seja
possível em todos os âmbitos da federação, está condicionada à existência de imperativos de segurança
pública ou relevante interesse coletivo.
GABARITO: E
Considere que o Município de Campinas pretenda constituir uma empresa pública para atuar, em regime
de competição com empresas privadas, na prestação de serviços de tecnologia da informação. A intenção
seria aproveitar uma oportunidade de mercado, obtendo receitas para o município na forma de distribuição
de dividendos (participação no lucro da companhia). A lei autorizativa para constituição da referida
empresa não foi, contudo, aprovada pela Câmara Municipal, que vislumbrou desconformidade com o
regramento constitucional para atuação do Estado no domínio econômico, segundo o qual
A atuação do Estado na área econômica pode assumir duas formas básicas: atuação direta e
atuação indireta.
Essas formas de atuação na economia não são excludentes; um mesmo Estado pode atuar diretamente
em determinados setores e indiretamente em outros. Diz-se que o Estado atua diretamente na
economia quando ele desempenha o papel de agente econômico (Estado-empresário). Nesses
casos, o Estado - normalmente mediante pessoas jurídicas por ele constituídas e sob seu controle - atua,
ele mesmo, na produção de bens ou na prestação de serviços de conteúdo econômico. A atuação direta
do Estado pode verificar-se em regime de monopólio (absorção) ou em concorrência com outras
empresas do setor privado (participação).
A atuação indireta do Estado na economia ocorre de diversas formas, visando, em linhas gerais,
a corrigir as distorções que se verificam quando os agentes econômicos podem atuar de modo
totalmente livre (merecendo destaque a coibição à formação de oligopólios, de cartéis, à prática de
dumping - venda de produtos por preços inferiores aos custos -, enfim, a vedação a qualquer prática
contrária à livre concorrência). (Direito Constitucional Descomplicado. Vicente Paulo e Marcelo
Alexandrino - 19ª ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2020, p. 994)
CF/88
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica
pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo, conforme definidos em lei.
a) distinta da do solo e pertencem à União e aos estados onde estejam localizados, garantida ao
concessionário a propriedade do produto da lavra.
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b) distinta da do solo e pertencem ao estado onde estejam localizados, garantida ao permissionário ou
concessionário a propriedade da lavra.
d) conjunta à do solo e pertencem à União e aos estados onde estejam localizados, garantida ao
concessionário a propriedade do produto da lavra.
GABARITO: E
De acordo com a Constituição Federal de 1988, as jazidas em lavra e demais recursos minerais e
potenciais de energia hidráulica constituem, para efeito de exploração e aproveitamento, propriedade:
a) distinta da do solo e pertencem à União e aos estados onde estejam localizados, garantida ao
concessionário a propriedade do produto da lavra.
Distinta da do solo.
d) conjunta à do solo e pertencem à União e aos estados onde estejam localizados, garantida ao
concessionário a propriedade do produto da lavra.
Questão 6: VUNESP
Acerca da ordem Econômica na Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa correta.
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a) O Estado atuará como agente normativo e regulador da atividade econômica, exercendo as funções
de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este último determinante para os setores privado e
público.
b) É permitida a exploração de atividade econômica pelo Estado somente quando voltada para atividades
lucrativas.
c) Empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividade econômica não estão
sujeitas à obrigatoriedade de licitação, ante a necessidade de competitividade com as empresas privadas.
d) Empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividade econômica estão sujeitas
ao regime jurídico próprio das empresas privadas.
e) Empresas públicas e sociedades de economia mista poderão gozar de privilégios fiscais não
extensivos às do setor privado.
GABARITO: D
Nos termos do art.173, §1º, II, as empresas públicas e as sociedades de economia mista se sujeitam ao
regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis,
comerciais, trabalhistas e tributários:
''Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica
pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação
de serviços, dispondo sobre:
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários''.
As demais alternativas estão incorretas conforme fundamentos constitucionais abaixo:
Letra A: a função de planejamento será determinante para o setor público e indicativo para o setor
privado, na forma do art.174, caput:
''Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da
lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado''.
Letra B: o Estado só exercerá a exploração da atividade econômica, de forma direita, quando esta medida
for necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, nos termos
do art.173, caput:
''Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei''.
Letra C: considerando a norma inscrita no art.173, §1º, III, empresas públicas e sociedades de economia
mista que explorem atividade econômica estão sujeitas à obrigatoriedade de licitação, ante a
necessidade de competitividade com as empresas privadas:
''Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica
pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo, conforme definidos em lei.
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§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação
de serviços, dispondo sobre:
Ordem Social
Questão 1: VUNESP
De acordo com o que disciplina a Constituição Federal, a questão da Ordem Social tem como base e
objetivo, respectivamente,
GABARITO: D
Prevê a CF:
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça
sociais.
E, assim, você confirma a correção da letra D.
E nas demais alternativas, a banca confundiu com os princípios da ordem econômica, confira:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por
fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
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IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental
dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que
tenham sua sede e administração no País.
Questão 2: FCC
O capítulo da Ordem Social, da Constituição Federal de 1988, estabelece, no artigo 193: A ordem social
tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. O conteúdo
congrega e converge com alguns princípios previstos nas atuais orientações da profissão do Assistente
Social. Desse modo,
a) essa Carta Constitucional indica um caminho para a instituição do Estado Social, cuja marca é a
articulação entre o modelo econômico e o desenvolvimento social, além de reconhecer a necessidade de
ampliação das atenções estatais na garantia do bem-estar.
b) o primado do trabalho significa a sua valorização, reiterando que o acesso à renda só pode vir pela
inserção no mercado de trabalho. O preceito da renda transferida já não encontra lugar na nação
brasileira, impondo, assim, novas orientações no desenho das políticas sociais.
c) a justiça social é um conceito apenas orientador e reconhecido em seu instituto legal, pois a sua
garantia não é responsabilidade estatal. O texto constitucional impõe à sociedade o pleno encargo pela
concretização dos direitos sociais.
e) na relação dos preceitos constitucionais com o arcabouço normativo do serviço social há uma ruptura
ideológica e política, pois a profissão se pauta exclusivamente pela orientação marxista e o conceito de
justiça social compõe o ideário burguês.
GABARITO: A
O capítulo da Ordem Social, da Constituição Federal de 1988, estabelece, no artigo 193: A ordem social
tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. O conteúdo
congrega e converge com alguns princípios previstos nas atuais orientações da profissão do Assistente
Social. Desse modo,
a) essa Carta Constitucional indica um caminho para a instituição do Estado Social, cuja marca é
a articulação entre o modelo econômico e o desenvolvimento social, além de reconhecer a
necessidade de ampliação das atenções estatais na garantia do bem-estar.
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É uma leitura possível da chamada Constituição-cidadã, que reconhece o sistema econômico capitalista,
mas direciona o Poder Público na implementação do Estado de bem-estar social, que por enquanto está
no papel.
b) o primado do trabalho significa a sua valorização, reiterando que o acesso à renda só pode vir
pela inserção no mercado de trabalho. O preceito da renda transferida já não encontra lugar na
nação brasileira, impondo, assim, novas orientações no desenho das políticas sociais.
Errado, pois os programas de transferência de renda continuam ativos e até necessários, conforme breve
sumário traçado pelo próprio STF:
"Como a Lei permaneceu inalterada, elaboraram-se maneiras de contornar o critério objetivo e único
estipulado pela LOAS e de avaliar o real estado de miserabilidade social das famílias com entes idosos
ou deficientes. Paralelamente, foram editadas leis que estabeleceram critérios mais elásticos para
concessão de outros benefícios assistenciais, tais como: a Lei 10.836/2004, que criou o Bolsa Família; a
Lei 10.689/2003, que instituiu o Programa Nacional de Acesso à Alimentação; a Lei 10.219/01, que criou
o Bolsa Escola; a Lei 9.533/97, que autoriza o Poder Executivo a conceder apoio financeiro a municípios
que instituírem programas de garantia de renda mínima associados a ações socioeducativas"
(RE 580.963, rel. Min. Gilmar Mendes, julg. em 18/4/2013)
c) a justiça social é um conceito apenas orientador e reconhecido em seu instituto legal, pois a
sua garantia não é responsabilidade estatal. O texto constitucional impõe à sociedade o pleno
encargo pela concretização dos direitos sociais.
A justiça social é pressuposto e fundamento da ordem econômica estabelecida pela Constituição Federal,
por tanto, não é mero conceito orientador. O texto constitucional impõe à sociedade e ao Poder Público
a concretização desses direitos:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por
fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental
dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que
tenham sua sede e administração no País.
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça
sociais.
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
d) a concepção do primado do trabalho é orientadora para a legislação trabalhista e serviu de
justificativa para a reforma realizada no ano de 2017, na medida em que indicava a necessidade
de superar a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) instaurada em 1943. Além disso, serve para
orientar a luta pela terra, pois o indicativo de primazia do trabalho supera o direito à propriedade.
690
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Muito triste o examinador inserir ideologia misturada com economia em questões de concurso.
Dependendo da vertente que você observe, poderá compreender a reforma trabalhista com o objetivo de
dinamizar o mercado de trabalho. De outra vertente, uma ação abominável para retirar direitos dos
trabalhadores. Não compete ao examinador de concursos induzir essas querelas. Mas como você já
percebeu a diretriz da questão como um todo, e o cargo é de assistente social, marque errado sem medo.
Como pá de cal, a última frase é errada de todo modo, pois a mudança da legislação trabalhista nada
tem a ver com a luta pela terra, e nem a primazia do trabalho supera o direito à propriedade.
e) na relação dos preceitos constitucionais com o arcabouço normativo do serviço social há uma
ruptura ideológica e política, pois a profissão se pauta exclusivamente pela orientação marxista e
o conceito de justiça social compõe o ideário burguês.
O examinador utiliza o termo "burguês" numa concepção pejorativa. Historicamente, a burguesia refere-
se a uma classe social ascendente especialmente na Europa ocidental, a partir dos "burgos" e do aumento
do mercantilismo na economia feudal, do desenvolvimento dos artífices e dos artesãos, que com o
aumento da produção, ensejam o crescimento de uma classe econômica que passaria a ter uma maior
influência social e política. Representa uma das bases da Revolução Industrial. De resto, não entendi
nada do que o examinador quis dizer, mas a assertiva deve estar errada.
II A seguridade social é financiada, entre outras fontes, mediante contribuição social das entidades
beneficentes de assistência social.
IV Um dos objetivos do poder público ao organizar a seguridade social é a irredutibilidade do valor dos
benefícios.
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
GABARITO: B
691
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Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
II A seguridade social é financiada, entre outras fontes, mediante contribuição social das entidades
beneficentes de assistência social.
Falso. Há imunidade constitucional para tais entidades. Confira o art. 195 da CF:
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social
que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Falso. Não há esta previsão de ser bianual. Na verdade, tais reajustes costumam ser anuais. Confira:
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de
caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial, e atenderá, na forma da lei, a:
(...)
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor
real, conforme critérios definidos em lei.
IV Um dos objetivos do poder público ao organizar a seguridade social é a irredutibilidade do valor dos
benefícios.
Verdadeiro. Perfeito, é sim um dos objetivos. Confira na íntegra o art. 194 da CF:
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base
nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - eqüidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para cada
área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado
o caráter contributivo da previdência social;
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos
colegiados.
Questão 4: VUNESP
Considerando o que dispõe a Constituição Federal no que diz respeito à seguridade social, assinale a
alternativa correta.
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a) São alguns dos objetivos da seguridade social a uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços
às populações urbanas e rurais, além da seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e
serviços.
c) As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão
dos respectivos orçamentos, e deverão integrar o orçamento da União.
d) A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá
ser impedida de contratar com o Poder Público, mas poderá deixar de receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios.
e) A lei não poderá instituir outras fontes com o objetivo de garantir a manutenção ou expansão da
seguridade social, além daquelas já expressamente previstas na Constituição Federal.
GABARITO: A
Considerando o que dispõe a Constituição Federal no que diz respeito à seguridade social, assinale a
alternativa correta.
a) São alguns dos objetivos da seguridade social a uniformidade e equivalência dos benefícios e
serviços às populações urbanas e rurais, além da seletividade e distributividade na prestação dos
benefícios e serviços.
Correta, de acordo com os objetivos previstos pelos incisos II e III do art. 194 da CF/1988:
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base
nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - equidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para cada
área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado
o caráter contributivo da previdência social; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos
colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Demais incorretas:
Incorreta, visto que a gestão é quadripartite, pois inclui também os aposentados, de acordo com o art.
194, parágrafo único, VII, da CF/1988:
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Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base
nos seguintes objetivos:
...
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos
colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
c) As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, e deverão integrar o orçamento da União.
Incorreta, visto que se integram os respectivos orçamentos não deverão figurar no orçamento da União,
conforme expressamente previsto pelo §1º, do art. 195 da CF/1988
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
...
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
d) A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não
poderá ser impedida de contratar com o Poder Público, mas poderá deixar de receber benefícios
ou incentivos fiscais ou creditícios.
Incorreta, pois o §4º, art. 195 da CF/1988 prevê a possibilidade de outras fontes de financiamento da
seguridade:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
...
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade
social, obedecido o disposto no art. 154, I.
Questão 5: VUNESP
A Constituição Federal elenca diversas formas de contribuição social financiadoras da Seguridade
Social, exceto a seguinte:
a) rendimentos do trabalho pagos ou creditados à pessoa física que preste serviço à empresa, sem
vínculo empregatício.
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b) contribuição do empregador, da empresa e de entidade a ela equiparada, incidente sobre a folha de
salários.
e) proventos pagos a título de aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência
social.
GABARITO: E
Esses proventos de aposentadoria do Regime Geral não sofre contribuição social (art. 195, CF):
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa
física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
Demais alternativas corretas:
a) rendimentos do trabalho pagos ou creditados à pessoa física que preste serviço à empresa,
sem vínculo empregatício.
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Questão 6: VUNESP
Segundo a Constituição Federal, o financiamento da seguridade social
b) deve ser planejado anualmente pelos órgãos responsáveis pela previdência social e assistência social,
considerando o orçamento da União e dos Estados.
c) deve sofrer cortes em períodos de crises econômicas, até que se reestabeleça o equilíbrio fiscal da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ou até que haja uma decisão em contrário do
Congresso Nacional.
e) advindo das receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios deverá constar dos respectivos
orçamentos e do orçamento da União.
GABARITO: D
Vamos as alternativas:
c) deve sofrer cortes em períodos de crises econômicas, até que se reestabeleça o equilíbrio fiscal
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ou até que haja uma decisão em
contrário do Congresso Nacional.
ERRADA. A alternativa não encontra respaldo legal.
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e) advindo das receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios deverá constar dos
respectivos orçamentos e do orçamento da União
ERRADO. A este respeito, é claro o art. 195, §1º quando rege que tais receitas não integrarão o
orçamento da União:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
Questão 7: VUNESP
Sobre a seguridade social, é correto afirmar que
a) seus objetivos são a garantia de padrão de qualidade e o piso salarial profissional nacional para os
profissionais da área.
c) será financiada por toda a sociedade, de forma direta, nos termos da lei, mediante recursos
provenientes dos orçamentos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
d) tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.
e) tem por objetivo o caráter democrático e centralizado da Administração, mediante gestão tripartite,
com participação dos trabalhadores, dos empregadores e do Governo nos órgãos colegiados.
GABARITO: B
a) seus objetivos são a garantia de padrão de qualidade e o piso salarial profissional nacional para
os profissionais da área.
Os objetivos da seguridade social estão definidos no art. 194, parágrafo único, da Constituição, e dentre
os quais não se encontram os indicados acima:
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base
nos seguintes objetivos:
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I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - equidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para cada
área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado
o caráter contributivo da previdência social; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos
colegiados.
c) será financiada por toda a sociedade, de forma direta, nos termos da lei, mediante recursos
provenientes dos orçamentos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, e
também do orçamento da União e das contribuições sociais previstas no art. 195 da CF:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa
física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
d) tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.
Item que trata da Ordem Social e não da Seguridade Social (art. 193, CF):
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça
sociais.
e) tem por objetivo o caráter democrático e centralizado da Administração, mediante gestão
tripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores e do Governo nos órgãos
colegiados.
Questão 8: VUNESP
A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, mediante recursos
da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, e de contribuições sociais. Portanto, o
orçamento da seguridade social deve abranger as funções
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d) da saúde, da educação e da previdência social.
GABARITO: B
Vejamos os itens que compõem o orçamento da seguridade social, conforme disposto na Carta Magna:
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
Assim, o orçamento da seguridade social deve abranger as funções da assistência social, da saúde e
da previdência social.
Questão 9: VUNESP
A respeito da Seguridade Social e sua previsão na atual Constituição Federal de 1988, é correto afirmar
que
a) as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão
dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
b) a Seguridade Social é financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, incluindo as
contribuições sociais que devem incidir, dentre outras, de pensionistas do regime geral.
c) a Seguridade Social é caracterizada, dentre outros princípios, pela regionalidade de sua cobertura e
irredutibilidade do valor dos benefícios.
d) as contribuições para a seguridade social não têm incidência sobre gorjetas pagas aos segurados.
e) não se admite que mediante lei possam ser instituídas outras fontes destinadas a garantir o custeio,
manutenção ou expansão da seguridade social, além dos casos já previstos pela Constituição.
GABARITO: A
A respeito da Seguridade Social e sua previsão na atual Constituição Federal de 1988, é correto afirmar
que:
a) as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
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Correta, nos termos do § 1º do art. 195 da CF/1988.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
...
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
Demais alternativas incorretas:
b) a Seguridade Social é financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, incluindo as
contribuições sociais que devem incidir, dentre outras, de pensionistas do regime geral.
As contribuições à Previdência não incidem sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime
Geral de Previdência Social (art. 195, II, CF):
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
...
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201.
c) a Seguridade Social é caracterizada, dentre outros princípios, pela regionalidade de sua
cobertura e irredutibilidade do valor dos benefícios.
Incorreta, pois a cobertura deve ser universal, de acordo com o inciso I, do art. 194 da CF/1988.
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base
nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
...
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios.
d) as contribuições para a seguridade social não têm incidência sobre gorjetas pagas aos
segurados.
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Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
...
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade
social, obedecido o disposto no art. 154, I.
b) a valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira,
com ingresso por nomeação e/ou por concurso público de provas e títulos aos das redes públicas, é um
dos princípios da educação básica.
c) compete aos Poderes Executivo e Legislativo, dentro de suas esferas de atuação, outorgar e renovar
concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens.
d) é dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais, como direito de cada um,
observado o tratamento igualitário obrigatório para o desporto profissional e o não profissional.
e) é facultado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios vincular parcela de sua receita
orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.
GABARITO: A
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Incorreto por se tratar de um dos princípios do ensino, conforme o artigo a seguir da CF:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
...
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira,
com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas.
c) compete aos Poderes Executivo e Legislativo, dentro de suas esferas de atuação, outorgar e
renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e
imagens.
Observado o tratamento diferenciado para o desporto profissional e não-profissional (art. 217, III, CF):
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada
um, observados:
...
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não- profissional.
e) é facultado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios vincular parcela de sua receita
orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.
Ao questionar seu superior hierárquico sobre que direitos seriam estes, foi-lhe informado corretamente
que, à luz da Constituição da República, eles abrangeriam
702
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GABARITO: C
A Antônio, servidor público municipal, foi informado que o Município era responsável pelo atendimento de
diversos direitos relacionados à seguridade social. Ao questionar seu superior hierárquico sobre que
direitos seriam estes, foi-lhe informado corretamente que, à luz da Constituição da República, eles
abrangeriam:
GABARITO: B
703
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Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base
nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - equidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para cada
área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado
o caráter contributivo da previdência social; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos
colegiados.
Demais alternativas incorretas:
Incorreta, pois a gestão será quadripartite, segundo o inciso VII, parágrafo único do art. 194 da CF/1988.
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base
nos seguintes objetivos:
...
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos
colegiados.
c) da proporcionalidade do valor dos benefícios.
Incorreta, pois os benefícios serão proporcionais, segundo determinação do inciso IV, parágrafo único do
art. 194 da CF/1988.
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base
nos seguintes objetivos:
...
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios.
d) da individualização da cobertura e do atendimento.
Incorreta, pois nos termos do inciso I, parágrafo único do art. 194 da CF/1988, o objetivo consiste na
universalidade na cobertura e atendimento.
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base
nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento.
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A universalidade de cobertura é objetiva e diz respeito às contingências cobertas, ela significa cobrir
todos os eventos que causem estado de necessidade e é objetiva porque diz respeito a fatos que deverão
ser cobertos pela Seguridade Social. Já a universalidade de atendimento é subjetiva, refere-se aos
sujeitos protegidos, ou seja, todas as pessoas em estado de necessidade devem ser atendidas pela
Seguridade Social. Ambas se limitam apenas na lei e na capacidade contributiva do Estado. A
universalidade é mitigada pelo princípio da seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e
serviços.
Incorreta, visto que a determinação do inciso V, parágrafo único do art. 194 da CF/1988 é de equidade
na forma de participação no custeio:
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base
nos seguintes objetivos:
...
V - equidade na forma de participação no custeio.
a) a ciência e a tecnologia.
b) a ordem social.
c) o desporto e a cultura.
d) a educação.
e) a seguridade social.
GABARITO: E
As contribuições sociais advindas da receita de concursos de prognósticos deverão financiar, além dos
recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos
termos da lei,
e) a seguridade social.
Correto, conforme previsão do art. 195, III, da Constituição Federal, que trata das fontes de financiamento
da seguridade:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
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a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer titulo, a pessoa
física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência de que trata o art. 201 (Regime
Geral do Setor Privado);
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
Demais incorretas:
a) a ciência e a tecnologia.
b) a ordem social.
c) o desporto e a cultura.
d) a educação.
a) será ela financiada exclusivamente pelo poder público, nos termos da lei, mediante recursos
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
b) as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão
dos respectivos orçamentos, integrando, inclusive, o orçamento da União.
c) a pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, somente
poderá contratar com o Poder Público no caso de prestação integral de caução, fiança bancária ou
seguro-fiança.
d) a proposta de orçamento respectiva será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis
pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas
na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
e) são isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social,
as microempresas e as empresas de pequeno porte que atendam às exigências estabelecidas em lei.
GABARITO: D
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Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
...
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos
responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
Demais alternativas incorretas:
a) será ela financiada exclusivamente pelo poder público, nos termos da lei, mediante recursos
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Incorreta, pois além da seguridade social ser financiada com recursos proveniente dos orçamentos da
União, Estado DF e Municípios, também é financiada por toda a sociedade nos termos do art. 195 da
CF/1988.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei.
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201.
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
b) as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade
social constarão dos respectivos orçamentos, integrando, inclusive, o orçamento da União.
Incorreta, pois cada ente elabora seu respectivo orçamento da seguridade, de acordo com o § 1º do art.
195 da CF/1988.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
...
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
c) a pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em
lei, somente poderá contratar com o Poder Público no caso de prestação integral de caução, fiança
bancária ou seguro-fiança.
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Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
...
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social
que atendam às exigências estabelecidas em lei.
a) as entidades sociais e beneficentes de assistência social não são isentas de contribuição para a
seguridade social.
b) a pessoa jurídica, que mesmo em débito com o sistema de seguridade social, poderá receber do Poder
Público, incentivos fiscais ou creditícios.
c) o Poder Público, nos termos de lei, é competente para organizar a seguridade social tendo, por base,
entre outros, o objetivo da uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas
e rurais.
GABARITO: C
Nos termos da Constituição Federal, no que diz respeito à seguridade social, é correto afirmar que:
c) o Poder Público, nos termos de lei, é competente para organizar a seguridade social tendo, por
base, entre outros, o objetivo da uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às
populações urbanas e rurais.
Correta, nos termos do parágrafo único, inciso II, do art. 194 da CF/1988.
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base
nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - equidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para cada
área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado
o caráter contributivo da previdência social; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
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VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos
colegiados.
Demais alternativas incorretas:
a) as entidades sociais e beneficentes de assistência social não são isentas de contribuição para
a seguridade social.
Incorreta, visto que nos termos do § 7º do art. 195 da CF/1988 essas entidades beneficentes são isentas
de contribuição para a Seguridade Social, visto que a Emenda Constitucional 103/2019 (Reforma da
Previdência), não alterou essa regra da Seguridade:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
...
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social
que atendam às exigências estabelecidas em lei.
b) a pessoa jurídica, que mesmo em débito com o sistema de seguridade social, poderá receber
do Poder Público, incentivos fiscais ou creditícios.
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Controle de Constitucionalidade
Questão 1: FCC
Uma emenda inconstitucional à Constituição brasileira
a) não pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade, pois não se insere no conceito de ato
normativo federal, mas pode ser de arguição de descumprimento de preceito fundamental.
c) não pode ser objeto de controle de constitucionalidade, pois se amalgama à Constituição e eventuais
antinomias devem ser consideradas meramente aparentes, solucionadas pelos princípios de
hermenêutica constitucional aceitos.
d) pode ser objeto de controle difuso e concentrado de constitucionalidade e o parâmetro de controle são
as limitações procedimentais, materiais e circunstanciais impostas ao constituinte derivado.
e) pode ser objeto de controle difuso e concentrado de constitucionalidade por meio de arguição de
descumprimento de preceito fundamental e o parâmetro de controle são as limitações procedimentais e
circunstanciais impostas ao constituinte derivado.
GABARITO: D
Podem ser objeto de controle de constitucionalidade emendas à Constituição, leis ordinárias, medidas
provisórias, decretos autônomos, leis delegadas, decretos legislativos, resoluções das Casas
Legislativas, e demais normas primárias, que retiram diretamente da Constituição sua força normativa.
Não poderão ser declaradas inconstitucionais normas constitucionais produzidas pelo poder
constituinte originário (normas da Constituição que não foram alteradas por meio de emenda); a esse
respeito, o Supremo Tribunal Federal assentou:
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"A tese de que há hierarquia entre normas constitucionais originárias dando azo à declaração de
inconstitucionalidade de umas em face de outras e incompossível com o sistema de Constituição
rígida. (...) Por outro lado, as cláusulas pétreas não podem ser invocadas para sustentação da tese da
inconstitucionalidade de normas constitucionais inferiores em face de normas constitucionais superiores,
porquanto a Constituição as prevê apenas como limites ao Poder Constituinte derivado ao rever ou ao
emendar a Constituição elaborada pelo Poder Constituinte originário, e não como abarcando normas cuja
observância se impôs ao próprio Poder Constituinte originário com relação as outras que não sejam
consideradas como cláusulas pétreas, e, portanto, possam ser emendadas" ( ADI 815-3/DF, rel. Min.
Moreira Alves, julg. 28/3/1996).
As limitações ao poder de reforma categorizadas como parâmetros circunstanciais (art. 60, § 1º), materiais
(cláusulas pétreas) (art. 60, § 4º) e procedimentais (art. 60, I, II e III, §§ 2º, e 3º e 5º, da CF) são os
seguintes:
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada
uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa
ou de estado de sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, com o respectivo número de ordem.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
Demais incorretas:
a) não pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade, pois não se insere no conceito de
ato normativo federal, mas pode ser de arguição de descumprimento de preceito fundamental.
Pode ser objeto de ADI bem como de ADPF, caso a Emenda seja objeto de controvérsia constitucional.
Interpretação sistemática dos artigos 1º, parágrafo único, I, da Lei 9.882/1999 e do art. 102, I, "a", da
Constituição:
Art. 1º A arguição prevista no § 1º do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo
Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do
Poder Público.
Parágrafo único. Caberá também arguição de descumprimento de preceito fundamental:
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal,
estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição;
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória
de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
b) não pode ser objeto de controle de constitucionalidade pela via difusa.
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c) não pode ser objeto de controle de constitucionalidade, pois se amalgama à Constituição e
eventuais antinomias devem ser consideradas meramente aparentes, solucionadas pelos
princípios de hermenêutica constitucional aceitos.
e) pode ser objeto de controle difuso e concentrado de constitucionalidade por meio de arguição
de descumprimento de preceito fundamental e o parâmetro de controle são as limitações
procedimentais e circunstanciais impostas ao constituinte derivado.
Questão 2: VUNESP
O deputado federal que não queira participar de votação de projeto de lei, que considere inconstitucional
por violar o devido processo legislativo,
d) somente poderá abster-se de votar, mas não pode tomar qualquer medida judicial.
GABARITO: B
O controle de constitucionalidade preventivo é aquele que ocorre antes da promulgação de uma lei ou
emenda. Pode ser exercido pelo Poder Legislativo, pelo Poder Executivo, por meio do veto jurídico, e só
excepcionalmente pelo Poder Judiciário.
O Poder Judiciário, ainda que de forma excepcional, também poderá exercê-lo caso seja impetrado um
mandado de segurança por Parlamentar, em razão da inobservância do devido processo legislativo
constitucional, como ocorre no caso de deliberação de uma proposta de emenda tendente a abolir
cláusula pétrea. Os parlamentares têm direito público subjetivo à observância do devido processo
legislativo constitucional. Por isso, apenas eles, e nunca terceiros estranhos à atividade parlamentar, têm
legitimidade para impetrar o mandado de segurança nessa hipótese. A iniciativa somente poderá ser
tomada por membros do órgão parlamentar perante o qual se achem em curso o projeto de lei ou a
proposta de emenda. Trata-se de um controle concreto, uma vez que a impetração do mandamus surge
a partir da suposta violação de um direito (ao devido processo legislativo).
Ou seja, a única forma é por meio do parlamentar. Este é que tem o direito adquirido de participar de um
procedimento salvo de irregularidades.
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Trata-se de um controle concentrado, porque originário, por exemplo, do STF, mas o controle jurisdicional
prévio de constitucionalidade sobre projeto de lei ainda em trâmite somente pode ocorrer de modo
incidental, na via de exceção ou defesa. É um controle concentrado-concreto.
Questão 3: VUNESP
Segundo a doutrina pátria e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), no tocante ao controle
de constitucionalidade, um decreto que tinha por fundamento lei declarada inconstitucional em decisão
proferida em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), pode também ser declarado inconstitucional na
mesma decisão, segundo a teoria denominada de
d) inconstitucionalidade progressiva.
GABARITO: A
Segundo a doutrina pátria e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), no tocante ao controle
de constitucionalidade, um decreto que tinha por fundamento lei declarada inconstitucional em decisão
proferida em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), pode também ser declarado inconstitucional na
mesma decisão, segundo a teoria denominada de
Demais incorretas:
Cumpre reconhecer que o STF não tem adotado essa vertente, não admitindo o fenômeno da
transcendência dos motivos que embasaram a decisão em controle abstrato de constitucionalidade,
malgrado o posicionamento pessoal de um ou outro Ministro, conforme se depreende do excerto abaixo:
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Também partilho desse mesmo entendimento (Rcl 2.986-MC/SE, Rel. Min. CELSO DE MELLO), vale
dizer, o de que é possível reconhecer, em nosso sistema jurídico, a existência do fenômeno da
“transcendência dos motivos que embasaram a decisão” emanada desta Suprema Corte em processo de
fiscalização abstrata, para que se torne viável proclamar, em decorrência dessa orientação (...). Ocorre,
no entanto, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal tem reiteradamente rejeitado essa tese (...) (Ag.
Reg na Rcl 8.946/SE, Rel. Min. Celso de Mello, Julg em 10/6/2014).
c) transcendência dos motivos determinantes.
d) inconstitucionalidade progressiva.
Técnica inexistente.
Questão 4: IADES
De acordo com atuais posicionamentos do Supremo Tribunal Federal (STF), no que concerne ao sistema
de controle normativo abstrato de constitucionalidade, assinale a alternativa correta.
a) A ação civil pública em que a declaração de inconstitucionalidade com efeito erga omnes é posta como
o próprio objeto do pedido, e não como causa de pedir, não usurpa a competência do STF para julgar a
ação direta de inconstitucionalidade de leis federais em face da Constituição Federal.
c) O STF deve exercer a respectiva função precípua de fiscalização da constitucionalidade das leis
quando houver uma controvérsia suscitada em abstrato, independentemente do caráter geral ou
específico, concreto e abstrato do respectivo objeto e, por isso, é possível, por exemplo, o controle
abstrato de constitucionalidade das normas orçamentárias.
GABARITO: C
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Durante algum tempo, o STF teve a orientação de que as leis orçamentárias não eram passíveis de
controle de constitucionalidade, por serem normas de efeitos concretos. Porém, sua jurisprudência
avançou, e, hoje, permite o controle das leis em geral, pouco importando se abstratas ou concretas. Basta
ser lei. Já, em relação aos atos, o STF só permite o controle se forem normativos. Atenção!
a) A ação civil pública em que a declaração de inconstitucionalidade com efeito erga omnes é
posta como o próprio objeto do pedido, e não como causa de pedir, não usurpa a competência do
STF para julgar a ação direta de inconstitucionalidade de leis federais em face da Constituição
Federal.
A ação civil pública não pode funcionar como ação abstrata. Estas são dotadas de efeito erga omnes e
vinculante. Por isso, um Tribunal, ao julgar a ACP, não pode conferir o efeito erga omnes, para que, ao
fim, não funcione como se fosse o STF.
Cuidado, ok. A repristinação, no direito, precisa de norma expressa para ocorrer. Já o efeito repristinatório
é tácito. Ou seja, uma vez que a norma é reconhecida como inconstitucional, será gerado efeito ex tunc,
e a norma anterior voltará a produzir efeito. Para que esta norma não retorne, deve o legitimado pedir que
o STF sobre ela se manifeste expressamente, evitando o efeito repristinatório.
Se não houver erro grosseiro, admite-se a aplicação da fungibilidade. Ou seja, uma ADPF pode ser
recebida como ADI e vice-versa.
Há legitimados universais, para os quais não se exige pertinência temática, dos quais se destaca as
mesas da Câmara e do Senado, daí o erro do quesito.
Questão 5: VUNESP
Nos termos da doutrina predominante, controlar a constitucionalidade significa
a) examinar a compatibilidade de uma lei ou ato normativo com a Constituição, verificando seus requisitos
formais e materiais.
b) referendar ato que, por ter sido criado por autoridade constitucionalmente competente, prescinde da
observação de outros requisitos.
c) garantir que uma norma, editada com os parâmetros constitucionais vigentes à época, não se tornará
com ela incompatível em decorrência de mudanças na interpretação constitucional.
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d) que a inconstitucionalidade material faz referência ao erro na observância da competência ou nas
regras relativas ao processo definido na Constituição.
e) que a inconstitucionalidade formal envolve o contraste direto do ato legislativo com o parâmetro
constitucional, ou a aferição do desvio de poder ou do excesso de poder legislativo.
GABARITO: A
a) examinar a compatibilidade de uma lei ou ato normativo com a Constituição, verificando seus
requisitos formais e materiais.
Assim, a princípio, todas as leis são válidas. É dizer, as leis e atos normativos estatais são considerados
válidos, constitucionais, até que venham a ser formalmente declarados inconstitucionais. Essa noção
relaciona-se com o denominado princípio da chamada presunção de constitucionalidade das leis, um
dos pressupostos do controle de constitucionalidade.
b) referendar ato que, por ter sido criado por autoridade constitucionalmente competente,
prescinde da observação de outros requisitos.
c) garantir que uma norma, editada com os parâmetros constitucionais vigentes à época, não se
tornará com ela incompatível em decorrência de mudanças na interpretação constitucional.
A chamada mutação constitucional está situada mais no âmbito da interpretação do que propriamente
do controle de constitucionalidade. Ainda assim, não há como garantir que uma norma não se tornará
inconstitucional com o tempo.
A mutação constitucional é o fenômeno que se verifica nas Constituições ao serem modificadas de forma
silenciosa, contínua, sem alteração textual. É isso mesmo, trata-se de um processo informal e espontâneo
de alteração da interpretação constitucional, em que se muda o conteúdo de determinado dispositivo,
sem mudança no teor da norma. É o que acontece quando o Supremo Tribunal Federal muda seu
entendimento sobre certo dispositivo constitucional, por decorrência da própria evolução de usos e
costumes. Pode-se relacionar esse fenômeno ao conceito de poder constituinte difuso. Não ao poder
constituinte derivado, que é a prerrogativa de alterar formalmente a Constituição, por meio de emendas.
Para o Ministro Luis Roberto Barroso, existem três situações que legitimam uma mutação
constitucional e a superação de uma jurisprudência consolidada: quando há uma mudança na percepção
do direito, quando existem modificações na realidade fática e por força das consequências práticas
negativas de uma determinada linha de entendimento.
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Para Uadi Lammêgo Bulos constitucionalista contemporâneo bastante valorizado pelas bancas
examinadoras, a mutação é um processo informal de mudança da Constituição, dando-lhe novos
contornos e conteúdos até então não alcançados pelo seu texto puro e simples, pela interpretação, pela
construção, ou mesmo pelos usos e costumes constitucionalizados.
Exemplos da utilização desse método pelo Supremo Tribunal Federal são os julgados que decidiram
sobre a proteção do estrangeiro não residente no Brasil (HC nº 74.051-3/SC), a abrangência do termo
"casa", referido no artigo 5º, XI, da CF, para incluir o domicílio profissional (RE nº 251.445/GO), a adoção
impositiva das regras do processo legislativo da União pelos Estados Membros (RE nº 197.917-8/SP) e
outros.
GABARITO: C
O art. 103 da CF é que nos lista os legitimados para a propositura das ações diretas (abstratas) perante
o STF. Podem ser universais ou específicos, não exijam ou exijam pertinência temática.
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Nesse rol, temos, por exemplo, o Presidente da República, os Governadores, partidos políticos com
representação no Congresso Nacional e o Conselho Federal da OAB.
Referência constitucional:
Questão 7: VUNESP
Ao tratar do Controle de Constitucionalidade, a doutrina identifica os tipos e conceitos de
inconstitucionalidades, sobre as quais é correto afirmar que
e) uma espécie normativa é materialmente inconstitucional quando apenas parte de seu conteúdo
contraria dispositivo constitucional sobre o mesmo tema. Trata-se de vício sanável de
inconstitucionalidade, visto que, para solucioná-lo, não é necessário oexpurgo do texto conflitante do
universo jurídico.
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GABARITO: A
Correto: Também conhecida como técnica de interpretação conforme a Constituição sem redução de
texto, conforme a lição de Uadi Bulos, pode excluir interpretação que torne a norma inconstitucional,
conforme vejamos:
A interpretação conforme sem redução do texto é uma modalidade de decisão da Corte alemã,
plenamente aceita e utilizada pelo nosso Supremo Tribunal Federal (STF, ADin 1.51 0-9-ML/SC, Rei. Min.
Carlos Velloso, D], 1, de 25-2- 1 997).
Possui natureza decisória, não consistindo, meramente, numa modalidade interpretativa.
Ao revestir-se numa modalidade especial de ato decisório, encarregado de declarar a nulidade sem a
redução do texto, ela poderá conceder ou excluir da norma impugnada determinado sentido que a torne
compatível com a constituição. (Uadi Lammêgo Bulos, Curso de Direito Constitucional, 2014)
Conforme leciona Marcelo Novelino na referida técnica não ocorre qualquer alteração de texto e sim a
redução do seu alcance.
A utilização desta técnica de decisão judicial faz com que uma determinada hipótese de aplicação da lei
seja declarada inconstitucional, sem que ocorra qualquer alteração em seu texto. Não há supressão de
palavras que integram o texto da norma, mas apenas a redução de seu âmbito de incidência. Neste caso,
o dispositivo da decisão deverá conter, de forma resumida, a declaração a ser proferida nos seguintes
termos: a norma X é inconstitucional se aplicável a tal hipótese; ou a norma Y é inconstitucional se
autorizativa da cobrança do tributo em determinado exercício financeiro. (Marcelo Novelino, Manual de
Direito Constitucional, 2014)
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Errado: Segundo o ensinamento do mestre Marcelo Novelino poderão ocorrer hipóteses em que a
inconstitucionalidade de uma norma poderá ser considerada formal na ocorrência de vícios nos
procedimentos de sua elaboração de uma norma, como também em seu aspecto material, em que o seu
conteúdo possui contrariedade perante um dispositivo constitucional, conforme vejamos:
A inconstitucionalidade formal ocorre com a violação, por parte do Poder Público, de uma norma
constitucional que estabelece a forma de elaboração de um determinado ato.
Pode ser subjetiva, no caso de leis e atos emanados de uma autoridade incompetente (e.g., CF, art. 60,
I a III; CF, art. 61); ou, objetiva, quando um ato é elaborado em desacordo com as formalidades e
procedimentos estabelecidos pela Constituição (e.g., CF, art. 47; CF, art. 60, §§ 1°, 2°, 3° e 5°; CF, art.
69)
(...)
A inconstitucionalidade material ocorre quando o conteúdo de leis ou atos emanados dos poderes
públicos contraria uma norma constitucional de fundo, que estabelece direitos e deveres (e.g., CF, art.
5°). Esta incompatibilidade contrasta com o princípio da unidade do ordenamento jurídico. (Marcelo
Novelino, Manual de Direito Constitucional, 2014, grifo nosso)
Errado: Conforme a citada lição do professor Marcelo Novelino, a inconstitucionalidade formal objetiva
ocorrer mediante algum vício existente na elaboração de um ato em desconformidade com as
formalidades e procedimentos estabelecidos pela CF/88.
e. uma espécie normativa é materialmente inconstitucional quando apenas parte de seu conteúdo
contraria dispositivo constitucional sobre o mesmo tema. Trata-se de vício sanável de
inconstitucionalidade, visto que, para solucioná-lo, não é necessário o expurgo do texto conflitante do
universo jurídico.
Errado: Novamente recorremos a citada e excelente lição de Novelino, em que podemos identificar uma
espécie normativa materialmente inconstitucional a partir da incompatibilidade do conteúdo da norma com
as disposições constitucionais que versam sobre direitos e deveres.
Questão 8: CONSULPLAN
A respeito do controle de constitucionalidade no Direito brasileiro, analise as afirmativas a seguir.
I. A inconstitucionalidade de uma lei resulta tanto da contrariedade pela lei de preceito da Constituição,
como pela elaboração de lei em desconformidade com o procedimento estabelecido pela Constituição ou
quando elaborada por autoridade competente.
II. O controle concentrado é devido quando se faculta a qualquer órgão do Poder Judiciário o poder de
apreciar a alegação de inconstitucionalidade.
III. Adjetiva-se como “em tese” o controle de constitucionalidade apreciado pelo juiz como alegação de
defesa de uma parte litigante em um processo.
IV. Lei Municipal que contrariar dispositivo da Constituição Federal deve ter sua inconstitucionalidade
declarada pelo método aberto ou reservado, este último de competência dos Tribunais de Justiça.
a) IV.
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b) I e II.
c) I e IV.
d) I, III e IV.
GABARITO: A
II. O controle concentrado é devido quando se faculta a qualquer órgão do Poder Judiciário o
poder de apreciar a alegação de inconstitucionalidade.
Esse na realidade é o controle difuso de constitucionalidade, realizado por qualquer juiz ou tribunal, em
que a constitucionalidade é questionada incidentalmente no processo, isto é, não é a causa de pedir. No
controle concentrado, a lei tem a constitucionalidade sindicada em tese, em abstrato, sem estar
vinculada a um processo em que litigam duas ou mais partes, pois o próprio objeto da ação é a declaração
de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade da norma.
III. Adjetiva-se como “em tese” o controle de constitucionalidade apreciado pelo juiz como
alegação de defesa de uma parte litigante em um processo.
Errado. Adjetiva-se "em concreto" o controle de constitucionalidade apreciado ou declarado por um juiz
singular, como alegação incidental da defesa de uma parte, em um processo subjetivo, no caso concreto.
No processo objetivo, concentrado, abstrato ou por via de ação, a constitucionalidade é averiguada em
tese.
IV. Lei Municipal que contrariar dispositivo da Constituição Federal deve ter sua
inconstitucionalidade declarada pelo método aberto ou reservado, este último de competência dos
Tribunais de Justiça.
Correto. É o mesmo que dizer que essa lei municipal poderá ter sua constitucionalidade averiguada pelo
método aberto (difuso ou concreto), em face da Constituição Federal, pelo Supremo Tribunal Federal,
em sede de ADPF - Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (art. 1º, Lei 9.882/1999), ou
pelo método reservado (concentrado ou em abstrato), pelo Tribunal de Justiça do Estado (art. 125, § 2º,
Constituição Federal):
Lei 9.882/1999:
Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo
Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do
Poder Público.
Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental:
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I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal,
estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição;
Constituição Federal:
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização
judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.
§ 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos
estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir
a um único órgão.
O TJ pode realizar o referido controle concentrado de lei municipal tendo por parâmetro norma
da Constituição Federal, no caso de norma da Constituição Estadual de reprodução obrigatória da
Constituição Federal, conforme já decidiu o Supremo:
"Tribunais de justiça podem exercer controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais utilizando
como parâmetro normas da CF, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória pelos Estados".
(RE 650.898, rel. p/ o ac. min. Roberto Barroso, julg. 1º/2/2017)
Questão 9: VUNESP
A respeito do controle de constitucionalidade, é correto afirmar que
a) se a votação de uma lei complementar acontece por quórum de maioria relativa, existirá vício material
de inconstitucionalidade, porque essa espécie normativa deve ser aprovada por quórum qualificado.
c) no controle difuso, o sistema de controle jurisdicional dos atos normativos será realizado pelo Poder
Judiciário por meio de um único órgão.
d) a inconstitucionalidade por vício formal ocorre quando a lei ou ato normativo infraconstitucional contiver
algum vício em sua forma, em seu processo de formação, no processo legislativo de sua elaboração ou,
ainda, em razão de sua elaboração por autoridade incompetente.
e) a inconstitucionalidade por vício formal se refere ao conteúdo, substancial ou doutrinário, diz respeito
ao conteúdo do ato normativo.
GABARITO: D
d) a inconstitucionalidade por vício formal ocorre quando a lei ou ato normativo infraconstitucional
contiver algum vício em sua forma, em seu processo de formação, no processo legislativo de sua
elaboração ou, ainda, em razão de sua elaboração por autoridade incompetente.
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de elaboração, discussão ou aprovação, ou regras de iniciativa. A título meramente exemplificativo,
podemos citar as seguintes situações:
a) se a votação de uma lei complementar acontece por quórum de maioria relativa, existirá
vício material de inconstitucionalidade, porque essa espécie normativa deve ser aprovada por
quórum qualificado.
Incorreta, pois se trata de vício formal, relativo ao quórum para aprovação das leis complementares, que
é de maioria absoluta, segundo o art. 69 da CF/88:
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.
b) a inconstitucionalidade por vício material é também chamada de inconstitucionalidade
orgânica, inconstitucionalidade propriamente dita, e inconstitucionalidade material por violação a
pressupostos do ato.
c) no controle difuso, o sistema de controle jurisdicional dos atos normativos será realizado pelo
Poder Judiciário por meio de um único órgão.
O controle difuso é atribuição de todos os membros e órgãos do Poder Judiciário. Esse modelo, também
conhecido como “aberto”, é baseado no controle de constitucionalidade dos Estados Unidos da América,
o judicial review. Qualquer juiz ou tribunal está apto a deixar de aplicar a lei naquele caso concreto, caso
entenda a norma inconstitucional. No caso dos tribunais, estes deverão obedecer a chamada cláusula
de reserva plenário (art. 97, CF) para declarar a inconstitucionalidade ou negar a aplicação da lei:
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão
especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
e) a inconstitucionalidade por vício formal se refere ao conteúdo, substancial ou doutrinário, diz
respeito ao conteúdo do ato normativo.
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Questão 10: VUNESP
A respeito do controle concentrado de constitucionalidade, assinale a alternativa correta.
a) O Chefe do Poder Executivo não possui legitimidade para figurar no polo passivo de ação direta de
inconstitucionalidade por omissão.
b) Por serem legitimados para ajuizar ações de controle concentrado de constitucionalidade, os partidos
políticos e as entidades de classe possuem capacidade postulatória especial para propositura da ação.
e) O princípio da fungibilidade pode ser aplicado ao processo constitucional objetivo nos casos em que,
apesar da impropriedade da via escolhida, estiverem presentes os requisitos para outra ação.
GABARITO: E
e) O princípio da fungibilidade pode ser aplicado ao processo constitucional objetivo nos casos
em que, apesar da impropriedade da via escolhida, estiverem presentes os requisitos para outra
ação.
Correto, consoante entendimento firmado pelo Supremo, desde que presentes os requisitos da ação
substitutiva, em relação à ação originalmente proposta:
"Aplicação do princípio da fungibilidade. (...) É lícito conhecer de ação direta de inconstitucionalidade
como arguição de descumprimento de preceito fundamental, quando coexistentes todos os requisitos de
admissibilidade desta, em caso de inadmissibilidade daquela." (ADI 4.180-REF-MC, rel. min. Cezar
Peluso, julgamento em 10/3/2010)
O Supremo reconheceu inclusive a viabilidade de aplicação do princípio da fungibilidade a todas as
ações de controle abstrato:
"No Supremo Tribunal Federal, atualmente, todas as ações possuem uma classe específica de autuação:
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI); Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC); Ação Direta
de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
(ADPF). Portanto, ante a aparente confusão inicialmente verificada nos diversos pedidos, como
demonstrado, e tendo em vista a patente defasagem da jurisprudência até então adotada pelo Tribunal,
temos aqui uma valiosa oportunidade para superarmos o antigo entendimento e reconhecermos o caráter
fungível entre as ações." (ADI 875, ADI 1.987, ADI 2.727, voto do rel. min. Gilmar Mendes, julgamento
em 24/2/2010)
Demais alternativas incorretas:
a) O Chefe do Poder Executivo não possui legitimidade para figurar no polo passivo de ação direta
de inconstitucionalidade por omissão.
Incorreta, pois o Presidente possui capacidade para editar atos legislativos primários, como o decreto
autônomo (art. 84, VI, CF) e a medida provisória (art. 62, CF). Nesse sentido, o STF:
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|"O círculo de sujeitos processuais legitimados a intervir na ação direta de inconstitucionalidade revela-se
extremamente limitado, pois nela só podem atuar aqueles agentes ou instituições referidos no art. 103 da
Constituição, além dos órgãos de que emanaram os atos normativos questionados" (ADI 1.254
AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 14/8/1996)
b) Por serem legitimados para ajuizar ações de controle concentrado de constitucionalidade,
os partidos políticos e as entidades de classe possuem capacidade postulatória especial para
propositura da ação.
Os partidos políticos com representação no Congresso Nacional são legitimados universais para
propositura da ação direta, isto é, a matéria da ação pode versar sobre qualquer tema. Já as entidades
de classe de âmbito nacional são legitimadas especiais, isto é, somente podem propor ação direta em
matéria que atinja parte ou a totalidade dos abrangidos pela associação.
Dispõe o Verbete de Súmula 347 do STF: O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode
apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público.
E o que pode fazer o Tribunal de Contas nesse caso? Deixar de aplicar a lei, no caso que esteja sob sua
apreciação. Atua, portanto, no âmbito do controle difuso e incidental. É dizer, a questão constitucional
poderá surgir incidentalmente no curso de um processo que esteja sob análise do TCU ou outro tribunal
de contas, e o que se busca nesse caso é o afastamento da aplicação da lei no caso concreto em
discussão.
Ou seja, a arguição de inconstitucionalidade é um mero incidente, uma questão à parte do pedido principal
do autor da ação. Afinal, o que se deseja é a satisfação de um determinado pleito ou recurso, e não a
inconstitucionalidade da norma em si, o que transformaria o processo em ação de inconstitucionalidade,
privativa do STF ou dos tribunais de justiça nos Estados, mas nunca dos tribunais de contas ou do próprio
Tribunal de Contas da União.
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